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Curso Prof. Técnico Apoio Gestão Desportiva (10ºE) PAFD - Praticas Atividade Física Desportiva Prof. Rui Pinto Módulo de Nat ação 2012-13

PAFD - Praticas Atividade Física Desportiva

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Índice

1. Origem .......................................................................................................................................................................................... 4

1.1. Origem natação paraolímpica ............................................................................................................................................. 4

1.2. Evolução dos fatos de banho .............................................................................................................................................. 5

2. Modalidades/disciplinas....................................................................................................................................................... 6

3. Prática da modalidade ......................................................................................................................................................... 7

3.1 Tipos de intervenientes........................................................................................................................................................ 7

4. Adaptação ao Meio Aquático (AMA) ................................................................................................................................... 9

5. Natação Pura ....................................................................................................................................................................... 9

5.1 Estilo Crol ....................................................................................................................................................................... 10

5.2 Estilo Costas................................................................................................................................................................... 11

5.3.3 Braços ................................................................................................................................................................................ 11

a) Fase Submersa ou propulsiva… ....................................................................................................................................... 11

b) Fase aérea ou de Recuperação… .................................................................................................................................... 12

5.4 Estilo Bruços................................................................................................................................................................... 12

5.5 Estilo Mariposa ............................................................................................................................................................... 12

5.8 Viragens.................................................................................................................................................................................... 13

5.8.1 Tipos de Viragens .............................................................................................................................................................. 13

a) Simples .............................................................................................................................................................................. 13

b) Olímpica ............................................................................................................................................................................. 14

c) Execução da viragem ........................................................................................................................................................ 14

5.9 Distâncias/Estilos............................................................................................................................................................... 14

6 Vestuário ............................................................................................................................................................................ 15

7 Regras para as instalações ............................................................................................................................................... 15

7.1 Medidas oficiais – p iscinas ................................................................................................................................................ 15

7.1.1 Piscinas de natação ........................................................................................................................................................... 15

a) 25 metros ou 50 metros..................................................................................................................................................... 15

a.1) Tolerância nas Dimensões...................................................................................................................................................... 15

a.2) Profundidade ........................................................................................................................................................................... 16

a.3) Pistas....................................................................................................................................................................................... 16

a.4) Temperatura ............................................................................................................................................................................ 16

8. Condições de segurança na Natação ............................................................................................................................... 16

Para os pais das crianças (segurança) .......................................................................................................................................... 16

9. Materiais e equipamentos específicos da natação: .......................................................................................................... 17

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9.1 Materiais e equipamentos para piscinas de competição .................................................................................................. 17

10 Benefícios da prática da natação ...................................................................................................................................... 17

11 Sinalética utilizada nas piscinas ........................................................................................................................................ 18

11.1 Exemplos de locais que devem ter sinalética identificadora numa piscina: ..................................................................... 19

12. Sistema tático na natação ................................................................................................................................................. 19

Estratégia e Tática: Existem na Natação? ........................................................................................................................... 19

12.1 Estratégia em Natação Pura Despor tiva ........................................................................................................................... 20

13. Referências bibliográficas.................................................................................................................................................. 21

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1. Origem

Os primeiros vestígios históricos que fazem referência à natação apareceram no Egito, no ano 5000 a.C.,

nas pinturas da Rocha de Gilf Kebir. Nesta época a arte de nadar estava incluída na educação dos egípcios. A

Natação surgiu por volta de 2500 a.C.. Na Grécia antiga e na Antiga Roma, a natação fazia parte do treino militar.

O simples facto na altura de saber nadar proporcionava um "status" social superior .

Quanto à natação desportiva nos Jogos Olímpicos antigos, não existe uma persistência da sua prática, a

verdade é que as competições de natação são algo pouco frequente, mas para os militares existe uma grande

importância no treino militar e como medida recuperadora para os atletas. Em Roma a natação faz parte da

educação dos romanos, existindo uma visão mais recreativa da água, exemplo disto é que dentro das suas termas,

existiam piscinas com mais de 70 metros de comprimento.

Durante a Idade Média o interesse pela natação começa a descer em grande parte devido ao pouco

atendimento que se mostra relacionado com o corpo humano. Só nos países do norte da Europa se vê como uma

atividade benéfica.

No Renascimento, a prática da natação volta a parecer do período de obscurantismo a que esteve submetido

durante a Idade Média e considerasse-a como uma atividade idónea dentro das atividades físicas . Como fruto

desta conceção, surgem os primeiros livros referentes à natação, como o livro do alemão Nicholas Wymman (1538) em

que se poderá ler “O nadador ou a arte de nadar, um diálogo festivo e divertido de ler”. Este livro, escrito em latim, é

considerado o primeiro documento dedicado apenas à natação. A primeira referência em espanhol, não aparece até o

ano 1848, de uma obra anónima que consiste numa junção de artigos do livro do auto francês Thevenot publicado em

1696.

Foi em 1896, nos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna , em Atenas, que a natação passou a ser

considerada um desporto olímpico .

Atualmente e após várias evoluções ao longo de muitos anos, a natação pura é nadada nos estilos livre,

costas, bruços e mariposa.

1.1. Origem natação paraolímpica

A natação Paraolímpica está presente no programa oficial de competições

desde a primeira Paraolimpíadas, em Roma, 1960.

A entidade que controla a natação Paraolímpica é o IPC – International

Paralympic Committee, com atribuições semelhantes à FNA. Coordena as principais

entidades desportivas internacionais que estabelecem as adaptações específicas

para seus atletas: CP – ISRA (paralisados cerebrais), IBSA (deficientes visuais),

INAS-FID (deficientes mentais), IWAS (cadeira de rodas e amputados).

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1.2. Evolução dos fatos de banho

A natureza é uma excelente fonte inspiradora para o desenvolvimento de produtos com alto grau tecnológico.

O exemplo mais recente é o Fast Skin, um fato de banho desenvolvido especialmente para competições e que tem o

seu conceito baseado nas caraterísticas da pele dos tubarões.

A tecnologia está intimamente ligada à melhoria das marcas e resultados obtidos pelos atletas profissionais.

Entre as inúmeras inovações colocadas em prática nos

últimos anos, uma das mais importantes foi o

surgimento de novos maiôs (fatos de banho) para a

natação.

Imagina que em 1900 os fatos de banho

utilizados pelos nadadores pesavam cinco quilos.

Foi a Speedo que fabricou os primeiros fatos

de banho de seda, mudando completamente o conceito

da natação. Na década de 50, a empresa volta a inovar

e fabrica o primeiro fato de banho de nylon licra.

A nova guinada para a natação de competição acontece na Olimpíada de Barcelona (1992), quando a

Speedo muda o conceito dos fatos de banho, acabando com o conceito de que

quanto menos roupa, melhores resultados seriam alcançados.

O modelo revolucionário chamava-se S 2000 e caracterizava-se por

ser feito de microfibra e elastano, cobrindo mais o corpo. Passados quatro anos,

na Olimpíada de Atlanta (1996) é lançado o fato de banho Aquablade. O modelo

representava uma novidade, apresentando menor resistência na água, se

comparado à pele humana. Destaque para o fato de o tecido ser listrado, com aplicações de resinas que repelem a

água, melhorando a velocidade e reduzindo a resistência, permitindo que o nadador deslize com maior facilidade.

Uma das versões disponíveis recobre o

corpo ao máximo, incluindo os joelhos,

proporcionando um menor atrito com a água. Pela

primeira vez as pernas são cobertas nas roupas

de performance.

Surge o Fast Skin após quatro anos de

trabalho, que contou com o apoio do Museu de

Ciências Naturais de Londres, equipas formadas

por técnicos especializados em várias áreas e um

grupo de elite de nadadores, todos campeões

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olímpicos e mundiais, desenvolvendo-se o novo fato de banho para competição. A missão principal era fabricar um

produto mais rápido e melhor.

O foco que foi tomado foi partir para a observação da natureza. Os estudos direcionaram-se para o tubarão,

que é a criatura mais rápida na água, apesar de não ser hidrodinâmico assim como o homem. Decidiu-se então imitar o

desenho do tubarão, sendo que o seu segredo são os dentículos parecidos com aerofólios e sulcos com formato em

"V", que têm como função reduzir o arrasto e a turbulência ao redor do corpo. Os

dentículos ainda direcionam o fluxo de água sobre o corpo e permitem que a água

passe sobre o tubarão de maneira mais eficiente.

O Fast Skin agrega estas características, além de ser um fato de banho em 3

D (três dimensões). Por dois anos consecutivos efetuou-se em competições por todo o

mundo, o scanner dos atletas em 3D. A partir destes dados definiu-se que o fato de

banho não poderia ser plano, e sim ter um volume baseado na média dos corpos dos

atletas. O tecido utilizado imita a pele do tubarão e é composto por fibra de nylon com

elastano, contando com a máxima elasticidade. Não há qualquer excesso de tecido,

tornando a roupa o mais agarrada possível. O contorno é dinâmico e a modelagem foi desenvolvida para fazer todos os

movimentos. Outras características importantes são o formato que acompanha o movimento do tronco (centro do corpo)

e a não alteração na temperatura do corpo humano.

- Costuras especiais -

Os músculos, quando trabalham vibram. Este processo natural não pode ser impedido pelo fato de banho. A

solução foi fazer costuras que imitassem os tendões humanos. Desta forma, a costura passou a ser super elástica,

executada com um sistema exclusivo que utiliza 20 vezes mais linha que a costura normal. O processo de fabricação

de uma peça demora oito vezes mais que uma peça normal.

2. Modalidades/disciplinas

Fig. 1. Pólo aquático Fig. 2. Saltos para a água Fig.3. Mergulho Fig.4. Nat. Sincronizada Fig. 5. Águas abertas

Como atividade recreativa, a natação é muito difundida. Muitos nadadores entram na água apenas para se

divertir, tanto em piscinas artificiais como nos mares, lagos e rios. Embora os estilos de natação também sejam

utilizados no lazer, é muito comum que os nadadores recreativos utilizem estilos menos técnicos, geralmente mantendo

a cabeça fora de água.

Porém, existem seis modalidades/disciplinas distintas na especialidade de natação:

Natação pura: também conhecida por natação desportiva, é a prática da natação de competição em

piscina, envolvendo os quatro estilos básicos: crol, bruços, costas e mariposa.

Pólo aquático: é um desporto coletivo, semelhante no princípio básico do handebol. As equipes devem

tentar jogar a bola dentro da baliza adversária, defendido pelo guarda-redes, mas é praticado dentro de uma piscina.

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Saltos para a água ou saltos ornamentais: são os nomes dados ao conjunto de habilidades que envolve

saltar de uma plataforma elevada ou trampolim em direção à água, executando movimentos estéticos durante a queda.

Águas abertas: Designa-se por natação de águas abertas, natação de alto mar, natação de águas

livres, natação de longa distância ou natação de fundo a natação de grandes distâncias, realizada em lagos, rios ou

mar aberto. Normalmente, toma a forma de travessias ou provas de mar. Dadas as grandes distâncias percorridas, é

por vezes designada por maratona aquática, embora não sejam disputadas distâncias iguais à longa corrida terrestre

de mais de 42 km.

Natação sincronizada: é uma modalidade híbrida, que inclui conceitos da natação, da ginástica e da

dança, consistindo aos nadadores (indivíduos, duetos, trios, equipes ou combos) executar uma rotina sincronizada de

movimentos elaborados e dramáticos na água, acompanhada de uma música.

A natação sincronizada exige habilidades de primeira ordem na água ao exigir força, resistência, flexibilidade,

benevolência, arte e o sincronismo preciso, sem mencionar o controlo excecional da respiração quando estiver de

cabeça para baixo na água. Desenvolvido na década de 1900 no Canadá, é um desporto executado quase

exclusivamente por mulheres, embora haja alguma participação de homens.

Mergulho Aquático: é uma prática muito antiga que consiste na exploração submarina utilizando-se ou

não de equipamentos especiais. Existe vários tipos de mergulho, nomeadamente, mergulho dependente; mergulho

livre; mergulho autónomo.

Masters: é uma categoria da natação para atletas acima de 25 anos. O objetivo desta modalidade é a

manutenção dos amantes da natação em atividade. Nadadores que tenham abandonado a alta competição podem

usar esta categoria para continuar a praticar a modalidade, englobando três modalidades: Natação Pura, Pólo Aquático

e Águas Abertas.

3. Prática da modalidade

3.1 Tipos de intervenientes

A competição de natação envolve um inúmero grupo de intervenientes com funções distintas e que

passamos a identificar:

a) Praticantes

b) Enquadramento técnico que deverá estar assegurado pelos seguintes elementos:

Chefes da Delegação

T reinador Absoluto

T reinadores adjuntos

Fisioterapeuta

c) Arbitragem

Nos Jogos Olímpicos, Campeonatos do mundo e Taças do Mundo, o Bureau da FINA nomeará o seguinte

número mínimo de membros de Júri para o controlo das competições: (http://www.ands.pt/AdvHTML_Upload/Ficheiros/Arbitragem/Regras% 20da% 20FINA.pdf)

√ Juíz árbitro (1)

√ Juízes de estilos (4)

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√ Juízes de partidas (2)

√ Chefe de Juízes de Viragens (2, 1 em cada topo da piscina)

√ Juiz de viragens (1 em cada topo de cada pista)

√ Chefe cronometrista (1)

√ Cronometristas (3 por pista)

√ Anotador Chefe (1)

√ Anotador (1)

√ Juízes de chamadas (2)

√ Encarregados do festão1 de falsas partidas (1)

√ Locutor (1)

Quando não existir aparelhagem automática, esta será substituída por:

√ Chefe cronometrista (1)

√ Cronometristas (3 por pista)

√ Cronometristas de reforço (2)

Para todas as outras competições internacionais, a entidade responsável pela competição designará o mesmo número ou

um número menor de elemento do Júri, sujeito à aprovação da respetiva autoridade regional ou internacional, conforme o caso.

(regras da fina. Cap II, sw 1.2.2)

d) Patrocinadores

Entidades que investem nos clubes e na federação de natação.

e) Público

Os adeptos e simpatizantes da natação;

f) Forças de segurança

1 Conjunto de bandeirolas que atravessam a piscina e que se encontra suspensas nos primeiros metros. Serv e para anular uma

eventual falsa partida. Quando isso acontecer o responsável deixa cair as bandeirolas na água.

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As forças de seguranças são as pessoas que impedem que haja invasão nas piscinas por parte do público e, ainda, dentro

das forças existe um nadador salvador que protege os nadadores de se afogarem.

g) Industrias associadas a Natação

São indústrias que produzem e vendem equipamentos e matérias necessários para a prática da natação como óculos,

toucas, fatos de banho, relógios e muito mais.

4. Adaptação ao Meio Aquático (AMA)

Consiste em ambientar o praticante ao meio líquido, estabelecendo uma relação segura com a água, de modo a

tornar a convivência com o meio aquático da maneira mais agradável possível.

Assim, identificamos alguns passos importantes, pelos quais os novos praticantes de natação devem passar,

por forma a terem a melhor adaptação ao meio aquático possível.

1. Sentir-se à vontade dentro de água:

Entrar na piscina voluntariamente;

Não se agarrar às paredes e/ou separadores;

Ir até onde tem pé sem medo.

2. Ser capaz de flutuar em equilíbrio:

Em decúbito dorsal e ventral;

Manter o corpo em extensão;

Manter o corpo á superfície da água;

Não procurar o equilíbrio vertical rapidamente.

3. Coordenar a inspiração com a expiração:

Expirar pelo nariz ou boca quando imerge;

Inspirar pela boca quando emerge.

4. Abrir os olhos em imersão

5. Inspirar/expirar em situações propulsivas

6. Saltar de pés

7. Saltar de cabeça a partir da posição de pé:

Saltar para cima e para a frente;

Entrar na água com o corpo em extensão/ cabeça no meio

dos braços;

Entrar em primeiro lugar dos membros superiores, cabeça,

tronco, membros inferiores e por último pés.

5. Natação Pura1

Foi em 1896, nos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, em Atenas, que a natação passou a ser

considerada um desporto olímpico.

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Atualmente e após várias evoluções ao longo de muitos anos, a natação pura é nadada nos estilos crol,

costas, bruços e mariposa.

5.1 Estilo Crol

O atleta nada em posição ventral (barriga voltada para o fundo da

piscina) e move os braços, paralelamente ao corpo, num movimento rotativo

(quando um braço avança o outro recua), enquanto bate as pernas, também

alternadamente. O estilo livre/crol compete-se em distâncias de 50m, 100m,

200m, 400m, 800m e 1500m.

O nadador tem de tocar na parede com qualquer parte do corpo , ao completar cada percurso (viragem) e na

chegada.

O estilo crol é o estilo mais rápido e, por isso, unânime entre os competidores nas modalidades de estilo

livre. De rápida assimilação, o estilo crol também é o primeiro a ser ensinado pela semelhança com atividades comuns do

ser humano, como correr, por exemplo.

No estilo crol, os braços realizam uma espécie de “S” alongado quando estão submersos e são responsáveis

pela maior parte da propulsão . O movimento dos braços é alternado assim como o das pernas, para cima e para baixo um

braço/perna de cada vez. A braçada é dividida em fase aérea (recuperação*) e aquática (propulsiva **).

As pernas, em média, têm apenas 25% de participação na

propulsão, contudo, os membros inferiores não se restringem à propulsão;

são responsáveis também pelo equilíbrio e sustentação . Portanto, a pernada

no estilo crol cria pouca propulsão se comparada com a braçada, porém, ela

equilibra o nado e mantém o corpo na horizontal (a coordenação dos

movimentos de braços e pernas pode ser: seis batidas de pernas por uma braçada

(velocistas), quatro batidas de pernas por uma braçada (meio fundistas) e duas

batidas de pernas por uma braçada (fundistas)).

A respiração no estilo crol pode acontecer de forma unilateral ou bilateral. Caso a proporção de braçadas

em relação à respiração seja de 2×1 ou 4×1, é unilateral. Nas proporções 3×1 e 5×1, é bilateral. A respiração acontece

nos intervalos entre as braçadas, mais precisamente quando um dos braços está no meio do movimento submerso e o

outro está se aproximando da água.

5.1.1 Braços

a) Fase aérea – Recuperação*

Subdividida em…

Saida: mãos e braços precisam ser elevados. Isso acontece quando

há o rolamento do corpo, o primeiro a sair é o cotovelo e ele deve permanecer

elevado, sempre mais alto do que a mão.

Recuperação: é feita de maneira relaxada, acima da água, cotovelo

alto. Essa fase não auxilia na propulsão, mas pode afetar o nado se for feita

incorretamente. O movimento precisa ser suave, eficiente e confortável. A

flexibilidade do ombro é fundamental. Quanto maior a liberdade de rotação do

ombro, melhor será o desempenho.

Entrada: mão entra primeiro, cotovelos elevados.

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b) Fase aquática- propulsiva**

Subdividida em…

Agarre: a fase em que a mão entra na água. Os dedos devem estar unidos, e o punho ligeiramente flexionado.

Ela precisa entrar “cortando” a água, em um ângulo de aproximadamente 45º graus com a água.

Tração: segue-se o agarre até que a mão chegue na linha do ombro. É o momento de criar a propulsão. Para

isso, tem que haver pressão suficiente criada na superfície da mão e no antebraço. Palma da mão voltada para trás,

cotovelos flexionados e elevados. Nessa etapa se inicia o rolamento corporal.

Empurre: acontece para fora e pra trás. Transição suave e imperceptível. Muitos nadadores deixam de fazer

essa fase, retirando antecipadamente as mãos da água e perdendo propulsão.

5.2 Estilo Costas

O estilo costas tem uma técnica semelhante ao crol, exceto que é praticado com as costas

voltadas para o fundo da piscina. O estilo costas compete-se em distâncias de 50m,100m e 200m.

Antes do sinal de partida, os nadadores deverão alinhar dentro de água face aos blocos de

partida, com ambas as mãos nas pegas dos mesmos.

Durante a viragem o nadador deve tocar a parede com qualquer parte do corpo . Poderá passar

para a posição ventral (peito para baixo), rodar e de seguida terá de retomar a posição de costas.

Ao terminar a prova, o nadador deve tocar a parede na posição de costas.

5.3.3 Braços

A ação dos braços no nado costas é alternada. A braçada é propulsora no nado e divide-se em duas fases:

submersa ou propulsiva e aérea ou recuperação.

a) Fase Submersa ou propulsiva - subdivide-se em …

Agarre: é a base da fase propulsiva. O movimento começa com o braço dentro da água, mão na mesma linha

do ombro, braço estendido. A mão faz uma trajetória para baixo. Nesse estágio começa o rolamento do ombro.

Tração: a braçada com os cotovelos flexionados está comprovada cientificamente ser mais eficiente.

Antebraço e mão voltados para os pés, o ângulo entre o braço e o antebraço diminui quase até um ângulo reto. Ao

atingir o nível do ombro, a tração vai até que o braço e mão alcancem simultaneamente o plano lateral do ombro. É

muito comum entre os iniciantes a braçada ser feita de forma reta, mas isso diminui o efeito propulsivo e de deslize.

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Empurre: a mão é que conduz o movimento. Palma da mão empurra a água para os pés, no final do estágio

propulsivo. Com os braços estendidos, a palma das mãos devem estar voltadas para baixo.

b) Fase aérea ou de Recuperação, subdivide-se em…

Saída: rotação do braço para dentro. Com a mão com o polegar para cima, os braços se movimentam

verticalmente e para cima sempre na mesma linha do corpo. Rotação medial do braço para fora da água para que o

dedo mínimo faça a entrada da mão novamente na água. A flexibilidade do ombro é fundamental.

5.4 Estilo Bruços

No estilo bruços, o atleta nada de peito voltado para o fundo da

piscina, movendo os braços simultaneamente, "puxando" a água da frente para

trás e ao mesmo tempo abre e fecha as pernas também sincronizadas. O

estilo bruços compete-se em distâncias de 50m, 100m e 200m. Bruços é o

mais antigo dos estilos de natação de competição. Já no século XVI, havia uma

maneira de nadar com os movimentos dos braços parecidos com o atual nado.

Naquele período, no entanto, os pés ainda eram batidos alternadamente (igual

a estilo Crol). Desse método é que originou o nado de bruços. Em 1798, o

nado de bruços já era o estilo mais praticado em toda a Europa.

Em cada viragem e no final da prova, o toque na parede deve ser feiro com ambas as mãos simultaneamente,

acima ou abaixo da superfície da água.

5.5 Estilo Mariposa

No estilo mariposa, o nadador está com a barriga voltada para o

fundo da piscina, rodando os braços lateral e simultaneamente e batendo as

pernas juntas. É para muitos o estilo mais complicado de nadar e que requer

maiores índices de força, mas de longe o mais bonito de se ver por ser parecido

com o nado de um golfinho. O estilo mariposa compete-se em distâncias de

50m, 100m e 200m.

Em cada viragem e no final da prova, o toque na parede deve

ser feiro com ambas as mãos simultaneamente, acima ou abaixo da

superfície da água.

5.6 Estilos

Na prova de estilos individual, o nadador executará os quatro estilos pela seguinte ordem:

Mariposa, Costas, Bruços e Livre.

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Na prova de estafeta de Estilos, os nadadores executarão os quatro estilos pela seguinte ordem:

Costas Bruços, Mariposa e Livre. Cada equipa é constituída por quatro elementos.

5.7 Partidas

A partida nas provas dos estilos livres, bruços e mariposa será

efetuada por meio de salto. Ao apito prolongado do Juíz-Árbitro, os

nadadores devem subir para o bloco de partida e aí permanecer. À voz de

“aos seus lugares”, do Juíz de partida, devem colocar-se imediatamente em

posição de partida, com pelo menos um pé na parte da frene do bloco. A

posição das mãos não é relevante. Quando todos os nadadores estiverem

imobilizados, o Juíz de Partidas deve dar o sinal de partida.

A partida para as provas de Costas e Estafetas de estilos, será

efetuada dentro de água. À primeira apitadela longa do Juiz-Árbitro, os

nadadores deverão entrar imediatamente na água. À segunda apitadela longa,

os nadadores deverão colocar-se, sem demora indevida, na posição de

partida. Quando todos os nadadores estiverem na posição de partida, o Juiz de

Partidas dará a voz “Aos seus lugares”. Quando todos os nadadores estiverem

imóveis, o Juiz de Partidas dará o sinal de partida.

Qualquer nadador que parta antes do sinal de partida ser dado será

desclassificado. Se o sinal de partida soar antes da desclassificação ser declarada, a prova continuará e o nadador ou

nadadores serão desclassificados após a prova terminar. Se a desclassificação for assinalada antes do sinal de partida,

o sinal não será dado, os restantes nadadores serão mandados para trás e proceder-se-á a nova partida.

As saídas feitas do bloco têm o objetivo de impulsionar o nadador à frente rapidamente e o com maior impulso

possível para ganhar velocidade logo no começo do nado. Para isso, o atleta deve saltar na água em direção a um

ponto como se tivesse um arco e o nadador fosse entrar por ele. O vôo deve ser o mais prolongado possível. Depois

vem o contato com a água, o corpo fica numa posição estendida, a cabeça flexionada entre os braços, quase junta ao

peito. A entrada na água começa pela ponta dos dedos com uma leve inclinação do corpo para favorecer o

deslizamento. Deve-se tentar saltar de modo que todo o corpo entre no mesmo ponto onde entrou a mão para que não

aconteça a famosa “barrigada” que atrapalharia, e muito, o salto.

5.8 Viragens

5.8.1 Tipos de Viragens

a) Simples – Uma mão toca a parede e a outra permanece

atrás. Gire o corpo colocando os pés na parede da piscina. As pernas ficam

flexionadas e deve-se lançar o braço que tocou a parede por cima da cabeça

em direção à outra mão que permaneceu na água, para realizar o deslize. Com

todo o corpo estendido, o movimento de impulso da parede só pode ser feito

após essa posição estar ótima.

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b) Olímpica – o nadador aproxima-se da borda, gira o tronco para ficaram voltado para baixo, impulsiona as

pernas na parede e realiza o deslize com os braços estendidos para frente.

c) Execução da viragem

Para ser executada de maneira correta, uma viragem depende de um bom

ponto de rotação ou toque bem calculado, uma rápida transição (gi ro) e um

deslize feito de maneira ótima.

1º. Aproximação: veloz em direção à parede, velocidade linear

transformada em velocidade rotatória (virada olímpica).

2º. Toque: No nado crawl não é necessário o toque das mãos, mas qualquer parte do corpo. No caso da

virada olímpica, o que toca a parede são os pés.

3º. Giro: Deve ser rápido, a cabeça deve estar junta ao peito, isso acelera ainda mais a rotação, o

movimento de impulso das pernas para cima em direção a borda, também auxilia nessa velocidade.

4º. Deslize: deve ser feito com uma profundidade em torno de meio metro.

5.9 Distâncias/Estilos

São reconhecidos como recordes Mundiais, em piscinas de 50 metros, as seguintes distâncias e estilos

para ambos os sexos:

- Livres 50, 100, 200, 400, 800 e 1500 metros;

- Costas 50, 100 e 200 metros;

- Bruços 50, 100 e 200 metros;

- Mariposa 50, 100 e 200 metros;

- Estilos individual 200 e 400 metros

- Estafetas de livres 4x100 e 4x200 metros;

- Estafetas de Estilos 4x100 metros

São reconhecidos como recordes Mundiais, em piscinas de 25 metros, as seguintes distâncias e estilos

para ambos os sexos:

- Livres 50, 100, 200, 400, 800 e 1500 metros;

- Costas 50, 100 e 200 metros;

- Bruços 50, 100 e 200 metros;

- Mariposa 50, 100 e 200 metros;

- Estilos individual 100 200 e 400 metros

- Estafetas de livres 4x100 e 4x200 metros;

- Estafetas de Estilos 4x100 metros

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6 Vestuário

a) O vestuário de todos os nadadores deve estar de acordo com a moral e ser apropriado para cada uma das

disciplinas e não podem usar qualquer símbolo ofensivo;

b) Não pode ser transparente;

c) O juíz-árbitro duma prova tem autoridade para excluir qualquer nadador cujo vestuário não esteja de

acordo com esta regra.

d) Antes que um novo vestuário de competição, novo modelo de nova conceção ou de nova textura seja

utilizado em provas, deverá, o fabricante submete-lo à consideração da FINA e obter a sua aprovação .

e) Os fabricantes deverão certificar-se de que os novos fatos de banho aprovados estão disponíveis

para todos os nadadores.

7 Regras para as instalações

7.1 Medidas oficiais – piscinas

Todas as provas disputadas sob as regras da FINA devem ser conduzidas em piscinas que cumpram todas as

medidas.

Também de modo a proteger a saúde e a segurança das pessoas que usam as piscinas para lazer, treino e

competição, os responsáveis das piscinas públicas ou piscinas reservadas só para o treino e competição devem

cumprir com os requisitos estabelecidos por lei e pelas autoridades sanitárias do país onde as piscinas estão sitiadas.

7.1.1 Piscinas de natação

a) 25 metros ou 50 metros

Quando são usadas placas eletrónicas de aparelhagem automática na parede de partida, ou adicionalmente na

parede de viragens, a piscina deve ter comprimento que permita a distância exigida de 25,0 m ou 50,0 m entre as

duas placas.

a.1) Tolerância nas Dimensões

► A distância requerida de 50,0 m pode ter uma tolerância de entre mais 0,03 metros e menos de 0,00 metros em

ambas as paredes extremas e em todos os pontos entre 0,3 metros acima da superfície da água até 0,8 metros abaixo

dessa superfície.

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► A distância requerida de 25,0 m pode ter uma tolerância de entre mais 0,02 metros e menos de 0,00 metros

em ambas as paredes extremas e em todos os pontos entre 0,3 metros acima da superfície da água até 0,8 metros

abaixo dessa superfície.

a.2) Profundidade

Para piscinas com blocos de partida é exigida a profundidade de 1,35m numa extensão de 1 a 6 m do cais

de partida. Em todo o resto da piscina é de 1m.

a.3) Pistas

As pistas devem ter pelo menos 2,5m de largura, com dois espaços de pelo menos 0,2 m, na primeira e

última pista, entre essas pistas e as paredes laterais .

A piscina deverá ter 8 pistas.

a.4) Temperatura

Devem situar-se entre os 25ºC e os 28ºC

8. Condições de segurança na Natação

§ Certifica-te que a piscina tem vigilância;

§ Usa chinelos para não escorregares e não apanhares doenças de pele;

§ Entra na água pela escada da zona de menor profundidade da piscina;

§ Usa óculos sempre que as condições da água o exijam, e com autorização prévia do teu professor,

§ Evita correr no espaço circundante da piscina;

§ Avalia a profundidade da piscina, deslocando-te junto das suas paredes, com o apoio de uma ou duas mãos;

§ Toma atenção à sinalização da piscina – pistas separadoras e diferentes zonas de profundidade;

§ Evita brincadeiras, não agarrando ou empurrando os colegas;

§ Obedece de imediato aos sinais do teu professor:

§.Presta atenção antes de mergulhar e certifica-te que é seguro fazê-lo;

§.Atenção para os riscos de sucção. Deve ser sempre utlizadas grades de proteção nos pontos de sucção e verificar com frequência o seu estado.

Para os pais das crianças (segurança)

Leva as crianças com frequência ao WC e verifique as fraldas. Não espere que as crianças peçam para

irem ao WC.

T roque as fraldas das crianças no balneário e nunca perto da piscina;

Lave as crianças com água e sabão antes de entrar.

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9. Materiais e equipamentos específicos da natação:

Óculos de Natação Touca

Fato de Banho Chinelos

Pullbuoy Haltere

Noodles/esparguetes Tapete flutuante

Barbatana para a natação

Prancha

Placa de natação

Ergómetro de natação

9.1 Materiais e equipamentos para piscinas de competição

Festão; Parede testa; Blocos de partida

Bancadas Torre de vigia Linha de flutuador

Bóias salva vidas

10 Benefícios da prática da natação

A natação contribui no desenvolvimento físico, ou seja, fortalece o grupo muscular;

Contribui no desenvolvimento psicológico e social;

Combate o stress e a obesidade;

Auxilia no tratamento de bronquite e asma;

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Melhora o condicionamento físico, pois oferece-nos diversos benefícios e á saúde;

Melhora a autoestima;

Diminui a gordura corporal;

Aumenta a força e a resistência muscular;

Diminui a frequência cardíaca em repouso;

Aumenta a ventilação pulmonar;

Diminui a pressão arterial;

Melhora o condicionamento cardiorrespiratório;

Melhora a coordenação, o ritmo, a flexibilidade e a agilidade;

Melhora o bem-estar;

Socialização;

Estimula os vasos sanguíneos;

Definição da silhueta;

Previne várias doenças.

Numa aula de natação existe um gasto calórico em média de 400 a 530 Kcal/hora. (A queima da gordura

depende do sexo, idade, metabolismo e o condicionamento de cada pessoa.)

11 Sinalética utilizada nas piscinas

A existência de uma sinalética clara, concisa, bem desenhado e posicionada adequadamente em todas as

áreas da instalação desportiva é essencial para orientar os utentes, por questões de segurança e de informação .

Devem ser considerados todos os aspetos que são suscetíveis de ter impacto sobre a segurança dos utilizadores e

colaboradores que exercem funções na piscina.

Além de sinalização em geral e de sinais específicos devem existir informação sobre:

1. Profundidade da água: visível perto da água e das escadas de acesso, para avisar os utentes da

profundidade do plano de água; a profundidade deve ser indicada numericamente, não bastando informar que a água é

profunda ou não.

2. Locais onde é proibido mergulhar (devido à profundidade da água)

Idealmente a informação deve ser dada tanto pictoricamente como textualmente. As letras devem ser

suficientemente grandes para serem claras para os que têm visão limitada, usando o contraste de cores para auxiliar a

visibilidade.

A sinalética começa na entrada e deve exibir:

1. Os horários de abertura e números de emergência

2. Direções claras para ajudar a circulação e orientação

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Deve ser considerado o fato das piscinas poderem ser utilizadas por deficientes visuais e também por

utentes que usam lentes de contacto, tirando-as antes de se deslocarem para a piscina., pelo que a sinalização deve

ser grande com cores contrastantes e de fácil leitura .

11.1 Exemplos de locais que devem ter sinalética identificadora numa piscina:

● Zona de banho ou zona de cais

● Tanques

● Solários

● Balneários e sanitários (masculinos, femininos, de grupo, infantis)

● Salas para os vigilantes, monitores técnicos e pessoal, encarregado da manutenção e administração,

● Sala de primeiros socorros

● Locais de guarda-roupa

● Arrecadação de material de animação e de treino.

● Zona de serviços técnicos:

● Espaços e as instalações para o tratamento da água, aquecimento de águas e climatização,

instalações elétricas e de difusão sonora,

● Instalações de combate a incêndios

● Zona de serviços complementares ou zona de público:

● Locais reservados para a comunicação social

● Áreas de bares e restaurantes,

● Salas de reuniões e de jogos

● Espaços complementares de animação e recreação acessórios da natureza funcional das piscinas

12. Sistema tático na natação

Estratégia e Tática: Existem na Natação?

A estratégia está presente em qualquer atividade humana. A estratégia é um dos fenómenos que não só dizem

respeito às guerras, à economia, mas também se manifesta constantemente em qualquer contexto social. A estratégia

é o projeto ou programa que se estabelece sobre uma determinada base, para alcançar o objetivo proposto.

A planificação estratégica é consubstanciada pela elaboração de planos estratégicos de intervenção que se

traduzem em modificações pontuais e temporárias (funcionalidade especial) da expressão tática de base do desportista

ou da equipa, isto é, da sua funcionalidade geral que se estabelecem em função dos conhecimentos e do estudo das

condições objetivas sobre as quais se realizará a futura confrontação desportiva (Castelo, J., 1998).

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Segundo Riera & Riera (2007) a estratégia está associada ao objetivo principal (os objetivos secundários

apenas têm sentido se ajudarem a alcançar o objetivo principal), à planificação (definimos uma planificação para o

imediato, a curto, médio e longo prazo), e à globalidade (na elaboração da estratégia presta-se atenção a todos os

aspetos que se consideram relevantes para alcançar o objetivo).

Quando falamos de estratégia individual, falamos de todos os fatores que incidem num desportista. Desta

perspetiva cada um pode ter uma estratégia (Riera & Riera, 2007). Na Natação Pura Desportiva o treinador e o nadador

estabelecem uma estratégica para cada competição, época ou mesma para a carreira desportiva. Os passos que

intervêm na elaboração de qualquer estratégia são similares, com independência do problema que pretendem resolver

e sempre de acordo com os pontos fracos e fortes de cada desportista.

12.1 Estratégia em Natação Pura Desportiva

O conceito de estratégia da atividade competitiva do nadador pressupõe o entendimento dos métodos

de utilização das técnicas para conseguir uma excelente marca em função da situação que se cria numa

determinada competição:

O próprio estado funcional.

O próprio estado psicológico.

Os adversários diretos.

As suas possibilidades.

O número de provas a disputar no mesmo dia.

As condições para aquecimento.

Condições para a mentalização psicológica.

E muitas outras…

Assim, depois de determinados e analisados os condicionantes, o objetivo principal prende-se com a

necessidade de elaboração e realização de uma variante de distribuição de forças que permita a utilização mais

oportuna do potencial funcional e técnico. Assim, devemos ter em linha de conta os seguintes aspetos (Platonov, 1994):

1. Estudar a essência e as principais particularidades das competições de natação, os seus programas, e os

seus fatores que asseguram o nível das marcas desportivas.

2. Dominar a teorias gerais de estratégia desportiva e as principais variantes de estratégias para competir em

distintas distâncias de competição.

3. Estudar as estratégias dos melhores nadadores do mundo e dos principais adversários.

4. Estudar os principais rivais, as suas potencialidades físicas, a sua planificação estratégica e p síquica.

5. Estudar o lugar onde se realizam as competições, o seu clima, o seu estado e as condições de alojamento e

alimentação.

6. Elaborar um esquema tático individual para nadar a distância em função do seu carácter específico, do nível

de preparação técnica e psíquica de um nadador concreto.

7. Aperfeiçoar desde o ponto de vista prático os principais elementos, as técnicas e as variantes estratégicas

efetuadas nas sessões de treino e nas competições de controlo.

8. Realizar um planeamento estratégico para nadar a distância em competições importantes, analisando a sua

eficácia e seus principais elementos, definindo alternativas para um futuro planeamento estratégico.

Foram estudadas três formas de nadar qualquer tipo de prova em Natação Pura Desportiva (Maglischo, 1995):

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Nadar em ritmos regulares.

Nadar em ritmo inicial muito forte e final muito lento (método menos eficiente das três formas de

efetuar uma prova).

Nadar em ritmo inicial lento e final muito forte (“Negative Split”).

Por isso muitos nadadores optam, de acordo com as suas características e analisando os fatores que intervêm

em determinada competição, por nadar com ritmos regulares ou em Negative Split, atrasando a acumulação de lactato,

até que a prova esteja mais adiantada, permitindo-lhes manter uma média de velocidade mais elevada até metade da

prova e poderem assim acelerar o ritmo para a última parte das provas.

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13. Referências bibliográficas

http://www.anlisboa.pt/index.php?page_id=2816

http://blog.sonatacao.com.br/nado-crawl/

http://www.ands.pt/AdvHTML_Upload/Ficheiros/Arbitragem/Regras% 20da% 20FINA.pdf

http://swim-7.blogspot.pt/2009/05/estrategia-e- tactica-existem-na-natacao.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Nata% C3% A7% C3% A3o