Pré modernismo e Vanguardas Europeias

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O Pré-Modernismo

• Não foi um movimento literário.

• Só ocorreu no Brasil.

• A proposta de nomear alguns autores não enquadradosem estéticas anteriores .

O Início > 1902 – “Canaã”, de Graça Aranha e “OsSertões”, de Euclides da Cunha.

O Pré-Modernismo

As Características

• A crítica social > o Brasil não oficial.

• A análise científica.

• O caráter regional.

•Os tipos humanos marginalizados.

• A linguagem diversificada.

Os Sertões

I) A Terra: levantamento geográfico –vegetativo – hidrgráfico – climático > seca –fome – tragédia.

II) O Homem: análise determinista - “O sertanejoé, antes de tudo, um forte.” > rude – violento– fanático.

III) A Luta: o cerco de Canudos – as expedições - adenúncia do massacre.

Monteiro Lobato

I) O retrato do Vale do Paraíba(economia – cultura – decadencia – descaso).

I) A preocupação com a linguagem coloquial.

II) A postura nacionalista(desenvolvimento – progresso).

Monteiro Lobato

Jeca Tatu

I) O caboclo parasita.

II) O símbolo do atraso nacional.

III) Falta de comunicação: “De pé ou sentado, asideias se lhe entramam, a língua emperra e não háde dizer coisa com coisa.”

IV) Alienação: “O fato mais importante de sua vidaé, sem dúvida, votar no governo.

I) Fatalismo: “Todo o inconsciente filosofar docaboclo grulha nessa palavra atravessada defatalismo e modorra. Nada paga a pena. Nemculturas, nem comodidades. De qualquer jeito sevive.”

II) Preguiça: “Nada o esperta. Nenhuma ferrotoadao põe de pé. Social, como individualmente, emtodos os atos da vida, Jeca, antes de agir,acocora- se.”

AS VANGUARDAS EUROPEIAS

O FUTURISMO – de Marinetti

I) a ruptura com o passado.

II) o apego à velocidade.

III) o progresso – desenvolvimento.

I) a abolição de adjetivos e advérbios.

II) a dupla substantivação.

Manifesto Futurista

I) Queremos cantar o amor do perigo, o hábito da

energia e da temeridade.

II) A coragem, a audácia e a rebelião serão

elementos essenciais da nossa poesia.

III) Até hoje a literatura tem exaltado a imobilidade

pensativa, o êxtase e o sono. Queremos exaltar o

movimento agressivo, a insônia febril, a

velocidade, o salto mortal, a bofetada e o murro.

I) Já não há beleza senão na luta. Nenhuma

obra que não tenha um caráter agressivo

pode ser uma obra prima.

II) Queremos glorificar a guerra - única higiene

do mundo -, o militarismo, o patriotismo, o

gesto destruidor dos anarquistas, as belas

ideias pelas quais se morre e o desprezo da

mulher.

III) Queremos destruir os museus, as bibliotecas,

as academias de todo o tipo, e combater o

moralismo, o feminismo e toda vileza

oportunista e utilitária.

Ode Triunfal

À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da

fábrica

Tenho febre e escrevo.

Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza

disto,

Para a beleza disto totalmente desconhecida dos

antigos.

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!

Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!

(...)

Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos

modernos,

De vos ouvir demasiadamente de perto,

O CUBISMO de Apollinaire

I) o aproveitamento espacial do texto.

II) uso de formas geométricas.

III) quebra da linearidade.

O DADAÍSMO de Tristan Tzara

a vanguarda mais radical.

o niilismo temático.

o caos poético.

a anti-arte.

a distribuição aleatória das palavras.

hípica

Saltos records

cavalos da penha

correm jóquéis e higienópolis

Os magnatas

As meninas

E a orquestra toca chá

Na sala de cocktails

Oswald de Andrade

Poema Dadaísta

Receita para fazer um poema dadaísta:

Pegue num jornal.

Pegue na tesoura.

Escolha no jornal um artigo do tamanho que você

deseja dar ao poema.

Recorte o artigo.

Recorte em seguida, com atenção, algumas palavras

que formam esse artigo e mete-as num saco.

Agite suavemente.

Tire em seguida cada pedaço um após o outro.

Copie conscienciosamente na ordem em que as

palavras são tiradas do saco.

E assim temos um escritor infinitamente original e de

sensibilidade fascinante, mesmo que

incompreendido.

(Tristan Tzara)

O SURREALISMO de André Breton

I) o projeção do inconsciente.

II) a fantasia – o sonho – a loucura.

III) a fusão da realidade vivida e da realidade

pensada.

IV) o non sense.

V) a escrita automática.

A obra criativa não

somente alarga o universo,

como também enriquece e

expande o homem

interiormente.

Salvador Dali

A 1ª FASE (1922 – 1930)

Combate - Ruptura - DestruiçãoA Fase Nacional > o nacionalismo crítico – um olhar sobre o passado.

MODERNISMO > A ARTE SEM REGRAS

• O Radicalismo

• O Anarquismo – “Não sabemos o que queremos. Sabemos discernir o que não queremos.”

• O Perfil Iconoclasta – a destruição de valores.

• A Presença do Cotidiano - a poética do dia-a-dia.

• O Coloquialismo da linguagem – a elevação da fala coloquial brasileira à categoria de valor literário.

• A Liberdade de Expressão - o uso dos versos livres e brancos.

• A busca pela Originalidade

• A Paródia

• A Simplicidade

• Influências parnasianas e simbolistas.

• Concilia a agitação revolucionária com a herança tradicional.

• Simplicidade temática.

• Pureza da infância.

• Amargura - tristeza

Manuel Bandeira

Desencanto

Eu faço versos como quem choraDe desalento... de desencanto...Fecha meu livro, se por agoraNão tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...Tristeza esparsa... remorso em vão...Dói-me nas veias. Amargo e quente,Cai, gota a gota do coração.

E nestes versos de angústia roucaAssim dos lábios a vida corre,Deixando um acre sabor na boca,Eu faço versos como quem morre.