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REINALDO CALIXTO DE CAMPOS
ESTUDO DE UMA NOVA TÉCNICA DE INTRODUÇÃO DE AMOSTRAS SÓLIDASCOMBUSTÍVEIS PARA DETERMINAÇÃO DE ELEMENTOS VOLÁTEIS POR
ESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORÇAO-ATOMICA COM CHAMA
TESE DE DOUTORADO
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
PONTIFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRORIO DE JANEIRO, 15 DE SETEMBRO DE 1988
REINALDO CALIXTO DE CAMPOS
ESTUDO DE UMA NOVA TÉCNICA DE INTRODUÇÃO DE AMOSTRAS SÓLIDAS
COMBUSTÍVEIS PARA DETERMINAÇÃO DE ELEMENTOS VOLÁTEIS POR
ESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORCÃO-ATÔMICA COM CHAMA
Tese apresentada ao Departamento
de Química da PUC-RJ como parte
dos requisitos para a obtenção
do título de Doutor cm Ciõnc-ios
em Quími ca.
Orientadores:
Dr. Adilson José Curti us(PUC-RJ)
Dr. liara Id Berndt (Intitut fflr
Spektrocherr.ie urd ancjowandte
Spektroskopie. Dortmund, RFA).
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
RIO DE JANEIRO/ 15 DE SETEMBRO DE 1988
E5 tc t'tabatho ? dvdiçado
A minha muthci, Max-ia Tc t e i a
A meu ^(flie, Pvdx i nlw
A UanfiXed c Chiiitvt.
AGRADECIMENTOS
i
i A re*iii?açâo deste trabal/.o s5 fox possível gi.."as à coLabo!
ração de várias pessoas e in s t i t u i ções . Era es 3<
- ao Or. iiiralei Berndt, pela orientação e int^res; * sempre
ao Di /Wilson Curtius, pela orientação e confiança depo-
sitada;
- no Doj.-.TLan'f.'itcj de Química da UFRRJ, pela opo-tunidade.
- aos ?rc: :?si!.:rts Célio e Ir ineu, <?.o DPPG-UFFP.J, pela e f i -
ciência e =:>:• i i": 1 tud 2;
- ao In:;H. t>:to de Espectroquímica de Dortmund, na pessoa do
Prof. G. V.31q, pfela oportunidade de lá rea l izar a maior
parte do : rnb.tlbo * xperimental;
- aos colega; d(? AÍ-3/ISAS. pelo apoio e sin.p?.tia, e em es>
pecial a J . 3a^sr.jr, G. Schaldach, D. Sopcxak e M. Eick-
meier;
- ao Departannento de Pesquisas da Perkin i:'mor - Bodensecverk,
nas pessoas dos Drs. B. Welz {• C. Schle,.w?r nela oportun^
dade de estádio e pelas amost'.js recebidas;
~ ã CAPES e CNPq pel~> apoio fi-iMiceiro;
- ac s coleçi^s do Depe- tamento ? Quí^ira j.i. UC-TU e, ern partj^
eu I ar d Ricíurdo Corroa e Maria } qi; C rame ns \m CC*T ao pessoal
- 0 todo pessoal da Wohngemeinschaft H.68, a Anabela e
Hector Verar e a Juergen Huesmann, pelo suporte afetivo,
durante a estada na Alemanha;
- aos Professores Josino Moreira, Letícia Parente, Silas
Fraiz, Reinaldo C. Silva e Walter, pelo impulso;
- a minha irmã, e a meus pais, pela maior força;
- a todos aquele que constróem os navios, e depois ficam a
vê—los ...
• V.
RESUMO
Durante a combustão de uma amostra ocorre a passa
cjom dos elementos mais voláteis para o aerossol então forma
do (fumaça). A técnica consiste em aproveitar este proces-
so como forma de introdução de amostras em absorção atômica.
Amostras de até 10mg de materiais combustíveis são pesadas
sobre uma plataforma de grafite, que é colocada no inte
rior de um tubo de quartzo, através do qual flui uma corren
te definida de ar. A queima de amostra é iniciada pelo
"flash" de três lâmpadas infravermelhas nela focadas e os
elementos voláteis, agora contidos no aerossol, são carrea
dos para a câmara de mistura e daí para a chama, onde se dá
o processo de atomização-absorçâo. Desta forma, amostras
podem ser analisadas diretamente, com as conseqüentes vanta
gens em termos de serem evitadas contaminações ou perdas as
sociadas ã etapa de abertura. Numa outra montagem, o aeros
sol é carreado para um tubo T aquecido pela chama.
Foi estudada a influência do fluxo de ar, da
massa de amostra, da estequiornetria da chama, d« altura de
observação na chama e do material da plataforma, entre ou
tros fatores, determinando-se as condições ótimas de análise.
As montagens mostraram-se de fácil adaptação a
qualquer aparelho de absorção atômica e o tempo de leitura
para cada amostra não foi maior do que um minuto. As leitu
ras devem ser realizadas em área de pico. Embora os efei-
.vi.
tos de matriz não se tenham mostrado intensos, o uso de pa
drões semelhantes ãs amostras é aconselhável. Hg, Cd, Pb,
Zn e Cu foram determinados em materiais de referência e em
amostras reais, obtendo-se uma boa concordância com os
valores certificados e com aqueles achados por técnicas
usuais. Ti e Bi foram estudados em amostras sintéticas.
As sensibilidades encontradas foram maiores, de uma
a duas ordens de grandeza,do que as relativas ã técnica usual
de chama, especialmente com o uso do tubo T, embora este te
nha apresentado desgaste do material do tubo e problemas
associados a sua temperatura relativamente baixa (1100°C).
Os limites de detecção encontrados, na faixa de 0,1-l0|ig/g,
permitem prever a aplicação da técnica a amostras de inte
resse ambiental, industrial e agrícola.
.vii.
ABSTRACT
A new technique for direct trace element analysis
of solid combustible materials is described. The samples
(up to lOmg) are weighed on a graphite platform wich is then
placed in a quartz tube, at the focal point of three infra
red lamps. When the lamps are turned on, the sample burns
in a stream of air, and the resulting dry aerosol containing
volatile elements such as Hg, Cã, Bi, TI, Zn, Pb and Cu is
carried into the mixing chamber and thence into the flame,
where the atomic absorption measurement is carried out. This
technique overcomes chemical sample preparation steps, avoi
ding contaminations or losses associated with these steps.
A "furnace in flame" system where the aerosol is transported
to a flame heated T-tube is also described.
The influence of flame stoichiometryobservation
height, platform material and air flux intensity was studied
inorder to determine optimal analytical conditions. The
transient signal should be evaluated in peak cirea. Matrix
effects are observed so it is advisable to use standards
with, as nearly as possible, the same composition as the
samples to be analysed. The assemblies are easy to fit to
any atomic absorption instrument, and it takes no more than
one minute for each run.
The concentrations of Hg, Cd, Pb, Zn and Cu were
determined in reference materials and real samples showing
good agreement with certificate values or those values founded
.viii.
by a usual AAS technique. Tl and Bi were studied in synthe-
tic samples.
UensslL J.vltea wore one Lo two ordor of magnitude
bettor tlinn the usual flame technique. Detection limits lay
in the 0,1-lOyg/g range, showing that it is possible to use
tiie technique in environmental, industrial or agricultural
samples.
.ix.
ÍNDICE
1 - INTRODUÇÃO oi
2 - A ANÁLISE DIRETA DE SÓLIDOS POR ABSORÇÃO ATÔMICA. . . . 06
2.1 - AMOSTRAGEM E PREPARO DA AMOSTRA ,,,,..,.. 06
2.1.1 - TEORIA DA AMOSTRAGEM. . . . . . . 07
2.1.2 - PREPARO DA AMOSTRA 15
2.2 - REVISÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE DIRETA DE SÓLIDOS
POR ABSORÇÃO ATÔMICA 17
2.2.1 - ABSORÇÃO ATÔMICA COM CHAMA 17
2.2.2 - ABSORÇÃO ATÔMICA COM ATOMIZACÃO ELETROTÉRMICA . 21
2.2.3 - ATOMIZACÃO EM ARCOS, PLASMAS, LASER, E OUTROS
MEIOS 29
2.2.4 - OBSERVAÇÕES QUANTO À REVISÃO DAS TÉCNICAS PA-
RA A ANÁLISE DE SÓLIDOS POR ABSORÇÃO ATÔMICA. . . 31
3.- PROCEDIMENTOS E CONDIÇÕES DE TRABALHO 33
3.1 - DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS ESTUDADOS. , , 33
3.2 - APARELHAGEM 42
3.3 - MATERIAL E REAGENTES 43
3.4 - AMOSTRAS , 43
.X.
1 - RESULTADOS E DISCUSSÕES 49
1.1 - EXPERIMENTOS PRÉVIOS (SISTEMA 1) 49
1.1.1 - PB 49
1.1.2 - ZN 54
1.1.3 - CD 56
1.1.1 - Cu 56
1.1.5 - Ti 59
1.1.6 - MG E MN 59
1.1.7 - TENTATIVAS DE PADRONIZAÇÃO 61
1.1.8 - INVESTIGAÇÃO DO MATERIAL E FORMA DA PLATAFOR
MA 62
1.1.9 - OBSERVAÇÕES RELATIVAS AOS EXPERIMENTOS PRÉ
VIOS 65
1.2 - ESTUDOS COM o SISTEMA 2 68
1.2.1 - PB 69
1.2.2 - CD so
1.2.3 - Cu 88
1.2.4 - ZN 96
1.2.5 - HG, Bi E Ti. ioi
1.2.6 - AVALIAÇÃO DOS PERFIS ABSORVÂNCIA VERSUS TEM-
PO NO SISTEMA 2 103
1.2.7 - OBSERVAÇÕES QUANTO AO SISTEMA 2. IO8
1.3 - ESTUDOS COM O SISTEMA 3. . . . 111
1.3.1 - CD ii2
1.3.2 - HG , i3i
1.3.3 - ZN , 138
.xi.
4.3,4 - PB 143
4.3.5 - CU 155
4.3.6 - Ti 159
4.3.7 - Bi 162
4.3.8 - OBSERVAÇÕES RELATIVAS AO SISTEMA 3 167
5 - OBSERVAÇÕES GERAIS 175
5.1 - SENSIBILIDADE, EFEITOS DE MATRIZ E PERFIS. . . . 175
5.2 - TRATAMENTO DOS DADOS 181
5.3 - LIMITE DE DETECÇÃO
5.4 - APLICABILIDADE 192
6 - CONCLUSÕES 196
7 - APÊNDICES 199
8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 205
• xii.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Evolução ao longo dos anos 70 e 80 do número de
trabalhos publicados envolvendo a utilização da
absorção atômica com chama (A), com atomização
e1 <">trotérinica (o) e utilizando a análise direta
de sólidos (•) 05
Figura 2 - Sistema 1 (esquema) 34
Figura 3 - Esquema de uma das lâmpadas utilizadas para igni.
çãodas amostras 34
Figura 4 - Sistema 2 (esquema) 36
Figura 5 - Sistema 3 (esquema) 36
Figura 6 - Temperaturas ao longo da parte aquecida do tubo T
de quartzo, sob diferentes fluxos de an a) sem
furos; b) com furos 38
Figura 7 - Tubo T de níquel (esquema). a) Montagem sem furos;
b) Tubo T de níquel com furos; c) Detalhe de jun
çiío 39
Figura 8 - Variação da área (A.s) com o fluxo de ar. Pb em
diferentes massas de Orchard Leaves'. Sistema 1 . . 51
Figura 9 - Curvas A.s versus massa de amostra. Pb em Orchard
Leaves. Fluxos de 2, (•) ; 4,(V); 8 (o) ; 1 2 ( [] ) e
16 (A) ?,.mín~ . Sistema 1 51
.xiii.
Figura 10 - Perfil absorvancia versus tempo para Pb em Or-
chard Leaves. Absorvancia corrigida (AA-BG) e
de fiv do (BG) . Sistema 1, fluxo = 8?..min"1 . . . . 53
Figura 11 - Variação da área (A.s) com a massa de Pb, em
diferentes amostras (o) Orchard Leaves; (•)
Pine Needles; (A) Tomato Leaves; (A) Celulose
Hyphan. Sistema 1, fluxo =8^.min" 53
Figura 12 - Curvas área (A.s) versus massa de amostra. Zn
em: (o) Orcnard Leaves, 25+^3i.ig/g; (o) Spinach
Leaves, 50_+2(ig/g; (A) Tomato Le£ives, 63 _+ 6
. Sistema 1 55
Figura 13 - Curvas á r e a (A.CÍ) v e r s u s massa de a m o s t r a . Cd
em: (o) Tomato leaves 3|ig/g; (•) Spinach leaves, 1,5
| ig /g ; (A) C e l u l o s e Ilyphan, 5 | ig/g; (A) C e l u l o s e
Ilyphan, 10jig/q. S i s tema 1, f l uxo =8í..min~ . . . 57
Figura 14 - P e r f i l a b s o r v a n c i a v e r s u s tempo p a r a Cd em
Spinach Leaves . Abso rvanc ia s c o r r i g i d a (AA-BG)
e de fundo (BG) . Sistema 1, fluxo = 8i.min""1. . . . 57
Figura 15 - Curvas á r e a (A.s) v e r s u s massa de a m o s t r a . Cu
em: (o) Orchard L e a v e s , 12+^1 i ig /g ; (•) Sp inach
Leaves , 12 +_ 2 | ig /g . Sis tema 1, f Juxo = Pí>,.min~ . . 58
Figura 16 - Curva á r e a (A.s) v e r s u s massa de amos t ra p a r a
Ti em C e l u l o s e Ilyphan (34|ig/g) . S is tema 1, f l u
xo =8".min"" 53
.xiv.
Figura 17 - Curvas área (A.s) versus massa do amostra. Mg
em: (o) Orchard Leaves, 0,62%; (•) Tomato Leaves,
0,7%. Sistema 1, f1uxo =8£ .min" 60
Figura 18 - Curvas área (A.s) versus massa de amostra. Mn
em: (o) Pine Needles, 675yg/g; (•) Tomato Lea
ves, 285vig/g. Sistema 1, fluxo = 81.min" 60
Figura 19 - Variação da temperatura na superfície da plata-
forma de grafite com o tempo de exposição ãs
lâmpadas, sob diferentes fluxos de ar 64
Figura 20 - Variação da temperatura na superfície da plata-
forma de quartzo negro com o tempo tio exposição
às lâmpadas, SOD diferentes fluxos de ar. . . . 64
Figura 21 - Variação da leitura no "display" com o tempo
de integração, para uma mesma masca (2(ig) de Pb.
Aparelho Varian Tochtron AA6 70
Figura 22 - Curvas resposta versus massa de amostra com (•)
e sem (o) expansão de escala. Pb em Orchard Lea
ves; Sistema 2. Tempo de integração=10s, apare
lho Varian AA6 70
Figura 23 - Influencia da estequiometria da chama em curvas
área versus massa de amostra.Pb em: (o) Orchard
Leaves, chama oxidante; (•) Orchard Leaves, cha
ma redutora; (A) grama, chama oxidante; (A) gra
ma, chama redutora .Sistema 2, fluxo = 5y,.min~. . , .72
.XV.
Figura 24 — Variação da sensibilidade (A.s/mg) com a altura
de observação na chama. Pb em: (o) Orchard Lea
ves; (•) grama. Sistema 2, fluxi = 5t.min~ . . . . 72
Figura 25 - Variação da sensibilidade (A.s/mg) com o fluxo
de ar através do tubo de quartzo. Pb em Orchard
Leaves, Sistema 2 74
Figura 26 - Variação da sensibilidade (A.s/ing) com o tempo
de pulverização. Pb em grama, fluxo =5fc.min"1.
Sistema 2 74
Figura 27 - Variação da área (A.s) com a massa de Pb em dj.
ferentes amostras: (o) Orchard Leaves; {•) Pine
Needles; (A) Tomato Leaves; (A) Spinach Leaves.
Fluxo = 5í-.min~ . Sistema 2 77
Fiqur.i 28 - Curvo A.s/mq versus concentração de rb em dife
rentes amostras de qrama. Fluxo = 5í. .min"" , Sis
tema 2 77
Figura 29 - Influência da ostequiometria da chama em curvas
área (A.s) versus massa de amostra. Cd cm: (a)
Tomato Leaves; (b) Spinach Leaves; (c) grama.
Chama Oxidante, (o); Chama Redutora (•). Siste
ma 2 8 1
Figura 30 - Variação da Sensibilidade (A.s/mg) com a altura
de observação na chama. Cd em: (o) Tomato Lea
ves; (•) Spinach Leaves; (A) grama. Sistcmn 2 . . 83
.XVI .
Figura 31 — Variação da sensibilidade (A.s/mcj) com o fluxo
de ar. Cd em: (o) Tomato Leaves; (•)Spinach Lea
ves; (A) grama. Sistema 2 83
Figura 32 - Curvas área (A.s) versus massa de amostra. CM em: (A)
Oyster Tissue, 3,5|ig/g; (o) Tomato Leaves, 3|ig/g;
(•) Spinach Leaves, 1f5ug/g. Sistema 2 86
Figura 33 - Curva A.s/mg versus concentração de Cd em di-
ferentes amostras de grama. Sistema 2 86
Figura 34 — Influência da estequiometria da chama em curvas
nren (A.s) versus nwissii. Cu em (a) Orchard Leaves; (b)
-•••r.iLo Leaves; (c) üvshrr Tissue. Chama Oxidan-
i • (o); Chama Redutoraf»), Sistema 2 89
Figura 35 — Variação da SensiLiLidade (A.s/mg) com a altura
de observação na chama. Cu em: (o) Oyster Tis-
sue; (•) Orchard Leaves; (A) Tomato Leaves. Sis
tema 2 91
Figura 36 — Variação da sensibilidade (A.s/mg) com o fluxo
de ar. Cu em: (o) Orchard Leaves; (•)Tomato Lea
vos. Sistcmn 2 91
Figura 37 - Variação da sensibilidade (A.s/mg) com o tempo
de pulverização. Cu em grama. Sistema 2 . . . . 93
Figura 38 - Curva A.s/mg versus concentração de Cu em di.
ferentes amostras de grama. Sistema 2 93
. XV31.
Figura 39 - Tnfluêicla da -stequiome*:.: ia da chanu.. em curvas
ãiea (i .s) ver ,us massa d2 -riostra. .Jn em: (a;
Ox chard T^ave.< (b) Tomuto \eaves; (c) Tomat-
Leaves. C.-!aira'. idance (O ? Chima Relutorr ( • ) . . . . i1
Figura 40 - Vc.r'açào de: .«•«wsibilidace (A.s/mg) coir, a altura
de observação na cnama. Zn em: (o; Tomato Leaves;
(•', Orchard í,iaver. Si^tena 2 98
i igura 41 - Variação <•• jensibilidad? {'».s/mg) co.n o fluxo
de ar. Zn ;i (o) Or í.ird Leaves; {•) '.àianui. Sis
tema 2 98
Figura 42 - Variação 'Ja sensibilidadü (A.s/.ng) :om o tempo
ôe pulve ização. Zn em grama Sistema 2 100
Figura 43 - Curva A.s/mg versus concentração de Zn em di
ferentes amostras de grama.Sistema 2 100
Figura 44 - Perfis absorvância versus tempo: Ng em Celulo
se Hyphan, massas crescentes (a 3>; Pb em Or
chard Leaves (b); Cd em Tomato Leaves (c); Cu
em café, massas crescentes (d.,.,) 104
Figura 45 - Perfis absorvância versus tempo. Queimas em di
ferentes plataformas: (a) grafite; (b) quartzo.
Zn em leite em pó (a., e b..) e em Orchard Lea
vos (a2 e b2) 107
Figura 46 - Variação da ároa (A.s) com o fluxo de ar. Cd em:
(V) Celulose Hyphan; (|) lama de cl,-irequento ; (o)
Tomato Leaves; (•) Spinach Leaves; ([]) grana. Areas norma
lízadas para 0,5mg. Sistema 3, tubo T de cjunrtzo. . . . 113
.xviii.
Figura 47 - Perfis absorvãncia versus tempo sob diferentes
fluxos de ar. Cd em Tomato Leaves. Sistema 3,
Tubo T de quartzo 114
Figura 48 - Curvas área (A.s) versus massa de amostra. Cd
em:(|) lama de clarcamento, 4,8iig/g; (o) Toma-
to Leaves, 3 ng/g; (A) cabelo, 1,1 ug/g; (»)Spi_
nach Leaves, 1,5ng/g; ((J ) grama, 0,6|ig/g; (A)
Pine Needles, < 0,5ng/g- Fluxo =0,5í.min" . Sis
tema 3, tubo T de quartzo 116
Figura 49 - Curvas área (A.s) versus massa de amostra para
Cd em diferentes amostras de Tabaco: Taba-
co 1, 3,79iig/g; Tabaco 2, 1,36|ig/g; Ta
baco 3, 0,88jig/g. Sistema 3, tubo T de quartzo. . . 116
Figura 50 - Curva A.s/mg versus concentração de Cd em di
ferentes amostras de Tabaco. Sistema 3, tubo T
<le quartzo 118
Figura 51 - Curva A.s/mg versus concentração de Cd em di.
ferentes amostras de grama. Sistema 3, tubo T
do quartzo 118
Figura 52 - Variação da área (A.s) do sinal corrigido e do
fundo (BG) com a temperatura da célula de ato
mização. Cd em: (o) Tomato Leaves (0,3mg); (•)
Spinach Leaves (0,3mg); ([]) Bovine Liver (0,75
mg) . Sistema 3, célula eletricamente aquecida . . . . 121
.xix.
Figura 53 - Variação da temperatura ao longo da parte aque
cida do tubo T: (a) quartzo, aquecido pela clia
ma; (b) quartzo, aquecido eletricamente; (c)
níquel, aquecido pela chama 122
Figura 54 - Curva A.s/mg versus concentração de Cd em dife
rentes amostras de grama. Sistema 3,tubo T de
níquel 129
Figura 55 - Variação da sensibilidade w\-s/mg) com o tempo
de pulverização. Cd em grama. Sistema 3, tu
bo T de níquel 129
Figura 56 - Variação da sensibilidade (A.s/mg) com o fluxo
de ar. Hg em: (o) lama de clarcamcnto, KS,.- ;
(•) lama de clareamento,KS54; (A) cabelo. Sis-
tema 3, tubo T de níquel 112
Figura í>7 - Perfis absorvância versus tempo para Hg em la-
ma de clareamento, sob diferentes fluxos de ar.
Sistema 3, tubo T do Níquel 132
Figura 58 - Curvas área (A.s) versus massa do amor;tra. Hg
em: (V) .Celulose Hyphan, 62,2|ig/g; (o) lama de
clareamento KS,-2, 4 3,2ug/g;(o) lama de clareamento
KSt,, I7,7iig/g; (A) cabelo,! H»g/g; (e) '..ama decla
reamento, KS^j, 1,35|ig/g. Sistema 3, Tubo T
de níquel 135
.XX,
Figura 59 - Curvas área (A.s) versus massa de amostra. Ilg
em lama de clareamento KS5j : (o) Sinal corrigi-
do; (•) Sinal de fundo. Sistema 3, tubo T de10
quartzo. Para massa=2mg,A.s = .i. (A.s) /10. . . . 135
Figura 60 — Variação da sensibilidade (A.s/mg) com a tempe-
ratura da célula de atomização para Hg em Celu
lose Hyphan (o) Sinal corrigido; (•) Sinal de
fundo. Sistema 3, tubo T de quartzo aquecido ele
tricamente 136
Figura 61 - Perfis absorvãncia versus tempo. Mg em cabelo.
(.i) tubo T de quartzo; (I») tubo T de níquel . . 136
Figura 62 - Variação da área (A.s) com o fluxo de ar.Zn em:
(o) Tomato Leaves; (•) Spinach Loaves; ) (] ) 1 e.i
te em pó ; (A) Orchard Leaves. Sistema 3, Tubo
T de níquel. Leituras corrigidas para massas de
0,3 mg 139
Figura 63 - Perfis absorvãncia versus tempo sob diferentes
fluxos de ar. Zn em Orchard Leaves. Sistema 3,
tubo T de níquel 140
Figura 64 - Curvas área (A.s) versus massa de amostra. Zn
cm: (•) Orchard Lonves, 25ng/g, 20s de integra-
ção; (o) Orchard Leaves, 5s de integração ; (|)
Jeite em pó, 35,5|ig/g, 20s de integração; ((1)
leite em pó, 5s de integração. Fluxo = 1,5S..min~ .
Sistema 3, tubo T de quartzo 139
.XXI.
Figura 65 - Variação da sensibilidade (A.s/mcj) com o fluxo
de ar. Pb em: (o) Orchard Leaves; (A) Pine
Needles; (•) Tomato Leaves; (A) grama. Sistema
3, tubo T de níquel com furos 145
Figura 66 — Curvas área (A. s) versus massa de Pb para: (o)Orchard
Leaves; (•) Pine Needles;(A) Tomato Leaves.Flu
xo = 0,5f, .min"1. Sistema 3, tubo T de quartzo,
com furos 145
Figura 67 - Variação do fundo (A.s) com a massa de amostra.
Pb em Pine Neddies. Fluxo=0,51.min"1. Sistema
3, tubo T de quartzo, com furos 147
Figura 68 — Perfis absorvância versus tempo para Pine Needles:
(a) 1,838mg; (b) 1,555mg; (c) 1,146mg. Fluxo=
0,51.min"1. Sistema 3, tubo T de quartzo com
furos 147
Figura 69 - Curvas A.s versus massa de Pb para: (o)Orchard
Leaves; (•) Pine Needles; (A) Tomato Leaves. Flu
xo=1,6v .min" . Sistema 3, tubo T de quartzo,
com furo 149
Figura 70 - Perfil absorvância versus tempo para 1,6mg de
Pine Needles. Fluxo=1,61.min"1. Sistema 3, tu
bo T de quartzo com furos 149
Figura 71 - Curva A.s/mg versus concentração. Pb em dife-
rentes amostras de grama .Fluxo=0, 5 f .min"1 . Siss
tema 3, tubo T de quartzo com furos 152
.XX11.
Figura 72 — Perfis absorvãncia versus tempo para Pb em Or
chard Leaves (a) Fluxo =1,5*.min"1, tubo T de
quartzo; (b) Fluxo = 0,52-.min"1 , tubo T de quart
zo; (c) Fluxo = 0,5'.min"1, tubo T de níquel.Sis»
tema 3, tubos T com furos 152
Figura 73 - Variação da sensibilidade com a intensidade da
chama, medida pela pressão do acetileno. Pb em
grama. Sistema 3, tubo T de níquel com furos . . 154
Figura 74 — Curvas área (A.s) versus massa de amostra.Pb em
Orchard Leaves. Sistema 3, tubo T de níquel com
furos de diferentes diâmetros: (•) 3nm; (o) 2iiin . . 154
Figura 75 - Variação da sensibilidade (A.s/mg) com o fluxo
de ar. Cu em Orchard Leaves. Sistema 3, tubo T
do quartzo com furos 156
Figura 76 - Perfis absorvãncia versus tempo sob diferentes
fluxos de ar. Cu em Orchard Leaves. Sistema 3,
tubo T de quartzo, com furos 156
Figura 77 - Curvas área (A.s) versus massa de Cu em: (•) Or
chard Leaves; ([]) Spinach Leaves; (A)Tomato Lea
ves. Fluxo = 1 , 5Í. .min"1. Sistema 3, tubo T de
quartzo, com furos 157
Figura 78 - Variação da sensibilidade (A.s/mg) com o fluxo
de ar para TI em Celulose Hyphan. Sistema 3; tu
bo T de Níquel (a) cem furos, (b) sem furos. . .
.xxiii.
Figura 79 - Perfis absorvôncia versus tempo sob diferentes fluxos
de ar. TI em Celulose Hyphan. Tubo T de níquel,
com furos 161
Figura 80 - Variação da área (A.s) do sinal corrigido (V)
e do fundo (o) com a temperatura da célula de
atomização: Ti em 1mg de Celulose Hyphan.
tema 3, célula eletricamente aquecida
Figura 81 — Curvas área (A.s) versus massa de amostra. TI em Ce
lulose Hyphan. Fluxo =0,7)1.min" . Sistema 3,
tubo T de níquel : (o) com furos;(o) sem furos . . 163
Figura 82 — Variação da sensibilidade (A.s/mg) com o fluxo
de ar. Bi em Celulose Hyphan. Sistema 3, tubos
T de Níquel (a) com furos; (b) sem furos 164
Figura 83 — Curvas área (A.s) versus massa de amostra. Di
em Celulose Hyphan. Sistema 3. (a) tubo T de
níquel com furos; (b) tubo T de quartzo, sem
furos 165
Figura 84 - Perfis absorvãncia versus tempo sob diferentes
fluxos de ar. Bi em Celulose Hyphan. Sistema 3,
tubo T com furos 166
Figura 85 - Variação de área (A.s) do sinal corrigido (V)e
do fundo (o) com a temperatura da célula de
atomização. Bi em 1mg de Celulose Hyphan. Sis-
tema 3, célula aquecida eletricamente 168
.XXIV.
Figura 86 — Variação da absorção de fundo (A.s/mg) com o
comprimento de onda, para amostras de 0,1mg de
Tomato Leaves. Sislema 3, tubo T de níquel sem
furos (não aquecido) 168
Figura 87 — Perfis absorvãncia versus tempo para Cd em 0£
chard Loaves, coin deslocamento da ].inha de ba
se. Valores de A.s em diferentes tempos de in
tegração. Sistema 3, célula eletricamente aque
cida 190
Figura 88 — Curva área (A.s) versus massa. Cd em Tomato Leaves.
Sistema 3, tubo T de quartzo sem furos . . . . 190
• XXV.
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Análise direta de sólidos no forno de grafite,
a partir de suspensões 28
TABELA 2 - Materiais de Referência utilizadas neste Traba
lho 4 5
TABELA 3 - Concentração de Pb, Cd, Zn e Cu em grama (ug/g).
TABELA 4 - Figuras de relevância relativas ao Zn em dife
rentes amostras. Sistema 1. 54
TABELA 5 - Massas características de Cd; Cu, Mg, Pb, TI e
Zn por absorção atômica com chama.comparação da
técnica usual com o Sistema 1 67
TABELA 6 - Figuras de relevância relativas ao Pb em dife
rentes amostras pelo Sistema 2 76
TABELA 7 - Comparação das concentrações encontradas com
as concentrações certificadas - Pb, Sistema 2. 78
TABELA 8 - Comparação das concentrações obtidas pelo Sis-
tema 2 e no forno de grafite. Pb em grama. . . 80
TABELA 9 - Figuras de relevância relativas ao Cd em dife
rentes amostras. Sistema 2 84
TAHIILA 10 - Comp.iir.Kjão d.i;; concvnl:rnçõos iMironti\u1as com
as concentrações nominais. Cd, Sistema 2.. . .86
TABELA 11 - Comparações das concentrações obtidas pelo Sis
tema 2 e no forno de grafite. Cd em grama . . 83
TABELA 12 - Figuras de relevância relativas ao Cu em dife
rentes amostras. Sistemas 2 92
TABELA 13 - Comparação das concentrações obtidas pelo Siste
ma 2 e no forno de grafite. Cu em grama . . . 95
.XXVI.
TABELA 14 - Figuras de relevância relativas no Zn em dife
rentes amostras- Sistema 2 101
TABELA 15 - Figuras de relevância relativas a Hg, Bi e TI.
Sistema 2 102
TABELA 16 - Temperaturas mínimas de atomização (105) (106). 105
TABELA 16a- Comparação das massas características para ai.
guns elementos em diferentes matrizes. Sistema
1 versus Sistema 2 108
TABELA 17 - Figuras de relevância relativas ao Cd em dife
rentes amostras. Sistema 3. Tubo T de quartzo,
sem furos 117
TABELA 18 - Comparação das concentrações nominais com as
concentrações obtidas da curva de regressão.Cd
em grania, Sistema 3, tubo T de quartzo . . . . 119
TABELA 19 - Comparação das massas características de Cd em
diferentes amostras. Célula aquecida pela cha
ma versus célula aquecida eletricamente. . . . 124
TABELA 20 - Comparação das concentrações encontradas com
as concentrações nominais. Cd, Sistema 3, aque
cimento elétrico, 123O°C 124
TABELA 21 - Massas características para o Cd em Tomato Lea
ves. Sistema 3 126
TABELA 22 - Comparação das concentrações nominais com as
concentrações obtidas da curva de regressão.Cd
em gramas, Sistema 3, tubo "T" de níquel . . . 127
TABELA 23 - Comparação das concentrações obtidas pelo Sis-
tema 3 e no forno de grafite. Cd em gramas . . 128
TABELA 24 - Figuras de relevância relativas ao Hg em dife
rentes matrizes. Sistema 3 133
.XXV11.
TABELA 25 - Comparação das concentrações obtidas pelo Sis_
tema 3 e por métodos usuais. Hg em lama de
clareamento (ks) s cabelo 134
TABELA 26 - Variação das massas características com o tem
po de integração. Zn em diferentes matrizes.
Sistema 3, tubo T de quartzo 142
TABELA 27 - Figuras de relevância relativa ao Zn em dife
rentes matrizes. Sistema 3, tubo T de níquel. . 143
TABELA 28 - Figuras de relevância relativas a Pb em dife
rentes matrizes. Sistema 3, tubo T de níquel. • 144
TABELA 29 - Figuras de relevância relativas ao Pb em dife
rentes matrizes. Sistema 3,tubo T de quartzo. • 148
TABELA 30 - Comparação das concentrações nominais com as
concentrações obtidas da curva de regressão.
Pb em gramas, tubo T de quartzo, com furos. • 150
TABELA 31 - Comparação das concentrações obtidas pelo Sis
tema 3 e no forno de grafite. Pb em grama. . 151
TABELA 3]a- Figuras de relevância relativas ao Cu em dife
rentes matrizes. Sistema 3. Tubo T de quartzo. 158
TABELA 32 -- Comparação das concentrações certificadas de
Cu com as concentrações obtidas pelo Sistema 3. • 158
TABELA 33 - Massas características médias. Técnica usual
de chama, Sistema 2 e Sistema 3 169
TABELA 34 - Comparação das massas característicos obtidas
no Sistema 3 e no forno de grafite
TABELA 35 - Concentrações ca rac te r í s t i cas parn Cd, Pb,Cu e
Zn em grama. Sistema 2 e 3
.xxviii.
TABELA 36 - Coeficiente de regressão (semelhança máxima).
Concentrações obtidas pelos Sistemas 2 e 3 ver
sus concentrações obtidas no forno de grafite,
após dissolução, em grama 179
TABELA 37 - Variação do desvio-padrão com a concentração.
Zn em grama, Sistema 2 183
TABELA 38 - Variação do desvio-padrão com a concentração
Cd em grama, Sistema 3 191
TABELA 39 - Limites de detecção. Sistemas 2 e 3 193
TABELA 40 - Faixa de concentração de Cu em grama (estágio
imaturo) e grãos em diferentes países 194
TABELA 41 - Conteúdo de Zn em grãos de diferentes países
(ug/g, peso seco) 195
TABELA 42 - Concentrações aproximadas de elementos traços
em folhas maduras, generalizadas para várias
espécies (ug/g, peso seco) 195
TABELA 43 - Programa de temperatura para determinação de
Cd em Tomato Leaves, com correção Zeeman. . . . 200
TABELA 44 - Resultados relativos ao estudo de homogeneida
do do Cd em Tomato Leaves 201
TABELA 45 - Programas de temperaturas 204
.XXIX.
GLOSSÁRIO
A — A b s o r v ã n c i a
AAS - Espoctrofotometria de absorção atômica.
D a - Correção de fundo com lâmpada de arco de deutério
SH - Correção de fundo Smi l.h-Hief t jo
Z - Correção de fundo pelo efeito Zeeman
R - Coeficiente de correlação
n - Número de leituras de uma mesma amostra em determinadas condições
STPF - "S tab i l i zed Temperature Platform Furnace"
spp - Ultra puro
sub - Subdest i lado
C - Concentração
in - Massa característica
C - Concentração característica
Am - Intervalo de massa em que foi realizado o experimento
d - Desvio
BC, - Absorção de fundo
AA-BG - Absorvãncia corrigida
R-X - Fhnroncência de raios-x
MIP - Plasma induzido por microondas
ZAAS Espectrometria de absorção íitômica utilizando a corre
ção de fundo pelo efeito Zeeman
s - Desvio padrão estimado.
BCR - "Community Bureau of Reference"
NBS - "National Bureau of Standards"
.1.
1. INTRODUÇÃO
A absorção atômica com chama é um método original-
mente desenvolvido para a análise de «mostras líquidas.
Amostras sólidas devem ser antes dissolvidas, passando
esse a ser um dos passos do pré-tratamento. Esta etapa, em
especial pelo fato de a absorção atômica lidar com a deter
minação de elementos-traço, pode causar contaminações ou
perdas, que venham a comprometer o resultado da análise,con
sumindo também um tempo que quase sempre é relativamente
grande ou pelo menos bem maior do que a determinação em si.
Muitas vezes a abertura da amostra requer reagentes especi.
ais, de alto custo, e exige do analista prática e experien
cia. A análise direta de amostras sólidas por absorção atô
mica surge então como uma possibilidade de contornar essa
parte do pré-tratamento das amostras, diminuindo os riscos
de contaminação ou perda, e o tempo de análise. A abertura
da amostra leva também a uma diluição da concentração do
analíto na amostra (em sua forma final), ocasionando uma
perda do sensibilidade no procedimento analítico total,além
de requerer uma massa de amostra maior do que aquela ne
cessár-ia, caso pudesse vir a ser analisada diretamente. De
ve-se ter em mente que um sem número de amostras é obt_i
do, originalmente na forma de sólidos (metais, ligas, mine
rios, solos, tecidos vegetais e animais, etc..) e que o
desenvolvimento de novas técnicas analíticas objetivam sem
pre mais simplicidade,maior sensibilidade e menor quantida
de de amostras possível, i.e., exatamente o que oferece a
.2.
análise direta de sólidos.
Apesar das vantagens imediatamente aparentes da
análise direta de amostras sólidas por absorção atômica, um
esforço muito maior foi e é dispensado no desenvolvimento
de técnicas de abertura e pré-concentração com vistas ã
aplicação em absorção atômica. Sem dúvida, entre as cau-
sas disto está o fato de que a absorção atômica com cha
ma, primeiramente desenvolvida, é de difícil adaptação à
análise direta de sólidos, o que gerou um grande movimento
no sentido do desenvolvimento de técnicas de dissolução,
a fim de adaptor as amostras às necessidades do conjunto
neòulizador-queimador, o primeiro e mais amplamente difun-
dido sistema comercial de introdução de amostra.
Com o advento da atomização eletrotérmica, a seri
sibilidade da absorção atômica aumentou de várias ordens de
grandeza, permitindo a análise de amostras muito mais diluí
das. Isto Lornou ainda mais críticos os problemas de conta
minação e perdas relativos, â abertura de amostras. E, embo
ra sejam necessários apenas alguns microlitros de amostra,
a abertura, por problemas técnicos, necessita de volumes
finais maioios, anulando parte desta vantagem. Portanto,
apesar de ser a atomização eletrotérmica muito mais facil
mente adaptável à análise de sólidos, a maior parte dos es
forços foi ainda feita no sentido do desenvolvimento de
técnicas seguras de abertura ao nível do ng/g. Ironicamente,
L'vov, nos seus trabalhos pioneiros com seu forno de grafi
,3.
te, já utilizava a análise direta de sõlidos(i)— Natural,
mente, amostras líquidas são mais facilmente manuseãveis,
permitindo a automatização da introdução da amostra e o
pré-tratamento térmico no forno elimina parte da matriz, d^
minuindo seus possíveis efeitos. Este era um dos grandes
problemas da atomização eletrotérmica, no início dos anos
70, uma vez que a maioria dos aparelhos comerciais adotou o
desenho de Massman para o forno de grafite (2). Com o ad
vento do conceito STPF (3) e da correção de fundo baseada
no efeito Zeeman (4), os principais problemas associados ã
análise direta de sólidos pelo forno de grafite (alta absor
ção de fundo e efeitos de matriz) foram contornados, e o
interesse por essa técnica de introdução de amostras vem
aumentando progressivamente, conforme pode ser verificado,
nas revisões existentes sobre o assunto (5), (6), (7), (8), (9),
pelo número crescente de trabalhos na área. 0 estado da ar
te no ccimpo vem sendo avaliado, desde 1984, por simpósios
específicos (10) ,(11).
A análise direta de sólidos por absorção atômica
apresenta, porém, alguns problemas. Como massas muito pe
quenas de amostra são utilizadas (entre 0,1 e 1,0 mg, gerajL
mente), a questão da homogeneidade da amostra torna-se críti
ca; nem todo o pré-tratamento é eliminado e algumas fases
restantes podem vir a ser intensificadas, como é o caso da
pulverização e da homogeneização; muitas vezes, a baixa ho
mogeneidade de uma amostra implica na necessidade de um
maior número de leituras com vistas a um resultado confia
vel, o que pode comprometer o tempo ganho na eliminação da
etapa de abertura; os efeitos de matriz e fundo são de qua_l
quer modo mais intensos e, no caso do forno de grafite, nem
sempre totalmente evitâveis pela utilização de condições
STPF; a análise de sólidos é, finalmente, de automatização
bem mais complexa. A Fig. 1 compara a evolução do número
de trabalhos publicados envolvendo absorção atômica (chama
e forno de grafite) (2) com o número de trabalhos publica
dos envolvendo análise direta de sólidos por absorção
atômica. Na Figura 1 observa-se que a análise direta de só
lidos por absorção atômica tende a acompanhar a evolução
do forno de grafite, o que é esperado, porquanto, confer
me discutido, a análise direta de sólidos 6 muito mais com
patível com o forno de grafite do que com a chama.
A técnica de chama permanece, porém, como a versão
mais difundida da absorção atômica, tanto por sua maior sim
plicidade como pelo seu menor custo. Daí a grande utilida
de que adviria de uma técnica também simples, e segura, que
permitisse seu uso na análise direta de sólidos. Este traba
lho descreve uma técnica com essas qualidades, para a deter
minação de elementos voláteis (Hg, Cd, Pb, Ti, Zn, Cu) em
amostras combustíveis por espectrofotometria de absorção
atômica com chama. Três diferentes sistemas baseados no
mesmo princípio foram estudados, e aplicados ã determinação
dos elementos citados em diferentes matrizes, sendo os resul.
tados comparados com os valores relatados na literatura ou
com aqueles obtidos por procedimentos usuais de análise.
NUMERO DE PUBLICAÇÕES. CHAMA E GFAA
NÚMERO DE PUBLICAÇÕES. ANÁLISE DIRETA DE SÓLIDOS- AA.
FIGUKA 1 - Evoluçno ao lomjo dor, anos 70 e 80 do número de traba-lhos publicados envolvendo a utilização da absorção atômica com chama (A), cora atomizaçâo elotrotérmica (o) êutiIização da análise direta de sólidos (•).
.6.
2. A ANÁLISE DIRETA DE SÓLIDOS POR ABSORÇÃO ATÔMICA
2.1 - AMOSTRAGEM E PREPARO DA AMOSTRA
A análise direta de sólidos por absorção atômica
necessita somente de uma pequena quantidade de amostra, ge
ralmente entre 0,1 e lOmg, por leitura. Embora isso possa
ser visto como uma vantagem (e o é, em vários casos), faz,
entretanto, com que determinados problemas se ampliem.
Um destes problemas é a amostragem. Se o material é absolu-
tamente homogêneo, qualquer alíquota tomada para amostra é
representativa de todo o material. Mas essa é uma situação
ideal. Na realidade as amostras são, quase sempre, maten
ais não homogêneos e dai que, quanto menor a massa de amos
tra tomada, maiores serão as dúvidas quanto â sua represon-
tatividcidc. O erro de uma determinação, reClcLiiki no flutua
ção de uma série de resultados parciais, depende dos
erros associados a cada etapa da análise. São bem conheci
dos, e até previsíveis,os erros associados aos diferentes pré
tratamentos, como extração, pré-concentração, precipitação,
etc..., ou aqueles associados a leitura instrumental da pro
priudade relacionada à concentração da amostra (absorvância,
p. ex.). Mas, o mesmo não ocorre quanto â amostragem (12).
FreijOontemente o analista noeessitn amostrar o material
recebido, pois, a sua quantidade 6,em gerolrmuito maior
do que aquela necessária para a análise, e quase sempre es
ta amostragem é feita como se o material fosse homogêneo,
. 7 .
esquecendo-se, porém, que a qualidade do resultado nunca será
melhor do que a da amostragem.
2.1.1 - TEORIA DA AMOSTRAGEM
Uma amostra que contenha diferentes componentes
contém duas fontes de heterogeneidade: a distribuirão des_i
gual dos diferentes componentes ao longo do material, por
segregação, e a distribuição randômica. Componentes são
aqui entendidos como, por exemplo, diferentes tipos de par
tículas em uma amostra mineral ou diferentes tipos de teci
dos em uma amostra biológica. A segregação é causada por
diferenças entre os componentes, tais como o tamanho médio
das partículas, sua forma, densidade, etc. A segregação po
de ser contornada pelo uso de ferramentas que a reduzem a
um mínimo (13) (14). Já a distribuição randômica estará
sempre presente. Uma teoria da amostragem pretende-se,
pois, capaz de prever as flutuações esperadas relativas ã
amostragem de um material determinado, ou indicar procodi^
mentos que permitam venha a amostragem a correspon
der ao nível de precisão exigido para uma análise.
VJsmnn (15) incorporou os conceitos ncimn nn oqua
ção tjoriil S' = A/W + U/N, (eq. 2.1) onde S' c a vuriância
total relativa à amostragem, A é uma constante relativa
à variação randômica, B é uma constante relativa ã segre
gação, W é a quantidade total de amostm, e N o nume
ro de amostras coletadas. A constante A para uma dete£
minada amostra poderia ser estimada tomando-se uma série
.8.
de pequenas amostras onde fosse possível assumir que B/N=O.
Do mesmo modo, pode-se estimar B em uma situação em que
A/H =0, tal como tomando-se alíquotas com grande massa W.
Deste modo, por exemplo, o peso de amostra a to
mar para unia determinada variãncia S2 ser alcançada, es
pecificando o número de amostragens, seria dado por
W = A/(NS2-b) (eq. 2.2). Ou para uma dada massa de amos
tra, o número N de alíquotas a tomar para que seja cum-
prida uma variãncia S2 será N = A+BW/S2W (oq. 2.3).
Uma equação mais completa é dada por Benedetti-
Pichlcr (16), para uma população binaria, i.e., unia amostra
com dois componentes:
2.4), onde
o ê o desvio padrão absoluto do percentual do analito nu
ma mlstAiiM de componentes A e H; il v ún são ns dmi.idniles das
partículas dos componentes A e B; d é a densidade média (geo
métrica), admitindo que todas as partículas têm volumes
iguais; P. é o percentual do analito x no camponente A;
P_ ó- o percentual do analito x no componente B; p é
a fração do número total de partículas que são do componen
te A; 1-p é a fração do número total de partículas per
tencentes ao componente B, e n é o número total de paj:
tículas. Embora desenvolvida para dois componentes, esta
expressão pode ser estendida a uma mistura com um número
maior de componentes. A eq. 2.4, além de assumir dimensões
.9.
idênticas para todas as partículas, apresenta o incoven_i
ente de lidar com número de partículas e não com massa.
Wilson (17) modificou esta equação de modo a colocá-la em
termos de tamanho de part leu In, peso do omofitrn, concentra
ção e densidade, e obteve,para mistura de dois componentes
sE = (trt2)d1 d
1/ 2
(eq. 2.5) onde
So é o desvio padrão absoluto da concentração da substân
cia ou elemento E; t1 é a fração da concentração de E
no componente 1; t~ é a fração da concentração de E no
componente 2; W.. é a proporção em peso do componente 1;
W~ é a proporção em peso do componente 2; d é a densida
de média (geométrica); V, o volume das partículas e W é
o peso tomado de amostra. Dessa equação fica claro que
quanto mais próximas as concentrações de E em 1 e 2, me
nor será Sp;(t1/t2 -• 1 ; S > 0). A equação de Wilson
pode ser estendida para uma amostra com mais de dois compo
nentes e, admitindo-se densidades iguais, para três compo
nentes toma a forma
W W, 2W,W..
4i 4l/;
(eq. 2.6)
A equação de Wilson foi testada por Grant e Pel ton (12) pa
ra o caso em que o analito estava contido em apenas um
dos componentes da amostra. Este é o caso da equação de
.10.
Wilson em que t- = 1 e t_ = 0, para dois componentes,
e ela toma a forma
SE "
W2 d1 d
(
1/ 7
(eq. 2.7).
Na verificação experimental da equação os autores
constataram que apenas em alguns casos os resultados pre
vistos pela equação concordavam razoavelmente com aqueles
obtidos experimentalmente.
Brands (18) desenvolveu uma teoria de amostragem
mais completa para materiais não homogêneos com q componen
tes, não desprezando a covariância entre os termos, e util_i
zando parâmetros experimentais mais simples relativos ao- mJL
terial, e que atendem somente â flutuação de amostragem d£
vido ã variação randômica. Para uma quantidade 1 imitada de
material, Brands sugere a equação
2(c02(c) = l1=1
ÓC -fiecov(n, ,n.)• -jr^- cav(n^,n.)+ 2 -^- j~- ^v,..,,...; (Eq. 2.8) ,
onde o2 (c) é a variância total da concentração média; q é
o número de componentes da mistura, o'2 é a variância par
ciai relativa a cada um dos parâmetros que agem sobre a
.1.1.
variância total; c. é a concentração do analito no compo
nente i; n. é o número de partículas do componente i;
Jòi é o tamanho das partículas do componente i; e cov(n. ,n.)
significam as funções de covariãncia. A equação de Brands
pode ser desmembrada nos seus diferentes termos:
a) variação da concentração entre as diferentes partículas
de um mesmo componente, o2(c,c.);
b) variação do tamanho das partículas num mesmo componen-
tes, o2 (c, l^) ;
c) variação do número de partículas em cada componente da
amostra, o z(c,n i);
* covariãncia entre o número e o tamanho das partículas,
e) covarinncia entre o número de partículas, cov(n^,n.).
Outros termos de covariãncia não necessitam ser con-
siderados, já que a concentração em diferentes particij
Ias e o tamanho de cada uma delas são independentes um do
outro. Para cada um dos termos explicitados há uma função
relacionada que pode ter seus parâmetros obtidos experimen
talmente, a partir das propriedades do material. Uma amos_
tragem (30.000 alíquotas) foi simulada em computador, e a
comparação dos valores previstos com os valores obtidos mos
trou um bom ajuste entre os resultados.
Grobecker et ai (19), tendo em vista a complexida
de das relações provenientes ou necessárias para a equação
.12.
de Brands, simplificam o cálculo do erro relativo ã amostra
gem definindo um "fator relativo de homogeneidade". Da pró
pria equação de Brands é possível verificar que o2 - 1/W.A£
sim,é possível definir-se um fator H_, tal que (o%)2 = E ^
(eq. 2.9) . !!„ é chamado fator relativo de homogeneidade e
W é a massa de amostra. Esse fator pode ser entendido como
o valor numérico da variância associada ã amostragem de al_í
quotas com massas de 1mg, e deve ser determinado experimental—
mente. Grobecker e col. determinaram \\ para uma série deEi
amostras, utilizando a análise direta de sólidos por absor-
ção atômica com forno de grafite com correção Zeeman. A in
tonção ó que II passe a ser uma das cnraclorííjtlcíin ;i constnr
da descrição de padrões e amostras, de modo a fornecer ao
analista uma idéia do erro de amostragem esperado. Porém,
tem-sp de admitir que o método de análise utilizado
para determinar HE não contém em si nenhum erro que não o
de amostragem, ou que pelo menos o erro intrínseco ao meto
do será bem menor do que o erro de amostragem.
A redução sugerida por Grobecker assemelha-se àque
Ia sugerida por Ingamells (20) que também propôs uma constan-
te (Ks) que permite estimar os erros de subamostragem de
um material heterogêneo bem misturado, i.e.,sem oegregação.
A equação tem a mesma forma da apresentado por Grobecker,
W = K-/R2 (eq.2.10). onde W é a massa de amostra a ser
tomada a fim do se obter um desvio-padrão relativo R. Esta
constante Kg é relacionada com os fatores de Gy (21), pio
neiro nos trabalho sobre erros devidos ã amostragem. Gy
relaciona como fatores determinantes na amostragem de um
.13.
material heterogêneo, a forma de partícula, a distribuição
do tamanho das partículas, a composição das fases e o grau
com que o componente ê liberado da matriz durante a moa-
gem. A cada um deles associa um fator (f, g, c e 0., res;
pectivamente) e sugere meios de estimá-los. A variância
devida ã amostragem será
S2 = f. g. c. l p3/W (eq. 2.11), onde \i é a
dimensão linear das partículas maiores. É evidente que o
fator K de Ingamels é equivalente ao fator f. g. c. l. p3
da equação de Gy. A constante K também se relaciona com a
constante A de Visman, no caso do material sem segregação1,-2 _ _
(B = 0) , sendo A = 10 :: K , onde x e a concentração me
dia do ana li to.
Também L'vov (1) preocupou-se com a influência da
amostragem na flutuação dos resultados, nos seus estudos com
o forno de grafite. L'vov sugere a heterogeneidade da
amostra, sua introdução, e as variações de temperatura e
pressão como as principais causas de erro nas medidas de
absorvãncia, quando da análise direta de sólidos pelo forno
de grafite. Tendo em vista que tanto a temperatura como a
pressão podem ser razoavelmente reprodutivas, não devem res
ponder por uma variação maior que 5%. Contendo o sólido a
ser analisado q componentes, estando o analito presente
como um deles, tendo as partículas 3pm de diâmetro e densi
dade de 3g/cmJ, é fácil calcular que, em uma amostra de
1mg, contendo 1 x 10~ % do analito, este estará distribuído
.14.
em tão somente 25 grãos. A equação An/n = 1//?P (oq. 2.12)
fornece o coeficiente de variação do número de grãos em
amostras individuais. Com n = 25, An/n = 1/5 = 20%. Fica
claro que, quanto mais pulverizada estiver a amostra, menor
será o erro de amostragem. Se as dimensões da partícula
não excedessem a 1pm, teríamos n = 700 e An/n = 0,04 = 4%.
L'vov (1) também demonstra,experimentalmente,que a disper
são dos resultados é inversamente proporcional ã massa de
alíquota tomada para medida, na análise com o forno de gra
fite, S(%) u 1//W"1.
Observa-se, na literatura, que a maioria dos traba
lhos sobre desenvolvimento de teorias a respeito de erros
associados ã amostragem lida com modelos baseados em amos
trás geológicas. Tais teorias contemplam os fatores físicos
dessas amostras, tais como número de componentes,dimensões
de partículas, distribuição do analito entre os diferentes
componentes, densidades, etc. Amostras biológicas nem sem
pre podem ser descritas dessa forma, e a variação da concen
tração do analito num mesmo componente pode ser muito gran
de. Grobecker et ai (19)encontraram valores de H* relativar. —
mente altos em algumas amostras biolóaicas, comparáveis ou
ntôioKes do que alguns obtidos para nuitería] inorgânico. Mas,
na maioria dos casos estudados por esses autores, as amos
trás biológicas apresentam valores do H_ mais baixos doCa
que ÍIS amostras geológicas. Mohl et ai (22) estudaram
uma série de materiais de referência biológicos (BCR
e NBS) , empregando a análise direta por absorção atô-
.15.
mica com forno de grafite e correção Zeeman. Alguns
padrões apresentam resultados bastante dispersos, conquanto
nem sempre seja possível calcular os valores de I!E, uma vez
que os autores não relatam todos os dados necessários. A
homogeneidade observada foi significativamente diferente pa
ra Cd e Pb em vários materiais, de modo quo a distribui^
ção de um dado elemento não pode ser usada pnra estimar a
de outro.
2.1.2 - PREPARO DA AMOSTRA
Para a análise direta de sólidos por absorção atõ
mica, a parte fundamental do preparo de uma amostra é a sua
pulverização. Já foi visto que quanto maior o grau de pulve
rização,menor será o erro de amostragem mas, por outro lado,
uma pulverização prolongada introduzirá contaminação prove
niente do desgaste do equipamento de moagem. Notou-so,
por exemplo, que quando 200g de quartzo foram pulveriza
dos com pistilo e gral de ágata por 19,5h , a
p^rda em peso do gral foi de 0,18g (peso total de 635g) e
para o pistilo, 0,102g (268g de peso total) (23). A ágata
e o carbeto são os materiais mais aconselháveis para a moa
gem. Devem-se evitar metais, e foi observado (24) que corun
dum é menos satisfatório do que ágata. Manualmente, é possí
vel levar-se uma amostra até 270 mesh (53|im) . Equipamentos
automáticos podem subdividir a amostra em partículas entre
1 e 5mn. Muitas vezes évantajoso se misturar pó de grafite
.16.
a algumas amostras inorgânicas, como fosfatos e silicatos,
evitando-se que a amostra funda-se num glóbulo e prevenin
do o ataque ao forno de grafite, quando for o cnso.
Materiais dúcteis, como metais e ligas,devem ser
amostrados por ferramentas de corte (tornos ou furadeiras),
de modo a se obterem lascas do matéria] tão pequenas quanto pos-
sível. As amostras não devem ser retiradas da superfície
do material. Deve-se evitar a contaminarão pelo lubrifican
te da máquina ou pelo transporte do material de uma amostra
para a seguinte.
Tecidos biológicos macios dovem ser prjnioirainente
fragmentados e homogeneizados, picando-se o material e daí pulverj.
zando-o e homogeneizando-o , após secagem. Sempre que po£
sívei, os instrumentos de trabalho deve ser feitos de não metais,
como facas de silica, pinças cobertas com plástico , etc.
Naqueles casos em que o uso de uma ferramenta de metal é
inevitável, aconselha-se o uso daquelas feitas de titânio.
Algumas amostras podem também ser pulverizadas pela ação
de uma hélice rotatória, semelhante a um liqüidificador. Um
interessante equipamento para a fragmentação e homogeneiza-
ção de pequenas quantidades de tecidos macios é o microdes
membrador, que consiste em um recipiente do PTFE com uma
bola de aço recoberta com PTFE. O conjunto é vibrado rapj.
damente à temperatura do nitrogênio líquido.
.17.
2.2 - REVISÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE DIRETA DE SÓLIDOS POR
ABSORÇÃO ATÔMICA
2.2.1 - ABSORÇÃO ATÔMICA COM CHAMA
A absorção atômica com chama apresenta evidentes
dificuldades em ser adaptada ao uso de amostras sólidas.
Não obstante, vários autores desenvolveram esforços com
vistas à consecução desse desiderato.
Poucas são as tentativas de inserir a amostra di
retamente na chama. Um pequeno cadinho, de platina ou gra
fite, preso a um mecanismo para iserí-lo e retirá-lo da
chama foi utilizado (25) (26). Neste caso, somente os ele
mentos mais voláteis são determináveis. Outra técnica con
siste na mistura da amostra com um agente dispersante sóli.
do, depositando-se então a mistura entre os fios de rosca
de um parafuso de aço, montado num dispositivo móvel. Gira
se então o parafuso, deslocando-o, com a amostra pnra a
chama (27) (28). Não consta que nenhuma dessas duas técni
ca tenham obtido aceitação.
Existem várias descrições,na literatura,de técni.
cas que procuram introduzir a amostra sólida na chama atra
vés da câmara de mistura. Numa delas, a amostra é mistura
da com um agente dispersante sólido c, com a ajuda de um
parafuso de Arquimedes, introduzida na corrente de gás que
alimenta a chama (29). Mais comum, porém,é a tentativa de
se suspender a amostra finamente dividida num agente dis
.18.
persante líquido, e aspirar a mistura, tal qual na técnica
usual de chama. As maiores dificuldades, no caso, são o
entupimento do capilar do nebulizador e a volatilizaçao
incompleta das partículas na chama . L'vov (1) mostrou que
para se obter um limite de detecção relativo em torno de
10~ %, é necessário introduzir a amostra a uma taxa de
1g/s, o que é, em termos práticos, irrealizável. Paralela
mente, a amostra deveria ser pulverizada em partículas me
nores que lym, a fim de serem totalmente vaporizadas na
chama. 0 que se observa na prática é,pois, que a eficien
cia da atomização é bem menor do que 1001, que padrões se
melhantes às amostras são necessários, e que os resultados
são pouco exatos. Entretanto, isso não impede que a
literatura mostre várias aplicações desta técnica. Na de
terminação de metais em óleos lubrificantes em uso foi am
piamente utilizada, embora hoje esteja abandonada (30) ,õxi_
do de alumínio (31), metais e ligas dispersas em água por
centelhamento (32), óxidos de estanho (33), amostras geoló
gicas (34) e pigmentos à base de oxido de titânio (35) foram
também analisados em chama a partir de suspensões em água
ou solventes orgânicos. Mais recentemente, a técnica foi
aplicada à determinação de Pd em catalisadores (3b), a
análise de "sludge" (37), solos (38), plantas (39), te
cidos animais (40), amostras geológicas (41), carvão (42)
e suspensões de carbonato de cálcio, oxido de cobre e Cu
(43). Uma outra possibilidade para a análise direta de
sólidos em AA-chama, é a utilização de uma técnica externa de
vaporização da amostra e posterior introdução da amostra
.19.
vaporizada na chama. A vaporização da amostra pode ser ftvi
ta por arco, centelha, laser, ou mesmo eletrotermicamente.
Estas técnicas foram revistas por Kantor (44) , e a vaporiza
ção com laser foi revista por Dittrich e Wennrich (45). Uma
das principais vantagens destas técnicas é a separação do
processo de vaporização do de atomização, o que leva a roeno
res absorções de fundo. Human et ai (46) utilizam uma cen
telha convencional, de alta voltagem, operando a 50 fiz, pa
ra amostrar e nebulizar materiais sólidos condutores. A ne
bulização dá-se numa câmara, onde a amostra, na forma de um
disco de pelo menos 35 mm de diâmetro, age como ca todo. O
aerossol gerado é transportado para a chama através de um tu
bo de 70 cm, a um fluxo de li.iain" . A sensibilidade foi a
mesma para tubos de 10 cm, e para ar ou argõnio. A leitura
é feita em altura de pico, com cada descarga durando cerca
de 3 min, o suficiente para alcançar um estado estacionário.
A calibração é feita com padrões sólidos. Winge et ai (47)
utilizam um arco para nebulizar ligas condutoras, analisan-
do o aerossol em uma chama de oxido nitroso-acetileno. O aeros
sol é gerado numa câmara, onde a amostra serve como catodo,
e é carreado para a chama por argõnio a 6#3f..min~1. A leitu
ra é feita integrando-se o sinal por 8s. Foi observado que
a adição de 0,5% de nitrogênio ao qás de arraste diminui
o ruido e aumenta a intensidade do sinal. Amostras não con
dutoras também podem ser nebulizadas a partir de eletrodos
de grafite convencionais (48). Recentemente, foi descrito
(49) um sistema em que a amostra é vaporizada por um "jato
de plasma" e transportada para uma célula de absorção pre
.20.
viamente purgada por argõnio. Parâmetros como a intcnsida
de da corrente, fluxo e pressão do argõnio são continuation
te monitorados e controlados por um microprocessador, o
que permite uma reprodutibi1 idade do sinal na ordem de 0,2%.
O sistema pode ser adaptado em qualquer aparelho de abso£
ção atômica. A calibração é feita pelo uso de ligas com
concentração conhecidas. O fluxo de gás não é maior que
It min~ . A técnica permite a determinação de elementos refra
tários tais como No e V. Kantor (50) vaporiza a amostra
com um laser <lo ncodimio, nela Cocado por um microscópio,
numa câmara de vidro. O conjunto é aberto de modo a perna
tir que, por ura sistema de capilares concêntrlcos, o pró
prio ar, a um fluxo de 3,21.min" , carreie o aerossol para
a chama. Elementos como Fe, Na, Cu e Zn foram determina
dos em diferentes amostras, utilizando-se como padrões
amostras com concentrações conhecidas do analito, e o des
vio padrão-médio foi de 10*. Uma outra possibilidade de
sistema onde a amostra sólida é vaporizada e daí transpor-
tada para a chama é descrita por Kanipayor et ai (51). Nes
te caso,a amostra é vaporizada cletrotermicamente, num for
no de grafite,e o aerossol é transportado para um tubo T
de quartzo, colocado sobre a chama, com o feixe ótico pas
sando pelo seu interior. O tubo T tem urna ranhura lon
gitudinal na sua parte inferior, de modo a permitir a
entrada da chama. As amostras podem ser vaporizadas com
ou sem pré-tratamento térmico. O gás de transporte é argô
nio, a fluxos variáveis entre 0,07 e 0,6 1 .min" . A sensi
bilidade pode variar com a matriz, de modo que são usadas
.21.
algumas vezes padrões sólidos, em outras, padrões aquosos,
e as leituras realizadas em altura de pico. A sensibilida
de é inferior ã técnica usual com o forno de grafite, mas
a absorção de fundo é também menor. Massas de atõ 200 mg
são analisáveis. Mais recentemente, a evaporação eLetroLér
nica foi utilizada na determinação de Si em oxido de fer
ro, usando-se uma chama do oxido nitroso-acetilcno para a
atomização (52).
Outra forma de combinar a atomização eletro
térmica com a absorção atômica com chama é a técnica em
que uma cápsula de grafite, contendo a amostra sólida, é
eletroaquccid.i dontro da chama, imediatamente abaixo do
caminho ótico. A cápsula pode ser aberta (53) ou fechada
(54) (55) (9) . No segundo caso os vapores se difundem atra
vés do grafite, evitando ejeção da amostra. A padronização
é feita com padrões sólidos, semelhantes às amostras, e é
lido o sinal integrado. Uma revisão dos trabalhos publica
dos sobre esta técnica é encontrada em (54).
2.2.2 - ABSORÇÃO ATÔMICA COM ATOMTZAÇÃO KI.F.TROTRRMICA
A atomização eletrotérmica vem sendo extensivamen
te utilizada para a análise direta de sólidos por absorção
atômica. Comparativamente ã absorção atômica com chama,
a atomização eletrotérmica contorna os problemas de intro
dução de amostra da primeira e, uti.1 izando-sn o devido
programa de temperatura, permite a atomizaçnn mais comple
.22.
ta do analito. Já nos primõrdios do desenvolvimento do for
no de grafite, amostras sólidas foram utilizadas (1).
A forma mais difundida e amplamente utilizada de
célula para a atomização eletrotérmica é o forno de grafite,
e o é também para a análise de sólidos. A amostra pode ser
introduzida em tubos de grafite normais através do port_i
ço de introdução de amostras líquidas, por uma pipeta espe
cialmente desenhada para a amostragem de sólidos (56), ou
pelo uso de uma colher de tãntalo, quando entno a amostra
ê introduzida pelas entradas laterais do tubo (57). Em am
bos os casos a massa amostrada é determinada pela diferença
de peso do amostrador cheio, c dele vazio, cipós a introdiJ
ção da amostra no tubo de grafite. As amostras podem ser
também pesadas diretamente em cíípsulas de grafite, que são
então introduzidas em tubos de grafite especialmente dese
olhados para recebê-las. Estas cápsulas podem ser encaixa
das no forno, à temperatura ambiente (58) (59), passando
posteriormente por todos os estágios do programa de tempera
tura, ou então introduzidas num forno previamente aquecido,
com (1) (60) e sem (61) um eletrodo auxiliar. Neste segun-
do caso, uma tampa de grafite poroso sobre a cápsula permi.
te a difusão do analito mas diminui radical monte a absorção
de fundo. Outra possibilidade (62) o a introdução da
amostra no tubo aquecido por um pórtico lateral, através de
um braço de grafite, no extremo do qual está a amostra. A
introdução da amostra no forno aquecido permite que a atomji
zação ocorra quando a temperatura do forno já está estab_i
lizada, levando a uma atomização menos passível de interfe-
.23.
rências. A amostra pode ser previamente calcinada, de modo
a diminuir a absorção de fundo quando da atomização. Neste
caso, a amostra é introduzida no forno, calcinadae retirada
do forno; o forno então é levado à temperatura de atomiza
ção, e a amostra calcinada é rein produzida. Outra forma
de simplificação de matriz é sugerida por Rettberg e Holcom
be (63) . Neste caso, a amostra é pesada numa pequena cápsu
Ia,introduzida no forno de grafite, e aquecida. Os elemen
tos mais voláteis são então "destilados" para um "plug" en
càixado na parte superior do tubo>"plug«este resfriado por
água, e no qual então se depositam os elementos mais vo
láteis. O tubo é resfriado n temperatura ambiente, a cnpsu
Ia é retirada, e o tubo novamente aquecido,mas agora à tem
peratura de atomização, ao mesmo tempo em que a água de re
frigeração do"plug"é cortada, causando a atomização dos ele
mentos nele depositados. Schmidt e Falk (64) descrevem um
novo desenho do tubo de grafite formado de duas partes con
centricas, onde a amostra é colocada na parte mais externa
e daí atomizada, segundo um programa de temperatura pré-de
terminado. Kurfürst (65) relata um estudo comparativo de
quatro sistemas comerciais do introdução do amostrnn para a
análise direta de sólidos em forno de grafite, tanto em re
lação â operacional idade como em relação ao efeito de plata
forma. Os sistemas são:"microboat" (IL) ;"p.1íittformboat"(Gr(ln
Optik), "miniature cup"(Hitachi);"cup-in"(Perkin Elmer). O
autor sugere algumas regras em relação ã análise de sólidos
em forno de grafite, a saber: a velocidade de aquecimento
relativa à atomização deve ser suficientemente rápida para
obter-se a sensibilidade desejada, mas raramente será ne
.24.
cessaria a velocidade máxima; a temperatura de atomização
deve ser a menor possível; um período de resfriamento deve
existir entre as etapas de pré-tratamento térmico ede atoniza
ção.
Sem dúvida, porém, um grande impulso para a anál i
se direta de sólidos por absorção atômica ocorreu com o ad
vento da correção do fundo utilizando o efeito Zeeman. A
grande capacidade de correção deste sistema permite elimi-
nar a interferência de um fundo intenso e complexo, como
é o caso, geralmente, da análise direta de sólidos. Já nos
seus primórdios, em 1971, a correção Zeeman era aplicada à
análise direta de sólidos (66), e desde sua introdução co
mercial, em 1978, vem ocupando cada vez mais este campo. Já
em 1984, a grande maioria dos trabalhos apresentados no
Colloquium of the State-of-the-Art of Solid Sampling - AAS
envolve a utilização do efeito Zeeman para a correção da
absorção de fundo.
De posse de um sistema eficiente de correção de
•fundo reguardando-se o conceito STPF e pesquisando-se cuidei
dosamente o programa de temperatura, é possível, muitas ve
zes, se proceder a" calibração com padrões aquosos, com os
conseqüentes ganhos em tempo e em flexibilidade (67) (68) .
Apesar desses ganhos, Rosopulo et ai(69) sugerem serem os padrões
sólidos sempre mais adequados,já que os padrões sólidos não
precisam ser sempre preparados, não gerando erros de dilui-
ção; são mais estáveis, não havendo os problemas de adsor-
ção; são menos sucetíveis ã contaminação; não há diferença
.25.
no caso de pesagem entre padrões e amostras, pois são me-
didas com o mesmo instrumento, a balança. Alguns autores
utilizam também modificadores de matriz (70) , embora a
ação desses modificadores sobre amostras sólidas possa ser
problemática, uma vez que não se pode afirmar que o contato
entre o modificador e toda a amostra seja garantido(71). Outroe
autores (72) (73) utilizam oxigênio na etapa de calcinação
da amostra, a fim de garantir uma simplificação mais efeti-
va da matriz. O que se observa na literatura é que, cada
vez mais, para os elementos menos refratários, os efeitos
de matriz vêm sendo vencidos, com o auxílio dos meios discti
tidos acima. Porém, aindn so encontram problemas para os
elementos mais refratários (72) pelo menos em algumas matri.
zes onde então o uso de padrões sólidos, com composição se
melhante ã da amostra, é indicado. Uma questão que surge na
análise direta de sólidos é relativa ã análise de amostras
muito concentradas, uma vez que há um limite mínimo de pesa
gem, e diluições não são possíveis ou desejáveis (diluições
de sólidos em sólidos levam a problemas quanto à homogenei-
dade) . Neste caso,ou são utilizadas linhas menos sensíveis
ou então procura-se diminuir a sensibilidade passando-se um
certo fluxo de gás inerte pelo tubo no momento da leitura,
diminuindo-se, com isso, o tempo de residência do analito
no caminho ótico. Esta segunda alternativa faz com que o
sistema fuja às condições STPF mas, ainda assim, alguns au
tores (70) a usaram com sucesso.
Além da correção de fundo utilizando o efeito Zeeman,
foi recentemente introduzida uma outra técnica de correção
MHVERSIDAK CATÓLICA
.26.
de fundo bem mais eficiente do que a correção pela lâmpada
de arco de deutério. Trata-se da correção Smith-Hieftje,
descrita em 198 2 (74) e hoje já disponível em aparelhos co
merciais, encontrando também aplicação na análise direta de
sói idos (75), (76) com resultados semelhantes ao do corretor Zeemnn.
Além de introduzir o sólido propriamente dito no
atomizador eletrotermico,pode-se fazê-lo com a amostra sus
pensa num meio líquido, utilizando-se uma pipeta, ou amos
trador automático. Neste caso, deve-se preparar uma suspen
são da amostra finamente dividida (diâmetro das partículas
menor que 50|im) , podendo-se adicionar um estabilizador e um
antisurfactante. A "concentração" da suspensão c estabele-
cida em função das necessidades da análise c o volume pipe
tado para o interior do tubo determinará a massa de amostra
introduzida no tubo. Assim, essa técnica de introdução de
amostra é também um meio de associar a grande sensibilidade
do forno de grafite a amostras com concentrações relativa
mente altas de analito, pela introdução de massas pequenas,
de difícil manuseio direto através de uma balança. Por ou
tro líido, permite a adição de modi ficado res de matriz à pró
pria suspensão, garantindo o contato com a amostra, assim
como facilita o uso da técnica d<i adição pndrão qu.uHlo da
calibração. No caso de suspensões estabilizadas, permite o
uso do pipetador automático, com as vantagens que dal advêm.
Nesta forma de introdução de sólidos deve-se ter em mente
o efeito do tamanho da partícula, que pode influenciar na
intensidade do efeito de matriz observado (77), do mesmo mo
do que a maneira com que o analito está ligado às partícu
.27.
las (78) e a presença de determinados concomitantes (79)
influem no perfil do pico e na temperatura de aparecimento
de sinal. E, mesmo sendo possível utilizar-se, muitas ve
zes, correção de fundo com lâmpada de arco de doutório, as
condições STPF devem também ser buscadas a fim de minimi
zar os efeitos de matriz e facilitar a calibração com pa
drões aquosos. O uso da lâmpada de arco de deutério é pos
sível uma vez que a massa de amostra no tubo é bem pequena,
da ordem de alguns microgramas, o que diminui o fundo mas,
mesmo assim, há interferências espectrais que não são con
tornãveis por esta técnica de correção (77). A Tabela 1, a
seguir, resume alguns dos trabalhos que utilizam a introdução
de sólidos via suspensão no tubo de grafite. Outra ma
neira de preparar suspensões é descrita por Fagioli et
ai (85) , a partir da oxidação parcial de amostras biológi.
cas com ácido sulfúrico. A suspensão assim formado é diluí
da e analisada no forno de grafite. Outra forma, também,
de introduzir amostras com vistas à análise direta de sóli
dos no tubo de grafite é a deposição de material particula-
do do ar no interior do tubo, seja por deposição eletrostá
tica (86) (87), seja através de um impactador (88). É ainda
possível introduzir aerossóis produzidos por um laser,
em forno já aquecido (45), num sistema semelhante àquele
descrito para a chama (50).
Além do tubo de grafite, outros tipos de atomizado
res eletrotermicos, de grafite, na forma de T (89), j. (90) e
+ (91), foram sugeridos para a análise de sólidos por absor
ção atômica. Essas formas buscam, principalmente,diminuir
" * B t t A 1 - ANALISC OlHC TA DC SOllOOS XO rONNO OK UNAriTC, A PA
ANAUTO
Cu
As
Pb
Pb
Cd
Cd, Pb
Pb
Pb, Cd, Cu,
MN , ZN
N Í , C J , F « , M N
Zn.Ca, A(Pb.Cr.Mz.Mo
MATRIZ
"PEPPERBUSH"MEXILHÃO
TOMATO LEAVESORCHARD LEAVES
BOVINE LIVER
CARVÃO
ALUMINA
SOLO
SOPASDESIDRATADAS
PLANTASSEDIMENTOS
TECIDO ANIMAL
SEAWEEDMOLUSCOS
FOLHAS DE PARREIRA
CABBAGE, PINENEEDLES; UVER-,TOMATO LEAVES,OYSTER TISSUEs
SPINACH, ETC.
—
SUSPENSÃO
ÁGUA + 0 ,O I% DE
TRITON » 100
0,03-0,1% m/v EMETANOL +• ÁGUA (10%)
E VISCALEX HU30
ÁGUA
0,15 a 0 , 3 % m/v
EM ÁGUA
0,04 a 0,2 % m/v
EM ÁGUA
GLICERINA + ÁGUA (1:1)
OU METANOL+ ÁGUA
ÁGUA+
1 % TRITON * 100
2 - 1 0 % m/v EM
ÁGUA + VISCALEX
HNOjdil +
0,04% TRITON xlOO
MODIFICADOR
-
Ni(N03)2
Mg(NOj)8
(NH4)j.H PO4+
Mg(N0s)2
(NH«)2HP04
Mg(NO3)2
—
(NH«)2HPO«+
Mg(NOj)2fHNOs
-
—
—
TIN of 5u
Go* ALT.
-
-
-
-
0 2
-
-
—
JPCNSdtS
CORRETOR
SH
SH •
Oi
Dz
Dz
SH
02
D2
2
Z
CAUBRACAO
PADRÕESAOUOSOS
PADRÕESAOUOSOS
-
-
AOICÃOPADRÃO
PADRÕES EMA6UA +
GLICERINA
PADRÕESAOUOSOS E
ADIÇÃOPADRÃO
-
PADRÕES
AOUOSOS
RSO
5 - 7
—
-
-
5-12
0,5-13
10-12
-
8 - 2 4
0, fim
3 0
10
20
4 4
-
45
50
-
REFERÊNCIA
76
7 7
78
79
80
81
62
83
84
CS
.29.
a absorção de fundo, pela separação geométrica do processo
de vaporização do de atomização. Porém são de construção
difícil, não se adaptando aos sistemas já existentes no mer
cado, requerem mais energia e alcançam temperaturas máximas
em torno de 2500X, o que impede a sua utilização para uma
série de elementos. Tendo em vista que os problemas que
buscam resolver são passíveis de solução por meios mais sim
pies (já discutidos), esses atoroizadores não encontram gran
de aceitação.
2.2.3 - ATOMIZAÇAO EM ARCOS, PLASMAS, LASERS E OUTROS
MKIOS
Arcos AC e DC são instrumentos poderosos para va
porizar materiais sólidos mas, como a temperatura alcançada
é mais elevada do que na chama ou no forno de grafite, a ra
zão entre átomos neutros e átomos excitados é menos favorá
vel para a absorção atômica. Embora passível »1r» realizar-
se, a medida de absorção requeria instrumentação extra,
sem qualquer ganho de sensibilidade frente ao forno de grafj.
te. Plasmas também podem ser utilizados para a análise de
sólidos, pela introdução do suspensões, por exemplo. Mas
também nesse caso, não há qualquer vantagem prática em me
dir-se a absorção do analito no pi asma,de modo que tal ten
tativa ainda não foi relatada na literatura (5).
Dittrich (45) descreve várias formas de aplicação
do laser na análise direta de sólidos por absorção atômica.
.30.
Além da utilização já discutidarem que o laser vaporiza a
amostra e o aerossol é transportado para uma célula de absor
ção (chama ou forno de grafite), o laser pode ser ele mesmo
o gerador de átomos do analito, em sistemas de livre expan
são, ou confinado. Nos sistemas de livre expansão, o laser
é projetado sobre o alvo, e a absorvância medida na pluma
formada. A absorvância pode ser medida pela auto-absorção,
i.e., pelo arrefecimento das linhas de emissão da radiação
primária contínua, ou através de uma fonte externa, gera_l
mente uma lâmpada de catodo oco. Neste segundo caso, limi.
tes de detecção na ordem do wg/g são alcançados, mas os dess
vios-padrão são relativamente altos, em função da interação
da radiação com o alvo e pela expansão do vapor evaporado.
Nos sistemas confinados procura-se controlar essa expansão,
fazendo-se com que a interação entre a radiação do laser e
a amostra se dê no interior de uma célula especialmente de
senhada para tal. A célula pode ser de grafite (92), aque
cida ou não (93)fou de aço (94). Desvios-padrão relativos
entre 1 e 10% são relatados e concentrações na ordem do
pg/g detectáveis.
Uma curiosa técnica de atomização foi descrita
por Venghiattis (95) : a amostra sólida pulverizada é mistura
da com cerca de 4% de combustível sólido e a mistura coloca^
da sob o caminho ótico, na forma de pó ou prensada; dá-se
a ignição da mistura, e o próprio calor de combustão do pro
pelente é responsável pela evaporação-atomização da amostra.
As concentrações medidas estão na ordem de |içj/g, usando-se
altura de pico, com desv.io-padrão da ordem de 2%.
.31.
2.2.4 - OBSERVAÇÕES QUANTO A REVISÃO DAS TÉCNICAS PARA A
ANALISE DE SÓLIDOS POR ABSORÇÃO ATÔMICA
Da revisão da literatura sobre técnicas de atomiza
ção na análise direta de sólidos por absorção atômica, fica
claro que o forno de grafite vem sendo o atomizador mais
largamente empregado e aquele que mais vantagens apresenta,
principalmente após modificações disponíveis comercialmente»
que facilitam a introdução da amostra. As outras técnicas
parecem apresentar mais uma importância acadêmica do que pro
priamente aplicativa. Isso é reforçado pelo fato de ser
o forno de grafite já amplamente difundido e,após a intro
dução do conceito STPF, ter contornado os problemas que du
rante os anos setenta obstaram seu desenvolvimento.
Uma dc.s dificuldades de aplicação do forno a amostras sói l
das era a maior complexidade deste tipo de matriz. Mas, o
advento da correção Zeernan, junto às condições de atomiza-
ção tão isotérmicas quanto possível, à elaboração de um pro
grama de temperatura adequado,ao uso de gases alternativos
e ã leitura com integração (área), vêm superando todos os
problemas. A tendência é a calibração com padrões aquosos,
embora, em alguns casos, adição-padrão ou padrões sólidos
ainda sejam necessários. A introdução da amostra na forma
de suspensão .revela boa reprodutibi.1 idade, desde que as
amostras sejam pulverizadas ao grau adequado. Este modo
de introdução permite também maior extensão da faixa de
concentração utilizável, assim como a utilização de outras
linhas menos sensíveis ou de fluxos diferentes de zero du
32.
rantr* a loi fur.i. A introdução da amostra na rormn d<- sus
pensão prescindo do uso tier tubos com desenhos especiais o
podo ut i l izar a amostraqem automãtiea, desde quo a SUS|XT>
são tenha sido estabilizada. Por outro lado, o trabalho
preparatório ó maior o ramhónt maiores OR riscos do rontamj.
nnç.ín, compara t ivanionr o ã inhrnflnçno pura r> pimples fir» a
mostra sólida no tubo.
Uma vista c r í t ica da l i t e ra tura consultada também
deixa claro u,ue, apesar das centenas de trabalhos existen-
tes (cerco do 500 até nqora), a análise direta do sólidos
ainda não está completamente estabelecida, mas "já são rela
tadas determinações do 46 elementos em cerca do I Ifl c 'if£
rentes matrizes inorqãnicas e 3*5 elementos em corra de 100
diferentes matrizes orgânicas (*>) .
. 3 3 .
3 - PR^EDiBESTOS_E_CQI!PiCOES_PLTRABALHQ
3.1 - DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS ESTUDADOS
Foram estudados três sistemas com montagens distin
tas, baseadas no mesmo principio com vistas à análise dire
ta de sólidos combustíveis por absorção atômica. A Fig. 2
esquematiza o primeiro sistema (Sistema 1): a amostra, pre
viamente pesada sobre uma plataforma de grafite, é colocada
«anualmente dentro de um tubo de quartzo, sob o foco de
três lâmpadas infravermelhas em série U5V, 150W) , distri
buidas circularmente em torno do tubo de quartzo. Um siste
ma de capilares faz com que, uma vez a chama ligada, ar
flua constantemente dentro do tubo em direção ã câmara de
mistura. As lâmpadas são controladas através de um trans
formador com várias saídas (6, 9, 12, 24, 36 e 45V) e têm
seu ponto focai a cerca de lem do seu filnmonto (vrr Fkj. 3).
Assim, um"flash"das três lâmpadas inicia a queima da amos
tra dentro do tubo de quartzo. 0 fluxo de ar fornece oxigê
nio para a queima, e ao mesmo tempo transporta o anrossol só
lido resultante da combustão da amostra (fumaça) para o in
terior da câmara de mistura, e daí para a chama, onde os
elementos nele existentes serão atomizados. É de se esperar
que quanto mais volátil o elemento, mais fácil seja sua
transferência, pela combustão, píim o nnrosnol r;ól wio. On
) M I n i i ' l l ' M I " ! ! | ) " | I l l l " l l I l i ' í I ' l l . M M | i ' l l « i l l I •> M i l i " ; i : , l I I I ' > l p I . l ' | < ' I I I , i | l l > <
porém logo apresentou um grande inconveniente:o anrossol só
- 3 4 .
TU»O DCQWMTZO
I9V/I90W
ACCTILCttOI A»
CAMADA0€ MISTURA
PLATAFORMA
ZL SISTEMA DCsuccio
ADAPTADO*DC TEFLOH
FIGURA 2 - Sistema 1 (esquema).
ESPELHOPONTO DF TFMPFRATIIRA
MAXIM/1
SOQUETE C.3S
FIGURA 3 - Esquema de uma das lâmpadas utilizadas para ignição
das amostras.
35.
lido ê obrigado a passar por dentro de um dos capilares do
sistema, ocorrendo, após um certo número de queimas, o seu
entupimento por uma resina viscosa, proveniente também da
queima da amostra. Ao mesmo tempo,neste sistema aberto é
difícil a medição do fluxo de ar e sempre é maior o perigo
de um acidente, p. ex., pelo deslocamento involuntário de
um capilar em relação ao outro, apesar de serem fixados por
roscas.
A Fig. 4 mostra o Sistema 2. Ele é basicamente igual
ao anterior, mas o fluxo de ar através do tubo de quartzo é
independente do sistema de introdução dos qosos rio chomn.ífrrn l-or
t k . M i . 1 , l ' f l i , n l . t i l u i . i i i l i 1 o p i i K i •:*.:*.( i d ' % f i ) l < x \ i < ; . I O tl.i , m i > : ; l i . i : u >l> o l o c o IUV.Í
lâmpadas, impede a passagem dos gases da câmara de mistura
para o tubo de quartzo e é aberta assim que a entrada de ar
é conectada. Tal como no Sistema 1,o aerossol sólido é tran£
portado pela corrente de ar para a câmara de mistura e daí
para a chama.
A Fig. 5 esquematiza o terceiro sistema (Sistema 3).
Aqui há também a queima da amostra sob o foco dos lâmpadas
infravermelhas e a formação do aerossol solido. Mas este,
ao invés de ser carregado para a câmara de mistura, é trans
portado para um tubo, colocado ao longo do caminho ótico,
aquecido pela chama, semelhantemente a alguns sistemas dege
ração de hidretos. Uma vez que não há dispersão do aerossol
num volume tão grande como o da câmara de mistura, e que o
tempo de permanência dos átomos no caminho ótico é maior do
que nos outros sistemas, é alcançada maior sensibilida-
. 36 .
AR
1 ACETILENO
• | TORNEIRA11 11 DE TEFLONILJ L /
n
[ LJ ~~1
** L IMPADA -
CÂMARA DEMISTURA
ti
! \ -\V '' l'< li
xí. n \ viil llíiii|'5i
t i
ISV/ISOW
TAMPA DECERÂMICA
t
PLATAFORMA /
| ^ - - - " : h A R
\TUBO DEQUARTZO
FIGURA 4 - Sistema 2 (esquema).
QUEIMADOR
TUBO-TOE \
QUARTZO *
TAMPA OECERAMICA
LÂMPADA
FIGURA 5 - Sistema 3 (esquema).
.37.
de. A Fig. 6a mostra a variação de temperatura ao longo
da seção longitudinal do tubo sobre a chama. A temperatura
pode ser aumentada caso sejam feitos pequenos orifícios
na parte inferior do tubo, permitindo que uma parte dos ga
ses da chama entre no interior do tubo. A Fig. 6b mostra
o perfil de temperatura neste caso. As experiências ini_
ciais foram realizadas com tubos inteiriços, na forma de
um T, de quartzo. Porém, o tempo de vida destes tubos é
relativamente curto, cerca de 40h para os tubos sem furos e
20h ou menos para tubos com furos. Assim,optou-se, mais
tarde, por tubos T de níquel, ligados a um prolongamento de
quartzo por uma junta de cerâmica (Fig. 7). Além do maior
tempo do vida, os tubos do níquel sem furou alcançam,
no seu interior, temperaturas maiores (em até 200K) do que
os seus correspondentes de quartzo. Quanto aos tubos com
furos, não há diferenças significativas. Tal como para os
de quartzo, os tubos T de níquel com furos apresentam um
tempo de vida útil menor do que a versão sem os orifícios.
Utilizou-se também uma célula de quartzo, aquecida elétrica
mente, adaptada a partir do urn forno Bercjlioff or i g i na 1 mo ti to
utilizado para a determinação de elementos formadores de hi.
dretos. A célula é aquecida por uma resistência om torno
de um tubo d ti quartzo, luoladci tormicamente por material
refratário. A temperatura original de trabalho é de até
1000°C,enão há os gradientes de temperatura observados nos
tubos aquecidos com chama.
A escolha do grafite como material para a platafor
ma onde é pesada a amostra foi devida a vários fatores: o
TUBO T DE QUARTZO SEM FUROS TUBO T DE QUARTZO COM 5 FUROS
FLUXO DE AR
1500 r-
5 '000
ÜJ
500
I!
2)
3)
4 )
0
500
1600
3200
V 2
V
i mL/min )
(rnL/min )
(mL/min )
(mL/min )
1500 r
oo
ua.
1000 -
COMPRIMENTO DO "UBO t mm )
)
u>00
48 96
COMPRIMENTO DO TUBO (mm)
( b)
FIGURA 6 - Temperaturas ao longo da parte aquecida do tubo Tde quartzo, sob diferentes fluxos de ar,medidas comtermopar: a) sem furos; b) com furos.
30.
(o)
(b)
)7
(O
FIGURA 7 - Tubo T de níquel (esquema). a) montagem sem furos;b) Detalhe <3P junção; c) Tubo T de níquel com furos.
.40.
grafite absorve eficientemente a radiação infravermelha; é
encontrado no grau de pureza necessário; é de fácil usina
gem, o que é importante porque as plataformas não são com
pradas diretamente nas dimensões requeridas (10 x 8 x I5mm)
mas confeccionadas a partir de cilindros apropriados; e,
apesar de serem as placas parcialmente consumidas a cada
queima, a mesma placa pode ser utilizada até 10 vezes.
A forma com que o elemento passa a fazer parte do
aerossol é questão aberta e depende também, naturalmente, da
forma com que ele se apresenta na amostra. O assunto será
discutido posteriormente.
É muito difícil o cálculo da entalpia de combustão
de uma amostra, pois não é sabida a sua composição exata
nem as proporções das diversas reações possíveis na combus
tão. Além do mais, é possível que haja variações de uma
queima para outra. Mais difícil ainda seria calcular o
percentual dessa energia que é utilizado no transporte do
elemento para o aerossol sólido. Para uma amostra de 10mg
de celulose, o calor produzido por uma queima completa será,
aproximadamente, de 4 2Kcal.Isso, somado ao fato de que a
temperatura no foco das três lâmpadas infravermelhas chega,*
teoricamente, a 9009C (ver Apêndice I), parece ser suficien-
te para que pelo menos os elementos mais voláteis passem a
fazer parte do aerossol sólido.
O fluxo de ar, nos Sistemas 2 e 3, é medido e con
trolado através de um rotâmetro. Já no Sistema 1, foi medi
do através de um manômetro de coluna d'água: a extremidade
.41.
anterior é ligada a um tubo em Y. Uma das saídas do Y liga-
se a uma coluna d'água. A outra salda, a um capilar de di
mensões conhecidas, por onde o ar é sugado, o deslocamento
da coluna d"água é transformado em fluxo conformo a equação
f = npRl'/81n (eq. 3.1), onde f é o fluxo de ar através do
capilar; p, a diferença de pressão; 1, o comprimento do ca
pilar; n, a viscosidade do fluido (ar) e R o raio do cap_i
lar. SuLstituindo-se os valores de Rr 1 e n na equação, e
transformando dyn.cm" em altura d'água, o fluxo em l.min" é
f = p/2,68 (eq. 3.1).
Para a escolha do valor que seria tomado como pon
to de partida para os estudos da influência do fluxo de ar
na queima, calculou-se qual a quantidade de ar necessária
para a combustão completa de 10mg de metano, o mais reduzj.
do dos compostos orgânicos, com 100% de rendimento em um
segundo, não é difícil verificar que o fluxo de ar deve ser
de 8,4 l.min" , o que se verificou estar na ordem de grande
za dos valores ótimos encontrados experimentalmente.
.42.
3.2 - APARELHAGEM
Os sistemas descritos adaptam-se com grande facili_
dade a qualquer aparelho de absorção atômica. Assim, foram
utilizados vários aparelhos, não sendo notadas grandes dife
renças de sensibilidade entre elos. A maioria dos dados
foi obtida num aparelho não comercial, montado no pró-
prio laboratório. Este aparelho utiliza como componente
principal um monocromador Mc Pherson Modelo 2051, com uma fo
tocélula adaptada ã fenda de salda. As lâmpadas de catodo
oco eram moduladas eletronicamente, enquanto unTchopper" mo
dulava a Lâmpada de deutério. A sincronia era feita eletro
nicamente. Os sinais de saída da fotocélula eram digital^,
zados por um conversor analógico-digital Commodore Modelo
4270 e processadas por um microcomputador Commodore 8096.
Neste sistema, de feixe simples, cada ciclo de leitura dura
va 10ms. O programa desenvolvido para o microcomputador per
mitia a determinação simultânea da área e da altura do pico,
assim como a observação do seu perfil A versus tempo(10ms
de resolução)r tanto para o sinal corrigido como para absor
vância total e absorvância de fundo. Era possível ainda
escolher a janela (tempo) de leitura, e com os sinais guar_
dados na memória, determinar os parâmetros (altura,área,
etc ) , em qualquer secçâb do pico, dentro da janela escolhi-
da. Era também possível variar arbitrariamente as escalas
em ambos os eixos. A inicialização da leitura era feita
manualmente, por um interruptor. O processamento dos dados
para uma janela de leitura de 20s levava cerca de 1 min,
.43.
uma vez que boa parte do programa estava escrito em lingua
gem BASIC. Utilizou-se ainda um espectrofotõmetro de abso£
ção atômica Perkin Elmer 4000, equipado com conjunto atomi
zador-programador HGA 500, e outro aparei lio Porkin Elmer,
3030, ambos com duplo feixe e corretor de deutério.e ainda um
aparelho Varian Techtron AA6, com corretor de lâmpada de
hidrogênio. Neste último caso, o pico era desenhado
em um registrador gráfico, e sua área estimada pelo peso do
papel. As análises comparativas por via úmida foram real_i
zadas em sua maioria, em um aparelho Perkin EZmer AAS 1100
equipado com um conjunto programador-atomizador HGA 300.
3.3 - MATERIAL E REAGENTES
Foram realizadas várias análises por via úmida,
que serão apontadas ao longo do texto. Quando nada for in
dicado, significa ser o reagente PA. Reagentes especiais de
alta pureza, Ultrex ou sub-destilados,foram também utiliza
dos, e serão indicados pelas abreviaturas spp ou sub res
pectivãmente. 0 material utilizado nas análises por via
úmida foi sempre lavado sucessivamente com água, água deio-
nizada, submetido a vapores de ácido nítrico em refluxo por
várias horas, e lavado pelo menos três vezes com água deio
nizada.
3.4 - AMOSTRAS
A maioria dos trabalhos sobre análise direta de só
.44.
lidos por absorção atômica aponta como uma das suas grandes
vantagens a eliminação do pré-tratamento da amostra. Mas a
realidade não é bem essa. As amostras devem ser muitas ve
zes pulverizadas. E este passo pode ser problemático,tanto
quanto à sua exequibilidade como em relação a problemas de
contaminação. Cabelo, por exemplo, é uma amostra passível
de análise pela técnica aqui relatada, tanto pela sua fac^
lidade em queimar, como pelo nível de concentração em que
estão presentes os elementos de interesse. Porén, a pulve
rização de amostras de cabelo é extremamente trabalhosa,con
forme discutido em (96). Além do mais, tendo emvista que
o cabolo apresenta concentrações bastante variadis entre
diferentes fios e mesmo dentro de um mesmo fio, é necessá
rio um intenso esforço de homogeneização. Mesmo quando a
amostra é facilmente pulverizável e homogeneizável, permane
ce o problema da contaminação. O ideal é a utilização de cápsu-
las de noayein individuais, evitando os efeitos de nr.>mõriíi provenientes
da utilização de um único moinlio (9 7), o que foi feito,quando necessário.
A contaminação pode estar presente não só no pro
cesso de moagem ou homogeneização, mas na própria manipula
ção da amostra durante a passagem e introdução no aparelho.
Isso foi especialmente verdadeiro para Zn. Deve-se evitnr
que a amostra fique exposta ao ar muito tempo e deve-se aj»
segurar que as superfícies onde serão pousadas as platafor-
mas não a contaminem.
A secagem das amostras é uma operação que também
permanece, pois quase sempre são desejados resultados em
termos de peso seco. É aconselhável determinar-se o grau
.45.
de humidade tomando-se uma alíquota só para isso, corrigin
do-se então os valores de concentração encontrados. Deste
modo, ganha-se em tempo e evitam-se eventuais perdas quando
da determinação de Hg. Nas amostras utilizadas neste traba
lho, a humidade encontrou-se entre 3 e 6%. Como não esta
va entre os objetivos deste trabalho um estudo detalhado
do pré-tratamento das amostras, procurou-se, sempre que
possível, uti l izar materiais de referência. A Tabela 2 re
laciona-os, assim como as concentrações dos elemontos do interesse.
TABELA 2 - Materiais de Referência Uti l izados neste Trabalho
Mful
NBS
NBS
NBS
NBS
NBS
NBS
1573, Tomato Leaves
1575, Pino Needles
1571, Orchard Leaves
1570, Spinach Leaves
1566, Oyster Tissue
1577, Bovine Liver
Bi
Composição Nominal,
Cd
3 *
•0 ,5*
0,11
3,0*
3 , 5
0,27
Cu
11
03
12
12
63
193
Hg
0,1*
0,15
0,057
0,016
Pb
6 , 3
10,8
0,48
0,34
pg/g
T l
0,05*
0,05*
< 0,005
0,05*
Zn
62
-
25
50
852
130
* Valores não certificados
46.
Utilizaram-se também amostras preparadas a
partir de Celulose Hyphan, especialmente para aqueles expe-
rimentos em que o elemento não estava presente em níveis
detectáveis pela técnica. A Celulose Hyphan contêm o grupo
1 (2-hidroxifenilazo) 2-naftol como grupo quelante, ligado
à celulose por uma ponte etérica. Os coeficientes de dis
tribuição (Kd) obtidos (98) permitem uma excelente sepa
ração de ions como Cu2 , Hg2 , Pb2 , Zn2 e outros. Os
valores de Kd variam, naturalmente, com o pH, cujo con-
trole permite uma grande especificidade na separação. As
amostras preparadas a partir deste material o foram pela
extração de uma quantidade pré-determinada do elemento, na
forma de cloreto, anteriormente dissolvida em 100ml de
água, com o pH ajustado em 9,5, ã qual se adicionaram, em
seguida, 3g de Celulose Kyphan. A suspensão foi agitada
por 30 minutos, e o filtrado, seco em estufa, macerado,
obtendo-se um pó vermelho, de baixa densidade, fibroso.As
concentrações dos metais na Celulose Hyphan foram determi-
nadas reextraindo-se para fase aquosa com HCl 2M, confor
me descrito (99), e analisando-se o extrato por absor-
ção atômica com chama.
Foram também utilizadas amostras de grama, recebi,
das do "Gesellschaft Deutscher Mettalhütten-und Bergleute",
com resultados relatados para Cd, Pb e Zn. Postas amostras
foram tomadas sub-amostras que foram maceradas mecanicamente
por 60s, utilizando-se cápsulas de moagem individuais. A
,47.
Tabela 3 compara as concentrações relatadas com aquelas en
contradas em alíquotas tomadas das sub-amostras. O proce
d intento está descrito no Apêndice I I I .
TABELA 3 - Concentração de Pb, Cd, Zn e Cu em grama (vg/g)
Mostra Concentrações Rela tadas Concentrações Encontradas
» de ordem) pb Cd Zn Pb Cd Zn Cu
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
15
10
16
23
21
6,8
8,4
3,6
7,6
9,6
1,0
0,8
0,88
0,44
0,68
0,28
0,12
0,20
0,52
0,32
190
200
0,00+ 0,13 15,0f1,6
0,lJ'ii0,13 190*15 11,
89 15,6+1,7 0,88+0,06 107+7 12,9+1,1
89 20,9+1,9 0,36+0,06 79+7 8,7+1,4
115 21,5+2,6 0,68+0,14 111+6 10,1+1,1
66 9,1+0,6 0,25+0,03 63_+3 11,2+1,4
39 7,8+1,2 0,14+0,06 32 +2 7,2+1,9
56 4,6+0,5 0,2670,02 63+3 8,2+1,9
105 8,1+3,2 0,65+0,03 112+7 13,9+1,9
73 11,2+0,2 0,45+0,1 79+4 10,3+6,8
Outras amostras de grama foram também utilizdas e as con
centrações dos elementos de interesse foram também determi-
nadas conforme descrito no Apêndice III. Os valores encon
trados estão relatados em tabelas ao longo do texto.
.4».
Foi utilizada ainda uma amostra denominada "Fish
Meal", recebida do "Bundesforschunganstalt Hamburg", R.F.A.
Esta amostra foi submetida a dois exercícios de intorcaü
bração, tendo sido obtidos valores de 2,7 e 2,5+0,32 wg/g,
para o Pb, conforme relatado (100).
Outras amostras, utilizadas nos experimentos com
o Hg,foram as de lama de clareamento ("Kiarschlamm"), recp
bidas do HLandwirtschaftliche Untersuchungs und Forschungn
anstaJt / Joseph Künig Institut". As concentrações de Hg
relatadas foram obtidas por fluorescência de raio-X. Para os
estudos com o Hg foi ainda utilizado um material de refe
rência (cabelo), em certificação, da Comunidade Européia
(BCR)fCom uma concentração de 11iig/g em Hg (101).
Amostras de leite em pó e café solúvel, obtidas
no comércio, foram analisadas conforme descrito no Apênd_i
ce TTI e usadas nos experimentos com Zn e Cu. Amostras de
Tabaco foram recebidas do Department of Applied Research-
Bodenseewerk Perkin-Elmer, com valores nominais (Cd)de 3,79;
1,36; e 0,88 i>g/g, obtidos após análise direita no forno do
grafite.
.49.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
1.1 - EXPERIMENTOS PRÉVIOS (SISTEMA 1)
Estes experimentos foram realizados com o Sistema
1, já então descrito por Berndt (102) que demonstrou sua via-
bilidade no estudo de Pb em um material de referência»Orchard ]>;wr.
Assim, em primeiro lugar, buscou-se observar a aplicabilida
de do sistema a outros elementos e matrizes. Ao mesmo tem
po foram investigadas algumas possibilidades de padroniza
ção, diferentes formas para a plataforma de grafite, o me
lhor modo de leitura, etc. Os experimentos serão discuti^
dos por elemento. Todos foram estudados com chama ar-ace
tileno, na estequiometria e nos comprimentos de onda usual-
mente recomendados. Os outros parâmetros, como fenda, vol.
tagem da fotocélula e corrente das lâmpadas de catodo oco e
intensidade da lâmpada de arco de deutério foram determinados
experimentalmente, na busca das melhores condições de esta
bilidade para o aparelho não comercial, utilizado nessa sé
rie de experimentos.
4.1.1 - Pb
A Fig. 8 mostra a variação da absorvância integra-
da (A.s) com o fluxo de ar através do tubo de quartzo para
Pb em Orchard Leaves para diferentes massas. Foram feitas
cinco leituras para cada ponto e estão indicados, pelas
.50.
barras acima e abaixo dos pontos, os desvios-padrão (B) pa
ra cada um deles. Não foram pesadas massas de amostra com
exatamente 2,4 ou 8mg, porém massas próximas a ess^s Valo
res, sendo as medidas, por proporcionalidade, corrigidas.
Da análise da Fig. 8 fica claro que há um fluxo
ótimo (8 5..min"1) onde a sensibilidade é a maior e a rela
ção absorvância integrada "ersus massa de amostra o linear
em toda a faixa de massa estudada. Os desvios-padrão rela
tivos, entre 10 e 20%, são aceitáveis. A Fig. 9 mostra
os mesmos dados, na forma de curvas absorvância integrada
versus massa de amostra. Observa-se que a sensibilidade
para os dois primeiros pontos (2 e 4 mg) é a mesma nos fljj
xos de 2,4 e 8 i..min~ mas, para a massa de 8mg, os fluxos
de 2 e 4 s..min~ determinam uma queda de sensibilidade. Os
fluxos de 12 e 16 «.min" determinam curvas lineares, mas
com menores sensibilidades. Não é difícil explicar este
comportamento, levando em conta o papel do ar no processo:
para massas pequenas, mesmo o fluxo de ar mais baixo é
suficiente para fornecer oxigênio bastante pgra uma que^
ma eficiente daquelas massas de amostra. Já para a massa
de 8mg, os fluxos de 2 e 4 l.min*1 não proporcionam uma
queima>eficiente da amostra. Os fluxos de 12 e 16 l.min'1
são suficientes para uma boa queima da amostra, na faixa
de massas estudadas, sendo as curvas A.s versus massa de amoss
tra lineares. A sensibilidade porém cai, uma vez que es
tes fluxos devem fazer com que ocorra uma diminuição dotem
po de residência do gerossol na chama.
Todas as medidas foram realizadas em absorvância
.51.
0,20 -
£ o.io
8
FLUXO, I.min-'
12 16
8 - Variação da área (A.s) com o fluxo do ar. Pb cmdiferentes massas de Orchard Leaves. Sistema 1.
0,20 -
0,(0 -
4 6MASSA DE AMOSTRA, mg
FIGURA 9 - C u r v a s A . s v e r s u s massa de a m o s t r a . Pb em O r c h a r dL e a v e s , ^ l u x o s de 2 , (•) ; 4 (A) ; 8 (o) ; 12 ( \) ) e16 (A) H.min"" ' . r.i sterna 1 .
.52.
integrada (A.s).A altura de pico é proporcional à densidade
máxima de átomos, em condições de absorver, no caminho ótico,
sendo portanto influenciada pela cinética do processo de
produção desses átomos. Ora, para ser este processo reprodu
tivo, seria necessário que a cinética da queima também o
fosse, o que é muito difícil de ocorrer. Basta notar que a
cinética da queima depende até mesmo da distribuição da amos_
tra sobre a plataforma de grafite, diflcxl, se não imposs_I
vel, de se reproduzir. Já a área é proporcional ao número
de átomos que absorver independendo da cinética do processo.
A Fig. 10 mostra um perfil absorvãncin versus tem-
po. Fica clara a inexistência de absorção de fundo, indi.
cando o consumo do aerossol sólido pela chama, o que é condi_
ção necessária, embora não suficiente, para uma atomização
eficiente. 0 perfil apresentava a forma de um pico com
dois máximos, o que também determina a utilização do sinal
integrado como modo de leitura mais adequado.
Procurou-se comparar as sensibilidades em diferen
tes matrizes. Dos materiais de referência então disponíveis
no laboratório, além de Orchard Leaves, apenas mais dois
continham Pb em concentração certificada suficientemente ai.
ta para serem detectados pela técnica: Pine Needles e Toma
to Leaves. A Fig. 11 mostra os resultados obtidos: apesar
do pequeno número de pontos, todos eles parecem pertencer
a uma mesma reta, indicando a mesma sensibilidade para dife
rentes matrizes. A dispersão entre os pontos de uma mesma
amostra não é maior do que aquela entre os pontos das dife
.53.
o
IDCOCOS 0.2 -
TEMPO, s
FIGURA 10 - Perfil absorvancia versus tempo para Pb emOrchard Leaves.Absorvancia corrigida(AA -,BG) e de fundo(BG).Sistema 1,fluxo 81.min
0,08 -
90 180 270MASSA DE Pb, ng
360 450
FIGURA 11 - Variação da área com a massa de Pb em diferentes amostras:(o)Orchard Leaves;(•)PineNeedles; (A)Tomato Leaves; (A)CelwiHyphan.Sis_tema l,fluxo=81.min~ .
.54.
rentes amostras. Se tomarmos, na Fig. 11, Orchard Leaves co
mo padrão, a concentração de Pb em Pine Needles seria
10,2 + 0,6pg/g (valor certificado, 10,8 + 0,5ng/g) e para
Tomato Leaves seria 4,3 + 0,4yg/g (valor certificado 6,3 +.
0,3 ug/g)- A massa característica encontrada a partir dos
dados relativos a Orchard Leaves é 6,4ng/O,0O44 A.s.
4.1.2 - Zn
A Fig. 12 mostra curvas de absorvância integrada
versus massa de amostra para Zn em três matrizes dist intas:
Orchard Leaves, Spinach Leaves e Tomato Leaves. É fácil ob
servar que, relacionando-se as inclinações obtidas com as
concentrações nominais, não transparecem efeitos significa-
tivos de matriz entre Tomato Leaves e Spinach Leaves, mas a
massa característica de Zn em Orchard Leaves é significati-
vamente menor (Tabela 4) .
TABELA 4 - Figuras de Relevância Relativas ao Zn em Diferen
tes Amostras. Sistema 1
AMOSTRAS
Tomato L e a v e s
í ! | ) 1 h i t ' ' l i 1,1 : . l V i - I í
Orchard Leaves
m o 1 8
ng
0 , 5 2 -f 0 , 0 2
0 , V> t 0 , 0 !
0 , 3 6 + 0 , 0 1
n
4
i
t
5
R
0,998
U ,'t'i'i
0,999
.55.
u(E
0,2 -
I 2
MASSA DE AMOSTRA
FIGURA 12 - Curvas área(o) Orchardves, 50tema 1 ,
(A.s) versusLeaves, 25 +
massa de amostra. Zn em:3|ig/g; (•) Spinach Lea
+ 2ug/g (A) Tomato Leaves, 63 + 6 g/g.Sis
.56
Tal como no caso do Pb, não foi observada nenhuma absorção
de fundo.
4.1.3 - Cd
A Fig. 13 mostra curvas A.s versus massa de amos
tra para Cd em três tipos de matrizes: Spinach Leaves, To
mato Leaves e Celulose Hyphan,com diferentes concentrações
(5 e 10 pg/g). Esses padrões foram preparados no próprio
laboratório e o procedimento está descrito no item 3.4.
Observa-se que as massas características obtidas da parte
linear das curvas são 0,53 +_ 0,6; 0,50 +_ 0,05 e 0,50 + 0,03
ng/0,0044A.s, para Tomato Leaves, Spinach Leaves e Celulo-
se Hyphan, respectivamente, indicando ausência de efeitos
de matriz.
A Fig. 14 mostra um perfil absorvãncia versus tem
po para o Cd em Spinach Leaves. Mais uma vez não se obser
va absorção de fundo. A Fig. 13 deixa transparecer tam
bém que a linearidade é dependente da massa de amostra e
não da massa de analito, certamente pelos motivos alegados
quando da discussão da Fig. 9.
4.1.4 - Cu
A Fig. 15 mostra a variação da área com a massa
de amostra para dois materiais de referência, Orchard Lea
ves e Spinach Leaves.Os pontos apresentam-se nitidamente
mais dispersos do que nos experimentos com os outros ele
.57.
3 4 5
MASSA DE AMOSTRA , mg
FIGURA 13 - Curvas area (A.s) versus massa de amostra. Cd em:(o) Tomato Leaves (3|ig/g) ; (•) Spinach Leaves, 1,5yg/g; (à) Celulose Hyphan, 5ng/g; ( i) Celulose Hyphan,10pg/g. Sistema 1, f luxo=8*.min"1 .
uz•<
COaowm
TEMPO, s
FIGURA 14 - Perfil absorvância versus tempo para Cd em SpinachLeaves. Absorvância corrigida (AA-DG) e de fundo(BG) . Sistema 1, f luxo=8 í-.min"*1 . Massa de amostra*
.58.
<
AR
EA
,0,10
0.08
0,06
0,04
0,02
S^ . . . . .1 2 3 4 5
MASSA DC AMOSTRA
FIGURA 15 - Curvas á r e a (A.s) v e r s u s massa de a m o s t r a . Cu cm:(o) Orchard Loaves , 12 + 1|ig/q; (•) Sp inach T.eavos,
2ii<-j/g. S is tema 1, f l u x o = 8V..min - 1
0,20 -
MASSA DE AMOSTRA
FIGURA 16 - Curva área (A.s) versus massa de amoGtra para TIem Celulose llyphan (34|ig/g) . Sistema 1, Fluxo =8 5, .min"11
.59.
roentos, especialmente no caso do Spinach Leaves (R =0,949).
Às massas características são 2,9 +0,7 e 3,7- 0,7 ng/0.0044 A.s.
Dada ^ alta dispersão dos resultados refletida nos altos
erros associados ao cálculo das massas características,não
ê possível definir a existência de efeitos de matriz, embo
ra as massas características não sejam significativamente
diferentes.
4.1.5 - TI
0 TI,dada suas propriedades físico-químicas, como
pontos de ebulição e fusão, energia de ligação do seu óxi_
do, etc, indicava-se um elemento promissor para ser tes;
tado. Porém, nenhum dos padrões disponíveis no laborató-
rio apresentava este elemento em concentração suficiente
mente alta para ser detectada pela técnica. Por um proce
dimento análogo àquele descrito no item 3.4, preparou-
se um padrão de Celulose Hyphan, cuja concentração final
de Ti foi de 96,5)ig/g. A Fig. 16 mostra a variação da área
com a massa do padrão. A massa característica encontrada
foi de 2,4 i 0,1 ng/0,0044A.s (R = 0,995).
4.1.6 - Mg e Mn
Embora investigados, estes elementos não pareci-
am ser especialmente promissores, dadas suas caracteristi.
• cas físico-químicas. As Fígs. 17 e 18 mostram curvas A.s
versus massa para diferentes materiais. Vale observar que
.60 .
1.0
tal
0,5
1 2 3 4 5 6 7
MASSA DE AMOSTRA, mg
FIGURA 18 - Curvas área (A.s) versus massa de amostra. Mn em:(o) Pine Needles, 675uq/g; («) Tomato Leaves, 285Mg/g. Sistema 1, fluxo=81.min~1.
I 2
MASSA DE AMOSTRA, mg
FIGURA 17 - Curcas área (A.s) versus massa de amostras. Mg em:(•) Orchard Leaves, 0,62%; (o) Tomato Leaves, 0,7%.Sistema 1, fluxo=81.min~1.
.61.
as concentrações desses metais nas amostras estudadas são
extremamente altas. Apesar da linearidade encontrada, fica
claro que as sensibilidades são bem menores do que aquelas
até aqui obtidas, indicando ou uma atomização incompleta
ou um transporte pouco eficiente desses elementos, durante
a queima, para o aerosol sólido. A massa característica pa
ra o Mg, em Tomato Leaves é i48ng/0,0044 A.s. Sabemos que
o Mg é um elemento com massa característica da mesma ordem
de grandeza dos elementos até aqui discutidos, na técnica
usual de absorção atômica com chama. No entanto, aqui a mas;
sa característica é cerca de duas ordens de grandeza acima
desses outros elementos. O mesmo se passa para o Mn, onde,
apesar da linearidade encontrada nas curvas A.s versus mas
sa de amostra, as massas características são muito altas:
28,7ng/0,0044A.s (R = 0,986) para o Mn em Pine Needles e
208ng/0.0044A.s (R = 0,939) para o Mn em Tomato Leaves. E£
ses valores indicam uma sensibilidade, inclusive, menor do
que aquelas obtidas na técnica usual de chama, confirmando
não serem esses elementos apropriados â determinação pela
técnica aqui descrita. Foram, portanto, abandonados.
4.1.7 - TENTATIVAS DE PADRONIZAÇÃO
Conforme discutido anteriormente, uma das maiores
questões da análise direta de sólidos por absorção atômica
é a padronização. No caso deste trabalho isso é especial,
mente verdadeiro, na medida em que não é possível a utiliza^
ção de soluções aquosas. Foram feitas algumas tentativas
.62.
de padronização que facilitariam o procedimento de análise:
adição-padrão, ou seja adição de uma quantidade conhecida
de analito, na forma de solução, sobre uma massa conhecida
de amostra, seguida de secagem e queima; adição de uma mas
sa conhecida de analito na forma de solução (alguns micro-
litros) um pedaço de papel de filtro, seguido de secagem
e queima; adição de uma massa conhecida do analito, na for
ma de solução, diretamente ã plataforma de grafite. Nenhu
ma dessas tentativas apresentou bons resultados.
Uma tentativa bem sucedida foi o uso da Celulose
Hyphan. Neste caso o elemento está ligado quimicamente ã
celulose, e igualmente distribuído por toda a sua massa.
Uma restrição é a sua pequena massa específica, fazendo
com que, sob corrente de ar, muitas vezes ela se disperse
antes da queima. As vezes,após a sua secagem a Celulose
Hyphan apresenta uma textura semelhante ã do algodão, que
também não é muito adequada à manipulação. ,E, nem sempre,
o efeito de matriz é desprezível, de modo que se deve cer
tificar se a sensibilidade do analito na Celulose Hyphan c
a mesma que na amostra a analisar. A utilização, como pa
drões, de amostras semelhantes àquelas a analisar m<iy com
concentração conhecida do analito/parece ser o mnis aconse
lhável.
4.1.8 - INVESTIGAÇÃO DO MATERIAL E FORMA DA PLATAFORMA
Além do grafite, outros materiais foram testados,
para confecção das plataformas: quartzo, quartzo negro,por
.63.
celena. Berndt (102) em suas investigações iniciais, tam
bém havia tentado platina, porém muita radiação era perdi,
da por reflexão. Nenhum dos materiais testados apresentou
vantagens sobre o grafite: o quartzo, devido à queima ten
der a ser incompleta; o quartzo negro, muito caro,ia-se ero
dindo à medida em que as queimas se davam; na porcelana, a
queima era incompleta, talvez pela má transmissão de
calor.
0 grafite além das vantagens já citadas na seção
3.1 (eficiência na absorção da radiação infravermelha, pii
reza, usinabilidade, e t c ) , também apresenta outras. Ao
queimar junto com a amostra, não só aumenta r>. temperatura
da sua superfície, como também ajuda na redução de óxidos
pouco voláteis que venham a nela depositar-se durante o
processo de queima. Esse aspecto será discutido na deter
minação do Pb com o Sistema 3. A Fig. 19 mostra a varia
ção da temperatura na superfície da plataforma de grafite
submetida ã radiação das três lâmpadas, com o tempo, medi_
da com um termopar, sob diferentes fluxos de ar.Comparando
com a Fig.20,vê-se queografite alcança temperaturas maiores
do que o quartzo negro, mesmo após um prolongado tempo de
exposição às lâmpadas, provavelmente devido ao calor libe
rado por sua queima.
Algumas plataformas de grafite com pequenas cavi.
dades para colocar as amostras foram também investigadas,
mas não apresentaram resultados melhores do que as plata
formas planas e, como eram mais difíceis de usinar, foram
abandonadas. As dimensões (10,5 x 8 x 1,5mm) das platafor
6 4 .
4te
<UlQ.
1000
5001 *
II °
r i i
FLUXO
FLUXO
i
— —
, — -
DE
DE
—-•
—-o
AR
AR:
i
: 0
t,5f
i t
min"
i
1
10 15 20
TEMPO, S
300 4 0 0
FIGURA 19 - Variação da temperatura na superfície da plataforma de grafite com o tempo de exposição ãs lâmpadas,sob diferentes fluxos de ar.
1000
o4
4atUJ
2 500UJ
• FLUXO OE AR : 0
O FLUXO DE AR: 1,5 t min"»
-»15 20 300
TEMPO, 3
400
?IGURA 20 - Variação da temperatura na superfície da plata-forma de quartzo negro com o tompo de exposiçãoàs lâmpadas, sob diferentes fluxos de ar.
.65.
mas utilizadas permitem seu fácil manuseio, a pesagem de
uma boa quantidade de amostra (10mg ou mais para a maioria
das amostras) e um bom número de reutilizações. Platafoir
mas planas permitem, também, um melhor contato entre o ar
e a amostra, do que placas com cavidades.
4.1.9 - OBSERVAÇÕES RELATIVAS AOS EXPERIMENTOS PRÉVIOS
Nestes experimentos prévios foram utilizados
sempre que possível materiais de referência, para evitar ao máximo
os problemas causados por heterogeneidade da amostra e incer
tezas quanto ã concentração do analito na amostra. É eviden
te que heterogeneidade existirá sempre, mas o esforço de
homogeneização ijnprimido a estes materiais certamente miniini
za o problema.
0 pequeno número de pontos nos experimentos se
deve à natureza dessa fase do trabalho: são experimentos ex
ploratórios, que visam dar uma visão geral da aplicabilida-
de da técnica. Evidentemente este pequeno número de pontos
compromete um tratamento estatístico mais eficiente. As
massas características foram obtidas depois de regressão li
near ' (mínimos quadrados) dos pontos A.s versus massa de
amostra. As curvas foram forçadas a passar pelo zero,
desde que o valor do coeficiente linear não fosse significa
tivamento diferente de zero. A aplicação da estatística es
tá discutida adiante, no item 5.2.
Para o conjunto de elementos estudados, não há,
.66.
praticamente, absorção de fundo. Isto indica que o anali.
co chega à chama numa partícula pequena o suficiente para
ser por ela consumida, e provavelmente - alcançando uma
atomização eficiente, tal como na técnica usual de
chama.
Como era de se esperar, a técnica foi bem suce
dida para os elementos mais voláteis. Uma vez que a amos;
tra é queimada em ar, é provável que uma boa parte do ele
mento, após a queima, esteja na forma de oxido. Daí a im
portãncia, além do ponto de ebulição, da energia de forma
ção dos óxidos do elemento em questão. O exemplo do As é
interessante: embora com um ponto de ebulição (817°C) favo-
rável à sua determinação pela técnica, o seu oxido tem
um calor de formação de -221 kcal/mol, o que certamente
determinou sua não detectabilidade, em tentativas realiza-
das com padrões de Celulose Hyphan.
A técnica evita as perdas da nebulização (90
a 95%) existentes na técnica usual de chama. Assim,são es
peradas sensibilidades de 10 a 20 vezes maiores utilizando
esta técnica,caso sua eficiência de transporte eatomização
seja em torno de 100%. A Tabela 5 compara os valores de ma^
sa característica obtidos com aqueles (103) relativos à
técnica usual de chama. Os valores listados em (103) ejs
tão originalmente em y»g/g 0,0044A e foram transformados
em ng/O,OO44A.s considerando-se um consumo de amostra de
6fc.min~ e um rendimento de 10% na nebulização, assim co
moumpico quadrado, isto é, a absorvância máxima é alcança
da imediatamente após a introdução da amostra.
.67,
TABELA 5 - Massas Características de Cd, Cu, Mg, Pb, Ti e Zn
por Absorção Atômica com Chama. Comparação da Téc
nica Usual com o Sistema 1.
ELEMENTO
Cd
Cu
Mg
Pb
TI
Zn
Técnica Usual(a)
(Nebulização)
rao
(ng)
calculada observada
2,5 1,8
9 8,8
0,7
50 44
50 55
1,8 3,7
Sistema 1 (b)
mo
(ng)
0,5
3
148
6,7
6,8
0,45
Fator a/b
5
3
0,005
7,5
7,3
4
Na Tabela 5 observam-se sensibilidades de 3 a 21
vezes maiores do que a técnica usual de chama {com nebuliza
ção) #conforme esperado. De uma maneira geral, quanto mais
volátil o elemento, maior o incremento na sensibilidade.
Na experiência da verificação da variação da
sensibilidade com o fluxo de ar, â medida em que se vai varian
do o fluxo de ar, varia, conseqüentemente, a estequiometria
.68.
da chama, pois o mesmo ar que passa pela amostra e fornece
oxigênio para a sua queima dirige-se ã câmara de mistura.
Assim, a cada modificação nesse fluxo de ar, deve corresponder
um reajuste dos gases da chama, para ser mantida a mesma es
tequiometria da chama ao longo do experimento. O mesmo é
válido para o Sistema 2.
1.2 - ESTUDOS COM O SISTEMA 2
Este sistema é basicamente semelhante ao Sistema 1:
apenas, evitando a sucção de ar pelo jogo de capilares,
evita, por conseqüência, os problemas de entupimentos, fre
quentes no Sistema 1, Ao contrário do Sistema 1, os ex
perimentos neste item foram sistemáticos, compreendendo es
tudos da influencia da estequeometria da chama, da altura
de observação na chama, do fluxo de ar e da matriz no sinal
de absorção, com, ainda, aplicações a amostras reais. As
leituras foram feitas em um Espectrofotômetro de Absorção
Atômica Varian Techtron AA6. Todas as leituras foram reali.
zadas com correção de fundo (lâmpada de hidrogênio). para
metros como corrente da lâmpada e fenda obedeceram às reco
raendações do fabricante. Os picos foram registrados em pa
pel e a sua área determinada cortando-se o perfil dos
picos e pesando-os. Embora este aparelho apresente um
modo de integração, com possibilidade de ser realizada em
três intervalos de tempo distintos (3, 10 e 30s.), dito
modo é eficiente somente para sinais constantes. Na verda
de, o que o aparelho apresenta como resultado da integração
.69.
é uma média dos absorvancias lidas naquele intervalo de
tempo escolhido para a integração. Em "damping A", por
exemplo, o tempo do resposta é de 200ms. Isso significa que
em 10s, 50 sinais são envolvidos na média aritmética.
O sinal obtido neste trabnlho é transiente e daí a sua
área deve ser medida por uma integração mais real. A Fig.
21 deixa claro que, para uma mesma massa de analito, quan-
to maior o tempo de integração escolhido, menor o valor mos
trado no "display" do aparelho, Neste caso, o sinal transiente foi
obtido pela injeção de lOOpl do nirui solução 20;ifj/m! <lo pi) (tóc
nica usual de chama e método da injeção (104)). Como na
técnica aqui estudada o sinal transiente é resolvido em
média, em cerca de 10s, a resposta numérica no "display"
é muito diminuída, levando a uma má relação sinal/ruído, o
que inviabiliza o uso do modo de integração do aparelho. Ten
tou-se ainda usar a expansão da escala de modo a conse
guir valores numéricos maiores MO "display". Mas, neste
caso, a variação do sinal lido no"display"é muito grande,
conforme mostra a Fig. 22.
4.2.1 - Pb
A Fig. 23 mostra a influência da estequiometria
da chama em curvas A.s versus massa de amostra para Pb, em
Orchard Leaves e numa amostra de grama (21 ng/g).
Para a amostra de grama, não há diferença signify
cativa das sensibilidades em chama oxidante ou redutora.
- / ' I .
I F M T O f ' F
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Já p a t a a a m o s t r a O r c h a r d L P a v o s f h á uma d i f f i - n n r . i r i q n i
f i c a i i v a : a s o n s i l>i 1 i d a d e em r-liama r o d u l í u . i ê , nr» c t i i ^
l i n e a r d a c u r v a , c e r c a de 10** m a i o r . P'»r o n l i n l .n l< i , ,-»
f a i x a l i n e a r r m chama o x i d / i n l . ' é n i l i d a m . M i i " IM;M«>I . A s s i m
o p t o u - s e p o l . n chama o x i d a n d o p . i r n o s ey j . o r i in» -n I •»•: j-'«-;i»»
r i o r o s .
A F i g . ?4 m o s l . r a a v n r i . T . ' i o f ia s e n * ; i >• i I i • l>. | -1 ••••i»
a a l i u r a d e o l>s»»rvnção nn c l i a m o , p n r . i Pl> n;i«í nmn' : l i .)•: .-mi •»
vit- j | j z n d n s , O r r i m r d I,r»avon o q r n m . i . •> |»Milr> il<>
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p e l a l i n l i n d i v i s ó r i a o n l r o a z o n a p r i m á r i a I c ' i m ;»~ i i l ) o
a zona s e c u n d á r i a da c l i . u n a . (»5 p o n l rir; RHI»';« V JM< «M « <*r; ^ s
t ã o d'» 2 , "i a 10mm a c i m a d '»r ; ra I i n l i n ( n u s f j ; i , al>.i i :-:a-«:;<• >>
q u e i m a d o r d e 2, r> a lOntm). F o r a m f o i l a s t r ô s r^p<>( \^T%r»,-, y^.
r a c a d a p o n t o , com m a s s a s l-.ão p r ó x i m a s q n a n i o pf>«sí'.'«-• 1 -l»1
5mg. Os v a l o r e s dr? á r e a r>hl i d o s f o r a m n o r m a I i z a d o r d i v i d i n
d o - S e p^ l 'T massa d a r o s p e c h i v a a m o s t r a , d a í a o r d e n a d a
e s t a r em A . s / i i t c j . Os d e s v i o s - p a d r ã f i P K I ã o i n d i c a d o s na
f i q u r a . o h r . o r v . T - r . o <iuo n ã o há g r a n d e u ^ r i a c ã o d o s i n a l o .m
a a i l u r a da oh: ; f * f v a t ; á o n,i c h a m a . Wh I ã o rromrMile um l l ' t " i ' "
a b a i xamon l o d o s i n a l n o p o n l o m a i s a Ta s i a d o d a z o n a p r i i » á
r i a , o i\n>? n e s p e r a d o , p o i s se t r a i a d o uma r e g i ã o nvi is f r i a
da c h n m a , e I amWém a d i s p e i s ã o d o s á t o m o s é , ;i í , i n ; i i n r . p<,t
o u t r o l a d o , es» a c o n s r ã n c i n d o s i na I com a v a i i a - ; ã r > d ; ( a I I u
r a d e o h s e r v a ^ ã o na chama é uni f V i r o r i n d i í - a l i ur> >\<< um.t ln i ; i
e f i c i ê n c i a na a i om i z a ç õ o , já cpie r n r v n r ? d e s n e I i po ' p i " a p r e
Sen tam m á x i m o s p'>dr-Mn i r i d i c a r r p i " a a i n in i 7'\rt~\<\ r.n <••,•' ' •» •n»|»1»?
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MASSA DE AMOSTRA, mg
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.Inf luência da Pshecjulnmetria da cliarna ein cunF-is mwsus massa d e n t n o s t r a . pbomt (o) Orclmr" -ma oxldnnte; (•) Orcliard Iionves, clinim rolutcifi; [fl) Mtimâchama oxidanto; (A) grania, chama reduf-ora. Sistema 2, f lu-xo = 59, .min""1.
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24 - Vnr Inçâo da ftonntbi 1 Irinrin (A.s/ni-j) c».in i ;O I,nr,i r1pobservação na chama . Pb emi (o) n r chnn t l.n-ivcq; (•)grama. Slstcmo 2, fJtixo = . m I n- t
t a ? p ó s um m a i o r t .pinpr» t i o p n r i i i a n õ i i o i n d o m i n i i l o h a fr
A F ' i q . 2S m o s t r a a v a r i a ç ã o d a s e n s i h i I i d a d o com o
f l u x o d o f i r , a t r a v é s d o t u b o d o q u a r t z o , n a l o i t u r a d o ph owj
O r c h a r d L e a v e s . A q u i tarnbóm c a d a p o n t o f o i i o p r . | j d o t r õ q
v e z e s , com n i n s s i i s t ã o p r ó x i m a s q u a n t o p o s s í v e l «1#:? r>mq . f'.
i n t e r e s r a n t o n b s o r v a r q u o a v a r i a ç ã o da s o n s i b i l i d n d o f<m
o f l u x o ô , p a r a o s i s t o m a '?., n l q o d i f o r o n l o i i a r p i ' ^ l a r - n c o n -
t r a d n p p r n o S i s t e m n 1 . Mão há m á x i m o t ã o i l o f i n i d o l i a v o n d o
na r e a l i d a d e imi pafa i iwr a p a r t i r d p 2 " . m i n . O d>'»<-i é^r i im i
d e B o n n i I i i 1 i d a d o a b a i . x r i d o ^ l ' . m i n , j á o r a ' v ; p " i a d o c M i f t i i :
me d i s c u t i d o an t o r i o r m e n t o , na s e ç ã o 4 . 1 . 1 . Como »> I A I S M I » -
t r o d I r p o n í v o I n ã o i a a I óm d " r ; 5 1 . m i n n ã o l'«»| p> >••,'-, í <*•• I <•<•
r i f i c a r o c o m p o r t a m o n t o om f l u x o s m a i s . i l l o s . ' . ' I n c r -
v a - s e a i n d a , na F i q . 2 5 , q u o a s m e n o r e s d i s p o r n o o n n ã o aqno.
I a s o n c o n I r a d a s f i a r a o s m a i o r e s f L u x o s , m a s n ã o «.;op. >do n r i r
mar P O t a l s o d o v o a uma ( p i o i m a m a i s r o p r o d u l i va da a w v i l v n
o u s i m p l e s m e n t e a v a r i a ç õ e s a m o s t r a i s , e o i n < ; i d o n l omon i o me?
n o r e s n a q u e l a s a l í q u o t a s t o m a d a s p a r a e n t e r , f l u x o s . A F i - i .
26 m o s t r a a v a r i a ç ã o r ia s o n s i b i l i d a d o ci>m o l ompn d<> p u l o - r i
z a ç ã o - h o m o q o n e i z a ç ã o , numa a m o s t r a d " q r a m a ( ? 1 n ' i / ' l ) . l v : f "
e x p o r I inon I o «:o d o v o n » f . i t o d " q u o an amo<; l i a s Mc M I , u n i f r i
ram i f»i.'<»h.li.lars i v m uma t o ? ; ( u i a m u i t o qr»»HKa •• v>»i i i í i - o i v - ^ "
q u e , n e s t e e s t a d o , n ã o s ó a p e s a q o i n d a s a m o s t r a s «: i )hro a p i a
taforma de g r a f i t e , mas mesmo a que ima e r a p r e j u d i c a d o , ivi
ra se " o r i f i c a r o q u a n t o a l o : : l n r n da amos I T n pvd'-M.i I n f l u
i f n a i i i o ' i i d a , Í M f U . I Í I - <;<• q n i t r o -( | í q i i o f , r ; d " u c i . i d e : \w ••: I > c .
( c e r c a <\v^ O , r i q ) , ( | u o f o r a m I r i l u r a d a r ; p r > r d i I " «M . M I I ••<-. p . .» \,,
v ' i o s d e l o m p o , c i m l i i i i n i ' d o s e i I I o n o i I o m ? . 1 . A . i p . i i " I I r i - i d u
2
1 °\2 ;
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O !
AREA NORMALISADA As/mg
no" 3
/
~oI
-Í - ' <
V) - (. 2J —
T :Jyj i-i o— CJ ui
2 ii' f-
N >
AREA NORMALISAOA As/mg
3"3
3'3
.75.
utilizada é concebida para misturar materiais pulveriza
dos para atiálise espectroqíafica mas, pelo morion parn
amostras do grama, serviu bem como moinho. r*onio hão sr> d i s
punha de um separador do partículas, e mesmo tal ê
problemático para amostras com grania, foi. usado o l ompn
de agitação como referência. Isto é, evident-omoni^ ,uma
aproximação mas, do qualquer morio, foi ponníuol n l w r -
var, mesmo visualmente, que quanto maior o tempo do pul
verizaçno, mais fina era a textura final da nmosLrn. Na
Fig. 26, foram feitas três repetições de cada ponto, Io
dos tomados com massas tão próximas quanto posr>M'o|
de 5mçj. Oa Fiq. 26 não é possível verificar pata o
elemento e a amostra em questão, diferenças siqniftca
tivas em sensibilidade ou <MM reprodut. i v i ilade. devidas
ao tempo de pulverização da amostra, o que é muito
positivo, pois evita a necessidade de homoqenoiznr-oo a
amostrn quanto ao tamanho da partícula.
A Fig. 27 (semelhantemente ã F.iq. 9, Sistema
1), mostra curvas A.s versus massa de Pb (nrj) , para
diferentes amostras. A Tabela 6 reTere-se ao mesmo oxpe
rimento da Fig. 21, especificando as massas enrantorís
ticas, O R r*oe r.icíenl.es de correlação, o inlorv/ilo de
massa utili7ado e o número de pontos lidos para cada
amostra.
Observa-se que não há diferenças significativast
nas massas características do Pb rias diferentes amostras
.76.
VTABELA 6 - Figuras de relevância relativas; ao Pb em rliferon
tes amostras pelo Sistema 2
C . m »n A inpb o-
A M O Í I T i m
Orchard Leaves 45+3 4,6*0,3 0,987 2-10
Pine Needles 10,8+0,5 4,2+0,1 0,99/ 2-10
Tomato I.<MV««S 6,3_I0,3 4,3-ji)/) 0,8'iB 4-1-1
Spinach Leaves 1,2+0,2 4,5^0,9 0,921 7-11
"Fish Meal" 2,6+0,3 4,6+0,9 0,966 8-16
estudadas nu seja, não sb observam efeitos si<jni FicaHvos de
matriz. Tendo om vista n análise direta de nólidos por ab
sorção ahômicn, os erros nsnoclndos às mnsívin cnrav.Yarim \-
cas e os coeficientes de correlação são aoeifávnis. eis pr
ros associados às massas c.irncterí si i cas são cons i si onLoinon
te maiores para as amostras de menor teor de Pb, apesar de,
para e1,as, massns maiores lernm sido l:om.:uK-»s. Fixer»r.o pnra
o Tomato Leaves, há uma correlação entre o erro associado
ao valor certificado e o erro associado â massa caracterís-
tica, ft, por outro lado, nnlnral quo os vaU>r"s rorl ifien
dos apresentem erros relativos menores, uma voz qiif; a.«? mns
áas tomadas para análise nnssr* caso são mnít.o má i or°s |2lj0mq,
2
30
5 C?5 ^T. <rr 21-\Oj >
13
È A 2
AREA NORMALISADA, A.s.JOVmg
-
5
\
\
i
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\l-O-l
\
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SI-A T !
i 5 ' i II
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in 3 C -
b "• — -•3 O -i •--
NJ C
AREA, As
0
I!
.78.
para materiais cio referência RBS) do quo aqnrlns to,nn-
das para utilização no Sis tom 2.
Outra formn fio lidar-se coin o s ,T,,,1os da Fiq.
27 é tornar-se um dos materiais cie referência como padrão o
comparar os resultados assim obtidos com os v;i lores cor
tifiçados, conforme a Tabela 7, quo toma Orchard Loaves ro
mo padrão.
TABELA 7 - Comparação das Concentrações Encontradas com as
Concentrações Certificadas - Pb, Sfstetnn 2.
Cpiis» Risl:ema 2 0 . , cer t i f i c a d oAMOSTRA , /
Pine Needles 9,0+0,2 10,8 t 0,S
Toma to Leaves 5,9+1,3 6,3+0,3
Spinach Leaves 1,2+0,2 1,2+0,2
Fish Men 1 2,7+0,5 2,6+0,3
Levando em conl.a as ÍIICIM. I.o7,;is em )oqo,r;r> veriflci que há
uma boa concordntici a entre os valores obtidos e nqnei<*.q cor
tifiçados.
A Fig. 28 mostra uma curva A.s/mg versus çnncenl ta
ção de Pb para nina série de amostras de rjramn. n pnnio dn
maior conrentragão corresponde n nrchaid |,c,ivf>;í. F.K
.79.
ta si tuação é equivalente a uma curva de ca l ibração , usando
como padrões amostras (no caso grama) de valores de concon
tração conhecidos, que podem ser determinados por outra téc
nica. Considerando-se tanto o er ro nos valores de concentra
ção, como aqueles referentes ã técnica em s i , podo-se obser
var uma boa l inearidade (R - 0,994). Parte dos desvios nas
concentrações encontradas, como daqueles r e l a t i vos aos valo
res de A.s/mg podem ser creditados às pequenas massas de
amostras tomadas para aná l i se . 0 coef ic ien te l i nea r , (1,5 +
2,1).10 A.s/mg da re ta obtida por regressão l inear (Fig.
28), não é significativamente d i ferente de zero (ver seção
5.2) . Da iiinllior mtn quo pnnsn pol.n or I qnm obtóm-no umn con
centração c a r a c t e r í s t i c a de 0,86^g/ g.O,OO44A.s, caso fos
sem tomadas massas de 5 mg. Construindo-se uma curva de ca
libração semelhante à da Fig. 28, anal isou-se uma outra sé
rie de amostras de grama pelo Sistema 2, comparando-se os
resultados obtidos com aqueles encontrados no forno do qra
f i t e , conforme descr i to no Apêndice TTT. A Tabela R aprpsen
ta os resu l tados . Cada amostra, em cada uma dns téciiir-nn, foi
analisada can pelo menos 5 repetiçnos. Considerando-w? nr, \**\\VU;\K uns
sas tomadas para as determinações (2 a 5mq) o an inrortoznR nsqnrinfiriK
aos valores, há uma boa correspondência entre os resultados encontrados
pelas duas t écn icas . As curvas de regressão obtidas quo
correlacionam os dois procedimentos a n a l í t i c o s são y-0,077
(+ 0,058) x f 1,67 (+ 0,79) (método da semeiliançn máxima)
e y = 0,955 (+ 0,081) x + 1,21 (+ 1,41) (método dos mínimos
quadrados), onde x é a concentração de Pb encontrada por
. 8 0 .
TABELA 8 - Comparação das Concentrações Obtidos polo Siste
ma 2 e no Forno de Grafite. Pb em Rramn.
AMOSTRA Cpb-S S j s t e i l i a 2 CFbÍs Forno de Grafite
(n? de ordem) ng/y i|fj/'J
IA 2 5 + 4 26 . 3
2A 17 +• 2 IR + 2
3A 3 1 + 5 2 8 + 1
5A R + 1 R y 7
24 20 + I 22 + 1
25 4 + 1 í ,0 » 0,7
3 6 1 6 4 - 1 15 • 2
4 2 1 1 + 2 8 , 0 + 0 , 2
via úmida em ug/g e y é a concentração de Pb utilizando- se
o Sistema 2, em |ig/g. Entre parênteses estão indicados os
desvios padrões para cada um dos parâmetros.
4.2.2 - Cd
A Fig. 29 a-c mostra a influenciei da esteejuiome
.8! .
0,40
•tUlir 0.20
( n )
0,10
£ o,?o«t
• o
0,10
li- °,?o
MASSA DF. AMOSTRA, mg
" ) — I M f I U* M lC Í <) (1,1 I •'."• I I •( 111 I i ill I ' ' I I I -I ' 1.1 ! ' I I h l l , I < '111 i ' I I I i - , i .'
•'i i o i l ( A . ! > ) v • r :-! 11 f> in«.i . ' í f i i i ' ! (> c i i r i ' ' N I i •'! . ' M ' i n : ( i
' I ' u m n t o I,f.vi v o a ; ( h ) i ! f > i n i c l i I / . ' P V I " - , ; (<•) y t a m i
C)i<ii[ i . i n x i d a n l o , ( o ) ; ( ! l i , i in , i H Í M I U I f>r .1 ( « ) . f ' i f ' l o -
III<I 2 .
t r i n da chama na s e n s i b i I i d a d e de '.'d , rim d i I <M <MII es mal i j
zes . P. i ia *i*« >iti/1 f • > Leaves n.V> há cl i f < - roncar ; v j . i t i i l j . - . i i i - a : : ,
mas p n r n Sp i nach I.onvos <? qrainn , Má nun n c e n l uada i l i l n i ' i n r . i ,
com .is i -urvnr . A . ; ; v c r s i i s massa de aim i s l I a i in <h mi.! l e d n i o
r a a p r e s e n t a n d o p r o n i i n c iada e o n c a v i d a d e . I 'sse f>nip<»i I -MII'MI
t o Í ÍV i d o n r i n s e r n chninn o x i i l a n l r » n m a i s opr< »pr i íí la p u :i ,1
i n v e s H q a ç ã o do Cd n e s t a s mnt r i z o s .
A F i q . 10 m o s t r o a v a r i a r ã o dn .i l>soi ' f u i c i n i n
. t e M i nd.i »*om a o i l u r n d(! o lvsor V'.'K.TU» I I . I CII.'IIII. I p . i i a • '< 1 i«in
d i f e i ' l i t .05; mal r i / I * : ; . l lá 11111 l o v o di.M'ré;-i* inio de :; i 11a I 11 •
modi i la ^m i jno s« l n f n ^ l n df> c o i i f p i i má 1 i n . i'a*la p'»ni«»
f o i l i d o I r r v ; V O Z P S , i l l i I i z a n d o - n o nnr.r;n.'-; p i r>:: i in.ir; rl»»
5mg.
A I ' i q . J l mo .si Tit íi v a i ia i ; . r io d o : ; i : i , i l co in o f 1 u
XO r i f n r [><trn l r ô s m a t r i z e s d i ; ; l i n l ' n s . (.'iidri p o u t ' » c f i | r e s
pondt^ à m e d i d a dr> t r ô ^ l o i t t i r . u ; . Tn 1 c o m o p i r a i> p l> ,
t a m l " ' i u •• p a i l i t <!<• urn I ' l ' i l n l l t i y o i» a 1 < M I I ' , M < I I > urn p . i i a
I i i c l f . f '01110 11,111 :;• • 11 i : ; p i i i i l i ' i d " H I M 1 > >l a 1111 • I 1 1 > 11111 • 1 •> • 1 111 i I i • ; N ' >
í i ] c v u i r ; a 1 ( I u : : o ; ; n i . t i ( M < • ; ; d o q u e *» I . i n i n , n a o l i i i p o : ; r ; i
V e . l ( . ' h f q . i l a l é o p o r i l o d o | | r l r > , (•( • I I ,1111' 'HI f • , o s i n a l nw-
ça r i . n a d i m i n u i r . As I r õ r . c u r v a s ria P i ' j . ?l . í j i r f s c n l . i m
a incsnii'j f o rmo q o r í i l , mas o p o n t o a |>nrl i r do rp ia l o pn
tamnr é a l r a n f ; a d o d i f e r e , Coni'i a nii;;:;,) n ' i I i / a r l . i em t o
das ar, c u r v a r ; f' p t a t i cjamonl o n inosma, õ p o s s l r e l cpie f<«;
Sa t l i T e t c n ç a r u i nvi|)ni)f1n a unia rua i M I OU IIMMIIH í a c i | i d a d e
de q u e i m a , med ida não só p e l a I "inper 'd u i a de i ' l n i ' / a " eoiiio
pelei l i e f e s P i dadr- de ny. í qêf) i o .
0,06
UJo
2 n.n"CD
Vtzu»Ifl
ui
o
4—i
2,5 5,0 7,5
A L f l l R A D E O B S E R V A Ç Ã O , m m
10
V , n i , i . ; " i o « I f S I M I : ; i t . i I i d l i e | A . « ; ' i n | ) « " " i n ' . i I I M l i
I | I « i . l i ' H M V > ' . • • " » • > I I . I ' • l l . l l l l l . < M f i l l : ( > > ) T - ' I I M f n I . ' - l ' i " : ;
( • ) S j . i i K H - l i l , i « , i v r r ; ; ( ' ) ' | i . M m . S i s l c m i . ' .
O.Pfl
vE
uio«I
° 0,0 >\mõ
Of?. \-
\
Finn:•.-..• i r - ' ' r 1 ' " • : ( " ) • I ' i
I ) ' i i • inn . ;; i >;i r'! ' • ! )
.84.
A F'iq. 32 mostro a variação da ároa com a massa de
amostra por a Cd cm diferentes matrizes. A Tibeln '» nPrf-
senta os dados obtidos a pari ir da Fig. )2.
TABELA 9 - Figuras de Relevância Relativas ao Cd em Dife-
i ciilc!; Amos t m u . S i ;:f r*m.~i 2.
A M O S T R A i r , '"-' ' I! .HIU (IIM) (••"»)
O y s t e r T i r s t i e 3 , S 0 , ?0 + D, 0(>r> d , ' » ' » / 1 P) | n
T o m a t o L e a v e s 3 , 0 0 , 2 0 j í ) , o i l ) , f > ' ) | | _ R )»
S p i n a c h L e a v e s 1 ,5 0 , 2 1 + 0 , 0 2 n,'"»f.2 l - R »0
/\ T a b e l a 9 m o s t . r a c|i.iof p e l o menor, p n r n rir, »»õr, i i
p o s d e a m o s t r a s e s t u d a d a s , p r a t i c n m e n l t; n ã o hruivi-* " f i i t o d e
m a t r i z , n õ o ÍHMUIO ar. mar;t;ar; crat a c l e t í :;t i r;,ir. • • m - . m I r , i<l . i ; ;
s i g n i f i c a t i v a m e n t e d i f e r e n t e s . O s c o e f ; <-ifMi» c s d e r u t i e t i -
ç ã o n i o . s l r a m t . a u i b é i n u m a b o a l i n e a r i d a d e e n t r e n i a i s a d e a m o s
t r a e á r e a . D a d , i r . a s c o n c e n t r a ç õ e n d e C d n s n ; u o R t r a s , e a
s e n s i b i l i d a d e d a ) é c n i c a , e n n o n b o n s r e . s . i I t a d o r ; I H K I I - I I I I a m
b é m r . e r c r e d i t a d o s a o r a t o d e f j n e I o d o s o s s i t i r i i s l i d o s
e s t a v a m b e m a c i m a d o r u í d o , F a r ; í I í I a n d o a | c i h n , i . ( » s t ' . » d o v ,
d a T a b e l a 1 0 P o r a m o b t i d o s I a m l ) é m a f > a r l i r i l a P ' i < | . í X , t r > n i , m
d o - s e O y s l r r ' I ' i i u ' . n e c o m o p a d r ã o , e a s C M P C O I | r .,,•; „.»; , | , l r ;
. 85 .
outru.» . « « o s t r a s c a l c u l a d a s jn.la r . u n u don i nc I i II."I»,-Õ'»Í:. I1; n
amostra do e s p i n a f r e f o i i n c l u í d a (Spinn«*!i K - 7 7 ) .
TABKI.A lü - Comparação d a s t:oiu:t»nl t a ç õ o s K»<m|»it.ration omi a s
i i t r n c õ c n rkwuinals-Ctl, S i s t e m a '?..
C , , + s , S i s r ^ m i 2 ( V d ' f I o '" ' l | : i '
AMOSTRA .»«'•»/'I I'M."'I
Town I o I.t*.'iv«'S 2 , 9 + 0 , 1 1
S p i n a c h l.»*.»vr*s 1 , 5 > 0 , 1 I , '•
S p i n a c h K-77 1 , 1 » 0,l»fi !),H
I ' . > . • • . . • ! ' • i • i \ . i i . j i i i - i . M . i . . ! ü I i I i i . •. • ! : - . i . - \ i i ; : i
i
f « • , I I i » ' . . ^ •• . . l i l 1 I I < • . I I I I I I I i l i * i « I • : : < • ! v . i • I . • . - ! • i . * . I 1 • • I I i M I K '
n i i i u i l p . u . i . » . i i t n > : i ( i . ) » i i * S p i n . u ' l i K - / / r o i o l . ' l i i l i ' . i | % i " » : ; a » i r i . i
l i s » ' « l . i . i i n n s i r . i ( ' n u t o n i u " t l > v u " i i l o n < i A | > i ? H ( l i < • ( • I I I .
A f - ' i q . i) m o s t r a a v a r i a ç ã o d a a b s o r » ' ô n r « j , - i i n f ^ q r c i
d a e m u a ' • n n c o n l i i ç ã o d»? L'd o u t a m o s t r a f l f rjr i i in . - i . K S Í - T S
a m o s l . i i i i i : ; ; i i ) / • ; ; i n o s m . i : ; ( j i i f [ f - i . i n i n l í | i / . , ( ' i i f , , I M ( » M i • H r i o - n I . I >
n o f í ( 7 | i " i i n i ' M i l o : ; » ' o n i t > I ' I F . ( t r , v , i | n M > : ; n ' M i i n . i i s , | . - » - f , H I - . . | I -
t r ; » « ; . i t > > ! • • i M I < . | m i i ' i > u I i i n i . n l . > • : . i n i I i : : . i i i < | . . • . . • . i - : . n M . . ; l i i s
c o n f o r m " < | r : ; r r i l < > n o A | . ' * n r l i ' v . M l . T < - - i ' l o " i n v i : l . i > , • • . f , , , , y ,
a s s o c i a d o s .".;; i i c - d i r ; õ " S , , i l i m » ; ^ » » ( l ' i r | . ] ] ) n n s i i r i | w . ; i | j n , . , , j , | . , , | . .
{R = (),')r)9) . O b s e r v a - n e , a i n d a , IIIIVI frojironl t tn;"io c.w;u:ltu tu
. J ' . t , .
O.BO
OCO
ir O>!O-1
I f l
|ir AMIi". I I IA ,
I'm
( )
. I I . - . I | . \ . s ) v i ' i : : i i : : m . i : : : ; I
t e r I Í N N I H 1 '?
( • ) :i
- . t ut- . . . I i i
, r< \\ \. •] • ( • • ) ' I ' m i 11 • >
i.<-\'<-r>, l , r > n . | / | . :; i s i ••
i '. I . ' i n :
Em
o«tm—4IEO
I . I
• — 1 / - - — t '
F l ( U t l > r N I * • C i | r '" i A . ; : / n : - 1 ' • » • ! : ; I I : ; ' •( ' t i c n I I . w ; " i - > • l>
I f . - : i i r . ' i s l i i r . i ) < - | t i n n . .': i •: I « e i i . ' ( I 1
m > l i I > • i > n
. 8 7 .
t i c a tio 0 , 0 0 5 n g / q . 0,00-14 A . s , t m i a n d o - s o massas do Smq.
A r o ' j r o s s n o l i n e a r (método da somei IIHIII.M m.ni: imn) mos t rou tun
v a l o r dn c o o F i e i o n t e l inear ; (0 ,01 + 0 ,09) quo não d i Foro
s ign i f i en t i vãmente de z e r o , do modo quo :;»> nl i I i z o n , pnr-i
O c á l c u l o da massa c a r a c t e r í s t i c a , . ! melhor r o t a quo p a s s a
pe la orir jom. O u t r a s a m o s t r a s de qrama foram a n a l i s a d a s , t o
mando-se como c u r v a de c a l i b r a ç a o uma c u r v a somolhaní.e ã
da 1'icj. 3 3 . Os v a l o r e s e n c o n t r a d o s s ã o comparados , na Ta he
la I I , com a q u e l e s e n c o n t r a d o s após d e t e r m i n a ç ã o por v i a
úmida e f o r n o do q r a f i t e , confomio « I n s c r i t o no Apêndico f [| .
As massas tomndns p a r a a anâli<:>'- f>or ambos f>r; s i s tomas os
t ã o 3 P 4 m q . Vrr i f i r ' a - s o Loa c o n c o r d â n c i a r»nl i <• os v a l o r e s
enconl • «íflos p e l a s d u a s t é c n i c a s . As c u r v a s df» r ivfroíísão quo
c o r r o I íici onam os d o i s procod iiiifMitos a n a l í t i c o s s ã o :
y = !,()•) ( t O,(Ji(t) K - U,'">35 (+ 0 ,024) (método íla s
ca m i x in i i )
V = i . i ' " ( » M , I . - . - I ) :•: - i > , n l r i ( > f t , i ) J ^ ; ( t n ' t ' . i . ' . -••,-; r , i í n i i. ,
( [ l l . l l j l M i l o s ) ,
o n d o :: o a c o n c e n t r a ç ã o d ' ? C l r A , \ j d . i p f > r •• i i t ' \ " ' i < \ : \ ,
y ó a C f i i i i : ' ! i i l . r ; i ' ; . : i ' i d " ' M ' > l . t i ' 1 - i \ , < - \ ' > S i ' i ' m i / . K n i
p a r õ n t f í r i f s f r ; l , i o i n d i c r i d n r ; o r ; d e s v i < » : ; - p . i r i i , I M . c ; . ' ; r , c j , M l> > : ; i
p a r ã u i ' • I i « • : ; »i •• 1 > .
.88.
TABELA 11 - Comparação das concentrações Obtida?: polo Sis-
tema 2 e no Forno de Grafite. Cd em Grana
AMOHVKA ( ' , + < > , S i s t e m a 2 C., .+ <• , r< M n<» «Io Crnf i ( o d
(li1? <lo o i d o i l l ) M'j/ () MM/M ('?•)
IA 0 , 7 6 + 0 , I 0 , 8 5 + 0 , 0 f> f 12
?A 0 , 7 í i t (),i>H 0 , 7 S » U, M i |
3A o,r>o + o,n r i o,-ir> i ( i , f t i » <i
/JA I ) , ^ J t 0,11, ! ( ) , .M i I I , (M, 1
r,A ( l r l ) l f 11,11) (),<H » (),ÍH
i>4 1 ,69 i 0,1)2 I ,r> t i 0 , ( 1 / IU
25 0 , 3 6 i 0,(16 (»,/?') i 0 , 0 1 - ^ ^
16 1 ,04 f 0 , ^ 0 , l > / i <>,0| , /
4 . 2 . 3 - Cu
A K i ( | . 3 4 , - i - f i m s l i í ;\ \ \ \ \ \ \ \ r . \ v : \ c \ c l . ' . i f T ; I I • ' | u i " i i i " t C Í Í I < l i c l u
nid o m C I I I . V . I Í ; c m A . r ; v o r r j i i s i n í i f . n n p a r a d i f c r n n l r s mn I r i z e r , .
P a r a o r c l i t U f i F I ' M V O U O T o m n l n I . n a v o n l i n i imn ri í F o r fMi<;,i f ! i q n i r _ i
c a t i v a , '••nm a c h n m a o x i c l . i n l . o I r v n n d o ri u m a tun t o r s o n s i h i 1 . i d a
0,6
0.4
0,2
0,6
n:
1.0
<
g 0,5
( a)
( b )
( c )
M
AMOSTRA
1 l i f I H f i H * i ,:i d i c s I i •( | u í ( ) | I K • I i i , i ( l , i f ' I I . H I I . i ( ' i n < ' i i i \ : ; \ Í ;
( ^ . s ) ' . ' ( • r s u : ; ! H , I Í ; : ; ( I . C U - m ( . - , ) f ) i , - | I , . I r , | l . f f c s
' I ' o m . i t o | , c . : i v : ; ; ( c ) D y f - j l . f r ' I ' í ar,uv . C l i m i i ( ' x i( " ) ; C M i . i m n R o d u l o r n ( • ) . .; i .; I Í M I M 2.
;I I C , I
. 9 0 .
d e . vTÓ p.urii O y s t e i T i s s u e n ã o há d i f e r o n c a s s i qn i f i <vil i v a s
p a r a u s r e s u l t a d o s em c h a m a o x i i l n n t R o r e d u t o r a .
A l - ' iq . )ri m o s t r a a v a r i a ç ã o d o s i n a l c o r r i q i d o
( A . s / m q ) coin n a l t u r a d e o b s e r v a ç ã o n a c h a m a . C a d a p n i i l o é
a m é d i a d e t r ê s r e p e t i ç õ e s . O b s e r v a - s e uni c o m p o r I • a m ^ n r o
s e m e l h a n t e à q u e l e s d o s e l e m e n t o s e s t u d a d o s anfei i i n n r u t " , i s -
t o é , v a i h a v e n d o um d e c r é s c i m o d o s i n a l à m e d i d a om q u e
s e vn i s u b i n d o em r e l a ç ã o <i I i n h a - l i m i t e i o n l »<• a i-VMia p r i m a
r i a o 55ecuiiiliii i a d a c h a m a ( p o n t o z<%ro) . K s s c ctm\]><ir I VIMMMI I o
n ã o é e s t r i t a m e n t e s e c } \ i i d o , p o r é m , no c ano do O r c h a r d L e a v e s ,
o n d e p a r e c e h a v e r um p a i a m a r e n l u - o s p o n l o ; ; '}, '> <• S, l linm
o q u e p o d o H»M" I ' . n i s i i do p c l . i c o n j u n ç ã o i lc d(>i:; i> |V ' i lo>; : ,-i
n e c e s s i d a d e d e um m a i o r t e m p o d e p e r m a n ê n c i a d o a e r o s s o l
na c h a m a . p a r a uma b o a a f c o m i z a ç ã o d o Cu n e s t a m a t r i z ,
n n <] i m i m i i r ã o d a s e n s i b i l i d a d e à m e d i d a f|iic s o r\\r;\\\c,i\ p a i a
r e q i õ e s m a i s f r i a s na c h a m a .
A K i q . 3f> m o s t r a a v a r i a ç ã o d o s i n a l ( A . s / m ' l ) cr mi
O I I l l ? < o i l i ' , i l . 1 I I a v e : ; i \ i ^ I i l l » > t i c « p l . t i I ' / . o p , i i , i l ' u > • 1 1 1 1 1 i I r < i i ' U
t e s ma I i." i /OK . Tal como para os o u t r o s elemento: ; e s lndadoy
a t é /icjui, n loança-r ;e um patamar a j>art i r de um çr-r to
f I ii NI I . i ' . i d a |" n i l i > r e p r e s e n I a a m o d i a d e l i e s I e i I u i a s .
A s m a s s a : ; < l e a m o s t r a s f o r a m I a o p r o : : i m a s i - j u a n l o p o s
. í í v e l d e 4 i u ' | .
A F i q . Í 7 i n o s L r a a v a r i a ç ã o d o s i n a l í A . r; , ' I N - I > '••;,
f u n ç ã o d o ( r o m p i , d e p u 1 v e r í 7 . a i ; ã o p a r a u m a n m n s l r n d e q i a m a .
C a d a [ i o n t o o a m é d i a d e c i n c o I c i l . w i a r ; . I l i v i l " c a ; ; o f > i r '• '•<• h a " c r
. 0 1 .
0,03
EM<t
tl)
O
Q
;J 0,05UJ
V)UJ
0,03
0
. 1 .
7.52,5 S,0
Al .T l inA DE OBSERVAÇÃO, mm
V . i i i . it,\~u> i l , i S e n s I 111 I I ' L u l l ' ( A . '.'-./ in, | ) c i MM .i • i I I i i t . i i l c
i >|>si< i \ ' <n ;< l i ) i n H i . H I M . I ' M f i n : {<>) O y s t . e i ' I ' i s s i i f , ( • ) I ' I
I ' l i a i d i . o n v o s ; ( A ) ' l ' i >m>i t o l . o . v c n . S i :•;! c i i r > 2 .
zUJ
0,04
-f 0,0i
UJo•aaj 0,02m
0,0? i..3
rt 11X0, I inin I
.! I
V-'ii í r i i ; "in f in S f i i s i b i 1 i d . i d f ( A . f i /
Cu f i n : (•) O n i i . u d l / v i " o s ; (M) T'mr' • " i n < > f I I I X ' » d
• i1."1.1;. ;; i i; I f m i
.92.
um certo aumento do sinal com o tempo de pulverização. Rs
te comportamento é indicativo de uma maior dificuldade de
determinação do Cu por esta técnica, certamente devida ã
menor volatilidade deste elemento em relação aos outros até
aqui estudados. A necessidade de uma textura mais fina da
amostra pode rei acionar.-se tanto ao transporte do elemento para
o aerossol, durante a queima, e (ou) à dificuldades de sua
atom Lzação na chama, uma vez que o tamanho médio <kis pari. leu
Ias do aerossol vai depender do grau de pulverização da ai.ostrn .
A Tain*! a 12 mosl ra os dados obtidos a partir do curvas A.s
versus massa de amostra pata Cu em diferenles matrizes.
TAHKI..A 12 - Fiquras de Relevância Relativas no Cu em Oife
route:; Amosl.roí;. Sistema 2.
AMOSTHAS S'u
Orchard Leaves 12 + 1 1,4 + 0,1 0,9fi78
Tomato Leaves I I »• 2 I , ? i 0 , 1 0 , l> 7 r» f,
R p i n . i r l i l , . M v e : ; I , ' t 2 1 , 2 t 0 , 1 ) 7 l l , ' > H I ( ,
O y s l e r T i s ü i i e U) i_ l l , ' ) 2 t 0 , 1 ( i , ') / I 7
C a f é 1 8 , 5 1 , 3 + 0 , 2 0,«)( ) 17
in
0.05
0.04
o«I
3 0,03mtn2UJ
0,02
_l
20 60
TEMPO, S
8 0 120
F ' T C . I I R A ) / - V \ n i , u ; ã o d ü s e n s i l> i I i i l . i d i 1 ( A . p / n i ' j ) c i i m o l i - i n p| M i I v o r i 5 í « " i ç ã o . C u c m ( | i . u i i < i . S i : ; I v \ \ \ \ 2 .
E
«t
oz«tU)
i .
15
CONCENIUAÇAO, g/g
FIGURA ?R - CurvMt c s i i i
/nifj v c i s u r ; ( ' ( i n c n i t r ; n ; , i o d c CM cmr , • . : • • ; f l c - • ( r i i n i - ' i . '.) i K I . P I I I I I '?. .
O b s e r v a - s e da T a b e l a 12 s e r o Cn o o l e i u t n t o a t é a<|'.i
e s t u d a d o que a p r e s e n t a os e f e i t o s do m a t r i z mi i s p r o n u n c i o
d o s , a s s i m como as m a i o r e s v a r i a ç õ e s a s s o c i a d a s m r ã I «MI I o
da massa c i i i a c l o r i s t i c a e , cm m é d i a , os va lor- ' .1 ; de c o e f i e r i
o n t o de c o r r e l a ç ã o m a i s d i s I nuc i ados de 1 , p a r a a m o s t r a s
que i n c l u s i v e a p r e s e n t a m um t e o r de Cu t a l «pie \« >i m i I em
uma boa r e l a ç ã o s i na I / r n i d o . f s l o cu t i l t i l m i a i n d a ím i s pa
ra p e r c e l n r - s o que a técn i«*a tem m a i o r e s l i m i t a ç õ e s p a t a
sua a p l i c a ç ã o na d e t e r m i n a ç ã o de C u . C e r t a m e n t e , a h e l e
roqono i dade da ainosl i a em r e l a ç ã o ao C\\ p o d e r i a s«>r a cansa
das f I u l nações e n c o n t r a d a s J U I I Í I as massas ca i u r i o i í s I i r a s
em u m a m e s m a m a t r i z . M a s L a I é i m p r o v á v e l , i n c l u s i v e pr>(.
i | n c - ) • ; i u I e i v . i 1 < >S d e e o n l i a n ç a | > a i a a I ' n i i f r i i l i , i i ; , i n d e C u
n u : ; n i . i l . e i i . i i s i • : ; I i H 1.1< l< >s u a n e s i c p i i I i c , i I i v u n i i - n t e I I M i « n 11 <! < •
p a i a i >:; p i l l l o : ; i • I i -III< Ml I o : ! .
O ( ' i i I . n u I ii • lil I i ) i d e I i> I III i I I . l i l<) i Mil . u m )•; | I , i s d e i ] I .1111.1 .
As a m o s t r a s Foram as mesmas u t i l i z a d a s nos e::pot i n i en los an
l e r i o r e s cum o Pb e o C d . Não Foi am f n r n e c j d o s , j u n l o
Ci UM . i s a IN' >.'; I i a : ; , < |U. i I < | i ie r i n d i I M I ; , I I > d< > S e u < •* >n I (>i n!i > t ti • ( ' u .
U;j v a l o r e : ; I .ornados f i a r a c o m p r i r n ç n o f o r a i n d e i e i m í n a d o s c m i
f o r m e dcíicr í I o n o A f i ê n d i r r e 1 1 1 . A F i q . Ui a p t e s . n I n um i
c u r v a A . : ; / m q v e r s u s c o n c e n t r a ç ã o d e Cu p a r a d e z a m o s t r a s d e
q r n m a , c u j a s m a s s a s f o r a m t o m a d a s ru i l o r n o d e unq . A p l i c a n -
d o - s e ,i i i " | r e; ; ; ; ,u) l i n e a r ( semi • 1 I i ,m (,*a m á x i m a ) , é r > | > f i i | , . um
C o e i i c I. ' I I I e | i n e , i I (11,1111,". i I) , IX) I / ) i | l | e n ã i i d j | o | ( . ;; i ' | l l i •
f i c a r i v n m e n t e d e z e r o . I l l i l i / a n d o - i ; < - , a s s i m , a n u -1 11< >i i e i , i
q u e p a u s a p e l a o r i q e m s e o l d e m u m a c o n r o n I i a ç ã o c a i a c i e i i : ;
I i c a d r > 0 , 6 I i i ' l A ) , p a r a m a s s a r ; d e r > m q . f ) c o e l i c i e n l e ( | e c - , i
.95.
relação encontrado (0,846) podo ser explicado pelo fal:o de
as amostras de grama disponíveis terem suas concentrações
contidas em uma faixa de pequena amplitude (7a15tig/g). As
concentrações de Cu em outras amostras de grama foram
determinadas pelo Sistema 2 utilizando, para calibração,uma
curva semelhante ã da Fig. 38. A Tabela 13 compara os re
sultados:
TABELA 13 - Comparação das Concentrações Obtidas pelo Siste
ma 2 e no Forno de Grafite. Cu ora Grama.
AMOSTRA C^.+o, Sistema 2 C +u, Forno
(n9 de ordem)
2A 9,6+0,2 11,8+3,0
3A 13,3 +• 1 ,2 15,5+0,6
4A 8,6+1,2 9,0+0,1
5A 7,5+0,8 7,8 + 1,5
25 7,2+0,4 7,1 +• 2,4
36 6,8+1,0 7,9+2,5
4 2 3,2+0,5 3,9 + 1,0
.96.
Os valores obtidos pelo Sistema 2 são a média de
três leituras. As curvas de regressão que correlacionam os
dois procedimentos analíticos são
y = 1,28U 0,14)x - 2r29(jf 1,19) (método da semelhança mãxi.
ma) e
y = 1,04 ( 0,2)x - 0,72(+_ 1,86) (método dos mínimos quadra
. dos)
4.2.4 - Zn
As Figs. 39a-c mostram a variação da sensibilidade
com a estequiometria da chama, a partir de curvas A.s ver
sus mnssa de amostra para Zn em diferentes matrizes. Nno
são observadas diferenças significativas para as três matri^
zes estudadas, Tomato Leaves, Spinach Leaves e Orchard Lea
ves. Com Spinach Leaves a curva não é linear, qualquer que
seja a estequeometria da chama. Devido às concentrações re
lativamente altas de Zn nas amostras e à sua sensibilidade,
as massas utilizadas nos experimentos tiveram que estar con
tidas entre, apenas, 0,1 e 2mg, aproximadamente.
A Fig. 40 mostra a variação do sinal corrigido com
a altura de observação na chama. Cada ponto é a média de
três leituras. Para ambas matrizes estudadas o sinal tende
a diminuir na medida em que o ponto de observação afasta-se
da divisa entre ns zonas primária e secundária da chama.
A Fig. 41 mostra variação do sinal corrigido do Zn
com o fluxo de ar através do tubo de quartzo. Cada ponto é
.97.
0,8 1,2
MASSA DE AMOSTRA
1,6
FIGURA 39 - Influência da estequiomctria da chama em curvasárea (A.s) versus massa de amostra. Zn em: (a)Orchard Leaves; (b) Tomato Leaves; (c) TomatoLeaves. Chama Oxidante (o); Chama Rodutora (•).
.98.
oo_Jo(O
z«0
2,5 5,0 7,5
ALTURA DE OBSERVAÇÃO, mm
FTtiUHA 40 - Vnrincão tin sons I hi 1 Itlmle (A.s/rmj)do observação n.i clinmn. Zn em: (•)(o) Orchard Leaves. Jisterna 2.
coin n a l tu raToma to Ijraves;
E
§o3S(0zw
3 4FLUXO, f min-»
FIGURA 41 - Variação da sensibilidade (A.s/mçj) com o fluxode ar. Zn em: (o) Orchard Leaves; (•) Grama.Sistema 2.
.99.
a média de três leituras.Ao contrário do comportamento dos
outros elementos até aqui estudados, o Zn já alcança o pata
mar em fluxos tão pequenos quanto 21.min"" . Isto se deve certa
mente ã menor massa de amostra usada no experimento, em tor
no de 1mg, ao contrario dos outros elementos, nos quais as
massas utilizadas para este tipo de experimento ostnvam em
torno de 5 mg. Parece haver um ligeiro decréscimo de sinal
em direção a fluxos maiores, para as amostras estudadas, era
bora dados os desvios-padrão, as diferenças não sejam sig-
nificativas
A Fig. 4 2 mostra a variação do sinal com o tetrpo de
pulverização par3 uma amostra de grama. Cada ponto é a
média de três leituras. Como a concentração de Zn na amos
tra era muito alta, houve a necessidade do uso de massas
muito pequenas, em torno de 0,1-0,2 mg. Há uma tendência pa
ra um valor constante exceto para o tempo de 40s, que apre-
senta um valor claramente mais alto. Não há sentido físico
nesse comportamento, que sõ pode ser atribuído a fatores
externos, como contaminação da alíquota.
A Fig. 43 mostra a variação do sinal de Zn (A.s/mg)
com a concentração em diferentes amostras de grama. Cada
ponto é a média de cinco leituras. As massas estão entre
0,2 e 0,8mg, dependendo, naturalmente, da concentração da
amostra. Observa-se uma boa linearidade na Fig. 42, autori-
zada por seu coeficiente de correlação de 0,996. A inclina-
:ção obtida indica uma concentração característica de 0,15ug/g/
£^0,0044A.s, para amostra de 1mg. Os desvios-padrão *ssocJa-
.100.
1 'wo2 4J
EN
SII
3
-
-
c- - n ^
1 1 1 t 11 1
20 40 60
TEMPO, t
60 120
FIGURA 42 - Variação tia s c n s l b l I idatle (A.s/rmj) com o termpo dopul vor I zação . 7.n am grama. Sistema 2 .
2m
•«t
50 100CONCENTRAÇÃO, pq/g
150 200
FIGURA 4 3 - Curva A.s/mq vernus concentração do Zn em <liforen-tes amostra do qrnma. Sistema 2.
.101.
bastante altos, variando de 3 a 30%. Deve-se observar po
réra que as massas tomadas estão numa faixa bem mais baixa
que para os experimento? anteriores. Na determinação de Zn
por via úmida (ver Apêndice III) as massas tomadas para a
análise estão entre 2 e 5mg er coerentemente, os desvios-pa
drão obtidos são menores.
A Tabela 14 compara as massas características obti
das para Zn em diferentes matrizes, a partir de curvas area
versus massa de amostra:
TABELA 14 - Figuras de Relevância Relativas ao Zn em Dlffe
rentes Amostras. Sistema 2.
C- m + s R nW W S T R A (wg/0, (ng,
Orchard Leaves 25 +_ 3 0,25+0,014 0,985
Tomato Leaves 62 _+ 6 0,20^0,01 0,996
Spinach Leaves 50 +_ 2 0,13 -*
Grama 115 0,15+0,01 0,996
*A curva A.s versus massa de amostra não é linear.
A massa característica foi calculada a partir da tangente
da curva no ponto zero.
.102.
Embora os cocf lei entes do correlaçno obt. idos ,HF,H im
como os erros associados às massas características sejam bem
aceitáveis, há uma grande variação da sensibilidade com a
natureza da matriz.
4.2.5 - ílg, Bi e Ti
Uma vez que as concentrações desses elementos nos
materiais de referência e amostras disponíveis não permitem
sua detecção pelo Sistema 2 e que, em geral, em amostras
reais também se encontram abaixo do limite de detecção da
técnica, não foi considerado necessário um estudo mais por-
menorizado destes elementos. Tratou-se tão somente de le
vantar-se sua sensibilidade, utilizando-se amostras de Cetu
lose Hyphan preparadas conforme descrito no item 3.4. A
Tabela 15 mostra os resultados encontrados o pari ir de o<;r
vas A.s versus massa de amostra.
TABELA 15 - Figuras de Relevância Relativas a Hg, Bi e Ti.
Sistema 2
ELEMENTO C mo ± °(ug/g) (ng)
" g (>/,?• '.4 i 1 fi,'i'iH l
Bi 32,U2,1 5,6 - 4
TI 96,5+_4,7 5,0+0,6 0,909 3
.103.
4.3.6 - AVALTAÇAO DOS PHRFIS ARSORVÂNCTA VERSUS TRMPO NO
SISTEMA 2
A Fig. 44 mostra o perfil de alguns picos dos ele
mentos estudados em diferentes matrizes. Para Cd e Pb (e
também para o Zn, embora não mostrado) o perfil npresenta
dois máximos, sendo o primeiro pico mais alto o do.fin.ido e
o segundo mais baixo e alongado. Estes dois máximos, são,
provavelmente, o resultado do doii* processor; distintos: o
primeiro é relativo ã queima propriamente dita da amostra,
conforme já descrito, com a passagem do el omen to para o ne
rosol sólido. Mas nem todo o elemento é transferido para
o aerosol: uma parte continua na plataforma, possivelmente
na forma de oxido. Quando a temperatura da plataforma ai
cança um certo valor, então, num processo semelhante ao ún
técnica do forno de grafite, o oxido é volatilizado e trans
portado para a chama. Algumas observações corroboram este
mecanismo: (a) quanto menor a massa da plataforma, mais
próximos estão o primeiro do segundo máximo, certamente por
que plataformas de menor massa aquecem mais rápido; (b) o
primeiro processo (queima) é rápido, daí. o maior máximo pri
meiramente encontrado ; o segundo processo (ver Fig. 19) é
lento,ca» a plataforma levando aproximadamente 15s para a tin
gir 1100 C, o que está de acordo com o perfil mais alonga-
do observado; (c) a distribuição do elemento entre os dois
picos não é constante, ainda que para massas idênticas da
mesma amostra, evidenciando que os dois máximos não estão rela
cionados a diferentes formas do metal na amostra? (d) o Cu,
. 104
(a)
FIGURA 44 - P e r f i s a b s o r v â n c i n v e r s u s t e m p o : Hg cm C O U I I O B O Hyphan,nnnsaí? c r e s c e n t e n ( a , - ) ; Pb orn O r c h a r d Lonvcs (b) ; Cdem Tomato L e a v e s (c) ; cn cm r a T ó , mnsHar» nor.cpntof? (d, .) .
1-3
.105.
apesar de não apresentar dois máximos, também não õ total-
mente transferido pela queima para o aerosol, o que foi
observado pela análise da plataforma após queima de amos-
tras. O Cu provavelmente não apresenta dois máximos porque
o seu oxido não é volatizado nas temperaturas alcançadas pe
Ia plataforma dentro do tempo utilizado para a leituia. No
forno de grafite a temperatura de pré-tratamento do Cu, sem
perdas, pode alcançar 1400°C. A Tabela 16 mostra temperatu
ras de atomização mínimas para alguns elementos corno óxidos,
em atomizadores eletrotérmicos.
TAMKI.A Ifi - 'IVmporíil uras Míiilm.i:; <1<* Al oml zaç.io (IOr>) ( I (H<)
Temperatura (C)OXIDO
Carbon Rod Forno de Grafite
CdO 270 580
PbO 860 73 0
Cu2O 1160 1460
ZnO 800 830
Provavelmente as temperaturas de volatJzação dos
óxidos formados sobre a plataforma de grafite devem estar
próximos dos apresentados na Tabela 16.
É interessante notar que para o Zn e o Pb, quando
.106,
a queima é realizada sobre quartzo negro, o segundo máximo não apare
ce (ver Fig. 45), apesar de a temperatura alcançada fieln plata
forma feita deste material ser praticamente a mesma daquela alcan^
cada pela plataforma de graf i te (ver Figs. 19 e 20). O não
aparecimento do segundo máximo quando a plataforma é de
quartzo negro indica que o g ra f i t e , de algum modo, toma
parte na sua formação. Provavelmente, a pa r t i r de certas
temperaturas, há uma redução carbotérmica dos óxidos de Zn
e Pb, que f a c i l i t a r i a a vola t i l ização desses elementos, cau
sada tanto pelo graf i te da plataforma como pelo carbono fo£
mado a pa r t i r da própria queima da amostra. Sedykh et ai
(107) apontam a existência de moléculas d»i "'bO, na fase ga
sosa, a temperaturas tão baixns quanto 6"' . \ no forno de
graf i t e . Tanto Kantor (108) como L'vov (109) verificaram a
redução da temperatura de volatizíição dos óxidos pelo pre
sença de material orgânico. Em um experimento onde a tempe
ratura era aumentada lentamente, Kantor detectou a formação
de átomos do Cd já a pa r t i r do 580C, com o Cd i n I c. I a
introduzido como n i t r a t o . L'vov e Yatsenko (109) ver i f ica-
ram que, a uma taxa de 25 C/s, e na presença de matéria or
gânica, óxidos de Cd, Zn e Pb iniciam -sua volatização a 600,500
e 800°C / respectivamente. Deve-se notar que esses valores foram toma
dos em condições experimentais diferentes , em especial por te
rem sido obtidos CMIHI tmosfera deargonio, ao contrário rio s í s t e
ma de queima, que é feita sob fluxo de ar . O oxigênio deve
.107.
0,75 0,75 l-
'.0 I
0,51 0.5
AA BG
10 20
Perfis absorvância versus tempo. Queima em diferen
tes plataformas: (a) grafite; (b) quartzo. Zn ern
leite em pó (a, e b ) e em Orchard Leaves) a- e b-).
.108.
contribuir negativamente para a redução dos óxidos, mas j
sivelmente não a impede. Como a plataforma de grafite também
queima, ê possível inclusive que na superfície haja uma at:
mosfera redutora devido ã formação de monóxido de carbono.
Os dois máximos não são observados para o Hg. Dnda a alta
valatilidade deste elemento, a energia liberada na queima
da amostra é suficiente para transferi-lo, todo, para o aeros
sol sólido.
4.2.7 - OBSERVAÇÕES RRTATIVAS AO SISTEMA 2
A princípio, sorttí de se esperar as imismas sen
sibilidades para os Sistemas 1 e 2. Porém, como é eviden-
te na Tabela 16a,os valores de massa característica são
sistematicamente melhores para o Sistema 2, provavelmente
por permitir um melhor transporte do aerossol para a chama.
TABELA 16a- Comparação das Massas Características para Alguns
Elementos em Diferentes Matrizes. Sistema 1 versus Sis
tema 2.
m , Sistema 1 m , Sistema 2
(nq)
4,6
0,2
0,2
1,4
1,3
0,25
0,20
ELEMENTO
Pb
Cd
Cd
Cu
Cu
Zn
Zn
AMOSTRA
Orchard Leaves
Tomato Leaves
Sp.imvh Leaves
Tomato Leaves
Orchard Leaves
Orchard Leaves
Tomato Leaves
(nq)
6,7
0,53
0,5
2,3
2,7
0,36
0,59
.109.
No sistema 2 o transporte do aerossol para a chama é
prejudicado pelo fato de o aerossol ser obrigado a passar
através de um dos capilares do sistema de sucção. Deve ser
lembrado que os experimentos com o Sistema 1 foram feitos
com um aparelho diferente (Mc-Pherson-ISAS) daquele usado
para os experimentos com o Sistema 2 (Varian Techtron AA6).
Porém, Pb em Orchard Leaves foi também testado no Sistema
2 montado no Mc-Pherson-ISAS, apresentando uma massa ca
racterística de 4,9 ng Pb/O,OO44A.s, semelhante àquela ob
tida com o Sistema 2 montado no aparelho Varian AA6. As
sensibilidades na técnica usual de chama foram também seme
lhantes.
Tal como para o Sistema 1, o Sistema 2 não
apresentou absorção de fundo significativa para nenhum ele
mento em nenhuma das amostras estudadas.
A f i m rlrr ii'-r v r I f I r;irl'» o i>rro i M » T "hf '* -\'> \<t'»
c e s s o c o r t a r - p e s a r o p a p e ] , n a d o L o r m i n a ç ã o <\-\ t'ir<:.j '\<> pi
C O , l i l l i l l l l i ! i M I . l f l ' ) ! l I ! p i ' M . I ' l ' > , ' ! | | | ) C i l , | ( ; ( » í l * I « • | » l | > « ' l , r ' ' t I f < l
dos de diferentes pontos de urn mesmo rolo, buscíimlo-sr» ob
ter a mesma ároa. O peso médio foi 49,1 IIKJ, com um desvio
padrão igual a 0,6 (1,2%).
Como há grande probabilidade da formação de
óxidos durante a queima, cabia a suposição de que a chama
redutora pudesse vir a apresentar melhores resultados, daí
os testes chama redutora versus chama oxidante.O que se ob
serva é que as melhores sensibi li dados e linearrdades ao con
trário, foram obtidas com chama oxidante» semelhante ao re
.no.
comendado pelos manitnis pnrn n lócnicii nsu.i 1 <Io
Efeitos de matriz pouco intensos fomni observa
dos para o Pb e o Cd e, com pouco mais de intensidade,
para Cu. Já para o Zn os efeitos são bem pronuneiados.
Observa-se também quf, paríi um <l.i<lo elemento, :;IMI coin|)oi -
tamento em diferentes matrizes, frente a uma variável (co
mo por exemplo o fluxo de ar), segue a mesma tendência,
mas a forma das curvas não é exatamente a mesma. Assim,
ao dizer-se que não há efeito de matriz para um dado ele-
mento num dado grupo de amostras de diferentes naturezas,
é importante ospori fienr as con»1 i c;õr>s em que foram toma
das as medidas, i. e., o fluxo de ar através do tubo de
quartzo, a altura de observação na chama, a estequiome
tria da chama. Nos experimentos com o Sistema 2 usou-se,
quando nada indicado em contrário, fluxo de 54.min ,a_l
tura de observação de 2,5 mm, e chama oxidante. Um expe-
rimento isolado, com o Sistema 2, usando um rotâmetro a
dequndo, com o Zn, mostrou que para fluxos main altos (a
cima de 6'. .rnin ) o sinal começa a decrescer, tal como
para o S i r; I emn I, roiiformf, ,i I i 'is, «-spei nil»». Tudo ÍIHIÍIM
que o mesmo devo arontoror pan» o.'» outros elementos estuda
dos. Ainda para o Zn, provavelmente pela menor massa uti
lizada, o patamar nas curvas A.s versus fluxo de ar já
começava a partir de 2?.min ' . Infelizmente, não pude-
ram ser investigados valores abaixo desse fluxo, porque os
gases existentes na câmara de mistura invadem o tubo de
quartzo, causando risco de explosão durante a queima.
• 111.
'4.3 - ESTUDOS COM O SISTEMA 3
Com o Sistema 3 busca-se um aumento de sensibili-
dade pelo aumento do tempo de residência do analito no ca
minho ótico. Naturalmente, o desenho do Sistema 3, envol-
ve uma série de novos problemas, tais como o ataque da chci
ma ao material do tubo T, a menor temperatura da célula de
atomização, em relação aos sistemas anteriores, que são téc
nicas reais de chama, e o fato de que o fluxo de ar, ao
passar pelo interior do tubo aquecido, resfria-o significa
tivamente. Ao mesmo tempo era de se esperar o aparecimen
to de uma maior absorção de fundo e de maiores efeitos de
matriz, dada a menor temperatura da célula de atorni zação.
Do mesmo modo, com o fluxo de ar controlando o tempo de re
sidência e, ao mesmo tempo, influenciando a temperatura da
célula de absorção, seria de encontrar maiores limita
çõcs quanl.o à massa máxima de amostra n ser nnnlisndci. Os
resultados apurados confirmam essas previsões, mas mos
tram também a aplicabilidade da técnica a uma série de si.
tuações e um significativo aumento da sensibilidade. A
maioria dos experimentos descritos para o Sistema 3 foram
realizados no aparelho montado tendo como base o monocrorna
dor Mc-Pherson, acoplado ao microcomputador Commodore 8096.
0 uso de outros aparelhos em alguns experimentos será men
cionado quando for o caso.
.112.
4.3.1 - Cd
Para o estudo do Cd com o Sistema 3 foram utiliza-
das três variantes: o tubo T totalmente de quartzo, aqueci^
do pela chama (ver Fig. 5), o tubo T de níquel, com prolon
gamento de quartzo, aquecido pela chama(ver Fig. 7), e uma
célula T de quartzo aquecida eletricamente. Para cada um dos
experimentos a serem descritos será indicada a variante ut_i
lizada.
A Fig. 46 mostra a variação do sinal do Cd em dife
rentes matrizes com o fluxo de ar através do Tubo T. Cada
ponto é a média de três leituras, com valores normalizados
para 0,5mg. Deve-se observar que, devido à maior sensibili
dade do Sistema 3, as massas de amostras são bem menores
do quo aquolar. uiilizadan no SislPinn 2 para an IIKUMIWIS mal ri.
zcs: cm torno ilo 0,3 mg para Tomato Leaves e .1ama de
clareamento, e em torno de 0,5mg para Spinach Leaves egrama.
N ã o ("• o b r i i M V i i d o u m p.il . H I M r , rminci p a r a o I ' X p c i I I I I ' M I I D i v p i l v . i
l i - n l ' 1 n > > :'• t i i I i M i i . i > . M i u m i n . * K I n u > , i . i / i i i i i / i ' I i i i " - i i I < • I x - i i i i | i > l I
I ) I i l l > , I 11 U • | II II | i ' V . I | | , | | l | l I | II I I I | I,', I I I f i l l I I I I I I . M I l I I . I I I I . I I I I / . . A
!•' I ' I . 4 / MM I ' l l 1 ,1 .1 V . I I I • l i , ; . H » 111 I p i ' I I I I 111 » p I • ' i I i l Mil i t I I 11)11 i i I K
i l l p . l l . a O l u r n T u m . | l i > l i i M V f l l , O l u i i M V i l - l . H ' i | H i ! i» p l i r « > V . I I : i i '
<U'CJ n I n<1o a I «'* o r i u x o d o (),f> V. . m i n mau , <1.i1 OI I I d i a n t e ,
O [ ) l c o I .o rn . i - !W! in.i i .s o .s l . r cv l l . o P I J . I I X D . M Í I I O T Í T Í f l n x o f i T o r
nocom ma I u o x I <|f:n i o , p o r m l 1.1 m l o uma i n c M i o r <pu>lma c < i f r i n j _
V ' . ' H ) i d ) p i l l l H ' I l l » I I I . I ! i I MU I . P o t I M l l l l » l . l i | l > , l l l l K l l ' : I I I . I I . 1 ! , ' i i l r i S
diminuem não nó o I oinpo de rcuiclÍMiciu do ana II to no cnmi
nho óLico, mu» (.cimbóm a temperatura no .interior da parte
.113.
0,4 0,6
FLUXO, !.min"'
o.s 1,0
FIGURA 46 - Variação da área (A.s) com o fluxo de ar. Cd em:(V) Celulose ífyphan; (| ) lama de clarearcento ;(o) Tomato Loaves; (•) Spinach T.oaves, ([| ) qra-ma. Areas normalizadas para 0,">niq. Sistema 3, tubo T de quartzo.
.114.
M
MS
0.8
M» AA-BG
BG
0.95AA-BG
BG
10 20 0 10
FIGURA 47 - P n r f i s a b s o r v ã n c i a vor.sns totnpo sol» rl • Torn n Ins
f l u x o s do f»r. C»l r>m Trjinato I .onvos . S i r: I fin.i 3 ,
Tubo T de q u a r t z o .
.115.
aquecida do tutx> T. Assim, o ponto máximo de uma curva A.s
versus fluxo de ar representa o melhor compromisso entre cs
ses fatores, para um dado elemento numa dada mal riz. Aqui,
O primeiro e o segando máximos já não são tão separados co
no no caso do Sistema 2, e o pico é mais lon-jo, de modo quo
se necessita de um tempo de leitura de 15 segundos. Ambas
características são explicáveis pelo maior tempi.» de resi
dência e maior densidade do analito no caminho ótico quando
comparado com o Sistema 2. A absorção de fundo se faz pre
sente e tende a aumentar seu valor relativo cem o aumento
do fluxo, provavelmente pelo resfriamento cia célula de ab
sorção.
A Fig. 48 mostra curvas A.s versus massa de amos
tra para diferentes tipos de amostras, usando-se um Tubo T de
quartzo, a um fluxo de 0,5'.min" . Esse fluxo foi escolhi-
do por ser um valor médio dos fluxos ótimos mostrados na
Fig. 47. A Tabela 17 mostra as nwssas rrararl «»r ísM-
cas obtidas a partir de curvas semelhantes ã dd Fig. 48. To
das foram tomadas utilizando-se tubos T de quartzo.
Ao contrário do Sistema 2 o conformo provi si o, o.s
efeitos de matriz são bastante pronunciados, embora as sen
sibil idades I cnh.im realmente aumentado. Os pequenos dor-vios
associados às massas características e os coeficientes decorre
lação indicam que o Sistema 3 pode serutiLizado para a deter
minação «le Cd cm tiiuostras de» IIIIM inosmn nntnrc/.i, lom.irido pa
drões semelhantes âs amostras. Isto é confirmado na F'iq.49,
onde são mostradas curvas A.s versus massa de; amostra para
.116.
2,0
- ".5<
iti
ac1.0
0.5
MASSA DE AMOSTRA, mgPIOUWV 48 - Curvos á r e a (A.s) v e r s u s massa cio . imris t ra . C l «TI ( | ) Inina do
i n s u l o , 4 f 8 i i - | / c j ; ( o ) T m r i l o I / M v e s , í | i i | / j , ( i ) C . I I K I . I , 1 , 1 | i « ? / 'K p i m c h l A W n , 1 , 5 IKI /< I ; ( | | )<nnm: i , O,«»i"|/'i; C ) P i n eji'V'l- F luxo = n r
r ) | . i n i n ' . Sistci ivi 3 , tulio T «Ir « p u i t z o .
(•*)
<cc
0.5
MASSA DE AMOSTRA , mg
FIGURA 49 - Curvas área (A.s) versus massa de amostra paraCd em diferentes amostras de Tabaco: (e>) Taba-co 1, 3,79pg/g; (®) Tabaco 2, 1,36jig/g; (o) Tabaco 3, 0,88pg/g. Sistema 3, tubo T de quartzo.
.117.
TABELA 17 - Figuras de Relevância Relativas ao Cd em Dife-
rentes Amostras. Sistema 3. Tubo T de Quartzo,
sem Furos.
AMOSTRA
Tbmato Leaves
Spinach leaves
Pine Needles
Grama
Cabelo
Celulose Hyphan
Tabaco
c c dug/g
3
1,5
<0,5
0 , 7
1,2
5
3,8
Lana de Decantação 4,8
0
0
0
0
0
0
0
m +o —ng
,0120 jh
,0117 +_
-
,0084 +
,0079 +_
,0092 -f
,0131 +
,0062 +
s
0,0004
0,0009
0,0002
0,0009
0,0003
0,0003
0,0004
R
0,996
0,976
0,871
0,997
0,984
0,993
0,998
0,982
n
11
08
09
09
04
11
10
11
três amostras de tabaco com diferentes concentrações. As
inclinações obtidas correi acionam-se perfeitomente (R=0,9998)
com as concentrações nominais das amostras, conforme mos
trado na Fig. 50. A Fig. 51 mostra um experimento Sfrtriolhan
te, também com tubo T de quartzo, para diferentes amostras
de grama. Cada ponto representa a média de cinco leituras.
Os desvios padrões estão indicados na figura e variam de
.118.
1.3
. 1,0<o«t—Zi<t2iro
4UJCE
0,5
CONCENTRAÇÃO,
FIGURA 50 - Curva A.S/IIKJ v e r s u s c o n c e n t r a ç ã o do Cd otn ciiforontos amos t ras de Tabaco. Si.sterna 3 , tubo T de q u a r t7.O .
o
<xoz<tbJ£E
0,5 1,0
CONCENTRAÇÃO
FlíH/RA r>l - Curvo A.s/mg versus concent rnçfio de Cdtes amostras do qrnma. Sistema 3, tubo7.O,
em d i foronT d o i j i t a r t
.119.
1,2 a 33%. A concentração característica obtida é de
6ng .g"1/0,0044 A.s, tomando-se massas de Inig. Ul.il iza-se n
melhor reta que passa pela origem, já que o coeficiente 1_L
near obtido (semelhança máxima) não diferiu s.i rjn i fj.cn t.iva_
mente de zero. 0 coeficiente de correlação é 0,956. Util_i
zando-se a curva de regressão obtida, para se encontrar a concen
tração de cada um dos pontos usados para construí-la, a par-
tir dos valores de A.s/i..g achados, tem-se a Tabela 18.
TABELA 18 - Comparação das concentrações Nominais com as con
centrações Obtidas da Curva de Regressão. Cd em
Grama, Sistema 3, Tubo "T" de Quartzo.
AMOSTRA
19 de ordem)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Cc ,• ±s , n o m i n a l
(ng/g)
0 ,99-^0 ,13
0 , 9 5 ± 0 , 1 3
0 , 8 8 + 0 , 0 6
0 , 3 6 + 0 , 0 6
0 , 6 8 + 0 , 1 4
0,25+_0,03
0 , 1 4 + 0 , 0 6
0 , 2 6 J H 0 , 0 2
0 ,65 - f0 ,03
0 , 4 5 + 0 , 1
Cp -. +o, regressão
(lig/g)
0,94+0,13
0,86+0,04
0 , 9 0 t 0 , 0 2
0,43+0,04
0,83^0 ,12
0,28+0,05
0,28+0,09
0,30+0,02
0,65+0,03
0,30+0,03
- 5,1
- 9,5
7 , 3
19,4
22,1
12,0
100
15,4
-
33,3
.120.
Com exceção da amostra 7, pode-se dizer que os
desvios encontrados são toleráveis para a análise direta
de sólidos por absorção atômica o tendem a ser maiores pa
ra amostras de concentrações mais baixas. As massas utili-
zadas para leitura, entre 0,5 e l,0mg, respondem por
parte das variações encontradas nas medidas pelo Sij5
tema 3.
As grandes diferenças nas massas características
encontradas para o Cd, expostas na Tabela 17, não podem ser
atribuídas somente às variações randômicas, ou ã utiliza
ção do fluxo 0,5 ".min" , que não é exatamente o fluxo ótimo para
todas as amostras. Não pode ser também atribuída a proble
mas no processo de queima da amostra, já que este é o mesmo
do Sistema 2, e neste sistema os efeitos de matriz não fo
ram tão intensos. Assim, resta o processo de atomização,
que é fortemente influenciado pela temperatura da célula de
atomização. Utilizando-se unia célula do atomLzação de quarj:
zo, aquecida eletricamente, foi possível investigar a varia
ção da sensibilidade com a temperatura. A Fitj. r>2 mn:-A:ra a
variação do sinal (A.s) coin a temperatura da célula de ato-
mização (eletricamente aquecida). As absorções de fundo pa
ra Tomato Leaves e Bovine Livnr t.ninbóm cnt.no i ml i c-nl-iü. Af>
leituras para Tomato Leaves e Spinach Leaves eqüivalem a massas
âe 0,3mg. Para Bovine Liver, eqüivalem a massas de 0,75mg.
Nota-se que,tanto para Tomato Leaves como para Spinach Lea
ves,há um patamar a partir de 1200 C. Isso significa que,
nas condições do experimento, a atomização completa é alcan
cada a partir de 1200°C, para Cd, nestas amostras, já para
I
1 2 1 .
UJ
4
0.6
0.4
0,2
O
o
•
a
o /
/m
/
o
/ o
íAr
/
B6, B.L.
i
O
~*-~~~—~"
, BG, T. L.
i
1000 1100 1200
TEMPERATURA °C
1300
FIGURA 52 - Varinçõo da área (A.s) do sinal corrigido e do fundo(BG) com a temperatura da célula de atowização. Cd crn:(o) Tomato Leaves (0,3m<j); (•) Spinach Loaves (O,lriKj);([| ) Bovine Liver (O,75mq). Sintoma 3, cóluln olotricainontí? aquecida.
TUBOS T SEM FUROS TUBOS T COM 5 FUROS
1500,
oo
ir
2 10001-
I Itu ,r
500 '
FLUXO DE AR
I ) O (mL/ntir.
2) 500
1500 r
oo
azrs
< 1000<rLÜa.2LÜ
96500'
COMPRIMEMT-, 00 TUBO (mm)
48 96
CUMPRIMENTO 00 TUBO (mm)
to
FIGURA 53 - Variaçãc -;-i temperatura ao longo da parte aquecida do tubo T: a) quartzo,
aquecxãc ;.ola chana; (a) quartzo, aquecido eletricamente; (c) níquel,aque
ei do pel- cr. ama.
.123.
Bovine Liver é observado que a curva não alcança um pa
tamar, embora sua concavidade pareça jndic;jr que tondo pa
ra isso. (Não foi possível investigar em temperaturas mais
altas, pois isso acarretaria a queima da resistência elê
trica..) Observa-se também que a própria radiação do fundo
tende a diminuir com o aumento de temperatura. Da Ficj.52
retiram-se ainda outras informações i ntcrcssaute;.;: a tempo
ratura do tubo de quartzo aquecido pela chama (ver Fig.6a)
encontra-se na faixa onde há uma grande variação da sensi.
bilidade com a temperatura. Como o tjrad.lonlc» transversal
de temperatura neste tubo chega a 200 C e, cm queimas su
cessivas,o aerossol sólido não vai percorrer sempre o mes
mo caminho d«.*iil.ro ilo tul:o (I.e., ii.lo será suhiiu't lilo ãs
mesmas temperaturas),é de se esperar que haja variações no
grau de atomização de queima para queima, uma vez que ne:s
ta faixa do trabalho a variação da sensibilidade com a
temperatura é alta. Isso pode responder por uma parte das
variações encontradas nas leituras. Observa-se também que
o perfil das curvas para diferentes matrizes não éomesmo.
Isso significa que as sensibilidades são diferentes a cada
valor de temperatura, o que pode estar por trás dos ofei
tos da matriz encontrados (vide Tabela 17). Como a sensibi^
lidade aumenta com a temperatura, até mesmo amostras quo
não apresentaram sinal no tubo de quartzo aquecido pela
chama foram analisáveis na célula de quartzo aquecida ele
tricamente a 1230°C. A Tabela 19 compara as massas carac
terísticas obtidas no tubo T do quartzo aquecido pela cha
ma com aquelas obtidas no tubo T aquecido eletricamento a
1230°C, para diferentes matrizes.
. 124 .
TABELA 19 - Comparação das Massas Características de Cd em
Diferentes Amostras. Célula Aquecida pela Chama
versus Célula Aquecida Eletricamente.
CCd mo+9#pela chama "VyL3» e lé t r ico R.(Flótrico)
MOSTRA py/y ín<)) (mJ* n
Ttmato Loaves 3 1 2 ^ 0 , 4 6 , 3 ^ 0 , 4 0,985 10
Spinach Leaves 1,5 11 + 1 5 , 6 + 0 , 3 0,991 11
Orchard leaves 0,11 - 4,3 + 1,3 0,784 12
A Tabela 20 mostra os resultados que seriam obtidos
para algumas amostras, tomando Tomato I,oav<*s; como |>.nlrfio,
p a r a . i r v I u 1 . i < > l « « l r Í C I I I U M I I < • . i i p i c r l i l . i . i l . ' l d ' i ' .
TABELA 20 - Comparação das Concentrações Encontrada;? com «i»
Concen t rações Nominais . Cd, Sistema 3 , Aquecimon
to Elétrico, 1230°C.
AMOSTRAS CCd, nominal CCd:-s,Sistonn 3 d n|ig/<j C?.)
Spinach Leaves 1,5 1,7 +0,1 13 11
Bovine Liver 0 ,27^0,04 0,27+^0,01 - 03
Orchard Leaves 0,1 W0,02 0,16+^0,05 4 5 12
.125.
O alto desvio para Orchard Leaves é explicado
pela incerteza associada ã medida de sua concentração pe
Io Sistema 3, conseqQencia do fato de sua concentração já
estar próxima do limite de detecção da técnica.
Infelizmente, a célula com aquecimento elétrico
apresentou uma vida útil curta, o que impediu a continuida-
de dos experimentos com maior número de tipos de amostra.
Projetada para a determinação dos elementos formadores de
l i i i l i i-t i>:;, c m I i M i i p t T t i • H I . I N n . i i ) m . i f <>i <>;; I J I I I » 1 ( 1 ( 1 0 (',•» i r : ; I :;t T M I
cia de aquocJinonto rompe-se cm trabalho conLliiuo íi 1200C.
E, mesmo utilizando uma resistência mais adequada, o pró
prio tubo de quartzo não haveria de resistir por muito tem
po. Daí ter sido necessário buscar um outro material que
permitisse confeccionar um tubo que alcançasse e fosse re
sisten te a uma maior temperatura, isto é, com uma vida
útil irais lontja. A resposta foi o tubo T de níquel mostra
do na Fig. 7. A Fig. 53 compara os perfis de temperatura
para o tubo de níquel aquecido pela chama e para a célula
de quartzo aquecida eletricamente. Embora uno alcance as
temperaturas da célula aquecida elotricamenl.e, o tubo T de
níquel aquecido pela chama alcança uma temperatura em mé
dia 200 C acima da temperatura do tubo de quartzo aquecido
pela chama, e tem um gradiente de temperatura, ao longo
de sua seção transversal, de não mais de 80 c., contra os
200 !C apresentados pela versão de quartzo. \l realmente,
tal como esperado, as sensibilidades nele encontradas são
.126.
intermediárias entre aquelas obtidas no tubo T de quartzo
aquecido pela chama e na célula eletricamente aquecida,
outra possibilidade tentada foi a utilização de tubos T, de
níquel, aquecido pela chama mas com orifícios em sua parte
inferior. Neste caso apesar de serem alcançadas tempera tu
ras de o té 1500 C, o tempo de residência é nmnor o o efe_i
to final é de uma redução da sensibilidade. A Tabela 21 ITKJS
tra as melhores sensibilidades obtidas com as quatro varian
tes para Cd em Tomato Leaves.
TABELA 21 - Massas Características para o Cd em Tomato Lea
ves. Sistema 3.
VARIANTE DO SISTEMA 3 "'o(ng)
Fluxo
U.mirT1)R
Tubo T de quartzo 11,0
Célula "elétrica" 6,3
Tubo T de níquel 8,1
Tubo T de níquel com furos 21,6
0,5
0,6
0,6
0,970
0,969
0,998
0,987
A Fig- 54 mostra o mesmo experimento descrito na
Fig. 51, mas com tubo T de níquel aquecido pela chnma, ao
invés do tubo de quartzo. Observa-se aqui um coeficiente
de correlação igual a 0,96 e uma concentração ca r ac t e r í s t i -
ca igual a 0,0046 ng.g~ /0,0044A.s, melhor do que aquela ob
.127.
servada com o tubo T de quartzo. A Tabela 22 mostra as con
centrações obtidas tomando-se a linha de regressão como re
ferência e a ela aplicando-se os valores de A.s/mg médios on
contrados para cada um dos pontos.
TABELA 22 — Comparação das Concentrações Nominais com as
Concentrações Obtidas da Curva de Regressão. Cd
em Grama, Sistema 3, tubo "T" de Níquel.
AMOSTRA
(n9 de onTom)
1
2
3
4
6
7
8
9
10
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
"d-S
(ng/g)
,99
,95
,88
,36
,68
,25
,14
,26
,65
,45
1 °'
1 °'
± °'
± °»
± °'
+ °'
± °'
1 °'
± °'
+ o,
na
13
13
06
06
14
03
06
02
03
1
CCd±nSi.stema 3 D e s v i o
1,04 * 0,15
0,91 i 0,05
0,87 + 0,10
0,41 *_ 0,02
0,85 + 0,09
0,30 i 0,04
0,25 • 0,03
0,30 -y_ 0,06
0,47 • 0,06
0,31 • 0,03
4,8
- 4,2
- 1,1
12,2
25
20
44
15,4
-27,7
-31,1
O
t
,128.
Para algumas amostras, o desvio em relação ao va
lor nominal foi claramente melhorado e, no todo, o somató-
rio dos desvios é menor quando da utilização do tubo T de
níquel do que com o tubo T de quartzo,confirmando a melhor
performance do primeiro. De qualquer modo, os valores menos
concordant os continuam sendo aqueles dns amostras 7 e fl, quo não
tiveram seus resultados signLlíeativãmente melhorados. A
precisão em ambos os casos foi semelhante, com variações
próximas. Deve-se ter em mente o maior número de repeti-
ções realizado quando do uso do tubo T de qunrtzo. Usando-
se, para calibração, uma curva semelhante ã da Fig. 54, de
terminou-se o conteúdo de Cd em outras amostras de grama,
pelo Sistema 3. A Tabela 23 compara os valores encontra-
dos com aqueles obtidos no forno de grafite.
TABELA 23 - Comparação das Concentrações Obtidas pelo Sis-
tema 3 e no Forno de Grafite. Cd em Grama
AMOSTRA
(n9 de ordem)
24
25
35
42
1A
2A
3A
4A
c a 1 i s
1,05
0,32
0,77
0,60
0,56
0,74
0,55
0,25
Sistema 3
•_ 0, 12
• 0,06
• 0,09
*_ 0,07
•_ 0,07
+ 0,09
•• 0,07
± 0,04
O K Forno
1,5) .
0,29 +
0,97 •_
0,57 -f
0,85 •»
0 ,75 +
0 , 4 6 •
0 , 2 4 +
tie (irafite
0,07
0,01
0,01
0,01
0,06
0,14
0,04
0,06
Desvio
mf 4r»
-9,4
4 26
- 5
+ 51
1,4
- 16
- 4
.129.
o
O
0.2 0,4 0,6
CONCENTRAÇÃO,.0
FIGURA 54 - Curva A.s/mcj v e r s u s c o n c e n t r a ç ã o de Cd cm d i f cr e n t e s amostra:; do cjraiu.i. S i s t e m a } , tubo T d en í ijuel .
•.O
0,80
. 0.60woo
| 0.40M
UlIO
0,20
X: -
1.1
80 120
TEMPO OE PULVERlZftCSo, i
FIGURA 55 - V a r i a ç ã o cia s e n s i b i l idn-lc ( A . S / I I I J ) com o tempo depul vor i z o ç S o . Cd em fjríiin.i. Si s lcma í , tubo T den
.130.
Os resultados mostram uma concordância apenas ra
zoável, bem inferior àquela conseguida para as mesmas aiiKTS
trás com o Sistema 2, indicando que os problemas de atomi-
zação parecem persistir, mesmo no tubo de níquel . Mas isso pode
tanbèm ser atribuído às menores massas aqui utilizadas ( = 0r5mg,
com três repetições por amostra) . As equações que corre
lacionam os dois procedimentos analíticos são:
y = 0,628 (+0,097) + 0,15 (+_0,06) (método da semelhança máxi.
ma) e
y = 0,571 (+0,084) • 0,20 (+0,07)( método dos mínimos quadrados),
onde y é a concentração de Cd encontrada pelo Sistema 3, e
x aquela encontrada pelo forno de grafite. Os valores en
tre parênteses são os desvios-padrão associados aos parâme
tros da regressão.
Os estudos de sensibilidade versus fluxo com o tubo T
de níquel não mostraram diferenças significativas daqueles
realizados para o tubo T de quartzo.
A Fig. 55 mostra as variações do sinal corrigido
com o tempo de pulverização, para uma amostra da grama.
As nwBnnfi fornm fomndns om torno «Io Of'imn. Nn<> h.í ill forou
çaa si«jii11~ÍCMI ivtts* entre os pontos, indicando que a pulve
rização não é um fator crítico, pelo menos a partir de cer
to ponto.Os desvios padrões encontrados também não são siçj
nificativamente diferentes, mostrando que o grau de homoge
neidade é o mesmo, após 20 segundos de pulverização. Os
resultados da Fig. 55 reforçam a hipótese de que as difi
.131.
culdades encontradas no Sistema 3 devem-se, mesmo, à baixa
temperatura da célula de atomização.
4.3.2 - Hg
O Hg não foi um elemento estudado intensamente
no Sistema 2, uma vez que nenhuma amostra disponível conti
nha este elemento em concentração suficiente para sua detec
ção. Como Sistema 3 a sensibilidade é várias vezes au
mentada, conseguindo-se sinais razoáveis para amostras com
mercúrio em concentrações de até 1jig/g. Ainda assim, os
materiais de referência disponíveis no laboratório não a_l
cançam esta concentração. Portanto, utilizaram-se além do
padrão de Celulose Hyphan, já usado no Sistema 2, amos
trás de lama de clareamento e uma amostra de cabelo, descri
tas no item 3.4.
A Fig. 56 mostra a variação do sinal corrigido com
o fluxo de ar através do tubo T, para amostras de lama de
claramento e cabelo. Há um máximo, em torno de 0,3í.min~ .
Um estudo semelhante, na faixa entre 0 e 1 fc.min" , com um
rotâmetro mais sensível, confirmou a forma da Fig. 56, com o
máximo em 0.3í.min~ . A Fig. 57 mostra alguns dos perfis
absorvância versus tempo obtidos, onde bem pouca absorção
de fundo é observada. Naturalmente aqui também o fluxo ótimo
é o melhor compromisso entre a disponibilidade de oxigênio
para uma boa queima e o tempo de residência do analito no
caminho ótico. 0 pico, no fluxo ótimo, está todo resolvi-
do em 5se não houve a formação de um segundo máximo, indi
.132.
FLUXO DE AR, l.56 - Variação da sensibilidade (A.s/mg) com o fluxo de ar. Hg em: (o) lama de
clareamento, KS52; (o) lama de clareamento KS51; (A) cabelo. Sistema 3,tubo T de níquel.
o
•ICEOV)ca
0,9
1.0
0.9
0,1
1.0
0,8A
r / \r BG^
. JJL-
AA-BG
v/V
0,8
AA-BG2,0
/Y8
AA-BG
AA-BG
9 0
1,3
3,0
TEMPO,t
FISJFA 57 - Perfis absorvância versus tempo para Hg em lama de clareamento, sob di"i-.. ferentes fluxos de ar. Sistema 3, tubo T de níquel. ""
.133.
cando que todo o mercúrio é vaporizado durante a queima
da amostra. Isto ocorreu pnra todas as amostras estudadas.
A Fig. 58 mostra curvas A.s versus massa de amostra
para lama de clareament ">, cabelo e Celulose Hyphan, em tubo
T de níquel, aquecido pela chama. As massas características
obtidas são estatisticamente iguais, mesmo se tratando de
amostras de natureza *-ão distintas, possivelmente porque
para o mercúrio não há o problema de atomização incompleta
relatado para o Cd. A Tabela 24 mostra os valores encontra
dos:
TABELA 24 - Figuras de Relevância Relativas ao Hg em Dife
rentes Matrizes. Sistema 3
AMOSTRAHg
ug/g
m + so —(ng) R n
Celulose Hyphan
Cabelo
61,8
Lama de clareamento 43,2
11
o,
o,
o,
65^0,
65 + 0,
69 + 0,
06
06
04
0
0
0
,978
,992
,975
07
12
11
A Tabela 25 compara as concentrações de Hg obtidas em di-
ferentes amostras, por diferentes métodos, com aquelas obti,
das usando-se o Sistema 3, tomando-se Celulose Hypan como
padrão.
.134.
TABELA 25 - Comparação das Concentrações Obtidas pelo Siste
ma 3 e por Métodos Usuais. Hg em Lama de Clarea
sento (KS) e Cabelo.
KS52
KS53
KS51
KS43
KS37
KS36
Cabelo
(ug/g) (ng/g)
39,8
11,1
1,91
2,17
1,35
1,72
11
(yg/g)
43,2
17,7
-
-
-
-
-
Sistema 3
(pg /g )
43 ,2 4-4
20,9 _+0,6
1,3 + 0,2
2 , 5 ± 0 , 3
1,3 + 0 , 5
1 , 3 +_0, 2
1 0 , 4 4 - 0 , 6
n
12
12
06
05
04
04
11
A Tabela 25 não deixa de mostrar uma boa concordância entre
ós valores encontrados pelo Sistema 3 e aqueles encontrados
pelos outros métodos. As amostras menos concentradas neces_
sitam de maior massa, surgindo daí uma absorção de fundo re
lativamente maior, como mostra a Fig. 59. As variações relativas
associadas a essas amostras são também maiores, o que pode
ser visto na própria Fig. 59 e na Tabela 25.
; A Fig. 60 mostra a variação dos sinais de A.s» cor
. 135.
0,42 -
0,28 -
ÜJ
0,8 i,6 2,4 3,2
MASSA DE AMOSTRA, mg
FTOUHA 58 - Curvas área (A.s) versus massa de amostra. Ikj mi (V) CeluloseUypli.in, f)2,2|ic!/>j; M l.inia do clareanionto KSr)2,43.2|ig/g; [</>) lamado cl.ire.miento KS5 3, I7,7(it|/ ' j; (A) cabelo, 11|i-j/<i; (o) .lamade clareameiito, KS51, l,35|ig/<j. Sistcxia 3, 'J'ulxj T de níquel.
4 6 8MASSA DE AMOSTRA, mg
10
FIGURA 59 - Curvas área (A.s) versus massa de amostra. l!q an lamn do c l a -
reamenlro KS51: (o) Rinal eorr iq ido; (o) ,'íiinl de Fundo, fiistoI n
ma 3 , tu l x ) T .1e q i í a r t z o . Para niansa = 2 n r j , A . s - .; (A .s ) . / I O .
.136.
o
zUJl/>
FIGURA 60 -
500 1000TEMPERATURA, C
Variação da sensibilidade (A.s/mg) com a temperaturada célula de atomização para ilg em Celulose nyphan(o)Sinal corrigido;(•) Sinal de fundo. Sistema 3, tuboT de quartzo aquecido eletricamente.
FIGURA 61 - Perfis absorvância versus tempo. \\q cm cnbe.lo. (a) tubo T de quartzo; (b) tubo T de níquel.
.137.
rígidos e de fundo,com a temperatura da célula de absorção,
para Hg em Celulose Hyphan. Ao contrário do Cd (e de
outrcs elementos, como será mostrado),a sensibilidade diini
nui com a temperatura até cerca de 900 C, a partir de onde
se estabiliza.A absorção de fundo cai rapidamente com a
temperatura, atingindo valores desprezíveis a partir de
1000 C. Experiências anteriores mostraram que o mercúrio
é atomizado já na queima da amostra, podendo ser analisa-
do inclusive em célula fria. Assim, o aquecimento da
célula de absorção é necessário somente para eliminar a
absorção de fundo, provavelmente provocada por partículas
da fumaça, que são consumidas em temperaturas mais altas,
como mostra a Fig. 60. 0 aumento da sensibilidade com a
diminuição da temperatura deve ser aparente. 0 que na ver
dade deve ocorrer é que o sistema de correção (lâmpada de
deutério) não é adequado aos altos valoros de fundo regis-
trados de 25 a 5O0°C. A importância da temperatura da cé
lula na eliminação da absorção de fundo pode ser também ob
servada na Fig. 61. Massas semelhantes de cabelo í;ão
atomizadas em Tubo T do quartzo e tubo T de níquel.
Sinais de absorvância total e fundo são mostrados. No tubo
T de níquel, graças â sua maior temperatura média, a abso£
çâo de fundo é bem menor, o que é sempre desejável em rnedi
das de absorção atômica. Já no CMOO do tubo t\a ijti.ir t zo, o
sinal de fundo alcança um máximo em torno de 0,8 unidades
de absorvância, onde a fonte contínua não é mais aconselha
vel como sistema de correção de fundo. Não foi possível a
determinação de Hg em cabelo utilizando-se tuboT de quartzo
.138.
aquecido pela chama.
4.3.3 - Zn
A Fig. 62 mostra a variação do sinal (A.s) versus
o fluxo para Zn em diferentes matrizes, utilizando-se o tu
bo T de níquel, sem furos. Cada leitura é normalizada para
uma massa de 0, 3mg. Observa-se que, para as matrizi.-s es tu
dadas, o fluxo ótimo encontra-se em torno do 0,51.min" . A
Fig. 63 mostra os perfis A versus tempo em função do fluxo
de ar para Tomato Leaves. Observa-se claramente o segundo
máximo, com esta parte do pico respondendo por uma área de
mais do r>0'A do lotai. Pa inonma forma quo quando discutido
p a r a <i (Jl, eoi. I iiiiieiil.t! •ipenas iini.i p.iili- «Io <•Ii-nu nI D >'• t r a n s -
f e r i d o p a r a o a e r o s s o l p e l a q u e i m a . C o m o o o x i d o d e Z n é
m.i i s o s l á v o l ft o n t o n o a union t o iio I o m p o r a l ui a q u o o d o C d ,
ô n a t u r a l q u o o poiconl.ual d o Zn n ã o "aoi H : ; : Í H I i :;,n|f>" s o j a
maior do que para Cd, e que o pico de Zn seja mais longo do
que o do Cd. Tal qual paro Cd a IJq, o fluxo ól imo aqui ó
também o melhor compromisso entre a disponibilidade de oxi.
gênio para a queima e o tempo de residência do analito, na
célula de absorção. A partir do fluxo ótimo os picos vão
se tornando mais estreitos e menores. A contribuição da
parte associada ao primeiro máximo à área total é relativa-
mente menor no Sistema 3 que no Sistema 2. Isso se
deve, provável mente, a dois motivos: o maior fluxo de
ar utilizado no Sistema 2, que certamente contribui para
um melhor transporte do olomonto ;,>ri o -."/'.'•.',) .',li'i-,; >•
.119.
< 1.5 •
Id
e
0,8 1,2
FLUXO, min"11,6
FIGUKA (>2 - Variação da área (A.s) coin o fluxo do ar. Zn cm:(o) Tomato Leaves; (•) Spinach Leaves; ( (I ) leite em pó ; (A) Orchard I.onvcs. Sistema 3, TuboT de níquel. Leituras corrigidas para mansas de0, 3mq .
0,2 0,4
MASSA DE AMOSTRA0,6
O»
i
F I G U R A 6 4 - C ' j r v a : - ; í r o a ( \ . : = ; ) v r > r r ; n r ; i r n s f i - i H o , n r i ' > ' ; l r i r ; . Z n fvt:{•) <)rr\Ml U.yV;':'->, 2 " . f / f , '//)'; 'Vi h i » . ' - - j r - i ' ; r i ' , ; ( o ) O r -c - ; . " i r r i L c r / o s , " r-, ']«•-• í ; . t <•; : r > ' ; " • ' < ( | ) \> \*' • " . , ;/*,, ' ' . , " .. : / j , 2 0 s Ô O i r . * . O ' j r - i ' ; r i - - ; I l | ) l ' . - i t - '.•: : . ' " , ' " ' : - ! ' :i r . t c - ^ r a ^ S o . F i . ; : : o = 1 , . "• . ; . ) r . " . 5 i . s ' . f : i : , r. Í I , ' / i -!•••
i n r 1 7 o .
.140.
1.0
0.3
O.I
JLI . *
J
0,3
FLUXO. f. mini '
,tt ^ V
ifl- n in I fti flj
1,4
0,7
1.0
10 ?o o
FIGURA 63 - Perfis absorvancia versus tempo sob diferentes fluxos
de ar. Zn cm Orchard Leaven. Sistema 3, tubo T do ní
quel.
141,
a maior temperatura da célula de absorção no Sistema 2 (a
chama), que permite uma atomização mais eficiente do aeros
sol sólido. Ou seja, apesar da maior sensibilidade do Sis
tema 3, devido ao aumento do tempo de residência, sacrifi-
ca-se tanto a eficiência da queima quanto a da atomização.
A absorção de fundo é relativam3nte baixa, mas de
ve-se atentar para os pequenos valores de massa utilizados.
Dadas a alta sensibilidade do Zn pela técnica e sua relati_
vãmente alta concentração nas amostras, nem sempre é acon-
selhável trabalhar no melhor fluxo, que nos levaria a valo
res excessivamente altos de A.s, podendo-se cair fora da
faixa de linearidade. A Fig. 64 mostra curvas A.s versus
massa de amostra para Zn em Orchard Leaves e em uma amos C>* I
tra de leite em pó. Tal como no forno de grafite, onde o • i
fluxo de gás inerte pode ser usado para diminuir a sensibi jr* I
lidade, também no experimento da Fig. 64 o fluxo utilizado
foi de 1,5 l.min" , ao invés do fluxo ótimo de 0,61.min" .
Nesta mesma figura é possível observar o que aconteceria se
fosse considerada apenas a área associada ao primeiro máxi.
mo. Comparando as inclinações, vemos que para Orchard Lea
ves esta parte contribui com cerca de 64% da área total,
e para leite em pó, com apenas 23%. Assim,embora talvez
seja possível comparar amostras semelhantes com o primeiro
pico apenas (ver linearidade das curvas), os riscos de efei.
to de matriz serão bem maiores, em caso de amostras não
exatamente iguais. A Tabela 26 resume os dados da Fig.64.
.142.
TABELA 26 - Variação das Massas Características con o Tempo
de Integração. Zn em diferentes Matrizes. Siste
ma 3r Tubo T de Quartzo.
AMOSTRA "Zn
(ng/g)
Tempo de Integração
(s)mo
(ng)R n
Leite em pó
Leite em pó
Orchard Leaves
Orchard Leaves
35,5
35,5
25
25
20
05
20
05
0,039 0,992 10
0,171 0,920 10
0,047 0,968 08
0,069 0,958 0 8 Ci *
Além da queda na sensibilidade, observa-se tam
bém que,usando-se somente o primeiro pico, a precisão das lei
turas diminui, o que é caracterizado pelos maiores erros associados
às massas características. Além disso, a linearidade ria relação A.s
versus massa de amostra, também é prejudicada, o que é ca
racterizado pelos valores de R mais distantes de 1.
As massas caracter ís t icas para o Zn em diferen-
tes matrizes estão comparadas no quadro a seguir, obtido a
part i r de curvas área versus massa de amostra, em fluxos
de 0,5 l.min" .
ffit.
.143.
TABELA 27 - Figuras de Relevância Relativas ao ?.n em Dife
rentes Matrizes. Sistena 3, Tubo T de Níquel.
AMOSTRA7,n
Tempo do Integração
(s)mo±°(ng)
Tomato Leaves
Spinach Leaves
Orchard Leaves
Leite em pó
62 + 2
50 + 2
25 + 3
35,3 + 0,5
20
20
20
20
0,033 -f 0,002
0,033 +_ 0,004
0,033 +_ 0,003
0,034 + 0,001
Está claro que, integrando-se todo o pico e tra
balhando no fluxo ótimo, não há efeitos de matriz, nas
amostras estudadas. Para isso contribuiu, certamente, o
fato de todas essas matrizes terem o mesmo fluxo ótimo.
4.3.4 - Pb
0 Pb não apresentou sinal quando da uLilização do
tubo T sem furos. Ou seja, em temperaturas em torno de
1100°C não houve atomização do seu oxido. Assim, todos
os experimentos descritos referem-se a tubos T com furos,
alguns deles em tubos de quartzo, outros, em tubos de ní
quel. Conforme já discutido, não há grandes diferenças no
.144.
perfil de temperatura dos dois tipos de tubo T, uma vez que,
por causa dos orifícios, a chama penetra no interior de
ambos, e é ela que vai definir a temperatura.
A Fig. 65 mostra a variação da sensibilidade com
o fluxo de ar através do tubo de níquel para diferentes
matrizes. As massas tomadas estão em torno de 0,5mg. Ob
serva-se que os máximos estão em torno de 0,51.min~ . A
mesma forma e o mesmo fluxo ótimo foram obtidos com tubos
de quartzo.
A Fig. 66 mostra a variação do sinal (A.s) com a
massa de amostra, para três diferentes matrizes, Orchard
Leaves, Pine Needles e Tomato Loaves. A Tabela 28 resume
dados relativos à Fig. 66.
TABELA 28 - Figuras de Relevância Relativas a Pb em H.1 fe
rentes Matrizes. Sistema 3, Tubo "T" do Níquel
AMOSTRA P b
(ng)
Orchard Leaves 45+-3 0,452+_0,025 0,984 10
Pine Needles 10,8^0,5 0, 298-fO, 040 0,934 10
Tomato Leaves 6,3^0,3 0,30U0,061 0,841 10
en
AREA, A.S SENSIBILIDADE, As/mg
N0
o03
t-nC
0
<OI/)
1r—*
c
oII
o
O I
O
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0
X
-ni—
X
p
3ã'
i
3 - 3 - 3
.146.
Da Tabela 28 nota-se a existência de efeitos de
matriz pelo menos para Orchard Leaves em relação às outras duas
amostras. Observando-se também atentamente a Fig. 66,vemos
que os pontos de menor massa tanto para Pine Needles como
para Tomato Leaves bem poderiam figurar entre os pontos
pertencentes a Orchard Leaves, como se não houvesse efeitos
de matriz para menores valores de massa. Verifica-se, tam
bém, que os coeficientes de correlação para Pine Needles
e Tomato Leaves são relativamente pobres para curvas
deste tipo. Uma explicação para esse comportamento pode es;
tar na Fig. 67. Nesta figura assinala-se um rápido incremen
to da absorção de fundo com a massa de amostra, a partir
de 1mg. Estes valores foram obtidos do mesmo experimento
mostrado na Fig. 66. Observando-se a Fig. 68, vê-se que a ab
sorção de fundo é concentrada no primeiro pico, podendo
atingir altos valores de absorvãncia. Certamente, a partir
de um certo valor de absorvãncia, o sistema de I:OMV(,\"ÍO ilo
fuiulo (no iMso, lâmpada de deutério) não será mais
eficiente, levando n valores mais nltos do que os reais. Is
to explica porque a sensibilidade para Pine Needles e Toma
to Leaves aparenta ser melhor (usam-se maiores mnssas des
ses meteriais por sua menor concentração), e porque esse
efeito é mais intensamente notado em massas maiores.
A Fig. 69 mostra o mesmo experimento, descrito na
Fig. 66, mas como um fluxo de 1,5 ? .min" , ao invés de
0,5 í. .min"1, com o fluxo de 1 ,5 J-min"1, embora a sensibi li.
dade seja menor, não são observadas altas absorções de
fundo e, coerentemente, não há efeitos de matriz significa-
0,5
. 0,3
a:
0,2
0,1
.147.
2 3
MASSA DE AMOSTRA, mg
FIGURA 67 - Variação do fundo (a.s) com a massa do amostra. PbPine Needles Fl.uxo=0,51.min"' . Sistema 3, tubo Tquartzo, con. furos.
emde
FIGURA 68 - Perfis absorvancia versus tempo para Pine Needles:(a)1.838mg; (b) l,666mg; (c) l,146mg. Fluxo-0,51.min-1.Sistema 3, tubo T de quartzo com furor-.
.148.
tivosf sendo os coeficientes de correlação bastante melho
res que os relativos ã Fig. 66, conforme mostra nTabela 29:
TABELA 29 - Figuras de Relevância Relativas ao Pb em Pife
rentes Matrizes. Sistema 3, Tubo T de Quartzo
AMOSTRA"Pb
d<g/g) (ng) R
Orchard Leaves 45+3
Pine Needles 10,8+0,5
Tomato Leaves 6,3+0,3
0,96+0,07
0,9 W0,12
0,94+0,12
0,985
0,939
0,928
08
10
10
Ainda comparando os do^s fluxos, é interessante notar que a
queda de sensibilidade no caso do maior fluxo deve-se pri
mordiaImente à não existência do segundo máximo, como pode
ser viíil.o na I' I <j . 70. Vô-.se Lambem na l;il.y. 70 cjiii! o pico
é bem definido e sem absorção de fundo, indicando unia me
lhor queima.
A Fig. 71 mostra a variação do sinal (A.s/mg) com
a concentração de amostras de grama, em tubo T de quartzo.Ca
da ponto é a média de três leituras. As massas foram toma
das em torno de 0,8mg. A concentração característica obti
da foi 0,28iig.g" /O,OO44A.s para massas de 1mg, e o coefir-ú
ente de correlação foi 0,982. A Tabela 30 compara os valo
.149.
0,40 -
n:0,20 -
20 40 60
MASSA DE Pb, ng
80
FIGURA 69 - Curvas A.s versus massa de Pb para: (o) Orchard Leaves(•) Pine Needles; (A) Tomato Leaves. Fluxo=l,61.min '.Sistema 3, tubo T de quartzo com furos.
TEMPO,s
FIGURA 70 - Perfis absorvancia versus tempo para 1. ,6mg de Pine Needles.I'luxo-1,61 .min '. Sistema 3, tubo T do quartzo com furos
.150.
res nominais de concentração com aqueles obtidos nlocando
os valores médios de absorvància de cada ponto da Fig.71 na
curva de regressão obtida:
TABELA 30 — Comparação das Concentrações Nominais com as
Concentrações Obtidas da Curva de Regressão. Pb
em Grana, Tubo T de Quartzo, cOia Furos.
AMOSTRA
(n9 de ordem)
2
3
4
5
6
7
8
9
10
C is.Nominal
(ug/g)
15,2+^3,4
1 5 , 2 ^ 2 , 0
19,5-f2,5
2 1,5+-2, 6
9 ,1+0 ,6
7 , 8 i 1 , 2
4 ,6+0 ,5
10, 1 + 1,9
11,3^0,2
C ±s .RearessãoPb
(ug/g)
12,7+0,2
16,8+0,4
17,8H ,2
22,7^3,0
8,3^1,1
8, 1+0,8
5,1+0,4
8,2+2,2
10,7+1,5
d
(%)
- 16,5
+ 10,5
- 8 ,7
+ 5,6
- 8,8
+ 3,8
+ 10,9
- 18,8
- 5,3
Observa-se uma concordância razoável entre os valo
res obtidos e aqueles determinados por análise por dissolu
ção ácida e forno de grafite. Utilizando-se unia curva seme-
lhante à da Fig. 71 para calibração, outras amostras de gra
.151.
ma foram analisadas. A Tabela 31 mostra os resultados obti
dos:
TABELA 31 - Comparação das Concentrações Obtidas pelo Siste
ma 3 e no Forno de Grafite. Pb em Grama,
AMOSTRA C?\>-n Forno de Grafite ^b^'1 Sistema 3
(n9 de ordem) ng/g |ig/g
1A 26 + 2 24 +_ "i
2A 18 ^ 2 14 + 2
3A 28 +_ 1 31 + 8
4A 17 -f 3 17 + 2
5A 08 + 2 06 + 2
24 22 +_ 1 19 + 1
25 03 j- 1 0 4 + 2
36 15 + 2 1 1 ^ 2
42 08 + 0,2 08 + 0,5
Tendo em vista as pequenas massas e as variações
dos resultados, pode-se afirmar que eles estão ern boa con
cordância. As equações quo correlacionam os rio i;; procoril
.152.
o«xto
O
zIUJ
a: 0,1 -
10 15
CONCENTRAÇÃO, | jg/g
FIGURA 71 - Curva A.s/mg versus concentração. Pb em diferentesamostras de grama. Fluxo=0,51.min~'. Sistema 3, tubo T de quartzo com furos.
0.2
0,1
0.3
0.13
0,6
0,3
/V _—.-- ( b )
,1 - f -11
( c )
j l /»^- / /S«^.... f ,AhWW^
•
0 10 20
FIGURA 72 - Perfis absorvancia versus tempo para Pb em OrchardLeaves (a) F]uxo=l,51.min"', tubo T de quartzo;(b)Fluxo=0,51.min">1 , tubo T de quartzo; (c) Fluxo=0,51.min"1, tubo T de níquel. Sistema 3, tubo Tcomfuros.
.153.
y = 0,81 U0,06) x + 1,36 ( + 0,66) (método da semelhança máxi.
ma) e
y = 0,997 (-t0,1)x - (1,17 (+_1,9) (método dos mínimos quadra
dos), onde
y é a concentração de Pb encontrada pelo sistema 3 e x é a
concentração encontrada por via úmida.
A Fig. 72 mostra alguns perfis A versus tempo pa
ra o Pb em Orchard Leaves, atomizado em diferentes condições.
Observa-se, ao contrário do que seria de esperar, que a
— 1
base do primeiro máximo tui.uulo t» fluvo e inn.tl >i I.M .IHÍI»
(2,8s) é maior do que quando o fluxo é 0,51..min" (l,fis), o
que pode indicar dificuldades de atomização neste últino fluxo.
Assim, procuraram-se meios pára melhorar a atomização. Uma das
tentativas está ilustrada na Fig. 73, que mostra a variação
do sinal (A.s/mg) de Pb em grama (tubo T de níquel) em dife
rentes intensidades de chama. A idéia por trás do experi.
mento é que uma maior intensidade da chama poderia levar
a uma mclhoi. transmissão de calor para o tubo, c? dal para
uma melhor atomização, mas isso não ocorreu. A amostra de
grama foi escolhida porque é aquela em que u contribuição
da área sob o primeiro máximo ã absorvância total é a menor.
A Fig. 74 mostra duas curvas A.s versus massa de amostra pa
ra grama usando tubos T de níquel com furos de diferentes
diâmetros. Verifica-se uma maior sensibilidade no tubo com
orifícios de maior diâmetro, e uma análise dos perfis dos
picos obtidos neste experimento confirma ser o incremento
de sensibilidade devido à melhoria do primeiro máximo. As
. 154 .
Ulo
—mzUJin
0.2
0.1
8
-
Ro
i
o
o
Roo
0,5 1.0 1,5
PRESSÃO DE ACETILENO, Kgt/cm2
2,0
FIGURA 73 - Variação da sensibilidade com a intensidade dnclintna, medida pela pressão do a ret lleno. Pb emgrama. Sistema 3, tubo T de níquel com furos.
0.5 -
0,2 -
0.1
1,0 1,5
MASSA DE AMOSTRA, mg
2,0
FIGURA 74 - Curvas área (A.s) versus massa de amostra. Pb emOrchard Loaves, sistema 3, tubo T de níquel comfuros de difieronles diâmetros: (•) 3mm; (o) 2mm.
.155.
sim, observa-se que, possivelmente, pode-se melhorar mais
ainda a sensibilidade do Pb no Sistema 3, fazendo-se uni
estudo mais pormenorizado do desenho do tubo T.
4.3.5 - Cu
O Cu foi outro elemento que só apresentou sinal no tubo T
com furos. A Fiq. 75 mostra a variação da sensibilidade com o fluxo pa
ra Orchard Leaves. Tal caio para os outros elementos, há um máximo em
torno de 1,5?..min" . A Fig. 76 nostra os perfis A versus tempo relatai
vos ao experimento da Fig. 75. 0 fluxo ótino de 1,5 l.rnin"
indica que, para o Cu, a disponibilidade de oxigênio para
uma boa queima é mais importante do que se prolongar o tem
po de residência pela diminuição do fluxo. Is to é coerente
com o fato de, ante a temperatura de vaporização do oxido
de Cu, não haver o segundo máximo e ser este o mais bene
ficiado pelo aumento do tempo de residência. A Fig. 77 mos
tra curvas A.s versus massa de Cu em t rês diferentes matri
zes, Orchard Leaves, Tomato Leaves e Spinach Leaves. A Tabe
la 31a traduz a Fig. 77 em números.
A Tabela 3 2 mostra os resultados obtidos Imundo Or
chard Leaves como padrão. Os desvios para Tomato Leaves e
Spinach Leaves são toleráveis para a análise direta de sól i
dos por absorção atômica; fica c laro , entretanto, que não é
aconselhável a ut i l ização de Orchard Leaves como padrão pa
ra Pine Needles, neste cano.
1 5 G .
FJCÜIA 7r? -
3 4
FLUXO, |min-«
V a r i a ç ã o da s e n s i b i l i d a d e (A.s/m>j) com o f ludo a r . Cu em Orchard Loaves . Gisterna 3 , tubodo q u a r t z o com f n r o s .
f 1 uxoT
< 0,20 -
UJac.
0.10 -
10 20
MASSA DE Cu, ng
30
FIGURA 77 - Curvas areaLeaves; ( I )xo = 1,51.minros .
(A.s) versus massa de Cu em: (•)0rchardSpinach Leaves; (A) Tomato Leaves. Flu
Sistema 3, tuboT de quartzo, com fu- 1
.157.
0.25 -
0.5
0,25 AA-BGB6
1.5
0.25 -
0,25 -
0,5
0,29
LJ&fis Í-S^J2.9 9 0
IGURA 76 - Perfis absorvância versus tempo sob diferentes fluxosde ar . Cu em Orchard Leaves. Sistema 3, tubo T em quartzo, com furos.
.158.
TABELA 31a Figuras de Relevância Relativas ao Cu em Dife-
rentes Matrizes. Sistema 3r Tubo T de Quartzo.
Cu m + fiAMOSTRA O - |t f|
(pg/g) (ng)
Orchard Leaves 12 + 1 0 ,46 _+ 0 , 0 3 0 ,988 11
Tomato Leaves 1 1 ^ 1 0 ,43 + 0 ,03 0,980 11
Spinach Leaves 12 +_ 1 0,50 +_ 0,1 0,993 03
TABELA 32 - Comparação das concentrações certificadas de Cu
com as concentrações obtidas pe]o Sistema 3.
AMOSTRA C C U ' c e r t i f i c a d a Cc»±S< S i s t e ™ 3 R
(ug/g) (jjg/g)
Tomato Leaves 1 1 ± 1 1 1 , 7 +_ 0 , 9 + 6 , 4 11
S p i n a c h L e a v e s 1 2 + ^ 2 11 + 2 r 2 - 8 , 3 0 3
P i n e L e a v e s 3 , 0 + 0 , 3 4 , 5 + 0 , 0 6 + 61 0 3
.159
4.3.6 - TI
Nas amostras disponíveis a concentração de TI não
era suficientemente alta a ponte de permitir sua detecção
pelo Sistema 3. Assim, os experimentos foram feitos com
uma amostra de Celulose Hyphan preparada de modo a conter
TI numa concentração de 96,5 +_ 4,8 ug/g.
A Fig. 78 mostra a variação da sensibilidade com
0 fluxo de ar através do tubo T, com e sem furos. Observa-
se que o TI apresenta sinal em ambos os casos, mas a sensi.
bilidade é bem maior no tubo T com furos. Na Fig. 79 podem
se notar os perfis A versus tempo para o caso do tubo T com
furos, onde também ocorrem dois máximos e quase nenhuma
absorção ilo fundo. A maior nens i 1)1 idade no tubo T com fu
ros pode ser enLendJda pela Fig. 80, em um experimento roa
1 i zado com a célula aquecida ele»-ricamente. Vorl Fica-so aí.
que, quanto maior a temperatura da célula de absorção, maior
a sensibilidade. Observa-se inclusive que, até 13OO'JC, não
foi alcançado nenhum patamar, e a projeção desta curva para
1500°C (temperatura máxima no tubo T com furos) aponta para
uma sensibilidade semelhante ã obuervaila no I.IIIJO 'I' com fu
ros. Isso significa quo mesmo a 1500 C o patamar não foi
alcançado e é bem provável que o Ti pudesse apresentar maior
sensibilidade acima desta temperatura. Observa-se também a
queda da absorção de fundo com a temperatura. No caso , os
dois comportamentos (aumento da sensibilidade e diminuição
do fundo) estão intimamente ligados: menor temperatura im
plica em presença de partículas não vaporizadosi que formam a
I d O .
( a )
hiO 1.2
COMZ
> 1,0
0,2 0,4 0,6 O,8
FLUXO, t min"'
1,0
0,4 0,6 0,8
FLUXO, trnin-1
1,0
F T G D R A 7 8 - V a r i a ç ã o d a s e n s i b i l i d a d e ( A . S / I I K J ) c o m o F l u x o d ea r p a r o 'l'1 om C ( ; l n l o í 5 e l l y p l i < m . S i s t c m n 1 : t u b o Td e N í q u e l ( a ) c o m f u r o s , ( b ) .snrn f u r o s .
.161.
FLUXO, t min-1 - A ^ y {
1,0
0,9
0,3
1.0
0,5
0,5
1.0
o.s0,8
1,8
0,9
1,0
IS 7,9 19
FIGURA 79 - Perfis absorvnnci :i versuu tempo sol) d Í fierentes f
de ar. Ti em Celulose Hyphan. Tubo T de níquel, com
furos.
.162.
absorção de fundo; maior temperatura, um consumo mais efet_i
vo das partículas que adentram na célula de atomização, le
vando a uma atomização mais eficiente e menor fundo.
A Fig. 81 mostra a variação do sinal (A.s) com a
massa de amostra para o TI em Celulose Hyphan nos dois t.i
pos de tubo, com e sem furos. A sensibilidade obtida no
tubo T com furos foi 0,357 _+ 0,020 ng Tl/O,OO44A.s (R=0,987).
Neste tubo, não só a sensibilidade, mas também a inearida-
de e a precisão foram melhores.
4.3.7 - Bi
Também não eram disponíveis no laboratório amos-
tras com teor suficientemente alto de Bi para sua detecção
pela técnica, mesmo usando o Sistema 3. Assim,foi utiliza-
do um padrão de Celulose Hyphan com 32 iig/g de Bi. A Fig.
82 mostra a variação dn sensibilidade com o fluxo do ar
atravóa do tubo T com e sem furos .Não se observaram diferon
ças significativas de sensibilidade na montagem com furos
ou sem furos, o que é confirmado pelo mesmo valor de sensi.
bllidade 0,26 _+ O,03ng/0,O044A.= obtido com ambas as monta
gens, a partir de curvas A.s versus massa de amostra (ver
Fig. 83). A Fig. 84 mostra os perfis A versus tempo para o
Bi em Celulose Hyphan, utilizando-se tubos T com e sem fu
ros. 6 de consignar-se que, nos fluxos ótimos, a área sob
o primeiro máximo é bem maior para o caso do tubo T com fu
ros. Isso significa que o aumento de temperatura gerado pe
Ia introdução de parte da chama no interior do tubo facili-
.163,
a<o
CA
zlü(A
0.6
0.4
0.2
-
o%^
•
AA-BG\
• ^ /
o
/
BG/
o
"8 ^ ^ - 8
i
900
l l < ; i M í A HO
1100
TEMPERATURA. "C
V.II lacfn) d l O H M (A.:;? i.lo s l n . i l m i i I• 1111< > (V) in m n t n n ^ T n t u i v i <l.i o ' - l u l i i iK* ii(imiiv:.i«;~h>: Ti t
Hy^ian. Sisttíio 3, célula elel ricormiite »
1300
t.) ruikio (o)l'"M «li' Colu
Ml
0,4 0,6 0,8
MASSA DE AMOSTRA, mg
1.0
FIGURA 81 - Curva? 5rea (A.s) versus mnssa de amos»ra. TI cm Celulose Hyph.in. Fluxo = 0,71 .niin"'. Sisfntvi 3, Lulxj T, do nlfjuol: [9)f<.mfuros; (o) sem furos.
a
= /—»
j
~* 2
^* r-
0 '"C
33
1
-^—'•
O
c
0
75
0
r-cXO
(mi
31
OV jm
p"tu
p
b
SENSIBILIDADE, As/mg
o
SENSIBILIDADE, At/mg
•— 'Si
- U 0-I 3
165.
0.2 0.4
MASSA DE AMOSTRA
m4
AR
EA
,
0,4
0.3
0,2
O.I
-
_
y
( b )
oo /
•
ooy
y^ o
4 6 6
MASSA DE AMOSTRA, mg
10
FIGURA 81 - Curvas área (A.r.) versus mnssa do omostrn. Bi cmCelulose llyphnn. Sistema 3; {a) t-uhr» T dr« nif|iu>1c o m f u r o u ; (l>) I u d o -|' (|(- .jii.ulz,), :il.m fui,,.;.
.166.
FLUXO, f min' -'
0,*
0,25
J^a
0,5
1
0.13 -
10
FIGURA 84 - Perfis absorvância versus tempo sob diferentes
fluxos de ar. Bi em Celulose Hyphan. Sistema 3,
tubo T com furos.
.167.
ta a atomização do elemento contido no aerossol proveniente
da queima da amostra.
A Fig. 85 mostra a variação da sensibilidade e da
absorção de fundo com a temperatura da célula de absorção.
Há um certo acréscimo da sensibilidade com a temperatura,
mas não tão intensamente quanto para o Ti ou Cd. A curva
apresenta-se côncava, indicando a tendência a um valor cons
tante que deve ser alcançado em torno de 1400 C. ab-
sorção de fundo também diminui com a temperatura, o que
talvez responda pela melhor linearidade para a curva A.s
versus massa da amostra quando õa utilização do tubo T com
furos. A forma da curva d 5 também explica o mesmo
valor de sensibilidade para curvas A.s versus massa de amos
tra em ambos os tipos de tubo T, com e sem furos: o aumen-
to de sensiblidade devido ã maior temperatura do tubo T com
furos é somente suficiente para compensar o menor tempo de
residência do analito no caminho ótico, para este tipo de
amostra.
4.3.8 - OBSERVAÇÕES QUANTO AO SISTEMA 3
Tal como esperado, o Sistema 3 apresentou mnior
sensibilidade (menores massas características) do que o
Sistema 2, conforme se observa na Tabela 33. Os aumentos
em sensibilidade variam de 03 a 80 vezes em relação ao sis
tema 2. É interessante observar que o elemento com maior
.168.
uio4O
m
uiM 0,2 -
1000 1100 1200
TEMPERATURA, C
1300
FIGURA 85 - V a r i a ç ã o de á r e a (A.s) do s i n a l c o r r i (ido (V) c dofundo (o) com a t e m p e r a t u r a da c é l u l a de atomização.Bi em 1mg de C e l u l o s e Ilyphan. S is tema 3, célula mjucr i d a cl ot.ri carnon I o .
4VI
EO
Ul
200 250 300 350
COMPRIMENTO 0E ONDA, nm
FIGURA 86 - Variação da absorção do fundo (A.s/inq) com o comprimento de onda, para amo.st.ras de 0,1 rmj de T'vnnto Iicaves.Sistema 3, tubo T do níquel sem furos (não aquorido)
TABELA 33 - Massas Características Médias. Técnica Usual de Chama, Sistema 2 e Sistema 3.
ELEMENTO
Bi
Cd
Cu
Hg
Pb
TI
Zn
Massas Características
ng. O,OO44A.s
Fatores de Melhoria
Chama, técnicausual (a)
50
2,5
09
750
50
50
Sistema 2(b)
5,6
0,2
1,4
54
4,4
5,0
0,20
Sistema 3(O
0,26
0,006
0,45
0,65
0,35
0,36
0,033
a/b
9
12
6
14
11
10
a/c
190
400
20
1 1 00
140
140
54
b/c
21
33
3
83
13
14
06
•
a\voi
TABELA 33 - Massas Características Médias. Técnica Usual de Chama, Sistema 2 e Sistema 3.
ELEMENTO
Bi
Cd
Cu
Hg
Pb
TI
Zn
Massas Características
ng 0,0044A.s
Fatores de Melhoria
Chama, técnicausual (a)
50
2,5
09
750
50
50
1,8
Sistema 2
5,6
0,2
1,4
54
4,4
5,0
0,20
Sistema 3(O
0,26
0,006
0,45
0,65
0,35
0,36
0,033
a/b
9
12
6
14
11
10
a/c
190
400
20
1 100
140
140
54
b/c
21
33
3
83
13
14
06
•M(TiV0•
.170.
aumento de sensibilidade é o Hg (igualmente ao sistema 2)
e o que apresenta o menor aumento de sensibilidade é o Cu.
Ou seja,os elementos mais e menos voláteis, tal como para
o Sistema 2. Nota-se, também,que o aumento de sensibilida-
de em relação ã chama para o Sistema 2 varia de 6,4 (Cu) a
14 (Hg) vezes, mas que os fatores de melhoria do Sistema 3,
em relação ã técnica usual de chama,variam de 20(Cu)a 1150
(Hg) vezes, isto é, estão contidos numa faixa de valores mui
to mais ampla, inclusive em termos relativos. Certamente
para o Sistema 2, o aumento de sensibilidade em rela
ção ã técnica usual de chama deve-se somente ao fato de que
este sistema contorna o baixo rendimento da nêbulização: co
mo este rendimento está numa faixa mais ou menos constante,
o que se pode esperar em termos de melhoria de sensibilida-
de também cai numa faixa de valores relativamente próximos
entre si. Já o Sistema 3, além de contornar a nêbulização,
aumenta o tempo de permanência do analito no caminho ótico.
Em contrapartida, perde-se em termos de temperatura da
célula de atomização. Mas, quanto mais volátil o elemento,
ou mais facilmente atomizável o sou oxido,menos ole dovorá
ser afetado por esse decréscimo na temperatura de atomiza
ção. Por outro lado, os elementos menos voláteis necessi.
tam de tubos T com furos, o que sacrifica o tempo de resi-
dência (da Tabela 21 pode-se observar que a introdução de
orifícios no tubo T de níquel levou a una diminuição da sen
sibilidade em cerca de três vezes para o Cd). Esse conjunto
de fatores determina a maior variação do acréscimo em sensi
bilidnde quando se compara o Sistema 3 com a técnica usual.
.171.
ros, a variação do perfil do temperatura com D i'luxo 6
bem diferente daquela para o tubo T sem furos. Em alguns
pontos a temperatura aumenta com o fluxo atõ 1,6 ''.min
Isto está ligado à reação do oxigênio do fluxo de ar com
os produtos existentes na zona secundária da chama, e cer
tamente por isso Bi, Ti e Cu, que são determinados no Tubo
T com furos, podem apresentar seus fluxos ôMinor; om valo
res acima (até 1,5 l.min ) dos encontrados para os ele
mentos que são determinados no tubo T sem furos.
A menor temperatura da célula de absorção, juntameri
te com a maior concentração de partículas no caminho ótico,
causa, também, o aparecimento de uma radiação de fundo mais
intensa. A Fig. 86 mostra a variação da intensidade da absoi:
ção de fundo (A.s) com o comprimento de onda em um tubo T
não aquecido, na queima de amostras de Tomato Leaves com cer
ca de 0,lmg. A forma de curva é típica para absorção de fun
do provocada por partículas e, certamente, são essas partí-
culas que, ao não serem totalmente consumidas, irão causar
a absorção de fundo. A propósito,Nichols (61) afirma que,em
temperaturas inferiores a 100C, maior contribuição para o
fundo, na técnica por forno de grafite, é o espalhamento
por partículas. De qualquer modo, esta absorção de fundo é
um fator limitativo em termos da massa máxima de amostra a
ser analisado. Enquanto para o Sistema 2, massas de até
lOmg podem ser facilmente toleradas no Sistema 3 (Fig.
67) massas de 3mg já apresentam uma alta absorção de
.172.
fundo. Ê claro, a massa máxima permissível no Sistema
3 virá a depender do comprimento de onda com que se está
trabalhando. Assim, os ganhos em sensibilidade com o Siste
ma 3 são em parte prejudicados por essa limitação na massa
máxima utilizável.
0 Sistema 3 é evidentemente mais complexo que o
Sistema 2, embora também seja facilmente adaptável â
qualquer aparelho de absorção atômica. O níquel, como mate
rial de construção do tubo T,apresentou um tempo de vida
maior, e melhor distribuição do calor recebido da chama. En
tretanto, a diferença de temperatura nas part.es inferior e
superior causa tensões, que no tubo de quartzo provocam sua
quebra prematura e, no de níquel sua deformação, de modo
que o tubo precisa ser retificado pori or! i comente. Nos
tubos de níquel com furos as suas bordas vão-se EundJndo
com o uso. 0 tubo com aquecimento elétrico tem a melhor dis-
tribuição de temperatura, mas sua grande limitação e a
temperatura máxima de trabalho, pequena para vários dos ele
mentos estudados. É possível a construção de fornos elétri.
cos que nlcanoem temperaturas mais altas, mas isso contra
por-se-ia a um dos objetivos da técnica aqui descrita, ou
seja, o baixo custo. Parece ser possível, todavia, molho
rar o desenho do tubo T com furos, a fim de conseguir me
lhor sensibilidade para os elementos que o utilizam. Consí^
derando qu<i cada elemento tem uma determinada temperatura
de atomização para o seu oxido, pode-se supor que cada ele
mento deva ter seu próprio desenho ótimo do tubo T, em ter
mos de alcançar o melhor compromisso entre temperatua e tem
po de residência.
.173.
Alguns aspectos práticos devem ser ainda aponta^
dos em relação ao Sistema 3. Para uma boa reprodutibilida-
de, deve-se, após conectar a entrada de ar ao tubo T, es
perar alguns segundos, até que seja cangado o equilíbrio
de temperatura no seu interior, inclusive porque a transpa-
rência da célula de absorção varia com a passagem do fluxo
de ar. Este tempo, porém, não deve ser muito longo, pois,
após algumas leituras,a temperatura do tubo,no ponto onde
se dá queima,torna-se alta o suficiente para ir carbonizan-
do a amostra antes do "flash" das lâmpadas, liberando os
elementos mais voláteis, como Hg e Cd. A distância entre o
ponto onde a amostra é queimada e a parte aquecida do tubo
T deve ser tal que evite a ocorrência de pequenas explosões
que ãs vezes se dão imediatamente após a queima da amostra.
Observou-se que isso ocorre quando se queima a amostra mui.
to próximo da parte aquecida do tubo T. Afastando-se o pon
to de queima em direção à entrada do ar, essas pequenas ex
plosões cessam. Se ocorrem, o aerossol sólido passa muito
rapidamente pela célula de absorção, sendo registrado um s_i
nal de absorção incompleto, diminuindo a sensibilidade e a
reprodutibilidade. Essas explosões se dão tão mais faci^
mente quanto maior for a massa de amostra a ser queimada.
Possivelmente, são causadas pela formação de produtos
de combustão que reagem rapidamente com o oxigênio ao encon
trarem uma zona mais quente. Deve ser lembrado que, no ca
so do Sistema 3, os fluxos ótimos de ar são relativamente
pequenos (entre 0,3 e 1,5lmin"" ), o que pode levar à com
bustão incompleta de maiores massas. Nos Sistemas 1 e 2
.174.
não foi observado esse fato. Ê interessante também evitar
que, especialmente no caso do tubo T com furos, a parte do
tubo aquecido pela chama fique num nível mais baixo do que
a parte onde a amostra é introduzida, o que pode acontecer
quando do alinhamento do tubo T no caminho ótico. Se isso
ocorre, os gases quentes no interior da parte aquecida pe
Ia chama tenderão a subir em direção ã plataforma com a
amostra, casbonizando-a e, conseqüentemente, prejudicando a
queima quando do "flash" das lâmpadas. Neste caso são tam
bém observadas as pequenas explosões anteriormente ;elata_
das. Outrossim, a forma da conexão para entrada de ar (ver
detalhe "tampa de cerâmica", Fig. 5) é impoi.*"ante para a
eficiência da queima. Substituindo-se a saída 'nica pela
saída dupla lateral, conseguiram-se melhores queimas, isto
talvez porque, dado o baixo fluxo, a tampa de saída simples
não permita a turbulência necessária para um bom contato en
tre o ar e a amostra. Além disso, nestes baixos fluxos (0,3
a 0,7í.min ) a fumaça produzida na queima tendia a recuar
pelas bordas interiores do tubo, no caso de utilização da
tampa com saída simples.
.175.
5. OBSERVAÇÕES GERAIS
5.1 - SENSIBILIDADE., EFEITOS DE MATRIZ E PERFIS DOS PICOS
A técnica aqui descrita nas suas diferentes mon
tagens e variantes ajusta-se no tipo onde a vaporização
(no caso, "aerossolização") é realizada em um lugar
distinto daquele onde se dá a atomização, requerendo o trans
porte do vapor (aerossol). A técnica, em qualquer das suas
montagens, apresenta melhores sensibilidades que a técnica
usual de chama, porém, mesmo na sua versão mais sensível (Sií>
tema 3) , em nenhum caso alcança a sensibilidade do forno de
grafite, certamente pela temperatura ainda insuficiente
para a atomização completa de boa parte dos elementos
estudados, alõin do que a medida da absorvãnci.a ó sem
pre feita em fluxo contínuo, ao contrário do forno de
grafite, onde é possível a interrupção do fluxo no momento
da leitura. E, mesmo o ganho em sensibilidade que adviria
da maior dimensão da célula de absorção no Sistema 3, em
comparação com as dimensões do forno de grafite, não é to
talmente explorado, uma vez que o feixe ótico não ocupa to
do o volume da célula, i.e., o volume geométrico da célula
de absorção no Sistema 3 não é o volume efetivo de absorção.
Nota-se que a sensibilidade para o Hg no Sistema 3 (0,65ng/
0,OO44A.s) compara-se com a obtida pela técnica do va
por frio (0,3ng/O,0O44A.s) onde o vapor de mercúrio é tam
bém transportado para a célula de absorção num fluxo defini,
do e da mesma ordem de grandeza. A Tabela 34 compara as
.176.
sensibiliáades obtidas no Sistema 3 com as obtidas no forno
de Grafite (110).
TABELA 34 - Comparação das Massas Características Obtidas
no Sisteaa 3 e no Forno de Grafite.
m , Sistema 3 (a) m , Forno de Grafite (b)ELEMENTO a/b
(pg) (pg)
Bi 260
Cd 6
Cu 4 50
FIg 650
Pb 350
TI 360
Zn 33
22
0,39
3 , 0
52
7,7
9,6
0,4
12
15
150
12
45
37,5
82
Este posicionamento, em termos de sensibilidade ,pode, em
certos casos, ser vantajoso, pois não é incomum o caso de
amostras Que se apresentam excessivamente concentradas para a
análise direta no forno de grafite. Na Tabela 34, observa-
se que Bi, Cd e Hg apresentam razões a/b próximas. Se a
atomização no forno de grafite é total, pode-se admitir que
os fatores que determinam a monor sensibil id arte no Sistema
3 atuam igualmente nesses três elementos. Já l'b o TI são
.177.
lidos no tubo T com furos, sendo espernvel, portanto,
uma razão a/b diferenciada por um fator c*n torno de 3, co
mo realmente acontece. Assim, apresentam sensibilidade mais
baixa do que a expectativa o Cu e o Zn. O Cu, conforme
visto, não é totalmente transportado para a célula de absor
ção, além de ser o elemento de mais difícil vaporização do
grupo (maiores pontos de fusão e ebulição, maior temperatu-
ra de pré-tratamento térmico no forno de grafite e maior
temperatura mínima de alonrzação do seu oxido). Já o Zn
aprosont.1 t.oiloa essos valores semelhantes aos dos onlios cie
mentos, não estando claro por que a sua razão a/b na Tabela
34 é tão altn.
A técnica permite a análise de amostras cuja con-
centração dos elementos estudados esteja na faixa de poucos
jig/g, abrangendo, portanto, uma série de amostras de inte£
resse. A Tabela 35 apresenta as concentrações característi.
cas obtidas na análise de grama.
TABELA 35 - Concentrações Características para Cd, Pb, Cu
e Zn e« Grana. Sistemas 2 e 3.
ELEMENTO Sistema 2 Sistema 3,, i>g/g
Cd 0,005 0,0046
Pb 0,86 0,28
Cu
Zn
C o '
0
0
0
0
ng/g
,005
, 8 6
,61
, 0 3
.178.
Observa-se que, apesar das maiores sensibilidades cm mas
sa no Sistema 3 (ver Tabela 33) , as sensibilidades relati^
vas (pg/g) já não são tão diferentes, uma vez que no siste
ma 2 podem utilizar maiores massas de amostras. O mes
mo é valide para os limites de detecção.
Os coeficientes de correlação obtidos nos diferen
tes sistemas foram aceitáveis, considerando-se a análise di.
reta de sólidos, indicando uma boa linearidade entre A.s e
a massa de analito. Curvas A.s/mg versus concentração de
amostra tendem a uma maior dispersão da linearidade, o que
é natural pois envolve a leitura de amostras distintas. Os
desvios-padrão estão em torno de 10%, quando do estudo de
materiais de referência, o que é bastante bom,inclusive pe
Ias pequenas massas tomadas para análise. Algumas amostras
reais apresentaram desvios-padrão maiores, mas ainda dentro
do tolerável na análise direta de sólidos por absorção ato
mica.
Os efeitos de matriz foram relativamente pouco
pronunciados para as amostras estudadas, especialmente no
Sistema 2, o que é explicado pela maior temperatura da cha
ma frente ao tubo T aquecide. De qualquer modo, o uso de
padrões semelhantes ãs amostras é aconselhável. Amostras
de lama de clareamento, analisadas no Sistema 3, não acusa-
ram boa correspondência entre sinal (A.s/mg) e a concen
tração relatada de Cd, apesar da linearidade rias curvas A.s
massa de amostra,isto indicando que podem existir grupos de
amostras de uma mesma espécie,tão heterogêneas c-m compos^
.179.
ção, que se torna impossível a padronização, pelo menos pa
ra alguns elementos.
A Tabela 36 sumariza os coeficientes de renressão
obtidos (semelhança máxima) quando da comparação dos rcsul
tados encontrados com os Sistemas 2 e 3 com os encontrados
no forno de grafite.
TABELA 36 - Coeficientes ds Regressão (Semelhança ffáxiaa).
Concentrações Obtidas pelos Sisteaas 2 e 3 Ver
sus Concentrações Obtidas no Forno de Grafite,
apôs Dissolução, e» Gr asa.
ELEMENTO Sistema 2 Sistema 3
b + n ajfci b* n b+o a + u b* n
Cd 1,09+0,04 -3 ,5+0,02 1,06 8 0,63+0,1 0,1S«0rnfi 0,70 8
Pb 0,88+0,06 1,7+0,7 0,98 8 0,81+0,06 1,36+0,66 0,94 9
Cu 1,28+0,14 -2,3+1,2 0,96 7 - -
Para o Cd, e menos acentuadamente para o Pb, há uma tendên
cia de menores resultados com o Sistema 3, que pode ser
explicada pelas dificuldades de atomização encontradas com
esse Sistema. Já no Sistema 2, os resultados estão mais
próximos daqueles do forno de grafite, especialmente con
siderando-se que os valores de "a" não são significativamen
.180.
te diferentes de zero, dados os desvios-padrão a eles asso-
ciados, e e. regressão é feita a partir de uma reta do tipo
y=b*x. Os altos desvios encontrados pnrn os coeficientes asso-
ciados ao Cu (Sistema 2) podem ser debitados â menor ampl i. ti ido de con
centração de Cu das amostras do grama disponíveis.
Excetuando-se o Hg e o Cuf todos os outros elemen
tos estudados apresentaram picos com dois máximos, o que in
dica que apenas a queima da amostra não é suficiente para
transferi-los completamente para o aerossol sólido. Isto t_i
ra parte da elegância da técnica, pois implica na necessida
de de um tempo relativamente longo (10 a 20s) de exposição
às lâmpadas, o que leva a um maior desgaste destas o da pia
taforma de grafite, e a um período de loitur.i prolon-
gado. Não é incomum, durante um longo tempo de leitura,ocor
rerem desvios na linha de base. Mesmo pequenos, esses des
vios têm grande influência na leitura de área, se o tempo
de integração é longo, como mostrado na Fig. 87. o Hg e o
Cu não apresentam este comportamento por motivos opostos:
o Hg,porque é o único elemento totalmente vaporizado duran-
te a queima da amostra; o Cu,porque o resíduo que restn so
bre a plataforma de grafite após a queima o contém como
oxido, que não é vaporizado na temperatura alcança-
da pela plataforma, mesmo após 20s de exposição às lâmpadas.
A análise da plataforma de grafite após a queima de Tomato
Leaves mostrou que cerca de 30% do Cu nela permanecem após
a queima. Isto significa também maiores efeitos de ma-
triz e menor sensibilidade relativa, em conformidade com o
que foi observado no Cu. A existência do pico com dois máxi
.181.
mos implica no uso de plataforma de grafite, já que o graf_i
te toma parte ativa na formação do segundo máximo, pelo me
nos para o Zn e o Pb.
5.2 - TRATAMENTO DOS DADOS
O tratamento dos dados obtidos quando da análise
de sólidos é algo diferente daquele para a análise de amos
trás líquidas, uma vez que para amostras líquidas não é
problemático repetir-se várias vezes a leitura de uma mesma
quantidade de amostra. Já na análise de sólidos, embora a
massa da amostra seja conhecida com exatidão, não é exeqüí-
vel repetir-se uma leitura utilizando exatamente a i.iesma
massa da leitura anterior. Isso determina que cada ponto é
representativo apenas de si mesmo. Por outro lado,a dispe£
não ó maior, «lada a quofltão «1a homoqonc»1«1ailo «la amostra.Now
estudos da técnica aqui descrita destacam-se dois casos:
aquele das curvas A.s versus massa de amostra e o das cur-
vas A.s/mg versus concentração. No primeiro caso, a compa
ração dos coeficientes angulares entre diferentes amostras
do mesmo material determina as concentrações do analito nas
amostras. Assim, é necessário determinar o coeficiente angu
lar e o erro a ele associado. O fluxograma adiante mostra
os passos seguindos neste determinação, assim como as equa
ções utilizadas em cada um deles. 0 nível de confiança esco
lhido foi 95% (a - 0,05).
.182.
Efetuar regressão para reta y=bx+a, pelos
mínimos quadrados
Achar o desvio-padrão associado ao coefjL
ciente linear (a)
Testar a hipótese de que a não é 4 0
< t (P,n-2)
Caso a hipótese não seja verdadeira, aceitar
os valores estimados para a e b.Sendo a hipó
tese. verdadeira, realizar a regressão para o
caso y = bx
Achar o erro associado ao coeficiente angular (b)
.183.
Para comparar dois coeficientes angulares, de mo
do a saber se são iguais ou não, no caso, por exemplo, da
verificação dos efeitos de matriz, testa-se b..-b2/s/2/n <
< t(P,n-2), caso n,=n, e s s s. = s.
Na medida em que são usados coeficientes angula-
res para comparar concentrações, deve-se decidir se serão
empregadas curvas do tipo y=bx+a ou curvas do tipo y=bx.
Do ponto de vista físico, as curvas A.s versus massa de
amostra devem ser do tipo y=bx, já que se a massa tende a
zero, A.s também, mesmo existindo radiação de fundo ou ou
tro tipo de interferência que seja proporcional â massa da
amestra. Porém, dadas as características da técnica, so
mente por uma grande coincidência achar-se-ia sempre a=0.
Assim, o que deve ser feito é testar se o valor de a encon
trado é significativamente diferente de zero ou não. Caso
não seja, confirma-se a hipótese y=bx; caso seja, devem-se
buscar as causas da existência de a, que mais provavelmen-
te serão desvios na linha base ou não linearidade da curva.
No segundo caso, aquele em que A-s/mg é plotado contra a
concentração do analito em diferentes amostras de um mesmo tipo,
é admitido que cada amostra apresente um comportamento li
near para curvas A.s versus massa, e então cada leitura
é corrigida para sua respectiva massa simplesmente dividin
do-se a área encontrada pela massa, só então fazendo-se o
gráfico A.s/mg versus concentração do analito na amostra.Come cada
amostra é lida um certo número de vezes, tem-se agora, aj3
soeiado a cada ponto da curva A.s/mg versus concentração,
.184.
um desvio, tanto em relação às medidas de A.s/mg (eixo das or
denadas), como em relação âs concentrações (eixo das abscissas).
A regressão linear pelo método dos mínimos quadrados parte do
principie de que os desvios para a grandeza alocada no eixo das or
denadas são constantes, eque não existem jv»i\i a iji\nnUxíct .1I0
cada no eixo das abscissas. Estas condições estão absolutamen
te distantes da absorção atômica em geral eda análise direta
de sólidos por absorção atômica em particular. Neste caso, em
que há desvios tanto emx como emy, sendo os desvios não constan
tes, émais indicado ouso da regressão linear pelo método da se
melhança máxima (111). Este método foi examinado e descrito
por Christian, Lane eEarland (11 2% no contexto da regressão
multivariada, sendo estudado posteriormente por Thompson (113),
e leva em consideração os desvios associados ax e a y, assim
como permite, também achar os desvios-padrão associados ãs
estimativas de a e b da reta y=bx+a obtida. Para realização âes
ses cálculos foi usado um programa escrito em BASIC Applesoft
para microcomputador compatível com o Apple II +, adaptado por
Lima et! ai (114) . Uma vez achados os parâmetros a e b por esse
programa, foi ver if içado se a é significativamente diferente de
zero e, caso não fosse, foi considerada a equação y=b*x como
a que descreve o fenômeno.
5.2 - LIMITES DE DETECÇÃO
0 l imi t e de detecção é def inido como a mais baixa con
centraçao do analito que pode ser distinguido, com razoável confiança,do
"branco de campo" t i 15) , i . e . de uma amostra contendo concentração
zero do analito, e não um branco dos reagentes, cano muitas vezes acon-
.185.
tece. O limite de detecção é estimado no domínio da resposta (si
nal), mas relatado em termos de concentração ou massa, e
essa transformação dá-se através de uma relação entre a ress
posta e a concentração (massa), relação está chamada de fun
ção de caiibração. A IUPAC (116) tem recomendado que o 11.
mite de detecção seja relacionado com a menor medida da re^
posta (RL) d^tectável com uma razoável confiança, dado um
procedimento analítico, onde
xL = xB + ksB , (eq. 5.1)
sendo 5L a média das medidas do branco, s o desvio padrãoB B
estimado, e k uma constante numérica. 0 limite de detec
ção é dado por
CL(qL) - ksB/b , (eq. 5.2)
onde C. é o limite de detecção em termos de concentração ou
massa (q.) e b a sensibilidade. A IUPAC recomenda k=3.
A maioria dos autores associa o limite de detecção e a sen
sibilidade a uma determinada técnica ou método, quando o
método ou técnica em si é apenas uma parte do procedimento
analítico total e, muitas vezes, a parte mais simples. Os
erros e imprecisões associados âs outras partes do procedi
mento analítico (o ambiente de análise, a natureza das
amostras, os protocolos de caiibração, p. ex.) também con
tribuem (muitas vezes dominam) para a variação total. As
siia, não há sentido em falar-se do limite de detecção para
.186.
um método (técnica)analítico, que deve ser substituído pelo
limite de detecção de um sistema analítico. A média, e a
variância que definem o limite de detecção devem ser esti-
madas dentro do sistema analítico. No sistema analítico d£
ve ser ainda especificada a massa de amostra, caso contra
rio não será possível estimar o limite de detecção para con
centração. Se a massa não é especificada, pode-se estimar
um limite de detecção em quantidade de analito, mas só se
os efeitos de matriz são efetivamente independentes da mas
sa de amostra.
Na definição do limite de detecção é intrínseca
mente admitido que (i) os erros randomicos são distribuídos
normalmente; (ii) os parâmetros da população são conheci-
dos; (iii) o método analítico não apresenta desvios; (iv)
a variância do branco "de campo" é igual â das amostras
com baixa concentração. Sendo os erros randomicos normal-
mente distribuídos, é possível estimar limites de conf_i
anca; os parâmetros não são conhecidos, mas estimados, e a
estimativa será tanto melhor quanto maior o número de med.i
das. Um número mínimo de dez observações deve ser efetua^
do e não é necessário estimar os. limites de o_ e CT (qT).D li Li
Na técnica discutida neste trabalho apresentam-se
duas situações de calibração de onde é possível estimar
o limite de detecção: as curvas A.s versus massa de amos-
tra e as curvas A.s/mg versus concentração. Em ambos os ca
sos, encontra-se uma dificuldade: não há brancos "de campo"
disponíveis, ou seja, para determinar o limite de detecção
.187.
de Pb em Orchard Leaves necessltaria-se-ia de uma amostra
de Orchard Leaves com Cp. < C . Não hã sequer um branco
de reagentes, porquanto se trata de uma análise direta.
Resta apenas o branco "instrumental", mas o uso deste va
lor sô tem sentido para especificar características do
instrumento, e o que se quer aqui são as características
da performance da técnica. A outra questão é a caracteri-
zação da massa para o cálculo do limite de detecção em ter
mos de concentração. Já foi visto por exemplo, que no Sis_
tema 3, para a determinação de Pb (ver Fig. 59), o alto
fundo desaconselha o uso de massas maiores do que 3mg.
Mas essa massa máxima analisável é dependente do elemento
a ser determinado (ou melhor, do comprimento de onda da ra
diaçâo usada na sua análise) e da matriz em questão. Foi
observado, por exemplo, no Sistema 3, que Pine Needles apre
senta menos absorção de fundo do que Orchard Leaves, o que
permite o uso de maiores massas do primeiro. Já para cu£
vas do tipo A.s/mg versus concentração é possível estimar-
se o desvio padrão do branco de "campo", mesmo que dele
não se disponha: basta para isso verificar como se compor-
ta o desvio-padrão em função da concentração e, caso haja
algum comportamento típico, extrapolá-lo para zero. A Fig.
43, por exemplo, apresenta uma curva A.s/mg versus concen-
tração de Zn em grama, utilizando o Sistema 2. Observa-se uma
tendência de o desvio-padrão ir diminuindo can a concentração (ver Ta
bela 37). Neste caso, a variação do desvio-padrão com a concentração
é descrita pela reta o*0,823C- -26,37 (R=0,988), indicando
.188 .
TABELA 37 - Variação do Desvio-Padrão con a Concentração.
Zn em Grama, Sistema 2 .
CZn
(pg/g)
200
105
89
73
56
39
RespostaA.s/mg
5.80
3.22
2.69
1,78
1,66
0,84
s
A. s/mg
1,40
1,00
0,55
0,21
0,25
0,08
que em concentrações abaixo de 32yg/g o desvio será ze
ro, ou melhor, dado pelo ruído do aparelho. Uma vez que
as leituras são obtidas contando-se e pesando-se o papel
onde os picos são registrados, não há a medida do ruído
eletrônico. Porém pode-se considerar como ruído a variação
do peso de 10 pedaçosi de pepal com a mesma área, onde
o=0,62mg = 0,0063A.s, donde
C L ( Z n em g r a m a , S i s t e m a 2) = - ^ = ° Ô ? 3L ( Z n em g r a m a , S i s t e m a 2) = - ^ = Ô ? 0 3 0 2
Este resultado deve ser visto de uma maneira cr í t ica , já
que os desvios foram obtidos a partir de cinco repetições, e não
.189.
de um mínimo dedez, como êaconselhável, enão se dispunha de
amostras de grama com concentrações próximas do branco. Nada im
pede que o desvio não obedeça a regressão em menores valores de
concentração eque a curva tenda a outro valor que não zero.
Assim sendo, émais prudente supor que o limite de detecção s_i
tue-se entre 0,6pg/g e 7,9pg/g, este último calculado a par ir
do desvio (0,08) associado àamostra disponível de menor con
centração. Deve-se observar quenãose pode generalizar este
resultado para qualquer amostra de grama pois, seoutro grupo
de amostra apresentar diferente grau de homogeneidade, o limite
de detecção será outro. O limite de detecção em massa, consi.
derando-se a massa média de 0,8mg utilizada no experimento,
estará entre 0,8 e 9,8ng. Isto não significa que este seja
o melhor limite de detecção, pois massas maiores po
deriam ser utilizadas, mas não é possível saber como se com
portaria o desvio em relação ao aumento de massa. A Fig.54
apresenta uma curva A.s/mg versus concentração para Cd em gra
ma, no Sistema 3. A Tabela 38 mostra a variação dos desvios»
padrão com a concentração de Cd nas amostras. Neste caso, o
desvio tende a um valor entre 0,02 e 0,04 na medida em que
a concentração tende a zero. Tomando o valor de 0,04, obtém
se um limite de detecção igual a 0,12jjg/g. Levando em consi
deração que a massa média utilizada foi 0,7mg, o limite de
detecção em massa será 0,09ng.
No caso de curvas A.s versus massa de amostra não
há como fazer estimativa do desvio-padrão associado ao bran
co c _ campo. Porém, pode-se admitir que este desvio-padrão
.190.
4 3 • 7 •UMtTC SUPERIOR OO TEMPO DC
10TEMPO,S
FIGURA 87 - Perfis absorvância versus tempo para Cd em Orchard Leaves, com deslocamento da linha de base. Valores de A.sem diferentes tempos de integração. Sistema 3, célulaeletricamente aquecida.
cr•<
0,30
0,2 0,4 0,6 0,6
MASSA DE AMOSTRA, mg
1,0
FIGURA 88 - Curva área (A.s) versus massa, Cd em Tomato Leaves. Sistema 3, tubo T de quartzo sem furos.
. 1 9 1 .TNHA 38 - Variação do Desvio-Padrão can a Concentração.
Cd ca Gram, Sistan 3.
Cd, yg/g o, A.s/mg
0,99 0,14
0,95 0,05
0,88 0,09
0,68 0,08
0,65 0,06
0,45 0,03
0,36 0,02
0,26 0,05
0,25 0,04
0,14 0,03
é semelhante àquele associado a leituras das amostras pró
ximas do branco. Isto significa, no caso de curvas A.s ver
sus massa de amostra, estimar-se o limite de detecção a
partir de amostras com massas tanto quanto possível pró
ximas de zero. Este é o caso mostrado na FJg. 88. Massas
em torno de 0,17mg foram lidas dez vezes, os valores norma
lizados em relação às respectivas massas e o desvio
calculado.Na hipótese, obtérn-se orimeiramente o limite <ie
detecção em massa, no caso, 0,16ng. Admitindo-se massas
de amostra iguais a 1mg, o limite de detecção em concentra
.192.
ção será 0fi6ug/g. Ainda no experimento da Fig. 88, foi cal.
eulado um limite de detecção a partir da leitura de 30 bran
cos instrumentais, Usando-se k=3, achou-se um limite de
detecção igual a 0,11ng previsivelmente menor que o calcula
do anteriormente (0,i6ng), evidenciando que a variação do
instrumento contribui para apenas uma parte do limite de de
tecção da técnica.
Do que foi siscutido, fica claro que o limit*» da
detecção não é uma entidade geral, dependendo da nature
za e grau de homogeneidade da amostra, das massas utili-
zadas, do número de repetições no cálculo do desvio de de
outros fatores que devem ser especificados quando da apre-
sentação dos resultados. A Tabela 39 lista alguns valores
de limites de detecção obtidos, especificando alguns fato
res importantes.
Um interessante modo de calcular os limites de
detecção e jue poderia ser aplicado aos casos aqui discuti-
dos é descrito por Luthardt et ai (117).
5M - APLICABILIDADE
De acordo com os limites de detecção apresentados
na Tabela 39, a técnica aqui estudada poderia ser aplicada,
nos seus diferentes sistemas, a uma série de amostras de
interesse ambiental, industrial ou agrícola, conforme pode ser
deduzido das Tabelas 40, 41 e 42,
.193.
TABELA 39 - Limites de Detecção. Sisteaas 2 e 3,
HJ9BRC
CdCd
Cd
Cd
Cu
CU
Cu
Hg
HgPb
Pb
PbPb
Zn
ZnZnBi
TI
> AMOSTRA SISTEMA
Tomato Leaves
Grama
Tomato Leaves
Grama
Orchard Leaves
Orchard Leaves
Grama
Lama de clareamento
Lama de clareamentoOrchard Leaves
Grama
Orchard Leaves
Grama
Orchard Leaves
Orchard Leaves
Grama
Celulose Hyphan
Celulose Hyphan
3
3
2
2
3
2
2
3
3
3
3
22
3
2
2
3
3
Tipo deCurva
área x massa
área x cone.
área x massa
área x cone.
área x massa
área x massaárea x cone.área x massa
área x massa
área x massa
área x cone.
área x massa
área x cone.
área x massa
área x massa
área x cone.
área x massa
área x massa
Massa deAmostra
(mg)
1,0
0,5
8
5
2,5
8
5
1,0
10
20,8
10
5
0,6
2
0,8 0
0,5
1,0
(ng)
0,16
0,09
2
0,3
6
22
12
1,3
1,3
14
2
60
16
2
10
,8-9,8
4
12
ug/g
0,16
0,12
0,3
0,06
2
3
2
1
1
7
3
6
3
4
5
0,6- 8
8
12
OBS
1
2
3
2
3
3
2
1
1
1
2
32
3
3
2-13
3
(1) Cálculos a partir do desvio associado à leitura de massas
tão pequenas quanto possível.
(2) cálculos a partir do desvio padrão obtido por extrapolação
em direção ã concentração zero .
(3) cálculos a partir do desvio associado âs leituras ao lon-
go de todos os pontos da curva.
.194.
TABELA 40 - Faixa de Concentração de Cu ea Grama (Estágio
Imaturo} e Grãos em Diferentes Países (118).
PAlS MATERIAL Faixa de Ooncentraçao deCu (ug/g, peso seco)
Finlândia
R.D.A.
E.U.A.
URSS
trigo
grama
cevada
aveia
trigo
grama
cevada
centeio
grama
aveia
grama
trigo
4,7 - 6,9
3,8 - 4,8
1,8 - 6,2
2 - 4
6 - 1 0
7,4 - 15,0
4 - 1 5
4 - 8
1,5 - 18,5
2,3 - 4,2
1,1 - 3,9
0,6 - 5,4
.195.
TABELA 41 - Conteúdo de Zn eu Grãos de Diferentes Países(wg/g, peso Seco )(118)
Faixa de cone.PAÍS MATERIAL ( l , g / g )
Finlândia
R.D.A.
E.U.A.
Austrália
Grã Bretanha
Japão
trigo
trigo
cevada
trigo
trigo
cevada
Arroz(integ.)
25-47
6-40
20-23
20-47
16-25
15-21
19-28
TABELA 42 - Concentrações Aproximadas de Elementos Traços em
Polhas Maduras, Generalizadas Para Várias Espé
cies (pg/g peso seco) (119)
B*«MMPrk r-««« A^ei^io**.* suficiente ExcessivaELEMENTO Cone. d e f i c i e n t e Q u n Q r m a l Q U &
Cd
Cu 2-5
Hg
Pb
TI
Zn 10-20
0,05-0,02
5-30
-
5-10
-
27-150
5-30
20-100
1-3
30-300
200
100-400
.196.
CONCLUSÕES
Os sistemas descritos são simples, facilmente adap_
táveis a qualquer aparelho de absorção atômica, e permitem
a determinação direta em sólidos, por absorção atômica com
chama, dos elementos mais voláteis (Hg, Cd, Bi, Tl,Zn, pb, Cu) .
O Sistema 2 apresenta sensibilidades de 6 (Cu)
a 14 (Hg) vezes superiores ã da técnica usual de chama, sem
se considerar a diluição conseqüente da dissolução da amos
tra. Este incremento se deve â superação da nebulização co
mo meio de introdução da amostra na chama.
O Sistema 3 apresenta sensibilidades de 20 (Cu)
a 1150 (Hg) vezes maiores que a técnica usual de chama, sem
considerar a diluição conseqüente da solubilizaçao das amo£
trás. Este incremento se deve tanto à superação da nebuliza
ção como meio de introdução da amostra, como pelo maior tem
po de residência do analito no caminho ótico.
Os elementos cujos óxidos têm temperaturas mínimas
de atomização baixa (Cd e Hg) são melhor determinados, no
Sistema 3, em tubos T, sem furos; Aqueles cujos óxidos têm
maiores temperaturas mínimas de atomização (Cu, Pb e TI) são
melhor determinados, no Sistema 3, com tubo T com furos. Zn
e Bi apresentaram a mesma sensibilidade em ambas variantes.
As medidas devem s*r foma'ias om íro^q (A.*) .
para o Sisttiua 2, há uiiu» faixa o«i ÍJ'J/o its tf 'J*-L
ma, entre 3 e 8.1.min" , onde amostras com massas de até
.197.
10mg podem ser analisadas.
Para o Sistema 3, usando tubo T sem furos, os flu
xos ótimos de ar encontram-se em torno de 0,5l.min~ , exce
to para o Bi (1 a 1,5 l.min" ). Para o tubo T com furos, os
fluxos ótimos estão entre 0,5 e 1,5 l.min"*1.
0 Sistema 2 praticamente não apresenta absorção
de fundo.
O Sistema 3 pode apresentar acentuada absorção de
fundo para massas superiores a 2mg. Esta absorção de fundo
depende da natureza da amostra e do comprimento de onda uti.
lizado, e limita a massa máxima de amostra íinnlisável e,
portanto, o limite de detecção em concentração.
Exceto para o Hg e Cu, o perfil A versus tempo apre
senta dois máximos indicando que a queima dn nmostrn não fo£
nece energia suficiente para a vaporização de todo o anally
to. O segundo máximo se dá ã medida em que a plataforma se
aquece e, para o Zn e o Pb, o grafite toma papel ativo na
sua formação. 0 Cu também não é totalmente vaporizado pela
queima, mas como a plataforma de grafite não alcança tempe
ratura suficientemente alta para volatizar o seu oxido, não
há formação do segundo máximo. 0 Hg é totalmente vaporizado
pela queima.
0 grafite apresentou-se ccmo um bem material para a pia
ta forma, não só pelo motivo acima, mas também por ser de fácil
us inabilidade, apresentar baixa contaminação e ser facilmentei
contaminável termicamente, para os elementos de interesse.
.198.
Os efeitos de matriz foram pouco acentuados, espe
cialmente para o Sistema 2. As variações e desvios obtidos
estão dentro do descrito na literatura para a análise dire
ta de sólidos por absorção atômica. Alguns efeitos de ma
triz no Sistema 3 puderam ser superados com o uso da tempe
ratura correta para a célula de absorção ou por alteração
do fluxo de ar. O aumento da temperatura da célula de ab
Borção também leva ã diminuição da radiação de fundo.
0 Sistema 3 pode ser aperfeiçoado pela utilização
de uma célula de atomização com maior temperatura, o que
aumentaria a eficiência deste processo, diminuiria a absor-
ção de fundo e permitiria o uso de maiores massas de amo£
tra. O tubo T com furos ainda não apresenta o seu melhor
desenho, que deve ser individualizado para cada elemento. 0
níquel como material de construção dos tubos ainda apresen-
ta problemas, mas mostrou-se melhor que o quartzo.
Os resultados de concentração obtidos pela técni-
ca, em especial no Sistema 2, corresponderam àqueles certi
ficados para os materiais de referência utilizados,e se cor
relacionaram bem com os obtidos por procedimentos usuais
para amostras reais.
Os limites de detecção obtidos permitem a aplica-
ção da técnica a amostras de interesse ambiental,industrial
ou agrícola.
.199.
APÊNDICE I
CÁLCULO DA TEMPERATURA ESPERADA PARA A PLATAFORMA DE
GRAFITE NO PONTO FOCAL
De acordo com o fabricante das lâmpadas (OSRAM)
um disco de tungstênio, com 3mm de diâmetro, colocado no
foco de uma lâmpada, alcança 1500 C(1773K). Este mesmo aL
vo, colocado no foco de três lâmpadas alcançará a temperatu
ra TS1773/T1 - 273 = 2.060 C(lembrar que, pelas leis de radia
ção de corpo negro, MsaT1*, onde M é a quantidade de ener
gia, o a área do alvo e T a temperatura). A afea total
da plataforma de grafite é de 233mma. Assim, a temperatura
esperada para a plataforma de grafite sob as três lâmpadas é
T = (2.060 + 273) x 7 ~%y- - 273 =
Os cálculos são realizados considerando a plata
forma de grafite como um corpo negro. A diferença entre o
valor experimental (1150°C) e o encontrado (903°C) deve-so,
provavelmente, ã entálpia de combustão do grafite.
.200.
APÊNDICE II
ESTUDO DA HOMOGENEIDADE DO MATERIAL DE REFERÊNCIA
TOMATO LEAVES (CD)
De modo a verificar se as variações associadas
aos resultados eram devidas ã técnica em estudo ou à não homo
geneidade das amostras,resolveu-se, tomando-se Cd em Tomato
Leaves, comparar o valor de HE obtido com o Sistema 3
com o obtido pela análise direta da amostra por absorção
atômica, no forno de grafite, com correção Zeeman. O programa
de temperatura á mostrado na Tabela 43. Fosfato monoãcido de amo
nio foi usado somo modificador.
TABELA 43 - Programa de Temperatura para Determinação de Cd
em Tomato Leaves, com Correção Zeeman.
ETAPA
1
2
3
4
5
Temperatura
(C)
100
150
600
1700
2650
Rampa
(s)
5
20
20
0
1
"Hold"
(s)
25
20
30
3
5
Fluxo
ml.min"
300
300
300
0
300
.201.
O valor de H_ obtido (n=5,W=0,1mg) foi ' de
4,11. Já pela técnica 3,o H_ obtido 'n=8, w=0,15mg) foi de
5,19. A análise da mesma amostra após dissolução com ácido
nítrico SPP levou a um valor de Hp=13,3 (n=10, w=2,0mg). Pa_
ra este último caso, o estudo da variação associada ao
branco (n=10) mostrou desvio-padrão equivalente a 0,05pg/g.
Quando este desvio é descontado, o valor de HE passa a
ser 9,5. A Tabela 44 resume os resultados encontrados.
TABELA 44 - Resultados Relativos ao Estudo de Homogeneidade
do Cd em Tomato Leaves.
TÉCNICA n W CCd,gg/g s
Análise Direta, ZAAS 5 0,1 2,94 0,36 14,99
Análise Direta, Sistema 3 8 0,15 2,94 0,39 26,39
Dissolução Ácida,GEAAS 10 2 3,10 0,26 1,40
Tomando a determinação por ZAAS como referência,
observa-se que a determinação de Cd em Tomato Leaves pelo
Sistema 3 leva a um valor de H_ algo maior, o que indi
ca que os resultados obtidos estão associadas a variações outras
que não â heterogeneidade da amostra. A diferença nos valo
res de H-, para a determinação por ZAAS e pelo Sistema 3 de
termina que este último responde, ele mesmo, por um desvio
padrão relativo de 1,04%, tomando-se massas de 1mg.
.202.
APÊNDICE III
DETERMINAÇÕES DOS ELEMENTOS DE INTERESSE EM DIFERENTES
AMOSTRAS APÓS SOLUBILIZACÃO
a) DETERMINAÇÃO DE Cd, Pb, Cu e Zn EM GRAMA E EM SPINACH
SK-77.
O procedimento é adaptado do de Sperling (120).
Até 5mg» as amostras são pesadas em um frasco Eppendorf de
1,5ml. Adiciona-se 50|il de mistura sulfonítrica (1:3) (spp)
e deixa-se reagir por 1 hora, ã temperatura ambiente. Trans;
fere-se então para a estufa, onde se deixa reagir por 12 ho
ras, a 80 C . AO fim desse período, deixa-se rosfriar, e adi.
ciona-se 1ml de água. Cd, Pb e Cu são determinados no forno
de grafite (STPF), conforme o programa de temperatura mos-
trado na Tabela 45. Zn é determinado na chama, pela técnica
da injeção. Aplicado a Orchard Leaves, foram obtidos os se
guintes valores: C_, = 0,12 jt 0,03 (certificado, 0, 11 _+
0,01); C p b = 47,3 ± 7,1 (certificado, 45 +_ 3); CQu = 11,U
1,6 (certificado, 12 _+ 1). As maiores variações associa
das aos resultados obtidos podem ser explicadas pela peque
na massa utilizada.
b) DETERMINAÇÃO DE Zn EM LEITE EM PÓ.
Atacou-se 300mg de amostra com 6,4ml de mistura
.203.
sulfonitrica (2:1) (sub), em recipiente de teflon, sob pres
são, a 140 C, por 2 horas. Avolumou-se a 25ml. 0 Zn foi
determinado por absorção atômica com chama, pelo método da
injeção. As calibrações contra padrões aquosos e por ad_i
ção-padrão levaram aos mesmos resultados.
C) DETERMINAÇÃO DE Hg EM LAMA DE CLAREAMENTO E EM CELULOSE
HYPHAN
Atacou-se 20mg de amostra com 300pl de HNO3 (sub),
em recipiente de teflon, sob pressão, a 140°C, por 2 horas.
Avol umou-RO a 35ml . O llçj foi determinado íipós redução, nora
ção e amalgamação em ouro por emissão em plasma (MIP).
d) DETERMINAÇÃO DE Cd EM LAMA DE CLAREAMENTO
Atacou-se 20mg com 500pl de HNO3 (sub), em recipi-
ente de teflon, sob pressão, a 140°C, por 2 horas. Avolumou-
se a 20ml. 0 Cd foi determinado no forno de grafite (STPF).
.204,
TABELA 45 - Programas de Temperatura
ETAPA Temperatura
(ORampa
(s)
"Hold"
(s)
Fluxo
1 .min
90
2
3
4
5
200
a
b
2650
10
20
0
1
20
20
20
300
300
300
0
300
20 10 300
ELEMENTO
Cd*
Pb*
Cu
a
700
850
900
b
1600
1900
2300
H como modificador.
.205.
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Tese de Doutorado apresentada por REINALDO CAI.IXTO DE CAMPOS
em 15 de setembro de 1988 ao Departamento de Química da
PUC/RJ, e aprovada pela Comissão Julgadora, formada p*»los
seguintes professores:
ADTLJ5ON JOSÉ CURTIUS-PUC/RJ - ORIENTADOR
IIARALD BERNDT - I SAS / DORTMUND/' RFA - ORIENTADOR
ELIZABETH DE OLIVEIRA - USP
FRANCISCO KRU,G\- CENA, PlfcACICABA
k j/(J J</L:'(Í**f fçCARMEM LÚCIA PORTO DA SILVEIRA - PÜC/RJ
WOLFGANG PFÉIFFER -
Vis to e permit ida a impressão
Rio de J a n e i r o , • / ' / / * A><>
PROF9 DELITA KOILLRRCoordenadora dos Pro'iniiiwin do
t i n ( ' m i l i n ' I ' I ' M H I •••» r I»• 111 1 l 11-i • i l.iruc/iu