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FACULDADE ANHANGUERA DE TAUBATÉ ENGENHARIA CIVIL ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISONADA Física III

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FACULDADE ANHANGUERA DE TAUBATÉ

ENGENHARIA CIVIL

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISONADA

Física III

TAUBATÉ - SP2014

Conceito de campo Elétrico e potencial Elétrico

Atividade Prática Supervisionada - ATPS apresentada ao professor xxxxcomo parte da avaliação da disciplina de Fisica III da turma

4º B do Curso Engenharia Civil da Faculdade Anhanguera - Unidade II Taubaté .

TAUBATÉ – SP2014

Lista de figuras

Figura 1: Imagem após explosão nos silos, Blaye – França 1997

(RANGEL, 2007)................................................6

Figura 2: Explosão em Paranaguá – Paraná (WEBER, 2005)........7

Figura 3: Poeira depositada sob acionamento da correia

transportadora no túnel subterrâneo de uma unidade

armazenadora de grãos.........................................9

SUMARIO

1 Introdução ...............................................5

2 Campo elétrico ...........................................6

2.1 Pesquisa referente a explosões com produtos a base de pó..................................6

2.1.1...............................Medidas preventivas gerais

9

2.1.2....................................Aspectos construtivos

10

2.1.2.1.........................................Estrutura

10

2.1.2.2.............................Instalações elétricas

10

2.1.2.3.............................Sensor de temperatura

0

2.1.2.4................................Controle de poeira

11

2.1.2.5................................Alívio de explosão

1

2.1.2.6.......................Possíveis fontes de ignição

11

2.2 Justificativa referente ao campo elétrico do cilindro ............................................12

2.3 Expressão conforme Lei de GAUSS .........................................................................13

2.3.1................Justificativa do modulo E e a distância r

14

2.4 O campo calculado produz uma centelha .............................................................14

3 Potencial Elétrico ......................................15

3.1 Expressão para o potencial elétrico .......................................................................15

3.2 Diferença de potencial elétrico entre o eixo e a parede interna do cano ...........15

3.3 Energia armazenada num operário .......................................................................15

3.4 A possibilidade de uma explosão ...........................................................................16

4 Conclusão ................................................7

5 Referências bibliográficas ..............................18

5

1 Introdução

Iremos aborda os riscos existentes em uma unidade de

recebimento, limpeza, secagem, armazenagem e expedição de

cereais (soja), sob o ponto de vista da ocorrência de

explosões do pó em suspensão. As causas do fenômeno são pouco

conhecidas por empresários, técnicos, engenheiros e

funcionários, os quais conhecem mais suas conseqüências,

devido a notícias de ocorrência dessas explosões, em geral

extremamente danosas com grandes destruições e mortes não

somente dos funcionários mas também dos moradores próximos à

unidade conforme a magnitude da explosão.

As indústrias de processamento de produtos que em alguma de

suas fases se apresentam na forma de pó são instalações com

potencial de riscos quanto a incêndios e explosões. São

indústrias de armazenagem, secagem e beneficiamento de

produtos agrícolas, fabricantes de rações animais balanceadas,

indústrias alimentícias, indústrias metalúrgicas,

farmacêuticas, plásticas, de carvão e beneficiamento de

madeira. Tais instalações devem, antes de sua implantação,

efetuar uma análise acurada de seus riscos e tomar as

precauções cabíveis, pois na fase de projeto as soluções são

mais simples e econômicas. Porém as indústrias já implantadas,

com o auxílio de um profissional competente, poderão

equacionar razoavelmente bem os problemas, minorando os riscos

inerentes.

6

2 Campo elétrico

Essa atividade é importante para compreender a ação e a

distância entre duas

Partículas sem haver uma ligação visível entre elas e entender

os efeitos dessa partícula

sujeita a uma força criada por um campo elétrico no espaço que

as cerca.

2.1 Pesquisa referente a explosões com produtos a base de pó

Nos últimos anos, passou-se a notar que notícias sobre

incêndios e explosões em instalações que processam grãos têm

sido veiculadas com certa freqüência na mídia brasileira.

7

Catástrofes envolvendo prejuízos de milhões de dólares e com

vítimas fatais já não são mais exclusividade dos Estados

Unidos, França ou Espanha. Dentre as ocorrências no Brasil,

podemos resumidamente citar.

Em janeiro de 1992, a explosão da célula C-2 do silo vertical

de Porto de Paranaguá, Curitiba (PR) causou o falecimento de

dois trabalhadores além de cinco ficarem feridos. A provável

causa apontada para a explosão teria sido a combustão da

poeira de cevada armazenada no local, durante uma operação de

limpeza que acontecia no décimo andar do silo (que tinha 13

andares e 55 metros de altura), (RANGEL, 2007)

Figura 1: Imagem após explosão nos silos, Blaye – França 1997

(RANGEL, 2007)

8

Em novembro de 2001 uma explosão no depósito da empresa

multinacional Coimbra, responsável pelo armazenamento de grãos

do Corredor de Exportação do Porto de Parnaguá (PR), deixou 18

pessoas feridas, conforme figura 1 abaixo. Os técnicos do

porto afirmaram, na época, que o desastre poderia ter sido

causado por limpeza deficiente das esteiras que

20transportavam os grãos das cinco mil toneladas de milho

estocadas no local. A explosão teve tal magnitude que pedaços

de telhas de zinco foram arremessados até mil metros de

distância e estruturas de cimento com mais de 300 Kg também

foram encontradas longe. Além do prejuízo com a perda do

depósito, houve consideráveis danos causados aos caminhões que

estavam na rua aguardando para descarregar, bem como a

paralisação das esteiras que abasteciam os nove armazéns

graneleiros, o que suspendeu as operações do Corredor de

Exportações. Caso a explosão não tivesse ocorrido na hora do

almoço, um número maior de vítimas teria sido registrado

(WEBER, 2005).

9

Figura 2: Explosão em Paranaguá – Paraná (WEBER,

2005)

As indústrias que processam produtos que em alguma de suas

fases se apresentem na forma de pó, são indústrias de alto

potencial de risco quanto a incêndios e explosões, e devem,

antes de sua implantação, efetuar uma análise acurada dos

mesmos e tomar as precauções cabíveis, pois na fase de projeto

as soluções são mais simples e econômicas, porém as indústrias

já implantadas, com o auxílio de um profissional competente,

poderão equacionar razoavelmente bem os problemas, minorando

os riscos inerentes

Nestes locais também encontra-se riscos de incêndios os quais

ocorrem com todas as poeiras combustíveis, porém, para que tal

aconteça é necessário que a quantidade de material combustível

seja muito grande, e as partículas, tenham pouco espaço entre

si, impedindo um contato direto e abundante com o oxigênio do

ar.

Se observar que as explosões mais violentas se produzem com

uma concentração ligeiramente superior a necessária para que

se tenha a reação com todo o oxigênio que haja na atmosfera.

As concentrações menores se geram menos calor e se criam

menores pressões de ponta. Com concentrações maiores das que

10

causam explosões violentas, a absorção do calor pela poeira

não queimada pode ser a razão que se produzam pressões menores

de explosão, que a máxima.

A combustão do pó se produz na superfície das partículas. A

velocidade de reação, portanto, depende do íntimo contato do

pó com o O2. Por este fato, o fator turbulência propicia

explosões mais violentas, que as em atmosferas mais

tranqüilas.

A maior parte das temperaturas necessárias para por em ignição

as nuvens de pó, situam-se entre 300 e 600 º C. e a grande

maioria das potências, estão entre 10 e 40 mJ.

A alta concentração de poeira gerada pela manipulação dos

grãos é o principal combustível para a ocorrência de

explosões. Nos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e

Bahia, onde também é intensa a atividade de manipulação de

grãos, os riscos são ainda maiores em função da baixa umidade

relativa do ar, transformando as unidades armazenadoras de

grãos em verdadeiros barris de pólvora. A concentração da

incidência de incêndio e explosões nos silos brasileiros ainda

é uma incógnita para os especialistas.

As explosões em plantas de armazenagem podem ser classificadas

como primárias e secundárias. A poeira depositada ao longo do

tempo nos mais diversos locais da planta industrial conforme

figura 3 abaixo, quando agitada ou colocada em suspensão e na

presença de uma fonte de ignição, com energia suficiente para

a primeira deflagração, poderá explodir, causando vibrações

11

subseqüentes pela onda de choque fazendo com que mais pó

depositado entre em suspensão e mais explosões aconteçam cada

qual mais devastadora que a anterior, causando prejuízos

irreversíveis ao patrimônio, paradas no processo produtivo,

invalidez ou morte.

Figura 3: Poeira depositada sob acionamento da correia

transportadora no túnel subterrâneo de uma unidade

armazenadora de grãos

1.

2.

2.1.

2.1.1. Medidas preventivas gerais

12

Apurado controle de umidade relativa do ar sendo que abaixo

de 50%, caracteriza-se faixa crítica de risco;

Limpar periodicamente os sistemas de captação de pó

trocando os filtros nos períodos definidos pelos fabricantes;

Proceder a limpeza diária da poeira residual depositada nas

máquinas, equipamentos e instalações;

Treinar os operadores e demais funcionários quanto os

potenciais riscos de explosões;

Fazer manutenções periódicas dos equipamentos eletro-

mecânico;

Certificar periodicamente os estados dos cabos elétricos;

Tomar os devidos cuidados ao utilizar aparelhos de solda

nos serviços de manutenção

2.1.2. Aspectos construtivos

2.1.2.1.Estrutura

Os materiais de construção dos silos devem ser

incombustíveis;

13

Não deverá haver nenhuma abertura entre silos;

O respiro deve ser curvado ou inclinado para evitar a

entrada de água e a cobertura deve ser vedada contra

poeira e água;

Silos metálicos devem ser construídos com a solda

enfraquecida entre a cobertura e o corpo, de forma a

permitir a separação neste ponto, em caso de explosão no

seu interior;

Projetar edificações que estruturalmente contemplem áreas

de fácil ruptura caso ocorram explosões, isto minimizará

danos a edificação, pois os gases em expansão serão

lançados à atmosfera;

1.

2.

2.1.

2.1.1.

2.1.2.

2.1.2.1.

2.1.2.2.Instalações elétricas

As instalações elétricas devem atender às normas

Projetar sistemas de iluminação apropriados aos ambientes

com risco de explosão

Instalar sistemas de pára-raios;

1.

2.

14

2.1.

2.1.1.

2.1.2.

2.1.2.1.

2.1.2.2.

2.1.2.3.Sensor de temperatura

Os secadores devem ter um sensor de temperatura regulado

para limitar o ar introduzido no secador a uma temperatura

segura. Tal controle deve contar todo calor que está sendo

fornecido ao secador e deve permitir a continuação do

movimento de ar não aquecido através do secador;

1.

2.

2.1.

2.1.1.

2.1.2.

2.1.2.1.

2.1.2.2.

2.1.2.3.

2.1.2.4.Controle de poeira

15

A poeira deve ser coletada em todos os pontos de produção

de pó dentro da unidade armazenadora e instalação de

movimentação como: na admissão ou descarga de transportadores

de correias, redler ou chute, despoeiramento ao longo dos

túneis, balanças de fluxos, elevadores, secadores e máquinas

de limpeza;

Os dutos de transporte de poeira deverão ser dotados de

sistemas de detecção e de extinção de faíscas;

1.

2.

2.1.

2.1.1.

2.1.2.

2.1.2.1.

2.1.2.2.

2.1.2.3.

2.1.2.4.

2.1.2.5.Alívio de explosão

Todos os equipamentos, dutos, silos de pó e coletores no

interior dos quais a poeira fica confinada, devem ser dotados

de alívio de explosão, devidamente dimensionados, de acordo

com as normas técnicas;

Os dispositivos de alívio de explosão devem ser indicados

em planta e descritos em memorial;

16

1.

2.

2.1.

2.1.1.

2.1.2.

2.1.2.1.

2.1.2.2.

2.1.2.3.

2.1.2.4.

2.1.2.5.

2.1.2.6.Possíveis fontes de ignição

As possíveis fontes de ignição para ocorrer uma explosão são

decorrentes de

Acúmulo de cargas eletrostáticas;

Curtos circuitos;

Descargas atmosféricas;

Atrito de componentes metálicos

Descuidos quanto ao uso de aparelhos de soldagem;

Segundo estatísticas, as principais fontes de ignição

causadoras de acidentes com explosões de pó são:

Faíscas mecânicas = 50%;

Eletricidade estática,corte e solda, faíscas a arco = 35%;

Sobreaquecimento = 15%;

17

Os principais equipamentos e ou locais críticos ao surgimento

destes acidentes são:

Moinhos e trituradores = 40%;

Elevadores = 35%;

Transportadores = 35%;

Coletores de pó e silos = 15%;

Secadores = 1

2.2 Justificativa referente ao campo elétrico do cilindro

Elas apontam para longe do eixo. Em condições normais, o átomo

é eletricamente neutro, ou seja, o número de prótons é igual

ao número de elétrons. Entretanto, os elétrons têm grande

poder de se libertar dos átomos e eletrizar outras

substâncias.

Tanto elétrons quanto prótons criam em torno de si uma região

de influência, ou campo de força. Quando um elétron e um

próton se aproximam o suficiente para que seus campos de força

possam influir um sobre o outro, eles se atraem mutuamente.

Mas se dois elétrons põem em contato seus campos de força eles

se repelem entre si. O mesmo acontece quando 2 elétrons se

aproximam.

Para designar essas atrações e repulsões, convencionou-se

dizer que as partículas possuem algo chamado carga elétrica,

que produz os campos de força. Os elétrons possuem carga

elétrica negativa e os prótons positivos. As cargas opostas se

atraem e as cargas iguais se repelem.

18

Pois a carga negativa é a que tem tendência a se desprender do

átomo passando assim para o cilindro de plástico, acumulando

na parede interna

2.3 Expressão conforme Lei de GAUSS

O valor de E aumenta ou diminui quando r aumenta? Justificar.

Determinar o valor máximo de E e a que distância do eixo do

cano esse campo máximo ocorre para r = 1,1 x 10-3 C/m3 (um

valor típico).

Expressão:

E = K. Qr²

Quando aumenta o valor de r, o valor de E diminui devido o aumento da área.

E = K. Qr²

E = 8,99 x 109 x 1,1x10−3

0,52

E = 39 x 106 NC

19

Quanto menor a área, maior o valor de E.

E = 8,99 x 109 x 1,1x10−3

(1,1x10−3)²

E = 39 x 1012 NC

O módulo E tem o maior valor, quando o r é igual ao valor de Q.

De = 0,5 m – 1,1 x 10-6

De = 0,499 de distância do eixo.

2.3.1.................Justificativa do modulo E e a distância r

Utilizando o conceito de Campo Elétrico, o valor do campo é

diretamente proporcional a densidade de linhas do mesmo, sendo

a densidade a razão entre Cargas Elétricas e Área.

O raio r tem proporção inversa ao campo E, quanto mais se

aumenta o raio menor será o campo.

2.4 O campo calculado produz uma centelha

20

Sim, por que o módulo do campo elétrico ultrapassou 3,0 x 106

NC e nestas condições rompe o dielétrico do ar. Produzindo uma

centelha.

A centelha será produzida no interior do tubo.

3 Potencial Elétrico

Essa atividade é importante para compreender a definição de

potencial elétrico e

conseguir calcular esse potencial a partir do campo elétrico.

21

3.1 Expressão para o potencial elétrico

R.V = (K.q)r

3.2 Diferença de potencial elétrico entre o eixo e a parede

interna do cano

U = K.qd

U = 9x109.1,1x−3

0,5

U = 19,8 x 106 V

3.3 Energia armazenada num operário

F = CV

200pF = Q7000

Q = 1,4 x 10-6 C

C = QV

C = 1,4x10−6

7000

C = 2 x 10-10 F

22

Obs.: A energia armazenada num capacitor é igual ao trabalho feito para carregá-lo.

3.4 A possibilidade de uma explosão

W = Q.V

W = 1,1 x 10-3 . 10,8. 106

W = 21 x 103 J > 150 x 10-3 J

Portanto a energia resultante ultrapassou, fazendo com que o pó tenha potencial de explosão.

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4 Conclusão

Diante dos cálculos realizados foi constatado que duas

condições para que uma explosão

ocorresse foram satisfeitas:

(1° condição) o módulo do campo elétrico ultrapassou 3,0 x 106

NC produzindo uma ruptura dielétrica do ar;

(2° condição) a energia da centelha resultante ultrapassou

150 mJ, fazendo com que o pó explodisse.

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5 Referências bibliográficas

MASHI – Técnicas Ambientais. Riscos de Incêndio e Explosão em

Equipamentos

Elétricos. [200-]. Disponível em: http://mashi.com.br

SÁ, Ary de. Explosões – O Perigo dos Grãos. Revista Proteção.

Ed. 98. 1998. Disponível

em: http://www.safetyguide.com.br

WEBER, A.E. Segurança em Unidades Armazenadoras. 2005.

Disponível em:

http://www.armazenagem.com.br