Estrutura geológica 2010

Preview:

Citation preview

         INTRODUÇÃO• Geologia é a ciência que estuda a história física da Terra, sua origem, os materiais que a compõem e os fenômenos naturais ocorridos durante as várias eras e períodos da escala geológica terrestre. 

• A geologia enquanto ciência se propõem a: 1.Descrever as características do Interior e da superfície da terra, em várias escalas. 2.Compreender as razões de ordem física e química que levaram o planeta a ser tal como o observamos. 

3.Definir de maneira adequada a utilização dos materiais e fenômenos geológicos como fonte de matéria-prima e energia para melhoria da qualidade de vida da sociedade.

4.Resolver os problemas ambientais causados anteriormente e estabelecer critérios para evitar futuros danos ao meio ambiente, nas várias atividades humanas.

5.Valorizar a relação entre o ser humano e a natureza.

ESTRUTURAESTRUTURA    GEOLÓGICAGEOLÓGICA    DADA    TERRATERRA

A história geológica da Terra iniciou-se há A história geológica da Terra iniciou-se há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, na era aproximadamente 4,5 bilhões de anos, na era Pré-Cambriana. A partir do resfriamento Pré-Cambriana. A partir do resfriamento superficial do magma, consolidaram-se as superficial do magma, consolidaram-se as primeiras rochas, por isso chamadas primeiras rochas, por isso chamadas magmáticas ou igneas (do radical latino magmáticas ou igneas (do radical latino ignis, ignis, que da idéia de fogo). A cristalização dos que da idéia de fogo). A cristalização dos minerais e as transformações da estrutura minerais e as transformações da estrutura molecular das rochas deram origem a estruturas molecular das rochas deram origem a estruturas geológicas compostas de rochas magmáticas, as geológicas compostas de rochas magmáticas, as quais denominamos quais denominamos escudos cristalinoescudos cristalino..

Formou-se, assim, a litosfera (do radical grego litbos, que significa pedra ou rocha ou crosta terrestre primitiva).

A liberação de gases decorrente do resfriamento originou a atmosfera, responsável pela ocorrência das chuvas e pela formação de lagos e mares nas depressões preenchidas pela água.

A liberação de gases decorrente do resfriamen- to originou a atmosfera, responsável pela ocorrência das chuvas e pela formação de lagos e mares nas depressões preenchidas pela água.

Assim, iniciou-se a ação do intemperismo ou decomposição química das rochas, processo responsável pela formação dos solos e consequente início da erosão.

• As partículas minerais que compõem os solos transportadas pela água, dirigem-se aos lagos e mares, onde a pequena velocidade de escoamento da água possibilita a sedimentação. Ao longo de milhões ou mesmo bilhões de anos, essas depressões foram preenchidas com sedimentos, constituindo as bacias sedimentares, áreas relativamente planas, independentes da altitude. Nessas bacias, são encontradas rochas formadas pela compactação física e química de partículas minerais, denominadas rochas sedimentares.

TECTôNICA  DE  pLACAS          Atualmente, a crosta terrestre é constituída por cerca de doze placas tectônicas, que ficam literalmente boiando em cima do magma pastoso. Há milhões de anos, quando se iniciou sua movimentação, devia haver menos placas. Ao moverem-se em vários sentidos, pelo fato de o planeta ser esférico, as placas acabaram se encontrando em determinados pontos da crosta e dando origem aos dobramentos modernos, aos terremotos, etc. A palavra tectônica deriva do radical grego tektoniké “ arte de construir”.

Assim, ao se movimentarem sobre o magma, desde o final da era Mesozóica, as placas acabaram por se “chocar” em certos pontos, o que determinou, ao longo de milhares de anos, alterações no relevo. Na faixa de contato entre as placas, seja na zona de formação, em geral nas dorsais oceânicas, ou de destruição, em geral no contato do oceano com o continente, a crosta é frágil, o que permite o escape de magma, originando os vulcões e, em função do atrito, há ocorrência de abalos sísmicos.

• As placas oceânicas (sima) são pesadas e densas e, tendem a mergulhar sob as placas continentais (sial). Esse fenômeno, conhecido como subducção, dá origem às fossas marinhas ou regiões abissais e ocorre onde há o encontro das placas. Quando a placa oceânica mergulha em direção ao manto, é destruída. Já a placa continental, com a pressão exercida pela placa oceânica que é justamente nessas porções mais sensíveis da crosta onde ocorrem, desde pelo menos a era Mesozóica, os movimentos orogenéticos (do grego oros, que quer dizer “montanha”).

• É onde surgiram as grandes cadeias montanhosas do planeta, formadas pelo enrugamento, pelo soerguimento ou pelo dobramento de extensas porções da crosta.

• Como esse fenômeno é relativamente recente na história do planeta (ocorreu no fim da era Mesozóica e início da Cenozóica, no período Terciário), convencionou-se denominá-lo de dobramento moderno. Assim, as cadeias dobradas recentemente, como os Andes, o Himaláia, as Rochosas, os Alpes, etc., apresentam elevadas altitudes e forte instabilidade tectônica. instabilidade tectônica.

etc., apresentam elevadas altitudes e forte instabilidade tectônica. Por serem relativamente recentes, acham-se pouco desgastadas e, como ainda estão em construção, tornam-se sujeitas à ação de terremotos e vulcões. Podemos concluir que, quanto à origem, existem três tipos principais de províncias geológicas no planeta: escudos cristalinos, bacias sedimentares e dobramentos modernos.

Os escudos pré-cambrianos apresentam disponibilidade de minerais metálicos (ferro, manganês, ouro, bauxita, etc.), sendo, por isso, bastante explorados economicamente. Já nos escudos paleozóicos encontram-se minerais não-metálicos (cimento, gesso, etc.). Nos dobramentos modernos, o terreno soerguido pelo movimento das placas pode conter qualquer tipo de minério.

• As bacias sedimentares são depressões do terreno, preenchidas por fragmentos minerais de rochas erodidas e por sedimentos orgânicos, que no tempo geológico podem transformar-se em combustíveis fósseis.

• No caso do soterramento de antigos ambientes aquáticos, ricos em plâncton, é possível encontrar petróleo. Já no caso do soterramento de antigas florestas, há a possibilidade de ocorrência de carvão mineral. As principais reservas petrolíferas e carboníferas do planeta datam, respectivamente, das eras Mesozóicas e Paleozóicas. Assim, as bacias sedimentares são importantes províncias onde podem ocorrer combustíveis fósseis de origem orgânica: petróleo, carvão mineral e xisto betuminoso.

• A estrutura geológica brasileira é constituída por bacias sedimentares (64%) e escudos cristalinos (36%). Por encontrar-se no meio da placa tectônica sul-americana, o Brasil não possui cadeias montanhosas ou dobramentos modernos. Os escudos cristalinos foram muito desgastados pela erosão, apresentando altitudes modestas e formas arredondadas.

• Nosso país é muito rico em recursos minerais metálicos, principalmente nos 40% do território formados por escudos da era Proterozóica. Embora extensas, as bacias sedimentares continentais são pouco exploradas economicamente, apresentando pequena produção de petróleo. As bacias carboníferas do Sul do país, em

ESTRUTURA GEOLÓGICA BRASILEIRA

A estrutura geológica brasileira é constituída por bacias sedimentares (64%) e escudos cristalinos (36%). Por encontrar-se no meio da placa tectônica sul-americana, o Brasil não possui cadeias montanhosas ou dobramentos modernos. Os escudos cristalinos foram muito desgastados pela erosão, apresentando altitudes modestas e formas arredondadas.

O Brasil é muito rico em recursos minerais metálicos, principalmente nos 40% do território formados por escudos da era Proterozóica.

Embora extensas, as bacias sedimentares continentais são pouco exploradas economicamente, apresentando pequena produção de petróleo. As bacias carboníferas do Sul do país, em estágios inferiores de transformação geológica, produzem carvão com menor valor energético que as bacias carboníferas do hemisfério norte. Na plataforma continental, a alguns quilômetros da costa, explora-se petróleo em quantidades significativas. Destaca-se a bacia de Campos, no litoral norte do estado do Rio de Janeiro, responsável por aproximadamente 60% da produção nacional, em 1994. o Brasil dispõe de uma das mais avançadas tecnologias de exploração petrolífera em águas profundas,

Relevo

• O relevo de todas as partes do mundo, assim como o relevo brasileiro, apresenta saliências e depressões oriundas das eras geológicas passadas. Estas saliências e depressões conhecidas como acidentes de primeira ordem configuram as montanhas, planaltos, planícies e depressões; além desses acidentes existem outros menores: as chapadas, as cuestas e as depressões periféricas.

• Montanhas

Grande elevação de terreno formada por ação de forças tectônicas. Originam-se a partir de dobras, falhas ou vulcões; quanto à idade, podem ser antigas, como as serras do Mar e da Mantiqueira, ou recente, como a Cordilheira dos Andes, dos Alpes e do Himalaia.

• Planaltos Superfície mais ou menos plana e elevada em relação às áreas próximas, delimitadas por escarpas; o processo de desgaste supera o de deposição de materiais.

• Planícies Superfície mais ou menos plana, de natureza sedimentar, predominando os processos de deposição de sedimentos. Existem dois tipos de planícies: as costeiras (junto ao litoral) e as continentais (interior dos continentes).

• Depressões absolutas Porções do relevo mais baixas que o nível do mar; no Brasil não há ocorrência deste tipo de depressão; porém, existem as depressões relativas, mais baixas em relação às terras próximas e acima do nível do mar.

• Chapadas Planalto de rochas sedimentares apresentando topografia tabular.

• Cuestas Presentes no planalto Meridional. São formas assimétricas de relevo, formadas pela sucessão alternada de camadas rochosas cuja resistência varia de acordo com o desgaste.

• Depressões periféricas São áreas deprimidas formadas pelo contato entre terrenos sedimentares e massas cristalinas. São comuns nos planaltos brasileiros.

• Estes acidentes resultaram da ação de dois tipos de agentes ou fatores do relevo.

• De origem interna (vulcanismo, tectonismo e abalo sismico).

• De origem externa (água corrente, temperatura, chuva, vento, geleiras, seres vivos).

• Tradicionalmente, o relevo brasileiro divide-se tomando como base duas classificações: de Aroldo de Azevedo e de Aziz Ab'Saber.

• Aroldo de Azevedo:

• Planaltos1.das Guianas 2.Brasileiro, subdividido em: - Atlântico - Central - Meridional

• Aziz Ab'Saber:

• Planaltos 1.das Guianas, engloba a região serrana e o planalto Norte-Amazônico 2.Brasileiro, subdividido em: - Central - Meridional - Nordestino - Serras e planaltos do Leste e Sudeste - do Maranhão-Piauí - Uruguaio-Rio-grandense

• Aroldo de Azevedo:

• Planícies 1.Amazônica2.do Pantanal3.Costeira

• Aziz Ab'Saber:

• Planícies 1.Planícies e terras baixas amazônicas2.Planícies e terras baixas costeiras3.Planície do Pantanal

• Após o descobrimento de todas as potencialidades terrestres e brasileiras, oriundas das transformações ocorridas durante as diversas eras geológicas, passou-se a estudar os sítios arqueológicos, as cavernas e demais “monumentos” surgidos no Brasil. Após o descobrimento de todas as potencialidades terrestres e brasileiras, oriundas das transformações ocorridas durante as diversas eras geológicas, passou-se a estudar os sítios arqueológicos, as cavernas e demais “monumentos” surgidos no Brasil

• 01. (Utfpr) Verifique a figura a seguir e identifique as camadas da Terra que ela representa e, na seqüência, identifique qual das alternativas traz a associação correta dessas camadas.

• A) I - Núcleo interno, II - Núcleo externo, III – Manto e IV - Crosta.

• B) I - Núcleo interno, II - Manto, III - Núcleo externo e IV - Crosta.

• C) I - Crosta, II - Núcleo externo, III - Manto e IV - Núcleo interno.

• D) I - Núcleo externo, II - Núcleo interno, III – Manto e IV - Crosta.

• E) I - Crosta, II - Manto, III - Núcleo externo e IV – Núcleo Interno.

• 03. (Udesc) Atualmente a crosta terrestre é constituída por cerca de doze placas tectônicas, que ficam literalmente boiando em cima do magma pastoso. Há milhões de anos, quando se iniciou sua movimentação, devia ter menos placas. Ao se moverem em vários sentidos, pelo fato de o planeta ser esférico, as placas acabaram se encontrando em determinados pontos da crosta e dando origem aos dobramentos modernos, aos terremotos, etc.

• Assinale a alternativa que contém o nome da placa tectônica sobre a qual o Brasil está situado.

• A) Placa de Cocos D) Placa Antártica.B) Placa de Nazca E) Placa do Pacífico.C) Placa Sul-Americana

• 02. (UERN) Os conhecimentos sobre a estrutura da Terra permitem afirmar:

• A) O Sial é a sua parte mais externa e é assim denominada pela presença predominante dos minerais silício e alumínio.

• B) O Sima é a parte que vem após o sial e é a camada onde predominam as rochas sedimentares, além do silício e do magnésio.

• C) O magma está situado na litosfera e é constituído por materiais sólidos.

• D) O núcleo da Terra é predominantemente formado por silício e níquel.

• E) O núcleo é a parte menos densa, em razão da alta temperatura.

• 03. (U.E. Londrina PR) Recentemente, o perigo dos terremotos voltou a lembrar ao homem que a base rochosa na qual vive é apenas aparentemente imóvel. Como exemplos de formas de relevo que demonstram a vitalidade e a dinâmica dos agentes internos, pode-se destacar:

• A) As planícies centrais dos Estados Unidos.• B) Os planaltos e chapadas do Brasil central.• C) As cordilheiras do oeste do continente americano.• D) Os desertos e chapadas do continente africano.• E) As planícies siberiana e caucasiana na Rússia.