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A arte de prolongar a vida

Hygien# ou doutrina da saude -pela Dra. Jenny Springar

(Continuação)

Os eogumellos. — Do ponto <le.vista ail- menticio não se pode coueuder aos coBtimellos valor alKiita, pois nue são apenas muito rieos em aj;ua; em elementos importiinteM. èxceptuau- rto-se alguns saes pTiosphorieoa. s6 eontém pe- queníssimas quantiilades de albumina e assucar. São, ao contrario, l•ons^dc^ados como um bocado esquisito, devido ao seu sabor particular. De (lunlqiter modo, os cogumellos soem ser indí- gestos para muita.s pessoas.

Desgragadimiente. o seu consumo não est/i isento de todo perigo, pois as especies veueuo- s:is quasi uão se differenciam das comestíveis.

■ Assim, succede ser raro o verão em que imo se apresentem numerosos casos de envenena- mento causados pela ingestão de cogiimellos ou fungos. Os meios ordinailos empregados para eonbeeer as especies venenosas, como cozinhai- os com uma cebola brnitea ou uma colher de prata, que se tornarão negras ein caso de peri- go esses meios não devem merecer a nossa me- nor confinnqa. Em compensação, não seria para se despresar o fervei-os. e depois de tirar a pri- melra agua. lavnl-us bem e continuar a coeção cm nova agua. Outro processo para evitar o en- venenamento consiste em cmi.servar os cogumel- los em mai'era<;ão de vinagre forte, durante horas, e depois !aval-os Item c cozinhal-os como do costume. Sobretudo, deve-se ter grande pre- venção eoiitra as conservas de fungos: ao ve- neno natural destes, pode ajuntar-sc o produ- Kido pelo nietsl da lata que os contém.

Infelizmente, quasi todos os fungos conhe- cidos têm o seu similar venenoso, tão parecido a elles. que se dão lamentáveis confusões', com n maior facilidade. ()uando haja duvida sobre a bon qualidade de um cogtimello, o melhor é não comel-o evitando-se assim possíveis intosien. ções.

OS SAES Os sae.s que se eucontrani no corpo e que.

nortanto, nossa alimentação também deve cou-

ler. são: potassa. soda, cal, magnésio, ferro, fUior, ehloro, phospboru, eijxofre e atãdo sili- co. Não só a criança que se desenvolve iirecisa da absorção destas substancias, mas também o adulto pois são elles indispensáveis em nume- rosos processos do organismo. Por exemplo : a formação do sueco gástrico, do sueco pancrea- fico. da bilis, etc., seria impossível sem o con- curso de ditos sues. Além disso, é n»'cessario refazer as perdas de saes, que são muito abun- dantes nos excrementos e na urina.

Segundo a edade da pessoa deve a alimon- lação ser escolhida, de fôrma que. além das ver- dadeiras suhstaucias alimentieins. propriamente (liM.s — albumina. graxa, hydratos dc carbomi. — contenha semprc_ em quantidade neeessnria, os mencionados sae.s. Para a criança recem-uas- eida é. nesse sentido, o leite o alimento ideal, pois contém os saes necessários ao seu deseu- volrinienfo. na inesiir.i. proporção que os exis- fciites em seu organismo. Apenas o conteildo fer- ruginoso varia um pouco, pois no leite ò innlto inferior a<> que se encontra nas clzas do recem- nnseido.

Como agem os saes du alimentação, pas- sado 0 periodo da lactnncia? Existem estes sues cm quantidade sufficiente em outros alimentos? A re.sposta a esta pergunta aol-a dani a seguin- te taboa, em que se indicam os componentes das cinzas do.s priucipues alimentos, compara- dos com as cinzas do leite.

Cada cem partes de poso de substancia secen. correspondem:

C«rnp vertie .. Ttig.) batatas Clara dc ovo .. (tcninia <U* ovo la-ite de mulher ra’lto de vacea

11.66(0.32 |0,62 0,06 2,2S 1.44 0,27 O.CS 1.67

0,11 1,45 0,17 0,17 1.05

I

e > 0,028 0,005 0.100 0,130 0.380 0,243 1,51

1.152 0,24 0,13 0,13 0,06 0,05 0,20

0,02 0.026 0.042 0,028 0.040 0,003 0,003

1,8310,28 0,04Í ? 0.6410,13 0,20 1,30 0,35 1,36

1,32 0,35 0,32 1,60

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KsfH tiilioa iBOS <leiiiimsU'a. com toila clii- ri'Za 'j'ic tortos os alimentos tC-m nm cnntetirtii «luasi i^niil ai) Uo leite, rte saes inorgânicos, exceiBlu :iiiio-se os saes rte cal. rtos ciuaes o leito é miiit rico. Disto se rtertnz que a allmentngiU) deve siT escnlhiila rte morto que á criança não • falte, ciii absoluto, n cal neoessaria á forma(;àt> c lieseiivolvimento do seu esqueleto. E’ muito reioBuimeiirtavel iinra este fim u ii.sn rte leite e rte gcuBina (ie ovo, pois csia contém cal quasi mi mesma proporção que aquelle.

O eni])rego de alimentos ricos em cal é rtos mais importantes, pois que. faltando esta. se oriSinaiu graves alteragOes na formação do es- qiielcio- O rachitismo. jiosto que tiimbem olie- deça a outras causas. 6 devido prineipalmente i'i falta do saes de cal no alimento da criança.

Recommenda-se com frequência o uso de iigua de cal p.:ra as crian<;as rachitlcas; isto. 110 entanto é um erro, pois o organismo não ossímila slnão os sae.s de cal quu iiigcrc nas coniliinações organicas, e a agua de cal é uma' combinação inorgânica.. Ademais, a quantidade rte eal contida na agua de cal é sempre muito reduziilu. pois uma solução de agua <le cal. ó sempre muito rediisirta, pois uma solução de iigiia rte cal, completamoute saturada, contém muito menos essa substancia do que o leite de vaccii. Eiii um litro rte lelfc rte vacea esiste 17 grs. rte ci.l: e miiu litro rte agua de cal. apenas 1.3 grs.

Knfre os saes, oeeiipa logar ile exlraordinn- rio destaque o sal eoranium ou de cozinlia. E’ esle uma combinação de chloro c sodio, pelo que

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se denomina chimieamente ehioreto de sodio_ e rlescmpenhu papel importiintissiino na economia dü corpo. Ao pas.so que os outros saes esistem já ntis alimentos, este é o unico que llie ajun- tainos por uds mesmos, apesar de, tanto os alimentos animaes como os vi'geiaes. conterem Causa especie o factu de que o consumo

rte sal commum não seja geral entre todos os hiibltiates da lerra. Os povos que sô'vivem de iilimoiitação animal. Isto é. de carne e peixe (como. por exemplo. trlbus da Sibéria) rtes- eoiibeceni o sal ou não o apreciam. Em com- pensação, os povos iigvicolas consomem o .sal em grande quantidade, e empregam tortos os meios p.ira procural-o. Até guerras tém havido por cansa rte salinas ou jazidas de sal.

I’or que razão nos vemos na necessidade rte ajuntar sal preeisamente A alimentação ve- getal. jii rte si tão rica em .saes ile potass-.i. ? 0 corpo necessita rte umn quantidade rtetermina- rta rte saes rte pntiissa e sorta, das quacs os pri-

, meiros se encontram dissolvidos prinelpnlmen- tc nos mii.seulos, c na ultimas nos suecos do ui'- g:)uismn. Ao miafurnr-se ambos os saes, produ- zem-se eertas transformações cbimícas. Mevirto As qnaes são expul.sas pelos rins grandes quan- tidades de sal commum. dandn-so uma perda continua de clilorèto rte sodio. que é necessário refazer, por mela de novas absorções. Pns isso SC explica que os animaes que se alimentam ex- clusivamente de hervas tenham tanta necessi- dade de alimentos ricos em soda. As rações de sal que se costumam pôr nos estábulos corres- poiKlem a esta necessidade.

o

REVISTA FEMININA

Agora, uui exemplo: as bata.tas sem sal aão deTcm ser comWua durante longo tempo. Contém ellas tal quantidade ile potassa. que uma pessoa que se alimentnsse prlncipnlmeute 6 base do batata, absorvería’ diariamente uns 40 grs. de potassa. Portanto, para manter-se o equilíbrio, é preciso absorver também a quanti- dade correspondente de sal commum.

Ao contrario, na alimentaçRo ft bise de carne, predominam os saes de sodlo, cujas solu- ç5es impregnam todo o corpo do animal. Entre os que assim se alimentam, á base de carne e peixe, deixa de existir a necessidade do empre- go de sal commum.

O unico producto alimenticio vegetal que, até certo ponto. occTipa um logar intermediário, é o arroz, que contém seis vezes menos potassa que as hortaliças, e trinta vezes menos que as batatas.

Por este motivo, pévos como o ehinez, o japonez e o indiano, apesar de sua alimentação prineipalmente vegetal, fazem pouquíssimo uso do sal.

Quanto a que o corpo necessite de sal pa- ra seu sustento e «imblnações chimicas, nada ha objectar. o mesmo não se dá, porém, quando se observa que o .sal já não se emprega como producto alimenticio mas em grande quantidade e como exertante. Sob o ponto de vista satidavel, dcve-se condemnar o consumo abusivo do sal,

(Continúa no proxitno numero).

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Recorram os desenganados de todas as escolas e processos médicos a efflcacla das nos. SOS preseripçCes autoeuriatleas; e comprem, an. tes que se exgote a edição, a sair em Agosto, e qne c apenas de dez mil exemplares, o nosso livro: “A Queda da Medicina e da Cirurgia, sulistWuidas pela Autocura e pela Pyrotherapla Brasileira''. -A cura da no.ssa raça, da nossa gen- te, de cada indivíduo, de cada familla, pela Natureza: ets n proldema fundameniul do século. Todo 0 movimento feminista, aliá-s lonvabilis* simo, será falho em seus fundamentos, el não adoptnr como lema n cura da mulher, pela nossa divisa, a do — Rumo A Naturezal Peçam as nos- sns Pre»<crlpções, para S. Paulo, Regina Hotel, utô 31 de Agosto corrente, ou venham pessoal- mente, podendo, ou peçam para a séde da Au- tocura, permanentomente Installada em Nicthe- roy, em vasto prédio propvlo, a rua Oavlão Pei- xoto n. 327.

Oontractem seus tratamentos e curem-se em íJiias casas; o lar é o unico hospital admirarei, normal, onde todos se devem de ora em diante curar e rejuvenescer, pela Autocura, que quer dizer a cura da própria pessoa, por si mesma. Cura te Ipsual

Peçam o nosso Livro, que cura, com en- dereç^fcerto, remettendo a importância, brocha- do lõ$000, encadernado, 20$b00; para a Capital Federai, rua da Alfandega, 55. l.ó andar; • para S. Paulo. Agencia Harris, rua 15 de Ne- vembro.

Este ô o livro que ensina a curar e aponta todos os perigos das falsas curas. E' um livro iutrausigente, de propulsão de saude, de ar, de sol, i‘,e fogo. de um na-iiirismo culto, automedico e lejiivenescedor !

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VIDA FEMININA

>: SCIE1ISIC5IA >. LETRAS ARTA

iiriJIEn IHPI.OMATA

Pela primeiravi-íem otaoloeoo Pela primeira vea em nua bia-

torla, 08 EstailiiK 1'nlilua nomea- ram uiua mulher pfira o eorpo diplomático.- Trata-6e de Miss Lu- cllle Atebersen, addida fi Lega- do Anii-rioana eni Berne, na ftuiasn.

tio tíixisTPKio i>A (íci;kha francí:z

M. Paiiilevé. ministro da Guer- ra cni Frauga, i-olldcou como ad- junta do 8eu gabii-nte Mlle. Sal- mun. nllfta pprfeitammUe Indica- da. pelos 8CU8 dolcB de espirito, para n íuucçao que ihc está con- fiada.

aiíulhjsjí -v.is i‘.vn'f;«s//>.á- DES C.Hf.VEZAS

Aeaba de receber aua primeira estudante a “Weet China ÜnlTer- jlty”, da cidade de Cheugtu, icn- tro da ptovincia dc Szeehwan,

Alil também foi creadii um Conse- iho feminino Junto á8 autoridades universitárias. Ela a China ü frente, nesse sentido, das Univer- Bidades americanas, princlpaimen- te as de Harvard e Culnmbla.

OS TEJíPíos j!r.iyQf:ucos yA IN&LAfBBfíA

Por maioria de votoa, foi reco- nhecida presidente do Conselho Nacional de Igrejas livres evan- gélicas, na Inglaterra, Mrs. Geor. ge Cadbury. B' esta a primeira ves que uma mulher occupa este posto.

0 FE.viyrsuo \o japjo

Soh n presidência ila sra. Ku- bushirn, acaba dc ser fundado em Tohio uma “.issoclacâo pelo Sní- fraglo das Mulheres".

Está ella dividida em tres Com-

missSes: Trabalhos para o Con- gresso e durlsprndencia; Obras soeiaes e ensinamento; e Finan- ças. Seu programma compreheii- de 08 seguintes pedidos a serem apresentados ao Congresso:

— 0 Suffraglo parlamcniar para os dois sexos; 2.® — Saffra- glo munlcopal; 3.® — Direito de formar assoclaçSes e clubs públi- cos.

riCTORIAS ÜÁ 3IVLUEH svisaA

As feministas sulssa^ marca- ram ultimamente mais um bri- lhante triumpho; Pela primeira ves em sua historia o Cdhselho dc Estado do cantelo dc Genebra nomeou mulheres para exercerem eançoa offlclaeB, SUO ellas em nu- mero de tres e foram indicadas, respectlvamente: dra. Maystre, para a Maternidade; dra. Sebaet- sel, para o Asylo dc Alienados c MUe. Gullbert. para a Commlssío de Protecção de menores.

0 atEDICÃLlSMO FEMIXIXO .VA AMERICA DO SORTE

O movimento syndical feminino nos Estados Enidos conta, mais ou menos exactamente, com uai século de exlstencia.

Esta organisaçao profissional das mulheres encontrou dlftlcul- dades particulares que a impedi- ram de attingir o meamo desen- volvimento que 0 movimento syn- dlcnl masculino. Mas. de vinte annos para cá, sérios progressos se reallxaram. graças aobretudo á actlvldade enthuslasta da Liga Nacional 4os syndlcatos femini- nos.

A que cifra eleva-se o effectivo feminino dos syndlcatos nos Es- tados ünldos? Nenhuma estatísti- ca de conjuncto existe.

Ma^^ossulinos dados no qne

concerne aos syndlcatos partico. lares.

Assim é que o syiidicaCo dos trabalhadores em vestuários femi- ninos couta um effectivo de .... 1000.000 membros, cuja metade é composta de mulheres que n -i- le oceii|uim cargos importastes. O syiulicato dos tapecelrus, que tem mais de 8.000 membros, doa quaes 2,000 mulheres, possue cin- co ramos locaea excluaivameiitc femininos. O syndicato do calça- do, com xim numero approximado de üil.OOO adlierenfes, dos quaes um terço pertence ao sexo fraco, couta sempre uma mulher ua sna directiiria e varias propagandlstas. O syndicato dos trabalhadores em lavanderias tem cerca de -i.OOO so- clos ou 80 olo do seu effectivo to- taL A assoclaçSo dos encadernado- res, que aceusâ cerca de 6.000 syn* dicadoa. tem no cousc-lho executivo, tres mulheres ein onze membros.

.V TnlSo Internacional dos empre- gados em boteis e restaurantes também eonta uma senhora na aua directorla. O syndicato dos traba- lhadores em luvas, organisaçfi» de um eííectivo relativamente diminu- to corop5e-se sobretudo de mulheres e sempre confiou a mulheres as suas funeçOea administrativas. O syndicato doa chapeleiros e fabri- cantes de gorros — 7.000 soclos dos quaes 2.000 femininos — eon- ta varias conselheiras nas suss dl- rectorlas oeaes. O syndicato doe trabalhadores em pellea. cujo effe- ctivo feminino eleva-se a 2.500, oc- cupa varias dellas nas suas agen. cias locaes e no seu conselho exe- cutivo.

n syndicato da confecçSo, cujo eííectivo 6 prlnclpalmente masculi- no, occupa mulheres no serviço da propaganda. Emflm, a FedcraçSo Nacional dos Empregados dos Cor- reios, conta 4.000 sodas e uma del- las ê a vice-presidente da junta-

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Dlverüas outr&s organiziit^g con- tam um numero relutlTameutc ele- vado de Benboroa, cm seus ctfoctl- YOí : 08 teitU, cerca de um terco do pffectlTo total; os clgarrelros 7.000 reulberes em 40.DOU mem- bro» ; a associasão doa ferroviários e empregados em navios de Id.OoO a 17.000 malherea; a Fedoriiçfio Americana dos professores públicos, a Federacilo Nacional dus emprega- dos publlcoa fodernes. oa traballin- dores induatríaes do mundo, etc.

For outeu lado, o sindicato doa tgpograpbos sO couta 2.200 soclaa

ElIXIi OE iGÜEIIIi Preparado cujo suc- cesso é reconheci- do, quando empre- gado contra a 8Y- PHILIS e suas ter- ríveis consequên- cias.

num effectlvo total de 75.000 mem- bros. No syndicato dos electrlolstas, 0 numero de mulheres é tambcin multo diminuto. Bmflm. o syndlca- to dos trabalhadores em couro e o syndicato da padaria e confeitaria, que representam entretanto, profla- sSes empregando grande nuumern

de mulheres, tèm um effectlvo fe- minino Insignificante.

E’ nas Indusfriaee texiis e do vestuário que o syndlcaliemo femi- nino aceusa o seu malur progresso, \r\l)A .1 l.Kl ■■ro\'TIiÂ’’

•í'kancí;z.i.v o divorcio de casaes felizes como

uma salvaguarda contra n lel é o mala moderno problema ilumcBlioo da França.

Easu Intereaaaoie iH>aalbilidntle 4 encarada como u resultado di- unia lel api>rovnila pela Câmara dos ile- putadus, tornando a esposa respon- sável jielas omlss es ou erros oom- iiiettiifos jielo marido nos negocloa riiiaiicelros, 0 motivo da b-l foi nehur algum meio para fois.ar n pagameut oilos Impoatos, espcrlal- mente impostos sobre a remia, que estavam sendo sonegados habilnien- te pelos esposos, transferiudo para as consortes os haveres e Iiiems obtidos nos seus negocios.

Do agora cm deante, um niuvlilo nSo poderA maU, enm esse objeeti- vo, pdr os seus bens em nome da mulher,

“Essa medida, escreve Maiivlce Prai, DO “Petlt Parlsleu", vai en- eber os trlbunaes de novos casos de divorcio. Tejamos: Madame X ama aeu marido, mas vai divor- clar-se dcUe, porque, mais dn que

SAPONACEO

RADIUM a

ASSEID DAS taSINHAS

a seu esposo, cila ama os fUbus i- a estabilidade financeira do Isi-, ameaçado de bancarrota. Assim •! la sc separarA do conjuge |iar;i proteger os seus bens”.

E u chronlsta acereseenta. eni estylo faceto, esperar ver ainda nos Jornaes parisienses um aiinuu- clo desta natureza:

”0 senhor e senhora Dui>ont of* fereceram bontem uma ningulficu recepcão As innumeraa pesaons diis suas relacSes, cummeuuiramin n sentenga eonflrmatoHa do aeu pe- dido de divorcio. O» amigos do ca- sal fellcitaram-no vlvamente pelo acontecimento. O senhor e senho- ra Dupont partem amanhi para n Rlviera. afim de ahi passarem n sua Ina de mel-do divorcio”.

O sr. 1'rax, que assegura JA te- rem sido apresentados aos tribu- naes pedidos de divorelo baseados em taes motivos, obaerva que a es- posa não tem nenhuma tnteocAo ile

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tefraudar o fiaco, mas também dAh qoer expor-se e a seus fllboe a pos- slbllldadeB loteliies sobre as qua°a Dio terfi aenbum controle.

Ella, na generalidade, nío en- tende conaa algnma dos negocies do marido e por certo nSo quererd tomar a responsabilidade dos seus erros e taltaa. A recente b-l cem •Ido mnlto cofflmenCada destavo- ravelmente e alguns tratadisCas as- seguram gue ella 6 radlcalmeme contraria aos fundamentos dn Co- dlgo Civil Francez.

CAJfPA.VffA Eií FÁVOR llAf! MULHERES SEPABADAR 1>F.

BBÜB MARIDOS

Elleo 'Wllkinson. pequenina e de cabellos vennelhus, está tomando a frente das mulheres menores do Parlamento como representante do seii aexu na política britannloa.

Mias Winkinson é a nnica mu- lher pertencente ao Partido Tra- balhista com assento na Camara dos Communs, sendo portanto uma minoria insignificante dentro da própria minoria; ma» a sua voz é ouTlda por toda parte aempre gue se trata de problemas de caraotor feminino.

Jnstamente agora, mlss Wiiiklii- son eatA projectando Iniciar uma campanha de auxilio 6s muiheres separadas dos seus morldos. Vai ella tentar a appruraçüo de leis determinando que a mesada de ci- ma esposa legalmente separada nSo pfide ser suspensa com a allcgagão de immoralidade a menos que o marido na oceasiSo esteja pagando t contrlbuiçAo completa determi- nada pelo Juls.

O governo Jâ iiretendeu iima e- nende nesse aentidu especificando qne a mesada sd Pode ser sus- pensa se 0 marido estiver pagan- do tanto quanto lhe for possível, mas mies Winkinaoii nho estd sa- tisfeita com essa meia medida.

“Eu ndo quero encorajar as es- posas separadas a levarem uma vida Inconveniente, declarou ella, porém a minha salvaguarda i ue- ressaria, especlalmentc no caso em qne o marido i desempregado ou em qne a quantia que pdde che- gar para manutcnpSo da aua espo- sa representa pratlcamente nada.

Em tace casos, deaiite das amea- qas da fome uma mnlher põde possivelmente ser conduzida pelo desespero a um procedlmeitto im-

Adeus Rugas !

3.000 dollares de prêmios se elles ii3o desapparecerem A múlher em toda a edade pôde »e rejuvenesce e se embellezar. ^

B' facil obter-se a prova em vosso proprio rosto e e em pouco tempo.

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RUGOL — Opera em vosso rosto «ma verdadeira transforma-1 ção, vos embelleaa e voe rejuvenesce ao mesmo tempo.

RUGOL — Differe completamente dos outros cremes, sobre-1 tudo pela sua acção sub-cutanea, sendo absorvido pelos põros da | pelle os preciosos alimentos dermicos que entram ua sua compo-1 sição.

RUGOL —• Evita e previne as rugas precoces e pés de galli-' nba c faz desapparecer as sardae, panos, espinhas, cravos, man. | cbas, etc.

RUGOL — Não engordara a pelle. Não contém drogas nocivas. | E’ absolutamente inoffensivo. Até uma criança recem-nascida po-1 derá usal-o.

RUGOL — Dá uma vida nova & epiderme flacIda, porosa e fa- tigada, emprestando.lhe a apparencía real de juventude. ^

(JARANTIA ! — Mlle. Leguy.pagarA mil dollareg a quem provar giic pr.a Dão tirou eomplptameiitp nn suas próprias rugas com duas semanas dp tra- tnmpnto apenas.

Mlle. I.pgiif nffpcepp mil dollares, a qupm provar qup Pita não possite' uito medalhas de ouro ganhas em diversas pxpnsiçíies pela sua maravilhosa ’ descoberta.

Mlle. Lcgn.v pngarA ainda inil dollace.s a qunm provar que os seüs attps tadoa de curas não aão espontâneos e autheiiticoa.

AVISO — Depois desta maravilhosa descoberta innnmeros imitadores tém apparcciilo de todas as partes do mundo. Por Isso prevenimos ao publico i que não aecelíc substitutos, exi^ndo sempre:

RUGOL

Mme. Harj» Vlgler. escreve; “Meu marido, gue em sua qualidade de medica, é muito descrente por'

toda a sorte de remedios, ficou agradavelmente surpreendido com os resul-1 tados que obtive com o uso de RrOOb e por isso também asslgn.a o attes-, tado que Junto lhe envio.

Mme. Souza VAlbhtc escreve: ‘Eu vivia desesperada com as malditas rugas que mc afelavam o rosto i

e depois de usar muitos cremes ansunciados comecei a fazer o tratamento pe-' Io RUGOL obtendo a desapparição não sd das rugas como das manebas mo-1 dificando a minha phvsionomtu a ponto de provocar a curiosidade das pes-' soas que rae conheciam.”

Encontra-se nas boas pharmaclas. drogarias e perfumarias. 8e V, B. não encontrar RUGOL no seu fornecedor, queiro cortar o eou-

pou abaixo e iios mandar que Immedlatamente Ibe remetteremos um pote. Uüicos concessionários para a America do Sul: — ALVIM & FREITAS, |

rua do Carmo n. 11 - sob. — Caixa, 1379. COVPOX — SRS. ALVIM k FREITAS, oaixa, 137» — S. Paulo ; Junto remetto-lbes nm vale postal da quantia de ISJOOO. afim de que me \

seja enviado pelo correio um pãte de RUGOL:

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REVISTA FEMININA.

PÓ DE ARROZ “RENY”

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ADHERE MESMO SEM CREME

REVISTA FEMININA

proprio e embora Uso Dão consti- tua talvez uma ezcusa morai, nü" ba quem bEo veja que oa tribiinaen derem estar capacitados para fa- zer al|;uma mocessfto jio catado <!•'- eesperador em que se aeba a ea- posa. Não é justo que por um acto semelbante praticado em taca circumstanclas uma mulher seja brutalmcDtc posta para sempre Id- ea dn lei. E' Incontestarel que sendo os homens oa le^sladorea são lertels em BCgrumentos de de- fesa de IdCas que reprcseiiCam em ultimo analyse apenas os seu» In- teresses erentuacs. O» letrlsladore» de ordluarlo são moralistas ezalta- -dOB que usam para medir a nccã" das mulheres uma lente rle «ranile angmento atraréa da qual por um milagre Incomprehenslrel vím sem- pre pequeninas as falhis dos ho- mens. Tã é tempo de sanar essa Injustiça s dar ãs mulheres egual- dade de direitos perante a lel afim de que llquem defendidas pelo Es- tado contra oa rigores interesaeiros doa seus maridos. E' preciso con- siderar que a allegação dc Immo- ralldade é mnito raata c de con- tornos IndeflnlreU. A lel dere por Uso ter um caracter de franca pro- tecção ã mulher que é h parte mais fraca e na maxima generalidade a vlctlma doB caprichos e exaltações doa homens".

O FEMIlílHJUO OAYH.l TICIIRE

KO. — Fundafão da Vnida Fe- minina Pan-Americana, com n êra. Bertha Lute na presidência. Apesar da exlstencia de algumas

associações femininas, de caracter mais ou menos combativo, e a des peito da boa vontade de raros le- gisladores reformistas, como o sr. Justo Chermont, — a situação so- cial da mulber brasileira conllnua aser de manifesta Inferioridade, comparada com a do homem, que 4 0 onico a gosar, em toda a ple- nitude. os cbamados direitos civis e políticos. Comquanto jã tenha conseguido entrar tdumphante- mente para a burocracia — sonho rtmirnihi da nossa raniddade de

ambos oz sexos — a mulher ainda não adquiriu n direito de votar e ser votada, pura o exercido dos cargos políticos deixando, assim, de laflnlr nos destinos da nação.

O sr. Jus’to^ Cbcrmont, senndor pelo Parã, que, não obstante ser velho, tem Idéa» novas, constituiu- SC em paladino do feminismo, no antigo solar do conde dos Arcos, advogando para as nossas patrícias 0 direito de voto. O seu projecto a esse respeito causou, como era na tural, num palz tradicionalista e ro- tineiro, como 0 nosso, uma verda- deira celeuma. Raroa Icglsladovc.» o tomaram a sério e toda gente »•' julgou autorizada a mettel-o a rl

dleulo, crivando o IHuatre senador de eplgrammas e pilhérias duvido, stis...

Subitamente, de um momeuto pa- ra outro, cessou todo o barulho. O projecto do sr. Justo Cbcrmont fui dormir na poeira dos arebivos e sen antor nnnea mais teve a lem- brança de acordal-o, fazendo-o vol- tar ao plenário... E ninguém mais falou da pretendida Intervenção da mulher, como eleitora, em nossos destinos políticos.

Emquanto Isso oceorre por aqui, agita-se na America do Norte, ago- ra como nnnea. a questão fcmlnls-

ta. Ha poucos dias encerrou-se cm

Washington, a Conferência Pan- Americana Feminina, a que com- pareceram delegadas de todo o coa- tlnente, figurando, como represeo tante do Brasil, a sca. BeiCba Butr, secretaria do Museu Nacional e que gosa a reputação de ser uma mulher culta e de Idéas avançadas

Dessa coníerencla resultou a creação da DnlSo Feminina Paa- Americana, com unia junta de dl rectores formada por uma repre- sentante de cada pala americano.

A ata. Bertha Lutz foi eleita unanimemente presidente da D- nlão.

Foram escolhidas vlce-preelden- tes: ira. Amanda Labarca, do Chi-

le ; Hsther Nielra de' Calvo, do Pa- namã; era- Casal de Qaelrds, de Costa Bica, e Belle Sberman, doa Estados Unidos; thesoorelra, t sra. Tborbnn, do Canadã.

Como se infere desta noticia, lol dos mais brilhantes o papel da nos- sa illnstre patrícia, na Coníerencla de Washington, motivo porque te- ve ella a honra de ser eleita, |ior unanimidade, presidente da Asso- ciação Feminina, recem-fundada.

MOLÉSTIAS DAS SENHORAS

a MERCETHYLINA é efficaz

FORMULA INDOLOR DO SR. DR. ANNIBAL PEREIRA o Sr, l)r. Asele. lllustre clinico, residente

lado de S. Paulo. nsBlm se exprime, em relação n MKRCtlHXt,iNA . -Tenho verificado a acção notável do »<‘n explendldo preparado

MERCETHYI.INA, em varloB casos de annexlte c outras nffecçoes rtas senhoras — e estou certo de que multa Intervenção cirúrgica se evi- taria com n sua appllcac^o opportuna. ao mesmo tempo que cessaria, em sna maioria absoluta, toda essa série de Incomraodos que tanto aborrecem, affllgcm e desgostam as senhoras.

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friados e no cur- so da srippe pa- ra evitar compli- cardes.

REVISTA FEMINíNA

Jàrdim Fechado

(Nesta secçâo*publiearemo8 commuiiicações de nossas leitoras, besa como producçôes literárias que não excedam de 6o linhas em prosa e 14 cm verso.

E’ nosso intuito dsenvolver assim o gosto lítCfario entre as leitoras c facilitar-lhes uma correspondência util e Interessante. As _ {H^oducçôes líterarias deverão ser assignadas, sem o que não serio publicadas).

CASAMENTO E GLORIA

(Cartas entre a Rosa e a Estrcila)

••Kstrêila. Quero falar-te, lioje, de casamento. E’ assum-

|itú mais delicado: Tcsbo um candidato á mi- iilia mão. linda amÍRa, ente esie a quem a so- ciedade co.stuma dar o nome de “noivo”, Vou “nuivar”, por conseguinte, como se costuma di- zer. Como as nvezlnhas felizes terei de preparar meu ninho para a reproducção; não é'i

E’ muito serio, porém. 0 assnmpto para se re- solver assim, dum trago. TSo aerlo, que sinto calafrios s6 em pensal-o. Quero ouvir os teus con. setho.s. Sou tao felli, vivo tio alegre, assim, so- zinha... assim solteira... Sô tenho que dar di*spn<dio rt mensagem deliciosa que me traz a lirisu cieiaiUe, pela manhã, de minhas flores. Nada tenho com os veudiivnes que deseiénam 0 seio verde dos jardina do lar.

Durmo e acordo sem maiorea pesiii-es. Quando desponta a aurora, pela janella en.

treaberta e clara, que dá para o vergei de meu imnine, entra aciuelle av fresco, perfumado .ie rosas, que uie desperta em meu leito de ver- duras. Então, oiço a passarada alegre, a annun. ciar 1)1»' o sol é mulo, eutniudo um ralo doirii- do. esguio i>elo meu aposento, que já se acha inundado da olarinldade mimosa daquelle canto de crystal. E corro a levantar-mc, a ver, de- pressa, as minhas rosas, B rosas tenho nas fa- ces..rosas vicam sobre a minha mesa. sobre as poltronas, sobre 0 divan, sobre 0 tapete... Minhas roupas se enrodilham numa camada per- fumada. singular de muitas rosas. Colho, de no- vo outms rosas frescas, trescalantes, na alame- da,' espargindo pela atmoephera um cheiro mOr- no, estonteante, hori-ífadas de orvalho, e iir- ranj<>-.is em vasos. Aureolo minha fronte de ro-

sas; tenho, ainda, rosas no collo, no peito, nas mãos, DOS hi-iiyos. sem pensar no especto da ve- lhice, que os filhos trazem: nüs desillasOes da vida. que são fatiies. Não. minha amiga. Enxer- go in casiimciiro um amargo futuro, miiira dér, muita denepqüo. muitas lagrimas; 0 sol que fa- iia as rosas. I‘atece que, easando-me, nunca mais n sol de oiro voltará n illurainar 0 céu de prata dc minha alma apaixonada, nem as aléas bran. cas d«> meus jasmins perfumados. Uma escuri- dão tremenda, impenetrável, envolverá os cau. Iciros de minha.s acacias, de minhas rosas. Vi- verei eiu sãmbra... enlutada pelo aoffror.. . que cichas? Esqiieci-me de indiear-te quem é o nm- vo; na minha primeira carta falar-te-el do seu caracter. Ros«-

" Itosa. O assnmpto de tua ultima cartinha doce. per-

fumada, despertando o coração para o amor, I)ara o viver, foi. deveras, bello. magnífico, mul- i<i grave.

Tambeni eu já tinha nisto pensado; tenho um pretendente. A solidão gasta, minha amiga. Nuo abraço, entretanto, o teu pensar, fazer do casa- mento essa espeeie de assombro, de phantasma icrrlvel. de espantalho. Nisso somos de opiniães oppostiis. antagônicas, diseordo.me. «ou contra- ria. E’ a primeira vez que nos disassociamos de Idêas: apesar...

Encaro 0 casamento como o fim culminante da felicidade dos povos. O celibato traz um can. çaço prematuro, um aborrecimento precoce. Co- mo que um anceio por tudo quanto é grande, por amor, por vida, quando esta. talvez, mais iio.s s.ibrn- E’ desejo de seiva, de luz. de mais aroma que nos falta. Casa, minha amiga. Sei que tens multas flores... Mas s6 0 casamento pode dar ás flores o rejuvenescimento, 0 trato

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De effcito infailive! nas mo- léstias do Pigado, Baço e InlesUnos.

UM Mll.nAO cir curutu»! Au ak'aiK'0 dt IuiIb BlKiboira! I■r^■^lla<lu cum MEOAl.M.V f)K OURO

na Kxp InliT. ik' Roíii» l'J2a. A|>p. D N. S. P. Em9 6 I<I16,

e a <Ie.-'eiiviiltiii'a de iiue cilas cn- receni. Infiltrando-lhes. nas veias, a divina cssencla. a graça.

Todas as ro.<ns derem ter o seu rolmslo <dirysantc'mo que lhes de- fendam. e toda.s as estoíüns têm, Reiniire, um Pheho liimino.so, um Apollo de guarda. K’ tno vas;o o céu Rolire que viigamos... O marido é o espelho sobre que mi- ram estrellas e rosas: retieete o brilho alto, dessas oreaturinhaa -sempre indecisas e medrosas. Klle é o juiz que decide dos ne<iiieni- Los iiiidiis. qiiestíunpiilas de nossa Tida. A Dor sozinha tens de des. maiar. sem o orvalho do amor. o orvalho de um l)eijo que suas pe. talas rctresca e consola. R n poeira treme no espaço, sozinh.'i, sem a companhia de Apollo.

SC em Adilo. achou Kva. esse eoiichego quente, perfuntiido. ma- cio. acolchoado de penmis. de lo- dos os matizes, que rescendia a saudalo e a rosas, e de ipic lhes veio 0 meigo Abel.

Os filhos nos alqnebram? de seus lábios nos ESPERANÇA E AMOR vem a luz que revigora. Filhos são seres indefi- nidos, jv-los quaes mulheres virgens, rosas e es- trellas, qne ainda não foram mães, anciosamen- te suspiram, e estas os defendem até com o sangue. São alampadas azues. aecesos sobre as nossas cabeças; são os moveis mais preciosos de alabastro, oiro c marfim, que devemos dese- jar para o nosso nso, para o nosso tailette, para 0 nosso toucador, para o isolamento de nossa vida moiiotcina. Delsa o mundo imbecil zurzir Cl meu parecer. .. que importa?

Estrella.'’

AXTONIO DANTAS BABBOZA.

('onsolo de quem soflre. e não se caiiça. I)c soffrer por unFalma estremecida — Foste tambem um dia. em minha vida, O meu consolo — dtVbdda esperanço!

Araõr que outFora te affaguei risonho. No alvorecer da rosea mocidade; Hoje és nn entanto, triste irrealidade; Cinzas e põ do sonho do meu sonho !

Ksperança. que eedo me deixaste; Amfir que breve assim me abandonaste: , Voltae! Quebrando a taça da saudade.

Jílio

!• • para tingir em casa tem fama

mundial.

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Que me consome n'e»ta soledade: Quero aorver em hanstos de dulçOr. A esperança na taça azul do am6r! —

H. de Paula Ferreira Avnré.

SINHASINHA Na fazenda do Coronel Mattos, estavam todos

atarefados, naquelle manhã de vespera de São João; cada qual, tinha um trabalho a fasm- ; vieram auxiliar nos preparativos da festa, al- gumas afilhadas de D, Adelaide, a fazendeira, que corada e sympathica. andava da sala á co- sinha a arranjar tudo. — “Olha, Jnllo, bate bem a massa de mandioca; já pizaram bem as castanhas?" E lá ia á copa, buscar os últimos bolos sahidOB ha ponc© do ÍOrno; collocava-os n'uma mesa grande, onde Sinhasinha, o encas- lo daquelle lar, fazia flOres de papel de seda, e picava miudinhas as tiras de côres variadas, para enfeitar oá bolos, alinhados, alli perto, n’um aroma appetitoso de assucar, d’ôvos, do castanhas... — Sinhasinha, Luisa como er* • seu nome. quem não a conhecia, o coração bon- doso, a moça dos cabellos longos, como as “mães

REVISTA FEMININA

iragtiü”, 08 olhos cOr de mel. a moça Que se e- ducaru no collegio, tocava piano e falava as "llnffuaa estrangeiras?- Por ella, andavam áa (ontas, 0^ filhos dos fazendeiros viainhos, e mais de um eyaalheiro garboso, apeara em frente ao terreiro da fazenda, para falar ao "Coronel”, pe-e Jlndo a mão daquella flãr das serras, — Mas, Sinhaainha rejeitara todos; dlrda-se multo moça, que não pensava em casamento. O povo simples da redondeza, vira sorprezo, casar o Una do engenho “Honito”, a Dnlce de "Lago Azul”, to- dae mais moças que Sinhasinha; e esta, sempre □A teima...

A' tardinha, chegaram ã fazenda, os primei- ros convidados; o alpendre, largo e al -gre, es- tava enfeitado de lantetninhas de cOres. japo- nezas; a sala de visitas, espaçosa, toda orna- mentada de ramilhetes. em forma de palmas; a luz azulada da lampada a alchool, clareava lá fõra 0 terreiro batido, já illumlnado pelas cham- mas da “fogueira” que fazia subir ao eeu estrel- lado, pequenas flores de fOgo. Ao som do pla- no. na sala. os pares deslizavam em grande nu- mero. A um canto da janella, onde se refugiá- ra dns "mosquitlnhos”, e “busca-pés”, que a pe- lisada aecendia lá fôra, D. Deolinda palestra- va com D. YAyá. — “Vocè já viu, comadre, co- mo a Minta procura o promotor? anda doldinha por casar com elle; e a Juditb, cheia de fitas.,.; .) pae delia tem loja. pode gastar." —i"01he I) Deolinda, — falou D. Táyá, — como está bonita a Sinhasinha!" — A outra voltou-se : Sinhasinha distribuía entre oa convidados, as "sortes de S. João”, uns chromos bonitos que vieram da cidade: vestido cOr de rosa, de pa-

fiiihos. clol-i cravori pendeutes da cintura, um laçn claro na caibellelra ondulada, toda ella era siuiplicldailc e mimo. — "E' uma rosa mesqul- tal" — cnticnriloM Ii. Deolinda. Cliegára mais um convidado, logo recebido coni alegria pelo eoroiU'1. — "Quem 6 esse moço. D, Deolinda?". — "O sr, M.niro do Freitas, cio Campina -\legre, grande amigo cá <la fazenda; quaai todas as noi- tes vem jogar o giiiiiSo com o coronel; empres- ta livros (le viagens e contos a Sinhasinha. o é um grande liocifradov ilo charadas: quando el- le e 0 coronel se pegam...” — “Será mn pre- tendente? — indagou, curiosa. D. YflYá.'' — Qual, comadre, a senhora bem mostra nSo ser de.sfes aitios: o sr. Fi-citas, apesar dos .seus trin- ta 0 poucos annos, vive indiffereute ás bellezas femininas; dizem que aos vinte annos teve uma desllltisão cm amor, e dahi..»; viajou multo, comnt tciTOR. p 6 um encanto ouvilo descrever as mnriivilhas que vlii; ultluiamente deixou as viagcn.s: transformou siia fazenda numa belia casa de campo, cercada de jardins; 0 lá vive com í)s seus livros, cada vez mai.s iiidifferentc ao mtiiiilü exterior, com aquelle seu ar grave, dc qtiem jiensa muito...”. D. Yáyá observava-o: tinha elle inna phj-siuuoinia inteiligente, olhos observadores, apparencia sympathlca. e nas fronte.s largas, um ou outro fiosinho branco...

Slnlm siiiha p as outras moças, fatigadas de daiisnr. vieram para o alpendre, ver os fogos que soltavam ,e respirar o ar fresco dos campos, rcsceiidendo a fiOres sylveslres... — Seu Juca, o camarada da fazenda, soltava “limalhas”, vol- teando no nr n chuveiro vermelho que espouca- va depois, retumbante... — animado pela cu. riosldade de que se via alvo, elle tirara as luvas

REVISTA FEMININA

<lc couro, c l•o]l(inllOH o folguedo; uma lliiialha IK>n'm. csqucnruiido-lhí' iis imlos. fel-o larga-la rci)entiiiamonlp, indo o 'fojro chamiuojantc, cahir sol>rt> 0 Itombro direito <ip Sinhasiiiha. attingm- rio nin pouco o ppscüço — pxclamayOcs. vo2eria: todos a correr para n mocinha, eme se encolhia ilc dOres; jfi o sr. i'reltas, retirava o lenco coin ijiip apagara as falsas deixadas pela limalha no vestido ila movíi; o medico da redondeza, pre- seuie ji festa. traii()ulllisava os fazendeiros : «liieimudiira dolorosa, mas sem perigo. SinUaai. Ilha, uma ticvoji nos olhos, pelas lagrimas Incou. lidas, pareceu ver um nisto conhecido ipie se curvava para ella. piicorajuudo-a talvez. Mais uma vez, repetiu o doutor o diagnostico, e raaia de uma vez notou elle os olhos Inriiiietos de Mauro, n neom)mnhar-lhe os gestos... Então, liafemlo-lhe iio honibro, amigavelmente, o me- dico lhe dis.se: — "Bravosl Eu de nada sabia, nu-u amigo!.,.”

Não fui o doutor o iinieo u notar a anciedade do movo: na cdpa. .loaqulm. o velho feitor, di- zia eomsigo propriu: — “Eu uão me enganava; nuandu iii á Campina Alegre, as perguntas do sr. Freitu.s si Siuhasínha aceeitflra o novo pedi- do de casnuiento.. . e aquellas “mudas” de ro- seiras que elle lhe mandava, e os livros, e as flores... e ella, a poure da Sinhn.siuha, sem querer saln-r de noivo...

O veüio feitor tinha razão. Mauro amava' Si- nliasinhn e por uma timidez especial nunca ou- sara couressiir-Uie o seu amor: “pois si elia re- geirfira tantos outros, mais jovens, maia de ac- eòrdo com a sua edade..." E ver-se recusado, seria niu golpe tremendo na sua profunda nf- felçao.

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AS CRIANÇAS.

Com a eonvalesceiica da moga, tudo se expli- cara ; D, Adelaide e o coronel planejavain os festejos para o dia de S. Pe<lro: “então, n fes- ta Seria maior”.

I‘arji que descrever a alegria que se espalha- va nesse dia na fazenda? Vamos terminar, ou- vindo D. Deolinda dizer a D. YAyâ, olhando os noivos, aquelles dois corações que se queriam mutuamente: "— Mas quem diria, hein minha comadre? Nunca pensei que o Sr. Freitas fosse tão alegre, espirituoso, e que ella a Sinhasinha... já soubesse amar assim”...

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.estop^t/.

NOIVAS !

E’ para vó*, digas esposas de amanhã, que desejamos e fazemos empenho em mostrar as nossas finíssimas roupas brancas crea{6es de nossa exclusividade.

Com a longa pratica adquirida desde á funda^:ão da casa, na confecção de enxovaes completos para noivas, e sendo esta uma das nossas maiores especialidades, è justo salientarmos e mesmo ufanarmo-nos de sermos os principaes

I fornecedores de enxovaes para este adiantado Estado.

I Dotados que estamos, de grande e bem montadas offí- I cinas próprias, é de toda conveniência para v6s, confiar-nos

suas encommendas, pois, não sõ fornecemos orçamentos pa- ra qualquer limite de preços como todos os trabalhos serão encontrados com a maxima perfeição.

I I

SCHADLICH, OBERT & Cia.

S. PAULO — NUM. 133 ANNO XII JUNHO DE 1925

Fundada por ViRGILINA DE SOUZA SALLES O l.« <'oMKri‘sso Brnsili-iro ile Joraalistiis

(Ipolnnai une » “Rcvistn Ftíiiiliiinn" é um ini)i1>'lc> illjfiiu '!'■ spr liiiilailo.

Sua Kmhipnola o l,’ai'(]i-nl -In-uv-pvile afíir- iiin qup n “Rpvistii Kpmiiiiiin” 6 rp- ililtliia pom plpvni;iln ili> spiitimpiitcis p laiKUPZft ite JT'

r JUNHO

o casi iiuthciitUii que l•up'•rclun.>s esras ' I\i>Jc em -.lia, niiaa lii* iimia valjrarea, Effpt-tivnmeal'' eiu teiiiim al{;am u s‘a*ie.!íule iinUiui, eiuu ' ifí'U'ji. t^o pahfp de letras, tílo Valha «'* lasinípcau. Tiirin Isso 5 liam trlale, na» h,i din'ii!n. iiorPm... ilarii folMa .d

\ ptluciicao aimlenia clii familiii levaiitn-ae siihre hiisi' irai.-ilisshiii aii, si liulzernms s'T . inls spvi-ros sobré iieiihuma Imsa. ('nlpn rlua pnes. pmipo eapriiiiaUis.is na i‘iIuciiçao <ius seus filhas? FriiPtas da épopaV Slguaes das tpmi>o8? A pnnaa poiioo importa. O farta ê que ahi estfl, fiara e imllscutlvel. risfa por tolas p por tortos coinmentnrto, o Brande, erteploravel inaí.

Víclp a macidode de bajp. spsai-llip os passas, ahsprvne-n heiii, tamne-lhp opiilsa : a }>\ ealaiiias 11 artvlahnr a pieilide, ii tristeza qiia. npds o pxaim-. rtenimpiarll vossa rusta. riii .anihlente de ;a- fillrtartP apviins pf.da «erar espiritas futeis — parta rtireis vrts. rórtc ham ser... Xo piiitaiita. a meio Sieial das iiassas dias, frívola piuimra. mio a jiilsamos liipompallvei pom uma orturapão ■ ali- da. liem nrtmltiistrada. de appílrda eoin os princípios di moral e da rpUgiila, como a pomprelieti- rtiam p da (pinj iios deiaiii exemplo as nossas maiores. Víviuido iios theairos e eíiieuias. iias casas de ehfi nas caliadas do /oofinfl p, prlneipalmeate, nos salões de lulle, a nossa inopidaile, npasar de rada. arranjaria, a! ouizesse, nlaumas horas de fidKa jiara dvilear-se ft leiiaio das Inns obras, á •ipiirendiznsem das artes e das bpIpiipIrs, ao psliirto, quando nflo de todas, ao menos da nossa historia e da nossa pliorogrnphlH...

K prlmipalmentp as mopas. Kxtranham? Pois asaim í*. l>e iiimimeras seiiliorns. merepedoras ilo maior resiielto p vpueraipio, temos ouvido ojilnlòes nada aKriduveis fis mssas lalrleiaiiiihns. CliPKani mesmo a dizer que U8 jovens filhas de Eva tõm desniidida. a '‘ssi> respeli i. niuito tiiais do ipip os ri iii'psi‘ntantes do otifro sexo.

l'IeBiiiitp“. estrtt sempre no eorrpnle dn ultimo figiirliio. da ulHinn exíBenela Imposla .'dn líadit freipieiilmioraa de eliiema, ennheeem, uin a um, os nomes de todos os “aatros" e “estret- las" da seeiin-miido : dour.nrinns, sabem decjir p saltendo os mais intrinesrtos passis, as mais exlniviigames figuras do fox-trot ou do tango argeiitimi...

Faglmlo :!ilil. porém, é uma deeepçâo, qimai iima calamidade! Pola si mopns existcoii que. ili‘ leitura, SI? tím a doa Joninea, e n.^sim mesmo para ver progiamtnas de einiunas e :'eatas...

E pratiitim e-porte. riitehol. teiinls, hola ao is-sto, remo e natapSo. X'flo ae eimtiiado u daiipn inie. e mo esporte, é o preferido. Mopoa e mopas dividem assim, no mído. miuelle velho oiiiipípin dos Iniinoa. segumln n (|Ual “sem phyaien perfeito nSo pdde haver espirito perfeito" ; moi* tniia l« rarpuiT xmio. E‘ o qae se vé ; — npeats noi-porp sniio...

Mas eoiitemos o easo. aiithentleo. a que nns referimos no inicio íleslaa linhas; Vol iinltuado 0 hnlle. t‘m Joven piir gira pelo snlilo, no compasso de um treimOleiinte “fox-

tine"... lUz o rapaz, galnntenrtor: Xopmia ! l) seu nome é llmlo 1 Sabe qual é a origem rtelle?

_ ? 4 — llit tiina eontroversin n esse respeito. IMz um esoriptor antigo, enju nome ii3o nie lembra.

qUe "Xoemia” quer dizer ",i mala bella,..", — romo é omavel asse escríjitor.. . — Sim. porém contra essa opinlSo, «e levanta a rtn padre Atitonln Vieira, que afflrmn que

“Xbiemin" deriva rti itallniio e slgiiinfa: “non é mia". X3o é minha... Xessn altura dn palestra, n mor,-a iiifiirvem, ingennnmenie, uma Snteri'ogar;do piotndu. nos

s 'Hs llnrlos olhos azm-s ; — Pndri' .Vntonlo Vieira? Xío conheço... Onde fi qne olle costuma pregar?... ? ! ! í Xestn oeeasi5o, frdlzmeiite, cessam os últimos necorrles dn ctrelieslrn, snlvnmlo assim o ra-

paz, rpie s- vA (Oilre brazas, sem saber qual n resposta a dar d graciosa e... Iguomiile sruihorltn. O fncto é, eomo dissemos, aiitheiitico. e repete-se todo o santo rlia, iiotailainente nos salões

de baile- Estamos, porém, a apostar que essa moeliiba qne deseoiibece n gramiei figura tli nossa his-

toria rrdlgiosa. autor dos “■'iermões" e da arte. de fnrtar", traz mi poiitn da lingiia o noiiiti, por inteiro, dos eBmpt‘õi>s do “ring", do ‘•écran” o dos campos de futr>bnl...

.•WSPeWW^Afti* ' .

REVISTA FEMININA

A mulher em face da reforma Constitucional

Vae-sy mosmo reformar a iiussa (.'onstitui- (.■ãoV Certo que xim. K' es>ragem. Não tanto em arrostar a fiiria desencaileada dos pnidid irios da coiiservayâo da múmia, mas do suppor que essa reforma trarã melUorias para a nossa aotual si- fiia(;àn. 1’oíJsivel! Bem possível até, si se atacas- sem. de frente, todos, — mas todos os artigos arcliaizadtKS e absurdos do celelue pacto de 24 <io fevereiro. Não ba quem não reconhecí, quan- to õ triste e feia cara de velha pintada e rebo- cada . . . l»referiveis seriam as rngas com a sua veiieranda pallidez e os çabellos com a sua brancura respeitável i Pois bem_ a Constituição, revista pela rama, modificada por alto, levantará celeuma, provocará anginas e tuberculoses nos adoraveis Etelvinos da Camara, e continuará a arrastar para a ruína o povo bra-siloiro, eomo o peso morto da pedra precipita o cadiver lauçado ás ondas no mais fundo do abysmo. Trge, pelo contrario, remodelal-a, de fond en comble. Sup- primir capítulos, alterar artigos e modificar pa- rngraphos- Ila nccessid.ide lambem de se crea- rem dispositivos novoí!, entre os qunes sobrelc- va citar... o voto da mulher. Santo Deus! gri- tarão niulheres e homens, em côro! Qiie faremos da multidão de mulheres inexperientes na sua grande maioria? Mas, que sabe a grande massa de eleitores? Qnal a cultura média dos nossos políticos ]irofissionaes? Cultura inéramente po- lítica.., B essa. adquirida nas escolas? Nuue.i. Km via de regra, no jornalismo e na palestra; — e sobretudo, na Camara, que se adéxtra e se aperfeiçôa. Não 6, porém, o voto di. mnlhor que pleiteio. Si ella s6 vier n votar dentro de cem annos. nenhuma desgraça de tal nos advirá. Omittiremos um meio fatal de progredir mas, repito, nem por isso deixaremos de continuar a vegetar. Si. entretanto, as leis não euid.irom do ensino religioso nas escolas então preparemo- nos jtara o esphacelainento desta grnude pafria. lãn cobiçada pelos estrangeiros.

Cora effeito, comparemos as gerações nas- cidas nii Republica com as do tempo do Império. K' bem certo, que, então, grassava, como agora, a demagogia. Lembremo-nos de qne o duque do Caxias suou em bica para apaziguar o continuo arrnfo das provineias.

De um salto de onça. porém, o Brasil che- gou a rivalisar com o resto do mundo, em civi- ’i“;i(;ão. Absorveu tão depressa o qne ingeriu, que iitc perdeu a personalidade. Mas, pouco Importa; virá 0 tempo da assimilação e da caracterisaçáo dos defeitos c qualidades da raça. quando esta se plasmar e so fixar. O qne importa, neste mo- mento. é pro)iorelouar ás ereanças o ensino re- ligioso: é snpprimir de proinpto. a superpvoduc- ção dessis levas nnnnaes de homens e de mu- lheres. ipie sahem das escolas embebidos e -sa- 1 ura dos de paganismo elegante, de criticisimi sor- ridente. de espiritismo allucinante ou de uihilis- ino cintado e d epolainas.

O en.siuo religioso: é obvio, tein de ser e devo sor catholico, de ncixirdo com n oronça na- cional. Não julguem qne será retrogradur snb- metter as gerações novas ao jugo da Egreja. O grande Napoleão. Incréo como oile s6, não defi- niu o carholicismo como sendo a unica força

mcralizadora do povo e não a impõz á França co- • mo religião de Kst.ido, ua mesma hora em qne

o Estado acordava da Revolução, espumejando dc raucôr contra a religião do Christo?

I-onge dc mim a idéa de pugnar pela união da Egreja e do Estado. Si em theoria. em dou- trina ilogmaticameiite. e por tradição, essa união é imperativa, na ju-atica offcrece inconve- nientes. Não reclamo, tão pouco, o ensino rcli- gios,. obrigatorlo nas escolas. Infelizmente, não estamos nos tempos de Carlos Magno. .. A reli- gião não precisa, nem quer. adeptos forçados. E’ este mundo, a unica p.itria da liberdade. Cré quem quer e... quem põde. Apenas, ella viza attiiigir ao amago das consciências, penetrar nas almas, e attralúl-ns para o seu ide.il divino. Para collimar a esse objectivo, a religião necessita de um orgão que a exponha, propague e explique, não com n ironia de um dilettante, mas com a convicção de um crente. Não se estuda positivLs- mo com nm prote.stante. nem hudhismo com um mussulmano, ('unseqnentemcníe, o ensino reli- gioso na.s eseulaa deve ser facultado ás ordens lollgiosns e ao clero. — a])ostolos desinteressa- dos 0 éompetentes no que diz respeito á expan- são da fé.

Dirão as mulheres: — que temos nõs com Isto, Nunca ouviram dizer qne a religião im- péra, com mais força, entre o sexo feminino V E’ 0 momento de provarem as mulheres que, em verdHde. .são catholicas. Escrevam e falem contra o ensino leigo. Exteriorizeni-se sobre essa injustiça que pratica a minoria dirigente contra a maioria que as^iira o hem e a moral. Recla- mem, por todos os meios e em todos os tons, contra a heterodoxia dn Constituição. Não deve n Constituição exprimir o sentir e o querer do j)ovo, qne ella governa? I>ois bem, si todas cla- marem. impossível que se uão abale o respeitá- vel Congresso Nacional para estudar o assum. pto ! * Também, si apôs a reforma, subsistir essa situação de atheismn offlcial. melhor será sup- priniir, ao mesmo tempo, no ensino humanistico, a cadeira de instrucção cívica. Devemos respeitar a autoridade, preeeitun, em sua primeira pagi- na, 0 manual de civismo. Mas que é a autorida- de? O Chefe de Estado o qual, muitas vezes, não tendo recebido os suffragios da Nação, sc Impõe, á força, á consciência oollectiva? A von- tade de um agrupamento politlco. — isso é que é autoridade? Nunca. Organizem-se, então, op- posições, e estabeleça-se o império da verdade. Viuicerá o mais prestigioso, e a autoridade elei- toral terá. então, a força decorrente disso mesmo. Desfarte. a no.ssa irresistível necessidade de re- conhecer no cliefe alguma coisa mai.s que em nõs mesmos... Pani. chegar-se a esse resulado é preciso inculcar-se no espirito das ereanças de hoje, liomeuR de amanhã, o respeito devido á vontade dn maioria, da qual a autoridade é ema- nação. porque, conforme a doutrina, essi vonta- de representa a própria autoridade de Deus. Todo poder vos é dado pelo meu Pae, disse .Tesus a Pilatos. qne tentava se vangloriar de sua posi- ção.

MARIA JUNQUEIRA SCHMIDT.

REVISTA FEMININA

Os desportos agricoles

rma nnva o cmàcisii moda ustíi se introdiizimlo agora, na Eiiroim. enfre o ludlo-scxo: a

radoxos da vida fazem c-om (lue 0 trabalho de iins se tor- ne esporte para outros. Ne.

dos desportos iigrinda.s. I’oslo ((Uo as uinllieves ó-íillivom. da mes.

ma fóriiia tiuo os liomens, os i iiKiis variados esportes (uoi. nis e liippisiiio de pre f e reii- cial. liu muitos guc ainda llies estilo vwlndiis I futebol, boxe e. cm geral, tu- do <iunnto se assemelhe e<un Cl pugili.smo).

Biii realida- de, as tarefas agrieolari não se podem con- siderar. em ri- gor. eomo es- portes varonis, pois que os Qiie a eUas se dedi- cam o fazem pelo Imperioso dever de Inelar pela vida.

Porém os pa-

iihiima <Ieriin(;ãii meliior do a<iuella segundo a iiual elle é

trabalho do cpie o (jue faz contra

a própria e li- vre vontade do individuo. Niir: eaçadns, ji o r exemplo. Iia duas classi‘s du iicluaiitcs: os ca<;adores por esporte e os profis s i onaes. -Atiuelles c u s- teiau] a caga- da, porcpie esta para elles é um (viMirte. « m a diversão. Kste cul)ram p a r a caçar, pois giie este é seu mo- dus vivendi. K assim tudo o mais.

Os trabalhos agrícolas em suas miiltlpla.s variedades, .são hoje em dia praticados por

REVESTA FEMININA

mocas (la incllinv sociwlndc, omnn um dpspoi-- ic 1'ossne ii iiKliscutivf‘1 vaniasoí]] iIp iiiio li-r o caracter de violência dii maior parte <1cl- Ics. e a de pdr ein eserciclo todos os musculos do corpo, obviando os iiuMUivonentes dr mui- tos esportes, que deseiivoirem d,, pi-efereucio sua ai'cão sldire certas c determinadas partes do corpo,

-4s mocas, espaUindas pelos campos, estão kmeo de dar a imprensão das p<dires canijio. nezas arando amparadas a um animalejo. n cartío das (piaes cori-e a maioria dos tnibalhos aKi'ie<das.

(ts íiriipos uiie repi-oduzem as piioto^va- tiliias destas pairiiios dão a impressão de eslo- jtns modernas <iue rememovam temiios ciassicos jft idos. eom as vestes aivissimas que as mocas adoptaram eomo nilitorme do novo desporte.

Ksses grnpos fonim apanliados no liisto- rieo fflstelio de Believiile. em tYamra, onde mo- cas da melhor sociedade praticam os desportos

asideolas como meio vaiioso de instruecão eini- iieiiteuietite nratica. Os traiiallios usricolas, des porte por exceilencia <iuundo cultivado metho. dicaiuente, dão fortaleza ao corpo, porque ne- iihnm vivificador existe mais potentp e auíis benefieo do qne o s(d e o ar livre.

E eis alii um bellicssinio exemplo que uns di'i a miillier fraiiceza. para ser.scKiiido [leliis nossas cle;raiites patrícias... fazendeiras.

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0 amor mais forte que a morte

Uma gentil madrilena^-penetra na cfldade santa de Xauen e salva o noivo,

prisioneiro dos mouros

Qiic o anim- ó m«:i «riiiulo fiirga, iião lia . (InviiUi, A hislariii iiiio vamos iiarvav iiioslrii II luTuic-iclailc de ama <listiiK'tii senhora espanho- la que. desejando provar o seu immenso nmov n iiin uiogo e valente cai>!tão dn exen-ito da sna pntrla, uão teve duvida em enfrentar todos ns periítos para sal\al-o.

Ha sei< mezes. approximadameiite, o joven militar partiu, couimaiulando a força que lhe tinha aido confiada, para proteger uma remes- sa dl' viverea e munições avançada no -ami- nlio de Xaiion, a cidade santa dos mouros, em Marroeos, onde nenhum cliristão pode pene- trar. Ksperando que o inimigo ob^sta.sse i\ mis- sfio, o offieial, capitão Hurrera, eonduziu a mar- cha dii sua troim com todo o tuidado afim de não ser apauhado em qualquer emi oseada.

Dispunha elle somente de duzentos homens e e.impreUendia qae, se fosse atacado por um contingente grande, as possibilidades de nttiii- gir a posição avançada seriam duvidosas.

O cumprimento do dever fez nesse loeal. im- modiatnmeiite, grande numero de víetimns. Co- mo ealenliira o capitão, mal entraram no bar- ranco, descargas cerradas, irrompidas de todos os lados, derrubaram muitos soldados espanhóes.

0 capitão Barrera lutou dc-sde o começo com imlo o nrilor, mus tres lioras após o combate, cabiu prisioneiro dos mouros, superiores em nu- mero. eom uma dezena, mais mi menos, de soldados feridos.

Desde então, ns autoridades espanholas niin- ea mais tiveram noticias diiquelle offficial, sup- pondo-se qiie elle estivesse como prisioneiro es- )M'clal de algrm “caid". que di‘pols exigira u- ina notável quantia em favor de s ui ültevda • de.

Keceiiteuieiite. porém, chegou a Melilla uma encautiulora seiiliorinhh madrileiiha, de nome Kliea Besiil, levando o decidido proposito de a- veriguar qual a verdadeira situação do caihtão Barrem.

Perante as autoridades militares fez salier que era noiva do offieial em questão. () casa-

mento çstuvii projeetado para os primeiros me- zes do corrente anno. Xão saiieiido se o seu noi- vo fora morto ou estava prisioneiro, sentira-so na obrigação de verificar, pesiumlniente, a ver- dade e se ainda estivesse vivo e iirnu). tudo fa- ria [)ara eoiiseguir-lhe a iiierclade.

Cercada por todas as facilidades a juvenil he- roina. ardente de amor e cie fé. partia iiiiimi columna que se dirigia para uma posição avan- çada. distante vinte kilometros de Xauen, com o intuito de, disfarçada em moura, sósiniia. pe- netrar na cidade santa, sitio onde são guarda- dos os prisioneiros de aiieiTa.

Dois dias após, a senhoi-inha Elisa attingin o loeal sagrado, resolvida a salvar o iicilvo, se vi- ves.se ainda, ou n perecer longe da sua jiafria, SC uão o pudesse encontrar. Horas depois, re- unindo e peitando vários mouros, estes combi- naram com ella o meio de salvar o capitão Bnt- rt‘ra.

Elle estava escondido na casa de uui arabe notável. -Ali Kadel-Manik e o miico modo de siilval-o seria eomiirar os crendos.

E foi assim que, numa noite, toi-tiirada por infindas angustias, Elisa escondida niima casa em rijinas. num canto da rua. viu os seus cúm- plices saliircm de casa de Ail Kadel Manik e ndivinhoii que, em meio dos mouros, ia o seu noivo.

Felizmeiito. nada houve. Sómeiite uma ve- lha mendiga, numa pequena, iiraça, reconheceu Elisa, qcaiido (>"il)i deseolirlu o isisto. A velha, entretauto, devia ser muda, jiorqiie nada di.«se. Soltando apenas gritos Imirticiilados,

Num liado momento os noivos, após uma iongç, e Iriste separação de seis meses, abra- çaram-se e em dois eavallo' ,iá lu-eparados, par- tiram velo7,monte oiii direcção a lima localidade oeeuuadn pelas forças espanholas.

Actiialmente, jã promovido ao posto supe- rior. em goso de licença e casado, o major Bar- rem vive adnramlo aquella que, dnmlmida pcla força e pela iiellezn de um amor exeedso e ca- paz de rocios os snerifieios. uão temeu perl.gos cí foi arrancal-o dn presidio dos mouros.

PARA ENGORDAR E GANHAR SAUDE

VANADIOL

r ACONSELHADO PELOS MÉDICOS,COMO

0 MELHOR FORTIFICANTE

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Uma guerra de formigas

rmn e outra cuiiforeiiriit. com campanhas, milhões de discui-sos e outros tantos phinos, sem contar Inuumei-as assembléaw. “meetings” (• manifestagões, lôm-se celelirndo e se celebram

pela illusilo, a paz é a ehimeríi dolrada, a ro- maiiliwi empresa cpie hoje congrega a todos os homens de sentimentos nobres.

A guorra, diz-se, é um anathcma maldito;

Antes de começar o combate. Os espiões, atravessando a pente, vão reconhecer o campo inin.igo

para comhíuer a guerra. O fascismo õ a utopia do mnndo, ainda hor-

rorizado peio gigantesco espectáculo da confra- gração europía, a maior que o mundo jamais pre.senciou.

Milhões de homens sacrificados á morte ou

Em ipleno calor da refrega . . .

A inutilidade, milhares de milhões de ouro. eons. litiiem ü bíilanco trágico e fabuloso di> uinu sõ guerra.

Terminada cila, snrge no universo uma aspiracilo de paz, aeoiiilda fervorosnmente por todos os governos e povos, sonhadores e homens de negocios. O medo ao passado, a iminineneia de um desabamento definitivo, faz coju que todos 08 olhos e todos os coracões se voltem avi- doK pura essa esperan<;a de paz que significa (I ronfereiieia de lieuebra.

Dotados da melhor boa-fõ, inflamniados

a liiimaiiidade foi creada para amar-se e repro- duzir-se, não para que os seus componentes se aniqiiilem entre si...

E é triste desvanecer essa dolrada lllusào das almas romantleas qiic creem possível a paz sobre o terra...

Sentinellas avançadas . . .

Ilello, inipoiiente id^l que a realidade diHí- Iróo a cada momento!

A guerra õ. ao contrario, a expressão ma- xima da vida. sen signo mais poderoso, sua lei iiiulteravel e fatal.

Si a vida p6de definir-se de algum modo. devemos dizer, paradoxameirte, que é uma giier. ifl de morte entre todo o ser animado.

Luetnm em vão apostolos e i>stadistâs por essa ehiraera da paz universal p<‘rmanente.

• Tudo na Natureza, contradizendo esse credo lie philosoidioa sonhadores, foi feito pela guer-

Liicta corpo a corpo. Como se vê, muitos combatentes já se acham por terra.

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ra 0 SP iiprpetiia na sjupitíi , , . H ila mi-sina for- ma qiip os povos os lioiiiciis, todas as domais espopios do Nuiiiroza ffiicrreiain entre si... As mais poderosas féras jiidejam nas stdvas. assim como !i< colonias microbianas se atacam, pele- jain c s'> destroem uma outras no interior do* organi.siuo. Guerras de conquista. íava. s9es. iifAu expasivo lios povos joven.s e fortes d custa dos ve- lhos e cndneon. . .

Como entre os ho- mens. oecorre entre os nnimaes. entre os instados e no inioro- eosmo. que s6 pMe ser distiaaiiidn |iela lente do bacteriido- ftl-sia...

Estas ítraviiras que foram tiradas no jar- d I m Zoolojfico do I.ondres. têm iim cu- rioso valor demons- trativo dl. s.vmlKilos...

\a secirilo de En- loinoiogin do Museu Zoologieo da capital ingleza, liavia. proxinios entre si. porem se- liarados jior um canalzinho. tloLs fortiiiirneiros, nm velho, outro rocem formado, andtos desti- iiikío.s a estudo.

Certa tarde, por deseiiido. o omiiregndo i|Ue delle.s cuidava lielsou uma taboa entre os dois rortnigindrcs, estabelecendo uma eommuni. iMcào entre elles.

1’iissadii apenas meia hora. niin fonnifía da onlonia nova. com vocaqão para espi.à. atra. vesson a talioa qne servia de ponto. Oeseobrin- (io 0 forinigneiro antigo.

Apenas pisou ‘•território inimigo", IJIllJl líll- vem de formigas eabiu solire a inva.ssoru e a fez jirisioneira...

Citrf-in novas exploradoras descobriram tam- bém o improvi.sado caminho e, segui]id(»-o, foram tesiemunhas da prisão c mart.vrio de sua com-

panheira, E então, como en-

fre bomens, estalou a guerra de castigo e de revamdie.

Todo o formigueiro novo passon eni le- gião a ponte e inva. <lin o antigo. Travou- se. entre os drds liandos, ama '•snn. grenta" liatalha. ipie teve por espectadores os entomologistas e c|iie durou dois dias...

-iia viefimas se contaram por milhii- les, sahindo vlctorio. so da lueta o formi- gueiro novo. E. como premlo dn victoria, ni)nderou-se do ter- ritório do vencido

com todas as hemfcitorias. .. Quem não dirio, lendo o informe do eiito-

molgista, qitp se nelmvn ein presenqa de uma historia do qualquer pais. de qualquer conti- nente?

Em quantos povos dn terra não se lêin re- la tido guerrus seniellmntos?

E que oontinnem sonhando os românticos da paz. A guerra i? a verdade tragien de toda 11 Natureza; entre féras como entre insectos... e. prineipalineiite. cotno enli'e os liotnens.

Vista geral dos dois formigueiros. A Victoria coube ao da esquerda.

Lindo gnipo <lc au.vlliares lio “Harraen IiiliTiincloiinl". durante n Keimesse realliada cm Oiiíubrn do siino iMSsado em Cherntdiiha, em benericda iln Santa Casa de Mlaerlemdia. Bsln pbotograpliia foi gciitllmeiite effereclda il Rcrhlu ÍVmfiitno pela sita. Aurora Chaves, thesuurelra it<'.sae pavilhíii

e nuBsa dedicada EmhaUatriz,

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Couti 11 u 'I mii' Imj»' a missa imi- ta niissãii cie ro- liriicluzir. iinmeri) lioi- nnmeri). cnma vimos fazemlii lia eiiicii iiipzos. a< jiholoííraiiliiics clc- tculas as 10iiilia:xatrizc‘s tia " Revis- ta Feminina", 'is uiiaes tanto se tem psfarc.aiclo jic-- lü iiroííres.so <lc‘sta piibliea- i.Tin, iielii vicloria cia cau- sa feminista uiicional e em jiioveito (Ici l)om miiue. nun- ca suffieieiitetneiUc eloslu- i|i>. (1(1 mullier iirnsileira.

t*abp hoje a vez de en- feitar e-sta paRina a trez (Ias nos-sa<s niai.s cleiiiciulas iviiresentatites. ane são;

D. Branca de Siqueira Britto Regueira, Kmbaixa- iHz da “Revista Feniini. na" na finreseente vidncle cie SeriubaPm. Tevnambii- eu. -Alli. essa nossa cineriiia reiire-sentaiite tem sabido, nào (le hoje', elevar o no. me desta Revista no con- ccito da melhor socieihide lo:-al.

D. Carolina Virmond de Qneiroz, é ncvssa ileelieada ri>iin*stmimite em línaniiinava- Rsf. do l’imui:'i, onde. graiias aos seus esfnr<;os, n

Sra. D. Branca de S. Britto Regaeira

"Revista Femini- na" conta já nu- merosas leitoras i* amigas.

D. Maria Augusta de 1-i. ma. dá iiwignifco desem- peiilio ao seu mandato de Kmbaixalriz da "Revista Fenninitia ” cm .Tarlim de Angicfifi, linda localidade (lo Rio Cirande do .\orte.

Iiictaii.avcds. devotadas de corpo e alma em p rol dos interessi>s cpie em Ima hora lhes confiamos, silo scin duvida insuffliie.ites todos os eloains ipic li ca- mns para r('ali;ar-llus o nii'- ritii. Insignificante cmiio- rn, o nosso agrade-.-imc'iito. irasnmittiimd-o de todo o eol'a(;ão e isso fi o iille de- sejamos registrar nesta iiti- gina, riedieada a aiiiiellas nossas (|iii'ridais amigas.

REVISTA FEMININA

UM CASO CURIOSO

Minha vida d»' redactor de diá- rios da Biianhã me havia iiifulvado hábitos deploráveis. Defino ditos há- bitos com ease adjectivo algo forte, porquanto, ao contrario do qiie acon- tece com a maioria dos homens, eiles haviam impresso em minha phy.sio- noiuia, e também nos meus modos, essa attitiide tresnoitnda. um tanto vaeellaiite quando me acontecia en- frentar a luz do so): attitude cara- fteriatica dos sujeitos viciados, que perdem o .saudavel descanço nocturno, eiii troca de maisfiiis entretenimentos de chibs e ^•l1l):lrets,

Mii.s. apresso-me a esclarecer este ponto ; aieii aspecto desordenado, neiirotico, caiiçado, não passava das apparencias. Si bem que ninguém, nem eu proprio, pudessp cousiderar-mp um des- linivido de virtudes, minhas quebras de coudu- cta eram das que um casiiista bem intencionado cnasideraria como “peccata rainoris”. o mais gra- ve dos qiiaes era ficar na cama até iiuasí u ere- piisculo.

ÍJ foi precisameiite numa tarde que resolvi «er menos moieirão; contemplando, por entre os postigos, a atmosphera clara e suave de um dia encantador de outomno, pensei em respirar um pouco de ar o sahir A rua em liora para mim inaolitamente matinal.

Como me sentia agil. alegre e animado por imi sentimento optlmista da minha vida e da ilus outros, nehei-me com disposição para reavi- var em pleim rua a delicada visão que, desde pouco tem|)0, empolgava meu e.spirito. Voltei a ver os olhos clavos de Fernanda cravados nos nipiis e o sorriso com que acompanhava as per- guntas acerca das minhas occupações e dos meus divertimentos. Conhecia Fernanda desde sua ado- lescencia. isto é. desde quando, com suas irmã- zinhas, formava um bando de passarinhos can- tores p barulhentos que me Impediam de des. rançar da minha tarefa nocturna, Foi esta a cansa que me induziu a mudar de domicilio e a reiinnciar á hospitalidade cordial e attencíosa (iaquella familia com n qual conservava, ainda, relações de boa amizade, que se haviam torna- do mais intimas nestes últimos tempos eom as frequentes visitas que eu lhe fazia, cedendo no piicnnto que essa gente exercia «obre minha von- tade siiliçoiisciente.

Não é difficil que o tal encanto estivesse, mnis do que em qualquer outra coisa, nas qua- tro formosas jovens que faziam parte da fami-

lia: e devo declarar pahuliuauieiite qiie a que mais me interessava era Fernanda, por sua intelligencia e por -sua formosura.

Creio haver dito o bastante pa- ra que o leitor deduza (jue o enstu- me dü tomar chá, durante n tarde, eni casa dc Fernanda, em troca dos apperitivos na confeitaria, era mais uma consequência do prazer com que visitava as moças, do que o re- sultado do meu bom juizo ou de

qualquer espeeie de arrependimento. K. andando meu caminho, recordava as ave-

riguações de Fernanda sobre a maneira por que eu empregava o tempo, fõrn das horas de tra- italho e de descanço; o nr entre ingênuo e ca- çoísta com que escutava, a attençâo que presta- vam ã nossa conversa as irmãs de Fernanda c a crescentes cortezins de que mp faziam alvo seus píies. Era claro como a luz do dia: eu me es- tava envolvendo gentil e honrndameutp na rêde doirada do aiuor. liah! E.nifim. Fernanda era formosa, intelligente e boa: que mal h.ivia si se tornasse minlia mulherV Nenhum, por cer- to, e nalnralmpiite jã se fniava no noivado.

Em meio dessas reflexões, ou mellior. diva- gações, notei qup a tarde estava se tornando fresca e que melhor seria andar pela calçada op- posta, onde havia ainda uns raios de sol. Havia andado uma quadra, nesse tenue calor solar, quando distingui a uns trinta metros dp distan- cia, na mesma calçada, a triste silhueta de um mendigo. -\s nnileta.s apoiadas contra a parede, 0 liomem estava sentado sobre o que Ibe res- tava dp pernas, pois estas haviam sido corta- das acima dos joeilios. Era o verdadeiro pobre, eom direito á caridade do proxímo. Aborrccen- UBC a idea de ter de passar por pile sem dar-lhe uma psmola: porque, por boas nu mãs razões, sou inimigo irrpduefivel da mendicidade. Estive por atrnvpssar novamente a rua. porõm. um sen. timento de decoro ubp deteve e continuei a mar- cha. resolvido a não lhe dar um vintém sequer, não Iho permittindo, ao mesmo tempo, que go- «asse com a suspeita de que me snbtraliia A res- ponsabilidale dp negar-lhe nmn esmola.

•\o pas,sar junto ao mendigo, ouvi dlzer-mc eom voz clara e em tom amavel;

— Sun boa graça, senhor. Havia dado já uns passos. Retrocedí e col-

loquei uma peuiieiia moeda na mão que o ho- mem nio exteudia, acompanhando seu gosto com

POR

P. ÂNOELICI

ILLUSTRAÇÕES

DE RECHAIN

REVISTA FEMININA

nm sorriso sympa. thico.

N3o foi jfl a ba- tida solicitaçSo. qtie se ouve ha ae- oiilos: “Uma es- ®

i^mollnha por amor cip Uens!”. dita pm Toz rouca e queixosa; foi. em troca, um decente pedido li solldatle. dade humana, que me dirigiu com essa phrnse. con-

jfiando mais em minha sympathia do que em minha generosidade, A coisa me pareceu de pérolas, e, con- tinuando 0 cami- nho até a parada do bonde, fui pen- sando nesse meu- digo tão enlto e tão decoroso ; e )ior largo tempo

esquecí minha pequena intriga sentimental. Kssa phrase tão sensata e amavel: “sna boa

graça, senhor", eii a repeti iin men intimo mui- tas vezes; e. ou devido li minha disposição, ou no interesse que o aceidente me despertüra, o facto P que o tr.ajeeto até a morada de Fernanda foi feito com insólita alegria, no qual. creio, o amor não tomava nenhuma parte.

— Que madrugador 1 — exclamou Fernan. da ao vcr.me. — Cahiu da cama. senhor Andrés?

— Ora essa ! —, respondi-lhe. fazendo.me en- fadado, — Julga-me incapaz de levantar cedo ?

E como as poucas palavras trocadas com Fernanda haviam feito acudir as Irmãzinhns, pre- vi (jue nessa tarde, pelo simples facto de me ha- ver despertado umas horas antes do que habi- rvialmente. ia ser eu o “prato do dia”.

— De nenhum modo — respondeu minha noiva. — Já sabemos que o sr. é capaz de tudo...

— Até de se levantar cedo. como o fez hoje — disse Maria Imisa, entrando no deiiate.

— Vé? São apenas cinco horas da tarde. Costuma chegar sempre depois das seis.

— Ou das dezoito, como se diz agora — ac- creseeutnu Fernanda, com o proposito de inter- romper as criticas sobre minha conduetn: e isto com tanta mais razão quanto me pareceu vel-a satisfeita por minha quéda da cama.

— Si fui imprudente em vir tão cedo disse ou. um tanto aborrecido, — o inconvenien- te se remedia com facilidade. Saio e voitarei á hora do costume.

üm côro de protestos acolheu minha pro- posta. Fernanda poz-se muito seria, e a senhora sua mãe. que penetrava nesse momento na saia e ouvira as ultimas phrases da palestra, npres- sou-se eni declarar que minha presença era grata em qualquer oceasião e oxtranhava que, depois de tantos annos de amizade, eu continuasse abrigando certas apprehensões.

— Muito hem — disse eu, completamente tranqiiillo. — Em troca de sna bondade, e em- quanto esperamos a hora do chá, vou contar-lhes «ma aventura que acaba de me succeder.

Feninnda lançou-ine um golpe de vista, já iiiqiiieta com respeito ao genero da aventura, Com o desejo de desvanecer seus temores, iipres- sei-me em dizer que o vocábulo aventura ei'a iin. lu-oprio para 0 successo que ia narrar, o qual melhor se poderia chamar um caso curioso.

E eutão. accrescentaudo.lhe alguns detalhes imaginários para torjiar mais interessante a narração, lhes contei a historia do mendigo, de- pois de haver descripto magistralmente n mu- tilação que apresentava o grande homem,

Como é facil de imaginar, meu relato pro- vocou frequentes exclamações de misericórdia, entre o gentil auditorio, e Fernanda, já socega- da a respeito da indole de minha aventura, dava mostras de um profundo enternecimento.

— Viu?... — disse-me minha noiva, ao terminar minha narração. — Jurava e perjura- VII qne nunca havia de fazer caridade, e iniil vlti um pobre aleijado se apressou em dnr-llie um obulo e. .. Deus sabe que grande esmola lhe terá feito !

— Não se alarme por isso, senhorita. Não pácle haver sido mais de cinco ou dez tostões, pois lhe dei apenas uma moeda de prata. Bem sabe que não trago em minha bolsa libras ester- linas,

Este esclarecimento excitou n hilaridade das pequenas; e ao chegar meu futuro sogro, encontrou toda a familia em pleno eontentiimen- to. em particular Fernanda, que se desfazia de contente por ter comprov.ado minha falta de opinião.

« « •

No dia seguinte, portei-me de accõrdo com meu costume; deixei o leito bastante tardo, e ao passar pelo sitio onde estava, no dia anterior, meu delicado pedinte, não o vi. Bvidentemente o homem devia ter um horário que respeitava com todo escrupulo.

Outros dias passaram sem que tornasse a ver 0 meu aleijado, e isto acabou por enfastiar- me : porque a primeira pergunta que Fernanda fazia ao ver-me era, invariavelmente; “E o men- digo?”, emquanto em seus olhos grandes e cla- ros eu via a antiga expressão entre Ingênua e maliciosa.

Uma tarde me levantei antes do que costu- mava; desde longe pude ver que meu homem occHpava seu posto. Ao passar, e sem dar-lhe tempo que m'a pedisse, fiz a esmola: tres moe- das de duzentos réis.

— Sois multo bom, senlior — dlsse-me elle com 0 seu sorriso sympathico. E pareceu-me que me observava com profundo interesse. Respon. di.lhe com uma inclinação de cabeça e segui adeante.

Essas moedas, gastas cmfim para auxiliar um infeliz, iam proporclonando-ine assumpto pa- ra a palestra em casa de Fernanda e. ao mesmo tempo, 0 prazer de ver minha noiva dominada por um alvoroço Indescriptlvel,

Eu, que tratava de estudar o espirito de Fernanda, perguntava-me por que razão cila se mostrava tão incontidamente alegre ao saber que eu tinha feito uma esmola. Talvez visse nisso uma falta de energia moral, condição esta que constitue um desideratiim pura muitas jovens que possuem noivo. E’ sabido que os caracteres demasiado firmes costumam não agradar As mu- lheres. especialraente si estas forem intelligen- tes. Não podendo, no momento, encontrar solu-

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ç3o piira 0 caso, deixei ac tempo o encargo de m’a facilitar.

Alteniativameute, entie uma e outra “ma- drugada”, voltei a ver o mendigo, que, já acos- tumado á minha methodica generosidade, se limi- tava a agradecer-me. sem deixar de ob.-<orvar-m» com um rápido olhar.

Devo agradecer a esse bom homem a me haver induzido a ievantar mais cedo, E direi também que, si isso fazia, era porque a miudo me encontrava faito de aseumptos para a pales- tra durante o chá, especialmente nos dias em que, por um dos mil motivos que oceorem aos noivo.s, observava tinha qualquer ciiisii a qiiei- xar-.se com respeito á minha condueta.

Era suffieiente que, ao entrar em casa de Fernanda, dissesse: “Hoje também pratiquei a caridade”, para que todo mundo se tomasse loti- co de contente, e que os olhos. Inutilmente .seve- ros. de minha noiva se abrandassem sob a im- pressão de tuna idéa risonha.

Tma vez, ao deixar na m3o do mendigo a costumada moedazinha. indaguei-lhe qual a cau- sa que o reduzira a esse estado de incapacidade physlca. Respondeu-me que um carro lhe havia esmagado as pernas, ohrignndo-o a viver da ca- ridade publica.

Foi a primeira opportiinidade que -se nffe- receu para travar conversação com esse liiimem: e devo dizer que sna maneira de expressar-se, da mesma fórma qne seus modos, me fizeram con.sideral-o como pessoa educada e de certo preparo iiitellectiial. Cliamava-se José Planas e era catalão. Pnz um limite A minha curiosidade e, desejatulo.lhe uma boa tarde, o deixei.

Uma larga temporada de chuvas me impe- diu de voltar a vcl-o. Com o tempo formoso. .Tosé oceupno novameute seu sitio, excepto ás quintas e aos domingos, circumstancia que eu observava desde os primeiros dias. Esta observação me fazia sorrir e rir perdidainente a Fernanda, a quem communlqiiei a hypothese de que o pedinte, co- mo bom proletário <lue era, se proporcionava dois dias do descanço semanal obrigatorio.

Apesar de tudo, minhas relações com José de_ viam tornar-se muito mais intimas. E.' bem ver- dade que o acaso governa as tres quartas partes do universo.

O nian tempo havia voltado e. si bem quo não chovesse, a humidade era tão grande qne as ruas estavam cobertas por uma camada de tijuco escorregadio e negro.

Uma vez, As quatro horas da tarde, e com muito esforço, me decidi a deixar a cama. Fiz minha toilette rapidamente e sahi á rua, com a certeza de qne a essa hora José não estaria em seu posto.

Porém não foi assim: de longe vi o mendigo, que, encostado á grade junto â qual estaciona- va, fazia esforços para se levantar e, com o au- xilio das muletas, locomover-se. Apressei o passo para alcançal-o; porém por muito mais rápido que fosse o meu andar a vantagem inicial era excessiva, e elle já estava para dobrar a esquina quando ainda nos separava uma distancia de dez metros.

Nesse momento, cm vez de seguir direito. José se dispoz a atravessar a rua; e já estava em meio do seu caminho, quando ouvi o som es- tridente da buzina de um automóvel e vi o ve-

nieiilu que, dando uma larga volta, avançou ameaçan- do 0 meu pobre..., 0 meu pobre- a- migo. Foi coisa de um instante. Sem reflectir no que tencionava fazer, somente compre- hendi quo a situa- ção de José in- <-erto sobre si a- vançar ou retro- ceder, ]be viria a ser fatal. Em dois saltos, alcancei-o, e abraçando com todiJS -as minhas forças e.sse coii- juncto de paus e de carne humana, sahi conicndo. po- rém não tão li- geiro que pudesse evitar que o guar- dalama do vehicu- lo me desse uma formldavei pancada, fnzendo-mp rodar por ter- ra C03n o meu protegido.

0 automovel seguiu na carreira accele- rando a marcha, emqiianto varlos transeuntes acudiam em no-sso auxliio. I.*Tantei-me sem difficuldade e não senti dor alguma; porém minha roupa estava em estado de miséria. Pe- iizineute. tão pouco José recebera ferimentos. Emquanto o povo commentava, com grandes elogios, minha condueta, eu me subtrahi a essa admiração popular e, saudando a José, regres- sei á minha easa. onde dei um pouco de oitlem 0 rai3iha pessoa e a meu fato.

Cheguei tarde á hora do chá; e Fernan. da, ao ver-nie em traje de “soirée”, perguntou- me sl a minha demora fOra motivada por al- guma reunião. Disse-lhe que não e que, como honrosa desculpa por haver-me atrazado. iria narrar o incidente que me oeeorréra ao sahir de casa.

As moças e se3rs paes, pois se achava também presente meu futuro sogro, escutaram minha narração com a maior das attenções ; e ao chegar o momento em que descreví o pe. rigo mortal n que se vira exposto o mendigo, a rapidez de minha intervenção e o golpe que me applicára o vehiculo. vi o espanto pintar.se no rosto de meus ouvintes.

— Minha Nossa Senhora ! — Que horror ! — Ave Maria !

Estas e outru.s foram as exclamações de estylo qne, coroando minha narrativa, alvoro- çaram 0 coração dessas boas creaturas que tan- to me queriam.

Fernanda havia prestado muita attenção a 3i3inhas palavras e notei que ia me observando profundamente. Em meio das felicitações com que celebrava minha façanha e a felicidade de haver sahido illeso, minha noiva disse coui um sorriso enigmático:

— E’ verdadeiramente lamcntavel que não

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aleijada. — Porque, se-

nhorita —i per- se trate de uiuiu giuitei eu, slnce- ramente curioso.

— riaro! Quer tanto a esse sujei, to, que 8i se tra. lasse de uma alei- jada em vez de um aleijado, já poderiamos cou- tai coDi um en- lace .1mmiiien'te...

A observação DOS fez rir a to- dos, porém Fer- nanda ficou séria e me pareceu um tanto iffeoccujKi. da. Que se esta- ria passando nes- sa cabecinha de mnllier ajuizada ?

Na tarde se- guinte. sahi antes da hora do cos-

tume. desejoso de .«aber como se achava José. Ao approximar-me notei em seu rosto uma gran- de mancha pallida, que lhe tomava toda a fa- ce direita, com ligeiras escoriações; tambcm le- vava a nião direita amarrada.

— Como se encontra, meu amigo? — dis- se-lhe, ã medida que procurava no bolso a moe- da para dar-lhe.

— Muito bem, senhor, pelo perigo que corri. E 0 senhor, como está? liecebeu ferimentos, hontem ?

— Não, por certo, por que cahl em cima do seu corpo. Tenho os joelhos e o hombro esquer- do um pouco doloridos; mas não é nada e nem vale a pena falar nisso. Vejo que soffreu muito mais do que eu.

— Também isto não é «ada. senhor. — E accrescenton, com voz em que notei certa emo- ção. no momento em que eu lhe exteudia a es- mola habitual; — Peço-lhe, cavalheiro, não in. commodar-se mais por minha cansa. Guarde o senhor n moeda ou a fl6. si for do seu agrado, a um outro mendigo. Ao senhor, en jã devo de- ninsiado...

— Hontem não fiz mais qne o meu dever e não tem que dar a isso mais importância do que merece.

N'ão se trata somente de hontem. se- iilior — insistiu José. — Devo-lhe também ou- tra coisa; sua bondade para commigo durante tanto tempo, e o sacrifício que fez renunciando a uma resolução.

— Como?! —. interrompí, suspeitando o que elle ia dizer-me.

— Sim senhor; não costumava fazer esmo- la e m’a fez durante multas semanas.

— E como poude suppor tudo isso, meu amigo ? — voltei a perguntar-lhe, emquanto in- tlmamente observava; Eis um bom ps.vcbologo.

— Dir-lhe-el em outra oecasião. O que lhe peço agora é um grande favor, um favor mais, quero dizer, e ao mesmo tempo uma honra que espero quererá conceder-me.

— Fale, bom homem. Não posso manifestar-lhe minha profun.

da gratidão de outra maneira que o convidando- 0 para uin chá em minha casa.

Fiquei estupefacto. Menos me surprehende- ria si elle me pedisse cem mil réis.

— Um chá?... Em sua ca.sa? — repeti eu, como que perguntando, porém machinalmente.

— Sim senhor. Sei que é muito atrevimen- to da minha parte ;porém não po.sso retribuir por outra férina os benefícios qne lhe devo.

,TA senhor de mim, tratei de subtrahir-me, pela fôrma a mais eortez, a esse convite que, falando com toda sinceridade, não satisfazia meu amor proprio e muito menos meu appetite; José, porém, com seu talento psychologico, conipre- henden meu pensamento e accreseentou com ac- eento um tanto triste:

— Receia, senhor, que irá passar mal ? — Ao contrario! — respoiidi com vivacida-

de. —> ('reio que seu chá vai ser excellente e desde agora pótle contar com a minha presença.

— Miiitissinio obrigado; fico-lhe profunda- mente agradecido por essa attenção de qne me faz merecedor sua grande nobreza... Quer dar- niu o prazer de vir amanhã mesmo?

— Como queira. — Muito bem. Como supponho que o senhor

a esta hora não se dirige a seu trabalho, sinào a um logar onde passa um momejiio agradavel, sacrificará por uma vez seu prazer habitual e nie encherá de satisfação.

— Perfeitamente... E onde é sua casa? ■— No outro lado da cidade. Em Floresta. E tirando um pedacinho de lapis e uma fo-

lha (le papel de um caderno de notas, escreveu seu endereço e deu-me dizendo:

-— Compictamente ás suas ordens para tu- do e para sempre.

—■ Muito obrigado, José. .^té amanhã, a es- ta hora.

— Uin momento... — e o mendigo me de- teve com nm leve gesto. — X direcção que lhe dei é irerfeitamente exacta... Comprehende-a hem ?

— Admiravelmente. — Bem, senhor. Não extrauhe coisa algu-

ma. Toque a campainha e entre sem descoufian- (.„ — çom-iiiiu elle, sorrindo-me com agrado.

Separaino-nos. Estuguei o passo, pre.so de certa tiervosidade, A importância que iam assu- mindo minhas ligeiras relações com José. intriga- va-me. Que especle de casa seria a desse men- digo? Não me occorreu a suspeita de que pu- desse anieaçar-me algum contratempo ao trans- por sua porta: preoccupava-me apenas o asseio da habitação para onde havia sido convidado a tomar chá. Também pensava em que classe de desvão habitaria meu recente conhecimento, co- mo fambem si me iria encontrar em melo de uma pobreza repugnante e confiada, onde todo o mun- do se julgaria com direito a tratar-me na quali- dade de amigo.

—I Ora ! — murmurei, afinal. — Irei de qualquer maneira. Os annos que tenho pa.ssado iia imprensa me habituaram a tudo. Nãn é pro- prio do meu officio- ir, com o mesmo sangue trio, a uma reunião aristocratica ou a um antro de foragidos? Esta reflexão fez com que se me tornasse mais tolerável a perspectiva do que iria realizar e, socegado a esse respeito, imaginei os commenfarios que fariam Fernanda e suas Irmãs quando lhe.s animnciasse que ia tomar chá em casa do aleijado, Especialmeiite Fernanda !

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c<im cfffitd, dPiKiis (ie aismwas iilinisoa do siiiidagilo, iircveiil fis moiiinas e íi senhora siui mãe ([uo iiãu se ainviuiissem por mlnhii enusa si. 110 difi soRuiuro, não me iipresuntasse íi lioni <lo elift. ponine tiiilni um oompromisso em outra parte.

I

— Qual (• 0 motivo? trabalho? — Não. por certo — respomli eu. mal con.

tomlo (1 riso mie em mim provocara a idéa de ter (jU(> explicar a espeeie <ie compromi.sso de que se tratava.

— Então de que se iriitn, senhor? — disse-

— Muito liem. senhor Audrés — disse-ine a senhora. — Tel-o.emos como presente mesmo que iião t‘sti'ju em nossa eouipanhia.

Tive apenas tempo iiavii URradeiu-r com duas lialavvns e uma reverenoin a phriise amavel da futura soara, (imiiido ouvi a voz dc Feniaiida pcr- auiitar eoui viitcidado:

lue Keriiaiuia com uma nova peraimta. a<i mes. iiio tempo que snas irmãziiihas lamentavam eut voz alta a minha aiimaiciadii ausência.

— Nada. mída — respondí en. soltando a aaraalhada que jú me estava siiffocamlo.

— .lã coinprebendo . . . (juo é qi.e comprcheude?

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— Algiim pedi- do do sen mendi- Bo, do pobre alei. jado.

— (Ufi! — dis- se eu. -—- Kstoii entre psyebologos dos mais extraor- diuarios !

— Xtío lia ne. nhuma psycholo. giii. Si ndo é por moiivo dp traba- lho. não virá por- que o impede -o aleijado. Já disse — ajiintnu Per- naiBda eom um ri. .soainliii um tanto ironico — que sl se tratasse de um meiMlico de outro sexo. poderiamos contar eom o «eu proximo enlace.

— X.à.i me a. credite, a.ssim. de tão mau gosto, senhorifn. Pa- rece-me que não colloquei minhas aspirações tão baixo.

Minha galanteria não impressionou grande coisa Fernanda, que sp dispoz a sen-ir o chá.

—I Com que então... spnhorita. disse que é algum pedido do meu pobre que me impede de vir amanhã? E' a pura verdade; e por não pa- recer-me n coisa muito commum. exti‘iinlici que acertasee de modo tão extraordinário.

— Isto deve o senhor A minha grande in- telligeneia — respondeu a joven, simulando bom humor. Pique sabendo, meu amigo; u6s. as mulheres, temos o sexto sentido, do qual, pelo que se võ, care.ssem os senhores, os homens.

— E.stA liem. Fernanda. Tem toda a razão, e permitta-nip que conte como me comprometti com .José. ..

— Já o trata pelo nome! Antes era o men- digo, o aleijado, o pedinte, etc.; agora já é José. Quando será o “illustre e mui respeitarei ami- go, 0 senhor dom José”?

Si bem que a brincadeira de Fernanda fi- zesse rir aos demais e me desconcertasse um tauto, contei o mais exactamento possível, a tfir- ma cm que se dera minha palestra com José ; palestra que, além de tudo. nada tinha de ex. traordinario entre pessoas que juntas correram Idêntico perigo.

Emquanto eu falava, Fernanda parecia não prestar attençâo As minhas palavras, continuan. do a lidar, íninterruptamente, eom as chicaras e os pratos. Apesar disso, eu a surprehendia de vez em quando olhando-me de lado, como si de.spjas- se descobrir em minha physionomia o sentimen- to que José me inspirava.

Porein. louvado seja Deus! Em qne podería prejudlcal-a es«a minha relação eom o pobre ho- mem? Si é verdade que as mulheres são mais sagazes do que o proprio Kelzelni'. Fernanda tal- vez vislumbrava em tudo isso algum perigo pa- ra mim, Ma.s. que perigo?. . . Resolvi deixar de um lado as mulheres e toda sua sabedoria, e -sem mais ine preoccupar. despedl-me de minhas gen- tis hospedeiras, sem lograr, todavia, acalmar o cenho carregado de minha noiva.

» * »

Confesso-me com toda a franqueza: passei em um estado impaciente as vinte e quatro ho- ras que me separavam do meu encontro com José. Jlurunte a refeição e mesmo durante o trabalho, recordava o convite que me fõra feito e o aviso de que não mc surprendessp de eoisa alguma ao dirigir-me ao ponto de reunião. Li mais de uma vez a direcção que José me entregára. Tratava- Sc de uma das tantas ruas mais ou meiins novas do bairro de Veles Sarsfield. que, sahiiiclo de Rí- vadavia, se extende até o sul; pelo numero, ob- servei que Se achava A pequena distancia deesa artéria principal. O facto continuou preoceupan- do-nie as horas de descanso, pois ein soiilins me vi transportado por uma viella escura, cheia de poças de agua suja, com habitantes de luAu as- pecto. e que. no penetrar eu em uma das casl- nholas mais miseráveis, me rodeava um grupo de monstros tolhidos, adinlraiios, coiilrnfeitos, de todas as variedades possíveis. Também sonhei que me obrigavam a ingerir uma poçãu na qual sobrenadavam pedacinhos de carne, e que me sentia desfalleccr ao suspeitar de que tratava de carne humana. Despertei de «m salto, horroriza- do, 0 corpo coberto de suor gélido.

-A luz deshimbraute da manhã primaveril, penetrando por entre os postigos, devolveu.ine a eiUiiia: durante, porém, muito tempo, vacillel en- tre si devia cumprir minha promessa ou fazer-me esquecido. Reflexionei, então, em que acabava de fazer meu trigésimo anno de idade e que entre meus amigos passava por um homem de talento e clespreoccupado. Tive vergonha de minhas ap- j rehensões. Eram as onze da mnnlin e decidi dormir algumas horas mais.

Sahi de casa As quatro, para ser pontual no encontro marcado. -A.s cinco, menos alguns mi- nutos. encontrava-me a iiiiia centena de passos cio ponto em <iue devia habitar meu original ami. go, A viva curiosidade <iue mantinha me fez observar A distancia, para ver o mais depre-ssa possível 0 domicilio indicado. Ccjntra toda minha espoctativa. a nia estava bom calçada c limpa: a edificação, em geral, era decente e até elegante. O numero da ca.sa me indicava que devia encon- trar-so Junto á esquina e. com effelto. seguindo a numeração, nic delive ante uin “petit.lintel", doa que a moda arehitetouiea de nossa capital, tão exquislta e caprichosa, está dis.«eminando em todos os bairros novos da cidade.

4fl0. .. repeti eu varias vezes. Não é outra sinão psiii. E. iiiipossivel que esse homem habi- te esta casa! Mas também é impossível que esse homem haja pivtendicln rir-se de mim. que afi- nal de pontas, estive a ponto de perder minha vida para salvar a sua. Li miis uma vez a di- recção e olhei o nome dii rua e o aumero: não liavia a minlma duvida; a casa era essa. Recor- dei então o aviso: “Toque a campainha p entre sem desconfiança.” e apertei o botão, posto qne nien receio não sp houvesse ainda de.svauecido,

-Abriu a porta uma mulher de edade avan- c;ada. vestida de preto e com avental branco.

— Que deseja o senhor? -- perguntou-me com inmis modos e com pronunciado accento catalão.

—Mora aqui o senhor José Pinuas? Isso de “senhor” o aiitcpuz ao iinine do iiicu

lirotcgido um jioiu-o por educação e muito pela ide-a de que essa iiionida ooiistituin para mim um inacepssivei dcsidcratuni.

— Sim senhor: entre.

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K fui introduzido om mn vestibulo adorna- do com í2'aiHU>s colunsiias oade, em losar das conhecidas palmeiras, estavam limlas parasitas p begônias de especies raras, rm sofá e duns ca- deiras de madeira entalhada cnnstituiam todos 08 moveis. A vcllia criada me indicou silenciosa- mP3ite uma das cadeiras e sem perguntar-me Queni eu eim. foi para deiitm. Profundo silencio reinava mi i'nsa e eu me senfia desorientado e iiKluieto. Por um momento me arrependí de ha- ver aeceito o coisviie: o aspecto desta mansão elegante e limpa consfrastava de modo tão es- tridente Ciim 0 do seu dono. que ao passo que meu espirito sp turbava, sentia physicamente «ma espeie de tontura.

— Mniio Imas tardes, senhor — ouvi uma voz muito fresca exclamar, emquanto que á IKUtii, completamente aberta, apparecia uma lin- da mocinha em piena puberdade e cuja cabel- leh',i. de iiiiB forte loiro veiieziano. ine cansou Ji mais extranlin impressão.

— Muito boas tardes — respondí eu, pon- d<Mue dc pO e fazendo-llBC uma profunda reve. reiicia.

— Deixaram-no aqui, em logar tão sem conforto — accresccntou a linda creatura. — Faca 0 favor de imssar para a sala. onde esta- rá meibnr.

— Não se preoccnpe por isso. senhorito —: respondi-lhe emqn.anto observava sua enraete-

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viRtíca fomoenra. — Kstori i>erfeltn- mcnte bem.

— NSo Importa, o obsetiuio

(Ip eiitrnr. Papne vpm nestP iiistnn. te. Hojp í> quin. ta.feira? —i flissp eomo que dlrlpiii. (lo essa )K>rsmita (I lun ixTSonajrem InrlRiel. c olliou- me fixamente no ))pito. Kii. iiiuehi- nalmpiite. respon- dí :

— Slin. seiiho- rlfn. qiiinta-feira. — Sevft elln flllia de .Insí? — per. jmiitei-inc. e m - quanto, tendo col- locado no inovei respectivo o ciin- ppii p ji bengala, stCiiiiii meu ■ on- cniitndor guia. <iiic

com iim signnl gracioso, me Indicou nm pequeno sofá, uo passo que ella se sentava no faniliore- te do piano, que completava o mobiliário da sa- la. disposta com sóbria elegancla. Também a inocinba revelava, em sua pronuncia, nm ligei- ro acccnto catalSo.

Permanecemos callados, os dois: eu ollinu- do-a turtivamente e ella observando insistenfc- mente o peito de minha camisa, com iiigemm ex- preíísáo de curiosidade. I>eclnro qac mc senti iiicoinniodado. e talvez o tempo em que estive deante dessa formosa senhoritn, e que me pare- ceu fnito grande, nlo passasse de um minuto.

Uui passo pesado e sinelironico me fez vol- ver os olhos para nina porta que nesse iii.staute se nbrin, dando passagem a nm .senhor de es- tatura nm tanto elevada, com o bigode apara- do c mu ar alegre, jovial. Vestia “smoking". Conheeia-o IndubUavelnieiue, pois elle me sorriu de um modo para mira nada extranho. Levantei- me. Inclinaudo-me; elle avançou rapidamente afá mim e me cumprimentou com sincera efínsão.

Porám... será mesmo o JosP? — pergun- tei eu. retrocedendo um passo para contemplal- 0 melhor. -Votei entflo as echymoses do rosto.

— Ku mesmo — respondeu-me calinnnien- te. percebendo o assombro de que eii estava possuído, —< Mas, sente-se. men senhor e ami- go. e permitta-me que lhe apresente minha filha: Dolores — e dizendo isto fomoii docemente a moça pelo hraço e npproximon-a de mim.

— Feliclto-o por esta formosura que tem em casa — disse eu, com toda a bon-fé e sen- tei-me, emquanto o meu amigo se aceomodn- vn também o eonvidava sua filha n fazer-nos companhia. Porém, ao notar que eu permanecia silencioso, attribuiu isto á presença da moça, e com muita bondade lhe disse que fosse obser- var o preparo do eliá.

Bolores se foi, nflo sem haver deitado ou- tro olhar para mim; porém, como sempre, -seus olhos náo se dirigiam ao meu rosto, mas sim ao peito (In minha camisa. Kn me examinei e toquei vaiias vezes, para averiguar o que cha- mava tilo poderosamente n attençrío da joveii creatiira.

— Disse-lhe hontem qne mio se assombras- se por tudo 0 que pudesse ver nesta casa, e também nilo fuga caso da insistência com que minha filha o contempla. Pense que o senhor é a iirimeira jiessoa que aqui entra, coin cxce- pçfio do amigo qne trata da maioria dos meus iiiteressee.

— Muito hera. nada tenho ipie observar — rispondi-lhe, posto qne, em verdade, tlnba a dizer-lhe qne tudo em sua casa continuava n impressionarmie,

K entilo .losé me explicou a differença qne cu acabava do constatar entre sna vida exterior e sua existência iirivadii. Soube que em sna Jii- ventade fôra marceneiro; qne casárn com uma joven italiana, multo parecida com a moça que eu vira minutos antes, Tauibem soube que, com o accidento que o miitllára de fárimi táo gra- ve. conseguiu unin iiidemiii.snçào. que unida ao imiducto de varia.s siibscripções feitas em sou favor. Ilio permittiu entregar a filliinha a nma boa governante, jiois a imlo liavia sucumbido soii II dolorosa Imprc.s.s.lo do de.snstrc qne elle soffrern.

A interessante narraçilo foi interrompida pelo apiiareclinento de Dolores. anminciando ipie o chá estava na im*sa,

— Falemos agora dc qualquer outro as- siimptci — nmriiiiiroii ,Iosé, dissimuladameiite. — Minha filha nada sabe do iine lhe conto,

Kiicnininhaino-nos paru a siila de refeições. l’ude oiiservnr «pie os moveis di^stc aposento na- da ficam n dever em elegaiicia aos doa de- mais. .lá á mesa vi iiovameiite o olhar dc Do. lores fixo em minha pessoa com nma imperti- nente ingenuidade, .tgora me oliscrvava com calma, fazendo passar sna vista )ior meu rosto e iiiiiilias tnilos. Isso mc molestava, porém oc- caltci meu fastlo optando ]>or dirigir-mc iinica- iiieiitc ao dono da casa.

Durante a conrersaçilo, falámo.s de políti- ca em geral e alé de literatura e arfe, perce- heiido cu com extraiiliesa que .Tosé era, effectl- vameiite. nm homem illustrado.

Desejando elle continuar sna narrativa, convidou sua filha a mostrar sua habilidade dc pianista, no passo que ii6a a escutaríamos da sala de refeições.

Nilo me lemliro agora si Dolores tocára mal ou hem. nem t.õo pouco a.s peças qne executou, diirnntc o quarto de Inmi ein qne seu pne me explicava como retirfira sua fiiha da excellente governante que a havia creado com carinho ma- teriinl. Increvendo-a na iinalídude de Interna em um bom oollegio dc Irmãs, onde esteve até um aiiuí) antes de que nos conliecessemos.

— E que diz sua filha ao presenciar suas dtarias transformações?

— Nunca me vé de outro modo cpie não seja este — respondeu -To.sp com um sorriso. — Kii entro em casa pela rua do lado. onde ha iiinn portinhola qne dá para o ineii refugio de mendigo, commnnicando com este por nma pe- quena porém solida porta, Os vizinhos curiosos véem era mim unicamente nm pobre aleijado qne vive iiessn cova, emquanto cn. antes de en- trar em iniiiha verdadeira casa. faço a “tollet- to" e deixo as muletas, anhstitiilmln-as por es- tas pernas nrtificiaes. Sim, slin — murmurei eu. levantando.

me. porque v! a Hnda silhueta de Dolores dese- nhada á entrada da snlii.

Vamos felicitar a pianista — accrescen- tei. dirigindo-me á moça. n quem apertei a mão.

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pronunciando alguns cumprimentos, que eram perfeitas mentiras, ik>ís uuo havia escutado sua musica.

— .Tá estás cnuçada? — perguntou-lhe o pae, rindo-se.

— N3o, papã. Si o cavalheiro o deseja, posso continuar.

— Sim, continúa — disse-lhe o pae. — Executa agora o Xoeturuo de Chopiu, Daqui, ouvimos perfeitamente.

Dolores sentou-se novamente ao piano e executou a peça pedida, emquanto o pae me informava, em fwucas palavras, do que Ihi- ha-

via produzido e contiunava a produzir-lhe o of- ficio de mendigo.

— Tive momentos de verdadeira prospe- ridade — ajuutou, — i'speeialmcnte ás quintas e domingos, que são dias de corridas, Eu aprn- yeitava a superstição dos jogadores e minha jornada não me produzia menos de sessenta a oi- tenta mil réis. A’s vezes, alcançava muito mais, (luaiido acoutecia topar com um jogador favo- recido pela sorte.

Tm sorriso se desenhou em meus lábios : pi>rém meu interlocutor não couiprehendeu sua significação. Eu me lembrava das ausências re-

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jrulares de José, ás qnlntas e domin. gos, de seu sitio habitual. Agora se nip aclarava o mrsterio.

— Também ex- plorava a genero- sidade dos noi- vos ; n3o ignora- rá 0 senhor que um noivo, estan. do ao lado da deusa de seu CO. ração, nunca se atrevo a negar a esinoia a um po. bre, ..

' Sorri-uic outra vez.

— A falta de despesas, polo u- lua boa faiuilia lue facilitara o almoço todos os dias. permittiu-me realisar um peeu-

•lio razoavel que eu empregava mediante bons juros, aguardan- do 0 momento de me reunir á minba fillia. o uuico ente que quero neste mundo, alfm do se- nhor — nccrescentou com voz um tanto insegu- ra, onde se percebia não pequena emoção.

— Muito obrigado — rcspondi. — Xão me- reço tanto.

O piano eallou-se novameute, e. ãs presjsas, .José me disse:

— Mais lhe coutarei em outra opportmii. dade,

E os dois feticitamos Dolores, effusivainente. Preparei.me para sahir e tive que insistir

para furtar-me ao convite que me fizeram para jantar; porém concordamos em qUe uma noite ceiaria com elles.

Acompanhoram.me, pae e filha, até a por- ta, e não deixou de extranhar-me o interesse com que a moça me disse;

— Não se demorará muito em voltar ? — Com 0 maior prazer.. . — respondi-lhe,

sorrindo. Era tarde já para ir á casa de Fernanda,

e deixei para o dia seguinte a costumada visita. O desasocego que o convite de José me causára no dia anterior, foi substituído por uma especie de atordoamento, depois de haver comparecido na casa do meu extraordinário amigo. Ademais, não me era possível esquecer a sensação que me produzira a attitude de Dolores para commigo. Es.sa menina, que era a perfeita imagem da in- uoceneia. me tornava inquieto pela obstinação com que nu* oíhava e pelo tou de voz com que pediu, quasl exigiu, que eu voltasse breve á sua casa. Falta de ediicaçãiiV Excesso de ingemii- dade?

E’ facil de imaginar a impaciência com que me aguardavam em casa de Fernanda. Logo que as manas de minha noiva me viram, cofream pa- ra que coutasse tudo. Fernanda não participou do alvoroço geral. Saudou-me mu tanto frlaniente e poz-se a .servir o chá, mostrando uma completa indifferença por minha narração. Tive a malda- de e a Imprudência de falar tamhem de Dolores e de sua belleza. O niido d(* uma chicara que se

espatifou no soalho mostrou que á minha noiva não haviam passado desapercebidas minhas pa- lavras. Assim 0 entendemos todos, e o resto da conversação se arrastou difflcultosamente, até minha despedida.

Acceitel 0 convite de José para ir nn noite seguinte cear em sua casa. Occultci enidadosa- meute o faoto ã Fernanda e fui ao agnpe.

Dolores recebeu-me com manifesta alegria e tratou-me com familiaridade carinhosa, iiiterro- gando-me sobre os meus gostos e prefereneias com uma decisão e auetoridade que me deixa- vam boquiaberto, .losé parecia não reparar nisso e, rindo, me disse que o vestido branco que n mo. ca trazia essa noite viera pouco ante.s da costu- reira, pois ella fez questão do assistir ao jantar vestida com essa cOr, que usava pela primeira vez em sua vida.

— Caprichos de criança! — disse-me elle, di.saimuladamente, emquanto contemplava embe- vecido sua filha.

Dolores estava realmente formosa essa noi- te. Sua cahelleira tleianisca realçava mngnifiea- raeute o explendor de sua cutia branquissima ; ao passo que seus olhos azues relampagueavam na profundidade das olheiras, dando a impres- são que a joveuzinha se achava em estado de grande agitação interior. Eu evitava ollial-a e con- servava com José. que me deu novos detalhes .sobre sua existência, empregando um plsrascodo discreto e cuja .significação não podia ser eom- prehentlida por sna filha.

Éramos servidos á mesa pehi velhii criada Eusehia. a primeira pessoa que vira ao npresen- tar-me em easa de .José. De.sempenhnvii smi tare- fa com um silencio absoluto e obedeclii eoui uma exaotidão escrupulosa as menores indicações da i33cnina. Mais de uma vez me pareceu surprehen. der uni oliiar de intelligeneia e3itre élla e si3a pa- troazlnha.

Depois da refeição, fez-se um pouc<3 de mu. sica. E desta vez pude apreciar melhor a habi- lidade artística de Dolores e a felicitei calorosa- mente.

Como eu observasse que se fazia tarde para ir ao meu trabalho, te3sdo que retirar-me, ella protestou, nffirmando que era muito cedo e que. em todo caso, devia eu ouvir antes um pedido que seu pae iria fazer-me,

— Na verdade, — disse José. — Minha fi- lha deseja ver o Jardim Botânico, q3ie não co- nhece, e queria saber si 3ião lhe seria incsnmmodo aeompanhal.a.

E.sta proposta inesperada me deixou surpre- hendido; mas o olhar imperativo de Dolores, ape- 3ias atteuuado por um leve sorriso, fez cosn que eu responde.sse immedlatamente que sim.

— Muito bem, e muito obrigado — disse José. E dirigindo-se a sua filha, aecrescentou ; — E tu, menina, vae-te deitar, pois ha já va- rias noites que não dormes o sufficiente. Kusebia me disse que te levantas a meudo e te pões a revolver armarios e malas. Que é que procuras?

—' Nada, papae. Não ha grande coisa em meus armarios e o senhor ti‘3-á que comprar-me muitas.

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— Como Jiiío ! — respondeu-lhe o pae, aca- ríciando-Ihc os eabellos.

Eesolvemos que, na próxima quinta-feira, ás 10 da manha, eu passaria por sua casa e iria- mos ao Jardim Botânico.

Já na rua, tive que fazer um grande esfor- ço para coordenar minhas Idéas. Nessa casa tudo » era original: tinha a impressão de que Dolorea Dão era uma joven em carne e osso, mas sim nm prodiicto de minha imaginação: quanto a Jo- sé, ia.o conhecendo cada dia menos: c a criada Busebia, muda como um sepulchro, mais parecia uma sombra que uma pessõa.

Reconheço que, apesar do aprumo que creio liaver conservado durante toda a reunião, meu oerebro se achava num lastimável estado de cm- botamento: nem me lembrava do que havia co- mido. O olhar de Dolores me perturbava, da mes. ma fôrma qne o silencio de Kusebia. assim como me Intrigavam as ultimas revelações de José acerca de sua existencia. Sem me julgar de modo algum feliz por estas novas relaçoe.s. sentia que essa casa e essa gente exerciam sobre mim um ascendente que me inquietava.

Os tres dias que Hvp para esperar foram tres dias de impaciência. Por fim, chegou a quinta- feira : e no dia anterior, o correio me entregára uma carta. Era de Dolores. qne inp escrevia re- cordando-me o compromisso. A letra evidencia- va a collegial e a falta de costume de escrever; c) e-stylo era laeonico e imperativo.

Ao chegar A casa de José. mal toquei a cam- painha n porta se abriu e Dolores me recebeu com um sorriso de júbilo, fazendo-me uma exag- gerada reverencia.

— Tinha certeza de que não iria faltar ; bons dias — respondeu-me, extendendo-me a mão e apertando tão energicamente a minha, que me fez pensar aonde teria ido buscar tanta força uma jovem assim delicada.

Estava promptn para saliir. O “tailleur” azul que havia posto, dava-lhe um ligeiro aspe- cto britannico, e tendo ido anminciar minha che- gada ao pae. voltou logo com um lindo chapeo cinzento claro. Era de uma formosura impressio- nante: contemplei-a com evidente assombro. Ou- vi 0 passo pesado e em cadência de José. voltei a cabeça e notei qiie o meu amigo também se preparára paru o passeio, ('umprimentnmo-nns; perguntou-me si queria tomar alguma coisa. .Agra- cleci. Nesse momento, a creada passou por mim, saudando.me com uma inclimação de cabeça, e sahiii para a rua. Cinco minutos depois um aiito- ninvel parava deante da casa.

— Vamos? — disse José. — A’s suas ordens — respondí. Mela hora depois deixavamos o veliiciilo A

entrada do .Tardim Botânico, e .Tosf, caminhando lentamentc. com a ajuda do bastão dissimulava de uma maneira admiravel a tremenda mutilação de suas peruas.

Começou o passeio pelo jardim. Dolores en- ti‘etinha.se lendo as pequenas faboletas das plan- tas e trazia A palestra seus conhecimentos de botanlca estudada no collegio. Divigin-mc fre- quentes olhares e me pareceu que se impacienta- va ao notar que eu não participava <lo seu entre- tenimento. Julgava do meu dever estar ao lado do pae. com quem conversava sobre assumptos ba- naes, emquanto meus pensamentos, sinão meus olhos, a seguiam. Agora, com seu aspecto de jo- vem amazona, ella se me apresentava menos ir- real, mais humana, e eu começava a submetter-

me ao dominio de sua belleza e de seu espirito.

— E’ admira- vel, admiravel — murmurava iiiti- mamente. olhan. do-a de soslaio.

Meu amigo ma- nifestava certo canças.so. Não i>o. dia andar multo com as suas per- nas nrtificiaes. a. pesar du perfeição do apparelho. Pro- piiz que nos sGu- tassemos e oceu- pamos os tres um banco, ellc no meio. Dolores e eu de cada lado.

A conversação continuou, e eoin certo interes.se de minha parte, por- que se tratava de explicar a confec- ção de um jornal diário, a respeito do que meus ouvintes nada sabiam.

I*nssadn um momento, José propoz reence- tar 0 jmsseio, porém eu me oppuz, dizendo qne n.ão era justo que eHe se molestasse caminhan- do. Poderiamos ficar muito bem onde estavamos.

.A.lgiins minutos transporreram. durante os quaes os olhos azues de Dolores tiveram mui- tos dos mesmos relampagiieios que ob.servára nn dia do jantar,

De -subito a joven se levantou e olhando uma arvore qne se achava quasi ao fim dn ave- nida onde estavitmo.s .sentados, exelamou com 0 sen costumado modo laconico e imperativo:

— Quero ver como se chama aquella arvo- re que está lã 'in fundo,

— JA iremos, minha filha — respondeu-lhe José.

— Fique o senhor .sentado, papae; irei sozi- nha 011 então (1 sr. André.s me ncomp.nnharA. Quer ?

— Coiii o maior prazer, senhorita. E os dois nos dirigimos até a arvore que

tanto interessava a minha belln e jovem amiga. “Bixia orellaiia", dissemos os dois a uma

voz, pois ambos havíamos lido ao mesmo tempo a ficha pregada ao lado dn arvore.

Dolores contemplara a planta com uma inexplicável curiosidade. Eu. por minha vez, a contemplava a elln, tão bonita e elegante, com o seu fino rosto levantado para a eôpa da arvo- re, attitude que punha complefamente á mostra sua garganta branca e delicada.

— E’ admiravel, verdadeiramente admira- vel — murmurei eu, novameiite.

Repeiitinamente Dolores olhou em meus olhos, com uma expressão seria, qua.si medrosa, e disse-me pom voz clara e resoluto accento:

— O senhor é meu noivo! — Eu. senhorita? — respondí, prnfnnda-

inente surpreheiidido. — Isso mc.smo; o senhor é meu noivo. — Mas... como pôde ser isto? — balbu-

eiel. desconcertado até a conclusão. Com 0 seu habitual tom imperativo, Dolo-

re.s respondeu-me:

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— O seulior ebegou ft minha casa numa <]uinta-reh'a e trazia gravata verde; vi.a imme- diataniente.

— Porém.. . que quer isso dizer ? — res- pondí eu com voz insegura.

— Pois ii5o sabe? Está bem; vou expli- car-lhe. O ultimo anno que estive no eollegio, nossa professora de desenho sabia ler na mão o futuro da gente. Ella observou minha mão e as de outras duas meninas, e me disse: “Você vai casar logo. O homem qiie será seu marido chegará á sua casa niiuBa qiiluta-feira e trará uma gravata verde.” Xão 6 assim?

Kn havia acompanhado com assombro cres- cente a explicação de Dolores e ihu- um momen- to tive n suspeita de que fssa adorarei ereatura tivesse a razão alterada.

— Porém 0 que a senhora diz não r>óde ser. —' Como ?... — Que eu não posso ser seu noivo, senlio-

rita. .. — Com que então o senhor não é meu nol-

vo ? — Mas, não. santo Deus! Que loucura... A joven retrocedeu um passo emquanto que

em seus olhos azues se refleetiani rapida e al- ternativamente expressões de surpresas e de ira. Levantou até sua cabeça ns dois punhos fecha- dos, em attitude ameaçadora e. então, com voz surda ine atirou ein rosto .sua ultima phrase:

— .lá não 0 quero! Vá-se embora! E rapidamente, quasi correndo, nlcauçoxi seu

pae. Vi-a falar excitada, gesticulando muito, e vi também que José dirigiu até mim um olhar furtivo e passageiro. Em meu desapontamento, não pensei seguil.a: nada me occorrcu na occa- sião; fiquei nlii. pregado no mesmo ponto onde ella se despedira tão raivosamente.

De longe vi José levantar-se. amparado pe- la filba. B o.s dois se encaminharam para o por- tão de snhida.

» • •

Xo dia seguinte passei pela rna onde .José mantinha seu iwsto de mendigo. Xão estava, nem a mim foi dado vel-o durante iiinitos dias.

Depois da inexplicável attitnde de Dolores. havia en ficado nada bem de espirito. Xão ana- lysei nem meu desasoeégo, nem meus pensainen. tos: senti-me invadido por uma especie de pre- guiça espiritual e receio que em meu coração co- meçasse a crear raizes uma paixão que. apesar de nascida um incz antes, já conseguira modifi- car a marcha de minha vida. Para sahir deste es^fado de Inquietude, decidi ir á casa de José. Nao me podiam aocusar de falta alguma, e acre- ditei ter direito a uma explicação.

E fui. Toqiiei n campainha, uma. duas ve. zes; ninguém me respondeu: fiquei perplexo. A outro chamado, ouvi riiido de passos no vestibii- lo: Eiisebla abriu a porta e me recebeu com sua attitude glncial, que desta vez mc pareceu algo hostil.

— Que quer o senhor? — Está em casa dom .Tosé Planas? — Entre. K fez-me passar ao vestilmlo, onde me dei-

xou sem mais uma palavra. Observei que as ma- gníficas avenças e begônias, oiitrora tão frescas e vistosas, apresentavam lamentnvci aspecto. Es. se vestibulo que eu admirára semanas antes por seu elegante mobiliário, apparecia agora abando, nado e triste. Minhas rapldas i-eflexões foram in.

terrompidas polo riiido de um passo conhecido: olhei para a porta da sula. José avançava até mim. vagarosamente. Mas, que profunda mudan. çn em sua physionomia! Exteiideu-me os braços e fui a sen encontro.

— Ah!, meu amigo! Que desgraça! Eu permanecia eallado e me senti preso de

uma grande emoção, ao ver o rosto envelhecido de meu amigo banhado em lagrimas.

— Sim, senhor. Perdí toda minha felicida- de !...

— Porém, meu amigo, que é que aconteceu? — Minha Dolores, minha querido Dolores

está... está. .. — Onde? — prorompi eu, no auge da an-

ciedade. —I Em inn sanatorio, — E por que? ... — Já Iho direi — re-spondeu-me, eom a voz

afogada pelos soluços. Ao observar que se mantinha jienosamente

de pé. conduzi-o a uma cadeira. Eu a seu lado, aguardei que passasse essa crise de dor, sem atrever-me a pronunciar palavra.

— K verdade — murmurou, como si dirl. gisse a si proprio, — Aeabou-se toda miiiiia ale- gria, toda minha felicidade. Pobre filha?

—' Está, assim, tão mal ? — Perdeu a razão, — E em voz alfa. qua-

si gritando, ajuntou: — Está louca, está louca! Compreliendeii o senhor?

Senti gelar-se-me o sangue. — Louca? — repeti eu, machinalmente. — Sim. louca. louca! E é por sua causa que

se encontra nesse estado! Não artieulei i)alavra. A .surpresa e a dor,

pois nesse momento percebi n grande interesse t|ue me inspirava Dolores, não ine permittiam sl- quer mover os lábios. Xão intentei desculpar-me de um crime de qu<> minha consciência não me aceusava. e passando meus braços ao redor dos hombros de meu amigo, procurei eonaolal-o, in. fimdir.lhe coragem,

— E’ impossível que não haja remedio — disse-lhe. — Qual é -seu estado geral?

José não me respondeu; estava penetrado em profundo pensamento. Ao cabo de alguns instantes, pergiinfou-me, precipitadamente:

— Quer vPI-a ? — Mas. sim ! — Agora meíuiio, ,si fosse possível. — Vamos. E mudando o paletot de pyjaina por outro

de passeio que Eusebia lhe trouxe. José encaml- nhou-se para a porta, e abandonamos essa linda mansão que poueo antes era a tranquilla morada de tanta ventura. José apolou-se em meu bra- ço, emquanto caminhavamos para n praça Ri- vadavia. onde tomarintnos um automóvel.

Durante o trajeeto meu amigo pareceu se- renar-se, e em certo momento, apertando minha mão, dlssp com um sorriso onde se vislumbrava uma grande esperança:

— Sabe no que pensei? — Não — respondí. — Que talvez a sua visita lhe devolva a ra-

zão. — Deus o queira! Porém, que poderei fazer? Com um triste sorriso. .Tosé aecrescentou; — Xesse dia fatal da nossa malfadada visi-

ta no Jardim Botânico, minha filha me fez uma furiosa queixa do senhor.

— Contra mim ? — Deixe-me eo:itinuar: eu sei qne o senhor

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nüo tíHu neiilnima rnlpa e que 6. niites de tudo, mu eavalheirn: porém as mulheres virem no nr com as suas imaginações. Quando subimos no au. to. que íeilzmente era iiina “lininusine", iiiiiilia filhu foi neoramettida por uma crise nervosa que me sobrOsaltOH. Arraueon o chapéo, estrat;alhou-o entre aís müos, arremessando-o pela janella; fez II mesmo com uma mednllja que eu lhe dera no dia de anniversario. e procurou agir de ígiiiil férnia com o vestido, Ao chegarmos (\ casa. eu e.stava abatido de tri.steza e de cancasso. porque durante todo o trnjecto tivp de contel-a. para im- pedir que se arrojasse do vehietiio. Kram inúteis toda a palavra e toda a carícia para que ella se ncnlraasse, Clicguei até a dizer-lhe que cu fala- ria com 0 senhor para que fosse seu noivo; po- rém. ao ouvir seu nome. a agitação se transfor- mava em ira furiosa, O medico, chamado inime. diatamente. prescreveu-lhe umas poções que não consegui fazel-a tomar. Xo dia seguinte, seus íTÍtos fizeram que um commissario de policia pedisse permissão para visitar meu domicilio. Então eomprehendi a terrivel verdade: minha Dolores querida havia perdido a razão !

Essa lembrança provocou iimn crise de pranto em meu desgracadissimo amigo, que con- tinuou soluçando até que o auto se deteve em frente do Sanatorio. O amplo etlificio. onde esta- vam encerradas tantas dores liiinianas. apresen- tava uma apparencia risonha e tranquiila. Atra- vessamos o jardim, saudados pelos porteiros, pa- ra quem José era iiesson coniiecida, Xa secreta- ria Informaram que Dolores, já beni melhor e socegnda, havia sido transportada para o se- gundo andar, para que a eonviveneia com outros enfermos, já em via de cura, lhe fo.sse provei- tosa.

Ao subir n escada, .Tnsé me dis<<e que annun- ciaria á sua filha minha visita, com toda pru- dência. e que eu agnardas.se seu eliainado jun- to ã porta do iinarto. Encontravii.me iiiini estado de espirito nbsolutanienfe ímpossive! de se des- crever.

José clinnioii uma enfermeira, fez-se annun- dar a .sua filha e eni seguida, entrou. A enfer- meira sahiu, deisando-os sõs. Ouvi as pUrases carinhosas que o pae dirigia ft enferma, porém não percebi a voz de Dnlnres. Ao cabo de um

• momento, ouvi que elta pronunciava algumas pa- lavras em tom lamentoso e com miia voz ex- trniihaTiiente infantil.

Approximei.me da porta que havia ficado entreaberta e procurei a jovem com o olhar. Ti- II: estava muito abatida, um círculo negro rodea- va seus olhos, porém seus gestos eram trnnquil- los. Retirei-ine prudcnteniente.

Pude ouvir que José se desculpava por ha- ver e.sqnocido de trazer-lhe qualquer coisa que cila lhe eneoinmeiidára. e também ouvi que lhe promottiii, paru a oceasião, uma grande surpre-

— Que é que me trouxeste? — inquiriu Do. lores, eom accento em que manifestou certo in- teresse.

— Lemiirafi-te, queridinha, lembras de um senhor que foi oomnosco ao Jardim? ...

— Xão! Xão — interrompeu n enferma eom energia.

— Porém, filhinha, não te contraries, del- xa-nie falar. Recordas desse jovem?

Ao perceber que se falava de mim, um for- te desejo de ouvir ine levou a olliar novameiite para dentro do quarto. Xessa oeeasião, José de- cidiu realizar a esperança que alimentava, e ou- vi que dizia;

— Elle está aqui, B levantando-se penosamente vein até

mim. tommi-rae pelas mãos e fez-me entrar. Um grito agiidissimo nos deixou aos dois cravados no humbral da porta.

Dolores, que estava sentada numa poltrona perto da janella, ao ver-me appiirecer, se levan- tou, e saltando com n laipidez de um felino por cima da cadeira, como um nadador que se atira á agua. nrrojou-se contra a janella, cujo vidro arrelientoii com n cabeça, o cahiii no vácuo.

FIM

FATUUS

Oroofho hummio, ijiir «'s í« «infs ; Jeroí au ridícutof

A. iniRCCTAyO.

Homem, que vales, para que desprezes Da alta Sciència o patrimônio caro? Da vida nos vaisvens e nos reveses. Per que não buscas o divino amparo?

Ohl quantas vezes penso, quantas vezes No teu orgulho estõlido reparo! — Orgulhoso és de coisas tão soezes, De grandes coisas desdenhoso ou ignaro I

Julgas te forte e sábio e poderoso, Porque acima dos vis irracionaes Te põe da inteiligência o pleno gõzoi...

Mas fraco, insciente e estulto é o que és demais, Que 0 que fazer.te póde mais ditoso E' o qiie em geral mais infeiliz te faz!

Bello Horizonte. 3Õ25. OTHONIEL BELLEZA.

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A esposa do j)i'esi(lt']ite coolidge. em frente á “Ca«a Brnno.i.’’, comprando sellos de Natal eni beneficio da Associagão Nacional Contra a Tuberculose, A graciosa menina c IJetty Kliaii, a mais moça das vendedoras da tombola... A' esquerda, um lindo galgo pertencente á sra. pre- sidenta, que tem grande paix.ão pelos cãos.

Quando «e dirigiam pjir.i a cidade de Cheu- fiichow (Cliinai, este grupo de monja.s missio- nárias foi feito prisioneiro por bandidos ebíne. zcs, que para llies dar a liberdade exigiu... qiiasi uma fortnnii.

Isibel llockefeller.

bisneta de .John Itoc-

kefciler. que ape.sat

de ser dona de iiu-

men.sa fortuna. í pro-

fe.ssora de biologia

na 1'iiiversidnde .Ic

Coliimbia. .Id é ter

ainor á scieiicia...

Duas mo- ças de Lon- dres. ves - fidas com o traje conhe- cido pelo II o in e d e “Claude Du- val". de- .sempenham o errgo de marcadnra s de nontos de bilhar no n- •ri.stocratic o "R m p i rc- f'ob. de Pi- c-idcllr Cir- cul-

J'ma sala da ‘'bibliotlicca” de jornaes da Universidade de lowa, e qiie (■ a iinlcii em seu gecnero. l'c^<.sue exemplares dos 23.000 jornaes norte americanos e espera reunir em breve todos os priodicos cpie .se editara no mundo.

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A artista — Vlen iei, Nai»>lpon! Vion irü... VlíD Icil...

I']na viiz, na galeria — NSu sr- Jiis lolo. Xapoli-on ; ou vaes tu. ou Tou eu i

Elle — Quero aue me sejas fiel como um cão.

Ella — Pois, então, compra-me um collar...

OS PlOQrEXOS (ao motorista ãue vlie sO) — Eh!... Eh!... o

senhor perüeii svia senhora!

E tu', (ihlquinho, que serAs qiiaiulu fores grande?

— Eu queria ser eiigeiiheiiM, >niis )in- pac dlí que para isso tuulio pouca ea- bei;a,,.

— O «r, havia marcado seu logar? B como prova ?

— Beparc em soas calças. Eu havia deixado, alll, na poltrona, um ovo quente!

O engraxate: — Nada tenho que fa;ier, cavalheiro, lato compele ao pedlcuro.

p;ila. Qual foi a lioa acção que fizeste na vida?

Klle. — Haver impedido que mor- resses solteira.

A VEI.lllXIl.i. — Si II memória não me atralçoa deve pertencer ao sexo mas- culino. '

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Os oitenta e quatro^annos de Flammarion

A França a- (>aba (le perder, enm a morte do Krnmlp astro, immo. Camilo F lain ina ri o n. iim dos seus usais illiistres fillios, As 11- nhas abaixo dão idéa da capaci- dade de trabn- Ibo do ffrande sablo, que nnn. ca deixou de- produzir. até seus ulttiinos luezes de vida;

Dep 0 i M de Anatole Fran- ce, Camilo Flammarion. O autor de Les op i n i 0 ns de 1'abbé Coisuard alcançmi oitenta tiniios: o de A Durabilidade dos mundos habitados, nitenta e dois. Xão são valores equiparavels; mas um 0 outro caso de atioiaiildade laboriosa elevam o animo como um exemplo, fazendo-nos encarar 0 porvir com confiança. Porque, embora iião te- nhamos realisado o ideal da nossa vida. ainda nos reatam, certamente. alRuns annos para ohe- Sarmos ao.s de Clemeneeau, Auatnle France ou Flammarioa. E' preciso termos fé, e, sobretudo é preciso dosfa/.er a terrível idea de Dante - no Convivio — dc que, ao chegar aos quarenta an- nns entra o homem na veihice. E' proferivel o conceito inglez ou norte americano das edades da vida, tal como o praticam os ho- mens casados e eseanhoados, que jogam tennis sendo senadores e presidentes do Conselho.

Flammaridu é um dos nomes francezes de mais antiga circula- ção. DifficIImente se encontra um livro de tanto exito como o de A pluraridade dos mundos habitados que ha meio século foi traduzido para todas as lín- guas, abrindo eamlnho a outros livros de vulgarisação suientifica

e dos que lite- rariameutc se ela ssiflcaram de “novela a.s- traV sem ser lirecisaiueiite is. to. Mas esse e- xito justifica- se. Flammarion couseçoii sendo um discípulo de enciclopedis- tas como Itide- rot e I)'-\lum- bert: mas an- tes destes lera Fontanelle que tem também, umas Conversa- ções sobre a pluralidade dos mundos.. , Ks. to admirarei thema talvez

forme o dom de prolongar a vida, pois Fonta- nelle viveu cem annos justos. N’estes autores aprendeu Flammarion a expor ideas scieiitificas com a neces.sidade <le um narrador de anedo- ctas; de vesto, o romantkismo e.stnva ainda muito proximo. . . Flammarion soube com seu talento ponderado, tão eminentemente francez, emprestar ils suas bypotlioses um aspecto scieii- tificn, an mesmo tempo que a belleza de um poema e o interesse de imi conto romântico..

E nos últimos mezes de sua vi- da, continuava trabaihnndo. O anne passado puldiciui um livro solue As casas dos phantasmas, ultimo de uma longa série sobre esse assiiinpto. Para aleançur a edade de Fontanelle faUararn- llie, apenas, alguns annos.

A. DE LONIE.

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A’s leitoras lhes são faitti- liares todas as innumeras va- riedades de “erochets" e bor- dados. Um simples olhar para a nossa gravura lhes bastará para escolher desde logo o modelo preferido. E não ha de

ser facil tarefa; todos são egualmente bellos, elegantes e modernos. Não é assim?

() bordado deve r"er feito no sentido do piiiuprimento. Fazer iima cadeia de 1 ra. 10 de comprido. Priiiioira fleira;, 4 bridas uas 4 pri- meira.s malhas, 2 uialhas á vontade, um« bri- da sobre a terceira malha da cadeia, 2 malhas A vontade, e reeomeyar 4 bridas a partir da terceira malha livre da cadela. Segunda filei- ra: 4 bridas sobre as 4 primeiras bridas da fi- lera precedente, 2 bridas sobre us 2 malhas e ainda 1 brida tJObre a brida, duas malhas vontade, 1 hrida sobre a primeira das quatro bridas <hi primeira fileira, 2 malhas no ar, 1 brida sobre a quarta brida, 2 malhas no ar,

1 hrida .sobre a brida, 2 bridas sobre as 2 ma. fileira. Para a terceira fileira: fazer 4 malhas, 4

Para a terceira fileira: fazer 4 malhos, 4 bridas sobre as 4 ultimas bridas do primeiro grupo de bridas da fileira precedente, 2 bridas sobre 2 malhns e 1 brida sobre a brida, depois duns malhas no ar e continuar fazendo grupos de 7 bridas separadas por 2 malhas no ar. A quarta fileira se fará como a segunda, a quinta como a primeira, a sexta como a segunda, mas contrariando o desenho, a oitava como a segun. chi e a nona como a primeira.

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MOSSOS

Bébés

I

Elle cborn. Junto ú janellft. no cinarto, a pagem, n creada, a governante — pouco importa — estft bor- dando ou lendo. BébP aperta «eu narizinlio contra a vi<li'açn. Si- lencio.

Bébé diz. chora, iningando: “Eu íiiie-

ro brincar...” A austera pessoa

(lue preside seus des- liiios responde;

— E’ simples; a. pnnh(. um dos brin- quedos que estão no armario, E não con. tínne a fazer manha, ouviu?

As duas prateleiras mais haixas do ar- inario estão ao alcan- ce do petlz. porém a boueca qne clle dese- ja está coHocada muito alto.

— Maria, eu quero a minha boneca!

— I’riis vá tirar. Xão alcança? Suba mima cadeira.. .

O pequeno obede- ce. Mas. emhnra com

o auxilio cia cadeira, não consegue o seu pro- poslto; por fim. pflde segurar um p6 da boneca e. puxando.0, faz com que tombe uma caixa de bichos da arca de Nõe, os quaes vão se es- palhar 110 soalho.

— Meu Deus. como voeô é estabanado! — grita a pagem; si agora eu interromper o meu trabalho para ajuntar tudo isso, sua mãe fi- cará zangada conimigo. O melhor é você mes- mo arrumar os brinquedos.

A criança, natiiralmente, faz ouvidos de mercador; a criada, de mais a mais, não insisto e continua o seu bordado.

Tim momento de socego; a criança come- ça a tirar o vestido de sua boneca, mas, a cer- to ponto, pede A pagem:

— Olha, tira para mim este botão; eu nlo posso.

Vosso fiihinho, que- rida leitora, terá sua belleza realçada si souberdes vestil.o

com arte e gosto. Este modelo, por exemplo, é simpries

e encantador. ..

— Dei. xe-me um ins t !a n te tranquilla! Será <iue vocf não pode brlii- ear cinco m i n «tos sem in- commodar os outros? Sempre tem uma c (I a s n a pedir, que horror!

Bebé can- ga de brin- car com a lioneoa e deixa.a dc lado, i>as- seaudo o olhar pelo quarto. Olhem s6! A bacia de rosto está a i u d n cheia de agua, c ju.stumen- t e por traz da pagem, Excellente negocio, Vejamos, iiutcs de tudo, si o sabão fluetua, como os pe- quenos barcos de papel, Ora, vae ao fundo! E II e-sponja? A esponja é muito divertida; ella se afunda pouco a pouco. Contra um dos pés do lavatorio, papá Noé e uma das vaecas da arca estão desconcertados, Não seria máu dar. lhes um banho. A roupa vermelha e o bonnet verde de Noé uão tardam a manchar as mãos de Bebé. Felizmente, alli está o avental para cuxugal-os; a vacea também larga tinta; mas isto não tem importantia. Oh, uma idéa! Si os collocasse sobre o porta esponja, a guisa de embarcação?

A brincadeira torna-se dlvertidissima; em sua precipitação, Bebé larga o porta esponja que é de crystal e se parte em mil pedaços. B cahindo, rachou o fundo da bacia.

Não menos gracioso, em sua sim- plicidade. é este vestidinho, de linhas originaes e alegre. Vêde o garoto como se julga feliz enver. gando o seu lindo e pequenino

fraje.. .

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A volta-se, imula de estupefiieão. Alt. ah! I’or isso é (jue voeê estava ahi

muito tjuietinho! K u seu aventar? Está lindo! E eu é aiie serei i-eprelieiBdidn!

K v’lan!, iiiiia forte palmada. Gritos e protetstos de Béh6. A pagem enxuga ii agua do soalho, despeja n bacia, ergue o avental. Acal- mam-se os soluços. BébO delta-se no elido, de bruços. A pagem recomeça o trabalho iuterrom- pido.

Mus logo, a criança inventará outro brln. quedo; desarrumará todo o ariuario; o chão fi- cará coberto de oavalllnhos. bolas e palhaços, que elle amassará com os pás, andando-lhes por clnia. E iião ficará quieto um instante, ora hriu- cando ctun ura. ora cora outros, até <iue. tendo quebrado a todoe, acabará por chorar, bater os pés, eiiervar-se, ser iiisupporiavel. (juando a mamã chegar, encontrará a pagem já fóra dos limites da paciência, uma criança á qual não se pode dar modos e uraa duzia de brinquedos ir- reinediavelmeiite destruídos.

Oli, como se torna difficil para muitas pes- soas 0 saber olhar, divertir as crianças! Entre- tanto, para Isso não se faz niister dlspormos de muitos brinquedos. Mesmo ao contrario: com pedaços de papel, fezouras, alguns lapia de côr, pode a gente distrahir os pequenos durante ho

ras segniilns. Mas é preciso saber de que modo- Não penuiitir ás crianças que ahorreçam e mo- lestem <iiiem as guarda, mas compreheuder que é necessário, em certas oceasiões, um auxilio e não o recusar.

O brinquedo, para a criança. representa uma uctividade, um tiiiballio. Ma.s para que ella não se ahorreçu. devemos uos interessar por seus jogos, siiggerir. lembrar alguma idéa que a dis- tráhi, <iue lhe desperte curiosidade.

Porém, antes de tudo, ensinemos ás crian- ças <1 respeito á.s coisas; para que ellas apre- ciem .seus brinquedos, devemos acostumal-as a üs agradar, e a tratar com cuidado, Elias uão dão valor algum a tudo acialllo que possam quebrar c estragar a seu gosto, sem que sejam contrariadas. A criança brinca com um jogo de paciência; logo, deseja que se lhe entregue a boueca. Muito bem. terás a boneea mas, pri- meiro, guarda no armario o jogo de puelencia.

Quando twJos os seus briiiqtmlos estão es- palhados á sua volta, a criança não sabe qual escolher (. isto a desinteressa completamente. E, depois, que triste aspecto de confusão e de desordem! As crianças aão sabem iiaturalmeute brincar, E’ iio.sso dever ensiunl-ns, como lhe ensinamos tudo o mais.

Outro interessante modelo. Este para creanças gue choramingam e mamam,..

Oui*iosi<ia,d.ess

Foi em Monzii, ua Italia, que se deu, recen- temente. este maravilhoso caso Uc maternidade. l’ma cadella 'Fox-Terrier resolveu tomar á sua conta um gatinho orpham, de poucos dias de edade. A mãe adoptiva e sen filho desde logo se comprehenderam adiuiravelmeiite. vivendo na mais completa eomimmhão de gostos e de gê- nios. *A cachorrlnha chegou mesmo n investir, varias vezes, contra intrusos que fingiram que- rer arrebntar-lhe o pupillo. Isto vem confirmar que não ba regra sem excepção, ficando neste caso destruidii a verdade do tradicional “Vivem elies como cão e gato”.

— “Querer é poder”, lá diz o dictado. K é verdade. Quando um homem se propõe realizar alguma coisa, empregando para isso uma vonta- de ferreu. sem limites, é Inupgavel tpie póde alcançar maravilhosos resultados. K’ o caso da

egreja e escola doailnical (lue um artifice de Sierra Xeira (ralifornla) construiu integral- mente, sem ajuda de ninguém, no curto espaço de anno e meio. O templo mede quinze metros por seis c é todo de blocos de cimento, com excfpção dii fachada, que é de granito. Não sa- ltemos quanto recí'! eu pelo seu traiialho o notá- vel arti.sta. architecln e pedreiro ao mesmo tem- po, Naturalmente uma fortuna. E é justo.

— Foi pescado recentemente, no Amazonas, um enorme l*iranicu’, peixe muito comum ua- (inellas aguas e de adoravel sabor. Até aqui, nada dc notável. Mas o interessante é que. aber- to o peixe, foi encontrado, eommodamente re- fastelado cm sen estomago, um filhote de tar- taruga. l’(MÍe bem ser, e nada vejo de extraordi- nário. — dirá a leitora. Porém, o tal filhote es- tava... vivo. Qual! Isso, no ininlmo, é “ca- nnrd"...

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O espectáculo da chuva — chuva torren- ciai, continua, batida pelo vento — é um dos que causam mais desespero lis crlancas, habi- tiiadas aos esportes e aos brliiquedoe ao ar li- vre. nas alamedas dos jardins, banhadas pelos raios doirados de sol. E' por isso que. no tem- po das aguas, a petizada perde <> seu natural alegre e buliçoso e fica para ahi, immovel, no chSo e recortar figuras, ou pregada á Janella, vendo através dos vidros, com ar de chõro, a chuva cahir lA féra, alagando a rua.

Habituadas As correrlaa, ficam a.ssiiu, for- çadamente, privadas de sua liberdade, prisio- neiras entre as quatro paredes de uma casa, nem sempre espaçosa, a mais das vezes peque- na. Devemos, pois. proporcionar As crianças brinquedos interessantes que as dístrahiam des- sa falta de largueza e que lhes façam voltar ao rosto a alegria despreoocupada e coininunicntiva que tSo bem iios sabe ao eoraçAo.

Como se distrahir sem fazer peraltices e seui importunar os paes com a insistente per- gunta. acompanhada de um muchocho de tedlo:

— De que havemos de brincar? Pois é a isso que vamos responder. Os

brinquedos de que tratamos, poderão ser va- riados pelos pequenos, que lhes ajuutarão de- talhes inéditos, segundo a imaginação de cada ura.

E agora, meus meninos, escutem, que eu

dias de clinva

vou iloscrever-lhes o O guardador de aves Para este jogo, 6 preciso

conhecer o canto de cada «ve, o que é já um attra. ctivo. Antes de começar < brincadeira escolhe-^e. en. tre os pequenos, o guarda- dor. Kste dará a cada me- nino um nome de ave. Di- rá por exemplo, a Paulo: “Tu serás o gallo"; t, .Tosé: “Tu, o pato": a An. tonio: “Tu ficarás sendo o peru’ ", etc., etc. Depois elle começa a contar « historia de cada ave. Des- creve 0 passeio da galll- iiha, catando migalhas, o orgulhoso do gallo, a po«e do peru', os pombos fazen. do roda, etc.

Cada vez que o guardador se refe- rir a um« ave, o menino que recebeu sen nome deverá imitar a voz da ave respectiva. A gatllnhn fará; koc, koc, koc docl O pato dirá: coaii, eoan, coan! O gallo: coeoricá! E assim por diante. Si um dos meninos demornr-se em imitar a voz da ave que representa, pagará uma

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premiu, ou reeeberft um trote. De vez em vez. o guardador contarft a histo- ria á.s earreiras. de modo n obrigar os jogadores a gri. tarem todos ao mesmo tem. po, produzindo uma baru- Iheira infernal. E qual a criança que brinca sem fa- zer algazarra?

Este jogo pode ser va- riado de vários modos: mu- dando a especie de animaett ou escolhendo, em vez de aves. um carro, um auto- móvel. um bonde, fazendo cada menino o papel de roda, estribo, banco, cocheiro, ehnuffeur, eonduetor, buzina, etc. etc.

A brincadeira é divertidíssima, a tal pouto qup não serd para extranhar si a gente grande delia tombem quizer fazer parte.

K agora vou ensinar-lhes

O jogo da gato Trata-se desta vez, nilo de nni bando de

niiimaes, porPm de «m sC: do senhor Bichano nniiguinho de voces. T'm dos jogodnres. desi- gnado por sorte, deixará n sala, de modo a fi- car afastado dos demais. Um destes imitará

<1 miado do gato. Feito isto, o jogador qne está fóra deverá advinhnr quem o auctnv do “inlau”. Si errar, o menino a quem Se dirigiu fará “pfftt. pftt!”. como um gato zangado, e o adivinhador voltará para dentro. No caso contrario, cederá 0 seu logar ao pequeno que imitou o miado. E assim, continua o jogo atp que os meninoe se cnncein de fazer. .. de gato.

Aposto que os meninos não conhecem o

Jogo do Sultão -intes de tudo. trata-se de eleger o Sult.lo.

Feilo i-«lo. tratemos de vestii-o eondignamento.

-Mamãe não se reeiisorá a emprestar pedaços de fazenda, retalhos, fitas, etc. Escolhido o Mouarcha, este começará o jogo, dizendo grace- jos, fazendo caretas e poses exaggeradas, an- dando uo centro da roda formada pelos petizes. Deter-se-ú. afinal, deante de um delles, excla- mando:

“Como é que fez o Sultão? O menino indicado deverá, a seguir, imi-

tar 0 melhor qne puder a .voz e os. tregeitos do seu nionareha. Ri não o fizer bem, pagará uma prenda. E sl a Imitação for perfeita, «erâ por sua voz proclamado sultão e senhor da petiznda.

La vai uma caixinha. . . .

Esta brincadeira é praticada e apreciada i'm muitas casas onde ha crianças. Na certeza, pordm, dp que muitos peiize« ainda a desco- nhecem, vamos eiBsinal-a:

Forma.se a roda. Quanto mais gente me- lhor. Qualquer ura doe meninos começa; “Ivil vai uma caixinha carregada de...” 0 iinme- diato deverá responder inimcdiataraente, com

uma palavra qne co- mece pela letra A. Fará a seguir a mes- ma pergunta, ao vi- zinho em cuiitinua- ção. Feita a volta to- da. com a l(‘tra A, dá- se começo á letra B, c as.siin por diante, até pxgflttar-se o al- phaheto. Certas le- Ims. como o Y, o W, o Z. o X e nutras, são d(> diffieeis res- postas. pondo o pes- soal eui sérios em- (Omt. em i/lacfííoiira)

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TRABALHOS FEMININOS

A leitora, antes de tudo. deverá decalcar srd)re uibb pedn<,-o de chitAo „ motivo (im> lhe offerecemo.s. reservniido-se n escolha de outro (lualiiuor enfeite, caso as flores m'io lhe asnidem. Kstius devei'!'ic) ser em chita amiu'ello laranja, sendo cada jietala tlehniadtt em ponto de liaste com linha “perlé" nenra. K o centro da flor, em linho cni contornado por um ponto de “ehai- nette”, depois hordado em ponto de nó negro. As folhas pintadas de vorde escuro, e em segui, do engastada em ponto de “ehaiuette”.

As linhas regulares do fundo s5o executa, das em ponto de haste.

i;ma vez terminado esse trabalho reunir- so-ito os dois lados da bolsa, fixando •os por meio de nm bordado <iualquer.

Pura a alga, apenas um cordAo grosso de seda negra.

Passemos agora a exümlnnr esta linda Almofada “Os Chineses”

eiija exeeiigao ê igunlmente das mais simples, Para ella empre(ga-se também o chitrio; u eneo- Ihida n fazenda, vejamos o bordado:

A primeira chineza traz nin vestido risca- do. cor de groscllia. em ponto de haste, feito com linha de algodAo liso lustroso u. 30 de mmnce que condiga 'bem com o coujuiicto.

A gutiriiiç5o dn sala C pintada ein cór de tijolo e o desenho bordado em marron. O leiinc

em verde vi\-o. A segunda tem uiu kimono tango reclamado de negro, o “flichii” verde e vermelho, sublinha- do dc negro.

A segunda tem um kimono tango recitmadü de negro, o “fichii” ver. de e vermelho^ sublinhado de ne- gro.

A sáia é cOr de tijolo com raios em ponto de Imste.

A terceira figura está vestida de verde, riscado de negro. A do- bra do vestido que se percebe em baixo, c ainareila. a cintura taugo bordada de negro.

0 gunrdo-sol, pintado de ama. rello em baixo e de tango eni cima, e a mauga, bastante longa, borda- dn a ponto de ha.sfe.

Paiii dobrar esta almofada, esco- lhereis iima .setineta de côr adequa- da.

•t.Vineliiida vossa linda almofada, sobrar-vo.s-á tempo, estamos certas, para vos occupar deste encantador tralialho. executado em Unho.

Serviço de chá. “Os pombos” ('omiiõc-se elle de bordado inglea

e bordado Iticliclieu. eoni pouquissl-

mos puntos <1« “cunlonnet”. TihIos <‘stw! pali-

tos. rpu* canhoepiâ s u fficipiitemente, rtpverão ser fi'itos iimi liulia de bor- dai' lustrosa M. F. A, 11. 20.

VejHinos. iuites dl' tudo, o ‘'folHl de oiiiipo”; pnra fazcl-í) iieecawltii- si‘ ;li' um íiuadra- do de linho do ^0 (■(‘iits. dl- Indo, sn. Iiro o c|iial será liaii.spoi-tudo n do- seiiliii.

.As pétalas das rosas são fiiiaiiieiife poiitornadas a ponto de fes- tão. Assim também as folhas, eiijas nervuras se representam por pontos de '‘eordoniiet''.

1’iira o cobre-htile são precisos dois reotan-

ffiilos de linho, medindo 33 cents. por 23, sendo o bordado feito em ambos os lados.

Xo niedalhao do centro, destaca-se nitidamente n m pom'i:o, sobre um fundo “ ajouré ” de brldas festoua- das.

Os contornos da ave são sublinha- dos a ponto de festão. assim co- mo as azas e a cauda; apenas as linhas tiue simu- lam as ponnas a-

haixo do peito são bordadat; eni "oordonnet”, Xolire o medalhão aeha se um semi-circiilo

“ajourée” a liordado A ingleza a bridas. Os dois lados bordados, reunidos pelo alto,

são collocndüs osbre 11 lii pedai.-o d u - pio de setim ama- no-s ângulos por um grupo de rosais em b o rdndos Richelieu com bridas festona- das.

O pequono guarda- napo paru ch4 está apenas ornado, num dos ângulos, por uma rosa em bordado lii- chelien, XTede elle 28 cents. de lado e, da me.suni fôrma que a toalha, é contornado por mii “pleot de fil".

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PARA AS PEQUENAS LEITORAS

Uma lipão

Rftiimos wrtHS, írraoiosiis leitorazinhas, qui' este iiequeno oleiibuBite vai occnpar vousa atten- efto i»or algum tempo, fazcmlo-vos lembrar dos especlacalos nos Circos, omle esses intelligen. tes «miimaes tantas vezes vos têm divertido

de bordado c

sas amiguinlias? Mas, antes de tudo, demos um nome no

elepliaiite: Toby. j>or exemplo: e comecemos o nosso ti-nballio.

Primeiro, Toby ser.á dewenhndo subre o te-

com as suas inimuieras e iiilere,ssa!ites liabi lidades. O elepliante ê, com etfeito. um grande amigo das crianças, como certamente jii notas- tes. visitando rmaríiuer ,Iardlm ZooIogico. qiian- do offerecestes no paciente animal um doce, uma giilodice, e elle o apanhou com a tromba, cuidadoso, .satisfeito, quasi ri.«onho. . . K' justo, pois que lhe prestemos uma homenagem. l>or- daiHlo com o maxiiuo cai-inho o retrato qu(. delle estampamos nesta paginn. Xno é assim, gracio-

<'ido de cor differonte, desenho esse reprodu- zido depois em ponto de lloulogne.

lioiKirae agora neste lindo quebra-luz, de seda ••oraiige" o com applicngões de taffetas ou vcliiido negro; quatro ou mais piul','entes dc volliido negro dão grande realce ao trabalho.

K esta bolsa, não a achais também linda? l'ode ser feila de linho brnneo, e em baixo uma fita de linho do eôr, applieado em festão; no «■eniro destaca.se nosso pequeno clephanle. Es- ((■niilina',1 Piii Miscfllonca)

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Trabalhos em ‘‘ponto de cruz

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fomiítci]], S<ibre um fumlu einzeiv:o lOiiro. dois iiiTis ilo aüul; azul rei l> azul

I’ara o n. 2, o tmido é tricuinru <iii ama- i-fllü li(*ni fliirti. i‘ (I bordado do dois tons; azul liem osoiiro i> viiilío c-laro.

O "filot" II. bordado dü imia tram;a do soda podo sor oxociitado oom ou som maiigas.

n tuiuio do colloto. grosolha; o motivo iHirdado om azul vivo soliro fniido orênio; a trança, uu- ma dessas oóres. Si o colloto fôr orôme bor- dado d[. Iranca iiosra, o motivo deverá ser ver- de vivo e borra de vinüo. etc.

Mstos poiilos de iTiiz podeni ser feitos ou eiii seda ou oiu lã. a vontade d<i leitora.

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TRABALHOS. DE AGULHA

Para a mesa: As andorinhas

Eis iiciiil mu brilissimo Kiiardanaiw, de f6i'- ma uvul, (juja coufeeyão vamos esiiHcar ás leito- ras. na certeiiii de aiie o trabailin não llu-s dei-

xará lie agradar.

ANDORINHAS E PAYSAOEM

Antes cie executar 0 fundo, (• preferível bordar andoriiilias e paysagens, em “pon- to de cordonnet”.

l’ara isto, deve-so: 1.0 — Fazer o tra

çado, que consiste em seguir todos os con- tornos do desenho

c o 1- d 0 II iiet" bem n n idos (fig. 3).

EXECUÇÃO DO FUNDO

U trabalho do fundo tem o aspecto de umu rêde de fio.s destacados, mas 6 ftdta do maneira muito mais simples c ^ liem diftereute-

Os jours SãOKxcmiiIn A

Ponto <lo '*cordonnet" «níQAo.

sua í*x**-

com pontos de alinhavo, de fôrma que elles sejam loiiíros no lado ilireito e curtos no avesso (exemplo A da fig. 2).

Este tragailo deve ser fei- to com muita exactidáü.

2.0 — O “ponto de eordon- net” executa-se em seguida, da p.sqnerda para a direita por cima do traçado (como indica o ex, B. da fig. 2), mas unin- do bem os pontos uns contra os outros. •'

A agulha pôde ser introdu- zida ligeiramente inclinada ou em vertical. Todo este traba- Iho será executado em linba de bordar bem grossa.

3.0 — Os olhos e o bico das amloriiilias serão em “ponto de relevo" 011 “ponto liso”; quanto ás barrettes que enqua- dram a pay- sagem, serão feitas com Ires tios pas- sados de um lailü a outro e recobertos Fileiras Uurizomaoa a e.vpcuiar nos ... , , mos buracos nuc os das '"clt.as '.'crtícal- de “pontos dc mente.

Pequeno “ernquis" dc coiijuncto do trabalho terminado.

Conjuncto do pouto de Uhodcs mostrando tres fileiras vertlcace .\ e duas borizuntacs B. Kste fiiudo

se .exeeiita pelo lado do avesso.

B para exeeiivSo <Io Çuiirto (lionro (le Kbodes'!.

obtidos apenas pelo estreita, mento dos fios do tecido. B’ a compressão destes fios que produz os pequenos losangos que se notam no deseiibii. O fundo (‘ trabalhado sempre pelo ave.ss<i do tecido, d« se- guinte modo:

Primeira operação : fig. 4 augmentada. —

1.0 Tomar uma agulha bem grossa, enfiada de fio fino mas -solido; 2.0 Trabalhar vertical, mente, Isto é, de alto a baixo, picando sempre com a agulha cm tiitervallos regulares de .3 a 4 ou mesmo õ millimetros. seguindo sempre a espessura do tecido e do fundo deseja- do; 3.0 Fazer dois poutos de agulha nos mesmos buracos, passando-a duas vezes jielo mesmo eamlnbu (ex. A, fig. 4) ; 4.0 Unir fortemeiite estes dois pontos imra approximar ' bem 08 fios do panuo: 5.0 De.scer a agulha e de cima pa-

ra Iinixo e da esijuerda para a direita, bom sol) os pontos precedentes; C“ Fazer de novo

dois poutos de agulha nos

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mesmos Ijurncos, e iissim em seítiiida até in-e toda a tlleira esteja terminada; 7'.o Continuar «empre vertiralmeute, e da mesma fôrma, todas as outras fiieiras do fundo.

sontaliBieiitu e cntilo trabalhada da esíiuerda pa. ra <lireita. como indica a fig. S.

Os pontos iiào são mais os mesmos. Klies consistein, desta vez, eiii jiontos cruzados ou pon-

L‘m (luacto do tra U.iUio concluído.

Segunda operação: fig. 5 augmentada: — (juaudo todas as fileiras tenham sido assim exe. cutadas de alto a baixo, a obra 6 tomada liori-

tos de chiuíla. 1.0 Tas.sar n agulha dua.s vezes, da direita

para a esguerda, iios mesmos orifícios antes fei-

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tos verticAlmeiite: 2.o ruir de novo ü fortemen- te iHirn approximar os fios do estojo; 3.o Diri- gir « agulhíi obliquaniente de alto a baixo e da esquerda para a direita: 4.o FasHM' de novo dois pontos, reunindo ainda um grupo de fios; 5.o Reeondnzir a agulha para o alto e fi direita, re- comegar dois outros pontos nos mesmos orifi. cios, dirigil-a para baixo, e assim a seguir. Eis terminada, com esta superposiçSo de ponto, uma rêde de Unhas bem regulares e de não pouco apreciarei effeito.

Observação (figura 6- : Todas as fileiras vertieaes (ex. A da fig. 6“

devem ser trnlialliadns umas eonfrn as outras e

se tocar; ao passo que as executiulas horizontal- mente (ex. B da fig. 6), devem ser feitas pultin. do uma fileira sobre duas. de modo a não haver quatro pontos no mesmo orifício.

c E.ste trabalho de fundo “ajouré". obtido por meio da simples nnião dos fios do tecido, é co- nhecido pelo nome de ponto de Rhodes. Pode ua- turalmente ser executado em todos os sentidos, nie.smo sobre linhas curvas.

CoDtornae este “napperon" de um “picot” ou renda de Veneza lisa, o" nindn de “filet”. e tereis concluído um trabalho encantador e de utilidade incontestável.

A ESTRELLA. — "I'ois liei de aceender o meu cigarro

naquelln estrella. .. ”. PI n bobedo extendia os braços para a lam-

pa, Ift-cimu, ao alto do poste. A rua estava er- nra, sem mais iiinguem do (jiie nds dois. Plii encontrára o pobre homem alli. mal se susten- tando aos bordos, a olhar a luz traiiquilla.

— “Veja 0 senhor. Pl' linda! Parece uma rosa de inverno numa estufa. Não parece? Pois hei de aceender o meu cigarro naquella estrel- la... Depois, dansando imr ahi. sugando fn. maça, sojirando fumaça. E' bom! Quer que llie diga? — o meu cigarro é o meu unieo amigo. Conhece a miiilin vida inteira, Quando crmver. so com elle. d um esquecimento dagora é uma reaurreição dantnnlio. Vale a pena vivet!... Eu. então, sei a minha sina toda. toda...

A's vezc\s. um desejo me e.stremece. um desejo de ser embalado, de adormecer nos brii. ços dalguém que loiigameiite me queira.., Ila POUPO, por exemplo. De repente, aqiiella estrel- la iippareeeu, tão porto de mim. P'oi aigiiem do céo que !i mandou... Aqui entre nds: eu tenho algum no cáo... Ah! d uma historia multo triste, muito triste... Deixe que eu ac.-enda o meu cigarro... Contar.lhe.ei ti minha historia... O meu cigarro d o men unieo amigo. . . Ora espere. ..

E alucinado, num Imisco esforço atirava os braços para a huiipada.

Offereei-lihe phosphoros. — “Muito olirigado. muito obrigado. Que-

ro aeeendel-o naquella estrella... Ella desceu para isto. Vá.se embora, se não pôde esperar. Vá. Boa noite- Estou acostumado á .solidão. Vá. Vá-se embora. O senhor á nma ereatnra como as outras. Porque o avistei neste silencio, dentro do somiio das eousas. fiz a illiisão de que erii differenfe, Vá. K peça uma dor ao seu destino. Peça-lhe uma dor. E' o que ha de mais belln. de mais puro! Peça uma dor ao seu destino.. . E .adeus. Hei d" aceender o men cigarro uaqiiel- la estrella...",

AS FADAS. — “Estava lendo?'' — “Plstava lendo contos de fadas. Como

já não tenho quem m'ns diga...". — “As fadas, mesmo as ruins, são as

croafnras que mais bem nos fizeram. E, apezar disso, ,são as únicas creafurns fiiie iiós nunca esquecemos.., Elias nos deram as primeiras

coinmoções. Foram ellns que acordaram a nos- sa vida. Devemos ás fadas a sensibilidade, a imaginação e a graça de acreditar. Quantas priucez«s povoaram o nosso desejo daquelle temiio! Quantos papões nos transiram de medo!”

— “Era uma vez...” — “Depois, um dia, aprendemos que na-

da era verdade, Nesse dia. nasceu a no.ssa tris. teza e nasceu a saudade dum mundo que não existe e onde, entretanto, u6s existimos...".

— “Começamos, nesse dia, a duvidar...". — “Começamos n ser homens. A realida.

de surgiu, a terrível realidade..”. — “E com ella seguimos por todos os ca-

minhos.” — “Nem todos o.s caminhos foram mâos.

Nem todos os enminhos foram feios. Alguns transeuntes nos extcnderam mãos piedosas. -Amámos. Sorrimos. Pma dooe melancolia vein abrandar a tristeza do Inicio, A saudade, pouco a pouco, se attennou. E enfim, chegámos a es- ta encruzilbadii. E' bom, viver!”

— “E' bom. haver vivido! O pa.ssndo que- dou no silencio, mysterioso, intacto, envolto de arvores, como o eastelln da Bella adormecida. -A nossa Bella adormecida não despertará? adormeceu para sempre, mais feliz do que ii (Ultra . ..

— “Pura sempre? Talvez não. Diz.se que somos ereança.s duas vezes; perto do berço e perto dn tumiilo. A nossa Bella adormecida despertará, antes dos cem annos.'’

— “Não espere, O ensfello. então, ficará muito longe...”.

— “E se aminjarmos as botas do Pequono Pollegar, que. de pa.ssn em passo, andava se- le Ipgiiíis. , .

— “Seriam inúteis; não marcámos <> ni- lliri. . .

— “Consolemo-nos. pois. Não vale a pena soffrcr. Rpsfa-iios n encanto que as fadas dei. taram na nossa alinii. Resta-nos a recordação.’’.

— “E 0 presenfe”. — “E o presente. E' preciso aproveital-o.

Faz uma noite de inandollnutH, uma noite de canção napolitana, Sáis commigo. Os pensamen- tos doinesticns carroiam para n dor. Ao ar li- vre. á claridade das estrellas, os pen.samento.s lomam no espirito a fórmn, para ellen tatigivel. da harmonia que ondula sobre a terra, feita do perfume de todas as flores, da serenidade de todas as arfes, da alegi-ia de todas as Idêas...”.

— “Ah! benigna fada, a que abençoou o seu mnriiueiitn!”

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DamuK, nesta pagina, cinco ele- gantes e gracio- sos modelos de manteaux. Cada nm dellc» se caractcrizii pela originalidade e belleza de sen feitio. Mas. va- mos por partes: o primem é de drapella ver- de amêndoa, ornado de tissu riscado sobre fnn- do dft mesma côr. -Abre-se nos lados e nas imin- gas; e-stas abertnras, como a gola. são foiTO- das de tissu verde escuro.

O segundo, c nm modelo liitercssantissimo de surah ctasiento, gnaruecido de godets que constituem toda sua belleza e originalidade. Em seguida, temou um eucantador manteau d’éte, em tattetas Idve, cora listas azues sobre fundo belge; guarnições de aznl na gdla, mangas c bolso. () seguinte manteau é de laiinelisse belge rosé, ornado volants unidos e de plissés sobrepostos; tim ponto de fantasia em cordon- net de seda fôrma riscas de lindo effeito. Fl- iialmente, o ultimo modelo ô cm popeline noi-

selte, guarnecido de tiesses ile seda de toii mais escuro ornamlu as man-

gas e 0 corpo do manteau. Não negareis, queridas leitoras, aera ole-

gaeia. nem belleza e ‘"“in originalidade aos cin. CO modelos que vimos do tratar. E estou certa dp que escolhereis qnalqncr um deiles para en- frentar "elegantemente". os rigores do frio des- tes íirifitoeraticos dias de .Tiiiiho.

\o ultimo miniero desta revista, tive oc- casião de vo.s falar sobre a influencia do in- verno sobre a moda feminina, concluindo que a e.stação hibernai, fazendo «eessario o uso de manteaux^ casacos, pelles e fourrures, eontri- bue muitíssimo para realçar a elegancia das en- cantadoras filhas de Eva. Pois tendes ahi, mi- nhas amigas, com os modelos qiie vos offereci, magnífica opportiinidade de não desmentir a minha affirmativa.

Passemos agora a outra classe de eonsitle-

A MODA

RENISTA FEMININA

laçOes. Filiemos lUis ultimas partienlaridailes ite S. JI. Sereiiissima a Uainliii Mo- da.

J'Im ecTüEraste eom a tiuaKlru de extvavajjaucia. tempos “bataelanicos" que atravesisamos, a teiulencla dos modenios figurinos 6 para a simplicidade e bar- moiiia de conjiiueto nas diversas toilcttes. Nada de muita.s cores e de tons berniiites e de enfeites ex. cessivos. A verdadeira ele- gância — acabaram de comprehender os leaders parisienses — é irmã da sobriedaile, da discre(;ã<>.

O.s uiais graciosos mode- los iiltimameiite apiiarcci- dos são. em sua geuernli- dado, oonfecciimados em setim. tnfetas e fulguran- te. Prlncipalinente este. appareee em quasl todas as cmifões da Cidado Luz, e vêni acompanhados de guarnições de pelles ou en- tremeios bem largos. As pelles e os entreineios subs. titnem, assim. o.« bordados, qne desappareceram com. pletamente dos vestidos, acceitaiido-se apena.s o seu emprego nas blusas e com- binações,

Nas robes du soir, as ele- gantes parece voltaram a ter preferencia pelas si- lhuetas pintadas sobre fuiii. dos claros. Estas, embora nada originaes e com a in- conveuieucia de serem mui- to trabalhosas, sSo de bel- lissimo e agradavel effei- to. E este 6 justamente o ponto que se tem em mi- ra. O material usado para isso é. ua maioria das ve- zes. o lamé prateado, ou, quando nSo, applicações de lantejoiilas.

Com a estação inverno- sa^ voltam a merecer pre- ferencia, para 06 vestidos mais elegantes e vistosos, os velliidos pretos e de côres; como adorno, usam-

Dois elegancissimos tailleurs: u pri- meiro. de Drallaine azul pastel; ca- saco alargado em baixo, O segundo modelo é de tissu chiné ciuzeuto, com guarnições de eõr bavma; a Siiia é aberta do lado, em linha

recta.

Se geraiimente pelles e. uma ou outra vez, borda- dos cm todo 0 corpo da fa- zenda. de modo a dar a impre.s.são de vestidos pre- ciosos- caros e trabalha- dos, Aconselho, porém, us pelles como uaieo adoruo; são mais discretas e por isso mesmo mais elegantes.

Ha também fazendas a fantasia, muito bonitas, de core.s profundas e quen. tes, interrompidas por fios metalUcos. Trata-se, po- rém, de tecidos que « nem todas é dado pos.suir, devi- do ao seu preço, exaggera- ilamente elevado.

A estas, ãs quo não têm conta corrente nos Bancos, nem boas fontes de renda, vecommendo o uso do tail. leur, duráveis, economicos e elegantes. Maximé, ago. rn. qiiD o clima exige o gas- to de toiiettes dessa espe- cie, nada melhor do que o tailleur, pois nada mais proprio do qiig elle para a- companhar os iudispensa. veis casncoe e renards. Co- mo variedade, são sem con- ta os vestidos de soirée de modelos simples o côres traiiquillaa.

E os chapénsV (jiiasi na mesma. Preferem.6p ainda os de formato poqueuo. em fulgiimnte fanftisia e for- nus variadas. Vimos no- tamlo. porém, que as abas tendem a angineiitar. Eis 0 que. confesso, me desa- grada francamente. Nem a todas as abas grandes vão beni. requisitando, para «e- rem de effeito, mn physi- co e uma physionomia toilo especiaes. Estou a apostar qne a gentil leitora não pensa da mesma fôrma. Qne se ha de fazer? São opiniões.., (’om esses cha- pés voltam os gorros em velludo e seda. muito pro. curados com a chegada do frio. São encantadores e modelam magnificnmeiite

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tis tíabecinlins cie t-abello á Ia garçonne.

K por íaliir em cftbellos curtos: estii moda. ao cou- ■trario do que se murmura- va, estft jA apora completa- mente vencedora. E’ avís rara, hoje om diii. uma '.'a- belleirn comprida. Onde es- tão os lindos caracôes, os graeio-sos cachos, as sedo- sas tranças? A moda aca- bou com elles. E o que se veêm são c-.ibelllos curtos, cada vez mais curtos, cada vez mais exasperado o á la garçonne, a tal pouto que chega n fazer concor. reucia aos cõrtea de cabello masculinos..,

Soiidariari com esse regl- men de diminuição, as lu- vas — e as luvas n© inver- no occupam logar de des- taque — tendem n ser ca- da vez menores. La se vão os “canhões” altos, todo bordados pstylo mo-sijue- felro ou cow«boy. Volt.im as vomanticas luvas do sé- culo XIX.

Como vêem. retropvnda- mos a esse respeito. Mas voltamos também aos ve- Iho.s tempos em lolação aos modelos de guarda- <huva e sombrinhas. Os de pequeno formato, quasi de-sprovldos de cabos e ponteiras, parece não de- ram resultado. Reappare- cem, por isso, os de for- mato prande, mais altos e mais finos, menos elegan- tes, não ha duvida, porém nniíto mai.s práticos. E é o que vale.

Deixamos os sapatos por ultimo. E' que elles, os coi tadinhos. esquecidos lá... ina.s pontas dos pés, não mereceram a mínima alte- ração, nem no formato, nem nos adornos; conti- nuam em uso os calçados a fantasia, em duas côres, mais solidou do que delica- dos e de salto americano.

Discreto e elegante manteau de kasha bois de rose, orsado dc plís com pequenas listas negras. O se- gundo figurino mostra-nos um Iludo e original tailleur de lainage em quadros e lainage unida; jabot de

renda sahindo da blusa.

E’ um artigo que apenas tem importância para os sapateiros e os poetas. E assim mesmo, para estes, porque guarda dentro os pesinhoe de sno amada, — pesinhog que cabem na concha da mão...

Agora, uma peiiuenina lembrança, com are.s de conselho, hoje mais do que nunca opportuno: si quizerdes ser hera vistas, conquistar para a« vossas “toilettes”, que são um re- flexo 'da vossa elegancia e bom gosto, fugi, como o diabo da cruz, dos figuri- nos espalhafatosos, quer pelo exaggero de suas c6- res, quer pela extravapan- cia de seus feitios. Mas si eeses são attributos da mo- da actual? Si e.sses dois pontos são justamente a própria Moda? Embora: a moda fazemol-a nú<, de ac- rôrdo com as nossas pre- ferências. it nossa subtile- za, o nosso -seiisü no ve.s- tir. Sim, por que ao con- trario, pobre da sociedade, ai! dos moralistas...

MAIIIXHTE.

O luipurtniitc estnUpleciiiipn- to Mapyiii Stnrps ncabii de dls- irlliutr um Interessante cataln- gi) de seus Imiuineros artigos, corresiianiiente no anno que corre. E' um ctiríoso volume, lie nmi9 de cem paginas reple- tas ilc ellchés e informações uteia e variadas, merecendo por isso a attençSo das elegantes filhas de Eva,

Mme. JENNY

VESTIDOS

e :::

CHAPÉUS

R. Barão de lta°

peteninga, 17=A

S. PAULO

Peignoirs parisienses

Dr Paris, trouxe-nos o “Avon iln Mala Real lugleza uma eollecçüo de peignoirs modelos, nos qiiaes não sabemos o que mais destacar: se a feliz inspi- ração de seus formatos, a offiiscante riqueza de seus tecidos ou ainda a beileza inédita e impressionante de seus desenhos e adornos.

Sobre este assumpto, em nossa sobre-loja, que V. Kxa. deve visitar sem- pre que lhe seja pos.sive!, exbibiraos as mais recentes novidades parisienses.

MAPPIN STORES

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A preoccupaçao do vestido, mais do (jue «[ualquer outra, vive na mullier em todo iustaii- te de sna vida. E haverá coquetterie innLs ex. qnisita do que essa que as filhas de Eva crea- ram para sua sua própria satistugão?

E haverá sentimento tâo vuljtar como o que a leva a cuidar de sua pessoa, unicamen- te em beneficio dos estranhos?

Este ultimo n3o é, em realidade, mais do que um desejo de ostentaçiío.

A mulher bem mulher terá mais prazer em vestir uma bata de seda chineza estampada, adornada com fitas de cor em contraste, ligeira e suave, que induz ao repouso e á me<litaçâo, do que em oí^tentar uma sumptuosa toilette de lamé deslumbrante.

E do mesmo modo o corpo fragrante gosa mais ao sahir do banho, ao sen- lir-se acariciado pelo crepon ou pela batiste de uma combinação subltll, orlada de folhos peqiieni. nos e franzida por uma cinta de seda lavavel, de uma cõi que har- monize com 0 conjuncto, on pela camizinha de seda Usa, bordada com desenhos iguaes ao da cal- ça, presa ao busto por um elás- tico. de accôrdo com os requisi- tos da moda e coro o que seu no- me — step-in — significa.

Quanto á camisa de dormir, que mais lindo nem mais adequa- do para sua confecção do que a seda tub, que cae em graciosas pregas, dando á figura um ar de gravidade e de nobreza muito in- teressante, e que contrasta dell- ciosamente com a graça infantil da combinação?

A mulher moderna leva seu de- sejo de eommoddade ao extremo de desterrar de sua roupa inte- rior tudo quanto possa complicar

e difficultar a tarefa de vestir-se.

Nem um botão, nem uma presilha, nem uin alfinete, nem apenas uma cinta, se nota hoje nestas intimas prendas de uso feminino,

O decote em V. e o elástico resolvem, s6 por si. os mais árduos problemas, dispensando a elegante da necessidade de ter, a todo mo- mento, ãs suas ordens, uma camareira ou cria- da de quarto.

O mesmo acontece com o trato das rou- pas de uso lntimo_ isto é laval-as e passal-as a feiTo. Cada vez menores, mais simples, com me- nos adornos, o trabalho que dão 6 suave e quasi umas novas

E pelo que se refere â.s meias, — para que costural-as si quasi custa menos comprar umas novas

Moças existem — e acreditamos que em numero não. pequeno — mais cuidadosas no trato, no que se refere ás suas roupas intimas do que nos vestidos, nos chapéus, emfhn, no que constitue sua toi- lette exterior. Qual a explicação que daremos ao caso? Apenas u- ma: a que reside no gosto Indi- vidual de cada uma, gosto esse naturalmente accentuado entre as filhas de Eva. No emtanto, é crença geral, é opinião unanime de entendidos na matéria, que nossa toilette é feita principal- mente... para os outros_ para alheios olhos. Nada, porém, mais mentiroso. E a nossa roupa-braii- ca? E os bordados, finos e deli- cados, das nossas "combina- ções”. que foram feitas para vi- ver eternamente escondidas sob 0 tecido das asia e dos vestidos? O gosto que demonstrámos em bem cuidar de nossas perudas intimas é unicamente em satis- fação própria. O mais é histo- ria...

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A pagina das

Pequenas faceiras

IvaBcemos antes de tudo. querida leltorazi- nhas, um golpe de vista sobre estes tres eucan. tadores chapéus qne toucarão mjgniflcamente voseos jovens e vivos semblantes.

Vos.sas mamãs verão eom prazer todo o partido que se pode tirar dns guaruifões de fi- ta. ao olharem os dois pequenos “cloches” fei- tos inteiramente assim.

No primeiro, as fitas cão separadas e dis- postas sobre um fundo de tecido claro, o que dá 0 aspecto de “escossez”, No outro modelo, ao contrario, as fitas se approximam. umas so- bre as outras. Nos dois casos, o modelo termina no alto por laços que constituem uma guarni- ção alegre e bonita, ü chapeuzinho ao lado “serre-teto” 6 tambciu encantador, dando-lhe immeiias graça a guarnição de rosas de cretonue applicada t*om auxilio (!<• um ponto de cadeia.

O ontro motivo que certamente agradará tauil)cin a vossjs ma- mãs. c este vestido, gra- cioso e simples, em teci-

I do espo.sses azul e ver- de. ratado dc branco eom mna linda golla de orgiijidi.

Eis agora a parte

mais interessante, a que prenderá por mais tempo vo.ssn atteiição, pi.'- na verdndc são lindas as rosas bor- dadas que aqui vos apresentamos.

Os quatro vestidos que estaes iid- mirando são feitos em linho branco ou liatiste, sendo que os bur.lados, biistiinte .sobrios, são executados a agulha.

No alto da pagina podeis ver dois aventaes: mu c quasl um vestido sem mniigiis. e será muito util nos dias de grande calor; o soguuo é em nansouj de c5r, enfeitada com uma guarni- ção de tecido differeiite e llgeirameute bordado a ponto de cadeia, ponto de argola e ponto de nO.

Não negareis que eutre todos os modelos descriptoa ha pequeninas coisas em que pode- reis auxiliar vossa mamã; um pouco de costu- ra atiiii, outro tanto de bordado lá, e tereis, de. pois, n legria de ostentar um vestido para cuja confecção haveis contribuído com a vossa parte.

Mãos á obra, amiguinhas. Tendes habilida- de. bem sabemos; aceresceutae a isso um pou- cochinho de boa vontade, e a satisfação será geral.

Sim. porque nada acontece nos agradar tanto como aquillo para cuja realização contri- buímos de qualquer fdnua, pouco ou muito.

Por outro lado, apprendereis desde cedo a difficil arte de economisar, agora mais do que nuuca apreciada com os tempos de carostia que atravessamos. Nem sempre, effectivamente, vos- sos papás estarão dispostos — e sobram moti- vos para isso — a satisfazer vossos pedidos de novas toilattes. As fazendas, as guarnições para vestidos, u niào de obra. tudo auda hoje pela ho-

REVESTA FEMININA

i'ji (la mt>rf(>. .. K liavi‘is ile "fazpr 1)ek'lnho” por isso’í Não, absolntaiiieiite. A consolagão virã lu- so, e tanto mais depressa quaiuio tiverdes cer- teza de (pie já estaes aiitas para substituir, com as ross s utàozinhík, o trabalho das costurei- ras. E, eiifão, haveis de possuir vestidos de so- bra, um íriiaria-roupa completo e bem cuidadu.

A questão 6 principiar .rma vez tomado o jíosto |ior esta esjiecie de trabalho que fareis nas horas de foljra e ipte vos servirá de ní?r:- davel eiitretemento, podemos affirmnr que não sentireis desejo de aliandonal-o:

Kegui o conselho, e com o bom resultado que delle haveis de tirar, muito aos haveiiio? de alegrar.

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A Inspiração

Phaníasia por

DÊA LISE

Deus tTi‘ara o muiulo e tio seu tlnuno ouiui- potente euiiteinpliiva embeveeiclu a obra gigan- tesca. Coniprazia.-80 ein mirar e remirar este grandioso sorriso n entreahrlr-se num todo em que ia tninsformamio o nada. Mas ... s6 Klle, pensava, s6. Klla a admirai-! ... Creou um ser á sua Imagem e semelbauça çara gozar os bens que a terra lhe proporcionaria. Era o bo- nieiii.

Absorto e triste, a crcatura poz-se a vagar pela solidão vastíssima do Eden, como ser in - comjileto, e inútil aos desígnios do Creador. Re- souvcu Deus dar-lhe comp.iJiheira ... Creou a mulher. Adão e Eva procuraram-se pelo instin- cto attrahente das raças identificadas pelo mesmo systhema vital, mas inconscientes e es- ;ios outros aiiiniaes que já povoavam a terra, tupidos, eram verdadeiros irracionaes, eguaes

Deus vigiava as suas creaturas — o obra prima lie todo seu trabalho, na qual de.sejuva integraiizar em .syiithe.so a suprema pefreição vitiiliz.ida. <1 expressão maxima do seu genlo creador. Xotou porf‘m que faltava animação a estes pedaços de matéria movei, embora feitos á sua fOrma e semelhança. Soprou-lhes então dentro dn ser trausnnittindo-lhes, com o .sopro divino, 0 espirito e a intelllgencla.

Adão e Eva loog se comprehenderam diffe - zo — e estreitaram o laço fraternal que os u- rentes e superiores aos demais seres do Parai - nia. trocaram sorrisos, auxiliaram-se nu con - servação da vida. imitu:ilizar-na. fazendo das duas uma sd exiatencia.

Mas ... (I Senhor ainda não estava satis- feito. Estas ereaturas não se apercebiam dos bens para que foram creados. Sua iiitelligencla não ia além das necessidades materiaes e todo 0 trabalho inaravillios<i de ciue o Creador se or- gulhava ão reeeliiu da creatura hum.uia um lam- peso de admiração e louvor merecidos, longos dias e noites . .. afinal durante umas

O Senhor começou a meditar .. . Meditou horas de trevas caminhava por entre as estrel- las de luz argentea e fulgurante que illumiua - vam o Palaeio celestial e que se suspendiam so- bre a tera como um lampadario desliimbrador cujos reflexos embellezavam a escuridão das noites. -\s scintillaçSes eatellares eram a ani- mação ridente do Cáo e o palUo de iuzes que co- bria 0 inundo para lhe dar nas horas nocturnas 0 bem de um esplendor.

E Deus teve uma idea nova: Apoderou-se de um punhado das sclntillações das escrellas e inoculou-as nos espíritos do homem e da mulher adormecidos.

Ao romper d‘alva elles despertaram. Um brado nnisono de admiração escapou-se-lhes dos lábios: — Oh! como tudo aqui á lindo e gran- dioso. Onde estamos? Que transformação é es- ta? Como se enfeitou a terra? Que não prodi - giosa se espalmou esta noite pela natureza a - linhando-a e enaltecendo-a? ... Aurora, fio - res. sons, luzes, aguas, terras, céo, tudo é bello e repleto da harmonia indefinida qne transmitte 0 gozo e a satisfacção de viver. Cantam todas és eousas, pelas suas múltiplas vozes, hoje a-

«orditdas na symphonia da belleza completa e deslumbradora, cantam uma saudação perpetua, um bymno que começa na terra e se perde no- céo! — Mas, objectuu -ádão, são as mesmas eousas de houtem, o mesmo vallc, o mesmo re- gato, 0 mesmo céo; tudo que bontem víamos, hoje enxergamos de modo differeiite. Dir-se-ia que nossos olhares estavam empanados por uma sombra, viamos sem ver, e essa nuvem nos ca- hiu dos olhos durante a noite, no somno remo - delador.

—Sim, rsspundeu Eva, rodeia-nus o mesmo circulo de factures, o mesmo horizonte, mas seus effeitos não são os mesmos de hontem. A cau- sa mysteriüsa disso deve ter nascido no fundo de nés mesmos. Qual será ella? Elevou olhares ao ceo e lá divisou, por entre roscas nuvens a physionomia sorridente do l'ae que os coutem - piava. Mostrou-0 a -ádão e ambos se prosterna- ram e agradeceram ao ('rcailor o novo bem, curiosa já, perguntou a Deus o que fizera para promettendo viverem contentes a adoriil-u. Eva, Ibes conceder tamanha dita.

— Dei a vossos espíritos a luz que lhes fal- tava. tirei-ii das estrellas mais brilhantes. E’ justo sintam'os homeus fulgir em si estes bri- lhos que iUuminam as trevas da comprebensão, como as estrella sdoiradas adornam e aclaram o Céo e a terra. Esta luz v«s guiará entre as flo- res da vida, ensinando a evitar os cardos ou a trans£ormal-os em outras tantas flores quan- do atravessardes as vergeis quando toc'ardes nos espinhos dos roseirais. Ella dar-vos-á satisfac- ções que nunca imaginastes. Criará novas exis- tências em vossa existência. Transfigurar-vos-á nos sentimentos, e sereis grandes, poderosos, po- dendo imaginar, poetizar, crear, subir ao meu Céo nas azas tenmies da phantazia, percorrer os- âmbitos mais remotos de paramos ignorados. Eslnis satisfeitos? Eu também o estou. Não fal- tarão elementos para vos auxiliarem nesse em- penho, abi, no Paraizo em que habitaes. O bia peubo, ubí, no Ibiraizo em que habitues. O bem que vos deu chama-se Inspiração. Tem o valor bemdlto do fogo estelifero e com elle estais mais perto de miin. Adeus.

Adão e Eva abraçaram-se sorrindo o o Se- nhor desapparec-eu entre nuvens e sou sde cô- raes angélicos. Completára sua obra iminortal.

X serpente porem velava. Tudo vli-a e ouvi- ra. Invejosa e maléfica aproveitou-se da nova luz qne illuminava o espirito do Eva para insti- gal-a ao peceado. Deus déra a inspiração d» bem e do bello e a serpente conseguiu traiismit- tir-lhe a do mal.

... Expulsos do Paraizo, ia Eva tdiotosa, cheia de inagua o remorso. Fitava os olhos no- Céo como a supplieiir o perdão para seu tar- dio arrependimento. Mas o Céo se feebára para sempre. Xunoa mais viu o Pae celestial que se lhe oecuUára para lhes não ver mais a face manchada do crime.

Eva, ao chegar a noite ajoelhou-se suppllce e tornou a interrogar o Céo. Foi então que no- va .surpreza a esperava: As estrellas estavam apagadas e longínquas, já não eram outro.s tan-

(Continua em MISCELLANEA)

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Nao fião os ninbos sym- bolos do amor: são o pro- prio Amor. Blle os eons- irôe, ollo os aquecp, elles os alegra... E quando o amor se afasta, sob as azas inquietas dos que iwr elle nascem, os ninhos abando- nados, como as almas soll- Niitiirez:!. Elles são i)i'cKlncto de uma esigem-ía de fontes. Todas as coisas creadas se espregnlgam no amoroso desi)i>rtar da primavera. Meu amado falou e disseme: Eev.inta-te, 0 formosa compa- ]iheira miiBlia. e vem. ‘-Porque o inverno passou e ji\ se foi a cbnva, “As flores jã se mostraram na terra, chegou o tempo da canção.” Assim se amiuiicia a primavera, cheia de Inz e de amor. no maior e mais duradouro dos cantares. .V voz da “tfirtola” é o h.vmno do-s ninhos habitados, do amor )mro e ingênuo. O campo estã repleto de arrulhos. de queixas, de canções nunca ensi- nadas nem apiiren(li(liis_ vibrantes de paixão e de ternura. Ha como que uma a.nciu infinita de ■collocar azas cm tudo: azas múltiplas nos inse- ctos. azas nas flores, rolhas nas arvores... E todo esse immdo alado, tumoro.so. relampaguen- te de vida e do cíír. fôrm;i. o concerto da fecun- didade. da renovação e da belleza. O ninho não é o casulo feito unidade oslitarla. escondida pe- lo extincto egoista de perfeição. Não é o traba- lho do tri.ste, nem do sosinho. nem do separa- do... K’ a Obra prazenteira de amores corres- pomlido>« de vontades combinadas, de sacrifícios combinados, de sacrifícios soinmados. de aspi- rações cumpridas. Para se fazer um ninho, são necessários dois; os dois elementos iiniversaes da •creução.

a ol)ra do amor, “alma do miindíT' ! Que immensa iiarbavio attentar contra o socego refugio de sers in- noceiites que se amam. que gozam, que soffrem. que suo capazes de sentir em grao altíssimo ns agulha- das cl I dor e 0 desamparo !

E como é grande a inquietação nos nl- uhois. ipiando dellos se approsima o homem!

Ah, vida infinita, vida mysteriosa! Nella, tmln marcha hnrmonio.sainente. como regido por uma eterna unidade, grandiosa e immu- tavei, lla na terra flores, nas arvores frondes, nas aves arrulhos. nos cõos alegria, n.is almas amor. juventude no mundo... Det>oif', semen- te sde plantas, fnictos nas arvores, prole nos niiilios. O amor realizou sua ol>ra. E a vida oontinu'a... Mais tarde, a terra se desnuda.; os fruetos desapparccem: as ramagens vôam ; as ctos desappareeera; as ramagens võam; as ]irok‘H se dispersam... Toda a desolação e tris- teza n dôr e o desampai‘o d.i.s coisas irreme- diáveis se eoncentrain nesses ninhos vasios á esperas que as inclemeneias os destruam. Alli houve amor. houve corações, houve canções de amor e de ternura. Houve.' Que palavra tão de- solndoiM 1

E' a que pronunciamos todos os seres, por pouco que se ande pela vida. Houve!

K haverá. E’ triste, não ha duvida, porém é eonsolatlor e admirável pen.sar que. quando nõs já hemos sido, depois e sempre, harerá amor. haverá ninhos, haverá vida...

Que somos nõs, e que pretendemos? Dias, aiinns, séculos, tudo é igual. Sempre existirá, iio emtanto, quem chame por sua amada, di- zemlo:

OS

NINHOS

Por isso. está elle aberto á luz e aos ares, e todas as cariclas da vida o aeompnnliam. Que pena destruir um ninho !

Que cTUcUlade desbaratar e tornar esteril

— Levaiifa-lc. formosa companheira mi- nha. c façaiBBos o ninho; porque já se mostra- ram as flores na terra, é o tempo mavioso da <-n;içao! JOSK' NOIÍALES.

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As festas A mascarada dos “ Vikings ”

pittorescas Ilhas Shetiand

A caminho da praia, onde será nomeado o chefe.

Ao passo ijiie nus gmudes dclailes moder. nas se viie ruinleiulo eada vez menos ciUtO ás velhas tradic;Oes. nas localidades apartada.s do vertifflnoso viver actiinl parece refugiar-se fodo 0 amor ao preterito, sobre tudo quando elle se refere a um passado glorioso ou de inabala. vel crenea.

A uma dessas manifestações ro- mânticas e. por- tanto. saturadas de poesia e belle- za, pertence a que tem por thea- t r o anniiaímente as afastadas I- Ibas Schetlaiid, ao norte da lOs- cocia. Posto que, potiticamoiiíe. per- tençam ao Ueiiio Unido da fl r ã Bretanha desde 1471. 0 facto é

qne ra<dal e espiriniiilmente cuiitiuuam sondo- scandinavas, e isto significa que continuaram sendo romantk-as. i-omn nos tempos dos ousados vikings. I'sos. costumes, tradições, numerosas palavras do -dialecto popular e até certas parti- ciilarld:ides de sua fauna, tudo revela sua ori-

gem, sua essencia fuudaineiUalinen - íe normanda. E 0 nexo coin o pas- sado, o sentimento qiiasi religioso que sua historia íibs- pira aos habitan- tes das ilhas She- tiaiid, deiuonstra-

j)ittoresca annual,

Up-Hel- ly-Aa, cominemo- rativa de par- tida dos jirimei- ros navegantes vi- kings, um povo

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navegante por natureza, dirigi-do por chefes que se haviam imposto aos demais pelo valor de seu braço uu pur seus conhecimentos náuticos.

A Ilteratum popular que começou a flores- cer na Irlaudia em prin- cípios do século XII, e que inspirou a Ricardo Wagner suas mais for- mosas paginas de musi- ca, cita os nomes de vários heroes vikings, cujas magníficas faça- nhas os tornaram di- gnos de ascender ao celeste Walhalla, mora- da dos deuses. Tripu- lando embarcações es- peoialmeute construí- das para affrontar os mares procellosos e os furacões deseiicadcado.s. o.« vikings Inm; ivam-so ás immensidades do Oceano, sabendo-se já co- mo certo que não s6 circumnavegaram o Mcdi-

O eadaver era levado para bordo da nave em que o heroe realizára suas audazes empresas, collocando-se o corpo, com todas as armas e ri-

quezas materiaes per- tencentes ao estincto, sol) uma eça erguida 110 centro da nave. Fei- to isto, sotlava-se a úni- ca vela da embarcação; antes que esta zarpas- se eoin rumo ao Walhal- In. os principues guer- reiros da tribu punham fogo á pini cni que des- cançavam 08 restos -do beroe e cujas chammas purificadoras deviam dar-lhe a immortulida- de. A esta ultima e e- teriia viagem do viking se refere a principal ce-

rimônia coiiiiiiomotativa das Ilhas Shetland, e <la qual dão idea as pliotogruphias que repro- duzimos nestas pagiim.s.

A nave “viking”, prompta para navegar ...

Os guerreiros “vikings” entoando um hymno ao mar

terraueo. como tamliem coloni»araiii a Islaudia e visitaram as dist.iii- tes costas da Groclaiidia e America. Um dos priiielpaes aspectos da festa commemorativa aiininiar Up-Heiiy-Aaa õ 0 Incêndio de mu Inirca viking, de giierr.i. exa- eta reproducção das aii- thentlcas, e que cainsii- tiie uma artística com- niemoraç.ão do imponen- te rito fimerario que ti- nha logar apõs á niort.- de um guerreiro viking.

“vikings” em suas expiorações ma- A nave de Oseberg, usada pelos ritimas. depois de convenienfemen-

te restaurada.

to isto, soltava-se a iinl- l’or tudo isso se vê

que 0 culto da trndieção é um sentimento iiinato entre todos os povos da terra. E principalmente a respeito dos vikings, iiàii podia ella deixar de existir, trataiulo-se, er- mo se trata, de factos de tão igraiidet impor- tância para a historia de nma nação e de uma raça.

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Bem o dizia ella!

Joaquim eafiara-se com a Soletlade pelos “cobres” da futura »ogra. que se dava ares de proprietnrla de uma casa de pedra e cal e seu bom teeto de madeira.

Pe resto, a tia Frasca soubera educar a filha que trobalha- va como costureira de roupa branca e ga- nhava um bom orde- nado.

Soledade era tão ajuizada que ganha- ra 0 prêmio instituí- do pelas Senhoras de Caridade paru dote da rapariga mais virtuo- sa do lugar.

Mas uão passaram do primeiro inez as alegras da boda. Joaquim não s6 não queria trabalhar, eomo aiuda maltratava a mulher e a sogra.

A pobre da tia Frasca, tão sujeitada até alli. não poude soffrer os palavrões e moltra- tamwitos do genro e enfermou. Falleceu a pou- cos dias antes de lhe nascer o primeiro ueto.

Os escaudaloe do casal eram o pão da ma- ledicência dos vlsinhos. Lastimavam-na com uma especie de ironia.

— Tanto orgulho, em solteira!... Ahl està em que veio a dar toda aquelln

soberba.. . coitadnha!... Joaquim cada vez se entregava mais aos

vieios. Jogava e bebia. Nos dias em que tinha dinheiro e recolhia tarde e eecandalo era cer- to, A bebida tornava-o uma verdadeira féra.

— Queres que te mate a ti ou a tua mãe? — disse elle uma madrugada ã peqnenita, que dormia ao l.ido de Soledade.

— Não!... a mamãe, não!... — suppii. cou a pequena, na sua lingua infantil que era como um balbucio.

— Pois então, quem apanha és tu!... E sem que Soledade pudesse intervir bateu brntal- mente na oreaiica.

• * > Aquillo exgottoii a paciência da mulher. Ue-

correu ao juiz de paz e separou-se do marido.

(Conto)

pop

Carmem de

UPgOS

(Colombina)

Com a filha no colle. gio. ficou livre para frnlmlhar; g até, tem. pos dejwis. ficou mais gorda e com. prou um maiitão de oito pontos e uus sa- patos novos.

O marido abaudo- 3iado quando bebeu o seu ultimo vintém do derradeiro traste ven- dido, teve que voltar ao trabalho, ao seu

offico d(. servente de pedreiro que agora, sem fer (]uem rvata.“se delle lhe parecia infinita- mentp mais duro.

<'i)nie(;í)ii. então, a reconquista da mulher. Esperava-a na riia. rondava-ihe a casa, manda- va-lhe recados pelas visinhas. até que final- meiiie se juntou de novo o casal.

• * * Foi 0 começo daquellü vida de ciganos

cpie levaram. Soled.ade ia-se jã tornando um pouco como olle. Andava .«empiv despenteada, cheia de arranhões, de manchas das pancadas receliídos ntuiuellas di.sputas periódicas. Jã se defendia, atiraiido-lhe os maiores insultos por- que. eomo diziam as comadres:

— Toda a forga da mulher estã na lingua... E. até mesmo, quando o apanhava embria-

gada. vingava-se. mordendo-n e beliscaiido-o a valer.

Separ.ivaiBi-se. agora, frequentemente, e ella ganhava a vida trabalhando. Mas não sa- bia resistir iis suppllcas do marido que a pro- curava mal farejava ter ella iiiit? "cobres” a bom recato, Mas, apenas juntos, elle deixava de tra- balhar. Jii ninguém fazia caso daqnelles escan. (laliKs. K costumavam dizer:

— T.ão bom é um como o outro!... * * •

Soledade tornarn-se aggiessiva e violenta.

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O marido temia-n. Jlutas vezes, eliegava a ce- der, temeroso daqiiella lingua viperina, que a ftiiieacnva velo ainda num iirelildio. Soleda- de era honrada, isso 6Íra. Todos o reconheciam. Ba.stara-lhe aqiielle trabalho do marido e dar • filhos uiie eram cinco, jâ agora!

♦ • • Joaquim para não ouvir a mulher preferia

trabalhar. Seus companheiros, preparavam elles mesmos ii comida, pois o lugar era muto afas- tado da cidade, e muitos delles dormiam nO ran. cho. s6 regresa'tido mesmo á casa no «abado, de- pois de recebido o salario da semana,

Kntre elles liavia um vellio que costumava

ta permaneceu fechada, Faz que nfio ouve!... — pensou com-

sigo. Tirou a faca da cintura e bateu com o cabo. SolcHladc abrio a porta, resguardando-se do

ar frio da noite por traz da me^ma porta c deixando espaço jwra que elle passasse. Elle entrevia-a, na soiiibru^ como um phantasma, e 0 seu silencio era-lhe mais ten-vel que os pró- prios insult<is. com que costumava recebel-o.

Então, estendeu o braço, cravando a la- mina por duas vezes no vulto branco qne tom- bou soltando mn gemido dc espanto e dôr.

E Joaquim regressou ã taverna. • > •

diz<‘r: O trabalho nos entretem. Sem elle que

é (pie faria eu? Que ganas tenho de lir quan- do ninro dizer que somos escravos! Fui ereado assim desde pequeno e tenho menos cuidados e mais alegrias que muitos ricos!...

Rste velho tlnlia uraa alma de creança. Elle mesmo fazia a sua sopa, com pão duro d ba- tatas, c eomia-a alegremente, dando depois gra-

■ças a Deus. com um sorrso feliz «o semblante engrelliadn,

, i«so não é comer! — dizia-lhe Joaquim isto não i‘ mais que enganar a fome...

Joaquim, era de todos o que menos traballiava. De instante a instante ia accender o cigarro ao tição da foguei- ^ ra. E tinha as mãos escalavra- das e cheias de golpes. As pedras arranham a

quem as não ama... dizia O ve- lho. qne evidentemente tinha uma alta Idéa do trabalho, — tudo 0 que ha no mundo 6 frncto do trabalho do homem!,..

« « • Xaqnelle sabbado, quando che-

gou á cidade em vez de dirigir- se á caciR entrou numa taberna.

— E’ justo que quem traba- lha. gose!... — dizia.

Encontrou alli vorlos companheiros; e queixando-se de sua triste sorte, primeiro be- beram vliibo: depois como o vinho fosse fraco

-e aguado pediram aguardente. Ao menos aquil- lo os revigorava e aquecia!...

Foi preso no dia seguinte, quando recor- dou cpie dera uma punhalada na mulher para não ouvil-a.

Quando soube que a matara apoderou-se delle um desespero terrível.

Ella. deixara-se matar para perdel-o!... Tinlio a certeza disso... Fora mâ até 0 ultimo lustante!. .. increpara-a, cho- rnndo:

— Bem 0 dizia ella. qu? por sua causa ainda um dia me hivia de ver na cadeia!... Rcm o dizia ella!...

O juramento da esfermeira americana da Cruz Vermelha.

A revista americana The Modern Hospital publicou recentemente o ju- ramento da enfermeira, que foi atjo- ptado pela Associação dos Ilospitaes Americanos, na reunião dos seus mem-

bros, realizada era Buffalo so mez de outubro ultimo.

“Comprometto-me a servir com dedicação àquelles que forem tratados iio hospital em que eu estiver servindo.

Não eesarei de me esfor- çar no sentido de cumprir, do

melhor modo, a missão que nie foi confiada. Não divulgarei o que podería saber no to-

cante á vida parieular dos doenes. Reconheço a dignidade e grandeza da missão

(i ......1 ftif. (lediauei: na lueta contra a molés- tia e pola preservação da saude, neuhuma ta-

Subindo da taberna dirigiu-se ã casa. Mas mal «e aguentava nas pernas. Ao longo das ruas silenciosas, os grandes prédios pareciam dançar diante delle...

E Joaquim, sentio um extranho medo... •O que ia ouvir em chegando k casai... Esta- va tão debii que Soledade, certameute, não per- ■derin a oceasião... Bateu ã porta; mas a por-

refa é trivial nem isdigna. Comprometto-me a servir eoni lealdade c

obeiiiencia áquelles sob a direcção dos quaes eu me achar. Nunca me possam faltar a pa- ciência. a bondade t a comprhnsão no cumpri, mesto das minhas fuiicções”.

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Ha mais que iini sim- ples gosn íle arfe. ba um verd a d eiro jiroveito em saber datar e antlientl- ear um mc>. vel. Para a pr I m e ira de.s.sas ope- rações, 0 re- couhecimen- to dos este- ios 6 iudis. pe n s avel.

tylo Renascença. Kis porque

nôs nos propuzenius indicar H- fferamejite, nestas paginas, os caractéres essenciaes dos nossos grandes esteios clássicos. Esta Classificação, porém, não a rt<i- mos sem alguma tmeridade. Um estylo, tomameos sentido, não é um organismo autonomo surgi- do expoutfineamente do desconhe. cido; Oj ao contrario, o vagaroso desenvolvimento de trausform.a- Cões Imperceptiveis e de morchas obscuras: nada se assemelha mais a um movei “tard d’époque” do que as apalpadellas e hesitações da epoca que ihe vem a seguir. l’or falta de espaço, devemos nos cingir n estudar o aspecto de uma epoca, no momento em que ella alcançou .seu agogPo.

Gabinete Luiz _ século Renascença

Depois da austera disciplina qUe a arte ogival havia imposto á França durante cérca de quatrocentos annos, as gnerras de Itaiia vie. 1'nin pôr de ehoftre, alegremente, bruscamente, os exercitos fraiieezes na doçura de um clima eiBcantador, em contacto com a groça sensual de ninii antiguidade que os italianos, ha já dnzen. tos aiinos_ interpretam em extremo.

Sob este golpe de azorragne, nossos artis- tas de então — e tivemol-os bem grandes: os .I(»in fíoiijon, os Oerniain Pilou, os Pierre I.es- cot. os Ducercean. os Philibert Delorme — fo- ram levados, também elles, a interpretar a grande insjiiradora, ma.s com aquella frecura de imaginação, nquelln graciosa desenvoltura, a- quella phautasia espiritual, temperada sempre pelo exercieio de um gosto seguro, e de uma execução delicada.

Ao redordelles o amor ao luso é desenfrea-

do. 1’aivi satisfazel-o, o homem de bom gosto lança mão de todas as plastlcas. Sua mobília, •‘mobilia de architeeto”, é um verdadeiro editi. çioziiibu çom ornatos lavrados, pilastros, co- lumnetas, cariatides, coruiclia, nichos de ima- gens, cimalha, molduras antigas; mas 6 tam- bém unia “mobilia de cscuiptor", visto que o ciuzel do artista vai escavar tão fagosamente, lão avidamente o seio da madeira, que delia não fica ao menos uma parcella unida. O fuste da

columna C estofado, anuelado, “torsade”; a estruetura da obra é modelado em cartatides; os cal. xilhos desapparecem sob os bai- xos relevos,, separando tropheus e medalhões; graciosas figura«. ás estações, nj-mphas e naiades, .sur. gem entre as folhagens delicados, que sustentam amores de azes extendídüs.

Todo <> valor, toda u magesta- de da obra é devida á eseulptiira; 0 valor do material empregado é quasi nnllo. ,V parte os moveis de cbano que. sob a influencia taliona, se iueriistam de frisos brancos, de iiacar e de marfim, as mais lindas pcH;as dpo tempo são mouogbroniais, cm madeira

XIII, fim do XVI!

natural (no- gueira o u ca r V a Iho) euv e r iilza. da. encera- da ou escul- pida.

Os tj’p08 cia s s i c 08 são, pois: o nrmario de dcii.s corpos, o buffet & credcuco”, a secretária e 0 cofre, on arco, Qua- tro oolum- Poltrona Luiz XIV, recoberta de nas “torsa- tapeçaria.

Os meis e seus esliílos

C

Período da Renascença^::

Sob Luiz XIII e Luiz XIV

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Canapé Luiz XIII, recoberto de couro.

Uípfi" suspcmlein acima do leito iimidrailo um ífi-ande "balda- qiiim”. A poltrona, pesada e sem conforto, toma aiuda muitas to- 7-os a ffirma idade-media da pol- trona d(. alto encosto esculpido, de cscabollo. E’ feita de madeira massica e Keralmente recoberta de couro bem esticado, preso nas bordas por pregos dourados ou prateados. '<

Estylo Luiz XIII

de Francisco I.

flaniengti. de solidez opportuna. Sofíreiido. depois do sorriso da Heiiasceuca, a influencia de um soberano rabugento e de uma côrte orgulhosa a arte da inobi- lia, sob Luiz XIII, 6 grosseira e sombria, mas, d preciso reconhe- cor. de um aspecto grandioso e de uma profunda melancolia,

A mingua de Imaginarão, ella adopta a Í6rma arebiteetonica dos moveis preceadcntes: o buril do escuiptor continua a produzir á

Cm dia, entretanto, mara v 11 bosa escola de es- culptiira em madeira, á for- ça de ter. du- rante cento e ein e o eiita e seis auuos. co- berto nosso so- lo de obras primas delica- das, parnlysou. se, gasta e es. tenuada. Tor- namo-nos ea- t ã 0 tributá- rios da arte

esta

Relogio Luiz XIV fim do século XVII.

Secretária Luiz XIV.

fachada entalhada, as ca- riatides, as figuras em alto relevo, as molduras,

os côrtes a “torsade” e os “godrons”. Na- da de recortes, mas sim cor- pos pesados, recobertos de couro de Cor- (1 0 V a nu de “verudas” fla- mengos.

A madeira natural fica de uso corrente, mas agora ns lindas peças s5o em ébano esculpido, cuja côr se confun- de com os vel- liidos negros e está perfeita-

Iti-liilflo oi>in supporte (iB “miirqiiBlpcle" Ue

KuuIlB.

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Tiu‘iit.o (le accõrdo com o gosto da época. Esta rude grandeza, nada menos, parece

jíi revestir-se de iitna ponta de conforto. Desde- nhando os cavalletes renascença, a mesa. col- loeada sobre delicados pés em “torsode", ten. .de para o arredondado “guerldou”. A eadeira- menos alta, começa a receber enfeites. O es- tofo torna-se preponderante; nôs jâ o vimos nas paredes; elle encerra o “leito fechado" nas do- bras abruptas de seus paniios: ello recobre In- leiramente o espaldar e o assento da poltrona. Enfim, a severidade do eonjnneto é disfarçada, de uma iiiauoira (luasl paradoxal, por uma fres- ca eclosão de rendas. Sua lirancura floreee por toda parte, em profusão: sobre os moveis, so- bre 0 leito, em pannos de mesa. na roupa bran- ca, e também nos vestuários. São ellas, as ren- das. a única beuleza deste sombrio estylo, ao aual 0 fausto de Luiz XIV vai em breve trans- mitir vida e alegria.

Estylo Luiz XIV Hem (pie não tenha trazido nenhuma no-

vidade na arte do.s moveis, nem mesmos uma modificação essencial, a mobília Luiz XIV desde logo se reconhece pela grandeza de suas dimen- sões. solides de sua fabricação, sua regularida- de «i.vas dimensões, solides de sua fabricação, sua regularidade systematica de linhas, que, reunidos, lhe emprestam incomparável megesta- de. Em realidade, não chega em magnificência ao do tempo de Luiz XIII. rutilante de ouro e resplandente de cores. Seu aspecto é varonil, suo ornamentação inesgotável. Mas esta própria super-ahunda.ncia é mantida numa disciplina viril, pelo perfeito equilíbrio das partes e pela cxacta symetria dos motivos.

O movei Luiz XIV é solido e rechonchu- do. U arinario é de uin sô corpo, tão grande co- mo e esa pequeno sob a Renascença. A parte superior do antigo armario de dois corpos as- s(Mita-se sobre o s61o como movei de apoio.

Suspensa sobre quatro pés, munida de ga. vetas, e tomando já uma forma abaulada, o ve- lho cofre se transformou em “commoda”, Mas- slço, quadrado em sua linha, é geralmente or- nado de bronzes. O leito, monumental, estofado, tem uma cupiila enfeitada por pontas de pen- nas,

A mesa cm geral possue uma infinita va- riedade de fôrmas, seus pés são de pllastros qua- drados ou cariatides de grande caracter; e isto quando suas curvas não sejam decoradas de se- reias. cujas azas extendidas supportam uma folha de mármore raro.

Quanto á poltrona, ainda menos ©ufeitada, é ellamagestosa pela extensão de suas propor- çõe.s e o eomrimento e a largura do seu espol- dar. Tela primeira vez. deixa o estofo á mos- tra a madeira do« braços e dos pés. Esta pol- trona apresenta ainda um caracter architecto- iiico, porém a curvatura dos braços e dos pés anteriores a as.semelhnm ã delicadeza da Re- gência.

O que. sobreiido, bem mais que este ou aquelle detalhe, pôde servir de galardão a Luiz XIV. é a invejável profusão de suas riquezas. Xão pertence sinão a eHe n gloria de ter feito rcspclnder. ao lado das folhagens de bronze e da imponência das esculpturas de ouro. as grandes ramagens de seus estofos de seda. as tons francos das tapessarias, os clarões aver. melUadüS do damosco, ou o fresco cinzelamento dos diversos velludos.

Fórmula da felicidade.

Feliz 0 peito em que a virtude austera Domina as tentações do vicio impuro. Feliz quem firmemente cré e espera. Olhos fitos em Deus e no futuro.

Feliz quem na virtude é a simples hera Affeiçoada sempre a um velho muro. Feliz, feliz quem nunca se exaspera Co’o seu destino, por mais triste e escuro.

Feliz, mil vezes, quem se vê privado Dos t.alsos bens do mundo pervertido E por feliz se tem no sen estado.

Bello Horizonte

Feliz, emfim. quem se compraz no olvido Do pérfido, atro mundo. e. illeso e ousado, Requesta o eterno gozo appetecido.

OTHONIEL BELLEZA

R E,V 1 S T \ FEMININA

Palavras aos casaes que procuram a felicidade - por Carmella G Laynez

A felicidAãP ãescan<ja sobre as mais insignlfb-niites coisas que cnm os outros cumpartioios; uma linda iiay- sagem que enntemplamos com ontra pessoa, cuja adinl- rnçao é também a nossa; um livro, cujos topicox ea- Bcnciaes discutimos cm eommunhüo <le idéas; a obra fheatral 'uijjj critica nos proporciona tanta admiracíio — tudo Isao fisura entre as maiores alofrrlas da vido. An contrario, entre as maiores affiicçdcs q<ic iiiiiiau; a humanidade, estft a conipanliln obrigada com que nun- ca piKiemos amlar de nccôrdo, com quem uSo nos com- prebende, nem comprehendem as coisas que mais nos agradam e com os quaes nada temos de commum.

A maior aspiraçSo do homem e da niniher é cii- coDlrnr no muiido nni companheiro qne lenha igual mo- do de agir e de pensar. Porém o eurloso deste caso é qne applicamns esta asplraçio para alcançar amixarles dc oceosiSo e iHiKsagciras, e nunca pura escolha de espo- sas ou maridos, com os quaes teremos de conviver du- rante toda vlda.

Nnda inals interessante e curioso do que observar- mos. isim lUlcnçSo, os escriipulos que pomos para eleger um companheiro de viagem nu de excursSo. que só- mente estiiríl a nosso lad<i algumas horas ou alguns dias, p a falta de eaame que se dedica ao adveiitlcio que se offerece para nosso companheiro durante os trinta nu quarenta aunns que dura a viagem matrimo- nial. Isto nos fas lembrar uma obra de lheatro que vi- mos representada, nfto h.i muito, cm um dos mcihores colyseus de Kova-Tork: um cavalheiro ]rfde a mSo dc uma (ilstlncta e intelllgentisslma senhorita, e ella res- ponde : “Agradeço muito sua dcterencia. mno grado nSo poder acceltal-a ; o que lhe posso nffcreeer é, ape- nas. uma sincera amitade”. -4o que o cavalheiro repli- ca ; “Desgraçadamente nâo a conheço bastante para fa- ael-a minha amiga; conheco-a apenas o sufficiente para tornal-a minha esposa."

Vo-se logo que isso nSo passa de uma critica exag- gerada de um facto que os moralistas julgam causa

unlca do grande numero de divorcieis que afflige n so- cieilade ncwyorkina. Em todo caso, a critica tem sua ratdo de ser.

Homens c mulheres hoje se casam devido a uma pequena attracçao |>hystca, seguida de sério coiniiro- misso : e como aquella ê pouco duradoura e não se pensou na communhSo de idéas, vêm o fastio, o abor- recimento. n separação morai que condut S infelicida- de; conlinuarSo sendo marido e mulher, porém nSo po- dem siquer ter amigos, pois lhe falta o gosto commum. a sympathia e o Interesse pelas mesmas coisas; ella se aborrece onde elle se diverte; elle se impacienta onde ella cstA a seu gosto.

I’m grande inieta apresentou como jirova dc amor “a habilidade de distrabir-se em meio dc noia muItidAo. durante lodo o dia, com as farçSes ausentes que fixa- mos em nds mesmos.” Isto, porém, não é mais do que pura... conversa fiada: a verdadeira prova de nina afeição, capas de resistir a todos os perigos e eontra- fempoB, deu-a um satyrlcii famoso, segundo a qual é aquella que nos leva a falar, durante todo ura intermi- nável dia de eaior. sobre topicos que medeiam entre o colorido lias flores e a exislencia dos reis. sendo que ao chegar a noite não se disse a metade do que se ti- nha a ilixei-.

Nada mais Importante no matrlmonlo do que a Igualdade de gênios; si o conswrulrmos podemos dar- nos por satisfeitos, na certeza de havermos obtido des- te mundo o melhor que nclle existe, .\sslra, pois. por- que não se escolher a esposa ou o marido que possa realmente servlr-noa de companheiro ou companheira, ao passar o período dc nimance e seatlmentalismo. pa- ra entrar-se na vida real 5 Procuremos o companheiro ou a companheira de toda a vida, que tenha o mesmo gosto na poUtlca e nos tempéros, que ac enthuslasme e se i*xtusle i‘inu os meamos ideaes. e deafarte asse- gurar-se-fi felicidade solida e indeflníta. Keflexionem, agora, nossas carisaimas leitoras, sobre a seguinte res-

{Cont. em MISCELLANEA)

REVISTA FEMININA

A Princeza de Monte nevoso

A SOLITUDE EM QUE VIVE A ESPOSA DE GABRIEL D’ANNUNZIO

(lo iini!i (■in que lOla aiiimrece muito joven ainda. Traja, ca«ta - mente, um vestido de .seda, apenas aberto â raiz do peseoço fino e elegante. Os seus i’abel- los louros — er.tm de u:n iouro-cinza, e s.^o, a- gora, de um louro-levemente prateado — estão siiltiis, e enlieiu, em nudas, jielns hombros: o ros- to é braiieo, um iioileo arredondado ims niiieãs e na bocca; esta também 6 um pouco redonda, um pouco feebada, um pouco saliente, como a das ereau(;as, e os dois tdiiros são ainda o ipio foram sempre, na cOr, fiuctuantes, com caiubinnfes entre o cinza e o azul.

Tem apeuas 18 aiinoK, nesta pliotogrnphia; e ii.ão traz o titulo de Priuceza de Montenevoso; e não se cbama, ainda, Dona Jlaria l)'.\niuin - zio, Hllii é. nesle rctftn, a joven “dnniseila” do iiatrieiodo romano. Doun Maria di Gallese fülri do Duque di Oaiiese Ilardotiin e da Duqueza Natalia.

Contemplando esta photograplila — (na qual toda a pessoa que tenha visto o originai, e a joven dama com o turbante, im quadro de Guido Beni, que se diz ser o retrato de Beafri- ce Cenell, encontrará uma Impressionante se- melhança) — eu a vejo, perfeifamente, na mi- nha memória, a Dona Maria di Gallese de eu - tão, com os cabellos enrolados sobre a niiea. com 0 corpo envolvido num traje simples de lã clara, e um cliapeo negro cingido por uma leve pluma azul. Eila passa embaixo do meu balcão do primeiro andar, no fim do " Corpolo"; Dona Maria passa numa elegante carruagem, em com- panhia da sna governante; vem em eompanhiae panhia da sua governante; vem da “Piazzn SanCApolIinare". atniz da "1’iazzii Xavona". onde ha aqnelle velho palaeio “Altoms". todo gris. cujo primeiro plano é oecupado pelos Du- ques dl Gallese; Maria tem. ahi. um ajmrta- mento, com uma jaiiolla gradeada, que se abria, que se abre ainda ...

A delicada creatura traz as mãos mettidaa em luvas brancas, e sustenta um ramilhete de ro.sas; eila me v, no balc.ão; e sorri; e me sau- da com a mãozinha enluvada: e parece a pró- pria Primavera ... E' n irinfi menor da Prima- vera qne me saudou. E toda a minha aliisa, en- ternecida, a .segue com o olhar, emqunnto eila. na carruagem, se dirige para a “Villa Borglie- se”.

.\ão abaixou eila, depois de me saudar, as palpeliras violetas, sobre as largas e claras pu- pülas. ora aznies, ora celestes, como se. de re- pente. um pensamento qualquer a vencesse, a prturbasse? ...

Sim. Eila tem, não um pensamento, mas um sentimento que secretamente a faz soffrer. embora o eeu semblante, na apparenda. seja sereno e sorridente; um sentimento qne eu co- nheço. porque “devo" conhecer. Sd mais alguns poucos amigos o conhecem. E’ um sentimento que se torna sempre mais forte, mais tenaz, porque contrasta com a vontade dos seus pro- genitores, dos seue parentes e com a situação

• da sua casta e da sua fortuna. Maria di Gallese ama um nosso companhei-

ro. nm nosso irmão, um poeta — Gabriel D’An- uuiiziü — e eila vO approximar-se o dia da lu- rta siiprtUBin pelo seu amor. pela sua felicida • de; e nõs mesmos scue amigos dc sempre, sen- timos o fonueuto de uma próxima tragédia fa- miliar ...

Amavam-so, todavia, Maria di Gallese e Gabriel D’ALnunzio, iiuando, apôs as tragiens peripécias familiares, se casaram, numa peque- na Igreja solitaria, onde havia apenas ties ou qutro amigos nsrii.stiudo á cerimojii, emquanto, num angulo, ajoelhada, a Duqueza di Gallese, suffocava os seus soluços?

Gabriel e Maria D'Annuuzio alimentaram reciprocameute um amor simples o firme, por vários annos, I»go depois das núpcias, deixa- ram Roma, indo para os Abruzzos, entre l’es- eara e "Francavilla al Maro". numa vila de immensa solitude, e também maltnitada — porque os jovens esposos não eram ricos; eram pobres. Dois ou mais annos transcorreram, as- sim, e líi uasceram o primeiro e 0 segundo fi- lho. Mario Fellce e Gabriel Maria, e.stc chama- do por todos ••Gabrielino”. O terceiro e ultimo filho, Venler, nasceu em Roma, para onde pas- saram. por fim, depois de quasi tres annos, Ma- ria c Gabriel D’Annunzio. O poeta, o escriptor, aquelle que devia revelar-se definitivauiente e evoluir, dando de si uma completa e innegavel affirmação, não podia mais supportar aquelle triste exilio, pois o homem aspirava, mais do que nunca, viver e agir, para conquistar e pos- suir 0 mundo.

Eila era sempre, para eUe uma plamma de- licada, um p ocfourlçjã a7890$óto taointo aoln lic-ada, um i>oueo fragll, um pastel do século passado, uma creatura de graça tranqtiiUa, de uma fascinagão subtil; contiuuou a ser a “da- mlgelia" requintada, que, no seu aristocrático ambiente, fôra uma imagem de poesia, e que o amor arrastara no vertice da paixão, para um ambiente que não era o seu, no qual elia vivia seiu se identificar, e que admirava, assim, sum- mari.iineiite. por ser o de um homem que talvez n opprimiii. mas contra o qual uão .s rebcllava, não protestava. Creatura boa. deixava a sensl - liilidade palpitante oceup;tr o lugar das rudes virtudes sociaes. que seriam noeesnvias fl mu - lher do um homem que cada vez mais subia pa- ra a eeliiridade. para a gloria ...

Kvi. Maria di, Gallese inferior ao ambiente literário, ai-tistico e jorunlistieo?

Xão. Era differente. Ei-a outra eousa. Eri cie outra ruça: não era melhor, n^m peior; dif- fereiife. oneras. E. se a iiunosslbilidade ennge- "itn na rntureza de ii mnoetn — a de ser fiel á fiiíi psnosn — se 0 upeessi locle do artista de tii- cte cxbT. tudo conhecer m nrnor de eem outros mulheres, snlvo se feir um dia. mortnlmente eonsndo. fi” razão ile sepnrnção entre Maria e Gabriel D'Atinunzio —n outra razão, n diffe- retica rle raça e de ambiente, separou ainda mais os dois eonjtiges.

Maria DWnnunzio amou tanto o poeta, nes-

REVESTA FEMININA

se tempo, ao pouto de dilac-erar o eoraçao de sen pae, e de renunciar o direito de ver, por muitos unnos, os seus parentes e os amigos de sua famiiiii. E depoisV

l>e rez em tiiianto, eueoiitrando-a, loura, branca e fiagil, sempre com aquelle fugitivo « sorriso nos litbios, sempre sOsiuha. vestida Je cores discretas, eu perguntava, de mim para commigü, se não fora melhor, para ella, casar- se com um nobre senhor, da sua posição social, um personagem mais de accotdo com a sua belleza, com a sua graça ...

—0— Todavia, esta separação coujugal eutre ila •

ria di (rullese e Gabriel l)'Aununzio, separação que — diga-se a palavra fastidiosa — dura ha trinta annos. teve também o seu caracter par- ticular.

1’ôde-se dizer quo, depois de Guisa de Beue- diftis, sua mãe. Gabril I>'Annuuziu não amou verdadeirumeiite sinão a sua mulher.

Amaiido-a sempre, trahio-a uma vez; depois outra; depois uma infinidade de vezes; aban- gura. Continua a mar, de luiige, de muito lon- donou-a: mas elle, antes, depois, e mesmo a- ge, essa gentilissima princeza; quasi iião lhe escreve; mas nunca fez menção de a ter esque- cido eomplelaiuente.

O poeta não renegara os novos amores, dos quaes aigtuis eram furiosos, outros dolentes, outrosjragieos, e todos iuteusameute soffridos: Eile não desejava sahir d.iquella atmosphera sensual, na qual — admiravel cousa — ainda vibra n sua vida. Não se arrependia dos pecca- dos de amor. JIis timava, atravez do espaço, a- travez do tempo, atravez da ausência e do si - leueio, a Maria l)’Aunuuzio,

Kucüutros entre ambos, os trinta annus de sepatjição, não foram frequentes; mas liouve encontros: não forum orgauisudos, sinão devi- dos ao acaso; e assim, o amor se manteve sem- pre vivo, com uma pequena mas real exlsteu - cia. no fundo da aima de Gabriel IXAunanzio, dando aos raros encontros uma doçura síngu - lar.

E não iueret'eu, talvez, Maria I)'Annunzio ser amada pelo seu marido, ella, que supportou a trahigão, o nliandouo. a separação, com uma tac-ita dignidade, que é tão rara, sinão excepcio- nai, nas mulheres?

Qneni já oiivio esta mulher dizer uma só pa- lavra contra as extra.vagantes aventuras do seu aventureiro marido Quem já ouviu a sua voz diileis.sima pronunciar algum juizo áspero con- tra aquelle por quem tudo sacndfieio?

Elia respeitou o poeta glorioso. Mas resi>ei- tou também o homem. B em cada inclinação da sua linda cabeça loura, em cada expressão do seu semblante, pallido como um pastel do se- calo passado, que o tempo descolorio, ha a mais gentil de todas as indulgências.

Se Mrirla IVAiinuiizio soffreu; se chorou- se ella lamentou a sna vida destruída para sem. pre — ningnem chegou n vãr as suas lagrimas nem a ouvir os seus gemidos. Ella não se reve- lou como Niobe que perdeu os filhos, e eohrln o rosto com o peplo, e sim como uma pequena imagem pensativa. Eili creou uma vida á mar- gem da felicidade: divldio a existência entre

Paris onde possuiu e possiie amigas e amigos fieis; não muitos: um pequeno mundo onde impera o Conde Giuseppe 1‘rlmoli; e Uoma

— onde viviam sua mãe, a Duqueza dl Gallese. 0 mn irmão, Don Giiiz di Gallese; em Itoma, po- rém, sua vida era re-.-olhi.la e solitária uma vida de penumbra, no seu appnrtamento da “Plazza dl íSpagiia”. EÜu uunea toi rica, nem depois da morte do pai; mas o pmieo que recebeu de seus progeuitores foi sutficientc. á altura da discrição da sua vida e dos seus delicados gos- tos, Ponde realizar, com a herança paterna e <-om a-s suas iuvestigações sobre consas antigas, algumas interessantes colleí-çoes tle objectos de arte. Agradava-lhe mais ornar o seu ambiente, do (lue a sna graciosa flgnru.

Agora, 08 aiinos passavam, e a morte nn - dou eavniHlo inn vacuo em torno de Maria .\‘nmmzio. Duqueza di Gallese o Prineeza di Moateiievoso. Sen irmão Don Guiz di Gallese. morreu iiào ha imiito ; a Duqueza Natalia dl Gallese. sna mãe. eontiuido mais de oitenta an- iios de edade, expirou, sereiiamente, nos liraços de Maria, em Homa.

Ella vô augmentar cada vez mais a solidão, ao seu redor. Anniiiiem-so. agora, o leü.ão das -«lias liadas eollecçôos de olir.is de arte.

E a rrüiceza di Sioutenevoso, irá, depois, a Paris, para cHiutimiar a viver, na penumbra e no silencio naqiielia perenne moigiiice que tudo soube soffrer e tudu soube perdoar . ..

MATILDE SERÃO’.

REVISTA FEMININA

As pequenas indnsfrias reyíonaes arfisficas

A “ARTE NO LAR”

Como dissemos este escriptorío de vendas renlisa no meio artístico porhiguez uma inicia- tiva ijiie pur todos os motivos nos é sympatica.

Não só nos demonstra como pode e deve va- torisar-se o trabalho e ac-ção feminina, cvimo traz ao desenvolvimento das pe(juenas indus - trias regionaes nrtistlcas uma metodisação que era absoliitamente necessarin para se impôrem definitivnmente, de modo a resistir lis fluctna- yões e caprichos do mercado.

A maneira como as sras. D. Claudlna Fr.in- co dos Santos e D. Adelaide Almeida organisa- ram o sen contracto com o publico não nos dá a impressão gananciosa do commercio, mas o duma exposiqão de arte applicada ao viver de hoje. do modo a justificar plenamcate o titulo de “Arte no Lar”.

Procuramos primeiro vêr as rendas expos- tas, pois (iiie são ellas, talvez, nroa das indus- trias que mais se têm eni-iquecido e melhorado nos últimos annos. dando-nos a esperança de qne fiiiuem marcadas para o futuro como valo- res mundiaes.

A colleccão é completa e mais vem confir- mar o que jn dissemo.s sobre os tres tipos ca- racterísticos das rendas portiiguezas: Penlche, Villa do Conde e Vianna. do Castello.

As de Peniche cada vez mais lindas na deli- cadeza vaporosa da sna maior especailidade. São as rendas finas par.i os ensovaes das nol - vas e para o carinho das mães envolver os eor- pinhos de leite dns seus bébé.s. Fazem-se em Poniche as rendas mais variadas, afastando-se já um pouco do tipo clássico que muito lem- brava a celebro renda de Uuy. com as suas pas- tinhas e rosacens no genero propriamente cha- na delicadeza e fliinra dos seus produetos, co - mado “giiipure”, mas dlstinguindo-so oomo tipo mo lenços, cabeçóes, leques e outras coi.sas em que a riqueza do desenho cada vez mais se impõe pela perfeição e flnura do trabalho.

E' esta renda relieiida que classificamos de “Peniche”. embora noutras lerras se façam i- giiaes, embora em Peniche se teçrini em todos ofi generos,

Porque 0 verdadeiro interese duma indus - tria é fixar e localisar o seu typo.

Depois das rendas de Poniche vêm os mara- vilhosos trabalhos de Vilhí do Conde, tão mo- dernisados e emiquecidos na sna faetura e de- senhos. pela salutar influencia da sua Escola Official.

As rendas de Vila do Conde, que a tradição vinha mantendo com o seu tipo popular e in- carncterlstlco, tornaram-se nos ultlmos annos uma verdadeira industria de luxo que rivalisa com 0 que de melhor se faz no paiz. Os traba- lhos exjiosfos na “Arte no Lar" dão a mais gra- ta impressão do que é hoje esta industria, da qual teremos ainda oceasião de nos oecupar. pois que ella deve merecer um carinho especial entre as nossas pequenas industrias artísticas.

A par das rndas de Peniche e Villa do Con. dc, mostram-nos as tradicclonalissimas rendas

de Vianna do Castelo, cuja producção não cor- responde ao-s pedidos que. mesmo por interme - dio deste escriptorio, são feitos pari o Brasil, o qne prova quanto conviria no paiz o desenvolvi- mento e mcthodlsação das nossas iudustrias lendiferas.

Vamos vendo as obras expostas e o enu- nieral-as é uma verdadeir.L catalogação a mar- car 0 trabalho metodico que temos em vista, desde os bordados brancos dn Madeira e dos A- çôres, duma tão perfeita execução, aos de Gui- marães tão caraeteristieos nos seus crivos e recortes em linho uprojiriado a toalhas de chá e de mesa, colchas e roupa de quarto destina- dos ao conforto do nosso lar.

Muito interessantes os "alinhavados de Ni- sn. enja producção é diffidl de obter, talvez pMVc[ue não tenha havido que dê n essa indus- tria loc.il a protecção qne merece.

São depois as olmis de cerga. os cestos da Madeira, do Minho, de Coimbra e de Villa dos Moinhos (Vizeu) as ceiras e wstinhos borda - dns a lã que vêm do .Vlgnrve, tudo confuiidid# no apres.so que mevecem. nias tão dlfferencia- dos nas suas diversas formas e appllcnções.

O mobiliário de Evora. hoje tão iirocurado e apreciado, põe a .sua tinta florida e ahuTe entre 08 tapetes pesados de Beiriz, os Arraíolo.s ma - na renovação da arte que os modernisa: os ta- gnlficos no restirgimento dos velhos desenhos e petes relludoso-s de Traz-os-Montes. de proce- deiiei I. que nos recor.la o trabalho paciente da.s uldeãs (le 1'rros, da Eueizia e de outros logares que II pouco e pouco se vão perdendo para o- culto dos traliaihos traclicinnaes da arte regional.

Valorisados pela orientação artística que- lhe tem inqirimido o gosto do seu maior pro- liagandista, Francisco de Almeida Moreira, o» tapetes de Vizeu põem a graça discreta do sevr colorido a empaiecirar com os tecidos de Viana <1(1 Casfello, appiicados não só aos factos re - gionaes. como ii tapetes e outros objectos de- nso.

As esteiras pintadas do Algarve desenrro- lam-se na policromia violenta dos seus desenhos,, completando o interesse das chitas c lenços eii- riimailos que tão bem dizem c*om as faiança» portugueza.s que vêm ligar ao passiulo o resur- gimento da nossa epoca.

Não cabe nos limites dum artigo o falar cie tudo quanto a “Arte no Lar” expõe em artes regionaes e sua applloiçâo inteligente aos nos- sos usos, mas não devemos esquecer que foi de- vido á iniciativa destas senhoras que se fez no Brasil (S. Paulo) a primeira exposição das nos- sas industrias artísticas, constituindo uin suc- cesso de muita honra, para o paiz. Esta inicia- tiva demonstra uma coragem nu acção que bem se pode considerar um verdadeiro gesto patrio- ti que todos devem recwnhecer e louvar, e defi- iiitivamento marca o logar primacial que as mulheres portugiiczas tem no resurgimento ningnificos da.« pequenas industrias regionaes artísticas, que tão perdido la no Paiz.

ANA DE CASTRO OSORIO. (“Primeiro de Janeiro”, do Porto).

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SOPA DE RABADA — Cortam-se duas rn- badas, delxa-se de molho em agua fria meia hora para tirar o sangue. Tempera-se de- ,l)üis com sal, pimenta, cheiras e frita-sc em gordura quente deixando-se ficar escura. Jun- t am-se em seigulda agua suficiente para a sopa,

uma cebola cortada em cruz, tomates e um i>ouquct de cheiros, Coslnlia-se cm fogo fra- co. No momento de ir para a mesa engrossa-se cora farinha de trigo torrada.

Deve-se servir com os pedaços de rabndn. FEIJOADA HOLLANDEZA Cosinha-sc

n feijão em agua e sal. Deita-se a escorrer. 1'ue-sc ao fogo, numa cassarola, uma colher de manteiga com um pouco de cenouras cortadas finas; Junta-se um copo de vinho tinto, faz*se reduzir o molho e accTcscenta-se umn ohicara de caldo de carne. Fritam-se umas fatias d® presunto ou toucinho inglês que se cortara em pedacinhos, para servir cora feijão que deve estar bem quente. SALADA DE FEIJÃO FRESCO — Depois de bora cosido o feijão em agua « ferver; dei- xa-se enxugar e esfriar sendo então tempera- dos com azeite e sal. vinagre, e cebolas pioa • das.

MAC.^iRRAO COM OHAMPIGNONS — Faa-SD como na receita precedente acerescen- taiido.se uns champlgnons cortado.s em pedaços e podendo se substituir o preaunlo por g.al- iinha 011 qualquer outra carne; serve-se com molho branco íver molho branco).

CAMARÕES ENSOPADOS — Afcrventam- sp os camarões e descascam-se. Faz-se um re- fogado em azeite, delta-se uma colher de fa- rinha de trigo, mexe-se ntd a farinha tuuuir

.cor, junta-se a agua das cabeças dos camarões, deixando-se ferver. Côa-se depois no passador e jantiim-ee os camarões, dMxando-se ferver. Fervendo mais clnc.is m' . 'to.-. «stAo proiiiiitos.

OMKLLETE CO.'I l>ni'K h^iz-se um o- nielettc como indica n rccciia, ÜMELETTE devendo a parte de dieitro ficar tão passada com a que fica assente no fundo da frigideira.

Antes de dobral-o delta-se-lhe um pouco de go- leia de fruetas, de compota, marmelada ou goi- abada, desfeita. Dobra-se e acaba*se de fritar. Serve-se quente.

Ma{8 de richeilieu — Tirara-se os caréfiOB das maçãs e enebem-se os buracos com gelela de fruetas. Leva-se ao fomo para corar.

TorU de nozes — 2f)0 grammas de assacar, nciO gramnias rie nozes pesadas com cascas, sois ovos, tres colheret» de farinha tle hiscol • to. Batem-se as claras hem hatidas. juntam-se- Iho as gemas, o assnear e late-se com pão de liit. Juntam-se depois as nozes mntdae e por ulliiiio a farinha. Assa-so em tres formas i- giiacs. Depois de assados, ligam-se com ge> leiii, cobre-se com gliicõ e enfeitii-se com peda- ços dc noze». A fOrma deve ser untnda com manteiga e polvilliada com farinha de trigo. Forno regular.

Siris — Coslnham-se alguns siris, abrem-se pela barriga tira-se a carne desta parte, bem como as de unhas e pernas. Desfla-se a carne que vai no fogo numa cassarola com azeite quente ou manteiga fresca, cebolas picadas, to- mates, cheiros, alho soccado, pimenta em p6, alguns camarões iplcados e descascados, a agua das cabeças destes, ovos cosidos e partidos om p»1aclnhoa. Hefoga-se bem, mexendo-se com

uma colher de pan, juntando-se um pouco de pão embebido em leite e passado em uma pe- neira. ao qual se accrescentam duas gemas de ovos. Com este recheio enchem-se as cascas de siris, cobrindo-o com gemas de ovos; vae ao forno para corar.

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Cabellos brancos mente provado Quc o embranqueclmento doe cabellos não passa de uma moléstia. O cabello cae ou i-mbriiuquc-cc de vido á debilidade da raiz.

A LOÇAO BRILHANTE, pela sua pnilcrosa acção to- ntc e antiaeptlca a^ndo dlrecMmenle sobre o bulbo, # pois um excellentc renovador dos cabellos, barbas e bi- godes brancos ou f-risalhos, devolvcndo-lbcs a cOr natural primitiva, sem pintar, e emprestando-lbes maciez c brilho admira vel- Caspa - Quéda dos cabellos

moléstias que atacam o couro cabelludt) dando como re- sultado a quéda doB cabellos. Destas a imiis commum são as caspas. A LOÇAO BRII,H.\NTE conserva os cabel- los, cura as alecçües parasitarias e destrfle radicalmcnte as caspas, deixando a cabeça limpa e fresca.

A LOCAO BRir.HANTE evita a quéda dos cabellos. c os fortalece, PfllviriA eaao" de ealvlcle com Ires ou quatro acaiviifio spuiauos de nppllcagSes consecutivas come-

ça a parte calva a fi<‘nr coberta com o crescimento do cabello. A LOÇAO BRILHANTE tem feito brotar ca- bellOB ap6s períodos de alopecia e até de annos.

Ella nctuB estimulando os follicuos pllosos e desde que haja elementos de vida oh cabellos surgem nova- mente. Seborrhéa e outras affecções „,®S‘iüpe'^i| ietcnulnadas pela seborrhéa ou outras doenças do couro cabelludo os cabellos caem, quer dizer despegam-se das raizes. Em seu lugar nasce uma penugem que segundo as clrrumstauclas e cuidado que se lhe dS cresce ou dege- nera.

A LOÇAO BKII.IIANTE extermina o germen da se- borrbéa e ontroa microbios, supprlme a sensação de pru- rido e tonifica as raizes do cabello. impedindo a sua quéda.

lls também uma doença, na qual o TricnOptIlOSe r.abe)tn, em vez de cahlr. parte. Pd-

de partir bem iio melo do flu ou péde ser na extremida- de, e apreseiiiii um aspecto de esi)aiiador por causa da dissociação das flbrinhas. Além disso, o cabello tonia-se baço, feio e sem vida, Essa doença tem o nome fie trl- choptilose e é vulgarmente conhecida por cabellos espl- gafios. A LOÇÃO BRILH-ANTE, pelo sen alto poder an- tiséptico e alimeiitndor. cura-se facilmente, dâ vitalida- de aos cabellos. üelxando-oa macios, luetrosoa e agrada- veia & vista.

VANTAGENS DA LOÇAO BRILHANTE 1.0 — B’ absolutamciite Inoffensiva, podendo portan-

to ser usada diariamente, e por tempu Indeterminado, parque a aua acção é sempre beneflea,

2.0 Não mancha a pell enem queima os cabel- los, como acontece com alguus remedlns que contém ni- trato de prata e outros saes nocivos.

3. V — A sna acção vIcCallsante sobre os cabellos brancos, descorados ou grisalhos começa a iiinuifestar-se 7 ou 8 dias depois, devolvendo a cOr natural primitiva gradual e progreaslvamente.

4. ' — O seu perfume é delicioso, c não contém oleo sem gordura de cspcclc algiuna qup, Coino é sabido, pre- judicam a saude do cabello.

MODOS DE USAR Antes de appllcar a LOÇAO BRILHANTE pela pri-

meira vez é conveniente lavar a cabeça com agua e sa- bão e enxugar bem.

A LOÇAO BEILUANTB púde ser usada em fricçaes como quilqner lo^o, porém é preferível usar do modo seguinte:

Deiln-se meia c'dber de sopa mais ou menos, em um pires, e com uma pequena escova embebida de LOÇAO BKII.IIANTE frlcclona-ac o couro cabelludo bem junto fl r.ilz capliiar. deixando n cabeça até secear,

PREVENÇÃO Não aceeitem nada que se diga ser “a mesma coisa

uu “tão bom" como a LOÇAO BRILII.APITE. P6de-Kc ter graves prejuízos po rcausa dos subsfl-

pENSB V. S. i Di tor nuvaiü<*nto o bnsto, Uudu e lustco- so pabAllo Que tpvp hn Anima passados,

pENSB V. S. em eliminar essas escamas horríveis que são as caspas.

pENSB V. S. cm restituir a verdadeira cõr primitiva ao seu cabello.

DENSF. V. S. no ridículo que é a calvície ou nntrna mo- loatiaa iiarasltarias do couro cabelludo,

Nada pôde ser mai-s conveniente para V- S. du que experimentar n poder maravilhoso da I.OÇAO BRILII-^- TB. Não se esqueça. Compre um traeco hoje mesmo. De- sejamos conveu<'er V. R. -ilé a evidencia, sobre o valor hencflco da LOÇAO BKll.U.lNTE. Comece a usal-a hoje mesmo. Não perca esta opportunidade.

A I.OÇAO BRILIl.ANTE está ft venda em todas as drog.irlns, pharmaclas. barbeuria.s e casas de perfuma- rias. S. V. não eucoiitrar I.OÇAO BRILHANTE no sen fornecedor, corte o ooupoii abaixo e mande-o para nOs, que Immediatamente lhe remetteremoa. pel ocorrelo, um frasco desse afamado espiTlflco capliiar,

Direitos reservados de reprodoeção total ou Parmj* Cnicos concessionários p.ira a .America do Sul; ALVIM * FREITAS — Rua do Carmo, 11 - sobrado — S. Paulo.

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Miscellanea

(Cont^ de “Lares felizes”)

poBta qii« um nobre e Infelllgente joven fleu a eBta pergunta “porque me ama<?", que sua esposa lhe fizera:

NSo sei, nunca procurei ainar-te; o amor vclu a mim, feriu-me e eu rabl vencido ; parece nie um divino accldente. Nilo f. porque se.las bellii, pois níu o foslc para mim até que te amei; agora tiirln em ll 6 for- moso ; é que a bellesa nSo engendra o aiimr c sim este que crea n fícltezu. Amo-te por que és diffetviilc de todos oa outros serea do mundo; o amor Indivlduallzou- te: 6 tSo peculiar para mim como eu o sou para com- migo, Parec€8-me nma perõla rara, cuja gCmnia nin- guém p6de encontrar slnSo cu.

— Amo-te porque me dclxoris ser tranqulllnmen- te 0 que sou; rondas-me, segues-roe, babitas constan- temente no fundo de meu cerebro e n3o posso desfa- zer-me de ti.

— Amo-te porque viver sem tl seria Impossível ou doloroso; Identificaste com o meu destino e jil nüo somos duas unidades dlstlnctas, que marebam uma ao indo de outra, pois estamos combinados cm uma sfi personalidade por nma sorte de cblmlca espiritual: nés, Jiaveado amado, somos tão dlfferentes do que éramos nntes que o fogo do amor nos fundisse, como a agua ll differente dos dois gazes que a compilem.

— Amo-te porque capturaste meu futuro, porque Irausformaste o mundo, que antes me parecia apenas um lognr e agora é um lar; porque despertaste n que ile melhor cm mim e.vlatia, mantendo-me num alto ni- I el de que não poderei cahlr; porque me fizeste gene-

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deseendente, forte; porque guando em tl penso, e isso é contluuarocntc, tenho que ser o melhor que posso ser.

— Amo-te porque és para mim a mais significativa czpressão do eterno; em teu rosto contemplo o Infini- to ; por ti, por teu Intermedie, e)evo-me de bruto a humano e consigo as raias do divino.“

E guando houvermos rcflectldo o bastante para digerir todo o sentido e todo o valor que -contém esta resposta de um marido feliz a sua feliz esposa, volva- mos a vista para o quadro que lllustra esta pagina c notemos a frialdade em que se iusplrou o artista. .

(Cónt. de “A Inspiraçio")

tos s6es que feriam a vista e n firuiaiiumtn re- cuara para muito longe e jamais seus ollins jiii- derlam dlstiuguir os contornos de uma fnnud que appnreeesse nos liudes de .«piis peiietraes. Eva. viu 110 fulgor brumoso c triste dannelliis pallidas luzes a penumbra doa desfallecimeutas. Leu nellas a magua da certeza de haverem con- corrido pnra alguma eoiisn torturante e pérfida. Tremulavam, num luzir dorido, como a enviar o lameuto constante de ver que .sua luz lhe fô- ra roubada para uni objcctívu iniliguo. Eva oht)- 1'cm com ellas as primeiras lagrimas que, da iiis- idraçJlo da terra subiam c so confundir com as lagrimas doiradas do Céo.

• • • E’ por isso choram até hoje a.s estrelias. O

firmamento pontllha-se -le luzes em noites de ireva ou de luar como um t iiboboda de lagrimas brilhantes, a iremerem. n palpitarem iia fii;e do universo, perpetuamlo-se iia dõr, iiulefinitla-

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UBt-nlf. Irradia-st* (‘Sla <lõr pela 3i<iile e vtni morrer ua lerra, uns cousas, oxorando coasolos inrli2ivcls. •

Soffreui as meigas dolorusas <lo Céo as a- grnras dos males que aqui se iicrpeluam. Estre- mecem tle horror qnaiulu véem o mal iieriietva- do, princlpalmeute contra seres innocentes ou iiidefezos, quando conipreliendem que siiii luz, * que lhes foi arrancada pelo Senhor, (• tão mal empregada no discernimento humano, onde ti'i- umpha qitasi sempre a inspiraçtão do mal. E’ qiie a serpente enganosa e.traiçoeira Tive sem- pre a zombar e a se apoderar dos espiritog in- cautos. E por melo delles louva e cauta a Iltha- nla da victoria immorredourii sobre os sublimes designifis de Deus.

DE’A LISE

(Cont. de “Brinquedos para os dias de chuva") haraços. Si Se demorar em responder, é claro pagará uma prenda.

Gostaram? Pois vninos ver agora^ para ter- minar, uma brincadeira um pouco mais com- plicada, mas nem por isso menos divertida. Esta serve atC para entretemimento dos papás e dos titlos. Chamemo-lhe

O pae Qregorio Trata-se de tima brincadeira com cartas.

Joga-se apenas com as figuras e os azes. Rei, rainha, valete e az fazem parte de uma familla; são por conseguinte, quatro famílias: copas, ou-

RBVISTA FEMININA ros. espadas e paus. Copas 6 o emblema da fa- luiliu Gregorio, que compreheude: o pa© Gre- gorio (rei de copas), a mãe Gregorio (rainha de copas), os filhos Gregorio (valete de copas), 0 cão da família Gregorio (az de copas).

Os restantes naipes comprebendem^ do niesiuo modo: a fumilia do medico (os ouros), a fumilia do intendente (as «padas), a famí- lia do caseiro (os paus).

Distribuem-se todas as curtas, depois de em- barulbadas, em numeiai igual parsi cada joga- dor, Trata-se agora de reunir, um sô jogador, to- das as quatro famílias. Um docí rapazes começa 0 jogo. pedindo, por palpite, a um dos compa- nheiros, uma das cartas que lhe faltam. Por exemplo: “Dá-me o pae Gregorio", Si o inter- pellado possue essa carta deve dar-lhe a quem lh'a pediu. Este continua a pedir, até errar. Xeste caso, o jogador a quem se dirigiu fará, por sua vez, o pedido que lhe convier. Afisim por diante. O ultimo que ficar cm posse de to- das as cartas, reunindo assim as quatro fami- lins, ganhará a partida, cujo prêmio poderá ser um doce, uma frueta, etc.

Neste jogo, as pessoas que tiverem boa me- mória, levarão grande vantagem sobre os de. mais, pois evitarão dirigir seus pedidos a um jiig.ador que sabem não possuir a desejada car- ta.

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é 0 remedio indicado para combater os incommodos das senhoras, sendo muito efficaz nos estados morbidos e nas desor- dens funccionaes dos orgãos femininos.

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iNcoMMooos Dts SEiiiiDiit!;

HRE6ULAD0R FONTOURA}]

As causas que determi- nam muitas alterações no estado de saude das senhoras, produzindo cri- ses dolorosas, alterações nervosas e consequente decadência physica, de- vem ser combatidas com o

IIEmURl E REGULIRISA

AS FUNCÇÒES

DOS

RE6ULAD0R FONTOURA) feW''' /REOULAOOR FONTOURA

Os satisfactorios resul- tados obtidos em gran-

de numero de casos em que tem sido appii-

cado, demonstram quanto é merecido

0 renome alcançado pelo poderoso preparado

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■ C

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Como regra, os cabellos ondeados dão uma apparencia de maior graça ás moças, quando o cabello liso as torna desgraciosas, apparentando mais idade. Se desejais appare- cer mais joven, mais attractiva, tendo o cui- dado de que o vosso cabello seja ondeado e lustroso. O segredo será vosso se usardes o 0 TONICO LAVONA, maravilhoso liquido que contem um ingrediente que age como por ma- gia. Nada existe comparável á LAVONA para 0 alormoseamento e hygiene dos cabellos. LAVONA limpa o cabello de substancias gor- durosas e estimula as raizes produzindo o crescimento d’aquelle. Restitue a cor primitiva aos cabellos grisalhos prematuros. Se dese- jardes uma apparencia encantadora, usai.

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Menns 20 o|o 14S:20il* SO n|o em preraiiis ..

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12 ^ de 1:000* 12:000* 40 " de 500* 20:000í 84 ” de 200* 16:800$

1450 ’’ de 120* 174:000*

PLANO H. IS.UdO billietee a 44*.. 572:000*

Meuos 20 o|o 114:400$ 80 o’o i'iu prêmios ..

PRÊMIOS 1 prêmio de 1 " de 1 ' do 5 premloa de 2 :000*

20 - de 1 ;000* .50 ” de eOO*

100 “ rie 200* 13 3 r.A. do I.e pre

mio a 200* ... 1.10 2 U.A, do 1." pre

mio a 100* .. 1420 prêmios de 100*

457 ;600*

200 :000* 20 :000*

5:000* 10 :000* 20 :00n* 25 :000* 20 :000*

2 :600* 13 :000*

142 :000*

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10 prêmios de 1:000$ 20 ” de 500* 40 " de 200*

101 " de 100* 18 3 E.A. do 1.» prê-

mio a 100* .... 180 2 U.A. do 1.» prê-

mio a 00* 1025 prêmios de CO* .. 2298 prêmios

MINAS GERAES

Capital Rs. I.SOOiOOOSOOO

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331:200*

100 :000* 50 :000* 10 -.000* 5:000*

10:000* 10 :000*

8:000* 10 :100* 1:800*

10 ;SOO* 115 :500*

331 :200*

DIRECTORIA: .. rtirpctoi-Presidente — Baldomero Barbará CONSELHO FISCAL: -.1 Diroctor Sooretario — Dr. Moacyr von Spcrling Estevão Leite de Magalhães Pinto Director-Geifute — Hortencio Lo^s Sebastião Augusto de Lima Diroet-Thos. — José Narciso Machado Coelho ^ ^ ^ „ , Fiscal do Goveruo: I>r. João Edmundo Caldeira Cel. Antonio Botelho Ouerra| de Senna. Brant — Ajudante do fiscal: Dr. Caio Nelson

SÉDE: RUA DA BAHIA, N.os 1155 e 1161

CAIXA POSTAL N. 128 — ENDERE ÇO TELEGRAPHICO: “LOTERIA”

BELLO HORIZONTE Estado de Minas Geraes

REVISTA FEMININA

Preparados qae se 'pendem nesta Redacção

JiJSOBITAS 1)B BBL.L10ZA PARA CXJLORIK OS CABBLLÚS. — Desde os tempos mytbolo- gdcos — com a maglca Medea — o homem pro- cura lesisUr, por meios artiíiciaes, aoe estra- gos da edade, usando-os, prUiclpalmente para os cabellOB brancos, Que são os primeiros e os

. mais eridentes slgnaee da velhice. Entre as tinturas usadas para tal fim fi-

guram as de saes de chumbo, de prata, de co- bre, de mercúrio, de cal, de bismuto, de esta- nho e outras, que produzem sobre o organismo inteiro graves desordene, que sO mais tarde são percebidas. As tiuturas americanas tem por ba- se 0 sulfato de camium e o sulpMdrato de am- mouíaco. São menos tóxicas, não irritam o cou- ro cabelludo e uão provocam a calvicle. Ea, porém, alguns productos vegetaes inoffensivoa que iufeUzmente, dão ama coloração muito fra- ca 6 pouco durável. A unica que se pôde recom- mendar sem receio e que dâ resultados admirá- veis, é a Petaliua, com a qual se pôde obter, graduando as côres, todos os tons, do castanho claro ao negro azeviche.

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Quando o livro tiiie se oftereee 0 obia (!■■ pensaineiitu e de coragJlo, do arte e do belleza. iiào existo j(da que so lhe eciuii>are, nem rique- za qiio se llie avaniase.

Offerecer nm livro 6 mu gesto de nobreza, o 11111 aeto do bondade. K’ ainda iiiiia rovidii- <;ãn. Uevidiieao da sensibilidade e dn eievaedo de seu es|)irito porque sf> os que possuem alto-, liredieade ■ moraes sab«m offerecer num livro.

Mas lambem, que coisa dlffidl, apezar do tão sinijiles na apparencia!

Os livros são legião; coiitnin-se por iiiillia- res de iiiilliães, e no entanto, riuniido queremos presentear alguém coni mu dolles. que incerte- za uns toma!

Porque entre os livros, como entre todas as i-oisa-s, ha os bons e os máos.

t'm bom livro é o meilior e mais preeioso presente que possamos fazer a aligiiem, ao pas- so que um livro mfto ã uma fonte de males, de ruins pensamentos, de abastardamento do eiiriiefer.

rriiicipalniente quando se trata da iiifaii- eia i> da nioeidade, almas inexperientes ainda, ioriii;ries na alvorada da e.spernnça.

Om livros bons, paru as oreançns e para os iiinqos, são rarlssinios, mesmo no extrangeiro: entre níís. então, iiodem-se eoiitnr pelos dedos da mão. Quando o sen texto, geralmente lan- eado nas velhas e e.stafantes "Historias da Ca- roehiuha". 'Míalii Borralheira" etc, ainda pode pas.sar jior inter(^'saiite e instruetivo. o seu as- jieido imiierial é apenas laraentavel.

K lodo o Ihro destinado ú liifaiicin e ti mo- eidade, deve apresentar a perfeiqão do eoii- juiieto, i.siK (\ matéria Instructlva, amena, a'b- .sidntameiite moral, sob a veste f.vpograpliica mais liella e siiggestiva.

Estes reijuisllos sd nul livro, entre nós o« preenche enbalmente: “Nova Selva”.

Qiiauto n sun npresentagâo material 6 ver- dadeirnniente inipeceiivel, jiois nldin de uma hel- lissiimi capa ein trieliroiiiia, devida ao laiiis magistral de 1’aitu, foiloa os contos, comédias, moiudogos. ete. são illustrados eom esplendi- das gravuras e Iludas vinhetas.

E' nnin obra. emfini, qno eoiistifuindo o mais preeioso presenii' para hm de nnno, reune o ntil ao agradavid pois aldm de cultivar o c.s- plrifo, educar o sentimento e elevar o caracter dos qiip 0 leem, pode figurar em qualquer es- tante como modelo no quanto consegue a

arte do livro, quando comprehendlda em sua mais alta slgnifieasfio.

“Revista Feminina”, editando luxuoaa- iiieiite esta predosa obra qiiiz proporcionar a suas leitoras e amigas o ensejo de poderem fazer a seus filhos, a suas amigas, ás pessoas, emflni. a quem votam amizade, o mais bello, o mais nobre e valloPo presente; um livro ab- solutamente moral, Instnictivo e interessante. Impres-sn ein magnifico papel, com illustravões artísticas e por nm preço ao aleanee de todas ji.s possibilidades.

Nenlnima rnSe, nenhuma amiga, nenhuma irmão, deve, assim, deixar de offerecer aos en- lee que lhes são caros, a “Nova Seiva", cujos pedidos podem ser feitos a esta redaiCçSo, rua Conselheiro Chrlsplnlano n. 1, São Paulo, acompanhados da respectiva importância de 5$000, e mais 1?000 para despesas do correio.

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lidrnddwhhdpjr

o TOMATK

K' i> rri ilaH tans vitjinilaaa, <i ■luminmrola 'ncniii>a“ il<is ItnllBiiu» a "iiommJurci" daa miiiarrunudiis impiilitulul». Ila qiipia dl>:ii auB o b<-!io «iirndo <!ns niiiioliiniias vera ilellax i-nmereiti fi KFiiiule, N'ai> iliiviil». Se 0 uaiM>Iitniin comea- Ki' ai> luaanrrao ile farinha srau fn- reliuha. havia de ler herlberl ou es- r-urbuto oU Ifl ael eu n irar fal ta das Titaminaa. O tcmiale earrliie u perigo.

E’ uma “hortaliea enapira" e u- ma lavoura sem Emiulea compllea- çOe.s, De melados de Juaho a flui de Julho, ae faa a seraeiiteira cm canteiros de terra solta era lugar Bcimbrlo. Una quarenta dias depol». ift se Tio ratando as mudas mais desenvolvidas e molhando a ferra, para com unia colher arranral-as com toda a rals num bom terrSo e de dois em dois palmos se planta um péílnho, espetando logo ao la- do uma estaca de bambu' de uns quatro pnlUHB de alto ou faaendo uma cerca de duas varas ou clols fios de arame a palmo e meio do chio e a outra a trez palmos, para iiellas se amarrarem os tomateiros, com amarrilhí) frouxo, fl proporçSo que vio crescendo.

Escolhcui-ae dias frescos ou de chuva para fazer a transplontagao. Xâo devem ser descuidados os araa- rilhos que pódem ser feitos com palha de bananeira para os toma- tes nio virem a cncosCtr no chão. Espera-se até estarem bem dese.n- voIvidoB para colhel-os verdes ain- da, cortando o cabo, qne deve fi- car no fruto. Postos em pratelel. ras, v9o amadurecendo. Para o gas- to diarlo usam-se os maduros. Para guardar para o gasto, logo que os tomates vermelham bem, se vSo pondo sempre com o cabo num bar-

rilziuho 0.U mesmo num péte, ns camadas, bem arrumados, ciichen- üo-se todos os v£ob coni sal néo multo grosso, sem apertar, de mo- do a ficarem bem cobertos.

A massa de tomate faz-se tiriin- do BS sementes de um n um, pon- do os imm tacho e meche que me- ohc até apurar, sem deixar grudar no tacho. Pãde-se addldonar um pouco du sal e de bum azeite, se fóc para o gasto, guardandu se em vazilha fechada com azoltc subrenn- dando.

Nas grandes lavouras, pode-se plantar milho Jé com u proposlto de aproveitar as bastes para esta- ca doa tomateiros.

Para remessa, acondicionaii-se os tomates em caixas de gasolina, co- Ihendo-os verdes, sempre com o ca- bo. Colbem-se prdii maaban, em. quanto frescos. Se estSo serenados, deve-se enxugar, refugando todos os mai;huca<los e estragados potqira a podridão de um^ passa capidami-ii- te aos outros.

Nas bortss. regam-se duas cii tres vezes por semana.

Convém podar os tomateiros, ti- rando 08 brOtos imiteis e. il pro- parido que se vão colhendo, eli- minar os galbos que não tém muls frutos.

Nas grandes lavoura» não se deixa criar mato e nas hortas mui- to menos.

Os tomates são perseguidos por uma mariposa, enjn larva -tansa estragos enormes, se não houver o cuidado de ir catando diariamente todos os que eAem, enterrandu-us ou tirando a parte estragada que vae para a céva e a boa para a panella, como lã foi aconselhado para as frutas em geral.

Para prevenir a ferrugem, pulve- risa-se o tomatal com calda borda- leza.

Os melhores tomates para horta são 0 “Ké Humberto" e o “pérn" ou 0 "grande". 0 nosso toraatiiih» géca dã 0 aiiiio inteiro; não tciu enjoamentus nem cerimônias; dd no chão ou trepa era estaleiro, nasce c morre quando quer. Con- vém numa horta destiuan um can- to para i'«nc “scni vcrgoiihu” que é. o|M-sui- dc d•-8Il^czado, muito gos- toso.

Piiz-se salado de toaiates mis coiii ecbola branca em fntlas finas; Hifi*itani-se pratos com bellas ta- lhadas bem nihrus; r<s'beiam-s>- os graniiaUidcs com gostosas misturas, é um temiiero que <'abe em todas as iguarias, mas o pruto saplmpa é o que os hespaiihdes (-bamani de “huevos revin-ifos"; umiitidga. azei- te fino ou gordura de toucinho; 4 ou (I ovos (não convém fazer grau. des (piuutidailes) batidos com salsa c cebola beiii pieadlnbas ; um dente de albo c uinn pimenta, liem esml- giilbüdos no sal, tudo bem batido. Tinim-se as sementes dos tomutea, pnrllndusis em talhadas.

Pôem-se os tomates na frigideira com a gordura, azeite ou manteiga não muito quente. Quando come- cam apenas a murchar, p5e-se o batido de ovos na frigideira e me- xe-se aetlvameiite, até um ponto de consistência mais ou menos "ba- beuse", como diria um desses Sava- rins dc restaurante chic... pelo preco.

A “dlspeusa verde", além de ser nma “botlca” pelo que a sclencla nova vem ditando, no andar da ca- restia em que vamos e por tudo é uma caixa economica. 1’agar bem a um bortelãn, fica mais em conta do que comprar verduras passadas, que podem trazer germens do typho e de variados vermes intestlnaes, “obséquios" esses que levam do bol- so. numa sentada, com o medico e

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Ha uma enorme variedade de ba- tatinhas : a francesa, a sabonete, a de láaboa, a rosa, etc.

Fianta-sc-as em terreno frouxo, bem trabalhado, de prcfercucla uua arenosos, Nas hortas convêm plan- tar em Janeiro e Fevereiro, para ir escapando da uiulta chuva. Em Ju- lho, tambem escapam do tempo muito chuvoso.

E' cultura de quatro mezes. A muda ê o proprlo tubérculo; esco- Ibem-ae as batatinhas mais sadias, bem lisas, as mais bonitas e maio- res, ao contrario do que cm geral se faz,

O segredo da boa producqão cmd no preparo do terieno, na aduba, gão e ua escolha das “sementes'.

Com antecedcncla de tres a gu.'i tio meses, lavra-se ou cava-sc a - u- xadio ou pd, enterrando estrume curtido em boa quantidade, Xn la- voura para negocio, 40 a OO.OOÜ kilos por alqueire a mais de a 3,500 kilos de Buperphospbato a 15 o|o e de 800 a 1-000 kilos de chlorureto de potássio. Para que se Tio tomando populares as tacs fdrmulas complicadas, como os ‘la- vradores de blnocuIo” chamam as receitas para uma adubação com- pleta, li vae uma para, num al- queire paulista, colber-se atê mala de duzentos mll kilos de batati- | nhas:

Estrume de curral — .50.000 ki- los.

Nitrato de sodlo a 15 oío — 1.500 kilos.

Sulfato de ammouiaco a 21 ojo — 600 kilos.

Chlorureto de potássio — 1.000 kilos.

Sulfato de potássio — 600 kilos. Snperphosphato a 15 o[o —

S.OOO kilos. Sulfato de cal (gesso) — TOO

kilos. Uma “drogaria" completai ei-

clamacio os coronéis da agrlcolln- la e laconleamente encerrarão o es- panto com 0 clássico c dogmático — “Isso é impossível entre nds!'

Por um lado esses Aceacios agrí- colas têm a sua *-zão, porque não se pode confiar nos ednbos que são vendidos sem a menor fiscalisação e sem que baja mesmo laboratorlos onde ae possa ter uma analyse de qualquer amostra de adubo dentro de “seis mezes”, no mínimo, ainda que pagando bem, quando taes aua- lyaes deveríam ser de graça, cm la- boratorio offlcial.

Não ê preciso numa horta tanto luxo adubaflvo, bastam o estrume. 0 snperphosphato ou a cinza ile os- sos, esta misturada com terra sela mezes antes.

Abafam-se as batatinhas para plantar, pondo-as em logar escuro e fechado, num caixão grande, em camada de um palmo, cobrindn-se. as com palha, para dentro de 1-5 a 20 dias estarem greladas. Plnntnm- se em cOvas de 5 a 6 pollegadas de fundo ou em sulco leito por arado, de modo a ficar cada uma á dis- tancia de palmo e melo da outra, em quadra. Como vão greladas, nas- cem todas 40 meamo^tempo.

Quando o broto jã tem um pal- mo, dã-se a primeira limpa & en- xada ou ã carpidelra. Dabl a nus 20 diaa, chega-se terra, amontoan- do. Na grande lavoura convém as ruas terem doia palmos, para scr mais facil a passagem da carpldei- ra na primeira limpa e no chega- mento de terra .

-ãs batatas em geral trazem i.ns fungos que provocam a ferriigi-m e a podridão. Taes fungo-i tambem p<j dem existir no sOlo e dnhl o ser preciso dar-se um banho de calda bordaleza na “semenro' e borrlf.ar com essa mesma calda a ramadn, logo que ae percebe que vae ap- parecendo a “aapéca" nas filhas.

Ha uma 'vaquinha' que nrraaa 08 batataes e que pode ser comba- tida com o emprego do verde ce Pariz. como se faz nos algodones.

Quando a rama amarsllecc é '-i- gnal que está madura; esper.t-se

que aéque bem, para arranrnr com cuidado, sem ferir os tuhcrcnlns. Convém arrancal-os cam teiapo see- co, deixando que apanhem umas horas de sol. Guardam-se as bata- tinhas espalbadaa tio assoalho de commodo arejado e seceo, cspalhati. do-se sobre ellas um pouco de cal ou dando-lhes um basbn dc agua íerveote, seceando-as c pulvorisan- (to com cal; assim não n.tsceru mais,

-Mém da batata ser um bom nli- meiitu. presta-se a innumeros pra- tos, para qu9 baJa variedade dinria nos “menus" aristocráticos c ple- beus. .^3 sobras e as estragadea. co- zidas, dão optima ração parii as vaccaa leiteiras e para os porcos.

Não convém repetir a plantagãc no mesmo terreno duas ou mnis vezes a seguir.

Por esporte enzerta-ae tomate na ramn da batata, o que iião deixa de ser um tanto esquisilo.

A .ERVILHA

Ha varias qualidades; a melhor é a turia. Gostam de terra solta e como adubo a cinza, guc se vae es- palhando sobre a terra ao redor dos pés, ã proporção que as plan- tas vão crescendo e, no cevar a ter- ra, para fazer u canteira, espalba- se antes um pouco ile cal ou de cinza de osso.

Ab ervilhas precisam de estacas ou eerca de varas ou de arame pa- ra trepar.

Escolbem-se os grãos mais boni- tos, para plantal-os de dois en dois, em cdvaa de duas a tres pol- legadas de fundo e de dois e meie a tres palmos de distancia e cada rua de quatro palmos.

De fins de Fevereiro a princípios de Junho e de Agosto a Novembro, é 0 bom tempo. Vae-se plantande um pouco cada mez, para ter va- gens e “petlta_pols” guasl todo • anuo.

Não gostam de multa agua, prln- clpalmente no forte do floresctmeB- to.

A ervilha para grão é uma en- tra qualidade menos lamalhuda; en

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se rnmem og gríos verdes debiilhau- do-08, ou se deixa aeccar o pé. ma- Ihando-ae-u no terreiro, tal coniu u feIJSo.

AS 1’IMKNTAS

Aa pimenteiras sdo plantas muito bonitas; enfeitam as bortas. Plan- íam-se de semente on iio loitut le- íiiiltlvo ou em viveiros pata trnns- plantaçilo. deixando um em ea- da cdva, â distancia de cinco pal- mos cm quadra, O pimentão pode ser plantado mais juuto. de dois a ires palmos. Gostam muito do boas e repetidas régas.

De Agosto a Noveinliro 6 quun do se plantam. A mnliguef.t pinino- na, a grande-, a cumar.v, a de chei- ro. o pimentão doce e o ordíd'> nôo devem faltar niima L>rta mesmo <|iie nSo seja de bahiaiio. l'.'i nas iiiiSBas paulistas, pelo menos, que nfto faltem a' malagueta ou a cii- mary e o pimentão d >i-e,

Para fascr nm bom vidro d" conserva, escolbem-s-i as plmeatas hem madnras. tlram-sc os cablnlios, ferventa-se ilgelramentc em peque, na quantidade dc salmoura, pBc-se mim vidro, que se -uche com vina- gre de vlnbo — nJu di.sso que o oommerclo Impinge como vinagre— depola de escorrer naturalmcnti a salmoura edespe]a-se aseite no gr.<-- galo do vidro, para evitar o con- tacto com 0 ar. Também vm vez da salmoura e do vinagre, rdde-se de entrada, ferventar a pimenta em caldo de limão com sal. Bsta con- serva é mais sujeita a omh-ilonir do que a outra.

Das malaguetas grandes, por ser niaU facil tirar as sementes, fas-se •paprica". Cortam-se pelo melo ti- ram se as sementes, que se põem no sol ou no forno brando, secean- do ou moendo e penctnndo, aoccan-

do ou moendo e penetrando o pô que faz até pedras chorar.

t'oni as plmentaes encérro a ca- cetada sobre algumas das plantas maU corriqueiras, que não devem faltar numa horta para nas fazen- das uâo se ter,^ eterna queixa de “não ter o que comer” e ua cida- de não Se estar na dependencia de verdiirelros esfoladores, que condu- zem II que impingem A (reguezia cm iniinuudns caiToqus. qin* servem, “UQs horas vagis", para triinspon- de lixo fresco para as hortas, “iu-_ grediente" esse ao qual cabe gran- de culpa da <Il«scmlnai;ao dos ver- iiics Intesfinaes c do typho.

XSo ha fundo de quintal onde não caiba um canteira. Nio ha muro que ii3o sirva paru "ijoleiro" de uui pé de chuchu'. Quem não tem sua hortaliça em casa, se tem dinheiro para pagar um hortelão em vez dc um ou dois Jardiuelro.i é, é... porque... não tem tempo; se pobre porque perde o tempo, que podia bem aproveitar, zelando por tabeliã, da saude, plantando qual. quer coisa, na taberna ou falando mel do vizinho, do patrão e do Be- glmen que faz nossa felicidade.

AIPYM

... é a mandioca mansa. Ha o gerama de “ovo”, o “mantlega", o “c6r de rosa” e outros, rianta-se em qualquer tempo, dc estaca co- mo a mandioca, mas. os luezes mais apropriados são de fins de .Tiilbo a Outabro.

ü aipym com melado, com mel. no cozido, como aopa, assado no borralho, de qualquer modo é um petisco que os comilBea de todas as edades não desprezam e que nas hortas Dão dã outros trabalhos a não ser cavar o canteiro, estercal- 0, plantar c... colher. Conhece-se 0 nlpym pela casca, que tem a pel-

licula escura bem grudada, desta- caudo-se inteira, facilmente, da "came“ quando cozido. A mandioca brava, que, como é sabido, coutem forte veneno e tem a casca pegada, não se destaca como a do aypiin.

BATATA DOCE

Jd nos referimos a este paiol c agora sú queremos lembrar que não deve faltar em horta de pobre por- que apesar de muitu gostosa nSo é “chlc” para o rlco de hoje co- mer. talvez porque antigamente houve um doce dessa batata que se cliiimnva “litigun ilc mulata”,

HEPOLIIO

K' parente da couve. 0 melhor é 0 troDchudo. E' enjoado pura dar boas mudas, requerendo multo cui- dado no viveiro, que preclaa ser coberto com esteira quando o sol é multo quente e quando chover grosso. Stíinela-se de Dezembro a Fevereiro. Com mez e melo a dois mezes muda-se cada pé de dois a tres palmas um do outro, em can- teiro bem estrumado,

Ha 0 “roxo”, o “de York", o “corado de boi”, o de ”íodo o an- uo”, stc.

Faz-se 0 chucrute tirando o tallo do repolho, pleando-o de atraves- sado, bem fino, pondo em barricas ou em latas, as camadas com bas- tante sal, soccado com pimenta do reino e um pouco de oumlnho c ou- tros temperos, como salsa, cebolla, alho, collocando.se uma taboa com peao para que afunde na salmoura da própria humidade que se for- ma. Assim dura muito tempo. 0 tempero vae do gosto dos allemães e de outros gulosos das mais di- versas naeiiinalldadcs.

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De se terem dentes mais br2Uticos,mais limpos, mais

protegidos

Todos elles descobertas recentes

A sciencia dental tem procurado meios para melhorar a protecçüo dos dentes.

Todos os velhos methodos demonstraram ser inadequados. Os soffrimentos com os dentes augmentavam constantemente e muito poucos escapavam. Viu-se menos dentes lin- dos que agora.

Investigações dentarias descobriram as causas e oríginaram-se cinco novos meios de as corrigir.

essa pellicula. O effeito dum delles é coalhar a pelUcida, o outro remove-a sem necessidade de escoriações que damnificam. Authori- dades competentes demonstraram a efhcien- cia destes meios os quaes foram encorpora- dos n’uma pasta para dentes chamada Pep- sodent e os dentistas de todo o mundo começam a aconselhar o seu uso.

Outros essenciaes

O principal inimigo Encontrou-se que o principal inimigo dos

dentes era a pellicula—essa pellicula viscosa que sente. Agarra-se aos dentes, entra nas cavidades e fendas e fica.

Manchas causadas por alimentos, etc., em breve a descoram e forma então manchas escuras. A pellicula é a base do tartaro. £ assim que a maior parte dos dentes estão mais ou metros nublados.

A pellicula também prende partículas de alimentos que fermentam e produzem ácidos. Segura os ácidos em contacto com os dentes causando cariação e microbios geram-se aos milhões os quaes, com o tartaro, são a causa principal da pyorrhela.

Uma grande parte fíca intacta Os velhos methodos de limpeza dos dentes

deixavam uma grande parte da peUicula in- tacta para nublar os dentes e dia e noite causar estragos sérios.

Encontraram-se dois meios de combater

Proteja o EUmalte Pepudent Repara aa parteR Interrant«R da

pellicula c remove-aM cnm um aiceote bem roalR brando qoe o cemalte. Tara combater a pellicula nunca oee preparacãea que contenham pó aencro.

O t/entifncio do novo-dia Fm combateste eelentlQeo da pellienla que

faz o« denteR braneoR, llmpa-os e prolefre-os aem necpHRldade de «e eeeovarem perlsoRamente. Seeommendado hoje por princlpaee dentietati de todo 0 mundo. A venda em toda a parte em doia tamanhoe.

A blRnaca zrande contem daae veze« mai» qne a pequena ofTerecendo aselm nma grande econo- mia ao comprador.

Achou-se que eram necessários outros ef- feitos e descobriram-se meios para os con- seguir. Todos elles estão agora encorporados no Pepsodent.

Pepsodent estimula o fluxo da saliva, o grande agente da Natureza para proteger os dentes.

Multiplica a alcalinidade da saliva para que esta possa melhor neutralizar os ácidos da boca, a causa da carie dos dentes.

Multiplica o amido digestivo da saliva para melhor digerir os depositos de amido que se formam nos dentes e que no contrario podem fermentar e produzir ácidos.

Aliza os dentes e assim a pellicula não se agarra com facilidade.

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Um dos resultados é dentes mais brancos. Veem-se em toda a parte—dentes que Vs. Sa. talvez inveja. Porem isto não é mais que um signal de dentes mais limpos, mais protegi- dos. Manchas causadas pela pellicula, ácidos e depositos são combatidos com succésso.

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Minhas Senhoras!

Todos sabem que Certos Terríveis Padecimentos e as mais Perigosas Per- turbações Genitaes são Soffrimentos que perseguem grande numero de Mulheres.

Quantas vidas cheias de desgostos e pezares, quantas lagrimas, quanta tfisteza e quantos desenganos produzidos p>or estas tão dolorosas Enfermi- dades!!

Quantas Senhoras Solteiras, Casadas ou Viuvas, que padecem de tão terríveis Doenças!!

Quanta Mãe de Familia se considera infeliz, por sofTrer assim! Quem tem a infelicidade de soffrer do Utero sabe bem o que é padecerll Palpitações do Coração, Aperto e Agonia no Coração, Falta de Ar, Sufo-

cações, Sensação de Aperto na Garganta, Cançaços, Falta de Somno, Falta de Apetite, incommodos do Estomago, Arrotos Frequentes, Azia, Boca Amarga, Ventosidades na Barriga, Enjôos, Latejamento e Quentura na Cabeça, Peso na Cabeça, Pontadas e Dores de Cabeça, Dores no Peito, Dores nas Costas, Dores nas Cadeiras, Pontadas e Dores no Ventre, Tonturas, Tremuras, Exci- tações Nervosas, Escurecimentos da Vista, Desmaios, Zumbidos nos Ouvidos, Vertigens, Ataques Nervosos, Estremecimentos, Formigamentos Súbitos, Caimbras e Fraqueza das Pernas, Suores Frios ou Abundantes, Arrepios, Dormências, Sensação de Calor em Differentes Partes do Corpo, Vontade de Chorar sem ter Motivos, Enfraquecimento da Memória, Moleza no Corpo, Falta de Animo para Fazer qualquer Trabalho, Frio nos Pés e nas Mãos, Manchas na Pelle, Certas Coceiras, Certas Tosses, Ataques de Hemorroidas, etc. Tudo isto pode ser causado pela inflamação do Utero. I

Até o Genío da Mulher pode ficar alterado e ella de

alegre que era, passa a ser triste, aborrecida, zangando-se

facilmente pelas cousas mais insignificantes!

inflamação do Utero, o Catarro do Utero causado pela inflamação, Anemia, Palidez, Amarelidão e Desarranjos Nervosos causados pelas Moléstias do Utero, a Pouca Menstruação, as Dores e Cólicas do Utero e Ovários, as Hemorragias do Utero, as Menstruações Exageradas e Muito Fortes ou Muito Demoradas, as Dores da Menstruação, as Ameaças de Aborto e as Hemo- iToidas causadas pelo Peso do Utero inflamado!

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