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FACULDADE DE ECONOMIA
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
Reabilitação dos Espaços Urbanos que mantêm relação directa com o
Rio Mondego
Ana Andrade
Coimbra, 2011
FACULDADE DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
2011/2012
Ficha Técnica
Título do trabalho:
Reabilitação dos espaços urbanos que mantêm relação directa com o Rio Mondego
Disciplina:
Fontes de Informação Sociológica
1º Ano da Licenciatura em Sociologia
Professor orientador:
Doutor Paulo Peixoto
Trabalho realizado por:
Ana Cláudia Monteiro Andrade
Aluna nº 2008028635
Imagem da capa consulta em:
http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://img.mundi.com.br/images/Coimbra‐photo3775‐5.jpg&imgrefurl=http://ghimos.blogspot.com/&usg=__Pho50CKVfEsyPZM2‐5UhKaZXcQQ=&h=366&w=494&sz=40&hl=pt‐PT&start=45&zoom=1&tbnid=_ox582ZLvYVdsM:&tbnh=96&tbnw=130&ei=3F26TuGlBOnh4QSB3tmSCA&prev=/images%3Fq%3Dcoimbra‐%2Brio%2Bmondego%26start%3D42%26hl%3Dpt‐PT%26sa%3DN%26gbv%3D2%26tbm%3Disch&itbs=1
Coimbra, 2011
Índice
1. Introdução ....................................................................................................................... 1
2. Reabilitação dos Espaços Urbanos que mantêm relação directa com o Rio Mondego .. 2
2.1.Reabilitação Urbana ............................................................................................ 2
2.1.1. Uma breve noção de Reabilitação Urbana ................................................ 2
2.2. Enobrecimento dos espaços urbanos ligados ao Rio Mondego ........................ 4
2.2.1. Contextualização de Enobrecimento dos Espaços Urbanos ...................... 4
2.2.2. Classificação dos Espaços Urbanos do Rio Mondego ................................ 5
2.3. Reabilitação Urbana: Programa Polis Coimbra .................................................. 7
2.3.1. Plano do Pormenor do Parque Verde do Mondego .................................. 8
2.3.2. Plano do Pormenor do Eixo da Portagem .................................................. 9
2.4. Descrição detalhada da pesquisa ....................................................................... 10
3. Ficha de leitura ................................................................................................................ 12
4. Avaliação da página da Internet ...................................................................................... 15
5. Conclusão ........................................................................................................................ 17
6. Referências bibliográficas ............................................................................................... 18
Anexo A
Texto de suporte da ficha de leitura Rubino, Silvana, 2009, "Enobrecimento Urbano", in Carlos Fortuna e Rogério Proença Leite (orgs.),
Plural de cidade: novos léxicos urbanos. Coimbra, Almedina, pp. 25‐40.
Anexo B
Página da Internet avaliada
1. Introdução
Dos vários temas de trabalho propostos em torno do tema da água e do rio Mondego,
para a realização do trabalho de avaliação contínua no âmbito da cadeira de Fontes de Informação
Sociológica, decidi centrar o meu trabalho numa problemática específica como a reabilitação
urbana, mas envolvendo‐a ao tema central. Assim escolhi tratar a reabilitação dos espaços
urbanos que mantêm relação directa com o Rio Mondego. Esta escolha deve‐se ao facto de o tema
inicial ser muito vasto e complexo, daí a necessidade de me centrar num tema específico, mas
também ao facto de me despertar interesse nesta temática.
Este trabalho focaliza o lado da reabilitação urbana e a relação desta com o rio Mondego.
Assim, na primeira parte do trabalho que se fundamenta no estado das artes, correspondendo ao
desenvolvimento, decidi dividi‐lo em sub‐temas: “Reabilitação Urbana”; “Enobrecimento dos
espaços urbanos ligados ao Rio Mondego” e “Reabilitação Urbana: Programa Polis Coimbra”.
Deste modo, darei início ao trabalho começando por dar uma breve noção de Reabilitação
Urbana, referindo o significado e a forma como o conceito tem sido encarado e abordado desde a
sua existência até aos dias de hoje. De seguida irei reflectir e contextualizar o enobrecimento dos
espaços urbanos, explicando em que consiste. Segue‐se a classificação dos espaços urbanos do rio
Mondego. Neste ponto irei abordar as características dos espaços do Rio Mondego e a sua
consequente classificação. Acabarei este trabalho expondo o programa Polis Coimbra, que assenta
num projecto de reabilitação urbana junto aos espaços do Rio Mondego, onde se analisa os
objectivos e as intervenções deste projecto.
Após isto, exponho o meu processo de pesquisa e apresento a ficha de leitura do capítulo
do livro seleccionado, que espelha um dos assuntos abordados neste trabalho.
Termino com a avaliação de uma página da Internet escolhida por mim e com uma
conclusão sobre o tema.
2
2. Reabilitação dos Espaços Urbanos que mantêm relação directa com o Rio
Mondego
2.1 Reabilitação Urbana
2.1.1 Uma breve noção de Reabilitação Urbana
A reabilitação urbana é actualmente um tema incontornável quer se fale de conservação e
defesa do património, de desenvolvimento sustentado, de ordenamento do território, de
qualificação ambiental ou de coesão social. É cada vez mais uma fórmula para a intervenção e o
desenvolvimento das zonas desprezadas e maltratadas pelo processo de urbanização. O termo é
assim usado em operações de natureza urbanística, arquitectónica e de intervenção no espaço
público. (Peixoto, 2009:41/42)
A Carta de Lisboa sobre a Reabilitação Urbana Integrada, documento este elaborado no
âmbito do “Primeiro Encontro Luso‐Brasileiro de Reabilitação Urbana” (1995) expõe, na alínea b)
do artigo 1 que a reabilitação urbana:
“É uma estratégia de gestão urbana que procura
requalificar a cidade existente através de intervenções múltiplas
destinadas a valorizar as potencialidades sociais, económicas e
funcionais a fim de melhorar a qualidade de vida das populações
residentes; isso exige o melhoramento das condições físicas do
parque construído pela sua reabilitação e instalação de
equipamentos, infra‐estruturas, espaços públicos, mantendo a
identidade e as características da área da cidade a que dizem
respeito”. (IGESPAR, s.d.)
Este mesmo conceito é estudado pelo autor Vítor Matias Ferreira,
“Trata‐se de uma certa generalização da ideia de
“reabilitar”, não já certas zonas do espaço urbano consolidado,
mas amplas áreas, entretanto desactivadas das suas funções
dominantes anteriores, como é o caso paradigmático dos espaços
3
que atravessaram processos de desindustrialização”. (Ferreira,
2001)
O conceito de reabilitação urbana emerge, nestes termos, da política de salvaguarda do
património cultural mas rapidamente ultrapassa esse âmbito em resposta aos novos desafios de
âmbito social, cultural, económico e ambiental. Pretende demarcar‐se da renovação urbana que
se fundamenta numa política de destruição e substituição da cidade existente. (Ferreira, 2001:27)
Da preocupação com a restauração do monumento, passou‐se à reabilitação de áreas
urbanas históricas e destas a todas as áreas degradadas da cidade. Actualmente já se encara a
reabilitação não como uma intervenção em áreas específicas mas como um processo de gestão e
manutenção de todo um tecido urbano. Ao mesmo tempo que deu um alargamento do âmbito
físico de actuação, deu‐se também um alargamento do próprio conceito de reabilitação e dos
objectivos que esta deve atingir, passando as intervenções a integrar outras dimensões (social,
cívica, económica, entre outras). Esta evolução revelou‐se na multiplicidade de nomes que as
intervenções foram adquirindo com o objectivo de evidenciar um novo enfoque, ou um novo tipo
de abordagem ao problema da reabilitação (reabilitação, requalificação, regeneração,
revitalização, gentrification/enobrecimento).
Devido à sua rápida evolução e à crescente complexidade, o conceito de reabilitação
urbana é usado muitas vezes de forma equívoca e simplificadora, o que leva à promoção de
intervenções supostamente de reabilitação urbana que estão longe de incorporar os princípios e
objectivos subjacentes à mesma. (Ferreira, 2001)
Portanto, reabilitação urbana corresponde a uma estratégia de gestão urbana baseada em
intervenções de diferente natureza orientadas para a conservação da identidade e das
características dos sectores reabilitados (Sirchal apud Peixoto, 2009:44).
Reabilitação urbana resume‐se em orientações que são tomadas “tendo em vista conferir
a uma cidade as suas qualidades perdidas, a sua dignidade, assim como a sua aptidão a
desempenhar uma função social”. (Calsat apud Peixoto, 2009:45) O objectivo da reabilitação
urbana procura reparar um património arquitectural e urbano que, tendo sido durante muito
tempo desprezado, viu recentemente ser‐lhe dirigidas acções de revalorização económica, prática
e/ou estética. (Merlin e Choay apud Peixoto, 2009:45)
A reabilitação possui uma via que a aproxima da sociabilidade, de tempos e de espaços
perdidos. Ela parece transportar e fazer‐se transportar por um invulgar desejo de transformação
4
da realidade no sentido de configurar um futuro promissor. Oscilando entre a paixão pelo
passado, o desencanto pelo presente e a confiança no futuro. (Peixoto, 2009:49)
2.2. Enobrecimento dos espaços urbanos ligados ao Rio Mondego
2.2.1. Contextualização de Enobrecimento dos Espaços Urbanos
O processo de enobrecimento em espaços urbanos reabilitados é “ (…) a capacidade de
dominar um espaço apropriando‐se de bens raros que se encontram nele distribuídos e depende
do capital que se possui, e mais: o espaço físico permite que o espaço social produza ali todos os
seus efeitos, possibilitando a acumulação de capital social (…) ”. (Rubino, 2009:30)
Para Silvana Rubino enobrecimento é cada vez mais um fenómeno que ocorre em diversas
cidades considerando‐o num fenómeno global, porque segundo esta autora, o termo “remete
para os novos nobres que ocupam espaços urbanos, deixando ali seu nome e suas marcas”.
(2009:37‐38)
Enobrecimento urbano significa o resultado cruzado da renovação arquitectónica e infra‐
estrutural de espaços urbanos anteriormente degradados e decadentes e da alteração da natureza
social dos seus novos residentes. (O’Connor e Wynne, 2001)
Relativamente ao espaço urbano, este pode ser abordado sob diversos aspectos, tais
como o do urbanismo (planeamento do espaço), da percepção (sentimentos, valores e atitudes
dos habitantes em relação ao espaço coabitado), ou por meio do estudo das ligações entre a
forma espacial e a estrutura social, as funções urbanas e os seus processos de produção. (Corrêa
apud Carli, 2008)
Define‐se como espaço urbano, de acordo com a Enciclopédia Livre Wikipedia, “o local nas
cidades onde se desenvolvem as actividades de interacção humana”. (Wikipedia, 2011) Nesse
sentido, como afirma a autora Pellegrin (2004), “o espaço em que vivemos é social, político e
económico, uma vez que as relações de poder que se estabelecem sobre ele acabam por
determinar não apenas o desenho, mas também o uso que se faz dele”. Logo, os espaços urbanos
são locais onde a comunidade se expressa, convive, e interage, contribuindo para a valorização da
cultura, porque o que define a finalidade e uso do mesmo são os interesses da sociedade,
confinados pela esfera pública. (Carli, 2008)
5
Justamente o processo de enobrecimento dos espaços urbanos usa a cultura para o
desenvolvimento do turismo como instrumento de revitalização urbana. (Vaz e Jacques apud
Gagliardi, 2009) As actividades turísticas são politicamente encaradas como uma possibilidade de
revitalização e desenvolvimento social e económico dos espaços urbanos, assumindo uma
importância em cidades como o caso de Coimbra, cujos centros históricos vêm a sofrer alguma
desvitalização, fruto do afastamento de algumas das suas funções principais. Mas, apesar de as
actividades relacionadas com o sector turístico não se revelarem determinantes na economia da
cidade, o turismo não deixa de representar uma estratégia importante nas políticas públicas, tal
como revelam os projectos recentes de intervenção urbana. (Gomes, 2008:73)
O turismo é portanto, uma via na qual se abre uma nova oportunidade aos espaços, uma
vez que o interesse político na actividade é crescente, proporcionando maior desenvolvimento.
Zukin expõe a relação existente entre as operações dos novos grupos de especialistas da
cultura, a promoção do consumo e o enobrecimento urbano da cidade: a cultura abre novos
espaços para o consumo e assim aumenta os valores do mercado e, em simultâneo procura
conservar os valores desse espaço. (Zukin apud O’Connor e Wynne, 2001:191) Suposto isto, a sua
influência nos espaços urbanos transforma‐os em cidades baseadas no comércio e no lazer
contando com o consumo de um mercado de elite associado a um elevado investimento cultural.
Assim, a disposição, diversidade e o tratamento dos espaços urbanos define a cultura e os
valores da sociedade em que estão inseridos. De tal modo, o espaço possui importância por se
caracterizar como espaço de encontro, de convívio, lugar de práticas culturais, de criação, de
transformações e de diversas vivências. (Franchini, 2008)
Simplificando, os desenvolvimentos mais recentes na indústria turística dão‐se no sentido
da valorização crescente das atracções culturais e lúdicas e no alargamento do universo da cultura
para a incorporação de um número crescente de elementos numa experiência que se pretende
cultural. (Gomes, 2008:58)
2.2.2. Classificação dos Espaços Urbanos do Rio Mondego
Coimbra é uma cidade espectadora face ao seu rio Mondego, que é encarado de distintas
formas: “ (…) ora pela beleza que as suas margens oferecem, ora pelo alimento das terras que o
envolvem, ora por ser cantado pelos estudantes e servir de inspiração aos poetas da cidade. Mas,
6
também, simplesmente devido ao aspecto da cidade que se ergueu no cimo de uma colina sobre
ele. Para além da referência ao rio e ao passeio agradável que as suas águas proporcionam”.
(Gomes, 2008:71)
O rio Mondego em todo o seu redor, “ (…) é um espaço que está longe de ser monótono e
que nem sempre é tão "baixo" como a sua designação pode querer expressar”. Pelas diferentes
morfologias, solos, coberturas vegetais e respectivos aproveitamentos humanos, impõe o
aparecimento de uma grande pluralidade de imagens paisagísticas. (Soares et al. apud Almeida,
1999:181)
Na cidade de Coimbra, o enobrecimento dos espaços urbanos ligados ao rio Mondego cria
inúmeras possibilidades de o turismo se instalar. Isto porque, conforme mencionado atrás: o
processo de enobrecimento dos espaços urbanos usa a cultura para o desenvolvimento do turismo
como instrumento de reabilitação urbana. (Vaz e Jacques apud Gagliardi, 2009)
Como aborda Carlos Fortuna, sobre a cidade de Coimbra, “a ‘indústria’ do turismo
objectifica e mercadoriza as cidades e os monumentos, a natureza e as paisagens, os costumes e
os sentimentos”. (Fortuna apud Gomes, 2008:57) Assim, seguindo esta linha de pensamento, os
espaços urbanos são seleccionados de acordo com a sua funcionalidade para a população. Dessa
forma, podem ser classificados como: espaço de lazer, espaço de arte, espaço de cultura e espaço
de eventos. (Franchini, 2008) Apesar de serem distribuídos em categorias, estas são interligadas,
possibilitando que um espaço pertença a mais de uma categoria. E é esta mesma classificação que
se encontra nos espaços urbanos ligados ao rio Mondego em Coimbra.
Ao analisar a área das margens do rio constata‐se que a margem direita do rio Mondego,
vulgarmente conhecida por Parque Verde do Mondego, é um espaço urbano dedicado ao lazer.
Para Franchini (2008) os espaços de lazer são direccionados para as actividades de lazer, ou
lúdicas. Segundo Pellegrin (2004) são “construídos com a finalidade de abrigar actividades e
programas de lazer”. De acordo com a mesma autora, são classificados como espaços de lazer os
clubes, ginásios, centros culturais, piscinas, cinemas, parques, bibliotecas, centros desportivos,
teatros, museus, entre outros. E são precisamente alguns destes que se encontram neste parque,
como por exemplo, Pavilhão Centro de Portugal (espaço museológico da cidade); pavilhão com
exposições temporárias; parque infantil; actividades de desporto e lazer, entre outros.
Como espaços de arte, são considerados aqueles em que acontecem a produção de arte
ou a exibição de produções ou exposições artísticas. E os espaços de cultura são aqueles onde
ocorre produção ou exposição de cultura, como teatro, cinema, museus, centros culturais, etc. O
7
principal objectivo desses espaços é difundir a arte e a cultura entre os moradores de uma cidade
através de exposições. (Franchini, 2008) É também nesta margem direita que se pode classificar os
espaços, de arte e de cultura porque neles se encontra o Pavilhão com exposições temporárias
como também o Pavilhão Centro de Portugal.
Por fim, nos espaços de evento são realizados eventos de forma a promover o espaço, mas
em alguns casos, o objectivo principal é apenas oferecer espaço físico para a realização de diversos
eventos de carácter lúdico/lazer, como feiras, concertos musicais, festivais de dança e
campeonatos desportivos. (idem) Este tipo de espaço também se encontra na margem direita pois
ocorre diversos eventos musicais e desportivos.
A margem esquerda do rio Mondego é um espaço dedicado à exploração do rio em canoa
e em outras embarcações. Deste modo, o espaço é classificado por espaço de lazer e de evento.
2.3. Reabilitação Urbana: Programa Polis Coimbra
O objectivo geral do Programa Polis consiste em melhorar a qualidade de vida nas cidades
através de intervenções nas vertentes urbanística e ambiental, aumentando a atractividade e a
competitividade de pólos urbanos que têm um papel relevante na estruturação do sistema urbano
nacional. Mais especificamente, este Programa pretende:
i) desenvolver grandes operações integradas de requalificação urbana com uma forte
componente de valorização ambiental;
ii) desenvolver acções que contribuam para a requalificação e revitalização de centros
urbanos e que promovam a multifuncionalidade desses centros;
iii) apoiar outras acções de requalificação que permitam melhorar a qualidade do
ambiente urbano e valorizar a presença de elementos ambientais estruturantes tais como frentes
de rio ou de costa, e
iv) apoiar iniciativas que visem aumentar as zonas verdes, promover áreas pedonais e
condicionar o trânsito automóvel em centros urbanos.
O Programa Polis Coimbra é dividido em dois planos:
‐ Parque Verde do Mondego entre a Ponte de Santa Clara e a Ponte Europa (actualmente
designada de Rainha Santa);
8
‐ Largo da Portagem até à Rua João das Regras.
2.3.1. Plano de Pormenor do Parque Verde do Mondego
O “Plano de Pormenor do Parque Verde do Mondego entre a Ponte de Santa Clara e a
Ponte Europa (Rainha Santa) ” (Gabinete B. Arquitectos Lda, 2006) enquadra um conjunto de
projectos e obras, elaboradas no âmbito do Programa Polis, que estruturam os terrenos entre as
duas pontes como espaços de lazer e de cultura e aproximam do rio uma cidade que se
desenvolve nas suas duas margens.
O ordenamento dos terrenos das margens do Mondego, que parte da reabilitação e
valorização dos seus elementos naturais e construídos, prosseguiu na criação de acessos ao rio, de
percursos ao longo das margens e na construção de novos equipamentos.
A área de intervenção é qualificada como espaço verde urbano, constituindo no seu todo
o Parque Verde do Mondego.
O Parque Verde do Mondego é um projecto da autoria do arquitecto Camilo Cortesão
enquadrado no programa Polis Coimbra, que abrange as duas margens do rio Mondego.
Ilustração 2 – Vista ponte pedonal Pedro e Inês
Fonte: http://polis.sitebysite.pt/coimbra/18/19143dx_30‐5‐
06(soft).jpg
Ilustração 1 – Parque Verde do Mondego
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_0QaIkTXQHhI/SaL7BQ6s2OI/AAAAAAAACjQ/HIqXfK30HfQ/s400/IMGP2525.JPG
Trata‐se de um imenso espaço verde, onde é possível encontrar bares, restaurantes, um
parque infantil, pavilhões de exposições temporárias e o pavilhão centro de Portugal.
9
A ligar as margens esquerda e direita existe a ponte pedonal Pedro e Inês, da autoria de
Adão Fonseca e Cecil Balmond, que foi inaugurada a vinte e seis de Novembro de 2006. É uma
estrutura anti‐semétrica com duzentos e setenta e cinco metros de comprimento que se eleva a
dez metros da água, apresentando no centro uma praça com oito metros de largura, definida
como local de pausa e de meditação constituindo o elemento central que estrutura o parque. Os
objectivos principais deste Plano foram a requalificação urbana das frentes ribeirinhas do Rio
Mondego envolvendo: a) a criação de espaços públicos qualificados; b) reformulação da rede de
infra‐estruturas (rede viária de acesso e de atravessamento do Rio Mondego); c) criação de
percursos pedonais e de ciclovias que assegurassem uma melhor fruição das áreas livres; d)
ampliação da rede de equipamentos de cultura, lazer e desporto; e) definição, paisagisticamente
integrada, dos locais destinados ao estacionamento, ao estabelecimento de restauração e à
reabilitação de equipamentos existentes.
A partir destes objectivos o “Parque Verde do Mondego” associou‐se a um conjunto de
actividades que se desenvolvem em torno das margens e do próprio rio Mondego, como
bicicletas, karts a pedais, gaivotas, canoas, entre outras. Estas tomam forma de acordo com o
carácter do parque que, de Norte para Sul, se torna progressivamente menos denso e mais
dominado pelas condições naturais.
2.3.2. Plano de Pormenor do Eixo da Portagem 1
O “Plano de Pormenor do Eixo da Portagem até à Rua João das Regras” tem como
objectivo a requalificação de uma área marginal ao Mondego, destinada a uma condição de
espaço canal cujas características e condição de fixação urbana se têm vindo a esvanecer em
função da gradual intensificação de tráfego e aspectos negativos, do ponto de vista qualitativo e
urbano, que daí decorrem de imediato.
Esta intervenção visa a retoma de uma condição pedonal na área em questão, procurando
disciplinar a ocupação, uso urbanístico e definição de espaço público, no território designado por
Eixo Portagem/ Avenida João das Regras, considerando a preservação e requalificação do espaço
público existente bem como o estabelecimento das regras urbanísticas necessárias para o efeito.
_____________________________________________________________________________ 1 Esta análise encontra‐se em Câmara Municipal de Coimbra (2005)
10
A área em estudo delimita‐se num território que, intersectado pelo rio Mondego,
compreende duas zonas de contexto urbano distinto, uma vez que se encontram em margens
opostas (margem esquerda e direita do Mondego).
2.4. Descrição detalhada da pesquisa
Ao iniciar a minha pesquisa, sobre o tema Reabilitação dos Espaços Urbanos que mantêm
relação directa com o Rio Mondego, deparei‐me com escassa informação em torno dele, já que se
trata de um tema muito específico.
Embora não havendo muitos conhecimentos acerca desta problemática peculiar, resolvi
centrar‐me em sub‐temas como “reabilitação urbana”, “enobrecimento dos espaços urbanos
ligados ao Rio Mondego” e na análise do “Programa Polis Coimbra”.
Após esta minha escolha, decidi que ao longo da minha pesquisa iria restringi‐la apenas na
procura de livros e de artigos de revista de ciências sociais, porque considero mais credíveis,
sabendo que, na Internet iria encontrar informação pouco fiável e pouco rigorosa. Assim as fontes
electrónicas eram um dos meus últimos recursos.
A primeira etapa da minha pesquisa iniciou‐se como uma pesquisa na biblioteca da
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, utilizando como descritores de pesquisa:
Reabilitação Urbana; Rio Mondego; Sociologia Urbana; Espaços Urbanos.
Através desta pesquisa simples do catálogo Web do Millennium da biblioteca verifiquei
que o descritor <Sociologia Urbana> alcançou apenas 16 resultados e os restantes descritores
tiveram resultados muito inferiores, como o caso do descritor <Espaço Urbano> que não alcançou
nenhum resultado. Apesar destes poucos resultados encontrei um livro que me foi muito útil na
elaboração deste trabalho, nomeadamente para a ficha de leitura: Plural de cidade: novos léxicos
urbanos de Carlos Fortuna e Rogério Proença Leite (orgs.).
Outros artigos importantes para a elaboração do trabalho, resultantes desta pesquisa
destaco: Imagens e narrativas da Coimbra turística: Entre a cidade real e a cidade (re) imaginada
de Carina Sousa Gomes (2008), Cidade e democracia: ambiente, património e espaço público: uma
cidadania urbana? de Vítor Matias Ferreira (2001), entre outros.
Num segundo momento direccionei a minha pesquisa para o site do Centro de Estudos
Sociais (CES), mais especificamente para as publicações da Oficina do CES, na tentativa de
11
seleccionar mais informação acerca dos sub‐temas. Daqui não resultou nada de novo do que tinha
encontrado anteriormente.
Na pesquisa com recurso à Internet, explorei também no motor de busca do Google,
utilizando os “operadores booleanos”aprendidos durante as aulas. Assim utilizei as aspas, o mais e
o menos nesta pesquisa booleana com o intuito de encontrar artigos relevantes para o decorrer
do trabalho, já que agora sabia como estruturá‐lo. Assim pesquisei <‐ noção de reabilitação
urbana> obtendo 619.000 resultados, depois decidi abranger e procurei <+ reabilitação urbana>
diminuindo para 511.000; a seguir <rio Mondego + espaço envolvente> apresentou 16.000
resultados; “Parque Verde do Mondego” encontrei 269.000 e “carta de lisboa sobre reabilitação
urbana” apenas 7 resultados.
Posto isto, fiz algumas selecções de artigos que me foram relevantes na realização deste
trabalho como: Apreciação da paisagem do Baixo Mondego de António Campar de Almeida
(1999), Revitalização Urbana em um pequeno Município: o caso da Praça das Palmeiras em Santa
Isabel do Oeste, Paraná de Roberto Luiz de Carli (2008) e Turismo e Espaços Urbanos: uma análise
do caso de Belo Horizonte de André Franchini (2008).
Um outro momento da minha pesquisa passou por recolher informações na Câmara
Municipal de Coimbra, sobre o Programa Polis Coimbra.
Em suma, apesar de ter usado um processo de pesquisa simples, considero que foi
suficiente porque possibilitou‐me efectuar este trabalho razoavelmente.
12
3. Ficha de Leitura
O título do capítulo seleccionado é “Enobrecimento Urbano”, do livro “Plural de Cidade:
Novos Léxicos Urbanos”, sendo a sua autora Silvana Rubino.
Este livro tem como local de edição Coimbra, a sua editora é Almedina e a data da edição é
de Setembro de 2009. O livro está disponível na biblioteca da Faculdade de Economia da
Universidade de Coimbra e tem como cota 316.334.56 PLU. O capítulo situa‐se da página 25 à 40 e
a data de leitura é Outubro.
Silvana Rubino possui licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo,
mestrado em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas e doutoramento em
Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de
Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana, História Intelectual e História da Arquitectura
Moderna, actuando principalmente nos seguintes temas: política cultural ‐ património histórico ‐
arquitectura, património histórico ‐ antropologia, urbanismo ‐ memória ‐ história, arquitectura;
urbanismo; arquitectura moderna; cultura popular.
Neste capítulo, a autora faz uma interpretação do termo gentrification, explicando a sua
opção em denominar essa prática no Brasil como “enobrecimento urbano”, e demonstra como
esta palavra deixou de ter um significado descritivo para se tornar numa categoria analítica.
No capítulo analisado, a autora começa por definir a palavra ‘gentrification’ recorrendo à
perspectiva da socióloga Ruth Glass que foi quem usou pela primeira vez o termo nos anos 1964.
Segundo Glass, gentrification é quando os bairros das classes trabalhadoras são invadidos pelas
classes média, alta e baixa que lhes atribui uma nova valorização, tornando‐os ilustres. (Glass apud
Rubino, 2009:25) Resumindo este como um conceito descritivo.
De seguida alerta para o facto de vários autores, nomeadamente Neil Smith, Tim Butler,
Atkinson e Bridge referirem que gentrification é cada vez mais um fenómeno que ocorre em
diversas cidades considerando‐o num fenómeno global. (Rubino, 2009:26‐28)
A proposta de Smith e Williams para a definição de gentrification é “como a reabilitação de casas trabalhadoras e abandonadas e consequentemente a transformação de uma área em um bairro de classe média” (Smith e Williams apud Rubino, 2009:27). A
partir deste pensamento em que se começa a delinear uma política urbana suspende‐se o termo
explicativo e descritivo de Glass e opta‐se por este conceito analítico.
Neil Smith caracteriza a reabilitação urbana como o retorno do capital ao centro, o qual
possibilita a realocação residencial. (Smith apud Rubino, 2009)
13
Os possíveis agentes do enobrecimento urbano situam‐se na nova classe média liberal que
valoriza a preservação histórica dos centros. (Bridge apud Rubino, 2009)
Ainda para Smith o pioneirismo urbano é aquele que descobre a terra e é esta a
justificação para a apropriação quer material quer simbólica. (Smith apud Rubino, 2009: 29) “ (…) a
capacidade de dominar um espaço apropriando‐se de bens raros que se encontram nele
distribuídos e alocados depende do capital que se possui, e mais: o espaço físico permite que o
espaço social produza ali todos os seus efeitos, possibilitando a acumulação de capital social (…) ”.
(Rubino, 2009:30)
O crescimento do sector de serviços e as oportunidades nos centros, as mudanças
demográficas e os estilos de vida são alguns dos factores que permitem a gentrificação, sem eles
nada acontecia. (idem:30)
A partir daqui, a autora refere as diversas abordagens existentes: como a de van
Criekingen que, no seu trabalho de enobrecimento urbano em Bruxelas, distingue vários tipos de
gentrification: residencial, consumo, fixa, temporária, marginal. Outra abordagem é Jacques
Donzelot que pensou o enobrecimento em concordância com outras duas formas de apropriação
do espaço: gentrification, marginalização, periurbanização. E ainda uma outra abordagem é de
Bridge que trata a gentrification em termos de habitus e distinção, lembra o papel que o tempo
tem como força simbólica na teoria social de Pierre Bourdieu e propõe um papel idêntico para o
espaço. (idem:31‐34)
Sobre este ponto Silvana Rubino dá algumas notas sobre estas abordagens, explicando‐as e dando, exemplos no Brasil.
De seguida retoma o argumento central do texto: definição do termo ‘gentrification’ e os seus
desdobramentos para clarificar que “Gentrification/enobrecimento, assim como revitalização,
requalificação e outros termos análogos passam a ser um léxico recorrente, que transborda do
vocabulário dos técnicos e conhecedores, sai dos estudos académicos para a imprensa, é
incorporado pelos movimentos sociais”, querendo isto dizer que estes termos passam a ser de uso
corrente. (idem:35)
Após isto, a autora argumenta que o enobrecimento urbano é uma modalidade
contemporânea que se encontra oculta por um discurso de vida e apreço à cidade convergindo
com outras formas de segregação urbana ao conferir um valor simbólico ao lugar. Conclui que,
revitalizar a cidade é preciso capital porque “ (…) a cidade é feita de fronteiras (…)”. (idem:37)
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Por último, a autora conclui este capítulo definindo por que “enobrecimento urbano”
consolidando que este “remete os novos nobres que ocupam espaços urbanos, deixando ali seu
nome e suas marcas”. (idem: 37‐38).
Com isto, a autora considera que é importante denominar gentrification como
enobrecimento urbano no Brasil devido à necessidade de ser apropriado de outra forma para
explicar o que acontece na humanidade.
As palavras‐chaves usadas neste capítulo são: enobrecimento/gentrification, reabilitação,
nova classe média urbana, periurbanização, revitalização e preservação.
A linguagem utilizada pela autora, neste capítulo, é acessível e coerente, tendo como
objectivo apresentar esta prática de enobrecimento do Brasil usando exemplos para ilustrar esta
situação.
A abordagem da autora é muito explicativa e bem explorada. Apresenta uma
caracterização detalhada do tema citando ao longo do capítulo vários autores que deram um
contributo importante ao tema. Esta é uma exploração ao tema muito bem conseguida porque faz
a ponte entre o que se passa no Brasil (principalmente) mas também, ao de leve, refere pesquisas
que autores fizeram noutros países como o caso da Inglaterra e França.
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4. Avaliação da página de Internet
O site por mim escolhido para avaliar é o do Observatório da Habitação e da Reabilitação
Urbana, também designado por OHRU, estando disponível em: <
http://www.portaldahabitacao.pt/pt/ohru/>
Esta página da web está acessível apenas em português. Na margem esquerda da página
encontra‐se uma coluna de menus: Missão, Indicadores Estatísticos, Estudos, Documentação,
Parceiros, Links e Contactos da OHRU que possibilitam através de links obter diversas informações.
Na margem oposta, ou seja, do lado direito situa‐se dois links: Prémio IHRU e Guia dos
PLH. Esta grande variedade de informação disponível é um ponto importante que valoriza imenso
o site. No centro desta página localiza‐se uma série de imagens alusivas ao objecto de estudo
como também uma breve explicação sobre OHRU como a sua missão e objectivos.
A minha escolha deveu‐se ao facto do site conter muita informação que achei aliciante
dentro deste tema tratado por mim, que é a reabilitação urbana, uma vez que um dos objectivos
dele é dar a conhecer o sector da reabilitação urbana e de acompanhar a sua evolução. Trata‐se
de um site onde a informação é credível e fiável, já que, como inclusive é referido no site, o OHRU
encontra‐se sedeado no Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, e por isso, “ (…) é
propriedade do IHRU‐ Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, instituto público, com sede
em Lisboa”. (OHRU, 2011)
Para além disto, através do operador boleano <link: www.portaldahabitacao.pt/pt/ohru/ >
permitiu constatar que esta página tem reconhecimento público, uma vez que, ao realizar uma
pesquisa no motor de busca Google identifiquei cerca de 1.460 resultados.
O tema da reabilitação urbana é tratado neste site com uma abordagem específica numa
das suas dimensões, a da habitação. O grau de profundidade optado por esta página neste
tratamento é de certo modo detalhado, relacionado com o público‐alvo desta mesma página. Isto
porque, o site dirige‐se a um público circunscrito dentro do sector da reabilitação urbana,
especialmente, a todos os intervenientes neste sector como os agentes de mercado.
Em relação à sua apresentação, mostra‐se um site atractivo, com recurso a imagens e de
fácil navegação, possuindo um motor de busca para pesquisa e ainda ligações para obter ajuda e
contactos como a morada do IHRU, portanto é um site que se mostra bem organizado.
É importante salientar que a informação é gratuita e toda a informação existente, como os
programas públicos são actualizadas. A data da última actualização foi no dia 04‐11‐2011.
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Este site permite fazer importação de documentos através do Adobe Acrobat Document,
sendo uma mais valia para os interessados nestas matérias.
A página tem o propósito de gerir um sistema de informação organizado, promovendo a
divulgação de informação sobre o sector de forma sistemática, regular e periódica. Um outro
ponto a destacar é que, uma das ligações que aparece no menu, referente ao dos links, a
informação disponibilizada enquadra‐se em duas dimensões: nacional e internacional.
Em suma, considero que o site do OHRU é um site completo, muito bem organizado, com
informação diversificada, que evidencia‐se pela sua autenticidade e pela funcionalidade.
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5. Conclusões
Com este trabalho, procurei apresentar de que forma se reabilitaram os espaços urbanos
que mantêm uma ligação directa com o rio Mondego, qual a importância do enobrecimento e qual
a influência que a reabilitação/enobrecimento exerce nesses espaços urbanos. Assim achei
oportuno começar por dar uma noção de reabilitação urbana, para fazer o enquadramento do
tema do trabalho, como também, abordar o que se entende por enobrecimento dos espaços
urbanos reabilitados.
Em título de conclusão, a reabilitação/enobrecimento destes espaços ligados ao rio
Mondego permitiu desenvolver uma série de acções tendo em vista a transformação e a melhoria
dos espaços, atribuindo uma outra importância, um outro olhar.
O objectivo principal consistiu num processo de produção de um espaço sofisticado a
partir de um espaço originalmente degradado, propondo‐se a resolver as deficiências físicas e
algumas irregularidades ambientais e funcionais, acumuladas ao longo dos anos, procurando ao
mesmo tempo uma modernização.
As melhorias do espaço são visíveis, não só em termos funcionais como também
ambientais, mas o que é certo é que criou novas oportunidades estimulantes para as forças
económicas e culturais se instalarem. Dado isto, constata‐se que, o espaço envolvente do rio
Mondego tornou‐se num dos melhores sítios para espairecer, conviver, desfrutar da paisagem,
dos restaurantes e até das actividades de desporto e lazer.
Quanto à realização deste trabalho, permitiu‐me um outro olhar sobre o assunto, já que,
possibilitou‐me aprofundar os conhecimentos acerca dos temas desenvolvidos, bem como, a
possibilidade de aperfeiçoar e colocar em prática todos os ensinamentos aprendidos ao longo das
aulas.
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6. Referências bibliográficas
Livros:
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Câmara Municipal de Coimbra (2006), “Relatório do Plano de Pormenor do Parque Verde do Mondego entre a Ponte de Santa Clara e a Ponte Europa”. Coimbra: Gabinete B. Arquitectos Lda.
Ferreira, V. M. (2001). Cidade e democracia: ambiente, património e espaço público: uma cidadania urbana? Lisboa: Departamento de Sociologia do ISCTE.
Gagliardi, Clarissa M. R. (2009). Turismo e Cidade, in Carlos Fortuna e Rogério Proença Leite (Orgs.), Plural de cidade: novos léxicos urbanos (pp. 245‐261). Coimbra: Almedina.
Gomes, Carina Sousa (2008), “Imagens e narrativas da Coimbra turística: Entre a cidade real e a cidade (re) imaginada”. Revista Crítica de Ciências Sociais, 83, 55‐78.
O’Connor, Justin e Wynne, Derek (2001). Das margens para o centro‐ Produção e consumo de cultura em Manchester. In Carlos Fortuna (org.), Cidade, Cultura e Globalização: Ensaios de Sociologia (pp. 189‐204). Oeiras: Celta Editora.
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Pelegrin, A. (2004). Espaço de Lazer, in Christianne Luce Gomes (Org), Dicionário Crítico do Lazer. Belo Horizonte: Autêntica.
Rubino, Silvana, 2009, "Enobrecimento Urbano", in Carlos Fortuna e Rogério Proença Leite (Orgs.),
Plural de cidade: novos léxicos urbanos. Coimbra, Almedina, pp. 25‐40.
Internet:
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<http://web03.unicentro.br/especializacao/Revista_Pos/P%C3%A1ginas/6%20Edi%C3%A7%C3%A3o/Agrarias/PDF/1‐Ed6_CA‐Revit.pdf>.
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Susana, Silva; Silva, Manuel Carlos e Torres, Margarida (s.d.), "Requalificação Urbana: Os cidadãos perante os poderes económico e político no Polis de Viana do Castelo". Actas dos ateliers do Vº Congresso Português de Sociologia: Associação Portuguesa de Sociologia (em pdf). Página consultada em <http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR461181599c423_1.pdf>.
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