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Revolução Francesa, Queda da nobreza, Ascenção do Burgueses, Revolução Industrial - o mundo se ecaminha para Belle Époque.
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HISTÓRIA DA INDUMENTÁRIA E MODA
PROF. ODAIR TUONO
IDADE CONTEMPORÂNEAA ERA DAS REVOLUÇÕES
REVOLUÇÃO FRANCESA
O clero e a nobreza eram as clas-ses mais favorecidas na França do séc. XVIII, a insatisfação com as di-ferenças sociais e o excesso de privilégios desta hierarquia gerou uma revolta popular.
Burgueses, trabalhadores urbanos e campesinos foram responsáveis pe-la transformação do sistema político que chegou ao séc. XIX com a mo-narquia Imperial.
I. A liberdade guiando o povo, séc. XIX. Eugène Delacroix. Museu do Louvre, Paris.
NEOCLÁSSICO
A Revolução Francesa de-cretou um ponto final nos ex-cessos, tornando as roupas práticas e confortáveis com influência da Inglaterra cam-pestre.
O traje masculino adquiriu o caráter de sobriedade. O ca-saco inglês de caça; a calça justa de casimira, botas e go-las altas adornadas por len-ços amarrados garantiam um visual austero e sofisticado.
I. Bonaparte no São Ber-nardo. Séc. XIX. Jacques- Louis David.
NEOCLÁSSICO
A musseline ou cambraia eram os tecidos usados em vestidos de cin-tura alta, logo abaixo do seio.
O aspecto greco-romano é valoriza-do influenciando a vestimenta e o ti-po de cabelo com aspecto despen-teado.
Os complementos para o vestido império eram as luvas longas, o chapéu boneca, os sapatos baixos e o xale de cashemer.
I. Mademoiselles Mollien , 1811.George Rouget. Louvre, Paris.
NEOCLÁSSICO
A roupa feminina do período era o vestido império, enquanto o traje masculino foi influenciado pela cul-tura inglesa.
O estilo que transparecia conforto e sobriedade foi difundido por toda Europa e suas classes dominantes.
Em 1790 a palavra de ordem era despojamento perdurando até 1820 quando o Romantismo entra em ce-na resgatando valores do passado para o traje feminino.
I. Ilustração, John Peacock.
NEOCLÁSSICO
Artistas do período neoclássico:
• Angélica Kauffmann.
• Élisabeth Vigée-Lebrun.
• François Gérard.
• Jacques-Louis David.
• Jean Auguste Dominique Ingres.
• John Martin.
• Louis-Léopold Boilly.
I. Madame. Devauça, séc. XIX. Jean-Auguste Dominique Ingres.
NEOCLÁSSICO
• Entrevista com o Vampiro. (1994, EUA).
• O Conde de Monte Cristo (2002, EUA).
• Napoleão (2002, FRA).
• Orgulho e Preconceito (2005, ING/FRA/EUA).
• Razão e Sensibilidade (1995, EUA /ING).
I. Madame Récamier. François Gérard, 1802.
ROMANTISMO
I. Imperatiz Eugenia e suas damas de honra, 1855. François-Xavier Winterhalter.
ROMANTISMO
No período romântico as mulheres resgatam os valores tradicionais de ostentação, os tecidos podiam exibir estampas de listras ou flores.
A cintura voltou ao local adequado e as saias ganharam volume pelo uso da anáguas, o corpete ajudava no contorno da silhueta que se encami-nhava para uma ampulheta.
O decote aparecia nas roupas para noite em forma de canoa revelando a fragilidade da mulher.
I. Imperatriz Elisabeth da Áustria (Sissi), séc. XIX. François-Xavier Winterhalter.
ROMANTISMO
As mangas bufantes podiam ser curtas ou longas como a manche gigot.
As peças ornamentadas por laços, fitas, babados e flores. Jóias tipo relicários, cruzes, pulseiras, broches e o leque era indispensáveis.
Os chapéus de palha ou cetim eram amarrados sob o queixo, fitas, flores e plumas completavam o acessório.
A moda masculina mantinha sua austeridade e influência inglesa.
I. Ilustração, John Peacock.
ROMANTISMO
O inglês George Bryan Brummel (1778-1840) determinou um estilo de comportamento social que influ-enciou a vestimenta masculina origi-nando o dandismo.
O refinamento na conduta social aliado e roupas justas conferiam o aspecto de arrogância característico do dandy.
Casaco, colete, calça curta ou com-prida deveriam ser impecáveis e o pescoço sempre adornado com len-ço em nós sofisticados.
I. Influência da roupa de caça ingle-sa.
ROMANTISMO
Oscar Wilde (1854-1900). Drama-turgo, escritor e poeta irlandês. Ex-poente da literatura inglesa, tratava com ironia os costumes da época.
"O mundo pode ser um palco, mas o elenco é um horror."
"Viva depressa, morra jovem e seja um cadáver atraente."
"Meus gostos são simples: prefiro o melhor de tudo."
A Importância de ser prudente e O retrato de Dorian Gray fazem parte de suas celebres obras.
I. Oscar Wilde, escritor dandy.
ROMANTISMO
Artistas do período romântico:
• Francisco Goya y Lucientes.
• Eugène de Delacroix.
• François-Xavier Winterhalter.
• William Powell Frith
I. Marquesa de Pontejo, c. 1786. Goya
ERA VITORIANA
Na Era Vitoriana, a Inglaterra viveu o apo-geu da burguesia com as exportações, período da corte da Rainha Alexandrina Vitória que reinou na Inglaterra durante 1837 a 1901.
Foram criados rígidos códigos de postura, durante o reinado, a Inglaterra ficou co-nhecida pela rígida repressão das prá-ticas sexuais, acompanhadas de intensa valorização da vida familiar.
A Rainha Vitória casou-se com o príncipe Albert em 1840, usando um vestido bran-co de renda sobre cetim, sendo a primeira mulher a casar de branco. Após a morte de seu marido, em 1861, a rainha lançou outra moda: passou quase dez anos ves-tindo somente o preto em sinal de luto.
ERA VITORIANA
A Revolução Industrial, ascensão da burguesia e a prosperidade do consumo estabeleceram as regras a partir de 1850.
O volume das saias eram ampliado pelo uso da crinolina feita com aros de metal e crina de cavalo.
Os tecidos utilizados eram sofistica-dos como a seda, cetim, lã, tafetá, brocado, crepe entre outros.
I. Mulheres no Jardim, 1866. Claude Monet. Museu do Louvre, Paris
ERA VITORIANA
O vestuário masculino era comple-tamente oposto ao feminino, exe-cessos e extravagâncias foram dei-xados de lado pela roupa de traba-lho.
O costume era acompanhado pela gravata, cartola e o relógio de bolso, cuja corrente pendia do colete.
A sobriedade era completada pelo uso do bigode ou barba emolduran-do a face do homem de negócios.
I. Londres final do século XVIII.
ERA VITORIANA
No final da era vitoriana o volume das saias ganharam novas propor-ções, se tornando reto na frente e com volume na parte traseira.
As anquinhas garantiam o volume as saias, a cintura era marcada pelo espartilho e muito se evidenciou os vestidos com cauda.
A mulher refletia todo o poder e os-tentação do prospero homem volta-do para o trabalho e a indústria.
I. Ilustração, John Peacock.
• Adoráveis Mulheres (1994, EUA).
• Drácula de Bram Stoker (1992, EUA).
• ... E o Vento Levou (1939, EUA).
• A Liga Extraordinária (2003, EUA).
• Oliver Twist (2005, ING/FRA/IT).
• Van Helsing (2004, EUA).
• Wilde (1997, ING).
I. Retrato de Angelica Schuyler Crosby. EUA.
ERA VITORIANA
ARTES – SÉCULO XIX
Pintores do século XIX.
• Gustave Coubert.
• Édouard Manet.
• Claude Monet.
• Pierre Auguste Renoir.
• Edgar Degas.
• George Seurat.
• Paul Signac.
I. O Bar do Folies-Bergère, 1882. Édouard Manet.
FILMES – SÉCULO XIX
• Anna Karenina (1996, EUA).
• Camille Claude (1988, FRA).
• A Época da Inocência (1993, EUA)
• Um Amor de Swann (1984, FRA/ALE)
• Asas do Amor (1997, ING).
• Titanic (1998, EUA).
I. Cedo demais. James Tissot, 1873. Reine des Centfeuilles.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRIL, Editora. Enciclopédia Multimídia da Arte Universal. São Paulo: Alphabetum Edições Multimídia, 1997.
BRAGA, João. História da Moda: uma narrativa. São Paulo: Editora Anhembi Morumbi, 2004.
BOUCHER, François. A History of Costume in the West. Nova York: Thames and Hudson Ltd., 1987.
LAVER, James. A roupa e a moda uma história concisa. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
PEACOCK, John. The Chronicle of Western Costume. Londres: Thames and Hudson Ltd., 1991.