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Terça-feira, 28 de julho de 1992 Ano CII — N° 111 Preço par

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JORNAL DO BRASIL

© JORNAL DO BRASIL SA 1992 Rio de Janeiro — Terça-feira, 28 de julho de 1992 Ano CII — N° 111 Preço para o Rio: CrS 2.000,00

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TEMPO

No Rio e emNiterói, céuparcialmentenublado a nu-blado. Possi-bilidade dechuvas no fim

do dia. Nevoeiros ao ama-nhecer. Temperatura está-vel. Máxima e mínima deontem: 24° em Bangu, San-ta Cruz e no Maracanã; e10,9° no Alto da Boa Vista.Mar calmo com visibilida-de moderada. Fotos do sa-télite, mapa e tempo nomundo, página 13.

SenaTrês apostadores, de SãoPaulo (dois) e do Amazo-nas, acertaram as dezenas07, 09, 15,18, 27 e 34, sortea-das no concurso 228. Cada umreceberá Cr$ 1.022.201.882.A sena anterior também te-ve três ganhadores e paga-rã, a cada, Cr$ 258.994.786. Oprêmio a cada um dos oitoacertadores da sena posteriorserá de Cr$ 97.123.046. A quina(957 premiados) vai pagar Cr$2.029.741; a quadra (45.587 con-templados), Cr$ 40.820.

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A imagem de conto defadas que o mundo viu em1981, quando o príncipeCharles, herdeiro do tronoinglês, casou-se com a pie-béia Diana, não existemais. Diana, sua verdadeirahistória, livro de AndrewMorton que chega no iníciode agosto às livrarias brasi-leiras, revela em detalhes otumultuado casamento, astentativas de suicídio deLady Di e a indiferença deCharles, que tem umaamante casada.

Um dos maiores violon-celistas do mundo se apre-senta hoje no Teatro Muni-cipal. É o pernambucanoAntônio Menezes, que há 10anos venceu em Moscou oconcurso Tchaikovsky, pa-ra jovens instrumentistas.

Cadeias lotadasPor falta de vagas nos pre-sídios, 38% dos presos con-denados pela Justiça cum-prem penas nas própriasdelegacias. Essa seria aprincipal origem das rebe-liões, como a do últimodomingo em São João deMeriti. (Página 15)

CotaçõesDólar comercial: Cr$4.061,87 (compra), Cr$4.061,92 (venda). Dólar para-leio: Cr$ 4.400 (compra), Cr$4.460 (venda). Dólar turis-mo: Cr$ 4.365,39 (compra),CrS 4.439,08 (venda). Saláriomínimo de julho: Cr$ 230mil. TR (Taxa Referencialde Juros): 23,69%. TRD (Ta-xa Referencial Diária):0,930373%. Tablita do dia28/07: 1,9428. Cadernetas depoupança com aniversáriohoje: 21,96680%. Fator deatualização de DepósitoEspecial Remunerado acu-mulado de 15/08 a 28/07:11,01006738%. Ufir do mês:CrS 2.104,28. Ufir diária:CrS 2.478,86. Unif para IP-TU residencial: CrS 54.089.Unif para IPTU comerciale territorial, ISS e Alvará:Cr$ 64.439,66. Taxa de expe-diente: CrS 12.887,93. Uferj:CrS 91.473. Ufinit: CrS85.998. UT de julho: CrS1.030. UPF: CrS 24.971.32.

CPI vai ao Uruguai investigar

empréstimo de Cláudio Vieira

O deputado Benito Gama e o sena-dor Amir Lando, presidente e relatorda CPI que investiga as atividades doempresário PC Farias, embarcam ho-je para o Uruguai, onde pretendeminvestigar as informações dadas on-tem pelo ex-secretário particular dopresidente Collor, Cláudio Vieira, àcomissão. Vieira explicou durantepouco mais de uma hora o emprésti-mo de US$ 5 milhões que fez em 1989junto a uma trading uruguaia e res-ponsabilizou o corretor Najum Tur-ner, da Bolsa Mercantil e de Futuros,que aplicava este dinheiro no merca-ao de ouro, pelos depositantes fan-tasmas da conta de Ana Acioli, secre-tária de Collor.

O depoimento de Vieira foi sus-penso e a CPI lhe deu um prazo de72 horas para que ele volte à comis-são com documentos que expliquema entrada e a movimentação dosdólares no país. Segundo Vieira, écom este dinheiro que Collor pagaseus gastos pessoais. Mas embora oemprestimo tenha sido feito no no-me de Cláudio Vieira, com aval dopresidente, ele não consta de suasdeclarações de renda. A CPI marcoupara quinta-feira mais um depoi-mento: o do corretor Najum Turner.

Governo reage

com otimismo

O governo reagiu com otimis-mo após a explicação de CláudioVieira sobre a origem dos recur-sos que pagam as despesas deCollor. "A

prova é convincente eexclui o presidente de qualquerresponsabilidade", resumiu o mi-nistro da Ação Social, Ricardo Fiú-za. "Cláudio Vieira jogou a oposi-ção na lona", comemorou odeputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). (Páginas 2 a 5 e Informe JB)

Brasília — Jamil Bittar

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Cláudio Vieira depôs durante pouco mais de uma hora, mas voltará à CPI na quinta-feira

Suderj interdita o

estádio do Maracanã

Oito dias depois da tragédia que pro-vocou a morte de três pessoas e ferimen-tos em mais de 80, com a queda da gradede proteção da arquibancada do Mara-canã, a Sudetj determinou a interdiçãodo estádio por tempo indeterminado. Pe-ritos do instituto Carlos Éboli concluí-ram semana passada que houve falhas

na instalação e na manutenção do gradil.Com a decisão, Vasco e Fluminense

terão negado o pedido que fizerampara usar o estádio no próximo do-mingo,'em,jogo da Copa Rio. Segundoa Suderj, <será possível, mais tarde,"compatibilizar a realização das obrascom eventos futebolísticos". (Pág. 16)

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Barcelona — Evandro Teixeira

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As regatas foram suspensas por falta de vento e deixaram Marcelo e Torben sem o que fazer

Basquete perde

da Espanha

O basquete do Brasil sofreu on-tem sua segunda derrota em Barce-lona, ao perder para a Espanha por101 a 100, ficando em difícil situa-ção para passar à fase final do tor-neio olímpico. Oscar e seus compa-nheiros têm de vencer agora doisadversários que faltam — Alemã-nha e Angola — e precisam que aCroácia vença Alemanha e Espanha.

Hoje o Brasil começa a competircom chances reais de conseguir me-dalhas. Na natação, Gustavo Borgesdisputa os lOOm livre, onde tem oquarto melhor tempo do mundo noano, e no judô o meio-pesado AurélioMiguel defende o título olímpico con-quistado há quatro anos em Seul.

Além da derrota no basquete, o

Esportes

time brasileiro sofreu ainda com aeliminação de Mario Tranquilini eEdilene Andrade no judô e a derro-ta, também por um ponto, da sele-ção de handebol para a Islândia. Osmelhores resultados foram colhidospelo pugilista Luís Freitas, pesomosca, que venceu seu primeiro ad-versário, e pelo time de hóquei sobrepatins, que goleou Angola por 8 a 1.

Fipe constata

inflação menor

para este mês

A inflação medida pela Fundação Insti-tuto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apre-sentou queda inesperada na segunda sema-na de julho, atribuída à diminuição dospreços (de 23,93% para 8,92%) do vestuá-rio feminino. A taxa ficou em 20,65%, comum recuo de 1,8 ponto percentual emrelação aos 22,45% do fechamento dejunho. (Negócios e Finanças, página 3)

Processo contra

bicheiros do Rio

tem novas provasO processo que tramita na 14a Vara

Criminal contra os banqueiros de bicho,acusados de formação de quadrilha eassociação para prática do tráfico deentoipecentes, será reforçado pelas de-núncias publicadas na edição de domin-go do JORNAL DO BRASIL. A repor-tagem mostra que os contraventoresforam sócios em transações imobiliáriase mantêm em seus próprios nomes lojasque funcionam como pontos de bicho.

No começo do ano, ainda na fase deinquérito, os bicheiros disseram nãohaver ligação entre eles e negaramaté participação na contravenção. Asevidências derrubam a defesa de quenão formam quadrilha

"porque malse conhecem", como afirmaram du-rante o interrogatório. (Página 14)

Lojas do Rio

venderam menos

30% até junhoLevantamento da Federação do Co-

mércio Varejista do Rio, feito em 1.200estabelecimentos, constatou que as ven-das no comércio do Grande Rio caíram30,7% no primeiro semestre, em compa-ração com igual período de 1991. Ospiores resultados ficaram com as lojas deutilidades domésticas (-64,7%) e autope-ças (-63,6%). Apenas dois setores mos-traram expansão, as concessionárias deveículos e as casas de material de cons-truçâo. Cresceram, respectivamente,4,9% e 2,7%. (Negócios e Finanças, pág. 3)

AOS POLlTICOS — Brinde DIMENSAO LEBLON AVALIACAO E COM- COB TRIP. 500M SO US PATEK DE PULSO BABA/ EMPREGADA • Ni- OURO BRILH. JoiaS MONZA SL/E 89 — 2 pts ro- COMPROEVENDO GOl GTS 90 — Vormelho alqueT-^'^o^Mo o.os num'np^nt mWRS BOLSO - Joias anti- em geral, cautelas, Pa- TEL. CETEL. TELERJ r'eS'

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JORNAL DO BRASIL

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TEMPO

No Rio e emNiterói, céuparcialmentenublado a nu-blado. Possi-

SSSS bilidade dechuvas no fim

do dia. Nevoeiros ao ama-nliecer. Temperatura está-vel. Máxima e mínima deontem: 24° em Bangu, San-ta Cruz e no Maracanã; e10,9° no Alto da Boa Vista.Mar calmo com visibilida-de moderada. Fotos do sa-télite, mapa e tempo nomundo, página 13.

SenaTrês apostadores, de SãoPàulo (dois) e do Amazo-nas, acertaram as dezenas07, 09, 15, 18, 27 e 34, sortea-das no concurso 228. Cada umreceberá CrS 1.022.201.882.A sena anterior também te-ve três ganhadores e paga-rá, a cada, Cr$ 258.994.786. Oprêmio a cada um dos oitoacertadores da sena posteriorserá de Cr$ 97.123.046. A quina(957 premiados) vai pagar Cr$2.029.741; a quadra (45.587 con-templados), Cr$ 40.820.

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A imagem de conto defadas que o mundo viu em1981, quando o príncipeCharles, herdeiro do tronoinglês, casou-se com a pie-béia Diana, não existemais. Diana, sua verdadeirahistória, livro de AndrewMorton que chega no iníciode agosto às livrarias brasi-leiras, revela em detalhes otumultuado casamento, astentativas de suicídio deLady Di e a indiferença deCharles, que tem umaamante casada.

Um dos maiores violon-celistas do mundo se apre-senta hoje no Teatro Muni-cipal. É o pernambucanoAntônio Menezes, que há 10anos venceu em Moscou oconcurso Tchaikovsky, pa-ra jovens instrumentistas.

Cadeias lotadasPor falta de vagas nos pre-sídios, 38% dos presos con-denados pela Justiça cum-prem penas nas própriasdelegacias. Essa seria aprincipal origem das rebe-liões, como a do últimodomingo em São João deMenti. (Página 15)

CotaçõesDólar comercial: CrS4.061,87 (compra), CrS4.061,92 (venda). Dólar para-leio: CrS 4.400 (compra), CrS4.460 (venda). Dólar turis-mo: CrS 4.365,39 (compra),CrS 4.439,08 (venda). Saláriomínimo de julho: CrS 230mil. TR (Taxa Referencialde Juros): 23,69%. TRD (Ta-xa Referencial Diária):0,930373%. Tablita do dia28/07:1,9428. Cadernetas depoupança com aniversáriohoje: 21,96680%. Fator deatualização de DepósitoEspecial Remunerado acu-mulado de 15/08 a 28/07:11,01006738%. Ufir do mês:CrS 2.104,28. Ufir diária:CrS 2.478,86. Unif para IP-TU residencial: CrS 54.089.Unif para IPTU comerciale territorial, ISS e Alvará:CrS 64.439,66. Taxa de expe-diente: CrS 12.887.93. Uferj:CrS 91.473. Ufinit: CrS85.998. UT de julho: CrS1.030. UPF: CrS 24.971,32.

CPI vai ao Uruguai investigar

empréstimo de Cláudio Vieira

Processo contra

bicheiros do Rio

tem novas provasO processo que tramita na 14a Vara

Criminal contra os banqueiros de bicho,acusados de formação de quadrilha eassociação para prática do tráfico deentorpecentes, será reforçado pelas de-núncias publicadas na edição de domin-go do JORNAL DO BRASIL. A repor-tagem mostra que os contraventorasforam sócios em transações imobiliáriase mantêm em seus próprios nomes lojasque funcionam como pontos de bicho.

No começo do ano, ainda na fase deinquérito, os bicheiros disseram nãohaver ligação entre eles e negaram;até participação na contravenção. Asevidências derrubam a defesa de quenão formam quadrilha

"porque malse conhecem", como afirmaram du-rante o interrogatório. (Página 14)

Fipe constata

inflação menor

para este mês

A inflação medida pela FundaçãoInstituto de Pesquisas Econômicas (Fi-pe) apresentou queda inesperada na se-gunda semana de julho, atribuída à di-minuição dos preços (de 23.93% para8.92%) do vestuário feminino. A ta-;xa ficou em 20,65%, com um recuo.de.1.8 ponto percentual em relação aos22.45% do fechamento de junho. Asvendas no comércio do Grande Rio caí-ram 30.7% no primeiro semestre, emrelação a igual período do ano pas-sado. (Negócios e Finanças, página 3)ü

O deputado Benito Gama e o se-nador Amir Lando, presidente e re-lator da CPI do PC, embarcam hoje

para Montevidéu, onde vão investi-gar as informações dadas ontem pe-lo ex-secretário particular do presi-dente Collor, Cláudio Vieira. Eleexplicou o empréstimo de US$ 5 mi-lhões que fez junto a uma tradinguruguaia e responsabilizou o corre-tor Najum Turner, que aplicava odinheiro em ouro, pelos depositantesfantasmas da conta de Ana Acioli,secretária de Collor. O governo rea-giu com otimismo após a explicaçãode Vieira. "A

prova é convincente eexclui o presidente de qualquer res-ponsabilidade", resumiu o ministroda Ação Social, Ricardo Fiúza.

O depoimento de Vieira foi suspen-so e a CPI lhe deu um prazo de 72horas para que ele volte à comissãocom documentos que expliquem a en-trada e a movimentação dos dólaresno Brasil. Segundo Vieira, é com estedinheiro que Collor paga seus gastospessoais. Mas embora o empréstimotenha sido feito no nome de CláudioVieira, com aval do presidente, ele nãoconsta de suas declarações de renda.

Corretor uruguaio

confirma o negócio

Em Montevidéu, Ricardo Forcei-la, dono da Alfa Trading, confirmouao enviado especial do JB, EtevaldoDias, o empréstimo de ÚS$ 5 mi-lhões feito por Cláudio Vieira. "Não

foi uma operação muito alta em ter-mos de mercado mundial", disse ele."É um negócio perfeitamente normalem Montevidéu." Vieira esteve comForcella no sábado para obter osdocumentos que entregou à CPI.

(Páginas 2 a 5 e Informe JB)

Brasília — Jamil Bittar

Vieira deporá novamente

Suderj decide

interditar o

Maracanã

Oito dias depois da tragédia que provo-cou a morte de três pessoas e ferimentosem mais de 80, com a queda da grade dèproteção da arquibancada do Maracanã, aSuderj determinou a interdição do está-dio por tempo indeterminado. Peritos do.Instituto Carlos Ébolí concluíram sema-na passada que houve falhas na instala-ção e na manutenção do gradil. (Pág. 16)

Brasil busca

hoje medalha

com Gustavo

O Brasil começa hoje a competircom chances reais de conseguir me-dalha com Gustavo Borges, que dis-puta os lOOm livre na natação, ondetem o quarto melhor tempo do mun-do no ano. No judô o meio-pesadoAurélio Miguel defende o títuloolímpico conquistado há quatroanos em Seul.

O basquete do Brasil sofreu on-tem sua segunda derrota em Barce-lona, ao perder para a Espanha por101 a 100, ficando em difícil situaçãopara passar à fase final do torneioolímpico. Oscar e seus companheirostêm de vencer agora dois adversáriosque faltam — Alemanha e Angola— e precisam que a Croácia vençaAlemanha e Espanha.

Além da derrota no basquete, otime brasileiro sofreu ainda com aeliminação de Mario íranquilini eEdilene Andrade no judô e a derro-ta, também por um ponto, da sele-ção de handebol para a Islândia. Osmelhores resultados foram colhidospelo pugilista Luís Freitas, peso-mosca, que venceu seu primeiro ad-versário, e pelo time de hóquei sobrepatins, que goleou Angola por Sal.

EsportesO time de basquete do Brasil sucumbiu à marcação espanhola

Ricardo Forcella, dono da Alfa Trading, mostra os documentos

Montevidéu — Luiz Antônio

Emílio Bonifacino, o cambista que enviou o dinheiro ao Brasil

AOS POLlTICOS — Bnnde DIMENSAO LEBLON AVALIACAO E COM- COB. TRIP. 500M SO US PATEK DE PULSO BABA/ EMPREGADA - Nl- OURO BRILH. JoiaS MONZA SL/E 89 - 2 pts ro- COMPRO E VENDO GOL GTS 90 — Vermelho algrafico inedito p/ 25 000 ta- 135M* VISTA LAGOA JO- PRA Jniaq RpIrS- 270 MIL — Fino gosto saldes nr., ... vel 2° grau. nao fume, durma Do da e vidro verde. T: 541-1696 —-rri rp cool compl. de fabr. u. donoxisias. Baixo custo/ qrande QUEI — R. nobre ed. luxo s. jt. vrdao 4at (2st c/closel) BOLSO — JoiaS anti- empreqo. lolga semanal, refe- 6fTl Q6T3I, C3UI6I8S, r3- LIAN. Aberia aosdomingos. I tL. Lfc I bL, IbLtnJ Qt eslado. 287-1494/ 267retorno Infs : 256-1572 and. alto p/morar slao 3 qts gios, uuro. uez anos lavbo 4bh 2cpcz 2gar terco nas antinnArin Ha rencia comprovadaminimorde te|< RolexeOUtrOS ci c 07 ? n e Linha COmDartilhada. 9938 AUTOMOBILE

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Juo

2 ? Io caderno ? terça-feira, 28/7/92 E Política e Governo JORNAL DO BRASIL

Coluna do Castello

Pode se atenuar a

crise de governoão há dúvi- sssr 1989. Oslucros

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da de quemudou a posiçãodo presidenteFernando Collorno quadro ex-posto pelas in-vestigações daComissão Parla-mentar de Inquérito. Onovo depoimento deCláudio Vieira, seu anti-go secretário, incumbi-do de gerir os recursos

para pagar as contaspessoais do presidentee as da sua família, re-velou a existência dosmeios para ^tenderàquelas despesas. Osrecursos estavam à dis-

posição do secretáriopara serem usados e

provinham de umaoperação licita.

Cabe à CPI examinaraprofundadamente essase outras informações pa-ra situá-las num contex-to do qual têm emergidorelações ambíguas dosmanipuladores das con-tas de Collor com o sis-tema do empresário PCFarias, contra o qual searticulam sérias acusa-ções de prática de tráfi-co de influência e deoutros atos ilícitos. Asinvestigações entraramfundo na configuraçãode uma promiscuidadefinanceira das contasde Collor com emissõesde cheques das empre-sas do PC e depósitosdelas em nome de pes-soas intimamente liga-das ao presidente.

Essa será a tarefa dos

próximos dias, mas o

que já se ficou sabendodeverá pelo menos ali-viar Collor de suspeitasmoralmente depreciati-vas. Agora já se tornou

possível admitir que elenão sabia necessaria-mente de irregularida-des e abusos que ocor-ressem em decorrênciada execução de atos

que delegara a auxilia-res e amigos. O efeito

político disso pareceóbvio e se a comissãonão dispuser de dados

que invalidem o depoi-mento de Cláudio Viei-ra a crise de governo po-derá atenuar-serapidamente. Os correli-

gionários do presidenteterão com que sustentarum apoio que de outromodo se tornaria inviável.

Seja qual for, no en-tanto, o curso desse epi-sódio, não há dúvida de

que mesmo sem mudar alegislação eleitoral —

coisa que se tornará im-

perativa antes das elei-

ções gerais de 1994 —

mudou a CPI a face po-lítica do país. Já nessaeleição municipal se no-tará o retraimento dosfinanciadores de eleiçõese o comportamento mais

prudente das empresas,

que terão de evitar essetipo de investimento deriscos. Os benefícios fu-iuros podem não existirou se transformaremem prejuízos certos co-mo está acontecendocom os grandes finan-ciadores da eleição de

que acaso te-nham obtido peloagenciamento deinfluências espú-rias já se transfor-maram em gros-sos prejuízos. Ocrime eleitoral

deixou de compensar.

Em pouco tempo ha-verá de se verificar tam-bém a influência do tra-balho da comissão mistado Congresso na defini-ção dos candidatos àfutura sucessão presi-dencial. Partidos e elei-tores estão como queintimados a afastar dadisputa quem não tivero perfil resistente e ca-

paz de impor-se a ava-liações inevitáveis a

que se devem submeteros pretendentes. Antesda seleção política ha-verá uma seleção mo-ral, imprescindível paraindicar opções ao elei-torado. O quadro de1989 não se repetirá.

Tudo o que está se

passando induz tambéma um reexame dos pres-supostos do sistema degoverno. A propostaparlamentarista ganhouadeptos ao longo dessacrise. Depois dela ficoumais fácil a frente pelamudança obter do Se-nado aprovação daemenda constitucionalque antecipa a data do

plebiscito e tornou pre-visível uma mudançadas tendências do elei-torado para endossaruma proposta que porenquanto seduz apenasos grupos dirigentes.

Mesmo que, a crité-rio da CPI, não se altereo quadro com o depoi-mento de Cláudio Viei-ra e que, em conse-qüência, a crisemantenha os sintomasde uma crise terminalque se evidenciaramnos últimos dias, a ex-

periência parlamenta-rista tornou-se uma al-ternativa muito forte.Não que se queira usá-la como solução deemergência conformeaconteceu em 1961,mas a permanência deCollor ou sua substitui-ção por Itamar Francoterão se tornado outrosdados de crise só remo-viveis no futuro pelamudança do própriosistema de governo.

Política e eticamentea vida pública do Brasiltende a mudar celere-mente depois do dramagerado pelas investiga-ções sobre o eventualenvolvimento do gover-no por gangs de mani-pulação de recursos e dearmação de subornosque prosperem à som-bra de esquemas vito-riosos em eleições quese processam sem o con-trole moral e judicial danação. As eleições pie-biscitárias estão conde-nadas e a legislação queas viabilizou terá de seralterada, se é que não sealtere a própria Consti-tuição para mudar as re-eras de soverno.

Carlos Castello Branco

Uruguaio confirma versão de VieiraC Reprodução

Etevaldo DiasEnviado especial

M0NTEVI-DÉU — RicardoForcella, 63anos, cavanha-que grisalho, do-no da Alfa Tra-ding, umescritório de corretagem, instaladoem três salas, no sétimo andar daCalle Misiones, é um homem impor-tante para a defesa do presidente Fer-nando Collor diante da CPI. É dePorcella a assinatura em contrato desete páginas, datado de 16 de janeirode 1989, concedendo a Cláudio Fran-cisco Vieira, carta de crédito de US$5 milhões, tendo como avalistasF .Collor de Mello e os empresáriosPaulo Octavio e Luís Estêvão.

Foi com parte desta fortuna, exa-tos US$ 3.750 mil, aplicados no mer-cado de ouro, através do investidorNajum Turner, em São Paulo, queVieira justificou os depósitos milio-nários que permitiram cobrir gastospessoais e da reforma da Casa daDinda, do presidente Collor.

O dinheiro seguiu um caminhboconhecido no Uruguai, o paraíso fis-cal. Saiu da conta ae Forcella, passoupelo cambista Emílio Bonafacino, quedescarregou, através de três remessas,passadas a cambistas diferentes, deSão Paulo e Ponta Porã, no Paraguai,diretamente, em dinheiro vivo, paraNajum, em 25 de abril de 1989.

O empréstimo — Ê difícil*acreditar que alguém,em Montevi-déu, no Uruguai, se disponha a con-ceder um crédito de cinco milhões dedólares a um desconhecido alagoano,morador em Maceió, chamado Cláu-dio Vieira, que podia exibir em seu

currículo, "à época, apenas o fato deser secretáriao do governador de Ala-goas".

Forcella, antes de iniciar a conver-sa, puxa da gaveta cópia da lei uru-guaia

"Sistema de Intermediações Fi-nanceiras", aponta com o dedo oartigo 25, que trata do segredo pro-fissional, e adverte: "Só vou falar oque posso e é pouco. Se eu ferir osegredo profissional perco minhaprofissão e posso pegar até 3 anos decadeia".

Mesmo assim, ele explica que onegócio não foi feito diretamentecom Cláudio Vieira, mas através deum de seus correspondentes no Bra-sil, que levantou dados do cliente, dogovernador Collor e, principalmente,dos dois avalistas. O empréstimo foisolicitado a 16 de janeiro, mas só foiconcedido três meses depois, tempo

3ue precisou para levantar o cadastro

e seu cliente e para recrutar os fun-dos. E de quem e o dinheiro? Ele nãodiz, novamente alegando segredoaprofissional, mas explica que costu-ma arrrecadar de investidores uru-guaios, argentinos, espanhóis e deoutros países.

Forcella explica que o empréstimofoi concedido a longo prazo, seteanos com pagamento dos juros só nofinal do prazo, por isto foi um poucomais difícil de obtê-lo no mercado.Mas os juros foram altos para ospadrões internacionais: 5% ao anoacima da Libor, algo em torno de3,5%, segundo a taxa atual, e emdólares."Esta não é uma operação muitoalta em termos de mercado mundial,tenho algumas muito maiores. É umnegócio perfeitamente normal entreos corretores de Montevidéu", expli-ca Forcella. Ele não acha estranhoque uma operação deste vulto tenha

PROMISSORY NDTE j

Amount: US« 5 000.000,00 (<ivp million Opllir»)

Plec* of J«tuance Mac»lo/Br*zi1

D«t« o* Im»u*ncr: April ES, 1969

For value rtfCffived and to be nrceiv»?d undor a Credit Agrtíffmpnt *«x*»cut»d by and betwewn AL.KA TRADING S.A., as Lender, and CLAUDIÇFRANCISCO VIEIRA, Borrower, on JanuAry 16, 19B9, U AUDIO rFRANCISCO VIEIRA Bh-ill P»v to Al.FA TRADING S.A . or to i t* cirder,'• t th» city oi flaeiMci, o-t A)»soa». Brazil, or to any otherplace or mann»r that ALFA TRADING S.A may det.crmi na te, inimmediately avai l.ible «urid», the amount in Brazilian c.urrencycquívalant to US» S.000.000,00 (five million Dollar»), on April ...P5, 1996. Ihi» Ncitf IS ¦»ully e"arantei»d by "aval" hy theundcrtignfvd individual», This Note could not be endoraed Mithoutth» prvvinu* wrxttnn c:nnt»nt o+ the obligor, Cláudio Kranci«coVieir,

CLÁUDIO FRANCI6CU VIEIRA

üuarantor by "aval":

_ £. ÇéédC di.oX~"í» i *'rw \ f L\ 15aS'.Jrl ii• J| O* s2 . -

Cl- /YS<?>/¦«Uf-O*/Wutc S0.

Fac-símile da promissória avalizada por Collor

sido feita com pessoa física, porqueconfia mais nelas que nas jurídicas."Se empresto para um banco, porexemplo, na hora de pagar argumen-tam impedimentos legais, seus depar-tamentos jurídicos colocam monta-nhas de complicações. Já a pessoafísica com boa garantia e, principal-mente, boa apresentação de avalistasé muito mais seguro" confessa.

Prova de data — Forcella sa-be que seu nome está metido namaior crise política brasileira dos úl-timos 30 anos. Cláudio Vieira estevecom ele no último sábado para obter

os derradeiros documentos que preci-sava para apresentar à CPI e deu-lheum relato do tamanho da embrulha-da em que a CPI havia metido opresidente Collor.

Ele compreende a insistência em seobter provas de que o empréstimo foiefetivamente tomado em 1989, e nãoproduto de uma operação salvadora,montada nas últimas semanas. "Mas

que provas vocês querem, não bastasaber que sou corretor há 42 anos emMontevidéu, de ter sido durantC'6anos vice-presidente da Bolsa de Valo-rcs e da Câmara de Comércio?

Em busca de 'boletos'

As perguntas deixam RicardoForcella irritado. "Eu não sou umsuicida, jamais poderia participar deuma farsa impunemente, isto acaba-ria comingo." Levanta-se em sua pe-quena sala, singelamente decorada,tendo um velho sabre pendurado àsua esquerda e uma desarramudaprateleira de livros à direita, paramostrar seu diploma profissional."Sou ainda delegado da Bolsa de Va-lores do Uruguai perante a Federa-ção Iberoamericana de Bolsa de Va-lores, sou um nome muito conhecidono meu país e fora dele", insiste.

O currículo de Ricardo Forcella,entretanto, nao é suficiente para afas-tar todas as suspeitas levantadas pé-los parlamentares da CPI. É precisoprovar. O cambista Emílio Bonifaci-no é o segundo uruguaio nesta linhade empréstimo, foi responsável ppelatransformação de US$ 3.750 mil, naépoca, em cruzados novos colocadosnas mãos de Najum Turner, o me-gaespeculador de ouro na BM&F. Osdólares transformaram-se nas mãosde Najum em 301.036,79kg de ouro,dos quais, segundo documento firma-do pelo próprio especulador, aindarestam em depósito 16.963,21 kg.

Bonifacino entrou no negócio porindicação de Forcella, amigo e ex-vi-zinho. Lembra-se de que, apesar denão ter sido sua maior operação decâmbio, foi bem expressiva. Ele co-nhecia bem o destinatário dos dóla-res, Najun, uruguaio como ele, radi-cadoa no Brasil há muito tempo, comquem sempre operava. Como eramuito dinheiro, Bonifacino teve que

dividir a operação entre vários cam-bistas, para evitar especulação nomercado. Por isso usou caminhos di-versos, até os amigos de Ponta Porã.

A operação de Boni, como é co-nhecido no Uruguai, é tomar os dóla-res de Forcella, para transformá-losem cruzeiros novos, em São Paulo. Aprova que Boni tem de que a opera-ção foi feita efetivamente em 1989são seus boletos que, acreditava, se-riam suficientes para explicar tudo.Surpreendeu-se quando lhe foi ditoque tudo podia ser produto de frau-de, de boletos falsificados.

Boni, depois de explicado o nívelda crise brasileira, foi até sua casa,em busca de antigos arquivos, e con-seguiu a série de boletos, controladospelo Banco Central, para demonstrarque a numeração da operação deVieira estava de acordo com seu blo-co de 89. Boni teve apenas o cuidadode apagar nomes de clientes, quasetodos argentinos, e de mostrar os ori-ginais. Mesmo assim, assustado coma extensão da crise brasileira, prome-teu vasculhar seus papéis para encon-trar um recibo de Najum que, segun-do ele, afastará todas as dúvidas.

Mas se a CPI quiser mesmo com-provar que o empréstimo foi feito em1989 pode chamar o testemunho doescrivão Rodolfo Delgado, que deu féao contrato. Delgado, compreensivo,solicitará hoje, como reforço, um cer-tificado da Casa Notarial, espécie decartório-mór do Uruguai, para com-provar que a numeração de seu docu-mento, realmente, é de 1989.

NAJUM TURNER

Especular é seu forte

SÃO PAULO — O especulador

de ouro Najun Turner, cadas-trado como sócio efetivo número5.158 da Bolsa de Mercadorias e deFuturos (BM&F) é uma velho conhe-cido do mercado por seu arrojo ope-racional, e também da Receita Fede-ral, com quem tem briga judicialenvolvendo dívida de l)S$ 5 milhões..Segundo cálculos de experientes pro-fissionais do mercado de ouro, Najun(pronuncia-se Naun) já movimentoucerca de 100 toneladas (equivalente aUSS 1,2 bilhão) no pregão daBM&F, entre ordens de compra evenda dadas a dezenas de corretorase distribuidoras, principalmente aSpread, Trend Futures, Ourinvest,Marsam, BMG, Crefisul, Novoin-vest, Operadora e Banbrasília. Desde86, data de fundação da BM&F, Na-jun já quebrou algumas vezes, mas, setivesse conseguido êxito em todas asoperações, teria abocanhado cerca deUSS 36 milhões de lucro e deveriapagar USS 720 mil só de PIS e Finso-ciai, fora o Imposto de Renda.

Segundo profissionais do merca-do, Najun, porém, jamais pagouqualquer centavo ao governo, tendohoje um contencioso com a Receitade USS 5 milhões. Quando alguémcompra ouro e vende no dia seguinte,deve pagar 2% referentes à diferençade preços por conta de PIS e Finso-ciai. Deve pagar mais cerca de 60%do lucro líquido ao IR. Chamou aatenção dos operadores do mercadoo fato de Najun ter assumido contra-to para administrar o ouro de Vieira.

Najun é pessoa física, não teminstituição financeira e por isso estáimpedido, segundo a legislação braSi-leira, de emprestar ou administrar re-cursos de terceiros. Mesmo sendo sg-cio efetivo da BM&F, título que naolhe dá direito de intermediar opera-ções para terceiros. Najun, porém,quis resolver esse problema nos últl-mos meses, tentando comprar a Dis-tribuidora Lor, liquidada pelo BancoCentral no ano passado. Foi grandeoperador em 86 e 87, quando o Uru-guai exportava 30t de ouro por contado metal contrabandeado do Brasil.

Conhecido como "efeito estrela",o mercado de ouro viveu dias muitoagitados no final de 89. Najun che-gou a movimentar entre,3 e 5 tonela-das de ouro sozinho. É conhecido,ainda, como operador ousado qjje"peitava" do Citibank ao Banco Cen-trai. Ou seja, se o BC vendia, ele com-prava. Se o Citi comprava, ele vendia.Um apostador nato, do tipo Naji Na-has. Trabalhava com financiadores,que lhe emprestavam dinheiro pararealizar operações. Um dos nomes,ei-tados é Antônio Pires, dono da Turis-top, agência instalada no centro velhopaulista.

"Não tenho nada com isso enão conheço Najun", descartou Pires."Meu negócio é turismo."

Segundo profissionais do merca-do, os documentos lavrados por Na*-jun e Vieira são duvidosos. É sabido,por exemplo, que tabeliões uruguaios"vendem'"fctestados de qualquer na-tureza para quem quiser e pagarbem. "•?

Conta de Ana continua misteriosa

A CPI do caso PC está investigan-do a origem dos recursos dos deposi-tantes na conta de Ana Acioli, secre-tária do presidente Collor, e concluiuque não eram supridos pelo esquemado operador Najum Turner, comoalegou Cláudio Vieira. "Os fantas-mas recebiam recursos de outras fon-tes, mas não podemos adiantar nadapara não prejudicar o levantamentodas provas", assegurou um dos parla-mentares da comissão, que tem acessoao cruzamento das informações dosextratos bancários de todos os quealimentavam a conta destinada a pa-gar as despesas pessoais do presidente.

Outra prova contra a defesa deVieira é que o fantasma Flávio Mau-rício Ramos é Rosinete Melanias, se-cretária de Paulo César Farias. Cláu-dio Vieira apresentou declaraçãoassinada por Turner em que o investi-dor garante que Flávio Ramos é umdos seus operadores e, por isso, abas-

teceria a conta de Ana Acioli. "Oresultado informal do exame grafo-técnico mostra que Flávio é Rosinete.Era a secretária de PC quem deposi-tava na conta de Ana", afirma outrointegrante da CPI. Além disso, a CPInão encontrou qualquer depósito deNajum Turner nas contas de AnaAcioli, dos seis depositantes fantas-mas e do doleiro Jorge Conceição —os sete são, alegadamente, os opera-dores de Turner encarregados de re-passar as aplicações de Vieira.

A obtenção de um empréstimo noexterior de USS 5 milhões tendo co-mo garantia apenas o aval de pessoasfísicas exigiria do tomador do finan-ciamento um patrimônio 130% supe-rior ao valor do crédito. "Uma ope-ração desse porte exige garantiasreais, como propriedades, ouro ouum depósito de vulto no exterior",assegura um integrante da CPI.

O esquema 'laranja'

O fato de Cláudio Vieira ter ope-rado em nome de outras pessoas —os chamados laranjas — na movi-mentação do empréstimo obtido noUruguai não causou surpresa nomercado financeiro. Segundo os espe-cialistas, esse mecanismo é utilizadopor grandes investidores que queremfugir da Receita Federal ou preten-dem esquentar dinheiro provenientede operações ilícitas.

O nome laranja ganhou as man-chetes em junho de 1989, quandoomegaespeculador Naji Nahas emitiucheques sem fundos para pagar suasoperações e quase levou as bolsas devalores â bancarrota. Naquela época,descobriu-se que Nahas tinha fecha-do negócios usando nomes de funcio-nários de suas empresas. A maiorparte deles de baixa renda, que nuncachamariam a atenção do Fisco.

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PÁGINA FORA DE FOCO

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U

2 ? 1° caderno ? terça-feira, 28/7/92 ? 2a Edição Política e Governo JORNAL DO BRASIL

Coluna do Castello

Pode se atenuar a

crise de governo"M"ão há dúvi-

da de quemudou a posiçãodo presidenteFernando Collorno quadro ex-posto pelas in-'Tyestigações

daComissão Parla-mentar de Inquérito. 0novo depoimento de

„,Cláudio Vieira, seu anti-go secretário, incumbi-do de gerir os recursospara pagar as contaspessoais do presidentee as da sua família, re-velou a existência dosmeios para atender

-àquelas despesas. Osjrecursos estavam à dis-posição do secretáriopara serem usados eprovinham de uma

^operação lícita.Cabe à CPI examinar

-aprofundadamente essas!'e outras informações pa-

ra situá-las num contex-to do qual têm emergidorelações ambíguas dosmanipuladores das con-~'tas

de Collor com o sis-tèma do empresário PCFarias, contra o qual searticulam sérias acusa-

~çÕes de prática de tráfi-:^co de influência e de!I5utros atos ilícitos. As

j<«investigações entraramilundo na configuração

j *-de uma promiscuidade

, financeira das contas' de Collor com emissõesI Cde cheques das empre-

|;ísas do PC e depósitosdelas em nome de pes-

I; soas intimamente liga-

(• das ao presidente.Essa será a tarefa dos

I; próximos dias, mas o. que já se ficou sabendo

[' deverá pelo menos ali-viar Collor de suspeitas

| j moralmente depreciati-vas. Agora já se tornou

|; possível admitir que elenão sabia necessaria-

! mente de irregularida-

; des e abusos que ocor-, ressem em decorrência; da execução de atos

|; que delegara a auxilia-res e amigos. O efeito

|i político disso pareceóbvio e se a comissãonão dispuser de dados

|; que invalidem o depoi-mento de Cláudio Viei-

11 ra a crise de governo po-derá atenuar-serapidamente. Os correli-gionários do presidente

|i terão com que sustentarum apoio que de outro

Imodo se tornaria inviável.Seja qual for, no en-

tanto, o curso desse epi-li sódio, não há dúvida de

que mesmo sem mudar alegislação eleitoral —

; coisa que se tornará im-, perativa antes das elei-

ções gerais de 1994 —; mudou a CPI a face po-

lítica do país. Já nessa

| eleição municipal se no-tará o retraimento dosfinanciadores de eleições

|: e o comportamento maisprudente das empresas,

| que terão de evitar essetipo de investimento deriscos. Os benefícios fu-

|: turos podem não existirou se transformaremem prejuízos certos co-mo está acontecendocom os grandes finan-ciadores da eleição de

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-v- • :^rVv. vmrfgaHr

1989. Oslucrosque acaso te-nham obtido peloagenciamento deinfluências espú-rias já se transfor-

^•«r maram em gros-jL T sos prejuízos. O

crime eleitoraldeixou de compensar.

Em pouco tempo ha-verá de se verificar tam-bém a influência do tra-balho da comissão mistado Congresso na defini-ção dos candidatos àfutura sucessão presi-dencial. Partidos e elei-tores estão como queintimados a afastar dadisputa quem não tivero perfil resistente e ca-paz de impor-se a ava-liações inevitáveis aque se devem submeteros pretendentes. Antesda seleção política ha-verá uma seleção mo-ral, imprescindível paraindicar opções ao elei-torado. O quadro de1989 não se repetirá.

Tudo o que está sepassando induz tambéma um reexame dos pres-supostos do sistema degoverno. A propostaparlamentarista ganhouadeptos ao longo dessacrise. Depois dela ficoumais fácil a frente pelamudança obter do Se-nado aprovação daemenda constitucionalque antecipa a data doplebiscito e tornou pre-visível uma mudançadas tendências do elei-torado para endossaruma proposta que porenquanto seduz apenasos grupos dirigentes.

Mesmo que, a crité-rio da CPI, não se altereo quadro com o depoi-mento de Cláudio Viei-ra e que, em conse-qüência, a crisemantenha os sintomasde uma crise terminalque se evidenciaramnos últimos dias, a ex-periência parlamenta-rista tornou-se uma al-ternativa muito forte.Não que se queira usá-la como solução deemergência conformeaconteceu em 1961,mas a permanência deCollor ou sua substitui-ção por Itamar Francoterão se tornado outrosdados de crise só remo-viveis no futuro pelamudança do própriosistema de governo.

Política e eticamentea vida pública do Brasiltende a mudar celere-mente depois do dramagerado pelas investiga-ções sobre o eventualenvolvimento do gover-no por gangs de mani-pulaçào de recursos e dearmação de subornosque prosperem à som-bra de esquemas vito-riosos em eleições quese processam sem o con-trole moral e judicial danação. As eleições pie-biscitárias estão conde-nadas e a legislação queas viabilizou terá de seralterada, se é que não sealtere a própria Consti-tuição para mudar as re-gras de governo.

Carlos Castello Branco

Uruguaio confirma versão de Vieiras

Etevaldo DiasEnviado especial

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MONTEVI-DÉU — RicardoForcella, 63anos, cavanha-que grisalho, do-no da Alfa Tra-ding, umescritório de corretagem, instaladoem três salas, no T andar da CalleMisiones, é um homem importantepara a defesa do presidente FernandoCollor diante da CPI. É de Forcella aassinatura em contrato de sete pági-nas, datado de 16 de janeiro de 1989,concedendo a Cláudio FranciscoVieira carta de crédito de US$ 5 mi-lhões, tendo como avalistas F.Collorde Mello e os empresários Paulo Oc-tavio e Luís Estêvão.

Foi com parte desta fortuna, exa-tos USS 3.750 mil, aplicados no mer-cado de ouro, através do investidorNajun Turner, em São Paulo, queVieira justificou os depósitos milio-nários que permitiram cobrir gastospessoais e da reforma da Casa daDinda, do presidente Collor.

O dinheiro seguiu um caminho co-nhecido no Uruguai, o paraíso fiscal.Saiu da conta de Forcella, passoupelo cambista Emílio Bonafacino,que descarregou, através de três re-messas, passadas a cambistas diferen-tes, de São Paulo e Ponta Porã, noParaguai, diretamente, em dinheirovivo, para Najun, em 25 de abril de1989.

O empréstimo — É difícilacreditar que alguém no Uruguai sedisponha a conceder um crédito de-US$ 5 milhões a um desconhecidoalagoano, morador em Maceió, cha-mado Cláudio Vieira, que podia exi-

bir em seu currículo, "à época, ape-nas o fato de ser secretário dogovernador de Alagoas".

Forcella, antes de iniciar a conver-sa, puxa da gaveta cópia da lei uru-guaia "Sistema de Intermediações Fi-nanceiras", aponta com o dedo oartigo 25, que trata do segredo pro-fissional, e adverte: "Só vou falar oque posso, e é pouco. Se eu ferir osegredo profissional perco minhaprofissão e posso pegar até três anosde cadeia".

Mesmo assim, ele explica que onegócio não foi feito diretamentecom Cláudio Vieira, mas através deum de seus correspondentes no Bra-sil, que levantou dados do cliente, dogovernador Collor e, principalmente,dos dois avalistas. O empréstimo foisolicitado a 16 de janeiro, mas só foiconcedido três meses depois, tempoque precisou para levantar o cadastrode seu cliente e para recrutar os fun-dos. E de quem e o dinheiro? Ele nãodiz, novamente alegando segredoprofissional, mas explica que costu-ma arrecadar de investidores uru-guaios, argentinos, espanhóis e deoutros países.Forcella explica que o empréstimofoi concedido a longo prazo, seteanos, com pagamento dos juros só nofinal do prazo. Por isto foi um poucomais difícil de obtê-lo no mercado.Mas os juros foram altos para ospadrões internacionais: por ano, umspread de 5% acima da Libor (queestá em torno de 3,5%) e em dólares."Esta não é uma operação muitoalta em termos de mercado mundial;tenho algumas muito maiores. É umnegócio perfeitamente normal entreos corretores de Montevidéu", expli-ca Forcella. Ele não acha estranhoque uma operação deste vulto tenhasido feita com pessoa física, porque

ReproduçãoPROMISSORY NOTE

Amount: US» 5 000.000,00 (fivr million Dpllar»)

Placo of Imtu«ncf M«c«lo/BraiiI

Dât«f o* Is«u*ncr: April E5, 1?B?

For value rtfcvivrd and to b* rrc»iv*d und»r a Cr»dit Aor*»mentexpcutvd by and betwvsn ALKA TRADINK S.A., ac Lvnder, and CLÁUDIOFRANCISCO VIEIRA, a» Borrowcr, on January 16, 19B9, U.AUDIOFRANCISCO VIEIRA shaU par to ALFA TRADING S A . ar to i t* crdprat th» c:ity oi Naeuio, fitat* oi Alago*», Brazil, tir to any othrror fliânnwr that ALFA TRADING S.A. may detcrmi na te. inimmediAttfly availablt? 4und», the «mount in Brazilian currencyvquivalvnt to US» S.000.000,00 (five million Dollars), on AprilPS, JVV6. Ihis Ncitr ¦» 4ullc B"araritepd by "aval" by th*undvrsignitd individuais Thim Note could not be wndorwd withoutth» prfviou» Hrittnn cnnsvnt o* th* oblisor, Cláudio FranciscoViair

CLÁUDIO FRANCI6CÜ VIEIRA

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Prova de data — Forcella sa-be que seu nome está metido namaior crise política brasileira dos úl-timos 30 anos. Cláudio Vieira estevecom ele no sábado passado para ob-ter os derradeiros documentos de que

precisava para apresentar à CPI £fez-lhe um relato do tamanho da em-brulhada em que a CPI havia metido,o presidente Collor. ux,

Ele compreende a insistência emse obter provas de que o empréstimo^foi efetivamente tomado em 1989, e'não produto de uma operação salva-"dora, montada nas últimas semanas.,"Mas

que provas vocês querem, nãcfbasta saber que sou corretor há 42anos em Montevidéu, de ter sido dü-'rante seis anos vice-presidente d'CBolsa de Valores e da Câmara 4&,Comércio?"

Em busca de 'boletos' NAJUM TURNER

As perguntas deixam RicardoForcella irritado. "Eu não sou umsuicida, jamais poderia participar deuma farsa impunemente, isto acaba-ria comigo." Levanta-se em sua pe-quena sala, singelamente decorada,tendo um velho sabre pendurado àsua esquerda e uma desarrumadaprateleira de livros â direita, paramostrar seu diploma profissional."Sou ainda delegado da Bolsa de Va-lores do Uruguai perante a Federa-ção Iberoamericana de Bolsas de Va-lores, sou um nome muito conhecidono meu país e fora dele", insiste.

O currículo de Ricardo Forcella,entretanto, não é suficiente para afas-tar todas as suspeitas levantadas pe-los parlamentares da CPI. É precisoprovar. O cambista Emílio Bonifaci-no é o segundo uruguaio nesta linha,de empréstimo, foi responsável pelatransformação de US$ 3.750 mil, naépoca, em cruzados novos colocadosnas mãos de Najun Turner, o me-gaespeculador de ouro na BM&F. Odinheiro transformou-se nas mãos deNajun em 301.036,79g de ouro, dosquais, segundo documento firmadopelo próprio especulador, ainda res-tam em depósito 16.963,21g.

Bonifacino entrou no negócio porindicação de Forcella, amigo e ex-vi-zinho. Lembra-se de que, apesar denão ter sido sua maior operação decâmbio, foi bem expressiva. Ele co-nhecia bem o destinatário da quantia,Najun, uruguaio como ele, radicadono Brasil há muito tempo, com quemsempre operava. Como era muito di-nheiro, Bonifacino teve que dividir a

operação entre vários cambistas, paraevitar especulação no mercado. Porisso usou caminhos diversos, até osamigos de Ponta Porã.

A operação de Boni, como é co-nhecido no Uruguai, é tomar os dóla-res de Forcella, para transformá-losem cruzeiros novos, em São Paulo. Aprova que Boni tem de que a opera-ção foi feita efetivamente em 1989são seus boletos que, acreditava, se-riam suficientes para explicar tudo.Surpreendeu-se quando lhe foi ditoque tudo podia ser produto de frau-de, de boletos falsificados.

Boni, depois de explicado o nívelda crise brasileira, foi até sua casa,em busca de antigos arquivos, e con-seguiu a série de boletos, controladospelo Banco Central, para demonstrarque a numeração da operação deVieira estava de acordo com seu blo-co de 89. Boni teve apenas o cuidadode apagar nomes de clientes, quasetodos argentinos, e de mostrar os ori-ginais. Mesmo assim, assustado coma extensão da crise brasileira, prome-teu vasculhar seus papéis para encon-trar um recibo de Najun que, segun-do ele, afastará todas as dúvidas.

Mas se a CPI quiser mesmo com-provar que o empréstimo foi feito em1989 pode chamar o testemunho doescrivão Rodolfo Delgado, que deu féao contrato. Delgado, compreensivo,solicitará hoje, como reforço, um cer-tificado da Casa Notarial, espécie decartório-mór do Uruguai, para com-provar que a numeração de seu docu-mento, realmente, é de 1989. (E.D.)

Especular é seu forte

SÃO PAULO — O especulador

de ouro Najun Turner, cadas-trado como sócio efetivo número5.158 da Bolsa de Mercadorias e deFuturos (BM&F) é uma velho conhe-cido do mercado por seu arrojo ope-racional, e também da Receita Fede-ral, com quem tem briga judicialenvolvendo dívida de USS 5 milhões.Segundo cálculos de experientes pro-fissionais do mercado de ouro, Najun(pronuncia-se Naun) já movimentoucerca de 100 toneladas (equivalente aUSS 1,2 bilhão) no pregão daBM&F, entre ordens de compra evenda dadas a dezenas de corretorase distribuidoras, principalmente aSpread, Trend Futures, Ourinvest,Marsam, BMG, Crefisul, Novoin-vest, Operadora e Banbrasília. Desde86, data de fundação da BM&F, Na-jun já quebrou algumas vezes, mas, setivesse conseguido êxito em todas asoperações, teria abocanhado cerca deUSS 36 milhões de lucro e deveriapagar USS 720 mil só de PIS e Finso-ciai, fora o Imposto de Renda.

Segundo profissionais do merca-do, Najun, porém, jamais pagouqualquer centavo ao governo, tendohoje um contencioso com a Receitade USS 5 milhões. Quando alguémcompra ouro e vende no dia seguinte,deve pagar 2% referentes à diferençade preços por conta de PIS e Finso-ciai. Deve pagar mais cerca de 60%do lucro líquido ao IR. Chamou aatenção dos operadores do mercadoo fato de Najun ter assumido contra-to para administrar o ouro de Vieira.

Najun é pessoa física, não teminstituição financeira e por isso est^impedido, segundo a legislação brasilleira, de emprestar ou administrar .ri-cursos de terceiros. Mesmo sendo só*cio efetivo da BM&F, título que nãcf-lhe dá direito de intermediar opera?ções para terceiros. Najun, porém,quis resolver esse problema nos ú|ti£mos meses, tentando comprar a Dis»tribuidora Lor, liquidada pelo BancoCentral no ano passado. Foi grandeoperador em 86 e 87, quando o Uru-'guai exportava 30t de ouro por cont^' .do metal contrabandeado do Brasil, ¦'!_

Conhecido como "efeito estrela'1;*o mercado de ouro viveu dias muitjÈTagitados no final de 89. Najun che-~gou a movimentar entrei e 5 tonela-'das de ouro sozinho. É conhecido?ainda, como operador ousado quer"peitava" do Citibank ao Banco Cen-trai. Ou seja, se o BC vendia, ele coniVprava. Se o Citi comprava, ele vendia.Um apostador nato, do tipo Naji Ná-has. Trabalhava com financiadores,que lhe emprestavam dinheiro paiurealizar operações. Um dos nomes ei-,tados é Antônio Pires, dono da Tu ris"'top, agência instalada no centro velhopaulista. "Não tenho nada com isso e,não conheço Najun", descartou Pires."Meu negócio é turismo." . •,*

Segundo profissionais do merca-;do, os documentos lavrados, por Na-jun e Vieira são duvidosos. É sabido,-,por exemplo, que tabeliões uruguaios,"vendem" atestados de qualquer na-^tureza para quem quiser e pagarbem. ,

Conta de Ana eontinua misteriosa

A CPI do caso PC está investigan-do a origem dos recursos dos deposi-tantes na conta de Ana Acioli, secre-tária do presidente Collor, e concluiuque não eram supridos pelo esquemado operador Najum Turner, comoalegou Cláudio Vieira. "Os fantas-mas recebiam recursos de outras fon-tes, mas não podemos adiantar nadapara não prejudicar o levantamentodas provas", assegurou um dos parla-mentares da comissão, que tem acessoao cruzamento das informações dosextratos bancários de todos os quealimentavam a conta destinada a pa-gar as despesas pessoais do presidente.

Outra prova contra a defesa deVieira é que o fantasma Flávio Mau-rício Ramos é Rosinete Melanias, se-cretária de Paulo César Farias. Cláu-dio Vieira apresentou declaraçãoassinada por Turner em que o investi-dor garante que Flávio Ramos é umdos seus operadores e, por isso, abas-

teceria a conta de Ana Acioli. "Oresultado informal do exame grafo-técnico mostra que Flávio é Rosinete.Era a secretária de PC quem deposi-tava na conta de Ana", afirma outrointegrante da CPI. Além disso, a CPInão encontrou qualquer depósito deNajum Turner nas contas de AnaAcioli, dos seis depositantes fantas-mas e do doleiro Jorge Conceição —os sete são, alegadamente, os opera-dores de Turner encarregados de re-passar as aplicações de Vieira.

A obtenção de um empréstimo noexterior de USS 5 milhões tendo co-mo garantia apenas o aval de pessoasfísicas exigiria do tomador do finan-ciamento um patrimônio 130% supe-rior ao valor do crédito. "Uma ope-ração desse porte exige garantiasreais, como propriedades, ouro ouum depósito de vulto no exterior",assegura um integrante da CPI.

O esquema 'laranja'

O fato de Cláudio Vieira ter ope-rado em nome de outras pessoas —os chamados laranjas — na movi-mentação do empréstimo obtido noUruguai não causou surpresa nomercado financeiro. Segundo os espe-cialistas, esse mecanismo é utilizadopor grandes investidores que queremfugir da Receita Federal ou preten-dem esquentar dinheiro provenientede operações ilícitas.

O nome laranja ganhou as man^chetes em junho de 1989, quando ò'megaespeculador Naji Nahas emitiu,cheques sem fundos para pagar suas:operações e quase levou as bolsas dévalores á bancarrota. Naquela época','descobriu-se que Nahas tinha fechaido negócios usando nomes de funciò-'nários de suas empresas. A maiorparte deles de baixa renda, que nuncachamariam a atenção do Fisco.

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JORNAL DO BRASIL Política e Governo terça-feira, 28/7/92 ? Io caderno ? Í3

a?I dá 72 horas para

Vieira

Dei

; BRASÍLIA —X> ex-secretárioiparticular do^presidente Fer-fiando Collor,FÇláudio Vieira,jnformou ontemkü CPI do caso PC que os recursos^depositados por laranjas (depositan-í*tes fantasmas) na conta bancária darsecretária Ana Acioli eram prove-^ientes de um empréstimo de US$ 5.Jiiilhões, levantado por ele, com avalyle Collor, em janeiro de 1989 junto aSuma instituição uruguaia, a Alfa Tra-?tiing S/A, para financiar a campanha

Presidência da República. Vieira•^ntregou à CPI cópia autenticada docontrato com a Alfa e responsabili-Uou o corretor Najun Turner, da Boi-í$a Mercantil e de Futuros, a quem foi^confiada a aplicação dos recursos,^por qualquer irregularidade ocorridaijios depósitos.m O presidente da CPI, deputado,-Benito Gama (PFL-BA), e o relatortfda comissão, senador Amir Lando-(PMDB-RO), viajam hoje para Mon-"levidéu, onde vão checar as informa-

ções e os documentos levados porVieira à CPI. "Vamos traçar previa-- mente um roteiro para ir aos lugarescertos onde verificaremos a veracida-de das informações", explicou BenitoGama. A CPI marcou para sexta-fei-ra„ ás lOh, o depoimento do corretorNajum Azario Flato Turner.

- O relator da CPI, senador AmirLando (PMDB-RO), exigiu do ex-se-

.cretário a entrega, em 72 horas, de.Ííldos os documentos comprovando aentrada dos recursos no país, suaconversão em cruzeiros, as aplicações -financeiras realizadas e a trajetóriaque o dinheiro percorreu até ser de-positado na conta de Ana. A sessãofoi suspensa e Vieira convocado paranovo depoimento quinta-feira, a par-tir das 15h. Ele terá que levar todosos documentos traduzidos em portu-

toimento

mais curto e-r» i

tumultuado

O testemunho de Cláudio Vieira àCPI do caso PC foi o mais curto e omais tumultuado dos 16 depoimentosjá,prestados á comissão. Em público,Vieira só perdeu para o irmão doPresidente da Republica, Pedro Col-

•lor, que despertou interesse especial'pela presença de sua bonita mulher,'Nfaria Tereza. "É a segunda época.

EJe veio para a recuperação", brin-cou o deputado José Genoíno (PT-SP), logo na abertura da sessão. Go-vernistas e oposicionistas divergemria avaliação do conteúdo deste se-gundo depoimento, mas concordamqiíe Vieira apresentou-se demons-trando "mais segurança e serenida-de" do que há um mês e meio, quan-do depôs pela primeira vez.

¦ Vieira esbanjou esta serenidade'fios primeiros 15 minutos de depoi-ménto, que usou, na verdade, para sequeixar do tratamento que recebeuda própria CPI, de parlamentares daoposição, em particular, e da impren-sa. "Vim como testemunha e estra-nhamente pouco me foi indagado so-bre as questões levantadas por PedroCollor, que me citou, mas muito meperguntaram sobre minha vida finan-ceira e fiscal, que foi devassada", dis-se Vieira. Em seguida, protestou con-tra "o desconforto" do assédio dosjornalistas sobre sua família, especial-mente sua mãe, "uma senhora frágilde 87 anos, que teve sua casa pratica-mente invadida por repórteres deuma determinada revista".

As queixas foram entremeadas decomentários irônicos de deputados eda platéia, que obrigaram o presiden-te da CPI, deputado Benito Gama(PFL-BA), a fazer soar a campainhaincontáveis vezes, pedindo ordem.Mesmo depois de detalhar a opera-çãp do empréstimo de l)S$ 5 milhões,Vieira ainda voltou a explorar seupapel de vítima da CPI, solidarizan-do-se com os demais depoentes quetiveram sua vida pessoal publickada.Foi justamente no momento em quedecidiu pedir

"uma reflexão" por•parte da CPI, que Vieira afirmou sua.identidade com o presidente Fernan-•do Collor. "Minha gente", disse o-«"¦secretário da Presidência, desper-'falido risos gerais por ter usado a•Supressão habitualmente empregadaj)Qr Collor no início de todos os seuspronunciamentos à Nação. Ele pró-prio parou para rir, quando se deutonta da apropriação do estilo presi-

Brasília — Jamil Bittar

CAgpfiícariv

' O momento mais tenso ficou porS&nta do relator Amir Lando,(ÊMDB-RO), que decidiu pedir a sus-pensão do depoimento de Vieira, porconsiderar insuficientes os documen-ttrs apresentados à comissão. "Muitobem, o senhor está sendo isento", in-terrompeu o chefe do batalhão de

• choque do governo na CPI, senadorOdacir Soares (PFL-RO). Irritado,

^Lando rebateu, dizendo que "não há

Suada de suspeito cm sua sugestão"."Esclareceu que não podia aceitar do-

cumentos genéricos, ou os muitos fa-tos específicos já documentados pelaCPI passariam a ser considerados pre-sumidamente verdadeiros.

Cláudio Vieira terá que voltar quinta-feira com os documentos solicitados

guês. "A verdade não pode se restrin-

gir á palavra do depoente" disse Lan-do, autor da proposta de suspensãoda sessão.

Segundo Cláudio Vieira, no finalde 1988, Collor discutiu com um gru-po de amigos a viabilidade de se lan-çar candidato à Presidência. Gover-nador de um estado pobre, semespaço na mídia, ele aceitou, confor-me relato do ex-secretário, a sugestãode obter um empréstimo de USS 5milhões junto à instituição uruguaia,operação que foi fechada em janeirode 1989, em nome de Vieira. A linhade crédito aberta pela Alfa Trading

permitia um saque imediato de US$ 3milhões e 750 mil e a primeira pro-missória chegou em abril. "Assinei apromissória com os avais do presi-dente Collor e dos empresários brasi-'lienses Luis Estevão (dono do GrupoOK), e Paulo Octávio (hoje deputadofederal pelo PRN)", garantiu Vieira.

Pelo lado da Alfa Trading, assina-ram o contrato os empresários uru-guaios Emílio Bonifacino e RicardoForcella, que tinham autorização deVieira para promover o translado dosrecursos ao Brasil. O ex-secretário dopresidente informou também que osUSS 3,7 milhões sacados foram con-

vertidos em cruzados novos, transia-dados ao Brasil e colocados sob aguarda de Najun Turner, que optoupor aplicar o dinheiro em ouro, com-prando o equivalente a pouco maisde 300 quilos do metal, através daBM & F. Vieira disse que encarregouNajun de depositar os resultados daaplicação na conta de Ana Acioli noBancesa, para custeio das despesaspessoais de Collor, e de José NehringCésar, da Brasil's Garden, para pagara reforma da Casa da Dinda."O meu sentimento foi de incre-dulidade e revolta quando vi na im-prensa os nomes de pessoas estranhas

Dúvidas que permanecem

O breve depoimento de CláudioVieira à CPI do caso PC Farias deixouno ar dúvidas que ele terá de esclarecerna quinta-feira, quando voltará a serinquirido. A pergunta que ficou nacabeça dos integrantes da comissão épor que o ex-secretário particular dopresidente Collor, que depôs pela pri-meira vez em 10 de junho passado,demorou quase um mês e meio paraexplicar a origem do dinheiro queabastecia as contas bancárias da secre-tária Ana Acioli, encarregada das des-pesas da Casa da Dinda. A partir des-sa indagação, surge uma série depontos a serem esclarecidos.

Eis algumas das dúvidas que Cláu-dio Vieira terá de esclarecer:

Cláudio Vieira não disse à CPIcomo está sendo pago o empréstimode US$ 5 milhões feito no Uruguai.

Vieira não explicou o destino dedois cheques que recebeu da EPC,empresa de PC Farias, em junho de1990, com valor total equivalente aUS$30 mil.

As duas linhas telefônicas de suacasa, no Lago Norte de Brasília,pertencem à EPC, de Paulo CésarFarias.

A secretária Ana Acioli disse á'CPI que usava dois nomes nos talõesde cheques do Bancesa para seguirconselho de Cláudio Vieira.

Cláudio Vieira diz que ganha"dois milhões e qualquer coisa" pormês, mas mora no Lago Norte emuma casa avaliada em US$ 500 mil.

Como o pre-sidente Collordisse que abriumão de suaparte nas Orga-nizações Arnonde Mello, e nãose sabe de imó-veis de proprie-dade do presi-dente querendam aluguelou investimen-tos, Vieira tem de explicar a existên-cia de cheques de CrS 1 bilhão e atéCr$ 2 bilhões na conta de Ana Acio-li.

Vieira não esclareceu por que osdepositantes fantasmas da conta deAna Acioli têm o mesmo endereço: oescritório da EPC em São Paulo.

Avalista confirma o empréstimo

BRASÍLIA — Luís Estêvão Neto,um dos maiores empresários do Dis-trito Federal e um dos melhores ami-gos do presidente Fernando Collor,confirmou que avalizou empréstimode USS 5 milhões para a campanhapresidencial do então governador deAlagoas nos primeiros meses de 1989.O empréstimo, obtido junto á corre-tora Alfa Trading, do Uruguai, seriausado para cobrir gastos da campa-nha presidencial de Fernando Collor— que, àquela altura, ainda começa-va. "Dei meu aval ao empréstimoporque acreditava e ainda acreditonos ideais de Fernando Collor", disseLuís Estêvão, confirmando o depoi-mento de Cláudio Vieira, ex-secretá-rio particular de Collor, ontem, à CPIdo caso PC."Em uma das muitas reuniões das

quais participei, ainda ao final de1988, ficou decidido que não se pode-ria começar uma campanha presiden-ciai sem ter garantias de recursos",lembrou Luís Estêvão, assegurandoque não participou efetivamente damontagem da operação de crédito.Ele contou que em várias oportuni-dades esteve reunido com o entãogovernador alagoano Fernando Col-lor, com Cláudio Vieira e, ainda, como também empresário brasiliensePaulo Octávio Pereira, outro avalistado empréstimo de USS 5 milhões.

"Quando me perguntaram se eupoderia participar da operação decrédito como avalista, eu disse queestava tudo bem", contou Luis Este-vão. "Para viabilizar a operação, en-caminhei meu cadastro à Corretora

Alfa Trading comprovando que ti-nha, á época, faturamento de quaseUSS 300 milhões", acrescentou. Pos-teriormente, segundo Luís Estêvão,ele recebeu a comunicação de que seucadastro tinha sido aprovado, semrestrições. "Assinei a promissória, emque constatei que o empréstimo tinhasete anos de prazo."

Luís Estêvão revelou ainda que,posteriormente, ficou sabendo quedos USS 5 milhões foram sacadospouco mais de USS 3,5 milhões. "So-bre esse empréstimo, confirmo tudo oque o Cláudio Vieira falou à CPI",resumiu o empresário. "Quem manu-seia os recursos não é o avalista",justificou-se.

"Durante a campanhapresidencial, não me envolvi com aparte financeira."

Legislação

uruguaia é

complacente

A legislação cambial do Uru-guai é muito liberal e, desde 83, opaís opera com taxa de câmbioúnica e flutuante. Residentes enão-residentes podem trocar amoeda local — novo peso — porqualquer moeda estrangeira, embancos autorizados a operar comcâmbio, desde que essas operaçõesnão se tornem um negócio habi-tual. Com o objetivo básico deatrair capital externo, a lei tam-bem permite a residentes e não-re-sidentes manterem contas emmoeda estrangeira. No caso dosnão-residentes, as contas são cias-sificadas como offshore, não sujei-tas á tributação interna.

Ingressos e saídas de capitalprivado, por residentes ou não-re-sidentes, podem ser feitos livre-mente. Assim, Cláudio Vieira,além de contratar o empréstimo,poderia tê-lo convertido em cru-zeiros e remetido ao Brasil semproblemas. Quando o ex-secretá-rio for quitar o financiamento, po-

derá ingressar livremente com cru-zeiros, trocá-los por novos pesos eliquidar o financiamento.

Num mecanismo de controlesemelhante ao americano, e aoque será proposto ao ConselhoMonetário Nacional, as transa-ções acima de USS 10 mil devemser identificadas. A operação rela-tada pelo ex-secretário particulardo presidente Collor também épermitida pela legislação brasilei-ra. De acordo com especialistas,não há necessidade de registro doempréstimo no Banco Central.

Com cerca de 3 milhões de ha-bitantes, o Uruguai tem deposita-dos cerca de USS 5 bilhões eminvestimentos estrangeiros, prote-gidos por rigoroso sigilo bancário.Instalaram-se no Uruguai a maio-ria dos grandes bancos, como Ci-tibank, Chase, Banco Exterior deEspana, Chemical, NMB Post-bank, Boston, Repubiic NationalBank of New York, Hapoalim eos brasileiros Real e BB.

Esses bancos, porém, têm pa-trimônio pequeno. "Os estrangei-ros podem remeter seus lucros li-vremente no Uruguai", explicaum executivo de banco estrangeiroem Montevidéu. "E eles remetem,pois se agregassem os lucros aopatrimônio teriam de pagar muitoimposto de Renda." Por essa ra-

zão — e aí está o x da questão —,os bancos têm patrimônio inferiora USS 20 milhões, à exceção detrês instituições, o que impossibili-ta o empréstimo de USS 5 milhõesa Vieira.

Caixa 2 — Segundo banquei-ros uruguaios, a operação relata-da por Vieira para justificar a ori-gem do dinheiro é característica depessoas que usam o mercado doUruguai para "esquentar" dinhei-ro de caixa 2. Esses banqueirosargumentaram, ontem, de Monte-vidéu, que três bancos teriam con-dições de realizar tal operação.

É que a legislação determinaque os bancos só podem dar crédi-to de até 25% de seu patrimônio aum cliente. No caso, somente oBanco de La República, do gover-no uruguaio, o Banco Pan deAzucar, recentemente estatizado, eo Comercial, sem relacionamentooperacional com o Brasil, estãoem condições de fazer tal emprés-timo. O Pan de Azucar tem patri-mônio de USS 60 milhões. O Co-mercial registrou USS 25 milhõesno balanço de 91. O banco a se-guir, o de Crédito, tem USS 18milhões. Precisaria de patrimôniode USS 20 milhões para concedercrédito de USS 5 milhões.

como depositárias dessas contas",afirmou Cláudio Vieira, referindo-seaos laranjas. Ele disse que a atitudede Najum o desagradou profunda-mente. "Fiquei tão transtornado comesse gesto que não tive sequer condi--ções psicológicas para fazer um con-tato com o investidor", defendeu-se oex-secretário, alegando que entregouo caso a seus advogados em São Pau-lo, onde fica a sede da corretora deNajun. A explicação de Vieira gerousussurros tão fortes no plenário que opresidente da CPI, deputado BenitoGama (PFL-BA) ameaçou interrom-per a sessão.

Segundo Vieira, o corretor NajumTurner usou pessoas estranhas, nasoperações de depósito, "por sua in-teira responsabilidade". Garantiu,entretanto, que toda a operação —desde o empréstimo tomado á insti-tuiçâo uruguaia até a entrada do di-nheiro no Brasil e sua aplicação emouro — "está amparada nas legisla-ções uruguaia e brasileira. Não tenhodúvida da legalidade", disse. Vieiraanexou aos autos da CPI o contratofirmado com a Alfa Trading, a decla-ração do presidente da instituição deque Vieira sacou USS 3 milhões e 750mil, a declaração da corretora pro-vando que o dinheiro foi convertidoem cruzados novos, cópias dos bole-tins notários e a declaração de Najunassumindo total responsabilidade pe- -Ias aplicações."Vamos

pedir os exames grafotéc-nicos desses documentos para confe-rir se os laranjas são mesmo criaçãode Najum, ou de PC Farias", obser-vou o deputado Mendes Thame(PSDB-SP). "Essa história tem cheirode montagem", duvidou o deputadoAldo Rebelo (PC do B-SP). Por su--gestão do senador José Paulo Bisol(PSB-RS), Najun Turner será convo-cado a depor no mesmo dia de Cláu-dio Vieira, quinta-feira, e não estádescartada a hipótese de uma acarea-ção entre os dois.

Empréstimo

não consta de

declarações

A CPI do caso PC Farias já cons-tatou o crime de sonegação fiscal co-metido por Cláudio Vieira, ex-secre-tário particular do presidente, quenão fez constar de sua declaração derenda o empréstimo de USS 5 mi-lhões tomado no Uruguai. Parte des-se empréstimo que teria sido repassa-do a Collor ou à sua secretária AnaAcioli, de acordo com a versão deVieira, também não consta das decla-rações de renda do presidente e dasecretária.

Apesar de a legislação não obrigaro presidente, na condição de avalista,a declarar o empréstimo, ele teria queregistrar na declaração o ingresso derecursos de Vieira para seus gastospessoais. "O empréstimo não constada declaração de Cláudio Vieira.Também Collor precisaria declarar odinheiro que recebeu do ex-secretá-rio, o que não aconteceu", afirmouum dos parlamentares integrantes daCPI que teve acesso à declaração derenda do presidente Collor.

A Polícia Federal também vai in-vestigar o empréstimo que Vieira rea-lizou no Uruguai. A Polícia, que nãoadianta se teve acesso às declaraçõesde renda de Vieira, quer saber se oempréstimo foi legal e se foi declara-do ao Imposto de Renda. Caso aPolícia Federal também constate queos USS 5 milhões não foram declara-dos no imposto de 1990, Vieira pode-rá ser processado por crime de sone-gação fiscal, que prevê multas ereclusão de um a cinco anos. Nessecaso, Cláudio Vieira responderia adois processos, um pela Receita Fe-deral, com pagamento de multas, eoutro na justiça comum.

Colarinho branco — Para ava-liar a operação de empréstimo reali-zada por Cláudio Vieira, a PolíciaFederal vai requisitar a documenta-ção que foi apresentada ontem à CPIdo Congresso Nacional. "Se a entra-da do dinheiro no Brasil for conside-rada irregular, Cláudio Vieira, pode-rá ainda ser enquadrado em crime decolarinho branco", garantiu ontemuma assessor da Policia Federal queacompanha o inquérito do PC Fa-rias.

O ex-secretário particular só seráconvocado a depor depois que PolíciaFederal tiver feito o cruzamento entrea conta da secretária do presidenteCollor, Ana Acioly e a documentaçãoapresentada por Vieira, comprovan-do seus depósitos na conta de Ana.Segundo o assessor, a policia precisade mais elementos para indiciar qual-quer um dos envolvidos.

Até o fim da tarde de ontem, oMinistério Público ainda não haviadevolvido o inquérito com a prorro-gação de prazo solicitada pelo dele-gado Paulo Lacerda. Também nãohavia chegado ao gabinete do dire-tor-geral, Amaury Galdino, uma soli-citação da CPI pedindo a permanén-cia no país de Ana Acioly, NajumAzaro Floto Turner, Rosinete Mela-nias Carvalho e Jorge Bandeira.

CLÁUDIO VIEIRA

De Maceió ;1

ao Planalto' Sr 'i

em 12 anos I

O alagoano Cláudio Vieira, 4j6

anos, aproximou-se de Fernan-do Collor no início dos anos 80. cd^mo advogado das Organizações^ At-non de Mello, onde o atual presidenteera o principal executivo. Vieira foiconstruindo desde então uma relaçãoprofissional e de amizade tão intensfique, após a eleição, foi uma das" prí-meiras nomeações do recém-eleitfcpresidente da República, para exerceras funções de secretário particular. !•

Em abril, com a reforma mirfisté-rial, Vieira foi afastado do Planalto.Quando Collor era deputado federal,Vieira foi seu chefe de gabinete;- no-meado prefeito de Maceió, seu braçbdireito virou procurador; e quandpfoi governador de Alagoas, Vieirá erao chefe da Casa Civil. Depois, n&campanha presidencial, em 89, Vieiráchefiou o comitê eleitoral. v

Eleito, Collor entregou a seu se-cretário particular um orçamento déUSS 200 milhões, valor das verbaispublicitárias do governo que, em dé-cisão inédita, foram centralizadas naPresidência da República, retirando aautonomia em publicidade de estataise autarquias.

Vieira era um dos raros assessoresa tratar o presidente da Repúblicapor você, nas conversas de bastido-res. Vieira é tido como um bom papo,gosta de música sertaneja, é amigo d©compositor Dominguinhos e não larr

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JORNAL DO BRASIL Política e Governo 2a Edição ? terça-feira, 28/7/92 ? Io caderno ?-

CPI dá 72 horas para

Vieira explicar tudo

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BRASÍLIA —ex-secretário

jfarticular doResidente Fer-jfendo Collor,gáudio Vieira,informou ontema^-CPI do caso PC que os recursosSppositados por laranjas (depositan-tes fantasmas) na conta bancária dafretaria Ana Acioli eram prove-ijientes de um empréstimo de USS 5milhões, levantado por ele, com aval<£í Collor, em janeiro de 1989 junto aúnia instituição uruguaia, a Alfa Tra-dhig S/A, para financiar a campanha^Presidência da República. Vieiraentregou à CPI cópia autenticada doCpntrato com a Alfa e responsabili-SOU o corretor Najun Turncr, da Boi-sá- Mercantil e de Futuros, a quem foiçènfiada a aplicação dos recursos,[5pr qualquer irregularidade ocorridaijps depósitos.c O presidente da CPI, deputado ~Benito Gama (PFL-BA), e o relatorda comissão, senador Amir Lando(TMDB-RO). viajam hoje para Mon-tevidéu, onde vão checar as informa-ções e os documentos levados porVieira à CPI. "Vamos traçar previa-mente um roteiro para ir aos lugaresctírtos onde verificaremos a veracida-de das informações", explicou Benitotíama. A CPI marcou para sexta-fei-rá, às lOh, o depoimento do corretorNajum Azario Flato Turner.' O relator da CPI, senador AmirLando (PMDB-RO). exigiu do ex-se-cretário a entrega, em 72 horas, detodos os documentos comprovando aentrada dos recursos no país, suacònversão em cruzeiros, as aplicações -financeiras realizadas e a trajetóriaque o dinheiro percorreu até ser de-,positado na conta de Ana. A sessãofoi suspensa e Vieira convocado paranovo depoimento quinta-feira, a par-tir das 15h. Ele terá que levar todosos documentos traduzidos em portu-

Depoimento

foi curto et

tumultuado',V O testemunho de Cláudio Vieira áCPI do caso PC foi o mais curto e omais tumultuado dos 16 depoimentosjá; prestados à comissão. Em público.Vieira só perdeu para o irmão doPresidente da República, Pedro Col-lor, que despertou interesse especialpela presença de,sua bonita mulher,Mhria Tereza. "É a segunda época.Ele veio para a recuperação", brin-còu o deputado José Genoíno (PT-SP), logo na abertura da sessão. Go-vernistas e oposicionistas divergemna avaliação do conteúdo deste se-gundo depoimento, mas concordamqiie Vieira apresentou-se demons-tfando "mais segurança e serenida-de" do que há um mês e meio, quan-do depôs pela primeira vez.

Vieira esbanjou esta serenidadenós primeiros 15 minutos de depoi-mento, que usou, na verdade, para sequeixar do tratamento que recebeuda. própria CPI. de parlamentares daoposição, em particular, e da impren-sa. "Vim como testemunha e estra-nhamente pouco me foi indagado so-bre as questões levantadas por PedroCollor. que me citou, mas muito meperguntaram sobre minha vida finan-ceira e fiscal, que foi devassada", dis-se Vieira. Em seguida, protestou con-tra "o desconforto" do assédio dosjornalistas sobre sua família, especial-mente sua mãe, "uma senhora frágilde 87 anos, que teve sua casa pratica-mente invadida por repórteres deuma determinada revista"!

Queixas — As queixas foramentremeadas de comentários irônicosde deputados e da platéia, que obri-garam o presidente da CPI, deputadoBenito Gama (PFL-BA), a fazer soara campainha incontáveis vezes, pe-dindo ordem. Mesmo depois de deta-lliar a operação do empréstimo deUSS 5 milhões, Vieira ainda voltou aexplorar seu papel de vitima da CPI,áolidarizando-se com os demais de-poentes que tiveram sua vida pessoalpublicizada. Foi justamente no mo-njênto em que decidiu pedir "umafflflexào" por parte da CPI. que Viei-jÉ afirmou sua identidade com o pre-stdente Fernando Collor. "Minhagente", disse o ex-secretário da Presi-Êgncia. despertando risos gerais porfer usado a expressão habitualmentetjmpregada por Collor no início detódos os seus pronunciamentos à Na-ç3o. Ele próprio parou para rir.fiando se deu conta da apropriaçãogo estilo presidencial.% O momento mais tenso ficou porconta do relator Amir Lando(PMDB-RO). que decidiu pedir a sus-pensão do depoimento de Vieira, porconsiderar insuficientes os documen-•tos apresentados à comissão. "Muitobem, o senhor está sendo isento", in-tèrrompeú o chefe do batalhão dechoque do governo na CPI. senadorÍQtíacir Soares (PFL-RO). Irritado.Lando rebateu, dizendo que "não hánada de suspeito em sua sugestão".Esclareceu que não podia aceitar do-cumentos genéricos, ou os muitos fa-tòs específicos já documentados pelaCPI passariam a ser considerados pre-sumidamente verdadeiros.

Brasília — Jamil Bittar

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Cláudio Vieira terá que voltar quinta-feira com os documentos solicitados

guês. "A verdade não pode se restrin-gir á palavra do depoente" disse Lan-do, autor da proposta de suspensãoda sessão.

Segundo Cláudio Vieira, no finalde 1988. Collor discutiu com um gru-po de amigos a viabilidade de se lan-çar candidato à Presidência. Gover-nador de um estado pobre, semespaço na mídia, ele aceitou, confor-me relato do ex-secretário, a sugestãode obter um empréstimo de USS 5milhões junto à instituição uruguaia,operação que foi fechada em janeirode 1989, em nome de Vieira. A linhade crédito aberta pela Alfa Trading

permitia um saque imediato de USS 3milhões e 750 mil e a primeira pro-missória chegou em abril. "Assinei apromissória com os avais do presi-dente Collor e dos empresários brasi-lienses Luis Estevão (dono do GrupoOK), e Paulo Õctávio (hoje deputadofederal pelo PRN)", garantiu Vieira.

Pelo lado da Alfa Trading, assina-ram o contrato os empresários uru-guaios Emílio Bonifacino e RicardoForcella, que tinham autorização deVieira para promover o translado dosrecursos ao Brasil. O ex-secretário dopresidente informou também que osUSS 3.7 milhões sacados foram con-

vertidos em cruzados novos, transia-dados ao Brasil e colocados sob aguarda de Najuh Turner, que optoupor aplicar o dinheiro em ouro, com-prando o equivalente a pouco maisde 300 quilos do metal, através daBM & F. Vieira disse que encarregouNajun de depositar os resultados daaplicação na conta de Ana Acioli noBancesa, para custeio das despesaspessoais de Collor, e de José NehringCésar, da Brasifs Garden, para pagara reforma da Casa da Dinda."O meu sentimento foi de incre-dulidade e revolta quando vi na im-prensa os nomes de pessoas estranhas

Dúvidas que permanecemO breve depoimento de Cláudio

Vieira à CPI do caso PC Farias deixouno ar dúvidas que ele terá de esclarecerna quinta-feira, quando voltará a serinquirido. A pergunta que ficou nacabeça dos integrantes da comissão épor que o ex-secretário particular dopresidente Collor, que depôs pela pri-meira vez em 10 de junho passado,demorou quase um mês e meio para"explicar a origem do dinheiro que"abastecia as contas bancárias da secre-tária Ana Acioli. encarregada das des-pesas da Casa da Dinda. A partir des-sa indagação, surge uma série depontos a serem esclarecidos.

Eis algumas das dúvidas que Cláu-dio Vieira terá de esclarecer:

Cláudio Vieira não disse à CPIcomo está sendo pago o empréstimode USS 5 milhões feito no Uruguai.

Vieira não explicou o destino dedois cheques que recebeu da EPC,empresa de PC Farias, em junho de1990, com valor total equivalente aUSS 30 mil.

As duas linhas telefônicas de suacasa, no Lago Norte de Brasília,pertencem á EPC, de Paulo CésarFarias.

A secretária Ana Acioli disse áCPI que usava dois nomes nos talõesde cheques do Bancesa para seguirconselho de Cláudio Vieira.B Cláudio Vieira diz que ganha"dois milhões e qualquer coisa" pormês, mas mora no Lago Norte emuma casa avaliada em USS 500 mil.

Como o pre-sidente Collordisse que abriumão de suaparte nas Orga-nizaçôcs Arnonde Mello, e nãose sabe de imó-veis de proprie-dade do presi-dente querendam aluguelou investimen-tos, Vieira tem de explicar a existên-cia de cheques de Cr$ 1 bilhão c atéCrS 2 bilhões na conta de Ana Acio-li.

Vieira não esclareceu por que osdepositantes fantasmas da conta deAna Acioli têm o mesmo endereço: oescritório da EPC em São Paulo.

Avalista confirma o empréstimoBRASÍLIA — Luis Estêvão Neto,

um dos maiores empresários do Dis-trito Federal e um dos melhores ami-gos do presidente Fernando Collor,confirmou que avalizou empréstimode USS 5 milhões para a campanhapresidencial do então governador deAlagoas nos primeiros meses de 1989.O empréstimo, obtido junto á corre-tora Alfa Trading, do Uruguai, seriausado para cobrir gastos da campa-ilha presidencial de Fernando Collor— que. àquela altura, ainda começa-va. "Dei meu aval ao empréstimoporque acreditava e ainda acreditonos ideais de Fernando Collor", disseLuís Estêvão, confirmando o depoi-mento de Cláudio Vieira, ex-secretá-rio particular de Collor, ontem, à CPIdo caso PC.

"Em uma das muitas reuniões dasquais participei, ainda ao final de1988, ficou decidido que não se pode-ria começar uma campanha presiden-ciai sem ter garantias de recursos",lembrou Luís Estêvão, assegurandoque não participou efetivamente damontagem da operação de crédito.Ele contou que em várias oportuni-dades esteve reunido com o entãogovernador alagoano Fernando Col-lor, com Cláudio Vieira e. ainda, como também empresário brasiliensePaulo Octávio Pereira, outro avalistado empréstimo de USS 5 milhões."Quando me perguntaram se eupoderia participar da operação decrédito como avalista, cu disse queestava tudo bem", contou Luis Este-vão. "Para viabilizar a operação, en-

caminhei meu cadastro à CorretoraAlfa Trading comprovando que ti-nha, à época, faturamento de quaseUSS 300 milhões", acrescentou. Pos-teriormente, segundo Luís Estêvão,ele recebeu a comunicação de que seucadastro tinha sido aprovado, semrestrições. "Assinei a promissória, emque constatei que o empréstimo tinhasete anos de prazo."

Luís Estêvão revelou ainda que,posteriormente, ficou sabendo quedos USS 5 milhões foram sacadospouco mais de USS 3,5 milhões. "So-bre esse empréstimo, confirmo tudo oque o Cláudio Vieira falou á CPI",resumiu o empresário. "Quem munu-seia os recursos não é o avalista",justificou-se.

Legislação

uruguaia é

complacente

A legislação cambial do Uru-

guai é muito liberal e. desde83. o país opera com taxa de câm-bio única e flutuante. Residentes enão-residentes podem trocar amoeda local — novo peso — porqualquer moeda estrangeira, embancos autorizados a operar comcâmbio, desde que essas operaçõesnão se tornem um negócio habi-tual. Com o objetivo básico deatrair capital externo, a lei tani-bém permite a residentes e não-re-sidentes manterem contas emmoeda estrangeira. No caso dosnão-residentes, as contas são cias-sificadas como offshore, não sujei-tas á tributação interna.

Ingressos c saidas de capitaiprivado, por residentes ou não-re-sidentes. podem ser feitos livre-mente. Assim. Cláudio Vieira,alem de contratar o empréstimo,poderia tê-lo convertido em cru-zeiros e remetido ao Brasil semproblemas. Quando o ex-secretá-rio for quitar o financiamento, po-dera ingressar lií remente com cru-

zeiros. trocá-los por novos pesos eliquidar o financiamento.

Num mecanismo de controlesemelhante ao americano, e aoque será proposto ao ConselhoMonetário Nacional, as transa-ções acima de USS 10 mil devemser identificadas. A operação rela-tada pelo ex-secretário particulardo presidente Collor também épermitida pela legislação brasilei-ra. De acordo com especialistas,mio luí necessidade de registro doempréstimo no Banco Central.

Com cerca de 3 milhões de lia-bitantes, o Uruguai tem deposita-dos cerca de ÜSS 5 bilhões cminvestimentos estrangeiros, prote-gidos por rigoroso sigilo bancário.Instalou-se no Uruguai a maioriados grandes bancos, como Citi-bank. Chase, Banco Exterior deEspana. Chemical. NMB Post-bunk. Boston. Republic NationalBank of New York. Hapoàlim eos brasileiros Real e BB.

Esses bancos, porém, têm pa-trimônio pequeno. "Os estrangei-ros podem remeter seus lucros li-i remente no Uruguai", explicaum executh o de banco estrangeiroem Montevidéu. "£ eles remetem,pois se agregassem os lucros aopatrimônio teriam de pagar muitoImposto de Renda." Por essa ra-zão, os bancos têm patrimônioinferior a USS 20 milhões, d exce-ção de três instituições. Mas Viei-

ra pediu o empréstimo a uma cor-retora. e não a um banco, como sesupunha inicialmente.

Caixa 2 — Segundo banquei-ros uruguaios, a operação relata-da por Vieira para justificar a ori-gem do dinheiro é característica depessoas que usam o mercado doUruguai para esquentar dinheirode caixa 2. Esses banqueiros argu-mentaram. ontem, de Montevi-déu. que três bancos teriam condi-ções de realizar tal operação.

E que a legislação determinaque os bancos só podem dar crédi-to de até 25"o de seu patrimônio aum cliente. No caso, somente oBanco de La República, do gover-no uruguaio, o Banco Pau deAzucar. recentemente estatizado. e

. o Comercial, sem relacionamentooperacional com o Brasil, estãoem condições de fazer tal emprés-limo. O Pan de Azucar tem patri-mónio de USS 60 milhões. O Co-mercial registrou USS 25 milhõesno balanço de 91. O banco a se-guir. o de Crédito, tem USS hS mi-lhões. Precisaria de patrimônio deUSS 20 milhões para concedercredito de USS 5 milhões. .4 únicaforma de Vieira ter conseguido es-se empréstimo com um banco,sem patrimônio local seria, segun-do profissionais de Montevidéu, aapresentação de garantias, comodólares em banco local.

como depositárias dessas contas",afirmou Cláudio Vieira, referindo-seaos laranjas. Ele disse que a atitudede Najum o desagradou profunda-mente. "Fiquei tão transtornado comesse gesto que não tive sequer condi-ções psicológicas para fazer um con-tato com o investidor", defendeu-se oex-secretário, alegando que entregouo caso a seus advogados em São Pau-lo, onde fica a sede da corretora deNajun. A explicação de Vieira gerousussurros tão fortes no plenário que opresidente da CPI, deputado BenitoGama (PFL-BA) ameaçou interrom-per a sessão.

Segundo Vieira, o corretor NajumTurner usou pessoas estranhas, nasoperações de depósito, "por sua in-teira responsabilidade". Garantiu,entretanto, que toda a operação —,desde o empréstimo tomado à insti-tuição uruguaia até a entrada do di-nheiro no Brasil e sua aplicação emouro — "está amparada nas legisla-ções uruguaia e brasileira. Não tenhodúvida da legalidade", disse. Vieiraanexou aos autos da CPI o contratofirmado com a Alfa Trading, a decla-ração do presidente da instituição deque Vieira sacou USS 3 milhões e 750mil, a declaração da corretora pro-vando que o dinheiro foi convertidoem cruzados novos, cópias dos bole-tins notários e a declaração de Najunassumindo total responsabilidade pe-Ias aplicações."Vamos

pedir os exames grafotéc-nicos desses documentos para confe-rir se os laranjas são mesmo criaçãode Najum, ou de PC Farias", obscr-vou o deputado Mendes Thame(PSDB-SP). "Essa história tem cheirode montagem", duvidou o deputadoAldo Rebelo (PC do B-SP). Por su--gestão do senador José Paulo Bisol(PSB-RS), Najun Turner será convo-cado a depor no mesmo dia de Cláu-dio Vieira, quinta-feira, e não estádescartada a hipótese de uma acarea-ção entre os dois.

Empréstimo

não consta de

declarações

A CPI do caso PC Farias já cons-tatou o crime de sonegação fiscal co-metido por Cláudio Vieira, ex-secre-tário particular do presidente, quenão fez constar de sua declaração derenda o empréstimo de USS 5 mi-lhões tomado no Uruguai. Parte des-se empréstimo que teria sido repassa-do a Collor ou à sua secretária AnaAcioli, de acordo com a versão deVieira, também não consta das decla-rações de renda do presidente e dasecretária.

Apesar de a legislação não obrigaro presidente, na condição de avalista,a declarar o empréstimo, ele teria queregistrar na declaração o ingresso derecursos de Vieira para seus gastospessoais. "O empréstimo não constada declaração de Cláudio Vieira.Também Collor precisaria declarar odinheiro que recebeu do ex-secretá-rio, o que não aconteceu", afirmouum dos parlamentares integrantes daCPI que teve acesso á declaração derenda do presidente Collor.

A Polícia Federal também vai in-vestigar o empréstimo que Vieira rea-lizou no Uruguai. A Polícia, que nãoadianta se teve acesso ás declaraçõesde renda de Vieira, quer saber se oempréstimo foi legal e se foi declara-do ao Imposto de Renda. Caso aPolícia Federal também constate queos USS 5 milhões não foram declara-dos no imposto de 1990, Vieira pode-rá ser processado por crime de sone-gação fiscal, que prevê multas ereclusão de um a cinco anos. Nessecaso, Cláudio Vieira responderia adois processos, um pela Receita Fe-deral, com pagamento de multas, eoutro na justiça comum.

Colarinho branco — Para ava-liar a operação de empréstimo reali-zada por Cláudio Vieira, a PolíciaFederal vai requisitar a documenta-ção que foi apresentada ontem á CPIdo Congresso Nacional. "Se a entra-da do dinheiro no Brasil for conside-rada irregular, Cláudio Vieira, pode-rá ainda ser enquadrado em crime decolarinho branco", garantiu ontemuma assessor da Polícia Federal queacompanha o inquérito do PC Fa-rias.

O ex-secretário particular só seráconvocado a depor depois que PolíciaFederal tiver feito o cruzamento entrea conta da secretária do presidenteCollor. Ana Acioly e a documentaçãoapresentada por Vieira, comprovan-do seus depósitos na conta de Ana.Segundo o assessor, a polícia precisade mais elementos para indiciar qual-quer um dos envolvidos.

Até o fim da tarde de ontem, oMinistério Público ainda não haviadevolvido o inquérito com a prorro-gação de prazo solicitada pelo dele-gado Paulo Lacerda. Também nãohavia chegado ao gabinete do dire-tor-geral. Amaury Galdino. uma soli-citação da CPI pedindo a permanên-cia no pais de Ana Acioly. NajumAzaro Floto Turner. Rosinete Mela-nius Carvalho e .lorue Bandeira.

CLÁUDIO VIEIRA

De Maceió -

ao Planalto 1

em 12 anos -

O alagoano Cláudio Vieira, .46

anos, aproximou-se de Fernan-do Collor no inicio dos anos 80, co-mo advogado das Organizações Ar-non de Mello, onde o atual presidenteera o principal executivo. Vieira foiconstruindo desde então uma relaçãoprofissional e de amizade tão intensaque, após a eleição, foi uma das pri-meiras nomeações do recém-eleítopresidente da República, para exerceras funções de secretário particular. •

Em abril, com a reforma ministe-rial. Vieira foi afastado do Planalto.Quando Collor era deputado federal.Vieira foi seu chcle de gabinete; no- -meado prefeito de Maceió, seu braço ,direito virou procurador; e quando 1foi governador de Alagoas, Vieira erao chefe da Casa Civil. Depois, ha !campanha presidencial, em 89, Vieira ,chefiou o comitê eleitoral. •• '

Eleito, Collor entregou a seu se-cretário particular um orçamento "deUSS 200 milhões, valor das verbaspublicitárias do governo que, em de- !cisão inédita, foram centralizadas naPresidência da República, retirando a 'autonomia em publicidade de estatais ;e autarquias.

Vieira era um dos raros assessores ¦a tratar o presidente da Repúblicapor você, nas conversas de bastido- .res. Vieira é tido como um bom papo,gosta de música sertaneja, é amigo docompositor Dominguinhos e não lar-ga seu inseparável cachimbo. - •

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¦" 4"- ? 1° caderno ? terça-feira, 28/7/92 Política e Governo JORNAL DO BRASIL

Governistas demonstram otimismo na CPI. BRASÍLIA —

Avançada dogoverno na CPI,formada basica-mente pelo PFL,PTB e PRN, che-gou à reunião daCPI do caso PC determinada a defen-der o presidente Collor de eventuaisataques das oposições. Logo no inícioda'sessão, os integrantes do chamado"Esquadrão da morte" reagiram en-faticamente às vaias da platéia, prin-cipalmente quando Cláudio Vieira ci-tou os nomes dos empresários PauloOctávio e Luís Estêvão como avalis-tas do empréstimo de US$ 5 milhõesno Uruguai. "É

preciso ter respeitona CPI", esbravejou o senador Oda-cir Soares (PFL-RO), ao lado do líderdo PRN, senador Ney Maranhão(PE), que deu socos na mesa.

Os parlamentares tinham sido pre-viamente preparados pelo ministroda Ação Social, Ricardo Fiúza, sobreo contéudo dos documentos que oex-secretário particular de Collor le-varia á CPI. Hoje, eles voltam aalmoçar com o ministro para fazeruma avaliação do depoimento de on-tem. "Estamos

profundamente con-fiantes", observou o líder do PRN naCâmara, José Carlos Vasconcelos(PE), traduzindo o clima de otimismoque tomou conta da bancada do go-verno na CPI diante dos documentosapresentados por Cláudio Vieira parajustificar a origem dos recursos usa-dos para o pagamento de despesas dopresidente da República.

A suspensão do depoimento, soli-

citada pelo relator Amir Lando(PMDB-RO), não desanimou os go-vernistas, embora alimentassem a ex-pectativa de encerrar ainda ontem ocapítulo da defesa de Collor. "O

go-verno veio à CPI para responder acu-sações e estávamos certos de que aresposta seria convincente", disseOdacir Soares, minimizando o fatode as oposições terem reclamado dainsuficiência de provas. Segundo osenador, a situação do presidente estátranqüila e que "o PFL está firme eunido para apoiar o governo".

O deputado Roberto Jefferson(PTB-RJ), um dos mais enfáticos de-fensores do governo na CPI, saiu sa-tisfeito do depoimento de ClaúdioVieira. No seu entender, não é nadademais o fato de o presidente terrecorrido ao exterior em busca derecursos para a sua campanha de 89."Quem ganha dinheiro do exterior éo PT, que recebe da Alemanha. Já opresidente não recebe de graça comoo PT, mas paga empréstimo", reagiu.

O deputado Paulo Mandarino(PDC-GO) ressaltou que a operaçãofeita por Claúdio Vieira no Uruguai"é absolutamente excepcional". Paraele, esse tipo de empréstimo no valorde US$ 5 milhões é muito difícil deser viabiljzado com aval de pessoasfísicas. "É

preciso ter um patrimôniolíquido para ser avalista", prosse-guiu. Já o senador Ney Maranhãodemonstrava confiança. Segundo ele,o presidente Collor vai pagar o finan-ciamento com o próprio patrimônio,"dez vezes maior que o empréstimo".

Brasília — Jamil Bittar

Fiúza orientou aliadosTrês horas antes do depoimento'

, de Claúdio Vieira à CPI, o governoconvocou seus aliados para acertar a' estratégia e mostrar os documentos'

que fundamentariam a defesa do ex-j secretário particular do presidente. Collor. Essa missão coube ao minis-, tro da Ação Social, Ricardo Fiúza,que assumiu o comando das ações

políticas do governo na CPI. Ele ofe-I receu um almoço aos parlamentares e

foi taxativo: "A prova é convincente

e exclui o presidente de qualquer res-ponsabilidade". A seu lado, o minis-Iro Jorge Bornhausen acompanhou

| praticamente calado toda a reunião.Fiúza pediu a atenção de todos e

. chegou a ler alguns documentos que' Claúdio Vieira mostrou á CPI. Na| véspera, coube ao próprio Vieira fa-' . zer um relato ao presidente Collor,i Xassim que ele retornou da Espanha.isAo longo de sua exposição, porém,»«> Fiúza teve de esclarecer algumas dú-'vidas. "Como ele vai explicar os de-j^pósitos dos fantasmas no pagamento'"das despesas do presidente? O minis-litro leu imediatamente a certidão do

..investidor Najum Turner, assumindo-a responsabilidade. "E o fato de o'"endereço dos fantasmas ser o da

;*EPC". quis saber outro deputado,.r. Fiúza explicou que todas as opera-,* ^ções seriam comprovadas e que Claú-

dio Vieira poderia explicar que os^recursos eram remanescentes do cai-

[?xa dois da campanha presidencial.<„ Apesar da presença de represen-:xtantes de outros partidos que apoiam«<°o governo, como PRN, PDC e PTB,'"foi o PFL que monopolizou a discus-;^são.

" O PFL está com plumagem de- tucano", atacou um dos parlamenta-.sres, colocando em dúvida o apoio do"partido ao presidente Collor. O líder;™.do bloco governista, deputado Luís; ^Eduardo Magalhães (PFL-BA), foi

^obrigado a reconhecer que há proble-•¦•mas na bancada. "Eu tenho oito aI^dez que estão formando uma dissi-. ^.dência, mas vou conversar com os

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Ministro Ricardo Fiúza

governadores e trazê-los de volta pa-ra fechar os 90 deputados".

A ação de Fiúza teve os primeirosresultados na reunião da CPI. A ban-cada governista deixou a residênciado ministro convencida que, ao con-trário da semana passada, o quadroseria mais favorável ao presidenteCollor. Os governistas foram sur-preendidos, porém, com a suspensãodo depoimento solicitada pelo rela-tor, senador Amir Lando (PMDB-RO). "A oposição ficou perplexa",analisou o senador Élcio Álvares(PFL-ES)."Claúdio Vieira jogou a oposiçãona lona", comemorou o deputadoRoberto Jefferson (PTB-RJ), paraquem o relator pediu tempo para res-pirar diante das provas do ex-secretá-rio do presidente.

"Ele não foi à CPIfalar de PC mas do presidente Col-lor", sentenciou.

A exemplo de Jefferson. outrosgovernistas acham que Vieira pôs umponto final nas dúvidas e mostrou afonte de recursos do presidente daRepública. "Estava todo mundo felize otimista", confirmou o senadorOdacir Soares (PFL-RO).

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Gastos do presidente

Senador vê exageroem despesas deUSS 1,5 milhão

O presidente Fernando Collorgastou nos últimos dois

anos — de agosto de 1990 atéjunho de 1992 — USS 1 milhão501 mil com reformas e manuten-çâo da Casa da Dinda. mesadaspara dona Rosane Collor e outrasdespesas. O levantamento foi feitopelo senador Eduardo Suplicy(PT-SP) nas contas da secretáriaAna Acioli, abertas nos bancosRural e Bancesa segundo informa-ções do próprio Collor.

No mesmo período, as contasde Ana Acioli receberam chequesde depositantes fantasmas e de PC

Farias no valor de USS 1 milhão499 mil. Os movimentos mais ex-pressivos são de USS 615 mil de-positados na conta de Rosane eUSS 306 mil descontados pelo ex-motorista de Ana, Eriberto Fran-ça, para pagamento de contas daresidência do presidente.

De julho de 91 a junho de 92,as contas de Ana Acioli receberamdepósitos equivalentes a USS 587mil. No Banco Rural, os depósitosde agosto de 1990 a dezembro de1991 injetaram USS 911 mil naconta de Ana Acioli. "Gostariaque o presidente explicasse à na-ção como é esta galinha dos ovosde ouro, de onde ele tira dinhei-ro", ironizou Suplicy. "Será que opresidente não paga o emprésti-mo?", perguntou o senador MárioCovas (PSDB-SP).

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^ Vieira a CPILatido pede a tradução juramentada dos documento^presentadospor

Lando causou a suspensãoO relator da CPI, senador Amir

Lando (PMDB-RO), teve uma rea-ção inesperada para os governistas.Depois de ouvir a exposição feita porCláudio Vieira, no início de seu de-poimento, Lando fez uma pergunta-chave, para a qual o depoente nãoteve resposta. O senador perguntoucomo os recursos emprestados pelatrading uruguaia vieram parar noBrasil. E diante da falta de documen-tos sobre o trajeto do empréstimo atéa conta da secretária do presidente daRepública, Ana Acioli, Lando pro-pôs suspender a sessão por 72 horas,para que Vieira retorne munido demais documentos.

A proposta do relator foi imedia-tamente acatada pelos integrantes daCPI. Amir Lando pediu que CláudioVieira traga provas de que o dinheiropassou pelo Banco Central e pediu

também que o contrato de emprésti-mo feito junto á Alfa Trading sejatraduzido, pois está em inglês.

O senador Odacir Soares (PFL-RO), um dos parlamentares da linhade frente da defesa do governo, con-cordou imediatamente com a decisãodo relator, mas depois da reuniãodisse que a CPI sequer analisou osdocumentos levados por Vieira. "Es-tá tudo lá. Quem quiser pode confe-rir", sugeria. Já o deputado RobertoJefferson (PTB-RJ), um empedernidodefensor de PC e de Collor, não sabiaexplicar, mais tarde, detalhes do em-préstimo. Chegou a dizer que o em-presário e atual deputado Paulo Otá-vio (PRN-DF), um dos avalistas doempréstimo, não financiou direta-mente o presidente "porque não quisenfiar a mão no bolso". O deputadoJosé Múcio Monteiro (PFL-PE) disse

que a expectativa dos governistas erade que Vieira faria um depoimentoacabado, e mostrava-se surpreso pelainterrupção.

Para a maioria dos oposicionistas,no entanto, a reação de Lando refle-tiu uma ação sincronizada. "Combi-namos tudo isso uma hora antes dodepoimento", confidenciou um depu-tado da oposição. O desafio que res-ta, agora, é saber se o presidente daCPI, deputado Benito Gama (PFL-BA) e o relator terão tempo suficientepara checar, no Uruguai, a veracida-de das informações dc Cláudio Viei-ra. A intepretação de amigos ligadosa Vieira é de que a interrupção de seudepoimento á CPI tem como objetivoexatamente obter tempo para que acomissão se municie de mais dadossobre a sua versão.

Oposição contesta prova

As bancadas de oposição no Con-gresso não se convenceram da veraci-dade do depoimento dado ontem porCláudio Vieira, ex-secretário do pre-sidente Collor, à CPI do PC. Os maismoderados acham que o depoimentonão desfaz as provas já colhidas pelacomissão. Para outros, Collor perdeua última oportunidade de se inocen-tar. "As

provas do Cláudio Vieiranão desfazem as provas que nós játemos", disse o senador MaurícioCorrêa (PDT-DF), referindo-se àscentenas de cheques e extratos bancá-rios em poder da CPI. "Eu acho queo presidente acabou de perder o man-dato", concluiu o deputado José Dir-ceu (PT-SP), após o depoimento deVieira. "O depoimento é tão impossí-vel, que chega a ser um acinte a áinteligência da CPI", disse o depu-tado Sigmaringa Seixas (PSDB-DF).

Para o deputado José Dirceu, opresidente Collor está trilhando omesmo caminho do ex-presidenteamericano Richard Nixon, que em

Corrêa: argumentos frágeis

1974 renunciou ao mandato, diantede um impeacliment inevitável doCongresso dos EUA. "Nixon fez amesma coisa: mentiu á comissão queo investigava e teve que renunciar aomandato", comparou Dirceu. O de-

putado tem convicção de que nemCollor nem Vieira declararam o em-préstimo ao Imposto de Renda. Porisso, ele solicitou as declarações deVieira dos últimos três anos e de Col-lor, em 1990 e 1991, já que a de 1989foi divulgada na posse. É ainda JoséDirceu quem desvenda a estratégiado depoimento do ex-secretário:"Eles vão dizer que o Paulo Octávio eo Luis Estevão vão pagar o emprésti-mo". Os empresários Paulo Octávio,que também é deputado pelo PRN doDF, e Luis Estevão foram avalistas,junto com Collor, do empréstimo daAlfa Trading S/A, de Montevidéu.

Para o deputado Sigmaringa Sei-xas, o empréstimo da Alfa, uma em-presa de comércio, "é muito estra-nho". Além disso, prossegue ele, "emtese, o empréstimo pode caracterizarcorrupção passiva do presidente daRepública". Como muitos de seuscolegas da oposição, Sigmaringa achaque o depoimento do ex-secretário,foimontado.

Corretor deve depor sexta-feiraBRASÍLIA — O presidente da CPI

do caso PC, deputado Benito Gama(PFL-BA), e o relator da comissão,senador Amir Lando (PMDB-RO),viajam hoje para Montevidéu, parachecar as informações e os documen-tos levados ontem pelo ex-secretárioparticular de Collor, Cláudio Vieira àCPI. "Vamos traçar previamente umroteiro para ir aos lugares certos ondeverificaremos a veracidade das infor-maçòes", explicou Benito Gama. ACPI marcou para sexta-feira às lOh, odepoimento do corretor Najum Aza-rio Flato Turner. Esta é a pessoa aquem Cláudio Vieira diz ter confiadoas aplicações feitas com o emprésti-mo de USS 5 milhões obtidos no

Uruguai para o presidente FernandoCollor. Ontem mesmo a CPI enviouao Banco Central um requerimentode quebra de sigilo das contas bancá-rias de Turner.

Ontem à noite, Benito telefonouao ministro da Justiça, Célio Borja,pedindo que a Policia Federal tomeprovidências para que Najur Turnernão deixe o país antes de depor naCPI. Na declaração assinada porTurner, levada à CPI por CláudioVieira, o corretor informa que viajaráao exterior, para 30 dias de férias. Adeclaração foi assinada na últimasexta-feira, e os integrantes da CPInão sabiam, até ontem à noite, seTurner ainda está no país.

Ontem a CPI aprovou uma listade novos requerimentos em funçãodo depoimento de Vieira. Entre elesestá o estatuto social da empresa AlfaTrading, que concedeu o empréstimoao ex-secretário do presidente da Re-pública, com firma reconhecida peloconsulado brasileiro no uruguai.Também foi solicitado o registro docontrato de financiamento no BancoCentral, a comprovação de transfe-rência dos recursos para o Brasil, ocontrato firmado entre FernandoCollor e Vieira para a obtenção dofinanciamento, que se destinava, defato, ao presidente, e a declaração derenda de Vieira, de 1988 a 1991.

O doleiro Jorge Luis Conceição,do Rio, era a principal fonte de re-cursos das contas da secretária AnaAcioli. das empresas de PC Farias edos oito fantasmas que depositavamna conta de Ana. Essa foi uma dasmais importantes descobertas da CPIdo PC. depois de fazer o cruzamentode milhares de cheques recebidos doBanco Central. A conclusão é de queo doleiro do Rio era a principal fontede abastecimento de fundos bancá-rios. utilizados para o pagamento dascontas da Casa da Dinda.

Conceição está desaparecido. Na-tural de Itaguai (RJ), ele trabalhava

Doleiro é a fonte principal

no Rio e era doleiro conhecido. Asanálises preliminares apontam infor-mações surpreendentes: em meadosde 1991, ele depositou, num únicodia, CrS 490 milhões, em valores daépoca. A descoberta, feita através doscomputadores do Prodasen, o serviçode processamento de dados do Sena-do, aumentou a suspeita de que Con-ceição era um dos mais importantespersonagens do esquema PC. O siste-ma de cruzamento que está sendoutilizado pela CPI ainda não estáconcluído. Além do paradeiro do do-leiro, é preciso descobrir a fonte dosrecursos que movimentava

Outra descoberta importante dasanálises que estão sendo feitas atingeo Banco Rural. O banco, um dos trêsutilizados pelo esquema PC, emitiaextratos, no mínimo, irregulares. ACPI descobriu que toda vez que apa-recia a operação "resgate de fundos"tratava-se, na verdade, de transferên-cias de recursos feitas pelo doleiroConceição. Os integrantes da comis-são ainda não chegaram a uma con-clusão sobre a intenção da camufla-gem, mas é certo que houveirregularidade com o consentimentodo Banco Rural.

Repercussão >ji¦ „l—Jarbas Vasconccllos SVice-presidente nacional -tio

PMDB e candidato à prefeitura "&oRecife: 't"O depoimento de Cláudio Vieira üu-menta a nossa preocupação com 'orumo que tomarão as coisas daquipara a fiente. O homem que convftecom o presidente vai ao Congresso1 edá um depoimento que mais pariteecoisa de mafioso. Vamos aguardadasprovas do que disse até agora e deixarque o Congresso, como é normal,"asanalise e cçnclua a CPI no tempoadequado. É lamentável que no nío-mento em que está mergulhado êmuma recessão profunda o país desçli-bra que tem um governo mergulhadona corrupção, a esta altura envolven-do o próprio presidente."

Marcos CoimbraSecretário-geral da Presidência:"Boa, calma, controlada e incisiva.Quando alguém fala a verdade, temtoda a convicção, firmeza e expõe bem.A suspensão mostra que houve [3orparte da CPI uma surpresa grandfr euma falta de compreensão, no primei-ro momento e, como recurso, adia-se asessão para analisar os documentos/ Oex-secretário não revelou anteriormen-te a existência do empréstimo no Ufu-guai porque o assunto não foi coloça-do. Ninguém perguntou". •,

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Marco MacielSenador (PFL-PE)"A atitude daCPI de suspen-der a sessão edar 72 horas pa-ra reunir docu-mentos foi muitosensata. Achoque são docu-mentos muitoimportantes e aCPI pode apurartudo, mas nãopode prejulgar,"

Luís Inácio Lula da Silvápresidente nacional do PT:"Não houve depoimento. O quehouve foi o início de um show dccinismo. A história que ele começou acontar é uma falta dc respeito comtoda a sociedade brasileira. Antiga-mente, a direita acusava a esquerdade viver sustentada pelo ouro 'deMoscou. Hoje, o Fernando Collopésustentado pelo ouro do Uruguaü Étudo dc um cinismo muito grandc. Seo Collor apostava todas as suas 'fi-chas no depoimento dc Cláudio Vibi-ra, ele pode se considerar derrotada.Nenhum brasileiro em seu juízo nor-mal pode acreditar em uma históriatão rocambolcsca."

Antônio Carlos Magalhães(PFL) — governador da Bahia: 'J"Comentar o que, se a CPI nã;odeixou o Claúdio Vieira terminar

depoimento?" |!

Alceu Collares (PDT) 'I

Rio Grande do Sul: I;*'É um fato novo, extremamentegrave e certamente de grande repe'r-cussào. Acho que todos foram siír-preendidos com o depoimento doCláudio Vieira. E a CPI. agora, teráque apurar isso também. Ê"uma exi-gência social o resultado da CPI. Elaterá que investigar profundamentetudo que loi dito nesse depoimento.'!

i*Joaquim Francisco

Governador dc Pernambuco. PFL"A CPI resolveu interromper os trji-balhos para fazer uma análise majsapurada dos documentos que o dou-tor Cláudio Vieira apresentou e tal-vez até anexar mais alguns. Não creioque o novo depoimento, marcado pji-ra quinta-feira, tenha alguma relaçãocom a volta do presidente Collor doexterior. A comissão tem a maioriadc oposição e também tem algunsparlamentares que. mesmo apoiandoo governo, tem facilitado o recolhi-mento de dados. Esse prazo me parè-ce oportuno para que as coisas 0-quem bem esclarecidas."

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JORNAL DO BRASIL Política e Governo terça-feira, 28/7/92 ? Io caderno ? 5

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Scheuer negou que tenha dado dinheiro para Curió

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confirma pedidos

de PC

sil, Scheuer tenta esclarecer: "Na li-gação com o deputado SebastiãoCurió fui lacônico, primeiro por nãoconhecê-lo, segundo, uma vez que aresposta já fora dada ao interlocutor(no caso PC)." No entanto, Scheuernão conseguiu explicar o motivo daJvisita de Werner Lechner, entãomembro da diretoria geral da Merce-des-Benz, na Alemanha e que foi pre-sidente da MB do Brasil por oitoanos c Bernd Gottschalk, então presi-dente da montadora alemã, a PC Fa-rias, no dia 19 de março de 1991.

A Mercedes-Benz confirmou,através de nota, que o encontro comPaulo César Farias aconteceu porqueo empresário alagoano havia mani-festado interesse em se tornar umconcessionário da marca Mercedes-Benz no Brasil.

Quanto a questão da Resolução684/88 do BNDES, que garantia areserva de mercado para as montado-ras brasileiras de ônibus (no caso dascarrocerias, havia a proibição de fi-nanciamento para as montadoras es-trangeiras, a única estrangeira nestesegmento é a Mercedes-Benz, com20% deste mercado) e que teria sidoo motivo da "troca de favores" cita-da por Curió, Scheuer também teveresposta. Segundo ele, a Mercedes-Benz estava tentando reverter a proi-bição junto ao governo desde 1986(antes da resolução de 1988, haviaoutra similar de 1985). "Participei dereuniões de empresários com a Zéliaem que reafirmei a minha posiçãocontrária a esta reserva de mercado."Scheuer argumentou que se tivessefeito "um trato com PC" e se ele era o"todo-poderoso" do governo, porque a modificação da resolução de-morou 15 meses para sair? A Resolu-,çào 776/91, a qual permitiu que asempresas estrangeiras tivessem finan-ciamento junto ao BNDS, saiu em 23de dezembro de 1991.

Ministério de Collor, o divisor de águas

Vida de professoramudou muito desde

po tempo de Funaro

Jorgemar Félix

rreconhecível. Na opinião dosA amigos, c a melhor palavra paradefinir a transformação da vida daex-ministra Zélia Cardoso de Mel-lo, depois de sua passagem pelogoverno Collor. Dos tempos deprofessora da USP á fase pós-mi-nistério, Zélia deixou ao passado oar de borralheira e adotou hábitosde rainha. Nesse período, ela enri-queceu o currículo: Plano Collor 1,2, romances, brigas, livro, uma fa-J" lência de seu Instituto Brasil, umagravidez, a acusação de protagoni-zar o escândalo do café e, segundodocumentos em poder da CPI doPC, alguns dólares doados porPaulo César Farias — o único mi-" ¦ lionário a escapar do bloqueio dos'cruzados.

Quando chegou a Brasília, àépoca do ex-ministro Dilson Funa-ro, de quem foi assessora, a conta-

• bilidade de Zélia impedia extrava-' gâncias além de uni Fusca 73.Veículo comprado por ela para irde casa ao trabalho. Ou. nos fins de

.. .semana, levá-la aos jogos de vôlei,um dos raros programas de sua vi-"'da social. Em São Paulo, Zélia po-dia pagar as despesas de um apar-' tamento próprio no bairro do

Itaim. onde mora a classe média¦paulistana. Era uma sala, dois' quartos, decorados com móveis"'""muito simples". Luxo? Nenhum.

.. Dois anos de ministra, com umsalário mensal de USS 2.5 mil (hoje

Luiz C. dos Santos — 25/6/92

Entre as muitas mudanças na vida de Zélia, a união com o humorista Chico Anísiocerca de CrS 10 milhões), a novaZélia consegue reformar o aparta-mento "para acabar com um pro-blema de vazamento".

O apartamento está longe de sera única reforma na vida de Zélia.Seu status de ministra permitiu-lhevestir-se de grifes famosas e umasegunda obra. Desta vez na casa damãe, na região dos Jardins, em SãoPaulo, sua residência atual. A obrateria custado, segundo ela, USS 20mil, que comprova com notas fis-cais. Segundo alguém com acesso ácontabilidade pessoal da ex-minis-tra, a reforma chegou a "pelo me-nos o dobro". Até hoje não se temnoticia de nenhum grande negócio

fechado por Zélia que permita talrendimento.

Sua tentativa de voltar à con-sultoria com o Instituto Brasil foitão lastimável como sua chance deacabar com a inflação confiscandoo dinheiro de aposentados. O so-nho durou três meses. Nenhumcontrato, nenhum serviço na pra-ça. Nada. Mas. a nova Zélia não sedeixa abater por pouco. Sempremostrou que era mulher de pulso.Ela fecha o instituto e visita umamansão de 600 metros quadrados àvenda nos Jardins, por USS 1,5milhão. Mil vezes o seu salário deprofessora da USP. que está emtorno de USS 1.5 mil.

Para quem licou com CrS 200mil presos no Banco Central, comoela mesmo quis e ela mesmo decla-rou, as viagens de Zélia tambémdespertam curiosidade dos amigos.Nos tempos de borralheira, ela che-gava em Paris, incomodava umamigo e era obrigada a dividir umquarto com pessoas que mal conhe-cia. Isso tudo virou passado para aex-ministra. Longe dos problemascom a Economia, ela passou a op-tar por hotéis com preços superio-res a USS 100 a diária. Ela diz que adespesa era paga por seu namoradoá época, o ex-ministro BernardoCabral. Mas, quando ele voltou aoBrasil, Zélia não voltou para a casado amigo. Permaneceu no hotel.

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- SÃO PAULO — A empresa contra-ladit pela Rede Ferroviária FederalS/A, sem licitação, a Oceania Impor-fápo e Exportação Ltda, com sedeíib Espírito Santo, pertence à CotiaTrading, a maior no setor de comér-cio exterior, de onde saíram algunsdos principais integrantes da equipedií ex-ministra Zélia Cardoso de Mel-lo; A Oceania participou de uma ope-raçào chamada de triangular, masque, na verdade, tem quatro ângulos.Além da Oceania e da RFFSA, onegócio envolveu também a Compa-lihia Siderúrgica Nacional (CSN) e aCorema, empresa de Lélio RavagnaniFilho, ex-sócio de Zélia na ZLC Con-sultores.

Segundo denúncia do jornal Esta-do de S. Paulo, a operação teria sidointermediada por Paulo César Fariasc uma das beneficiadas foi a Corema.O contrato de USS 8 milhões deu áOceania a exclusividade na comprade peças de reposição para locomoti-vas. O ex-presidente da RFFSA Mar-tiniano Lauro Amaral de Oliveira c oex-diretor de Logística Paulo CésarChiarelli da Fonseca foram os repre-sentantes da RFFSA na negociação,feita por encontro de contas com aCSN, em 31 de julho de 1991. Namesma ocasião, a Oceania transferiuos títulos para a Corema."Essa operação é legal, não foiinventada por mim, não e de hoje que

a Rede, uma empresa inadimplente,realiza operações dessa natureza",defende-se Lélio. "Não teve nenhumaajuda de quem quer que seja", garan-te. Segundo ele, a RFFSA precisarepor peças periodicamente e estásem caixa. A solução encontrada éusar o crédito com outra empresa, nocaso, a CSN. A dívida da CSN com aRFFSA foi paga por um cliente daCSN, a General Motors, em peçasimportadas. A Oceania, segundo Lé-lio, entrou na operação como execu-tora c a Corema, como representanteda GM. "O negócio é feito da mesmaforma com a General Electric (GE) epara isso não precisa de intermedia-ção de ninguém", afirma Lélio.

"Essas pessoas não têm nada a ver

com a Cotia e o contrato está á dis-posição de quem quiser analisar",disse o assessor de imprensa da Cotia,Paulo Ribeiro. "O

problema da liei-tação é com a Rede", completou. Opresidente da Cotia, Joseph Tutnd-jian, está no exterior. Antes de de-sembarcarem no governo Collor, osprincipais assessores de Zélia traba-lharam na Cotia, como o ex-chefe degabinete da ministra, Sérgio Nasci-mento, o economista Carlos Henri-que Moraes (o C da ZLC Consulto-res), Antonio José Louçã Pargana,João Rodrigues Cunha, Marcos eRoberto Fonseca e Luiz Nolasco, oúltimo a deixar a empresa em 1989.

Ex-ministra classifica denúncias de 'levianas'

Irritada, a ex-ministra Zélia Car-doso de Mello classifica como "inde-corosas e levianas" as últimas denún-cias que relacionam seu nome aoesquema PC. O deputado federal JoséDirceu (PT-SP). integrante da CPI,diz que um contrato irregular entre aRede Ferroviária Federal e a OceaniaImportação e Exportação, empresado Espírito Santo, teria beneficiadoos amigos c sócios de Zélia na ZLCConsultoria — empresa criada pela

ex-ministra. "Não vou ficar me expli-cando todo dia sobre essas acusa-ções", disse, referindo-se à constânciacom que seu nome aparece relaciona-do ao de Paulo César Farias.

A transação entre a Rede Ferro-viária e a Oceania teria sido fechadaapós uma série de telefonemas de PCpara a diretoria da estatal. No negó-cio, a Oceania não teria passado defachada para a Corema, empresa daqual participam ou participaram os

sócios da ex-ministra na ZLC Con-sultoria — Carlos Moraes e LélioRavagnani. Segundo a denúncia, aprópria Zélia teria feito parte do con-selho consultivo da Corema. O con-trato foi assinado em 31 de julho de91 e previa a compra, no mercadoamericano, de USS 8 milhões em pe-ças de reposição para locomotivas.

Os comentários da ex-ministra so-bre as últimas acusações limitam-se aimpacientes "nunca fiz parte do con-

selho consultivo da Corema" e "todomundo sabe que a ZLC acabou emfevereiro de 1990". "Quem

quiser fa-zer denúncias que se municie de do-cumentos", provocou ela, com des-dém. "Quando for o caso, eurespondo em foros competentes", es-quivou-se. Zélia disse que, atualmen-te, nada lhe roubará a atenção dofilho Rodrigo, previsto para nascerdentro de duas semanas. "Estoupreocupada é com meu parto", diz.

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Scheuer

SÃO PAULOO diretor de

Recursos Huma-nos e RelaçõesInstitucionais daM'ercedes-BenzdÁ Brasil, LuizAdelar Scheuer, confirmou a conver-sai com o ex-deputado Sebastião Cu-rió, gravada pelo próprio político, edivulgada pela revista Veja, de 22 dejulho deste mês. "Falei mesmo comele", disse Scheuer, ontem, após 20dias de férias na Suíça e na Alemã-nha-. Munido de boletins que expli-cam ponto a ponto seu envolvimentono esquema PC, Scheuer negou terfornecido dinheiro para a campanhade.Sebastião Curió a deputado fede-ral pelo PRN do Pará, a pedido dePaulo César Farias, o PC. "Minhafunção é fazer lobby junto ao gover-no,-mas não desta maneira." Mas quePC pediu, pediu.

"Recebi vários tele-fonemas de PC, no final de agosto de1990, mas atendi apenas a dois, osoutros eu mandava dizer que nãoestava." Segundo Scheuer, no últimotelefonema PC foi claro: " Preciso deajuda para a campanha de SebastiãoCurió. Finalmente espero que a Mer-cedes-Benz contribua para isso."

O diretor da Mercedes-Benz, disseainda que PC não gostou da negativaflè Scheuer e insistiu dizendo que jáestava tudo arranjado e que o pró-prio beneficiado, no caso Curió, irialigar para agradecer a ajuda. É nestemomento que a explicação deScheuer fica complicada. O executivoda Mercedes-Benz garante que nãofoi taxativo em sua negativa à Curió(na gravação a impressão é de queScheuer aceita o agradecimento comose tivesse colaborado de algum ma-neira) porque preferiu ser mais ele-gante, diplomata.

Em nota que divulga hoje aos fun-cionários da Mercedes-Benz do Bra-

ENTREGAMOS TAMBÉM NA REGIÃO DOS LAGOS *

1

m

03

1° caderno :: terça-feira. 28/7/92 Política e Governo JORNAL DO BRASIL

Informe JB

Durou de 21 h de domingo ate as 4h30 da madrugada deontem a reunião em que o ex-secretário particular do

.presidente Collor. Cláudio Vieira, repassou com amigos todasas informações e documentos que apresentaria à CPI do PC.

Estavam presentes, além de Vieira, o embaixador Mar-cos Coimbra, os presidentes do Banco do Brasil, LafaieteÇoutinho, e da Caixa Econômica Federal, Álvaro Mendon-ça. o empresário Luís Estevão (um dos avalistas do emprés-limo de USS 5 milhões que Vieira disse ter obtido noUruguai) e cinco advogados.

Foi uma espécie de ensaio do depoimento de Vieira naCPI. Confrontaram-se. por exemplo, todas as questões queos jornais dizem não terem sido respondidas com as novida-des que Vieira apresentaria.

A conclusão, nessa reunião, foi a de que pelo menos.alguns dos principais fatos relacionados com o presidenteCollor ficariam esclarecidos.

Fez-se, inclusive, um roteiro para a meia hora de impro-viso de Vieira, no início do depoimento.

A reunião foi realizada na casa do embaixador Coimbra.?

Depois do depoimento de Vieira, os líderes do governono Congresso diziam, com prudência, que nas 72 horasseguintes, em que serão checados os novos documentos, odestino de Collor estará selado.

— No Palácio do Planalto, considerava-se já liquidada a[fatura. A favor, obviamente.

AvalistaNesta hora em que Brasília

Transmite tanto cinismo, há pelomenos uma história que o em-presário Luís Estevão jura serabsoluta verdade: a operação deempréstimo de USS 5 milhõesno Uruguai, da qual foi fiador,juntamente com Paulo Octávio eFernando Collor.

Quanto à manipulação.desse dinheiro, não posso daropinião, pois nada sei — diz.

ReservaLuís Estevão informa que

os USS 5 milhões seriam umaespécie de colchão para a campa-nha eleitoral de Collor, em 1989.

Surgiram exatamentequando Collor começou a cres-cer nas pesquisas e as doaçõespara a sua campanha foramsurgindo. A idéia era guarda-lòs como reserva. Se a campa-nha (leia-se PC Farias) preci-sasse, poderia recorrer a essedinheiro, e na primeira oportu-nidade o reporia.

-TermômetroO líder do bloco do gover-

no na Câmara, deputado LuísEduardo, ficou em seu gabine-te esperando que. um a um, osseus homens na CPI fossem lácontar as impressões sobre oshow de prestidigitação deCláudio Vieira.

Registrou opinião generali-zada, nessa turma, de que o de-poente foi seguro, sereno e apre-sentou história convincente.Ficha

O corretor Najun AzarioFl.ato Turner, guardião dos USS3.7 milhões do presidente Col-lor, era um dos principais clien-tes da distribuidora Spread, li-quidada pelo Banco Central estemês por operações irregulares nomercado de dólares.

Aliás, no Aurélio, (lato querdizer desejo forte, ânsia, gana.Pára-raios

. Antes de irem para o depoi-mento de Cláudio Vieira, os par-lamentares do governo na CPIdo PC tiveram uma reunião como ministro Fiuzào para sereminformados das novidades.

A idéia era evitar que fos-sem surpreendidos com a mi-rabolante história dos USS 5milhões trazidos do Uruguaie. de repente, caíssem na ten-tação da dúvida.Pela culatra

{[ Do senador Eduardo Su-¦ plicy (PT-SP):

O mais grave é o que o" presidente Collor dirá aos" brasileiros apanhados de cal-

.. ça curta no Plano Collor so-- bre a pequena fortuna de USS•' 3.7 milhões que guardava em

ouro. Tudo indica que se be-neficiou de informações privi-legiadas que protegeram seudinheiro do bloqueio dos cru-zados.Jogo pesado

Najun Turner chegou aoperar com a corretora Socopa,de Álvaro Augusto Vidigal.

Mas Vidigal saiu do ne-gócio, assustado com o volu-me de dinheiro movimentadopor Najun.

ZumbiDo governador Ciro Go-

mes, sobre o depoimento deCláudio Vieira:

— Foi uma tentativa he-róica, desesperada, mas quenão respondeu a coisa nenhu-ma. É caricatural. Seria cômicose não fosse trágico. Acho quenão tem mais jeito. O presiden-te pode até ficar aí, feito umzumbi, sem força nenhuma,mas a solução mais indolor se-ria ele renunciar logo.Ou vai ou racha

O processo de impeach-ment de Collor já tem pernaspróprias.

Vai ser aberto qualquerque seja a conclusão da CPI ouquaisquer que sejam os resulta-dos das investigações de agoraem diante.Cabos eleitorais

A sorte de Collor, quandocomeçar a tramitação da denún-cia que será apresentada contraele por crime de responsabilida-de, será decidida dentro do Con-gresso por meia dúzia de grandeseleitores, com controle total ouparcial sobre as bancadas.

São eles Antônio CarlosMagalhães, Orestes Quércia,Fiuzào, Bornhausen, HétioGarcia e Brizola.

Doutor Ulysses Guima-rães e Nelson Jobim são for-madores de opinião importan-tes para apontar o rumo aseguir.Mixaria

Os USS 3.7 milhões — partedo empréstimo de USS 5 milhões— trazidos pelo secretário deCollor do Uruguai dariam paracomprar 20 dos 24 apartamentosdo Alfa Privilége, o último lança-mento imobiliário luxuoso daBarra da Tijuca.

Ou 616 casas populares.Vez de ACM

A fatura começa a ser paga.O presidente Collor assi-

narà na próxima semana atotransformando Salvador na se-de da 3° reunião de cúpula Ibc-ro-Americana. a realizar-se emjulho de 1993.

Mais uma vez os diploma-tas serão convocados paramontar um novo GTN.

LANCE-LIVREO homem ainda tem USS 1.3 milhão

no Uruguai.Os principais líderes da oposição,

Orestes Quércia, Luia e Tasso Jereissuti,desembarcam hoje no caldeirão de Brasí-lia.

I • Para o go\crno. uma coisa é CV —Cláudio Vieira, bem entendido, e nãoComando Vermelho. Outra bem diferente' é PC. Não é nada, não c nada, não cnada mesmo não.® Do professor de Direito ConstitucionalMarcelo Cerqueira: "t difícil saber qual oartigo da lei penal e o da lei tributária quenão foram siolados cm todo o caso PC.Mas a auto-incriminação de Cláudio \ iet-ra foi a mais grate."o Vem ai uma briga quente: LubaErundina. presidente da Frente Nacionaldos Prefeitos, será recebida amanhã peioministro Célio Borja, para pedir que sejamantido no projeto do Código Brasileiro

de Trânsito o artigo 20, que dá a gestãodo trânsito aos municípios.

Do presidente do CNPq. Marcos dosMares Guia. sobre a penúria da ciência etecnologia: "Desde que presido o conselholuto pela urba de cada dia. F.sta e umasituação de emergência que não pode du-rar muito tempo."

Hélio Jaguaribe lança hoje ás ll)h naLivraria Argumento, no Leblon. o seulivro Sociedade. Estado e partidos naatualidade brasileira, editado pela Pa/ eTerra.C O secretário nacional de Saneamento,Paulo Be/erril Júnior, e o presidente daAssociação Brasileira de Engenharia Sa-nitária e Ambiental. Alberto Viol, serãoentrevistados hoje. às 13h, no Encontrocom a Imprensa, na Rádio JORNAL DOBRASIL."""**¦ A mentira tem pernas curtas.

\Iarcvlo fontes. com sucursats

Campanha

Oposição denuncia

pre feito por apoiaremissora

'pirata'

Belo horizonte—uma

emissora de televisão pirataque funciona em Centralina, cida-de de 14 mil habitantes a 720quilômetros desta capital, noTriângulo Mineiro, está sendousada como instrumento de cam-panha política do candidatoapoiado pela prefeitura à sucessãomunicipal, José Milton de Olivei-ra (PMDB/PFL/PSDB). A acusa-ção foi feita pelo único adver-sário de Oliveira na disputa, oex-jogador de futebol AldariOnorato Fraga, que lançou-secandidato pela coligação PL/PRN. Ele afirma que o principalresponsável pela irregularidade éo atual prefeito da cidade, JoedesMarques (PMDB). A pedido daJustiça Eleitoral, a Polícia Civiliniciou investigações sobre o ca-so.

Segundo Aldari, a TV Canal 4,que se resume a um aparelho rús-tico de transmissão, uma antenapequena, um video-cassete e umacâmera VHS, foi montada há cer-ca de dois anos e meio por umtécnico em eletrônica que tem osugestivo nome de Marconi (o ita-liano inventor do rádio) de Al-meida, de 30 anos. A pequenaemissora restringia-se a exibir, emhorários variados — que, às ve-zes, chegavam a 10 noras por

revela tevê clandestina

dia —, campeonatos esportivos,festas e cópias de filmes famososretiradas de videolocadoras da ci-dade, sem espaço comercial. Nosúltimos meses, porém, segundo ocandidato da oposição, a progra-mação começou a sofrer altera-ções. "O

prefeito tem aparecido

em comícios políticos ou soleni-dades, ao lado do José Milton ede candidatos a vereador pela co-ligação dele, para todo mundover, e isso não é justo", reclamaAldari.

O ex-jogador de futebol afirmaainda que, recentemente, os equi-pamentos de transmissão e a ante-na da TV Canal 4 foram transferi-dos da casa de Marconi para oprédio da prefeitura, numa clara

demonstração de que "o atual

prefeito Joedes Marques é quesustenta e usa a tevê para fazercampanha", mas depois voltou aoseu lugar original. O chefe de ga-binete do prefeito, Eli de Oliveira,nega com veemência as acusações."O rapaz dono da televisão filmatodos os eventos que acontecemna cidade, e é normal que o pre-feito esteja sempre aparecendo",diz.

No início da semana passada,uma equipe de reportagem da TVPontal, repetidora da Rede Globono Triângulo Mineiro, mostrou àjuíza eleitoral de Ituiutaba, MariaAntonieta Sales Batista, uma fitade vídeo com gravações exibidaspela TV Canal 4. Levadas ao ar às18h do último dia 20, as imagensmostravam o prefeito Marques eo candidato José Milton de Oli-veira juntos num comício, realiza-do na periferia.

"Depois de assis-tir à fita, determinei abertura deinquérito policial para investigaro caso", afirma a juíza.

Se for confirmada a utilizaçãode tevê clandestina em campanhapolítica, os responsáveis, caso se-jam candidatos, podem ter seusregistros cassados e receber penas

ue vão de três meses a três anose prisão.

"Seriam vários crimescometidos ao mesmo tempo, jáque nenhum candidato de Centra-lina tem até hoje registro oficial, aemissora é ilegal e o início dohorário gratuito em rádio e tevê é17 de agosto", explica.

Tarso bem na frenteO ex-vice-prcfeito Tarso Dutra

(PT) disparou na frente e cada vez Stfortalece mais a impressão de quepoderá vencer a eleição para prefeitode Porto Alegre no primeiro turno.LÊo que se constata pela nova pesquisaPerfil/Correio do Povo, divulgada on-tem, em que Tarso alcança 39,6%,contra apenas 18,7% do segundo cò-locado, Carlos Araújo (PDT), se-guindo-se Valdir Fraga (PTB), com7,9%, Jarbas Lima (PDS), com 6,3%e Cézar Schirmer (PMDB), com4.5%. Os outros cinco candidatos fiLcaram com percentuais de 2,4%.

Servidor-candidato -

Um antigo costume ampliou-se detal forma que, atualmente, 136 dos670 candidatos a vereador de PortoAlegre são funcionários públicos.Eles se valem de legislação que per'mite licença remunerada para se canididatarem. Ou seja, mesmo que naôse elejam, terão uma espécie de fériasde alguns meses, continuando a rece-ber salários. A maioria dos servidoreslicenciados é de professores. Do totalde 136 servidores-candidatos, 32 con*correm pelo PTB e 25 pelo PT, parti-dos com maior número de funcioná-rios disputando eleições.

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EmCrSI.OO Segunda Domingo Executive (Segunda/Sexta-Feira)Entrega Domiciliar Monsal Trimestral Semestral Mensal Trimestral Semestral

Pro^o Prepo Prego Prego Prepo Prepo 3A vistu Avista Parcelas Avista Parcelas Avista Avista Parcelas Avista Parcelas

RJ.MG.ES.SP 62 000 00 186 000.00 103 333 00 372 00000 152 459 00 4-4 QOO;OQ 132 000 00 73 333.00 264 000 00 108 197.00PR.SC.RS.DF.GO.MS.MT 96 000,00 288 000 00 160 000 00 576 000 00 236 066.00 66 000 00 198 000 00 110 000 00 396 000 00 162 295 00AL.SE.BA PE 111 000.00 333 000,00 185 000.00 666 000.00 272 951,00 77 000 00 231 000 00 128 333 00 462 000 00 189 344,00Dema.s Estados e Entrega Postal 128 000.00 384 000.00 213 333 00 768 000,00 314 754.00 88 000.00 264 000 00 146 667.00 529 000 00 216 393.00

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JORNAL DO BRASIL Política e Governo terça-feira, 28/7/92 ? Io caderno ? 7

AGENDA

p Regina Gordilho (PRP)Às 1 Oh, participa do programa Eu,você e o Rio, na Rádio Nacional. Às14h, visita a comunidade de Honó-fio Gurgel, com ponto de encontroém frente à Supergasbrás. De lá acandidata vai a Rocha Miranda.Ei João Mendes (PTB)O candidato almoça às 12h comempresários e comerciantes do Ro-láry Clube de Madureira, na Chur-cascaria Tem Tudo, próximo aoviaduto de Madureira e depois ca-minha pelo calçadão do bairro. Às18h30, participa de votação na Cá-mara dos Deputados, em Brasília. -H Técio Lins e Silva (PST)Participa às lOh do proprama Fa-latido francamente da Radio Reló-gio. Depois estará às 1 lh30 no pro-grama José Carlos Cataldi da CBN.Ao meio dia, faz apresentação ofi-ciai das peças publicitárias de suacampanha no comitê, na Rua SãoBento, 8, 18° andar. Às 12h, vai sereunir com a coordenação da cam-panha e às 20h se encontra com,professores universitários no comi-te.¦ Albano Reis (PRN)O candidato tem reunião progra-mada com assessores às 9h. Logoapós o encontro, almoça no Centro,e segue para a Assembléia Legislati-va, onde permanece até às 21h.'0 Francisco Dornelles (PFL)De lOh às 12h, o candidato vai se,reunir com o grupo técnico de suacampanha. Um corpo-a-corpo estáprogramado para as 15h em Ipane-ma, com, saída da Praça GeneralOsório. Às 23h Dornelles participado programa Noite e dia da TV•Manchete sobre reforma fiscal.? Sérgio Cabral Filho (PSDB)E-ntrega às 16h30 na AssembléiaEfegislativa projeto de lei determi-fiando a municipalização do Mara-canà.0 César Maia (PMDB)Grava o programa Rio mulher, áslOh, na Rede OM. Ao meio dia,íilmoça com comerciantes na Chur-ráscaria Porção, do Mercado SãoSebastião, na Penha. Mais tarde, às•I 6h30, participa de chá de senhoras1TO Madureira Esporte Clube, comVenda beneficente para a creche dajAssociaçào de Moradores do Mor-ro do Sossego, em Madureira. Às21 h se reúne com artistas de teatro etelevisão, em Ipanema.'Amaral Netto (PDS)Jnaugura dois comitês em Cascadu-ra a partir das 16 h.

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Carlos Mesquita — 8/7/92

Jackson: primeiro Benedita: contatos nos EUA

Benedita se reúne com

líderes negros nos EUA

Teodomiro BragaCorrespondente

WASHINGTON — A candidata àprefeitura do Rio pelo PT, Benedi-ta da Silva, reúne-se-se hoje de ma-nhã com o líder negro Jesse Jack-son, no primeiro de uma série deencontros políticos na capital ame-ricana. A concorrida agenda de Be-nedita (que retorna sábado à noitedo^ Brasil) também inclui uma au-diência, na quarta-feira com a pre-feita negra de Washington, SharonPratt Kelly, do Partido Democrata,além de encontos com parlamenta-res que encabeçam movimentos ne-gros ou sociais, líderes sindicais eassociações de mulheres.

Ao contrário do que ocorre nor-malmente com políticos brasileirosem visita aos Estados Unidos, a can-didata do PT preferiu não solicitarapoio logístico da embaixada. Em-bora tenha chegado sábado a Was-hington, embarcando á noite para acidade de Atlanta, na Geórgia, até anoite de ontem a embaixada desço-nhecia a presença da deputada petis-ta nos Estados Unidos.

A visita de uma semana de Bene-dita da Silva aos EUA está sendopatrocinada por fundações america-nas de apoio a mudança sociais, sin-dicatos de trabalhadores e Organi-zação de Africanos na América,além da Brasil Network, uma orga-nização de ligação entre as ONGsbrasileiras e americanas.

No domingo de manhã, em seu

primeiro compromisso político nosEstados Unidos, Benedita participouem Atlanta de uma reunião com obispo McKinley Young e outros diri-gentes da Igreja Bethel Zion, umaigreja episcopal afro-americana. Emseguida, ela se avistou com ativistaspolíticos negros. Ontem, esteve comrepresentantes do Comitê dos Pasto-res Negros Conscientes, um dos maisimportantes grupos políticos do Su-deste dos Estados Unidos, e tambémteve encontros em separado com re-presentantes da Associação Nacionalpelo Avanço dos Povos de Cor e daConferência da Liderança Cristã daR.egião Sul. Antes de retornar à Was-hington, à noite, a deputada petistaainda visitou o Centro Carter, entida-de criada pelo ex-presidente JimmyCarter para promoção dos direitoshumanos no mundo.

Após o encontro de hoje com Jes-se Jackson — que será realizado nasede da Coalizão Nacional Arco-íris,a organização comandada pelo lídernegro —, a candidata irá para a Uni-versidade de Howard, uma das maisconhecidas universidades negras dosEstados Unidos. Ali ela será recebidapelo embaixador Rudolph Aggrew,chefe de um grupo de antigos embai-xadores negros americanos e respon-sável pela editora da universidade. Àtarde, Benedita vai pela primeira vezao Congresso para encontro comBernie Sanders, deputado socialistade Vermont, único parlamentar noCongresso que não pertence ao Parti-do Democrata ou Republicano.

Regina quer

gratificar os

professoresA candidata do PRP à prefei-

tura do Rio, Regina Gordilho,disse ontem durante o programaEncontro com a imprensa, da Rá-dio JORNAL DO BRASIL, quepretende instituir em seu governovale-transporte e tíquete-refeiçãopara os profissionais de educaçãodo município. Além disso, anun-ciou que, se for eleita, dará umagratificação aos professores atra-vés de portaria assinada por ela edesenvolverá um projeto de pro-fessores familiares, que irão às re-sidências das crianças que não ti-verem onde estudar. "Em 60 diasvou recuperar as escolas munici-pais e concluir os cieps inacaba-dos", disse ela.

Na área de saúde, Regina Gor-dilho afirmou que vai criar conse-lhos comunitários próximos aoshospitais municipais, para onde aspessoas poderão telefonar se pre-cisarem de atendimento médico."Vamos instituir também um dis-que-denúncia da saúde e fazer umlevantamento do número de famí-lias que não foram vacinadas",afirmou, acrescentando que ospostos de saúde passarão a fun-cionar de manhã e à noite, para oatendimento médico das pessoasque trabalham durante o dia.

'Metromóvel' — Sem direitoa horário eleitoral gratuito nas rá-dios e tevês e ainda sem candidatoa vice — "tenho até 30 dias antesdas eleições para ter um vice" —Regina Gordilho afirmou que suacampanha será feita nas ruas dacidade. A candidata tem um proje-to na área de transportes que, se-gundo ela, irá solucionar o proble-ma do trânsito caótico do Centroda cidade: o metromóvel, um ôni-bus sobre trilhos que trafegará so-bre viadutos feitos de pré-molda-dos da Companhia SiderúrgicaNacional, a exemplo da LinhaVermelha, circulando pela perife-ria do Centro. "Vamos ter um dis-que-denúncia para fiscalizar horá-rios dos ônibus. Se eles não foremcumpridos pretendo entrar na Jus-tiça para revogar as concessões dasempresas responsáveis", disse.

Os candidatos e o 'impeachmentt

gg O depoimento de Cláudio Vieira, ex-secretário particular do presi-dente Fernando Collor, não convenceu os candidatos à prefeitura do

Rio. A maioria quer a renúncia ou o impeachment do presidente. Até osprefeitáveis de partidos que compõem o bloco de sustentação do governono Congresso, como Francisco Dornelles (PFL) e Albano Reis (PRN),pisaram em ovos ao comentar o depoimento de ontem à CPI do caso PC.

? Técio Lins e Silva (PST)"É absolutamente visível queessa história do Cláudio Vieira épara supor que a população éidiota. A CPI deve encaminhar oimpeachment, mas cabe ao presi-dente renunciar. Se o governadorLeonel Brizola não estivesse dan-do apoio ao presidente, inaugura-ria o presídio de Bangu 2 com umbom hóspede como PC."? Cidinha Campos (PDT)"Se Collor renunciasse, seriamais fácil, mas ele não tem caráterpara isso. A CPI deve pedir oimpeachment. Um presidente quenão sabe quem paga as contas desua casa não pode governar. Opovo escolheu o vice e ninguémconseguirá ser pior que Collor."

João Mendes (PTB)"Se for provado que o compor-tamento do presidente feriu asposturas de governante, ele devesair. Com relação ao impeach-ment, não posso comprometer mi-nha opinião com o que não tenhocerteza. A renúncia tem que serdecidida somente pelo presidente.O depoimento de Vieira foi difícilde convencer. A emenda pode sairpior que o soneto."

Regina Gordilho (PRP)"O depoimento de CláudioVieira não convenceu de jeito ne-nhum. O primeiro passo é a re-núncia de Collor, mas acho que seo presidente não tiver a dignidadede renunciar, a solução e o im-peachment, no qual votarei."

Amaral Neto Regina Gordilho João Mendes

Amaral Nelto (PDS)"Seriam precisos dois terços de

assinaturas para o impeachment econsidero isso impossível. Tam-bém não vejo clima para golpe eacho dificílima a renúncia do pre-sidente. Se o plenário aprovar orelatório, aí a decisão vai para aalçada da Justiça."

Francisco Dornelles(PFL)"O relator da CPI, um ilustresenador do PMDB, Amir Lando,não é homem do governo. A co-missão vai ter que se pronunciarsobre o relatório. Temos cjueaguardar, para fazer algum juízo.A comissão tem que apreciar orelatório com cautela. Não se po-de deixar de punir os que tiveremculpa no caso. Temos que nos or-gulhar do deputado Benito Gama(PFL-BA), à frente da comissão."

Sérgio Cabral Filho(PSDB)"A CPI deve sugerir o im-peachment do presidente. E ele dé-ve renunciar. A renúncia é umaatitude patriótica. Enquanto oCláudio Vieira compra dólar noUruguai, a coincidência é que oBrizola compra ovelha lá. Vieiratem cara de marginal e é marginal.PC tem que ir para a cadeia."

Albano Reis (PRN)"Eu gostaria de ficar fora dis-

so, pois sou o tipo do cara quegosta de tomar posições em cimade fatos concretos. Vou esperar oresultado da CPI, que tem quelevar seu trabalho ate o fim. Meumaior medo é cometer calúnias einjustiças, e sei que a lei divina nãofalha num momento desses. Nãovou sair do PRN mesmo que hajaimpeachment."

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Lugar de mulher agora é na prefeitura

Brasileiro descobreo sucesso femininona administração

Cristiane Ramalho

Os brasileiros estão descobrin-

do que prefeitura também élugar de mulher. Nas últimas elei-ções, elas chegaram ao poder em110 municípios —• praticamente odobro de 20 anos atrás — e asprevisões indicam que o sucesso fe-minino vai se repetir no próximopleito. A descoberta faz parte deuma recém-concluída pesquisa doIbam (Instituto Brasileiro ae Admi-nistração Municipal), que traça umperfil das regiões do país adminis-tradas por prefeitas nos últimos 4anos, quando mais de 13 milhões debrasileiros (cerca de 9% da popu-lação) descobriram o que é vivernuma cidade administrada por umamulher.

"O número ainda é pequenodiante dos mais de 4 mil munici-pios, mas é muito significativo",atesta Maria da Graça Ribeiro dasNeves, coordenadora do Núcleo deEstudos da Mulher e Políticas Pú-

Clóvis Santos — 2/12/08

Cláudia: a mais jovem

blicas do Ibam, responsável pelapesquisa.

No quadro geral, o Rio Gran-de do Norte aparece como o cam-peão em conduzir mulheres ao po-der, com um total de 14 prefeitas.E ainda o estado que elegeu aprefeita mais jovem — Cláudia Al-zira Marcelino (PL), eleita aos 21anos na cidade de José da Pe-nha. A trajetória de Cláudia éexemplar: entrou na política pelasmãos do noivo, o prefeito que aantecedeu, repetindo história co-mum à maioria das prefeitas doNordeste: a busca da continuidade

a projetos políticos das oligarquiasagrárias."Quando as famílias que se re-vezam há décadas no poder esgo-tam seu potencial masculino, co-meçam a lançar mão dasmulheres", explica Maria da Gra-ça. Talvez por essa razão, a Re-gião Nordeste apresente o maiornúmero de cidades (65% do total)governadas por prefeitas, e seja aúnica onde todos os estados têmpelo menos uma mulher no Exe-cutivo municipal.

É no Sudeste, no entanto, queestá a maior parte da populaçãosob admistração feminina. Nas de-mais, os números são insignifican-tes: 5% na Região Nordeste, 2,5%na Norte, e menos de 1% no Sul eno Centro-Oeste. O estado do Rio,cuja capital tem três mulheres dis-putando a sucessão, curiosamentenão fez sequer uma prefeita em 88.

Quase todas as mulheres quechegaram ao poder nas últimas elei-ções têm boa formação escolar — amaioria com nível superior, e tam-bém experiências profissionais ante-riores, em atividades acadêmicas,ou no funcionalismo público, namedicina ou na administração deempresas.

Encontro no Riomostra experiência <¦

de Santos ao mundo !

A partir de hoje, a pesquisa Brq-sil: executivo municipal no fé-minino, que mapeou a participação

das mulheres nas prefeituras do Bri-sil, será apresentada pelo Ibam du-rante encontro internacional no Riode Janeiro. Na pauta, estarão ques-tões relacionadas à presença da mu-lher em governos locais de toda"â'América Latina.

Além do panorama geral dasprefeituras, o Ibam apresentará ain-da um estudo específico da pre.-,feitura de Santos, administrada pelaÍetista

Telma de Souza. "Nós esco-lemos Santos por ser uma cidade

portuária, onde a cultura masculiníísempre predominou", explica acoordenadora da pesquisa, Mariada Graça Ribeiro das Neves. Se-'gundo a avaliação do estudo, Telma'conseguiu fazer o mais difícil: go-vernar com minoria na Câmara.Com isso, pôde avançar em diver-sos setores, criando projetos devanguarda, como um novo modelode atendimento psiquiátrico e pro-movendo a despoluição das praias.

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8 ? lu caderno ? terça-feira, 28/7/92 Brasil JORNAL DO BRASIL

Borja ajuda Cabrera em Barco com "Bispo'

Macedo compra

assentamentos rurais pescadores casa noturna em Minas

BRASÍLIA — 0 ministro da Justi-ça, Célio Borja, reuniu-se ontem pelaprimeira vez com o ministro da Agri-cultura, Antônio Cabrera, para acer-tar atuação conjunta no programa deassentamento de famílias de traba-lhadores rurais, que tem como priori-dade as áreas de conflito. SegundoCabrera, das 50 mil famílias que se-rão assentadas até o fim do ano, 36mil vivem em áreas de tensão. Atéagora, o governo assentou 20 mil fa-' milias.

Célio Borja fez questão de anun-ciar o apoio do Ministério da Justiçaao Programa da Terra, que visa re-solver o problema da disputa pelaposse da terra. Em conversa recentecom o presidente Fernando Collor. oministro da Justiça confessou que se-quer sabia da existência do progra-ma. Quando tomou posse no cargo,Borja anunciou que a reforma agrá-ria seria prioritária para assegurar adefesa dos direitos humanos em seuministério. Ele prometeu empenhopara solucionar os conflitos de terranos estados de Tocantins, Maranhão.Paraná e Mato Grosso.

Além do esforço conjunto acerta-do entre os dois ministérios, AntônioCabrera recebeu apoio dé Célio Borjapara a elaboração de um projeto pre-vendo leilões públicos de produtosperecíveis apreendidos pela fiscaliza-ção da Agricultura. Borja garantiu

TOMADA DE PREÇOSTP-DC-3366-1067/92TP-DC-3366-1074/92

"V pIPfp

Cabrera: áreas de tensão

que a minuta da proposta que rece-beu de Cabrera será encaminhada emtrês dias ao presidente Collor» depoisde analisada pela consultoria jurídicado Ministério da Justiça."Dentro de dez dias. o projeto delei será encaminhado ao Congresso",previu o ministro Célio Borja. A pio-posta do ministro Antônio Cabrera éde que produtos perecíveis, de origemanimal e vegetal, apreendidos pelafiscalização sejam leiloados no prazomáximo de cinco dias, depois de exa-mes periciais.

OBJETOConstruçfto de Rede Aôrea de Distribuiçãoda Energia Elétrica.Construção de Rede A6roa de Distrlbulç&oda Enargla Elétrica.

está sumido

PORTO ALEGRE — Doisaviões da Força Aérea Brasilei-ra (FAB) e dois navios da Ma-rinha estão rastreando a costado Rio Grande do Sul à procu-ra do barco pesqueiro Mar dePrata 7, desaparecido com oitotripulantes desde a semana pas-sada, quando deixou de comu-nicar-se com o proprietário daembarcação, Campolino Ma-noel Vieira. Os pescadores saí-ram de Rio Grande (RS) parapescar em alto-mar no dia 18, eseu último contato, via rádio,foi no dia 20, preocupandoVieira que, na quinta-feira, pe-diu ajuda â Capitania dos Por-tos em Rio Grande.

O encarregado da PolíciaNaval da Capitania dos Portos,capitão-tenente Ronaldo Fer-reira Morgado, informou queas buscas, iniciadas na quinta-feira, continuarão durante 24horas, lembrando que naviosmercantes e demais embarca-ções que estão nas redondezasdo litoral' sul foram alertadossobre o sumiço do Mar de Prata7. Segundo Morgado, a Mari-nha suspeita que o barco estejacom o aparelho de rádio avaria-do, sem adiantar suposições so-bre possível naufrágio.

índios em

dificuldades

em Manaus

MANAUS — O.tuxaua JoséMacuxi, de 48 anos, sai todo diaàs 9h da Casa do índio, no Km25 da AM—010. até um hospitalde Manaus, em um velho jipe daFunai, para o tratamento decâncer na próstata. As dores quesente são insuportáveis e, navolta, o agora debilitado tuxauamacuxi. se recolhe a uma rededentro de uma oca abafada e debanheiro fétido.

Igual ao tuxaua, existem ou-tros 110 índios na mesma situa-ção, vindos de várias tribos doAmazonas e Roraima. Eles sãoum testemunho de que as doen-ças endêmicas da Amazôniacontinuam devastando as suaspopulações.

O mesmo jipe que faz às vezesde ambulância também serve detransporte aos funcionários daFunai. Não raras vezes, a lota-ção máxiam de seis passageiros,incluindo o motorista, chega anove >>u 10 pessoas. O microôni-bus da Funai que faria esse ser-viço está quebrado junto com aambulância. A situação dessesveículos é uma prova de que adoença não se alastra somenteentre os índios, mas também li-teralmente na próxima Funai,sem verbas sequer para pagar aspassagens de volta às tribos dospacientes curados. Muitos dessesíndios acabam sendo contamina-dos durante a longa espera.

Realidade —-A realidadedos 124 indígenas que formam aatual população da Casa do ín-dio (10% são acompanhantes) éapenas menos dramática do quefoi até um mês atrás, quando aalimentação foi racionada e osremédios praticamente desapa-receram das prateleiras. Comoquase todos os casos precisam detratamento especializado, dai te-rem sido encaminhados das al-deias para Manaus, os índios seconvertem em simples cidadãospara serem atendidos no sistemaprevidenciário. atingido em Ma-naus por uma greve que se arras-ta há dois meses.

Se para qualquer brasileiro oatendimento do Inamps já é umatormenta, imagine então para"um índio qui num cunheci nadada cidade", diz o ticuna JoséFelipe, de Belém do Solimões/Tabatinga, no Alto Solimões.Há seis longos meses ele aguardapela cura do seu filho, Raimun-do Felipe, de seis anos, que teveuma obstrução intestinal. Hátrês meses, o Inamps concluiuque a cirurgia só poderia ser fei-ta em São Paulo e durante essetempo, a Funai de Manaus tentaem vão conseguir a passagemaérea para a criança e seu acom-panhante.

Situação pior é a do tucanoManoel de Souza, 27 anos. daregião de lauaretè, no Alto RioNegro. Com um tumor benignoque lhe deformou totalmente orosto. >uas chances de sobrevi-vencia torrem célere conta otempo. 1 le também precisa deuma passagem aérea para a ci-rurgia no Rio de Janeiro. En-quanto isso. envergonhado e de-primido pela deformação naface. o tuuno se recolhe ao fun-do de sua rede. passando amaior parte do tempo sem ver omundo.

BELO HORIZONTE — A IgrejaUniversal do Reino de Deus, do con-trovertido e autodenominado bispoEdir Macedo, adquiriu no último fimde semana a maior casa de espetácu-los desta capital, a Olympia, situadano bairro Barro Preto, região centralda cidade,, que servirá para realizaçãode cultos religiosos. Segundo o em-presário espanhol Carlos Juano Vi-vres, um dos cinco sócios que inaugu-raram e mantiveram a Olympia portrês anos, motivos econômicos leva-ram o grupo a desistir do empreendi-mento. A seita alugou o imóvel porCr$ 26 milhões mensais e comprou,"por algo em torno de USS 600 mil",de acordo com Vivres, toda a apare-lhagem de som, de iluminação e derefrigeração, além do mobiliáriocompleto da casa de espetáculos, in-cluindo os bares.

O empresário afirmou que, nosúltimos meses, os eventos promovi-dos pela Olympia, inaugurada em 23de agosto de 1989, não estavam apre-sentando lucro em vista dos investi-mentos realizados. Segundo Vivres, amanutenção de espetáculos de pri-meira linha — tradicionais em outrascasas do grupo espanhol, como aOlympia e a Palladium, de São Paulo,e a Escala, do Rio — estavam ficandoinviáveis. "Belo Horizonte é umapraça complicada para os empresá-rios de casas noturnas, já que quebons shows demandam produçõescaras e o público da cidade não dáretorno, principalmente em temposde crise", disse. Ele citou como exem-pio o cancelamento, no mês passado,de uma das duas apresentações quefaria na casa a dupla Leandro e Leo-nardo. "Ninguém comrpou os ingres-sos", revelou.

O pastor Marcelo Pires, líder daIgreja Universal do Reino de Deusem Minas, não quis revelar detalhesdo negócio — fechado no sábadoentre três dos sócios da Olympia. oproprietário do imóvel, Edgar deMattos, e representantes da seita — enem explicar porque os equipamen-tos foram adquiridos. Entre o patri-mônio comprado pela seita estão 32aparelhos de luz giratórios, 96 refle-tores halógenos de 1000 watts, 150refletores, oito canhões e 50 pequenosholofotes estroboscópicos, 12 ampli-ficadores com capacidade para 10 mil

SÃO PAULO — Um acidente comum caminhão provocou ontem oderramamento de produto químicona Marginal Pinheiros, importantevia expressa da cidade, às margensdo Rio Pinheiros. Não houve feri-dos. Por volta das 5h20. a carreta daCooperativa Mista Vale do Ara-guaia (Comiva), de Goiás, tomboudeixando vazar cerca de 300 litrosdo inseticida Curacrom 500. Técni-cos da Companhia de Tecnologia deSaneamento Ambiental (Cetesb),que ajudaram nos trabalhos de res-gate, atestaram que o defensivoagrícola é altamente venenoso —inalado, o produto pode levar àmorte. A pequena quantidade deproduto derramada, no entanto, nãoofereceu riscos nem â populaçãonem ao meio ambiente. Este foi o84" vazamento de produto químicoatendido pela Cetesb, de janeiro ajunho deste ano.

O caminhão, placa LI-9545. dacidade de Mineiros (GO), transpor-lava 4.752 litros do herbicida Pri-mestra e 2.700 litros de Curacrom500. O produto estava acondiciona-do em galões de 10 litros e pertenciaà empresa Ciba-Geigy. Segundo aacessória da Ciba. ainda não se sa-

Carlos Goldbrub — 3/7/92

Macedo: mats am templo

watts de som, além de cabinc de co-mando. São dois mil metros quadra-dos decorados com tapetes, poltro-nas, mesas, piso de granito, espelhose luzes de neon."Vamos aproveitar somente o es-paço físico para realizar nossos cul-tos", limitou-se a dizer o pastor. Deacordo com Pires, a transação foisemelhante a muitas outras já realiza-das pela igreja, que sempre procuralugares espaçosos para acolher seusfiéis e ajudar na "recuperação de todaa sorte de desajustados sociais"."Não há preconceito em alugar umacasa de shows para realização de nos-sos cultos", disse.

m Um almoço de congraçamentoentre fiéis da Assembléia de

Deus, anteontem, no município deRibeirão das Neves, vizinho de BeloHorizonte, deixou 30 pessoas grave-mente intoxieadas. Segundo a dele-gada Edmar Evangelista, por voltade 15h os pastores serviram arroz àgrega aos fiéis que tinham participa-do do culto dominical. À noite, osevangélicos começaram a sentir for-tes dores abdominais, com ânsia devômito e desarranjo intestinal, e fo-ram levados às pressas para o Hospi-tal São Judas Tadeu. A delegadaenviou amostra da comida ao institu-to de Criminalística, mas suspeitaque a causa principal da intoxicaçãotenha sido uma salcicha estragadamisturada ao arroz. Até o início datarde de ontem, apenas três adultos eduas crianças permaneciam interna-dos, recebendo soro para reidratação.

be o motivo pelo qual o inseticidaestava voltando â Ciba. Geralmenteé a empresa que envia produto qui-mico, e não que recebe. Uma dashipóteses é que o Primestra e o Ci-bracoin estariam sem utilidade, umavez que se destinam a plantações demilho e, atualmente, não é época deplantio do milho.

A carreta estava sendo dirigidapor Joventino Borges. O acidenteaconteceu a dois quilômetros de seudestino final. Por volta das 5h30.Joventino já havia percorrido cercade dois mil quilômetros entre a cida-de de Mineiros e a capital paulista.Ainda não foram apuradas as causasdo tombamento da carreta.

O trânsito na Marginal Pinheirosesteve lento durante toda a manhã.Apenas às 14h — mais de oito horasapós o acidente — as pistas foramtotalmente liberadas. Por envolverproduto químico, os trabalhos deresgate da carreta envolveram umgrande número de pessoas: oito car-ros do Corpo de Bombeiros, técni-cos da Cetesb e unia equipe da Ciba-Geigy, que foi ao local com materialespecífico para absorver o inseticidavazado

INSS vai

incrementar

fiscalização"A

partir de agosto os fis-cais da Previdência Social vãointensificar suas ações junto àsempresas que possuem mais de500 empregados." A afirma-ção foi feita ontem em Cuiabápelo presidente do INSS, CésarGasparin, durante o II Encon-tro dos Fiscais Previdenciáriosda Região Centro-Oeste, pro-movido pela ANFIP."Essas empresas represen-tam 80% da nossa arrecadaçãomensal e precisamos aumentaro caixa para suportar o desem-bolso exigido com o pagamen-to da diferença dos 147% devi-da aos aposentados", disseGasparin. A diferença vai re-presentar despesa de CrS 5,1trilhões até o final do ano.

A nova estratégia adotadapelo INSS vai redirecionar asações dos 2700 fiscais, pois se-rá necessário simplificar as ro-tinas de trabalho e dar maiorvelocidade às ações de fiscali-zação. Para isso, estão sendoimplantadas 104 gerências re-gionais em todo o país, quevão acompanhar e orientar oprocesso em sua área.

A Previdência corre o riscode fechar o ano em vermelho,se não forem encontrados no-vos mecanismos para elevar aarrecadação.

Fórum no Rio

debaterá saídas

Os vícios da Previdência c assoluções para seus problemas se-rão discutidos a partir de amanhã,até o dia 31, em fórum de debatesa ser realizado no Golden Roomdo Copacabana Palace, no Rio. Oencontro, organizado por coope-rativas de profissionais da área desaúde e assistência, terá como te-ma A Previdência Social: públicaou privada? Soluções alternativas.

O fórum contará com a presen-ça do ministro da Previdência,Reinhold Stephanes, do ex-presi-dente do Banco Central CarlosLangoni e de representantes de en-tidades como Fundação GetúlioVargas e Fiesp.

de doador

BELO HORIZONTE — O cami-nhoneiro Renato Fernandes Lo-bo, de 33 anos, morreu na manhãde ontem, depois de 10 dias inter-nado no CTI do Hospital FelícioRoxo, nesta capital, à espera deum doador, para que pudesse sersubmetido a um transplante de co-ração. Parentes e amigos de Rena-to se dividiram nos últimos diasem grupos para fazer plantão àsportas dos hospitais João XXIII eOdilon Behrens, em busca de umdoador, mas não obtiveram êxito.Ele foi a quarta pessoa a morrerem Belo Horizonte este ano pornão ter conseguido o transplante.

Renato Lobo tinha problemascardíacos há 11 anos e já forasubmetido a duas cirurgias. Otransplante era a única forma deevitar sua morte. Durante o tempoem que ficou internado no CTI do

Jiospital Felício Roxo. Renato Lo-bo perdeu três oportunidades dereceber um novo coração. Na pri-meira vez. o doador tinha recebi-do massagem cardíaca. Na segun-da tentativa, a Justiça nãoautorizou a doação do coração deum indigente. Por fim. a família deoutro não deu autorização.

As propostas serio abertas pela Comlss&o de Tomada de Preços-Servlço, no dia11/08/92 ks 9:00 horas na Av. Marechal Florlano, 168 - térreo - entrada A9/B. êcondição básica para se habilitar ao fornecimento do serviço, estar o proponente,até a data da apresentação das propostas, com o cadastro regularizado na Llght,na classe comercial de serviço n» «00.02-4, ntvel I.Os Editais encontram-se h dlspoaiçSo dos Interessados na Divisão de Programaçãoo Controle na Rua Ministro Edgard da Costa, 32 • Nova Iguaçu - das 9:00 às 16:00horas, até o dia 07/08/92, mediante pagamento, não reembolsável, deCr$50.000,00 (clnqOénta mil cruzeiros).

DIRETORIA COMERCIALCOMISSÃO DE TOMADA DE PREÇOS - SERVIÇO

Sem-terra fazem vigíliaPORTO ALEGRE — Um acampa-

mento com 1.500 trabalhadores ru-rais foi montado ontem na localidadede Caaró, no município de Caibaté,iniciando vigília de quatro dias. Agri-cultores e militantes de entidades ru-rais e urbanas vão debater e reivindi-car terras para reforma agrária. Amanifestação, denominada Trabalha-dores em Luta Pela Terra, será reali-zada numa área de 10 hectares per-tencente à diocese de Santo Ângelo,município da Região das Missões,próximo a Caibaté.

"O plano de reforma agrária do

governo c a regulamentação da lei dereforma agrária, que foi votada noCongresso Nacional no mês de ju-nho, até agora não saíram do papel",reclamou Teimo Moreira, da executi-va regional do Movimento dos Tra-balhadores Rurais Sem Terra. No fi-nal do encontro, os participantes vão

redigir um documento a ser enviadoaos governos estadual e federal, rei-vindicando assentamento para osagricultores gaúchos.

O êxodo rural e a necessidade deurbanização das favelas na periferiadas médias e grandes cidades tambémestão na pauta do encontro, organi-zado pelo departamento rural daCUT, União das Associações Comu-nitárias de Porto Alegre, Federaçãodos Trabalhadores na Agricultura(Fetag) e Comissão Pastoral da Ter-ra, além_da presença dos bispos deSanto Ângelo, dom EstanislawKreutz e de dom Orlando Dotti. deVacaria.

Os agricultores também estãopreocupados com a CPI do caso PCFarias. Eles convidara o senador JoséPaulo Bisol (PSB-RS). membro daCPI, para falar sobre as investiga-ções.

Consórcio paga partossalvador — Há seis meses já

é possível pagar um parto a pres-tação na cidade de Feira de San-tâna (BA), onde os médicos daMaternidade Esteia Gomes cria-iam o Consórcio Parto, um planoinédito no país que permite às.gestantes parcelar em até novemeses os custos para terem seusbebês. O consórcio, composto dequatro planos, virou sucesso e há60 mulheres cadastradas, que po-dem também optar pela formacomo nascerão os filhos. O planocesariana com apartamento é omais caro e custa hoje CrS 4,2

milhões, podendo ser dividido emnove meses, corrigidos mensal-mente pela tabela da AssociaçãoMédica Brasileira, que segue ainflação. O mais barato é o planoparto normal/enfermaria, quecusta CrS 1,8 milhão. Pelo con-sórcio, as gestantes têm direito aseis consultas médicas durante operíodo de gravidez, dois examesde ultrassom e um kit de examesde laboratório. Elas podem aindaescolher o médico de sua prefe-rência e têm a garantia de que amaternidade reservará o leito pa-ra o parto.

AssociaçãoDas Pioneiras Sociais

ASSOCIAÇÃO DAS PIONEIRAS SOCIAIS

AVISO DE LICITAÇÃOTOMADA DE PREÇOS N» 026/92-APSOBJETO: ARTIGOS DE HIGIENE E CONSERVAÇÃO (Saco plástico p/ lixo com e semlogotipo e Cera liquida impermeabilizante pata piso paviflex)ABERTURA: 13/08/92 As 09:00 horasLOCAL: Sala de reunião da Comissão Permanente de Licitação, situada no Edificio-SedePioneiras Sociais. 4o andar, sala 413 (3MHS Quadra 101. Bloco "B". n" 45) Brasilia-DF Paraparticipação os interessados deverão cadastrar-se junto à Associação das Pioneiras SociaisEDITAL: À disposição dos interessados na Divisão de Compras e Cadastro/APS

FRANCISCO FERREIRA DE A. FILHOPresidonte da CPU/APS

0LightServiços de Eletricidade SA

CGC-60 «44 43MJ001 -46 COMPANHIA A8£RTA¦iiistémo

DE RIMAS E ENERGIA Eletrobrás ^

AVISO DE EDITAL Ns ACR.C-0048/92

LIGHT • Serviços do Eletricidade S.A. torna público que, nos termos do Regula-mento de Habllltaçto, Licitação e Contratação da Eletrobrés, publicado no Dl&rloOficial da Unllo em 07/08/91. e. subsldlarlamente. no que couber, no disposto noDecreto-Lel ns 2300 de 21/11/86 e suas alteraçfies. receberá diariamente, até às16:00 horas do dia 10/06/92, na Av. Marechal Florlano, 168 - térreo - gulchè ntt 11nesta cidade, propostas em Invólucro lacrado, para execuçfio do seguintes servi-ços:

liombriros r tt'cnicos (la Cetesb montaram asquvnia dv s^aran^u para limpar as pisteis

Produto químico

vaza Doente morre

de caminhão tombado por falta

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JORNAL DO BRASIL Ciência/Ecologia terça-feira, 28/7/92 ? caderno ? 9

Variação em gene

do cérebro

ajuda a explicar esquizofrenia

Thornas H. Maugh IILos Angeles Times

LOS ANGELES — Cientistas ob-servaram sutis anormalidades numgene do cérebro que podem explicar~ por que uma pessoa é mais suscetí-vel à esquizofrenia, depressão ma-níaca e outras desordens mentais.Essa disfunção também pode facili-tar a compreensão dos motivos quefazem apenas 60% dos pacientesresponderem ao tratamento com a

r clozapina, a droga mais eficaz parao controle desses distúrbios.

A descoberta, publicada na edi-ção desta semana da revista cientifi-ca inglesa Nature, pode ajudar nodesenvolvimento de novos medica-mentos e de novos métodos de de-tecção da suscetibilidade às doenças

¦ mentais.

O biólogo molecular Hubert vanTol, do Instituto Clark de Psiquia-tria, e Oliver Civelli, da Universida-de de Ciências da Saúde do Oregon,já sabiam que o excesso de umasubstância do cérebro chamada do-pamina está associado a distúrbiosmentais.

Essa substância, cuja funçãonormal é transmitir mensagens en-tre os neurônios, reage com as célu-Ias nervosas de um modo especifico,isto é, aderindo a uma proteína re-ceptora chamada D4, produzidápor um determinado gene. A cloza-pina funciona ocupando a proteínaD4, impedindo assim que seja afe-tada pelo excesso de dopamina.

Agora, os cientistas sabem queexistem diversos tipos de receptorescom os quais a clozapina ou outrasdrogas não reagem. Essas diferen-

ças entre as proteínas D4 são sufi-cientes para impedir a eficácia dosremédios.

Genes com segmentos repetidossão a causa de outras desordensgenéticas, como a síndrome do cro-mossomo X, que causa retardomental, e a forma adulta de distro-fia muscular.

Eles identificaram as diferentesformas da proteína D4 investigandomais de 200 pessoas sadias ou comdistúrbios mentais. Os cientistasainda têm que identificar quais asformas da proteína D4 que reagembem com a clozapina. Com essainformação, será possível saber,com um simples teste de sangue,quais pacientes são sensíveis ao tra-tamento. A informação poderiatambém facilitar a criação de novasdrogas contra o excesso de dopami-na associado à esquizofrenia.

Balkonur — AFP

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Michel Tognini viaja na Soyuz TM-15 que se acopla hoje à estação russa Mirfi..

Mir recebe

um francês

por 15 dias

íi; /BA1K.ONUR. CEI — A nave es-;pacial Soyuz TM-15 decolou ontem

|ldo cosmódromo de Baikonur, no>'Çazaquistão, levando a bordo osI. três integrantes da missão conjunta

franco-russa Antares. Os cosmo-naütas Anatoli Soloviev, SergueiÁvdeiev e o francês Michel Tognini

(.¦chegam hoje à estação orbital Mironde estão os cosmonautas Alexan-der Viktorenko e Alexander Kaleri.Tognini ficará na Mir até o dia 10de agosto, quando regressará à Ter-ra junto com Viktorenko e Kaleri.

»;• É a quarta visita de um astro-nauta francês ao espaço. Jean Loup

f Ghretien voou em naves russas em1982 e 1988, visitando as estações

*espaciais Salyut 7 e Mir. PatrickBaúdry voou no ônibus espacialamericano Discovery em 1985.Tognini vai realizar 10 experiências

* biomédicas e tecnológicas. Já Solo-viev e Avdeiv ficarão no espaço atéfevereiro do ano que vem.

As missões conjuntas começa-ram como um programa de colabo-ração tecnológica na época daUnião Soviética. Hoje são uma fon-te de divisas para a combalida eco-nomia russa. Pelo projeto Antares,o Centro Nacional de Estudos Es-paciais da França (CNES) vai pa-gar USS 14,6 milhões de dólares àempresa russa Energia NPO pelamissão. Trezentos quilos de equipa-mentos para pesquisas foram leva-dos pela nave cargueira ProgressoM-ll que chegou ao complexo or-bital no dia 5 de julho.

Segundo o diretor do Centro deTreinamento de Cosmonautas, ge-neral Piotr Klimuk. o orçamentoespacial para 1992, tanto civil quan-to militar, será 35% inferior ao de1989. Mesmo assim serão gastos6.900 milhões de rublos.

Em Cabo Canaveral, prosse-guem os preparativos para o lança-mento da espaçonave Atlantis. Anave decola na sexta-feira para lan-çar o primeiro satélite cativo. Oengenho ficará ligado à espaçonavepor um cabo de 20 quilômetros decomprimento. A experiência estu-dará a captação de energia eletro-magnética da ionosfera terrestre,que, no futuro, poderá ser usadapara frear ou acelerar espaçonaves.lima corrente de 5 mil volts devefluir pelo cabo.

Será um meio de usar eletricida-de barata no lugar do caro combus-tivel de foguete. O satélite é umabola de metal medindo 1,5 metros epesando 517 quilos. Foi construídona Itália e custou US 376 milhõesde dólares. "Será uma grande expe-riência de Física" comenta o astro-nauta Jeflrey Hoffman.

Getulio Vilanova

O ciclo do parasita

I O

[pfl

O parasita contamina ò homem através da pelo. Ele so instala nointestino e ê eliminado pelas fezes em forma de ovo, que leva de'10 a 15 dos para se transformar em verme e contaminar umanova pessoa. A presença,do parasita em fezes com sete mil anosprova que a mesma doença, que boje afeta 10% da populaçãobrasileira, atingiu as populações pré-históricas .

História americanaque o ancilóstomo teria sidointroduzido por populaçõespré-colombianas que cruzaramo Pacífico.

Para poder ser analisado, omaterial é reidratado em labo-ratório. Além das fezes, foramestudados esqueletos humanose animais do Parque Nacionalda Serra das Capivaras, noPiauí, nos quais foram encon-trados sinais de estresse bioló-gico. que aparecem como le-sões no esmalte do dente, naórbita dos olhos e na linha decrescimento.

Adauto pretende reunir osdados levantados nas pesqui-sas para traçar um quadro dasinfecções que acometeram aspopulações pré-históricas e dasmodificações das doenças aolongo do tempo. Os estudospertencem a uma nova linha depesquisa, conhecida como pa-leoparasitologia. Desde que ogrupo da Fiocruz começou atrabalhar em 1978, já foramexaminadas 900 amostras defezes.

-4.V análises mais recentescorrespondem a fezes de umaespécie de hiena da Itália, jáextinta, com datação de 1,5milhão de anos. Nelas, estavapresente um parasita que aindanão foi identificado pelo gru-po.

Pesquisadores têmnova tese sobre aocupação humana

O povoamento da Américapode ter começado por

pescadores desgarrados daAsia, que teriam chegado aonosso continente há sete milanos atravessando o Pacífico, enão pelo estreito de Behring,como sugere a teoria mais acei-ta.

A afirmação do pesquisa-dor Adauto Araújo, do grupode paleoparasitologia da Esco-Ia Nacional de Saúde Públicada Fiocruz, se baseia em estu-dos feitos a partir de fezes dis-secadas de populações indíge-nas. encontradas em regiõessemi-áridas da América.

A análise das fezes indicoua presença de um parasita cau-sador de uma verminose intes-tinal — ancilostomose — queprovoca anemia e ainda ataca10% da população brasileiraatual. Para que esse parasitacomplete seu ciclo de evolução,é necessária uma temperaturade aproximadamente 20 grauscentígrados.

Como a região do estreitode Behring é extremamente ge-lada, o pesquisador concluiu

Nos piores poluição, os chilenos têm de usar máscaras para filtrar o ar

'Smog'

perturba vida de Manifesto de

5 milhões em Santiago

William R. LongLos Angeles Times

SANTIAGO — Do alto de Farello-nes, estação de esqui dos Andes, po-de-se ver Santiago. Isto é, pode-se verum cobertor de fumaça cinza, nociva.A Grande Santiago tem cinco mi-lhões de habitantes. Para aqueles quenão podem escapar para Farellones,o smog que envolve a cidade é, nomínimo, um incômodo.

Nos piores dias, as aulas das esco-Ias primárias são suspensas, a popu-lação alertada para evitar exercíciosdesnecessários e não fumar, quatroem cada dez carros proibidos de cir-cular, fábricas fechadas e algumaspessoas usam máscaras para filtrar oar. Os dois dias de emergência am-biental, decretado há três semanas,aumentaram a insatisfação popularem relação aos esforços governamen-tais para controlar a poluição do arna cidade. Ambientalistas, médicos,jornalistas e até políticos que fazemparte da coalisão governamental cri-ticam a política oficial anti-smog. Asautoridades afirmam que estão sendofeitos progressos nesse sentido, masainda serão necessários alguns anosaté que o problema seja resolvido.

A pior poluição de Santiago sãoas partículas presentes no ar, lança-das por motores a diesel, fábricas,queima de combustíveis e de madei-ra em estufas. Os estudos indicamque uma frota de 10 mil ônibus,operada por companhias privadas, éresponsável por mais de 70% daspartículas poluentes. Alguns dos 400mil táxis e outros automóveis sãoresponsáveis pela crescente poluiçãopor monóxido de carbono e outrosgases. A cada ano, 60 mil novoscarros circulam em Santiago.

Muitos chilenos culpam o governomilitar, que comandou o país de 1973a 90, pelo smog. Com o crescimentoda economia em 1980, as autoridadespermitiram uma importação quase ir-restrita de carros e até motores usa-dos de ônibus. Mas um dos maioresresponsáveis pelo smog de Santiagoninguém pode controlar: a cidade es-tá localizada em uma bacia onde ascorrentes de ar são bloqueadas pelasmontanhas e as inversões térmicasformam uma cobertura que impede asaída do ar poluído.

Em 1990, o presidente Patrício

Aylwin criou uma comissão especialanti-poluição, que tinha projetos dereduzir 60% do smog em oito anos.A comissão informou que as medi-das adotadas reduziram de imediato10% da poluição.

No inverno, 20% de todos os veí-culos foram retirados das ruas nosdias úteis, e mais de dois mil ônibusvelhos deixaram de circular definiti-vãmente. Implementaram-se medidasexigindo que ônibus e carros fossemperiodicamente submetidos a testesde emissões de gases.

Na última semana, um decreto go-vernamental isentou os ônibus de cer-tas exigências, se fossem adaptadoscom catalisadores, que custam cercade mil dólares cada. O maior sindica-to de proprietários de ônibus infor-mou que os catalisadores serão insta-lados em cinco mil veículos.

O governo começou leiloando al-gumas rotas de ônibus para depoislimitar e controlar a poluição causa-da pelos veículos. Um programa exi-gindo que as fábricas reduzam a po-luição deve diminuir as emissõesindustriais em 20% até o fim do ano.O governo pretende também aumen-tar o número de ônibus elétricos eexpandir o metrô de Santiago.

Os opositores dizem que as medi-das são insuficientes. Um recente edi-torial do influente jornal El Mercúrioafirmou que as autoridades ainda nãodiagnosticaram completamente o pro-blema do smog, concluindo que as me-didas implementadas não resolvem.

| | A preservação do meio am-— biente e a principal preocupa-ção de 92% das crianças alemãs.Essa é a conclusão de uma pesquisarealizada na Alemanha, com 15 milcrianças entre quatro e 14 anos. Osresultados indicaram que nove emcada dez crianças desejam um meioambiente saudável e 89% queremcontribuir, inclusive doando partede suas mesadas, para proteger anatureza. As crianças se manifesta-ram sobre outros temas, como odesejo que seus pais os escutem comcalma quando querem lhes dizer al-go. Existem hoje, na Alemanha, vá-rias organizações infantis e juvenisque tratam especificamente de ques-toes ligadas ao meio ambiente.

Perri retoma até dia 7

a Operação Amazônia

BRASÍLIA — O secretário doMeio Ambiente e presidente do Iba-ma. Flávio Perri, pretende lançar atéo próximo dia 7 o plano de emergên-cia para controle das queimadas edesmatamentos irregulares na Ama-zônia. A operação envolverá os go-vemos federal, estaduais e muníci-pais. e está sendo coordenada pelassecretarias de Meio Ambiente dos es-tados que integram a Amazônia Le-gal.

Flávio Perri afirmou esperar que,até o dia 7. as secretarias estaduaisidentifiquem todos os recursos huma-

nos, materiais e financeiros necessá-rios para evitar uma nova onda dequeimadas este ano, quando se prevêgrandes secas na região. O secretárioexplicou que tomou a iniciativa desolicitar o Plano de Emergência "pa-ra dar continuidade a um planeja-mento que vem dando certo desde1989. e que foi interrompido em 1991— a Operação Amazônia".

Para viabilizar o plano, o presi-dente do Ibama vai promover estasemana contatos com os ministériosda Aeronáutica, Exército e Marinha ecom o (Inpe).

SOS gatos selvagensAmbientalistas tentam salvar uma

rara espécie de gatos selvagens, antesque a civilização destrua seu últimohabitat, localizado nos EmiradosÁrabes. Os gatos selvagens do tipoGordon vivem nas montanhas Hajjare estão ameaçados de extinção."Nossa única esperança é que a po-puiação da espécie cresça com a re-produção em cativeiro", disse uniaespecialista alemão, Marycke Jogi-loaed. Os gatos têm longas orelhas epele escura que os protege dos raiosultravioleta, e são encontrados so-mente nas montanhas da penínsulaarábica.

MicroondasDois cirurgiões japoneses aperfei-

çoaram uma técnica que permite des-truir com microondas as partes de umfígado afetadas por tumor sem neces-sidade de grandes cortes cirúrgicos. Atécnica, que exige anestesia geral, foielaborada pelos professores Kazumi-chi Nakayama e Hideki Saitu Fukuo-ka, da Universidade de Kurume, quea usaram em cinco pessoas sem queos tumores retornassem. O equipa-mento distingue as células tumoraisdas normais e depois cauterizar aspartes doentes. Por enquanto a inter-vençào só é possível na parte maisexterna do fíeado.

cientistas

critica CollorUm manifesto assinado por dezes-

seis sociedades científicas responsabi-lizou o governo Collor pela liquida-ção da ciência brasileira. Segundo anota, os cortes de verbas, impostospelo Ministério da Economia, tornamimpossível a sobrevivência da pesqui-sa científica brasileira. Os cientistasafirmam que a Secretária de Ciência eTecnologia tornou-se inviável, viran-do um órgão apenas decorativo. *'t

No manifesto, as sociedades cién-tíficas lembram que a dignidade dopaís está profundamente abalada pe-Ias denúncias de corrupção no gover-no. Ao mesmo tempo, o orçamentopara a pesquisa científica em 1992,aprovado pelo Congresso Nacional,foi drasticamente cortado pelo Minis-tério da Economia. Não há verbanem para custear os 6 mil projetos depesquisa individual, acumulados,desde o ano passado, pelo ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientí-fico e Tecnológico. Todo o investi-

. mento feito na área está sendo des-perdiçado, dizem os cientistas.

Redução do

ozônio é pior

na Austrália

SIDNEI — Em conseqüência desua localização, a Austrália estáameaçada por um desastre ecológico,cuja causa é a destruição da camadade ozônio, advertiram cientistas aus-tralianos. Eles alertaram para as coh-seqüências imediatas desse fenômeno:aumento dos casos de melanomáí ecânccrcs de pele, que chegam a alcan-çar os maiores índices do mundo. >.ií

Se a camada de ozônio continuardiminuindo até 10% sobre toda' aTerra, expondo os homens aos ratosultravioleta, dentro de 20 ou 30 anosos tumores de pele aumentarão mais26%, afirmou Jan Cornelius Van deiLeun, professor de dermatologia daUniversidade de Utrecht e especialis-ta do Programa das Nações Unidaspara o Meio Ambiente — Pnuma. ¦'

Um estudo recente indicou que osraios ultravioleta também são res-ponsáveis pela redução do crescimen-to, em até 60%, de algumas espéciesde plantas, e pela diminuição doplânctom, que fica no primeiro nívelda cadeia de alimentação do oceano.

Para Van der Leun, "esses fenô-menos podem alterar o ciclo biológi-co e provocar uma lenta revolução noecossistema". O cientista informouque, por causa de sua localizaçãogeográfica, a Austrália é mais vulne-rável do que os demais países às con-seqüências do crescente aumento doburaco na camada protetora de ozô-nio.

Um outro perigo que ameaça gra-vemente o país é a contaminação,com fertilizantes e produtos tóxicos,de um patrimônio natural do mundo:a barreira de corais australiana. Umrelatório do governo local informouque o responsável por isso é o grandevolume de fertilizantes e de outrassubstâncias tóxicas jogados ao mardevido â erosão provocada pela agri-cultura.

COMUNICADOÀ PRAÇA

Comunicamos ao público emgeral que (oram roubados ostalões abaixo, de clientes destaagência:NUMERAÇÃO SÉRIE000 061 a 000 080 4SFCLT

iOOO 421 a 000 440 404NMHQ00.241 a 000 260 SJ8DOMD000.381 a 000.400 YH3QMGSe eventualmente apresentados,não serão pagos por (alta delegitimação.

BANCO BRADESCO S.A.Agência Aquãrlo - Urb

Santos - SP

jQ ? 1" caderno ? terça-feira, 28/7/92

JORNAL DO BRASILFundado em 1891

M. F. DO NASCIMENTO BRITO — Diretor PresidenteeMARIA REGINA DO NASCIMENTO BRITO — Diretora Executiva•

ETEVALDO DIAS — Diretor (Brasília)

WILSON FIGUEIREDO — Diretor de Redação

DACIO MALTA — Editor

MERVAL PEREIRA — Editor Executivo

ROSENTAL CALMON ALVES — Editor Executivo

Liberati

Um Brasil DiferenteÍT\ epois de passarem quase 30 anos sem eleger^ seu presidente, os brasileiros estão perplexose indignados com o festival de denúncias suscitadopela CPI do caso PC Farias e cujo principal efeitoélançar o descrédito sobre a política. Como decla-rou o jurista Miguel Reale, a crise que estamosvivendo talvez seja a maior de nossa história por-que é ao mesmo tempo de natureza moral, política,econômica, social e jurídica.

.»< É quase unânime a idéia de que o Brasil nãoserá o mesmo depois da conclusão do inquérito.Os.brasileiros sabem também que a CPI resulta daConstituição e que a Carta deve ser cumprida,quaisquer que sejam suas conseqüências. Foi o que.disse ao JORNAL DO BRASIL o deputado Nel-sôn Jobim (PMDB-RS): "A regra do jogo significaque a CPI deve ir até o fim, sem ocultar nada.",:n Os juristas sabem que neste momento delicadonão se podem antecipar ou adiar soluções. A longoprazo, todos lucraremos cora a revelação da verda-de.- Mas é fundamental que as provas sejam colhi-das com o devido cuidado e que se respeitem osftreitos fundamentais que a Constituição salva-guarda. Entre todos estes cuidados é necessárioque a imprensa mantenha sua serenidade e impar-çialidade, pois estamos ainda no procedimentoprobatório e ninguém pode ser prejulgado.

Nunca é demais repetir que a CPI não podefazer acusações a ninguém, somente narrar em seurelatório o que apurou e depois enviá-lo ao Minis-tério Público. A CPI é um corpo auxiliar da açãofiscalizatória do Congresso e deve trabalhar sigilo-síimente até o relatório final. O rigor demonstradopelos seus membros até o momento é prova certade amadurecimento político.

Como disse o deputado Nelson Jobim em suaentrevista, o que esta acontecendo é a liquidaçãode um modelo perverso de ação política, em que oslegisladores violam sistematicamente as leis queeles próprios se negam a aperfeiçoar. Como sesabe, pela lei em vigor, os partidos não podemreceber contribuições de empresas para suas cam-panhas, devendo se satisfazer com o limite de 200salários mínimos por pessoa física fazer doaçõesem dinheiro. Uma lei que ninguém respeita. E quetorna a todos — candidatos e doadores — coni-ventes com a farsa.

Ora, o que está começando com a CPI do PC éo fim do regime da impunidade — a grande reali-mentadora da corrupção. É um processo talvezdoloroso, mas ao mesmo tempo enriquecedor. Éaguda a observação do deputado gaúcho de quenão há ninguém contestando ou proibindo a apu-ração dos fatos. Nem mesmo o acusado.

Tal fato jamais se verificaria sob uma ditaduramilitar, período em que não se traficava menos,porém se censurava sumariamente notícias desa-gradáveis. Como, por exemplo, a destituição dogovernador biônico do Paraná, Leon Peres, porsuborno. Mesmo legítimo em sua origem social opoder pode-se tornar ilegítimo pelo arbítrio do seuuso.

Por isto, o primeiro princípio da democracialiberal é o constitucionalismo, o reconhecimentoda constante necessidade de limitar o fenômeno dopoder. Numa sociedade sob o império da lei, opoder é experimentado como autoridade e nãocomo violência. O que está em questão na CPI docaso PC Farias é a reafirmação deste princípio,sem o qual nunca seremos uma nação moderna.

Os Novos Empresários

erão os bicheiros do Rio a nova classe empre-sarial? Pela maneira como agem, lavando o

dittheiro sujo, ganho na contravenção, através denégócios de fachada, principalmente imobiliários,tudo leva a crer que a médio prazo eles se transfor-lYíárão em ''empresários" importantes.

Ninguém mais do que os bicheiros e os trafi-cantes contribuem para desmoralizar a palavraempresário. Atualmente, qualquer pessoa que fazalgum negócio, abre um mercado no subúrbio ouuma casa noturna, beneficia-se da expressão. Cria-ram-se até títulos como "empresário da noite",'•'empresário de ônibus", "empresário das pada-rias", e outros, para designar alguns comerciantesque por artes de algum acontecimento (seqüestroscle~parentes, por exemplo) conseguem os seus 15minutos de fama.

O fato de um bicheiro pagar festas no Canecãoòli no Jóquei Clube não lhe dá status de empresá-rib, como se os sinais exteriores de riqueza fossemíiitl trunfo e não um convite à Receita Federal paraajjlirar a proveniência da riqueza. Mas não é só debicheiros ou de "empresários da noite" que setrata. Os próprios empresários brasileiros, por suaatitude cartorialista, contribuíram também para adesmoralização do conceito de classe,-tii Empresário é aquele que arca com os riscos defuncionamento de uma empresa decorrentes danatureza dinâmica da sociedade e do conhecimen-t# .imperfeito do futuro, segundo a definição clássi-cá em ciência social. Empresário, por sinal, só fazsentido numa sociedade dinâmica, e sua responsa-Sihdade é arcar com os riscos que não podem sertransferidos a outros, muito menos ao Estado.

No Brasil, por uma deformação conjunturalqíiè se eternizou em hábito vicioso, os empresáriosse caracterizaram por só jogar no certo. O discursodo-empresário brasileiro é liberal, mas seu com-portamento é absolutamente cartorial, em benefi-cie próprio, contra todas as leis do liberalismoeconômico.

Muitos empresários apoiaram o regime autori-tár-io, alguns financiaram a repressão, quase todosáe beneficiaram dos favores financeiros do Estadoe 'pouquíssimos demonstraram desagrado quandoseus desafetos, de direita ou de esquerda, foramatingidos por atos de exceção.

Se os empresários não querem correr riscos —os da competição e os das incertezas do mercado— é porque preferem subverter as regras do jogo.O economista americano Michael Porter, autor deThe eompetitite aclvantage of nations, descobriu quegrupos de empresas bem-sucedidas, em diferentesnações, possuem certas vantagens comuns sobresuas rivais estrangeiras. Entre estas vantagens estáa combinação de mão-de-obra altamente qualifica-da, clientes exigentes e fornecedores sofisticados,mas a razão fundamental de êxito internacional é aintensa competição entre firmas dentro de seumercado doméstico.

É isto que o empresário brasileiro detesta. Suaprimeira providência é excluir a competição, de-marcando áreas de atuação nas quais reina absolu-to, produzindo o que deseja, o quanto deseja, ecobrando o que lhe for mais cômodo, em detri-mento do mercado consumidor.

Estratégia semelhante não é diferente da atua-ção dos bicheiros, que começam por delimitarterritórios e os defendem até com violência. Guar-dadas as proporções, é assim que agem os grandesempresários brasileiros, no momento em que divi-dem o mercado em áreas de atuação, e se atrelamaos subsídios governamentais. Até quando as pro-porções terão de ser guardadas? Os "novos empre-sários" estão aí, acumulando fortunas impressio-nantes. espraiando-se em empreendimentosimobiliários e negócios de fachada que em breve setornarão legais.

Vantagem se tornou no Brasil palavra depre-ciativa. Do ponto de vista empresarial, para obtervantagem seria preciso aprender novas maneirasde competir e assumir riscos. Uma nação terá êxitose houver circunstâncias que ajudem as firmas aseguir as estratégias corretas. Firmas bem-sucedi-das internacionalmente, como c!:sse Porter. nãosão espectadoras passivas no processo de criarvantagem competitiva. Elas se empenham numainfindável busca de novas vantagens, e lutam con-tra rivais para protegê-las.

Todo o resto é simulacro, é teatro, para escon-der o verdadeiro protecionismo sob o qual todosdesejam se abrigar.

Acertando o Passo

€om a criação do Estado-Maior Conjunto de

Segurança Pública, o secretário da PolíciaCivil, Nilo Batista, deu um passo importante nosentido de reunificar as Polícias Civil e Militar doestado — façanha que até pouco tempo pareciaimpossível, tal o grau de desentendimento, que nãovem de hoje, entre as duas corporações.

Graças às gestões do secretário, comandantesda Polícia Civil e da PM concordaram finalmenteenLsentar-se à mesa para tentar marchar na mesmadireção no combate à criminalidade. Muito daineficiência que a polícia fluminense exibe, aliáscpm preocupante freqüência, tem origem na rivali-dade e na ciumeira sem sentido, que dividem asduas corporações. Em muitos casos, sobretudo nosc,a,S,os de seqüestro, nota-se perfeitamente a dessin-tonia que existe entre a atuação de uma e deoutra.

Na medida em que a criminalidade se organi-z;í, as disputas internas só fazem enfraquecer edesorientar tanto a PM como a Polícia Civil. Apolícia deveria ser uma instituição só, atuandonum único sentido. Mas não é o que se vê. AcMÇão do Estado-Maior Conjunto de SegurançaPública, de acordo com as primeiras declaraçõesdo secretário Nilo Batista, visa justamente, depen-dendo do objeto que se tenha pela frente, a definireifa delimitar a ação de cada corporação. Issoprecisava ser feito. Mas ainda é preciso avançarbem mais, se o que se quer é pôr fim. definitiva-mente, aos atritos ainda existentes.

Nos países democráticos em que a políciarealmente funciona, não existe esta noção brasilei-ra de polícia militar e polícia civil. O que existe éuma corporação fardada, encarregada do policia-mento ostensivo nas ruas — acionada também emcaso de conflitos envolvendo multidões, como orecente quebra-quebra de Los Angeles, EUA — euma polícia judiciária, de retaguarda, que se encar-rega principalmente do trabalho investigativo.

A Polícia Civil brasileira, aliás, devia chamar-se Policia Judiciária, que é como a trata até hoje oCódigo Penal. Deformações congênitas, entre estasdisputas por poder entre as corporações, levaram aPolícia Civil a assumir funções que não deviam sersuas. O confronto com a polícia fardada — ouPolícia Militar, no Brasil — tornou-se assim inevi-tável e crescente.

Para uma boa reforma no aparelho policialera preciso que essas noções passassem a vigorarpor aqui. O ideal é que a Polícia Civil do estadofuncionasse cada vez mais na órbita do MinistérioPúblico, órgão do Executivo encarregado de pro-mover justiça, acionando o Judiciário, em nome dasociedade.

O trabalho dos promotores públicos foi fun-damental. por exemplo, para pôr os fraudadoresdo INSS, entre eles um magistrado, na cadeia.Faria muito mais do que isso, com certeza, secontasse com uma cooperação maior da PolíciaCivil, que resiste a cumprir suas verdadeiras fun-ções e vive se intrometendo em seara alheia.

Cartas

Canal da MaternidadeA propósito da reportagem "Os

tentáculos de PC" (26/7), refutamos aafirmação de que, após intermediaçãodo Sr. Paulo César Farias, "o governoteria liberado USS 82,4 milhões paraas obras do Canal da Maternidadepela empreiteira Norberto Ode-breclu". Tal intermediação jamaisexistiu.

Aproveitamos a oportunidade pa-ra esclarecer que o montante divulga-do não corresponde a qualquer dosvalores que envolvem o empreendi-mento. A obra do Canal da Materni-dade está orçada em USS 36 milhões, eo financiamento do governo federal,através de recursos da Caixa Econô-mica Federal, corresponde a apenas15,8% deste valor, ou seja, USS 5,7milhões, o que torna absurda a afir-mação de que o Sr. Paulo César Fariasteria recebido a quantia de USS 20milhões para intermediar tais verbas.

A Construtora Norberto Ode-brecht já produziu o equivalente aUSS 1,5 milhão, mas os pagamentosrecebidos são inferiores a este montan-te. somando USS 1,4 milhão. JoãoBaptista de Paiva Chaves, diretor, Ode-brecht S.A. — Rio de Janeiro.

BrasilPobre Brasil, além de termos um

presidente que não tem a elegância derenunciar, como fez Nixon, ainda te-mos como fiel da balança o PFL, estetriste partido que já está sendo chama-do de Partido dos Furtos Lícitos.

Agarrados a dois anos e meio depoder, não se incomodam de passarpara a História, junto com Brizola,como um punhado de maus brasileirosque deram sustentação à mais abjeta,óbvia e aviltante roubalheira da histó-ria do pais. Maria de Fátima MonteiroRio de Janeiro.CPI

Venho apresentar ao ex-diretor doJB, Celso de Souza c Silva, meus cuni-primemos pelo magnífico artigo"Oportunidade histórica". O articulis-ta. de maneira imparcial e altamentepatriótica, que deveria ser imitada pe-íos seus colegas, abordou com muitapropriedade o funcionamento dos tra-balhos da CPI do PC, que a imprensadiária deformadora da opinião públicavem dando destaque sensacionalista,no claro intuito já percebido pelo po-vo, de desmoralizar e desestabilizar ogoverno do presidente Collor, eleitoem eleições livres e democráticas commais de 35 milhões de votos.

Como se pode facilmente consta-tar, (...) a CPI transformou-se num"palanque eleitoral" a fim de que osradicais da oposição ao governo de-mocrático do presidente Collor obte-nham dividendos nas próximas elei-ções. (...) Roberto Ladeira — BeloHorizonte.

?

(...) É bem verdade que o presi-dente Collor errou em colocar no seuministério pessoas que julgou seremhonestas, amigas e que com ele pudes-sem trabalhar por um país melhor pa-ra o seu povo. Entretanto, a ganância,a desonestidade, a sede do poder leva-ram a trai-lo. Não querendo compara-Io a Jesus — quem somos nós para talo próprio Mestre, ao escolher seusapóstolos, escolheu um que o traiu e olevou ao Calvário. (...) Maria de Lour-des P. da Fonseca — Rio de Janeiro.

?É fácil e não demanda coragem

afirmar que o presidente FernandoCollor está com a razão quando afir-ma a existência de grupos interessadosna queda do governo. A questão ésaber a quem interessa. (...)

A esquerda essequemista. termomeu que significa sindrome da queda donutro, impregnada, teoricamente fa-lando, de um sonho delirante de umavolta ao passado, sabedores de quequalquer melhoria social e econômicaem nosso pais seria o sepultamentodefinitivo da tomada do poder, apre-goa a política do "quanto pior me-lhor'.

Os poderosos, (...) vêem seus inte-resses contrariados com a moderniza-ção de nosso país através da políticadesenvolvida p>elo governo. Aberturada economia, livre competição, derru-bada da reserva de mercado, privatiza-ção. (...) Nilson Batista Costa — BeloHorizonte.

Cultos Afro(...) Neste momento que conheci-

mento se tem de crimes cometidos sobo manto do religiosidade, não passan-

do, no entanto de prática abominávelde magia negra sem qualquer vínculoreligioso, temos que enfatizar que afamília umbandista e os cultores dasmanifestações afro-brasileiras encon-tram-se indignados com a prática desacrificio humano e violação de corposem campo santo, movidos por interes-ses execráveis.

(...) A Umbanda (Aumbandha),manifestação religiosa a partir daMensagem Replasmadora do Caboclodas Sete Encruzilhadas em 15/11 ,'08.não tem em seus fundamentos sacrifi-cios animais, bem como uso de sangueem sua ritualística, por considerar quea vida a Deus pertence, estando a ser-viço da caridade, sem paga de qual-quer espécie. No que tange aos CultosAfro-brasileíros, temos a declarar quenão há fundamento que ampare a prá-tica de sacrificio humano.

(...) O sacrificio de vidas humanasé crime e como criminosos devem sertratados os que assim procederem, in-cluindo-se todas as partes envolvidasno ato, aplicando-se o rigor da lei.Meios legais têm faltado para que esteCondu tenha podido desenvolvermaior fiscalização; contudo não é su-portável a ação dos mercadores da fé evendilhões do templo. (...) JeronynioHobrato Vanzellotti, conselheiro secre-tário geral, Consemo Nacional Delibe-rativo da Umbanda e dos Cultos Afro-Brasilciros-Condu — Rio de Janeiro.Denúncias

A respeito da reportagem "Vieirapagou hospednoem de ex-servidores",publicada no JORNAL DO BRASILde 23/7, considero fundamental escla-recer que nunca estive pessoalmentecom o Sr. Olavo Pânico e, portanto,jamais poderia ter-lhe apresentadoproposta de qualquer natureza, com-portamento que estaria em desacordocom o meu perfil profissional e a traje-tória de seriedade e probidade quemarca minha atuação na administra-ção pública. (...) O sr. Olavo Pânico,interpelado judicialmente, negou pe-remptoriamente que tenha feito qual-quer acusação contra minha pessoa.

Informo ainda que o relatório daPolicia Federal, em que se baseia areportagem, desconsidera informaçõesimportantes sobre meus rendimentospessoais e familiares, e a omissão in-duz a conclusões errôneas de que. en-quanto titular da Secretaria Nacionalde Habitação, não tinha condições dearcar com minhas despesas de hospe-dagem em Brasília. O relatório nãomenciona, por exemplo, meus rendi-mentos como assessor da Secretaria dePlanejamento do governo do Estadode São Paulo e sequer preocupou-seem auferir minha renda familiar.

Da mesma forma, não condiz coma realidade a afirmação de que pagueicontas pessoais da deputada Rose deFreitas, cuja referência indevida pare-ce-me ter o único propósito de. nafalta de comprovação idônea e fide-digna, ser utilizada como último e de-sesperado recurso para estabelecer su-postas ligações entre mim e aComissão de Orçamento do Congres-so Nacional. (...) Fere minha honrapessoal e meu zelo profissional a afir-mação de que tenha beneficiado inte-resses outros, que não o bem público,ao aprovar o convênio com a prefeitu-ra do município baiano de Serra Dou-rada. Trata-se de uma operação regu-lar. no valor de CrS 10 milhões, com opropósito de construir 35 unidades,conforme ficou comprovado em visto-ria técnica realizada em 23 de janeirodeste ano. É importante ressaltar, ain-.

da, que esse município se encontrava-adimplente por ocasião do convênio;;conforme atesta a Secretaria de Cmv-trole Interno do Ministério da AçãoSocial. (...) Ramon Arnús Filho — Bra-silia.

DesbloqueioPor ocasião da realização da Eco-

92, a prefeitura (CET) desbloqueou aentrada de tráfego á esquerda existenteno final da Av. Afrânio de MelloFranco (Leblon), para dar escoamentorápido e seguro às comitivas que eu-travam na Rua Gilberto Cardoso," comdestino à Barra da Tijuca. Tudo cor-rcu muito bem com a presença _d"ãíPolícia Militar no local. TerminadtLõ.evento, a PM não mais atuou, .porrazões óbvias, uma vez que o desbló-:queio seria apenas para solucionárüniproblema de segurança durante a Eco...

Acontece que a passagem coiki-,nua "liberada" para os veículos..do-.,brarem á esquerda no ponto já citada .Portanto, aqui vai um lembrete á CETpara que tudo seja recomposto, a.ilm.cie prevenir colisões de conseqüênciasimprevisíveis. Adat! Coaracy de Aqiiinu— Rio de Janeiro.Burocracia . ¦

Vocês sabiam que para denutttlifrqualquer irregularidade na coloéíiÇãóde frades, jardineiras e grades na cal-çada temos que nos encaminhar á RuaPinheiro Machado, 30, no Distrito deLicenciamento e Fiscalização, nãò flb-dendo a reclamação ser feita netfí pWftelefone nem por carta?

Vocês sabiam que esse órgão daprefeitura cuida da administraçào„dçs-ses casos, de Copacabana ao Cátete,passando pelo Leme, Botafogo é',F)a:mengo? Vocês acham que um cidadáójque trabalha o dia inteiro, sairá de seutrabalho/sua casa para ir até Larãrijei-ras reclamar alguma coisa? Acho bas-tante improvável.

listas perguntas são conseqüênciada minha tentativa de denunciar a c.o-locação de uma grade em frente áoprédio 280 da Rua Souza Lima%. JflüCopacabana.

A colocação dessa grade. numa.autêntica grilagem. não respeitou.oalinhamento da marc]uise, como .nosoutros prédios, e avançou até a metadeda calçada, denotando o descaso-com-os pedestres que, além de se desviaremde carros, pitocos, (...) agora têm tam,bèm que se desviar de grades mal colo-cadas. Viviane M. Sueear — Rio deJaneiro.

Detran ~~,7Até abril do ano passado ertVYS*-'

zoavelmente fácil a obtenção doÇar-tão Especial de Estacionamento paraDeficientes Físicos. Bastava levar adocumentação ao Detran (Praça Tira-'dentes, 50) e cerca de 10 dias depois ocartão já estava liberado. "Só" uns 10dias. No dia Io de julho levei a docú-mentação e hoje (15/7), soube qiic oesquema mudou. A documentação-es—tá para ser enviada desde o dia 6>('nãeteve viatura até hoje) para o DepfGeral de Circulação Viária-DGCV(Rua São José) para ser dado um~pa-'recer e depois irá para o Dept4:'dêServiços Viários (Av. Pres. VaraM)";que o expedirá. Tem cabimento-»'estaburocracia? Será que é para justificar ©número de funcionários, ou é uma-disputa de incompetência entre esVádôe prefeitura? Léa J. El-Jaick — Rlo déJaneiro.

Competência - .Ainda existem bons funcionários

no Posto do INSS da Marquês.deAbrantes. A prova disto é ser atendidopelo Sr. Josc Motta de Avellar: sempre,solícito e atencioso cora os que o pro-curam e eficiente no cumprimentci.'doseu trabalho. Helena Wainberjíec! tttRio de Janeiro.

TelefoneComprei o meu telefone pelo Pia-no de Expansão em julho de 1988 e*ãféhoje não o recebi, fato que vem càü-sando sérios transtornos à minha viá&~Sou profissional liberal e tenho grande-necessidade de telefone. Por i&soaguardo solução imediata. O númerodo contrato é 00716382, Pran'ô86R5506. serviço 942806. Meu endere-

ço é Rua Carlos Palut 592 (...) Taqua-"ra. Jacarcpaguá. Glória Maria Silva —Rio de Janeiro.As cartas serão selecionadas para publica-ção no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e fegí-vel e endereço quo permita confirmaçãoprévia.

a

JORNAL DO BRASIL Opinião terça-feira, 28/7/92 n Io caderno ? I I

O bondinho

Reynaldo Jardim *

José Roberto Arruda — secre-

tário do Desenvolvimento Ur-bano do DF — gosta de chamar oMetrô, que está sendo construídonesta cidade-estado, de bondinho.Não sei se é um diminutivo cheiode afetividade ou se, pela simplici-dade e custos baixos, considera;mesmo esse veículo de transportede massa, a mulher do leão, comocantavam os 4 Ases e um Cu-ringa: tem corpo de leão, tem patasde leão, tem tudo de leão mas nãoera um leão. Era, como preferem asfeministas, a senhora do leão.

: Cerca de quinhentas obras estãosendo realizadas pelo governo Ro-riz. Todas através de licitação pú-;blica. Pasme de boca bem escanca-rada: em nenhuma delas houvequalquer tentativa de "cadê os;meus 10%". O tráfego de influên-cias não pintou no pedaço e não hánenhum fato que tivesse merecidodenúncia ou contestação."As safadezas costumam aconte-cer nas chamadas propostas técni-casl O governo estava prevenido eaplicou o que manda a Constitui-çao. Ganha o menor preço. Ganhao produto nacional ou o que apre-.sentar maior índice de nacionaliza-çãor Conseqüência: As multi fica-ram de fora.

10 quilômetro do Metrô do Rio

ficou em 170 milhões de dólares. Ode São Paulo em 270 milhões dedólares. O de Brasília em apenas 13milhões de dólares. Não há umparafuso importado. Tudo incide inBrazil. Os 40 quilômetros do Metrôcandango poderiam ser pagos comdois quilômetros de Metrô paulis-tano.

O nosso é um bondinho preven-tivo. Não se esperou que o adensa-mento populacional obrigasse a de-sapropriações. Não se bancou otatu. Apenas nove quilômetros sãosubterrâneos. Em cada estação umponto de atividades artísticas e as-sistências à disposição dos usuáriospara o lazer, para o fazer, para oservir.

Como se vê existem duas Brasí-lias. Uma emporcalhada pelo PCs,outra eugenizada por uma admi-nistração criativa e vigilante. Umade gente normal vinda de todo oBrasil, outra, como diria aquelepersonagem do Chaves, povoadade gentalha que não atinge os queaqui vivem e trabalham.

Todavia, é a Brasília PC e não aBrasília DF quem ganha notorie-dade nacional. A imagem vendidaao país é a de uma capital sórdida,de escroques, lobistas, sonegadores,corruptos e corruptores!

* Jornalista e escritor

Multilateralismo

ou subalternidade

} buiz A. P. Souto Maior *

*Vesde 0 encontro realizado emJ^-Rambouillet, em 1975, as reu-tiiõeS anuais dos principais países in-dustrializados são acompanhadas pe-ja opinião pública do resto do mundocom" o mesmo interesse com que asmultidões acompanham as grandesFestása que não são nem serão convi-ciadas. Em parte, tal atitude se deve àatenção que sempre despertam asações" dos poderosos. Em parte, àconsciência de que as decisões even-tualmente tomadas pelas grandes po-tênçias podem afetar considerável-mente, de maneira positiva ounegativa, as demais nações.} ;A:o fim de cada reunião, surgeuma declaração conjunta que, co-mo acontece com manifestaçõesdeste tipo, revela menos o que osparticipantes pretendem efetiva-mente fazer do que o que eles dese-jam que os outros pensem que elesvão fazer. A última reunião doGrupo dos 7 (G-7), recém-realizadaèm Munique, parece ter seguido omesmo modelo dos outros anos.

Diluindo manifestações análo-gas anteriores, os sete chefes de Es-tado ou de governo declararam''esperar

que um acordo possa seralcançado até o fim de 1992" narodada de negociações comerciaisora'em andamento (se me permitemò,.otimismo implícito) no Gatt, achamada Rodada Uruguai. Na ver-dade,. a rodada arrasta-se há seisanos/ Chegou afinal a um ponto emque"Seu desfecho depende funda-mentalmente de um acerto entre osEstados Unidos e a ComunidadeEuropéia (CE) sobre o comércio deprodutos agrícolas, ou seja, prati-Camdnte de um entendimento noâmbito do G-7, onde se encontramos principais protagonistas.¦" Infelizmente, o (escasso) segui-mento dado pelos mesmos atores adeclarações anteriores de sentidosemelhante e tom mais firme justifi-ca-algum ceticismo — e o que estáem jogo é o futuro do sistema mui-tiíaféral de comércio internacional.Formalmente, a Rodada Uruguai éapenas mais uma na série de nego-ciações comerciais periodicamenterealizadas pelo Acordo Geral deTarifas e Comércio (Gatt), ao lon-g0.,díis quais — e em parte graças àsquais — o intercâmbio internacio-nal de mercadorias passou de USS57 bilhões, em 1947, a USS 3,5trilhões, em 1991. Na verdade, ébem mais ambiciosa do que tudoque até hoje se tentou no âmbito doGatt. Nela se procuram resolverproblemas antigos, como o comér-cio internacional de produtos agrí-colas, que se tinham tornado insu-portavelmente onerosos para aeconomia de vários países. Nela sebusca encontrar também soluçãopara antigas mazelas normativas einstitucionais, como dumping, sub-sidios, salvaguardas, solução decontrovérsias etc. Nela, finalmente,prOCUra-se estender a normativida-de do Acordo Geral a áreas que,nas.últimas décadas, têm-se torna-do crescentemente importantes pa-ra o intercâmbio entre as nações,tais.como serviços, propriedade in-telectual e investimentos.

G problema é que ela não se tor-noutão abrangente por um perfec-çionismo dos partidários de um siste-

A dezena de cheques e outras provas que começam a surgir do envolvimentode Rosane Collor no esquema PC são uma armação do próprio Presidente, quepretende jogar toda a culpa na primeira dama. Ela é inimputável.

Entre o Iluminismo

ma multilateral e liberal de comércio,mas sim porque as práticas das gran-des potências comerciais haviam de-gradado o referido sistema, pondoem risco a sua sobrevivência. Torna-va-se necessário resolver velhas pen-dengas — agricultura, têxteis, p. ex.— e rever normas existentes paraprevenir o uso espúrio, para fins pro-tecionistas, de instrumentos legítimoscomo as salvaguardas e os direitosanti-dumping, p. ex. As grandes po-tências econômicas aproveitaram ascircunstâncias para forçar a negocia-ção de áreas novas do seu interesse.O resultado é que, hoje, o êxito dasnegociações representará — com to-das as restrições que se possam fazera acordos específicos — um passonecessário para manter o multilatera-lismo do comércio internacional. Ummultilateralismo imperfeito, incapazde corrigjr os desvios distributivos emfavor dos mais fortes, porém melhordo que a alternativa oferecida peloeventual fracasso.

No ponto a que chegaram asnegociações, o insucesso caracteri-zaria a falta de disposição dos Esta-dos Unidos e da Comunidade Eu-ropéia de superarem suasdiferenças. Significaria que as duasprincipais potências comerciais te-riam optado por soluções não ecu-mênicas, baseadas no poder de gra-vitação econômico-comercial decada uma e que tenderiam à relati-va introversão regional das respec-tivas áreas de influência direta. Talhipótese pode parecer surpreenden-te quando é claro — e estudos re-centes (v. The Economist de 27/6/92) o confirmam — que os EstadosUnidos e a CE seriam, juntamentecom o Japão, os grandes beneficiá-rios do êxito das negociações emcurso. A débil declaração do G-7faz temer, porém, que possamos es-tar diante de um malogro quasepremeditado, embora não clara-mente anunciado.

A situação do Brasil é diametral-mente oposta. Certamente não es-tamos entre os principais beneficiá-rios dos acordos específicosalcançados ou alcançáveis em Ge-nebra. Não dispondo, porém, dopeso econômico da CE ou dos Es-tados Unidos, temos todo interesseno aperfeiçoamento do sistemamultilateral de comércio e tudo atemer de sua continuada deteriora-ção ou de seu eventual esfacela-mento. Qualquer dessas duas hipó-teses tenderia a fortaleceragrupamentos econômicos capita-neados por países desenvolvidos epoderia, num caso extremo, compe-lir-nos a aderir a um deles comomeio de sobreviência econômica. Jánão se trataria, porém, em tal hipó-tese, da tão decantada inserçãocompetitiva na economia interna-cional, mas antes de uma inserçãosubsidiária, subalterna, contrária aquanto temos feito historicamenteno sentido de diversificar nossosvínculos internacionais e de am-pliar nosso espaço externo de ma-nobra. Para o Brasil, morto ou de-gradado o multilateralismo nocomércio internacional, seria muitomais difícil evitar a subalternidade.

* Embaixador (Quadro Especial). Este artigonão reflete necessariamente a posição do go-

ver no brasileiro (N. do A)

e a ilustração

Josué Montello *

Recebendo Souza Bandeira na

Academia, a 10 de agosto de1905, em solenidade presidida porMachado de Assis, Graça Aranhateve oportunidade de reconhecer,aludindo a Tobias Barreto, seumestre e seu amigo, que este haviasido, na vida brasileira, através daabstração metafísica, o pensadorque, em nosso país, havia descorti-nado a maior vastidão de infinito.

Não são muitos os que, numageração, pelo saber e pelo raciocí-nio especulativo, aqui, podem ter omesmo olhar, dando a impressãode ultrapassar com ele a linha dohorizonte.

Para isso, não basta o estudo,com a vocação correspondente. Im-põe-se aliar ao saber o hábito refle-xivo, de modo que, a esse saber, noplano das idéias abstratas, se alie opoder de criar e recriar, como pro-cesso constante de ajustamento dacondição humana ao universo quenos cerca.

Com a escolha de Sérgio PauloRouanet para a sucessão de Fran-cisco de Assis Barbosa, ampliou-sena Academia Brasileira o elenco dealtos espíritos para os quais a medi-tação filosófica, como forma de co-nhecimento especulativo, corres-ponde à tendência natural.Nasceram para pensar e concluir.Como Sílvio Romero. Como IvanLins. Como Miguel Reale. ComoAlceu Amoroso Lima.

Num de seus Estudos de literatu-ra contemporânea, Sílvio Romerosoube ver a complexidade do estu-do da filosofia, como síntese detodas as ciências. E síntese que ésobretudo uma indagação, no es-forço para encontrar respostas nocampo das idéias abstratas.

A bibliografia de Rouanet, des-de O homem e o discurso (1971) atéAs razões do Iluminismo (1889), in-cluindo as monografias especializa-das sobre Michel Foucault e WalterBenjamin, é um contínuo exercíciode meditação, com o vivo empenhode associar a essa meditação aquelaruga entre as sobrancelhas que Eçade Queiroz colocou no rosto deAdão, associando-a — diz-nos oescritor, no seu conto — ao "dolo-roso esforço de compreender".

Se os objetos guardassem a me-mória das cenas que ajudam a com-por, Rouanet teria encontrado, nosalão nobre da Academia, algumvestígio das conferências ali profe-ridas, em 1926, por Paul Hazard,mestre da Sorbonne, membro daAcademia Francesa, a quem deve-mos estas duas obras fundamentaissobre o Iluminismo: La pensée eu-ropèenne au XVIlle. siècle e La crisede Ia conscient e européenne.

Os dois estudos de Paul Hazardsão sobretudo informativos, en-quanto As razões do Iluminismo ésobretudo um livro reflexivo, comalgumas conclusões realmente fun-damentais, que correspondem a au-tênticas respostas, como debate vi-vo, no correr de nossasperplexidades.

O livro de Rouanet tem aindaesta singularidade: a sua Introdu-ção pode ser lida também comoconclusão. Prepara o debate dasidéias e igualmente as explicita, àfeição de corolário.

Leia-se como exemplo este tre-cho oportuno: "Ora, desvalorizar aalta cultura é a forma mais segurade extinguir a consciência crítica,pois é ela que alimenta a reflexãoquestionadora e a vontade de trans-formar o mundo."

É também Rouanet quem nosalerta, a propósito de um dos en-saios fundamentais de seu livro:"Mostrei, no ensaio Reinventandoas humanidades, que por isso mes-mo o regime autoritário tentou eli-minar a cultura humanística e que opopulismo atual, herdeiro da tecno-cracia, ainda mais iconoclástico,prossegue imperturbavelmente namesma política."

Há de valer como ilustração opequeno episódio que me foi conta-do na Academia por Alceu Amoro-so Lima e que recolhi ao meu Diá-rio da Tarde, com a data de 15 deoutubro de 1965.

Um estudante, no Rio de Janei-ro, interrogado sobre suas idéiaspor uma das autoridades represso-ras, prontamente respondeu:

As de José de Alencar.E o inquiridor, para o colega:

Já estamos atrás desse cara.Sempre que a cultura é posta de

lado, esses fatos se repetem. A in-competência, por impulso natural,tende sempre ao disparate.

Para quem tem a exata consciên-cia dos valores da alta cultura, co-mo estágio de aprimoramento dohomem em beneficio do própriohomem, o poder, como expressãodessa cultura, desta não se dissocia,e há de ser mais sensível que visível.Daí esta reflexão de Alfred deVigny, no Journal d'un poete: o me-lhor governo seria aquele que me-nos se sentisse e nos custasse maisbarato. Ou seja: sem pressionarnem extorquir.

Não erraremos ao considerar olivro de Rouanet como uma obrapolítica. Ele próprio reconhece,aludindo a um de seus mestres:"Depois de Foucault, não é lícitofechar os olhos ao entrelaçamentodo saber e do poder."

Eu iria mais longe: retrataria es-sa comunhão às lições da culturagrega, naturalmente aprimorada,no que concerne à comunhão dopoder e da cultura, pelas lições sub-seqüentes da cultura romana.

Daí, andando o tempo, esta li-ção suprema: Maquiavel, com aagudeza de seu pensamento reflexi-vo, é o conselheiro do Príncipe.

Por que não dizer aqui que foicom particular agrado que encon-trei no livro de Rouanet uma alu-são a De Bonald e a José de Mais-tre? Conquanto não compartilhe demuitas das idéias dos dois pensado-res, neles reconheço valores perenes,no plano da harmonia da forma lite-rária com o pensamento político. SeJoseph de Maistre se compraz emlouvar a Inquisição, também tem apena fluente para afirmar com limpi-dez: "Todo francês amigo dos janse-nistas é um tolo ou um jansenista."E. quanto a De Bonald, não conheçodefinição melhor do que esta. sobre alei suprema de uma nação: "A Cons-tituiçào de um povo é a sua históriaem ação."

Insistindo sobre o lado políticodo grande livro de Sérgio Rouanet.eu gostaria de ressaltar o capítulo

magistral sobre o que chamou de Onovo irracionalismo brasileiro.

Leia-se, aqui, como texto exem-plificativo:

"Podemos, sem exage-ro, falar na ascensão de um novoirracionalismo no Brasil. Em todasas trincheiras e em todas as frentes,a razão está na defensiva. Não é aprimeira vez que isso ocorre. Mas,em outros países e em outras épo-cas, o cerco vinha da Direita — arazão era acusada de ignorar reali-dades transcendentes, como a famíliae o Estado, o sangue e o solo, aFrança profunda, o país real. Hoje,no Brasil, ela está encurralada porum estranho exército, composto emsua maioria de pessoas que se consi-deram de esquerda ou pelo menos deoposição ao sistema. Para completara comédia, é a Direita que parecedefender os direitos da razão."

Diga-se de passagem que os es-píritos independentes, que se orien-tam por suas próprias verdades econvicções, tiveram de pagar, emsilêncios hostis e agressões estúpi-das, o tributo dessa independência.

Li com redobrado interesse, nolivro de Rouanet, o magistral ensaiosobre Erasmo, pensador iluminista.Lembrei-me, no correr dessa leitura,do encontro que tive em Madri, pelasalturas de 1958, com Mareei Batail-lon, de quem havia lido o grandelivro sobre Erasmo e a Espanha. Re-velei-lhe que, havia 10 anos, eu tinhadefendido em livro a tese em quereconhecia no Dom Quixote um novoElogio da loucura.

Entre as contribuições objetivasde Sérgio Rouanet, cumpre-me des-tacar aquela em que identifica nailustração o núcleo principal dasidéias vigentes no meado do séculoXVIII, enquanto atribui ao Ilumi-nismo o que chama de tendênciatrans-epocal — a qual, vinda delonge, atravessara o mesmo século,cruzando transversalmente a Histó-ria, para chegar até nós.

E aqui cabe uma recorrência aD'Alembert, nos seus Elements dePhilosophie, em texto transcrito porErnst Cassirer, no livro consagradoprecisamente à Filosofia das luzes, eque eu tive a oportunidade de ler notexto francês apresentado e traduzi-do por Pierre Quillet.

Convém transcrever, a esse pro-pósito, uma parte do texto de D'A-lembert, quando alude ao séculoXVIII: "Por

pouco que se considerecom olhos atentos o meado do sé-culo em que vivemos, os aconteci-mentos que nos agitam, ou que pelomenos nos ocupam, nossos hábitos,nossos trabalhos, e até mesmo nos-sas conversas — é difícil não nosdarmos conta de que ocorreu umagrande mudança em nossas idéias;mudança que, por sua vez, pareceanunciar outra maior."

A transformação que D'Alembertsentiu e viveu em si mesmo e em seuredor, estamos nós a vivê-la agora,neste ocaso do século XX. O mundoé outro. Nós próprios mudamos. Arealidade que nos cerca é mais do queespetáculo — é desafio.

Foi para senti-la, para vê-la, pararefletir sobre ela. com a autoridadede seu saber e de sua meditação, queSérgio Paulo Rouanet escreveu, pole-micamente, desafiadoramente, As ra-zòes do Ihaninismo.' Escritor, membro da Academia Brasileira deLetras, ex-embaixadorúo Brasil junto à Unesco

Atentados

Paulo Goldrajch *

A ação dos mafiosos da Itá-lia não se circunscreve

geograficamente ao país da bo-ta. Ela se insere internacionaí-mente na questão da criminali-dade. Nem é de se espantar. Aorganização criminosa tem porobrigação ser mais violenta doque os responsáveis pela or.-.dem. A organização criminosadeve, ao seu ver, ser mais agres-siva do que os defensores da leie da justiça. j

No entanto, uma questãose impõe: o exemplo será se-guido no mundo inteiro? Osmarginais do Terceiro Mul^do vão se sentir incentivadosa vingar sentenças confíáseus parceiros? ".'X

E o juiz, que precisa julgarequilibradamente, pode se sen:tir seguro para proferir umadecisão, quando se sente perse-guido e pretende punir com aúnica medida de que dispõe:'»pena de restrição de liberdadò?'

Nenhuma das perguntas temresposta fácil, nem resposta po-'liticamente correta. O juiz pré-cisa de tranqüilidade para oexercício da prestação jurisdi-cional. Mas é um ser humano:É de se esperar que reclame p.pxmais segurança, principalmente;quando lida com matéria cri-minai. Há o risco, portanto, -de.se abater paranóia coletiva so-bre a magistratura.

Nem se diga que os exem-

pios não são seguidos. Que nãoe da tradição da marginalidadebrasileira o desforço com a Jus-tiça. Um filme que mostravaj3resgate de um prisioneiro atrarvés de helicóptero gerou umadas façanhas mais audaciosascom idêntica ação, no Rio

"íls

Janeiro. E mais grave.Não foram poucos os inter-

nos do sistema penitenciário,que já tentaram fuga do pró-dio do Fórum. No ventre daJustiça. Onde, em tese, estãoas mais efetivas atividades desegurança.

Por isso, os pensamentos detodos os juizes do mundo es-'tão certamente voltados páraa Itália, onde se desenrolamais uma etapa da angustia^'te luta entre os que respeitamas regras impostas pela socierdade e os que decidiram aber-tamente desrespeitá-las . »\

Creio que todas as organiza-ções de juizes, do MinistérioPúblico, da Assistência Judiciá-ria e dos advogados deveriamenviar aos magistrados italia-nos mensagens de solidarieda-de. Eles devem saber quértomundo se angustia com suasdificuldades. Que o mundo sa-be que esta luta entre o bem e omal não está guetizada em ai-guns quilômetros quadrados.. J-

Nenhum ato marginal foitão desestruturador dos anseiosde equilíbrio da sociedade1quanto este segundo atentadoque matou mais um juiz. E exa-tamente um inimigo da Máfiá;'organização que parecia maisdestinada ao recanto folclóriõo"das páginas de Puzzo do que áapresentar sinais de vida.

Não se trata de ganhar umponto de prostituição ou devenda de tóxicos. O pivete tor-nou-se adulto, tem mecanismosde alta precisão, agride a dis-tância, sem precisar mostrar,seus cafonas óculos escuros.. .0marginal com tal atividade estáenraizado no próprio orgariis-,mo da Justiça.

Não poderia ocorrer o pri-meiro crime sem que alguém,soubesse rigorosamente os mi-nutos de todo o roteiro domagistrado. Nem o segundo,-sem este enorme cabedal deinformações.

A denúncia que é necessáriafazer ao mundo é que os margiT>nais se imiscuíram nas maisprofundas entranhas da Justi-ça. Sabem minuto a minuto, dcaminhar de um julgador. Sa^bem as razões, os desvios, "as'

mãos de trânsito que este irápercorrer.

Por tudo isso, estou ouvin-'do o estrondo da explosão dosdois carros aqui. Pertinho demim.

' Advogado criminal

I? ? 1- caderno ? terça-feira. 28/7/92 Internacional JORNAL DO BRASIL^

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Santiago de Compostela — Espanha

Na chegada ao aeroporto, Fidel e recebido por admirado|P

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Um drama europeuliJ^ 'MVAVV.Wr/^A

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Comissarladb",Refum^

A guerra civil na Somalia deixou milhares f imintos

Qotulio Vllanova£m um ano. o conf/ito iugotfavo provocou e Sxodo da malt da. 2,%milhdes da pestoas. especialmante da Croicia a Bdsnia-Herttgovlna,Que antes da guana somavam 9 milhdes da habitants. AtuatmtM,'1.811.000refugiadot permanacem na axtugosUvia, anquanto pouco ¦malsds4tS000enconttaramatito ttmporirio ou definitivo am outrotpehes da Bunt*, conform* a seguinte dlstribuifSo.

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Bush vendeu tecnologia nuclear a Saddam

Fidel é festejado na :

: WASHINGTON — Enquanto opresidente George Bush retoma seusataques retóricos contra SaddamHussein, surgem mais detalhes com-prometedores sobre a conduta da Ca-sa Branca com relação ao Iraque àsvésperas da Guerra do Golfo. O jor-hâl The Washington Post informouque em junho de 1990 a administra-.ção Bush autorizou a exportação deuma fábrica de fibra de vidro no•Valor de US$ 15 milhões ao governoIraquiano, quatro meses após ter ad-vertido nove países aliados para quenão vendessem tecnologia no campoidas fibras de vidro a Bagdá. O equi-pamento, advertia a Casa Branca,poderia servir para ajudar os iraquia-pós a construírem mísseis e armasnucleares.>' A fábrica foi comprada por umaempresa do governo iraquiano cha-tnada Nassr State Entreprise. Segun-;do o Post, a CIA sabia aesde os anos¦70 que Nassr era na realidade uma[instalação militar. Ao advertir outrospaíses sobre a tentativa iraquiana de¦adquirir tecnologia de fibra de vidro,

Departamento de Estado mencio-nou especificamente a Nassr StateEnterprise, de acordo com um tele-grama secreto obtido pelo jornal.

A autorização, dada pelo Depar-pamento de Comércio, é um exemploda incapacidade do governo Bush de•suspender a exportação de tecnologiaamericana de armas nucleares para oIraque, afirmou o presidente da Co-;missão Bancária da Câmara, o depu-tado Henry Gonzales. Há mais dedois anos, ele investiga o escândalo¦dos fornecimentos secretos de armas,equipamentos e tecnologias ao regi-;me de Saddam Hussein.; Gonzales e outros congressistas'dizem

que a fábrica de fibras dc vidroé apenas uma das muitas exportaçõesamericanas a programas iraquianostíé aperfeiçoamento de armas de ex-íermínio. Outras remessas, tanto nogoverno Bush como no do seu ante-fcessor, Ronald Reagan, incluíramequipamento para enriquecer urânio,pr.odutos químicos que os iraquianosusaram na fabricação de gases vene-nosos, e culturas de fungos e bacté-rias que eles talvez tenham transfor-mado em armas biológicas.

Hemofílicos nai

França depõem

contra governoAny Bourrier

Correspondente

í PARIS — As famílias dos hemofí-licos contaminados com o vírus da;Aids estão fazendo pressão junto àsautoridades para <jue a célebre sín-drome passe das paginas das revistasmédicas para os anais da Justiça. On-:tem, na cidade de Montpellier, no sulda França, foi iniciada uma ação ju-dicial contra os quatro médicos res-pónsáveis pelas transfusões do san-,gue infectado distribuído pelo CentroNacional de Transfusão Sangüínea'(CNTS) da França. Segundo os ad-vogados dos hemofílicos, o julgamen-'to dos quatro médicos não deveria seprocessar segundo a legislação civil,mas ser enquadrado como "crimecontra a humanidade" ou "crime deenvenenamento". O juiz de Montpel-;lier considerou que a ação não tinhafundamento, mas o processo poderáiser retomado pelo Tribunal de Paris,onde estão sendo julgado os diretoresdo CNTS.

Os franceses acompanham estar-recidos, há duas semanas, os desdo-bramentos de um descuido que vai.matar mais de 10 mil hemofílicos. Ou'seja, o prosseguimento das transfu-;sões, apesar das advertências de que'as doses estavam contaminadas e nãoXoram submetidas ao aquecimentonecessário para destruir o vírus.

¦ As revelações das testemunhas do;escândalo são tão impressionantesque já ficou evidente a responsabili-dade dos políticos que dirigiam o Mi-nistério da Saúde ou o próprio gover-¦no. Por isso, os advogados dos¦hemofílicos vão solicitar à Justiça queeles sejam julgados pela Alta Corte —;o_Supremo Tribunal de Justiça fran-cês — e não por um tribunal comum.Os advogados exigem pena de prisãopara o ex-primeiro-ministro Laurent•Fabius, o ex-ministro Edmond Her-vé, da Saúde, e Georgina Dufoix,ministra da Ação Social na época dos.fatos. Os três, segundo testemunhas,.foram devidamente informados dosriscos resultantes de trasnfusões de¦sangue não testado e, portanto, por-tador do vírus.

! , Ontem foi o dia de os próprioshemofilios ou parentes testemunha-rem no Tribunal de Paris. De cincoem cinco minutos, durante duas ho-'ras e meia, 15 testemunhas da acusa-;ção desfilaram na frente do juiz. Al-guns eram pais e mães que perderam¦dois ou três filhos, vítimas da Aids.Outros eram amigos que relataram o'sofrimento e o medo dos envenena-

;dos com sangue infectado. Em todos.os casos, a queixa era unânime contra'o assassinato deliberado de tantaspessoas, legítimas cobaias da irres-ponsabilidade médica.

conservadora Galícia

Iraquianos gritam slogans antiamericanos diante do hotel onde se hospedaram inspetores

EUA mobilizam 3o porta-aviões contra IraqueBAGDÁ — Apesar de o Iraque ter

anunciado no domingo que vai per-mitir o acesso de fiscais das NaçõesUnidas ao Ministério da Agriculturaem Bagdá, os Estados Unidos estãoaumentando as pressões militares pa-ra obrigar o presidente Saddam Hus-sein a cumprir todas as resoluções docessar-fogo da Guerra do Golfo.Fontes do Pentágono em Washingtoninformaram que os americanos come-çaram a reforçar sua posição no Gol-fo, enviando para a região um refor-ço de mísseis antimísseis Patriot e umterceiro porta-aviões.

Com o recuo de Bagdá, a ameaçade uma batalha de mísseis foi adiada,mas a guerra retórica continuou: tan-to Bush como Saddam cantaram vi-tória na prova de força iniciada em 5de julho, quando os fiscais foram im-pedidos de entrar no Ministério da

Agricultura, à procura de documen-tos sobre programas militares proibi-dos pelas resoluções do cessar-fogo.

"Forçamos a ONU a negociar co-nosco em novos termos", disse o vi-ce-primeiro-ministro Tareq Aziz,acrescentando que "o objetivo ameri-cano de insultar o governo do Iraquenão se materializou." O primeiro-mi-nistro, Mohammad Hamza al-Zubei-dei, também foi categórico: "A acei-tação pela ONU da propostairaquiana de designar os inspetores éuma brilhante vitória."

Pelo acordo de domingo, no Ministé-rio da Agricultura vão entrar seisfuncionários da ONU: dois alemães,um finlandês, um suíço, um sueco eum russo. Dois americanos que parti-cipam da missão ficarão do lado defora, para estudar documentos que

Colômbia pune general que

facilitou fuga de Escobar

BOGOTÁ — O governo da Co-lômbia reformou ontem três oficiaisdas Forças Armadas, acusados de en-volvimento no esquema que facilitoua fuga do narcotraficante Pablo Es-cobar, chefe do Cartel de Medellín.Em dois decretos, o presidente CésarGavíria mandou para a reserva o ge-neral Gustavo Pardo, comandante da4a Brigada do Exército, responsávelpela segurança externa da penitenciá-ria de segurança máxima de Enviga-do, de onde Escobar fugiu na quarta-feira passada. Outros militares afas-tados foram o tenente-coronelManuel Espitia, comandante do ba-talhão da Polícia Militar de Medellín;e o general Hernando Navas, diretor-geral de presídios.

Enquanto prosseguem os expur-gos nas Forças Armadas, crescem osrumores de que Pablo Escobar se ren-derá nas próximas horas. A hipótesefoi corroborada pelo padre GarciaHerreros, o mesmo que em junho do

ano passado mediou a rendição donarcotraficante. Escobar, que estásendo caçado dia e noite em todo opaís, reduziu suas condições para anova rendição. Na última mensagemenviada às autoridades, ele disse queestá disposto a ir para qualquer pri-são em sua província natal de Antió-quia. O traficante e nove colaborado-res fugiram da penitenciária desegurança máxima de Envigadoquando o governo tentou transferi-los para outra unidade. Até domingo,ele só aceitava voltar para a mesmaprisão, construída sob medida paraele no ano passado.

Uma reportagem do jornal colom-biano El Tiempo mostra que a peni-tenciária de Envigado era "um tem-pio de conforto", onde havia colchãode água, equipamento de rádioama-dor, armas e até uma inocente casa debonecas. Na caçada a Escobar estãosendo utilizados aviões americanos

A guerra civil na Somália deixou milhares famintos

Máfia mata policialO chefe do esquadrão anti-ex-

torsão da polícia italiana na cida-de siciliana de Catânia, GiovanniLizzio, 46 anos, que investigava asatividades da Máfia, foi morto aovoltar para casa ontem à noite. Pelomenos dois homens que andavam emmotocicletas atiraram em Lizzioquando ele parou num sinal de trân-sito, na periferia da segunda maiorcidade da Sicília. Ele foi baleado nopeito e na cabeça, num assassinato aoestilo da Máfia. A TV italiana disseontem que pistoleiros da Máfia esta-vam perto na hora do atentando quematou o juiz Paolo Borsellino, hánove dias. para matá-lo, caso o carro-bomba não atingisse o seu objetivo.

Agricultores russosOs fazendeiros russos exigiram

ontem maior ajuda do governoYeltsin. mas altos funcionários ale-garam que o preço médio de USS65 por tonelada de grãos, fixadopara as compras do governo fede-ral. é justo. O governo de\e com-prar apenas 25o» da safra desteano. Além de incentivos fiscais, osagricultores querem melhores estra-das. comunicações e assistência so-ciai nas regiões produtoras. A agèn-cia de noticias Interfax revelou'quea Rússia pode assumir toda a dívidaexterna soviética, convertendo asdividas das outras repúblicas em di-vidas com a Rússia.

ONU na SomáliaO secretário-geral das Nações

Unidas, Boutros Ghali, propôs on-tem que forças de paz da ONU atuemem todas as regiões da Somália. 0país vive uma situação anárquica des-de novembro. Uma guerra entre gru-pos rivais do Congresso SomalianoUnificado, que derrubou o presidenteSiad Barre, matou ou feriu mais de 25mil pessoas desde março. A anarquiae uma prolongada seca ameaçam ma-tar de fome milhões de pessoas. OQuênia negou asilo a cerca de 300somalianos que chegaram ao país debarco. "Não entendo por que acei-tam refugiados que vêm por terra erejeitam quem chega de barco", disseum funcionário da ONU.

Queda de FujimoriA popularidade do presidente pe-

ruano Alberto Fujimori caiu 22 pon-tos desde o chamado auto-golpe dodia 5 de abril. Na ocasião, a aprova-ção de Fujimori, que fechou o Con-gresso e suspendeu temporariamenteas atividades da Justiça, era de 82%.O instituto independente Apoyo, querealizou a pesquisa, apontou o retro-cesso na luta contra o grupo terroris-ta Sendero Luminoso — um dos ar-gumentos para o golpe — comoprincipal causa da queda. Os aten-tados do Sendero se intensificaramdesde então, e o grupo já anunciouum novo paro armado (greve impostaà força de armas) para amanhã equinta-feira.

SANTIAGO DE COMPOSTELA.Espanha — Esta religiosa cidade es-panhola com sua catedral gótica doséculo 11 viveu ontem um dia de festacaribenha e exaltação socialista naprimeira visita do presidente cubano,Fidel Castro, à região da Galícia.

-Fidel percorreu as ruas de Santiagode Compostela, onde nasceu seu pai,visitou a catedral no momento, emque se rezava uma missa e fez cincopedidos, um dos quais, segundo atradição local, será atendido. Multi-dões dc simpatizantes saudaram o di-rigente cubano, que passou o diaacompanhado do presidente da Junta(governo regional) da Galícia, Ma-nuel Fraga, um político de direita quefoi ministro na ditadura do generalFrancisco Franco.

Fidel foi recebido no aeroportopor Manuel Fraga e seu Ministério,todo pertencente ao Partido Popular(conservador). Dezenas de policiaisda Guarda Civil faziam a ostensiva

segurança do presidente cubano; quepor onde andava era seguido pòruma nuvem de jornalistas, admirai.res e curiosos. "Fidel, amigo, a .Galí-'cia está contigo"; "Cuba socialista,Galícia também", gritavam os,segui-,dores para constrangimento do direi-tista Fraga. As primeiras hqr.as da,visita de Fidel à cidade foram de uma;atividade frenética, como se:o:dídercubano quisesse aproveitar o máximoas 48 horas que permanecerá ria terraonde nasceu seu pai Angcl Castro yArgiz, que emigrou ainda criànçápa-raCuba. • «H Ia

Tendo a seu lado o presidente da'Junta galega, Fidel visitou a catedral 'de Santiago de Compostela. Discreto,'apesar do burburinho que o acómpa-nhava, permaneceu por alguns ins-,tantes nos últimos bancos da nave.Antes de sair, colocou as mãos-sobreum dos pilares do Pórtico da Glóriae, seguindo a tradição, fez cincopedi-dos não revelados.

venham a ser eventualmente desço-bertos.

Nos Estados Unidos, a versão étotalmente diferente. "Saddam do-brou-se à vontade das Nações Uni-das", declarou Bush. Num comícioeleitoral em Michigan, ele djsse queSaddam não tem escolha. "É

prová-vel que ele ainda não saiba disso, masvai ter de obedecer a todas as resolu-ções da ONU", garantiu.

Segundo fontes do Pentágono, oporta-aviões John F. Kennedy, queestá no Caribe, vai juntar-se ao Sara-toga no Mediterrâneo. O Indepen-dence está no Golfo Pérsico, perto doIraque. Uma nova bateria de mísseisPatriot — do tipo usado na Guerrado Golfo para defender Israel e Ará-bia Saudita de mísseis Scud iraquia-nos — vai somar-se a uma que jáexiste no Kuwait. Na chegada ao aeroporto, Fidel é recebido por admirador«s

dotados de sofisticados equipamen-tos eletrônicos para rastreamento. Hásuspeitas de que ele esteja escondidoem algum lugar na selva do Noroestecolombiano. Ontem, o presidente doCongresso, José Blackburn, ofereceu-se como mediador para a segundarendição do traficante.

| | A maioria do Congresso ame-ricano é favorável a uma in-

tervenção militar na Colômbia paracapturar o narcotraficante PabloEscobar e julgá-lo nos EstadosUnidos. A informação foi dada pelocongressista Charles Shummer^alegando "as formas como avan-çam os fatos" após a fuga deEscobar. "A Colômbia deu um pas-so para trás ao eliminar o tratadode extradição com os EUA", disseo porta-voz do congressista, BobMac Carson, em entrevista à rádiocolombiana RCN. A Suprema Cor-te dos EUA aprovou o seqüestro dcpessoas suspeitas em outros países.

Um drama europeu

Alemanha abriga200 mil refugiadosda ex-Iugoslávia

Em um ano. o conflito Iugoslavo provocou o êxodo da mala da.2£milhõea da pattoat, especialmente da Croácia e Básnta-Herngovtn».que antasr da guerra somavam 9 miMes da habitantes. AtualmeM.'1,911.000nfuçiados ptmmnitcêm tm ex-togostévm, enquanto pouco- 9mais da 4 f S OOO encontraram atilo ttmportrh ou definitivo em outrotpaíses da Europa, conforme a seguinte distribuição.

BONN — A Alemanha con-

cluiu na manhã de ontem umagrande operação para acolher refu-giados da Bósnia-Herzegóvina. Du-rante o fim de semana, seis trenslevando cerca de 5.600 refugiadoscruzaram a fronteira austro-alemã,aumentando para 200 mil o númerode refugiados das ex-repúblicas iu-goslavas abrigados pelo país. O go-verno de Bonn voltou a pressionaros outros países europeus para querecebam mais refugiados, a maioriadeles muçulmanos que estão fugin-do da "limpeza étnica" dos sérvios,e apelou à Comunidade Européiapara que adote um sistema de cotasque permita uma divisão mais igua-litária dos refugiados."Os outros países também preci-sam fazer algo. Não é aceitável queapenas a Ale-manha se mexaaqui", disse oporta-voz dogoverno, Die-ter Vogel, repe-tindo uma rei-vindicação dochanceler (che-fe de Governo)Helmut Kohlpara o estabe-lecimento deuma políticacomum para osrefugiados. Asguerras origi-nadas com adeclaração deindependênciada Croácia, emjunho de 90, eda Bósnia, emmarço desteano, formaramuma massa demais de 2,200milhões de re-fugiados, amaior no conti-nente desde aSegunda Guer-ra Mundial.

Segundo aCruz Vermelhaalemã, os trensalemães levaram ao país 5.623 pes-soas, a maioria mulheres, crianças eidosos, provenientes de Karlovac,cidade croata na fronteira com aBósnia. A disparidade dos númerosde refugiados recebidos pela Ale-manha (200 mil) e por outros paísesda CE desde a eclosão das guerrasnas ex-repúblicas iugoslavas é gri-tante. Entre os que mais os recebe-ram estão a Itália, com 7.000, a

França, com 1.108, e a Grã-Breta-nha, com 1.100. Outros, contcTà'Grécia, se recusam a abrigá-los,, ^

A questão da Bósnia é o princi-pai tema da conferência que~será~..'realizada amanhã em Genebra, §convocada pelo Alto ComissaflãM^das Nações Unidas para Refugia-dos (ACNUR). Ontem foram reto-madas as conversações de paz emLondres, patrocinadas pela CE-.Alheias aos esforços diplomáticospara acabar com a guerra qué"£stS >destruindo o país, as três facções ernluta na Bósnia — sérvios, muçul-manos e croatas — voltaram a conubater. Na capital Sarajevo, sitiada ^há meses pelas milícias sérvias, pelomenos quatro pessoas morreram. AONU alertou para a iminência daentrada na Croácia de um fluxo.de.400 mil novos refugiados da Bósnia.

Um funcionário do ACNURdisse ontem que ele e outro funcio-nário das Nações Unidas haviamsido chantageados pelas milícias

Getúlio Vllanova

sérvias para retirar os muçulmanosde Bosanski Novi, quando busca-vam garantia de segurança para quepermanecessem na cidade. Jean-Claude Concolato, chefe do escrito-rio da ACNUR em Zagreb, cpitalda Croácia, disse que a chantagemera "muito simples": "Consistia emnos dizer que se não retirássemosaquelas pessoas coisas ruins iriamacontecer", contou.

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vrJORNAL DO BRASIL Cidade terça-feira. 28/7/92 ? Io caderno ? 13'

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N°"1

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-'. - ' , -; ;aB8f:Litorol sul " -** Fontei DNMET/MARA '

Sat6lite Goes - 15h Aumentam os condipdes de chuvas na^

Empossacio; o scnador sc scguiu "a

soIenkJadc dc posse, as ,-"Milrco Macicl (folo), do.PFL, na 2<)h dc onletn Na APL, o scnador•" Caddirii 22 da Acadcmia Pcmambu- tera a compahia do poets Joao Cahral

canu dc Utras. Macicl ganhou as de Mclo Nclo, ociipantc da cadciras""6K|t'dcs com .-32. votos ' KM do cx-mimstro Mar-

contra ura, dado a en- JT Itos Viilaca fiSl^sctfnti-:-P-saista c pociisa Andrea ranmfp —, que lambim«• ~li<irba.

A ohra do scna- waB&fa 'i faz parte da Acadcmia ;, -dors inclui .trqs iivros e ., ;-JB| Hrasileira dc t-ctras.

VJirios discursos sohrc . jfli "Aquisa ha uma politica.neo-libcraiismo. Mil |HH^ a da oillura". dissc Luiz

:.. convidadoseraniespcra- 'jffi* dc Ma^,h5cs Mclo. pre-

^r*"2S» Ricardo Serpa¦& ¦•••¦'•• --

•jV^jr^W.v .

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ImHHEL. —HHI^RShI

Carlos Gurgel garanliu que vai provar sua inocencia•> '"" •>

Juiz se irrita mas adia

jiilgaioenio de Gurgel

Paulo vibra irorn osorn

'¦>T~^; " ." -C7 Morreu^Pedro Walde Caetano

^p|HH| o autor

Bij^.' chal Rondon, em Sao Francisco Xa-

^^f

^0'V° a,Ut°' ('° Sam'>a f°"r'|

jllK|^gJ^Bf&-g 1938

por Orlando Silva. Onde esiao os'., tamborins, de 1947, e a marchinha Eu

| cesso. Suas composigoes foram inter-'iSj^^Bl^^r pretadas por cantores como Silvio

ja^JigS*vlR ! Caldas, Dircinha Batista, Ciro Mon-

'K"v >: u j|| teiro e Francisco Alves, que gravou

,'• Sandalia de prata. Paulista de Bananal,^HBP§Spi.' Caetano veio para o Rio aos nove

.' • ' ^ anos, mas nos ultimos anos morava

,-^L em Vitoria (ES), onde conseguiu mon-tar um apartamento confortavel, gra-

?3S ao que ganhou como dono da Casa; ^NiJrU Caetano, conhecida loja carioca de ar-

tigos femininos, na decada de 50.

BRASIL-Boa Vista1

Mocapá

Fortaleza* . >-Toreaina • N(|ülj\ '^ Joio Pe««oa«

/¦N Recife éMaceió e

^ ?*' ¦ —' Aracaju* J-Rio Branco

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Campo GftfndeSio Paulo " Vlrttl» m• • v:.,"' ., ..

Curitiba jmmm Rlod# J»»®"'»;

Floriam

Norte

wín-rnt'%SbMVale do Paraíba /í / }/ fleg'ão7 f . \ serrana,

./Baixada Jk/ Baixada litorânea JSMfluminense ^ÊÊÊÊt^^r

Litoral sul

sc' seguiu à solenidade de posse, às3)b de ontem. Na APL, o senadorterá a compahia do poeta João Cabralde Melo Neto, ocupante da cadeira

19, e do ex-ministro Mar-cosVillava (35)~seu pa-,

ilfe.-. runiníb —, que também|az parte da Academia

«JW Brasileira1 dc Letras.ÉmjÊ "Aqui só há uma política,

if »| ii da cultura", disse Luizde Magalh&s Melo, pre-

JjBK: «dente da'APL ^iàmmÊ

' Empossado: o senador"Mdrco Maciel (foto), do PFL, nas'biidúirâ 22 da Academia Pcrnambu-cana de^ Letras. Maciel ganhou as

S""6fô|t'ôcs com 32 votoscontra um, dado à en- Jr

-P-saista c poetisa Andréa WÊÊM:-•• P boirba. A obra do sena- WÊEL^

dor- inclui três livros 'jvários discursos sobre I" neo-liberalismo. Mil H B8

f; -üònvidadòs eram espera-, 1 ft1 JSSpara p coquetel que HHHb 1

Claro

Claronublado

Nublado

Chuvasocasionais

Fonte! DNMET/MARÁ

Amassa de ar polar começa a perder intensidade e a temperatura volta a'*'subir no litoral. Na capital, a variação fica entre 11 e 24 graus, enquanto na>"

Baixada Fluminense a máxima não deve ultrapassar 25 graus. Nas serrasc:porém, o frio continua intenso. Ontem foi registrada uma das temperaturas™mais baixas dos últimos 20 anos: 5,8° em Teresópolis e 6o em Friburgo. Umafrente fria que se desloca do sul do pafs para o Sudeste pode provocar aumento.,de nebulosidade e, até, chuvas esparsas, embora a tendência é que ela se.-desvie para o oceano, sem chegar a mudar as condições do tempo no Rio. ,SOL AMÉRICA DO SUL

poente 17h29min

nascente 05h09minpoente 16h22min

Minguante • Nova22 a 29/7 29/7 a 5/8'

anCrescents Chela5 a 13/8 13 a 21/8Fonte: Observatório

NacionalONDAS

Na orla marítima, tempobom com nóvoa úmida pe-Ia manhã. Céu claro ameio encoberto. Ventossopram de leste a nordes-te, com velocidade de 10 a15 nôs. Mar de leste comondas de 1m a 1,5m, emintervalos de 4 a 5 segun-dos. Visibilidade de 4 a 10Km. Temperatura estável.

preamar02h17min 1.3m15h08min 1.3m

baixamar09h23min 0.1m21h38min 0.3m

Mangaratiba Pr6pnaGrumari PrbpriaRecreto PrbpriaBarra PropriaPepino Impf6priaS3o Conrado PrtpnaLeblon ImpfbpnaIpancma ImprbpnaCopacabana

.?!$P!!i Tef??P0 wfcfS?.53KSSS?. Porto Velho par/nubtado 32 18 Macoi6 nuWchuvas

Rio Branco par/nublado 30 17 Aracaju nub/chuvas 26 21Manaus nublado 30 22 Salvador ^ nub/chuvas 26 21

f^.'PV. Boa Vista nub/chuvas 30 23 CuiabA ^/nublado 35 16JaBMgn P[6pria Be,6m nub/chuvas 31 21 Campo Grande nublado 30 l/°

f®!!?. Macapa nub/chuvas 32 23 Goiinia ^r/nuWado 29 1^!^. £$£1® Palmas par/nublado 34 21 Brasilia par/nublado 23 12^1)5. SioLuiz par/nublado 30 22 Bdo Horizonte par/nublado 21 12A/a/uama Impr6pria Teresina par/nublado 33 19 Vitoria par/nublado 24 17 ^

f^ppa Fortaleza nub/chuvas 30 24 S3o Paulo nub/chuvas 18 09'"^a'aldoC^fw P^tyja ^tal nub/chuvas 28 21 Curitiba nub/chuvas 12 07

.f.®?. Joao Pessoa nub/chuvas 28 20 Flonartopolrs nub/chuvas _ 16 12Roate nub/chuvas 27 18 Porto AJegre _ pa|/[wblado 15 10

Fonta Fundacio Estadual do Moto Forrtc DNMET-MARAAmbiente (Boletim de 24107/92) _ .*M2MB—¦ I

Presidente Dutra (BR 116) Cidade Condi^des max min Cidade Condipocs max min'1Obras no Km 170. em Agosli- *r"T"!« "'7'1"T T. 'T ^ .. „ d„,,a Amsterda nublado 21 12 Mexico nublado 26 13"nho Porto. Pas6agem em meia* -.—.v.,pista no Km 224. na descida da Atenas nublado 33 21 Miami claro 32 24r'noK^n'i'p^'o^: »zsi=jl» s=n--SP^.^ Berlim ciaro 29 14 Moscou daro 27 15Rio - Juiz de Fora (BR 040) Bruxelas nublado 24 14 Nova torque nublado 30 20 *Estreitamento da pista no Km 47 (Hio-Juiz de Fora). Mao du- SSSS^...^!™. U 05 ».J5>'pla no Km 49 Meia pisia no Km etiicago Clara 26 16 Roma daro 32 20 '56 (Juiz de Fora-Rio). Obras no —•Kms 75 a 93. laixa da direita Saitiago._ daro 18 _tS

Una nublado 17 14 Sao Francisco nublado 21 12Rio • Santos (BR 101) Lisboa claro 33 20 Sydney daro 18 05,".Oesvio para variante pavimen-tada no Km 526. Londres nublado 21 14 T6quio claro 35 26..Rio-Campos (BR 101) Los Angeles nublado 31 20 Toronto nublado 23 17'**Obras de recapeamenlo e re- ~ ,composigflo do acostamento do .7;Km 88 ao Km 101, em ambos os Fonte: Agendas Internationalssentidos.Serra Terosópolia (BR 116)Estreitamento da pista em vá-rios trechos entre os Kms 82 e100Itaborai - Friburgo (RJ 116)Obras no acostamento do Km 0ao Km 8 Ponte estreita no Km202.Rio dac Ostras - Macaé (RJ106)Ponte estreita sobre o Rio dasOstras, com obras de alarga-mento.KSZEEMMDois Irmão3 - fechado de 23hàs 5h. via Gàvea-RocinhaRcbouças - fechado de 23h às5h. via Lagoa-Rio CompridoFonte: DNER' DER

AEROPORTOSSantos Dumont (RJ)_Galeão (RJ)

Par/nublado. Névoa pela manhã. MR.0,a manhá '

Cumbtoa (SP)C^gonhas(SP)

Par/nublado Nèvoa e chuvas.Par/nublado Nèvoa e chuvas.

ViraooposJSP)_Conlins (BH)

Par/nublado Chuvas no ftm do dvaClaro. Visibilidade boa

BrasíliaManaus

Claro Visibilidade boa

FortalezaRecife

Claro. Nèvoa pela manhãPar/nublado. VisitxlfTiade boa.

SalvadorCuritibaPorto AlegreFonte: Tasa

Par/nublado Visibilidade boaPar/nublado Visibilidade boa.

a Nublado Chuvas esparsas.Par nub Nevoa durante o dia

í "Pela terceira vez. foi adiado o jul-'igafnento do empresário e comandan-'te cia Marinha Mercante, Carlos da

Silva Gurgel. acusado como mandan-.'te.da. morte de seu sócio na empresaTFiwisworld Energy & Tranport,Márcio Schittini, que foi assassinadoccJnrquatro tiros na noite do dia 10de julho de 1987. 0 novo adiamento'fqi

pedido pelo advogado Murilo Pe-res que vai substituir Clóvis Sahionena defesa do réu e alegou precisar demuis-dois dias para estudar o proces-so."Sahione, que atuou no Caso'iBâumgarten defendendo o generalNçwton Cruz, afirma não ter "condi-

ç&es físicas e psicológicas" paraatuar. O julgamento foi adiado paraamanhã, às 13h.

; Bastante irritado com os adiamen-tos, o juiz José Luiz Nunes da 4a VaraCriminal queria realizar o julgamentoa.qualquer custo, mas o advogadoconvocado para substituir Sahione

argumentou que não tinha condiçõesde apresentar uma defesa consistente,com a presença de apenas uma dasseis testemunhas da defesa. As de-mais não foram convocadas. MuriloPeres alertou ainda que o habeas-cor-pus. impetrado por Sahione no dia 17deste mês e que vai ser julgado hoje.podia anular o resultado do julga-mento. O liabeas pede o adiamentodo julgamento e o relaxamento daprisão do réu. "Não

podemos vivercom medo de fantasmas. Caso con-trário, vamos sair daqui e ver lençóisvoando pelas ruas", argumentou ojuiz, diante de um plenário cheio. Lo-go depois, no entanto, ele concordouem adiar o julgamento. O réu partiuotimista às 16h30 para a prisão espe-ciai da Polinter, em Benfica. "Vourevolucionar esse processo e provarque sou inocente", afirmou Gurgel,convicto.

TÉRCIO CÉSAR DE QUEIROZ(FALECIMENTO)

t

MARIA HELENA. MARIANINA, GLÓRIA. HE-LENINHA, TÉRCIO FILHO. WAGNER, PATRI-CIA. CAROLINA, ISABELA, CLÉA E JOSÉ.

COM ENORME TRISTEZA. COMUNICAM O FA-. •LECIMENTO DE SEU ESPOSO. PAI, SOGRO, AVÔ

E IRMÃO E CONVIDAM PARENTES E AMIGOS' PARA SEU SEPULTAMENTO HOJE. 28.07.92, ÀS•12:00 HORAS. SAINDO O FÉRETRO DA CAPELA7. DO CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA.

STELLA DE ALMEIDA

t30°

DIAParentes e amigos da inesquecível STELLA convidam paraa missa de 30° dia a realizar-se amanhã. 29/07. às 1 9:00 h.na Igreja de S. Sebastião, no Cocotá. Ilha do Governador.

JORNAL DO BRASIL

PREÇOS PARA AVISOS RELIGIOSOS E FÚNEBRESDIAS UTtIS DOMINCOS DIAS UTEIS DOMINGOS

jAtCUM AITURA CHS CR$ UBCURA AITURA CRS CR$5.1cm 3cm 253.500.00 144.400,00 10.7 cm 7 cm 1.183.000,00 1.607.200,005.1cm 4 cm 338.000,00 459.200.00 10.7 cm 8 cm 1.352.000,00 1.835.800,005.1 im 5 cm 422.500.00 574.000,00 16.3cm 4 cm 1.014.000,00 1.377.600,0010.7 cm 3 cm 507.000.00 688.800.00 16.3 cm 6 cm 1.521.000,00 2.056.400,0010,7 cm 4 cm 676.000,00 91B.400.00 16.3 cm 7 cm 1.774.500,00 2.410.800,0010.7 cm 5 cm 845 000,00 1.148000,00 16.3 cm 10 cm 2.535.000,00 3.444.00000

DfcMAISDe 2' J 6* feira da» 0<H)0 às 18.00 hora» Tdv $85-4550/583-43%Dt 2' a M feira das 1B«X) Às 20tf0 horas TrK: 585-4350- 585-45825abadov Domingos e Feriados das 0*00 as 19-00 horas Tels: 585-4350,'585-4582APOS HORÁRIOS ACIMA. TRATAR DIRITAMIME NA AV BRASIL. MO - SALA 518

ADELIA ZIMELSONA família, com tristeza, comu-nica seu falecimento. Sábado,dia 25/07/92.

Um show do barulho

Alto som do grupoIron Maiden podeaté causar surdez

Os metaleiros que preparem

os ouvidos, porque na sex-ta-feira o Maracanãzinho vai setransfomar no estádio do barulho.Quando os cinco cabeludos dogrupo de Iteavy metal Iron Maidensubirem ao palco terão à sua volta160 caixas de som, com potênciade 116 decibéis. Para se ter umaidéia, um boeing 737 decolandoproduz uma barulho de 120 deci-béis e a sirene de uma ambulânciafica com modestos 100 decibéis. Ébarulho para deixar careca de ca-belos em pé e, segundo especialis-tas, capaz de provocar surdez, se aexposição se mantiver por longosperíodos no decorrer de anos.

Se, por um lado, isso assusta osdonos dc tímpanos acostumados asons mais suaves, os metaleirosexultam só de pensar no zumbidoque vai permanecer nos seus ouvi-dos. "Quando fui ver o Black Sab-bath, fiquei quatro dias com aque-le zunzum na cabeça. Agora, quevou aos shovvs do Iron no Rio eem São Paulo, ele deve ficar pelomenos uma semana. Tomara", vi-bra o estudante Paulo GustavoMartins Gomes, 16 anos.

O zumbido interno que o estu-dante quer levar de recordação doshow já é um dos sintomas delesão das células nervosas do ouvi-do. "O

primeiro sintoma é umzumbido no ouvido", afirma achefe do departamento de enge-nharia mecânica da Coppe (Coor-

TEMPO

denação de Projetos de Pós-Gra-duação em Engenharia da UFRJ),Moyses Cideluc. "No começo, alesão é reversível. Mas depois, apessoa terá perda auditiva irrever-sível", afirma Moyses.

Uma exposição acima de 70decibéis, de acordo com o analistaambiental Aílton Benedito deSouza, da Seção de Ruídos e Vi-brações da Feema, já começa acausar disfunções orgânicas, comopressão sangüínea alta, estresse,dores de cabeça e, nos casos maisgraves, até impotência sexual."Quando uma pessoa sente prazercom o que está ouvindo, o grau detolerância ao barulho é ilimita-do", explica Aílton, assegurandoque, acima de 140 decibéis, não háouvido que agüente. Nem mesmoo dos metaleiros.

r= REGISTRO

nascente 06h28mln

(MISSA DE 7° DIA);Angela. José Mareio, Cristiana e Giovanna agradecem¦•a§. manifestações de pesar recebidas pelo falecimento¦do amado JOSÉ REIS e convidam para a missa que serácelebrada no dia 29 de julho (4d-feira), às 12:00 horas,na Igreja da Ordem Terceira de N. Senhora do Monte doCarmo, na Rua 1o de Março s/n°. Centro.

JOSÉ P|DRQ_MAKSOüB

,t. Rosa José Maksoud. a viúva, filhos, genro, noras.T netos e bisnetos, agradecem as manifestações de

I pesar e convidam para a Missa de 7° Dia que serácelebrada sábado 1o de agosto às 11:30hs na Igreja

deSãoBasílio — à Rua Monte Líbano.

JOSÉ SEBASTIÃO

BASTOS DOS REIS

Satélite Goes - 6h A frente fria que está no sul dodeve atingir o litoral de S&o Paulo hoje, provocando aumento denebulosidade e chuvas. No Rio Grande do Sul, o tempo járomflcn a molhnrnr.

Bahia, enquanto no litoral do Nordeste e no noroeste da BaciaAmazônica ainda podem ocorrer chuvas isoladas. A temperaturao.isobe no Centro-Oeste.

Confirmada: a realizaçãodo maior encontro de cirurgiões piás-ticos brasileiros já promovido nopaís. Será nos dias 19 e 20 de marçodc 1993, no Hotel Méridien, no Le-me. Quem preside o evento é o médi-co José Horácio Aboudib, presidenteda Associação dos ex-Alunos do Pro-fessor.Pitanguy. Liacyr Ribeiro, pre-si.cjfintc da Sociedade Brasileira de Ci-

Anunciadas: as fériasqúe os duques de York, Sarah Fer-¦ gúson e o príncipe Andrew (foto),~ ' gbzárão numa casa de campo pró-xiriiá ao castelo de Balmoral, na

«•. -Escócia. O casal, que recentemente-ciajnunciou a separação, vai tentar se•^.- ¦reconciliar ao lado das duas filhas e_. dajainha Elizabeth II, que estará

. 'hospedada

no castelo. Não é porfalti} de tentativa que a reconcilia-çao pode fracassar, pois Sarah eAndrew vêm se encontrando bas-tatíte nos últimos tempos. Semanapassada, foram a um banquete e' depois comemoraram o sexto ani-

rurgia Plástica, Nemer Schidid,presidente da Sociedade de CirurgiaPlástica do Rio de Janeiro, CláudioCardoso de Castro, chefe do setor deCirurgia Plástica do Hospital PedroErnesto, e Marcos de Castro Ferreira,professor titular da Universidade deSão Paulo (USP), são presenças con-firmadas.

versário de casamento num pub deWinkfield, a oeste de Londres.• a posse do ginecologista e obste-tra Simão Coslovsky, hoje, na dire-ção da Escola de Pós-Graduação deMedicina da Pontifícia Universida-de Católica (PUC) do Rio. Cos-lovsky alia a atividade clinica à au-toria de obras que são hoje livros decabeceira para algumas mulheres,como Gravidez e A grávida e o bebê,escrito em parceria com o doutorRinaldo de Lamare. Além das aulasna PUC, Coslovsky é ainda profes-sor da Santa Casa de Misericórdia eda Faculdade Souza Marques.

Morreu: Pedro Walde Caetano(foto), 81 anos, em conseqüência deum atropelamento, no HospitalAguiar. Pedro Caetano, como era co-nhecido o autor brasileiro de mais de400 sambas e marchinhas, foi atrope-lado no sábado, na Avenida Mare-chal Rondon, em São Francisco Xa-vier. Foi o autor do samba E com esseque eu vou, lançado em 1948 peloconjunto Quatro Ases e um Coringa,ressuscitado por Elis Regina 25 anosdepois. Seu primeiro sucesso foi a vai-sa Caprichos do destino, gravada em1938 por Orlando Silva. Onde estão ostamborins, de 1947, e a marchinha Eubrinco, de 1944, também fizeram su-cesso. Suas composições foram inter-pretadas pôr cantores como SilvioCaldas, Dircinha Batista, Ciro Mon-teiro e Francisco Alves, que gravouSandália de prata. Paulista de Bananal,Caetano veio para o Rio aos noveanos, mas nos últimos anos moravaem Vitória (ES), onde conseguiu mon-tar um apartamento confortável, gra-ças ao que ganhou como dono da CasaCaetano, conhecida loja carioca de ar-tigos femininos, na década de 50.

)Carlos Gurgel garantiu que vai provar sua inocência

Juiz se irrita mas adia

julgamento de Gurgel

Concedida: a naciona-lidade espanhola aos peruanosÁlvaro Mario e Ximena Morga-na, ambos filhos do escritor Ma-rio Vargas Llosa. Os decretos doConselho de Ministros, queaprovou a "carta de naturaliza-ção" dos dois, foram publicadosontem pelo Boletim Oficial doEstado Espanhol. Um porta-vozdo Ministério da Justiça disseque a nacionalidade espanholase concede sempre em "ocasiõesespeciais", mas não explicouquais foram elas.

Ricardo Serpa

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nascente 05h09min

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14 ? 1" caderno ? terça-feira, 28/7/92 Cidade JORNAL DO BRASIL

- • - * • . - - < - - ^ ... Marcos Viana

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0 acidente ocorreu porque o caminhao era mais alto do que o viaduto da Penmetra^^^

Processo contra bicheiros tem novas provai

,„„ D processo que tramita na 14° ^___^ Marcos viana JL.,.£ processo que tramita na 14':. Vara Criminal contra os banqueirosde bicho, acusados dos crimes deformação de quadrilha e associaçãopãra prática do tráfico de entorpe-cetjtes, será reforçado pelas denun-cias publicadas pelo JORNAL DOBRASIL de domingo, mostrandoque os contraventores cariocas fo-râm parceiros em transações imobi-j tarjas e mantém em seus próprios-nomes lojas que funcionam como

..pontos de bicho. Na fase de inqué-rito, no início deste ano, os bichei-ros» disseram não haver qualquerligação entre eles e negaram atéparticipação na contravenção.

O rastreamento dos vôos reali--zádos pelos bicheiros em 1990 indi-xcw coincidência de datas nas via-"Uns

para o exterior, principalmentea Nova Iorque. Dali, os contraven-tofes partem para Atlantic City, on-de apostam fortunas nos cassinosdos quais são clientes vips. As evi-dências derrubam a defesa de que-não podem formar quadrilha "por-

"tfué mal se conhecem", como afir-jfígram durante o interrogatório.

""Paralelamente, os fiscais da Re-ceita Federal estão em busca dossinais exteriores de riqueza dos bi-cheiros, para detectar se o estilo devida que levam é compatível com as.reijdas declaradas. Se ficar provado.qpg houve fraude nas declarações,os.banqueiros de bicho pagarãomulta de até 150% sobre o valordos bens sonegados e serão denun-ciados pelo Ministério Público.""As empresas dos bicheiros tam-

t?ém estão sendo investigadas, paraapurar se há lavagem do dinheiroobtido na contravenção. A opera-çãó malha fina não tem prazo paratòVminar. De acordo com as certi-dòês de Registro de Imóveis obtidaspelo JB. os 11 banqueiros que inte-grani a cúpula têm registrados em->eus nomes pelo menos 400 imóveise, nos últimos 20 anos, realizaram.320 operações de compra e vendade terrenos, apartamentos e lojas.""As transações são sinais de ri-

quéza, pois envolvem imóveis e ter-ras em áreas valorizadas, como An-gra dos Reis e Búzios. Há tambémcasos de contraventores, como An-tònio Petrus Kalil, o Turcâo. quecomprou de uma só tacada cincoapartamentos no condomínio Bar-ramares.

aci 'ente ocorreu porque o caminhão éra mais alto do que o viaduto da Perimetral

Centro de Reabilitação

do INSS será fechado

O delegado regional do Traba-lho-RJ. Milton Steinbruch, vai in-terditar hoje, às 1 lh, o prédio denúmero 48 da Rua do Riachuelo,no Centro, onde funciona o Centrode Reabilitação Profissional do Ins-tituto Nacional de Seguridade So-ciai (INSS). A decisão foi baseadano laudo feito por um engenheiroda DRT. que constatou as precá-rias instalações do edifício de 12andares, já condenado pelo Corpode Bombeiros.

Fiação elétrica exposta, infiltra-ções, apenas um elevador em fun-cionamento e falta de saídas deemergência são algumas irregulari-dades verificadas pela DRT. O cen-tro atende por dia cerca de 250segurados, a maioria vítimas de aci-dentes de trabalho. Normalmentesão pessoas com dificuldades de lo-comoção.

Os 226 funcionários do centrolutam desde o inicio do ano pela

transferência do serviço para o no-vo prédio, na Avenida PresidenteVargas, 1.997. De acordo com aassistente social Luciana Maria Ca-pra, além da interdição pela DRT,o Núcleo Sindical do Centro deReabilitação quer que outros ór-gãos com poder fiscalizador visto-riem o prédio, por isso solicitou apresença de peritos do Instituto deCriminalística Carlos Éboli (ICE).

Ontem, uma comissão do Con-selho Estadual de Saúde do Traba-lho esteve no centro para uma vis-toria. O resultado seráencaminhado à Secretaria estadualde Saúde, que pode determinar ainterdição.

Segundo Marli Diniz, dirigentedo Núcleo Sindical, a Superinten-dência do INSS alega não haveratualizado no orçamento deste anoa última parcela para o pagamentoà Construtora Presidente.

Fiats caem

de cima de

uma carreta

Quatro fiats Fiorino zero qui-lômetro do tipo exportação caí-ram ontem do caminhão cegonhada firma B.F. Transporte Ltda, naAvenida Rio de Janeiro, em frenteao prédio do Moinho Atlântico. Oacidente aconteceu por causa deum erro de cálculo do caminho-neiro Sebastião Athaydes, 59anos. Ele não percebeu que o via-duto da Perimetral era mais baixodo que o caminhão, que com oscarros na carroceria atinge 6,90metros de altura.

"As passarelas no Rio têm sete

metros e o caminhão passa ras-pando. Não sabia que o viadutoda Perimetral era mais baixo",confessou Sebastião, que trabalhana firma há oito anos. Os carrosestavam vindo da Fiat de BeloHorizonte para o Cais do Porto,de onde seriam embarcados paraAngola e Luanda, na África. Oprejuízo será coberto pelo seguro.

Contrabando de moda

Receita Federalapreende vestidosda alta costura

Cerca de 100 vestidos impor-

tados, com estiquetas YvesSaint Laurent e Kenzo, entre ou-trás, avaliados entre US$ 300(Cr$ 1,3 milhão, ao câmbio pa-ralelo) e US$ 1 mil (Cr$ 4,4 mi-lhões), além de 120 garrafas dechampanhe francês e uísque es-cocês e equipamentos estrangei-ros de informática foram apreen-didos quarta-feira, em blitzrealizada pela Inspetoria da Re-ceita Federal do Rio de Janeiro.

Os responsáveis pelas merca-dorias têm cinco dias para apre-sentar a documentação de com-pra e 20 dias para se defender. Se

o prazo for ultrapassado, será. :declarado o "perdimento" e-o -material irá a leilão. Segundo o -chefe-geral da inspetoria, Anip%~'nor de Barros Leite, o leilão de-..verá ocorrer dia 25 de agosto, no ,.Ministério da Fazenda.

Esta foi a terceira blitz orgartr-'zada pela inspetoria, criada há.!!,dois meses, que pretende reprimir. - ¦o "descaminho" de mercadorias,e marcar sua presença no Rio de—Janeiro. Os vestidos estavam embutiques da Zona Sul e as bebi-das importadas em motéis da Zo-na Norte, onde também foramencontradas aparelhagens e ou-tros equipamentos estrangeiros.Os fiscais recolheram de váriasempresas de informática 11 mo-nitores de computador; seis ijíT-pressoras, cinco teclados e apare.-lhos de fax e telefones sem fio. ás:

Posto comunitário vai

continuar funcionando

O posto de saúde comunitárioda Associação dos Moradores eAmigos do Bairro Barcellos, o úni-co posto público não governamen-tal da Favela da Rocinha, vai conti-nuar funcionando. Pelo menos foi oque garantiu o subsecretário esta-dual de Saúde, Jorge Mixo, em visi-ta ao local, na manhã de ontem.Ameaçado de fechar por falta deuma instituição filantrópica que re-passe verbas do Inamps, os 21 fun-cionários estão sem receber salárioshá quatro meses.

Para que médicos, dentistas epsicólogos, entre outros profissio-nais, possam buscar outras fontesde renda, o horário de atendimentoaos três mil pacientes mensais —entre eles, 15 aidéticos — foi reduzi-do à metade. A associação dos anti-gos alunos dos padres jesuítas doColégio Santo Inácio anunciou ainterrupção de seu trabalho comointermediária entre o SUS (Sistema

Único de Saúde) e o posto da Rocir'nha por falta de pessoal disponiveína administração. O subsecretárioacertou com a associação dos alu-.'nos a manutenção do repasse de;verbas até outubro, quando ©utraentidade filantrópica deverá substi-/tuí-la. "Enquanto isso, nomearemosuma instituição para fiscalizar a tra-balho. Dentro de 30 ou 40"diasjdevemos ter uma solução para opagamento dos atrasados dos ..fun-;cionários", afirmou Mixo. Jk*

Inaugurado em 1983, o posto -+!que tem mais de cinco mil famílias:registradas — vive a pior crise de'todos os tempos, segundo o coorde-nador João Cláudio Lara Fèrhan-Jdes. "Pelas nossas estatísticas;. 95%'das pessoas que atendemos não-pre-cisam ser encaminhadas para httspi-ítais. O fechamento vai implicar nò:congestionamento de outros hospi-tais", disse.

• •' ^¦ J - , ' 'w \

Arvore da Vida tem casa

¦ A Árvore da Vida finalmenteencontrou seu destino. Provisó-rio, é bem verdade, mas certa-mente melhor que o atual. Aban-donada no Aterro do Flamengo,a gigantesca estrutura de oitometros de altura, em aço e ma-deira — que simbolizou a campa-nha universal para salvar o pia-neta Terra durante a Rio-92 —começará a ser desmontada até ofim da semana. A garantia é dodiretor do Shopping CulturalFundição Progresso, MárcioGalvào, que se ofereceu paraguardar a árvore desmontada,até que se encontre um espaçodefinitivo para abrigá-la. A idéiada Fundição Progresso é lançaruma campanha para que os pró-prios cariocas possam escojher olocal adequado, já que a Árvoreda Vida foi uma das poucas lem-

branças que restaram na cidadedo maior acontecimento pelapreservação do meio ambiente.Durante o Fórum Global, quereuniu as Organização Não Go-vernamentais (Ongs), a árvorefrutificou, com milhares de cartastrazendo mensagens de todas aspartes do mundo. O assessor es-pecial do prefeito Marcello Alen-car, Fernando Walcacer, esclare-ceu que a árvore continuapertencendo às ONGs e em ne-nhum momento foi doada à pre-feitura. Mas, mesmo assim, háuma mês a sua equipe tentou jun-to à UFRJ um abrigo para omonumento. Na época, o reitorNelson Maculan demonstroubastante interesse em deixá-lamontada em frente ao prédio deArquitetura, na Ilha do Fundão.

Fotos

cedidas peloJORNAL DO BRA-_SIL vídeos e docu-mèntários sobre os' riscos e as trágicas conseqüên-

cias provocadas por quedas dei balões foram reunidos numa" exposição inaugurada ontem,

| na Fazenda Alegria, com a par-ticipaçào do núcleo de socorro

¦„ florestal do Corpo de Bombei-ros e fotos. Os donos da Fazen-da Alegria - uma área verdede I milhão de metros quadra-" dos, em Vargem Pequena, naBarra da Tijuca — decidiramabrir uma campanha contra osbalões que diariamente causam

!

¦ danos naquela região do Maci-'"ço da Pedra Branca. A exposi-

ção ficará até o dia 2 de agostoe as escolas que quiserem levarseus alunos podem obter maio-res informações pelos telefones324-9066 e 343-1078. O endere-- — ço é Estrada da Boca do Mato,1 " sem número.i

Ponto a pontoMoradores da ladeira na Rua Se-

nador Nabuco, em Vila Isabel, pe-'detn a instalação de lâmpadas nos; postes em frente ao número 67. Aescadaria que serve aos moradores do

, alto da rua também está precisando. descuidados da Secretaria Municipalde Obras.

A CBTU desativou a estação detrem do Rocha e abandonou também apassagem de pedestres, que está ásescuras. O local se transformou emrota de assaltantes, que chegam a es-pancar suas vítimas.

Atenção Comlurb: o Bairro Peixo-! to, em Copacabana, está infestado de.mosquitos. Moradores esperam ocarro fumacê com urgência.

Os lavadores de carros da Glória játomaram conta dos canteiros da Praiado Flamengo. O local está sujo e ogramado nem existe mais.o O esgoto corre a céu aberto naRua Conselheiro Otaviano. na alturado número 85, em Vila Isabel.

A pedreira que fica na Rua SãoJoão da Barra, em Pedra de Guarati-ba, diariamente provoca explosões de

dinamite, que estão causando rachadu-ras nas casas da vizinhança.

; • Não bastassem as centenas de ca-. meios vendendo produtos importa-

dos. a Avenida Nossa Senhora deCopacabana, especialmente na esqui-na da Rua Santa Clara, virou ponto

\ preferido dos vendedores de cama-rào Reclamações paru esta coluna pe-Io telefone 585-4565. de segunda asexta-feira, das [3h às 15h.

Maria José Lessa

Pela Cidade

Nova empresa

Já está pronto e deverá chegar ásmãos do governador Leonel Brizolaainda esta semana o resultado do tra-balho da comissão da Superintendên-cia de Transportes Urbanos (STU)criada para estudar a transferênciado controle dos trens para o estado.Neste trabalho foi prevista a criaçãode mais uma empresa estadual só pa-ra cuidar dos trens. A comissão foicriada por decreto na sexta-feira masjá vinha fazendo estudos prévios sbreo assunto.

Sepe discute

Os professores aposentados domunicípio se reúnem hoje, às 13h, noSindicato Estadual dos Profissionaisde Educação (Sepe), para discutir osvetos do prefeito Marcello Alencarao substitutivo da Câmara Municipalpara o plano de cargos e salários daprefeitura. O prefeito vetou o artigoque garantia aos aposentados o ven-cimento relativo a 30 horas de traba-lho semanais. Segundo o sindicato, osaposentados terão que voltar ao tra-balho por mais cinco anos, para te-rem direito a este salário.

A nova guardaO prefeito Marcello Alencar con-

firmou ontem que pretende apresen-tar a Guarda Municipal aos cariocasem grande estilo. Ele ainda não deci-diu se promoverá, já em agosto, umdesfile com a tropa já formada — osdois mil homens que integram o cor-po de vigilantes da Comlurb — pelaAvenida Rio Branco ou no Parquedo Flamengo."A guarda vem sendoconstituída há dois anos e acho quedeveria apresentá-la ao povo", co-mentou Marcello.

Carros alegóricos

A escola dc samba Estácio dc Sáainda não atendeu a notificação daComlurb para a retirada de carrosalegóricos, que ainda estão jogadosno meio da calçada da Rua AfonsoCavalcanti, na Cidade Nova. O pra-zo para a retirada é até sexta-feira.Caso as alegorias não sejam recolhi-das, a Estácio estará sujeita a mui-tas que variam de CrS 120 mil a CrS600 mil. Pelas mesmas razões forammultadas as escolas de samba Acadè-micos de Santa Cruz. Foliões de Bo-tafogo e Unidos de Campinho.

Rio — Correios "¦k "V" a próxima semana, a Il^kl Comlurb retomará a 11 operação Controle I]

T Urbano, com a par- íticipaçaõ da Secretaria Muniei- 9pai de Fazenda c da Polícia Mi-iitar, para fazer uma verdadeirafaxina nas ruas do Centro e daZona Sul. Nessa operação, que jvisa não só a retirada de carne- jiôs, como também de brecbós eoutros tipos de comércio irrcgu-lar, a Comlurb terá condições deretirar das ruas as carcaças decarros abandonadas em diversospontos da cidade.

Nadia SoraiaArea depredactã

Desde sexta-feira, estão jogadosna calçada da Avenida Atlântica,junto â Praça do Lido — atuaTPãir-que Barnardelli —. oito bancos deconcreto e algumas pedras portugue-sas que foram arrancadas, num con:traste com a área recém-recuplTüdapela prefeitura. A Fundação Parqiiese Jardins garante, no entanto/queesses bancos serão removidos , hojepara serem recuperados e reinstala-dos no pátio da Escola MunicipalRoma, que funciona dentro da Praçado Lido. A calçada deverá começar aser recuperada também ainda hoje-

O município do Riotem atualmente 165agências de correios:

Controladas pela ECT.108

Franqueadas 57( com a participação dainiciativa privada.)7onle Empresa Brasileira deCorreios e Telégrafos.

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história de um fulanode tal, brasileiro e órfãosocial, será contada ho-je para os usuários dos

trens da Central do Brasil. O gru-po Teatro do Anônimo, que inau-gurou um trabalho nos moldes doTá na Rua, programou uma sériede apresentações ao ar livre que

ganhará as ruas da cidadedurante todo o mês de agosto. Ho-je a apresentação será ás I6lugare da Estação Dom Pedro /; nasexta-feira, os artistas estarão naRua Uruguaiana e, na próxima se-mana, na Praça 15 e na Cinelân-.dia, sempre no mesmo horário. [

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14 ? 1" caderno ? terça-feira, 28/7/92 ? 2a Edição Cidade JORNAL DO BRASÉC,

Processo contra bicheiros tem novas provas I «o IIIIMil Marcos Viana JL0 processo que tramita na 14°

Vara Criminal contra os banqueirosde bicho, acusados dos crimes deformação de quadrilha e associaçãopara prática do tráfico de entorpe-centes, será reforçado pelas denún-cias publicadas pelo JORNAL DOBRASIL de domingo, mostrandoque os contraventores cariocas fo-ram parceiros em transações imobi-liárias e mantém em seus própriosnomes lojas que funcionam como'Pontos de bicho. Na fase de inqué-£ito, no início deste ano, os bichei-ros disseram não haver qualquerligação entre eles e negaram atéparticipação na contravenção.**" O rastreamento dos vôos reali-~2ados pelos bicheiros em 1990 indi-*~çou

coincidência de datas nas via-gens para o exterior, principalmentea Nova Iorque. Dali, os contraven-tores partem para Atlantic City, on-de apostam fortunas nos cassinosdos quais são clientes vips. As evi-(íências derrubam a defesa de que

i-4ião podem formar quadrilha "por-"tjue mal se conhecem", como afir-fharam durante o interrogatório.

Paralelamente, os fiscais da Re-ceita Federal estão em busca dossinais exteriores de riqueza dos bi-cheiros, para detectar se o estilo devida que levam é compatível com asrendas declaradas. Se ficar provadoque houve fraude nas declarações,os banqueiros de bicho pagarãomulta de até 150% sobre o valordos bens sonegados e serão denun-ciados pelo Ministério Público.

As empresas dos bicheiros tam--bém estão sendo investigadas, paraapurar se há lavagem do dinheiroobtido na contravenção. A opera-ção malha fina não tem prazo paraterminar. De acordo com as certi-dões de Registro de Imóveis obtidaspelo JB, os 11 banqueiros que inte-gram a cúpula têm registrados emseus nomes pelo menos 400 imóveise. nos últimos 20 anos, realizaram320 operações de compra e vendade terrenos, apartamentos e lojas.

[ | Soldados do 3o BPM (Méier)1— prenderam ontem à noite cer-ca de 50 pessoas numa casa de jogoà Av. Suburbana 7831, em Pilares(Zona Norte), ao estourarem o cas-sino de propriedade do bicheiro Jo-sé Caruzzo Escafuro, o Piruinha. Ocarteado funcionava ao lado doSambola, casa noturna que tambémpertence ao banqueiro.

11 JE¦r ¦> ¦ ••

acidente ocorreu porque o caminhão era mais alto do que o viaduto da Perimetral

Centro de Reabilitação

do INSS será fechado

O delegado regional do Traba-lho-RJ, Milton Steinbruch, vai in-terditar hoje, às llh, o prédio denúmero 48 da Rua do Riachuelo,no Centro, onde funciona o Centrode Reabilitação Profissional do Ins-tituto Nacional de Seguridade So-ciai (INSS). A decisão foi baseadano laudo feito por um engenheiroda DRT, que constatou as precá-rias instalações do edifício de 12andares, já condenado pelo Corpode Bombeiros.

Fiação elétrica exposta, infiltra-ções, apenas um elevador em fun-cionamento e falta de saídas deemergência são algumas irregulari-dades verificadas pela DRT. O cen-tro atende por dia cerca de 250segurados, a maioria vítimas de aci-dentes de trabalho. Normalmentesão pessoas com dificuldades de lo-comoção.

Os 226 funcionários do centrolutam desde o inicio do ano pela

transferência do serviço para o no-vo prédio, na Avenida PresidenteVargas, 1.997. De acordo com aassistente social Luciana Maria Ca-pra, além da interdição pela DRT,o Núcleo Sindical do Centro deReabilitação quer que outros ór-gãos com poder fiscalizador visto-riem o prédio, por isso solicitou apresença de peritos do Instituto deCriminalística Carlos Éboli (1CE).

Ontem, uma comissão do Con-selho Estadual de Saúde do Traba-lho esteve no centro para uma vis-toria. O resultado seráencaminhado à Secretaria estadualde Saúde, que pode determinar ainterdição.

Segundo Marli Diniz, dirigentedo Núcleo Sindical, a Superinten-dência do INSS alega não haveratualizado no orçamento deste anoa última parcela para o pagamentoà Construtora Presidente.

Fiats caem

de cima de

uma carreta

Quatro fiats Fiorino zero qui-lômetro do tipo exportação cai-ram ontem do caminhão cegonhada firma B.F. Transporte Ltda, naAvenida Rio de Janeiro, em frenteao prédio do Moinho Atlântico. Oacidente aconteceu por causa deum erro de cálculo do caminho-neiro Sebastião Athaydes, 59anos. Ele não percebeu que o via-duto da Perimetral era mais baixodo que o caminhão, que com oscarros na carroceria atinge 6,90metros de altura.

"As passarelas no Rio têm sete

metros e o caminhão passa ras-pando. Não sabia que o viadutoda Perimetral era mais baixo",confessou Sebastião, que trabalhana firma há oito anos. Os carrosestavam vindo da Fiat de BeloHorizonte para o Cais do Porto,de onde seriam embarcados paraAngola e Luanda, na África. Oprejuízo será coberto pelo seguro.

Contrabando de moda

Receita Federalapreende vestidosda alta costura

Gerca de 100 vestidos impor-

tados, com estiquetas YvesSaint Laurent e Kenzo, entre ou-tras, avaliados entre US$ 300(Cr$ 1,3 milhão, ao câmbio pa-ralelo) e US$ 1 mil (Cr$ 4,4 mi-lhões), além de 120 garrafas dechampanhe francês e uísque es-cocês e equipamentos estrangei-ros de informática foram apreen-didos quarta-feira, em blitzrealizada pela Inspetoria da Re-ceita Federal do Rio de Janeiro.

Os responsáveis pelas merca-dorias têm cinco dias para apre-sentar a documentação de com-pra e 20 dias para se defender. Se

o prazo for ultrapassado, será..declarado o "perdimento" e ,o,material irá a leilão. Segundo >ochefe-geral da inspetoria, Ante-nor de Barros Leite, o leilão de'-verá ocorrer dia 25 de agosto, noMinistério da Fazenda.

Esta foi a terceira blitzorgani-'zada pela inspetoria, criada hádois meses, que pretende reprimir 'o "descaminho" de mercadorias,e marcar sua presença no Rio deJaneiro. Os vestidos estavam embutiques da Zona Sul e as bebi-das importadas em motéis da Zg;na Norte, onde também foramencontradas aparelhagens e ou-tros equipamentos estrangeiro^Os fiscais recolheram de várias,empresas de informática 11 mo»-nitores de computador; seis im-pressoras, cinco teclados e apareilhos de fax e telefones sem fio.

Posto comunitário vai

continuar funcionandoO posto de saúde comunitário

da Associação dos Moradores eAmigos do Bairro Barcellos, o úni-co posto público não governamen-tal da Favela da Rocinha, vai conti-nuar funcionando. Pelo menos foi oque garantiu o subsecretário esta-dual de Saúde, Jorge Mixo, em visi-ta ao local, na manhã de ontem.Ameaçado de fechar por falta deuma instituição filantrópica que re-passe verbas do Inamps, os 21 fun-

tcionários estão sem receber salários!há quatro meses. .„ }Para que médicos, dentistas e;psicólogos, entre outros profissio--nais, possam buscar outras fontes1de renda, o horário de atendimento;aos três mil pacientes mensais —jentre eles, 15 aidéticos — foi reduzi-;do à metade. »t i

Inaugurado em 1983, o posto-—:que tem mais de cinco mil famílias!registradas — vive a pior crise, de Jtodos os tempos, .... >

Incêndio no Ceasa de IrajáUm incêndio, iniciado no final da O pavilhão 44, segundo informa-j

noite de ontem, destruiu praticamentetodo o pavilhão 44 da Ceasa de Irajá.O incêndio mobilizou bombeiros dosquartéis de Irajá, Ricardo de Albu-querque e Duque de Caxias, que tra-balharam durante toda a madrugadapara impedir que o fogo se propagassepor outras instalações da central deabastecimento de alimentos. Não hou-ve registro de vítimas no local.

ções da administração da Ceasa, éjcomposto de 64 boxes, pertecentesfàs cooperativas Central Sul Brasil cRio Tâmega, cujos proprietários!moram em São Paulo. A^§ a[lh20min, as chamas haviam ccmsu-tmido cerca de 70% das instalações!dos boxes. Os bombeiros acreditemque o incêndio tenha sido provoca-do por um curto-circuito.

Fotos

cedidas peloJORNAL DO BRA-SIL, vídeos e docu-mentários sobre os

riscos e as trágicas conseqüên-cias provocadas por quedas debalões foram reunidos numaexposição inaugurada ontem,na Fazenda Alegria, com a par-ticipação do núcleo de socorroflorestal do Corpo de Bombei-ros e fotos. Os donos da Fazen-da Alegria — uma área verdede 1 milhão de metros quadra-dos, em Vargem Pequena, naBarra da Tijuca — decidiramabrir uma campanha contra osbalões que diariamente causamdanos naquela região do Maci-ço da Pedra Branca. A exposi-ção ficará até o dia 2 de agostoe as escolas que quiserem levarseus alunos podem obter maio-res informações pelos telefones324-9066 e 343-1078. O endere-ço é Estrada da Boca do Mato,sem número.

Pela Cidade

Ponto a pontoMoradores da ladeira na Rua Se-

nador Nabuco, em Vila Isabel, pe-dem a instalação de lâmpadas nospostes em frente ao número 67. Aescadaria que serve aos moradores doalto da rua também está precisandode cuidados da Secretaria Municipalde Obras.® A CBTU desativou a estação detrem do Rocha e abandonou também apassagem de pedestres, que está àsescuras. O local se transformou emrota de assaltantes, que chegam a es-pancar suas vítimas.

Atenção Comlurb: o Bairro Peixo-to, em Copacabana, está infestado demosquitos. Moradores esperam ocarro fumacê com urgência.

Os lavadores de carros da Glória játomaram conta dos canteiros da Praiado Flamengo. O local está sujo e ogramado nem existe mais.

O esgoto corre a céu aberto naRua Conselheiro Otaviano, na alturado número 85, em Vila Isabel.

A pedreira que fica na Rua SãoJoão da Barra, em Pedra de Guarati-ba, diariamente provoca explosões dedinamite, que estão causando rachadu-ras nas casas da vizinhança.

Não bastassem as centenas de ca-melôs vendendo produtos importa-dos, a Avenida Nossa Senhora deCopacabana, especialmente na esqui-na da Rua Santa Clara, virou pontopreferido dos vendedores de cama-rào. Reclamações para esta coluna pc-In telefone 585-4565. de segunda asexta-feira, das I3h às 15h.

Maria José Lessam

u. r

* S1 m

Árvore da Vida tem casa

¦ A Árvore da Vida finalmenteencontrou seu destino. Provisó-rio, é bem verdade, mas certa-mente melhor que o atual. Aban-donada no Aterro do Flamengo,a gigantesca estrutura de oitometros de altura, em aço e ma-deira — que simbolizou a campa-nha universal para salvar o pia-neta Terra durante a Rio-92 —começará a ser desmontada até ofim da semana. A garantia é dodiretor do Shopping CulturalFundição Progresso, MárcioGalvào, que se ofereceu paraguardar a árvore desmontada,até que se encontre um espaçodefinitivo para abrigá-la. A idéiada Fundição Progresso é lançaruma campanha para que os pró-prios cariocas possam escojher olocal adequado, já que a Árvoreda Vida foi uma das poucas lem-

branças que restaram na cidadedo maior acontecimento pelapreservação do meio ambiente.Durante o Fórum Global, quereuniu as Organização Não Go-vernamentais (Ongs), a árvorefrutificou, com milhares de cartastrazendo mensagens de todas aspartes do mundo. O assessor es-pecial do prefeito Marcello Alen-car, Fernando Walcacer, esclare-ceu que a árvore continuapertencendo às ONGs e em ne-nhum momento foi doada à pre-feitura. Mas, mesmo assim, háuma mês a sua equipe tentou jun-to à UFRJ um abrigo para omonumento. Na época, o reitorNélson Maculan demonstroubastante interesse em deixá-lamontada cm frente ao prédio deArquitetura, na Ilha do Fundão.

Nadja Soraia

CorreiosRio

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\f^ / ^>1 / 4§r

O município do Riotem atualmente 165agências de correios:

Controladas pela ECT.108

Franqueadas 57( com a participação dainiciativa privada.)

Fonte: Empresa Brasileira deCorreios e Telégrafos.

Nova empresa

Já está pronto e deverá chegar àsmãos do governador Leonel Brizolaainda esta semana o resultado do tra-balho da comissão da Superintendên-cia de Transportes Urbanos (STU)criada para estudar a transferênciado controle dos trens para o estado.Neste trabalho foi prevista a criaçãode mais uma empresa estadual só pa-ra cuidar dos trens. A comissão foicriada por decreto na sexta-feira masjá vinha fazendo estudos prévios sbreo assunto.

Sepe discute

Os professores aposentados domunicípio se reúnem hoje, às 13h, noSindicato Estadual dos Profissionaisde Educação (Sepe), para discutir osvetos do prefeito Marcello Alencarao substitutivo da Câmara Municipalpara o plano de cargos e salários daprefeitura. O prefeito vetou o artigoque garantia aos aposentados o ven-cimento relativo a 30 horas de traba-lho semanais. Segundo o sindicato, osaposentados terão que voltar ao tra-balho por mais cinco anos, para te-rern direito a este salário.

A nova guardaO prefeito Marcello Alencar con-

firmou ontem que pretende apresen-tar a Guarda Municipal aos cariocascm grande estilo. Ele ainda não deci-diu se promoverá, já em agosto, umdesfile com a tropa já formada — osdois mil homens que integram o cor-po de vigilantes da Comlurb — pelaAvenida Rio Branco ou no Parquedo Flamengo."A guarda vem sendoconstituída há dois anos e acho quedeveria apresentá-la ao povo", co-mentou Marcello.

Carros alegóricos

A escola de samba Estácio de Sáainda não atendeu a notificação daComlurb para a retirada de carrosalegóricos, que ainda estão jogadosno meio da calçada da Rua AfonsoCavalcanti, na Cidade Nova. O pra-zo para a retirada é até sexta-feira.Caso as alegorias não sejam recolhi-das, a Estácio estará sujeita a mui-tas que variam de CrS 120 mil a CrS600 mil. Pelas mesmas razões forammultadas as escolas de samba Acadè-micos de Santa Cruz. Foliões de Bo-tafogo e Unidos de Campinho.

história de um fulanode tal, brasileiro e órfãosocial, será contada ho-je para os usuários dos

trens da Central do Brasil. O gru-po Teatro do Anônimo, que inau-gurou um trabalho nos moldes doTá na Rua, programou uma sériede apresentações ao ar livre que

ganhará as ruas da cidade também ZMdurante todo o mês de agosto. Ho-• Hje a apresentação será ás ]6h, /Br**#gare da Estação Dom Pedro I; na .~1|sexta-feira, os artistas estarão na SRua Uruguaiana e, na próxima se-mana, na Praça 15 e na CinélâfJdia, sempre no mesmo horário.

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a próxima semana, aComlurb retomará a

| operação ControleUrbano, com a par-

ticipaçaõ da Secretaria Munici-pai de Fazenda e da Polícia Mi-litar, para fazer uma verdadeirafaxina nas ruas do Centro e daZona Sul. Nessa operação, quevisa não só a retirada de carne-lós, como também de brecbós eoutros tipos de comércio irregu-lar, a Comlurb terá condições deretirar das ruas as carcaças decarros abandonadas em diversospontos da cidade.

Área depredadaDesde sexta-feira, estão jogadosna calçada da Avenida Atlâriticd,'

junto à Praça do Lido — atual Pai-que Barnardelli —, oito bancos deconcreto e algumas pedras portugue-sas que foram arrancadas, num con-traste com a área recém-recuperadapela prefeitura. A Fundação Parquése Jardins garante, no entanto, queesses bancos serão removidos hojepara serem recuperados e reinstala-dos no pátio da Escola MunicipalRoma. que funciona dentro da Praçado Lido. A calçada deverá começar aser recuperada também ainda hoje.

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JORNAL DO BRASIL Cidade terça-feira, 28/7/92 ? 1" caderno g 15

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Jose Rui de Brilo soube da rnorte dofilho ao chegar a delegacia e Jicou desesperado

Policia Civil os ra cerca de 700 internos. ,

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JMPPrraes, diretor-geral da Policia iostlntos agressftos s5o ativados. umadewrrtflda natural" «. * i MMmBL.

As homenagens emocionaram os pais de Jose Roberto, May Joary (E) e Jose Brito (C)ill if,

Renan Cepeda .

IBPC vai transformar a Casa dos Piloes num grande museu historico e arqueologico

Marcos Vlanna

José Rui de Brito soube da morte do filho ao chegar à delegacia e jicou desesperado

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uma decorrência natoraL"

Renan Cepeda

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IBPC vai transformar a Casa dos Pilões num grande museu histórico e arqueológico

Delegacias têm superpopulação carcerária

< Por falta de vagas nas penitencia-tias, 38% dos presos condenados pelaJustiça cumprem sua pena nas dele-gacias. Isso eqüivale a 1.873 dos

•4.9T5 homens recolhidos nas celas; das'delegacias distritais. A superlota-:çãó'de presos nas DPs, segundo o¦assesjor de comunicação da Secreta-ria de Polícia Civil, Vanderley Bor-

-ges,"é o que provoca as rebeliões. A: situação no sistema penitenciário é•idêntica. Atualmente, os cinco presí-dios,: oito penitenciárias, cinco insti-tutos. penais e sete hospitais peniten-

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ciários estão com 9.300 internos.O déficit do sistema penitenciário

seria quase 70 vezes maior do que sualotação, se a polícia prendesse todosos criminosos condenados e com pri-sòes preventivas decretadas pela Jus-tiça que se estão em liberdade. Qua-tro aelegacias — 14° (Leblon), 20a(Grajaú), 31° (Ricardo de Albuquer-que) e 35° (Campo Grande) — regis-tram um número de presos execeden-tes, o que causa clima de apreensãoentre os moradores da área.

Na Secretaria de Polícia Civil os

delegados afirmam que a situação sóserá normalizada quando foremconstruídas as penitenciárias de segu-rança máxima Bangu 2 e Bangu 3.Segundo o Departamento do SistemaPenal (Desipe), as obras de Bangu 2,que terá capacidade para 576 inter-nos, estão praticamente paralisadasporque o Ministério da Justiça nãolibera verbas. A Secretaria de Justiçajá enviou ao ministério o projeto paraa construção de Bangu 3, que abriga-rá cerca de 700 internos.

Isabela Kassow

Uma situação que

não muda'Agosto'mostra

queem 1954já haviacelas superlotadas

""< (VTo xadrez, em duas celas3rf;r. xi com capacidade previs-...ta para oito presos, havia trinta,, homens. As celas de todas as dele-:: gacias da cidade estavam com ex-

cesso de presos aguardando vagasnos presídios, uns à disposição da" Justiça esperando julgamento, ou-tros já condenados (...)". Esta eraa realidade das delegacias do Rio

:'em agosto de 1954 descrita na pá-gjna 10 do livro Agosto, de Ru-

;;ibem Fonseca. Quase 40 anos de-pois, a situação carcerária doEstado em nada difere: superlota-

,^çao nos xadrezes das delegacias,precariedade das instalações poli-

ciais e falta de infra-estrutura paraabrigar quase 5 mil detentos, queocupam as carceragens das dele-gacias. Nesses anos todos, o cario-ca acabou aprendendo a convivercom os constantes motins e fugasde presos em delegacias.

Os registros policiais dão contade fugas audaciosas. Como a dostraficantes Paulo Martins Xavier,o Paulinho da Matriz, e MárioCarlos da Costa, o Carlinhos Ita-buna, que fugiram no dia 10 desetembro de 1989 da Delegacia deVigilância e Caputuras (Polinter),aproveitando um descuido do car-cereiro e de um detetive. Os doissaíram pela porta da frente dadelegacia. Ou casos como a rebe-lião que ocorreu no dia 10 de ou-tubro de 1991, na 21a DP (Bonsu-ceso). A polícia teve que jogar

bombas de gás lacrimogêneo paradominar 53 presos que se rebela-ram, queimando jornais e roupas.Eles reclamavam contra a superlo-tação das celas, redução no horá-rio de visitas e demora na transfe-rência para unidadespenitenciárias.

Há também histórias de resga-tes de presos em delegacias quechegaram às novelas. Em CorpoSanto, da TV Manchete, um dospersonagens é capturado dentroda delegacia policial por um grupode cúmplices. Cenas como esta, sóque reais, acontecem nas delega-cias do Rio. Como a que ocorreuno dia 1 de agosto de 1988, quan-do 15 homens do Comando Ver-melho invadiram a 25a DP (Enge-nho Novo) e resgataram 10 presosperigosos.

Às homenagens emocionaram os pais de José Roberto, May Joary (E) e José Brito (C)

Emoção no enterro do detetiveCerca de 400 pessoas comparece-

ram ao sepultamento, no CemitérioSão Francisco Xavier, no Caju, dodetetive José Roberto Brito, assassi-nado durante a revolta de presos da64a DP, em São João do Meriti. Maisde 300 eram policiais, que acompa-nharam emocionados o drama da fa-mília de José Roberto, que deixoumulher e um filho de dois anos. Ape-sar da presença da cúpula da Secreta-ria de Polícia Civil, o secretário evice-governador Nilo Batista nãocompareceu. Seus assessores não qui-seram comentar a informação de quemuitos dos presos mortos na revoltaforam executados com tiros na cabe-ça.

José Roberto tinha 29 anos e não34, como havia sido divulgado. Casa-do com Vilma Brito, com quem teveLeonardo, ele estava na polícia háseis anos. Depois de trabalhar duran-te muito tempo na delegacia de Al-cântara (São Gonçalo), ele foi trans-

ferido há seis meses para São João deMeriti, na Baixada Fluminense. "Ele

gostava muito da função que exercia.Antes dessa tragédia, nunca haviapassado por situações de grande peri-go", disse o tio do policial, RobertoGarrido de Freitas.

Os colegas comentavam sobre apersonalidade do detetive, considera-do uma pessoa sensível e boa. "JoséRoberto tinha bom coração. Ele seenvolvia emocionalmente com os pre-sos, comprava remédios para eles.Por causa disso, foi aconselhado vá-rias vezes a manter-se mais distante,mas ele não ouvia", contou o primodo policial, João Paulo Braga deCampos. Um policial que trabalhoucom o detetive em Alcântara achaque, no momento da revolta, os pre-sos se aproveitaram da "bondade eda ingenuidade" do detetive.

Entre os assessores de Nilo Batistapresentes ao sepultamento estavamseu chefe de gabinete, João Carlos

Castelar, o subsecretário de PolíciaCivil, Joel Batista, o diretor das dele-gacias especializadas, Elson Campe-lo, e o diretor da Polícia Técnitíá"èCientífica, Talvane Moraes. Os diíe-tores da Coligação dos Policiais Givisdo Rio aproveitaram a oportunidadepara denunciar os baixos salários e asmás condições de trabalho dos pbTi-ciais fluminenses. |jnr

Uma guarda de policiais militaresdo 21° BPM saudou a chegada docaixão à sepultura e um helicóptexoda Polícia Civil sobrevoou o cemité-rio, quando um policial, todo vestidode preto e usando máscara (comovasvestimentas dos ninjas) despejou pé-talas de rosas sobre o caixão. Umsoldado da PM executou o toque desilêncio e, logo depois, alguns poli-ciais civis dispararam nove tiros parao alto, como forma de protesto. _Ahomenagem deixou emocionados ospais de José Roberto, May Joary-deCampos Brito e José Brito.

Delegado reclama da precariedadeMesmo admitindo que a capaci-

dade da carceragem é de 60 homens,o delegado-substituto Evandro Fa-rias, da 64a DP (Vilar dos Teles),onde houve uma rebelião de 86 pre-sos, domingo, não aponta a superlo-tação da delegacia como a principalcausa do motim. Para ele, a rebeliãoaconteceu pela falta de estrutura daunidade, que não possui em algumascelas uma espécie de janela para apassagem da comida dos detentos.Além disso, ele considera "um absur-do" a colocação numa mesma cela depresos cumprindo pena — e que têmalguma ligação com o Comando Ver-melho — com outros que aguardamjulgamento. Entre os 86 detentos, pe-lo menos 30 já haviam sido condena-dos (a maioria por homicídio) eaguardavam vagas em presídios."A delegacia, agora com 74 pre-sos, não está transbordando e já podereceber novos infratores. Na verdade,o número de detentos acima do esta-belecido mostra que a polícia temtrabalhado muito", afirmou Evandro

Farias, que estava de plantão domin-go. Bastante cansado e ainda compequenas manchas de sangue na ca-misa, o delegado-substituto ainda fezuma observação sobre o carcereiroIvan de Sousa, o primeiro policialtomado como refém durante a rebe-lião: "Ele é ingênuo e deve ter sidofacilmente dominado", admitiu.

Considerada uma delegacia con-centradora de presos, a 64a DP, queregistra uma média de 25 ocorrênciaspor dia, já sofreu várias tentativas defuga. Na última, há menos de ummês, os policiais conseguiram evitar afuga dos detentos, que chegaram aserrar as grades e improvisar umateresa (corda feita com roupas e len-çóis). Apesar disso, no domingo, ape-nas dois policiais estavam tomandoconta da carceragem.

Dos quatro feridos durante o tiro-teio, apenas o preso Jorge Luís dosSantos continua internado no Hospi-tal Salgado Filho. Atingido na barri-ga, ele está fora de perigo e deve

receber alta ainda esta semana. Ou-tros três baleados voltaram ontem demanhã para a delegacia. Menos d<TT4horas depois da rebelião, que rdSíil-tou na morte de 13 pessoas, o clinjãna delegacia aparentava tranqüílida-de. Os policiais não se esquivaram decontar o episódio e até mesmo o ca?-cereiro Ivan de Sousa, tomado conftirefém pelos detentos, continuou ijpseu plantão até as 8h, mas preferiunão falar, alegando falta de condições,psicológicas. r.

A calma só foi quebrada pelosparentes dos presos, que foram à 64aDP em busca de informações sobre ãsvítimas. Ainda estiveram na delegacfao juiz Roberto Távora, da 2a VavaCriminal de São João de Meriti,-eduas promotoras da Central de Irr-quéritos da Polícia Civil, Elisa Toretlie Rosane da Cunha Gomes. Depoisde uma vistoria nas celas, as promo-toras revelaram que os presos serâbindiciados por homicídio, motim vifclento e tentativa de fuga.

passagem municipal

deve aumentar sábadoAs passagens dos ônibus munici-

pais deverão aumentar no próximosábado. O prefeito Marcello Alencarvai decidir hoje o percentual de rea-juste, que deve ser de 25% a 29%.Nesse caso, o preço da tarifa modal,a mais comum, que custa CrS 700.deve ficar entre CrS 875 e CrS 900.

Município e estado costumavamanunciar quase que simultâneamenteo reajuste dessas tarifas. Há dez diaso governo estadual aumentou as pas-sagéns de ônibus intermunicipais,barcas, aerobarcos e metrô, mas aprefeitura adiou seu reajuste em con-

seqüência da mudança do secretáriode Transportes. Até reuniões marca-das com os sindicatos dos rodoviáriose dos empresários de ônibus foramcanceladas na última hora.

O preço das passagens municipaisfoi reajustado esse ano em fevereiro,março, abril, maio e junho (dia 14,aumento médio de 27%). Em dezem-bro passado, a tarifa modal no muni-cipio custava CrS 200. Atualmente,os empresários pleiteiam um aumen-to da ordem de 49% e os rodoviáriosquerem um reajuste salarial de pelomenos 40%.

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Postos de

saúde farão

teste do pé

As mães de bebês de até trêsmeses de idade vão poder fazer nosseus filhos o teste do pezinho —exame que detecta a presença deanticorpos que causam infecçõescongênitas — em 76 postos e cen-tros de saúde municipais. Convênionesse sentido foi assinado ontementre a secretaria municipal de Saú-de e a Associação de Pais e Amigosdos Excepcionais (Apae-Rio).Atualmente são feitos cerca de 22mil exames desse tipo no único la-boratório da Apae. na Tijuca.

Casa dos Pilões recuperada

Antiga Fábrica daPólvora, na Lagoa,vai virar um museu

Depois de arrastados oito

anos recebendo dinheiropingado do governo federal, fi-nalmente o Instituto Brasileirode Patrimônio Cultural (IBPC)conseguiu recuperar a antigaFábrica da Pólvora da LagoaRodrigo de Freitas, que funcio-nou de 1810 a 1831. quando foitransferida para Magé e sua áreaincorporada ao parque do Jar-

dim Botânico. Mais conhecidacomo Casa dos Pilões, era de lá —no tempo em que as águas daLagoa chegavam até a atual RuaJardim Botânico — que saía, debarco, rumo a Botafogo, toda apólvora, manufaturada por escra-vos, que abastecia não só o exérci-to da colônia, mas também astropas de Portugal, que lutavacontra a ocupação de NapoleãoBonaparte.

A idéia da 6a Diretoria Regio-nal do IBPC (que cuida dos benstombados do Rio e Espírito San-to), que gastou na obra USS 130

mil (cerca de CrS 572 milhões), étransformar a Casa dos Pilões.num museu histórico e arqueoló;,,gico, já que foram descobertas pe-ças raras durante as escavações -

para se chegar ao piso original daoficina. Mas ainda falta um mece^ ..nas disposto a investir USS 39 mil :.(CrS 171 milhões) na confecção de' *uma maquete explicando o fun-cionamento da fábrica, na instala-ção de um sistema de som que : •reproduza o barulho dos pilões •socando salitre. carvão e enxofre ea ladainda dos escravos. Se tudo ,der certo, o museu abrirá suasportas em dois meses.

Filho de empresário é

«oito por

seqüestrador""^Ricardo

Khalil, de 42 anos, filho-do-empresário Khalil Fiat Farid, do-

no-da Fiat Pavimentação Indústria eComércio, foi libertado por seus se-jqyéftradores na madrugada de do-mingo. Ricardo foi seqüestrado porvários homens armados, no dia 3,"jçjuando deixava a firma da família,

.JQftrÀvenida Brigadeiro Lima e Silva•323ç-em Duque de Caxias (BaixadaFluminense), com destino a Teresó-"polis

(Região Serrana), onde mora.Segundo o inspetor Placídio Gui-

maràes, chefe de operações da Divi-

são Anti-Seqüestro, a família de Ri-cardo recusou-se a dar qualquerinformação sobre a libertação, inclu-sive sobre o pagamento ou não deresgate (que segundo informações an-teriores teria sido de CrS 1,5 bilhão).Segundo o delegado Luís Carlos Do-mingues, titular da 59a DP (Caxias) afamília se negou até mesmo a regis-trar o seqüestro na polícia e não deuqualquer colaboração para as investi-gações. Ricard Khalil será convida-do, ainda esta semana, a depor daDivisão Anti-Seqüestro.

Cocaína é

apreendida

no aeroportoPoliciais da Divisão de Repres-

são a Entorpecentes conseguiramapreender com o traficante José Pe-reira da Silva, de 29 anos, cerca de60 quilos de cocaína pura avaliadaem CrS 3 bilhões. A apreensão foino estacionamento do AeroportoSantos Dumond e é considerada amaior dos últimos meses. José Pe-reira estava no Chevy WQF 1755 deCorumbá e a prisão ocorreu quan-do ele manobrava o carro para dei-xar o estacionamento.

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16- ? Io caderno ? terça-feira, 28/7/92 Cidade JORNAL DO BRASIL

Suderj determina interdição do Maracanã

0 Maracanã foi interditado on-tem, por um ato do presidente daSuderj, Márcio Braga, oito dias de-pois da tragédia que provocou amorte de duas pessoas e ferimentosem cerca de 80, quando uma gradede proteção da arquibancada desa-bou, durante a final do CampeonatoBrasileiro, entre Flamengo e Botafo-go; O ato da Suderj se atentecipa auni outro pedido de interdição, queestava sendo preparado pela Procu-radoria Geral da Justiça.

Com a interdição, que entra emvigor após a publicação do ato daSuderj no Diário Oficial, Vasco eFluminense terão negado o pedidoque fizeram para usar o estádio nopróximo domingo, num jogo pelaCopa Rio. Segundo a decisão daSuderj, é possivel, mais tarde,"compatibilizar a realização dasobras com eventos futebolísticos".

Na íntegra, diz a nota da Suderj:"Tendo em vista a publicação dolaudo_ pericial do Instituto de Cri-minalística Carlos Éboli, a Suderj,através de seu presidente, posicio-na-se no seguinte sentido: 1) O Es-tádio Jornalista Mario Filho, em-bora nos tenha sido repassado pelogoverno anterior em precárias con-dições de funcionamento, não apre-sentava qualquer risco visualmenteperceptível à integridade física deseus usuários, de acordo com a con-clusão do citado laudo. 2) O Está-dio Jornalista Mário Filho necessitade estudo e vistoria detalhados, nosentido de que possam ser detecta-dos possíveis riscos ocultos à inspe-ção ocular externa, ainda de acordocom a conclusão do próprio laudopericial. 3) O Estádio JornalistaMário Filho fica interditado paraque a diretoria de Engenharia daSuderj proceda o aludido estudo, òcronograma de concretização dosreparos e melhorias indispensáveis,assim como projetar as providên-cias que poderão compatibilizar arealização das obras com eventosfutebolísticos. Rio de Janeiro, 27 dejulho de 1992, Márcio Braga, presi-dente da Suderj."

O traçado da nova estrada

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Os tratores já começam os trabalhos para a construção da ligação Canárias-Tubiacanga

Ilha do Governador vai ter alternativa viáriaAté abril do ano que vem, os

moradores da Ilha do Governadorganharão uma nova alternativaviária: a Ligação Canárias-Tubia-canga. Começaram ontem as obraspara a criação dessa via que deverábeneficiar cerca de 30% dos 600mil habitantes da Ilha. A constru-tora Affonseca, vencedora da liei-tação realizada em outubro do anopassado, terá essa primeira semanapara a instalação do canteiro e rea-iização de análises topográficas.Além de ser uma via alternativa, aligação das estradas das Canárias ede Tubiacanga, num trecho dequatro quilômetros a ser construí-do, tem como objetivo desafogar otrânsito na Estrada do Galeão, poronde passam hoje, nos horários demsh, cerca de 70 carros por minu-to.

Com a nova via, o carioca quesair da Linha Vermelha poderáatingir em cinco minutos bairroscomo o Dendê, a Freguesia, a Ri-beira, o Zumbi, entre outros, deacordo com as previsões do chefeda 10a Divisão ae Conservação deObras da Ilha do Governador, Sér-gio Cabral, responsável pela fisca-Iização da obra municipal. "Hoje,devido aos constantes engarrafa-mentos na Estrada do Galeão e aotrânsito difícil nas ruas que vãopara os bairros do Norte da Ilha,esse percurso é feito numa médiade 20 minutos", explicou o enge-nheiro. Sepundo ele, o acesso àpista de saída da Ilha pela Tubia-canga-Canárias será pela Avenidado Magistério e o de entrada pelaEstrada do Dendê, no bairro quedenominou a estrada.

A nova estrada de quatro quilo-metros começa no terreno do Cor-redor Esportivo Miécimo da Silva,na Praia do Dendê, passando pelafavela do Parque Royal, onde 12casas serão desapropriadas, e peloParque de Material Bélico da Ae-ronáutica, no Galeão. Ela terminana Estrada das Canárias, próximoa cabeceira do Aeroporto Interna-cional do Galeão. Será pelos 2,5quilômetros dessa estrada já exis-tentes que o motorista atingirá aEstrada do Galeão, chegando à Li-nha Vermelha.

Apesar de ter sua construçãoprevista desde o ano passado — oprojeto existe há mais de 15 anos—, a Tubiacanga-Canárias só estápróxima de virar uma realidadegraças a assinatura na semana pas-sada de um protocolo de intenções

entre a Prefeitura e o III ComandoAéreo Regional, pelo qual a Aero-náutica permitiu a passagem da viapelo seu terreno. Em troca, o ór-gão federal exigiu que a Prefeituraconstruísse um muro que dividirá anova estrada do seu Parque de Ma-terial Bélico. Além disso, a Pre-feitura, através da secretaria muni-cipal de Obras (SMO), terá quefazer calçadas, pavimentar ruas ecobrir um galpão em áreas da Ae-ronáutica. De acordo com cálculosda SMO, a nova via está custandoUS$ 4 milhões — aproximadamen-te Cr$ 17,6 bilhões —, sendo que30% será pago com dinheiro doorçamento municipal e o restantecom títulos do Tesouro Municipalas carioquinhas, a serem resgatadosem três anos.

Com duas pistas de tráfego,-ca-da uma com duas faixas de rola-mento, a ligação Tubiacanga-Ca-nárias seguirá os padrões de iimaiestrada moderna com sinalizaçãoque permita o máximo de seguran-ça. Nela, serão construídos dois re-.tornos, um na confluência com a'Estrada das Canárias e outro pró:'ximo ao Ciep Doutor João Ramosde Sousa, na Praia do Dendê^Além dessa nova estrada, o carioca;ganhará, até o final do ano, uma:Estrada do Galeão com seis faixasde rolamento ao longo dos seus 6,6mil metros. Ao invés de pistas com,sete metros de largura, como existehoje, a Estrada do Galeão terá 10metros de pista. Atualmente, estaestrada é a única opção de acesso àIlha do Governador.

Alcyr Cavalcanti

Franco-atirador do Flamengo

Uma das balas disparadas do prédio em frente atingiu a janela de Irene Cardoso

Polícia está prestesa descobrir quemdá tiros em prédio

A polícia está a um passo dedescobrir o responsável pelos

três tiros que atingiram, sábado, às19h30, os apartamentos 304, 404 e503, do Edifício Boulevard des Ita-liens, na Rua São Salvador, í, no'Flamengo. O primeiro exame de pe-rícia realizado no local constatouque o tiro partiu do edifício emfrente, Serra da Amazônia — nú-mero 14 — e do quarto andar paracima. "Já desconfiamos de um mo-rador, mas falta ainda a prova téc-nica", disse o inspetor Cláudio Me-nezes, da 9a DP (Flamengo).

Acompanhado do detetive JoséSaisse, Cláudio Menezes esteve noapartamento 503, de Irene Augustada Conceição Cardoso, que porpouco não foi atingida por uma das

balas. Irene, que mora com o filhoAntônio Augusto Cardoso e costu-ma tomar conta de dois netos —Diogo, de cinco anos, e Rodrigo, desete — contou que ouviu dois tirose foi à janela. Sentou-se em frente àtelevisão e cinco minutos depois ou-viu outro tiro, reparando que a ja-nela estava quebrada. O tiro atingiuduas paredes da sala. Nervosa eamedrontada, Irene conta: "Meusnetos só andam agachados dentrode casa e eu também, quando tenhoque passar da sala para o corre-dor." O inspetor acredita que a ar-ma seja de calibre 32.

Esta não é a primeira vez que oprédio é atingido por disparos. Oapartamento 404, do casal de ban-cários Eliane de Souza Pereira eWanderlei Mandalini, já foi atingi-do duas vezes. O inspetor da 9a DPrecolheu a bala atirada no dia 22 demaio, que o casal guardava, e che-gou à conclusão que foi disparadada mesma arma. "Se a gente aindavivesse perto de uma favela, dava

para entender, mas o prédio emfrente é de moradores de classe mé-dia como eu", lamentou Eliane.

A síndica do edifício Serra daAmazônia, Maria Alexandra de Al-meida Abt, disse que só a políciapode averigüar se os tiros partiramde seu prédio.

"Nunca soube denenhum morador que tivesse o cos-tume de dar tiros", afirmou.

Os moradores dos três aparta-mentos atingidos pelas balas foramconvocados a depòr hoje, às 16h, na9a DP. O delegado Agra Lopes de-verá solicitar, ainda, nova perícia deum especialista em balística. Cláu-dio Menezes espera conseguir teste-munhas que apontem o autor dosdisparos, já que na ocasião um gru-po de pessoas fazia um churrascona calçada, em frente ao bar quefica no térreo do edifício Boulevárddes Italiens, que fica na esquina dasruas São Salvador e Marques deAbrantes. A síndica do edifício, Ri-ta Alves de Siqueira, disse que

"OS"moradores estão apavorados.

As Olimpíadas de Barcelona já estão abertas nas páginas do Jornal do Brasil. Todos os detalhes. Todas as informações. Tudo o que os atletas estãofazendo para subir ao pódio em Barcelona. E até o dia 10 de agosto o JB publica diariamente o Caderno de Esportes com a cobertura completa dos' Jogos Olímpicos. Abra o Jornal do Brasil e acompanhe todos os dias a melhor cobertura das Olimpíadas de Barcelona.

ABERTAS AS OLIMPÍADAS DE BARCELONA

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Suderj determina interdição do Maracanã

0 Maracanã foi interditado on-tem, por um ato do presidente daSuderj, Márcio Braga, oito dias de-pois da tragédia que provocou amorte de três pessoas (sendo umapor ataque nervoso) e ferimentosem cerca de 80, quando uma gradede proteção da arquibancada desa-bou, durante a final do Campeona-to Brasileiro, entre Flamengo e Bo-tafogo. O ato da Suderj seatentecipa a um outro pedido deinterdição, que estava sendo prepa-rado pela Procuradoria Geral daJustiça.

Com a interdição por tempo in-determinado, que entra em vigorapós a publicação do ato da Suderjno Diário Oficial, Vasco e Flumi-nense terão negado o pedido quefizeram para usar o estádio no pró-ximo domingo, num jogo pela CopaRio. Segundo a decisão da Suderj, épossível, mais tarde, "compatibili-zar a realização das obras com• eventos futebolísticos".

Em nota divulgada pela Suderj,Márcio Braga afirma que levou emconsideração o laudo pericial doInstituto de Criminalística CarlosEboli, que constatou falhas na ins-talação e manutenção da estruturade alumínio do gradil. Além disso,os peritos concluíram que as princi-pais causas da queda do gradil fo-ram o excesso de carga e o desgastedo material. Na ocasião da perícia,Márcio Braga chegou a afirmar quenão havia necessidade de interdiçãodo estádio, pois nenhum jogo esta-va programado para o local nospróximos dois meses.

O presidente da Suderj argumen-ta que o Maracanã foi "repassadopelo governo anterior em precáriascondições de funcionamento", masnão apresentava qualquer risco "vi-sualmente perceptível". Ele reco-nhece, no entanto, que o EstádioMário Filho "necessita de estudo evistoria detalhados, no sentido deque possam ser detectados possíveisriscos ocultos à inspeção ocular ex-terna".

O tracado da nova estrada

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Ilha do Governador vai ter alternativa viáriaAté abril do ano que vem, os

moradores da Ilha do Governadorganharão uma nova alternativaviária: a Ligação Canárias-Tubia-canga. Começaram ontem as obraspara a criação dessa via que deverábeneficiar cerca de 30% dos 600mil habitantes da Ilha. A constru-tora Affonseca, vencedora da liei-tação realizada em outubro do anopassado, terá essa primeira semanapara a instalação do canteiro e rea-lização de análises topográficas.Além de ser uma via alternativa, aligação das estradas das Canárias ede Tubiacanga, num trecho dequatro quilômetros a ser construí-do, tem como objetivo desafogar otrânsito na Estrada do Galeão, poronde passam hoje, nos horários denisli, cerca de 70 carros por minu-to.

Com a nova via, o carioca quesair da Linha Vermelha poderáatingir em cinco minutos bairroscomo o Dendê, a Freguesia, a Ri-beira, o Zumbi, entre outros, deacordo com as previsões do chefeda 10a Divisão de Conservação deObras da Ilha do Governador, Sér-gio Cabral, responsável pela íisca-lização da obra municipal. "Hoje,devido aos constantes engarrafa-mentos na Estrada do Galeão e aotrânsito difícil nas ruas que vãopara os bairros do Norte da Ilha,esse percurso é feito numa médiade 20 minutos", explicou o enge-nheiro. Segundo ele, o acesso àpista de saída da Ilha pela Tubia-canga-Canárias será pela Avenidado Magistério e o de entrada pelaEstrada do Dendê, no bairro quedenominou a estrada.

A nova estrada de quatro quilo-metros começa no terreno do Cor-redor Esportivo Miécimo da Silva,na Praia do Dendê, passando pelafavela do Parque Royal, onde 12casas serão desapropriadas, e peloParcjue de Material Bélico da Ae-ronáutica, no Galeão. Ela terminana Estrada das Canárias, próximoa cabeceira do Aeroporto Interna-cional do Galeão. Será pelos 2,5quilômetros dessa estrada já exis-tentes que o motorista atingirá aEstrada do Galeão, chegando à Li-nha Vermelha.

Apesar de ter sua construçãoprevista desde o ano passado — oprojeto existe há mais de 15 anos—, a Tubiacanga-Canárias só estápróxima de virar uma realidadegraças a assinatura na semana pas-sada de um protocolo de intenções

entre a Prefeitura e o III ComandoAéreo Regional, pelo qual a Aero-náutica permitiu a passagem da viapelo seu terreno. Em troca, o ór-gão federal exigiu que a Prefeituraconstruísse um muro que dividirá anova estrada do seu Parque de Ma-terial Bélico. Além disso, a Pre-feitura, através da secretaria muni-cipal de Obras (SMO), terá quefazer calçadas, pavimentar ruas ecobrir um galpão em áreas da Ae-ronáutica. De acordo com cálculosda SMO, a nova via está custandoUS$ 4 milhões — aproximadamen-te Cr$ 17,6 bilhões —, sendo que30% será pago com dinheiro doorçamento municipal e o restantecom títulos do Tesouro Municipalas carioquinhas, a serem resgatadosem três anos.

Com duas pistas de tráfego, ca-da uma com duas faixas de ròíáf-mento, a ligação Tubiacanga-Ga-;nárias seguirá os padrões de umaestrada moderna com sinalizà$?0que permita o máximo de seguram,-,ça. Nela, serão construídos dois.re-1tornos, um na confluência com-ir-Estrada das Canárias e outro pró"ximo ao Ciep Doutor João RamõSde Sousa, na Praia do Denftt!::Além dessa nova estrada, o carioca;ganhará, até o final do ano, "üMjEstrada do Galeão com seis faixas'de rolamento ao longo dos seus 6',6'mil metros. Ao invés de pistas çqijt'sete metros de largura, como existeshoje, a Estrada do Galeão terá"J£metros de pista. Atualmente, èstalestrada é a única opção de acesso"^Ilha do Governador.-

Alcyr Cavalcanti r

Franco-atirador do Flamengo

a janela de Irene Cardoso

Polícia está prestesa descobrir quemdá tiros em prédio

A polícia está a um passo dedescobrir o responsável pelos

três tiros que atingiram, sábado, às19h30, os apartamentos 304, 404 e503, do Edifício Boulevard des Ita-liens, na Rua São Salvador, 1, noFlamengo. O primeiro exame de pe-rícia realizado no local constatouque o tiro partiu do edifício emfrente, Serra da Amazônia — nú-mero 14 — e do quarto andar paracima. "Já desconfiamos de um mo-rador, mas falta ainda a prova téc-nica", disse o inspetor Cláudio Me-nezes, da 9a DP (Flamengo).

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Esta não é a primeira vez que oprédio é atingido por disparos. Oapartamento 404, do casal de ban-cários Eliane de Souza Pereira eWanderlei Mandalini, já foi atingi-do duas vezes. O inspetor da 9a DPrecolheu a bala atirada no dia 22 demaio, que o casal guardava, e che-gou á conclusão que foi disparadada mesma arma. "Se a gente aindavivesse perto de uma favela, dava

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Rio de Janeiro — Terça-feira. 28 de julho de 1992. '¦ : ¦ ' . V.,ii 'v- •

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1RSIXIFevereiro 27,37%Março... 23,57%Abril 20,65%Maio 23,08%

Dólar Cr»A; Paralelos

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23.07 24.07 1M£¦ Comercial

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23.07 24.07 "07Fonte: Banco Centrai e Anoima

Inflação

IGPM/FGVAbrilMaioJunho

19,9420,4323,61

Acumuladonoano.... 242,41Em 12 meses 877,97INPC/IBGE %Fevereiro 24,48Marfo 21,62Abrll 20,84Acumuladonoano.... 130,36Em 12 meses 676.28FIPE/IPC USAbrii 2273Maio 22,53Junho 22,45Acumulado/ano 243,08Em 12 meses 882,18DIEESE/ICV '%Abril..19,75Maio 22,35Junho 22,03Acumulado/ano 250,95Em 12 meses 885,38

INDICADORES ^BTN Cr$ 2.265,0595'UPC Cr$ 26.987,32

(3° trimestre)UPF Cr$ 24.971,32Ufir.01.07 Cr$ 2.104,28Ufir diária Cr$ 2.478,86Úfir dia 29.07 Cr$ 2.498,10Ufir dia 30.07 Cr$ 2.517,48TaxaAnbid 1.262,44IBA/CNBV 17.042.778

pontosl-SENN 11.320 pontos'atualizado pela TR acumulada

Ouro Cr$

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Vis* v ¦$ K'*i' {¦ -.y- |i23.07 24.07 27.0&Fonto BM&F

Salario Mini moABrii Cr$ 96 037,33Maio Cr$ 230 000,00Junho Cr$ 230 000,00Jul(io Cr$ 230 000,00

CadernctaMaio dia 01 05 21,6854%.Junho dia 01.06 20,40905%Julho dia 01.07 21,65525%Dia 28 07 21,96680%

IBV (em pontos)

§§^ 10.314 ¦!!

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FGTSMarço AbrilMaioJunhoJulho

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AluguelFator de Correção«e»!í°

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(de |ul/89 a 20/09/90)Comercial IOP '

Julho' Anual: . Semestral

Quadrimestral|§ Trimestral

Bimestral

9,85483,36712,12721,76241,4867

3.4911.2.4353

IQPMJulho9,77973,42412,16741,78551.4886

Negocios

FINANÇAS

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Crédito não ajuda carros

¦ Liberação de financiamentos não aquece vendas porque consumidor evita dívidas¦ Arnniwr»Carina Caldas

e Mário Moreira

A liberação do crédito — autori-zada no início de julho pelo Conse-lho Monetário Nacional — não estáajudando a engatar as vendas decarros novos e usados. Apesar depoder emprestar o quanto quiseremsem limites de prazo, as financeirascontinuam realizando poucas ope-rações de financiamentos de veícu-los. São raros os consumidores inte-ressados em assumir dividas altaspor prazos longos. Principalmenteem função da incerteza que cerca osempréstimos superiores a seis me-ses, com valores corrigidos mensal-mente pela TRD ou IGP-M (índiceGeral de Preços do Mercado), maisjuros de 4% a 6% ao mês.

"Até agora, a liberação do crédi-to não fez diferença. Os prazos au-mentaram, mas os juros estão mui-to elevados, o que assusta oconsumidor", afirma Antônio Ma-nuel Ferreira, gerente de vendas in-terino da Itália Barra, maior con-cessionária Fiat do Rio, onde asvendas em julho

"foram muito pio-res que em junho". Para compensara pouca demanda, a Itália Barraestá oferecendo descontos que che-gam a 20%, como no caso da ElbaWeekend de duas portas, à vendapor Cr$ 47 milhões — o preço detabela é Cr$ 59 milhões.

Na Realce, concessionária

Volkswagen, não houve sequer umfinanciamento este mês. "Nem mes-mo pedidos de informações sobreparcelamento", revela o gerente ge-ral de vendas, Mareio Coelho. "To-dos os carros foram vendidos à vis-ta e 90% para consorciados comcarta de crédito na mão."

Por conta desse perfil de cliente-la, o carro mais vendido foi o GolCL. Apesar de ser um modelo bási-co, o preço de tabela não é nadamodesto: Cr$ 39,3 milhões, mas so-bre esse valor a revendedora vemconcedendo descontos de até 6%."As pessoas estão com medo deassumir compromissos. Quem podecompra à vista. Senão, fica adiandoa troca pelo zero quilômetro", ava-lia ele.

Usados — É justamente esseadiamento que vem deixando omercado de usados à míngua. "Osdonos de carros usados estão retraí-dos, não sabem o que vai acontecerna economia. Estão evitando dívi-

das para comprar o zero quilômetroe, com isso, não colocam os seus nomercado", afirma César Sansão,presidente da Bolsa de Automóveisdo Rio de Janeiro.

As incertezas e a queda do poderaquisitivo, segundo ele, impedemque a liberação do crédito funcionecomo mecanismo de estímulo aomercado de carros Um quadrobem diferente do imaginado pelopróprio governo que, na época daliberação, alegou que a medida be-neficiaria principalmente esse setor.

Apesar da escassez de carrosusadcJs, os preços tiveram aumentopróximo à inflação. Segundo núme-ros da Bravo Software — empresaque controla banco de dados cominformações de revendedoras de to-do o Estado do Rio — um Uno S,ano 90, era negociado, há 30 dias,por Cr$ 19 milhões, mas agora estána faixa de Cr$ 23 milhões(+21%).

Valorização dos usados

Junho/Cr$ j Julho/Cr$ (%)"

Gol CL 88 17 minifies 20 minifies 18%

|| Escort L 89 20 milhfies 25 milhfies 25% |j' ' Uno S 90 19 milhfies 23miihfies 21% ||MonzaSLE9i 54 milhfies 65 miihfies 20%

p Fonto: Bravo Software - rv" •. ¦

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Bom movimento de importados

Preço elevado nãoinibe negócios decarros estrangeiros

Por paradoxal que possa parecer

neste momento de crise, as lojasde carros importados são as que me-nos se queixam das vendas. "O movi-mento só esfriou de duas semanaspara cá, pois de um modo geral estámuito bom. Fechamos em média 25negócios por mês", afirma César Fer-re, gerente de vendas da Allanté, quecomercializa veículos de diversas

marcas estrangeiras. Na Daiissen. re-vendedora autorizada da Mitsubishiinaugurada há apenas 40 dias, as ven-das estão superando a expectativa,segundo o gerente Alexandre Cam-braia: este mês. foram vendidos 20automóveis.

Muitas lojas de importados estãotrabalhando com sistema de leasing,responsável, atualmente, pela maiorparte dos negócios. As prestações,calculadas pelo dólar comercial, in-cluem juros bancários, que em algunscasos ultrapassam 20% ao ano. NaDaiissen. por exemplo, o jipe Pajerot

de quatro portas custa à vista USS 62mil. Pelo leasing, o pagamento é em36 prestações de USS 2.294. "A res-posta do mercado para as operaçõesde leasing está excelente", revelaCambraia.

Na Norcar, o preço do HondaAccord, à vista, é de USS 40 mil. Nosistema de leasing, em 36 meses, ovalor-base pula para USS 42 mil. Damesma forma, o Mitsubishi Eclipsepassa de USS 45 mil para USS 47 mil.O gerente de vendas Paulo de Tarsocalcula que 60% dos negócios sejamrealizados através desse sistema.

Coelho: 90% das vendas foram para consorciados

Juro é muito altoPedro Calcado, diretor da Losan-

go Financeira e vice-presidente daAssociação das Empresas de Créditoao Consumidor (Adecif), afirma queo volume de financiamentos de veícu-los continua baixo, apesar da libera-ção do crédito. Para ele, os consumi-dores se inibem diante de jurosnominais na faixa de 28% a 39% aomês, cobrados nos empréstimos comparcelas prefixadas — a maioria emprazos de até seis meses.

Nessa forma de parcelamento,quem pensa em comprar um zero-quilômetro de Cr$ 50 milhões precisadesembolsar uma entrada de Cr$ 10

Financiamentosi m- ¦ Prestações fixas:

prazos de até seis meses;juros de 28% a 30% ao|mês. 1? Prestações corrigidas: Itrês meses a um ano: TRD*

I + 6% ao mês;mais de um ano: IGP-M

! + 4% ao mês.

milhões (20%) e mais seis prestaçõesfixas de Cr$ 14,5 milhões. No total,são quase dois carros.

Queda chega a 10% em SP

Eleno Mendonça

SÃO paulo — As vendas deautomóveis zero quilômetro eusados caíram desde a semanapassada à média de 10% no mer-cado paulista. Nas revendas inde-pendentes e autorizadas, os negó-cios só acontecem a partir dedescontos, que podem chegar a18% do valor de tabela. Naul Oz-zi, diretor de marketing da Carai-gá (revenda Volkswagen), diz queo movimento este mês está muitofraco. "Só mantemos a média acusta de desconto."

A estratégia das empresas, se-gundo Ozzi. é reduzir custos epariu para o desconto na prática,na mesa de negociação com ocliente Até mesmo o Gol CL.carro mais vendido no país e queexige pouco esforço de venda, estásendo comercializado com preço10% inferior. "Ao vender um Golcom 10% de desconto, estamosqueimando a margem de lucro.Apenas revendas com grande es-

toque e que não querem amargaro prejuízo do custo financeiro,diante dos elevados juros, é queconseguem atuar dessa maneira",explicou.

O objetivo das concessionáriasé livrar-se do encalhe, por leme-rem também a recessão e o apro-fundamento da crise política. Asvendas só se mantêm, mesmo comdescontos, diante da ameaça deum aumento de 5% caso o Con-faz não cheque à unanimidadeque permita a renovação do acor-do em torno da redução de 18%para 12% da alíquota do ICMS.Em alguns modelos, como oApullo. a tabela sofre redução de18%. informou o diretor da Ca-raigá O preço final do modeloGL (CrS 54 milhões), assim, ficaigual ao do Gol GL, carro consi-derado tecnologicamente menossofisticado.

Segunda mão — Os carrosusados na Caraigá também tive-ram redução de vendas, calcula-da em cerca de 10%. A expecta»

tiva e que esta semana o ritmovolte ao normal, diante do fatode que novos aumentos devemsair apenas por volta do dia 10 deagosto. "Nos novos, sem descon-to, teríamos registrado queda de20%."

Mauri Misaglia. da Trans-Am(Chevrolet) diz que a semana pas-sada foi muito fraca. "O desem-penho ficou frio, como o clima."Até dia 18, observou, o movimen-to estava bom, mas a partir doaumento de preços do dia 20 só seconseguiu vender com descontosvariáveis de 8% a 10%, depen-dendo do estoque. As vendas dosveículos usados também pararam,pelo preço alto e também em fun-ção do momento político

A Trans-Am vende por mêsuma média 85 a 90 veículos"Neste mês, se chegarmos a 78está bom. Hoje parece que houvepequena melhora, mas ainda é ce-do para comemorar ou dizer se asmetas históricas serão cumpri-das."

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2 ® Negócios e Finanças • terça-feira, 28/7/92 >TOT,JORNAL DO BRASIL

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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

SUPERINTENDÊNCIA DO PORTO DE TUBARÃOAVISO DE LICITAÇÃO

TOMADA DE PREÇOS CSL-SUPOT/EXT-12/92OBJETO: Prestação de Setviço6 Tócnia* de Consultoria e FiscalizMeio Ambiente nos Terminais Marítimos da CVRD - ESTABELECIMENTO DECOMÉRCIO EXTERIOR, localizados na Superintendência do Porto e Cais dePaul, nos Municípios de Vitória e Vila Valha, respectivamente, Estado do EspiritoSanto. Maiores informações poderão ser obtidas em EDITAL publicado no DIÁRIOOFICIALDA UNIÃO, nos dias 28,29 e 30.07.92 e no DIÁRIO OFICIAL DO ESTADODO ESPIRITO SANTO, no dia 28.07.92.

COMISSÃO SETORIAL DE LICITAÇÃO

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SECRETARIA DEHABITAÇÃO ESANEAMENTO 55

COMPÉSA

AVISO

EDITAL DE CONCORRÊNCIA

PÚBLICA N° 008/92 - DA' 'A COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO — COMPESA, convida asempresas interessadas a participarem da CONCORRÊNCIA N° 008/92 - DA, referen-

, te à prestação de serviços de Assistência Médica aos empregados da COMPESA eseús dependentes diretamente e/ou através de credenciamento ou convênios, emtodo o Estado de Pernambuco.•"Os documentos relacionados com a CONCORRÊNCIA, que incluem as condiçõesque a regulamentam, estarão â disposição dos interessados para eventuais consultas e' aquisições no seguinte endereço: Av. Cruz Cabugá, n° 1387 - Santo Amaro - Recife -PE', A aquisição do Edital da CONCORRÊNCIA será feita mediante o recolhimento à. Divisão de Tesouraria da COMPESA da importância de Cr$ 300.000.00 (trezentos mil

, cruzeiros), no endereço acima mencionado no período de 28/07/92 a 27/08/92, nohorário de 08:00 ás 12:00 e de 14:00 às 18:00 horas.

!

A's- propostas dos interessados deverão ser entregues no mesmo endereço no diar-31 /08/92 às 09:00 horas, em reunião pública, perante a Comissão de Licitação.Recife, 24 de julho de 1992

Uví-.- JÜLIO M.G. BARBALHO CAVALCANTIPresidente da Comissão Permanente de Licitação CPL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOCENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

CELSO SUCKOW DA FONSECAAVISO DE LICITAÇÃO

TOMADA DE PREÇOS N8 002/92Objeto: Contratação dos serviços de conservação e limpeza das depen-dências do CEFET/RJ conforme Edital à disposição na Seção de Com-pras deste Órgão. Data: 17 de agosto de 1992, às 10 horas, recebimentodos envelopes contendo os documentos referentes a habilitação e pro-posta. Local: Av. Maracanã, 229 - Bloco "L" Sala L-105.

Rio de Janeiro, 17 de julho de 1992Nilton Tavares Souza

Presidente Comissão de Licitação

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOCENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

CELSO SUCKOW DA FONSECAAVISO DE LICITAÇÃO

TOMADA DE PREÇOS N8 003/92Objeto: Contratação dos serviços de recuperação e criação de espaçosfísicos, nas dependências dp CEFET/RJ, conforme Edital à disposição naSeção de Compras deste Órgão. Data: 18 de agosto de 1992, às 10 ho-ras, recebimento dos envelopes contendo os documentos referentes ahabilitação e proposta. Local: Av. Maracanã, 229 - Bloco "L" Sala L-105.:- Rio de Janeiro, 17 de julho de 1992

Nilton Tavares SouzaPresidente Comissão de Licitação

©LightServiços de Eletricidade SA

GovernodoBrasü

.' CGC-60.444 437/QOQ1 -4feMINISTÉRIO

0E MINAS E ENERGIA

COMPANHIA ABERTA

Etetrobrás VAVISO DE EDITAL

TOMADA DE PREÇOS N2 DPN.T-4300-0004/92

LIQHT • Sorvlços de Eletricidade 3.A. lorna público que, nos termos do Decreto-Lei n® 2300, de 21/11/86 e suas alteraçfies, Regulamento de Habilitação, UoltaçAoo Contratação da EletrobrAs, e normas Internas reoeberA, na Av. Marechal Floria-no, 168 - Térreo - Qulchè n' 11, nesta cidade, diariamente de 09:00 às 16:00 ho-ras. até a data limite de 13/08/92, propostas lacradas para o serviço a seguir des-crJto:TOMADA OE PREÇOS4300-0004/92de 22/07/92

SERVIÇOSubstituição de cabo pára ralosem linhas de transmissão

As propostas serSo abertas pela Comissão de Tomada de Preços-Servlgos, no dia14/08/92 fts 9:00 horas na Av. Marechal Florlano, 168 - térreo - sala A 9B. O con-trato serfi de empreitada por preço global, sendo o critério de julgamento o demenor preço, com prazo de vigência de 120 (cento e vinte) dias consecutivos e de6.0 (sessenta) dias a validade da proposta.é condlçRo básica para se habilitar a prestação do serviço, estar o proponente,cadastrado na LIGHT, no Código de Classlflcaçfto de Serviços n9 0400-03-7, NfvelII, até a data limite de entrega das propostas.ObtençBo da especificação e esclarecimentos: Áv. Ernanl Cardoso, n> 120 Casca-dura, nesta cidade, a partir de 28/07/92, das 09:00 âs 16:00 horas.Departamento de Produçlo Norte

IZ

LightServiços de Eletricidade SA

CGC-60 444 4J//000 » 46 COMPANHIA Aü( RT A

Governodo Brasil

MINISTÉRIO ." oi MINAS e energia Eletrobrás VAVISO DE EDITAL NB ACR.C-0052/92

LIGHT • Serviços de Eletricidade S.A. torna público que, noe termos doRegulamento de Habilitação, Licitação e Contratação da Eletrobrás, pu-bllcado no Diário Oficial da Ur.lâo em 07/00/91, e, subsldiarlamente, noque couber, no disposto no Decreto-Lei n» 2300 de 21/11/80 e suas alte-raçfiee, receberá diariamente, até às 16:00 horas do dia 11/08/92, na Av.Marechal Florlano, 108 - térreo - gulchd n» 11 nesta cidade, propostas emInvólucro lacrado, para execução do seguinte serviço:

TOMADA DE PREÇOSTP-DC-3390-1073/92

OBJETOConstrução de rede aârea de distribuiçãode energia elétrica.

As propostas serão abertas pela Comissão de Tomada de Preços-Serviçono dia 12/08/92 às 9:00 horas na Av. Marechal Florlano, 168 - térreo -ertrada A9/B. E condição básica para se habilitar ao fornecimento do ser-vfço, estar o proponente, até a data da apresentação das propostas, como cadastro regularizado na Llght, na classe comercial de serviço n9-0400.02-4, nível I.Os Editais encontram-se ô disposição dos Interessados na Seção de Pro-gramação e Controle Vale do Parafba, na Rua Angélica, 271 - Barra dcPlraf - das 9.00 às 16:00 horas, atô o dia 07/08/92, mediante pagamentonâo reembolsável, de CrS50.000,00 (cinqüênta mil cruzeiros).

DIRETORIA COMERCIALT COMISSÃO DE TOMADA DE PREÇOS - SERVIÇO

Embraer acredita na

vitória do Tucano H

Ozires Silva

BRASÍLIA —Odiretor-superin-tendente da Em-braer, Ozires Sil-va, disse ontemque o Tucano H,novo modelo,mais moderno epotente, do aviãode treinamentomilitar Tucano,tem grandes chances, por sua altaqualidade, de vencer a concorrênciaaberta pela Força Aérea e Marinhados Estados Unidos, no valor deUSS 4 bilhões, para fornecimento de600 a 800 aeronaves de treinamentomilitar.

A afirmação de Ozires foi feitaem discurso na solenidade em que oTucano H foi apresentado ao presi-dente Fernando Collor de Mello, naBase Aérea. O presidente recebeu dodiretor-superintendente da Embraeruma maquete do Tucano H e inspe-cionou o modelo, cujo maior adver-sário, na concorrência da Força Aé-rea e da Marinha dos EUA, será oPilatus suíço, em associação com aBeechcraft.

O Tucano H está concorrendoem associação com a Northrop eontem mesmo seguiu para os Esta-dos Unidos, onde realiza 150 vôosde demonstração para a Força Aé-rea e a Marinha. Os editais da con-corrência serão publicados em mea-dos de 1993 e o resultado serádivulgado no início de 1994. As en-tregas ocorrerão entre 1996 e 2004.

Bimotor — O presidente da Re-pública também inspecionou o protó-tipo do CBA-123 Vector, um bimotortiirboélice substituto do Brasília. OCBA, um projeto conjunto desenvol-vido pela Embraer e a FMA (FabricaMilitar de Aviones), da Argentina,acompanhará o modelo do Tucano Hnos vôos de demonstração nos Esta-dos Unidos, como avião dè apoio notransporte de pessoal, equipamentose ainda peças sobressalentes.

Participaram da solenidade na Ba-se Aérea, além dos três ministros mi-litares e adidos militares de algumasembaixadas, os ministros da Econo-mia, Marcílio Marques Moreira, e daJustiça, Célio Borja.

Gaúchos fecham estrada

\ PORTO ALEGRE — Para pressio-narem a retomada das obras da usinatermoelétrica Jacuí I, os moradoresda cidade de Charqueadas (RS) blo-quearam ontem, durante três horas, aBR-290, no km 100 (altura daquelemunicípio), colocando caminhões ejogando 60 toneladas de carvão narodovia, queimando-as junto comrestos de borracha. O ministro deMinas e Energia, Pratini de Moraes,disse ontem que a retomada da JacuíI depende do Senado aprovar a Leide Concessão de Serviços Públicos, afim de poder realizar licitação queleve à exploração futura da usina,numa parceria entre poder público einiciativa privada."Esta lei já foi aprovada na Cã-mara dos Deputados, falta o Senado,que está com a legislação para análisehá um mês. Mas enquanto não ocor-re a aprovação da medida, já estouconversandó cçm representantes dainiciativa privada, que manifestaraminteresse na exploração conjunta dausina. E isto pode ser garantido comfinanciamento do Banco Mundial",acrescentou Pratini de Moraes. ACopelmi Mineração já manifestou in-teresse em participar da parceria.

Gasodutos — A manifestaçãodo ministro foi a resposta rápida aomovimento de protesto dos morado-res de Charqueadas — um dos pólosda região carbonífera do Rio Grande

do Sul —, que ontem surpreenderamos patrulheiros da Polícia RodoviáriaFederal bloqueando a BR-290 a par-tir das llh. Eles colocaram cami-nhões atravessados e derramaram napista o equivalente a dois caminhõesde carvão, incendiando-o. Os mani-festantes só permitiram a passagemde ambulâncias e caminhões com car-gas perecíveis. A policia orientou osmotoristas a pegar um desvio na BR-386 ou na RS-240, o que significavaum aumento de mais 100 quilômetrosno trajeto Porto Alegre-Uruguaiana(fronteira com a Argentina).

_ Mas no início da tarde, após umasérie de negociações, o bloqueio foisuspenso e a rodovia reaberta ao trá-fego normal de veículos. Os manifes-tantes querem a retomada das obrasda Jacuí I, no município de Butiá (aolado de Charqueadas), já que a suaparalisação, há dois anos, deixou2.500 desempregados.

Por outro lado, o ministro Prati-ni de Moraes informou prever a liei-tação das obras do gasoduto da Bo-lívia até São Paulo para o primeirotrimestre de 1993, entrando em fun-cionamento após o período normalde construção, que deve durar doisanos. Ele rejeitou criticas de que es-taria priorizando o gasoduto boli-viano em detrimento ao gasodutoArgentina-Brasil.

INSSINSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

MINISTÉRIO DA PREVIDENCIA SOCIAL

AVISOO INSS, através do Chefe da Divisão de Engenharia e Patrimônio

do Rio de Janeiro alerta aos interessados, que dia 30/07/92encerra o prazo para recolhimento da caução, referente a venda dosimóveis relacionados na Concorrência SFRJ-01/92 que será reali-zada dia 05/08/92.

Lembramos ainda, que o Edital se encontra a disposição na RuaPedro Lessa, 36 —11° — sala 1103.

DIVISÃO DE ENGENHARIA E PATRIMÔNIO

KSS9t

[PSSKBjcoI

SECRETARIA DEHABITAÇiO ESANEAMENTO ss

COMPESA

AVISOEDITAL DE CONCORRÊNCIA PÚBLICA N° 009/92 - DF

A COMPANHIA PERNANBUCANA DE SANEAMENTO — COMPESA, convidaas empresas interessadas a participarem da CONCORRÊNCIA N° 009/92 — DF.referentes à prestação de serviços de Leitura de Hidrômetros através de Terminal Portátil— MICRO COLETOR DE DADOS, Atualização de Informações Cadastrais, Entrega deContas e Avisos de Débitos, Cortes e Religações de Ramais Prediais de Água.Os documentos relacionados com a CONCORRÊNCIA, que incluem as condiçõesque a regulamentam, estarão à disposição dos interessados para eventuais consultas eaquisições no seguinte endereço: Av. Cruz Cabugá, n° 1387 — Santo Amaro —Recife — PE.A aquisição do Edital da CONCORRÊNCIA será feita mediante o recolhimento àDivisão de Tesouraria da COMPESA da taxa de inscrição no valor de Cr$ 500.000,00(quinhentos mil cruzeiros), no endereço acima mencionado no período de 28/07/92a 27/08/92, no horário de 08:00 às 12:00 e de 14:00 às 18:00 horas.Os trabalhos serão contratados com recursos próprios da COMPESA.As propostas dos interessados deverão ser entregues no mesmo endereço no dia31 /08/92 às 15:00 horas, em reunião pública, perante a Comissão de Licitação.

Recife, 24 de julho de 1992JÜLIO M.G. BARBALHO CAVALCANTI

Presidente da Comissão Permanente de Licitação CPL

ESTADO DE MINAS GERAISSECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA

OFERTA DE TÍTULOS PÚBLICOS ESTADUAISLETRA FINANCEIRA DO TESOURO DE MINAS GERAIS - LFT/MGA Superintendência Contrai do Tesouro Diretoria do Cródito Pública da Secretaria de Estado daFazenda iaz saber às instituições financeiras e ao público em geral que o COMUNICADO DCP N° 062, de27.07.92, encontra-se à disposição dos interessados na Secretaria de Estado da Fazenda — DCP. Praça daLiberdade. s/n°. Térreo, em Belo Horizonte e na Rua Gonçalves Dias. n° 46, 3o andar. Centro. Rto de Janeiro.O referido COMUNICADO trata da Oferta Pública de LFT—MG com as seguintes características:

CÓDIGO511826DATA BASE0308.92 VENCIMENTO QUANTIDADE01.08.97 147.750.452.773As propostas serão recebidas no dia 29 07.92. até às 17.00 horas, nas condições estabelecidas nomencionado COMUNICADO

Belo Horizonte, 27 de Julho de 1992Superintendência Central do TesouroDiretoria do Crédito Público

Assinatura Jornal do BrasilRio de Janeiro'

IMTE Rftl ACIONAI. T"

Japão reduz sua taxa

de juro

no redesconto

TÓQUIO — O Banco do Japão,instituição que funciona como Ban-co Central, reduziu ontem em meioponto percentual sua taxa de juros,para 3,25% ao ano, numa agressivatentativa de incentivar o crescimen-to da segunda maior economia domundo. A redução incide apenassobre a taxa de redesconto, utiliza-da nos empréstimos do Banco doJapão para as instituições privadas.Espera-se, no entanto, que estastambém reduzam suas taxas nosempréstimos ao mercado, aumen-tando a liquidez—isto é, a disponi-bilidade de dinheiro na praça, e fa-cilitando assim a realização denegócios.

Esta é a quinta vez que o Japãoreduz o juro no redesconto desdejulho do ano passado. Agora a me-dida dá seguimento a tentativas doprimeiro-ministro Kiichi Miyazawade acalmar o mercado, após umasemana nervosa em que o índiceNikkei, que mede a variação dasprincipais ações da Bolsa, caiu

dp)

6,3%. Pelo menos no mercado lcapitais, a providência surtiu eTeitinverso ao desejado: ontem tf ^Nilkei desvalorizou 0,8%, fechando15.373,34 pontos, depois de tèr acançado 24.000 no final do anapas-sado. O presidente do Banco d dJapão, Yasushi Mieno, havia ditoque o corte na taxa, combinadj)com outras medidas, geraria efeitospositivos na economia. Si

Até recentemente, o Bancb dóJapão se recusava a utilizar oâ ins -trumentos de sua política monetári ípara aumentar a liquidez porqueconsiderava que os efeitos do cort;dos juros de Io de abril ainda nãoestavr.m esgotados. A acentjiadhdesvalorização do mercado dêteap -tais, entretanto, fez com que seusdirigientes mudassem de idéia. ^providência tomada ontem deveraauxiliar instituições bancárias'qiíelutam para receber maus empréstj-mo estimados em 10 trilhões' dle itj-nes, ou USS 80 bilhões. j

-rr—j

Dívida da privatização!

Alemanha vai ter

que arcar comUSS 90 bilhões

ATreuhand, instituição com

a responsabilidade de tocaro gigantesco programa alemãode privatização, deve chegar aofim deste ano devendo 135 bi-lhões de marcos, ou USS 90 bi-lhões. A dívida é representadapela consolidação dos compro-missos financeiros de todas asempresas da antiga AlemanhaOriental que estão à venda e pe-Ias despesas decorrentes de suamanutenção, enquanto não apa-recem compradores, segundo in-formou ontem Franz Wausch-kuhn, porta-voz da Treuhand.

As primeiras estimativas, oti-mistas, chegaram a situar a dívi-da em 100 bilhões de marcos, ouUSS 66,6 bilhões, para o fimdeste ano. Wauschkuhn explicouque a nova previsão, dando con-ta dos USS 90 bilhões, ainda nãoleva em consideração o custo dosaneamento ambiental das áreasonde estão situadas as empresasa serem privatizadas — muitasdelas em acelerado processo dedegradação ecológica, após 40anos sem respeitar praticamente

ípanenhuma regra de proteção >aomeio ambiente. ob

Na semana passada a prèsí-dente da Treuhand, BirgitBreuel, havia estimado que a di-vida total do organismo chegariaa 200 bilhões de marcos, ou USS133,3 bilhões, no final de 1994.Nesse ano as maiores empresásherdadas do regime comunista játerão sido vendidas à iniciativaprivada. A Alemanha luta paraaumentar a competitividade desua indústria e para introduzirna parte Leste, no menor tempopossível, princípios de livre nidr-cado que fizeram de sua ecohb-mia a terceira maior do mundo.

As principais preocupaçõesda Alemanha ao tentar elevar aprodutividade de sua indústrianão são mais fazer frente à eco-nomia dos Estados Unidos mas,sim, desafiar o Japão. Ontem, foidivulgada uma pesquisa realiza-da pelas 47 câmaras de comércioe indústria alemãs no mundo in-teiro. Segundo o estudo, o Japãoconseguiu conseguiu consolidarem 1991 suas posições em quüsetodos os mercados externos, ele-vando sua cota com exportaçõesde 8,2% para 9,8%, Enquahtoisso, a Alemanha demorou dézanos para elevar sua participa-ção de 10,6% para 12,6%.

INDICADORES INTERNACIONAISmâm

| Variacao [| Recorde de If Records da fj¦-tmmmsm :, s: alta

em 92 baixa em 92 |

T6quio(Nikkej) 15.373,34 -0.8% 23.801,18 15.497,79

f Nova lorque1 (Dow Jones) 3.282,20 -0,11% 3.413,21 3.172,41

LondresliFTSE) 2.348,0 -1,2% 2.737,8 2.377,2

FrankfurtI (DAX-30) 1.618,09 +7,60pts 1.811,57 1;578,7a

Hong Kong M""(Hana Sera) 5.664,39 ...-108,37 pts 6.082,70 4.301,78:

Fonte: agências de noticias

. ; Ontem |-\Anterior|• '-.'smBBmsssfer-H

jene 127,68 127,66 |I Marco 1,4860 1,4950

Franco 5,015 5,065 1. Franco sui^o 1,312 1,325

Libra* .I.'?115. 1-8995

J li ra 1.122 1.134Ddlar cana dense n.d. n.d.

I Florim 1,675 1,689 I| Coroasueca 5,376 5,441 §

Eecudo 125,30 126,80 1Peseta 94,50 95,35 I

| Cruzeiro 3.957 3.957 |Peso argentino n.d. n.d. >Pesourugualo 3.095 3.100

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Ouro (USe/onç.•ü» &V- , -o; 4mm Ontem

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Anteriormm

Nova Iorque 358,40 357,60(Handy and¦ Harmon) ¦, j

f Zurique 358,60 357,90.Tj^itoiig jjiuB

-mem*:Fonte: agências de notícias

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Fonte: agências de noticias (Londres)* uma libra compra USS 1.8995

J taresEmissão! Fecha.! Um ano(90 dias) monto atrás

Tesouro 3,17% 5,59% %C"D."

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C. Paper 3,42% 6,03% fEuroddlar 3,44% 6,13%Libor 3,05% 3,08%

(Hl>ra* por t) Ontam r| Anterio, ySfiwaíwt SStow •Sr

Café(aet) 729,00 jSS.oü!Açúcar (out) 221,80 221,40(CaMu(set) 610,00 608,00]Trigo (noy) 115,30 Í13,45l

I Suco de laranjaí (julho)" n.d. "'n.d.l

• ,:\-vFonte: EFB (Londres): * em dólares por jtonelada; " em centavos do dólar por li-bra-peso (UPI, Nova Iorque)

etróleo*- . mm.

Ontem Anttrioti|

Londres 20,55 20,80Fontes: The Wall Street Joornai (17ift92): \' AP Dow Jones Fonte EFE. cotação ao Cieo cru tiooGrerr par.i entrega err agosto

terça-feira, 28/7/92 « Negócios e Finanças • 3

INFORME ECONOMICO

Ducha fria

A assessoria econômica do Ministério da EconomiaL<-pão está apenas acompanhando com muito interesse o' ' debate em torno do programa de estabilização argentino.

Qs assessores do ministro Marcílio Marques Moreira1,;. receberam até com satisfação a notícia de que a União

|<i/Industrial Argentina (UIA, a Fiesp portenha) passou ar questionar a política de câmbio fixo do ministro Domin-

>go Cavallo, sob o argumento de que a defasagem cambialhcqestá estimulando demasiadamente as importações e blo-I'-' queando as vendas ao exterior.

fcC Não se trata de torcer contra o sucesso da políticahjlcantiinflacionária argentina, explica um técnico do Minis-

tério da Economia. Mas bastou surgirem as primeirash .notícias de que nem tudo vai tão bem no país vizinho para

hii que diminuíssem as pressões sobre a equipe economica./ para que também, por aqui, fosse adotado um programa

•! "-de dolarização da economia. Sugestão que, sabidamente,riG não conta com nenhuma simpatia do ministro Marcílio.

:|bíi !,«

fc ProfeciasA palestra do secretário de

assuntos estratégicos, Eliezer73 .• Batista, para cerca de 100 execu-l,p tivos, empresários e consultores[; > da Associação de Promoção de

Estudos de Economia (Apec),ontem, na sede da Fininvest, noRio, sugeria uma conversa fran-

—ca sobre o futuro imediato dopaís. Ledo engano. Eliezer dis-correu uma hora expondo seus"bem arquitetados projetos táti-cos para o longo prazo. Resulta-do: metade dos executivos saiudo encontro encantada com a.capacidade do secretário de fa-

, zçr seus interlocutores pensarem;no longo prazo. A outra metade

f.|>aiu espantada com o pendor>quase profético de Eliezer. Afi-tnal, ter tantas certezas a longoprazo numa época em que mal se

J sabe como será o dia seguinte,não é para qualquer um.

De dar inveja

Enquanto a Fipe anunciavaum índice de inflação de20,65% para a segunda qua-drissemana de julho, a publica-ção Acceleratioiis, do CreditLyonnais, também divulgadaontem, trazia uma tabela coma inflação em alguns países. Ebom conferir:

Estados Unidos 3,2%Japão 2,4%Alemanha 4.6%França 3,1%Grã-Bretanha 4,3%Itália 5,5%Canadá 1,7%Holanda 4,4%

São todas elas inflação acumula-da nos últimos 12 meses.

00 '

Quem acompa-rtliassc o comporta-mento dos ativos fi-nanceiros queespelham a expectati-Va dos investidores

'¦ assistiria, ontem, umquadro raro no mer-cado, assim como se,de repente, estivessem'• todos sem ver um pai-•'fno à frente do nariz.

¦Os cinco produtosronde se concentra aespeculação financei-

'Jii' '

Cheia de gás^ A Shell tem bons motivos pa-ja comemorar os resultados das

. vendas de gás natural nos postosdo Rio e de São Paulo. Nas duaspraças, atuando há apenas doismeses, a empresa é líder. No

„_Rio, ficou com 36% do merca-do, cabendo 33% à Ipiranga e

.31% à BR. Em São Paulo, a|| jjfafia é maior: 60%, deixando o!}--> restante para a Ipiranga. No

mês passado, a Shell vendeu,r"fios postos cariocas, 130 mil

metros cúbicos de gás e, em SãoPaulo, 142 mil metros cúbicos,.xa .

Cego e mudo

ra — juros futuros,câmbio futuro, bolsa,dólar paralelo e DFA— quase não se mexe-ram. Apenas o dólarparalelo mostrouuma minúscula altade 1% e a bolsa umaalta de até 4%, mas ovolume de transaçõesfoi o menor do ano.No Rio foram nego-ciados Cr$ 41 bilhõese, em São Paulo, Cr$157,6 bilhões. Comoos especuladores ex-

pressam suas opinioessobre o futuro em ci-ma desses ativos, po-de-se dizer, sem medode errar, que, ontem,estavam sem a mini-ma expectativa futura.Na dúvida, preferi-ram brincar de está-tua, paradinhos namesma posição. E as-sim ficaram diante datelevisão, abandonan-do, temporariamente,as telas dos vídeos.

Nova eraA Salles Interamericana

de Publicidade está compran-do, por US$ 400 mil, um sis-tema de computação gráficaque promete incrementar suaarea de criação na era dosbits e bytes. O produto é oprimeiro negócio fechado pe-la nova divisão da Fotoptica,que passa a representar noBrasil os produtos da NPS,dos EUA, especializada emprodução gráfica por compu-tador. Os micros atuais jápermitem criar imagens tridi-mensionais, fazer animações,fusões, editar imagens de fo-tografias ou vídeo. De formamais rápida e a custos meno-res do que nas ilhas de efeitosespeciais. Uma verdadeiraloucura.

No papel

? Do ex-ministro Delfim Netto(foto): "Todo mundo hoje está

>'-num estado de tal perplexidade"que a melhor coisa a fazer é|„~ manter uma reservinha. Nin-

guém tem emprego garantido esequer sabe como as coisas vão

êv,evoluir. Principalmente as pes-pr, soas mais simples: só lêem asL manchetes dos jornais quando o|, ônibus passa em frente às ban-

tas, ficam desinformadas e, ànoite, recebem o noticiário comum tratamento, muito mais levepela televisão. É um pânico só."

Está decidido o esquema fi-nanceiro que até agora empaca-va o projeto de duplicação daCenibra — Celulose Nipo-Brasi-leira. Dos USS 790 milhões exi-gidos pela obra, USS 250 mi-lhôes serão de recursos próprios,USS 110 milhões virão de ban-cos japoneses, USS 110 milhõesdo BNDES, USS 180 milhões doFundo de Reciclagem e USS 50milhões de aportes de capital.Localizada em Minas, a empresapassará de uma produção de 350mil toneladas anuais de celulosepara 700 mil toneladas, destina-das basicamente à exportação.Em 1994 estará prontinha.

í ! PELO MERCADO

O anteprojeto daLei de Falências eConcordatas será otema do debate mar-cado para hoje, às

|õ; .J7h, na sede da Or-dem dos Advogadosdo Brasil. Os confe-rencistas serão o juiz

- Paulo César Saio-mão e os advogadosAlfredo BumacharFilho e Jorge Lobo.¦ O presidente Col-lor é, desde ontem, omais novo proprie-tário de um avião

;ivTucano H. último

rebento a sair da li-nha de montagem daEmbraer. A maquetelhe foi dada pelo di-retor-presidente daempresa, Ozires Sil-va. Não chega a serum Morcego Negro,mas o Tucano H vaidisputar mercadonos EUA.¦ Poucos sabem queo pedido de esclareci-mento feito pela CPIsobre a movimenta-ção bancária do ex-secretário do presi-dente Collor, Cláu-

dio Vieira, só chegouàs 19h40 de sexta-feira ao Banco Cen-trai. Só hoje, portan-to, o BC pode pedirao sistema bancárioas informações dese-jadas pelos paria-mentares. Como odepoimento de Vieirafoi adiado por 72 ho-ras, as informaçõeschegarão bem na ho-ra, quentinhas. Pode-se dizer que a suspen-são do depoimento deontem veio a calhar.

d,0». Míriam Lage, com sucursais

Inflação de julho

mostra recuo

¦ Prévia da Fipe atinge 20,6% e fica 1,8 ponto percentual abaixo do de junhoSÃO PAULO — A inflação teve

queda inesperada na segunda semanade julho, segundo informou ontem aFundação Instituto de PesquisasEconômicas (Fipe), da USP. A taxaficou em 20,65%, um recuo de 1,8ponto percentual em relação aos22,45% registrados no fechamento dejunho. Para o economista Juarez Riz-zieri, diretor da Fipe, essa reduçãosignificativa se deveu basicamente àdiminuição de preço detectada nosvestuários femininos. De uma pesqui-sa para outra, ou seja, da primeirapara a segunda quadrissemana destemês, esse grupo experimentou quedade 23,93% para 8,82%. Até o final do

mês, contudo, deverá haver certoequilíbrio de preços e o índice finaldeverá ficar ao redor dos 20,6%.

No grupos que compõem a taxada Fipe, vários apresentaram um rit-mo mais moderado de aumento depreços nesse segundo período de ju-lho. Alimentação caiu de 19,19% pa-ra 18,93%; habitação passou de21,28% para 20,29%; educação ficouem 22,72% contra 24,24%. Vestuá-rio, incluindo-se roupa masculina, re-gistrou evolução de preços de16,58%, ao passo que na pesquisapassada havia subido 24,59%. A que-da no mês de 1,8 ponto percentual,até agora, não significa que a inflação

Supermercados vão

repassar aumentos

As indústrias fornecedoras volta-ram a majorar os preços de seus pro-dutos — em vários casos a níveis bemsuperiores à inflação — e os super-mercados cariocas iniciam o repassedos reajustes (veja a tabela) aindaesta semana. A afirmação é de AyltonFornari, presidente executivo da As-sociação de Supermercados do Esta-do do Rio de Janeiro (Asserj).

Segundo levantamento realizadopela entidade entre a semana encerra-'da em 23 de julho e as três semanasanteriores — o que inclui a últimasemana do mês passado —, os produ-tos alimentícios Ficaram 25,89% maiscaros, enquanto a variação observa-da para os de higiêne, limpeza e bazarfoi de 19,89%. No geral, a alta acu-mulada-foi de 24.95%.

Neste mesmo período, conformepesquisa que registrou as variaçõesfixadas pelas centrais de compras dasprincipais redes de varejo do GrandeRio, os supermercados aumentaramem 19,2% os preços dos itens alimen-tícios e em 15,75% os não alimentí-cios. Estes percentuais significam queo consumidor se deparou com altageral de 18,68%. Os produtos quemais contribuíram foram: ovos(40,14%), feijão (36,17%), detergentelíquido (32,75%) e sabão em barra(27,24%)."Os preços voltaram a subir acele-radamente para nós, e o repasse é

Adriana Caldas

8^jfljp

Fornari: preço na industria

inevitável, pois nossas margens de lu-cro já estão sacrificadas ao extremo",observou Fornari. Comentou, ainda,que apenas as empresas de varejo quedispõem de estoques significativos,ou programaram promoções espe-ciais, puderam retardar o repasse dospreços para o consumidor."Não sei a quem atribuir realmen-te a responsabilidade por essa novatendência de alta. Os pecuaristas ale-gam que a arroba do boi está equili-brada com as cotações do mercadoexterior. Seria necessário investigarjunto às indústrias o que está aconte-cendo. Será que os insumos tambémestão sofrendo majorações acima dainflação?", perguntou.

Aumentos na indústria(*)

Produto

Si MVariação (%)

(*) Preços coletados peta Asserj entre a semana encerra-da em 23 de Julho e as trôs semanas anteriores.

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CEP 20.001 - RIO - PREÇO: CrS 300.000,00.

medida pela Fipe ficará abaixo de20% no mês."Pela lógica, seria previsível espe-rar uma queda de 1,8 no segundoperíodo, mas devemos considerar quea tomada de preços de roupas femini-nas se deu antes de o frio entrar paravaler e também que o preço das car-nes começa a subir, diante da chega-da da entressafra. Isso já começou ase verificar no atacado", explicouJuarez Rizzieri. Segundo ele, as tari-fas públicas e a forma de reajustarpreços de setores pouco competitivos(monopólios e oligopólios) é quemantêm a taxa de inflação acima de20%.

INFORMAÇÕESQUE PODEM ESTAR

DO SEU LADO

Período (%)VX > V... •

; 3* semana de junho> | Fechamento de junho11.1* semana de julho

, 2a semana de julho

22,70

22,45

21,45

20,65

l Fonte; Fipe

Vendas no comércio

caem 30,7% no Rio

As vendas no comércio do GrandeRio caíram 30,7% no primeiro se-mestre deste ano, em comparação aigual período do ano jpassado, infor-mou a Federação do Comércio Vare-jista do Rio. Apenas os segmentos deconcessionárias de veículos e materialde construção apresentaram resulta-dos positivos no semestre. Enquantoo setor de concessionárias cresceu4,92%, o de construção subiu 2,77%.Os piores resultados ficaram com aslojas de utilidades domésticas, queapresentaram queda de 64,7%, e au-topeças, com redução de 63,6%. "Ocomércio no Rio sofre com a reduçãonas encomendas das estatais e a con-

corrência desleal dos camelôs", dízMozart Amaral, presidente da fede-ração. ¦ :

Amaral aposta ainda na queda dopoder aquisitivo do carioca, fruto diirecessão e redução da massa salarialna economia. A pesquisa abrangeu1,2 mil pontos de venda e foi á rnafscompleta realizada até hoje pela entl-dade. Em relação ao mês de maio pjunho do ano passado, as vendastambém apresentaram queda. Nacomparação mês a mês, a redução fôide 7,62% e 45,7%, respectivamente.Devido á greve do IBGE, o deflatórpara cálculo dos índices foi estimadoem 21%. •

I< o • ••• ...;- .-AV ^ I

Ramo de atividada :—

Comércio varejistaLojas de departamentoLojas de utilidades domésticasConcessionárias de veículosClne-foto-som-ôtlcasMóveis e decoraçõesAutopeçasVestuárioTecidosCalçadosSupermercadosFarmácias e perfumarlasMaterials de construção

Fonte: Federação do Comércio do'Detlator estimado em 21%.Rio

Comparativo ianeiro/junho/91 . |§janeiro/junho/92 *

(30,75%*)""'"(47,20%)(52,59%) '

4,92% '(64,76%) - 1(45,23%) |(63,60%)(37,72%) '(58,95%) - 1(61,60%) -;(48,06%),-.(21,18%) .

2,77%

Ligações telefônicas

têm reajuste de 22%

BRASÍLIA — Desde ontem as ligações telefônicas e os serviços detelecomunicações em geral estão22,3% mais caros, de acordo comportarias do ministro dos Transpor-tes e das Comunicações, Affonso Ca-março, e do secretário-executivo doMinistério da Economia, Luís Antô-nio Gonçalves, publicadas no DiárioOficial da União. Também os trensurbanos do Rio de Janeiro tiveramautorizado um aumento: o preço decada passagem foi de CrS 650,00 paraCrS 800,00.

Com o reajuste de ontem, a assi-natura básica de telefones passa acustar CrS 4.708,02 por mês. Cadapulso adicional à franquia de 90 pul-

sos por mês, nas ligações locais, custaagora CrS 72,44. As ligações DDD(Discagem Direta à Distância) pas-sam para CrS 786,69 por minuto,com acréscimo de 10% se a chamadadurar mais de quatro minutos. NòRio de Janeiro, as fichas telefônicastiveram seu preço reajustado paraCrS 178. O aumento das ligações in-ternacionais (DDI) deve ser autoriza-do até o final da semana.

Durante este ano, o aumento acu-mulado dos serviços telefônicos é dfc356,25% (assinatura básic'a):,359,17% (fichas e pulso local exce-dente), e 388,65% (ligações DDD). Oúltimo aumento havia ocorrido nodia 26 de junho.

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4 • Negócios e Finanças • terça-feira, 28/7/92it ! í

JORNAL DO BRASIL

SISTEMA ELETRÔNICO DE NEGOCIAÇÃO NACIONAL

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Boletlm Oflclal do SI5NN

IpM - Totals por pra^a em 27/07/92

% ValorPrapa Quantidade Neg. Volume TotalBahia-Sergipe-Alagoas -Extremo Sul 21.166.466 136 482.172.582,40 0,53Minas-Esp.Santo-Brasilia 580.211.438 683 4.650.654.752,24 5,12Parana 69.263.472 207 687.247.029,00 0,76Pernambuco-Paralba 85.949.600 21 370.161.912,00 0,41Regional 12.002.702 75 1.079.011.905,00 1,19Rio de Janeiro 6.496.815.636 7.265 82.812.762.958,66 91,18Santos 125.000 5 15.050.000,00 0,02Sao Paulo 11.288.700 84 729.025.680,00 0,80Total 7.276.823.014 8.476 90.826.086.819,30 100,01Observacao: os dados acima estSo apresentados computando compras e vendas para permitira identlficacao da origem das ordens

Resumo das Operagdes

Mercados Quantidade Valor (Cr$) N.NegAviSta 2.972.601.487 33.128.089.009,65 2.477AQSBS 2.971.701.487 33.107.279.009,65 2.474Recibos 900.000 20.810.000,00 3

Oppdes De Ap6es 665.810.000 12.257.954.400,00 1.757DeCompra 665.810.000 12.257.954.400,00 1.757

Opgdes De Indices 20 27.000.000,00 4DeCompra 20 27.000.000,00 4Geral 3.638.411.507 45.413.043.409,65 4.238

Indicadores do Pregão

Indices Mfn. Mix. MM. UltIsenn 10.859 11.351 11.088 11.320Ibv. 10.028 10.353 10.215 10.314lpbv....> 11.628 11.865 11.865

Evolução dos índices

Índices Pontos Osc %Dia

anteriorHâ

um mêsHâ

um ano

Isenn. 11.320 4,1 10.869 9.170 —Ibv 10.314 2,8 10.028 8.244 665Ipbv 11.865 2,0 11.628 9.343 728

Indicadores Setoriais

IBVSetoresBens de Consumo..ComércioFinançasMineraçãoPetroleoQuímica e PetrServiçosSid.e Melai

Mln Mix M6d Ult Min M6d Pit15.812 16.166 16.026 16.166 1.667 1.752 1.7525.500 5.840 5.585 5.521 4.377 4.647 4.3948.611 8.823 8.676 8.811 16.824 17.434 17.42315.233 15785 15.550 15.687 22.833 23.394 23.3607.480 7.628 7.600 7.542 17.292 18.091 18.0517.756 8.079 7.968 8.003 13.244 13.741 13.5839.633 10.197 9.966 10.122 10.829 11.093 11.0864.545 4.699 4.664 4.699 6.587 6.701 6.633

Mercado à vista - Maiores altas Mercado a vista - maiores baixasTftulo Tipo DBS Ultima Osc. Tftulo Tipo DBS Ultima Oac.Ipiranga Dis. ON 55,00 +19,36 B.Nordeste ON 6,60 -7,43Telemig ON 44,00 +15,31 B.Ec6nomico PN E 77,00 -7,38•Cofap PN 39,80 +13,32 Taurus PN 0,95 -6,86Telemig BN 50,00 +13.13 Sharp PN 4.51 -6.04Vid.S.Marina ON 14.000,00 +12,89 Peltenati PN 78,00 -5,33IpirangaPet. PN 33,00 +11,69 Unibanco ON E 205,00 -5,09# Papel Simpao PN 83,90 +10,88 Ucar Carbon ON G 18,52 -5,03Fertibras PN 0,75 +10,81 'Samitri ON 4.300,00 -4,43B.America Sul PN EG 1,42 +9.23 Unibanco AN E 290,00 -4,15' Telerj PN 145,00 +8,37 * Beigo Mineira ON 1.050,01 -3,89O - Empresas pertencentes a carteira do indice SENN.

Mercado à vista - Ações maisnegociadas por volume

O - Empresas pertencentes a carteira do indice SENN.

Mercado à vista — ações maisTftulo Tipo DBS Volume Tftulo Tipo DBS QuantidadeVale Rio Doce PN 14.065.947.423,00 Usiminas PN 1.179.252.500Eletrobras BN 2.779.249.582,00 J.B.Duarte PN 920.100.000Usiminas PN 2.320.741 865,00 Banerj PN 279.600.000Telebras PN 2.194 961 234,00 Votec PN 84.082.000Vid.S.Marina ON 1.702 400 000,00 Unipar BN G 65.823.100CemigGrupada PN GE 1.570.316 746,00 Cemig Grupada PN GE 65.589.400Cofap PN 1.520.700 000,00 Vale Rio Doce PN 47.485.200B.Brasil PN 1.128.170.283,00 Cofap PN 40.000.000Telebras ON 860.649.390,00 Telebras PN 29.536.800Light ON 801.132.358,00 Supergasbras PN 25.889.400

Mercado d vista ?Totev. * • ....' - ¦ •* - *rr*\ .v OfertasTHulo» Qtd. Foch. Mhx. Min. M6d. Oac. Compra Vonda I.L. N°A no Neg.

Promos por mil a^desB.Progresso PN E--.. 4.818600 180,00 180,00 180,00 180.00 EST 171,10 185,00 530,76 1Banerj ON ...... 220.02 290,00Banerj PN 279600000 250,00 260,00 250.00 252.29 3,73 241.00 253.00 2480,72 27FibamPN .... . 60,00J.B.Duarte ON • .... 6,50J.B.Duarte PN 920.100.000 3.50 3.50 3.00 3.28 7,69 3,20 3,50 713,04 20lum S PN 560000 450,00 450.00 370.00 377,27 450.00 628,78 2Pettenati PN 4.800 000 78,00 79,00 78,00 78,31 - 79,00 326.29 2PronorAN 1000.000 239,00 239,00 239,00 239,00 239,00 478,00 1Votec PN ... 84 082 000 36,60 37,00 36.60 37.00 1,39 37,00 45,00 547.33 6

Preços por açãoAbe Xtal AN AcesitaONAcesitaPNAdubos Trevo PNAgroceresPN Alpargatas ON Alpargatas PNAmadeo Rossi PNAntarctíca Pb AN -Gr....ArtoxPNArthur lango PNAzevedo PN B.Amazônia ONB.America Sul PN EG-..B Bandeirantes PNB Brasil ON aBrasil PNB CredNaciona PNB Economico PN E-....B Est Amazonas ON ....B Est Amazonas PN ....B.NordosteON B Nordeste PN BRealPN ..Bamerindus ON E-Bamerindus Par ON E-Bamerindus Seg OfJ E-Bamerindus Seg PN E-BanespaONBanespaPN Banrisul ONBanrisul PN Baptista Silva PN Barbara ON Barbara PN Barber-Greene ONBelgo Mineira ON Be'go Mineira PNBelpratoPN BemgeON Bemge PNB*:.Caloi BN Bombrit PNBradesco ON A-Bradesco PN A-Bradesco Inv ON A-Bradesco Inv PN A-....BrahmaON

^Brahma PNBrasmotorPN Brumadinho PN-G-Caemi Mineraca PNCaetano Branco PN -G-CatfatPN CatLeopoWtna AN -G-..Cem»g Grupada ON -GECemtg Grupada PN -GE

30008300

10.4001.300

1500000121.700

4.6228007.5800001.123000

415.9002200

88793001.7350002.500000

629009090001700310012 500000

60000124 500

1362100202008700

37.300

19000018 348000809050065 589400

1660.00 1660,00 1660,00 1660,007.00 7,00 7,00 7.00

63.00 63.00 61,00 62.00245.00 245,00 245.00 245.00435.00 435.00 435,00 435.00

1,00 1,00 1,00 1,00

216,00 225,00 210,00 216,76256,00 256,98 238,00 244,0429,50 30,00 29.01 29.2677,00 77,00 68,50 69,68

119.00 119,00 118.00 118.79120,00 120,00 120,00 120,00

380,00- 2900,00 3690,000.59- 1660,00 1800,00

245,000,532.50

55,0036,60

1.36700.00216.00253.0030.0075,00

9,230,474,491.62-1,32

30.493.253.358.008.00

30.493253.35&008.00

28.653253.35aoo800

29.623.253.358,008,00

1050.01 1100.00 1050,00 1052.94830,00 830.00 800.05 825,17

7.90160.00182.00240.00240.00590.00

1.25

3.602.471720

25.48

7.90170.00183.50240,00245.0059000

1,25

3602.48

17.2025.48

7.90160.00180.00230,00240.00566.01

1.25

3,602.2016.00

23.01

7.90168.03180.63239.90244,71580.22

125

3,602281626

23.94

3.1110.64

5.87-1.11

027-11.766.176.12

6,607.00450.00118,00115,00112.0027.0230.503.00

302.008.0012.00

1050,01830.00

2.301.021.027.09

55,00176.00230.10236.00660.00590.00225.00

1.154.503,60221

16.1024,60

70,0044.00

1.421000,00225,00256,00

30,4077.00

500.00500,00

113.0027.9930.99

8.008.19

860.002.751.801,807,90

160.00190,00

1770.66823,52541.8252127139.1371428

622.80394.14404,82

94,71834.89

2495

94

502.77 3621.34 1

587.81415.60367.72

2279202005,01

649,93693.79113333

1364,42617,57598,29951,75763.45

541

62222

600,00 270.751.50

440.003802.44

17,3825.48

439.02468.17553,06596,64

OfertasTKulos Qtd. Foch. M&x. Min. MM. Osc. Compra Venda I.LAno

CerjON 14.380.000 290 3,00 2,75 2.88 1,05 285 2.90 340,02CevalON • • - - 15,00CevalPN 120.000 24.50 24,50 24,50 24,50 24.50 - 662,16CibranPN 0jq 12,00Cim.ltau PN ...... 700,00Cofap PN 40.000.000 39,80 3980 36,10 38.02 17,06 37.04 40,00 1230,42Const.Beter AN 14,50Const.Beter BN 25,00CopeneAN ...... 1730,00Correa RlbetroPN 1,73CosiguaPN ...... 67.00CoteminasON 3.900 172,00 172,00 150,00 164.67 - 100.00Dijon PN 130.000 1,00 1.10 1,00 1.03 1.00 1,10 79,47DocasPN ...... 4000 54,00DovaPN ...... o,60Duratex PN ...... 11501Eberie PN -G- 1.00EJebraPN 2.000 15,00 15,00 15,00 15,00 EST - 555,55Eletrobras BN 4.646.500 617,00 624,00 582,00 598.14 5,47 595,00 61959 411.74Eletrobras ON ....... 560,00Embraer Ant.PN ...... 9000Ericsson ON 150.000 51,00 51,00 51,00 51,00 2.00 48.00 - 956,30Ericsson PN - - - - - 50,00EstrelaPN-G- 51.600 14,60 14,60 14,60 14,60 14.60 17,00 48,66Ferro Ligas PN -G-... 120.600 4,50 4.50 4,50 4,50 4.50 6.00 411.71Fertibras PN 700.000 0.75 0,85 0,75 0.82 2,74 0,75 0,84 182222Fertisul ON ...... 2.51Fertisul PN ...... 3in 390FIcapPN ....... 500,00Fras-Le AN ...... i^ooGerdau ON ...... 145 00Gurgel Motores PN ..... 1.000 70,01 70,01 7001 70,01 70,01 700.10Gurgel Part.PN ....... 500,00Habftasul AN 185 000 18,00 18,00 18,00 18,00 EST - 1200,00Hering Cla PN ...... 550,00Inepar PN 15.810.000 1,80 1,89 1,71 1,82 2,69- 1,75 1,85 2983.60Ipiranga Dis.ON 100 55,00 55,00 55,00 55,00 19,31 50,00 55,00 1092,35Ipiranga Dis.PN ...... 52,00Ipiranga PeLON - - - • - 22.01Ipiranga PelPN 1.018.000 33,00 33,00 30.00 32,95 11,86 31,00 33,00 706,77Itaubanco PN A- ...... 830,00 1000,00ItautecPN ...... 7,00

251

João Fortes ONKalil Sehtoe PNKepler Weber PN -G-....Labo Eletronic PN ...Lam.Nac.Metais PNLanificio Sebb PNUglrtONLoj.Americanas ON ....LoJ.Americanas PNMaio Gallo PN ..MangelaPN-G-ManguinhosON Mannesmann ONMannesmann PNMarvln PNMatec PNMaxionPN Mendes Jr ANMendes Jr BNMetal Leve PNMicbelettoPN Mineração AmapPN...Mlnupar PNMoinho Santist PN Montreal PN -G-Muller PN -G-Muttitel ONMultrtextil PN Nacional ON Nacional PN Olvebra PN OrionPN-G-Papel Simao PN Para Minas PN -G-Paraibona PNParanapanema PNPaulista FLuz ONPerdigão PN Perdigão Agro PNPerdigão Allm.PNPérsico PNPetrobrasONPetrobrasPN PetroflexONPetroquisa PNPirelli Cabos ON Pirelli Cabos PN Pirelli Pneus ONPirelli Pneus PN PromotalPN Racimec PNRecrusul PN RefriparPN Rtíeem PNE-Riograndense PN

a PN

59.500 1180,00 1180,00 1170,00 1179,33

10.421.300207500

475,001950,00

4,40307

480,001950.00

4,803,10

450,00 469,841950,00 1950,00

1,071,56

2,0018,003,008,197,00470.00

1761,00 691,34754,41

4.403,05

4,583,09

12600 140,00 151,00 140,00 140,8713800 94,00 94,00 85,00 86,441.200 99,50 9950 95,00 95,71 4,440,49-

1.035.1002.000.000

900200

9,002,80

8,50280 8,51

2,80

190.000 100,00 110,00 100,00 105,87 4.76-100.000 1,30 1,30 1,30 1,30 EST13.000 920 920 9,20 92041.200 590,00 592,00 590,00 590,15 1,72118200 645,00 646,00 645,00 645,02 0.39130.900 2,70 2,70 2,70 2,70 1,893.000 1200,00 1200,00 1200,00 1200,00

5.000 83,90 83,90 83,90 83,90 10,38313.000 11,00 11,50 11,00 11,48 5,97-

1.725.000 52,00 53,00 52,00 52088 000000 0,85 0,85 0,85 005 EST

4.700 7061,00 7061,00 7000,00 7041,38 2.6943800 14600,00 14900,00 14500,00 1473506 1,67-16.200 700,00 700,00 680,00 686,53

50000 60,00 60,00 60,00 60,00200000 1,75 1,75 1,75 1,75

0,70676,004,45

3074,00140.0085,00

150008,50

6750,0013,00

100.011,209.20

600.00645.00

2,601000,00

75,007,40

11,0051,500052,502,50

7402014600,00686.0091.00105.0095,0095,0075.00

1,3060,0010,001,75

200.00130.00

1260,00

0,9090,004,60 673,52 153,45 792,30 44,30

57,00586,95 391,00 765,63 399,50 792,95 3

1009,00 345,37 8

650,00670,00

83,70

53,0036,000,902,603,10

8000,004900,00720,00

85,0066002,10

273,97

966044062,50

575,00644,55

1084,57586,95

2666,66513,87

12212769920

292.59300.71

71.88

436.52448,71

¦ Sadia Concordi PN .. 1.450000 3800 38,00 3800 38,00 3800 - 529,46SalgemaBN ....... gooSamitri ON 400 4300,00 4300,00 4300,00 430000 4,43- 4300,00 4600,00 356,16Samitri PN 600 3050,00 3050,00 3050,00 3050,00 3150.00 3500,00 344,54SanoPN ...... 3^00SantanensePN ...... 3,00 4,00SergenON ------ 0,84 1,10SorgenPN 200.000 1,10 1,10 1,10 1.10 1,10 1,20 51401Sharp PN 20.000 4,51 4.51 4,51 401 6,03- 4,90 764,40Sid Intormatic PN 15.200 4,41 4,41 4,41 4,41 023 4,41 918,75Sondotecnica ANSondotecnica BNSouzaCruzON SuperagroPNSupergasbras PN -G-...SuzanoPNTaurus PNTecnosolo PNTeka Tecelagem PN ...Telebahia BNTelebras ONTelebras PNTelebras PN -RTolemigBNTelemigONTelepar ONTelepar PNTelerj ONTelerjPN Telesp ONTelespPN Tibras AN TrafoPN Transbrasil PNTrevisaPN Trombini PN TupyPN Ucor Carbon ON -G-Unibanco ANE-Unibanco BNE-Unibanco ON E-UniparBN-G-Unipar AN -G-Unipar ON-G-Usiminas PNVacchi PN -G-Vale Rio Doce ONVale Rio Doce PN VarigPN Vid.S Marina ON........Vilejack BN-G-White Martin» 0N EG-..Zivi PN -H-

Empresas em situação especial-Aerofoto ON .......-AerofotoPN -Cccasa ON -G-¦Celulose IranON-Celulose Iran PN-Vorolme PN -EClimax BNStaroup PN ....

¦ Total

25.889400 2,60 2,75 2,59 2,634.120000 0,95 0,96 0,95 0,95 7,76-

60000 3,00 3.00 3,00 3,00 0,32-2.000000 95,00 95,00 95,00 95,00

19.732400 45,60 45,60 42,10 43,62 7,2929.536.800 75,00 7800 72.00 7401 421

900000 23,90 2300 22,50 23,12171.400 50,00 54,31 50,00 54,11 24,97192.100 44,00 4602 44,00 45,91 11,65

148800 115,00 125,00 111,00 115,19203.300 145.00 149.00 135.00 141,72 13,02110000 680.00 690.00 680,00 680.91 5,101400 1528,10 1528,10 1528,10 1528,10110.900 4,50 4,50 400 4,44 4.65300000 3,80 3,80 3,80 3,80106600 18,52 23,00 18,52 21,13 19,47-

500 290,00 290,00 290,00 290,00 3,64-400 205.00 205,00 205,00 20500 601-

65.823.100 5,22 504 5,10 5,19 0,38

1179252.500 1,99 2,03 1,90 1,97 3,116.500000 0,09 0,11 0,09 0,10

5.900 230,00 234,90 230,00 230,75 0,85-47.485200 301.00 305,01 290,00 296.22 4,88

402800 750.00 770.00 750.00 767,38 Z59-121.600 14000.00 14000.00 14000,00 14000,00 6,06

15.131.600 9,00 9.15 8,52 8,93 0.1116.000000 0,86 0,86 006 0,86 7,50

20000000 150.00 15000 150.00 150,00

0.650.65

5550.007,502.600.951.603,10

44,4075,0023.0040,0040.00

700,00115,00141,50

4,405013.52

13.6018.60

287,05200,00200.00

5,305,004,151,970.09

220,51300,00750,00

001082

15,0012.00

125,001.700,73

135,00

7000,002.70

4300.001,053.30

90.0045,6076,0025,00

650,00750,00120,00145,00416,00

4,104,505,60

69303492.2243601

6333,33266,00361,90

71,8388,32

338,69274,38455,57

1910,12

11

271283

3

0.9918,90

2972.544300

Mercado à vista ? fração

1316

164

Prepo % valor N. deT,tu,os Tipo DBS Quantidade Medio Valor (Cr$) Total Neg

PrAfoa por mH a?6esBProgresso PN E- 90.00 0.54 1JBDuarte PN 39 2.80 0.10 1Promos por aAdubosTrevo PN 33 3,50 115.50 1Agroceres PN 68 30,00 2.040.00 0.008 1Alpargatas ON 83 170.00 14.110.00 0.053 1Alpargatas PN 31 130.00 4 030.00 0.015 1B America Sal PN EG- 81 0.70 56.70 1B Brasil ON 371 113.31 42 040,00 0.157 68 Brasil PN 281 167.33 47.020.20 0.175 6Bamermdus ON E- 91 69.67 6 340,00 0.024 2Bamerindus Part ... ON E- 50 72.00 3.600,00 0.013 1Banespa PN 54 15.00 810.00 0.003 1Barbara PN 66 4.00 344.00 0.001 1Belgo Mineira ON 126 551.19 69 450.00 0.259 2Belgo Mineira PN 142 400.00 56.800.00 0.212 2Bradesco ON A- 310 160.00 49 600,00 0,185 2Bradesco PN A- 1.497 178,69 267.512.00 0.996 5Bradesco inv PN A- 84 240,00 20.160.00 0.075 1Brahma PN 283.00 1.698,00 0.006 1Brumadinho PN -G- 60 0,60 36.00 1Cat Leopoldina AN -G- 63 1.10 69,30 1CemigGrupada PN -GE 193 11.87 2.292.00 0.009 6Docas PN 36 27.00 972.00 0.004 1Eberie PN -G- 63 0.70 44.10 1Estrela PN -G- 48 7,50 360.00 0.001 1

Tipo DBS Quantidade Preço % valorMédio Valor (Cr$) Total N. dèNeg

Fertisul ON 4Fertisul PN 16Ipiranga Dis ON 95Ipiranga Dis PN 95Itaubanco PN A- 18Joao Fortes ON 656Light ON 96Mannesmann PN 92Muller PN -G- 55Multitel ON 7Multitel PN 7Nacional ON 1.234Nacional PN 535Paranapanema PN 153Petrobras PN 1.681Samitri ON 140Samitri PN 80Sehbe Part PN 35Sid Informatica PN 20Supergasbras PN -G- 80Telebras ON 24.964Telebras PN 20.104Telemig BN 346Telemig ON 320Telerj ON 566Telerj PN 479Tibras AN 85Transbrasil PN 81Ucar Carbon ON -G- 185Unibanco AN E-- 28Unibanco ON E- 148Unipar BN -G- 100Vale Rio Doce PN 232Varig PN 52White Martins ON EG- 471EmprmBMM mm situmfJfo especial-C.Brasilia PN 25Total 57.187

1,251,5023,0025,00440,001.163,03234,121,5655,000,700,70585,23543,7226,003.228,293.096,422.070,001,602,602.6023,3939,1826,9022,4171,5379,47750,004,3012,46145,00103,442,84147,34380,004,50

5,0024,002.185,002.375,007.920,00762.950,0022.476,00144,203.025.004,904,90722.18QÍ00290.895,003.978,0022.236.762,32433.500,00165.600,0056,0052,00208,00584.071,90787.792,009.308,507.174,0040.491,5038.067,8063.750,00348,302.306,004.060,0015.310.00284,0034.185,0019.760,002.120,70

0,0080,0090,0292,8410,0840,0010,011

2,6891,0830,01582,8101,6140,617

0,0012.1752,9340,0350,0270.1510,1420,2370,0010,0090,0150,0570,0010,1270,0740,0080,60 15,0026.852.890,46

t;v$"-43« - v2

11463102?19579438811• i51225181317

Mercado de OpçõesOperações

Prafode Primio N°d«CM. TKulos Tipo DBS Sim bun. Quant Ult. Mix. Min. MM. Valor NegELET Eletrobras BN CHA 620.00 170 100.00 109,99 90,00 98,73 16.784.700,00 5ELET Eletrobras BN CHE 860.00 3.690 21,00 23,00 15.00 18,63 68.768.900.00 46ELET Eletrobras BN CHF 940,00 500 10,00 11,00 4,00 9,23 4.618.800,00 7ISN IncJiceSenn CTJ 10.500.00 101800,00 1800,00 1800.00 1800,00 18.000.000,00 2ISN IndiceSenn CTL 11.500.00 10 900.00 900.00 900,00 900,00 9.000.000,00 2LAIT Light ON CHF 650,00 700 20,00 20,00 13,00 16,85 11.800.000,00 4VALE Vale Rio Doce PN CHA 320,00 261.130 35.00 37,00 25,50 30,21 7.889339.000,00 828VALE Vale Rio Doce PN CHC 380,00 98.860 10,00 11,00 6,60 8,28 819.355.000.00 248VALE Vale Rio Doce PN CHE 410,00 223.850 5,00 5,50 3,50 4,43 993.740.000,00 509VALE Vale Rio Doce PN CHF 440.00 21.810 2.50 3,00 1,80 2.11 46.142.000,00 37VALE Vale Rio Doce PN CHG 470.00 10.400 1.01 1.01 0.90 0,99 10.325.000.00 6VALE Vale Rio Doce PN CHM 290.00 34.590 56,00 56,00 45,50 48.78 1.687.632.000,00 61VALE Vale Rio Doce PN CHN 260.00 10.110 72.00 72,00 69,00 70.17 709.449.000.00 6

Total 665.830 12.284.954.400,00 1761

Posições em 24107192Cód Títulos Preço de Quant. em AbertoTipo DBS Série Exercicio Totais Cobertas N°depo8ÍçõesTitular Lançador Préviaè Vista

ISNISNISN

B.Brasil PN CHA 300,00 170 170 238,30Mineracao Amapa PN CHH 7,50 1.000 8,48Eletrobras BN CHA 620,00 3.740 3.605 23 54 580,73Eletrobras BN CHE 860,00 54.335 41.570 117 112 580.73Eletrobras BN CHF 940,00 5.250 630 37 14 580,73Inepar PN CHI 2,20 32.000 32.000 1,82Inepar PN CHJ 2.40 32.000 32.000 1,82IndiceSenn CTH 9.500,00 150 0,00Indice Senn CTJ 10.500,00 240 0,00IndiceSenn CTL 11.500,00 160 0,00Light ON CHA 450.00 5.200 5.200 462.10Light ON CHB 500,00 2.000 2.000 462,10Light ON CHF 650,00 25.307 19.337 38 55 462,10Vale Rio Doce PN CHA 320,00 586.840 306.160 317 468 286,47Vale Rio Doce PN CHB 350,00 21.800 1.290 286,47Vale Rio Doce PN CHC 380,00 170.430 30.390 66 86 286,47Vale Rio Doce PN CHE 410,00 821.745 218.650 537 264 *86.47Vale Rio Doce PN CHF 440,00 387.060 43.272 292 120 286,47Vale Rio Doce PN CHG 470,00 65.390 21.795 67 39 286,47Vale Rio Doce PN CHH 500,00 1.110 10 286,47Vale Rio Doce PN CHI 530,00 9.750 2.100 14 10 286,47Vale Rio Doce PN CHM 290,00 269.520 56.640 105 127 286,47Vale Rio Doce PN CHN 260,00 152.660 14.890 87 67 286,47Vale Rio Doce PN CHO 230,00 19.340 10.840 17 286,47i/s por venclmentoAgo 2.667.197 842.549 1.745 1.451Total 2.667.197 842.549 1.745 1.451 ' 1

Quantidades efetivas em 24/07/92(A) (B)invar B/A) Encerramento Aumentos Eierc. VariapdoC6d Tftulos Tipo S6rie Totais NoDia Compra Venda Docum. Compra Venda dodia efetiva

ELET Eletrobras BN CHA 300 50 16,66 50 50 250 250 250ELET Eletrobras BN CHE 1.770 350 19,77 550 860 1.220 910 710IN PR Inepar PN CHJ 10.000 0,00 10.000 10.000 0 10.000ISN IndiceSenn CTJ 25 25 100,00 25 25 0 0ISN IndiceSenn CTL 25 25 100,00 25 25 0 0LAIT Light ON CHF 1.510 200 13,24 250 650 1.260 860 810VALE Vale Rio Doce PN CHA433.210 281.120 64,89 320.670 349.490 9.700 116.840 88.020 0 38.770VALE Vale Rio Doce PN CHB 4.100 0,00 4.100 0 4.100 0VALE Vale Rio Doce PN CHC 119.440 44.330 37,11 64.310 50.130 900 55.130 69.310 48.430VALE Vale Rio Doce PN CHE 346.050 140.350 40,55 177.550 243.170 10.900 169.400103.780 55.680VALE Vale Rio Doce PN CHF 26.660 5.450 20,44 12.300 21.960 14.360 4.700 2.150-VALE Vale Rio Doce PN CHG 19.100 3.000 15,70 16.090 18.800 3.010 300 12.790-VALE Vale Rio Doce PN CHI 10 0,00 10 0 10 0VALE Vale Rio Doce PN CHM 46.260 12.060 26,07 16.720 20.460 29.740 26.000 ,21.340VALE Vale Rio Doce PN CHN 5.160 10 0,19 5.150 110 200 10 5.050 290-Total 13.620 486.970 617.800 705.730 21.700 401.220313.290 160.760

Mercado a TermoValor dl&rlo dos contratos a veneer Quantidades a veneerData Valor Data Valor Data C6d Titulos Tipo Quantidade30/07/92 8.038.760.274,00 13/08/92 176.730.000,00 30/07/92 COPE Copene AN 69230003/08/92 6.024.175.000,00 17/08/92 22.932.000,00 30/07/92 VALE Vale Rio Doce ON 5.824.70006/08/92 242.719.470,00 19/08/92 2.557.170.000,00 30/07/92 VALE Vale Rio Doce PN 20.412.20007/08/92 54,810.000.00 21/08/92 4.023.800.000.00 03/08/92 BERJ Banerj PN 50.000,00010/08/92 13.462.500.00 24/08/92 7.081.560.000,00 03/08/92 INPR Inepar PN 2.000.00012/08/92 30.219.840,00 03/06/92 PNOR Pronor AN 1O.OOO.O0O03/08/92 VALE Vale Rio Doce PN 20.000.00006/08/92 CBN Cibran PN 94930006/08/92 CESC Celesc ON 60.00006/08/92 CMA Mineracao Amapa PN 1300000006/08/92 MDOT Moddata PN 500 00006/08/92 REEM Rheem PN 415 O0O06/08/92 RIOG Riograndense PN 200.00007/08/92 MONT Montreal PN 3000000

Fundos de Investimentos

Fundos Mútuos de Ações ? (Renda Variável)4,10 162393 vi. da Cota Rentals. Acum.DonominnpSo OBS Cr» No M6s No Ano22.00 44531 7 Banerj BCA (RJ> 19.794400 20,47 355,38302,00 957.66 1 Bemge de Acoes (MG) 4 16.176,624913 33,14 300.93Bozano Simonsen II (BJ) 1,447614 25,64 309,85

235 00 64715 1 BozanoSimonsen-Carl. (RJ) 276.206248 21.29 259,486 00 102772 45 Bozano Simonsen-Fundo (RJ) 1,052913 18,55 213,02Chase Flexmix (RJ) 2 35.926,851616 23.83 529.27Chase Flexpar (RJ) 5.793,106144 32,96 250,34, " _ ' " Chase Manhattan [RJ) 130.059232 32.56 281,90™ Chase Select (RJ) 1.811,146599 30.84 267.33a'' 3 City I (RJ) 78.355.148000 31.69 418,37234.90 453.89 2 Econornico (SP) 68.886025 23,56 335,42308.00 45407 365 Fator (RJ) 578.778.739529 18.37 478.78780.00 874.70 7 Fundo BBM (RJ) 720.0380004200.X 459.35 5 Garantia (RJ) 22.239.747600 18.61 488.35Multiplic Alivo (SP) 711.734,191985 41,75 435.889.10 482.18 49 Multiplic (SP) 112.761.009209 23.84 241,87100 417.47 I Primus (RJ) 2.659.497390 18.78 518.82Safra (SP) 212.409702 20.08 296.74

Fundos de Incentivos/DL 1.376DenominaçãoFinamFinorFiset PescaFiset Reflorestamento...Fiset Turismo

Valor da CotaObs N° de Cotas Cr$174.647.126.666 3,9771.359.699.772 22,515.238503,956900 10,4395.372.751,095400 49.505 400612,673000 98,31

Fundos de Investimento ? Capital EstrangeiroDenominaçãoConesul (RJ)Fator Fice (RJ)Multiplic (SP)

OBS334

VI. da CotaCr$108 388 074,60446949 874.421.0582265 825611,379650

Ult. distr.em

Fundos PAITDenominacooBVRJ-Elite (RJ)

Valor da Cota Rentab.UltimosObs Cr$ Trinta Dias30.848997

i-vviCPatr. LiquidoCr*41.378.702.7972.652.568.9525.718.668.1667.831.053.2832.371.688.0746.219.507.09637.435.476.63710.227.817.43012.092.168,2871.580.844,89140.538.314.963196.925.2412.064.552.67832.249.426.4Q01.386.102.33811.291.445.6641.301.764.9117.998.919.364

Patr. Uq.Cr*

694.724.408.0751.607.008.833 900

54.675.0004.721.563.000530982.000

Patr. LiquidoCrS90.889 578 6766.127.870.6171.165.122275

Patrimonio Liq.Cr*

1.875.442.446Fundos de Aplicação FinanceiraDenominaçãoBanerj Fat. (RJ)Bemge Aplicacao (MG)Boston Cash (SP)Chase S. Savings (RJ)...Economico (RJ)Fator F.A.F. (RJ)Safra Over (SP)

VI. da Cota Rentab. Acum. Patr. UquidoOBS Cr9 No Mes No Ano Cr$2.705,894700 15.66 295.1 538 825.193.225499,243229 15.41 292.93 507.004.201.5001.804,458000 15,47 285.51 192.263.189.701147.006,991903 13.54 282,55 138.560.503.2032.051.807949 15.40 290,79 498.415.660.287705.153,291288 16.69 301,60 14.836.202.283226,588197 15.51 288.39 436 653.34Z420

Todas as informacoes constantes dessa relacao sao de responsabilidade exclusiva dos administradores dostundos02)Posicao em 21/07/9203)Posicao em 22/07/9204)Posicao em 23/07/92

CARTÃO FEBDE Banco 24 Horas

SftO OUTBOS QTOH1WTOS

USE PARA SACAR NA HORA EM QUEQUISER COM UMA GRANDE DIFEREN-ÇA A SEU FAVOR: O LIMITE DO CAR-TÃO VERDE - 24 HORAS É AGORA DECRS 500.000,00 DIÁRIOS. OUTRAVANTAGEM ESPECIAL «HBMBBBayaQUE O BANERJ RESERVA RANERJPARA VOCÊ.

JORNAL DO BRASIL

í» rSTEMA ELETRÔNICO DE NEGOCIACÃO NACIONAL

terça-feira, 28/7/92 • Negócios e Finanças

Y

bolsa '

Noticiário do SENN

Calendário deprivatizações

Sào as seguintes as próximas etapas ciosJprocessos de privatização ein andamento:, Dia Evento-.•27;'07 Divulgação do resultado do segundo lei-

lào da Siderúrgica de TubarãoL29/07 Término do período de visitas à Nitriflex-03/08 Término da pré-identifieação para o lei-

lào de Nitriflex; 05/08 Anúncio do resultado da pré-identifiea-

çào de Nitriflex06/08 Anúncio do preço atualizado para leilão

do NitriflexLeilão de Nitriflex

_07'08 Término da pré-identificação para leilãode Fosfértil' 11 '08 Liquidação financeira do leilão de Nitri-flex

12*08 Anúncio do preço mínimo atualizado pa-ra o leilão de FosfértilAnúneio do resultado da pré-identifica-ção para o leilão de FosfértilLeilão de Fosfértil

20D8 Liquidação financeira do segundo leilãoda Siderúrgiea de Tubarão, com adicionaldo primeiro leilão

31'07 Término das visitas às instalações indus-triais da Fosfértil

10/08 Data final de encaminhamento pelas cor-retoras, à CLC, dos resultados da pré-i-dentificaçào de candidatos ao leilão daFosfértil

f L7 0<> Leilão de AcesitaAté 1.8/09 l:.ventual leilão de sobras deCopcsulAté 30/09 Inicio da negociação em bolsadas ações da Copesul

Próximo leilão doFiset acontece dia 5

No próximo ilia 5. às I4h, :> Bolsa de Valo-do Extremo Sul realiza, no seu recinto denegociações, leilão especial para conversão dasco|as do Fundo de Investimentos Setoriats-Fisetcm ações e Certificados de Participação em Re-ílorestamento (CPR), por ordem e. conta doflanco do Brasil S/A.

Menegaz tem negóciossuspensos nas bolsas

Os negócios com a Menegaz (MNGZ) fo-ram suspensos ontem nas bolsas de valores, emvirtude de noticia publicada na imprensa sobre.pedido de concordata preventiva.Alterada forma de

negociação de açõesAs ações das empresas abaixo relacionadas

passam a ser negociadas da seguinte forma apartir de hoje:

, !*; ÇÉdula (CEDU) — ações nominativas ex/di-vídendo (CrS 3.000 por ação)..JLJVIvrcantil SP (BMSP) — ações escriturais ex/dividendo (CrS -1,7: por ação integral e CrS^1515604 por açao parcial). As ações deixam deser negociadas com distinção de dividendos, fi-,,cando cancelado o código BMSS.

Marvin (MARV) — ações nominativas ex/di rei-to de prioridade na subscrição de ações ordinà-rias (na proporção de 24Í.W).1.122(>%. ao preçoíie CrS 4.75 por ação).

Schrader (CSCH) - - autori/ada a negociação derecibos de subscrição sob o código CSCPON--R.

Comunicados da BVRJ

Pequenos investidores terãoacesso ao leilão da Fosfértil

A Abamec-Associaçào Brasileira dos Ana-listas do Mercado de Capitais vai promover, às16h do próximo dia 30. no auditório da Bolsa deValores do Rio de Janeiro, palestra informativasobre o leilão de privatização da Fosfértil-Ferti-lizantes Fosfatados S/A, a ser realizado no dia12 de agosto de 1992. Ao evento estarão presen-tes representantes da Abamec e da Fosfértil,consultores contratados pelo BNDHS para osestudos de desestatizaçào, além de executivos etécnicos da BVRJ.

Durante a palestra serão explicados os pro-cedimentos para o referido leilão, ao qual, pelaprimeira vez, a Comissão Diretora do ProgramaNacional de Desestatizaçào facilitará o acessode investidores dc menor porte, com o objetivode democratizar o controle acionário de umaempresa a ser privatizada.Pelas novas normas, os investidores que qui-serem efetuar lances até a importância de CrS 6bilhões serão dispensados dos procedimentoshabituais de pré-qualificação para os leilões,devendo apenas dirigir-se a uma corretora, quegarantirá sua habilitação. As demais providén-cias e requisitos serão examinados posterior-menlc.

Corretoras registram novosoperadores para o pregão

A Bolsa do Rio recebeu pedido de registrode operador das sociedades corretoras abaixo. Opedido pode ser impugnado por qualquer corre-tora. por escrito e fundamentadaniente. até adata limite indicada.Operador de pregão sênior*t arlos Henrique Pereira Chavão (Ciraphus S ACCVM. até 2S 07.02)"Iran Robson Cerqucira Dantas (Socopa SCPSi A. até 04i08 >«>*Newton Leite Magalhães (Bittencourt S/ACTVC. até 04 ns "2)•Maria C ristina Espíndola da Rocha (IrmãosGuimarães CCTVM. até 05/08/92)Operador de pregão júnior*Paulo Roberto Barboza (Duarte Rosa S/ACCV, até 0<> OS «)

Informações da CLC

CLC não intermediasubscrição de Cemig

F.m virtude das condições dc fixação dopreço, a Câmara dc Liquidação e Custódia S Acomunica que não intermediará a subscrição deações da Cemig (CMIG). deliberada pela AGI:de 10 07/92. O Relatório de Anúncio de Direitosserá emitido regularmente de forma a orientar aretirada de Cessão dc Direitos.

Taxas de aplicação dasmargens de garantia

São as seguintes as cinco últimas taxas deremuneração das margens de garantia deposita-das na Câmara de Liquidação e Custódia S/A:dia 27 — 2().48%; dia 24 —8.81"/,,: dia 21¦ -26.42%: dia 22—26.75%: dia 21 -27.26"edia 20 —26,70%.

Controlador da Microtecfaz oferta a acionistas

De acordo com orientação da CLC. osusuários possuidores de ações da Microtec

(MCRT) tém até o dia 26 dc agosto próximopara se habilitarem à oferta pública de comprade ações pelo acionista controlador, em virtudeda decisão da assembléia de 27/04/92 de cancelaro registro de negociação em bolsa.

Os interessados em negociar suas ações de-vem participar do leilão, a ser realizado no dia27/08/92. na Bovespa, através de uma sociedadecorretora.

Persianas Columbia quercancelar registro em bolsa

A Câmara de Liquidação e Custódia S/Acomunica aos usuários, detentores de ações daPersianas Columbia (PI-CO), que está aberta ahabilitação á oferta pública de compra de títulospelo acionista controlador, em virtude do eance-lamento do registro de negociação em bolsas devalores.

Os interessados em negociar suas ações de-vem procurar uma corretora de valores e sehabilitarem ao leilão, a realizar-se no dia 12 deagosto próximo, na Bolsa de Sào Paulo.

Exercido de direitos

Banco Cédula distribui odividendo do 1° semestre

A partir de hoje, o Banco Cédula (CEDU)estará distribuindo dividendo de CrS 3.000 poração, corrigido pela variação da l'l:IR de I" dejulho a 28 de julho de 1992 e referente aoprimeiro semestre deste ano, tildo conforme de-liberado pela RCA de 23 07/92.

O valor correspondente ao dividendo pro-duzido pelas ações depositadas em custódia embolsas de valores também será pago hoje ásrespectivas bolsas, ficando sob a responsabilida-de das mesmas o pagamento aos custodiantes.Os demais acionistas receberão o dividendo naRua Gonçalves Dias. 65 a 67, 4° andar.Norma:Ações nominativas: a partir de 28/07/92 ex/divi-dendo.Observação: I- As negociações com o BancoCédula estão suspensas tendo em vista o cance-lamento do registro de negociação.2- A codificação da negociação no mercado ávista é CCDUONE- e CEDUFNE».

Banco Mercantil SP vaipagar o dividendo dc 92

Na próxima quinta-feira, o Banco Mercantilde SP (BMSP) dará inicio ao pagamento dosdividendos relativos ao primeiro semestre deIW2. no valor dc CrS 4.72 por ação (integral) cde CrS 2,515604 (ações oriundas da subscriçãohomologada em 25/03/92), com base na posiçãoacionária de 27/07 92.Norma:Ações escriturais: a partir de 28 07/92 ex/divi-dendo.Observação: I- A partir de 28/07;l)2 lica cance-lado o código BMSS.2-A codificação da negociação no mercado avista é BMSPONE- e HMSPPNE-

Financiadora BCN passa a terações nominativas registradasNo último dia 17, o Banco Central do Brasil

homologou a ata das AGO/E da FinanciadoraBCN (FBÇ). realizadas em 28 de abril passado,as quais, entre outros assuntos, deliberaramtransformar todas as ações da empresa em no-minativas registradas, sem emissão de certifica-dos.

Dessa forma, até hoje os títulos da Finan-ciadora BCN estarão representados pelos atuaiscertificados nominativos que. a partir de ama-nhà. não mais serão emitidos. Os atuais certifi-cados nominativos serão aceitos para negocia-çào em bolsas de valores até o dia 12'08 92 e, a

partir dessa data, somente com a utilização daProcuração/Bloqueio.Caso ocorra negociação direta fora das boi-sas de valores até 12/08/92, os acionistas deve-rào outorgar uma procuração compra/venda

(modelo impresso padronizado fornecido pelagerencia de acionistas ou pelas agências do Ban-co dc Crédito Nacional) e devolver o certificadodas ações a serem negociadas.Norma:A partir de 13/08/92, os atuais títulos represen-tativos dc ações nominativas perdem a validadepara negociação, passando a liquidação dasoperações a serem feitas através do documentoProcuração, Bloqueio .

Assembléia a realizar com norma

Marvin propõe elevar ocapital com subscrição

Durante a assembléia geral extraordináriada Marvin (MARV), realizada no último dia 24,foi autorizado o aumento do capital social novalor de CrS 118.750 milhões, mediante a subs-crição pública de 25 bilhões de ações ordináriasnominativas, ao preço unitário de CrS 4.75, parapagamento á vista.

Segundo a empresa, os acionistas não terãodireito de preferência para a referida subscrição,mas terão prioridade por ocasião da oferta pú-bliea, iniciando no primeiro dia do aviso dedistribuição e encerrando-se cinco dias úteisapós, n;i proporção de 243.78933226%. Asações provenientes dessa subscrição terão direitointegral sobre o exercício social em curso, após ahomologação do referido aumento do capital.

A empresa comunica, ainda, que no períodode 27 de junho a 20 de julho de 1992, foramconvertidos 224.908.777 bônus de subscrição em112.454.388 ações ordinárias e igual quantidadede preferenciais. Atualmente existem182.206.223 bônus e 2.491 debêntures a seremexercidos e convertidos.Norma:Ações nominativas e bônus: a partir de 28/07/92ex direito de prioridade na subscrição de ações.Observação: a codificação da negociação nomercado á vista é MARVON-E: MARVPN—Ee MARVBP-E.

Assembléia a realizar

Baneb quer deliberar sobrea incorporação de empresas

Na próxima quinta-feira, o Baneb (BEBH)reúne os acionistas em assembléia geral extraor-dinária às I6h, na sede social, para deliberarsobre a incorporação da Baneb Corretora deCâmbio e Valores Mobiliários S/A; a substitui-çào das ações dos acionistas minoritários da

sociedade a ser incorporada, definindo a espéciec classe das ações que serão atribuídas aos acio-nistas da incorporada, em substituição aos res-pectivos diretores; a alteração do estatuto social;e a incorporação da controlada Baneb Arma-zéns Gerais Frigoríficos S/A-Friusa.

Petroquisa vai aprovar opreço mínimo da Nitriflex

Os acionistas da Petroquisa (PTQS) estarãoreunidos em AGE, às 15h do dia 4 de agostopróximo, na Rua Buenos Aires, 40, 2o andar, afim de aprovar o preço mínimo dc CrS74.076.600 mil, equivalentes, em 01/06/92, aUSS 26 milhões, fixado pela Comissão Diretorado Programa Nacional de Desestatizaçào para aalienação de 6 milhões de ações ordinárias daNitriflex S/A Indústria e Comércio.

Assembléia realizada

Liasa compensa prejuízosacumulados com reservas

F.m AGO na sexta-feira, a Liasa (LIAS)aprovou as demonstrações financeiras do exerci-cio de 1991; a compensação de prejuízos aeumu-lados com várias reservas existentes: a elevaçãodo capital para CrS 27.400 milhões, com a incor-poração de reservas, sem emissão de ações; aeleição de integrantes do conselho de adminis-tração; e a instalação do conselho fiscal.

Livraria Globo alteraitem do estatuto social

Reunidos no último dia 23. os acionistas daLivraria Globo (LGL) deliberaram alterar aletra D do artigo 16 do estatuto social, que tratada distribuição do lucro de cada exercicio. pas-sando a mesma a ter a seguinte redação: Artigo16 - D) O saldo restante será levado à reservapara investimentos, destinada a assegurar a rea-lizaçào de investimentos de interesse da compa-nliia. bem como para reforçar seu capital degiro, a qual não poderá ultrapassar, junto comas demais reservas de lucro, o valor do capitalsocial.

Empresas & Mercados

Acionista da Refripar temfinanciamento à subscrição

Até hoje, os acionistas da Refripar (REEP)poderão se habilitar ao financiamento Procap/Finac para a subscrição de debêntures. Os inte-ressados serão atendidos na Rua da Quitanda.70/72.

Brahma convoca isentos doIR a comprovarem condição

A Brahma (BRHA) convoca os acionistas,;pessoas jurídicas imunes ou isentas, a npresenta-5rem as declarações que comprovem a propried.»-?de de ações em 31/01/92 e 29/02/92, para fins de'dispensa de retenção do Imposto dc Renda. Os?documentos devem ser entregues até hoje.'nrt"'Rua Almirante Cochrane, 146/PUC.

Corretora Bancocidade - ^faz leilão de Síntese

Em operação direta a ser realizada tta*1 lh30 ás 12h de hoje. na Bolsa de São PaúlõTaBancocidade CVMC Ltda. vai intermediar-acompra e venda de 2.6 bilhões de ações ordiná»rias da Simesc (SSH), ao preço unitário de .Crà0.37.

Segundo a corretora, será permitida a livreinterferência de corretoras compradoras e ven-dedoras e, caso ocorra rateio, o mesmo critériodeverá ser observado para os clientes. ¦- ;

Aços Villares paga -juros às debêntures

. Jr,A Aços Villares (VILA) informa que o sõüconselho de administração fixou o dia 3-denovembro de 1992 como a próxima data dcaquisição de títulos pela empresa, quando tafnTbém será pago o prêmio de 5,0238868% para-Sdebêntures não conversíveis em ações, da 4Jemissão-série única. 'Segundo a empresa, em Io de outubro c 3d>jnovembro deste ano serão pagos os juros ,doperíodo, à razão de 0,9758794% e 0.4961132%.respectivamente. Os debenturistas que de&ja-rem exercer a opção de venda cm 01 '08/92 deve-rão manifestar-se até amanhã.

Encerrada a ofertade ações da Cosinor _ ,r

A Bradesco S/A Corretora de Titulos*e.Va-lores Mobiliários comunica o encerramento ^inoferta pública de aquisição de ações ordinárias epreferenciais de emissão da Cosinor (COS)v pojordem e conta da Tronconordeste-Admiftístfcr-çào e Participações Ltda.

Segundo a corretora, no período dc 27, 0?» a02/07/92 não compareceu nenhum acionista pá-ra vender suas ações ou firmar documento"drè:cordando do cancelamento do registro aprova-,do na AGF de 31/03/92. A administraçàq-*dãCosinor decidiu submeter, á apreciação dá pro-.xima assembléia de acionistas, proposta de reti-ficação da AGE de 31/03/92, visando manter,com aprovação da Comissão de Valores Mobkliários, a condição de companhia aberta, porémcomo títulos negociados exclusivamente no jner-.cado de balcão. vo'

Perfil — Panatlânticattíal

Ru/.ão social Panatlântica S/ANome de pregão — PanatlânticaCódigo no SKNN — PNTC.G.C. — 92.639.019/0001-89Data do registro — 10/05/1979Tipo das ações — ON.PNAtividade principal — metalurgiaKndereço da sede — Distrito Industrial - Gravatai, (051) 489-1222, Cep94000-970, Gravatai (RS)Presidente do Conselho — Raul MaselliDiretor de Relações com o Mercado — Arno FensterseiferComposição do capital — 85 milhões de ações ordinárias e 80 milhõesde ações preferenciaisCapital social — CrS 15.3 bilhõesPatrimônio líquido (31/12/91) — CrS 12.1 bilhõesValor patrimonial da ação — CrS 73,68Lucro líquido (9 meses) — CrS 1,8 bilhão

Lucro por ação — CrS 10.8618Controle acionárioAções ordináriasLimasa S/ALimasa Adm. Pari. e Const. Civis Ltda.OutrosAções preferenciaisLimasa S/Al-imasa Adm. Pari. e Const. Civis l.tda.OutrosÜltimos direitos distribuídosDividendo AGO: 30/04/90: inicio: 31 10 90: CrS 85.00:Grupamento — ACiÓ/E: 28/04,87: inicio: 01/06/87; percentual' -0,10%;Subscrição — AGI:: 10/06/88: período: 27/06 a 27/07/88: percentual323,280%; preço: CrS 4.00.

( i.ooo)69.715 ( 82%)'11.862 ( 14%)

3.423 ( 4%) ¦( 1.000),

67.299 ( 84,1 %Kv3(i(l ( 0.5%) ¦

12.341 ( 15.8%)).

BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

Resumo das operações Qtd. Abt. Min. Méd. Máx. Fech. Osc. Qtd. Abt. Min. Mèd. Mòx. Fech Osc

Qtde Vol. em(mil) (Cr$ mil)

-¦•Lote Padrão 9.979.952 138.136.646-Concordatárias 35.648 53.493

Direitos o Recibos 3.811 82.631J* Fundos DL 1376 e Cert. Privai 1.292 19.324

Mercado a termo 8.120 607.177^Opções de Compra 3.405.410 18.774.262x Fracionário 28 22.117

Total Geral 13 434.261 157.695.651ylndice Bovespa Médio 27.041-.índice Bovespa Fechamento 27.655 ( 1 3.4%)^índice Bovespa Máximo 27,664-¦'índice Bovespa Mínimo 26.547

Das 53 ações do BOVESPA. 35 subiram. 12 caíram, cinco permanece-ram estáveis e uma não loi negociada.

Fech.'0sd-

Oscilações do Mercado

Osc. Fech.(*) (Cr» mil

ações)J' Maiores Altas'k Micro4ab pn'Granoieopn"fccfw pn' .Gradiente pnvpnMaiores Baixas-farol pnr.. P(í'f»(CO pn

f.-.EtorfNl onBaneri pn•Mendes Jr pno

Oscilações do Bovespa

Osc. Fech.(%) (CrS mil

ações)35.421,6>8715.320.616,916.5

0.425000

500 CO9.50300 001,102.201.000 00

220,0080.C0

Maiores AltasFerro Ligas pnEstrela pnColap pnVidr Srnarma onPetrobras onMaiores BaixasFNV pnSharp pnBeiqo Minewra pnSid Riogrand pnItausa pn

15214.213.1

4.9016,0039.6014 000 00

5000.C05.104.90

800 00136.001.645.00

Mercado à vista

T,tu,os Q,<1 Abt Mln. Med Fech Osc.

¦ Acesita PN 300 1 700.00 1 700.00 1700.00 1.70000 1700.00 -AcosVillPN 197900 1050.00 1050.00 1051.82 1.110.00 1110.00Adubos TrevoPN 3 218 400 7.70 7.70 7.70 7.70 7.70 t 2.6AcjroceresPN 150 000 64 00 64,00 64.67 65 00 65.00 M.5Alfred PN 599 000 0.78 0.78 0.78 0 7 0.78 -Alpargatas ON 20000 320,00 320.00 320.00 320.00 320.00 -Alpargatas PN ... 90000 245.C0 240.00 248,66 25000 240.00 -2.4Ama<joo flot-si PN 7.190400 0.62 0.62 0.62 0.63 0.62 *3.3America Sul ON 192 2098 700 1,43 1 40 1,43 1,4b 1.42 -2.1America Sol PN 192 42 304 600 1,37 1.37 1.38 1,40 1,37 -07America Sol PN P92 35 000 000 1.25 1.25 1.25 1.25 1.25 - 1.6Antarct Nord PN 500 800 CO 800.00 W0,00 600.00 600 00 *1,2AntarcticPbPNA INT .... 355000 435,00 435,00 435.17 450.00 450.00 -02Aquatec PN 20000 6.90 6.90 6.90 6.90 6.90AracruzPNB 61 000 8 00000 7.999.00 7 999.99 ¦ aOOO.OO 7.999,99 -12Arte* PN 830 000 2.70 266 268 2.70 2.65 -6.0Arthur lange ON 5 000 6.50 6.50 6.50 6,50 6 50 * 8.3Arthur Lanye PN 3 790 000 0.80 0.80 0 80 0.80 0.80 -5.8Avipal ON 450 000 23.00 22.00 23.11 24,00 24.00 -J.0

I Bamennd BrON ED 30000 119.00 118,00 118,67 11900 118,00 /Bamennd Par ON ED .. 20000 12000 120.00 12000 120.00 120.00 /Bamerinii Sea PN ED .. 30000 113.00 113 00 11300 11300 113.00 /Bandeiranles ON ; 000 1 00000 980.00 990,00 I.OOO.CO 980.00 >3.1Bar»d«J»rantes PN 17 700 86000 850,00 854 3o 660.00 65000Banerj PN 50000 220.00 22D.OO 220CC 22000 22000 -12.0BanespaON 1416500 2800 28.00 28,00 28,00 28.0CBanesoa PN 31 188900 2900 28.80 29,67 31.00 30.99 '3.9tJ.7190Mine.rON ntOO 1 10000 1 100 00 1 143,10 1 tiOOO 1 15000 '4,5tiekjo Mineir PN 000 80000 800,00 60090 800.00 800,00 -3.6B'C Cak>i PNB 160000 7.70 7.70 7.91 800 8 00 -a8BumbrilPN 5 320 000 57.00 57.00 57.76 56.0) 57.51 - 12Sr.KJesco ON 827 600 16000 160 16000 16000 16000 -56BradescoPN 5944 100 18000 18000 181.52 18500 18500 *0.5B'Jdesco Inv ON 51200 24000 24000 240.14 24020 2402C -0.0'Bracesco Inv PN 176 700 24000 240,00 240.13 240.^} 240.10 -07Brahma PN 2 129 200 57000 57QC0 56061 69300 593CC -40.fra--' ON 293200 215.0C 211.00 216 G3 220.03 220.00 • 23BMS'IPN 6871 100 24600 23500 24970 2bC'0C 2s6CC -40Bfasmotor Of. 10OO -kvOG 40000 AjC.uC 4-JuvO ¦ ^.

BrasmotorPN 60.700Brumadinho PN 77.500Caemi Metal PN 835 UÚ0Catoa ON 1.700CermçjPN 92020600CespPN /OOCevai PN 3 505 000Cliapeco PN 3 100000Cia Horing PN /00Cica PN 128.200Om Itau PN 1.357 000CirneparPNB 2200Oquine Pelr PNA 960000Oquine Pelr PNB 65 000Clímax PNB* 100000 000Cclup PN 32313.600ConlabPN 110200Cônsul PN 30 000Copas PN 1.000Copene PNA 569.500CorbottaPN 1 760 000CcsiguaPN 1217 /00Credito Nac ON INT 6800Credrto Nac PN INT 3.058 700Cruzeiro Sul PN 10 000Czarmn PN 10 200 000Duratex ON yooDoratex PN 280 500Eberle PN 2978 500Economico PN ED 354 000Elelrobrãs ON I91 1000Eletrobras PNB 191 11.095600ElumaPN '5000Embraco ON 6600EmbracoPN 157 400Embrj)er PN ANT . 652 700Ericsson ON 636 400Ericsson PN 5 000 000Eslrela PN 160000ElfifnitON ..; b.COOF Catagua*es PNA 20000FNV PN 135000FVrDasa PN ;qqFerro Ligas PN 9000ÕFertiSul PN 5014 100FertizaPN 4 000Fona TaurusPN 13 770000Francês Bras ON 400Fras-n* PNA 300 000FrigobrosPN 28 120000FundirossiPfJ* 1792 800Ga/ola PN 500Grad-ente PN tQQ ocoGraooleoPN 50000Gurgy! Motor PN Í.COOlap PN 10; 800Ind Villares PN 1100CInepar PN 21OOCOOOtochpe PN 2 300Ipiranga DisON 4 100Iptranga Dis PN 176 700Ipiranga Pel PN 2.150000Iplac PNA 10600Itacotomy PNA INT 4 )qoItacoiomv PNA P 10000Itaubancc ON 106Í0Ita-fcanco PN 3-257.300ltaus.i F^J ^00lUutec PN >0 300J B Duarte ON * .. 50000000JB Duarte PN* 5 100000000Kepksr Weber PN 70 000Kioon ON 200Kíao*n P?4 200lactwa PN 2 00CLam \ai.ona! Pt; K. CCOL ON 1 ÉL*2 900L « Da CunnnpN . . .

228.001.10

430,005000.00

23,501200.00

25,002.60

580.00830.00790,00

9000.001.601.20

140.0034.11

960.011350,00

110.001705.00

0.806900290129.50

110.000.36

90.00115.00

14076.00

500.00595,0048,00

3 300,001.90000

105.0051 0052.0015-50

1000,002,80620

88,005.003,20

60.000.95

28000.0019002500

427.102.99950

50,0070.0042.00

530001.80

420,0045.0055.1032.50

236001600001300.00

850 CO860.00

1.690.007.02

228.001.10

425.005000,00

23 001200,00

24.512.60

580.00830,00790,00

8000 001.601.20

1400034,11

950.001350.00

110.001.700,00

08069.00290129,50

110.000.33

90,00115.00

1,4075.30

500,00585,0048.00

3250.001900,00

1050051.0052.0015.00

1000.00

aoo300

18707 700 00549999

4.503.20

60,00095

28000,0019.002375

427,102.999.50

50,0070.0042.00

530.00170

420,0045.0055 1032.50

236 00160000V 300.00

650,00850.00

16COOO7.028.003.00

18.707 700 00500000

234261.10

428535000.00

23831200,00

24.972.60

580.00830,00796.34

8454.551,601.20

140,0036.95

953691 360,00

110.00176343

0.6070.8229.0130,03

110,000.34

90,00119,82

1.4175,38

500.00601.344800

3287.891.900.00

106.525100527015.07

1000.002,805.35

88,004873.20

60.00096

28000,0019.0024,93

427.102,999,50

50.0070.0042.56

53182V79

461,7445,0055.1032.97

236001604881 3C0Ú0

fcí7 06

1636.807.02

235.001.10

430.005000,00

24,991.200.00

26.002.70

580,00830.00815.00

9000.001,601.20

1400039.60

960.011.370.00

110,001800.00

0.80710029.0231.00

110,000.36

90.00123,00

1.4176.00

500,00625.00

48.C03 300.001900.00

108,0051,0053 5016.00

1000.002.806.20

86 005.00320

60,000.97

23 000.0019.0025,00

427,102.999.50

500070.0043.00

550 001.80

500,0045.0055.1033.00

236.001800 001 300 00900.00908.01

V690.007,02

800303

18.707 700005250 00

B.003.30

18707700005 49999

20.00 2000 20.00 20.008 80 8 80 8 60 8 80

47C 00 460 00 46' 66 474 993020 JC00 3010 30.20

1.196.00 219600 219a.00 2 199 00

231.001.10

425.005000.00

24.701200.00

25.002.70

580.0083000815.00

8000 001601.20

140.003960 *

950 00137000

110.001765.00

0,8070,0029.0230.00

110.000.35

90.00123,00

1,4175,30

500.00620,00

48.003260.001.900.00

106.0051.0053,5016.00-

1000.002.805.10

88.004.90 •320

60,000.97

;8G00,Ü019.0023.75

427,102.999.50 •

5000 •70.0042.00

550.00 •1.79

500 00 *45.0055.1033.00

236 001600.001300.00

900.0090800

1645.007.028.003.30 -

1870 •7700.00£000.00 -

20008 80 -1

47300 •3000

<1199 90 •

' 2.6-83

?3.37.1

-2,0¦3.8

-3,413.1

-27-0.9

• 1,55.5

? 2.814,2

•16.5

18.721,9

10,0-0.521.6

•5.8?3.1-2,6

?0.2?6610.0

Lo|as Amer icPN 11900Lum'sPN* 500 000Magnesita PNA 120000ManahPN 20 000Manasa PN 7 040 400Mangels Indl PN 5 900Mannesmann ON 16525000Mannesmann PN 11998 100Marcopolo ON 100Marcopolo PNB -500Marvin ON 2 165 000Marvin PN 2.364.900MatecPN 1000MaxionPN 11600Mendes Jr PNB 15000MesblaPN 360 000Mel Barüara PN 6759 000Mel Gerdau PN 14 816700Metal Leve PN 260 000Micheletto PN 10 100 000Minupar PN 16.322.300Moinho Sanl ON 6 100Mont Aranha ON 78 500Nacional PN 152 400Nakata PN 268 200Nativa PN 21 C00Nord Brasil PN ICONoroeste PNED 2000NovadataPNB 2700OdebrechtON 10OOOlrnaPN 112000OtvebraPN 3300 000OrmexPN 4 000Oxiteno PN 200 000Papel Simao PN INT 7076 100Para Deminas PN 4 600Parai&unaPN 1 103000Paranapanema PN 61284 900Paul F Luz ON 7.029 000Perdigão PN 21 700.000Perdigão Agr PN .. 10 300 000Pelrobrao ON 200Petrobrar, PN 479 200PetroIlexON 100 800Petropar PN 2 400Petroquisa PN 31000Prfttenati PN 11000009Peve Part ON INT 1 cooPireftiON 102 400Pirelli PN 1,500F^reln Pneu ON 2.600PtreliiPneuPN ... 1500Progresso PN 50 000 C00PrometalPN 110 500PronorPNA* 44QQRealON 36 500Real PN 17 200Real Cia Inv ON 1000Real Cia Inv PN ...... 600Peal Cons ON 200Real Cons PNB 100Real Cons PND 100Real Cons PNE 900Real Cons PNF 53 030Real De Inv ON 3 100Real De Inv PN 900Real Part ON. 22^3Real Part PNA 2 200Real Part PNB 300Retripar PN 28 772 400RtoOthonPN 15000Rodomaria PN 1 000 000Sadia Concor PN 20 580 200Salgema PNB 30000Sanitn ON ç^v)SamitnPN jooooSar^s J> Nord P\;.• 1081 i £30S^a-c PS y. {¦.S3 i-"o»-^at PN 2Cv-iCCS-d ü-a''a P%

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6 « Negócios e Finanças • terça-feira, 28/7/92JORNAL DO BRASU».

MERCADO

Negócios têm queda

nas bolsas

@ Volume é o menor do ano mas índice sobe até 4% em dia tensoAs bolsas dc valores registraram

ontem os menores volumes de negó-cios do ano. 0 motivo foi um só: aexpectativa que tomou conta do mer-cado com o depoimento do ex-secre-tá rio particular do presidente Collor,Cláudio Vieira, à Comissão Parla-mentar de Inquérito (CPI) que invés-tiga o tráfico de influência do empre-sário Paulo César Farias, o PC, nogoverno federal. Operadores e invés-tidórcs preferiram trocar as telas doscomputadores pela da tevê, ansiosospór acompanhar o episódio conside-rado decisivo para os rumos da crisepolítica que domina o país.

Na Bolsa do Rio, as operaçõestotalizaram CrS 41,4 bilhões — me-nos 29% que na última sexta-feira.Em São Paulo, o volume financeiroalcançou apenas CrS 157,6 bilhões,enóolhcndo 24%. No pregão nacio-naf — que reúne oito das nove bolsasdo país — os negócios apresentaramretração de 27%, somando CrS 45,4bilhões. Os índices que medem a lu-crütividade das bolsas, no entanto,apresentaram alta, comportamento

O volume de negdcio cai{Em milhoes de Cr$)'

Data I BVRJ | Bovespa ['JS/J _ 113.737,0 413.346,6

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24/7 58.534,0 209.528.8^";27/7 41 4S9 157.695,6(1Fonte: Bolsas de valores . "" ||p|||

que surpreendeu os analistas maisotimistas. No Rio, o IBV subiu 2,8%,fechando nos 10.314 pontos. Na boi-sa paulista, o índice Bovespa regis-trou valorização de 3,4%, encerrandoo dia nos 27.655 pontos. E, no pregãonacional, o índice Senn acusou altade 4,1 %, nos 11.320 pontos.

Segundo o diretor da CorretoraMáxima, Pedro Paulo Nunes Ferrei-ra, dois fatores explicam a alta dospreços das ações, num dia em que aexpectativa era de baixa. O primeiro

foi a possível presença do BNDES edos fundos de pensão de estatais nomercado, comprando ações para evi-tar novo dia de queda das bolsas. Éque o comportamento das ações é umdos principais termômetros para me-dir o pensamento dos investidores emrelação à situação política e econômi-ca do país. E uma baixa exageradadas bolsas ontem causaria transtor-nos ainda maiores para o governomanter a economia sob controle.

A segunda justificativa para a ele-

vação dos índices de lucratividade se-ria a presença de alguns investidorestentando puxar para cima os preçosdas ações, com o objetivo principal deviabilizar a sua saída do mercado, semprejuízos.

"Está havendo um esvazia-mento muito grande do mercado acio-nário. E alguns investidores estão pro-curando meios de migrar para outrosativos, temendo aumentar as suas per-das com a confusão política do país.Mas não adianta desespero. Em mo-mentos como esse, o melhor é tercalma, pois senão as perdas podem serainda maiores que o esperado", avi-vou o diretor da Corretora Norsul,Carlos Antonio Magalhães.

Até o início do depoimento deCláudio Vieira, as bolsas operavamem alta de até 4,5%. Quando come-çou a sessão da CPI, os preços dasações começaram com força, voltan-do a subir gradativamente na últimameia hora do pregão. Mas as poucasordens de compra que chegaram àsbolsas, nesse período, comprovaramque a alta de preços foi artificial.

'Black' vai a CrS 4.460

O dia foi de muita expectativa on-tem no mercado financeiro. Desdecedo os operadores tentaram acom-panhar por rádio e televisão as notí-cias sobre o depoimento na CPI doex-secretário particular do presidenteFernando Collor de Mello, CláudioVieira. O dólar no mercado paralelofechou a CrS 4.400 para compra CrS4.460 para venda, com uma valoriza-ção de 1,36%, enquanto o grama doouro encerrou o dia cotado a CrS50.720, com alta de apenas 0,93%. Aalta é menor do que a correção atualdo dinheiro aplicado no mercado in-terbancário por um dia.

A maioria dos grandes investido-re§ preferiu ficar observando as cota-ções do ouro e do dólar no mercado

paralelo. Poucos se arriscaram a fe-char alguns negócios em um cenáriode tanta incerteza. Como lembrouum analista financeiro, decidir qual omelhor ativo agora pode dar grandedor de cabeça: ninguém pode preverao certo o que irá acontecer com oquadro político no curto prazo.

Por conta disto, a preferência temsido mesmo pelos investimentos derenda fixa, como o CDBs e os fundosDl (mercado interbancário). Ontem,os CDBs foram negociados a 1.590%ao ano, projetando uma taxa de26,57% para este mês. Hoje o BancoCentral realiza um grande leilão deBônus do Banco Central (BBCs) deCrS 30 trilhões.

Sai preço para AcesitaA Comissão Diretora do Progra-

ma Nacional de Desestatização divul-gou ontem os preços mínimos para aprivatização da Petroquímica Polisul,da Companhia Industrial Petroquí-mica (PPH) e da Acesita. Os 30,98%do capital da Polisul, hoje em poderda Petroquisa, foram avaliados emUSS 55,3 milhões (CrS 189,1 bilhões).Já os 19% do capital da PPH, tam-bém nas mãos da Petroquisa, foramavaliados em USS 43 milhões (CrS146,6 bilhões).

A Acesita, cujo leilão de privatiza-ção está marcado para o dia 22 deoutubro, teve o preço mínimo totalfixado em USS 476,6 milhões (Cr$1,3 trilhão). Os 74% das ações dasiderúrgica que serão vendidos pela

Comissão foram, no entanto, fixadosem USS 352,7 milhões (CrS 1 trilhão).O leilão da Polisul está marcado para10 de setembro e o da PPH para o dia24 daquele mês. Antes, porém, no dia6 de agosto, o BNDES vai leiloar40% do controle acionário da Nitri-flex, ao preço mínimo de USS 30milhões (CrS 105 bilhões).

Ontem, a Comissão de Desestati-zação decidiu, também, aceitar crédi-tos da União representados por títu-los judiciais como moeda depagamento das empresas incluídas noprograma de privatização. O valorserá atualizado com base nos índicesfixados nos contratos entre o titulardos créditos e a União.

Tarifas de seguros

já estão liberadas

SÃO PAU-LO — Após50 anos decontrole, omercado deseguros, quemovimentíUSS 3,5 bi-1hões porano, vive mo-mentos demudança. Ouivio MillietDesde o dia 17 deste mês, quandoo Plano Diretor para o Mercado deSeguros foi lançado pelo governo,as regras sofreram modificações ra-dicais. Entre as mais importantesestá a liberação tarifária, ou seja,daqui para frente cada seguradorapoderá cobrar o que quiser de seussegurados. Até então, as tarifas deseguros tinham de respeitar taxasdeterminadas pela Superintendên-cia de Seguros Privados (Susep)."Isso vai provocar uma baixa nospreços dos seguros, já que as em-presas vão querer conquistar umacarteira maior de clientes", diz Otá-vio Milliet, presidente da Federação

TIí f

li

nimNacional das Corretoras (Fenaçoj;),No caso dos seguros para incêiHi

dio, por exemplo, ele acredita quejd'redução pode chegar á metade d«>sfvalores cobrados hoje. De uma ma- ineira geral, estas reduções, de acol-?do com ele, podem variar de 5%ial%60%. Com 126 companhias de wguros e cerca de 30 mil seguradortó;'!este mercado tem uma enorme M*3

- paridade de crescimento, seguiicfó1'Milliet. "Com a desregulamenfá^ção, a previsão é de aumentar1 omercado em até cinco vezes airiüà®'nesta década", diz. Outra novidade''do Plano Diretor é a liberação dé?indexação. A partir de Io de janeiro1)de 1993, cada seguradora poderáiiescolher o índice que quiser pararealizar os reajustes. Atualmente, >|s(Jempresas são obrigadas a corrigir^.,prestações em cruzeiro ou pelarTRD (Taxa Referencial Diária);

Segundo Milliet, há ainda a vàii-'tagem de se trabalhar em um mer;|jcado livre, aberto para novos prb-"'dutos, com preços e formas dé'~pagamento diferenciado.

Presidente pretende

emitir mais moeda

i/ur,• 107OCjUdimsj!!0 O!

BRASÍLIA — O presidente Fer-nando Collor vai pedir ao Congres-so Nacional autorização para umaemissão adicional de CrS 21,1 tri-lhões em papel moeda durante osegundo semestre. O voto do BancoCentral ao Conselho MonetárioNacional (CMN) propondo a emis-são adicional já foi aprovado adreferendum e deverá ser homologa-do amanhã. De posse da homologa-ção pelo CMN, o presidente enca-minhará mensagem ao Congressopedindo a emissão.

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'! jfA medida representará expanSãbJde 240% sobre o saldo da haíe-.monetária existente até 30 de junHo.»Essa é a segunda vez no ano que opresidente pede ao Congresso emis-são adicional de moeda. A primeira,<foi em fevereiro. Conforme justifi-,:cativa do Banco Central, a emissão '

é necessária para atender uma de--,manda transacional. Com a infiá-j,ção, é necessário produzir um nú-jimero maior de cédulas para astransações. . j;

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Bolsa de Mercadorias e Futuros.i **¦ -><-„/,<volume Geral

£f Contrato* I |g Numtros d« f Contratos :§§ Volume | Part.•maberto | || nag6cioa j nagociadot || (Mil Cr$) |§f (%)"\..,Ouro 174.784 669 44.773 375 676.568 17.59^.Jndice 18 010 2 314 22 490 354 016.875 "'""'""16.58^...Ajgodao 00 o.oo\...Ca»6 1.702 68 164 3.598 8^...!.!.! I Z"! 0.1712^1.210 133 12.257 316.JM.595''| ^'"|' 14,81

198.723 285 28.500;' BoiGordO 640 11 16 431.743 0.02Bezerro 191 97.125 0.00Total 515 269 3 483 108 206 2.135 308 664 100.00

Ouro/disponivelValor tto contrata» 2*Og

Veto | Contr [ Nag6cios|. Abert | Mlnimo ] Mtnimo] Ult [ Q»c [

27.9)6 459 M.S90J0 50 500.00 50780.00 ' 5072000 + 0.9

Ouro/Mercado de Opyoes sobre disponivelV>lef do cofitralot2SOo C«ti*«MM><>nne4nM|M>r grama

Veto | Enarc ] Contr j Nag [ Abart | Mln || Mtn [:; Ult |'.St.01 40 000 00 1 350 16 23.700.N ja.JM.00. 23 780.00 23.760.00J..SI02 45 000.00 160 2 20.550.00. 20 550.00 20 600.00 20 600.00I..SI06 .feOOO.OO 2,608 ,26 £*>0.00 7 250.00 7 300.00 '" 7.300.00

S107 70000 00 7.051 29 4-050.00 4 000.00 4,100.00 4,100.00I. SIM 75 000X0 2 569 68 1 550.00 1.450.00 1 600.00 1 550.00J..SI26 40 000.00 1 032 15 10.00 10.00 10.00 10X0

SIM 70 000.00 84 2 150.00 150.00 200.00 200.00 IS133 75 000.00 1 848 26 900.00 900.00 990.00 920X0 '

Mercado Futuro/ÍndiceVcJor do ocmtmtoj Crt 5,00 p/pontM» . -. . • ?

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Mercado Futuro/Dl - Depósito Interfinanceiro de 1 diaVaSor do contrato: Cri 100,00 p/pooto l>.U, C*t*f«o «n pontoa do P.U.

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Mercado Futuro/Boi GordoValor do Contrato? 330 arrobaa Hquldaa. CotaçÔas «m pootw» por arrobaa

A902"Ò'ut2 134401"

18.8022.90

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19.5022.90

(Mercado Futuro/BezerroValor do Corrtnrto* *30 arrobaa UqgkJoo. ¦ . 1 1 ... . 1Cotaçdoa «m pontoa por catrtçx.

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120;80126.90

120.00 120.80126 90 126 90

12080126.90

INDICADORES

Contribuições ao INSSComtmUatím P^mhmiiCo «éOI/O#. mui corr«ç4o; até M/08«mvwtmr «m quantMwl**» Ufir do «• 01/M • muitiplká-hi p«4« Ufirdodi«dopaow(Mnto:a|>6«M/M*cf«SMtrtarnwfU*Jwro*.

Autônomos, Empresários • Facultativos

ClatM Filiação/Tempo(anos)

m B«M(Cr$) (;Aliquoti*% ApagarCrt Mmtdi'IT '$ § Pwnunintii

6789

10

Até 1Mais de 1 até 2Mais de 2 até 3Mais de 3 até 4Mais de 4 até 6Mais de 6 até 9Mais de 9 até 12Mais de 12 até 17Mais de 17 até 22Mais de 22 anos

230.000,00425.368,49638.052,75850.736,99

í.063.421,251.276.105,51í .488.789,741.701.474,001.914.158,242.126.842,49

101010202020

"20"

20]20

23.000,0042.536,85"

| 63.805,28170.147,40212.684,25255.221,10297.757,95340.294,80382.831,65425.368,50

121212122436366060

'4- :Assalariados, Domésticos a Trabalhadores Avulsos

Salirio de Conlribuiçio (Cri) Alíquotas (%)

até 638.052,75 8de 638.052,76 até 1.063.421,25 de 11.063.423,26 até 2.126.842,49

10

Obs: Percentuais incidentes de forma não cumulativa.Contribuição do empregador domóstico: 12% do salário pago, respeitandoo teto acima.

As contribuições da empresa, inclusive a rural, não estão sujeitas a limitede incidência.

Impostos, taxas e IndicesFovcroiro [ Marco Abril| Malo| Junto)L Julhoj-

; '.y.n.'.f. .1?:55?.69 24,200,65 30.878,46 ^37.^1,7^^^^^M.ffirj 33.371,00 41.917, CK) 52.OT1,00"jB3.0^y.fi.ni.t. .29.862,00 37.338,00U.PF 9:110,01 11...443,13 14.220,30 ^17.218,04'''^^.y.fi.r 749,91 ,^5,iM.™""l.153,96 !"!!:1.M2,7?'""3I-70M

Imposto de RendaBaso de cálculo(CrS) Parcela a deduzir'

(CrS)Alíquota

' -* I 1IR na Fonte (Julho)

Ate 2.104.280,00 isentoDo 2.10.1.280,01 a 4103.3-16,00 2.104.280 15Acimade 4.103.346,01 2.903.906 25

Deduçõesa) CrS 84 171 (julho) por dependente, b) CrS 2.104.280 (julho) para aposenta-dos. pensionistas e transferidos para reserva remunerada a partir do mês que:completar 65 anos de idade.c) Pensão alimentícia paga devido a acordo ousentença judicial.d) Contribuições para Previdência Social.

Fonte: Secretaria de Receita Federal

Taxas AndimaOpwaffai antra TauOver' Rent. Rent. Rent. Proj.In»t. Fiiwnc«ir«i(1) (%«.m.) Oia.(%) Sem.(%) Mes(%) Mm(%)

UC/LfT/BBC/NTN 30.11 1,00 1.00MM.(CDB| 30.17 1,01 1,01 21,16 26,11P|-0»or 30.16 1,01 1,01 21,15 26,10LFTE 30,36 1,01 1,01 21,38 26,37

MERCADO FUTURO |OE Dl

DIOverFutagosto/92setembro/92

JP.U. om otrer Rent- Rent. Rent. Proj.Cr* (%a.m.)| Pia.(%) Sem.(%) Mes(%) Mes(%)

94.99075.615

31,0032,43

1,031,08 26,27

25,62A parti' de 17/10/91. a Circular n6 2063 do Banco Central, petmiie a realização de operações compromissadas com pessoas físicas e jurídicasnão financeiras apenas com títulos públicos e prazo mínimo de 30 dias

IndicadoresT.R.0.(2)T.R.D. 28/07UFIR julho/92 (2|01/07UFIR diáriaUFIR dürú 28/07

Preço CrS/Indico

2.104,282.459,782.478,86

Var.Dia(%)

0,9303730,930373

0,890,780,78

Var.Sem(%)

0,931,873,810,781,56

Var.Mes(%)

19,1920,300,89

17,8018,72

Proj.Mcs(%)

23,6923,6922,5021,5021,50

I USS Comercial (2) 24/07compravenda

I US$ Comercial (1)'compravenda

4.026,804.026,85 0,87 4,43 16,83

4.061,874.061,92 0,87 0,87 17,85

. I USS Flutuante (2) 24/07compravenda

4.288,234.325,11 6,27 18,88

I USS Paralelo (1)'compravenda

4.400,004.450,00

1,27

1.14 1,14 19,62¦ USS BM&F • Comercial (3)agosto/92

setembro/92I USS BM&F-Flutuante (3)agosto/92

4.250,005.243,00

23,3023,36

4.615,00 27,39¦ Ouro Spot

SIN0 • Fec.(1)' 50.720,00 0,94 0,94 25,39BM&F • Fee. 50.720,00 0,94 0,94 25,39BBF • Fee. 50.720,00 0,94 0,94 25,39IBV.RJ(S) 10.314 2,85 2,85 35,62Ibovespa (6) 27.655 3,40 3,40 37,80(') Dados obtidos através de amostra da ANDIMA

-¦¦¦ ¦ -/v--Foatt:ll)AHDIMA;l2jBancoCentral.l3IBMAF.I4)BBF;l5IBVíV.l6)BOVESPA

CâmbioTurísmo

: -Compra

(CrS)Venda(Crt)

D6lar 4.365,39 4.439,08Escudo 32,00 34,00Franco Sui?o 3.188,00 3.315,00 fFranco Frances 835,00 869,00lene 33,00 35,00Libra 8.035,00 8.356,00Lira j 3,65 3,90Marco Alemao 2.822,00 2.935,00Peseta 43,00 46,00

Ouro(Cr*-Hngota por aramas)•V >•>. ¦•..'t. •

Compra Venda

Banco doBrasil(250g) 50.700,00 50.720,00Goldmine(250g) 50.620,00 50.720,00

•^urinvest(250g) 50.650,00 50.720,00Safra(1 OOOg) 50.600,00 50.720,00BozanoSimonscn(1 OOOg) 50.700,00 50.720,00

Fonte: Banco do Brasil'ANECC Fundidoras fornecedoras c custodiantes creden-ciados na Bolsa Mercantil e de Futuros

1

JORNAL DO BRASIL

Grevistas do

IBGE podem

ir a MarcílioO apoio do vice-presidente Ita-

mar Franco a uma audiência docomando grevista com o ministro-da' Economia, Marcílio MarquesMoreira, é a maior esperança dosfuncionários do Instituto Brasilei-ro, de Geografia e Estatística (IB-GE) de chegar a acordo sobre osdias parados. Em greve há 60 dias,

empregados fazem assembléiahoje de manhã, e em seguida ini-ciam vigília em frente à sede doipstituto no Rio pela reaberturadas negociações.

o O presidente do IBGE, EuricoBorba, em entrevista à Rádio Jor-nai do Brasil, reafirmou a disposi-ção de descontar do pagamento osdias parados, "até

para não ser in-justo com quem trabalhou".

' Os grevistas e a direção do insti-tilto acertaram o valor do adianta-mento de dividas trabalhistas (Cr$280 mil, no mínimo) a ser pagoagora e descontado do montante dodébito a repor, em janeiro. A diver-gência sobre a elevação do piso dossalários dos funcionários de nivelauxiliar, que os grevistas esperamver estendidos aos níveis médio esuperior, já não importa tanto. Ocentro das divergências é o descon-to ou não dos dias parados.

Indústria em

SP mantém o

desempregor'SÃO PAULO — A indústria

paulista dispensou mais 1.300 tra-bajhadores na terceira semana dejulho (-0,08%), elevando o núme-rÔ de demitidos no mês para 4.983e para 107.303 no ano. Segundo odiretor do Departamento de Esta-tística da Federação das Indús-trias do Estado de São Paulo(Fiesp), Horácio Piva, o resultadodo nível de emprego da terceirasemana do mês mostra uma esta-bilidade em relação ao dado dasegunda semana (-0,07%). Os se-tores que mais demitiram forammalharia e meias (-1,44%), gráfi-cas (-1,13%), pneumáticos e câ-maras de ar para veículos (-0,90%), relojoaria (-0,63%) e pro-dutos químicos (-0,60%).

terça-feira, 28/7/92 • Negócios e Finanças

CPF vai mudar em 93

M Receita marca para abril recenseamento de contribuinte

Kapaz acusa Amato

de manobra eleitoralNélia Marquez

BRASÍLIA — A Receita Federalmarcou para abril do próximo ano o~recenseamento de todos os contri-buintes inscritos no Cadastro de Pes-soas Físicas (CPF). A idéia, conformea coordenação do Programa de Reca-dastramento, é iniciar o projeto si-multaneamente ao processo de apre-sentação da declaração derendimentos de 1993, referente ao a-no-base 1992. Os outros contribuin-tes, que têm CPF mas não são obri-gados a apresentar a declaração terãoque se apresentar espontaneamente àReceita para confirmar sua inscriçãono CPF.

O recadastramento terá dois obje-tivos: limpar o sistema e não compli-car a vida do contribuinte. Não háintenção de alterar os números atuaispara que o contribuinte não tenhaproblemas com cadastros em bancos,lojas e financeiras, informa uma fonteda Receita. Existem hoje 80 milhõesde inscrições no CPF, o que dificultao controle da máquina. Um levanta-mento preliminar da Receita identifi-cou que há muitas pessoas operandocom mais de um número de CPF.Outras utilizam o CPF de pessoasmortas e há ainda os que se inscreve-ram sem ter interesse fiscal.

Emerson Kapaz

A facilidade com que se pode ob-ter um CPF e a proliferação destesdocumentos, segundo os técnicos daReceita Federal, facilitam as fraudesno sistema financeiro. O recadastra-mento já estava decidido pela Receitahá .'alguns meses, mas o escândalo PCe a identificação, em alguns bancos,de, clientes fantasma que abasteciamas contas de familiares e assessores dopresidente Collor tornaram a provi-dència mais necessária ainda.

Vestibular— Hoje, o númerodo CPF é exigido até mesmo parainscrição em concursos vestibulares epagamento de pensões. "Daqui apouco, vão exigir o CPF até mesmopara noivas", ironiza um dos técnicosenvolvidos no programa de recadas-

tramento. O número do CPF passoua ser mais importante que o da cartei-/ra de identidade, atesta o técnico.

Além das irregularidades fiscais, amultiplicidade de índices atrapalhatambém o controle por parte da Re-ceita sobre os contribuintes. Os nú-meros e seus respectivos históricosfiscais estão armazenados em fitasmagnéticas dos computadores doServiço Federal de Processamento deDados (Serpro). O resultado é que osistema tornou-se extramemente car-regado, causando congestionamentossempre que um fiscal quer acionar oscomputadores. Para o presidente daUnião Nacional dos Auditores Fis-cais do Tesouro Nacional, NelsonPessuto, o número ideal de inscritos éde 20 milhões de contribuintes.

Sistema identificará 'fantasmas'

SÃO PAULO— Os ânimos seacirram ás vés-peras das elei-ções à Federa-ção das Indús-trias no Estadode São Paulo(Fiesp), onde ovoto é indireto,e ao Centro dasIndústrias noEstado de SãoPaulo (Ciesp),onde o pleito será decidido por 8.764empresários com direito a voto. Coma decisão marcada para esta próximaquarta-feira, chegou o momento docorpo-a-corpo, quando últimas fichassão jogadas à mesa.

Na oposição, Emerson Kapaz,presidente das chapas às duas entida-des — e o preferido nas pesquisas aoCiesp — divulgou nota oficial recha-çando a afirmação do presidente daFiesp, Mário Amato, feitas neste fi-nal de semana, na qual defendeu queo vencedor da Fiesp deveria levartambém o Ciesp. "As declarações doSr. Mário Amato não surpreendemàqueles que conhecem a história daslutas pelo poder travadas dentro daFederação e do Ciesp. Na verdade, amanobra tenta evitar que o Ciesp setorne efetivamente representativo,

escapando dos atuais 'donos' da en-tidade é antiga", abre o documento'.'

A nota acusa o atual presidenteda Fiesp de tentar, com as declara-ções, confundir os associados, "agi-tando o fantasma de um supostoenfraquecimento das entidades"-nocaso do racha entre as duas casas —uma possibilidade que se torna* maisconcreta diante da provável derrotado candidato da situação CarlosEduardo Ferreira no Ciesp. ' ¦'

Kapaz está confiante no resulta;-do no Ciesp, já que se saiu vencçdprcom 58% das intenções de votóseindoze dos vinte sindicatos que realiza-ram prévias junto a suas bases. NaFiesp as estimativas são mais mo'des-tas. A oposição acredita ter 42 Votosno colégio eleitoral, formado por 121presidentes de sindicatos patronais,'.

No caso da divisão das casas en-tre correntes diferentes, Kapaz admi-te a convivência entre as duas cjja.-pas. Mas descarta a possibilidade ,dâformação de uma chapa de conciliarção num possível segundo turno,dáseleições ao Ciesp. O estatuto diz emeé necessário a metade mais um.dosvotos. Mas não especifica se a refe-rência é em relação ao total dos em-presários com direito a voto ou ototal dos que efetivamente votaram."

José Ramos

BRASÍLIA — O Sistema Geradorde Ações Fiscais (Siga), que está sen-do desenvolvido pela Receita Federale pelo Serviço Federal de Processa-mento de Dados, poderá ser usadopara detectar investidores fantasmasdo sistema financeiro, como os des-cobertos pela CPI do Caso PC. Acoordenadora geral de fiscalização daReceita, Celi Depine Mariz Deldu-que, explica que o sistema, que fun-cionará a partir de setembro, permiti-rá o cruzamento de informações detodos os registros de operações feitaspela pessoa detentora de um determi-nado CPF.

Se o CPF está registrado no no-me de uma pessoa inexistente, usa-do por um investidor que realiza ioperações fraudulentas ou ilegais, .dificilmente haverá declaração deImposto de Renda relacionado

àquele número. Dificilmente ofraudador também irá registrarbens móveis ou imóveis em nomedeste fantasma, pois isto facilitariaa detecção da fraude. Mas a cadaaplicação financeira realizada poreste investidor, é registrado um ex-trato de recolhimento do Impostode Renda retido na fonte com onome do investidor e o número deseu CPF. Este registro é enviado àReceita Federal e comporá um dos31 bancos de dados que serão usa-dos no cruzamento de informaçõesfeitos pelos supercomputadores doSerpro em Brasília, Rio de Janeiroe São Paulo. Um investidor normalsurgirá no computador da Receitanão só com o valpr do impostopago nas operações financeiras,mas acompanhado de um retratode sua situação fiscal, informandose apresentou declaração de rendi-mentos e mostrando o patrimônio

pessoal registrado nos cartórios eDetrans, por exemplo.

Periodicamente os fiscais pode-rão acessar os computadores paraverificar os contribuintes do merca-do financeiro que pagaram impostoa partir de determinado valor.

O cliente fantasma, no entanto,aparecerá no computador só na re-lação de imposto retido, sem nadaque justifique a origem do dinheiro.Este vazio patrimonial acionará oalarme da Receita, que deverá en-caminhar um fiscal para verificarno banco os dados cadastrais docliente.

Celi Depine Mariz afirma que afilosofia do novo sistema é a mes-ma da Operação Omisso, iniciadaem 1988 para descobrir pessoasque estejam omitindo renda oudeixando de apresentar a declara-ção anual. A diferença é que apartir de agora o cruzamento deinformações será permanente.

Ferreira aposta na

sua eleição na FiespSÃO PAU-

LO — O em-presário Car-los EduardoMoreira Fer-reira, candi-dato da situa-ção naseleições daFederação eCentro dasIndústrias doEstado de SãoPaulo (Fiesp e Ciesp), já conta comocerta sua vitória nas duas entidades.Embora as pesquisas mais recentes ocoloquem na dianteira na Fiesp masapontem o nome de Emerson Kapaz,da oposição, para ocupar a Ciesp,Moreira está convicto de que o jogovai mudar e não haverá racha naindústria de São Paulo.

Moreira Ferreira

Ontem ele reuniu a imprensapara tentar aparar as últimas ares-tas e atrair o voto dos indecisos,estratégia também usada por Ka-paz. Moreira Ferreira fez durosataques ao seu adversário político,dizendo que os gastos de campai-nha foram milionários, que Emer-son Kapaz era apenas um outdooratrás do qual se escondia o "rançoindustrial de São Paulo".

Moreira fez discurso de presi-dente da Fiesp e já começou a dizerque sua primeira providência seráreunir o Conselho para traçar prio-ridades. "A Fiesp será independen-te, mas firme e forte em suas posi-ções e sempre ouvirá as bases. Vaiprevalecer a vontade da maioria."

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No fundo, os fundos de renda fixa são muito parecidos. Administramuma carteira composta por títulos públicos e privados e contratos nomercado futuro de taxas, obedecendo ao regulamento do fundo e àsnormas e determinações do Banco Central do Brasil. São direcionadosa pessoas físicas e jurídicas. As aplicações e resgates podem ser efetuados

pessoalmente ou por telefone e as cotas são atualizadas a cada 28 diascorridos. Agora o BCN está lançando o FundoBCN de Renda Fixa, com todas as características

dos outros mas com um forte diferencial:administração—o Fundo BCN de Renda Fixa

é administrado pelos melhores profissionais domercado. Uma equipe altamente preparada,

que está sempre em busca dos melhoresresultados para suas aplicações. O BCN tem tradição nacriação e administração de produtos e serviços que vêm aoencontro das necessidades de seus clientes. Sempre comdiferenciais que demonstram nossa preocupação em dar omelhor a você. Procure uma Agência BCN e aplique noFundo BCN de Renda Fixa.

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O FUNDO.

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8 • Negócios e Finanças o- terça-leira, 28/7/92

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Porto Alegre — Mauro Mattos

Rocha Lima. rêvõiuça^io^erviço^d^estatal, que também vai transportar cartas

Novos serviços da ECTy^í v •Carteiro vai pagarcontas, impostos eaté comprar pizzas

PORTO ALEGRE - A par-

tir do próximo dia 2 de agos-to, os cariocas, capixabas e brasi-lienses poderão se utilizar doscarteiros, na porta de suas casasou nas agências, para pagar con-tas de luz, água, telefone, carnêsde crediários, impostos e até paracomprar pizzas. Tudo graças á re-volução operacional que a Empre-sa Brasileira de Correios e Te-légrafos está colocando emprática. "A ECT também trans-portará cartas", filosofou ontem,o presidente da estatal, José Car-los Rocha Lima, que participa, emPorto Alegre, do Encontro Nacio-nal de Serviços da ECT, reunindodiretores regionais de todo o país."A nossa opção é a ousadia.Vamos continuar operando no

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convencional, de trazer e levarcartas. Mas vamos servir muitomais ao cidadão. Seremos atémesmo um agregado do sistemabancário, fugindo dos negócios fi-nanceiros, mas nos tornando umbanco de serviços", disse o presi-dente da ECT. Até dezembro dopróximo ano, em todo o país, aempresa vai estar prestando todoo tipo de serviços à comunidade,no mercado de pequenas enco-mendas ou na, prestação de servi-ços. E, para isso, serão investidosUS$ 500 milhões, "com recursospróprios", nos sistemas de comu-nicações, rede de transportes e emtecnologia.

Sem monopólio — JoséCarlos Rocha Lima observou que92% da receita da estatal (US$ 41milhões de lucro em 1991 para umfaturamento de US$ 1 bilhão 336milhões) provêm de pessoas jurídi-cas. "Mas, a cada dia, as empresasestão reduzindo seus custos, oti-mizando serviços, substituindo

suas cartas e correspondências pe-lo fax, por exemplo." Ele garantiuque os novos serviços da estatalnão conduzirão a um monopóliode mercado. "O mercado de pe-quenas encomendas no país movi-menta cerca de US$ 2 bilhõesanuais. A nossa participação nãodeverá chegar à metade desse va-lor. Vamos entrar para compe-tir, para lucrar, mas, fundamen-talmente, para servir o cidadão",observou.

Rio de Janeiro, Espírito Santoe Brasília serão os primeiros esta-dos brasileiros a se beneficiaremdesses novos serviços. "Cada re-gional vai definir o que fazer, quetipo de serviços prestar à comuni-dade. Nós cobraremos apenas osresultados", disse Rocha Lima.

Ele lembrou que o sistema defranchising vai continuar sendo in-centivado. Temos um total de 70mil funcionários e 91% dos servi-ços estão na área operacional.

Café em lata chega

nos supermercados

BELO HORIZONTE — Apostandona existência de um promissor merca-do para um produto de qualidadeelevada, destinado ao consumidor demaior poder aquisitivo, o cafeicúltormineiro Renê Renault vai lançar estasemana um café tipo exportação: oPuro Grão, que sera vendido em lata,embalagem inédita no país. O produ-to chegará ao mesmo tempo nos su-permercados das seis principais capi-tais, além de Brasília."Queremos

que o Puro Grão setransforme na referência do café dequalidade no Brasil", afirmou Re-nault, proprietário da Indústria deTorrefação e Moagem de Café Cam-pos Altos Ltda. O projeto de lançarno mercado brasileiro um café que édestinado à exportação foi iniciadohá dois anos e necessitou de investi-mentos de US$ 120 mil, na monta-gem da torrefadora, no município deCampos Altos, no Alto Paranaíba,que tem capacidade inicial para pro-duzir 30 toneladas/mês. Renault es-

pera recuperar seu investimento numprazo de aproximadamente três anos.

O café Puro Grão será lançadocom uma campanha publicitária dire-cionada ao consumidor de maior po-der aquisitivo. O novo produto deve-rá chegar aos pontos de vendas noRio, São Paulo, Belo Horizonte, Por-to Alegre, Curitiba, Recife e Brasília,com um preço médio de CrS 11 mil opacote de meio quilo, cerca de 30%mais que o café de melhor qualidadeatualmente no mercado.

Decisão — Cafeicúltor há 10anos e começando agora no setorindustrial, Renault disse que montousua fábrica de modo a ampliar a pro-dução com facilidade. Ele revelouque antes de decidir lançar o produtoforam feitas diversas pesquisas demercado, quando ficou constatada afalta de marcas de café de elevadopadrão de qualidade. A lata é umoutro trunfo. "É uma embalagemmuito bonita e que poderá ser apro-veitada posteriormente pela dona decasa", afirmou.

Terreno do Atlético

vai ter um shoppingBELO HORIZONTE — O consór-

cio formado pelo grupo Multiplan —construtor do BarraShopping e doBH Shopping, entre outros — e aIBR Administração, Participação eComércio, holding da empresa ElmoCalçados, assina hoje à tarde, com oAtlético Mineiro, o contrato paraconstrução de mais um modernoshopping center nesta capital. O novocentro comercial será construído noterreno do antigo estádio do Atlético,no tradicional bairro de Lourdes, naZona Sul da cidade.

O consórcio Multiplan e IBR Ad-ministração, Participação e Comér-cio, que venceu outros três gruposempresariais na concorrência, encer-rada semana passada, investirá cercade US$ 60 milhões na construção doshoppping, que terá um total de 159lojas (107 na primeira etapa e outras52 numa fase de expansão). O contra-to prevê o arrendamento por um pe-ríodo de 30 anos. Terminado o prazoo empreendimento será devolvido aoAtlético.

Durante o arrendamento, o Atlé-tico receberá 15% do faturamentomensal. O presidente do clube, Afon-so de Araújo Paulino, prevê uma ar-recadação anual entre US$ 1,3 mi-lhões e US$ 1,5 milhões. Caso ofaturamento seja abaixo do esperado,o Atlético tem a garantia de umaremuneração mensal nunca inferior aCrS 100 milhões, a preços de hoje,corrigidos trimestralmente pelo 1GP.

Execução — O consórcio ven-cedor da concorrência tem prazo de24 meses, a partir da assinatura docontrato, para executar o projeto.Além de garantir a remuneraçãomensal ao clube, o consórcio Multi-plan e IBR assumiu a dívida de CrS700 milhões do Atlético com o Bancode Crédito Real (Credireal), referenteao empréstimo para pagamento deindenização à Prefeitura de Belo Ho-rizonte pela devolução do terreno,avaliado em US$ 25 bilhões. Paulinoacredita que a construção do shop-ping vai significar a autonomia finan-ceira do clube.

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CEMIGCompanhia Energéticade Minas Gerais

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COMPANHIA ABERTA - CGC 17.155.730/0001-64

Extrato da Ata da 212a Reunião doConselho de Administração

Pota' ?ra e ,ocal: 05-06-92' às 14:30 horas, na sede social, à Av. Barbacena, 1200 -18o andar, em Belo Horizonte - MG.Mesa: Presidente — Luiz Alberto RodriguesSecretário — Altino Mota dos SantosSumário dos fatos ocorridos:.

I — O Conselho aprovou:a ata da reunião anterior:a proposta de honorários da Arthur Andersen S/C para a prestaçãode serviços profissionais de auditoria independente, relativos a revisão3O%6%2e\o/O9/íl2ÇÕ0S Trimes,rais ~ ITR s da Cemí9 em 31/03/92.

II — O Conselho — em acordo com o disposto nos itens 6.1.1,6.2,1 e II, e 6.3do Regulamento de Licitações da Empresa ratificou o reconhecimento desituações de inexigibilidade ou dispensa de licitação, autorizando:a contratação direta com a DBOPEN Informática Ltda, dos serviços deatendimentos e suporte aos softwares INFORMIX-SE V.4.0, INFORMIX-e?NFORMIX4SQL vToM'X

10 V4'°' INF0RMIX"4GL0 Compiled V.4.0a contratação direta do Seriai para ministrar o Curso de Direção Defensivapara mais 654 empregados;a aquisição direta junto ao fabricante, General Electric Co., de 220 peças dereposição para manutenção de relês de proteção de distância modeloIII do Sistema Cemig, sendo 150 relês e 70 potenciômetros;a locação direta com o fabricante IBM Brasil de uma controladora determinais IBM 3174-11RB, duas controladoras de terminais IBM 3174-9RB e 17 terminais de vídeo IBM 3472-FGV;a contratação da Fundação Christiano Otoni para a realização de se-minários para treinamento de dirigentes, gerentes e facilitadores daCemig, relativos ao Programa Qualidade Total;3 aquisição direta junto ao fabricante AMP do Brasil Conectores Elétricos oEletrônicos Ltda., de conectores ampaotinhos e coberturas isolantes;a contratação direta junto à IBM Brasil da locação do sofware MVS/ESA -versão 4.2, pelo prazo de 48 meses;a aquisição direta de um equipamento para ensaio de estabilidade àoxidaçao em óleo de turbina da empresa Koehler Instrument Co., Inc.(E.U.A.);a aquisição direta de 1 conjunto de equipamentos para ensaios dinâmicosem Unidades Geradoras, que será fornecido em 03 (três) módulos inde-pendentes pelos seguintes fabricantes: Carl Schenck AG (Alemanha);(USA)*

^Xp0rt (Dinamarca); Computational Systems Inc.a aquisição direta junto à Voith-Brasil, única representante no Pais dofabricante VOITH GmbM - Alemanha, das borrachas de apoio das sapatasdo mancai de escora da unidade geradora n° 03 (três) da UHE deEmborcação;a aquisição direta, complementar, junto aos fabricantes de 26.627 medido-res de energia ativa, conforme a seguir discriminado: a) SchlumbergerIndustrias Ltda. - 4.250 unidades; b) FAE - Ferragens e Aparelhos Elétricosb/A -3.500 unidades; c) ASEA Brown Boveri Ltda. - Divisão Apel - 3.000unidades, monofásico, e 4.250 unidades, polifásico; d) Nansen S/A -Instrumentos de Precisão - 4.250 unidades, monofásico, 120 volts, 752unidades monofásico, 240 volts, e 2.500 unidades, polifásico, 120 volts, ee) General Electric do Brasil S/A - 3.625 unidades.III — O Conselho autorizou:~

% PÜrT™a™e -•Mm.,errono urbano de Propriedade da Cemig, com a áreade 4.200,00m , situado no Bairro Santa Maria Gorell, Ouro Fino. peloimóvel pertencente à Prefeitura Municipal de Ouro Fino. constituído deterreno com aproximadamente 900.00m', situado à Rua Rogério Gissonina mesma cidade;3 V^n j3 30 ®r' -'os® Benedito Fontes de uma faixa de terreno,medindo 1.50 metros de largura, por 37,60 metros de comprimento,parte do imóvel de propriedade da Cemig, situado ás Avenidas 23 e25, na cidade de Ituiutaba-MG;a alienação do lote de terreno n° 3, quadra 22, do Bairro Laranjeiras, nomunicípio de Betim-MG, ficando instituído o ônus de servidão a favor daLemig, em parte do referido lote.IV O Sr. Presidente determinou a retirada de pauta das seguintes matérias:ratificaçao de reconhecimento de situações de inexibilidade de licitaçãopara a contratação direta da empresa Neusa de Paula Antunes ME para aprestação de serviços técnicos especializados de Consultoria dirigidos aoprojeto Tarifas de Referência da Cemig" e da Fundação Christiano Otonipara a prestaçao dos serviços relativos a ensaios elétricos em isoladorespoliméricos nacionais instalados em loçais de risco, alienação de umterreno, com aproximadamente 295.78m\ parte do imóvel situado à RuaCel. Antônio Teófilo, em São Tomás de Aquino - MG

I SrAf,es|dent®- os Conselheiros Carlos Eloy Carvalho Guimarães, JoséLuiz Alqueres, Amaro Lanari Júnior e Marco Paulo Dani fizeram conside-rações sobre assuntos de interesse da Companhia.iltj?í1?.?S A?°nJ?lheÍ!.OS LuiZ ^lbfLrto Rodrigues. Carlos Eloy Carvalho Guimarães,Jose Luiz A quéres. Marco Paulo Dam, José Francisco Fátima dos Santos. José daCosta Carvalho Neto. Amaro Lanari Júnior, Paulo Abércio Baptista de Oliveira e JoséMonteiro de Castro e Altino Mota dos Santos, Secretário.

a) Altino Mota dos SantosJunta Comercial do Estado de Minas GeraisCertifico e Registro sob o número 1.134 13220.07.92

João Luiz Ribeiro - Secretário Geral

Self-serviceA cadeia de lavanderias self-

scrvice Laundromat abriu sua pri-meira loja em Friburgo, a únicado gênero na cidade e com capaef-dade para lavar também roupa pe-sada, como cortina, colchas,_ctc.A Laundromat está lançando ain-jda uma nova linha de lavadoras osecadoras para hospitais, clínicas ohotéis, com capacidade para ato50 quilos de roupa, numa 'ímiciioperaçao.

Para turismo •! jA empresa de informática',VRÍ

está lançando o Safotur, um sofjiware que automatiza operações dévenda nas agências de turismo. Osistema foi desenvolvido dufântçquatro anos e é resultado de pesrquisa que realizou completo ras*treamento da situação das agêii*cias brasileiras. A versão em redeserá apresentada no congressj} cfyAbav — Associação Brasileira doAgentes de Viagens, entre osidiàá9 e 13 de agosto, no estande> daEmbratel, no Riocentro. :',i: -í<ii) ' i

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Assinatura

Jornal do BrasilJuiz de Fora

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JORNAL DO BRASIL terça-feira, 28/7/92 o Negócios e Finanças ,9

akl-Wf Informática

Xerox. The Document Company.

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ni:i o?! ''-;A Passa8em dos usuários dos

micros XT para máquinas, 286,386,486 revelou uma coisa bem

pouco amigável, chamada Con-fig.Sys. Dependendo de como é feitaa configuração do sistema, o micropode render mais ou menos, e algunsprogramas podem até não rodar. De'r. acordo com o Computer Dictionary,da Microsoft, o Config é um arquivo

; especial de texto que controla certos!j aspectos do sistema operacional. Así, instruções dadas neste arquivo capa-

. citam, desativam ou limitam recur-sos (por exemplo, o número máximode arquivos abertos) e carregam me-canismos (device drivers) que geren-

ir: ciam especiflcidades da máquina.O diretor técnico da F&R Con-

sultores, Celso Fontenelle, resume oconteúdo do Config.Sys: "São as in-

»!• formações de como a máquina vaitrabalhar." Ele terá dados sobrequantidade de memória, volume dearquivos, tipo de monitor, tecladoetc., colocando o DOS afinado coma configuração descrita. Se hão esti-

I* ver informado, o sistema pode até" ' ignorar uma memória RAM de 8MB e se comportar como se tivesse

>' somente 640 KB, que é o padrão XT|Pp ainda faz parte do Config básico

que vem junto do sistema operacio-nal.

Até o XTNos XTs o usuário não precisa se

| preocupar com o Config porque amemória é constante (640 KB), semnecessidade de gerenciamento com-plexo, o teclado trabalha com Pági-na de Código (CP) 437 (aquela ame-

i- ricana, sem os acentos), o própriot; monitor (na grande maioria CGA),;; também padronizado no CP 437, e af, máquina não suportava configura-... ções muito variadas. As alteraçõesI. no Config não passavam, em geral,'' do registro do número de files e" buffers.("• Os files são áreas reservadas para

arquivos, sejam eles programas, ar-quivos de documentos, conjunto dedados. E os buffers são regiões damemória que guardam provisoria-mente (para consulta rápida) blocosde registros gravados no disco. Isto

. ajuda na performance do sistema) porque alguns dados são muito con-, sultados e o acesso ao disco é mais

lento do que a leitura na memória.. No Config, o usuário diria então

que vai usar 60 files e 20 buffers, ouquantos achar necessário.

Crescendo — Agora, alémdestas informações, os micros maispotentes exigem novos dados, e ousuário deve criar um arquivo Con-fig.Sys mais detalhado dentro do seuDOS.

Ja O diretor da F&R, considerado' pelos amigos um "tarado em Con-fig.Sys", conta que já recebeu recla-mações de clientes usuários de mi-cros 386, com 8 MB de RAM,

. irritados porque não conseguem ro-dar uma planilha de 400 KB. O mi-cro informa laconicamente que nãohá memória disponível. "Estou alipara dar suporte ao usuário de pia-nilha e acabo ditando ou passandopor fax uma receita de Config.Sys".conforma-se.

Para criar o Config pode-se re-correr a qualquer programa que edi-te texto no padrão ASCII. Na ver-são 3.3, por exemplo, o DOS possuio Edlin para processamento de tex-' „; to, substituído pelo Edit na 5.0.¦ í ' Uma das formas mais fáceis de fazer

£ um arquivo de texto também é atra-"vós do comando Copy:C> COPY CON CONFIG.SYS

O con é de console, o quesignifica que o sistema vai copiartudo o que for escrito na console,

,.ou na tela, para dentro do arqui-vo Config.sys. Neste exemplo quese segue, Fontenelle considerou

.basicamente um 386, com 8 MB9 de RAM, disco rígido de 80 MB,•: monitor SVGA com 512 KB dememória na placa.

Configurando:"1 As primeiras informações a se-* '"Vem dadas são para o gerenciamento

de memória estendida e expandida.Estendida é a memória superior a 1MB nos micros ATs, acessível quan-do os programas estão rodando nomodo protegido (como acontececom o sistema operacional OS/2 ou

k. um pouco menos no Windows) deforma multitarefa. A Expandida,por sua vez, é a memória RAM.adicionada aos microcomputadoes

, como se fosse memória convencio-nal.

Para fazer este gerenciamento etoda esta memória disponível, o" DOS oferece dois programas pró-prios: o Himem.sys (de high me-mory. memória alta) para a estendi-da. e o EMM386 (de expandedmemory manager) para a expandi-da. restrito a máquinas 386. Quemtem 286, deve recorrer a gerenciado-res vendidos no mercado. Fontenellerecomenda o QRam, da Quaterdeek

norte-americana, que também distri-bui o QEMM 386, que substitui osdois gerenciadores em micros 386 e486, e pode ser encontrado no Brasiljunto a Brasoft.

Mas, usando o DOS, lá no con-sole se continua na linha seguinteescrevendo assim:DEVICE = CiDOSHIMEM.SYSDEVICE = G:D0SEMM386.SYS 1024

(1.024 KB eqüivalem a 1 MB equer dizer que o gerenciamento deveabranger memória convencional atéeste total).

Depois, entram os registros debuffers e files, com a quantidade aser definida conforme a demanda dousuário. Hipoteticamente, Fontenel-le trabalhou com 60 áreas de arqui-vos e 20 regiões para buffer.FILES=60BUFFER=20

Outro dispositivo, diz em quepais voce está:GOUNTRY=055„D:D0SC0UNTRY.SYS

Mais uma providência paraacelerar a performance do micro,consiste em ativar um smart dri-ve, outro pedaço da memória queserá usada como se fosse um dri-ve de disco para a leitura ficarmais rápida. E o cache de memó-ria. O comando deve indicar otamanho inicial e mínimo paracache, considerando que o espaçoocupado não pode ser excessivo,a fim de não comprometer a per-formançe do sistema. Se o usuá-rio tivesse uma memória básicade 4 MB, rodando Windows, odiretor da F&R sugere que sereservasse para a função apenas512 KB. Estes valores podem irde 128 KB a 8.192 KB. O padrãode fábrica (default) é de 256 KBe, neste exemplo, se separou até 2MB (ou 2.048 KB).DEVICE= C:DOSSMARTORV.SYS 2048 1024

Em seguida, coloca-se o dis-positivo ae tela (display) paraorientar o uso do monitor de ví-deo. O DOS só tem referênciapara o monitores EGA, que, noentanto, funcionam com todos osoutros. O sistema também deveestar preparado para duas pági-nas de codigos (CPs), já que va-mos ativar a CP 850, que oferececaracteres gráficos internacio-nais, no lugar da 437, sem accn-tos.DEVICE = CiDOSOISPLAY.SYS CON = (EGA,850,2)

Da versão DOS 4.0 até a 5.0,dá para instalar ainda outros dri-vers no Config.Sys, como, porexemplo, um dispositivo de tecla-do (keyboard em inglês) indican-do a disposição das teclas e fazê-lo trabalhar com a página de có-digo ativa. Para instalação dodnve de teclado:INSTALL=C;D0SKEYB.C0N BR„C:D0SKEYBOARD,SYS

(BR para o teclado nacional, e asduas vírgulas para inibir o campocom informações sobre a página decódigo. Sem os dados de CP ele vaitrabalhar com a que estiver ativa.Esta ativação é feita no Auto.E-xe.Bat e fica para semana que vem).Para finalizar o arquivo, tecla-se:Control Z, aparece um Z e se dáEnter. Pronto. Para conferir, tecla-se:C: > TYPE CONFIG.SYS

e ele aparece na tela. Para es-tar ativo, o usuário deve reinicia-lizar a máquina, dar o boot diti-gando Control ALT DEL.

EconomiaEstes gerenciadores, naturalmen-

te, ocupam espaço na memória con-vencional. O maior problema doDOS 4.01 era que alguns programasexigiam muita memória convencio-nal para rodar, e uma forma de ar-ranjar mais espaço era trabalharcom várias versões de Config. Con-forme o programa, tirava-se algunsdispositivos do arquivo para liberarmais memória. Tentando economi-zar o consumo de memória conven-cional. o DOS 5.0 e o DR-DOScomeçaram a permitir o uso da me-mória alta (a expandida, ou aqueles384 KB que se somam aos 640 KBde convencional do sistema opera-cional) para armazenar arquivos es-peciais.

Inicialmente, criou-se no DOS5.0 um comando chamado DOS,que recebe um parâmetro chamadoHigh e instala o DOS na memóriaalta. A partir daí, começaram a sur-gir tentativas para jogar os dispositi-vos do Config fora da convencional,que surgiu com outro comando,chamado Devicehigh. Funciona comtodos os itens chamados de DEVI-CE= (display, smart drive, mouse),e vetado para gerenciadores de me-mória e do comando DOS. separa-do. Basta substituir, nas linhas, DE-VICE= por:DEVICEHIGH = C:DOSSMARTDRIVE.SYS... ouDEVICEHIGH = C:DOSDISPLAY.SYS...e assim por diante.

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Windows é sucesso na Fenasoft

¦ Empresas mostraram como a plataforma tem diversos aplicativos

SÃO PAULO — A plataformaWindows, que tem como grande atra-tivo a facilidade de comunicação como usuário, através de representaçãográfica dos comandos que são apre-sentados na tela, mostrou toda a suaforça nesta última Fenasoft. A Mi-crosoft, proprietária do sistema, exi-biu seus programas na versão parawindows. Entre eles o processador detextos, Word, a planilha eletrônica decálculo Excell, o programa para apre-sentações Power Point o sistema queintegra processador de textos, plani-lha e banco de dados Works, o deeditoração eletrônica Publisher e ogerenciador de projetos Project.

No estande da Symantec chama-va a atenção dos visitantes o pacotede jogos para windows que reúnebrincadeiras do tipo pega-varetas,senha, jogo da memória, liga pontose o conhecido jogo de saquinhos deareia. Em todos há diferentes níveisde dificuldades, e o pacote, oferecidoem disquetes de 5 1/4 polegadas oude 3,5 polegadas, custa US$ 34. Aempresa apresentou também a ver-são para para windows do NortonDesktop, que reúne os programasutilitários, que implementam a má-quina, mais usados como antivírus,gerenciador de arquivos e back up,

que faz cópias de segurança. Podiamser vistos ainda o Time Line forWindows, que gerencia todos os pro-jetos que envolvam atividades, eus-tos e pessoas, e o On Target, que fazo mesmo que o anterior mas destina-do a usuários sem maiores conheci-mentos técnicos.

Banco de dados — O Super-base, um banco de dados que permitea inclusão de imagens estáticas, po-dendo ser usado em agências de turis-mo, para mostrar fotos de hotéis elocais turísticos, é um dos softwarespara windows mostrado pela Magna-soft. O Superbase foi desenvolvido

pela norte-americana Software'Pii-blishing e é responsável por 95% dpmercado de banco de dados na Euro-pa e 80% nos Estados Unidos,'Ou-tros programas em apresentação nbestánde: Harvard Draw e HafvaijlGraphics, o primeiro para ilustràçãbe desenho e o segundo, com cápacj-dade para fazer gráficos, voltado aapresentações comerciais, e ainda oPhoto Finish, software para ediçãpde fotos. No mesmo estande podiaser visto o Winfax, que permite que,mesmo estando trabalhando coiiiqualquer outro programa, o usuáriopossa enviar fax. \

Carlos Goldgrub —24/7/92

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Borland amplia mercado

Empresa fará este

O DBase para Windows foi o na Fenasoft

ano lançamentos na

área de planilhas

/V Borland, softwarehouse nor-te-americana detentora do

banco de dados DBase, decidiu am-pliar sua posição no mercado na-cional disposta a incomodar, princi-palmente, a liderança da planilhaeletrônica 1-2-3, da Lotus. De acor-do com o vice-presidente mundialda empresa, Doug Antone, "o seg-mento de planilhas será o mercadoa ser atacado de forma mais agres-siva no Brasil", afirmou. Represen-tada com exclusividade no país pelaAT Software, promete até o final doano uma bateria de lançamentospara o ambiente gráfico Windows,inclusive a planilha Quattro Pro e oDBase para o novo ambiente.

A Quattro Pro para Windowsdeve chegar ao mercado nos próxi-mos 60 dias como ponta de lança-nadisputa com a Lotus. "Será a me-lhor planilha do mundo", exagerouAntone. O compilador DBase phvaWindows, esperado ainda para esteano, também esteve em demonstra-ção na última Fenasoft e traz, entreoutros módulos, um ambiente inte-rativo para o usuário trabalhàraplicações anteriores.

O novo compilador DBase desti-na-se à criação de programas aplicíi-tivos executáveis, trazendo umaapresentação mais acessível e intera-tiva. Também inclui quadro de diá-logos, ícones, novos menus, ferra-mentas para desenhos na tela e umTurbo Debugger, que serve para. adepuração de erros nos programas.O sistema será totalmente compatí-vel com o DBase IV (para DOS).:

Edição de som tem

soft da NovaMente

DivulgaçaoSÍÍÍ<P,'..:WW: -V v# *»

Formada por técnicos de informá-tica e professores de educação musi-cal, a NovaMente-Música e Softwa-re, de Belo Horizonte, distribui noBrasil as principais linhas de progra-mas para produção musical e ediçãode som. Um dos seus best-sellers é oPractica, software da Ars Nova, queroda em micros Macintosh e ofereceum curso completo de educação mu-sical para o usuário sem formaçãoanterior. Representante exclusiva daPassport Designs, Opcode e ECS, dosEUA, a NovaMente oferece 30 títu-los de programas educativos, softwa-res para edição e gravação audiodigi-tal, biblioteca de timbres, produçãode partituras e seqüenciamento.

O Practica custa US$ 90 (dólarturismo), composto de oito capítulosbásicos que incluem leitura de notas,escalas, intervalos (subdividido emmódulo para aprender a tocar e outropara reconhecê-los de ouvido), acor-des, melodia. Além disso, um bancode melodias próprias grava em discoas composições do usuário. Segundoo diretor da empresa e professor daFundação de Educação Artística deBelo Horizonte, Rogério VasconcelosBarbosa, o sistema tem 24 acordes,cada um com possibilidade de 7 va-riações, dos mais simples aos maisdissonantes.

Para maior aproveitamento, o es-tudante deve trabalhar com um tecla-do Midi (que custa US$ 200), usandosintetizador comum. Mas, se não pu-der, pode tocar até com o mouse. Oprograma traz um teclado desenhadona tecla para ser usado com o cursor.Ao dedilhar do teclado fictício, o sis-tema escreve automaticamente na te-la a partitura das notas, corrigindoexercícios e indicando os acordes.

Também pode fazer ao contrário.O usuário escreve a partitura e osistema produz o som (de melhorqualidade se o usuário tiver alto fa-lante com mais potência do que o

embutido no micro). O Practica poderodar em qualquer Mac.

Orquestra — Mais sofisticado,de acordo com Vasconcelos, é o"processador musical" Encore, daPassport norte-americana, disponívelpara Macintosh ou micros PCs e, embreve, para ambiente Windows. Osoftware grava e edita partituras emnotação tradicional, também cominstrumento Midi ou pelo mouse.Permite a edição de partituras em até64 pautas, facilitando a composiçãoou a transcrição das partituras emfolhas.

O sistema vai acompanhando agravação e editando a partitura, acei-tando, entre outros recursos, uma vozsobre outra, até resultado equivalentea uma verdadeira orquestra. Em casode erro, basta arrastar a nota com omouse para a posição correta na li-nha musical, explicou o diretor daNovaMente.

Vídeo — Só para Macintosh evoltado a edição de som, Vasconcelosdestacou o StudioVision, da OpcodeSystem Inc., que edita, corta, cola,arranja e depura o som com capaci-dade de trabalhar até uma única vo-gal de cada palavra. A voz pode ficarmais rouca, ou mais brilhante. Naverdade, o sistema confere possibili-dade de edição e gravação audiodigi-tal aos recursos de seqüenciamentoMidi do Vision, software da mesmaempresa, que comporta 26 seqüênciasindependentes com 99 pistas diferen-tes cada uma.

Para ser usado como ferramentade sincronização (em vídeos, filmesou animação), o programa precisa deuma interface. A placa mais simples— Studio 3 —, também fornecidapela NovaMente, custa US$ 300, nosEUA, chegando aqui por USS 450.0programa, sozinho, custa USS 1.000,devendo contar ainda uma placa desom. A AudioMidi, vendida pela em-presa mineira, sai por cerca de USS600, informou Vasconcelos Barbosa.

Carlos Goldgrub

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Sistema reduz custos com aluguel de ilhas de edição

Digital F/X edita

vídeo em Macintosh

Para poupar produtores de vídeodos custos de aluguel das ilhas deedição, a Multisoluções está trazendoao país o Digital F/X, sistema deprodução profissional de vídeo. Es-trela no estande da empresa na últi-ma Fenasoft, o Digital F/X permite aedição das fitas de vídeo em micro-computadores Macintosh, reduzindodrasticamente o tempo de ocupaçãode ilhas de edição convencionais, umponto importante quando se conside-ra o custo do aluguel, atualmente nafaixa dos USS 200 a hora.

O sistema é composto pelo pro-grama Soft F/X e pelo módulo VídeoF/X que integra em um rack (comoum aparelho de som) hardware esoftware. Na edição de vídeo tradi-cional, o editor ou montador roda asfitas brutas das tomadas feitas para ofilme e vai cortando e acertando nailha seu produto final.

Com o sistema ele conecta o VídeoF/X à ilha de edição e ao Macintosh,que deve ser, de preferência, um mo-delo Mac II ci ou superior (FX, Qua-dra 700, Quadra 950). Passa então asfitas na ilha, gerando um arquivomagnético — comprido — que pode-rá ser lido e trabalhado no Mac.

O computador, sem precisar maisda ilha de edição, apresenta as imá-gens gravadas em padrão Time CodeGeneration, que assegura, por exem-pio, os 30 frames por segundo, equi-valentes aos 30 quadros por segundodo video comum. Para isso deveráestar rodando o Soft F/X.

Toda a matéria-prima a ser edita-da poderá ser trabalhada com os re-cursos gráficos do computador, queincluem inserção de animação, fusãode arquivos, rotação de imagens. De-pois de pronto, basta ao criador cha-mar o cliente e apresentar a ele oprotótipo do produto final na tela domicro. Qualquer mudança poderá serexecutada ali mesmo. No fim, é sólevar esse arquivo de volta ao vídeoF/X, refazer a conexão da ilha aoMac e reproduzir o disco em fita devídeo novamente.

O vídeo F/X custa USS 16.000(preço FOB), enquanto o Soft F/Xsai por USS 9.900 nos Estados Uni-dos. Segundo a empresa, os custos deimportação aumentam em cerca de30% o preço dos produtos.

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? Durante a 6a Fenasoft apareceram os progra-mas aplicativos para OS/2. Mas, por enquanto,continuaram concentrados no estande da IBM,ao contrário dos produtos para Windows, que seespalhavam por todo o evento. Entre os sistemasem demonstração já com endereçamento de 32bits, característica não disponível no Windows

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que acelera o processamento, tiveram grandeprocura a versão beta teste do Corel Dravv, queficou na sala vip do estande IBM para apresenta-ções especiais, além do Anima (para controle deprocessos industriais) e o Span Maps, de aplica-ção geográfica.

| | Corel Draw - Entre os progra-,1—1 mas de ilustração mais,vendi-dos no mundo, o Corel Dri\\v (daCorel, canadense) é esperado emsua versão para OS/2 2.0, em 32bits, para até o final do ano. Nonovo ambiente, ele ficou mais rápi-do, graças ao endereçamento deblocos maiores de informações, e aum melhor gerenciamento </e me-mória. Ele permite, por exemplo,utilizar os recursos de multiproces-samento interno na aplicação, co-mo realizar o previcw de uma ilustra-ção e desenhar oiitra,simultaneamente. A gravação emdisco tem maior velocidade !e, porconta da capacidade multitarcfi doOS/2, não precisa interromper umaoperação de redesenho, por exemplo.No Rio, o Corel Draw pode ser en-contrado, entre outras, na Intercorp,na Texto & Imagens, na SóSoYtware.

| | Anima — Desenvolvido pelaL—1 Ponto Sys, do Rio, e instaladonas indústrias de cimento Tupi, éum sistema de controle de processospara fábricas que funciona em tem-po real. Ou seja, ele dá in formaçõessobre operações em curso e ficaconectado diretamente aos equipa-mentos supervisionados: liga,moto-res, verifica níveis de temperatura epressão. Conta com um editor grá-fico euma biblioteca de figuras quepermite representar os equipamen-tos e o fluxo industrial desenhandoa fábrica como uma animação. Re-gistra (com hora e data) todas asintervenções feitas no processo.Todos as operações são feitas commouse. O sistema custa USS15.000, funcionando em redes queexigem um investimento médio deUSS 100.000 em equipamentos.

RaposaDepois de uma coletiva á im-

prensa cm que atacou duramentea Lotus, concorrente poderosa dasua planilha eletrônica QuattroPro, o vice-presidente mundial daBorland, Doug Antone, não pôdeevitar a pergunta óbvia: a Bor-land quer comprar a Lotus? Apósum sorriso malicioso, Antone ad-mitiu que houve rumores, masque, efetivamente "não é o caso".Explicou que a compra da Ash-ton Tate, que deu à Borland apropriedade pelo banco de dadoslíder DBase, conferiu à empresapresença internacional maciçaque ela não dispunha, enquanto aLotus traria neste momento "ape-nas" base instalada.

Indelicadeza

Doug Antone tambémreclamou do 6o CongressoInternacional da Tecnologiado Software, Telemática eInformação, da Fenasoft,

\ onde não conseguiu partici-par da abertura — falandosobre programação voltadaa objetos (OOP) —, tendên-cia dos programas da novadécada, conforme estavaprogramado. Não foi o úni-co a ser surpreendido peladesorganização do 6o Cisti,que deixou muitos pales-trantes perdidos pelos corre-dores do Pavilhão de Con-gressos do Anhembi.

12 • Negócios e Finanças • terça-feira, 28/7/92/ ' JORNAL DO BRASIL

Informática

Intercorp dá

descontos de

40% em Lotus

A Intercorp, distribuidora cariocados programas Lotus, passará a ven-der pacotes reunindo vários produtoscom preços até 40% mais baixos doque os custos unitários de cada item.Os pacotes seriam formados, porexemplo, por um micro, modem,software de comunicação e no-break.O usuário terá várias opções paramontar seu grupo de produtos, emconfigurações com valores variandoentre USS 2.000 e USS 4.000. O planoé parte da reformulação estrutural daempresa que prevê, ainda, a queda demais 25% nos preços dos produtosIntercorp até 20 de setembro.

Segundo o diretor executivo da In-tercorp, Paulo Chamoun, um novo re-lacionamento com as redes de revendaserá outro reforço para baixar os pre-ços para o usuário final. Um conjuntode incentivos será concedido às reven-das que, a cada mês, incrementemseus pedidos, como descontos (até omáximo de 10%), dilatação dos pra-zos de pagamento (hoje de cinco diasúteis) e fornecimento sem custos deprodutos para demonstrações Os be-neficios têm prazo de vigência de trêsmeses, renegociados com base no de-sempenho do período.

Para montar seus pacotes, a Inter-corp conta hoje com os microcompu-tadores Vectra, distribuídos no paispela Edisa, e fechou novos acordosinternacionais. Da Haves (EUA), vaitrazer softwares de comunicação dedados, modems, e placas fax/modem.'

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Verônica CoutoI

| | Span Maps — O sistema é de1—1 origem canadense, da Tydac,que está negociando com a IBMsua distribuição no Brasil. É umaplicativo de registros geográficosque, no estande da IBM, trazia ma-pa detalhado do bairro paulista dePinheiros. Ainda sem tradução,tem contudo um editor de menusque permite ao usuário criar umaversão em português. O sistema di-vide a tela em três janelas: cm cima,um mapa em maior ou menos csca-Ia; em baixo, planilha com infor-mações sobre os pontos marcadosno mapa (nome de ruas, número,registro municipal etc.): e, ao lado.gráficos de pizza, barra ou radar.

/ti' suas funções incluem criaçãode janelas, recorte de parte das li-guras, produção de titulos ou le-gendas para mapas temáticos, fun-ções gráficas de escala e cores.

Vem aí nova versão para

OS/2

¦ IBM anuncia até novembro evolução que vai ocupar menos espaço em diocc

Cjrcujto Sntegrado

Abertura de capital

A AT Software, distribuidora exclusiva da Borland noBrasil, disparou uma corrida contra o relógio para tentarconcluir seu processo de abertura de capital ainda este ano. Ocontrole acionário, da qual não faz mais parte o executivoOtávio Slemer (ex-Datalógica), foi adquirido há pouco maisde um mês por um pool de empresários vinculados a NTC(Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviá-rio de Carga) que estão reformatando a empresa a fim defazer saltar o seu faturamento anual para US$ 6 milhões,contra uma receita média atual de USS 1 milhão.

O grupo que lidera o pool também está negociando acriação de uma entidade jurídica para administração dacompanhia a que se ligaria, se derem certo as conversaçõesem andamento, um banco de investimento. De acordo com odiretor da AT, Paulo Westmann, a presença do setor rodo-viário no mercado de software justifica-se pela multiplicaçãocrescente de parcerias entre transportadoras e indústrias em-barcadoras (como a Gessy Lever, Hering, Bunge & Bom,Sanbra, Nestlé) na implantação de projetos de EDI — trocaeletrônica de dados. Para suportar a nova demanda tecnoló-gica, as transportadoras correm para a modernização, preci-sando de sistema operacional, automação administrativa e,obviamente, aplicações EDI.

A Lotus Corpo-ration começou, há15 dias, a refazer suaestrutura de atuaçãono Brasil. A gerên-cia geral para Amé-rica Latina, que vi-n h a sendoorganizada em SãoPaulo por GarryHarvey, foi extinta.O Brasil passa a sereportar diretamenteà Inglaterra, junto aum representantenacional na divisão

Mudanças

denominada IBD(International Busi-ness Development),responsável tambémpelos mercados daEuropa Oriental,África e, a partir deentão, América La-tina. O diretor geralda Lotus no Brasil,Ruy Quintão, nãoconsidera a mudan-ça uma queda destatus. Ao contrário,cie agora tem menos

um escalão hierár-quico no contatocom a matriz e acre-dita que o suporteaos serviços e aomarketing no paísserão fortemente in-crementados. "DaInglaterra vamos rc-ceber tradução dosprodutos e maiorapoio aos progra-mas de treinamento(ATC e LAC)", dis-se.

Quem viveu osanos rebeldes da in-dústria nacional nãoreconheceria o presi-dente da Digiponto.Antonio Luis Mes-quita, durante a últi-ma Fenasoft. Presi-dente da Abicompentre 1986 e 1987,

Históricos

Mesquita estava emum estande pequeni-no, na primeira rualateral da Feira, feli-císsimo pela quanti-dade de tecladosvendidos no evento.Um dos clientes dei-xou um bilhete:"Bolinha, comprei

um. Vamos ver sefunciona", ass: An-tonio Augusto. Emtempo, Antonio Au-gusto de Souza éatual titular do De-partamento de ln-formática e Auto-mação (Depin).

OlímpicaA Xerox Corporation, atra-

vés da sua divisão espanhola, co-locou 500 especialistas à disposi-ção da Exposição Universal deSevilha e dos jogos Olímpicos,em Barcelona. Para o Pavilhãode Sevilha, a multinacional mon-tou a maior rede LAN (ethcrnetlocal-area network) já instaladana Europa, com 20 quilômetrosde comprimento e 1.200 equipa-mentos. entre workstations, im-pressoras a laser, PCs, copiado-ras, duplicadoras e fac-símiles.Na Vila Olímpica, colocou 1.250aparelhos, entre eles o Xerox In-formation Point (XIP), criadopara o evento, que faz a trans-missão dos resultados. Ao fimdos dois acontecimentos, a em-presa imagina que terão sidoproduzidos a bagatela de 200 mi-lhões de documentos.

BalançoA 6a Fenasoft foi, seguramen-

te. evento de proporções inéditaspara a informática brasileira. Es-tava tudo lá, software, hardwa-re, periferia. A sensação, contu-do, era de que as coisas já eramconhecidas, com poucos lança-mentos bombásticos. Para o anoque vem, com o mercado fora docontrole de importações, as duasmaiores feiras do setor (Fenasofte Comdex South America) acon-tecem com uma semana de dite-rença. A se confirmarem, os e.\-positores não vão ter tempo nemde desfazer os estandes.

A IBM anunciou, na última se-mana, mais um lance na corrida demercado travada pelo seu sistemaoperacional OS/2 com o ambientegráfico Windows, da Microsoft. Hámenos de dois meses de seu lança-mento, o OS/2 2.0 já tem prometidapara setembro ou novembro umanova evolução. O OS/2 2.0.1 deveráocupar menos espaço em disco (ho-je até 30 MB) e vai incorporar aversão mais recente do seu maiorconcorrente, o Windows 3.1. Oproduto também será apoiado pelavenda de ferramentas para desen-volvimento, nova linha de suportetécnico e acordos com fabricantesde microcomputadores.

A atualização para o 2.0.1, queprevê ainda aprimoramento de per-formance, será oferecida em cercade seis disquetes e gratuitamenteàqueles que já usam o OS/2. Entreos novos recursos, agrega uma gra-pliics engine (mecanismo gráfico),que realiza em 32 bits o endereça-mento de gráficos para as telas devideo, contra 16 bits nos demaissistemas. Com isso, a resolução daimagem passa de 640 por 480 (ma-triz de pontos), em média, para até1.024 por 768.

Mais programas — Para re-duzir a ausência de aplicativos ba-seados no sistema, dentro de 40dias a IBM também começa a ven-der—em sua rede de distribuidores— um kit de desenvolvimento. PorUSS 450, o IBM C DevelopersWorkset/2 traz um compilador de32 bits, shell de desenvolvimento deaplicações, 9 MB de código exem-pio e 17 manuais.

Cópias — Segundo o diretor deoperações PS da IBM Brasil, PauloLohmann, existem hoje 900 mil có-pias instaladas de OS/2 e cerca de3.600 aplicativos para o sistema,dos quais 1.100 com 32 bits. De umtotal de 30 mil aplicativos disponí-veis para DOS, ele estima que ape-nas menos de 2% apresentem pro-blemas de compatibilidade com oOS/2. Sem falar nos 4.000 progra-mas para Windows, bem aceitos nosistema concorrente.

Em agosto, a IBM inaugura noRio uma nova linha de suporte, emBBS — rede para troca de mensa-gens — para responder a dúvidastécnicas, dificuldades operacionaise trocar programas de shareware oude domínio público. O número deacesso ao BBS contará com o prefi-xo 800, para ligações gratuitas, in-clusive interestaduais. A taxa deinscrição ainda não foi definida.

Outra ponta de reação da BigBlue está nos acordos com fabri-cantes de micros para embutir osistema na comercialização de suasmáquinas. A IBM já fechou opera-ção neste sentido com a Dell, umadas dez maiores indústrias de mi-cros, e está negociando para brevequatro outros acertos similares. NoBrasil, a MC&A vende os microsPS/2, a partir do modelo 57, muni-dos do sistema operacional.

RádiokláDepois de transmitir mais de

330 softwares, 1.900 boletins eproduzir o primeiro programade rádio para deficientes auditi-vos, o Clip Informática, da Rá-dio Universidade de São Paulo(USP-FM), está com novo pro-jeto. A idéia é transmitir infor-mações para aparelhos de faxutilizando as ondas de rádio. Pa-ra isso, desenvolveram um equi-pamento rádioreceptor que seriafornecido de graça aos interessa-dos. Só falta patrocionador dis-posto a fabricar o receptor, quetem um custo unitário estimadoem CrS 25.000. O Clip. que estásendo comercializado para re-giòes fora de São Paulo, preparaainda uma superfesta para co-memorar, em outubro, seus seteanos de existência.

RingueA premiação dos melhores

softwares da Fenasoft, concedi-da pela Byte brasileira, polemi-zou o Anhembi. As reações maisfuriosas ficaram por conta daTGR. empresa do grupo Saccoque comercializa o SCUA Pluspara DOS e Windows, contra aescolha do Curió para Windows(ainda não disponível comercial-mente), da Módulo, como me-lhor programa de segurança dedados. As duas empresas atra-vessam hoje uma disputa judiciale pretendem se enfrentar em umdebate público sobre os doisprodutos. E esperar para ver.

OS PRINCIPAIS PRODUTOS

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Israel sucumbiu a forte marcagao dos espanhdis e atuou muito

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Rio de Janeiro — Terça-feira, 28 de julho de 1992Não pode ser vendido separadamente

BRASIL

Esportes

Basquete complica sua situação

¦ Derrota para a Espanha faz a equipe depender de outros resultados para conseguir sua classificação à próxima etapa do torneio2fõlXI£iO-o

Israel sucumbiu à forte marcação dos espanhóis e atuou muito mal

Dream team arrasa os croatas

As chances do Brasil

OPINIAO/Emanuel Bonfim6 6 "*jl u achei que o Brasil jo-

JlU gou sobre pressão. 0fato de ter a obrigação de ga-nhar acabou prejudicando o de-sempenho do time que, em con-dições normais, é superior ao daEspanha. No final também fal-tou sorte. Mas acho que a sele-ção de basquete precisa ser reno-vada. Hoje, o time fica nadependência da boa atuação do

Oscar. Os jogadores mais novostêm medo de errar e serem corta-dos. Por isso, não jogam comtranqüilidade. Agora temos deganhar da Alemanha. Eles têmum time mais alto mas o nosso émais ágil. É preciso jogar comvelocidade."Emanuel Bonfim è técnico de basquete eoctacampeão estadual dirigindo Vasco eFlamengo.

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Brasil ainda crê

na classificação"Do Brasil, você pode esperar tu-

do." A frase de Guerrinha resume oespírito dos jogadores da seleção debasquete. Eles sabem que o time temcondições de se classificar — nãoacreditam que a Croácia perca ne-nhum dos seus jogos — e estão con-victos de cjue a equipe é capaz decoisas fantásticas — como ganhar umPan (87), derrotando os EUA em In-dianápolis — ou bisonhas — tipoperder para a Venezuela o direito dedecidir o Io lugar do Pré-Olímpico,como há três semanas, em Portland.

Assim que terminou a partida, osjogadores se trancaram no vestiáriopara conversar. Foram logo avisadosde que nem tudo estava perdido. Aequipe não depende mais de si, mastambém é pouco provável que a Croá-cia, segundo eles, perca da Espanha,amanhã, ou da Alemanha, sexta-feira.O resultado, surpreendente, não pare-ceu abater os jogadores. Um dos pou-cos a jogar bem, Guerrinha disse que oBrasil tem capacidade de se superarnos momentos mais difíceis".

Medalha concorda. Acha que aEspanha contou com uma torcida in-cansável e com um mau começo doBrasil. "Nem tudo está perdido. Estacompetição está equilibrada, e creioque ainda podemos nos classificar."

Aurélio briga pelo ouro do judôm O judoca brasileiro Aurélio

Miguel luta hoje em buscada sua segunda medalha de ouro.As llh30 de Brasília, ele enfren-ta o desconhecido zairense Ma-mute M"Bomga, na primeira dascinco lutas que o separam de ou-

tro título olímpico. Otimista, a-chando-se mais experiente, Aure-lio ignora o tempo perdido nasbrigas com Joaquim Mamede epromete lutar hoje como se suavida estivesse em jogo. (Página 5)

Classificação Classificação1. EUA 42. Alemanha 43. Espanha 24. Croácia 25. Brasil O6. Angola 0

2 219 1182 147 13711 184 17411 163 179

0 176 1940 112 179

1. Lituânia 42.CE 43. Austrália 24. Porto Rico 25. Venezuela 06. China 0

2 199 1542 163 12711 179 16111 176 184

0 143 1650 143 212

Se vencer Angola e Alemanha, pre-cisa torcer para que a Croácia nãoperca para Alemanha e Espanha. As-sim, o time se classificará em quartolugar, eliminando a Espanha. Os ou-tros classificados seriam EstadosUnidos, Croácia e Alemanha.

Se a Croácia perder para Alemã-nha ou Espanha, o Brasil, mesmovencendo Angola e Alemanha, estarádesclassificado e disputará uma colo-cação do nono ao 12° lugares. Esta-riam classificados: Estados Unidos,Croácia, Alemanha e Espanha.

Se perder qualquer um dos jogos quefaltam — Angola ou Alemanha —, oBrasil estará definitivamente eliminado.

Diaz só queria

parar o 'Diabo'

Há 27 anos, Antonio Diaz Migueltreina a seleção espanhola. Pela se-gunda vez numa Olimpíada — a pri-meira foi nos Jogos de Seul, há qua-tro anos —, ele derrota o Brasil e fazos espanhóis acreditarem que a cias-sificação para a próxima fase é umsonho perfeitamente realizável.

O jogo de ontem era decisivo paraas pretensões da Espanha. Eles per-deram na estréia para a Alemanha,decepcionando a imensa torcida doestádio de Baladona. Uma nova der-rota praticamente acabaria com achance de classificação. Por essa ra-zão, Miguel sabia que seria uma ba-talha. "Os dois times haviam sidoderrotados na partida anterior", ex-plicou. Assim, o técnico exigiu mar-cação especial sobre que consideraum dos melhores jogadores do mun-do: Oscar. "É um diabo. Precisa servigiado o tempo inteiro. Consegui-mos pará-lo em algumas ocasiões."

Na atuação do time espanhol, otreinador preferiu não destacar no-mes, mas gostou muito de Villacam-pa, o cestinha espanhol, com 25 pon-tos. Medalha de prata nos Jogos deLos Angeles, em 1984, Diaz Miguelagora evita falar sobre a chance dedisputá-la mais uma vez.

O VERDADEIRO VAREJO DOS

IMPORTADOS

Uma medalha que

pode vir da água

Gustavo Borges nada hoje em sua maior

especialidade, os 100 metros livre, comoa grande esperança brasileira (Página 8)

Classificam-se para a próxima fase os quatro primeiros de cada grupo.

equipes de prestígio como Porto Ri-co, CEI e Letônia, o Brasil fez umdos piores primeiros tempos da re-cente história do basquete. Nadadeu certo. A vantagem de 10 pontosobtida pelos espanhóis foi pequena,e de nada adiantou o intervalo. Aseleção voltou com as mesmas fa-lhas. Só conseguiu acertar a partirda metada desta etapa. Contoutambém com a ajuda do técnicoadversário, Antonio Diaz Miguel,que colocou San Epifanio — o atle-ta que carregou a tocha olímpica nàfesta de abertura dos Jogos — ape-nas por ser ele um jogador local.

A presença de Epifanio fez opadrão da seleção espanhola cair.Disso, o Brasil soube se aproveitarmuito bem, e chegou a passar quá-tro pontos na frente — esteve per-dendo por 17 —, dando a impres-são de que poderia vencer. Mas àinstabilidade novamente marcoüpresença, e o Brasil não soube man-ter a vantagem. A dois segundos dofinal, Oscar deu um arremesso dalinha dos três pontos, que bateu noaro, para desespero do banco dereservas e do técnico Ari Vidal, quecomentou a partida para a RedeGlobo.

Brasil: Paulinho Villas-Boas(20), Guerrinha (4), Gérson (13),Rolando, Cadum (2), Maury (3),Mareei (3), Josuel, Fernando, Oscar(44), Israel (3) e Pipoca (8). Espa-nha: Villacampa (25), Pepe (10),Rafael (11), Jimenez (18), Aldama(1), Fernandez (3), Herreros (7),Ornega (12), Andreu (12) e Epi (2).

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A Croácia prometeu um jogo chi-ro, mas não cumpriu. Foi derrotadapela seleção americana, o dreamteam, por 103 a 70, ontem, na segun-da rodada do torneio olímpico mas-culino de basquete. Nem parecia otime do croata Drazen Petrovic, queno dia anterior havia derrotado oBrasil e que por muitos anos foi aseleção mais forte da Europa. E osamericanos, para variar, nem preci-saram se esforçar. Michael Jordanfoi o cestinha, com 21 pontos.

Os americanos também tiverammotivos para lamentar. Aos 11 mi-nutos, o maior idolo do time ameri-cano, Earvin Magic Johnson se reti-

rou da quadra. Num esbarrãocontundiu o joelho direito e ficou oresto da partida no banco de reser-vas, com compressas de gelo. A con-tusão, no entanto, não foi tão grave.Durante toda a partida, Magic selevantava e dava instruções para oscompanheiros. Segundo o médico daequipe, Johnson, que saiu amparadopelos companheiros, sofreu uma leveaistensão.

Logo no início do primeiro tem-po, os croatas perceberam que erainútil tentar a vitória. O jeito eramanter a dignidade. Mas, aos 14 mi-nutos do primeiro tempo, a Croáciasó havia marcado 17 pontos. O EUA

jogaram com Laettner (9), Robinson(3), Ewing (2), Bird (3), Pippen (13),Jordan (21), Drexler (12), Malone(12), Stockton, Mullin (4), Barkley(20) e Johnson (4). Pela Croáciaatuaram Petrovic (19), Perasovic (6),Cvjeticanin, Kukoc (4), Alanovic,Arapovic, Tabak, Vrankovic (11),Gregov, Komazec (13), Radja (14) eNaglic (3)

Mas, a maior surpresa do basque-te ontem foi a vitória apertada daAlemanha, que já havia derrotado aEspanha, para a Angola. Com o pia-car de 64 a 63, a zebra quase apare-ceu nas quadras. A CEI derrotou aAustrália ontem por 83 a 63.

Cláudia Ramos, GiselePorto, José Emílio

Aguiar e Paulo CésarVasconcellosEnviados especiais

Barcelona 92

BANERJ

A seleçãobrasileiramasculina debasquete nãodepende maissó de seus re-sultados paraconseguirclassificaçãoà próxima fa-se do torneiode basquete econtinuar so-nhando comuma meda-lha. Ao per-der ontem para a Espanha por 101a 100 (53 a 43 no primeiro tempo),os brasileiros ficaram dependentesda Croácia e dos seus próprios re-sultados, além do saldo final depontos. Precisam torcer para que oscroatas não percam nenhuma daspartidas que faltam (Alemanha eEspanha) e necessitam ganhar dosseus dois próximos adversários —Angola, amanhã, e Alemanha, namadrugada de domingo. Assim, osbrasileiros ficariam em quarto lugarna Chave A e enfrentariam o pri-meiro colocado da Chave B — pro-vavelmente Lituânia ou CEI.

Bem diferente do time que háuma semana venceu um torneio dis-putado em La Coruna, enfrentando

Grupo BPorto Rico 100 x 68 ChinaLituânia 87 x 79 VenezuelaCEI 85 x 63 Austrália

Barcelona — Evandro Teixeira

Basquete

Grupo ABrasil 100 x 101 EspanhaCroácia 70 x 103 EUAAngola 63 x 64 Alemanha

M\Ü SÓ.WOKTBskU?MD F\MAL SOMOSSEMPRE. NiOS.MULHERES / QUE.TEMOS QUESALV/AR.

AVATRIA1.

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_PÁGINA FORA DE FOCO

<3-2 O Esportes O terga-feira, 28/7/92 , '—!¦ JORNAL DO BRASH,

OlimpiadasB f • ,f»0 Barcelona - AFP

Espanhois ticam . t , ;

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com a primeira . . XT^ i

vaga no futebol 1 II I

se classificar para as quartas-de-finais do torneio depute- 9bol, com a vitoria de 2 a 0 sobre o Egito, ontem, no 1 ' llglP^ ' '>&%*• - |H HB |&Estadio Luis Casanova, em Valencia. Os espanhois agora fps "'$$tem como objetivo confirmar o primeiro lugar do grupo, I p&MfL' g/tfgfejff* jj;: fly ;j§o que garantiria a permanencia da equipe junto ao vi- - ;'' Jl| '

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No outro jogo de ontem pelo grupo B, em Sabadell, a . -4Colombia deixou escapar uma vitoria sobre o Qatar,

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Kuwait por 3 a 1 em Zaragoza. As selegoes norte-ameri- ^ '*#, '• ^

cana e da Italia disputam a vaga restante. 'Ti0 torneio prossegue hoje com mais quatro partidas.

Pelo grupo C, o Paraguai enfrenta a Coreia, em Valencia, • '

e a Suecia joga com Marrocos, em Sabadell. No grupo D, W;Gana enfrentara a Dinamarca, em Zaragoza e, em Barce- i: .lona, o Mexico pega a Australia.

h 0 arbitro bulgaro Lube Spassov foi a primeira vftimada nova norma da Fifa que manda punlr com tiro illjllif *MB|MWyMB

indireto a bola recuada intencionalmente com o pe para T&W Igoleiro. Na partida Succia 0 x 0 Paraguai, na primeira Spf

''rodada, ele penalizou os suecos apos uma bola atrasada 1^*' •- MgjaM^Ojcom a cabeca pelo zagueiro Anderson. Como a norma itSlS* - J . IWHdefine como infra^ao somente a bola recuada com os pes, H • t <;I^' >os suecos protestaram. 0 juiz mudou sua decisao e deu ' ' .vbolaaochao. JBB[,x , ^ "* "" %i - --v1

I y [ E I d1gp|'gc| NlCOStroia' da equiPeda C>E*>faz°exercicio obrigatdrionocavalo

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CEIbrilhanaginasticaItalia 2 2 1 — 1 2 4 fj||| § ^ ^ H ^ "I 0

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i e la e lider por equipes1. Espanha 422 — 6 •* JL J. M.

2. Qatar 3 2 1 — 2 1 r BARCELONA — Valery Belenky e Gri- hobbies prediletos apenas dormir, foi o pri-3. Colombia 1 2 — — 1 5 || gory Misutin da CEI foram os grandes desta- meiro no cavalo com 9.275. Ja belenky foi o4. Egito — 2 — — — 3 ques da competigao por equipes no dia de primeiro em todos os outros aparelhos. p| <GrupoC ontem. Ambos ficaram colocados nos dois 0 bulgaro Guorgui Lozanov conseguiu 0<iO FciUlO1. Coreia 1 1—1—1 1| primeiros lugares em todos os aparelhos, le- um recorde negativo, tirando zero no cavalo,

Marrocos 1 1 — — 1 vando a CEI a marcar 231.575 pontos, o que por tcr errado completamentc o seu salto.pais ganhador da medalha de Uniforme — A equipe feminina da

cm algunsGrupo . Misutin e Belenky, que no Campeonato pontos pois duas de suas integrantes —

Gana 2 1 — 3 1 Mundial do ano passado, ainda representan- Zhang Xia e Lu Li —, estavam vestidas ¦ BNltXvlr2. Dinamarca 11—1—11 do a Uniao Sovietica, deram ao pais um incorretamente. Apesar do desconto, a ChinaMexico 1—1—1 recorde com 8 medalhas de ouro, mostraram se mantem em quarto lugar na classificagaoque estao dispostos a repetir o feito. com uma pequena vantagem sobre a^ .^AiMHMiiilB I 11 Misutin, um atleta que tem entre seus Espanha, quinta colocada.

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dire?5°,da TVJoverna- EsDortes bem cotados -A ?xib¥° ,de Car'LeTs durantLe a h^mP bo^ Becker a«|»/ts*-/*"1 V—y mental por nao tercm " lvo "v,u wiauua cenmonia de abertura dos Jogos acabou "•&e Jnde chakar dle inrcednf de^

providenciado a retrans- Cento e cinquenta e qua- do dream team, mas temiam va)end« uma advertencia do Comite cartefrutkfr No iotervalo de len^missao dos jogos de ho- tro mil pessoas compraram um grande fracasso no tor- Olimpico Internacional. Lewis desfilou I" fr4nn"'fhfntff-paro HfnfP'-,n ir ¦ quei sobre a grama. ingressos para assistir as di- neio de futebol. Outras falando em um telefone celular, passan- •£ co« BcckH li%lBI)9llt(S1b!l£lciio^Rehquia macabra »» «**#* m m- no cman.o, dr°maMS p" - *"•<««;« f^"5 * m«C*U&«4

O Muscu de Bannyoles. perlo da Vila Olim- A Cara-de-paU mciro dia dos Jogos 0 re- como o cilcismoea nalatao coi'^to^Sd™que"lMa"S|rabalLni ??* ^"**1 *^3.pica, tornou-se o centra de uma polemica ao j nanampnlin sultado agradou aos compensaramas fracas ven- durante 0S Jogos, e avisou ao exibido 2ff?J2LSzSS^B Iexibir a mumia de uma guerreiro afncano do HO pdlldlllvllllu organizadores, que ja espe- das do futebol, que ainda americano que se ele continuar atuando isecuio U. Anita de rranz, membra do Comite Agentes da poiicia munici- ravam o sucesso da estreia nao atraiu os torcedores. como jornalista podera ser suspenso. - I iOlimpico Internacional, disse que a exposigao pal de Barcelona prenderam - I jera rcpulsiva, um verdadeiro insulto aos atlctas ontem, nas cercanias do esta- """" 1 -i tvt 1 1 jj •ohmpicos .Poucosmeses antes dos Jogos, uma dio de Monjuic, Meliton San- J P ™1 U„ Nada de CUrtir Draiacampanha pela imprcnsa de Barcelona pediu chez Ribas, presidente do Co- iVi6ti3»n3SClO PTclSil „ JVlaSSa & IllOulO iini rer..jn n,.r„que os responsaveis pelo Museu devolvessem mite Olimnico do Pamma fefes >"¦¦¦¦ um recaao para que psicologicarcorpo ao continente africano, onde seria enter- revendendo entrdas Dara di- ^ QHmptada Ouro Prata Bronze As massas parecem ser o su- quem pensou em mente nao e bonirado. mas nao obteve sucesso. versas comDeticoes Ao ser B Aritu6rpiia 1920

i" cesso gastronomico da Vila aproveitar o tempo permanecer muito

surpreendido, Ribas identifi- f1 'Londres 1948 '{ Olimpica.

Os dois mil quilos de LZnnh'n^vnJ 2Pn0JnS P»S. f- ^ it j 1 •» uma praia na Vila pois nossos atlctas

Fr^tnc Am AomaeS* cou*sc mas ™esm® ass,m f" 1*£ .?. 11 "lolhos encomendados ja aca- Olimpica: segundo nao estao acosSr OlOS cm demasia COU sem OS trezentos mgres- & Melbourne 1956 1 — baram, e os administradores do a maioria dos tecni- mados ao sol forte1'

A ioja de material fotografico da Vila Olimpica SSSSsoc" vl™ -ISa- """-

rcstaurenle tiveram que refor- cos presen.es aos Esta reeomendacao

esgotou todos os seus produtos nos dois primeiros dias meti crime algum" exnlicou ^ ?ar a sua provisao. Os prefen- Jogos uma expos.- serve pnncipalmenjde funcionamento. Mais de oitocentos rolos de filmes cinicamente o panamenho - X-° 1968 ?. dos dos atletas sao 0 bolonhes, ?ao demasiada ao te para os at|etas deforam enviados para revelagao. principalmente nas "pois estou vendendo os in- 11 •—'3.H.® .H.?. ?. jf: o siciliano e o napolitano. Palo sol pode drenar as paises frios, onde omaquinas expressas, que concluem o servi?o em uma gressos pelos seus prepos ori- .Montreal ,H6 — §Jff menos dez mil quilos de massas c

. ,.sa" verao nao e tao in-hora. Muitos dos atletas compraram suas maquinas ginais". O Comite Olimpico '« Moscou 1980 2 — diversas deverao ser consumi- nplnc atip^cfc^nAc tenso quanto na Ca-antes da cenmonia de mauguracao o que fez com que Internacional ainda nao se .Los Angeles 1984 das ate 0 dm dos Jogos. treinos I m Anl talunha e que esta-aquantidadede material para revelar e copiar superas- manifestou sobre a apreen- M Seul 1988 III „ffl HAiHnc n,r4se qualqaer prevtsao. ^tii—¦—^ gge^ag| grg^Tj

ti ¦ niir.^ NOSSOB^MTO

I BARCELONA E AQUI E AGORA. NOSSOXIEgM

2 O Esportes O terça-feira, 28/7/92 JORNAL DO BRASILOlimpíadas Barcelona — AFP

Espanhóis ficam

com a primeira

vaga no futebolBARCELONA — A seleção da Espanha 6 a primeira a

se classificar para as quartas-de-finais do torneio de fute-boi, com a vitória de 2 a 0 sobre o Egito, ontem, noEstádio Luís Casanova, em Valência. Os espanhóis agoratêm como objetivo confirmar o primeiro lugar do grupo,o que garantiria a permanência da equipe junto ao vi-brante público valenciano.

No outro jogo de ontem pelo grupo B, em Sabadell, aColômbia deixou escapar uma vitória sobre o Qatar,dirigido pelo brasileiro Evaristo de Macedo, a dois minu-tos do final da partida. Com o 1 a 1, a segunda vaga dogrupo está praticamente nas mãos do Qatar. Os colom-bianos têm remotíssimas chances, enquanto os egípciosestão eliminados.

No grupo A, a Polônia se impôs categoricamente àItália (3 a 0), no Estádio Sarriá, em Barcelona, e estápraticamente classificada. Os italianos ficaram em des-vantagem em relação aos Estados Unidos, que venceramo Kuwait por 3 a 1 em Zaragoza. As seleções norte-ameri-cana e da Itália disputam a vaga restante.

O torneio prossegue hoje com mais quatro partidas.Pelo grupo C, o Paraguai enfrenta a Coréia, em Valência,e a Suécia joga com Marrocos, em Sabadell. No grupo D,Gana enfrentará a Dinamarca, em Zaragoza e, em Barce-lona, o México pega a Austrália.

h O árbitro búlgaro Lube Spassov foi a primeira vitimada nova norma da Fifa que manda punir com tiro

indireto a bola recuada intencionalmente com o pé para ogoleiro. Na partida Suécia 0x0 Paraguai, na primeirarodada, ele penalizou os suecos após uma bola atrasadacom a cabeça pelo zagueiro Anderson. Como a normadefine como infração somente a bola recuada com os pés,os suecos protestaram. O juiz mudou sua decisão e deubola ao chão.

ClassificaçãoNico Stroia, da equipe da CEI, faz o exercício obrigatório no cavalo

Grupo A1. Polônia2. EUA

Itália4. KuwaitGrupo B

1. Espanha2. Qatar3. Colômbia4. EgitoGrupo C1. Coréia

MarrocosParaguaiSuécia

Grupo D1. Gana2. Dinamarca

México4. Austrália

BARCELONA — Valery Belenky e Gri-gory Misutin da CEI foram os grandes desta-ques da competição por equipes no dia deontem. Ambos ficaram colocados nos doisprimeiros lugares em todos os aparelhos, le-vando a CEI a marcar 231.575 pontos, o quetorna o país virtual ganhador da medalha deouro neste evento.

Misutin e Belenky, que no CampeonatoMundial do ano passado, ainda representan-do a União Soviética, deram ao país umrecorde com 8 medalhas de ouro, mostraramque estão dispostos a repetir o feito.

Misutin, um atleta que tem entre seus

hobbies prediletos apenas dormir, foi o pri-meiro no cavalo com 9.275. Já belenky foi oprimeiro em todos os outros aparelhos.

O búlgaro Guorgui Lozanov conseguiuum recorde negativo, tirando zero no cavalo,por ter errado completamente o seu salto.

Uniforme — A equipe feminina daChina na ginástica foi penalizada em algunspontos pois duas de suas integrantes —Zhang Xia e Lu Li —, estavam vestidasincorretamente. Apesar do desconto, a Chinase mantém em quarto lugar na classificaçãogeral, com uma pequena vantagem sobre aEspanha, quinta colocada.

São Paulo

- áBarcelona — ReuterA polícia espanhola

já prendeu 173 pessoaspor roubos e furtos des-de o começo dos JogosOlímpicos.

Fiscais da prefeituraapreenderam ontem 1.400camisetas falsas com ossímbolos dos Jogos.

A portuguesa RosaMotta, fora da maratonadevido a uma operaçãono abdômen, afirmouque não vai abandonar oatletismo.

Membros da oposi-ção na Câmara dos De-putados da índia critica-ram o governo e adireção da TV governa-mental por não teremprovidenciado a retrans-missão dos jogos de hó-quei sobre a grama.

Lewis é advertidoA exibição de Carl Lewis durante a

cerimônia de abertura dos Jogos acabouvalendo uma advertência do ComitêOlímpico Internacional. Lewis desfiloufalando em um telefone celular, passan-do matérias para um jornal com quemfirmou um contrato de exclusividade. OCOI não permite que atletas trabalhemdurante os Jogos, e avisou ao exibidoamericano que se ele continuar atuandocomo jornalista poderá ser suspenso.

Esportes bem cotadosCento e cinqüenta e qua- do dream team, mas temiam

tro mil pessoas compraram um grande fracasso no tor-ingressos para assistir as di- neio de futebol. Outrasversas competições no pri- competições, no entanto,meiro dia dos Jogos. O re- como o cilcismo e a nataçãosultado agradou aos compensaram as fracas ven-organizadores, que já espe- das do futebol, que aindaravam o sucesso da estréia não atraiu os torcedores.

m O tenista BorisBeckeré o quem se pode chamar de torcedor decartoirhka. No intervalo de Sen.treinamento para o torneio olintpkco, Becker acompanha « seleçãoalemã de bàsaiifte, e aio poupa,Relíquia macabra

O Museu de Bannyoles, perto da Vila Olím-pica, tornou-se o centro de uma polêmica aoexibir a múmia de uma guerreiro africano doséculo 19. Anita de Franz, membro do ComitêOlímpico Internacional, disse que a exposiçãoera "repulsiva, um verdadeiro insulto aos atletasolímpicos". Poucos meses antes dos Jogos, umacampanha pela imprensa de Barcelona pediuque os responsáveis pelo Museu devolvessem ocorpo ao continente africano, onde seria enter-rado, mas não obteve sucesso.

A cara-de-pau

do panamenhoAgentes da polícia munici-

pai de Barcelona prenderamontem, nas cercanias do está-dio de Monjuic, Meliton San-chez Ribas, presidente do Co-mitê Olímpico do Panamá,revendendo entrdas para di-versas competições. Ao sersurpreendido, Ribas identifi-cou-se mas mesmo assim fi-cou sem os trezentos ingres-sos que trazia, apesar de terescapado da prisão.

"Não co-meti crime algum", explicoucinicamente o panamenho,"pois estou vendendo os in-gressos pelos seus preços ori-ginais". O Comitê OlímpicoInternacional ainda não semanifestou sobre a apreen-são.

Medalhas do Brasil Massa & molhoAs massas parecem ser o su-

cesso gastronômico da VilaOlímpica. Os dois mil quilos demolhos encomendados já aca-baram, e os administradores dorestaurente tiveram que refor-çar a sua provisão. Os preferi-dos dos atletas são o bolonhês,o siciliano e o napolitano. Paiomenos dez mil quilos de massasdiversas deverão ser consumi-das até o fim dos Jogos.

Ouro Prata BronzeOlimpíadaAntuérpiaLondresHelsinqueMelbourneRomaTóquioMéxicoMuniqueMontrealMoscouLos ÃngeiésSeul

Fotos em demasiaA loja de material fotográfico da Vila Olímpica

esgotou todos os seus produtos nos dois primeiros diasde funcionamento. Mais de oitocentos rolos de filmesforam enviados para revelação, principalmente nasmáquinas expressas, que concluem o serviço em umahora. Muitos dos atletas compraram suas máquinasantes da cerimônia de inauguração, o que fez com quea quantidade de material para revelar e copiar superas-se qualquer previsão.

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NOSSO BÃHCONOSSO NERDE

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Reliquia macabra versus competwdes no pri- compctivoes, no entanto. fimouuTcKKSus^S^ energia, coino na vitdria sobre a ^0 Museu de Bannyoles. perto da Vila Olim- A CaFa-de-Datl mcir0 dia dos Jo8os- 0 rc" como 0 cilcismo c a natagao C0| n.-l0 pcrmitc que atlctas trabalhem Espanha (83 v74), quando vibron

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14H20;

1 4h30

14H30

16h

18h

1 1 H30

Olimpíadas

Espanhóis ficam

com a primeira

vaga no futebol

Ginástica Artística: exerci-^5£)cios livres por equipe, femini-no. -SÍ

Natação: eliminatórias de100m livre masculino (GustavoBorges). 200m costas masculi-no (Rogério Romero), 100mcostas feminino, revezamento4x100tn feminino, 400m livrefeminino.Tênis: simples masculina e fe-minina (Jaime Oncins e AndéaVieira)

BARCELONA — A seleção da Espanha é a primeira ase classificar para as quartas-de-finais do torneio de fute-boi, com a vitória de 2 a 0 sobre o Egito, ontem, 110Estádio Luís Casanova, em Valência. Os espanhóis agoratêm como objetivo confirmar o primeiro lugar do grupo,o que garantiria a permanência da equipe junto ao vi-brante público valenciano.

No outro jogo de ontem pelo grupo B, em Sabadcll, aColômbia deixou escapar uma vitória sobre o Qatar,dirigido pelo brasileiro Evaristo de Macedo, a dois minu-tos do final da partida. Com o I a I, a segunda vaga dogrupo está praticamente nas mãos do Qatar. Os colom-bianos têm remotíssimas chances, enquanto os egípciosestão eliminados.

No grupo A, a Polônia se impôs categoricamente àItália (3 a 0), no Estádio Sarriá, em Barcelona, e estápraticamente classificada. Os italianos ficaram em des-vantagem cm relação aos Estados Unidos, que venceramo Kuwait por 3 a 1 em Zaragoza. As seleções norte-ameri-cana e da Itália disputam a vaga restante. Embora aprimeira leve vantagem na classificação, a segunda temum jogo mais fácil pela frente, contra o desclassificadoKuwait, dirigido por outro brasileiro, Valmir Louruz.

O torneio prossegue hoje com mais quatro partidas.Pelo grupo C, o Paraguai enfrenta a Coréia, em Valência,e a Suécia joga com Marrocos, cm Sabadell. No grupo D,Gana enfrentará a Dinamarca, cm Zaragoza e, em Barce-lona, o México pega a Austrália.

m O árbitro búlgaro Lube Spassov foi a primeira vítimada nova norma da Fifa que manda punir com tiro

indireto a bola recuada intencionalmente com o pé para ogoleiro. Na partida Suécia 0 x 0 Paraguai, na primeirarodada, ele penalizou os suecos após uma bola atrasadacom a cabeça pelo zagueiro Anderson. Como a normadefine como infração somente a bola recuada com os pés,os suecos protestaram. O juiz mudou sua decisão e deubola ao chão.

Hóquei sobre patins: Brasil xHolanda

Barcelona 92

Vôlei masculino: Cuba x Argè-lia

Ginástica Artística femininafinal

Olympic Show

Futebol: Paraguai x CoréiaVôlei Masculino: Canadá xEUA

Futebol: Brasil x Coréia

¦ Vôlei masculino: Cuba x Argè-lia

latismo: segunda regata dasclasses Finn, Europa, 470, Fl-ying Dutchman, Star, Soling eTornado. Noite Olímpica

Futebol: Itália x PolôniaNico Stroia, da equipe da CEI, faz o exercício obrigatório no cavalo Barcelona 92

Classificação Basquete masculino: EUA xCroácia

Olympic WorldGrupo A

PolôniaEUAItália4. Kuwait BARCELONA — Valery Bclenky e Gri-gory Misutin da CEI foram os grandes desta-ques da competição por equipes 110 dia deontem. Ambos ficaram colocados nos doisprimeiros lugares em todos os aparelhos, le-vando a CEI a marcar 231.575 pontos, o quetorna o país virtual ganhador da medulha deouro neste evento.

Misutin c Bclenky, que 110 CampeonatoMundial do ano passado, ainda representun-do a União Soviética, deram ao pais umrecorde com 8 medalhas de ouro, mostraramque estão dispostos a repetir o feito.

Misutin, um atleta que tem entre seus

hobbies prediletos apenas dormir, foi o pri-meiro no cavalo com 9.275. Já beícnky foi oprimeiro em todos os outros aparelhos.

O búlgaro Guorgui Lozanov conseguiuum recorde negativo, tirando zero no cavalo,por ter errado completamente o seu salto.

Uniforme — A equipe feminina daChina na ginástica foi penalizada cm algunspontos pois duas de suas integrantes —Zhang Xia e Lu Li —. estavam vestidasincorretamente. Apesar do desconto, a Chinase mantém em quarto lugar na classificaçãogeral, com uma pequena vantagem sobre aEspanha, quinta colocada.

Vôlei masculino: Brasil x CEIManchete

Grupo B1. Espanha2. Qatar3. Colômbia4. Egito

Olympic Show

Grupo CCoréiaMarrocosParaguaiSuúcia

GanaDinamarcaMoxicoAustráliaResumo Olímpico

PODIUMBarcelona ~ Heutjglj^

A policia espanholajá prendeu I73 pessoaspor roubos e furtos des-de o começo dos JogosOlímpicos.

Fiscais da prefeituraapreenderam ontem l .400camisetas falsas com ossímbolos dos Jogos.

A portuguesa RosaMotta. fora da maratonadevido a uma operaçãono abdômen, afirmouque não vai abandonar oatletismo.

Membros da oposi-ção na Câmara dos De-putados da índia critica-ram o governo e adireção da TV governa-mental por não teremprovidenciado a retrans-missão dos. jogos de hó-quei sobre a grama.

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gg O tenista Boris Becker é o quese pode chamar de torcedor de

earteirinba. No intervalo de seutreinamento para o torneio olímpi-co, Becker acompanha a seleçãoalemã de basquete, e não poupaenergia, como na vitória sobre aEspanha (83 x 74), quando vibroumuito a cada cesta que seus compa-triotas marcavam nos donos da casa.

Lewis é advertidoA exibição de Carl Lewis durante a

cerimônia de abertura dos Jogos acabouvalendo uma advertência do ComitêOlímpico Internacional. Lewis desfiloufalando em um telefone celular, passan-do matérias para um jornal com quemfirmou um contrato de exclusividade. OCOI não permite que atletas trabalhemdurante os Jogos, e avisou ao exibidoamericano que se ele continuar atuandocomo jornalista poderá ser suspenso.

Esportes bem cotadosCento e cinqüenta e qua- do dream toam. mas temiam

tro mil pessoas compraram 11111 grande fracasso 110 lor-ingressos para assistir as di- neio de futebol. Outrasversas competições no pri- competições, 110 entanto,meiro dia dos Jogos. O re- como o cilcismo e a nataçãos u 11 a d o agradou aos compensaram as fracas ven-organizadores, que já espe- das do futebol, que aindaravam o sucesso da estréia não atraiu os torcedores.

Relíquia macabraO Museu de Bannyoles. perto da Vila Olím-

pica. tornou-se o centro de uma polêmica aoexibir a múmia de uma guerreiro africano doséculo 19. Anita 'c Franz, membro do ComitêOlímpico Internacional, disse que a exposiçãoera "repulsiva, um verdadeiro insulto aos atletasolímpicos". Poucos meses antes dos Jogos, umacampanha pela imprensa de Barcelona pediuque os responsáveis pelo Museu devolvessem ocorpo ao continente africano, onde seria enter-rado, mas não obteve sucesso.

A cara-de-pau

do panamenhoAgentes da policia munici-

pai de Barcelona prenderamontem, nas cercanias do está-dio de Monjuic, Meliton San-chez Ribas, presidente do Co-mitê Olímpico do Panamá,revendendo entrdas para di-versas competições. Ao sersurpreendido. Ribas identifi-cou-se mas mesmo assim fi-eou sem os trezentos ingres-sos que trazia, apesar de terescapado da prisão. "Não co-meti crime algum", explicoucinicamente o panamenho,"pois estou vendendo os in-gressos pelos seus preços ori-ginais". O Comitê OlímpicoInternacional ainda não semanifestou sobre a apreen-são.

Medalhas do BrasilAs massas parecem ser o su-

cesso gastronômico da VilaOlímpica. Os dois mil quilos demolhos encomendados já aca-baram, e os administradores dorestaurente tiveram que refor-çar a sua provisão. Os preferi-dos dos atletas são o bolonhês,o siciliano e o napolitano. Paiomenos dez mil quilos de massasdiversas deverão ser consumi-das até o fim dos Jouos.

Ouro Prata BronzeOlimpíadaAntuérpiaLondresHelsinqueMelbourneRomaTóquioMéxico

Fotos em demasiaA loja de material fotográfico da Vila Olímpica

esgotou todos os seus produtos nos dois primeiros diasde funcionamento. Mais de oitocentos rolos de filmesforam enviados para revelação, principalmente nasmáquinas expressas, que concluem o serviço em umahora. Muitos dos atletas compraram suas máquinasantes da cerimônia de inauguração, o que fez com quea quantidade de material para revelar e copiar superas-se qualquer previsão.

MuniqueMontrealMoscouLos Angeles 1984Seul 1988

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NOSSO &4NCONOSSO NERDE

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Z. S2. Esportes O terça-feira. 28/7/92 ? 2a EdiçãoS3

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AssinaturaMacaé

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InfluênciaComentário mordaz de

um jornalista sobre a gafedo presidente FernandoCollor aparecendo de ternoclaro na solenidade de aber-tura das Olimpíadas:— Pelo visto, o Collor estáaprendendo a se vestir coma Rosane.

¦ ¦ ¦

FrutoPouca gente se deu conta

de que há algo mais, alémdo Mediterrâneo, a relacio-nar a Grécia antiga — evo-cada tão oportuna e gran-diosamente na cerimônia deabertura dos Jogos Olímpi-cos — à Espanha.

O príncipe Felipe de Bor-bón.

Porta-bandeira da dele-gação espanhola no desfileinaugural e candidato à me-dalhas de ouro em provasde iatismo, Felipe é filho darainha Sofia e do rei JuanCarlos.

Sofia, por sua vez, é filhado rei Constantino, da Gré-cia.,

É grega. * * *Felipe é, assim, fruto le-

gítimo de uma sólida uniãogreco-espanhola.

¦ ¦ ¦

Bons motivosQuando esteve recente-

mente no Brasil participan-do da Eco-92, o príncipeAlbert, de Mônaco, decla-rou em alto e bom som quedois motivos o levariam se-manas mais tarde à Barcelo-na.

Os Jogos Olímpicos e aoportunidade de reencon-trar a apresentadora ValériaMonteiro, que tanto o en-cantou.

* * *

As competições esporti-vas da Catalunha estão aímesmo para quem quiserassistir.

Quanto à Valéria...

A bela Guilhermina Guinle

Pé-quenteA torcida de brasileiros vips pre-

sente a Barcelona botou a cabeça defora e estreou com vitória.

Explica-se: o grupo dispensou afesta inaugural e fez o seu primeiropasseio pelas competições esportivasaparecendo domingo no Palau d'Es-porís de Barcelona (em bom catalão),para assistir ao jogo de vôlei Brasil xCoréia.

Poderia ter optado pela estréia, emoutro local, da seleção brasileira debasquete contra a Croácia, quase àmesma hora da partida de vôlei.

Escolhendo o vôlei, aplaudiu e co-memorou uma bela vitória; se tivesseido ao basquete, teria amargado umfracasso feio e deixado o ginásio decabeça inchada.

* * *O grupo vip instalado na tribuna

de honra do estádio do Brasil vitorio-so era formado por Luiza e AntônioCarlos de Almeida Braga, Lucinha eAntônio José Carneiro, Rosa e Ar-mando Klabin, Ana Cristina e PauloOctávio Pereira e — lasl but not least— a bonita Guilhermina Guinle.

O fã-clube, apoiado de ime-diato por Luciano do Valle, temcomo idealizador e sócio-funda-dor Armando Nogueira.

E como animador, Toquinho.Que já prometeu dar à sua

próxima música, um hino deamor, o nome de Krystina.

Furto• Dorita, roubaram o meu sossego!

Pontocerto

O Brasilestreou com o pé direito no hóqueisobre patins, aplicando umlímpido 5 a 3 na robustaseleção da Alemanha.

Afinal, o Brasil é ou não éo país do deslize?

Zózimo Barrozo do Amaral

Olimpíadas

terça-feira, 28/7/92 O Esportes O .3

ZózirnsEM BARCELONA

Paulo Jabour — 27/07/91

Rival de pesoA confirmação do lançamen-

to de Berlim como candidata àsede das Olimpíadas do ano2000 complicou bastante o so- .nho de Brasília.

A imprensa européia de ummodo geral apóia a cidade ale-mã, torce por ela e não dá umcaracol pela candidatura de Bra-sília.• Se bem que nas atuais cir-cunstâncias seja um pouco de-mais pretender apoio estrangeiroa qualquer coisa relacionadacom o Brasil.• Não anda nada boa a ficha dopaís no cadastro internacional.

Fã-clube• Esboça-se entre o pessoal daequipe da TV Bandeirantes quefaz a cobertura dos Jogos Olím-picos um movimento no sentidoda criação de um animado e ar-doroso fã-clube.

O alvo de tanta admiração é anadadora húngara KrystinaEgerszgi, medalha de ouro nos400 metros quatro estilos.

Aliás, tanto dentro quanto fo-ra dágua, uma gracinha.

JORNAL DO BRASIL

José Carlos Brasil — 16/05/92

r$pós uma semana em Andorra, Zequinha chega hoje

~* Cláudia Ramos, GisalePorto, José Emílio Aguiare Paulo César Vasconcellos

Enviados especiais

_ BARCELONA — O meio-fundistaZequinha Barbosa, cotado para ga-nhar uma medalha nos 800m rasosda Olimpíada, chega hoje à cidade,após passar a última semana em An-qorra, preparando-se para a compe-'ticão. Ele, seu técnico Luiz Alberto,e os atletas Pedro Chiamulera e Ed-gar de Oliveira ficarão na Vila Olím-pica com o restante da equipe deatletismo.

O técnico principal da equipe deatletismo, Carlos Alberto Cavalhei-ro, treinador de Róbson Caetano,ficou magoado pelo fato de LuizAlberto não ter-lhe mandado notí-cias sobre Zequinha. "Nem soube o

tempo com que ganhou a prova noMeeting de Andorra", reclamou.Mas não pretende estender o protes-to: "É problema do Martinho, chefeda delegação".

Cavalheiro admitiu que gostariade ter preparado Róbson do mesmojeito que Luiz Alberto fez com Zequi,-nha: longe da agitação da Vila. "Ébem melhor ficar relaxado. A vanta-gem de ficar na Vila seria viver mais oclima da Olimpíada, ter contato comoutros esportistas, mas o Róbson nãoestá tendo tempo para isso". SegundoCavalheiro, teria sido melhor ir parauma praia deserta ou um sítio distan-te da confusão.

Carlos Alberto está cada vez maisanimado com a progressão dos tem-pos de Robson. Ele chegou em Barce-lona correndo os 200 metros em20s58 e agora está fazendo 20sl8, umganho de quatro décimos. (J.E.A.)

'tjfs i.Vw ¦. x- ^'.v¦ •¦£.x\ /j^-viísl^^tíí ~^s \ jí^áartá? • <Mgg8gggagMggaW8ll8gMB3gB888BB8^B^M88g8mmt^mmwiMMffl^8B8S8*Favorecido pela desistência do equatoriano Andrez Gomes, Mattar conta com o cabrdem,aisc^Jjgmmc^^Wunib

Brasileiros estréiam hoje no tênis

¦ Luiz Mattar enfrenta Haarhuis, 34° do ranking, e Andréia Vieira pega Maleeva, a 9dBARCELONA — Os brasileiros

Luiz Mattar — que foi contempladocom uma vaga na chave de simplesapós a desistência do equatorianoAndrez Gomes — e Andréa Vieiraestréiam hoje no torneio de tênis daOlimpíada enfrentando adversáriosdifíceis. Mattar pega o holandêsPaul Haarhuis, um grandalhão del,88m, 80 quilos e 34° do rankingmundial. Dadá enfrenta a suíça Ma-nuele Maleeva-Fragniére, nona do

mundo e cabeca-de-chave númeroseis."O

que fazer? Tenho de ir lá ejogar o melhor que puder", definiu apequenina e franzina Andréa, queparece mais uma ginasta do queuma jogadora de tênis. Caso sur-preenda e passe á segunda rodada,terá uma adversária mais fraca: aitaliana Rafaela Reggi ou a austra-liana J. Byrne. Dadá está na mesmachave da alemã Steffi Graf, grande

favorita do torneio, ao lado da espa-nhola Arantxa Sanchez. que joga cmsua cidade natal.

Já Luiz Mattar, apesar de respei-tar o adversário, esta mais confian-te. "Ele é um jogador duro, masjoga melhor em piso rápido. Nessaquadra, vou explorar o seu cansaço,fazê-lo correr de um lado para ooutro". Mattar conta com o trunfodo calor de mais de 35 graus queestá fazendo em Barcelona.

Luiz Mattar está na mesma cha-ve do norte-americano Jim Courier,o número um do mundo. Se vencer,o tenista brasileiro deve pegar ocroata Goran Ivanisevic, que foi ovice-campeão de Roland Garros.Nas duplas, que estréiam quinta,Mattar e Oncins também deramazar: enfrentam os espanhóis SérgioCasal/Emilio Sanchez, que já foramprimeiro do ranking e jogam emcasa. (J.E.A.)

Oncins nada sabe sobre o adversárioO brasileiro Jaime Oncins não sa-

be o que esperar da partida que farácontra o iugoslavo Srjdan Muskati-rovic, 389° do ranking, amanhã, pelaprimeira rodada do torneio olímpicode tênis de Barcelona. Muskatirovic,de 20 anos. destro e com l,93m dealtura, não disputa os torneios maisimportantes do calendário, por issonem o técnico Paulo Cleto o conhece."Mas deverá ser um jogo duro. por-que, se ele está aqui. é porque ganhoua vaga no pré-olimpico ou porqueestá entre os dois melhores de seupaís", comentou.

Oncins tem treinado todos os dias,no sol de meio-dia e durante trêshoras, para se adaptar ao calor de

jogadores de paciência, como oChang e o Bruguera.

Para infelicidade de Oncins,o ame-ricano Michael Chang deve ser seuadversário caso vença amanhã. Oncinscaiu numa chave difícil, que tem aindaStefan Edberg, Pete Sanipras e o pró-prio espanhol Sergi Bruguera.

Oncins estava preocupado tam-bém com o uniforme. O regulamentoda Olimpíada proibe que use roupacom patrocínio. Oncins terá de usar abermuda que a Adidas confeccionoupara ele. branca, mas que está so-brando nele. "Vou ter de engordaruns três quilos", brincou. (J.E.A.)

Barcelona. "As partidas, em melhor

de cinco sets, serão muito cansati-vas", admitiu. Ainda mais que o pisode saibro das quadras do Vali d'He-bron estão entre os mais lentos que jáviu. "Não é só porque a quadra é anível do mar. A areia á mais fofa,parece praia. Além disso, vamos jo-gar com bolas Wilson, uma das maispesadas". Isso significa que o ritmoserá lento e as partidas serão eternasmaratonas, como na Davis. competi-cão em que Jaiminho está invicto. Elenão acha a quadra favorável ao seuestilo. "Ela

poderia ser um poucomais rápida, do jeito que está. é para

AFP —30/05/92

Oncins ín/ sim estreia

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4 O Esportes O terça-feira, 28/7/92V •

JORNAL DO BRASILOlimpíadas

Vôlei explora saque contra CEI

H Time entende que só com muita velocidade poderá conseguir a sua segunda vitória

Cláudia Ramos,Giscle Porto,

José Emílio Aguiar ePaulo César Vasconcellos

Enviados especiais

_ A seleção brasileira masculina devôlei que o torcedor verá hoje contraa CEI, a partir das 12h30 (hora deBrasília), 110 ginásio do Palácio deVali d'Hebron, procurará explorar osaque e jogar com muita velocidade.Só assim, segundo o técnico José Ro-berto Guimarães, será possível conse-

, guir a segunda vitória nesta Olimpía-da, o que deixará o time em ótimasituação para a próxima fase.

Tanto José Roberto como os joga-dores sabem que a partida de hojeserá muito mais difícil do que a daestréia contra a Coréia. A CEI prati-camente não sofreu nenhuma altera-ção em relação a equipe que foi ter-ceira colocada no CampeonatoMundial, disputado em 90 no Brasil.

O estilo é o mesmo e tem por trása figura respeitada e temida de Viat-cheslav Platonov. Aliás, o prestígiosoviético foi recuperado desde que elevoltou ao comando do time — esteveafastado durante metade dos anos 80."Não se pode ignorar a figura destetécnico. Ele sabe armar o time muitobem", explica José Roberto.

Em um aspecto, o técnico brasilei-ro acha que o time não será igual aoque atuou domingo: a falta de tran-qüilidade. A equipe nervosa, que sen-tiu visivelmente os efeitos de umaestréia, certamente, segundo o técni-co, não entrará em campo hoje. "Jápassamos pelo batizado. Agora está11a hora de jogar".

Para esta partida, o Brasil devecomeçar com a mesma equipe queiniciou o jogo com a Coréia: Maurí-cio, Carlào, Tande, Giovane, Marce-lo Negrão e Paulão.

A rodada de vôlei terá, além dojogo do Brasil, mais cinco partidas. Odia começa com Cuba enfrentando afraca seleção da Argélia ás 5h30 damanhã, no palácio dos Esportes.

Os americanos ficaram revoltados com a decisão do comitê, dando ao Japão a vitória da partida disputada domingo

Japão ganha recurso

Jogos de hoje

5h30 — Cuba x Argélia8h30 — Canadá x EUA

10h — Japão x França12h30 —Brasil x CEI14h —Espanha x Itália16h30 — Coréia do Sul x Holanda

Numa tensa e longa reunião, osintegrantes da comissão de vôlei deci-diram dar a vitória ao Japão na parti-da que disputou com os Estados Uni-dos, domingo, válida pelo torneiomasculino de vôlei da Olimpíada.

Quando a partida estava em 14 a13 para o Japão no quarto set, o juizsoviético Samedov Ramis deu, nomesmo set, o segundo cartão amare-lo para o atacante Samuelson. Eleerrou. Teria que ter aplicado o ver-melho e os japonenses ganhariam apartida, porque tinham vencido doisscts anteriores.

Os Estados Unidos venceram oquarto set e também o quinto. Logodepois da partida, os japoneses en-traram com o protesto e ontem tive-ram ganho de causa. "Estamos real-mente desconcertados. Depois deuma dura partida de três horas, oresultado é definido em um escrito-rio. Sinto-me roubado", disse oamericano Scott Fortune, capitão daequipe americana.

O presidente da Federação Inter-nacional de vôlei, Ruben Acosta, la-mentou o erro do juiz Samedov eafirmou que ele deverá sofrer umapunição. "Estamos aqui para mantera lisura das partidas, e foi isso quefizemos", completou. (P.C.V.)

Time feminino

estréia amanhãmm Faltam 24 horas para a sele-

ção feminina de vôlei estrearnos Jogos Olímpicos e o técnicoWadson Lima acha que o time jáestá pronto. A partida com a Ho-landa amanhã, às 12h (hora dcBrasília) c aguardada com tranqüi-lidade por todos. "Só falta entrarna quadra", afirma Wadson, quecoloca a seleção no mesmo pl ano de( uha, Fstados (Jmdos Ctl c (hi-B3.iP.CV.) '' ¦-.... h "nV

VIATCHESLAV PLATONOV

Vôlei soviético

tem sua estrela

do lado de fora

FT1 écnicos, dirigentes e pessoasJL 1que respiram vôlei quase que

24 horas por dia jamais o viramsorrir. Outros chegam ao exagero deafirmar que até sua voz é difícil deouvir. Nada disso parece ter impor-tância quando chega a hora de ar-mar um time. O soviético Viatches-lav Platonov está para o vôleisoviético como Bebeto de Freitaspara o brasileiro. Ambos têm estrei-ta ligação com o sucesso.

Platonov foi o responsável pelaascensão dos soviéticos no cenáriomundial. Deu estilo e criou uma es-cola soviética no esporte. Quandosaiu, o castelo desmoronou. A sele-ção se afastou da luta pelos primei-

ros lugares nas competições interna-cionais mais importantes e Platonovfoi parar no Uruguai.

Levou para lá seu jeito carrancu-do, a fala em tom baixo, quase queinaudível, e uma autoridade queninguém ousa contestar. Terminadoo intercâmbio — sua vinda fez partede um projeto envolvendo os doispaíses —, Platonov voltou e foi con-vidado para retornar à seleção. Parao bem dos soviéticos, ele aceitou e otime se reencontrou.

Nestes Jogos Olímpicos, Platonovrespeita as equipes da Itália, Brasil,Holanda e Cuba. Ele tem especialcarinho pelo vôlei brasileiro, princi-palmente por causa de seu amigo Be-beto de Freitas. "Os brasileiros têmuma boa seleção e a partida de hojeserá muito difícil. Há uma nova gera-ção que pode dar muitas alegrias". Sedepender de Platonov, certamentenão será hoje que esta seleção deixaráos brasileiros favoritos. "Estamosaqui para ganhar o ouro". (P.C. V.)

Luiz Freitas ganha

a primeira

Vitória por pontos sobre coreano deixou público insatisfeito, mas foi merecidaBARCELONA — O mosca brasi-

leiro Luiz Freitas obteve ontem umadifícil classificação para as oitavas definal do campeonato olímpico deboxe, ao derrotar por pontos (15 a9), o sul-coreano Gwan Han. A de-cisão dos juizes causou protesto datorcida em Badalona que considerouinjusto o resultado. Freitas fez umaluta cautelosa, cuidando sempre daguarda, sem, no entanto, deixar deaplicar melhores golpes que o sul-coreano e construir com isso umaapertada, mas merecida vitória.Agora, pelas oitavas de final, o bra-sileiro vai enfrentar o tanzanianoBenjamin Mwangata, que derrotouo mexicano Narciso Gonzalez.

Não foi só o brasileiro Luiz Frei-tas que se deu bem na rodada deontem do Campeonato Olímpico deboxe. Um outro sul-americano con-

Mesatenistas

acham chave

muito difícil

O tênis de mesa do Brasil estréiahoje em Barcelona, nas partidas pre-liminares de duplas, e os brasileirosHugo Hoyama e Cláudio Kano estãopessimistas. Vão enfrentar logo decara os coreanos Taek Soo Kim eNam Kyy Yoo. "Nossa chave estádifícil demais. Pegar a Coréia logo noprimeiro jogo da Olimpíada foi umatremenda falta de sorte. Tudo o queesperamos é jogar bem e mais nada",avisou Hugo, dono de três medalhasde ouro nos Jogos Pan-Americanos.

As brasileiras Mônica Doti eLyane Kosaka também começamhoje sua participação no estádio Po-liesportivo Del Nord. As duas tam-bém enfrentam adversárias fortes, asiugoslavas Jasna Fazlio e GordanaPerkucin. "Vamos fazer o melhorque podemos", garante Mônica. Osquatro brasileiros ainda participa-rão dos torneios individuais de tênis

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Uma partida consta do 3ou 5 game». Hnk-^È$âpomo quem:nftocomeguedevolver

a boisjoga a bola na rede oufora da mesatoca a mesa com a mêolivre

Masculino individualYoo Nam-kyu (Coréia do Sul)

Dupla masculinaChen longcam/Wei Cfnguang (China)

Medalhas de ouro em 1888REUTERSBarcelona 92

Feminino individualChen Jing (China)

Dupla femininaHyun Jung-hwa/Yang Young-ja (China)

seguiu passar às oitavas de final.Trata-se do venezuelano David Ser-radas, na categoria mosca. Ele ven-ceu o representante do Porto Rico,Angel Chacn. Só houve um certoequilíbrio no primeiro assalto, mas apartir daí só deu o venezuelano, quevenceu por 12 a 3.

O mosca dominicano Héctor Avi-la derrubou, sem nenhuma dificulda-de, a primeira barreira de seu cami-nho. Ele praticamente triturou agolpes o rosto do chinês Gang Liu. Aluta só durou dois assaltos. O juiz,diante da inferioridade evidente dochinês, que sangrava pela boca e na-riz, decidiu terminar com a luta econvocar no ringue um médico paraatender Gang Liu. Nas oitavas, odominicano vai enfrentar o perigosofilipino Isidoro Vicera, que derrotouo tcheco Stanislav Vagasky.

Wilson quer

melhorar na

pistola de ar

O Brasil disputa medalha hoje notiro. Wilson Scheidemantel, que ficouem 35° lugar nas provas de pistolalivre, compete agora na pistola de ar,sua especialidade As provas serão noCampo de Tiro de Mollet dei Vallés.Serão duas fases e apenas os 15 me-lhores se classificam para a final.

Mesmo não tendo se saído bempara as finais do tiro livre, Scheide-mantel está otimista em um bom re-sultado hoje: "estou bem preparado ecostumo apresentar melhores perfor-mances na pistola de ar, por issoacredito que amanhã (hoje) minhaschances são bem maiores".

A CEI conquistou as medalhas deouro ontem. Juri Fedkine ganhou nacarabina de ar. com 695.3 pontos nafinal. No feminino, Marina Logvi-nenko. na pistola esportiva, ficoucom o primeiro lugar, estabelecendonovo recorde olímpico duas vezes,com 587 e 684 pontos

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BEISEBOL« 10h00—Formosa x Porto Rico

EUA x Itália16h00—Japão x Cuba

República Dominicana x EspanhaBOXE

2 8h00 — galo e meio médio-ligeiro (16' de|!»t final)MhOO — galo e meio médio-ligeiro (16' de - **

linal) "jÍ1ti J& CICLISMO

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Masculino5h00 J- velocidade (eliminatórias)13h00— perseguição individual (eliminató-rias)

14h05—velocidade (16' de linal)15h00—prova por pontos (eliminatórias)15h50—velocidade (repescagem)17h05—prova por pontos (eliminatórias)Feminino

5h50—velocidade (eliminatórias)14h35—velocidade (8' de linal)16h35—velocidade (repescagem)

l/H FUTEBOLMhOO—Dinamarca x Gana (D, Zaragoza)

Suécia x Marrocos (C, Sabadell)16h00—México x Austrália (D, Barcelona)Paraguai x Coréia do Sul (C. Valèn-ciai

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¦aGINÁSTICA—il

•'«Feminina ,-j %;6h30 — exercícios livres por equipes (elimi- nnatórias)15h00—exercícios livres por equipes (linal) ®

H hipismo"3h30—adestramento

i IHHÓQUEINA GRAMA

Masculino4h4S—índia x Argentina5h15—CEI x Malásia

11h00—Austrália x Egilo12h30—Paquistão x Nova Zelândia13hOO—Espanha x Holanda15hOO—Alemanha x Grã-BretanhaI1 HÓQUEI

SOBRE PATINS13h00—Suíça x Japão

Austrália x Angola14h30—Portugal x Argentina

Brasil x Holanda16h00—EUA x Itália

Espanha x Alemanha

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8h15—prancha a vela8h30 — Finn, 470, Flying Dutchmann, Star. • ,Tornado e Soling "¦&Feminino *X>

8h15—prancha a vela H8h30—Europa e 470

>T JUDÔMasculino11h30 — semipesados (preliminar e repesca-

gem)16h30—semipesados (semifinal)17hOO — semipesados (repescagem e bron-ze)

17h25—semipesados (ouro)Feminino11h30 — semipesadas (preliminar e repesca-

gem)16h30 — semipesadas (semilinal)17h00 — semipesadas (repescagem e bron-ze)

17h25—semipesadas (ouro)

4^ LEVANTAMENTODE PESO

7h30—até 60kg (eliminatórias)13h30—até 60kg (linal)

¦•8"i"5 |

LUTA5h00 —48kg(31rodada)

52kg (5* rodada)57kg (1* rodada)62kg(1*rodada)68kg (6* rodada)74kg (3* rodada)82kg (1* rodada)90kg (1a rodada)

130kg (3J rodada)

12h00—62kg (5o lugar)57kg (2" rodada)62kg (2* rodada)68kg (5° lugar)74kg (4* rodada)82kg (2* rodada)90kg (2' rodada)

100kg (5° lugar)MhOO-

52kg (linal)68kg (linal)lOOkg (linal) -rdâHa.NATAÇAO

Masculina5hOO— 100m livre e 200m costas (eliminató-rias) ca

13h00— lOOm livre e 200m costas (finais) ,TW:Feminina5h00 — 400m livre, 100m costas e reveza-'^1

mento 4x100m livre (eliminatórias) ÍT13h00 — 400m livre. 100m costas e reveza-;«mento 4x100m livre (linais)

\>*PELOTA BASCA

4h00—França x México6h00—Argentina x Espanha8h00 — México x Argentina

11h00—Espanha x México13hOO—Cuba x México16h00—França x EUA

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JÜ PENTATLO6h00—atletismo

REMOMasculino

3h00 — quatro scull. oito com, dois com equatro sem (eliminatórias)Feminino

3h00 — skiff, quatro scull e oito com (elimi-natórias)

TÊNISMasculino

5h00—individual (32* de linal)Feminino

5h00 — individual (32* de linal)

TÊNIS DE MESAMasculino16h20—duplas (preliminares)Feminino15h00 — duplas (preliminares)

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[AJ TIROMasculino

4h00—pistola de ar comprimido (eliminató-rias e semifinais)

7h30—pistola de ar comprimido (linais)

12h30-Brasil X CEI i14h00-Espanha

x Itália16h30—Coréia do Sul

x Holanda

VÔLEIMasculino

5h30— Cuba x Argélia8h00-Canadá x EUA

10h00-Japão x Franca

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JJORNAL DO BRASIL

Olimpíadas

terça-feira, 28/7/92 v Esportes O-5

Aurélio luta pelo

sonho do bi KiCiãMMI

M. RARP.PI OM A á AAI IIO desconhecido Mamute é o primeiro obstáculo no caminho do judoca brasileiro

BARCELONA É AQUIE AGORA.

BANERJ

Cláudia Ramos, GiselePorto, José Emílio Aguiare Paulo César Vasconcellos

Enviados especiaisBARCELONA — Há quatro anos,

ele sonha com este dia. Demorou achegar e muitas vezes neste período ojudoca Aurélio Miguel pensou queuma segunda Olimpíada não passariade um retrato arquivado em suaslembranças de esportista. Mas o mo-mento chegou e hoje, a partir dasllh30 (hora de Brasília), o melhormeio-pesado do judô brasileiro en-frentará Mamute M"Bomga, do Zai-re. É a primeira pedra no caminhodeste filho de catalães, que tem naterra dos seus pais a oportunidade deconseguir o bicampeonato olímpico.

O adversário de estréia de Aurélioé um desconhecido no mundo dojudô. Por sua culpa — não tem currí-culo para figurar entre os melhores— e por culpa do seu país, que nãoolha o judô como um dos seus espor-tes favoritos. São dados que Aurélionão ignora, quando começa a falarsobre a série de lutas que terá hojepela frente. "Enfrentarei todos osadversários com o mesmo empenho.Essa do cara ser desconhecido nãoexiste", comentou ele, que ontemdeu apenas uma corrida pelas ruasda Vila Olímpica c preferiu passar amaior parte do tempo no quarto on-de está hospedado.

Não fosse a interrupção de quasedois anos — resultado de uma brigacom Joaquim Mamede, á época pre-sidente da Confederaçãao Brasileirade Vôlei — e Aurélio teria certeza deque a possibilidade de conquistar obicampeonato olímpico estava muitopróxima. "Não tenho dúvida disso.Estaria em condições bem melhores".

No entanto, o fato de ter inter-rompido o treinamento durante qua-se dois anos não o desanima. Eleacha que cm todas as lutas terá que irpara o tudo ou nada. "Não tem essade ficar dosando energias. É entrarali e mandar ver". Hoje não serádiferente. Aurélio quer entrar pararachar. Sabe que o primeiro adversá-rio não será difícil, mas já está pen-sando em dois obstáculos que terápela frente para sair campeão dachave: o francês Stephanie Traineaue o tchcco e eslovaco Jiri Sosna."Venci o Sosna na semifinal em Seul(88), quando ganhei a medalha deouro. E um judoca experiente e quesabe o que fazer".

Soraya — Não será apenas Au-relio Miguel que representará o Bra-sil hoje no judô. A judoca paulistaSoraia André, 27 anos, também es-tará em busca de uma medalha deouro. Inscrita na categoria até 72quilos no máximo, Soraia enfrentaráa vencedora do confronto entre aamericana S.Bacher e a inglesaJ.Horton. (P.C.V.)

Em dia de lutas,

nada de sorrisosNo dia em que vai lutar, o judoca

Aurélio Miguel se transforma. O jo-vem tranqüilo, que está sempre pron-to para conversar, cede lugar a umhomem carrancudo, que não gosta demuito, papo.

"Ele fala pouco nessesdias. É uma maneira de relaxar", ex-plica o técnico Paulo Wanderley.

A concentração de Aurélio come-ça na véspera. Os encontros com osamigos são evitados e ele pensa ape-nas na luta. Por esta razão, Aurélionão assistiu a luta, ontem, do seuamigo José Mário Tranquilini, na ca-tegoria pesado. Preferiu ficar na Vila."Se vou a uma luta dessas, sei quevou me estressar. Suo tanto quanto ocara que está lá dentro lutando. Pre-firo ficar sozinho".

A segunda Olimpíada tem um sig-nificado diferente para Aurélio Mi-guel. Na primeira, em Seul, há quatroanos, ele tinha uma visão mais espor-tiva da competição. "Hoje, o signifi-cado é outro. E como se minha vidaestivesse em jogo. Por isso, quero ga-nhar de qualquer maneira."

Quando retornou ao tatame, háalgum tempo, Aurélio viu que os ad-versários ainda o temem. O afasta-mento das lutas não apagou da menteda concorrência os expressivos resul-tados obtidos em Seul e em outrascompetições internacionais. "Alémdisso, sou hoje um lutador mais ma-duro e experiente. Isso me ajuda".

Aurélio sabe que a vitória hojeserá a prova definitiva para calar oscríticos internacionais. A pesquisa darevista Sport Ilustrated, que indicouapenas três brasileiros com chancesde medalha — o atleta Zequinha Bar-bosa e os iatistas Torben e Lars Grael—, mexeu com os seus brios. "Vouentrar como um soldado em plenaguerra do Vietnã". (P.C.V.)

"Estou jogando

a minha vida

nesta

Olimpíada".(Aurélio Miguel)

J.C. Brasil — 21/05/ti9

Aurélio precisa vencer as cinco lutas para obter a sua segunda medalha de ouro

Técnico analisa os seis concorrentesO técnico Paulo Vanderley pode

ser considerado um estudioso do ju-dô. Não há lutador que ele não tenhainformações. Os adversários que es-tão no caminho de Aurélio foramanalisados por ele.Mamute M"Bomga (Zaire) — "Nãotem currículo e falta tradição ao seupaís. Se vencer será a zebra das ze-bras. Acho que o Aurélio se retira dodojô e não disputa a repescagem."Jiri Sosna (Tcheco e Eslováquia) —"Está bem colocado no ranking, foiterceiro da Europa. Perdeu para oAurélio na semifinal em Seul. É vete-rano e sempre chega às finais."D.Sergecv (CEI) — "Nunca lutoucom o Aurélio. Não é um lutadorfácil de se enfrentar. Soube que estámuito bem. Terminou o CampeonatoEuropeu em terceiro e numa escala deOa 10 leva 7,5."

Van de Valle (Bélgica) — "Está naoutra chave e é um lutador perigosís-simo. É o mais velho de todos (38anos) os que estão disputando os Jo-gos e tem experiência. Já lutou váriaszes com o Aurélio e nunca perdeu."P. Nastula (Polônia) — "É o atualvice-campeão mundial e possui técni-

ca apurada. Bom judoca, que já lutoucom o Aurélio cinco vezes e perdeutrês. Gosta de atuar em pé".Stephan Traineau (França) — "Estáno grupo do Aurélio e ele vai enfren-tá-Jo na primeira fase. É o,atual cam-peão mundial e europeu. É uma fera.Luta muito bem no chão." (P.C.V)

jj| O caminho que leva ao ouro

Mj Para obter á chance de disputar mundial europeu decodmdo nesta In-a medafta de ouro, Aorelio Mi-B

guel teri cpe lotar qsatro vezes emsua efeave, Prúaeiro contra MamuteM"Boaig», 4o Zaire, e depois, com oganhador do confraatoertw oSosna e o gpàeaaa Datam. Secer, terá pela frenteo MmbmKo*acs ou o lutador dáCEI,geey. Com dots vitéria, enfrentará ofrancês Trainean, atoai campeio

ta a chance de disputar a medalha deow» com o primeiro colocado naoutra efeate. A prata, porém, estarágarantida, Caso perca logo na pri-meira teta, Auretía terá que torcerpara Maaate se manter na competi-çSo paraai então ter chance de bri-gar por mna medaBia de bronzeoarepescagem. (PC.V.)

^^^^MBarcelona, Espanha — Ari Gomes

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hdilene gritou de dor com a contusão que impediu que ela prosseguisse na luta

Contusão marca início ruim do judô1H/"\ Kficiloit-n /mmnnAii m^I I r- nn .O judô brasileiro começou mal emBarcelona. O peso-pesado MárioTranquilini foi eliminado na primeiraluta pelo búlgaro Stoykov. A judocaEdilene Andrade perdeu na repesca-gem, quando deixou o tatame cho-rando de dor. com luxação no braço.

Tranquilini manteve a luta equili-brada até metade dos cinco minutosregulamentarcs. Tentou dar um harai— golpe em que o lutador segura oquimono do adversário e tenta derru-bá-lo pelo quadril — e acabou rece-bendo um contra-ataque mortífero deStoykov. O búlgaro derrubou-o e

conseguiu que ele-ficasse 30s com ascostas no chão, 0 que eqüivale a umippon (o nocaute do judô).

Já Edilene Andrade fez uma boaprimeira luta. Seu azar foi ter enfren-tando a japonesa Yoko Sakaue, quederrotou as adversárias seguintessempre com ippon. Edilene resistiu depé e perdeu por pontos. Yoko chegouá semifinal e a brasileira teve o direitode entrar na repescagem. Venceu aprimeira, mas na segunda, contra aalemã Claudia Weber, não teve sorte.Quando faltavam 40 segundos (ocombate feminino tem quatro minu-

tos), a alemã tentou um golpe e caiupor cima de seu braço. (J.E.A.)? A família de Edilene se juntouontem, em Ipatinga, para torcer pelosucesso da filha caçula. Após a come-moração pela primeira vitória, a ale-gria se transformou em apreensão."Quando ela gritou de dor ficamosmuito preocupados", comentou seuJésus, o pai, refeito do susto depoisde conversar pelo telefone com a fi-lha. "Ela fez questão de ligar aindado hospital para nos tranqüilizar edizer que não foi nada sério".

DIÁRIO DE

OLÍMPIA

ARMANDO NOGUEIRA"O homem que não sabe brincar me dá medo"

(Attila Joszef)

Nada mais festivo queuma cidade toda emban-deirada. Barcelona queo diga. Nas janelas, nosterraços, nos andaimes,ressoa a bandeira da Ca-talunha. Emblema deorgulho, senha de liber-dade. Até pouco tempo,não se podia exibir, nes-sa terra, outra insígniaque não fosse a bandeiraespanhola. Suprema in-tolerância do franquis-mo, que não aceitava oespírito libertário do po-vo catalão,

Hoje, a alma da Cata-lunha debruça-se, comorgulho, nos balcões deBarcelona.

A equipe americanade basquete derrotou ade Angola com aquelafacilidade por todos es-perada: fora um fugazempate de 7 a 7, nosprimeiros minutos, o jo-go, como se viu, foi ummonólogo que chegou alembrar as turnês de exi-biçào dos Harlem Glo-betrotters. A registrarna súmula das extrava-gâncias, apenas, o deli-rio do treinador Cunha,de Angola. Ia o jogo alipelos 60 a 13 quando otécnico pediu tempo,reuniu seus jogadores edestampou uma tremen-da bronca. Reclamava,aos berros, que a equipeestava desobedecendo oplano de jogo por eletraçado. A bem da ver-dade, os rapazes esta-vam se matando na qua-dra. Perdiam com brio.

Os técnicos, com res-peitáveis exceções, têm acara de pau de conjugarassim os verbos do es-porte: eu ganhei, nósempatamos, vocês per-deram.

O angolano Cunha,um deles, é um pânde-go.

A sorte está lançada:nas piscinas, pelas qua-dras, nos estandes, naspistas, um tesouro demedalhas incendeia co-rações. O ouro, idéia fi-xa dos atletas, manchetedos jornais, tirania dostécnicos. Cai como umaluva, no espírito deMontjuic, o belo poemaque Juan Ramon Jime-nez dedicou a outrogrande poeta espanhol,e também Nobel, Anto-nio Machado: "Vamos

entrando em ouro/ Umouro puro nos passa,nos inunda.../ Ouro, ou-ro, ouro, ouro/ Somenteouro e ouro apenas/Não mais que ouro/ Demúsica, de luz e de ale-gria."

Nadia Comaneci éatração na Vila Olímpi-ca. Ela mora hoje nosEstados Unidos, e veio aBarcelona no papel decomentarista de ginásti-ca olímpica. É contrata-da de um jornal ameri-cano. Nadia continua adar autógrafos como seestivéssemos em Mon-treal-76, nos Jogos dasua consagração.

¦Além da medalha de

ouro, cada jogador dobasquete americano estáembolsando a suculentaimportância de US$ 5milhões. Ulisses, vence-dor dos Jogos de Tróia,no ano de 1250 a.C., ga-nhou, por prêmio, umaégua não domada de seisanos de idade.

¦Por falar em égua, o

fogoso cavalo que apa-receu no desfile inaugu-ral dos Jogos, levando .no lombo a não menos,fogosa Cristina Hoyos,,.estava dopado. A Asso-ciação Protetora dosAnimais estranhou queo cavalo não tenha sidotraído, uma única vez,pelo chamado primaris-mo visceral. Foi investi-gar e descobriu que lhetinham sapecado, poucoantes da festa, uma dose;(cavalar) de antilaxante,;

tA húngara Cristina

Egerszgi é uma graci-nha, dentro e fora d'á-~gua. Em poucos minu--'tos, ela afogou aesperança da americana,Summers Sanders, con-quistou medalha de ou-ro e já é, sem sombra de.dúvida, uma das musas,do santuário olímpicode Montjuic. Nadou os.quatro estilos, flutuandona raia, graciosa comoum peixinho de aquário.

_Louvada seja a câme-

ra sub-aquática que nospermite ver, com nitideze plenitude, todos osgestos dos nadadores. Aminicâmera da piscinade Picornel é uma bola-ção do cinegrafista Gar-ret Brown, da NBC!.Corre num trilho que fi-ca no fundo da piscina,à altura da raia 3, embu-tida numa bolha trans-parente e impermeável.E acionada por um con-trole remoto. O ComitêOlímpico só autorizou ouso da câmera depoisque ficou provado que amaquininh se deslocaem baixo d'água, semfazer marola, suavemen-te, tal como a inefávelCristina.

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6 Esportes O terça-feira, 28/7/92

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Olimpíadas

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JORNAL DO BRASIL 7

•âaARQUIBANCADA

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Co/"° ^ cobertura da Olimpíada pela TV?

A falta de ventos adiou para hoje a primeira regata dos Jogos Olímpicosi Claudia Ramos, Gisele

Porto, José Emílio Aguiaré{Paulo César Vasconcellos

Enviados especiais• BARCELONA — A falta de vento

adiou para hoje a primeira regata doiatismo dos Jogos Olímpicos. 0 ventonão teve a intensidade mínima neces-s^ria para se realizar uma competi-ção. 0 Brasil compete em todas asdéz classes e é apontado favorito emduas delas: na Tornado, com LarsGrael e Clínio de Freitas, e na Star,com Torben Grael e Marcelo Ferrei-ra. Mas em pelo menos outras cincoou seis classes, tem chance de termi-nar entre os três primeiros.

.O adiamento da primeira regatafoj o anticlímax de uma competiçãoque se anuncia como uma das maisbonitas da Olimpíada. Depois de dezdias de treinos, os velejadores esta-vám com tudo preparado para ogrande momento, a estréia. A marinaerguida na vila olímpica de PobleNou nunca esteve tão movimentada.Os barcos com suas velas içadas, to-dos brancos, como manda o regula-mento, estavam montados e os iatis-tas esperavam apenas o sinal delargada para cair ao mar. Passou das13h30m, horário marcado para a saí-da, e nada. A comissão de regatasnem autorizava a partida, nem esta-belecia um prazo para quando o fa-ria.

"A droga é ficar aqui esperando,sem poder ir comer, ouvir música outirar um cochilo", reclamou TorbenGrael, criticando os organizadorespor não declararem logo a regata sus-pensa. Já pela manhã, os iatistas sa-biám que não haveria vento. "Elecomeça a soprar ao leste e, por voltade meio-dia e meio, se não entrar aosul, é porque dificilmente entrará",explicou Peter Tanscheit, campeãomundial de Laser e reserva de luxo daequipe do Brasil.'As 15h30m, o aviso para alinharfor dado. Mas o vento ainda era insu-ficiente, e todos os competidores vol-taram à marina. A espera não chegoua mtranquilizar os brasileiros. Expe-rientes em regatas internacionais, elespareciam estar vivendo um dia nor-mal. Formaram sua tradicional rodi-nha na garagem, onde o alvo da go-zação vai se revezando. Ora é JoséPaulo Barcellos, do Soling, que com-prou. um óculos espelhado de um is-raelense por 110 dólares, ora é LarsGrael, usando um colar ortopédicopara. seu problema de hérnia de dis-co* •«.

Torben, o profissional 24 horas daturfnà, reclamava do serviço de me-teorologia espanhol. "Em Seul, acer-tav^ta tudo, aqui mais parece o Bra-sil*. Haviam previsto ventos de até 15nós.;A falta de vento pode continuarpor .mais três dias, pois o calendárioda .Olimpíada tem quatro dias de re-serva para o iatismo.

28/06/89

. • . '

Lars Grael e Clínio de Freitas ficaram frustrados com o adiamento da estréia

Briga por posição esquenta largada

Numa raia como a da marina daVila Olímpica de Poble Nou, em Bar-celona, onde os ventos são raros e acorrenteza constante, não há como oiatista usar a improvisação. Só existeum lado bom para velejar no contra-vento — situação em que o barco semovimenta na direção contrária á dovento. Por isso, todo mundo querpegar o mesmo lado na hora da lar-gada, quando os competidores devemficar emparelhados atrás de uma li-nha delimitada por duas bandeiras.No caso da raia de Barcelona, o ven-to e a correnteza empurram para adireita da linha. É ali onde começa aguerra.

Os competidores comecam a ali-nhar quando faltam dez minutos pa-ra a largada. E dado o primeiro tiro eos iatistas iniciam a procura pelo me-lhor lugar. Quem chega primeiro nemsempre tem prioridade. Os adversá-rios usam recursos os mais variadospara roubar o lugar alheio. "É comoa dança das cadeiras", comparouBernardo Arndt, do 470.

Não é bom ficar parado na horado tiro decisivo, porque o barco per-de velocidade. Por isso, os competi-

dores movem seus barcos de um ladoa outro da área de largada, cercandoo melhor espaço. Quando é dado otiro de cinco minutos, começam asmanobras. Quem recebe vento porestibordo (lado direito da embarca-ção) tem preferência sobre quem re-cebe por bombordo (esquerda) ou pe-•la proa. É preciso habilidade para semovimentar entre as embarcações econtrole do tempo para estar na horacerta, no lugar certo. Além de evitartoques, que, embora sejam passíveisde punição — se cometer a falta, o

velejador tem de dar o "720", ou seja,virar 360 graus duas vezes em tornoda mesma posição — acontecem.

As vezes um iatista "trabalha" oseu lugar por oito ou nove minutos, ena hora de orçar — movimentar-separa trás para entrar na linha dovento, encher a vela e sair lançado —um adversário rouba o seu lugar. Abriga é mais feia na classe Finn, ondecompetem 35 barcos, e na 470, ondehá 38. "O

jogo é pesado, todo mundoquer ganhar", explica ChristopherBergmann, da Finn.

Brasil compete em 10 classesPor falto de ventos, todas as Swaa; Flyiag Dutehman, com Alanprovas de ontem, válidas pela Adler e Markus Temke; Prancha a

veta masculino, com George Rebelloe feminino, com Cristina MattosoMaía; Star, com Torben Grael eMarcelo Ferreira; Soling, com JoséPaulo, José Augusto Barcellos c Da-niel Adllcr; e Tornado, onde o Brasilé um dos favoritos ao ouro cora LarsGrael e Clínio de Freitas.

mo, foram suspensas. O normalmente se sai bem no esporte,iria competir em 10 classes. ISIa Eu-ropa, com Márcia Pellicano; Finamasculino, com Christopb Berg-mann; 470 masculino, com BernardoArndt e Eduardo Meichert; e femíni-no, com Monica Scheel e Cláudia

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JORNAL DO BRASIL

UM JORNAL ACIMA DE QUALQUER SUSPEfTA

l*\ . ;Patrícia TravassosAtriz1 "Pelo

pouco que jávi, estou gostando mui-to. Tenho acompanha-do mais os noticiáriosda Globo. O que maisme agrada são as vi-nhetas de abertura.Acho bárbaros os efei-tos de computação grá-fica, que realmente es-tão muito bem feitos."

MargaridaArbitro de futebol¦ "Estou amando!Como sou uma pessoanotívaga, assisto à tele-visão até que a progra-mação acabe. Com asOlimpíadas, mesmochegando às 5 horas damanhã sempre tenhoalguma coisa para ver.Estão realmente fazen-do uma cobertura mui-to boa."

Ziraido j'UCartunista¦ "Estou achando à°kcobertura muito boa,apesar de muita infor-mmação errada. A me?iblhor cobertura é da TV ..1Bandeirantes. Não en-^rrtendo como a GloboiTinsiste em colocar pro?.-^gramas desinteressaiifiqtes no ar, com tantascoisa boa acontecendo irnas Olimpíadas". ... i> 05

Placar Olímpico

BASQUETEMasculinoGrupo AAlemanha 64 x 63 AngolaEUA 103 x 70 CroáciaEspanha 101 x 100 BrasilGrupo BPorto Rico 100 x 68 ChinaVenezuela 79 x 87 LituâniaCEI 85x63 Austrália

LEVANTAMENTO DE PESOaté 56kgOuro B. Chun (CdS).. 287.5Prata S. Liu (Chn).. 27T.SBronze j. Luo (Chn).. 260.0

CICLISMO'MasculinoKm contra o relógioOuro . *. J.Periftan(Esp)1m03s342Prata.... S.Kelly (Aub) 1m04s288Bronze.. E.Hartwell(EUA)1m04s753Perseguição individual? O britânico Christopher Boardman bateu o recor-de mundial na fase classificatória (4m27s357).

FUTEBOLGrupo AEUA 3 x 1 KuwaitPolônia 3x0 ItáliaGrupo BColômbia 1 x 1 QatarEspanha 2x0 Egito

GIIMÁSMCAMasculinaExercícios obrigatórios(equipes, eliminatórias)1o China2" CEI3o AlemanhaExercidos obrigatórios(individuais)1o Vitaly Schcherbo (CEI) 59.0002° Valery Belenky (CEI) 58,7753o Igor Korobchinski (CEI)50,5254° Grigory Misutin (CEI) 68,5005° Andreas Wecker (Ale) 58,45086° Marco Monteiro (Bra) 55,050

114.425114.300

...114,200

MasculinoGrupo ASuécia 20 x 14 Tcheco-EslováquiaIslândia 19 x 18 BrasilHungria 18 x 22 Coréia do SulGrupo BRomênia 22 x 21 EgitoCEI 25 x 15 AlemanhaEspanha 16 x 18 França

Masculina100m borboletaOuro p. Morales (EUA) 53s32Prata R. Szukala (Pol) 53s35Bronze A. Nesty (Sur) 535-11400m quatro estilosOuro .'. T.Darnyi (Hun) 4m14s23Prata .... E.Namesnik(EUA)4m15s57Bronze ... L.Sacchi (lia) 4m16s34Revezamento 4x200m livreOuro . * . CEI 7m11s95Praia .... Suécia 7m15s5iBronze... EUA 7m16s237° Brasil 7m24s03Feminina200m livreOur0 N.Haisletl(EUA)1m57s90prata F.AImsick(Ale) 1m58s00Bronze K.Kielgass(Ale)1m59s67200m peitoOuro . *. K.lwasaki(Jap) 2m26s65Prata .... Lin Li (Chn) 2m26s85Bronze ... A. Nall (EUA) 2m26s88

PENTATLONatação individual (300m)1o G. Staskevicius (Lit) 13522o J. Gostigian (EUA) 1324-3o C. Ruer (Fra) 1320,Tiro1o E. Zenovka (CEI) 12402o T. Narkus (Lit) -|2103o D. Gozdziak (Pol) 1195Pontuação geral (três provas)1o A. Skrzypaszek (Pol) 33722o E. Zenovka (CEI) 33703o A. Barranco (Mex) 3246Natação por equipes1° EUA

2° Lituânia 37803° Coréia do Sul 3764Tiro por equipes1o Polônia 34202° CEI 3345~3° Itália 3330*Pontuação geral (três provas)1° Polônia Q6272" CEI 95953° EUA 9514"

Adestramento — concurso completo1o M. Baumann (Ale) 43,802o K. Dixon (GBr) 44,603o M. Thomson (GBr) 47,2035° Serguei Fofanoff (Bra) 71,20

CB5BB531B3E3Portugal 38x0 JapãoBrasil 8x1 AngolaItália 8x0 SuíçaEspanha 11x1 HolandaAlemanha 4 x 1 AustráliaArgentina 4x4 EUAi:nn

FemininoAustrália 2x0 CanadáHolanda 2 x 1 Grã-BretanhaCoréia do Sul 5 x 0 Nova Zelândia

JUDÔ

REMO

MasculinoQuatro com (eliminatórias)1° Alemanha 6m21s472° CEI 6m25s633° Grã-Bretanha 6m27s956° Brasil 6m45s54

SALTOS ORNAMENTAIS

FemininoPlataforma de 10mOuro . *. M. Fu (Chn) 461.43Prata .... E.Mirochina(CEI) 411,63Bronze ... M. Clark (EUA) 401,91

Masculino+ 95kg(pesado)Ouro D.Khakhaleiehvlli(CEI)P^ta Naoya Ogawa (Jap)Bronze .... David Douillet (Fra) eImre Csosz (Hun)Feminino+72kg (pesado)Ouro Zhuang Xiaoyan (Chn)Prata E. Villanueva (Cub)Bronze... Natalia Lupino (Fra) eYoko Sakaue (Jap)

Masculino

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Carabina de ar comprimidoOuro .VI. Fedkine (CEI) 695,3Prata .... F. Badiou (Fra) 691,9Bronze ... J.Riederer (Ale) 691,7FemininoPistola livreOuro . *. M.Logvinenko(CEI)684,0Prata .... Li Duihong (Chn) 680,0Bronze ... D.Munkhbayar(Mon)679,038' Tanja Giansante (Bra). 563,0Novo Recorde MundialNovo Recorde Olímpico

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Quadro de medalhas f"A "-...VÍWX" , . .. AJOuro Prata Bronze Total m

.CEI 1 1,:

|| >#China 10 -if»?

..EUA 5 ' 10 fr

..Hungria 1 W

Coréia do Sul õ"

| ..Alemanha 5 pÈ_ Austrália 1 m'

i Japão ¦) 3Bulgária .

__Espanha . fe

França "5 ífá-Suécia 1 Et

Itália 1 W

Cuba 1 Polônia "--feFinlândia ¦) JyHolanda 1 Romênia "iP"^Suriname -j ^Mongólia 1 Independentes* 1 ••••••••¦ g"..* reúne atletas da Sérvia, Monte negro cMacèdõnia ^r

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Ò sol favorece April Trip

¦ Tempo se firma na Gávea e aumenta as chances do craque paulista no GP Brasil

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{0 fantasmada^chuva parecete£se afastadodâ'?Gávea na se-mJSia do GPBrçtíil. A manhãfrisp-e ensolarada QP BDACIIde-ontem provo- wiwiwihcou"comentário quase unânime dosprofissionais de turfe carioca. "Naraia.leve, April Trip dificilmente seráderrotado". A frase é do treinadorJosé Luís Pedrosa Júnior, f3 ardorosodo-craque paulista. Mas ele admiteque, com pista encharcada, será difi-cil derrotar Ozanam, segundo coloca-do do Derby.

"Ele é muito veloz, não há animalno páreo capaz de acompanhar seuritmo, e Flying Finn, que poderiafazê-lo, terá que correr para ganhar enão. como faixa de Falcon Jet e AprilTrip, os dois animais de maior cate-goria da prova. Acho que o fatorpista será decisivo para apontar oganhador da prova este ano." A opi-nião dé Pedrosa Júnior coincide coma da maioria dos profissionais. Fran-cisco Carlos, treinador do Stud Lan-diriho, se impressionou com a atua-çào de April Trip no GP Cruzeiro doSul. "É evidente que o jóquei de SãoPaulo (Luís Duarte) pode amarelar,más-se fosse Goncinha, eu não tinhadúvida da vitória. Ele corre demais."

A ausência de Gonçalino Feijó deAlmeida, impossibilitado de montarApril Trip devido a compromisso nosEstados Unidos, faz alguns acredita-rem em Ozanam, Falcon Jet e FlyingFijin, como o treinador LeopoldoCiiry. "Na raia leve, April Trip eforça indiscutível, mas algo me dizquç este ano vai dar Ricardinho. Aocontrário de outras vezes, Falcon Jetestá meio esquecido, ninguém falanele. Talvez por isso tenha chegado avez dele e do Ricardinho vencerem amaior prova do turfe brasileiro."

A raia pesada favorece os maisligeiros, como Ozanam e Flying Finn,e a; raia leve, April Trip e Falcon Jet,que correm na expectativa para atro-pelar. Jorge Ricardo não demonstrapreocupação com o estado da raia."De

qualquer maneira, o páreo serádifícil. Na leve, April Trip é um leão,na pesada Ozanam terá sua tarefafacilitada, porque fugirá na frente eos jóqueis dos outros cavalos terãoque tirar seus animais do ritmo natu-ral: O mais importante é que meucavalo corra tudo o que sabe."

Revanche do

xadrez tem

mesmo juiz

Lothar Schmid, o alemão que há20 anos dirigiu em Reykijavic (Islân-dia) o match Bobby Fischer x BorisSpasski que deu o título mundial dexadrez ao norte-americano, aceitoudirigir pelo menos a partida inaugu-ral:do novo confronto entre os doiscampeoníssimos. "Recibi vários con-vites, e aceito. Mas não tenho tempopara mais que a primeira partida dasérie", disse o hoje editor Schmid.

A abertura será a 2 de setembro,na Ilha de Sveti Stefan, no Adriático,onde a série prossegue até que umdelps atinja a quinta vitória. Os jogosseguintes serão em Belgrado, terrni-nando quando alguém vencer seu 10°jogo. Fischer, 49 anos, ganhará US$5,5 milhões do promotor, o banquei-ro iugoslavo Jezdimir Vasiljevic. Portrás de sua volta, está a nova mulher,uma húngara de 19 anos, naturaliza-da norte-americana.

J. C. Brasil —28/07/92»u- -ti ! i;?7g8aam8w

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USSs ¦>v" - • ,::*FPwll^PEr'nBi"iH irfflW¥Hiiiiiw^Ap^Tnpec^^erado quase imbaiívèl sè oGP Brasil íordisputãa^i^mi^ê^

Her Professor exibe boa formaHer Professor, do Stud Vasco Fer-

reira, mostrou perfeito estado atléticopara disputar o GP Conde de Herz-berg, para potros de três anos. Con-duzido por Gilvan Guimarães largoucom velocidade e arrematou com ex-pressivas reservas na marca delm46sl/5 nos 1.600 metros. Defendea liderança da geração com alta chan-cc de vitória.

Stirling, do Haras Nacional, tra-balhou para o GP Brasil com o bri-dão chileno Gabriel Meneses, no sá-bado de manhã. Assinalou 164s nos2.400 metros, num ótimo treino empista de areia pesada, ruim para tem-pos expressivos. Pode ser uma gratasurpresa na prova. Or Et Bleu, umdos favoritos da milha internacional,GP Presidente da República, floreou

os 1.600 metros em lm50s escassos,poupado por Luis Esteves.

Ozanam, um dos favoritos do GPBrasil, passou os 2.400 metros em178s cravados, num treino de primei-ra qualidade por que não foi exigidoem parte alguma do percurso. Apreocupação foi apenas manter suaforma que é exuberante. Tigipió, comJosé Aurélio, floreou os 2.400 metrosem 176s, num bom treino, por que éanimal que não se emprega nos exer-cícios, segundo o treinador AlbertoNahid.

Flying Finn fez 170s nos 2.400metros, num treino de pouco rigor,apenas para manter a forma espeta-cular que ostenta. Stewart, inscritodo GP Presidente da República, fio-reou os 1.600 metros em lm48s era-

vados controlado por Juvenal Ma-chado da Silva. Omega Bis, do StudNumy, passou os 1.600 metros emlm47s escassos.

Un Millione floreou os 1.600 me-tros em lm52s cravados. Head Figlia,outra inscrição do Stud Vasco Ferrei-ra, passou os 2.040 metros da voltafechada em 144s2/5. Pinta Rosa, doStud Topázio, floreou os 1.200 me-tros na marca de lm20s.

King of Steel, potro treinado porRoberto Nahid, deixou boa impres-são no exercício de 1.600 metros emlm48s2/5, poupado por Juvenal Ma-chado da Silva. Fogueteiro, do HarasSanta Ana do Rio Grande, apenasgalopou sem preocupação de tempo.

O vôo alegre da seleção

¦ Renato comanda o bom humor da equipe até Los Angeles

Oldemário TouguinhóEnviado especial

LOS ANGELES, EUA — Depois de13 horas de viagem, a seleção brasi-leira chegou a Los Angeles cansadamas bem-humorada. E quem mais sedivertiu foi Renato, que brincou todoo tempo. Fez a maior parte da via-gem na cabine do comandante, e agraça só acabou quando o avião mer-gulhou em grandes nuvens carrega-das. Com os relâmpagos, Renato pa-rou de rir, mas a calma docomandante acabou por tranqüilizá-lo, chegando até a perguntar: "A ca-bine é ótima, mas cadê as mulheres?"

Na alfândega, os funcionários sófalavam em soccer e Pelé, pois nuncaouviram falar em Raí & Cia. Já osnovos estrangeiros, Mauro Silva e Be-beto, aproveitaram a viagem paratrocar informações sobre o La Coru-na. Mauro Silva avisou ao ex-vascaí-

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Renato, sempre irreverente

no que teriam que se apresentar nodia 4 de agosto, mas Bebeto vai seatrasar um pouco, pois tem muitascoisas para resolver no Rio antes dese mudar definitivamente. Mas jágostou de tudo o que viu: "A cidade éótima, e o estádio é bem próximo domar", afirmou.

O técnico Carlos Alberto Parreiramostrava uma certa preocupaçãocom o fato de não haver treinadonem uma vez com este time que estáem Los Angeles. A idéia do treinadoré usar ao máximo a velocidade nasaída de bola, e para isso ele contacom a excelente forma de Bebeto.

O primeiro jogo será contra o Mé-xico, na sexta-feira, as 22h30, hora deBrasília, e o segundo, contra os EUA,no domingo, também as 22h30. Otime deve começar o primeiro jogocom Carlos; Luis CarlosWinck, An-tônio Carlos, Ronaldo e RobertoCarlos; Mauro Silva, Júnior e Raí;Renato, Bebeto e Zinho.

O número 1 na Ferrari

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Mario Andrada e Silva

NigelMan-sell perce-beu quelseu lugarna Wil-liams estáperdido.O pilotoinglês teve uma séria dis-cussão com Frank Wil-liams na manhã de domin-go. No mesmo dia, reabriunegociações com a Ferrari,pela qual correu em 1989 e1990. Nigel já tinha recebi-do um convite formal deNiki Lauda para conversarsobre 1993. Fez algumasexigências preliminares, en-tre elas a confirmação doacordo da equipe italianacom o inglês John Barnard.Recebeu uma resposta afir-mativa e pode levar o nú-mero 1 do campeão mun-dial de volta para Mara-nello.

O porta-voz oficial dopiloto inglês, Derek Ali-sop, repórter do jornal TheIndependem, escreve, no re-lato sobre a últma vitóriado inglês na Alemanha,que as negociações do pilo-to com a Williams foramcolocadas na geladeira,usando obviamente um eu-femismo típico dos ingle-ses. Ele confirma tambémas conversas do Leone coma Ferrari.

Do outro lado do Ca-nal da Mancha, o jornalitaliano La Gazzetta delloSport relata entusiasmadoa aproximação do virtualcampeão do mundo com à

casa de Maranello. Man-sell foi piloto da Ferrariem duas temporadas e dei-xou a equipe italiana viti-ma de intrigas promovidaspor Alain Prost, anuncian-do que iria se aposentar.Agora está de novo na cor-rida do ouro da F 1 e poderetornar ao coração dositalianos, que sempre o ido-latraram quando ferrarista,com um título nas mãos.

O movimento de Man-sell em direção á Ferrarijá é conseqüência da evo-lução do acordo entre Ayr-ton Senna e a Williams.Prost já tem tudo acertadocom a equipe de FrankWilliams. Ayrton devecompletar a sua negociaçãoainda esta semana, Oanúncio oficial do dreamteam da Williams será feitono próoximo GP da Hun-gria, dia 16 de agosto, emBudapeste.

Com os pilotos de pon-ta definindo o seu rumo,começam a surgir boatosenvolvendo nomes decoadjuvantes. GerhardBerger, o segundo piloto.de luxo da McLaren, tam-bém conversa com a Fer-rari, onde já esteve, entre1987 e 1989, usando seucompatriota Lauda como jintermediário. O austríacorecebeu um convite daequipe Sauber mas não ¦mostrou muito interesse.Assim que sentiu a apro-ximação de Berger na suaequipe, o francês Jean Ale-si reagiu. Conversou comGuy Ligier durante váriashoras só para deixar o pes-soai da Ferrari preocupa-do.

Almir é difícilGotardo começou a negociar

ontem a renovação de seu contratocom o Flamengo e acredita que de-ve assinar hoje para viajar tranqüilocom o time para a excursão à Áfricado Sul. Rogério, ainda com proble-mas no joelho direito, não viaja. Acontratação por empréstimo doponta-direita Almir ao Santos estádifícil, e a direção rubro-negra jáfalam até em procurar outro nome.Hoje, o Consulado da África do Suloferece um coquetel à delegação doFlamengo, na Gávea. A viagem pa-ra dois jogos será sexta-feira.

•KnyMaracanã, nãoVasco e Fluminense não farão1#"'"

primeiro jogo decisivo da Copa"'-1Rio, domingo, no Maracanã, ia-terditado para obras ontem peia.,,;Suderj. O Fluminense quer o joga ^em Juiz de Fora. O Vasco só aceita'.'São Januário ou Caio Martins.'; O-,','técnico Joel Santana dirige hoje oVasco pela primeira vez, na estréia 'üdo time na Copa do Brasil, àá •'21h30, contra o Nacional, em Ma-"-'naus. O Fluminense, depois de -Maldonado e Zé Teodoro, contra-tou o zagueiro Sousa, 27 anos, ex-Vasco, que atuava em Portugal. 3

Honduras segue Nada de interinoPara quem não sabe, a Copa do

Mundo já começou. Ontem, pelazona da Concacaf (ConfederaçãoNorte e Centro-Americana e do Ca-ribe de Futebol) das eliminatórias,Honduras venceu a Guatemala por2 a 0, em Tegucigalpa. Como ha-viam empatado em 0 a 0 no primei-ro jogo, os hondurenhos estão cias-sificados para a segunda fase.

A diretoria do Botafogo estápensando duas vezes antes de deci-dir pelo afastamento do técnico Gil.O motivo é que Joel Martins nãoaceita ficar no cargo interinamente,como pretendiam os dirigentes atéque fosse contratado o treinadorideal. Joel esteve ontem no Mouris-co e anunciou sua ida para o Ipi-ranga, de Manhuaçu (MG).

A imprensa espanhola' continua lamentando a

ausência do Brasil no futebolda Olimpíada. Os comenta-ròlas chegam a lembrar quena Copa do Mundo de 82 foio time que mostrou o maisbonito futebol, mesmo nãochegando i final Outro co-mentário fala da Olimpíadade Seul, quando oBriperdeu o título na decisão contra a União So-viética. Na exaltação 1a essa equipe, recordam que Romário,estrela do PSVEindhovcn, foi ogoleador deSeul, marcando se-te gols. Outro jogadorcitado nos comentários :. Mè Bebeto, contratadopelo La Coruna. "Se háquatro anos o Brasil re-velou Bebeto e Romárionum mesmo ataque,agora também poderiamostrar noras atrações.Falta a alegria do fute-boi brasileiro na Olim-piada", protestam im-prensa e torcida.

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FUTEBOL 1NTERNACIOTJAT.

Agruras de KlinsmannO alemão Jurgen KJinsman não anda

bem de empresário. Não renovou com aInter de Milão, que preferiu outros es-trangeiros, nem acertou com o Real Ma-drid. A saída do empresário foi tentar umclube na França. Agora a situação é dife-rente. O empresário pensará mais no joga-dor que em sua comissão. Na Espanha,quando se pensava que só faltava a assi-natura com o Real Madrid, o empresáriopediu o dobro do que o clube oferecia. OReal desistiu e contratou o chileno Zamo-rano, goleador do Sevilla, com a vanta-gem de não precisar de tradutor.

A Calábria é famosa pela pizza epelo jeito extrovertido de sua

gente às vezes confundido com gros-seria. Mas vibra também com o fute-boi e tem como torcedor-símbolo opadre Francesco Bisceglia, 55 anos,conhecido como Padre Fiel, que vê osjogos do Cosenza com o hábito mar-rom franciscano. "Forza, Cosenza",grita com fervor o padre, presidentedas torcidas organizadas. "Meus su-periores tiveram que se acostumarcom minha paixão. Com ela tambémme aproximo mais de meus fiéis."

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Carlos Alberto, o herói do PortoO mineiro de Bom Jar-

dim, Carlos Alberto Silva,continua recebendo home-nagens pela vitória doPorto no CampeonatoPortuguês. O clube creditamais o título a seu técnicoque aos jogadores. Justifi-cando o valor de CarlosAlberto, divulgou sua car-reira, coberta de titulos.

Começando como cam-peão do interior mineiro,com a equipe do Formiga,em 1968. Entre muitasconquistas, tem o Brasilei-ro de 1978. com o Guara-ni. os paulistas de 1980 e1989 com o São Paulo e aexcelente campanha na se-leção brasileira, quandovenceu o Pré-Olímpico. aTaça Stanley Rous e o

Pan-Americano, em 1987,e o Torneio do Bicentená-rio da Austrália, em 1988,além de ser medalha deprata nos Jogos Olímpicosde Seul. O mineiro é umverdadeiro campeão inter-continental, pois já venceutambém o CampeonatoJaponês do ano passado,com o Yomiuri. Uai, só.

Velho Kubala

renova EspanhaA seleção olímpica da Es-

panha tem um observador es-pecial, Ladislau Kubala, con-sagrado na famosa seleçãohúngara da Copa de 54, naSuíça. Os relatórios de Kuba-la ao técnico Vicente Mieradestaca o caminho do gol.Basta o treinador não sair darota traçada por Kubala paraa Espanha ser finalista. Naseliminatórias olímpicas, a se-leção da Espanha exibiu fute-boi rápido e bonito. E todosesperam o mesmo sucessoagora. Sc a Espanha ganhar amedalha de ouro olímpica, jáhá um movimento no paíspara o time continuar em ati-vidade, com boa chance deser a base para as eliminató-rias da Copa de 1994 e evitara repetição dos últimos fra-cassos com os jogadores maisexperientes. Se depender doveiho Kubala, tudo vai darcerto para essa garotada es-panhola.

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As eliminatórias da Copa de 94 começa-ram em março. Terminam em 17 de novem-bro de 93. Se houver necessidade de jogosdesempates, têm que ser realizados até 1 dedezembro, nem mais um dia. O sorteio dos 24finalistas será dia 19 do mesmo mês, prova-velmente em Nova Iorque.

Se nos jogos de um grupo existir igualda-de para definir uma classificação á etapaseguinte, os critérios são: diferença de gols,número de gols marcados, diferença de golsnas partida jogadas entre as equipes com amesma soma de pontos, e, se o empate persis-tir, a realização de novo jogo, em camponeutro.

O brasileiro Leonardo foi titular absolutode todas as seleções formadas após o Cam-peonato Espanhol. Não teve adversário nalateral esquerda. Ricardo Rocha também ga-rantiu sua vaga na zaga.

Hans Van Breukelen, goleiro do PSVEindhoven, acha que, com 33 anos, não devemais jogap»na seleção holandesa. Vai pendu-rar as luvas.

A bola, de 'instrumento de trabalho dos

jogadores, passou a ser disputa publicitária.Apesar de tudo, uma pesquisa entre jogado-res conclui que a Adidas Tango, da Copa de78, continua como bola padrão.Oldemário Touguinhó *-

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'velou Bebeto e Romário À i jnum mesmo ataque, f* Jjgagora também poderia |É|||||mostrar novas atrações. £'¦./¦..Falta a alegria do fute-boi brasileiro na Olim- ""-A^

piada", protestam im-prensa e torcida. wmã

Agruras de KlínsmannO alemão Jurgen Klinsman não anda

bem de empresário. Não renovou com alnter de Milão, que preferiu outros es-trangeiros, nem acertou com o Real Ma-drid. A saída do empresário foi tentar umclube na França. Agora a situação é dife-rente. O empresário pensará mais no joga-dor que em sua comissão. Na Espanha,quando se pensava que só faltava a assi-natura com o Real Madrid, o empresáriopediu o dobro do que o clube oferecia. OReal desistiu e contratou o chileno Zamo-rano. goleador do Sevilla, com a vanta-gem de não precisar de tradutor.

A Calábria é famosa pela pizza epelo jeito extrovertido de sua

gente às vezes confundido com gros-seria. Mas vibra também com o fute-boi e tem como torcedor-símbolo opadre Francesco Biscegiia, 55 anos,conhecido como Padre Fiel, que vê osjogos do Cosenza com o hábito mar-rom franciscano. "Forra, Cosenza".grita com fervor o padre, presidentedas torcidas organizadas. "Meus su-periores tiveram que se acostumarcom minha paixão. Com ela tambémme aproximo mais de meus fiéis."

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Carlos Alberto, o herói do PortoO mineiro de Bom Jar-

dim. Carlos Alberto Silva,continua recebendo home-nagens pela vitória doPorto no CampeonatoPortuguês. O clube creditamais o titulo a seu técnicoque aos jogadores. Justili-cando o valor de CarlosAlberto, divulgou sua car-reira, coberta de títulos.

Começando como cam-peão do interior mineiro,com a equipe do Formiga,em 1968. Entre muitasconquistas, tem o Brasilei-ro de 1978, com o Guara-ni. os paulistas de 1980 e1989 com o São Paulo e aexcelente campanha na se-leção brasileira, quandovenceu o Pré-Olimpico. aTaça Stanley Rous e o

Pan-Americano, em 1987,e o Torneio do Bicentená-rio da Austrália, em 1988,além de ser medalha deprata nos Jogos Olímpicosde Seul. O mineiro é umverdadeiro campeão inter-continental, pois já venceutambém o CampeonatoJaponês do ano passado,com o Yomiuri. Uai. só.

O número 1 na Ferrari

Mario Andrada e Silva

sell perce- \beu quee —* Wseu lugar ¥**3 Vna Wil- V: L .v Iliams está J

O piloto ^ vsi*-'inglês teve uma séria dis-cussão com Frank Wil-liams na manhã de domin-go. No mesmo dia, reabriunegociações com a Ferrari,pela qual correu em 1989 e1990. Nigel já tinha recebi-do um convite formal deNiki Lauda para conversarsobre 1993. Fez algumasexigências preliminares, en-tre elas a confirmação doacordo da equipe italianacom o inglês John Barnard.Recebeu uma resposta afir-mativa e pode levar o nú-mero 1 do campeão mun-dial de volta para Mara-nello.

O porta-voz oficial dopiloto inglês, Derek AH-sop, repórter do jornal TheIndependem, escreve, no re-lato sobre a últma vitóriado inglês na Alemanha,que as negociações do pilo-to com a Williams foramcolocadas na geladeira,usando obviamente um eu-femismo típico dos ingle-ses. Ele confirma tambémas conversas do Leone coma Ferrari.

Do outro lado do Ca-nal da Mancha, o jornalitaliano La Gazzetía delloSport relata entusiasmadoa aproximação do virtualcampeão do mundo com a

casa de Maranello. Man-sell foi piloto da Ferrariem duas temporadas e dei-xou a equipe italiana víti-ma de intrigas promovidaspor Alain Prost, anuncian-do que iria se aposentar.Agora está de novo na cor-rida do ouro da F 1 e poderetornar ao coração dositalianos, que sempre o ido-latraram quando ferrarista,com um título nas mãos.

O movimento de Man-sell em direção à Ferrarijá é conseqüência da evo-lução do acordo entre Ayr-ton Senna e a Williams.Prost já tem tudo acertadocom a equipe de FrankWilliams. Ayrton devecompletar a sua negociaçãoainda esta semana, Oanúncio oficial do dreamteam da Williams será feitono próoximo GP da Hun-gria, dia 16 de agosto, emBudapeste.

Com os pilotos de pon-ta definindo o seu rumo,começam a surgir boatosenvolvendo nomes decoadjuvantes. GerhardBerger, o segundo pilotode luxo da McLaren, tam-bém conversa com a Fer-rari, onde já esteve, entre1987 e 1989, usando seucompatriota Lauda comointermediário. O austríacorecebeu um convite daequipe Sauber mas nãomostrou muito interesse.Assim que sentiu a apro-ximação de Berger na suaequipe, o francês Jean Ale-si reagiu. Conversou comGuy Ligier durante váriashoras só para deixar o pes-soai da Ferrari preocupa-do.

JORNAL DO BRASIL

0 sol favorece April Trip""

WemP° se finnã nã Gávea e aumenta as chances do craque paulista no GP BrasilJ. C. Brasil — 28/07/92»

BRASIL

v-(Man t asma

da cpt|va parecetcr-sfe-Ufastadoda ea na se-maità:- do GPBrasp^A manhãfria ^tisolaradade oátçm provo-cou èójnentário quase unânime dosprofisSonais de turfe carioca. "Naraia leje, April Trip dificilmente seráderrotado". A frase é do treinadorJosé Iíüís Pedrosa Júnior, fã ardorosodo çtiíque paulista. Mas ele admiteque, com pista encharcada, será difi-cil derrotar Ozanam, segundo coloca-do do Dcrby.

"Ele é muito veloz, não há animalno páreo capaz de acompanhar seuritmo, :e Flying Finn, que poderiafazê-lo, terá que correr para ganhar enão como faixa de Falcon Jet e AprilTrip, os dois animais de maior cate-goria .da prova. Acho que o fatorpista-,será decisivo para apontar oganhador da prova este ano." A opi-nião.de Pedrosa Júnior coincide coma da maioria dos profissionais. Fran-cisco Carlos, treinador do Stud Lan-dinhcf,"'se impressionou com a atua-ção de_ April Trip no GP Cruzeiro doSul.v"É evidente que o jóquei de SãoPaulo (Luís Duarte) pode amarelar,mas' se* fosse Goncinha, eu não tinhadúvjda da vitória. Ele corre demais."

A ausência de Gonçalino Feijó deAlmeida, impossibilitado de montarApril Trip devido a compromisso nosEstajdós Unidos, faz alguns acredita-reni lem Ozanam, Falcon Jet e FlyingFinp, como o treinador LeopoldoCury. "Na raia leve, April Trip éforça indiscutível, mas algo me dizque Jeste ano vai dar Ricardinho. Aocontrário de outras vezes, Falcon Jetestá; meio esquecido, ninguém falanelei Talvez por isso tenha chegado avez jdole e do Ricardinho vencerem amaior prova do turfe brasileiro."

§ raia pesada favorece os maisligeiros, como Ozanam e Flying Finn,c a rafa leve, April Trip e Falcon Jet,que torrem na expectativa para atro-pelár. Jorge Ricardo não demonstrapreotupação com o estado da raia."De;

qualquer maneira, o páreo serádifícilXNa leve, April Trip é um leão,na pesada Ozanam terá sua tarefafaciljtáda, porque fugirá na frente eos jóqueis dos outros cavalos terãoque tirar seus animais do ritmo natu-ralJÍO mais importante é que meucavalo corra tudo o que sabe."

1

Revanche do

xadrez tem

niesmo juiz

Ljothar Schmid, o alemão que há20 an0s dirigiu em Reykijavic (Islân-dia) jo'match Bobby Fischer x BorisSpa&ki que deu o título mundial dexadrez ao norte-americano, aceitoudirigir pelo menos a partida inaugu-ral do novo confronto entre os doiscampéoníssimos. "Recibi vários con-vites, ç aceito. Mas não tenho tempopar;t!-mais que a primeira partida dasério', disse o hoje editor Schmid.

Á abertura será a 2 de setembro,na Ilha de Sveti Stelán, no Adriático,onde ,a série prossegue até que umdele$ atinja a quinta vitória. Os jogosseguintes serão em Belgrado, termí-nandò quando alguém vencer seu 10°jogo;, frscher, 49 anos, ganhará USS5.5 milhões do promotor, o banquei-ro iugoslavo Jezdimir Vasiljevic. Portrás 'de sua volta, está a nova mulher,uma húngara de 19 anos, naturaliza-da norte-americana.

- ií\

em raia eveApnl Trip é considerado quase im b^iv^eoGPBraMT^disp^a

Ontem na Gávea

1" Páreo: 1° New Fan, G.Guimarães2o Astairc, M.Silva 3o Forever Locris,J.Ricardo Vencedor(2) 396,00 Inexa-ta( 1-2) 813,00 Placês(2) 251,00 (1)24,00 Exata(2-1) 1.871,00 Triexata(2-1-3)1.655,00 Tempo: 82s2o Páreo: Io Rhyalda, J.Lemc 2o Da-ma Sassá, E.S.Rodrigues 3° Cintilan-te Star. R.R.Antônio Vencedor(3)48,00 lnexata( 1 -3) 25 Placês(3) 23,00(1) 16,00 Exata(3-1) 71,00 Triexata(3-1-5) 213.00 Tempo: 70s2/53" Páreo: I" Lando Tiger, J.Ricardo2o Burgoo's Tour. C.Lavor 3o Fia-herty, J.C.Castilho Vencedor(2) 13,00lnexata(2-3) 11,00 Placês(2) 10,00(3)10.00 Exata(2-3) 14,00 Tempo: 103s

4o Páreo: Io Tarrago, J.Pinto 2U Ed-mar, C.G.Neto 3° So Pai, M.AlmeidaVencedor(9) 22.00 Inexata(6-9) 70,00

Placês(9) 14,00 (6) 15,00 Exata(9-6)170,00 Triexata(9-6-8) 2.270,00 Tem-po: 67s4/55o Páreo: Io Capitary, N.Cunha 2oDa Luna, A.Marcius 3o Yarnile.R.R.Oliveira Vencedor(8) 123,00 Ine-xata(2-8) 583,00 Placês(8) 47,00 (2)22,00 Exata(8-2) 678,00 Triexata(8-2-7) 14.709,00 Tempo: 85s4/56" Páreo: Io Fearful, R.Vieira 2o LockHcaven, G.Guimaràes 3o Ascot Horse,M.A.Santos Vencedor(4) 350,00 Inexa-ta(4-5) 490,00 Placès(4) 96,00 (5) 27,00Exata(4-5) 740.00 Triexata(4-5-6)1.778,00 Tempo: 82s2/57o Páreo: Io Olinto Bird, G.Guima-ràes 2o Lord Rose, J.Ricardo 3o Sai-lor Prince, J.Pinto Vencedor(4) 74,00Inexata(4-5) 62.00 Placês(4) 27,00 (5)

18,00 Exata(4-5) 193,00 Tricxata(4-5-6) 330,00 Tempo: 103s2/58o Páreo: 1" Histrion, J.Ricardo 2oTalakan, G.Souza 3o Charidio,R.R.Souza Vencedor(7) 16,00 Inexa-ta(5-7) 98,00 Placês(7) 11,00 (5) 24,00Exata(7-5) 128,00 Triexata(7-5-4)724,00 Tempo: 68sl/59o Páreo: Io Hakim César, J.Ricardo 2oNativc Coaraze, M.Silva 3o Galeon Air-port, R.Antônio Vencedor(l) 18,00 Ine-xata(l-6) 23,00 Placês(l) 10,00 (6) 10,00Exata( 1 -6) 47,00 Triexataí 1-6-2) 149,00Tempo: 77s10° Páreo: 1° Checking Out, R.R.Souza2" Gavião da Barra, Jz.Garcia 3o Paka-lolo, G.Euclides Vencedor(5) 26,00 Ine-xata(2-5) 52,00 Placês (5) 15,00 (2) 19,00Exata(5-2) 184,00 Triexata(5-2-l)1.072,00 Tempo: 83s2/5

O vôo alegre da seleção

¦ Renato comanda o bom humor da equipe até Los AngelesJosé Roberto Serra — 05/04/90

Oldemário TouguinhóEnviado especial

LOS ANGtLES. EUA — Depois de13 horas de viagem, a seleção brasi-leira chegou a Los Angeles cansadamas bem-humorada. E quem mais sedivertiu foi Renato, que brincou todoo tempo. Fez a maior parte da via-gem na cabine do comandante, e agraça só acabou quando o avião mer-gulhou em grandes nuvens carrega-das. Com os relâmpagos, Renato pa-rou de rir. mas a calma docomandante acabou por tranqüilizá-lo, chegando até a perguntar: "A ca-bine é ótima, mas cadê as mulheres?"

Na alfândega, os funcionários sófalavam em socccr e Pelé, pois nuncaouviram falar em Raí & Cia. Já osnovos estrangeiros. Mauro Silva e Be-beto. aproveitaram a viagem paratrocar informações sobre o La Coru-na. Mauro Silva avisou ao ex-vascaí- Renato, sempre irreverente

110 que teriam que se apresentar nodia 4 de agosto, mas Bebeto vai seatrasar um pouco, pois tem muitascoisas para resolver no Rio antes dese mudar definitivamente. Mas jágostou de tudo o que viu: "A cidade éótima, e o estádio é bem próximo domar", afirmou.

O técnico Carlos Alberto Parreiramostrava uma certa preocupaçãocom o fato de não haver treinadonem uma vez com este time que estáem Los Angeles. A idéia do treinadoré usar ao máximo a velocidade nasaída de bola, e para isso ele contacom a excelente forma de Bebeto.

O primeiro jogo será contra o Mé-xico, na sexta-feira, as 22h30, hora deBrasília, e o segundo, contra os EUA,no domingo, também as 22h30. Otime deve começar o primeiro jogocom Carlos; Luís CarlosWinck, An-tônio Carlos, Ronaldo e RobertoCarlos; Mauro Silva, Júnior e Raí;Renato, Bebeto e Zinho.

2J Edição ? terça-feira, 28/7/92 <> Esportes O 7

FUTEBOL INTERNACIONAL

A seleção olímpica da Es-panha tem um observador es-pecial, Ladislau Kubala, con-sagrado na famosa seleçãohúngara da Copa de 54, naSuíça. Os relatórios de Kuba-la ao técnico Vicente Mieradestaca o caminho do gol.Basta o treinador não sair darota traçada por Kubala paraa Espanha ser finalista. Naseliminatórias olímpicas, a se-leção da Espanha exibiu fute-boi rápido e bonito. E todosesperam o mesmo sucessoagora. Se a Espanha ganhar amedalha de ouro olímpica, jáhá um movimento no paispara o time continuar em ati-vidade, com boa chance deser a base para as eliminató-rias da Copa de 1994 e evitara repetição dos últimos fra-cassos com os jogadores maisexperientes. Se depender dovelho Kubala, tudo vai darcerto para essa garotada es-panhola.

Fair Play

As eliminatórias da Copa de 94 começa-ram cm março. Terminam em 17 de novem-bro de 93. Se houver necessidade de jogosdesempates, têm que ser realizados até 1 dedezembro, nem mais um dia. O sorteio dos 24finalistas será dia 19 do mesmo mês, prova-velmente em Nova Iorque.

Se nos jogos de um grupo existir igualda-de para definir uma classificação á etapaseguinte, os critérios são: diferença de gols,número de gols marcados, diferença de golsnas partida jogadas entre as equipes com amesma soma de pontos, e, se o empate persis-tir, a realização de novo jogo, em camponeutro.

O brasileiro Leonardo foi titular absolutode todas as seleções formadas após o Cam-peonato Espanhol. Não teve adversário nalateral esquerda. Ricardo Rocha também ga-rantiu sua vaga na zaga.

Hans Van Breukelen, goleiro do PSVEindhoven, acha que. com 33 anos, não devemais jogar na seleção holandesa. Vai pendu-rar as luvas.

A bola, de instrumento de trabalho dosjogadores, passou a ser disputa publicitária.Apesar de tudo, uma pesquisa entre jogado-res conclui que a Adidas Tango, da Copa de78, continua como bola padrão.Oldemário Touguinhó

Velho Kubala

renova Espanha

Almir é difícilGotardo começou a negociar

ontem a renovação de seu contratocom o Flamengo e acredita que de-ve assinar hoje para viajar tranqüilocom o time para a excursão á Áfricado Sul. Rogério, ainda com proble-mas no joelho direito, não viaja. Acontratação por empréstimo doponta-direita Almir ao Santos estádifícil, e a direção rubro-negra jáfalam até em procurar outro nome.Hoje, o Consulado da África do Suloferece um coquetel à delegação doFlamengo, na Gávea. A viagem pa-ra dois jogos será sexta-feira.

Honduras seguePara quem não sabe, a Copa do

Mundo já começou. Ontem, pelazona da Concacaf (ConfederaçãoNorte e Centro-Americana c do Ca-ribe de Futebol) das eliminatórias,Honduras venceu a Guatemala por2 a 0, em Tegucigalpa. Como ha-viam empatado em 0 a 0 no primei-ro jogo, os hondurenhos estão cias-sificados para a segunda fase.

Maracanã, nãoVasco e Fluminense não farão o

primeiro jogo decisivo da CopaRio, domingo, no Maracanã, in-terditado para obras ontem pelaSuderj. O Fluminense quer o jogoem Juiz de Fora. O Vasco só aceitaSão Januário ou Caio Martins. Otécnico Joel Santana dirige hoje oVasco pela primeira vez, na estréiado time na Copa do Brasil, ás21 h30, contra o Nacional, em Ma-naus. O Fluminense, depois deMaldonado e Zé Teodoro, contra-tou o zagueiro Sousa, 27 anos, ex-Vasco, que atuava em Portugal.

Nada de interinoA diretoria do Botafogo está

pensando duas vezes antes de deci-dir pelo afastamento do técnico Gil.O motivo é que Joel Martins nãoaceita ficar no cargo interinamente,como pretendiam os dirigentes atéque fosse contratado o treinadorideal. Joel esteve ontem no Mouris-co e anunciou sua ida para o Ipi-ranga, de Manhuaçu (MG).

Cockpit

V

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8 O Esportes O terça-feira, 28/7/92

OlimpíadasJORNAL DO BRASIL

Gustavo nada em busca de uma medalha

Cláudia Ramos,Gisele Porto,

José Emílio Aguiar ePaulo César VasconcellosEnviados especiais

Reuter— Barcelona, Espanha

Barcelona 92

BANERJ

Barcelona — As maioreschances de medalha da nataçãobrasileira, desde os Jogos Olím-picos de Los Angeles, em 1984,cairão na água hoje com Gusta-vo Borges. O principal nadadordo país na atualidade, dono doquarto melhor tempo do mundonos lOOm livre, disputa hoje, àslOh (5h de Brasília) a eliminató-ria da distância, na mesma sériedo recordista mundial MattBiondi, dos Estados Unidos.Outro brasileiro, EmmanuelNascimento, também tenta umavaga nas finais, que serão à tar-de, mas só tem chance de se classificar para a disputados 9o ao 16° lugares.

Desde que Ricardo Prado ganhou a medalha deprata nos 400m medley, em Los Angeles, o Brasil nãoparticipa da competição de natação com tantas chan-ces de subir no pódio — em 88, Rogério Romero foifinalista, mas terminou em oitavo lugar nos 200mcostas. Gustavo Borges, do alto de seus 2,02m, carre-ga nos largos ombros a expectativa de fazer mais doque isso.

Participar das eliminatórias na mesma série deBiondi e Alexander Popov, da CEI, ao contrário deintimidar, estimula Gustavo Borges. "É bom nadarcom eles porque vejo como estão", explica Gustavo.O nadador brasileiro não vê apenas Biondi comoadversário a bater. "Ele não é o único", garanteGustavo, que respeita também o americano JohnOlsen, o francês Stcphan Cíirron e o próprio Popov.Gustavo tem chance de bater seu recorde sul-ameri-cano (49s48), estabelecido no Pan de 91.

Ele diz que a boa lase não pesa como uma granderesponsabilidade. "Não me preocupo com cobrançade. medalhas. Nado em busca de meu melhor resulta-do. Nado para mim e ninguém mais". As chances, noentanto, são grandes, desde que ele passe bem pelaseliminatórias desta manhã. "É como se fosse nossafinal", garante o técnico Alberto Klar.

Os 10 melhores nos100m livre (*)

1° MaU Biondi^ (EUA) 49s 17p . 2° Stephan Car°n (Fra) 49s18....?°.^.0.h.n..9lsen (EUA) 49s42....1°.®.V.?.,a gorges (BRA)

49s48

, 5^.NiIs Rudolph (Ale) 49s526° Giorgio Lamberti (Ita) 49s57

'

Alexandre Popov (CEI) 49s808°_Raimundas Mazuolis (Lit) 49s87

...?°.9;.^!1.n.^y.c"er !Aus) 50s02

.1.9° fto£®r.'.0 Qleria (Ita) 50s06(*) Tempos de inscrição em Barcelona

Rogério Romero

sonha com a finalAs esperanças do Brasil na natação não estão con-

centradas apenas nas braçadas de Gustavo Borges noslOOm livre. Rogério Romero, único finalista olímpicobrasileiro nos Jogos de Seul, disputa esta manhã aeliminatória dos 200m costas. Embora sem as mesmaschances de classificação para a final A que tem Gustavo,ele pode surpreender, como fez em Seul.

Para pensar numa boa classificação, porém, Romeroterá que melhorar seu próprio recorde sul-americano(2m0s07) em cerca de dois segundos. Segundo o técnicoReinaldo Dias, só marcando algo em torno de lm59s,no máximo 2m é que Romero tem chances de voltar aficar entre os oito primeiros."Ele terá que forçar tudo na eliminatória, do contrá-rio, estará de foram. Quanto melhor nadar, maior será agarantia de classificação", explicou Reinaldo.

O favorito absoluto para a medalha de ouro é oespanhol Martin Lopez-Zubero, recordista mundial,com Im56s57. Segundo Reinaldo Dias, o tempo queRomero marcou em Seul, 2m20s26, não o classificaria,hoje, nem para a final B.

Mas ele diz que o nadador tem plena consciência desua situaçjao e vai fazer o melhor possível. "Será umaprova muito dura e Romero sabe disso", garantiu Rei-naldo Dias. (G.P.)

m

Provas de hojee os recordes

Prova | . 'americano Olimpico Mundial

400m Patricia Amorin Janet Evans Janet Evanslivrc Brasil EUA EUAfem 4m19s64 4mO3s05 4m03s85

100m Gustavo Borges MattBiondi Matt Biondilivrc Brasil EUA EUAmas 49s48 48s63 48s42

100m AnaAzevedo Rica Reimsch K Egers:egicostas Brasil Alemanha Hungriafem 1m04s63 1m00s86 1m00s31

200m Sul-Americano Olimpico Mundialcostas Rogerio Romero Rick Carey Martin Zubero,mas Brasil EUA Espaina

1m57s6l 1ti53s99 1m5fis57

A japonesa Kyoko Iwasaki (3J a partir da direita) garantiu sua medalha de ouro nos últimos 50m

CEI fica com primeiro recorde

O primeiro recorde mundial dosJogos Olímpicos de Barcelona foi ob-tido pela Comunidade dos EstadosIndependentes. A equipe de reveza-mento 4 x 200m livre da CEI, forma-da por Dmitri Lepikov, Vladmir Py-chenko, Veniamin Taianovitch eEugveni Sadovyi, marcou 7mlls95,superando o recorde anterior —7ml2s51 — estabelecido pelos Esta-dos Unidos na Olimpíada de Seul.

Não foi uma vitória fácil. Ao finaldos primeiros 200m, nadados por Le-pikov, os ex-soviéticos estavam emquinto lugar, atrás da Inglaterra, Itá-lia, Estados Unidos e Austrália. Py-chenko e Taianovitch, respectiva-mente segundo e terceiro a entraremna água, começaram a tirar a desvan-

tagem. E quando Sadovyi, medalhade ouro e novo recordista olímpicodos 200m individual, entrou na água,a CEI só estava atrás da Suécia.

Mas, Sadovyi mostrou que é umdos mais rápidos e o mais forte nada-dor de estilo livre em Barcelona. Su-perou os suecos, que terminaram aprova em segundo lugar, com7ml5s51. Os Estados Unidos, quetêm dominado o revezamento 2U0mlivre nos últimos anos, tiveram de secontentar com a medalha de bronze,com 7ml6s23.

Nos 400m medley, também foi diade recorde olímpico. O húngaro Ta-mas Damyi, recordista mundial daprova com 4ml2sl6, conquistou pelasegunda vez a medalha de ouro, com

4ml4s23, superando sua marca emSeul, 4ml4s75.

E, apesar do avanço asiático c dorecorde mundial da CEI, os america-nos continuam faturando o ouro. Orecordista mundial (52s84), Pablo Mo-rales foi o vencedor nos lOOm borbole-ta, com 53s32, uma vantagem de ape-nas 3 centésimos do segundo colocadoe medalha de prata, o polonês RafaiSzukala, que marcou 53s35. O bronzeficou com Antony Nesty, do Surina-me, com 53s41, medalha de ouro emSeul e ainda recordista olímpico, com53s. Nos 200m estilo livre, a americanaNicole Haislett ficou com o ouro, mar-cando Im57s90, seguida das alemãsFranziska Van Almsick (lm58s) eKerstin Kielgass (Im59s67).

Revezamento fica

feliz com T lugar

\V*

NataçãoGustavo Borges e a única esperança brasileira de medalha

,Ça°' H°ie' ele compete em sua prova mais forte: osTOOm_ livre. Mas, as piscinas de Barcelona têm outrasci ia i » atrações. As quebras de recordes e as decepções. Este ano

européia 5 aSáticí * ° domÍnÍ° dentro d'á9ua- diante da evolução

Quando o nadador jáconhece seus rivais, temde calcular bem seutempo. Cada nadador temuma estratégia de prova euma marca para cadapassagem. Durante aprova, ele precisa tercerteza de que não sedistanciará dos demais.

Se qualquer nadador entrarna água ou se mover antesdo sinal significa quequeimou a largada. Sequalquer nadador queimarnovamente, serádesclassificado, mesmoque tenha causado aprimeira anulação.Nadadores usando ummaiô ou calção imprópriosserão desclassificadosNo revezamento, se onadador saltar antes deseu antecessor ter tocadona parede da piscina, aequipe é desclassificada

A natação do Brasil teve um ótimo dia ontem, emBarcelona, com a classificação de Gustavo Boraes,Emmanuel Nascimento, Teólilo Laborne e CristianoMichelena para a final A do revezamento 4x200mlivre. Os brasileiros ficaram com o sétimo tempo daseliminatórias, pela manhã (7m24s20), quebrando opróprio recorde sul-americano. Nas finais, ficaramem oitavo, com nova quebra de recorde (7m24s03),mas subiram uma posição com a eliminação doquarteto australiano, por uma largada irregular. Amedalha de ouro foi para a CEI, que bateu o recordemundial pertencente aos Estados Unidos (7ml2s5l).ao vencerem 7ml ls95.

Foi um ótimo resultado para a natação do Brasil.Desde a medalha de bronze do 4x200m livre formadopor Jorge Fernandes, Marcus Mattioli, Cyro Mar-ques e Djan Madruga, nos Jogos de Moscou, em1980 (7m29s30), o Brasil não ia à final no revezamen-to. A quebra do recorde sul-americano cm cerca dequatro segundos — o anterior era de 7m28s35 —também foi um avanço significativo.

Os nadadores estavam exultantes desde a classifi-cação, pela manhã. Gustavo Borges, que ficara em21° lugar nos 200m livre, na véspera, abriu o reveza-mento, seguido por Emmanuel, Teólilo e Cristiano.O Brasil nadou na primeira série e só teve a classifica-ção confirmada na conclusão da terceira. Bastoupara fazer a festa. "Estamos entre os oito melhoresdo mundo, com o sétimo tempo. O pior que podeacontecer é perdermos uma posição e ficarmos emoitavo", calculou Michelena.

Outro bom resultado do Brasil veio com JoséCarlos Souza Júnior. Ele pegou a final B dos lOOmborboleta e terminou em quarto lugar, o que eqüivaleao 12° melhor tempo da Olimpíada. Júnior marcou54s78 na eliminatória, ficando em 16° lugar.

A piscinaA natação olímpica é disputada em uma piscina de 50m,equipada com sensor eletrônico na parede para Aasla batida de chegada, com água acima -.at®de 25 graus. É dividida emoito raias de 2,5m

Os tempos de cada urn

Gustavo Borges: 1m50s45Emmanuel Nascimento: 1m52s63Teofilo Laborne: 1m50s28Cristiano Michelena: 1m50s67Tota>: 7m24s03

RaiasAs raias são separadas

por indicações de plásticopor toda a piscina. Elasmudam de cor a 5m das

paredes para ajudar o nadador asaber onde está No nado de costas,onde os nadadores não podem ver a

chegada, são penduradas bandeiras 2macima da água na mesma distância das

paredes< Plataforma

de largadaSão colocadas 75cmacima da água econstituídas de materialante-derrapante

Nadadora deli

anos surpreende

g Olhos puxados e jeito de menina. A japonesaKyoko Iwasaki se tornou a nadadora maisjovem a conquistar uma medalha de ouro na históriados Jogos Olímpicos. Aos 14 anos, venceu a provade 200m nado de peito, com a marca de 26s65, novorecorde olímpico. O anterior era da Heike Frie-drich, com Im57s55.

Para chegar ao ouro, Kyoko derrotou a chinesaLi Lin, prata, com 2m26s85, e a americana erecordista mundial Anita Nall, com 2m26s88. Anadadora, favorita absoluta para a vitória deu amelhor definição de Kyoko. " Nem a conhecia. Nãopodia pensar nela como uma rival. Mas, é umamenininha forte e muito rápida", disse Nall.

Foi justamente nos últimos 50m que Kyokogarantiu a vitória. Mas, a japonesinha nem acredi-tava. "Chorei muito. Nunca pensei que conseguiriao ouro. Acho que vou chorar muito mais". Kyokotem pouco tempo para a adolescência. Completou14 anos terça-feira passada, mas gasta seu tempocom os treinos — nada três horas, seis vezes porsemana — estudando e com a família.

1

Rio de Janeiro — Terça-feira, 28 de julho de 1992

pSIPi JORNALDO BRASILNão oode ser vendido separadamente

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O que

o telespectador tem na cabeça

Professor da PUC escre-

ve tese sobre 3 mil car-

tas de ias a artistas de TV

ELIZABETH ORSINI

Tilburg: público é crítico

ÍUERIDO,

o mais lindo eirresistível gato do Brasil.Sou tua admiradora. an-tiga e fiel. Sempre 'amei'tua imagem na TV e para

sempre vou suspirar e sentir calafriosquando você aparecer no vídeo atuando.Sei que para ti esta será apenas maisuma entre milhares de cartas de fãs querecebes e, provavelmente, se a leres, serásó dinamicamente, seguindo por sorrisi-nho sem graça, uma vez que deves estaracostumado e enjoado de cartas co-mo a minha..." A lã enlouquecida, querabisca páginas e pá-ginas para falar doolhar sereno e do jeitotímido de seu ídolo,sabe que é apenasmais uma entre mi-lhares de outras teles-' peçtadoras de novelaque escrevem diaria-mente para as emisso-ras de TV. O que elanão sabe é que essasmal traçadas linhasamorosas vão virartema de pesquisa deum professor do de-partamento de Comu-nicação da PUC-RJ.João Luís van Til-burg, titular da cadeira de rádio etelevisão, está dando os retoques finaisem uma pesquisa sobre 3 mil cartas detelespectadoras financiada por uma boi-sa do CNPq.

Tudo começou em 1969. João Luísestava voltando da Bélgica, aonde tinhaido fazer um curso sobre televisão. Foientão que ele resolveu pesquisar a TVbrasileira e esbarrou com a falta de bi-bliografia especializada sobre o assunto.Resultado: João Luís achou melhorcriar o seu próprio arquivo que, atual-mente, conta com cerca de 23 mil docu-mentos. O professor colecionou tudoque pudesse dar informações não apenassobre o veículo, mas também sobre opúblico de televisão no Brasil. Há detudo, principalmente as opiniões dos te-lespectadores sobre os eventos televisi-vos dos últimos 20 anos. Nada, porém,no arquivo do professor se compara aotesouro de 3 mil cartas, do Brasil inteiro,sobre o qual ele agora se debruça.

João Luís van Tilburg conseguiu avolumosa correspondência graças aoempenho de Guta Mattos, diretora dodepartamento de elenco da TV Globo,com a condição de não revelar nomes eendereços de remetentes e destinatários.Ele está tão confiante no material cole-tado que ;;cha que as cartas da Globopodem quebrar um antigo tabu comrelação à televisão: a de que se trata deum veículo autoritário porque não per-mite resposta dos seus espectadores,transformados em seres apáticos e pas-sivos. Muito pelo contrário: "Descobri

que a maioria das pessoas ironiza osprogramas de televisão e mantêm diantedo vídeo uma aguda capacidade de dis-cernimento." Um exemplo disso é acarta de uma moradora de Salvador, de33 anos, que critica a atuação de seuídolo: "Tenho acompanhado seu traba-lho. mas não tenho gostado de nenhumpapel, acho que você tem muito maispara oferecer." A maior parte das cartasé de telespectadores que, em vez de

Itv ,fr tHB

simplesmente comentar os programasde TV, relacionam a programação aoseu cotidiano e a suas preocupaçõesexistenciais: "Quando comecei a ler ascartas eram tantas as intimidades rela-tadas que me senti um ladrão roubandoo íntimo das pessoas."

Os telespectadores costumam falarde casamentos infelizes, suspeitas deadultério, desejos amorosos secretos,de suas taras sexuais, brigas em famí-lia, amores não correspondidos, pro-blemas psicólogicos. Tudo se passa co-mo se a televisão, habitualmenteencarada como um veículo impessoal,incentivasse nos brasileiros uma von-tade de se confessar aos seus ídolos,um impulso de transformar a relaçãoTV/espectador numa relação pessoal,de contato freqüente entre os que estãodentro e fora do veículo.

João Luís van Tilburg acha que esseAndré Arruda comportamento dos

telespectadores se de-ve à própria lingua-gem desenvolvida natelevisão, cheia decloses, imagens gla-murosas, enredos la-crimejantes e diálo-gos confessionais. Écomo se os especta-dores conhecessempessoalmente aquelesque entram em suascasas pela televisão ese sentissem muito àvontade para lhes re-velar suas intimida-des. Daí também aconfusão freqüente

entre atores e personagens que o pú-blico — sobretudo o do interior —costuma fazer. Um telespectador deSão Gabriel da Bahia, por exemplo,ficou tão fissurado por um persona-gem televisivo que lhe mandou nadamenos do que 150 cartas em três me-ses. Há também o caso de duas ami-gas que começaram a disputar asatenções de seu ídolo, culpando umaà outra pela diferença de tratamentorecebida via correio. Quando umadelas descobriu que a outra tinha me-recido uma foto colorida de seu ido-lo, muito melhor do que a sua empreto-e-branco, ficou tiririca e deu otroco ao galã: "Eu sei porque você fezisso. Foi porque ela falou que ia for-mar o seu fã-clube aqui. Mas é men-tira. Quem vai formar o seu fã-clubesou eu."

O material coletado está passandopor uma rigorosa seleção via compu-tador, para selecionar as semelhanças ediferenças nesse universo de correspon-dentes. Mas a riqueza e variedade dessetesouro já começa a interessar outrospesquisadores. Além de Tilburg, a pro-fessora Maria Claudia Coelho, tambémda PUC, já começou a retirar dessamontanha de cartas as informações bá-sicas necessárias para delinear um perfildo fã de televisão nos anos 80. É por issoque, quando alguém escreve para o seuídolo de novela, pode estar revelandomuito mais do que sonha a nossa vãfilosofia. Como a jovem paulista queescreveu: "Você se parece com um prin-cipe que já fez parte do meu castelo, dosmeus sonhos e que infelizmente (ou fe-lizmente, não sei) desmoronou. Acredi-te, um príncipe que me fez feliz e conse-guiu me encantar. Coisa difícil pois nãoadmito que entrem em meu íntimo, issovai contra os meus princípios... Sabe,cheguei até a perverter os meus bonscostumes... É meio ridículo, mas é real."

I TRECHOS"Vou ser direta. Olha ca-

ra não sou sua fã, pelo con-trário, acho que você precisase esforçar mais, muito mais,para ser um grande ator. Eu,por exemplo, observo cadadetalhe, julgo pra valer. Umverdadeiro profissional temque dar tudo de si e você nãofaz isso. Mas acredito eaposto no seu talento. Vocêestá no caminho certo, mes-mo achando que você tem ca-ra de veterinário, sei lá porquê... Não veja isso comouma crítica ruim. Faça, diga-mos, uma auto-análise e dê omelhor de você." (remetentede Cachoeira Paulista paraator da novela das oito).

"Existem muitas coisasna vida que não sabemos ex-plicar e isto é o que estáacontecendo comigo agora.Desde o primeiro momentoque pude observar você, di-reto pela TV, me interesseiem lhe escrever. Na verdade,meu sonho é encontrar vocêpessoalmente, mas não seicomo, pois a distância quenos separa é um pouco gran-de e por isso acho um poucodifícil, mas se você viesse aSão Paulo, eu daria tudo pa-ra me encontrar com você.Me ligue na próxima carti-nha. Estou mandando o nú-mero do meu telefone..." (re-metente de São Paulo paraatriz da novela das oito).

"Olha, falando sério, nãose gabe por esta carta. Vocêvive nesse meio estúpido,não sei se é bom, mas paramim não serve. Quem sou eupara lhe mostrar vidas e ca-minhos, se eu mesma nãoencontrei os meusf E no en-tanto não deixei de sonhar ede tentar desesperadamenteencontrar o meu lugar. Es-tou procurando alguma coi-sa, nem eu mesma sei o que é.Um dia a gente se cruza. Omundo é pequeno demais atépara você. Vou lhe contar umsegredo muito antigo, pegarum xale velho, de dama im-

portante, agasalhar-me, umacesta de pães e vinho, come-çar a caminhar e sumir, assimcomo o vento. Mas gostariade levar duas pessoas comigo:minha mãe e o maravilhosoOswaldo Montenegro paracompor só para mim. Nãosou louca. Talvez eu seja maislúcida do que você,"(remeteu-te de Salvador para ator danovela das oito)

? "Estou casada, com 27anos, moro em São Bernar-do do Campo, onde sou pro-prietária de uma empresamadeireira. Tenho dois fi-lhos, Ivo e Malu. Sempreacompanhei teus trabalhos.Tenho uma enorme admira-ção por ti e pela tua profis-são. Já passei muito tempoem frente ao espelho repetin-do cenas de TV e hoje estouconscientizada de que minhamaior frustração é não tersido atriz. Gostaria muito detransmitir esta força interiorque possuo para meu filhoIvo que já está com seisanos. Já até me informei so-bre curso de Artes Dramáti-cas em minha região, mas sóaceitam crianças acima dos12 anos. Resolvi então escre-ver para você porque tenhodois grandes desejos: o pri-meiro seria poder conhecê-lapessoalmente e o segundopoder contar com a sua co-laboração em relação ao Ivo.Informação que parta de vo-cê eu sei que será correta.Tem coisas na vida que agente não compra. Amizadeé uma delas. Gostaria muitode poder contar com a tua.Vejo em você uma enormemulher e uma mãe maravi-lhosa. Não digo isso apenaspara merecer a tua ajuda. Érealmente de coração, poisnem sei se esta carta chegaráa tuas mãos. Vou confiar emminha mente que tu lerás erefletirás com muito cari-nho" (remetente de São Der-nardo do Campo para atrizda novela das oito).

Galãs recebem cerca

de 100 cartas por diaDiariamente milhares de lãs escrevem para a TV Globo

tentando um contato mais íntimo com seus fãs. São cartasdo Brasil inteiro e dos quase 70 países onde as novelas sãotransmitidas, entre eles, Alemanha, Polônia, Espanha, CaboVerde. A guardiã fiel dessa correspondência é a diretora dodepartamento de elenco da TV Globo, Guta Mattos: "Ascartas daqui e as do exterior são iguaizinhas. A únicadiferença é o nome do país de onde estão vindo." Antiga-mente, a emissora respondia todas elas anexando uma fotodo artista, mas, atualmente, devido ao volume da corres-pondência. isto não é mais possível.

Os assuntos são sempre os mesmos. Os remetentespedem aparelhos de televisão, videocassete, relógio, jóias,dinheiro, casas para morar c requisitam também encon-tros amorosos com os seus ídolos. "Logo que começam atrabalhar os atores ficam entusiasmadíssimos", explicaGuta Mattos. Quem está animado com a volumosa cor-

Luiz Carlos Davld

Guta Mattos: cartas do Brasil e do exterior

respondência que vem recebendo é o ator João Vitti, quefoi o Xampu da novela Despedida de solteiro. Ele é, hoje,quem mais recebe cartas na Globo. Como todos os jovensatores, Vitti está disposto a respondê-las, mas Guta Mat-tos vai logo avisando que geralmente esse entusiasmo épassageiro: "Com o tempo isso tudo vira rotina."

Outro campeoníssimo de cartas é Humberto Martins,o cigano lago da novela Pedra sobre pedra. Ele recebe, emmédia, 100 cartas por dia (a mesma quantidade recebidapelos principais galãs da Globo). "É impossível respondertodas. Já me disseram para fazer uma carta-padrão e apenasautografar o texto, mas não concordo com isso", afirma.Ele acha que cada ator recebe cartas de acordo com aimagem que é veiculada na TV pelo seu personagem. Comolago se pautou pela sexualidade à flor da pele, Humbertochegou a se espantar com a ousadia das fãs em suaspropostas de encontros: "A carta mais estranha que recebifoi a de uma fã me convidando para ir para outro estado emandou junto a passagem de avião no meu nome."

O volume de correspondência varia de acordo com anovela e com o sucesso dos personagens. Atualmente, porexemplo, Fábio Júnior e Rômulo Arantes estão com osescaninhos transbordando. Os astros e estrelas têm seu lugargarantido. "Estejam eles ou não no ar as cartas estão semprechegando", conta Guta, citando nomes como Regina Duarte,Francisco Cuoco, Tarcísio Meira e Glória Menezes. (E.O.)

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2 o terça-feira, 28/7/92

Fonte honestaNuma época tão conturba-

da como a que hoje vivemos écom prazer que o público re-cebe o novo trabalho do tre-mandão Erasmo Carlos. Ver-dadeiro titã da MPB, eleacresce a cada álbum o con-ceito da madura estética ro-mântica com precisas infor-mações de rock'n'roll,dando-nos a constante sensa-ção de felicidade. Que estaatual geração beba nessa fon-te, simples, honesta, digna ede grande caráter. O povobrasileiro é quem está de pa-rabéns em ter o tremendão emseu novo álbum Homem derua. Georgc Max Tenório deDeus, Rio de Janeiro.

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1 CARTAS

JORNAL DO BRASIL

Erasmo Carlos: titã

Importado mais baratoFaço referência à carta do pagar o frete, imposto de im-

leitor Victor Dias Moreira, pu-blicada nesse jornal. Com refe-rência aos absurdos preços co-brados pelos CDs, devo dizerque coleciono discos há cercade 40 anos. Comecei com osvelhos 78, passei à fase áureado LP e cheguei à alta tecnolo-gia do CD, e realmente nuncame lembro dos preços teremficado tão defasados dos pre-ços do resto de todas as outrascoisas que compro.

As fábricas de CDs no Bra-sil estão praticando preços ab-solutamente incompatíveiscom o nosso poder aquisitivo.Chegamos ao absurdo de en-contrar em uma mesma loja,um CD importado, que, após

portação, IPI, ICM, sai porum preço mais barato de que ofabricado no Brasil. (...). Nun-ca constatei tal fato em meusquarenta anos de colecionadorde discos. O importado sempreera mais caro do que o nacio-nal, e mesmo na época da in-fiação desenfreada, no final dadécada de 80, os preços semprese mantiveram acessíveis.

Concordo com o leitor Vic-tor Moreira, as fábricas de-viam fechar as portas, não fa-bricar mais nada, econtinuaríamos comprando osdiscos importados mais bara-tos. Henrique Cruz, Rio de Ja-neiro.

PirandelloA reportagem Enredos de ficção pa-ra um espetáculo real, publicada no

Caderno B do dia 12 de junho, deixoude fora uma obra que se encaixa comouma luva na atual busca da verdadesobre "as roupas sujas expostas novaral da Casa da Dinda". Trata-se dapeça Assim é, se lhe parece..., de Piran-dello, que está sendo encenada poralunos da Uni-Rio com desenvoltura àaltura da montagem do Teatro dosQuatro, há alguns anos atrás. Aliás, odesfecho da trama, para quem nãoconhece o texto, surpreenderá comoprenuncio (parecendo feito sob enco-menda) do que acontecerá com o rela-tório da CPI: atenderá a gregos etroianos e decepcionará (por isso mes-mo) a ambos. Maurício Lins Arcover-de, Rio de Janeiro.

RepúdioNum momento de pouca ou ne-

nhuma inspiração fui ao Teatro Va-nucci assistir à peça No coração doBrasil, com texto e direção de Mi-guel Falabella. Não poderia me omi-tir, como católica praticante quesempre fui e sou, diante de uma, nomínimo, desrespeitosa cena, a maisdeslocada e estapafúrdia no texto, deuma pretendida e ensaiada reprodu-ção do auto da Paixão de Cristo,eivada de agressões verbais e gesti-culares, de toda a ordem, com desta-que para a frase proferida, na peça,por Jesus agonizante, que tentareireproduzir: um dos personagens, di-rigindo-se a Jesus crucificado, lhepede — "diz uma palavra aí" — aoque Jesus lhe responde com a nefan-

-.Jf s';' 4Y8S9h

mmi

Pirandello: prenúncio

da palavra "m.". E a platéia, aliena-

da, despojada de qualquer sentimen-to religioso e cristão, solta sonorasgargalhadas, pois que, na moderni-dade teatral de nossos dias, à ausên-cia de inspiração sutil e inteligente,ingrediente valioso em textos bemelaborados, valem-se os "autores"de pornografia e palavrões baratoscomo tempero de comicidade. E oque é pior, o público aceita essasagressões e as aplaude. Alerto pois aspessoas que ainda cultivam princípiosmorais e cristãos para tal fato, lasti-mável e censurável sob todos os as-pectos, para que repudiem e não sefaçam presentes a esse "espetáculo"infeliz (...). Marilia Mafalda de PaulaMarinho, Rio de Janeiro.

Aliado do poderO dr. Eduardo Mascare-

nhas, no artigo do JORNALDO BRASIL, do dia 18 de ju-lho, chama iradamente os psi-canalistas que criticaram suainterpretação da família Collorde psicopetistas da psicanálisee de patrulheiros. Mas, ao de-fender-se, ele distorce a histó-ria, pois estes mesmos psicana-listas foram os que outrora lheapoiaram, quando se denun-ciava os Barões da Psicanálise,sendo expulso da sociedadepsicanalítica do Rio de Janei-ro, junto com o combativo Hé-lio Pellegrino.

O dr. Eduardo Mascare-nhas, ao mudar de lado e aliar-se ao poder, "o único psicana-lista parlamentar do mundo",quer dar uma imagem de psi-canalista herói e de político in-justiçado, por se dizer defensorda legalidade. Ele está descon-tente com a "classe média" ecom os psicanalistas perten-centes a esta camada social,por estes ficarem indignadoscom a progressiva perda dopoder aquisitivo. Será que odr. Eduardo Mascarenhas que-ria que fossemos uma massa decordeiros, para ficar mais cô-modo no poder?

Um outro ponto é a ética dapsicanálise e a neutralidade doanalista. Nós conhecemos, delonga data, os psicanalistasque em nome da ficção chama-da neutralidade, cometeram, eainda cometem, as piores arbi-

trariedades. Sem me deter nes-ta questão, que no momentonão cabe aprofundar, queroapenas denunciar o engodoque consiste em acreditar-que épossível uma ética da psieaná-lise, exercida com um psicana-lista sem ética ou além &téti-ca, ou seja, um neutro. ÍLçpmesta lógica de neutralidade queele diz "todo mundo deve~serconsiderado inocente atéjgro-va em contrário". Esta értttnavelha história que as criançasgostam de ouvir extasjíi^as,por encobrirem seu naleisis-mo, e que os psicanalistas re-petem quando idealizam umaprática clinica onde "não exis-tem essa farsa chamada- éticados psicanalistas".

O dr. Eduardo Mascarerrhase seu grupo pregam a demficra-cia, mas falam de patrulhajnentoa uma crítica de sua interpreta-ção; teorizam sobre a multiplici-dade e opera-se com o ungT ~

Nós entendemos que a «demo-cracia implica aceitar as diferen-ças e o próprio equívoco, c odireito de ser reacionário, ou co-mo gostaríamos, ser a favor'datransformação. Jorge AugustoFranco Costa, psicanalista' doCentro Clínico Freudiano. * "

¦ As cartas devem ter até 10 li-nhas e ser enviadas com assinatu-ra, nome completo, endereço , e te-lefone para JORNAL DOBRASIL, Caderno B, seção Cor-tas, Av. Brasil, 500, 6o undaf.SãoCristóvão, CEP 20949.

¦ H0R0SC0P0 Carlos Magno

HuC!

ÁRIES • 21/3 a 20/4Conserte lapsosmentais e atitudesfora de foco acredi-tando mais na sua intuição e admitindo quevocê não é o dono absoluto da verdade.Emoções diferentes aportam no lar. Ten-dência a se agitar ao falar.

TOURO • 21/4 a 20/5Tendência a ter difi-cuidade em se satis-fazer com o que co-

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me, bebe, gasta e consome. Brigas deorigem financeira podem necessitar deuma abordagem rica em objetividade e de-terminação. Cuide do seu patrimônio.

GÊMEOS • 21/5 a 20/6Necessidade de sesentir seguro e pro-tegido faz com que

7;você volte a lugares e experiências quereforçam a familiaridade e a intimidade.Mas não deixe que isto o faça se fecharpara novos lances. Rispidez.

LEÃO • 22/7 a 22/8Entre a megaloma-nia e o sufocamentoda sua auto-expres-são existe mais possibilidades inéditas deconexão com seu verdadeiro Eu do quepoderia supor a sua inteligência. Não sejaredundante. O dia pede audácia.

VIRGEM • 23/8 a 22/9Necessidade de ofe-recer aos outrosmensagens e auxi-lios que tragam um desenvolvimento con-'creto das suas habilidades e dos seus po-'tendais. Você sabe que fazendo o bemespontaneamente sua vida evolui.

LIBRA • 23/9 a 22/10Luta contra o ego-centrismo e contrapessoas que estãomuito enraizadas nos seus hábitos e valo-res. Por você tudo seria mais bonito, frater-no, prazeroso e estimulante. Seja idealistasem esquecer o dia a dia.

'' "I • ;SAGITÁRIO • 22/11 a 21/12Parte da cabeça,pernas e fígado pre-cisam de zelo contf-|Z_ nuo nesta fase. Atrações imediatistas porpessoas, cursos e compras podem darmais ação à sua vida mas evite agir instin-tivamente e apenas por impulso. Gula.

CAPRICÓRNIO • 22/12 a 20/1É no setor do traba-lho que você deve *dar o melhor de sinesta fase e poderá ao mesmo tempo pro-duzir e ter prazer e satisfação em criarboas soluções e incrementos que desta-quem o seu trabalho. Não abuse do sal.

AQUÁRIO • 21/1 a 19/2Não fique saudosodo que já aconteceue nem lamente ale-grias e experiências que o tempo levou.Fase importante para conhecer pessoas edar às suas associações um tom mais hu-mano, alegre e fiel. Curiosidade.

ESCORPIÃO • 23/10 a 21/12Acontecimentosmarcantes em fami-lia ocorrem nesta fa-se. Atenção a questões urgentes ligadas aimpostos, imóveis, saúde e empréstimos.Invista a cada dia para viabilizar um gran-de projeto futuro. Evite falhas.

PEIXES • 20/2 a 20/3.1o decanato: Atençãoao lidar com carros,máquinas, objetoscortantes e o fogo. Mas não se impressioneiapenas preste atenção naquilo que faz eanule riscos. Demais: Respire fundo e reto-me funções que estão fazendo falta.

I QUADRINHOSGARFIELD

Sill ^O ME NINO MALUQ.UINHO Zl RALDO

SUANTAS MECMLHAS VOC&S ACHAM K UMAS Y pgZOlTO.1 ) ( TRgEE1^ <, LONA1 )

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I CRUZADAS

CÂNCER • 21/6 a 21/7O elemento surpresaestá na ordem dodia. Sendo assimtorna-se interessante ser versátil, inova-dor, hábil para lidar com situações e sur-presas que não estavam sequer sendo con-sideradas. Reformas no lar.

CARLOS'SILVA

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HORIZONTAIS — 1 — modalidade de epôntesa cjueconâiste em desfazer um grupo de consoantes pelaintercalação de uma vogai, como, p. ex., em barata,primitivamente brata, e porão, anteriormente prio; de-senvolvimento de um fonema parasitário; 11 — contra-dlção entre duas leis ou princípios (pl.); reunlôo de umpar de proposições que simultaneamente parecem con-tradlzer-se e serem provadas, sendo um em realjçJqde acontradição apenas aparente ou a prova, no mínimo, deuma das proposições, não concludente (pl.); 12^-graú-do; 13 — operação que consiste em encher o vazio,produzido pela evaporação dos cascos que coptômvinho; 14 — aumentar as dimensões ou o volume de;amplificar, ampliar; 16 — terreiro de aldeia de Índio; 17— encolerlzar, Irritar; 20 — erva das quenopodiáceas,da Eurâsia e difundida bastante como planta daninha,'muito ramificada, e que forma tufos espessos, de,folhasescamlformes, pequeninas, pontudas e suculep(as„ deflores insignificantes, sésseis nas axilas, sendo o frutoum utrículo achatado; 21 — mamífero ungulado, de tipointermediário entre as girafas e os antílopes, de pesco-ço mais curto e colorido; 22 — diz-se da conjunçãocoordenativa, que liga à precedente uma oração#queexpressa conclusão ou conseqüência; 24 — simbolo daprata; 25 — galho de árvore; 26 — para a parte lrttèhor;para dentro; 28 — grupo de dialetos romances dasprovíncias meridionais da França; 29 — conjunto deregras de conduta consideradas como válidas, quer demodo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer paragrupo ou pessoa determinada; o que há de moralidadeem qualquer coisa; 30 — anel metálico, fixo énVqual-quer parte da embarcação, para nele se engatar- umaparelho ou amarrar um cabo; cada um, dos váos,aberturas ou arcos entre os pilares de pontes ou arca-das; 31 — bom senso, prudência.VERTICAIS — 1 — movimento literário português, es-sencialmente poético, da primeira metade do sêc. XX.que enunciava uma doutrina filosófica muito vaga, ba-seada nos afetos característicos de uma pretensa "al-ma portuguesa", e cujo expoente foi o poeta Teixeira dePascoais (1878-1952); 2 — diz-se do animal que vive naságuas; 3 — que tem modos de tola; 4 — desinênciaverbal característica do futuro do pretérito; 5 — taxapaga á autoridade eclesiástica por quem receba umbeneficio, calculada pelo rendimento de um arço dessebeneficio; 6 — jogo infantil, de pegar, em que umaenorme bota, riscada no chão, serve de pique; mentiraleve, inofensiva; 7 — carro antigo, de quatro rodas,puxado por cavalos ou muares sobre carris de ferro,outrora usado em Portugal (pl.); 8 — gênero de insetoscoleôpteros de pequenas dimensões; 9— mamífero dafamilia dos daslpodideos, dotado de apenas quatrounhas anteriores e provido de um dente a mais na sériemolar (pl.); 10 — prefixo: igual; 15 — armadilha com que,se apanham animais silvestres; prensa de alavanca deespremer a raspa de mandioca antes de fazer dela afarinha; 18 — deus da vida; 19 — estampilha de dimen-são maior que os comuns, outrora usada como taxa deexpediente em requerimentos á Prefeitura do antigoDistrito Federal, Rio de Janeiro; 21 — cada uma daspernadas da enxárcia; 23 — a parte mais profunda dapsique, receptáculo dos impulsos instintivos, domina-dos pelo principio do prazer e pelo desejo impulsivo; 27— prefixo grego que sugere a Idéia de multiplicação,intensidade; 28 — tomara!. Colaboração do Prof. PE-DRO DEMO — CEC — Brasília.

DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DA OlRIANoticiamos com prazer, que o confrade UENIRI (frineuVillas-Boas Esteves). o charadista que mais conhece osmeandros charadlsticos do Rio de Janeiro, esjfculti-mando a edição do DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO, DAGÍRIA. Será uma obra de fôlego, que conterá os termospopulares e regionais de todos os estados brasileiros,englobando e ultrapassando tudo o que existe,rfõ^êne-ro. Detalhes da obra poderão ser fornecidos peloJJENI-RI no telefone 281-8766,CHARADAS EPENTÉTICAS (adição d* sílaba cen-Irai) ,xxr-11. Um TONEL de vinho caiu sobre a cabeça do37KLEN-TAO. 2-3

ALTER-EGO — CEC — Jacarepaguá2. A HABILIDADE no trato das coisas difíceis, quasesempre justifica um SUCESSO IMPREVISTO. 4-5CHICO SILVA — Niterói3. Com aquele CANTO PLANGENTE fazia a TREPANA-

ÇAO. 2-3FREI IQNÁCIO — CEC — JacarepaguáCHARADAS METAMORFOSEADAS (troca d* lima

letra)4. Ele tem sempre a seu LADO o amigo LEAL. 6(2)—CBLLY — CEC — TUuca5. PEQUENA COMPOSIÇÃO LÍRICA não comporta estiloDERRAMADO. 7(7)ARQOS — CEC — BrasíliaSOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIORHORIZONTAIS — trepidez; recovagens; ecodide; at;

pilar; abiu; atora; tara; dag; piorar; otites; ria; matete;av; patolar; sota; emala.VERTICAIS — trepadoras; recitativo; ecologia; podar;ibirapema; dad; egeato; ze; estuar; barbela; isate.CHARADAS ADICIONAIS: 1. suspeito; 2. supremacia; 3.diatese. CHARADA EM TERNO: 4. criado-achado-dodoneuCorrespondência para: Rua dam Palmeiras, 57

apto. 4 Botafogo — CEP 22.270

I

JORNAL DO BRASIL

Um

aton e o protagonista do filme

morcego

milionario'Batman — O retorno' liderabilheteria no verão dos EUA

DAVIDJ. FOXLos Angeles Times

OLLYWOOD — Bilheterias de USS 145 mi--> lliões. em tese, fariam a felicidade de qualquer produ-...tor., Mas a felicidade parece relativa quando o filme"em

questão é Batman — o retorno. Mais importante'' 'lançamento da temporada de verão dos Estados Uni-_dos. Batman — o retorno, uma produção de USS 60¦milhões, teve uma abertura gloriosa, ultrapassandofácil a barreira dos USS 100 milhões, somando, atéagora, USS 145,4 milhões — a maior renda do ano.

-Apesar do sucesso, há um problema: o primeiroBatman arrecadou USS 187 milhões, cerca de USS 42milhões a mais que esta seqüência, quando as expec-uVlativas eram bem maiores. No Brasil, Batman — O

< retorno já loi visto por 1,6 milhão de pessoas, em 20líãs de exibição (até a última quinta-feira).

«J«;—íFais expectativas levavam em conta que o primeiroí". Batman arrecadou USS 250 milhões apenas nos mer-v.cados americano c canadense — a sexta maior da.¦ ^história. E, segundo avaliações do mercado, a carrei-' -ni-interna da continuação fechará suas contas com,•, lima renda entre USS 170 milhões e USS 180 milhões.v.Barry Reardo, presidente da Warner Brothers paraVi distribuição doméstica, declarou: "Sem dúvida, av continuação não tinha o mesmo fôlego do primeiro.' Normalmente, se calcula que uma continuação foiv bem-sucedida se arrecadou dois terços da bilheteria;7ítã~primeiro filme. E eu gostaria de um desaponta-

mtinto de USS 145 milhões por dia." Segundo cálcu-„i,'los da Motion Pictures Association of America do! preço médio de ingresso — USS 4,44 em 1989, quan-<.k>.estreou o primeiro Batman, e USS 4,89 atualmen-

te, a continuação levou 29 milhões de pessoasao cinema, contra 42 milhões do primeiro filme. Oy.MíT configura uma diferença na faixa dos 25%.

Na guerra pelas bilheterias de verão, a temporadaamericana foi dividida pelos Jogos Olímpicos, e as¦ maiores expectativas voltam-se agora para a resposta"'db"públieo

pós-Barcelona. Até agora, com a divisãodos lançamentos para antes e depois dos Jogos, as dez

...majores bilheterias renderam USS 743,3 milhões,-.contra USS 659,4 há um ano. A segunda maior

bilheteria foi para Máquina mortífera 3, que já soma. USS 135 milhões em rendas.

A l'sta d°s dez mais do verão inclui Sister Act. a.^surpresa da temporada, vinda dos estúdios Disney, com"•"Whoopi Goldberg (USS 97,5 milhões); Jogos patrióticos

(Patriot games), que arrecadou USS 72 milhões; Umaequipe muito especial (A league oftheir own). com USS

... ^..milhões; Alicn 3. com USS 53 milhões; Um sonhodistante (Par and away). com USS 52 milhões; Boome-rang (USS 47 milhões); Housesitter (USS 46 milhões); eUnlaw/hl entry (USS 37 milhões). Um verão muito bom,

_ .^'tfÇmdo os especialistas, sobretudo em comparaçãocom os dois últimos, que tiveram uma queda depois do

. recorde de 1989. E o balanço do verão ainda não-Rn fechou.

Até tu?A cena passou-se nocinema Leblon, domin-

go, durante sessão ves-pertina do filme Batman,o retorno.

Logo nos primeirosminutos do filmey um dospersonagens — que pre-tende destituir o prefeitode Gotham City para en-ironizar o bandido Pin-guim em seu lugar — diz,a sério:

Já temos número sufi-ciente de votos para pe-dir o impeachment.

Foi quando do fundoda sala veio um gritoagoniado:Até tu, Batman?

m m m

ConcorrênciaA raspadinha vai invadir

o terreiro dos corretoreszoológicos.

A Loterj está anunciandopara breve a raspadinha dobicho.

¦ ¦ ¦

Caixa altaApesar dos pesares, os

brasileiros continuam via-jando e gastando.

Pesquisa da associaçãodos cartões de crédito de-monstra que só em junho osbrasileiros gastaram no ex-terior 25 milhões de dólaresem faturas de cartão.

Para este mês, quando fa-mil ias debandam em férias,a expectativa é que o gastosuba para 40 milhões de dó-lares.

'Tá' certo

O governador LeonelBrizola é quem tem ra-zão.

O Uruguai é o máxi-mo.

SucessoPara quem gosta de

música country, o dia Iode agosto reserva umprograma e tanto.

Juntos, na praça daApoteose, estarão seapresentando as trêstnais importantes duplasdo gênero — Chitãozi-nho e Xororó, Leandro eLeonardo e Zezè de Ca-margo e Luciano.

* * *Em São Paulo, onde o

show já foi apresentadono inicio do mês, o Ibira-puera recebeu uma pia-téia de 60 mil pessoas.

Fazendo caixaPassando — como to-

dos os brasileiros — porcrise financeira, o PDTarranjou um modo de fa-zer caixa.

Está vendendo bônusde Cr$ 5 mil, Cr$ 10 mil eCr$ 50 mil.

Os cabeças de chapa,Cidinha Campos e Vivai-do Barbosa, fizeram bo-nito: a primeira com-prou Cr$ 5 milhões; osegundo, Cr$ 2,5 milhões.

INI >.. -

Lavinia Vlasak e Snzy Gentil enfeitando a noite do Rio

Tê• Um diplomatabrasileiro ouviuparte do diálogotravado no sábadoentre o primeiro-ministro da Espa-nha, Felipe Gonza-les, e o presidentede Cuba, Fidel Cas-tro.

t e-à-1ê• Gonzales pergun-tou amistosamentea Castro pela demo-cratização de seupaís e ouviu comoresposta:— Em Cuba, maisimportante que a

democracia é a li-derança.• E acrescentou:— Em meu país, pe-lo menos para mim,não é possível meretirar quando qui-ser, mas quando pu-der.

Próxima, atração AusênciaTão logo termine a apresentação da novelaAmor com amor se paga — que prende o presi-dente Fidel Castro em casa todas as noites — otelevisão cubana passará a apresentar o maiorsucesso de Gilberto Braga, Vale tudo.Mostra o Brasil sem meias tintas.Seus personagens — como Maria de Fátima eOdete Roitman - não valem rigorosamente umtostão furado. * * *

A novela, de 1989, não pode ser mais atual etem tudo para chocar Castro.No universo da teledramaturgia brasileira, é a

peça mais contundente contra o brazilian way oflife e seus eternos marajás.

Quem assistiu nosábado à bonita soleni-dade de abertura dasOlimpíadas cm Barce-lona registrou uma au-sência sentida.

A do empresárioPaulo César Farias àfrente da delegação dasIlhas Cayman.

Tinha tudo para sero porta-bandeira dosatletas daquele paraisofiscal.

BHPBP .ass

HHH

Fernanda Barbosa, aniversariante eanfitriã de uma animada festa nosábado, com Carolina Ferraz

AmostragemA indústria automobilística nacional tem lá suasrazões para estar preocupada com a entrada nomercado dos carros estrangeiros.Um amigo desta coluna que subiu sábado paraCorrêas, cruzou em meia hora de estrada — c

anotou — com um Honda Accord LX, um NissanPathfinder SE, um Mitsubushi Eclipse GS, umBMW 325, um Toyota Camry, um Honda Civic,uma Mercedes 600 SEL e três Lada.

* * *Como amostragem, dá para tirar o sono dasmontadoras.

De voltaDepois de três meses

fechado em função deum incêndio em sua co-zinha, reabrirá no sá-bado, para a alegria dosgourmets cariocas, orestaurante do HotelOuro Verde.

Não mudará em na-da, nem mesmo na de-coração, que reproduzsem tirar nem por aque foi destruída pelofogo.

¦ ¦ ¦Só para

mulheresPela primeira vez, o

Grande Prêmio Brasilque será corrido noJockey Club no domin-go que vem trará umconcurso destinadoapenas ás mulheres.

Promovido pelaprimeira dama doclube, Ângela Frago-so Pires, o páreo pre-miará o chapéu maisbonito e original datarde na pelouse daGávea.

* * *A turma de Canapi

já está na maior exci-tação.

terça-feira. 28/7/92

Risco triploEstá complicada a situação do PDT em pelomenos três municípios da Baixada, nos quais pode-rá acabar perdendo as prefeituras na próxima elei-

ção.O caso mais complicado è o de Caxias, ondeMessias Soares, ligado à contravenção, disputa naJustiça com Márcia Cibilis Viana a indicação do

partido.O PDT teme que, como o caso irá até o SuperiorTribunal de Justiça, a decisão só venha a ser anun-ciada quando já for tarde demais para qualquer umdos dois fazer uma campanha pela vitória.* * *Apesar de todas as pressões do partido, MessiasSoares nem considera a hipótese de abrir mão desua candidatura em favor da adversária e encer-rar, assim, a disputa judicial.

Faz de contaOs mega-empresários

Carlos Fischer e José Cu-trale têm um novo con-corrente.

O presidente FernandoCollor, que passou tain-bém a operar com laran-jas.

E a operar pesado.

Na telaA história do fim da vidado carrasco nazista Joseph

Mengele vai virar filme.Será rodado no Brasil

ro segundo semestre doano que vem, produzidopelo italiano Gianfrances-co Aiello e estrelado porMax von Sydow.

m m m

AntecedênciaA ex-ministra Zélia

Cardoso de Mello deverásubmeter-se a uma cesa-riana para o nascimentode seu filho Rodrigo.

Tem um apartamentona maternidade São Luizreservado a partir do dia 1"de agosto, apesar de acriança só ser esperada pa-ra o dia 5.

Passo a passoA Kroll, empresacontratada pela CPI paraesmiuçar os negócios deVC Farias no exterior,está analisandoinformações colhidasjunto ao banco quereúne a maior parte dasaplicações e depósitos doempresário.

O Multibanco, comsede em Genebra, depropriedade de EdmondSafdie.

¦ ¦ ¦

Balé e sambaOs ares democráticos

da nova Rússia inspira-ram os bailarinos dacompanhia mista dosbalés Bolshoi e Kirovque estará aterrissandoem São Paulo dia 31 dejulho.

Suas sapatilhas nãovão pisar apenas o palcodo Palácio das Conven-ções do Anhembi. Napassagem pela cidadeeles agendaram uma vi-sita à escola de sambaRosas de Ouro.

Por sugestão do pri-meiro bailarino do Ki-rov, Faruk Ruzimatov,os russos querem saber oque é que a mulata tem.

RetratoA TV Globo está assustada com os caminhos queesta tomando o programa Você decide.Pelo gosto dos espectadores que escolhem o fim datrama, o mal tem dado de goleada no bem na grandemaioria dos desfechos das histórias que vão ao ar.O programa, para não sair do ar, deverá ter suaforma mudada radicalmente.

RODA-VIVA.Marilu e Ivo Pitanguy voarão amanhã para Los Angeles,onde ele participará de um congresso de cirurgia piás-tica. Aproveitam para assistir ao batizado do neto Michael,filno de Valéria e Ivo Pitanguy Filho.Bebei Malzoni é a aniversariante de hoje.Sérgio Marques e Gilberto Braga estarão lançando amanhã,as 19h, na Livraria Timbre, o livro Anos rebeldes.Gisela Amaral receberá na .quinta-feira um grupo de amigaspara o chá de bebê de Marisa Mota.Antes de seguir para a França em setembro, o pianista

Ír5rS."ie L°ureir° dará um concerto beneficente no dia11, as 21h, no Espaço Cultural H.Stern. No programa, Beetho-ven, Villa-Lobos e Chopin.O restaurateur Leonel Rocha inaugurou em Fortaleza umasucursal de seu bem sucedido restaurante baiano Bargaço. E opróximo passo, ainda este ano, será o Rio.O paisagista Roberto Burle Marx, que aniversaria no próxi-mo dia 4. não comemorará a data com festa. Preferiuviajar pelo Brasil.Maria Lúcia Dahl comemora seu aniversário hoje reunindoamigos para jantar no Rialto, na Barra.O primeiro concerto da série Música das Américas, que iráao ar no dia 31, no Teatro Municipal, será regido pela Or-questra Sinfônica do Teatro Municipal e náo pela OrquestraSinfônica Brasileira como saiu publicado.Paulo Macedo, representante do Rio da revista Meio & Men-sag*em, é a mais nova aquisição da Chico Jr. Associados.0 ex-ministro Mailson da Nóbrega, a propósito de uma notade sábado desta coluna, esclarece que não fala com BillRnodes ha exatos dois anos.U secretário do meio-Ambiente e Sra. Flávio Perri movimenta-vam o almoço de domingo do Candido's. Em outra mesa, com afamília o casal Francisco Catão.Zózimo Barrozo do Amaral e Fred Sutcr

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4 o terça-feira, 28/7/92 JORNAL DO BRASIL

T

IROTEIRA? Alterações de última hora na programação publicada nesta seção são de responsabilidade dos organizadores dos eventos

CINEMA

ESTREIASHORAS DE DESESPERO (Desperate hours), deMichael Cimino. Com Mickey Rourke, AnthonyHopkins, Mimi Rogers e Lindsay Crouse. Art-Fas-hion Ma// 3 (Estrada da Gávea, 899 — 322-

l 1258): 16h, 18h, 20h, 22h. Art-Casashopping 3(Av. Alvorada. Via 11, 2.150 — 325-0746):16h50, 18h50, 20h50. Palácio-1 (Rua do Pas-seio. 40 — 240-6541), Tijuca-1 (Rua Conde deBonfim. 422 — 264-5246): 13h30. 15h30,17h30, 19h30, 21h30. 5a feira não será exibida aúltima sessão no Palácio-1. Copacabana (Av.Copacabana, 801 — 255-0953): 14h, 16h, 18h.20h, 22h. Icaraí (Praia de Icaraí, 161 — 717-0120): 15h, 17h. 19h, 21 h. (12 anos).

Fugitivo da cadeia esconde-se numa tranqüila ca-sa suburbana e obriga toda a família a viver horasde pesadelo e tensão. Baseado no romance deJoseph Hayes. que já rendeu uma peça na Broad-way e uma outra versão cinematográfica. EUA/1990.AS PORTAS DA JUSTIÇA (Porte aperte), deGianni Amelio. Com Gian Maria Volonté, EnnioFantastichini e Renato Carpentieri. Estação Cine•ma-1 (Av. Prado Júnior. 281 — 541 -2189): 16h.18h, 20h, 22h. (12 anos).Sob o regime fascista, homem comete friamente

três assassinatos, mas o juiz recomeça uma invés-tigação sobre a vida do acusado para evitar suacondenação ã morte. Itália/1990.

VENENO (Poison), de Todd Haynes. Com EdithMeeks, Larry Maxwell e Susan Norman. EstaçãoBotafogo/Sala 3 (Rua Voluntários da Pátria. 88— 537-1112): 15h20, 17h, 18h40, 20h20. 22h.(14 anos).

Obsessão, fantasia e violência em três históriassobre assassinatos, experiências científicas e vidana prisão. Baseado em Jean Genat. EUA/1991.DIÁLOGOS ANGELICAIS (The angelic conver-sation), de Derek Jarman. Com Paul Reynolds ePhillip Williamson. Arte-UFF (Rua Miguel deFrias. 9 — 717-8080 — Niterói): 18h30. 21h30.(14 anos).

0 caso de amor entre dois homens, numa atmosfe-ra de sonhos envolta em sonetos de Shakespearenarrados por Judi Dench. Inglaterra/1985.EXECUTOR IMPLACÁVEL (One man force), deDale Trevillion. Com Ronny Cox, John Malusak eCharles Napier. Studio-Catete (Rua do Catete228 — 205-7194): 17h40, 19h20, 21h. (14anos).Policial é suspenso depois da morte do parceiro e,como detetive particular, descobre uma trama ter-rivel que envolve traficantes de drogas e corrup-ção policial. EUA/1988.

I EXTRAO CINEASTA DO MÊS/SANDRA WERNECK— Exibição de A guerra dos meninos (Brasileiro).documentário de Sandra Wemeck. Complemento:Damas da noite, de Sandra Wemeck. Hoje, ás18h30, no Centro Cultural Banco do Brasil. Rua1o de Março, 66. Após a sessão haverá debatescom a realizadora.

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r

Documentário sobre a vida dos meninos e dasmeninas que vivem nas ruas das principais cida-des brasileiras. Baseado no livro de Gilberto Di-menstein. Produção de 1991.

I CONTINUAÇÃOVIRADO PRA LUA (29th Street), de GeorgeGallo. Com Danny Aiello, Antony LaPaglia, LainieKazan e Frank Pesce. Star-Copacabana (Rua Ba-rata Ribeiro, 502/C — 256-4588): de 2* a 6", ás16h30, 18h10, 19h50. 21h30. Sáb. e dom., ás17h, 18h40, 20h20, 22h. (10 anos).Comédia e drama na história de um pai Italo-anie-ricano que se ressente da boa sorte do filho que,entre tantas outras coisas, ganha um prêmio deloteria milionário. EUA/1990.BEETHOVEN — O MAGNÍFICO (Beethoven),de Brian Levant. Com Charles Grodin, BonnieHunt, Dean Jopes e Nicholle Tom. Metro Boavis-ta (Rua do Passeio, 62 — 240-1291): 14h,15h40, 17h20, 19h, 20h40. Condor Copacabana(Rua Figueiredo Magalhães, 286 — 255-2610),Largo do Machado 1 (Largo do Machado, 29 —205-6842), Leblon-2 (Rua Ataulfo de Paiva, 391239-5048): 14h50. 16h30, 18h10, 19h50,21 h30. 4a feira não será exibida a última sessãono Leblon-2. Barra-1 (Av. das Américas, 4.666 —325-6487), Tijuca-2 (Rua Conde de Bonfim, 422264-5246), Madureira-3 (Rua João Vicente,15 — 593-2146), Ilha P/aza 1 (Av. Maestro Pauloe Silva, 400/158), Center (Rua Coronel MoreiraCésar, 265 — 711-6909): 14h20, 16h, 17h40,19h20, 21 h. (Livre).Filhote de São Bernardo escapa de uma tentativade seqüestro e é adotado por uma família, mas ocaos se instala na casa quando ele começa acrescer. EUA/1992.

CHANTECLER — O REI DO ROCK (Rock-a-doodle), desenho animado de Don Bluth. Dubla-do em português. Star-Copacabana (Rua BarataRibeiro, 502/C — 256-4588): de 2» a 6», às 15h.Sáb. e dom., às 14h, 15h30. (Livre).O galo de uma fazenda entra em crise, quandodescobre que o sol nasce mesmo que ele nãocante, e foge para a cidade, onde ganha a vidaimitando Elvis Presley. EUA/1991.A AMANTE DO REI (The king's whore), de AxelCorti. Com Timothy Dalton, Valeria Golino e Ste-phane Freiss. Art-Fashion Maii 1 (Estrada daGávea, 899 — 322-1258): 16h30,18h20, 20h10,22h. Estação Paissandu (Rua Senador Vergueiro,35 — 265-4653): 15h20, 17h, 18h40, 20h20,22h. (12 anos).No final do século XVIII, jovem casa-se com umconde e, enquanto o marido viaja em missõesdiplomáticas, o rei faz de tudo para conquistar seuamor. ltália/França/1990.

PERIGOSAMENTE HARLEM (A rage in Har-lem), de Bill Duke. Com Gregory Hines, ForestWhitaker, Robin Givens e Danny Glover. EstaçãoMuseu da República (Rua do Catete, 153 —245-5477): 20h. Até quarta. (10 anos).Mulher foge do Mississippi com um baú cheio deouro e esconde-se no Harlem, onde conhece doisirmãos — um careta e outro esperto — que aajudam a se defender da gangue interessada noouro. Baseado no livro de Chester Himes. EUA/1991.

BATMAN — O RETORNO (Batman returns), deTim Burton. Com Michael Keaton. Michelle Pfeif-fer, Danny DeVito e Christopher Walken. Roxy-1(Av. Copacabana, 945 — 236-6245), São Luiz 1

PERTO DE VOCE

SHOPPINGSART-CASASHOPPING 1 (222 lugares) — To-mates verdes fritos: 16h10,18h35, 21 h. (Livre).

ART-CASASHOPPING 2 (667 lugares) — ins-tinto selvagem: 16h, 18h30, 21 h. (18 anos).

ART-CASASHOPPING 3 (470 lugares) — Ho-ras de desespero: 16h50, 18h50, 20h50. (12anos).

ART-FASHION MALL 1 (164 lugares) — Aamante do rei: 16h30, 18h20, 20h10, 22h. (12anos).

ART-FASHION MALL 2 (356 lugares) — instin-to selvagem: de 2a a 6a, às 16h50, 19h20, 21 h50.Sáb. e dom., a partir das 14h20. (18 anos).

ART-FASHION MALL 3 (325 lugares) — Horasde desespero: 16h, 18h, 20h, 22h. (12 anos).

ART-FASHION MALL 4 (325 lugares) — Toma-tes verdes fritos: de 2a a 6a, às 17h, 19h25,21 h50. Sáb. e dom., a partir das 14h35. (Livre).

BARRA-1 (258 lugares) — Beethoven — O mag-nifico: 14h20,16h, 17h40. 19h20, 21h. (Livre).

BARRA-2 (264 lugares) — A Bela e a Fera:13h10. 14h50, 16h30, 18h10, 19h50, 21h30.(Livre).

BARRA-3 (4>5 lugares) — Batman — O retorno:14h10, 16h30, 18h50, 21h10. (Livre).NORTE SHOPPING 1 (240 lugares) — Batman— O retorno: 14h, 16h20, 18h40, 21 h. (Livre).NORTE SHOPPING 2 (240 lugares) —A Bela ea Fera: 13h10, 14h50. 16h30, 18h10, 19h50,

21 h30. (Livre).RIO-SUL (450 lugares) —A Bela e a Fera: 14h50.16h30, 18h10, 19h50. 21h30. (Livro).

1 COPACABANA I BOTAFOGO

NOVO JÓIA — Boom boom — Quando o cora•ção dispara: 15h, 17h. (Livre). Entre amigos: 19h,21h. (12 anos).

RICAMAR — A viagem do Capitão Tornado:14h20,16h40,19h05, 21h30. (Livre).

ROXY 1 (400 lugares) — Batman — O retorno:14h30,16h50,19h10, 21h30. (Livre).

ROXY 2 (400 lugares) — A Bela e a Fera: 14h50,16h30,18h10,19h50, 21h30. (Livre).

ROXY 3 (400 lugares) — Neblina e sombras:14h50.16h30,18h10, 19h50. 21 h30. (14 anos).

STAR-COPACABANA — Chantecler— O rei dorock: de 2a a 6a, às 15h. Sáb. e dom., às 14h,15h30. (Livre). Virado pra lua: de 2a a 6a, às16h30, 18h10, 19h50, 21h30. Sáb. e dom., ás17h, 18h40. 20h20, 22h. (10anos).STUDIO COPACABANA (402 lugares) — Vol¦tar a morrer: 15h30, 17h30, 19h30, 21h30. (12anos).

IIPANEMA/LEBLONCÂNDIDO MENDES (99 lugares) —Peter Pan:14h30. (Livre). A viagem do Capitão Tornado:16h15,18h45, 21 h15. (Livre).

LAGOA DRIVE-IN — O engano: 20h, 22h. (12anos).LEBLON-1 (692 lugares) — Batman — O retorno:14h30,16h50, 19h10, 21h30. (Livre).LEBLON-2 (300 lugares) — Beethoven — Omagnífico-. 14h50, 16h30, 18h10, 19h50. 21h30.4a feira não será exibida a última sessão. (Livre).STAR-IPANEMA (409 lugares) — Instinto sei-vagem: 15h, 17h20.19h40, 22h. (18 anos).

ART-COPACABANA (1.600 lugares) —Instin-to selvagem: 14h30, 17h, 19h30, 22h. (18 anos).

CONDOR COPACABANA (1.036 lugares) —Beethoven — O magnífico: 14h50, 16h30.181)10. 1 9h50. 21 h30. (Livre).

COPACABANA (714 lugares) — Horas de de-sespero: 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. (12 anos).ESTAÇÃO CINEMA-1 (435 lugares) —As por-tas da justiça: 16h, 18h. 20h, 22h. (12 anos).

CLÁSSICOS em FMTodos os dias das 8 à meia noite

ORQUESTRA FILARMÔNICA

BOTAFOGO — Sexo como só elas sabem eZona do prazer: 14h30, 17h15, 20h. (18 anos).

ESTAÇÃO BOTAFOGO/SALA 1 (304 lugares)A viagem do Capitão Tornado: 16h30, 19h,21 h30. (Livre).

ESTAÇÃO BOTAFOGO/SALA 2 — Oito e meio:21 h.

ESTAÇÃO BOTAFOGO/SALA 3 (86 lugares)Veneno: 15h20. 17h. 18h40, 20h20, 22h. (14anos).

Neblina e sombras é o último filme de Woody Allen (E)

(Rua do Catete, 307 — 285-2296), Úpera-1(Praia de Botafogo, 340 — 552-4946). Leblon-1(Av. Ataulfo de Paiva, 391 — 239-5048): 14h30,16h50, 19h10, 21h30. Barra-3 (Av. das Améri-cas, 4.666 — 325-6487): 14h10, 16h30. 18h50,21h10. Carioca (Rua Conde de Bonfim, 338 —228-8178), Madureira-2 (Rua Dagmarda Fonse-ca, 54 — 450-1338), Ilha Plaza 2 (Av. MaestroPaulo e Silva, 400/158), Norte-Shopping 1 (Av.Suburbana, 5.474 — 592-9430), Olaria (RuaUranos, 1.474 — 230-2666), Art-Méier (Rua Sil-va Rabelo, 20 — 249-4544), Niterói (Rua Vis-conde do Rio Branco, 375 — 719-9322), CampoGrande (Rua Campo Grande, 880 — 394-4452):14h, 16h20, 18h40, 21 h. Odeon (Praça MahatmaGandhi, 2 — 220-3835): 13h30, 15h50, 18h10j20h30. (Livre).A Mulher-Gato e o Pingüim juntam suas forçaspara controlar a cidade de Gotham City e paraisso precisam enfrentar Batman. EUA/1992.

BOOM BOOM — QUANDO O CORAÇÃODISPARA (Boom boom), de Rosa Vergés. ComViktor Lazlo, Sergi Meteu e Angels Gonyalons.Novo Jóia (Av. Copacabana. 680): 15h, 17h.(Livre).Um homem e uma mulher, ambos sofrendo dedesilusões amorosas, apaixonam-se mas preferemfugir um do outro sem saber que moram nomesmo prédio. Espanha/França/1990.

A BELA E A FERA (Beauty and the beast).desenho animado de Gary Trousdale e Kirk Wise.Produção dos Estúdios Walt Disney, Roxy-2 (Av.Copacabana, 945 —¦ 236-6245), Rio-Sul (RuaMarquês de São Vicente, 52 — 274-4532):14h50.16h30, 18h10, 19h50. 21h30. São Luiz 2(Rua do Catete, 307 — 285-2296): de 2» a 6a, ás14h50. 16h30, 18h10, 19h50, 21h30. Sáb. edom., a partir das 13h10. Barra-2 (Av. das Améri-cas, 4.666 — 325-6487), Norte Shopping 2 (Av.Suburbana, 5.474 — 592-9430), Madureira-1(Rua Dagmar da Fonseca, 54 — 450-1338):

13h10, 14h50, 16h30, 18h10, 19h50, 21h30.América (Rua Conde de Bonfim, 334 — 264-4246), Central (Rua Visconde do Rio Branco,455 — 717-0367): 14h20. 16h, 17h40, 19h20,21 h. Palácio-2 (Rua do Passeio, 40 — 240-6541): 13h10, 14h50,16h30. (Livre).Em troca da liberdade do pai, bela jovem aceitaficar prisioneira do assustador dono de um caste-Io, na verdade um príncipe encantado, que só overdadeiro amor poderia salvar. Oscar de melhorcanção original e trilha original. EUA/1991.

FILHOS DA GUERRA (Europa. Europa), de Ag-nieszka Holland. Com Marco Hofschneider, JulieDelpy, Delphine Forest e André Wilms. Veneza(Av. Pasteur, 184 — 295-8349): de 2» a 6", às16h, 18h, 20h, 22h. Sáb. e dom., a partir das 14h.Palácio-2 (Rua do Passeio, 40 — 240-6541):18h30, 20h30. 5a feira não será exibida a últimasessão. (12 anos).Adolescente judeu, durante a 2a Guerra, se fazpassar por alemão para sobreviver à perseguiçãonazista. Baseado em fatos reais. França/Alema-nha/1990.

ENTRE AMIGOS (Queen's logic). de SteveRash. Com John Malkovich, Joe Mantegna, Ke-vin Bacon e Jamie Lee Curtis. Novo Jóia (Av.Copacabana, 680): 19h, 21 h. (12 anos).Comédia dramática sobre quatro amigos que sereencontram para o casamento de um deles, ge-rando uma série de conflitos e revivendo antigosfantasmas. EUA/lnglaterra/1990.

INSTINTO SELVAGEM (Basic instinet), de PaulVerhoeven. Com Michael Douglas, Sharon Stone,George Dzundza e Jeanne Tripplehorn. Art-Co-pacabana (Av. Copacabana, 759 — 235-4895):14h30,17h, 19h30, 22h. Art-Fashion Mall2 (Es-trada da Gávea, 899 — 322-1258): de 2» a 6», às16h50, 19h20, 21h50. Sáb. e dom., a partir das14h20. Star-lpanema (Rua Visconde de Pirajá,371 — 521-4690): 15h, 17h20, 19h40, 22h.Art-Casashopping 2 (Av. Alvorada, Via 11, 2.150

— 325-0746), Art-Madureira 1 (Shopping Cen-ter de Madureira — 390-1827): 16h, 18h30, 21h.Art-Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 406 — 254-9578): de 2" a 6", às 16h30, 19h, 21h30. Sáb. edom., a partir das 14h. Windsor (Rua CoronelMoreira César. 26 — 717-6289 — Niterói), Nite-rói Shopping 2 (Rua da Conceição, 188/324 —717-9655): 14h. 16h20,18h40. 21 h. Pathé (Pra-ça Floriano, 45 — 220-3135): de 2* a 6", ás 12h,14h15, 16h30, 18h45, 21 h. Sáb. e dom., a partirdas 14h15. Paratodos (Rua Arquias Cordeiro,350 — 281-3628): 14h15, 16h30, 18h45, 21 h.(18 anos).Detetive da policia investiga o assassinato de umex-astro de rock e tem um caso com uma dassuspeitas, uma mulher bissexual que o envolvenuma trama psicológica e sensual. EUA/1992.

NEBLINA E SOMBRAS (Shadows and fog), deWoody Allen. Com Woody Allen, Kathy Bates,John Cusack e Mia Farrow. Roxy-3 (Av. Copaca-bana, 945-236-6245): 14h50. 16h30. 18h10,19h50, 21 h30. (14 anos).Várias histórias acontecem durante uma mesmanoite, cheia de neblina, ao mesmo tempo em queum misterioso estrangulador assassina suas víti-mas escondido nas sombras. EUA/1992.

A VIAGEM DO CAPITÃO TORNADO (II viag-gio di Capitan Fracassa), de Ettore Scola. ComOrnella Mutti, Massimo Troisi, Vincent Perez eEmanuelle Béart. Cândido Mendes (Rua JoanaAngélica, 63 — 267-7295): 16h15, 18h45,21 hl 5. Estação Botafogo/Sala 1 (Rua Voluntá-rios da Pátria, 88 — 537-1112): 16h30, 19h.21h30. Ricamar (Av. Copacabana, 360 — 237-9932): 14h20, 16h40. 19h05, 21h30. Tijuca-Pa-lace 1 (Rua Conde de Bonfim, 214 — 228-4610):19h, 21h20. (Livre).O herdeiro de uma família nobre e falida abando-na o castelo de seus ancestrais para acompanharum grupo de atores itinerantes a caminho da cortedo rei, em Paris. Quinta versão cinematográficado romance de Théophile Gautier. Itália/França/1990.

VOLTAR A MORRER (Deadagain), de KennethBranagh. Com Kenneth Branagh, Andy Garcia,Emma Thompson, Derek Jacobi e Hanna Schy-gulla. Studio-Copacabana (Rua Raul Pompéia,102 — 247-8900): 15h30,17h30,19h30, 21 h30.(12 anos).Detetive particular é contratado para investigar aidentidade de mulher desmemoriada e, através dahipnose, descobre que ela vivera uma outra vida efora assassinada há 40 anos atrás. EUA/1991.

TOMATES VERÕES FRITOS (Fried green to-matoes), de Jon Avnet. Com Mary Stuart Master-son, Mary Louise Parker, Kathy Bates e JessicaTandy. Art-Fashion Mall 4 (Estrada da Gávea,899 — 322-1258): de 2» a 6», ás 17h. 19h25,21h50. Sáb. e dom., a partir das 14h35. Art-Ca•sashopping 1 (Av. Alvorada, Via 11, 2.150 —325-0746): 16h10, 18h35. 21 h. Largo do Ma-chado 2 (Largo do Machado, 29 — 205-6842):14h, 16h20, 18h40, 21 h. Club Cinema-1 (RuaCoronel Moreira César, 211/153 — 714-3227 —Niterói): 14h30, 16h60, 19h10, 21h30. Bruni-Ti-

jucá (Rua Conde de Bonfim, 370 — 254-8975):14h30, 16h40, 18h50, 21 h. Art-Madureira 2(Shopping Center de Madureira — 390-1827):16h20,18h45, 21h10. (Livre).Quatro mulheres têm suas vidas entrelaçadas, nu-ma história que envolve o passado, o presente emuitas situações marcantes. EUA/1991.

I REAPRESENTAÇÁOEDUARDO II (EdwardII), de Derek Jarman. ComSteve Waddington, Andrew Tiernan, Nigel Terry eTilda Swinton. Arte-UFF (Rua Miguel de Frias. 9— 717-8080 — Niterói): 16h50, 19h50. (14anos).

O rei da Inglaterra, Eduardo II, assume o trono etraz do exílio um plebeu a quem cobre de títulos epropriedades, renegando a esposa e atraindo a irados nobres e do clero. Baseado na peça de Chris-topher Marlowe. Inglaterra/1991.

O ENGANO (Deceived), de Damien Harris. ComGoldie Hawn, John Heard, Ashley Peldom e MaryKene. Lagoa Drive-ln (Av. Borges de Medeiros.1.426 — 274-7999): 20h, 22h. (12 anos).

Mulher descobre uma série de mistérios a respeitodo marido, depois que ele morre num acidente, e'..essas descobertas ameaçam sua própria vida. —EUA/1991.

MISSISSIPI MASALA (Mississipi Masala). de. Mira Nair. Com Denzel Washington. SaritaChoubhury e Joe Seneca. Estação Museu daRepública (Rua do Catete. 153 — 245-5477):16h. Até amanhã. (12 anos).Família indiana é expulsa de Uganda e imigra paraos Estados Unidos, mas quando a filha apaixona-se por um americano negro recomeçam as ten-soes raciais do passado. EUA/lndia/1991.ROMUALD E JULIETTE (Romuald et Juliette).de Coline Serreau. Com Daniel Auteuil, FirmineRichard e Pierre Vernier. Estação Museu da Re-pública (Rua do Catete. 153 — 245-5477): 18hAté amanhã. (10 anos).

0 feliz encontro, apesar das diferenças, entre opresidente de uma grande empresa e uma mulhermais velha, negra, faxineira e mãe de cinco filhos.França/1988.

PETER PAN (Peter Pan). desenho animado deHamilton Luske e Clyde Geronimi. Produção dosEstúdios Walt Disney. Cândido Mendes (RuaJoana Angélica, 63 — 267-7295): 14h30. Tiju-ca-Palace 1 (Rua Conde de Bonfim, 214 — 228-4610): 14h30, 16h, 17h30. Studio-Catete (Ruado Catete, 228 — 205-7194): 14h40. 16h. (Li-vre).Três crianças embarcam numa série de aventurasjunto com o menino Peter Pan, que vive na Terrado Nunca e se recusa a crescer. Baseado nahistória de Sir James Barrie. EUA/1953.AS IDADES DE LULU (Las edades de Lu/u), deBigas Luna. Com Francesca Neri, Oscar Ladoire,Maria Barrando e Fernando Guillen Cuervo. Nite-rói Shopping 1 (Rua da Conceição, 188/324 —717-9655): 14h30, 16h10, 17h50, 19h30,21 h10. (18 anos).

Jovem estudante ama secretamente o amigo deseu irmão e, submissa, aceita toda e qualquerforma de aberração sexual para satisfazer esseamor. Espanha/1991.O GRANDE KICKBOXER AMERICANO — AANIQUILAÇAO DOS NINJAS (American ninja4). de Cedric Sundstrom. Com Michael Dudikoff,David Bradley e James Booth. Star São Gonçalo

(Rua Dr. Nilo Peçanha. 56/70 — 713-4048)15h, 17h, 19h, 21 h. (12 anos).Tropas americanas da Força Delta são capturadasem uma floresta africana e para resgatá-las éconvocado um ex-agente aposentado da CIA.que leciona numa escola rural. EUA/1991.

REX — Penetrações bem sucedidas e Desejo demexer: de 2a a 6a. às 13h, 16h05, 19h05. Sáb. edom., ás 14h30,17h35,19h10. (18anos).

VITORIA — P... as gotas do amor: de 2a a 6a, às13h30, 15h10, 16h50, 18h30, 20h10. Sáb. edom., a partir das 15h10. (18 anos).

ILHA PLAZA 2 — Batman — O retorno: 14h,16h20, 18h40, 21 h. (Livre).

I TIJUCA

O lilme Filhos da guerra retornou às telas da cidade

AMÉRICA (1.036 lugares) — A Bela e a Fera:14h20,16h. 17h40,19h20. 21 h. (Livre).ART-TIJUCA (1.475 lugares) — Instinto selva-gem: de 2» a 6», ás 16h30, 19h, 21h30. Sáb. edom., a partir das 14h. (18 anos).

BRUNI-TIJUCA — Tomates verdes fritos: 14h30,16h40,18h50, 21 h. (Livre).CARIOCA (1.119 lugares) — Batman — O retor-no-, 14h, 16h20.18h40, 21h. (Livre).TIJUCA-1 (464 lugares) — Horas de desespero:13h30,15h30,17h30,19h30, 21 h30. (12 anos).TIJUCA-2 — Beethoven — O magnífico: 14h20,16h, 17h40,19h20, 21 h. (Livre).TIJUCA-PALACE 1 (464 lugares) — Peter Pan:14h30, 16h, 17h30. (Livre). A viagem do CapitãoTornado-, 19h, 21h20. (Livre).

¦ madureira

JACAREPAGUÁART-MADUREIRA 1 —Instinto selvagem: 16h,18h30, 21 h. (18 anos).

ART-MADUREIRA 2 — Tomates verdes fritos.16h20.18h45, 21h10. (Livre).MADUREIRA-1 — A Bela e a Fera: 13h10.14h50,16h30, 18h10, 19h50. 21h30. (Livre).MADUREIRA-2 — Batman — O retorno: 14h,16h20, 18h40, 21 h. (Livre).MADUREIRA-3 — Beethoven — O magnífico:14h20,16h, 17h40,19h20. 21 h. (Livre).

¦ CAMPO GRANDECAMPO GRANDE — Batman14h, 16h20, 18h40, 21 h. (Livre).

0 retorno:

ÔPERA-1 — Batman — O retorno: 14h30, 16h50.19h10, 21h30. (Livre).

VENEZA — Filhos da guerra: de 2a a 6a, às 16h,18h, 20h, 22h. Sáb. e dom., a partir das 14h. (12anos).

2-' a 6", ás 14h50, 16h30, 18h10. 19h50, 21 h30.Sáb. e dom., a partir das 13h10. (Livre).STUDIO-CATETE — Peter Pan: 14h40. 16h. (Li-vre). Executor implacável: 17h40, 19h20, 21 h.

(14 anos).

I MÉIERI NITERÓI

O re-

I CATETE/FLAMENGO ¦ CENTROESTAÇÃO MUSEU DA REPUBLICA — Mis-sissippi Massala: 16h. (12 anos). Romuald e Ju-tiette: 18h. (10 anos). Perigosamente Harlem:20h. (10 anos).

ESTAÇÃO PAISSANDU (450 lugares) — Aamante do rei-, 15h20. 17h, 18h40, 20h20, 22h.(12 anos).

LARGO DO MACHADO 1 (835 lugares) —Beethoven — O magnífico: 14M50, 16h30.18h10,19h50, 21 h30. (Livre)

LARGO DO MACHADO 2 (500 lugares) —Tomates verdes fritos: 14h, 16h20, 18h40. 21 h(Livre).

SÃO LUIZ 1 (463 lugares) — Batman — O retor-no: 14h30, 16h50, 19h10.21h30. (Livre).SÃO LUIZ 2 (500 lugares) — A Bela e a Fera: de

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL —Ver a programação em Extra.METRO BOAVISTA (952 lugares) - Beethoven— O magnífico: 14h. 15h40, 17h20. 19h, 20h40.(Livre).ODEON (900 lugares) — Batman — O retorno-13h30, 1 5h50, 18h10, 20h30. (Livre).PALÁCIO-1 (974 lugares) — Horas de desespero:13h30,15h30, 17h30,19h30, 21 h30. 5" feira nãoserá exibida a última sessão. (12 anos).PALÁCIO-2 (278 lugares) — A Bela e a Fera:13h10, 14h50, 16h30. (Livre). Filhos da guerra:18h30. 20h30. 5-' feira não será exibida a últimasessão. (12 anos).PATHÊ — Instinto selvagem: de 2-> a 6J, ás 12h.14h15, 16h30, 18h45, 21 h. Sáb. e dom., a partirdas 14h15. (18 anos).

ART-MÉIER (845 lugares) — Batmantorno: 14h, 16h20,18h40. 21h. (Livre).

BRUNI-MÉIER — Coisas eróticas 2: 15h10,17h30, 19h50. (18 anos). Diário intimo de umaninfomaníacaA6h20, 18h40, 21 h. (18 anos).

PARATODOS — Instinto selvagem: 14h15,16h30.18h45, 21 h. (18 anos).

¦ olariaOLARIA — Batman18h40, 21 h. (Livre).

O retorno: 14h, 16h20.

ARTE-UFF — Diálogos angelicais: 18h30,21h30. (14 anos). Eduardo II: 16h50.19h50. (14anos).CENTER — Beethoven — O magnífico: 14h20,16h, 17h40,19h20, 21 h. (Livre).CENTRAL — A Bela e a Fera: 14h20,16h, 17h40,19h20, 21 h. (Livre).CLUB CINEMA-1 — Tomates verdes fritos:14h30,16h50,19h10, 21h30. (Livre).ICARAl — Horas de desespero: 15h, 17h, 19h,21 h. (12 anos).NITERÓI — Batman — O retorno: 14h, 16h2018h40, 21 h. (Livre).NITERÓI SHOPPING 1 — idades de Lulu:14h30, 16h10,17h50, 19h30, 21h10. (18 anos).NITERÓI SHOPPING 2 — Instinto selvagem:14h, 16h20.18h40, 21 h. (18 anos)WINDSOR — Instinto selvagem: 14h, 16h20.18h40, 21 h. (18 anos). -¦»

¦ ilha DO _

GOVERNADOR ¦ SÁO GONÇALO

ILHA PLAZA 1 — Beethoven — O magnífico:14h20, 16h, 17h40, 19h20, 21h. (Livre).

STAR-SÃO GONÇALO — O grande kickboxeramericano — A aniquilação dos nin/as: 15h. 17h19h, 21 h. (12 anos).

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Durante todo o mês de julho.Clássicos em FM homenageia aOrquestra Filarmônica de Viena.

RÁDIO JB

FM 99,7 STEREO

JORNAL DO BRASIL

>f=CLÁSSICO

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RADIOJORNAL DO BRASIL

I FM ESTÉREO 99,7 MHzFM ESTÉREO 99,7MHz

Noticiário — De hora em hora.1» classe —As 6h.Informe JB — As 7h50,11 h50,17h50 e 24h.Jô Soares jam session — As 18h.20 horas - Reprodução digitaI (CDs e DATs):Missa Solemnis. em Ré maior, para quatro solis-tas. coro. órgão e orquestra, op. 123, de Beetho-ven (Eipperle. Willer, Patzak. Hann, Fll. Viena.Clemens Krausser - Grav. 1940 -ADD - 54:14 e34:13): Pavana n° 4 e Fantasia n° 16, de Luis deMilan (Bream - AAD - 4:50); Suite para vio/on-ceio e orquestra, op. 16. de Saint-Saens (Walevs-ka, ON Monte Cario, Inbal - AAD - 17:34); SuiteBrasileira n° 1, de Lorenzo Fernandez (Proença -DDD - 5:54): Suite Lírica, op. 54, de Grieg (OCInglesa. Leppard - AAD - 16:40): Trio n° 23, emré menor, para piano, violino e violoncelo, deHaydn (Beaux Arts - AAD - 19:40): Variaçõessobre um tema de Frank Bridge. op. 10. de Benja-min Britlen (Sinfonietta Boumemouth. Thomas -ADD - 25:33); 4 Estudos de Execução Transcen-dente Mazeppa. Feux toliets, Vision e Eroica, deLiszt (Arrau - ADD - 22:48); Concertos em Lámaior e em lá menor. op. 3 (L Estro Armonico)n°s5e6. de Vivaldi (Musici - DDD ¦ 15:50).

Mestres da música — As 24h.

BHTne

terça-leira. 28 7/92 o

Divulgação

SHOWGRANDE GALA DA MÚSICA POPULARPORTUGUESA — Com Maria Alcina. AntônioCampos, Saluquia Rentine e outros. Participaçãoespecial dos grupos Típicos da Beira e FolclóricoJoão Ramalho. 3a. às 21 h. Canecão, Av. Vences-lau Braz, 215 (295-3044). CrS 35.000 (mesacentral). Cr$ 25.000 (mesa lateral) e CrS 20.000(arquibancada).

RAFAEL RABELLO/TODOS OS TONS — 3a.às 18h45. Teatro Gonzaguinha, do Centro deArtes Calouste Gulbenkian. Rua Benedito Hipóli-to, 125 (232-1087). Entrada franca.

CLARA SANDRONI/PAO DOCE — De 3» a 6",ás 18h30. Sala Sidney Miller, Rua Araújo PortoAlegre, 80 (297-6116). Cr$ 5.000. Até 31 dejulho.

I HUMORCOSTINHA/FALANDO DE FRENTE — Direçàode Campana. 3' e 4», às 21 h: 5«, ás 18h30. TeatroBarrashoping, Av. das Américas, 4.666 (325-5844). CrS 15.000.

I POESIAO MODERNISMO DEU BANDEIRA — Peomase crônicas de Manuel Bandeira. Direção de Zébe-to Fernandes. Com Adriana Boccalon, Érica Cola-res e Rodolfo Brandão. 3"s e 4"s, ás 23h. Querei-le, Rua Paulino Fernandes, 13 (266-0465).Entrada franca.

Clara Sandroni mostra sua voz na Sala Sidney Miller

No Jazzmania, a musica dosaxofonista Mauro Senise

¦ BARMAURO SENISE — 3a. às 22h30. Jazzmania,Av. Rainha Elizabeth, 769 (227-2447). Couvert a

CrS 8.000 e consumação a CrS 6.000. Até 28 dejulho.PAULINHO MOSKA — 3°s, ás 22h. Torre deBabel. Rua Visconde de Pirajá, 128 (267-9136).Couvert e consumação a Cr$ 8.000. Até 4 deagosto.IDRISS BOUDRIOUA — Jam session. 3as, às22h. Gula Bar. Av. Delfim Moreira, 630 (259-5212). Couvert a CrS 10.000 e consumação a CrS5.000.

Divulgação/ Jean Guimarães

SÉRGIO COELHO — 3a, às 21 h. Lugar ComumArte e Cultura. Rua Álvaro Ramos. 408 (541-4344). Couvert e consumação a CrS 5.000.WANDERLEY COSTA E MARIA ALICE — 3»,às 22h30. Vinícius. Rua Vinícius de Morais, 39(267-5757). Couvert a CrS 8.000.

GRUPO ÉBANO — De 3» a 6'. às 18h. ClubeComercial do Rio. Rua da Candelária, 9/13 (237-1156). Couvert a CrS 10.000.

CONCERTOS SUL AMÉRICA/ORQUESTRASINFÔNICA BRASILEIRA — Regência deIsaac (Karabtchevsky. Solista: Antônio Menezes(violoncelo). No programa obras de Rossini,Saint-Saens, Dvorak. 3", às 21 h. Teatro Munici-pai. Praça Floriano, s/n" (297-4411 r.121). CrS25.000 (platéia): CrS 22.000 (balcão nobre). Cr$17.000 (balcão simples) e CrS 13.000 (galeria).

MARCELO DE ALVARENGA E ZAIDA VA-LENTIM — Recital dos pianistas. No programaobras de Brahms, Poulenc, Villa-Lobos. 3a, às19h30. Auditório Guiomar Novaes, Largo da La-pa, 47 (297-4411 r.1210). CrS 15.000.

DUO ÈLEANA TKATCHENKO/MARlLIA CA-PUTO — Recital de violoncelo e piano. No pro-grama obras de Beethoven, Brahms, Tchaikovsky.3a, às 21 h. Teatro do Ibam, Largo do Ibam, 1(266-6622). Entrada franca.

2° ENCONTRO UFF DE MÜSICA ANTIGA —Concerto dos professores franceses. 3", às 21 h.Teatro da.UFF, Rua Miguel de Frias, 9 (717-8080r.441). CrS 5.000.

MARILUZA DE QUEIROZ — Recital da cantora.Acompanhamento do pianista Marcos Leite. 3o,às 12h. Escola de Música da UFRJ. Rua dóPasseio, 98. Entrada franca.SONARE A TRE — Apresentação do grupo. Noprograma música barroca. 3», às 18h30. ColégioN. Sra. Assunção. Rua Gal. Rondon. 842. São'Francisco — Niterói. Entrada franca.CONCERTO LÍRICO — Com Ernani Camargo,Paulo Barbará e outros. 3a. às 19h. Salão Nobredo Autómovel Clube do Brasil. Rua do Passeio.90. Entrada franca.

TEATROFOLIAS DO CORAÇÃO — De Geraldo Carneiro.Direção de Clarice Niskier. Com atores da Facul-dade da Cidade. Teatro da Cidade, Av. EpitácioPessoa. 1.664 (247-3292). 2» e 3». ás 20h. CrS7.000.LADIES COM Z — Texto e direção de MarceloSaback. Com Eduardo Martini, Guilherme Piva eKiko Mascarenhas. Teatro Ipanema, Rua Prudentede Moraes, 824 (247-9794). 2" e 3', ás 21h30CrS 10.000.RAPIDINHAS DE AMOR — Textos de BernardoJablonski, Regina Fontenelle, Paulo Hamilton.Liliana Neves e Ronald Fucs. Direção de ToninhoLopes. Com Adriana Schneider, AlessandroMoussa e outros. Teatro do Posto 6, Rua Francis-CO Sá. 51 (287-7496). 3» e 4", ás 21h30. CrS7.000. Promoção: sorteio de uma suite no MotelScort durante o espetáculo.RECICLA-TE OU TE DEVORO — De ReginaAntonioni. Direção de Renato Castelo. Com Cy-rano Rosalen, Deborah Catalani e outros. Empó-rio. Rua Maria Quitérie, 37. Dom. e 3", às 21 h30Cr$ 7.000.CAPITÃES DE AREIA — De Jorge Amado.Adaptação e direção de Roberto Bomtempo. ComJonas Torres, André Gonçalves e outros. TeatroVannucci. Rua Marquês de São Vicente, 52/3°'(274-7246). 2» e 3», às 21 h; 4» e 6», às 17h. CrS15.000 e CrS 10.000 (classe). Promoção: às 2's,quem levar agasalhos ou 1 kg de alimento não

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A peça Depois dos 30 estáem cena no Picadilly Pub

perecível para doar. paga metade do ingresso.Ingressos a domicilio pelo tel. 222-6956.SANTA JOANA D'ARC — De Bernard Shaw.Direção de Eduardo Loyola. Com Rachel Mayer,Regi Mahias e outros. Teatro Glaucio G/7, PraçaGeneral Arcoverde, s/n° (237-7003). 2-' e 3a, às21 h. Entrada franca. O espetáculo começa rigoro-samente no horário. Não será permitida a entradaapós o seu início. Último dia.ESPERANDO GODOFREDO/15 ANOS DE-POIS — De Bráulio Tavares. Direção de LuizArmando Queiroz. Com Yeda Dantas, Carlos Ar-ruda e Silvio Pozzato. Teatro Cândido Mendes.Rua Joana Angélica, 63 (267;7295). Dom., às21 h30; 2" e 3", ás 21 h. CrS 10.000 e CrS 8.000(classe).

O TIRO QUE MUDOU A HISTORIA De CarlosEduardo Novaes e Aderbal Freire-Filho. Direçãode Aderbal Freire-Filho. Com Cláudio Marzo, Do-mingos de Oliveira e atores do Centro de Demoli-ção do Espetáculo. Museu da República, Rua doCatete, 153 (225-4302). De 2» a 4». às 19h e21 h. CrS 30.000. Ingressos a domicilio pelo tel.222-6956.

MARQUISES — Criação coletiva. Direção de Ro-sane Goffman. Com Daniela Faria, Eduardo Pratae outros. Teatro fíioArte Tijuca. Rua Desembarga-dor Isidro, 10 (238-7390). 3J e 4a, às 20h. CrS6.000. Até amanhã.DEPOIS DOS TRINTA — De Anthenor Nicolau.Direção de Reinaldo SanfAna. Com Magali West,Jadir Orleans e outros. Picadilly Pub. Av. Gal SaríMartin, 1.241 (259-7605). 2' e 3-, ás 22h. Cou-vert e consumação a CrS 6.000. Até amanhã.

EXPOSIÇÃO

VÍDEOCENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL —As 12h30: Carnaval dos animais e Suites arlesia-nas. As 14h, 18h30: Opera laser: Tristão e Isolda.de Wagner (com legendas em inglês). Hoje. nóCCBB, Rua 1o de Março, 66. Entrada franca comdistribuição de senhas 30 minutos antes da ses-são.SEMANA MOZART — Exibição de Idomeneo,com Luciano Pavarotti e lleana Cotrubas. Hoje. ás18h30, no Auditório Mutilo Miranda. Av. RioBranco, 179/8° andar. Entrada franca.VlDEO-BALÊ — Exibição de American BalletTheatre em San Francisco. Hoje, às 15h, no Cen-tro Cultural Giacomo Puccini. Rua Siqueira Cam-pos, 43/709.VlDEO-ÔPERA — Exibição de Manon. com Sillse Ramey. Hoje, às 15h, 18h, no Espaço CulturalMaria Callas. Rua do Catete, 311/1.107. Entradafranca.DOCUMENTÁRIO: VOCÊ AINDA VAI VERUM — Exibição do Egito: em busca da eternida-de. De 3" a 6", ás 16h. na Sala de Video VeraCruz. Rua Engenheiro Trindade, 229 — CampoGrande. Entrada franca.

2^DANÇA

RIOARTE CONTEMPORÂNEA - Apresenta-çao das coreografias Janelas, de Roberto Ander-son; Estudo n" 32. de Rubens Barbot e Geórgia,insònia, bè bados. de Regina Sauer. 2a e 3a. às21h30. Espaço Cultural Sérgio Porto. Rua Hu-maitá, 163 (266-0896). CrS 10 000 e CrS 8 000(classe).

SANDRA PASSOS — Pinturas. Casa de CulturaLaura A/vim, Av. Vieira Souto. 176. De 3* a dom.das 15h às 19h. Até quinta.EVANDRO CARNEIRO — Esculturas. GaleriaSaramenha, Rua Marquês de São Vicente, 52/165. De 2» a 6-, das 10h ás 21 h. Sáb„ das 10h ás18h. Até quinta.NOVÍSSIMOS 92 — Coletiva. Galeria IBEU, Av.Copacabana. 690/2° andar. Do 2" a 6" das 11 tiàs 20h. Até sexta.HÉLIO MELO — Desenhos. Galeria Sérgio Mil-het, Rua Araújo Porto Alegre, 80. De 2a a 6a das10h às 18h. Até sexta.FRANS KRAJCBERG — Esculturas e obras so-bre papel. Thomas Cohn Arte ContemporâneaRua Barão da Torre. 185/A. De 2* a 6', das 14hàs 20h. Sáb., das 15h às 18h. Até sexta,JOSÉ BARBOSA — Pinturas e esculturas. Gale-ria Bonino. Rua Barata Ribeiro. 578. De 2» a 6\das 10h às 20h. Sáb., das 10h às 14h. Até sába-do.REPERTI... — Coletiva com obras de 18 artistasinternacionais, retratando o meio ambiente. Mu-seu Nacional de Belas Artes, Av. Rio Branco 199De 3» a 6». das 10h às 18h. Sáb. e dom., das 14hàs 18h. Até domingo.CARLOS BEVILACQUA — Esculturas. EspaçoCultural Sérgio Porto, Rua Humaitá, 163. De 3" adom., das 14h às 19h. Até domingo.DANIEL FEINGOLD — Pinturas. Galeria Macu-naima. Rua Araújo Porto Alegre, 80. De 2" a 6*das 10h às 18h. Até dia 6 de agosto.SANDRA CINTO — Instalação e objetos. GaleriaEspaço Alternativo. Rua Araújo Porto Alegre, 80.De 2' a 6". das 10h às 18h. Até dia 6 de agosto.PÔS IMAGEM DESIGN — Exposição de novosprojetos. Espaço Cultural Sérgio Porto, Rua Hu-maitá, 163. De 3» a dom., <fas 14h às 19h. Até dia9 de agosto.4 BRASILEIROS NA DOCUMENTA — Obrasde Waltercio Caldas, Clldo Meireles, Jac Leirner eJosé Resende. Anexo do Museu da República,Rua do Catete, 153. Diariamente, das 12h às 22h!Até dia 10 de agosto.PAULA TROPE — Painel em reprografia. SalaImagem Gráfica da EAV. Rua Jardim Botânico,414. De 2» a 6", das 10h às 19h. Sáb. e dom., das10h às 17h. Até dia 23 de agosto.A CIÊNCIA DOS KAIAPÒ: ALTERNATIVASCONTRA A DESTRUIÇÃO — Fotos e painéisilustrativos. Paço Imperial, Praça XV. De 3" adom., das 11 h às 17h. Até dia 23 de agosto.O JARDIM BOTÂNICO NA ECO-92 — Trêsexposições: O Itatiaia — Uma visão artística, doatelier Etienne Demonte (até dia 30 de agosto).Nicho ecológico, exposição científico-didática(até dia 1 ° de novembro) e David Farias, pinturase esculturas (até dia 1o de novembro). JardimBotânico, Rua Jardim Botânico. 1.008. De 3» adom., das 11 h às 17h. Até dia 30 de agosto.FILHOS DE NOSSA TERRA — Esculturas deFelipe Lettersten. Galeria de Moldagens II doMuseu Nacional de Belas Artes. Av. Rio Branco,199. De 3» a 6», das 10h às 18h. Até dia 6 desetembro.BARROCO ITALIANO — Cerca de 40 obras devárias escolas italianas. Sala Bernardelli do MN-BA. Av Rio Branco. 199. De 3" a 6\ das 10h às18h. Sáb. e dom., das 14h ás 18h. Até dia 13 desetembro.MESTRES DO ÁRTICO — Coletiva com obrasde arte dos povos indígenas das regiões árticas.Museu Histórico Nacional. Praça Marechal Anco-ra. s/n». De 3" a 6». das 10h ás 17h30. Sáb. edom., das 14h30 às 17h30. Até dia 27 de setem-bro.AVENIDA CENTRAL — Coletiva com obras de58 artistas brasileiros. Salas Chaves Pinheiro eUb! Bava do MNBA. Av. Rio Branco, 199. De 3= a6a. das 10h ás 18h. Sáb. e dom., das 14h às 18h.Até dia 4 de outubro.NOSSAS FLORESTAS: NOSSA HERANÇA —Fotos e textos em promoção conjunta com oSmithsonian Institute e Museu Goeldi. MuseuHistórico Nacional. Praça Marechal Ancora. s/n°De 3- a 6'. das lOh às 17h30. Sáb. e dom., das14h às 17h30. Até dia 16 de outubro.ARTE GLlPTICA — Figuras gravadas em pedrassemipreciosas. Sala Aloisio Magalhães do MNBA.Av. Rio Branco. 199 De 3* a 6*. das lOh ás 18hSáb. e dom., das 14h ás 18h. Até dia 31 dedezembro.LIGIA PADUA — Pinturas. Pequena Galeria doCentro Cultural Cândido Mendes. Rua da Assem-bléia. 10 De 2' a 6'. das 11h às 19h. Inaugura-ção. hoje. às 18h30. Até dia 14 de agosto.MIRINHO — Pinturas Caixa Econômica de Cam¦po Grande. Av Cesârio de Melo. 3.166 De 2» a6*. das 10h às 16h30. Inauguração, hoje, ás 18h.Até dia 17 de agosto.

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: I-- ¦A Cândido Mendes expõe aspíntur£^dè H^ãf^ua

EXPOSIÇÃO DE ARTE DO INSTITUTO CUL-TURAL BRASIL-JAPAO — Pintura clássica,sumie, shodo, origami e ikebana. Espaço Culturalda CEF, Av. Chile, 230/3" andar. De 2* a 6", das14h às 19h. Até sexta.COLETIVA — Exposição do acervo. Espaço Cul-turalFESP, Av. Carlos Peixoto, 54. De 2a a 6a, das12h às 21 h. Até sexta.FONTES DE INSPIRAÇÃO — Fotografias deFernando C. Durán. Biblioteca Pública do Rio deJaneiro, Av. Presidente Vargas, 1.261. De 2" a 6",das 9h15 às 20h. Até sexta.AMÉRICA, TRADIÇÃO E RESGATE — 500ANOS — Pinturas de Verônica Debellian Accetta.Parthenon Centro de Arte e Cultura, Rua Tonele-ros, 219. De 2" a 6". das 9h às 18h. Até sexta.A MULHER E A NATUREZA - Pinturas deSilva Maranhão. Biblioteca Pública do Rio deJaneiro, Av. Presidente Vargas. 1.261. De 2' a 6a,das 9h15 às 20h. Até sexta.AMAZÔNIA REDESCOBERTA NO SÉCULOXVIII — Pinturas de Alexandre Rodrigues Ferrei-ra. Biblioteca Nacional. Av. Rio Branco. 219 De2a a 6', das 10h ás 17h. Até sexta.ANO 3 — Coletiva de pinturas, esculturas e gravu-ras. Oficina de Arte Maria Teresa Vieira. Rua daCarioca. 85. De 2» a 6», das 10h às 21 h. Sáb.. das10h às 18h. Até sexta.MARIONETES CONTAM A HISTÓRIA DOHOMEM — Exposição dividida em três partes:Os bonecos através dos tempos. Os bonecos nosquatro cantos do mundo e Bonecos de teatro.Norte Shopping. Av. Suburbana. 5.474. De 2a a6* e dom., das 14h às 20h. Sáb , das 10h ás 20h.Até sábado.DIAS DA CUNHA — Pinturas Museu do Tele-phone. Rua Dois de Dezembro, 63. De 3' a dom.,das 10h ás 17h. Até domingo.IRAMAR PENTEADO E JOSÉ ROBERTOMACHADO — Desenhos Museu do Telephone.flua Dois de Dezembro, 63. De 3" a dom , das 9hàs 17h. Até domingo.MUNDO DO CIRCO — Circo montado compeças de Lego. Ilha P/aza Shopping. Rua MaestroPaulo e Silva. 400. De 2' a sáb.. dos 10h às 22h.Dom., das 12h às 22h. Até domingo.MUNDO DOS NAVIOS — Reproduções de por-tos e navios feitos com peças de Lego. P/azaShopping, Rua XV de Novembro, 8 — Niterói. De2J a sáb . das 10h ás 22h Dom., das 12h ás 22h.Até domingoPEÇA DO MÊS — Exposição do quadro Viagempitoresca e histórica ao Brasil, aquarela de J.B.Debret. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua 1ode Março. 66 De 3J a dom , das 10h ás 22h. Atédomingo.

LAURO CÉSAR JARDIM — Pinturas. GrandeGaleria, Rua 1° de Março, 101. De 2» a 6», das11 h às 19h. Até dia 7 de agosto.INTERNACIONAL MOTOR SHOW — Exposi-ção com bicicletas, velocípedes, carros e acessó-rios antigos. Ilha Plaza. Av. Maestro Paulo e Silva.400. De 2" a sáb.. das 10h às 22h. Dom., das 12liàs 22h. Até dia 8 de agosto.HELMUT BATISTA — Pinturas. Centro CulturalBanco do Brasil, Rua 1" de Março, 66. De 3» adom., das 10h ás 22h. Até dia 9 de agosto.JOHN NICHOLSON — Pinturas Galeria de ArteCândido Mendes. Rua Joana Angélica, 63. De 2aa 6". das 15h às 21 h. Sáb.. das 16h às 20h. Atédia 10 de agosto.SILVANO RUBINO — Pinturas, objetos e insta-lações. Solar Grandjean de Montigny, Rua Mar-quês de São Vicente. 225. De 2» a 6», das 9h às20h. Sáb., das 9h ás 13h. Até dia 15 de agosto.ANNA MARIANI — Pinturas e platibandas. CasaFrança-Brasil, Rua Visconde de Itaboraf, 78 De3' a dom., das 10h ás 20h. Até dia 28 de agosto.EVENTO JOUVET — Exposição iconográfica so-bre a obra do ator, diretor e professor LouisJouvet. Casa França-Brasil. Rua Visconde de Ita-boraí. 78. De 3» a dom., das 10h às 20h. Até dia28 de agosto.GIAN CALVI —UM FABRICANTE DE HISTÔ-RIAS E SONHOS — Ilustrações para publicida-de e livros, gravuras, desenhos e design gráfico.Villa Riso. Estrada da Gávea, 728. Diariamente,das 14h às 19h. Até dia 28 de agosto.EVOCAÇÕES DA TERRA — Cerâmica, ferrofundido, porcelanas chinesas e obras de MestreVitalino. Museu do Açude, Estrada do Açude. 764— Alto da Boa Vista. De 5a a dom., das 11h ás17h. Até dia 7 de setembro.EVOCAÇÕES DA TERRA — Gravuras, pinturase aquarelas sobre o Rio de Janeiro no século XIX.Museu Chácara do Céu. Rua Murtinho Nobre. 93Santa Teresa. De 4a a dom , das 12h ás 1 7h.Até dia 7 de setembro.ROTAS DA FORTUNA — A EXPANSÃO IBÉ-RICA ATRAVÉS DA MOEDA - Moedas emedalhas de diversas origens. Museu HistóricoNacional. Praça Marechal Ancora, s/n°. De 3a a6a, das 10h às 17h30. Sáb. e dom., das 14h às17h30. Até dia 30 de novembro.VILLA MAURINA/GALERIA CLÁUDIO BER-NARDES — Acervo com pinturas de RubemGershman. riano de Aquino e Ângelo de Aquino.esculturas de Franz Weissman e Edgar Duvivier]cerâmicas de Frida Dourian e gravuras de EdgarFonseca e Pedro Azevedo Villa Maurina. RuaGeneral Dionisio. 53. De 2' a 6'. das 11 h ás 19hExposição permanente.

TELEVISÃO

Educativa

WSCanal 2

Tel : 292-00127h55 O Execução do hinonacional8h O Telecurso 2o grau8h15 O O mundo da ciôn-cia8h30 O é de manhã — In-formativo, entrevistase prestação de servi-ços9h30 O Glub glub — Dese-nhos10h O Canta conto — In-fantil10h30 O Ra tim bum — In-fantil11h O Planeta vida —

Documentário daBBC de Londres11h30 ° Franco express —Atualidades12h O Rede Brasil—Tar-de12h30 9 Vestibulando —Curso14h °lloveyou — Curso14h30 O Glub glub15h O Canta conto15h30 O Ra tim bum16h O sem censura —Debates. Com LúciaLeme18h30 O Mundo da lua —Novela de costumes19h O Glub glub19h30 O Pedro e sua caixade brinquedos20h O a era da incertezaMinissérie

20h25 O Jornal do Con-gresso20h30 ° A era da incertezaContinuação

21 h O Curto circuito —Variedades22h ° Rede Brasil —Noi-te22h30 O Eco-realidade —Debates23h35 ° Planeta vidaOh O Execução do hinonacional

GloboCanal 4

Tel.: 529-26575h30 O Olimpíadas 92 —

Vôlei masculino: Cu-ba X Argélia7h O Bom dia Brasil7h30 O Bom dia Rio8h O Boletim das Olim-piadas 928h05 O Xou do MallandroInfantil

9h30 O Xou da Xuxa — In-fantil11h55 ° Jornal hoje12h30 ° Olimpiadas 92 —Vôlei masculino:Brasil X C.El.14h25 ° Vale a pena ver denovo — Reprise danovela Vale tudo15h50 ° Festival de fériasFilme: Conan, odestruidor17h20 O Escolinha do pro-fessor RaimundoHumorístico

17h50 ° Despedida de sol-teiro— Novela18h40 O Perigosas peruasNovela19h45 O RJ TV —2» edição20h O Jornal nacional20h40 O pedra sobre pedraNovela21h50 O Terça nobre —Programa legal22h50 O Anos rebeldes —

Minissérie23h50 ° Jornal da Globo0h30 O Campeões de bi-lheteria — Filme:Namorada de alu-guel

19h19h3020h2020h3021h3022h3023h2523h300h

° Márcia Peltier —Entrevistas ao vivo° Jornal local° Noite olímpica° New York News —Noticiário° Jornal da Man-chete° O fiel e a pedra —MinissérieO Clodovil abre o jo-go — EntrevistasO Momento econô-mico° Noite e dia — Noti-ciário e entrevistas° Fim de noite/Es-porte e ação

Bandeirantem

<Ê>Canal 7

Tel.: 542-21325h O Olimpiadas 92 —

Natação7h45 O Bandeirantes In-ternacional8h ° Dia a dia10h30 O Cozinha maravi-lhosa da Ofélia10h56 ° Vamos falar comDeus11 h O Dalias — Novelaamericana12h O Acontece12h30 O Olimpíadas 92 —Vôlei masculino:BrasilX C.EI.14h30 O Olimpíadas 92 —Hóquei sobre patins:Brasil X Holanda16h O Olimpíadas 92 —Futebol: Paraguai XCoréia18h O Falando de verda-de — Entrevistas18h40 ° Agrojornal18h45 O Jornal do Rio19h20 O Jornal Bandeiran-tes20h O Faixa nobre do es-porte22h O Força total — Fil-me: Punch: o soco damorte23h45 O Jornal da noiteOh ° Olimpíadas 92 —

Apito final° Flash — Entrevistas.Com Amaury Jr.° Bandeirantes in-ternacional° Falando de verda-deO O Gordo e o Ma-groO Vamos falar comDeusRede OM

1h2h2h303h103h40

7h30 O Sessão desenho9h O Sessão desenho10h40 O Boletim das olim-piadas10h45 O Show Maravilha12h20 O Olimpíadas 92 —

Vôlei masculino:Brasil x CEI13h45 ° Cinema em casa —Filme: Baile de for•matura II

15h30 ° Boletim das olim-piadas15h33 ° Sessão desenho16h O Dó-Rã-Mi — Infan-til16h27 O Boletim das olim-piadas16h30 O Chaves — Seriadoinfantil17h O Programa livre —Debates. Com SérgioGroisman18h O Roletrando nove-Ias — Programa deprêmios18h30 O Aqui agora — Noti-ciário19h43 O Economia popularPergunte ao Ta-mer19h45 O TJ Brasil20h30 O Vovô e eu — Nove-Ia mexicana21 h O Alcançar uma es-trela — Novela me-xicana21h30 O a Estranha damaNovela argentina22h O Topázio — Novelavenezuelana22h30 O Hebe — Variedades23h30 o Jornal do SBT23h45 O jô Soares onze emeia — Entrevistas0h45 O Jornal do SBT1h15 O Boletim das olim-piadas1h18 O TJ internacional1h30 O Resumo das Olim-piadas

tv mo

TVMOCanal 13Tel.: 502-4616

RedeOM

(afflCanal 9

Tel.: 580-1536

Manchete

MCanal 6

Tel.: 285-00337h o7h30 O8h O9h o10h o12h o12h30 O13h O13h30 O14h O16h O

Espaço ruralBrasilManhã olímpicaDuda Alegria — In-fantilSessão super-he-róisMaskman — Seria-do japonêsManchete esporti-vaEdição da tardeTamanho famíliaAlmanaque — Va-riedadesClube da criança— Infantil

6h457h7h157h308hdh10h11h30 O

12h45 O13h O14h O17h O18h15 O

19h45 O20h45 O

22h50 O

23h50 O0h10 O

Vinde a CristoPosso crer noamanhãCoisas da vidaToday — EntrevistasIgreja da graçaEspaço aberto —EntrevistasPrograma Rio mu-lherSala de visitas —Entrevistas. ComMirtes GodoyAventura aos 4ventos — SeriadoOM esporteCaravana do amor— VariedadesMulheresCliptripCadeia nacional —Noticiário popularFala Brasil — Noti-ciárioManuela — NovelaCopa do Brasil —Jogo: Nacional XVascoSucesso — Entre-vistas com João Dó-ria Jr. Hoje: Gore Vi-dalFala BrasilDinheiro vivo —Panorama econômi-co

6h30 O8h O9h O11h O11 h30 O11h45 O12h O13h O13h30 O

15h O16h30 O18h30 O19h O20h o21 h O21h45 O

23h45 o1h15 o

2h o

O despertar da féJornal da RecordDiário da mulherSérie de humor —Família HoganReis do riso — Se-riadoChef Lancelotti —CulináriaRio em noticiasRecord esportivoSessão bang-bang— Filme: Villa, o cau-dilhoCasa mágica — In-fantilTV abertaInforme RioJornal da RecordKliptonita — ClipesBrasília ao vivo —NoticiárioSuper tela — Filme:A história de JesseOwens25a Hora — Deba-tesPerfil — Entrevistascom Otávio Mesqui-taPalavra de vida

MTV

0h20 ° OM debate

SBT

@Canal 11Tel.: 580-0313

7h O Jornal do SBT7h27 O Boletim das olim-piadas

Canal 24UHFTel. 221 -2651

11h o13h30 O14h O16h15 O16h30 O18h O19h15 O19h30 O20h O21h30 O22h O

23h O23h15 O23h30 O

1h1h30 O1h45 o

Zuô MTV — ClipesnovosCEP MTVMTV pix — Clipesmais executados3 em 1Gás total — Clipesde rock pesadoDisk MTV — Para-da de sucessosMTV no ar — Noti-ciárioCheck in — BlackSabbathMegamax — ClipesclássicosCEP MTVTop 10 USA — Pa-rada semanal amori-canaMTV no ar — Noti-ciárioClássicos MTVRockblocks — Cli-pes de rock alternati-vo' Check in — Inocen-tes3 em 1Videos

B OS FILMESVILLA, O CAUDILHO

TV Rio - I3H30Revolução. (Villa rúlc.sI de Buzz

Kulik. Com Yul Bryimer, Rohert Mil-chum, Charles Bronson, Herbcrt Lom eJill Irelaiul. Produção americana de 68.Cor (125 min). No México do início doséculo, revolucionário (Brynner) lideraexército de descontentes contra os des-mandos do imperador Maximiliano.Yul Brynner com cabeleira e o roteirode Robert Towne (Chinatom) e SamPeckinpah (O.v implacáveis) são asgrandes atrações deste faroeste revolu-cionário. No sentido social, claro. ? ?

BAILE DE FORMATURA IITVS— I4h30

Terror colegial. (Hello, Man Lou— Prom niglit II) de Bruce Piiiman.Com Micliael Ironside, IVently Lyon,Justin Lorin, Riehard Morotle e LisaSliroge. Produção americana de 87. Cor(96 min). Diretor de colégio, que anosantes matara a namorada após umacesso de ciúmes, prepara festa de for-matura de nova turma. Mas unia estu-dante encontra no fundo do baú ovestido usado pela morta, e a noite degala dos alunos se transforma em car-nificina. O fio de história lembra omemorável Carrie, a estranha, de BrianDePalma. A violência explícita entregaa inspiração da estética da série Sexta-feira 13. O subtítulo da versão. I estidapara a vingança, tenta ganhar públicoextra, muito embora nada tenha doVestida para matar do mesmo DePal-ma. •

CONAN, O DESTRUIDORTV Globo — I5h50

¦ Halterofilismo. (Conan lhe Destro-ver) de Ricliard Fleisclter. Com AmoldScliwarzenegger, Grace Jones, WiltCliamherlain. Mako, Tracey IValter,Scirali Douglas, Olivia D'Abo, PatRoacli e Jeff Corey. Produção umcrka-lia de 84. Cor (103 min). Guerreiro(Schwarzenegger) errante ajuda belaprincesa (D'Abo) a encontrar pedrasagrada. Durante a longa e perigosaperegrinação, conquista a adesão defeiticeiro (Mako). ladra negra (Jones) eum brutamontes (Chamberlain). Cons-trangedora adaptação para o cinemade outra aventura de Conan, o heróimedieval criado por Robert E. Howardpara os quadrinhos. Seqüência inespe-rada e dispensável de Conan. o bárbaro.

CARLOS HELI DE ALMEIDA

A HISTÓRIA DE JESSE OWENSTV Rio — 21h45

Ba Drama olímpico. ( The Jesse Owensstory) de Ricliard Irving. Com DorianHarcwood, Georg Stanford Brown,Debbi Morgan. Tom Bosley, LeVarBurlou, Ronny Cox, Greg Morris, BenVereen e George Kennedy. Produçãoamericana (TV) de 84. Cor (200 min).Na década de 30, atleta (Harcwood)negro conquista medalhas na Olímpia-da de Berlin e ridiculariza a raça arianade Hitler. Mas cm seu país o precon-ceito tem outras formas. Corridas, sal-tos, medalhas e choques com o racismoesportivo vivenciados pelo atleta JesseOwens. Uma das mais corretas telebio-grafias no gênero. A música é de Mi-chel Legrand. O roteiro, de HaroldGast, quase escorrega no melodrama.? ?

PUNCH — O SOCO DA MORTETV Bandeirantes — 22h

H Pancadaria. (Red fists) de Gtto BatiChang. Com Yu Rong Chang, KwokSau IVen, Zhang Xin Yan e Song ^VenFu. Produção sino-americana de 90. Cor(90 min). Em Hong Kong, bela deteti-ve e truculento investigador unem es-lorços para desbaratar quadrilha delalsilicadores de dinheiro. Trapaça chi-nesa rodada em estilo americano e re-clieada de coreografias orientais. Dis-pensável. •

NAMORADA DE ALUGUELTV Globo — 0h30

¦ Comédia adolescente. (Can'i buyme love) de Sieve Raslt. Com Pa-,trick Dempsey, Amanda Peterson,Courtney Gains. Tina Caspary, SiehGreen e Sharon Farrell. produção ame-'ricanu de 87. Cor (94 min). Rapaz(Dempsey) desajeitado e impopular nocolégio almeja um dia conquistar aatenção dos colegas e o coração dagarota (Peterson) mais badalada da es-cola — aliás, uma instituição america-na. Aproveitando-se de um contratem-po financeiro da musa. o garoto alugaseus serviços como namorada de facha-da para ganhar prestigio entre meninose meninas. Romântico, inofensivo einesperado sucesso de bilheteria daTouchstone, braço adulto dos estú-dios Disney. A canção que inspira otitulo e a trilha sonora é dos Bea-lies. Mas o íilme não é tão memorá-vel assim. ?

Cotações: • ruim * regular * * bom * * ? ótimo ? * ? ? excelente

S

K

6 o terça-feira, 28/7/92

A dura vida

Livro conta como o casamento

real começou a desmoronar

ÍELIZABETH

ORS1NI

UANDO Charles e Diana ace-naram da sacada do Palácio deBuckingham, no dia 29 de ju-lho de 1981, nenhum dos trêsbilhões de telespectadores do

mundo inteiro que assistiam ao casa-mento real podia imaginar que ali nãose iniciava um conto de fadas e simuma história de horror. Onze anos de-pois, os detalhes desse enredo estarre-cedor chegam às livrarias brasileiras naprimeira semana de agosto com o lan-çamento de Diana, sua verdadeira his-tória (Editora Record, ainda sem pre-ço), do jornalista inglês AndrewMorton.

Onze anos depois a princesinha en-cantada descobriu que estava em mauslençóis. Há rumores de que a própriaDiana autorizou seus amigos a presta-rein depoimentos para o livro de Mor-ton. Se isso for verdade, a crise matri-monial pode ser tão séria quanto a quelevou Edward VIII a abdicar do tronopara se casar com a americana divor-ciada Wallis Simpson, em 1936. Alémdo livro, Lady Di também vai virarenredo televisivo. O próprio AndrewMorton já afirmou que deseja que Jes-sica Lange interprete a princesa nasérie que a NBC começa a gravar nospróximos dias.

Os depoimentos do livro acusam ogélido príncipe de Gales de ter assisti-do — impassível — a cinco tentativasde suicídio de Diana. Além disso,Charles é visto como um pai que detes-ta se encontrar com os filhos e que, naépoca da primeira gravidez de Diana,deixou que ela descobrisse o braceletede ouro com que iria presentear Ca-milja Parker-Bowles, sua amante hámais de 20 anos, uma aristocrata de 43anos, gorda e com cara de bruxa. E,ainda por cima, casada. Com horror atudo isso, a princesinha de olhos cia-ros, pele alva. cabelos dourados e cor-po escultura} passou a definhar. Teveate uma bulimia, doença nervosa quefaz sua vítima comer desbragadamentee em seguida vomitar diversas vezes.

O livro traz também ilustrações eum belíssimo catálogo com 48 fotoscoloridas, cópia exata daquele que fezesgotar as quatro primeiras edições in-glesas em apenas três dias. Só para seter uma idéia da devastação que olivro-terremoto de Andrew Mortonprovocou na imagem dourada da di-nastia de Windsor, também nos Esta-dos Unidos Diana, sua verdadeira his-tória não pára nas prateleiras,esgotando sucessivas edições e acumu-lando nomes nas listas de reserva. Nobairro de Bethesda, em Washington,por exemplo, a biblioteca local possui35 exemplares do livro — permanente-mente emprestados — e já conta com

. uma lista de espera de 138 leitores.Mas o pior de tudo não são os

detalhes desse cotidiano infernal. ParaDiana, o verdadeiro tormento é nãopoder se separar de Charles. A hipóte-se do divórcio lhe soa tão horripilante

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JORNAL DO BRASIL

de Charles e Diana

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K« Br^a^r! ~i>

A princesa, em Londres. Na Inglaterra, Diana, sua verdadeirahistoria teve quatro edições esgotadas em apenas três dias

quanto o próprio casamento. De acor-do com Morton ela se debate infinda-velmente num dilema: "O divórcio lhecustaria a guarda dos filhos", analisa ojornalista. O dilema é ainda mais dolo-roso porque a própria Diana viu suamãe ser acusada e condenada poradultério na justiça e o processo deseus pais cair no gosto da imprensamarrom inglesa. Agora ela teme pelador de seus próprios filhos, William eHenry.

Incapaz de escapar desse inferno,Diana já foi apelidada por seus pró-prios amigos de POW, sigla muita co-nhecida em inglês, que significa priso-nerof war (prisioneira de guerra).Aliás, sobram apelidos para ela. Aamante de seu marido, por exemplo, sóse refere á princesa como "aquela mu-lher ridícula". Não tão inofensivaquanto parece, Diana responde: "Estamulher é um rotweiller." Ou seja, umaraça de cachorro.

Diana, Charles e o primeiro filho, William

Uma princesa

sem amigos

e 'saturada'

Para dissecar o circo de horrores emtorno de Diana e Charles, o royal wat-cher Andrew Morton — experiente re-pórter especializado na cobertura jor-nalística da família real — vasculhou aintimidade do Palácio Real. Do acu-punturista Oonah Toffolo, que visitaDiana regularmente, ouviu a melhordescrição do way of Ife da princesa:"Ela é uma prisioneira do sistema, co-mo qualquer mulher que está nà peni-tenciária de Holloway", disse Toffolo.Segundo o livro, o príncipe Charles éhoje um estranho para sua própria fa-mília. Sequer liga para a saúde dosfilhos. Quando o primogênito Williamfoi hospitalizado por causa de um aci-dente na escola, Charles se limitou aficar 10 minutos na sua cabeceira. De-pois, deixou Diana sozinha, tomandoconta do garoto. A princesinha, magoa-da, deu o troco. Em 1990, Charles teveum acidente de pólo e baixou hospitalem High Grove. Diana nem deu ascaras. Em compensação, Camilla, aamante, o visitava constantemente. En-quanto isso, no Palácio Kensigton, Dia-na desabafava com os amigos: "Es-tou saturada. Se parar para pensar naminha situação ficarei louca."

Já faz tempo que o casal real temcalendários de viagens inteiramenteopostos. Agora, eles só se encontramem cerimônias públicas. Até os amigossão diferentes. "As

pessoas em quemDiana confia não são as mesmas emque Charles confia", comenta Morton.Entre os seis amigos e amigas fiéis aDiana, o jornalista incluiu a brasileiraLúcia Flecha de Lima, esposa do em-baixador do Brasil em Londres. O livrode Morton destrói, definitivamente, aimagem de sonho que sempre circundouCharles e Diana. Ao mesmo tempo, onamoro de Charles e Camilla pareceinabalável — os dois mantêm calieníecorrespondência sob os pseudônimos deFred e Gladys, a fim de despistar aimprensa. Ele que se prepare. Além deter seu caso secreto de amor revelado aopúblico, terá também sua intimidadedevastada no próximo livro de Morton,que já tem o título provisório de Citar-les e Camilla. (E.O.)

'Se parar e pensar, ficarei louca'

TRECHOS DO LIVROPara Diana, o dia de seu casamento

foi um dos mais confusos de sua vida doponto de vista emocional. Na lua-de-melDiana viu quando várias fotos de Camillacaíram de dentro da agenda de Charles.Mais tarde, ele apareceu num jantar usan-do abotoaduras e admitiu que era umpresente da mulher que ele tinha amado eperdido. A partir desse começo falso', ocasamento teve muitas outras turbulên-cias até que agora chegou a um ponto emque o casal mal se fala. Segundo OonaghToffolo, que visita Diana regularmentepara sessões de acupuntura e meditação, aprincesa é uma prisioneira do sistema damesma forma que qualquer mulher 'queestá na penitenciária de Holloway. Oo-nagh não tem esperança nenhuma de queDiane se reconcilie com Charles.

Diana gosta muito da Madre Teresade Calcutá. Certa vez, quando MadreTeresa estava hospitalizada em Roma,o príncipe Charles, que detesta o caris-ma e a popularidade de sua mulher,mandou flores para a religiosa assinan-do apenas o seu nome. Diana, porém,furou o cerco e conseguiu marcar umencontro no hospital.

Diana mal pode ter amigos porquelogo a imprensa cria romances. Por is-so, toda vez que faz demonstrações pú-blicas de afeto por um amigo é energi-camente repreendida pela família real.Como aconteceu, por exemplo, quandopassou três dias com a mãe na Itália eera levada para todos os lugares por A.Pezzo, um simpático integrante da fa-mília que a hospedava. Ao se despedirde Pezzo com um beijo foi repreendida.

Diana mal pode controlar a raiva emcertas ocasiões. Ela quase explodiu du-rante um passeio no iate de um magnatagrego quando ouviu o marido comentarcom outros convidados sobre as vanta-gens de se ter uma amante. O seu ânimonão melhorou em nada quando mais tar-de, na mesma noite, ela ouviu Charlesconversando ao telefone com Camilla.

WM

Um violoncelo requisitado em todo o mundo"*¦ ___ Maria José Lessa

liAntônio Menezes se

apresenta hoje com

a OSB no Municipal

A,

MAURO TRINDADE

LnTÔNIO Menezes está de volta aoBrasil. O brasileiro radicado na Suíça seapresentou no fim de semana passado noFestival de Campos do Jordão e hoje, às21 h, ele esgrima seu arco no Concerto emsi bemol maior, de Boccherini, e no Con-certo if I para violoncelo e orquestra, deSaint-Saens. A orquestra é a SinfônicaBrasileira (OSB), regida pelo maestroIsaac Karabtchevsky. Considerado umdos maiores violoncelistas da atualidade,Antônio Menezes é hoje uma requisitadaestrela da música européia, onde realiza— em média — 80 concertos por ano.Até dezembro, ele ainda deve tocar noJapão e nos Estados Unidos, numa apre-sentaçào com a Orquestra Sinfônica Na-cional, regida por Mstislav Rostropo-vitch. "São rarissimos os artistas quetêm uma carreira realmente mundial. Aminha é na Europa e a de minha mulher,nos Estados Unidos. Você não imaginaos problemas que isso acarreta. Às vezes,ficamos um mês sem nos ver", reclama oartista.

Ele é casado com a pianista filipiriaCecile Licad, que conheceu há seis anos,em Viena, num festival de música coor-denado pelo violinista Gidon Kremer."As conversas e a educação de Otávio,nosso filho, só em inglês. Filipino e por-tuguês, nem pensar", dispensa. Acostu-mada a tocar com grandes orquestras,Cecile penou na serra paulista, junto auma orquestra de estudantes. "De

qual-quer forma, ela ficou impressionada com O violoncelista toai ainda este ano no Japão e nos Estados Unidos

o calor da platéia. Por isso, gosto tantode vir ao Brasil. Há uma animação nopúblico daqui difícil de se ver lá fora. Eme parece que a OSB está muito bemneste ano. Evoluiu", elogia.

Filho de João Menezes, por muitosanos trompista do Teatro Municipal ca-rioca, o recifense Antônio Menezes ven-ceu em 1982 o Concurso Tchaikovskyem Moscou, que lhe abriu as portas dasgrandes salas de concerto do mundo."Foi graças a esse concurso, por exem-pio, que eu toquei e gravei com Karajane a Filarmônica de Berlim. O primeirodisco, de 1983, traz o Concerto duplo, deBrahms (ele tocou ao lado da violinistaAnne-Sophie Mutter). O segundo eugravei em 1987, com o Don Quixote, deStrauss", conta. O solista não nega afama ditatorial de Herr Karajan. "Ah,claro. Isso ele era mesmo", confirma.

Depois de muito tempo sem entrarnum estúdio, Antônio Menezes pretendefazer em breve um novo disco. "Fiqueianos longe das gravadoras, porque euprefiro fazer as coisas com grandíssimaqualidade. Minha relação com Karajan ea Deutsch Grammophon foi muita boa.Entretanto, aqueles discos não eram exa-tamente o que eu queria fazer. Agoraque eu tenho mais experiência, vou pre-parar um novo CD. Recebi algumas pro-postas, mas prefiro não adiantá-las",despista.

Há três anos, ele, Cecile e o filhomoram em Basel, na Suíça, onde é pro-fessor. Acostumado a uma vida agitada,Menezes não esconde um certo aborreci-mento pela vida provinciana das monta-nhas suíças. "É um país lindo, mas mui-to pacato. A vantagem é que possochegar na Itália ou no Sul da Alemanhaem poucas horas", programa. O violon-celista não se queixa da falta de obraspara seu instrumento. "O repertório queo público quer ouvir é que é pequeno.

Por outro lado, a quantidade de compo-sitores que escreveram para o cello nesteséculo é uma loucura. O problema é que,por muito tempo, o cello não era uminstrumento solístico, papel desempe-nhado pelo violino. Enquanto isso, ovioloncelo fazia o baixo. Sua evoluçãofoi um pouco mais lenta. Só alguns auto-res, como Boccherini, é que o levarammais adiante", historia.

Para tocar bem, Menezes teve de vol-tar ao passado. Trocou seu cello Guar-nierius por um novo violoncelo: um Lan-dolfi milanês de 1756, com um som maisencorpado e de graves mais brilhantesque seu antigo instrumento. "Se é me-lhor eu não sei, mas gosto mais desteaqui", diz. Aos 33 anos, Antônio Mene-zes é a imagem da segurança e da sofisti-cação musical. Diz que tudo é umaquestão de humildade. "O instrumentis-ta em geral, toque qualquer instrumen-to, tem que ter humildade perante amúsica. Ela jamais deve ser um meiopara que as pessoas se exibam. É porisso que prefiro os maestros que se dedi-cam á música e não os que tratam osconcertos como um acompanhamentobarato", reclama. Só deixa a modéstiade lado na hora de apontar seus rivaisno cello: "O melhor? Sou eu", garantena mais plena serenidade.

¦ 4o Concerto da Série Noturna daOrquestra Sinfônica Brasileira. Hoje,às 21h, no Teatro Municipal do Rio deJaneiro. Regência de Isaac Karabt-chevsky. Solista: Antônio Menezes. Noprograma, abertura de La gazza ladra,de Rossini, Concerto n° 9 em si bento/maior, de Boccherini; Concerto n° Ipara violoncelo e orquestra, de Saint-Sãens; Sinfonia n° 8, de Dvorák. In-gressos a CrS 25 mil (platéia), CrS 22mil (balcão nobre), CrS 17 mil (balcãosimples) e CrS 13 mil (galeria).

^ ^ ; ^

Si

VCCAFIO

ANO X — N» 121 — RIO DE JANEIRO — RJ — JULHO DE 1992

Modernas próteses ortopédicas

substituem membros amputados

Graças à grande evolução dastécnicas ortopédicas, já existematualmente no Brasil próteses paratodos os níveis e tipos de amputa-ção, muito confortáveis e com exce-lente acabamento estético. O surgi-mento de componentes pré-fabri-cados de qualidade também veio au-xiliar o trabalho dos especialistas,que já realizam um atendimentopersonalizado, levando em conta otipo de amputação, as condições docoto e o perfil físico do paciente,além de suas expectativas em rela-ção á prótese. Contando com exce-lentes ortopedias que trabalhamdentro de padrões internacionais,hoje já podem ser encontrados emnosso país até mesmo os chamadoscomandos myoelètricos, que tornampossível ao amputado movimentaras mãos. Na foto, prótese myoelétri-ca desenvolvida para crianças detrês a seis anos de idade. Construí-da em metal leve, com nova técnicade abertura e fechamento da mão,este tipo de prótese apresenta aspec-to e proporções naturais. (Página 3)

Aventuras de uma

paraplégica brasileira

na Alemanha

(Página 9)

üjG mtEmm

-:'A ~~

Superdotados e

excepcionais se expressam

através das artes

Palco daquele que é considerado um dos mais belos espetá-culos do mundo — o desfile das escolas, de samba —, aPassarela do Samba ou Sambódromo, no Rio de Janeiro,abriga arte não apenas durante o carnaval. Lá, alunos da redemunicipal de ensino portadores de múltipla deficiência e super-dotados estão aprendendo a se expressar através de atividadesartísticas, no projeto denominado "Ser e a Arte". (Página 10)

Chios¦

Mercado

de Trabalho

U''''''''''"'"

"Deslizador anfíbio"

permite acesso de

deficientes à praia

Um projeto realizado e executado por pro-fessores e alunos da PUC/RJ permitirá que aspessoas portadoras de deficiência desfrutem,com conforto e muita segurança, de uma dasmais baratas e saudáveis opções de lazer ca-rioca: a praia. É o deslizador anfíbio (foto),semelhante a uma cadeira, inflável e flutuante,que, sobre uma base em forma de esqui, trans-põe barreiras como o calçadão, a areia e avegetação, que, até agora, dificultavam o acessodos deficientes à praia e ao mar. Feito emtecido emborrachado, de alta resistência e dura-bilidade, o equipamento é desmontável e cabefacilmente na mala de qualquer carro. (Página 9)

(PáginaS)

Ensino a distância

é boa opção para

pessoas com

dificuldade

de locomoção

Superando a barreira da distância física entre oestudante e a instituição de ensino, a educação adistância vem se revelando cada vez mais uma boaopção para as pessoas portadoras de deficiênciacom dificuldades de locomoção. Cursos por corres-pondência, rádio, televisão, telefone e até compu-tador já são largamente difundidos na Europa enos Estados Unidos, facilitando a vida de milhões depessoas. No Brasil, muitos deficientes estão desço-brindo as vantagens de estudar e até aprender umaprofissão por correspondência ou através de progra-mas de ensino no rádio e na televisão. (Página Central)

Brasília eliminará

barreiras arquitetônicas

(Página 11)

¦all

PAGINA 2 DESAFIO DE HOJE JULHO/92

a3>£SftF!ftL.U LLIiJ tIdealizadora

DIANA MENDES PIMENTELSPOHN

Direlora-ResponsávelMARIA THEREZINHA

C. L. DL OLIVEIRA

EditoraBÁRBARA HELIODORA

C.L. DE OLIVEIRA

CONSULTORIA

Dr. MAURO MEIRELLES PENA(Fisiatria)

Dr CARLÚCIO ANDRADE(Ofialmologia)

Dr. E. ( HR1STIAN GAUDERER(Psiquiatria Infantil)

Dr FERNANDO PORT1NHO(Otorrinolaringologia)

Dr. GÉRSON CARAKlJSHANSKYj(Genética)

Dr PAULO CÉSARAl FONSO FERREIRA

(Geriatria)

Dra. MARIA THEREZAL. ALBUQUERQUE

(Obstetrícia)

Dr. LUIZ CÉSAR PÓVOA(Endocrinologia)

Dr. MÁRCIO C. L. DE OLIVEIRA(Psiquiatria)

Dra. SÍLVIA B. DE MELLO MIRANDA(Neurologia Pcdiátricá)

Dr. FÁBIO DE ALMEIDA BOLOGNANI(Homeopatia)

Dra. FÁTIMA PRADO MAIA(Fonoaudiologia)

Dr. AMADO BARCAUI(Dermatologia)

OLÍVIA DA SILVA PEREIRA(Educação Especial)

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Administração, Redação e Publicidade: RuaVisconde de Pirajá, Sfi — Loja 3 Subsolo —

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1)11 não se responsabiliza por conceitosemitidos em matérias assinadas.

DESAFIO DE HOJE è uma publicaçãomensal da OÁSIS EMPRESA

JORNALÍSTICA E EDITORA L I DA.

EDITORIAL

"Ci alar em Ética no Brasil de hoje, em que os mínimospadrões morais são flagrante e impunemente igno-

rados pela maioria das autoridades, pode parecer umesforço vào e até mesmo excêntrico.

Definida pelo dicionário Aurélio como o "conjunto

dos juízos de apreciação que se referem à condutahumana suscetível de qualificação do ponto de vista dobem e do mal, seja relativamente a determinada socie-dade, seja de modo absoluto", a Ética, no que se refereàs pessoas portadoras de deficiência, tem, entretanto,conseguido notável progresso, tanto na abrangência deseu alcance quanto na freqüência de sua assimilação eaplicação. E essa Ética é uma ética toda especial, poisse relaciona a um segmento da população portador dediferenças físicas, mentais e sensoriais que, ao longodos tempos, têm servido de pretexto para que as carac-terísticas individuais sejam desprezadas, via sentimen-tos e atitudes que misturam e confundem piedade,omissão e repulsa.

A evolução dessa Ética, além da conseqüente desvalo-

rização das atitudes paternalistas e do esforço contínuoem prol da eliminação do estigma têm sido vitóriasincontestáveis dos movimentos organizados que, coeren-temente, reivindicam direitos e deveres iguais, rejeitando

privilégios e benesses que. ao invés de torná-los partici-pantes, os tornam tutelados da sociedade em que vivem.

Os portadores de deficiência precisam ser ouvidos eter poder de decisão. Necessitam que a sociedade osentenda e que com eles se solidarize. Precisam partici-par da construção do próprio destino, através da ela-boração e fiscalização das leis que garantem seus direi-tos e estabelecem seus deveres. E os meios decomunicação têm a obrigação de abrir espaço para asinformações necessárias a esse esforço de integração.

A pessoa portadora de deficiência não precisa depiedade; precisa, sim, de respeito e solidariedade. Aliás,como todos os outros seres humanos, que a despeito deseus pontos fracos e de suas diferenças, se igualam emessência e, embora poucas vezes de fato reconheçam,estão muito longe da perfeição.

CARTAS

Ônibus adaptadosDesde minha gestão como Secretário

Municipal de Transportes de nossa cidade,;m 1987/88, tenho acompanhado com inte-resse as preocupações e anseios legítimosdos deficientes e lido. mensalmente, o DE-SAFIO DE HOJE.

Reportando-me ao artigo intitulado"Leis têm que sair do papel", publicado naseção Fórum de Debates de junho último,gostaria de levar ao conhecimento do DH ofato de que, através do Decreto n° 7.591 de29 de abril de 1988 e da Resolução SMTRn° 46. de 18 de maio de 1988, determinamosa entrada em circulação, no município doRio de Janeiro, de ônibus adaptados comdegraus de elevação hidráulica e plataformacom piso antiderrapante, para facilitar oacesso das pessoas portadoras de deficiên-cia. Tal iniciativa contou com a inestimávelparticipação do Conselho Municipal deDefesa dos Direitos da Pessoa Portadora deDeficiência e foi apenas o passo inicial paraque, num futuro próximo, tivéssemos noRio de Janeiro o mesmo atendimento exis-tente em Los Angeles (EUA), onde 86%das linhas que cruzam a cidade contamcom veículos adaptados.

Lamentavelmente, após o término denossa administração, tal processo foi inter-rompido e devemos continuar lutando paraque ele tenha continuidade e, realmente,saia do papel. Desde já coloco-me à inteiradisposição para quaisquer esclarecimentos emaiores informações.Miguel Bahury (Ex-Secretário Municipalde Transportes; Ex-Presidènte do Metrôe du Cct Rio) — Rua da Assembléia10 1716 — Centro — Rio de Janeiro-RJ— CEP 20! 19-900 — Tel: 242-760S.

¦ ¦ ¦Filmes com legendas

A propósito do importante artigo so-bre surdez publicado no DH dc maioúltimo, gostaria de manifestar meus agra-decimentos por alguém se interessar pelo

problema. Nós. surdos, somos esquecidose ridicularizados por muitas pessoas, en-quanto nosso mundo interior é repleto deamor e ternura, desejo de ser útil e departicipar da sociedade. Se somos conde-nados a um penoso exílio, se somos mar-ginalizados, é quase sempre devido aocomodismo, à impaciência e à intoleràn-cia dos que nos cercam. Se a surdez se aliaà velhice, ainda mais agudo é o nossosofrimento. (...)

Aproveitando a oportunidade, gosta-ria de fazer um apelo às emissoras detelevisão, para que incluam em sua pro-gramaçüo bons filmes legendados, pelomenos uma vez por semana, em horáriodiurno. Este seria, sem dúvida, um bom"presente"

para os surdos brasileiros, quecontam com tão poucas opções de lazer.(...)

Votos para que o DESAFIO DE HO-JE continue formando, encorajando e au-xiliando a luta das pessoas deficientes.Votos para que o JORNAL DO BRASILcontinue a ser o líder entre os jornais.Eli Teixeira — Niterói (RJ).

m u uTalento musical

O Brasil descobriu o talento musicalde Cléverson Uliana através de matériapublicada pelo DESAFIO DE HOJEcom exclusividade, em fevereiro de 1991;por isso, gostaríamos de. antes de mais

DESAFIO DE

HOJE circula juntocom o JORNAL

DO BRASIL naúltima terça-feira

de cada mês.

nada. agradecer ao jornal pela grandeajuda prestada. (...)

De lá para cá. Cléverson já concluiu ocurso de Teoria Musical em Braille pelaEscola Hadley para o Cego no Brasil.Cabe ressaltar que esta escola não aceitaalunos tão jovens, mas abriu uma exceçãoneste caso. devido ao enorme talentoapresentado pelo artista. Atualmente, omenino cursa Solfejo Musical, na mesmaescola. (...)

Portador de deficiência visual irrever-sível, Cléverson Uliana já participou doprograma de TV Xou da Xuxa da RedeGlobo, do Programa Sem Censura daTVE, entre muitos outros, e fez apresen-tações em todo o país de seu repertório,que inclui músicas clássicas, sertanejas epopulares. (...)

As entidades interessadas em contac-tar Cléverson Uliana para apresentaçõesem qualquer parte do país podem telefo-nar para (0465) 63-1220. Desde já agrade-cemos ao DH mais este apoio na divulga-ção de um jovem talento da músicabrasileira.Tadeu Turra Uliana — Santo Antonio doSudoeste (PR).

.Cléverson Uliana: lançado pelo DH

0

JULnu/ DESAFIO DE HOJE PÁGINA 3

Laura Bergallo

Novas próteses

ortopédicas

membros amputados

A palavra prótese — que vem dogrego pros ("em lugar de") e tithe-

mi ("colocar") — significa, literalmen-te, "para colocar em lugar de". Define-se prótese, desse modo, como uma peçaque serve para substituir um órgão,interno ou externo, do corpo humanoAs próteses ortopédicas são peças quesubstituem membros do corpo, comomãos, pés, pernas e braços, possuindo,inclusive, articulações.

dades, novos materiais e novos siste-mas".

O surgimento de componentes pré-fabricados de qualidade, de fato, veiopermitir ao protético a realização deum trabalho individualizado, no qualse considera o tipo de amputação, ascondições do coto, as condições físicase o perfil do paciente (idade, peso enível de atividade), além da expectativado paciente em relação à prótese.

De acordo com Ursula Bôer, "umaboa prótese depende dos componentesutilizados e, principalmente, da suaconfecção e montagem pela oficina or-de membro^nferior? ;u"7au

c 1UU1!^CU1 Pcia ü™ or" tidas com luvas de tonalicde a antigüidade No Rt !°pedlca- A

?"? ldaí dos «""P0*?- à da pele do paciente.

termoplásticos estão tomando o lugarda resina. Sua evolução visa basica-mente ao conforto e à funcionalidade e,para isso, são utilizados materiais cadavez mais flexíveis e de boa resistência.A última palavra em encaixes é a técni-ca conhecida como Isny, que, ao possi-bilitar o movimento dos músculos den-tro do encaixe, proporciona menoratrofiamento do coto.

Para amputados em nível de braço eantebraço estão disponíveis diversos ti-pos de próteses estéticas e mecânicas,funcionais e de ótima aparência, reves-tidas com luvas de tonalidade seme-

de a antigüidade. No período do Re-nascimento elas se sofisticaram, princi-palmente em termos estéticos. Suafuncionalidade, entretanto, permane-ceu bastante limitada até o limiar doséculo XX. Fatores como a falta demateriais especializados, conhecimen-tos de fisiatria ainda rudimentares, des-conhecimento de assepsia e antibióti-cos. e o próprio estágio dedesenvolvimento da medicina, retarda-ram sua evolução, que só veio a seacelerar significativamente a partir demeados de nosso século.

No período que se seguiu às duasguerras mundiais o contingente de am-putados tornou-se bastante expressivo.Já na época da Primeira Guerra Mun-

.dial, existiam próteses com articulaçõesde joelho, porém de custo excessiva-mente elevado; não havendo produção

tes assegura o bom funcionamento daprótese, mas o alinhamento, adequaçãoe a manutenção dependem da técnicada oficina". A Otto Bock, enquantofabricante de componentes, dá orienta-ção e todo o tipo de assistência técnica,tanto às oficinas especializadas (inclusi-ve através da realização de cursos eseminários para os técnicos), quantoaos médicos e aos próprios pacientes.

TecnologiaAs próteses atuais podem ser confec-

cionadas para qualquer nível e tipo deamputação. Mesmo para pacientes de-sarticulados nos quadris já existem pró-teses que possibilitam o caminhar semmuletas.

As próteses de membros inferiorespodem ser divididas em próteses con-vencionais, próteses modulares ou en-

Após a Segunda Guerra, ocorreuuma verdadeira revolução entre as pró-teses para membros superiores. Foramdesenvolvidos os chamados comandosmyoelétricos, que tornam possível aoamputado movimentar as mãos. Ascorrentes musculares existentes no cotopossibilitam o acionamento da mão daprótese myoelétrica. O protético, muni-do de equipamento especial, localiza aregião onde os impulsos musculares sãomais acentuados e aplica eletrodos in-ternos que captam a energia, amplifi-cando-a cerca de 300.000 vezes e cana-lizando-a para um motor que

possibilita a realização dos movimen-tos.

Preços x QualidadeUrsula Bôer esclarece que

"o preço

final das próteses de boa qualidade po-deria ser mais acessível se o governoreduzisse os impostos incidentes. Aindase paga um ICM altíssimo", observaela.

Pesquisar atentamente é atitude in-dispensável ao candidato a próteses. Opreço é um fator importante mas, nestecaso, tem-se que considerar, acima detudo, a qualidade. Existem grandes di-ferenças de preço mas, também, gran-des diferenças de qualidade. E, quandose fala em qualidade, deve-se levar emconta os componentes da prótese, osmateriais com que são confeccionadosos encaixes, os serviços da oficina orto-pédica, a_ orientação que a oficina dáem relação ao uso da prótese, a assis-tência técnica oferecida e a garantiaque acompanha o produto.

Como se pode observar, são tantosos fatores a serem analisados e conside-rados que, para a certeza da obtençãode uma prótese adequada e satisfatória,é importante ouvir a opinião do médicoou terapeuta, além de se informar arespeito, através do maior número pos-sível de fontes confiáveis.

, ' w "U.vuuu jpiuyaw ¦vi.vivuuw, uivjuuiaiCÒ UU ClI-em série dos componentes, estes tinham doesqueléticas e pré-próteses ou próte-que ser confeccionados em aço, indivi- ses intermediárias.dualmente. Dessa época até nossos diashouve grande evolução da técnica orto-pédica, e os componentes passaram aser pré-fabricados e padronizados, pos-sibilitando o acesso às próteses moder-nas a um número cada vez maior depessoas.

As próteses convencionais são feitasem resina ou com componentes emplástico e madeira. Entre essas próte-ses, existem vários tipos de articulaçõesde joelhos.

As próteses modulares ou endoes-queléticas são constituídas por diversos

Pesquisa e Desenvolvimento em

prol do Deficiente Físico

"1" pUl U1VU3U,Hoje, as amputações são causadas módulos padronizados, ajustáveis e in

principalmente por acidentes de transi-to ou de trabalho, câncer, doenças vas-culares e pela própria violência urbana(são muitos os amputados que foramvítimas de disparo de arma de fogo). Aortopedia encontra-se em franca atuali-zação: surgem, a cada dia, novos mate-riais e novos componentes, possibili-tando uma reabilitação efetiva para umgrupo sempre crescente de pacientes.

Para Ursula Bôer, diretora da OttoBock do Brasil, empresa alemã que de-senvolve e fabrica os componentes eorienta as oficinas ortopédicas na mon-tagem das próteses,

"hoje já existem,

no Brasil, excelentes ortopedias, quetrabalham dentro de padrões interna-cionais. Não é mais necessário viajar aoexterior em busca de uma boa prótese".Ursula considera fundamental, entre-tanto, que o paciente procure uma boaoficina ortopédica, que esteja sempreatualizada, pois, segundo ela, "cada ca-so é um caso, e há sempre muitas novj-.

tercambiáveis entre si. Elas podemapresentar vários tipos de articulaçõesde joelhos e de pés. São leves e estéticas,por serem revestidas de espuma cosmé-tica. Recentemente, vêm sendo desen-volvidas as próteses modulares infantis,especiais para crianças. Os componen-tes^ podem ser confeccionados em aço,titânio (material extremamente leve eresistente), alumínio (indicado parapróteses geriátricas, por sua leveza eresistência) ou fibra de carbono.

Já as pré-próteses ou próteses inter-mediárias são especiais para serem co-locadas logo após a cicatrização docoto, com encaixe termoplástico anti-a-lérgico que permite que o paciente ca-minhe logo após a amputação.

Os encaixes (componentes que ligama prótese ao coto) são peças que tam-bém evoluíram consideravelmente nosúltimos anos. Os confeccionados emresina substituíram os encaixes em ma-deira. e, mais recentemente, os materiais

Desde 1919 a OTTO BOCK vem trabalhando para o avanço da ortopediatécnica, ajudando com seus produtos aos portadores de deficiências físicasno mundo inteiro.OTTO BOCK é o parceiro industrial na equipe de reabilitação, desenvolvendoe produzindo componentes e sistemas utilizados na confecção individual depróteses e órteses.Para a OTTO BOCK, pesquisa e desenvolvimento são fundamentais.Onde há reabilitação praticada com êxito, existe também OTTO BOCK.

OTTO BOCK DO BRASILTÉCNICA ORTOPÉDICA LTDAR Rtachue'0. 126-A Centro RJ20230 R'0 de JaneiroTeiefone 10211 224 4595Teíe'ax (0211242 4507

PÁGINA 4 DESAFIO DEiHOJB JULHO/92

DestaouE

Invento

Desenvolvido para solucionar problemasde postura em portadores de paralisia cere-bral, o Módulo regulável para deficientes —aparelho único no mundo — foi um dos ven-cedores do 19" Concurso Nacional do InventoBrasileiro. Projetado por George e GisleinePhilot, o equipamento ganhou o prêmio Go-vernador do Estado, conferido pelo governa-dor de São Paulo. Luiz Antônio Fleury Filho,no último dia 24 de junho. Devido ao seudescontrole motor, os portadores de paralisiacerebral não possuem autonomia sobre a ca-beça, o tronco e os membros, o que inviabilizao uso de cadeiras de rodas comuns. O Móduloregulável permite ao paciente manter-se emuma postura ereta, possibilitando a execuçãode uma série de tarefas e atividades considera-das impossíveis em condições normais.

Encontro nacional

Será realizado nos dias 15 e 16 de agostopróximo no Colégio Brasileiro de Cirurgiões,no Rio de Janeiro, o I Encontro Brasileirosobre a Síndrome de Rett, numa promoçãoda ABRE-TE (Associação Brasileira de Sin-drome de Rett) e do Centro de Estudos JorgeA. B. Farias, da ABBR (Associação Brasilei-ra Beneficente de Reabilitação). Com oapoio da Corde (Coordenadoria Nacionalpara a Integração da Pessoa Portadora deDeficiência), Prefeitura da cidade, SecretariaMunicipal de Desenvolvimento Social e Fun-dação Municipal Lar Escola Francisco dePaula, o Encontro contará com debates, pa-lestras, mesas-redondas e até um grupo in-terdisciplinar para o estudo da síndrome.

A presidente da Associação Internacionalde Sindrome de Rett (Irsa), Kathy Hunter, jáconfirmou sua presença no Brasil para oevento, onde fará uma palestra intitulada"Síndrome de Rett: quais as perspectivas?"Também participarão do Encontro especia-listas em Síndrome de Rett, neuropediatras,musicoterapeutas, terapeutas ocupacionais,psicólogos, fisioterapeutas, neuropsiquiatrase assistentes sociais, além de geneticistas.Maiores informações podem ser obtidas pelotelefone (021)294-6642, ramal 178.

Exame pioneiro

Já está sendo oferecido no Rio de Ja-neiro, na maternidade-escola da UFRJ eem diversas clínicas particulares, unrexa-me pioneiro para o diagnóstico precoce docâncer de ovario, doença que, anualmente,causa a morte de 1.200 mulheres no país,segundo dados do Programa de Oncologiado Ministério da Saúde.

O exame é a ultra-sonografia vaginal,realizado através da introdução na vaginade um tubo da espessura de uma caneta,que capta imagens do interior do ventrefeminino. Quando o câncer de ovário édetectado em seu estágio inicial, a sobrevidaapós o tratamento com remédios ou cirur-gia é de 70%. A ultra-sonografia vaginalmuitas vezes consegue diagnosticar o tumormaligno antes mesmo do primeiro estágio,o que não ocorre com a ultra-sonografiatradicional nem com o exame manual feitopelos ginecologistas. No Brasil, ocorrem1.500 novos casos de câncer no ovárioanualmente e, destes, 1.200 são falais.

Geralmente, a doença è iniciada a par-tir de um cisto, que posteriormente setransforma em um tumor maligno, pas-sando por quatro estágios de gravidade atéatingir a metástase. Estatísticas já realiza-das comprovam que, em 75% dos casos, aspacientes só procuram ajuda médica quan-do o tumor já se encontra no terceiro ou

quarto estágios, época em que a sobrevidaapós o tratamento clínico ou cirúrgico émuito pequena —abaixo de 12%.

Nas duas últimas fases de gravidade dadoença, a paciente tem o volume da barrigamuito aumentado. A medicina ainda não con-segue estimar quanto tempo exatamente trans-corre entre o surgimento do cisto e do tumormaligno — daí a necessidade fundamental dodiagnóstico precoce da enfermidade.

A ultra-sonografia vaginal analisa o eis-to ovariano e permite ao médico saber quala probabilidade de ele se transformar emum tumor maligno, num exame conhecidocomo "de rastreamento" que já está sendoamplamente utilizado no mundo inteiro.

O exame, no entanto, não é para serusado rotineiramente: são indicadas para aele se submeterem mulheres a partir dos 40anos de idade e as mais jovens que apresen-tem cisto no ovário. A ultra-sonografia va-ginal é indolor, dispensa anestesia e demoraapenas cinco minutos para ser feita.

Nova técnica

Um professor de anatomia da Universi-

dade de Gotenburgo, na Suécia, PerIngvar Branemark, é o inventor da chama-da "integração óssea", uma nova técnicaque consiste no enxerto de um molde detitânio no osso que restou do membro am-putado e esperar que o material seja bioin-tegrado. A partir daí, cria-se um ganchocom suficiente firmeza para sustentar umaprótese permanente, que facilita a mobilida-de e proporciona maior conforto a ampu-tados.

A nova técnica já foi experimentada comsucesso em uma jovem sueca de 26 anos,que perdeu ambas as pernas em um aciden-te e se tornou a primeira pessoa no mundo ater uma prótese permanente. A jovem, TeijaNilsson, após passar 12 anos em uma cadei-ra de rodas, conseguiu ficar em pé de novograças ás suas novas pernas artificiais.

Na realidade, essa nova técnica já foiutilizada na década de 60, só que com oobjetivo de fixar dentaduras no maxilarinferior; além disso, também foi largamenteempregada em cirurgias faciais e cranianas.Segundo o seu inventor, o fato de a prótese

estar diretamente ligada ao osso conferesensibilidade ao paciente no controle donovo_ membro."E como se essas pernas artificiais los-sem parte de mim. Posso sentir o chão",testemunhou Teija Nilsson. Embora a pa-ciente, na realidade, tenha permanecido depé durante apenas alguns minutos e, mesmoassim, com ajuda de terceiros, Branemarkassegura que ela será capaz de caminharsomente com o auxílio de muletas, apóssubmeter-se à fisioterapia.

Lei

A Câmara Municipal de GovernadorValadares (MG) aprovou a lei que reservaum percentual de 5% do total de empregospúblicos para trabalhadores portadores dedeficiência. As vagas serão preenchidasatravés de concurso público, cujo conteúdoe forma serão definidos por especialistas.

Mais opções

Salvador (BA) acaba de inaugurar doislocais especialmente adaptados para aten-der pessoas portadoras de deficiências: oCentro de Educação Especial da Bahia e aEscola Wilson Lins, para deficientes auditi-vos, que, após funcionar de maneira itine-rante em quatro locais diferentes, já estáinstalada em local definitivo.

Equipado para atender 800 portadoresde deficiências, o Centro de Educação Espe-ciai da Bahia funcionará como pólo receptorde alunos deficientes oriundos das escolas darede regular de ensino estadual. "O Centroserá fundamental para desenvolver progra-mas complementares e alternativos de reabi-litação de deficientes, auxiliando na sua inte-graçao à sociedade", acredita a secretária deEducação, Dirlene Mendonça. Com 16 sa-Ias, consultórios médico e odontológico, bi-blioteca, sala de brinquedos, auditório e re-feitório, o Centro também desenvolverátrabalhos de estimulação precoce com crian-ças de zero a quatro anos.

Durante a inauguração, da^scola, Wil-,sonLins, voltada para q; atendjmçnjoj dê j

crianças deficientes auditivas, certamente apessoa mais emocionada era o próprio jor-nalista Wilson Lins, que afirmou ter espera-do "20 anos para ter a felicidade de ver aescola deixar de ser itinerante e se instalarem local definitivo, para melhor atender àscrianças surdas". A escola, que leva seunome, contará, este ano, com os 116 alunosjá matriculados, mas o número de vagasserá aumentado em 1993. A Wilson Lins.que funcionava em um imóvel velho e aper-tado, ganhou agora instalações muito ade-quadas e equipamentos especiais.

Bruxismo

Um dos problemas mais freqüentes emportadores de Síndrome de Rett, o bruxis-mo (ranger de dentes) parece ter um trata-mento bastante simples e de custo zero, quefoi desenvolvido por um terapeuta ocupa-cional de Telaviv, Israel. Ele orientou ospais de uma menina portadora da síndromepara que curassem o bruxismo da filhaatravés de massagens em suas bochechas egengivas. Inicialmente, as bochechas devemser massageadas com as mãos fechadas oucom os dedos indicadores envolvidos emum pano, sempre de cima para baixo — ouseja, das maçãs do rosto para a boca. De-pois é a vez de a gengiva superior ser massa-geada, do centro para a esquerda e docentro para a direita. O mesmo deve serfeito com a gengiva inferior. De acordo coma mãe da menina, o problema do bruxismofoi praticamente solucionado com este tra-tamento que, no entanto, deve ser aplicadodiariamente, sem nenhuma interrupção, pa-ra que a melhora se processe gradualmente.

Hanseníase

A Baixada Fluminense, no Rio de Janei-ro, é a campeã mundial, por população, deincidência de hanseniase, doença que atingeno local cerca de cinco mil pessoas, deacordo com dados da Organização Mundialde Saúde (OMS). O estado de extrema po-breza e a falta de saneamento básico são osprincipais fatores que levam a esta tão altaincidência da enfermidade na região.

Para tentar reverter esse quadro, oMorhan (Movimento de Reintegração doHanseniano) vem promovendo uma cam-panha de esclarecimento da população,através de palestras em escolas, igrejas,sindicatos e associações de moradores. Oobjetivo final é a erradicação da hansenía-se. Apesar de ter cura e um tratamentobastante simples, feito com antibióticos —que pode durar entre seis meses e dois anos—, a hanseniase ainda é alvo de muitospreconceitos e discriminações, que chegama atingir até mesmo os médicos que lidamcom a doença. Assim, a maior dificuldadeno combate à hanseníase é — depois dadesinformação — o preconceito que en-frentam seus portadores, que acabam hesi-tando em procurar auxílio médico ao des-confiarem de que estão doentes.

O surgimento de pequenas manchasbrancas ou avermelhadas na pele, a perdada sensibilidade local e a queda dos pêlosdo corpo são os primeiros sintomas da han-seniase. A doença é confirmada somenteatravés de um exame subeutâneo denomi-nado Teste de Mitsuda, que determina apresença do bacilo causador da enfermida-de. Ê importante lembrar que 90% da po-pulaçâo possui anticorpos contra a hanse-níase e, mesmo em contato com um doente,não pega a doença. Além disso, a partir domomento em que inicia o tratamento, ohanseniano,deixa,deconjagiaj-. . •

Cinco boas razões

para você anunciar no

DESAFIO DE HOJE

1 — Circulando junto com o JORNAL DO BRASIL sempre na últimaterça-feira de cada mês, DESAFIO DE HOJE atinge não somente apessoa portadora de dificiência e sua família, mas a populaçãoem geral. ;

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JUÜHÜ/92. pESAHOpEHQJE: . _ PÁGINA 5

Cegos x Mercado de Trabalho

Elizabet Dias de Sá

Não é novidade para ninguém o fato de

que o mercado de trabalho no Brasilestá cada vez menos favorável e mais competi-tivo. Basta lembrarmos o desemprego em mas-sa, a instabilidade econômica e a concorrênciaacirrada nos processos de seleção e concursospúblicos. A proporcionalidade candidatos/va-gas é surpreendente, isso sem falar na absorçãode mão-ie-obra cada vez mais especializadapara salários cada vez menos compatíveis. Ostrabalhadores comuns estão sujeitos às exigên-cias do mercado, regulado pela lei da oferta eda procura.

Imaginem o que se passa com um segmen-to da sociedade que esta submetido ás mesmasregras e com uma desvantagem; a falta davisão. Essa limitação sensorial impõe um per-curso de obstáculos quanto á escolha e aoengajamento profissional dos cidadãos parcialou completamente cegos.

Vamos abordar a questão sob o aspectodaauelas pessoas que foram afastadas do tra-balho porque perderam a visão, parcial outotalmente, em decorrência de acidentes ou deenfermidades, e daquelas que estão fora domercado formal de trabalho porque já nasce-ram cegas ou perderam a visão prematura-mente.

A primeira situação é mais freqüente e maissimples do ponto de vista dos mecanismosacionados. A cegueira adquirida configura umestado de deficiencia permanente que justificaa aposentadoria precoce, legalmente definida.O trabalhador tem o direito de usufruir delicenças médicas sucessivas para tratamentoaté seu afastamento definitivo do trabalho.

Raramente o empregador propicia ao em-pregado a oportunidade de sua reintegraçãoprofissional, sendo mais fácil e prático aplicara lei, que é considerada um justo beneficio. Oprocesso de reintegração é lento e trabalhoso,dependendo de aspectos intrínsecos e extrínse-cos à vida do empregado e da disponibilidadee abertura por parte do empregador. O traba-lhador deixa de executar tarefas visuais, assu-mindo outras de acordo com ajustes e adapta-ções programadas, devendo ser preparadopara o remanejamento. Isso exige análise ocu-pacional dentro da empresa, fáorica ou insti-tuição, assim como analise das característicasindividuais e qualificação pessoal e profissio-nal.

Este procedimento não é comum e nãoparte da iniciativa da empresa ou trabalhador.Geralmente, parte da iniciativa de equipes ouserviços de reabilitação que se interpõem entreo empregado e.o empregador, intermediando areintegração. E uma prática ainda isolada emuito pouco freqüente no Brasil.

Já a inserção profissional das pessoas por-tadoras de cegueira congênita ou adquiridaprematuramente é muito mais difícil. A grandemaioria dessas pessoas estão fora do mercadoformal de trabalho. Existem os camelôs, cam-bistas, biscateiros e os que perambulam pelasruas numa condição de inteligência. Algunsvivem completamente tutelados pelos família-res ou instituições filantrópicas. Poucos conse-guem trabalhar com vínculo empregatício, es-pecialmente em ocupações que escolheram.Aqueles cujo poder aquisitivo o permite ocu-pam a posição de proprietários ou empregado-res.

O direito de participação em concurso pú-blico é uma conquista recente, assegurada pelaConstituição. Mesmo assim, enfrentamos re-sistências e objeções. O candidato deficientevisual perde muito tempo respondendo per-guntas e dando explicações. Quase nunca en-contra condições apropriadas e quase sempreprecisa convencer os outros sobre suas poten-cialidades.

Vencida a niarátôná do 'Concurso' dnfrerf-

tamos um teste de resistência física e moral: oexame médico pré-admissional, que homologaa "incapacidade" com base em dispositivoslegais definidores de restrições ocupacionais.Sendo impedido de ocupar o cargo para o qualfoi aprovado, o deficiente deve valer-se derecursos administrativos e recorrer à Justiça sequiser reverter a situação.

A lei é genérica e linear, colocando sobuma mesma instância de julgamento casosabsolutamente heterogêneos. A aposentadoriapor invalidez, que representa, aparentemente,um benefício, torna-se também um instrumen-to de estagnação e de exclusão. Não é justo enão é digno excluir o deficiente visual domercado de trabalho sem proporcionar-lhecondições adequadas de seu aproveitamento.Justo e digno é o Estado assumir a responsa-biüdade de assistência integral de um grupo deportadores de deficiências múltiplas com gra-ves comprometimentos que estão, rigorosa-mente, "incapacitados

para o trabalho", de-pendentes de suas famílias ou de instituições,não tendo condições básicas de garantir suasobrevivência.

Existem programas de incentivo à absorçãode mão-de-obra de pessoas com deficiênciavisual em ramos específicos de produção in-dustrial e agrícola, na área de informática etelefonia, operação de câmaras de raio X,massagens e venda de loteria. Não necessaria-mente o indivídio tem interesse ou vocaçãopara exercer uma dessas atividades, podendosurpreender pela revelação de habilidades, ta-lentos e versatilidade na superação de seuslimites. Muitos conseguem sufocar ou subli-mar suas aspirações e potencialidades, adap-tando-se às alternativas possíveis para nãoficarem desempregados.

Não se trata de ignorar as característicasatuais do mercado competitivo, que favorecemessa tendência em quase todas as categoriasprofissionais. Trata-se de compreender que adeficiência não deve servir como critério deexclusão ou de contratação de pessoal, descon-siderando-se a qualificação e competência parao trabalho. A reserva de um percentual devagas para pessoas com deficiência não serádefensável como mais um mecanismo de pro-pagação do estigma.

Barreiras invisíveisA pior forma de segregação é aquela quemarginaliza a pessoa em qualquer ambiente,

dificultando a aproximação e o contato natu-ral. A interação e convivência são reguladaspor estereótipos, tabus, idéias míticas e precon-cebidas. As pessoas entram em relação com adeficiência do outro como se esse outro fosse opadrão resultante de uma escala de produçãoseriada. Generalizam condutas e procedimen-tos, criando protótipos e figuras imagináriasprojetadas da deficiência que parece não com-portar o heterogêneo e a individualidade.

A privação sensorial é objeto de curiosida-de, , surpresa e admiração. Uma pessoa comdeficiência visual é vista quase sempre comoalguém muito dependente que precisa ser guia-do, protegido e amparado. O cego costuma sertratado como se fosse uma criança, uma ma-rionete, um pobre-diabo ou um "super-ho-mem". A falta de visão, a priori, é percebidacomo ponto frágil e vulnerável, detonandoatitudes e expectativas extremas que coisificamas pessoas nao videntes. Essas e outras barrei-ras são quase intransponíveis e podem obsta-culizar o acesso dos deficientes visuais ao mer-cado dejrabalho. Ao conseguirmos vencer taisimposições, a deficiência será assimilada comnaturalidade e seremos considerados aparente-mente "normais", como todos os outros rida-dãos.Mesa-Redonda realizada no dia 09 de junhoúltimo, durante o seminário. "Qualidade devida das pessoas portadoras de deficiência", emBelo HÒnzonté (MG). ¦ 1 ; 6 • '<¦ - 1

Bisturi a laser reduz

risco de infecções

Gom os constantes progressos da

ciência médica, os riscos de conta-minação de Aids, hepatite ou doença deChagas, devido à necessidade de transfu-sões sangüíneas durante cirurgias, ten-dem a diminuir cada vez mais. A utiliza-ção da nova tecnologia representada pelobisturi a laser em cirurgias de grandeporte — como, por exemplo, as cerebrais,onde o paciente perde grande quantidadede sangue, vem reduzindo considerável-mente a necessidade das transfusões san-güíneas. Desde que o bisturi a laser foiadotado nos centros cirúrgicos brasilei-ros, há aproximadamente 11 anos, houveum decréscimo de 80 para cinco por cen-to no número de transfusões sangüíneasrealizadas nessas circunstâncias.

De acordo com o presidente da Asso-ciação Brasileira de Laser em Cirurgia, oneurocirurgião Luiz Mattos Pimenta, "háatualmente uma tendência a que essa pro-porção se reduza ainda mais, a medidaque modelos mais aperfeiçoados de bisturia laser forem sendo desenvolvidos".

O laser do tipo Yag, por exemplo,introduzido no Brasil através do Hospi-tal Albert Einstein, é o primeiro dotadode fibras flexíveis. Em todos os outrostipos a luz do laser caminha em linhareta. O Yag é utilizado principalmenteem cirurgias do aparelho digestivo, jáque permite o acesso a áreas considera-das inatingíveis ao bisturi tradicional.

Pioneiro na introdução da técnica nopaís e responsável por 300 microcirurgias

cerebrais a laser, Luiz Mattos Pimentaexplica que a redução do sangramentoobtida com a utilização do laser é causadapor sua propriedade térmica. "O aparelhoatua sobre o tecido durante poucos se-gundos a uma temperatura de aproxima-damente cem graus, vaporizando o tumorou lesão existente no local. Esse tipo deação é, paralelamente, coaguladora, pro-vocando o fechamento dos vasos e, por-tanto, evitando o sangramento."

Existem hoje no Brasil apenas qua-tro hospitais que utilizam o laser cirúr-gico, sendo que o mais usado é o de gáscarbônico: Albert Einstein, Beneficên-cia Portuguesa e Sírio Libanês em SãoPaulo e, no Rio de Janeiro, o da Beneíl-cência Portuguesa.

Durante a cirurgia, o bisturi a laser écontrolado através de microscópio e deum bastão semelhante aos acopladosem videojogos. Esse procedimento ga-rante uma precisão de 0,5mm, o quesignifica que o aparelho pode ser dire-cionado exatamente sobre o ponto de-sejado, sem atingir o tecido em volta esem necessidade de nenhum toque ma-nual ou mecânico, o que reduz o trau-matismo natural inerente às cirurgias.

"O bisturi a laser tornou viáveis inter-venções cirúrgicas impensáveis há apenasdez anos, como, por exemplo, as do troncocerebral, a área mais interna do cérebro eque é responsável pelo controle de funçõescomo a respiração e os batimentos cardía-cos", finaliza o neurocirurgião.

Damos, a seguir, uma lista de personagens célebres, conhecidos nomundo inteiro por seus talentos, obras ou feitos gloriosos. Todos, semexceção, eram portadores de uma limitação física, sensorial ou mental.De que tipo de deficiência eram portadores?

a) Homerob) Alexandre, o Grandec) Beethovend) Van Goghe) Miltonf) Byron

g) Helen Kellerh) Renoiri) Camõesj) AleijadinhoI) Nelsonm) Louis Braille

[ensiA epirepijap (ui íboistj epirapijsp (j íeoisij epuspyap(f íjBnsiA epuapipp (i íboisij epirepipp (q íeAptpne a pmstAepuapipp (3 tvoisij epuapipp (j ípjnsiA trpuapipp (a ímuajjoz-mbsa (p íBAijipnB epuapipp (o íeisdands (q ípmsiA epippipp (u

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PÁGINA 6 DESAFIO DE H

Defícient

Ensino a distância reso

O ensino à distância supera as barrei-ras de distância física entre os estu-

dantes e a instituição de ensino, cons-tituindo-se em excelente opção para osportadores de deficiências com dificul-dades de locomoção. Com origens queremontam à primeira metade do sécu-lo XVIII, o ensino à distância ganhoumaior impulso a partir da segunda me-tade do século XX, quando passou a sermais amplamente conhecido e presti-giado no meio acadêmico e pelo públi-co em geral. Há mais de 250 anos osprogramas de ensino à distância têmexercido importante papel como edu-cação complementar. Há pouco maisde 100 anos surgiram os programas denível universitário.

Ajudando a minorar a falta de opor-Umidade educacional em vários países,essa modalidade de ensino tem sido, emmuitos casos, a única opção de estudoacessível a pessoas com dificuldades delocomoção, a deficientes físicos e a doen-tes em isolamento.

Como "ensino à distância" são cias-si ficados os programas de ensino nosquais estudante e professor estão sepa-rados em termos de espaço físico. Acomunicação entre ambos se dá atra-vês de um ou mais meios de comunica-ção de massa. Materiais impressos co-mo livros, textos, apostilas e jornaistêm importante papel e são largamen-te utilizados. Nessa modalidade de en-sino, o estudante tem autonomia paradecidir sobre o tempo que pode e querdedicar aos estudos, assim como sobreo local mais conveniente para realizá-los.Podendo ser empregada em qualquer ní-vel de ensino, a educação a distância,

teoricamente, pode alcançar um númeroinfinito de indivíduos.

Correio, o pioneiroO correio foi o primeiro meio de co-

municação à distância entre aluno, pro-fessor e instituição de que se tem notícia.Por muito tempo, foi também o único.Ainda hoje, apesar da tendência crescen-te de se combinar vários meios de comu-nicação, o correio, por ser econômico eeficiente, é largamente utilizado.

Em 1728 surgiu nos Estados Unidos oprimeiro curso por correspondência, queensinava taquigrafia. Criado em 1874, oprograma por correspondência estabele-cido pela Universidade de Illinois podeser considerado como o início dos cursospor correspondência a nível universitárionos E.U.A. Mas foi a Universidade deChicago, em 1891, que primeiro finan-ciou e organizou formalmente um cursodessa espécie. Contudo, a primeira uni-versidade propriamente chamada deUniversidade de Ensino a Distância foi ada África do Sul que, em 1946, ofereciasomente cursos por correspondência. Di-fundidos também na Europa, programasde ensino superior à distância já eramcomuns desde o século passado. Entre-tanto, no Brasil, ainda hoje são vistoscom restrições.

Atualmente, cursos por correspon-dência continuam desempenhando fun-ção social tão importante quanto nosséculos passados. A tendência é combi-ná-los com os modernos recursos da tec-nologia para superar limitações, como,por exemplo, a falta de feedback imedia-to. No exterior, muitas universidades in-traduziram o uso de microcomputado-res, videotape e telefone para auxiliar a

aprendizagem do estudante em cursosconcebidos inicialmente como cursos ex-clusivamente por correspondência.

VantagensA transmissão de programas educa-

cionais pelo rádio é outra possibilida-de de ensino á distância. O rádio temalgumas vantagens sobre o correio, co-mo seu poder de alcance superior, po-dendo rapidamente atingir áreas de difí-cil acesso. Outra de suas vantagens é ocaráter quase instantâneo da propaga-ção das ondas sonoras. A popularidadedo rádio de pilha, sobretudo nas zonasrurais dos países em desenvolvimento, éainda uma outra vantagem. Como acon-tece com o correio, entretanto, o rádiotambém não possibilita feedback imedia-to, dificultando a troca de informaçõesentre professor e aluno.

A versatilidade dos programas de rá-dio é imensurável. No Brasil, o rádiotem sido bastante utilizado para trans-mitir programas de Io e 2o graus ede educação continuada.

Possibilidade de diálogoExperiências realizadas na década de

60 apontaram o telefone como exce-lente motivador da aprendizagem, comefeito superior até mesmo ao do rádio edo material impresso, dada a possibili-dade de diálogo. No Brasil, o telefonecomo meio instrucional é ainda poucocomum devido a seu alto custo e, conse-qüentemente, ao pouco acesso que a eletem a população de menores níveis derenda. Em contrapartida, programaseducacionais por telefone proliferamtanto na Europa quanto nos EstadosUnidos.

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precisar sair de casa, o dejicicorrespondência, rádio e televisão

Já a utilização da televisão comomeio de ensino a distância é bem maisdifundida. Nos anos 50, cerca de 114faculdades americanas já mantinham au-Ias por TV, às vezes combinadas comaulas tradicionais. Durante algum tem-po, os cursos por televisão entraram emdeclínio, mas o advento do videotape edo satélite os reativou. Atualmente, faz-

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Indicamos, a seguir, alguns cursosem educação à distância atualmente dis-poníveis no Brasil através dos meios decomunicação:

Cursos por correspondênciaCursos de Desenho Artístico e Publi-

citário; Desenho Arquitetônico; Dese-nho de Mecânica; Fotografia; Mecâni-ca Geral; Mecânica de Motos e deAutomóveis; Eletricidade; Refrigeraçãoe Ar Condicionado; Eletricidade de Au-tomôveis; Eletrônica Básica; EletrônicaDigital; Torneiro Mecânico; Especializa-ção em Videocassete; Televisão em Pretoe Branco e a Cores; Informática; Agro-pecuária; Técnicas de Vendas; Secreta-riado; Auxiliar de Escritório; Contabili-dade Prática; Auxiliar emAdministração de Empresas; Mestre de

Obras; Violão; Corte e Costura; Borda-do, Tricô e Crochê; Beleza da Mulher;Jardinagem; e Supletivo de Io e 2° Graus,são oferecidos pelo Instituto UniversalBrasileiro, situado à Av. Rio Branco,781 — Caixa Postal 5058 — Centro —São Paulo —CEP 01051.

1

RADIOAtravés do convênio MEC-ABERT

(Associação Brasileira de Emissoras deRádio e Televisão), todas as rádios AMdo país cedem 45 minutos aos sábados eaos domingos para veicular, atualmente,programas de aperfeiçoamento paraprofessores. No momento, quatro dife-rentes programas estão no ar:

Educação e Debate — mesa-redondacom discussão de temas variados deinteresse profissional dos professores.

Primeiras Letras, Muitas Dúvidas —dirigido a professores de C.A. e Ia série,veicula respostas a cartas e a dúvidassobre alfabetização.

Um Novo Tempo — série de progra-mas sobre educação voltada para a ci-dadania.

Educação em Revista — programas

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de entrevistas, em que são descritasexperiências bem-sucedidas em educa-ção para que possam ser recriadas deacordo com as necessidades e possibi-lidades de cada região.

Atualmente, a rádio MEC-AM (fre-qüência: 800KHz) encontra-se em fasede reformulação de sua programação,e pretende vir a oferecer outros cursos.Entre os programas educacionais quevisam o crescimento individual, a par-ticipação na comunidade e oferecemuma perspectiva de educação continua-da, a rádio MEC-AM veicula Gritoda Terra (sobre meio-ambiente, nas 5asfeiras às 7h30) e Roda da Vida (dedica-do à 3a idade, nas 5as feiras às 7h45).Maiores informações podem ser obti-das pelo telefone (021):22It7447.

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li I m i li mu mi li li mil lli HUUII—i lill—ii II—ciente pode estudar e aprender uma profissão através de cursos por

se uma distinção entre programas educa-cionais por TV e telecursos. Estes últi-mos são conjuntos instrucionais comple-tos que apresentam um corpo deconhecimentos através da integração dematerial impresso, vídeo e interação hu-mana.

A televisão possui uma característi-ca peculiar: pode combinar audição e

visão e, mais recentemente, diálogo, comgrande vantagem para a aprendizagemdo estudante. Por isso, a TV se adequaao ensino de, praticamente, um númeroinfinito de assuntos. A transmissão deprogramas de graduação e pós-gradua-ção por TV é crescente no cenário inter-nacional. No Brasil existem programasde televisão em níveis de Io e 2o graus e

de educação continuada, não existindoainda em nível superior.

Avanços tecnológicosA proporção que os microcomputa-

dores tornam-se menos custosos e comcapacidade para desempenhar funçõessemelhantes às atividades inerentes aoser humano, mais úteis eles se tor-nam para o ensino a distância. 0 com-putador pode ser programado para dia-logar com o estudante, sendo capaz deoferecer feedback concomitante ao de-sempenho do aluno. Muitas vezes oscomputadores são ligados a uma cen-trai telefônica, onde os alunos podembuscar ajuda adicional.

Com relação às transmissões via sa-télite, observa-se que elas possibilitam arápida divulgação de descobertas cientí-ficas e sua incorporação aos programaseducacionais. São importantes para vá-rios campos do conhecimento humano epara obter informações ao vivo sobre oque ocorre em todo o mundo. O ensino àdistância via satélite pode contribuir sig-nificativamente para a era das colôniasespaciais e de viagens interplanetárias,que há muito deixaram de ser utópi-cas.

Tendência AtualO ensino à distância é mais adequa-

do ao indivíduo com disciplina de es-tudos e capaz de estudar independen-temente, resolver problemas ou buscarajuda quando não consegue resolvê-lossozinho.

Em países muito extensos territorial-mente, como o Brasil, os cursos de

invito

TELEVISÃOPromovido em conjunto pela Funda-

ção Roberto Marinho e pela TV Educa-tiva, vai ao ar na TV Globo (canal 4VHF) de 2a a sábado às 6h30, com dura-ção média de 40 minutos, o Telecurso2o Grau. Iniciando-se anualmente emfevereiro, com encerramento no finalde novembro, o Telecurso é um Suple-tivo de 2o Grau que possibilita ao alu-

no prestar os exames da Coordenaçãode Ensino Supletivo do Rio de Janeiro,e suas matérias podem ser gradativa-mente eliminadas. Na TVE (canal .2VHF) o mesmo Telecurso é veiculadode 2a à 6a feira às 8 horas.

A TVE mantém, além do Supletivode 2° Grau, um telecurso preparatóriopara o vestibular denominado Vesti-bulando, com 4 aulas diárias, de 12h30às 14h, e que engloba todas as matériasdo vestibular. Veicula também cursosde línguas, como o Alies Gute (de ale-mão), que vai ao ar aos sábados às10h30 com reprise às 4as às 14h e às 5asàs llh30; o In Italiano (de italiano),horário de lOh aos sábados com reprisenas 5as feiras às 14h e nas 6as às 1 lh30; eo / Love You (de inglês), sempre basea-

do em músicas atuais, com atençãoespecial para a pronúncia e a análisegramatical, nos sábados às llh e nas6as às 14h. Apresenta também os pro-gramas France-Express (em francês, nas2as e sábados às 9h e nas 3as às 1 lh30) eImagens da Itália (em italiano, nas 2as esábados às lOh e nas 5as às 14h), que nãosão propriamente cursos, mas revistasculturais destinadas a quem já com-preende os idiomas. O curso Um Saltopara o Futuro, de reciclagem para profes-sores do Io Grau, é oferecido diariamen-te de 19h20 às 19h55, também pela TVE-RJ e por todas as emissoras educativasdo país, inclusive com um sistema detelepostos, através dos quais os professo-res podem acompanhar e participar dosprogramas, além de esclarecer, dúvidas. ,<

ensino à distância têm um papel mui^to importante, que é o de superar dis^tâncias e servir ao maior número pos-sível de pessoas. Às vezes, esses cursossão a única forma de educação dispo-nível a segmentos dispersos da popula-ção que vive em locais isolados e dedifícil acesso, assim como às pessoascom dificuldade de locomoção.

Os programas atuais de ensino a dis-tância tendem a ser mais receptivosaos objetivos e às necessidades de cadaindivíduo. O uso de multimeios de co- ,municação (correspondência, rádio, tele-fone, televisão, computadores, satélite)provou ser capaz de encurtar as distân-cias e favorecer as condições de aprendi-zado. Todavia, tal combinação podeconstituir um problema para países ondea disponibilidade de tecnologia avança-da é limitada e o investimento dispendio-so, tornando seu uso acessível apenas aosegmento da população que dispõe dosrecursos exigidos.

Recentemente, observa-se um movi-mento bastante forte no sentido de en-*volver o estudante no processo de toma-das de decisões. Já há programas deensino á distância que incentivam os es-tudantes a identificar seus próprios obje-tivos de estudo, transferindo-se o foco deatenção do professor ou do próprio pro-grama para o estudante. A própria pre-paração dos professores é extremamenteespecífica: para que os futuros professo-res especialistas em ensino à distânciaexperenciem problemas semelhantes aossentidos pelos alunos desse sistema, umaboa parte de sua preparação é operacio-n^lizada a distância.

íbíOÍfJINSTITUTO BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA APUCACW

Assistência fisioterapêutica,neurológica

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PÁGINAS DESAFIO DE HOJE JUL'MQ/92]

0 compositor Beethoven,

o físico Stephen Hawking,

a atriz Sarah Bernhardt,

o escultor Aleijadinho,

o músico Ray Charles,

o pintor

Toulouse-Lautrec,

o escritor Jorge Luis Borges

e o político

Franklin Roosevelt

provaram ao mundo

que a eficiência humana

é maior do que qualquer

deficiência física.

m PETROBRASGovernodoBrasil

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JULHO/921 DBSAFIQ DE [HOJE; RÁGJNA 9

equipamento

facilita acesso de

deficientes à praia

Fórum <de) debates

Desmontado,saco de lona,transportado

Üm projeto realizado

e executado porprofessores e alunos daPUC (Pontifícia Universi-dade Católica) do Rio deJaneiro permitirá que aspessoas portadoras de de-ficiência física desfrutem,com conforto e seguran-ça, de uma das mais bara-tas e melhores opções delazer carioca: a praia. É oDeslizador Anfíbio, se-melhante a uma cadeira,inílável e flutuante, que,sobre uma base em formade esqui, transpõe barrei-ras como o calçadão, asrampas de cimento, aareia e a vegetação que,até hoje, dificultavammuito o acesso dos defí-cientes â praia e ao mar.

O projeto começou aser desenvolvido em 1985por alunos e professoresde Projeto de Produto —disciplina ligada ao De-partamento de Artes dauniversidade —, a partirde uma questão propostapela professora Vera Bal-tar, do Departamento deFísica. Vera, paraplégica"e usuária de cadeira de rodas, levantou oproblema da dificuldade de acesso dos defí-cientes à praia. Lançada a questão, o primei-ro aluno a aceitar o desafio de criar umequipamento que facilitasse o acesso do defí-ciente à praia foi Iran Ferreira e, desde então,três equipes já trabalharam no projeto.

De acordo com José Luiz Mendes Ripper,coordenador do Laboratório de Protótiposda PUC e idealizador do Deslizador Anfíbio,"problemas como a questão do atrito entre oaparelho e a areia foram superados com aajuda do Laboratório da disciplina de Mecâ-nica dos Solos do Departamento de Enge-nharia Civil. O Departamento de Ciênciasdos Materiais e Metalurgia contribuiu comos estereoscópios, que são microscópios espe-ciais". "Além disso", prossegue Ripper,"também o Centro de Vida Independente(CVI), entidade carioca integrada em suamaioria por pessoas portadoras de defíciên-cia física, deu assessoria e participou da con-fecção do equipamento".

Muitos testes foram realizados para sechegar ao material mais adequado ao terrenoda praia e os projetistas da PUC tambémcontaram com a ajuda de físioterapeutas eterapeutas ocupacionais, que informaram so-bre a posição mais correta e confortável parao deficiente. Com o tempo, os problemasforam sendo superados e o modelo final doequipamento atende, no momento, às neces-sidades das pessoas deficientes. "No entanto,estamos abertos e atentos a toda e qualquernecessidade de aperfeiçoamento do aparelhoe a própria utilização contínua mostrará asadaptações e melhorias a serem feitas, casoexistam", ressalta Ripper.

Com o Deslizador já pronto, o CVI entrouem contato com a Riotur, cuja preocupaçãomaior, inicialmente, referia-se à segurança doequipamento. Após exaustivos testes, o órgão

compactado e colocado em umo aparelho pode ser facilmentena mala de um carro

está apostando no sucesso da iniciativa e deveencomendar dez aparelhos, que serão distri-buídos entre os postos de salvamento de Co-pacabana, Arpoador, Ipanema e Leblon. "ODeslizador Anfíbio facilita muito a vida dosdeficientes e o trabalho dos salva-vidas, já quereduz para 1/4 o peso real do usuário. Atéagora, os salva-vidas carregavam os deficientesnos braços", lembra Ripper.

Para Gil Pellegrini, da Equipamentos Inflá-veis Angeviniere Ltda., empresa que comercia-lizará o produto e já fabricou três (dois delesestão na PUC e um na própria empresa), oDeslizador Anfíbio apresenta inúmeras vanta-gens. "Por ser inílável, ele pode ser desmonta-do, ficando do tamanho aproximado de umabarraca de praia. Suas dimensões, quandodesmontado e compactado através da bombade ar que acompanha o equipamento, são del,30m de comprimento por 20cm de diâmetro,o que garante o seu fácil transporte na mala dequalquer carro", afirma Pellegrini.

Segundo ele, também a firma Pure Water,de Brasília (DF), já demonstrou grande inte-resse em adquirir o Deslizador, já que a em-presa é especializada na construção de parquespúblicos que incluem piscinas comuns e comondas artificiais. "Eles

gostaram muito do pro-jeto e estão interessados em adquirir os equi-pamentos para seus parques de Brasília, For-taleza e São Paulo, visando facilitar o acessodas pessoas portadoras de deficiência a maisesta opção de lazer", informou Pellegrini. Játendo assistido a alguns testes do aparelhofeitos pelos próprios deficientes, Pellegrini res-salta a alegria e a confiança com que asdeficientes entram na água, graças ao Desliza-dor.

Com um custo aproximado de CrS 1 mi-lhão, espera-se, agora, que o Deslizador An-fíbio se torne comum nas praias cariocas,assegurando aos deficientes o direito de aces-so^a uma op^ão saudável de lazer.

Aventuras de uma paraplégica

brasileira nas calçadas alemãs

Maria Luiza S. Pinto

Há coisas que marcam. Viagens, por e.xem-

pio. E, nas viagens, museus, monumen-tos. paisagens, vitrines. Mas. para mim, o quemais marcou minha viagem à Alemanha foramas calçadas.

Ah, as calçadas alemãs! Saudosas calçadas!Lisas, limpas, livres. Quase não acreditei ao des-cobrir que há lugares neste mundo onde as calça-das são para os pedestres e as ruas. para osmotoristas.

Para uma paraplégica brasileira, andar emtais calçadas é uma aventura constante, fonte dedescobertas excitantes e prazeres inesquecíveiscujos promissores prenúncios surgem no mo-mento em que você sai do avião e o comissáriolhe providencia dois enfermeiros louros e umacadeira de rodas superincrementada, com umaambulância vermelha e reluzente ao seu inteirodispor. Depois de tanta mordomia, as calçadasalemãs são o gozo supremo. Aí você se sente, defato. no paraíso.

Pois não é um prazer atravessar as ruas comcalma, sem ter que bancar Ayrton Senna emcadeira de rodas, para realizar a incrível proezade alcançar a calçada oposta? Isto depois dealguma alma caridosa se prontificar a ajudá-lo adescer do meio-fio. Lá existem rampas para pa-raplégicos nas esquinas, imaginem só! Não é umprazer poder locomover-se livremente, sem terque brigar com cada motorista mal-estacionado,que acredita ser possível a qualquer paraplégicose espremer, com cadeira de rodas e tudo, peloespaço de 30cm entre o carro e a parede?

Estes parecem ser prazeres só existentes emsonhos para qualquer deficiente físico acostuma-do aos padrões brasileiros, que o colocam àmargem da sociedade. Para nós, seria uma espé-cie de Horizonte Perdido qualquer lugar onde ogoverno fornecesse assistência médica gratuita,com doação de equipamentos ortopédicos detodos os tipos — inclusive cadeiras de rodasmotorizadas —, pensão vitalícia, facilidade deacesso a instituições públicas e privadas e aosmeios de transporte, além de pleno aproveita-mento das nossas capacidades, com obrigatorie-dade de emprego.

E lógico que lá também há preconceito. Afi-nal, este é um dos grandes males comuns a toda ahumanidade. Mas, quando o governo nos pro-porciona as mínimas condições para vivermoscom dignidade, fica mais fácil enfrentar e vencero preconceito individual. Tudo fica bem maisfácil quando se tem casa, comida e emprego.

A Alemanha é um grande país. O Brasiltambém é. E com a vantagem de termos sol everão quase o ano todo. Lá, além de fazer um

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Maria Luiza, que é tradutora,com sua irmã na cidade alemãde Rottemburgfrio de congelar, chove durante meses a fio.Habitamos um paraíso de recursos naturais ehumanos. O que nos falta é ordem e disciplina, éo cumprimento das leis. O que nos falta sãoautoridades que sejam exemplos de probidade ejustiça, autoridades com autêntico espírito públi-co, que nos encarem — primeiro e acima de tudo— como cidadãos; e depois, por mero acaso,como deficientes físicos.

Eu amo o meu país. Sou do tipo que seemociona ao ver a bandeira brasileira e ao ouviro hino nacional. E não abandonaria o Brasil pornada nesse mundo, mesmo com violência, crimi-nalidade, corrupção, inflação etc. Apesar de todaconfusão, das ruas sujas e barulhentas, amo essagente humana e generosa, essa gente corajosaque consegue sobreviver com salário mínimo.Amo meu pais e não conseguiria ser feliz emnenhum outro lugar do mundo. Mas confesso...ah, confesso que meu coração baqueia quandolembro das calçadas alemãs.

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PAGINA 10 DESAFIO DE HOJE; ,tr ' ^ i ' !•'

JULHO/92

Superdotados e excepcionais

se expressam através das artes

Rosane Palmeira

Palco de um dos maiores espetáculos

do mundo, a Passarela do Samba ouSambódromo, no Rio de Janeiro, abrigaarte não apenas durante o carnaval. Lá,distante da atenção popular, alunos darede municipal de ensino portadores demúltipla deficiência e superdotados estãoaprendendo a se expressar através dasartes, no projeto chamado "Ser e a Ar-te"."Esse

projeto foi criado para atenderalunos como Paulo César da Silva", ex-plica Lauriana Conte de Carvalho, Dire-tora do Centro de Artes do Cemade(Complexo Educacional Municipal Ave-nida dos Desfiles). Paulo César, 17 anos,órfão e deficiente mental, conta somentecom a companhia de um irmão de 20anos. Há um ano e meio, Paulo freqüen-tava o supletivo no turno da manhã, noSetor 2, mas passava o dia inteiro noSetor 9, onde funciona o Centro de Artes."A constante presença de Paulo inspirouas professoras Leila Gross, Cláudia Ma-ria Ramos de Paiva e Angelina Martoni aelaborarem um projeto de trabalho comcrianças excepcionais, para ser implanta-do no Centro de Artes do Cemade". lem-bra Lauriana.

Aprovado pela Secretaria de Educa-ção, o projeto foi encaminhado ao Insti-

tuto Helena Antipoff, responsável pelaadministração das escolas especiais. DoInstituto, além do treinamento específico,as professoras também receberam os pri-meiros alunos que, em sua maioria, vie-ram da Escola Municipal Francisco Cas-tro."No ano passado nós trabalhávamossomente com crianças portadoras de múl-tipla deficiência", conta Leila Gross, pro-fessora de Artes Plásticas. "Agora, esta-mos atendendo também aossuperdotados. As aulas são sempre àsquartas-feiras no turno da manhã (de 8hàs 12h), quando atendemos à turma dosportadores de múltipla deficiência, atual-mente com 13 alunos. Já o período datarde (13h às 17h) é reservado à turma de12 superdotados."

Arte-EducaçãoBaseadas na filosofia "arte-educa-

ção", as aulas são trabalhadas com con-ceitos e conteúdos práticos, buscandotrazer os alunos para a realidade, semprelevando em conta a proposta inicial doprojeto: a integração das linguagens artís-ticas à educação.

Atualmente, os alunos realizam umtrabalho de consciência corporal, comexercícios de respiração e relaxamento;em seguida, trabalham com artes plásti-cas (utilizando lápis de cera, sucatas, co-lagem) e cênicas. "Não dá para determi-

nar previamente como será a aula.Geralmente, elas são planejadas-, mas, àsvezes, os alunos trazem idéias e sugestões.Aí, damos asas à imaginação, acompa-nhando o clima da turma", comenta Lei-la. Tudo é registrado no "Livro da Vida",um grande bloco de papel com desenhosdos alunos.

DESAFIO DE HOJE acompanhouuma dessas aulas. Antes de começar ostrabalhos na oficina, a professora de Ar-tes Cênicas, Angelina Martoni, mostroudesenhos feitos pelos próprios alunos,buscando nas crianças a lembrança das"histórias"

que haviam desenhado. To-dos se manifestam. Ana Paula, portadorade paralisia cerebral e muito introvertida,identifica, sorrindo e apontando, seu de-senho de quando entrou para o grupo.

Em seguida, a professora Angelinacontou, em linguagem acessível, a histó-ria da luz e sua importância para a per-cepção das cores. Cada aluno, então, co-locou papel em sua prancheta (já comcopinhos de tinta e pincel) e, livremente,ao som do disco "Valsa Brasileira", co-meçou a desenhar. Ao final das ativida-des, na ausência dos alunos e de seus paisou responsáveis — que recebem acompa-nhamento psicológico e também podemparticipar das aulas —, os professores sereúnem para avaliar o desenvolvimen-to e o comportamento de cada aluno."Os resultados são sempre progressi-

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0 COj (gás carbônico) é um gás inofensivo e nâo poluente. Estas características garantemo seu emprego em diversos produtos consumidos diariamente pelo homem.Nas bebidas, acentua o paladar e atua como conservante.Nos alimentos, mantém o sabor, a aparência e a qualidade originais.Seu emprego em processos industriais, como beneficiamento de tecidos e couros,tratamento de águas alcalinas, fabricação de papel, soldagem, fundição, metalurgia,fabricação de produtos químicos, contribui para a melhoria das condições de trabalho.•£sta tem sido uma preocupação constante da Liquid Carbonic, a maior produtora de C02do mundo: aprimoramento da tecnologia na busca do equilíbrio e conservação do meioambiente.

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vos", afirma a bailarina Cláudia Mariade Paiva, formada em Educação Artísti-ca, professora de dança e Coordenadorado projeto.

"Temos um aluno que vinhapara as aulas carregado pelo irmão; elenão caminhava. Durante uma encenaçãodo 'Bânco de Praça', ele foi um dos ato-res. No auge da peça, ele se levantou eficou em pé. Nós ficamos tão emociona-das que choramos", relembra CláudiaMaria.

Relação de amorDe acordo com Leila e Angelina, no

início os demais alunos, os serventes emesmo alguns professores tiveram difi-culdades em lidar com as turmas de su-perdotados e portadores de múltipla defi-ciência. "Agora, no entanto, todos semobilizam para ajudá-los, numa relaçãoonde existe muita troca de afeto, amor erespeito", afirmam as professoras.

Segundo Angelina Martoni, em todasas aulas aparecem voluntários para cola-borar. Um exemplo disso é Alex Magnodos Santos, 12 anos, aluno da sexta sériedo Primeiro Grau no setor 5. Há um ano,Alex participa das turmas ajudando osalunos. "Eu me sinto bem com eles",justifica Alex, com simplicidade.

Mais que um simples voluntário, Alexé um amigo. Quando entrou na sala rece-beu, além dos cumprimentos, um brilhoespecial dos olhos de Rosem. Sentando-seao lado dela, pegou suas mãos e começoua ajudá-la a trabalhar com as tintas. Ro-seni está no projeto

"Ser e a Arte" há umano e, de acordo com sua mãe, IvoneMaria de Paula, já obteve grandes pro-gressos. Aos três meses de idade, Rosenicomeçou a apresentar uma regressão emseus movimentos. Aos sete, sofreu a pri-meira crise epilética. Desde então, sempreque é exposta a qualquer tipo de emoção,desmaia. Segundo Ivone, até hoje os mé-dicos não conseguiram diagnosticar comprecisão qual é a deficiência da menina.Atualmente, Roseni está sendo acompa-nhada por médicos dos hospitais Deolin-do Couto e Fernandes Figueira. Insatis-feita, Ivone faz um apelo: "Queria muitoencontrar um médico que me dissessequal o verdadeiro problema de minhafilha."

Mesmo as crianças que não estão ma-triculadas na rede municipal de ensinopodem ser inscritas no projeto

"Ser e aArte". Ainda existem vagas e os interes-sados podem obter maiores informaçõesatravés do telefone 293-7122, ramais 175e 177, ou pessoalmente, no setor 9 doCemade, onde funciona o Centro de Ar-tes. Também estão abertas inscrições pa-ra as oficinas de história em quadrinhos,dança afro e violão, todas gratuitas. Dis-pondo de salas para prática de dança,cerâmica, exposições, auditório, artesplásticas e cênicas, o Centro de Artes,também sem cobrar nada, recebe qual-quer artista ou profissional das artesque deseje expor seus trabalhos. O artistadeverá dispor-se, somente, a explicar aosalunos cada etapa de sua obra. r i

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JULHO/92 DESAFIO DE HOJE PAGINA 11

Brasília eliminará barreiras arquitetônicasDimas Ferreira JL

O governador do Distrito Federal, Joa-quim Roriz. sancionou o projeto de

autoria do deputado Benicio Tavares — an-teriormente já aprovado pela Câmara Legis-lativa — que determina a eliminação debarreiras arquitetônicas em edifícios e logra-douros públicos para facilitar o acesso depessoas portadoras de deficiências físicasnum prazo máximo de cinco anos. O projetoestabelece a criação de mecanismos especiais(tais como rampas, sinalização sonora eadaptações de teatros, cinemas e outros esta-belecimentos do gênero) e as obras serãoexecutadas de acordo com o que determinaa Associação Brasileira de Normas Técnicas— ABNT. A única exceção prevista na lei dizrespeito aos prédios tombados, quando asalterações implicarem prejuízos arquitetôni-cos, afetando o seu valor histórico."A

partir de agora, todos os alvarás deliberação de obras de construção, adaptaçãoe reforma, bem como o habite-se, só serãoaceitos caso constem da planta da edificaçãoas especificações necessárias ao livre acessode pessoas deficientes", explica Benicio Tava-res (PTR/DF). O deputado, que também épresidente da Associação doíÒeficientes Fí-sicos de Brasília, espera assegurar um precei-to constitucional que estabeleça deveres fun-damentais â efetiva integração do deficiente à

sociedade. "Somenteassim será possívelreverter um pouco oquadro de dificulda-des e discriminaçõesvivenciadas por essesegmento da popula-ção", afirma Tava-res. lembrando queseu projeto foi apro-vado por unanimi-dade pela CâmaraLegislativa. "Só aquiem Brasília existemcerca de 16 mil pes-soas deficientes que,diariamente, têm queenfrentar inúmerasbarreiras arquiteto-nicas, que cerceiam odireito básico de ir e vir de todo cidadão.Essas barreiras dificultam enormemente oacesso do deficiente ao mercado de trabalho eao lazer", completa o deputado.

De acordo com a lei, publicada no DiárioOficial do Distrito Federal do dia 06 de maioúltimo, as áreas de circulação, internas dasedificações deverão dispor de largura mínimade 90 cm e o piso de rampas de acesso deveser revestido de material antiderrapante. Ou-

Tavares: projeto aprovado

tra exigência diz res-peito à implantaçãodas unidades admi-nistrativas de órgãospúblicos muito pro-curados pela popula-ção no pavimentotérreo. Além disso,os sistemas de alar-me de incêndio terãoque possuir disposi-tivos de sinalizaçãosonoros (para os de-ficientes visuais) e lu-minosos (para ossurdos).

Auditórios e salasde leitura serão pro-jetados para permitiro trânsito, a circula-

ção e a manobra de cadeiras de rodas, commesas apropriadas para os usuários dessesequipamentos. Todos os banheiros públicostambém terão que ser adaptados.

Os estacionamentos de uso público deve-rão ter 3% do total de suas vagas reservadasa veículos adaptados para deficientes; alémdisso, estas vagas estarão localizadas nasproximidades da entrada principal e deverãocontar com rampa de acesso sinalizada, de

acordo com as normas do Detran. As ram-pas serão construídas entre as calçadas e opiso das pistas de rolamento de veículos, noslocais onde houver indicação para travessiade pedestres.

Em relação a casas de espetáculos (tea-tros, cinemas, estádios e ginásios esporti-vos), os locais de mais fácil acesso e devida-mente adaptados serão reservados paraocupação preferencial de deficientes, além degestantes e idosos. Nesse caso, a lei fixa umlimite de vagas para deficientes nas casas deespetáculos. "Nos locais com capacidadepara 200 pessoas, 10% dos lugares serãodestinados aos deficientes; naqueles com 500lugares, o percentual será de 8%; nos espa-ços com capacidade até mil pessoas, os por-tadores de deficiências ocuparão 6% dasvagas; nas salas com até dois mil lugares.4% e, nos espaços com capacidade paramais de duas mil pessoas, 1% dos lugaresserá reservado aos deficientes", explica Bení-cio Tavares.

No Mato Grosso do Sul, o governadorPedro Pedrossian também sancionou a Lein° 1.267, regulamentando o Artigo 208 daConstituição Estadual, que cria medidas se-.melhantes às que serão adotadas em Brasíliaem relação à eliminação de barreiras arqui-tetônicas no Estado.

Ponto de Encontro

Lazer e socialização para

deficientes mentais

Você sabe o que é um atraso global

no desenvolvimento? Conhece al-gum local que ofereça um espaço de lazerpara adolescentes e adultos portadores deum atraso global? Você já pensou nadiscriminação sofrida por essas pessoas eque todos nós, enquanto membros dasociedade, somos também responsáveispor isso?

Foi a partir da conscientização de al-guns profissionais das áreas-de saúde eeducação sobre estas questões que foicriado, no Rio de Janeiro, o Ponto deEncontro. A entidade é um espaço alter-

nativo que visa proporcionar momentosde lazer e facilitar a integração social deadolescentes e adultos deficientes men-tais, tendo como objetivos específicos in-vestir na autonomia do deficiente, favore-cendo a sua independência edesenvolvendo a sua competência social.

"Acreditamos que a pessoa portadora

de um atraso global em seu desenvolvi-mento ê capaz de atuar ativamente nasociedade", explicam os profissionais daentidade. "Nosso objetivo é enfatizar aeficiência e desenvolver as potencialida-

des do deficiente, auxiliando-o a defendero seu espaço dentro da sociedade e nelaencontrar plena gratificação. Além disso,temos como lema o respeito aos desejosdo deficiente mental, seus interesses esuas necessidades."

Composta por psicólogos, recreado-res, psicomotricistas, terapeutas ocupa-cionais, professores de educação especiale física, a equipe do Ponto de Encontrotem sempre em mente as necessidades edesejos individuais de cada deficiente. Es-tes profissionais — conhecidos como

"amigos solidários" — proporcionamaos deficientes as mais variadas ativida-des de lazer e integração social, que in-cluem música, artes plásticas, expressãocorporal, cozinha experimental, passeios,teatro e recreação em geral, entre outras.

Sob a coordenação da psicóloga Már-cia Mirian Ferreira Corrêa Netto? o Pon-to de Encontro funciona na Rua Hipólitoda Costa, n° 123, em Vila Isabel, ZonaNorte do Rio de Janeiro e maiores infor-mações sobre o trabalho lá desenvolvidopodem ser obtidas através do telefone284-4176.

SEP DEFICIENTE ]

I® \—\ V^Vii XrfCOM AQU6LA QATA.QUE hA M6SES \JOci AZA-RAVA , PORQue O tLEVAOOR oe 5EU PRGOIO

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11

PAZ

Não procure fora o que estádentro de você. Os cami-nhos lhe serão revelados pe-lo Mestre Interno que habi-ta o nosso interior. Recebaa luz e o esclarecimento pa-ra as suas dúvidas e ansie-dades. Consultas com horamarcada: 227-3 I4l

M

m

Viver é superar desafios.

Desafios que não são sinônimos, apenas, dos grandes obstáculos.

Desafios que são, muito mais, a soma das pequenas dificuldades

de cada dia, das dúvidas, dos medos.

Esses talvez sejam, na verdade, os desafios mais importantes de

enfrentar e ... vencer. Eles estão encastelados nas nossas

inseguranças, nos nossos preconceitos. Enfrentá-los no dia-a-dia,

de frente, com o olhar atento ao que nos cerca, é o que importa.

Os dez anos de "Desafio

de Hoje" são um exemplo disso. O

grande desafio de criar e manter viva uma publicação com

objetivos tão meritórios foi vencido com as pequenas conquistas

de cada dia, de cada edição, de cada página.

Nós, da Texaco, nos orgulhamos de ter

contribuído um pouco para essa vitória.

Não poderíamos ter feito diferente.

Nossos 75 anos de História têm sido,

também, marcados pelas vitórias sobre

os desafios que se apresentaram.

Vitórias que, por certo, fazem justiça aos

nossos princípios fundamentais, enquanto

empresa dedicada à condução de seus

negócios a partir do respeito para com os

cidadãos, os consumidores e o meio

ambiente em que atua.

Atuamos assim em todo o mundo, dentro

de critérios morais e éticos claros e definidos, em sistema de

liberdade e capaz de gerar oportunidades para aqueles que estão

junto a nós, para as comunidades nas quais estamos presentes.Participamos com sinceridade dos propósitos mais elevados

para adignidade do homem e do meio ambiente.

Esse é o primeiro passo para vencer os desafios.

TEXACO