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Disciplina: Histria da frica

Cdigo: FLH-0649

Perodos: Diurno e Noturno

Crditos: 5 aulas, 1 trabalho

Professora: Marina de Mello e Souza

2 semestre de 2013

Ttulo do Programa: Introduo histria da frica.

Ementa: O curso abordar as sociedades saelianas, ligadas s rotas do deserto e ao

mundo muulmano, a frica oriental, ligada aos circuitos do ndico, mas

principalmente a costa ocidental (da foz do rio Senegal do rio Nger) e seu interior, e

a costa centro-ocidental (aproximadamente da foz do rio Congo baa de Benguela) e

seu interior. Considerando principalmente o perodo compreendido entre os sculos

XV e XIX, trataremos de formas de organizao das sociedades africanas, aspectos de

suas culturas e alguns momentos histricos especficos. No perodo e espaos

privilegiados pelo curso o trfico de escravos foi o principal elemento que articulou

povos de dentro e de fora do continente e que mais influenciou a sua histria, uma vez

que motivou transformaes fundamentais nas sociedades que se envolveram com ele,

e por isso ser abordado com mais vagar.

Objetivos: O curso visa dar uma viso abrangente do continente africano, com

destaque para as regies ocidental e central, de onde veio a maioria dos escravos

traficados para o Brasil, mas tratando tambm de outras regies. A inteno mais

ampla abordar a histria de alguns povos a partir de suas determinaes internas,

mesmo quando os processos abordados articulam-nos s dinmicas externas a eles.

Alm de oferecer uma introduo histria da frica no perodo indicado, sero

dados subsdios para uma compreenso mais precisa acerca dos processos envolvidos

pela dispora decorrente do trfico de escravos africanos, que fertilizou as terras

americanas em mltiplos aspectos.

Mtodos didticos: Aulas expositivas na primeira parte da aula; discusso de textos e

anlise de documentos escritos e visuais na segunda parte da aula.

Critrios de avaliao: Ser avaliado o domnio sobre os contedos apresentados nas

aulas expositivas, nos textos lidos e nas discusses em torno destes, assim como a

capacidade do aluno de organizar de forma articulada os temas trabalhados pelo

curso.

Mtodos de avaliao: uma prova a ser feita em sala, no meio do curso, e o um

trabalho a ser entregue no final do curso. A nota final ser a mdia simples das notas

obtidas nas duas avaliaes, considerando-se tambm a participao das discusses

em sala de aula.

Normas de recuperao: Ter direito a fazer uma prova de recuperao o aluno que

obtiver nota final superior a 3,0 e inferior a 5,0. A prova de recuperao versar sobre

toda a matria e ser feita em sala de aula, em data previamente estabelecida. A nota

de recuperao ser a mdia simples entre a nota final e a nota da prova de

recuperao.

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Programa: os tpicos a seguir sero desenvolvidos em aulas expositivas e discutidos

a partir dos textos indicados e atividades propostas em sala de aula.

7 e 8/8 - Apresentao do curso.

SILVA, Alberto da Costa e A histria da frica e sua importncia para o Brasil, Um rio chamado Atlntico, p. 229-240.

1. Historia da frica: Formas africanas de lidar com o passado: oralidade, mitos, ritos, tradies. Interesse das disciplinas europeias pelo continente - produo de

conhecimento sobre a frica por parte de agentes de fora. Processo de formao

da rea especfica de histria da frica. Natureza interdisciplinar dessa rea de

estudos.

14 e 15/8 - HAMPAT B, Hamadou A tradio viva, em Histria Geral da frica I. Metodologia e pr-histria da frica, p. 167-212.

http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190249POR.pdf

- FALOLA, Toyin Nacionalizar a frica, culturalizar o Ocidente e reformular as humanidades na frica, Afro-sia 36 (2007), 9-38.

http://www.afroasia.ufba.br/pdf/afroasia36_pp009_038_Falola.pdf

2. Ao redor do Saara: as sociedades formadas nas bordas do deserto do Saara: ligao com o Oriente Mdio, o Mediterrneo e com o interior do continente. O

comrcio articulado s rotas que cortavam o deserto. A difuso do islamismo a

partir do norte da frica e do catolicismo a partir da Palestina. Histria de alguns

reinos e imprios que existiram na regio do Sael. Ligao dessa regio com as

reas de floresta mais prximas da costa atlntica. Comerciantes: mals, diulas e

ungaras.

21 e 22/8 - MBOKOLO, Elikia Cap.2, II. Os estados sudaneses, em frica negra. Histria e civilizaes, p.122-163.

28 e 29/8 ABERLAND, E. - Cap. 24, O Chifre da frica, Histria Geral da frica V, p. 831-882.

http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190253POR.pdf

3. Entre o Sael e o Atlntico: das rotas das caravanas s rotas das caravelas. As sociedades da frica Ocidental poca da chegada dos portugueses na regio

compreendida entre os rios Senegal e Nger. Diversidade de povos e sociedades.

Poderes centralizados e descentralizados. Axante, If, Benin, Daom, Oi: fons,

iorubs e povos do delta do Nger. Formas de organizao poltica, religio e

sociedade.

11 e 12/9 SILVA, Alberto da Costa e Os lanados, A manilha e o libambo, captulo 7, p. 229-279.

18 e 19/9 - LOPES, Carlos O Kaabu e seus vizinhos: uma leitura espacial e histrica explicativa de conflitos, Afro-sia 32 (2005), 9-28.

http://www.afroasia.ufba.br/pdf/afroasia32_pp9_28_Kaabu.pdf

25 e 26/9 SILVA, Alberto da Costa e Francisco Flix de Souza, mercador de escravos, captulos 2 a 8, p. 19-95.

4. O Congo e Angola: sociedades da frica Central existentes poca dos primeiros contatos com os europeus: organizao social, poltica e aspectos de suas culturas

e histrias. A presena dos portugueses: comrcio e catolicismo. Relaes

amistosas com o Congo, conquista do Dongo e a constituio de Angola.

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2 e 3/10 VANSINA, Jan Cap. 19, O reino do Congo e seus vizinhos, Histria Geral da frica V, p. 647-694.

9 e 10/10 COELHO, Virglio Em busca de Kbs: uma tentativa de explicao da estrutura poltico administrativa do Reino de Ndongo, Actas do seminrio encontro de povos e culturas em Angola, p. 443-477.

- FONSECA, Mariana Bracks Nzinga Mbandi e as guerras de resistncia em Angola, sculo XVII, cap. 2 Angola portuguesa: conquista e resistncia, p. 54-107.

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-14032013-094719/pt-br.php

16 e 17/10 Prova a ser feita em sala de aula.

5. A costa oriental da frica e os povos do interior: as cidades litorneas e o comrcio pelo oceano ndico. As sociedades do interior. O Monomotapa. A

presena dos portugueses e suas tentativas de conquista.

23 e 24/10 BHILA, H.H.K. - Cap. 22 A regio ao sul do Zambeze, Histria Geral da frica V, p. 755-806.

http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190253POR.pdf

6. Escravido e trfico de escravos. O escravo na frica. O comrcio atlntico de escravos: os portos e fortalezas, as diferentes rotas interiores de abastecimento,

seus agentes, formas de contato e de troca. Transformaes nas sociedades

africanas decorrentes do comrcio atlntico.

30 e 31/10 HENRIQUES, Isabel Castro Reflexes sobre o escravo africano, O pssaro do mel, p. 57-82.

6 e 7/11 LOVEJOY, Paul E. Cap. 4 A escravizao dos africanos, 1600-1800 e Cap. 5 A organizao do trfico de escravos, 1600-1800, p.117-173.

7. Primrdios da colonizao. A transio do trfico de escravos para o comrcio de matrias-primas. Mudana de interesses na frica no contexto do sculo XIX.

Da religio cincia, da cristianizao civilidade.

13 e 14/11 LAW, Robin A comunidade brasileira de Uid e os ltimos anos do trfico atlntico de escravos, 1850-66, Afro-sia 27 (2002), 41-77.

http://www.afroasia.ufba.br/pdf/27_1_comunidade.pdf

27 e 28/11 DIAS, Jill Angola nas vsperas da abolio do trfico de escravos (1820-1845), O imprio africano 1825-1890, p. 319-378.

4 e 5/12 Entrega do trabalho: tema de escolha livre dentro daqueles abordados pelo curso, devendo ser abordadas problemticas tratadas em aula e incorporados textos

discutidos.

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Bibliografia geral

ABERLAND, E. - O Chifre da frica, Histria Geral da frica V, organizado por

Bethwell Allan Ogot, captulo 24.

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