01Introducao - ANTIHOMOTOXICOLOGIA

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    Introdução à homotoxicologia

    IAH AC Introdução à homotoxicologia

    A homotoxicologia, desenvolvida pelo médico alemão Hans-Heinrich Reckeweg,é um conceito científico subjacente à medicina anti-homotóxica. É uma forma

    diferente de abordar o paciente e sua doença.

    Na medicina convencional o conceito de “terreno do paciente” é desconhecido, eportanto, com freqüência parece que trata-se o paciente unicamente pelossintomas que apresenta.

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    Objetivos

    • Conhecer os princípios básicos da homotoxicologia

    • Doença e saúde

    • A homotoxina

    • A origem e a história da tabela de seis fases

    • A dinâmica de uma doença na tabela de seis fases

    • O princípio da evolução da doença

    Muitos aspectos da medicina anti-homotóxica são diferentes da medicinaconvencional. Embora com freqüência utilize-se a mesma terminologia, referem-

    se a temas diferentes. Portanto, é importante compreender bem o que significamsaúde e doença em homotoxicologia.

    Na homotoxicologia, as causas da doença são vistas como homotoxinas.

    Portanto, deveríamos poder defini-las. Pode-se encontrar informações maisespecíficas sobre as homotoxinas no tema “IAH AC Homotoxinas”.

    Como se verá com detalhes em outros temas, a Tabela de Evolução da Doença(TED) é um instrumento dinâmico para avaliar a evolução da doença do

    paciente. É um instrumento essencial na abordagem anti-homotóxica dopaciente. O fato de que com o tempo o paciente evolui ou de que o tipo dedoença mude na tabela é muito importante, porque dirigirá nossa decisão decomo tratar o paciente e que medicação é adequada para fazê-lo de umamaneira homotoxicologicamente correta.

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    O pai da homotoxicologia:o Dr. H-H Reckeweg

    O Dr. Hans-Heinrich Reckeweg foi o “pai” da homotoxicologia. Devido a seuimenso trabalho e a suas publicações, a homotoxicologia se converteu em uma

    abordagem holística da medicina. Não só a teoria, senão também o uso diário demedicamentos anti-homotóxicos, está presente em mais de 70 países em todo omundo. Atualmente, especialistas em homotoxicologia de todo o mundo segueminvestigando este campo e tem feito da homotoxicologia uma abordagemadequada na medicina moderna.

    A convicção do Dr. Reckeweg levou muitos médicos a tratar seus pacientes deuma maneira diferente. Mesmo após mais de 20 depois de sua morte, ahomotoxicologia é um conceito muito apreciado na medicina complementar ecada vez mais vai transformando-se mais em uma “revelação” no âmbito da

    medicina convencional. Desta forma, o Dr. Reckeweg conseguiu realizar seusonho com êxito: construir uma ponte entre a medicina convencional e amedicina complementar.

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    “ Um dia gostaria de unir a homeopatia com acorrente dominante na medicina”

    H.-H. Reckeweg 1905-1985

    De fato, a homotoxicologia é um conceito facilmente compreensível, tanto para omédico da medicina não convencional como para o médico da medicina

    convencional. Embora às vezes pareça que ambos os tipos de medicina sãoopostos, atualmente vemos que os médicos com formação convencional abrem-se cada vez mais à medicina anti-homotóxica e os homeopatas estão vinculadosde maneira menos estrita à terapia clássica unicista. Isso deve-se aos avançosda biologia molecular, que fazem com que seja mais evidente o mecanismo deação da medicina anti-homotóxica.

    O Dr. Reckeweg realmente estabeleceu uma ponte entre a alopatia e ahomeopatia, e desta forma, criou uma plataforma integradora que abre caminhocom facilidade à prática médica diária.

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    O que é a homotoxicologia?

    Estudemos agora com mais profundidade os princípios básicos dahomotoxicologia. O que é a homotoxicologia e de que forma se diferencia da

    abordagem médica convencional do paciente e sua doença?

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    HOMO TOXICO LOGIA

    Homem Toxina Estudo

    O termo Homotoxicologia é formado por três palavras: “homo” que significa serhumano, “tóxico” que provém de toxina ou veneno, e finalmente “logia” que

    provém do grego “logos”, que significa estudo.Em resumo, podemos descrever a homotoxicologia como o estudo da influênciadas substâncias tóxicas sobre os seres humanos.

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     A homotoxicologia éo estudo da influência dashomotoxinas sobre o organismohumano

     A homotoxicologia é uma ponteentre a medicina complementar e amedicina convencional

    Em homotoxicologia estudamos como a presença de homotoxinas influirá sobreas funções da célula e através destas, sobre as funções de todo o organismo

    humano. A reação ou o bloqueio dos mecanismos de defesa contra ahomotoxina definirá a situação clínica em que se encontra o paciente. Ossintomas são a expressão da intenção do organismo em eliminar as toxinas.

    Como a abordagem em homotoxicologia continua sendo clínica, se tempesquisado sobre o modo de ação deste tipo de medicamentos. Ahomotoxicologia está muito relacionada com a medicina convencional e é muitovalorizada por médicos convencionais de “mente aberta”, porque os mecanismosde ação dos medicamentos anti-homotóxicos podem ser explicados através dosmodelos de biologia molecular desta medicina convencional. Por outro lado, e ao

    contrário do que ocorre com os medicamentos alopáticos, a maioria dosmedicamentos anti-homotóxicos contém micro doses ou nano doses decomponentes ativos e, portanto não são tóxicos. A escassez de efeitossecundários e de contra-indicações, a ausência de interações medicamentosas esua segurança e eficácia fazem com que a homotoxicologia classifique-se comouma terapia “suave”. Desta maneira, a homotoxicologia constitui uma ponte entrea medicina convencional e a homeopatia. Esta ponte refere-se ao sólidodiagnóstico da medicina convencional e ao tratamento suave e não tóxico daterapia anti-homotóxica.

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    Definição homotoxicológica de doença

    • As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesabiologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas eexógenas, ou a expressão da tentativa do organismo paracompensar a lesão tóxica que recebeu.

    Do ponto de vista homotoxicológico, a doença é produzida pela reação do corpodiante da presença de homotoxinas prejudiciais. O que reconhecemos como

    sintomas clínicos da doença é o resultado da reação do sistema à ameaça.Isto significa que a doença não é a presença de sintomas por si só, mas queestes somente devem ser vistos como uma demonstração de uma atividade dedefesa contínua.

    Enquanto se considere os sintomas clínicos somente como uma ameaça para aqualidade de vida do paciente e todo o tratamento vise à eliminação destessintomas, os resultados serão superficiais e na realidade estaremoscomprometendo a longo prazo a saúde do paciente.

    Um tratamento bioterapêutico leva em conta as homotoxinas causadoras daenfermidade e mediante a estimulação do próprio sistema de defesa do corpo,irá atuar sobre as causas reais da doença. A bioterapia sempre é um tratamentoregulador e não um tratamento supressor.

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    Definição homotoxicológica de doença

    • As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesabiologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas eexógenas, ou a expressão da tentativa do organismo paracompensar a lesão tóxica que recebeu.

    Expressão: O que vemos não é o que temos. Os sintomas são somente aconseqüência de uma atividade do organismo contras as agressões tóxicas. Se,

    por exemplo, há uma inflamação, o tratamento causal indica que teremos quefazer algo para a inflamação desencadeada pelas homotoxinas, o qual se poderealizar através da regulação da atividade de defesa. A mera supressão dossintomas pode ser comparada como empurrar um iceberg para debaixo da águacom a esperança de que o mesmo nunca voltará a aparecer. Se deixarmos defazer pressão, o iceberg voltará a aparecer. Este fenômeno explica a recorrênciadas doenças na medicina convencional.

    Pode-se fazer outra comparação. Os sintomas clínicos são somente a expressãode algo mais profundo, da mesma maneira que as palavras que diz uma pessoasão a expressão de seus pensamentos. A supressão das palavras, a proibição

    de falar, não irá modificar as causa da fala, que são os pensamentos na menteda pessoa que fala. O tratamento da mente, como na psicoterapia, dará lugarautomaticamente a diferentes expressões.

    Da mesma forma, a supressão da febre nas doenças virais, pode parecer eficaza curto prazo. No longo prazo, só aumentará a proliferação do vírus porque afebre tem um efeito virostático já que as citocinas atuam melhor com altastemperaturas.

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    Definição homotoxicológica de doença

    • As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesabiologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas eexógenas, ou a expressão da tentativa do organismo paracompensar a lesão tóxica que recebeu.

    Biologicamente: “Bios” significa vida, “logos” significa palavra, estudo, outambém “regra” . Biológico significa “segundo as regras da vida”. Qualquer ação

    terapêutica que vá contra este feito biológico vai contra os aspectos básicos davida. Se suprimirmos uma inflamação e este processo inflamatório tiver comoobjetivo eliminar as homotoxinas e/ou suas influências negativas sobre ostecidos, estaremos interrompendo um processo de limpeza e ficaremos com osefeitos da intoxicação. Ao bloquear o efeito de limpeza de um processoinflamatório tomamos uma medida contra a vida porque as homotoxinaspersistirão e seguirão intoxicando com mais intensidade a longo prazo, o quesignifica que o efeito das homotoxinas será mais evidente na célula que namatriz extra-celular.

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    Definição homotoxicológica de doença

    • As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesabiologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas eexógenas, ou a expressão da tentativa do organismo paracompensar a lesão tóxica que recebeu.

    Orientados: Este termo é extremamente importante na definiçãohomotoxicológica da doença. Significa que a reação do sistema de defesa será

    proporcional às necessidades para se chegar ao objetivo. Isso inclui todos osaspectos reguladores que se refere à homotoxicologia. A mobilização da defesarealiza-se no nível necessário para se chegar ao objetivo, que na maioria doscasos é a eliminação da homotoxina e sua atividade interativa negativa com acélula e com seu ambiente, e a restauração da homeostase. A regulação donível de atividade realiza-se mediante um mecanismo complexo de sistemasauto-reguladores que atuam entre si, e isso através de muitos mediadores esistemas de retro-alimentação diferentes.

    A maioria das reações do sistema de defesa está orientada, mas se pode

    produzir reações inadequadas (não orientadas) que geram doenças por simesmas. Por exemplo, as doenças auto-imunes são uma reação inadequada dosistema de defesa. O sistema imune ataca os próprios tecidos, que emcondições normais seriam tolerados e não atacados. Ocorre o mesmo emreações alérgicas como a febre do feno. A reação do sistema de defesa nãoguarda relação com o risco do agressor (o pó ou o pólen) e, portanto não estáorientada.

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    Definição homotoxicológica de doença

    • As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesabiologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas eexógenas, ou a expressão da tentativa do organismo paracompensar a lesão tóxica que recebeu.

    O mecanismo de defesa está aí para proteger o organismo da agressão tóxica.Não funciona só quando o antígeno está atacando o sistema. O mecanismo de

    defesa deve ser um sistema em alerta em todo o momento. Desta maneira se háalteração na homeostase pode-se ativar a resposta adequada, seja ela imune,hormonal ou enzimática, etc.. Só estando em espera e alerta o tempo todo, épossível uma defesa eficaz e orientada. A falha do sistema produzirá umaintoxicação.

    Os mecanismos reguladores estão muito controlados mediante sistemas deretro-alimentação positivos e negativos. O bloqueio ou derivação destessistemas de retro-alimentação impedirá a regulação e produzirá doençascrônicas.

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    Definição homotoxicológica de doença

    • As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesabiologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas eexógenas, ou a expressão da tentativa do organismo paracompensar a lesão tóxica que recebeu.

    Definimos uma homotoxina como QUALQUER substância que seja tóxica para o organismohumano (homo=ser humano, tóxico=veneno). A toxicidade pode ser um efeito molecularbioquímico direto, um efeito bloqueador físico ou ainda um efeito interativo prejudicial. Portanto, a

    nós não nos interessa unicamente a homotoxina por si mesma, mas também, e talvezprincipalmente efeitos que ela produz (inclusive a distância) sobre a célula.

    Diferenciamos entre homotoxinas endógenas e exógenas.

    As homotoxinas exógenas são substâncias que por definição já são tóxicas para o organismohumano em certas situações (ver o slide anterior). Algumas delas são bem conhecidas (tabaco,álcool, drogas/fármacos de muitos tipos), outras são menos conhecidas (substâncias aromáticas,colorantes, corantes alimentares) e outras desconhecidas (cádmio, evaporação de adesivos,gases, radiações...).

    As homotoxinas endógenas são produzidas no próprio corpo. A maioria são produtos

    intermediários ou finais de processos metabólicos (p. ex. CO2). Outras homotoxinas endógenassão a conseqüência de um desequilíbrio de secreção hormonal (p. ex. estrógeno/progesterona), ainibição ou ausência de um mediador ou da secreção de uma substância intermediária (p.ex.insulina na diabetes, serotonina na depressão) ou de sua recaptação acelerada (p. ex.concentrações baixas de serotonina na depressão) ou justamente o contrário, o aumento daestimulação continua e persistente de um aporte de mediadores (p. ex. hormônio tireoidiano nohipertireoidismo).

    É essencial a atividade de interferência ou de bloqueio das homotoxinas sobre o funcionamentonormal dos sistemas orgânicos e dos sistemas ativadores ou reguladores (sistema hormonal,sistema nervoso...).

    Se desejar informações mais detalhadas sobre as homotoxinas, ver o tema “IAH AC Drenagem edesintoxicação”.

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    A Tabela de Evolução da Doença (previamente denominada tabela de seisfases) é um instrumento para avaliar a evolução da doença do paciente. A

    utilização correta da mesma não somente dá uma idéia da gravidade da doençado paciente, mas também ajudará o médico a estabelecer um plano terapêuticoeficaz.

    A Tabela da imagem foi a primeira Tabela da Evolução da Doença ou Tabela deseis fases original de Reckeweg, traduzida do alemão para o espanhol (versãoalemã de 1957).

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    Na faixa horizontal vemos seis fases nesta versão inicial. A fase de inflamação (nome atual) sechamou “fase de reação” porque o corpo está reagindo à homotoxina. A atual “fase de‘desdiferenciação” (contrária a diferenciação embrionária das células) se denominou “fase

    neoplásica” devido a nova formação de tecido nos tumores.

    Também é interessante o fato de que tivera 2 blocos de 3 classes cada um deles, separados poruma divisão biológica. Ao lado esquerdo desta divisão estão todas as doenças nas quais ashomotoxinas causadoras ou seus efeitos são extra-celulares. Do lado direito da mesma apresença ou o efeito da homotoxina é principalmente intra-celular.

    A referência a matriz extra-celular, ou a Matriz Vivente, tal como se conhece na histologiamoderna atualmente, não existia no momento da elaboração desta tabela (1957) porque aindanão se conhecia esta conceito. (Sistema da Regulação Basal, Pischinger, 1975). EmboraReckeweg tenha se referido a mesma incluindo o nível mesenquimatoso como um nível separado

    (o mesênquima deve estar debaixo da camada mesodérmica), a matriz só adquiriu importânciaem uma nova tabela de seis fases no início da década de 1990. Atualmente sabemos que aMatriz Vivente tem três níveis que atuam entre si: a matriz extra-celular, a matriz intra-celular e amatriz intra-nuclear. Analisaremos esta última nesta conferência,e ainda, com mais detalhes notema “IAH AC Histologia e fisiologia da matriz vivente.”

    Como o Dr. Reckeweg estava muito interessado na toxicologia, há poucas referências àsdoenças relacionadas com a mente. Também isso é completamente diferente na última versãoda tabela.

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    Nesta faixa vertical reconhecemos as 3 camadas embrionárias: o ectodermo, oendodermo e o mesodermo. Como se afirmou no slide anterior, o mesênquima

    se refere à fase prévia do que posteriormente de denominou matriz extra-celular.De um ponto de vista embriológico puro deve-se classificar como mesodermo enão aparecer como uma diferenciação tissular separada.

    É importante a ordem em que se classificam as fases e as camadasembrionárias (e os tecidos resultantes). È evidente que Reckeweg inspirou-seem Hering porque ambos referem-se à lei de Hering em Homeopatia. A lei deHering afirma que as doenças evoluíram com o passar do tempo do exterior parao interior, de órgãos e tecidos menos importantes para outros mais importantes ede doenças não-celulares para doenças celulares.

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    Segunda tabela das homotoxicoses

    Desdife-renciação

    Degene-ração

    Impregna-ção

    DeposiçãoInflama-ção

    Excreção

    Fasescelulares

    Fasesda matriz

    Faseshumorais

    Tecidos

    Ectodermo

    Entodermo

    Mesênquima

    Mesodermo

    Saúde Doenças

    Intra-celular Inter-celular 

    DIVIS

     ÃO

    BIOLÓ

    GIC A

    Ao final da década de 1980 realizaram-se mudanças fundamentais na tabelaexistente. Para compreendermos temos que recordar alguns aspectos

    histológicos que se descobriram e colocaram em prática naquele momento. Odado principal é que se acrescentaram as Fases matriciais ao conceito existentede Reckeweg.

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    O terreno do paciente

    • «La bactérie n’est rien, c’est le terrain qui fait tout.»

    • “As bactérias não são nada,o terreno é tudo”

    Claude BernardSéculo XIX

    No século XIX o histologista francês Claude Bernard elaborou a terminologia“terreno interno” ou meio interno. Estava-se referindo ao ambiente direto da

    célula, tanto estrutural como fisiológico. A qualidade de vida da célula serelaciona diretamente com a pureza de seu ambiente direto, porque esta é azona de que toma seu alimento e sua energia e onde deposita seus produtosfinais.

    Louis Pasteur, o descobridor dos microorganismos na medicina moderna,referiu-se a Claude Bernard quando mencionou que uma infecção bacterianaestá mais relacionada com uma modificação do meio interno do paciente do quecom a presença de uma bactéria ou de outro microorganismo.

    A bactéria não é a causa de uma infecção bacteriana, mas o meio interno dopaciente se converte em um meio de cultura que favorece a proliferação do

    microorganismo. Por este motivo, os antibióticos, deste ponto de vista, não são otratamento causal para todos os pacientes (terreno individual) da mesmamaneira. Em um terreno adequado,um antibiótico pode ser um tratamentopuramente sintomático uma vez que muitas vezes náo houve necessidade paraser administrado.

    Os antibióticos inibem diretamente a proliferação das bactérias. O tratamentocausal deve ser limpar o terreno de tal forma que o mesmo se converta em umterreno inadequado para as bactérias inibindo assim sua proliferação porprivação. Isso favorece o sistema de defesa, que deve eliminar menosagressores e sobretudo, um terreno limpo dará menos chance para uma

    recorrência.

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    Célula deparênquima

    de um órgão

    Substânciabasal

    Membranabasal

     Axó n

    Colágeno

    Mastócito

    Biorritmo

    Elastina

    Fibroblasto

     Axó n

    Capilar 

    Endócrinio SNC

    Célula dedefesa

    O sistema Pischinger 

    Virchow

    Pischinger 

    O meio interno de Claude Bernard é um feito histológico. Na histologia modernadenomina-se atualmente a Matriz Vivente (MV), formada por diferentes níveis ou

    componentes (extra-celular, intra-celular e intra-nuclear). A matriz extra-celular éuma zona de transmissão entre todos os sistemas reguladores e a célula. Osnervos, os capilares, os vasos linfáticos...todos terminam ou começam na matrizextra celular (MEC). Nenhum deles termina nem se origina na célula. Asinterações entre os diferentes sistemas (sistema nervoso, corrente sanguínea,sistema de defesa, estrutura basal...) tem lugar nas trocas dos mediadores muitodiferenciados que encontram-se na matriz extra-celular (MEC). Desta forma acélula se relaciona diretamente com a matriz extra-celular, e a qualidade dafunção e sua capacidade dependem da pureza da matriz extra-celular e de suascaracterística de transmissão.

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    A própria matriz extra-celular está formada por uma rede tridimensional fina deproteoglucanos e glucosaminoglucanos (mucopolissacarídeos). Um

    proteoglucano está formado por uma molécula de ácido hialurônico sobre a qualse fixa a proteína central, unidas mediante proteínas de união. Horizontalmente,em uma estrutura arbórea, fixam-se proteínas transversais que transportamcomplexos de açúcares (glucosaminoglucanos, por exemplo, condroitín sulfato).

    Se deseja informações mais detalhadas sobre a estrutura da matriz, consultetambém o tema “IAH AC Histologia e fisiologia da matriz vivente.”

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    Segunda tabela das homotoxicoses

    Desdife-renciação

    Degene-ração

    Impregna-ção

    DeposiçãoInflama-ção

    Excreção

    Fasescelulares

    Fasesda matriz

    Faseshumorales

    Tecidos

    Ectodermo

    Entodermo

    Mesênquima

    Mesodermo

    Saúde Doenças

    Intra-celular Inter-celular 

    DIVIS

     ÃO

    BIOLÓ

    GIC A

    O principal motivo pelo qual na década de 1980 incorporou-se a matriz à tabelade seis fases foi o fato de que naquele momento os homotoxicologistas

    acreditavam que o depósito das homotoxinas acontecia na matriz. É claro queatualmente temos dúvidas sobre este ponto.

    Nesta versão da tabela permaneceu a classificação embriológica dos tecidos(como na tabela do Dr. Reckeweg), mas as fases classificaram-se em 3 blocosde 2 fases. De uma divisão incial da tabela em dois blocos (fases humoral ecelular) a tabela se dividiu em 3 blocos, integrando a matriz como um feitohistológico (fases humorais, matriciais e celulares).

    Para ser mais corretos na terminologia da fases, a fase de Reação, se converteuem uma fase de “Inflamação” porque a reação do sistema de defesa é umainflamação na segunda fase. A fase de “Neoplasia” se converteu na fase de“Desdiferenciação” devido a característica das possibilidades onipontentes dacélula em processo de desdiferenciação (o contrário da célula embionária emprocesso de diferenciação).

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    Seis fases das homotoxicoses

    • Excreção: expulsão dos produtos tóxicos

    • Inflamação: inicia a limpeza mediante a ativação dosistema de defesa

    • Depósito: armazenamento dos produtos tóxicos no espaçoextra-celular 

    • Impregnação: o principal efeito da intoxicação se faz intra-celular. Começa a alteração dos sistemas enzimáticos

    • Degeneração: a intoxicação destrói a célula

    • Fases de desdiferenciação: a célula se desdiferencia a umacélula indiferenciada, se criam neoplasias

    Aqui vemos as principais características das seis fases da tabela.Posteriormente estudaremos com mais detalhes as caracteríticas de cada uma

    delas.

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     A divisão biológica marca adiferença entre a intoxicação extra-celular e a intra-celular 

    Do ponto de vista orgânico a divisãobiológica é com frequência o pontosem retorno

    A divisão biológica (o corte biológico) é a linha imaginária que divide as fases de depósito eimpregnação da antiga tabela de seis fases do Dr. Reckeweg. Isso significa que encontra-se nocentro da tabela de seis fases e no meio das fases da matriz. Não é simplesmente uma linha

    divisória. É simbólica e sua utilidade terapêutica estratégica é muito grande.Todo efeito intoxicador que atravessa a divisão biológica produz uma lesão com freqüênciairreparável da célula, ou a própria homotoxina , por seu efeito, colocará em perigo a saúde dacélula, porque se produzirá uma interação destrutiva no núcleo celular e nas estruturas inter-celulares.

    Por este motivo a divisão biológica é a linha divisória entre as doenças com bom prognóstico e asdoenças com um prognóstico duvidoso, entre a pureza intra-celular relativa e uma situaçãointacta, e uma intoxicação intra-celular ou um estado de deficiência, entre a inibição reparável dafunção e a lesão irreparável. Em termos gerais também pode-se considerar que forma-se a linhadivisória entre as patologias principalmente agudas e as patologias principalmente crônicas.

    Quando se cruza a divisão biológica, o tratamento deverá ser mais profundo. Afinal, as fases da

    esquerda da divisão podem associar-se a recuperação completa se estimular-se corretamente omecanismo defensivo do próprio corpo e se conseguir uma drenagem e uma desintoxicaçãoadequados. Não só desaparecerão os sintomas clínicos, mas o terreno do paciente dará menosoportunidade para que produzam novas agressões e intoxicações. À direita da linha divisória jáse pode observar a participação da célula, que jã vai estar lesionada. É aqui onde se devemintegrar os 3 pilares da homotoxicologia na estratégia terapêutica. Estes 3 pilares são: 1.Drenagem e desintoxicação; 2. Imuno-modulação; e 3. Apoio orgânico e celular.

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     A divisão biológica marca adiferença entre a intoxicação extra-celular e a intra-celular ouseu efeito, entre a auto-regulaçãoe a compensação

    Do ponto de vista orgânico,a divisão biológica é o pontosem retorno

    Á direita da divisão biológica o tratamento está focado em interromper a disfunção intra-celular, devido aos processos de intoxicação observados pela presença intra-celular dehomotoxinas ou pela presença extra-celular destas com um efeito desestabilizador intra-

    celular, (p. ex. estimulando a respiração celular mediante a utilização de catalisadoresdo ciclo do ácido cítrico ou dando suporte aos órgãos mediante os princípios dosmedicamentos compositum), “purificando” o espaço intersticial (drenagem) ecompensando a lesão celular permanente produzida pela intoxicação intra-celularavançada (na medida do possível). Além disso, com frequência devem-se aplicarmedidas terapêuticas imuno-moduladoras (p. ex. fármacos reguladores da inflamação) emedidas de drenagem e desintoxicação (que formam os 3 pilares da homotoxicologia).Ao final se tentará devolver o organismo a sua auto-regulação. As fases que estão emcontato com a divisão biológica à esquerda e à direita da tabela caracterizam-se porperíodos latentes de ausência de sintomas, o que permite que um organismo evoluadiscretamente através da divisão. Por este motivo o tratamento das fases de depósito ede impregnação são mais difíceis para o médico porque os sintomas nem sempre

    expressam a gravidade da doença.As oportunidades de uma avaliação terapêutica nestas fases medianas com frequênciasão imprecisas e estão mascaradas pela ausência de sintomas. Ademais, também sedeverá tratar o paciente mesmo quando não tenha sintomas clínicos em absoluto, algoque algumas pessoas consideram completamente desnecessário. Afinal, não énecessário tratar alguém que não sente-se doente.

    Além de ativar os mecanismos de defesa ao nível de espaço extra-celular, a drenagemtambém é um fator crucial. Às vezes ainda pode-se estimular os processos inflamatóriospara conseguir a “purificação” rápida dos tecidos intoxicados. Esta inflamação tambémpode aparecer espontaneamente como outra faceta do processo de cicatrização.Chamamos isso de “avanço para a saúde” forçada ou espontânea, ou deslocamentosintomático no bom sentido.

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    O corpo maneja as homotoxinas de 6 formas diferentes. O Dr. H-H Reckeweg classificou ashomotoxicoses (doenças) neste quadro dinâmico, ou seja, a tabela de seis fases dashomotoxicoses, como a chamou. Com o tempo uma doença pode evoluir desde a fase de

    excreção, através da inflamação (previamente as fases de reação), às fases de depósito.Posteriormente há uma evolução das fases de impregnação, através das de degeneração, até asde desdiferenciação (previamente as fases de neoplasia). O corpo pode omitir certas fases, ouseja, a evolução pode ocorrer sem sintomas devidos a aparição destas fases.

    O sistema da tabela de seis fases não somente nos permite conhecer a gravidade de umadoença (nível de intoxicação e reação do corpo a esta intoxicação), mas também fazerprognóstico terapêutico.

    A tabela de seis fases dá ao médico uma classificação clara das doenças e lhe permiteinterpretar corretamente qualquer alteração dos sintomas. Além de sua utilidade como ferramentade avaliação para o médico, possui também uma importância fundamental para determinar osmedicamentos anti-homotóxicos reais (a maioria dos produtos relaciona-se diretamente com umadeterminada situação do organismo) para estimular a evolução favorável no menor tempopossível.As seis fases em questão, se assignam a três grupos de dois (as fases humorais, matriciais ecelulares), que se dividem no meio do caminho entre as fases da matriz pela sua divisãobiológica. Uma vez que se cruza esta divisão, isso indica que as homotoxinas ou seus efeitosevoluíram do meio extra-celular ao intra-celular, em outras palavras, as homotoxinas queinicialmente estavam fora da célula podem avançar para o interior da célula, ou a homotoxinaestá fisicamente fora da célula mas o efeito de intoxicação se produz principalmente dentro dacélula.

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    As fases humorais são as fases de excreção e de inflamação Caracterizam-sepor esforços repetidos por parte do corpo de conseguir a desintoxicação

    (eliminação) espontânea. As estruturas intra-celulares sempre permanecemintactas, embora veremos que pode-se perder numerosas células no processode inflamação, se bem que serão substituídas por células intactas e sadiasposteriormente. Há um tendência espontânea rumo a melhora. Isso significa quese impedir uma intoxicação adicional e o paciente estiver em uma situação emque se favoreça a eliminação (p. ex. repouso), a doença desaparecerá, sempreque não haja obstáculos mecânicos (p. ex. seio congestionado na sinusite). Oprognóstico das doenças nas fases humorais geralmente é favorável e oprocesso de recuperação pode acelerar significativamente mediante otratamento com medicamentos anti-homotóxicos, com um risco insignificantesde efeitos secundários.

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    As fases matriciais são as fases de deposição e de impregnação. As doenças destas fasesproduzem-se no nível da substância basal, o sistema básico de biorregulação (SBBR) odenominado espaço de Pischinger ou o Sistema de regulação basal segundo Pischinger. Todos

    estes termos são sinônimos.As fases matriciais são cruciais na evolução do paciente porque nestas fases se produzem apassagem real da presença ou o efeito extra-celular da homotoxina à presença ou o efeito intra-celular. A importância de um sistema básico de biorregulação que funcione adequadamente, ouseja, que não está intoxicado, é fundamental para a proteção do corpo contras as doençasdegenerativas crônicas.

    As fases celulares são as fases de degeneração e de neoplasia ou de desdiferenciação. Estão dooutro lado da divisão biológica. Isso significa que a intoxicação se produziu não somente entre ascélulas mas também dentro das células, ou que a intoxicação extra-celular tenha efeitos intra-celulares. De maneira lenta, mas segura, se inibem as funções das células até o ponto de suadestruição. Os mecanismos de autorregulação fracassam e o corpo tenta compensá-los. Aeliminação das células mediante apoptose e a atividade dos linfócitos granulares grandes (LGG);linfócitos citolíticos naturais (linfócitos NK, células NK ou células agressoras naturais) e linfócitos

    citotóxicos (linfócitos Tc) é insatisfatória. A condensação ou o depósito das homotoxinas nacélulas é o princípio fundamental das fases celulares. Como já mencionado antes, pode ser apresença de uma homotoxina intra-celular ou a presença de uma toxina extra-celular que tem umefeito intra-celular. Neste momento a ruptura da passagem normal de mediadores para a célulapoderia produzir uma disfunção intra-celular. Portanto, a intoxicação do ambiente da célula e aalteração da oxigenação celular também pode produzir a morte ou a disfunção celular. Asestruturas intra-celulares podem lesionar-se de maneira irreversível. Há uma tendênciaespontânea ao agravamento dos sintomas (se não se administra nenhum tratamento a situaçãodo paciente se agravará, por exemplo um paciente com artrose que deixa de se mover se nãorecebe nenhum suporte terapêutico) e o prognóstico geralmente será ruim. Ainda no caso deuma drenagem completa (na medida do possível) das homotoxinas, o paciente permanecedoente de maneira latente. A lesão intra-celular segue existindo, mesmo quando o paciente jánão mostrar sintomas clínicos.

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    Do ponto de vista homotoxicológico os sintomas do paciente podem ser aliviados, mas comfrequência não podem ser curados completamente. A lesão intra-celular e a morte celular sãoirreversíveis e a cicatrização depois da lesão permanece para sempre. Além disso, qualquer nova

    intoxicação significativa na zona ou órgão afetado dará lugar à criação acelerada de uma novafase celular em progressão. Isso significa que há uma probabilidade elevada de que um pacientecom artrose sempre siga sendo um paciente com artrose ao nível celular, mesmo quando estiverassintomático, tendo melhor mobilidade, etc.. Podemos melhorar muito sua situação, mas aonível celular ficaram os tecidos da degeneração.

    Deixando à parte as patologias mentais, esta tabela proporciona uma classificaçãohomotoxicológica surpreendentemente simples das doenças. A nova tabela estabelecediferenças em relação com os diversos órgãos e sistemas orgânicos. Também inclui as doençaspsicológicas, como já havia feito pela primeira vez do médico e homotoxicologista italiano Dr. IvoBianchi.

    A tabela proporciona vários exemplos de homotoxicoses em cada quadrante. A classificação detodos os milhares de doenças nesta tabela, com este tipo de letra, provavelmente daria lugar auma tabela de seis fases tão grande quanto uma quadra de tênis. Pretende-se que esta tabelaseja uma ajuda ao raciocínio, não uma enciclopédia. As doenças podem ser colocadascorretamente na tabela mediante analogia. A tabela não contém sintomas porque é possível queum mesmo sintoma apareça em várias doenças. Por exemplo, a dor pode fazer parte de umafase de inflamação (p. ex. na artrite), de uma fase de depósito (p. ex. formação de cálculos), deuma fase de impregnação (p. ex. angina de peito), de uma fase de degeneração (p. ex. naartrose) ou de uma fase de desdiferenciação (p. ex. câncer intestinal).

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    A importância do espaço extra-celular tornou-se evidente a partir da descrição dosistema da regulação basal de Prof. Alfred Pischinger. Por este motivo se

    integrou à tabela de seis fases. Como o depósito e a impregnação das toxinasou seus efeitos à distância da célula se relacionam com a localização dashomotoxinas (presentes na MEC), ambas fases de denominam fases matriciais.

    A alteração da regulação da matriz tem um efeito direto sobre a matriz extra-celular e intra-celular. Se os mecanismos de reparação e os mecanismosreguladores já não podem compensar o efeito das toxinas sobre a matriz, seproduzem doenças ao nível celular. Por este motivo as doenças que somenteafetam as enzimas reguladoras e produzem depósitos na matriz extra-celular seencontram nas fases de deposição e fases de impregnação, respectivamente.

    Deste forma criaram-se 3 blocos de 2 fases cada um no lugar de 2 blocos de 3fases, como aparecia na tabela original de seis fases do Dr. Reckeweg.

    Se deseja mais informação sobre a MEC, estude o tema “IAH AC Histologia efisiologia da matriz”.

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    Tabela da Evoluçãoda Doença

    (TED)

    Ano 2007

    Na versão da década de 1990 da tabela de seis fases, os diferentes tecidos nãose denominaram de acordo com sua origem embrionára. Os nomes dos tecidosse referiam a nomenclatura que se utiliza na medicina moderna. Devido a issoperdeu-se a importância da origem embrionária do tecido. Era muito necessáriocombinar a precisão da origem embrionária com a terminologia tissular modernatal e como se utiliza na prática diária. Por este motivo em 2006 especialistas emhomotoxicologia trabalharam juntos para elaborar esta nova tabela de seis fases,denominada agora Tabela de Evolução da Doença ou TED. Há muitasmudanças em comparação com as tabelas anteriores. Ademais se tematualizado os exemplos das doenças que aparecem nesta tabela.

    A tabela atual inclui ou classifica os tecidos novamente segundo sua origemembrionária, fazendo referência a suas vicariações mais plausíveis na mesma

    camada embriológica. O princípio das seis fases segue sendo o mesmo, emboratenha-se acrescentado um código de cores para simbolizar, do branco ao preto,a pureza de um organismo excretor e o prognóstico sombrio da morte celular e adesdiferenciação. Ao contrário da tabela original do Dr. Reckeweg, omesênquima se classifica no mesmodermo porque do ponto de vistaembriológico origina-se nele mesmo. Não é nada mais do que classificá-locorretamente do ponto de vista histológico.

    Segundo a abordagem homeopática do paciente, e em relação com a materiamedica, a “mente” está na parte superior da tabela, e já não na inferior.

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    Ectodérmico

    Em primeiro lugar, vemos que desapareceu a classificação das fases humorais,da matriz e celulares da parte superior da tabela. O motivo disso é deixar muito

    claro que esta tabela de nenhum modo quer referir-se a posição topográfica dahomotoxina no corpo, mas unicamente a localização de seu principal efeito e areação do corpo ante esse efeito. Como a maioria das fases dilui-se entre si,como também os diversos níveis da matriz vivente se diluiam entre si, qualquerreferência a localização topográfica da homotoxina em si mesma poderia darlugar a conclusões falsas porque uma doença poderia ser produzida devido aoefeito de uma homotoxina muito longe do ponto em que está alojada a própriahomotoxina.

    O principais tecidos que se originam na camada ectodérmica são a pele, as vias

    respiratórias superiores, o sistema nervoso, o olho e o sistema nervosoautônomo. As doenças relacionadas com estes tecidos encontram-se nestaparte da tabela de seis fases.

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    Endodérmico

    O tecidos endodérmicos são o aparelho respiratório inferior, o tubo digestivo eaparelho urogenital (não os rins). Além deste tecidos, também se encontram aqui

    os tecidos exócrinos (sexuais, digestivos e respiratórios) e o sistema endócrinocom suas glândulas. As doenças relacionadas com estes tecidos encontram-senesta parte da tabela de seis fases.

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    Mesodérmico

    A maior parte da tabela está formada pelos tecidos mais profundos. Como já semencionou antes, e ao contrário da classificação do Dr.Reckeweg, o

    mesênquima (nome antigo do tecido conectivo) pertence a camadamesodérmica. Os tecidos que se originam na camada mesodérmica são o tecidoconectivo, o tecido ósseo, o sangue, o sistema cardiovascular, o sistemalinfático, as articulações (estrutura intra-articular), os rins, o tecido seroso, ostecidos germinais (ambos os sexos) e os músculos.

    As doenças relacionadas com estes tecidos encontram-se nesta parte da tabelade seis fases.

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    E  v  o l  u  ç  ã  o   p a r  a  a  d  o e n ç  a 

    O Dr. H-H Reckeweg recebeu formação em homeopatia tradicional. Um dospilares do ensino desta medicina é a lei de Hering.

    Esta lei afirma que uma doença que evolui até a recuperação da saúde, o farádo interior para o exterior, dos órgãos vitais até os órgãos menos vitais, dotronco até as extremidades (de maneira centrífuga). Uma doença que se reprimeou se torna crônica tende a mover-se até os tecidos (órgãos) mais profundos (demaneira centrípeda).

    O Dr. Reckeweg incorporou essa lei e esta idéia a sua homotoxicologia, como sedefine em sua tabela de seis fases. Ao deslocamento dos sintomas o chamou“vicariação” . Atualmente tem-se abandonado o termo “vicariação” devido a suaorigem etimológica. O termo antigo “vicariação progressiva” denomina-seatualmente “a evolução da doença”. A evolução da doença indica o que

    realmente é: o movimento dos efeitos da intoxicação da esquerda para a direitae da parte superior até a parte inferior da tabela.

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    E  v  o l  u  ç  ã  o   p a r  a  a  d  o e n ç  a 

    Evolução da doençaA progressão de uma doença, na qual o movimento se dirige da fase da esquerda para a fase dedireita na tabela de seis fases, se chama evolução da doença. Para o paciente isso significa um

    agravamento da situação, porque as homotoxinas estão tendendo a uma fase de depósito,possivelmente da zona extra-celular para a intra-celular, ao invés de serem processadas eeliminadas. Uma vez mais queremos enfatizar o fato de que não é crucial a localizaçãotopográfica de uma homotoxina, mas o efeito que tem. Na evolução da doença os efeitos daintoxicação se movem da esquerda para a direita da tabela e da parte superior à parte inferior. Aevolução da doença induz doenças crônicas. Com frequência existe um tratamento supressoratrás desta evolução. Quando se trata uma doença aguda com tratamento supressor, ashomotoxinas poderiam condensar ou poderiam unir-se à matriz extra-celular. Depois de algumtempo as toxinas poderiam alterar os processo de regulação interativos ao nível da MEC,poderiam entrar na célula ou alterar a função celular do exterior e interferir com a comunicaçãoentre as células e a matriz e com a comunicação intra-celular, dando lugar a doenças celulares eainda a genotoxicidade, que produz câncer.Se por exemplo, se suprime um eczema (p. ex. utilizando uma pomada de corticóides de usoexterno), as homotoxinas que produziram o eczema (o eczema é a defesa biologicamenteeficiente contra as homotoxinas que se apresentam no nível da pele) se moveram pelo corpo até

    um canal de eliminação alternativo. Isso se pode realizar pelo SBBR, a circulação sanguínea e osistema linfático. Se estas homotoxinas se depositam nas células dos brônquios com a intençãode serem eliminadas através do aparelho respiratório, afetarão o sistema respiratório e, porexemplo, podem produzir asma brônquica.A evolução da doença pode durar décadas. Isso significa que pode haver anos de saúdeaparente entre duas fases da doença. Isso porque as fases de depósito quase sempre passamdesapercebidas.Muitas doenças aparentemente leves como a gripe, as doenças virais da infância, o herpes labial,etc., são mais graves do ponto de vista homotoxicológico que outras doenças inflamatóriasaparentemente graves e agudas do ponto de vista da medicina tradicional como a artrite, a nefriteou a inflamação purulenta da bexiga. Afinal de contas, o primeiro grupo é viral e portantoatravessa imediatamente a parede celular, produzindo uma intoxicação intra-celular que supõeum risco real de lesão celular irreparável. O segundo grupo que inclui todas as fases dainflamação, que pode ser acompanhada de dores parecem mais graves, mas nas quais aintoxicação tem lugar entre as células. As estruturas intra-celulares não correm risco de lesão

    salvo se houver complicações.

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    E  v  o l  u  ç  ã  o   p a r  a  a  d  o e n ç  a 

    A comparação anterior mostra a necessidade de adotar uma atitude diferente sequiser que um resultado seja uma avaliação homotoxicológica correta da

    gravidade da doença. Não devemos concentrar simplesmente nos sintomassubjetivos do paciente, mas também devemos determinar sua posição na Tabelade Evolução da Doença e, o que é mais importante, em que medida é provávelque esta doença se mova para a direita ou para a esquerda nesta tabela.

    A supressão dos mecanismos de defesa corporais orientados biologicamente,como a febre em caso de infecções virais, só é aceitável se a situação realmenteparece estar escapando das mãos. A supressão nunca deve ser a resposta aosprimeiros sintomas. Este tipo de abordagem terapêutica não é recomendadapara a prevenção em nenhuma circunstância. A possível complicação bacterianade uma rinitis vírica raras vezes justifica um antibiótico de amplo espectro. Sem

    dúvida, muitos médicos gerais prescrevem antibióticos de maneira rotineira, Doponto de vista homotoxicológico isso é uma catástrofe.

    Se reservamos os tratamentos supressores dos sintomas (antibióticos,corticóides, fármacos para reduzir a febre) para as situações potencialmentemortais, atuaremos muito bem nestes momentos. Se já temos usado de maneiraextensa em um paciente, encontraremos que os mesmos terão perdido suaeficácia e será necessário aumentar consideravelmente a dose (tóxica).

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    E  v  o l  u  ç  ã  o   p a r  a  a  s a ú  d  e 

    As doenças que se movem da direita para a esquerda na Tabela de Evolução daDoença se denominam evolução para a saúde. O termo anterior era “vicariaçãoregressiva” . Eliminou-se este termo devido à origem etimológica que não diz nada

    sobre o que realmente está ocorrendo no corpo. As evoluções para a saúde aparecemem um corpo em “recuperação” e tem um único objetivo: a eliminação.

    O paciente se é referido acima com sua asma brônquica, que já não tem mais crisesdepois de certo tempo, mas que apresenta eczema, está apresentando uma evoluçãopara a saúde. As homotoxinas estão evoluindo dos tecidos mais profundos para asuperfície. O homotoxicológico terá a intenção de tratar o eczema bioterapeuticamente,de modo que de estimulem os mecanismos de defesa localmente na MEC e ashomotoxinas se tornem inofensivas e sejam eliminadas.

    A evolução para a saúde nem sempre é mais agradável para o paciente do que adoença prévia. A artrite é mais dolorosa que a artrose, o eczema é visível e a asma nemsempre é evidente, a diarréia depois de uma constipação crônica pode ser uma bençãodo ponto de vista homotoxicológico mas pode ser um inferno para o paciente.

    Portanto, é essencial proporcionar o paciente o suporte adequado para motivá-lo eexplicá-lo porque são tão importantes as fases de reação e eliminação. Em qualquercaso, o tratamento supressor dos sintomas devidos à evolução para a saúde estáabsolutamente contra-indicado pelos motivos que já foram explicados. É necessárioproporcionar suporte bioterapêutico aos mecanismos de defesa do corpo e não querercontrolá-los. Este último possivelmente significaria que estaríamos atuando contra ospróprios mecanismos de defesa orientados do corpo, algo que deve-se evitar por todosos meios.

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    Como classificar asdoenças na Tabela da Evolução daDoença?

    Árvore de decisão

    Nesta perte da conferência vão ser analisadas com detalhes as característicasde cada uma das fases. Ao final se apresenta uma árvore de decisão mediante a

    qual se seleciona a fase correta da doença atual com perguntas simples.

    Como a terapia anti-homotóxica depende da fase em que está o paciente, éobrigatória uma classificação correta das doenças por parte do estudioso.

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    • A Tabela da Evolução da Doençaé uma classificaçãohomotoxicológica dinâmica dasdoenças. As seis fases sereferem à forma na qual oorganismo maneja os diferentestecidos com as homotoxinaspresentes.

    A principal característica da Tabela de Evolução da Doença é que leva emconsideração o aspecto dinâmico de uma doença. A mesma homotoxina pode,

    com o passar do tempo, criar doenças em diferentes fases. Para avaliar o nossopaciente hoje devemos olhar as evoluções da doença que houveram no passado(história do paciente) e as evoluções da doença que provavelmente poderiamocorrer (abordagem profilática).

    A reação do corpo à presença das homotoxinas determina a fase na qual está opaciente. Portanto, o parâmetro principal não é a própria homotoxina , mas aforma na qual o corpo a maneja.

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    Fases de excreção

    • O organismo está em um estadode hiperexcreção, sem nenhumamobilização das defesas.

    • Além do aumento da excreçãonão há nenhum sinal clínico dedoença.

    As fases de excreção incluem todas as hipersecreções (endócrinas) ehiperexcrecões que o paciente realiza em seus diferentes órgãos e tecidos.

    Como todas estas secreções e excreções são mais altas em comparação comos valores normais da população, devem-se ver como um primeiro estado dadoença. É claro, a presença de homotoxinas é um perigo latente e é necessáriaa eliminação e a desintoxicação, mas em condições normais os órgãosdesintoxicadores e os sistemas de excreção as eliminarão sem que se manifestenenhum sintoma clínico.

    Embora a forma de vida normal traz uma carga de intoxicação, o corpo a manejasem que se produza nenhuma manifestação de defesa. Portanto, a eliminaçãodas toxinas passa por um processo normal de aumento da excreção e o paciente

    não tem nenhum outro sintomas clínico em absoluto.

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    Fases de inflamação

    • Mobilização das defesas

    • O processo de inflamação éuma limpeza da MEC

    • -itis

    Uma vez que as homotoxinas se acumulam, se mobilizará a defesa ao nível daMEC para neutralizar a situação de intoxicação. Uma manifestação local de

    defesa de denomina “inflamação”, o motivo pelas quais nas inflamações agudaso paciente está em uma fase de inflamação. Todas as inflamações agudasclassificam-se nesta fase.

    É importante que vejamos esta inflamação com uma vontade do organismo delibertar-se das toxinas. Pode-se considerar que a fagocitose é o primeiro passoda desintoxicação.

    Poderiam estar presentes todas as características de inflamação: inchaço,

    vermelhidão, dor, aumento da temperatura e perda do tecido afetado.

    Se deve considerar a inflamação como uma “turbo limpeza” da matriz. A célulanão está afetada, embora os processos de inflamação possam lesionar a célula(p. ex. os radicais livres liberados por neutrófilos frustrados).

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    Fases de deposição

    • As homotoxinas se armazenamna MEC

    • Sem sintomas clínicos graves,poucas queixas

    • Risco grave de transtorno dafunção celular e de intoxicação alongo prazo pelo armazenamentopróximo à célula

    Se as vias de inflamação se bloqueiam ou se a quantidade de homotoxinasescapa das mãos, o organismo elegerá um processo de armazenamento

    (temporal) ou depósito das homotoxinas. Em última análise isto se realizará aonível da MEC. Literalmente as homotoxinas unem-se à rede tridimensional deproteoglucanos. Desta maneira se produz uma situação bastante perigosa,porque nas fases de depósito se vêem poucos sinais clínicos com muito poucossintomas (a princípio) por parte do paciente, mas ao mesmo tempo oarmazenamento desta carga tóxica ameaçará a célula viva e colocará em perigoseu funcionamento adequado. É somente questão de tempo para ashomotoxinas impregnarem o interior da célula ou interferirem desde o exterior dacélula com a função celular, onde pode ter muitos efeitos sobre as funçõescelulares.

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    Fases de impregnação

    • As homotoxinas impregnan ointerior da célula ou permanecemfora da célula, mas tem efeitos deintoxicação intra-celular 

    • As doenças aparecem comfrequência em crises, comgrandes períodos de latência

    • Podem-se dar situações agudaspotencialmente mortais

    Uma vez que as homotoxinas impregnam da MEC até o interior da célula ou temefeito ao nível intra-celular ,aparecerão as doenças das fases de impregnação.

    Uma célula após outra apresenta uma maior ou menor obstrução intra-celular deseus processos metabólicos. Observa-se um funcionamento inadequado dacélula, e as reações do organismo contra as homotoxinas freqüentemente já nãosão ,mais orientadas.. Com frequência vemos períodos de latência prolongadosenquanto uma carga mínima de uma homotoxina específica produz uma reaçãoexcessiva das defesas do organismo (asma, febre do feno, enxaqueca, úlceragástrica...).

    Se pode chegar às fases de impregnação em um período muito curto. Dependedas características das homotoxinas. A maioria dos vírus tentará entrar em uma

    célula hospedeira para proliferar. Se produz rapidamente e embora o organismotente elaborar uma defesa específica (Ig) (eliminação induzida pela atividade doslinfócitos T e NK), a situação aguda é uma fase de impregnação devida apresença intra-celular da homotoxina. Ainda se posteriormente se produzir arestauração completa do tecido e se substituirem as células perdidas, a situaçãoviral permanece na fase de impregnação durante todo o tempo que estápresente o vírus, porque o vírus se incorpora ao material genético da célula. Nassíndromes pós virais esta situação pode durar um período prolongado, inclusiveanos.

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    Fases de degeneração

    • A célula morre por intoxicação

    • Transtornos degenerativos

    • -osis

    • Perda e endurecimento de tecido

    A intoxicação intra-celular pelas homotoxinas ou por seu efeito de intoxicaçãointra-celular está no nível em que a célula morre. A progressão da intoxicação

    produz perda de função da célula afetada até sua morte. A longo prazo vemosperda tissular e declínio da função de todo tecido afetado.

    Por definição, as fases de degeneração incluem doenças degenerativascrônicas, a maioria delas irreversíveis com o tempo.

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    Fases de desdiferenciação

    • Crescimento celular incontrolado

    • Omnipotência das novas células(de regreso as origens antes dadiferenciação)

    • Câncer, tumores

    • Perda das funções tissulares

    As fases de desdiferenciação incluem todas as doenças nas quais a principalcaracterística é a proliferação celular (crescimento tissular). As células perdem

    sua especificidade e se desdiferenciam a células onipotentes (especificidadeembrionária invertida) que podem migrar facilmente a outras localidades docorpo (metástases). Todos os tumores malignos, os cânceres, classificam-seaqui.

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    Nos slides seguintes analisaremos algumas perguntas mediante as quais é maisfácil classificar a doença de um Tabela de Evolução da Doença. A árvore de

    decisão nem sempre é conclusiva, embora na maioria dos casos será de grandeajuda.

    As perguntas podem ser respondidas começando com os dados clínicos, epermite sua classificação na fase correta. Como se verá em outrasconferências, a classificação da doença do paciente na tabela temconseqüências tanto sobre a gravidade da doença como sobre o planoterapêutico que se deve aplicar para tratar a situação atual.

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     Árvore de decisão

    Características da fase TratamentoDados

    Em primeiro lugar devemos analisar as características que apresenta o paciente,compará-las com as características das fases da Tabela de Evolução da Doença

    e extrair estas conclusões para determinar a estrutura de nosso tratamento. Nemtodas as fases são tratadas, da mesma maneira e portanto, deve-se utilizar estaárvore de decisão.

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    Neoplasia malignapresente

    Pré-neoplasia

    maligna presente

    Degeneração presente

    Transtorno funcionala nível tissular 

    Dano cromossômico,células atípicas, neoplasia

    maligna franca

    Destruição tissular 

    Dano enzimático,

    lesão funcionalPiora comperíodos de normalidade

    NÃO

    NÃO

    SIM:Tratamento

    SIM:Tratamento

    SIM:Tratamento

    GPP, GPM;GPC, GPOR

    GPP, GPM;GPC, GPOR

    GPP, GPM;GPC, GPOR

    Na árvore de decisão iniciamos à partir de um cenário do pior caso para o melhor.

    Em primeiro lugar olhamos de uma abordagem médica convencional pura se há uma neoplasiamaligna ou uma lesão pré-cancerosa. Ao nível da célula isso significa que há uma lesãocromossômica, que poderia haver células atípicas ou uma neoplasia maligna evidente pura. Seocorre isso, estamos na fase de desdiferenciação e o tratamento serão os 3 pilares completos dahomotoxicologia que são: 1. Drenagem e desintoxicação; 2. Imuno-modulação; e 3. Apoioorgânico e celular. Estes 3 pilares se constroem com medicamentos que contém grupos depreparados de plantas (GPP), grupos de preparados de minerais (GPM), grupos de preparadosde catalisadores (GPC) e grupos de preparados de órgãos (GPOR).

    Se não há uma neoplasia maligna, descemos pela árvore até a fase seguinte e olhamos se hádegeneração. Clinicamente encontraremos destruição tissular. Se ocorre isso, estamos na fasede degeneração e de novo é necessário a abordagem dos 3 pilares, porque além do tratamento

    da MEC, o sistema de defesa deve recuperar sua capacidade de regulação, o suporte das célulase o suporte dos órgãos deve compensar a lesão celular.

    Se tampouco há degeneração deve-se buscar uma desordem funcional ao nível tissular. Poder-se-ia descobrir a lesão de uma enzima, uma lesão funcional, períodos de piora com períodos denormalidade. Se ocorre isso, o paciente está na fase de impregnação e devem-se incluir os 3pilares do tratamento homotoxicológico no protocolo terapêutico.

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    Depósito presente

    Inflamação agudapresente

    Aumento daexcreção de líquidos,

    neurotransmisores

    Tecidos agregados emcrescimentos benignos

    anormais, ou as substâncias se

    agregaram para formarum depósito

    Processo inflamatório,processo único

    Aumento da secreção

    de um processo fisiológiconormal ante a presença

    de uma homotoxina

    NÃO

    NÃO

    GPP, GPM;

    GPP, GPM;

    GPP, GPM

    SIM:Tratamento

    SIM:Tratamento

    SIM:Tratamento

    Se não há nenhuma lesão enzimática nem tissular, deve-se buscar se hádepósito. Clinicamente poder-se-iam encontrar tecidos agregados em

    crescimentos benignos anormais ou substâncias que se agregaram para formardepósitos. Se ocorre isso, o paciente está na fase de depósito e deve-se tratarcom os 2 primeiros pilares (drenagem e desintoxicação por um lado e imuno-modulação por outro lado). Não se utilizam grupos de preparados de órgãos nemgrupos de preparados de catalisadores.

    Se não há depósitos, deve-se buscar uma inflamação aguda. Clinicamentedeveríamos encontrar um processo de inflamação evidente. Se ocorre isso, opaciente está na fase de inflamação. Também aqui são necessários os doisprimeiros pilares do tratamento homotoxicológico.

    Se não há inflamação mas vemos um aumento da excreção de líquidos,neurotransmissores ou outras substâncias do corpo, o paciente encontra-se emuma fase de excreção. Neste caso será suficiente principalmente o primeiro pilardo tratamento homotoxicológico (a drenagem deveria ser suficiente paraproporcionar suporte ao paciente). Em alguns casos poderia ser interessante aimuno-modulação para acelerar o processo de limpeza e para evitar arecorrência.

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    Três Pilares da homotoxicologia:MARCOS TEMPORAIS DO TRATAMENTO

    DESINTOXICAÇÃO IMUNO-MODULAÇÃO

    REGULAÇÃOORGÂNICA

    Uma vez que estamos à direita da Divisão de Regulação / Compensação daTabela de Evolução da Doença, devemos saber que uma simples drenagem,

    combinado com uma terapia imuno-moduladora, não será suficiente devido aocaráter celular da doença. À direita da divisão, a célula está afetada ao nívelintra-celular. Para evitar uma lesão adicional à célula (do tecido e portantotambém do órgão) é necessário adicionar suporte das células e dos órgãos.

    Na medicina antihomotóxica o suporte dos órgãos realiza-se mediante aaplicação de medicamentos compositum. O suporte das células se consegueprincipalmente mediante a aplicação de catalisadores (isolados ou incorporadosaos medicamentos compositum).

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    Perguntas básicas em homotoxicologia (1)

    • Qual é o diagnóstico clínico hoje?

    • Onde eu situaría esse diagnóstico na Tabela de Evolução daDoença?

    • Que dados clínicos me dá a história do paciente?

    • O diagnóstico atual provavelmente relaciona-se com um oumais dados de sua histária?

    As perguntas dos slides seguintes devem nos ajudar a estabelecer umaabordagem terapêutica, começando com a história do paciente e sua situação

    atual e com as evoluções anteriores da Tabela de Evolução da Doença.

    A seqüência lógica das perguntas deve levar a eleição correta do tipo demedicamentos anti-homotóxicos que deveriam figurar no protocolo terapêuticofinal.

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    Perguntas básicas em homotoxicologia (2)

    • Que tipo de evolução está se produzindo neste paciente: para asaúde ou para a doença?

    • Quais são as consequências terapêuticas desta evolução?

    • Como se integrarão no protocolo para o tratamento da doençaatual?

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    53© IAH 2009

    Perguntas básicas em homotoxicologia (3)

    • Quais medicamentos se deve levar em consideração?

    • Medicamentos para a drenagem

    • Fármacos reguladores da inflamação

    • Suporte celular 

    • Suporte da função orgânica

    • Qualidade de vida

    • Sintomatologia

    • Que aspecto tem o protocolo final?

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    Biblioteca de suporte

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    Hans-Heinrich Reckeweg

    • Nasceu em 9 de maio de 1905 em Herford

    • 1924-1930 Estudos de medicina emWürzburg, Berlín, Münster e de novo emBerlim

    • 1930 Obteve o doutorado com uma tesesobre o tratamento dietético da úlcera deestômago

    • 1930-1932 Médico residente emVölklingen e Harburg

    Nascido em Herford, Westphalia, Alemanha, em 1905, Hans-Heinrich foi o filhomais velho de uma família de cinco filhos. Teve interesses muito variados. Hans-

    Heinrich interessou-se por música (piano) que praticou até ter experiência quelhe permitia muitas vezes ganhar elogios de seu público ocasional. Mais tardecomeçou a pintar em seu tempo livre. Seu pai, Heinrich-Friedrich Reckeweg, eraprofessor da escola, mas posteriormente tornou-se homeopata, e ficou muitosatisfeito pela fato de seu filho menor escolher a medicina como profissão.Estudou nas Universidades de Würzburg, Berlim e Münster., para finalizar emBerlim. Durante seus estudos em medicina, já estava muito interessado emtoxicologia e em medicina natural. Especialmente nas aulas do Prof. August Bier,que o levaram a decisão de praticar uma medicina suave, o que o levou aaprofundar os estudos na homeopatia.

    Suas primeiras experiências práticas como médico, foram nos dois anos em quefoi médico residente em Vöklingen y Harburg.

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    Hans-Heinr ich Reckeweg

    • Em 1º de maio de 1935 iniciou seuexercício como médico em Berlim comdireitos de dispensação

    • 1936 Fundou a Heel (Herba est ex luce)

    • 26 produtos próprios: Gotas Heel

    • 1948-1949 Desenvolveu a teoria dashomotoxinas

    Depois de 2 anos como residente abriu seu próprio consultório em 1935. Comoera hábito naquela época, também dispensava fármacos. Como também estava

    utilizando suas próprias fórmulas homeopáticas, necessitava de um laboratóriopata tê-las a disposição. Por este motivo em 1936 fundou a Heel. O nome é aabreviatura de Herba Est Ex Luce que significa “as plantas medicinais obtém seupoder curativo da luz”. Inicialmente criou 26 produtos que denominou “Heel´sTropfen”, que em alemão quer dizer “gotas de Heel”. Posteriormente amplioumuito a gama de produtos até a variedade que conhecemos atualmente.

    Em 1948 e 1949 finalizou a teoria das homotoxinas como causadoras dasdoenças.Embora já houvesse artigos e conferências anteriores sobre osprincípios básicos da homotoxicologia, em 1955 foi publicado sua obra básica

    sobre homotoxicologia, denominada: “Homotoxinas e homotoxicose: princípiosde uma síntese em medicina”.

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    Hans-Heinr ich Reckeweg

    • 1945-1955 Exerceu em Triberg

    • 1952 Publicação no Münchener Medizinische Wochenschrift

    • “As homotoxinas e as opções para tratar as homotoxicoses”

    • 1955 “Homotoxinas e homotoxicoses: Princípios de uma sínteseem medicina”

    O Dr. Reckeweg foi um grande palestrante e tinha a capacidade de convencermuitas pessoas de seu público para que seguissem o caminho da medicina

    suave e integradora que defendia. Depois de anos de prática, de muitasconferências e artigos, finalmente publicou sua abordagem integradora em umlivro de 1955. Esta obra básica segue inspirando a muitos estudantes a obter umconhecimento mais profundo da homotoxicologia.

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    Hans-Heinr ich Reckeweg

    • 1955 Mudou-se para Baden-Baden

    • 1961 Fundou a Sociedade Internacionalde Homotoxicologia

    • 1962 “Homotoxin-Journal” (Diário dashomotoxinas)

    • Fundou a SociedadeInternacional deMedicina Biológica

    • 1972 Iniciou a publicaçãoperiódica “Biologische Medizin”(Medicina Biológica)

    Depois de mudar-se para Baden-Baden, Alemanha, a expansão dos remédiosHeel foi um feito. Ali as instalações cresceram rapidamente.

    Em 1961 o Dr. Reckeweg fundou a Sociedade Internacional de Homotoxicologiapara agrupar os médicos homotoxicológicos, primeiro somente em territórioalemão e posteriormente também no exterior. A revista “Homotoxina “ era uminstrumento para informar os médicos dos protocolos eficazes, os congressos,etc. Em 1972 desaparecia a revista “Homotoxina” que foi substituída pela revistamédica “Biologische Medizin” (Medicina Biológica).

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    Hans-Heinrich Reckeweg

    • 1976 “Homotoxicologia, visão exaustivade uma síntese em medicina”

    • 1978 “Problemas de câncer”

    • 1977 e 1981 Homeopatia Antihomotóxica

    • 1978 Vendeu a empresa Heel à Quandt

    • 1978 Imigrou para os Estados Unidos

    Nos anos seguintes, o Dr. Reckeweg publicou inúmeros livros sobre diferentestemas homotoxicológicos. Inclusive publicou uma matéria medica e um repertório

    dedicado exclusivamente aos componentes que utilizava em suas fórmulas.

    Em 1978 o Dr. Reckeweg vendeu sua empresa, que até então tinha sido umaempresa familiar a Delton Gruop, cujo principal acionista é o Sr. Stefan Quandt.Com grandes investimentos foi possível desenvolver o Laboratório Heel, quenos anos seguintes disponibilizava seus produtos em mais de 70 países em todoo mundo.

    O Dr. Reckeweg e sua família, mudaram-se para os Estados Unidos, onde em

    Albuquerque, no estado do Novo México, fundou uma nova empresa, BHI(Biological Homeopathic Industries), para conquistar os Estados unidos com ahomotoxicologia. Criou uma gama de 52 novos produtos, conhecidos comoprodutos BHI. Atualmente também esta empresa tornou-se propriedadecompleta e subsidiária de Ego-Pharm, um braço farmacêutico do portfóliofinanceiro “Delton”, propriedade de Stephan Quandt. BHI mudou seu nome paraHeel Inc.

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    Hans-Heinrich Reckeweg

    • 1978 Fundou a BHI, desenvolveu 52novos fármacos homeopáticos

    • 13 de junho de 1985 morreu no hospitalBircher-Benner, Zürich

    No princípio da década de 1980 o Dr. Reckeweg sofreu em acidente vascularcerebral do que nunca se recuperou completamente. Transferiu a propriedade de

    sua empresa norte-americana para sua filha Mônica Doerper-Reckeweg e a seugenro Friedrich Doerper.

    O Dr. Hans-Heinrich Reckeweg morreu aos 80 anos de idade em Zurich, Suíça.Entretanto, a empresa que fundou tornou-se a número 2 mundial em medicinacomplementar . A homotoxicologia é atualmente um conceito na medicina que éestudado e seguido por milhares de médicos generalistas e especialistas de todoo mundo. Um de cada dois medicamentos homeopáticos complexos que seutilizam em todo mundo é da Heel.