View
8
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
MENSURANDO OS CUSTOS EM SAÚDE
CENÁRIO ATUAL E PERSPECTIVAS NO ÂMBITO PÚBLICO E SUPLEMENTAR
Tania Moreira Grillo Pedrosa
-‐2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
2006.IV 2007.IV 2008.IV 2009.IV 2010.IV 2011.IV 2012.IV 2013.IV 2014 (previsão)
PIB IPCA SELIC
Indicadores Econômicos – Brasil – 2014
Fonte: hFp://www.ibge.gov.br/home/estaMsMca/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/pme_201409tm_01.shtm
Indicadores de Ocupação – IBGE – 2014
1- Pessoas desalentadas 2- Pessoas desocupadas 3- Pessoas com rendimento/hora menor que o salário mínimo/hora 4- Pessoas Marginalmente ligadas à PEA 5- “Trabalhadores” não remunerados
IBGE – set/14 DIEESE – jun/14 4,9% 10,8%
Taxa de Desemprego – Brasil – 2014
SINISTRALIDADE
Taxa de sinistralidade das operadoras de planos privados de saúde, segundo modalidade da operadora
Modalidade da operadora 2008 2010 2013 Operadoras médico-‐hospitalares 80,4 81,2 83,7 Autogestão 91,7 89,2 92,7 CooperaMva médica 81,3 80,7 83,5 Filantropia 53,1 79,3 82,3 Medicina de grupo 77,6 78,7 82,3 Seguradora especializada em saúde 81,5 81,3 81,6
Fontes: DIOPS/ANS/MS -‐ 25/08/2014 e SIB/ANS/MS -‐ 06/2014 Caderno de Informação da Saúde Suplementar -‐ setembro/2014
Tabela 18 -‐ Despesa assistencial das operadoras de planos privados de saúde, por grupos de modalidade da operadora, segundo itens de despesa (Brasil -‐ 2012)
Fonte: ANS Caderno de Informação da Saúde Suplementar -‐ Junho 2014
DISTRIBUIÇÃO DESPESAS ASSISTENCIAIS
100%
17,7% 20,8% 4,3% 40,8% 7,4% 6,9% 0,5% 1,5%
RESULTADO OPERACIONAL
Resultado Operacional 2013: -16,9 bilhões (os resultados positivos advêm da administração
financeira)
LEITOS E HOSPITAIS
Ano 2000 2006 2014 Diferenças (2014/2006) Percentual
Hospitais gerais (SUS e não SUS)*
6.475 5.195 5.212 17 0,3%
Leitos SUS ND 355.084 321.723 -‐33.361 -‐9,4% Leitos não SUS ND 110.008 133.067 23.059 21,0% Total de leitos 487.624 465.092 454.790 -‐10.302 -‐2,2% População brasileira 169.799.170 183.987.291 190.755.799 6.768.508 3,7%
Leitos/1000 habitantes 2,8 2,5 2,4 -‐0,1 -‐5,7%
*Não estão incluídos hospitais de especialidades Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil -‐ CNES
TAXA DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR NO SUS
Em 2010, houve no Brasil 89,26 internações hospitalares para cada 1.000 habitantes, o terceiro menor quanMtaMvo entre 36 países cujos dados foram avaliados pela OCDE. Mais uma vez observou-‐se uma elevada desigualdade entre os beneficiários de planos de saúde privados com cobertura para internação hospitalar e a população dependente do SUS. No primeiro grupo, foram realizadas 137 internações por 1.000 habitantes, valor próximo à média da OCDE. Já no segundo grupo, esse indicador caiu para 75,8.
A delicada situação das Santas Casas e Filantropias
ÉDSON ROGATTI -‐ O ESTADO DE SÃO PAULO -‐ 05 de agosto de 2011 “[...]O setor filantrópico de saúde é composto por quase 4 mil unidades no Brasil. Todas elas, no momento, enfrentam dificuldades financeiras provocadas pela parcela de sua operação desMnada ao atendimento público, que em média é de mais de 80% da capacidade total. Os hospitais têm um déficit anual de R$ 4 bilhões no atendimento ao SUS. Em 2010, empregaram R$ 12 bilhões na assistência gratuita e receberam R$ 7,9 bilhões do governo. A sobrevivência só tem sido possível pela miMgação do prejuízo com receitas parMculares, que em muitos casos vêm da própria população, em forma de doações. O centro do problema é a defasagem da tabela de procedimentos do SUS. [...]”
A delicada situação das Santas Casas e Filantropias
“[...] Para entender o que leva uma Santa Casa a fechar suas portas para a população é preciso considerar que estas insMtuições hospitalares desMnam mais de 60% de suas capacidades assistenciais ao SUS, cuja contraprestação é pública e notoriamente conhecida como deficitária, na ordem de R$5,1 bilhões/ano, consolidado no país. Em média, a cada R$ 100 empregados pelos filantrópicos nos convênios e contratos com o SUS, os hospitais são remunerados com R$ 65. Os maiores problemas estão localizados na assistência de média complexidade, onde as diferenças entre o pago e o efeMvamente gasto, em alguns casos, superam os 200%. Esta realidade já gerou dívidas acumuladas superiores a R$15 bilhões. [...]”
SANTAS CASAS PEDEM SOCORRO -‐ 23/07/2014 Posicionamento Oficial da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do
Estado de São Paulo
Disponível em: hFp://www.fehosp.com.br/v2/servicos/publicacoes/exibir/?id=8551. Acesso em 14 ago 2014.
HOSPITAIS BRASILEIROS SEGUNDO O BANCO MUNDIAL
Consolidação de 11 pesquisas sobre o setor, realizadas entre 2003 e 2007. Estudo de eficiência baseado na comparação, entre
si, de 488 hospitais.
Serviços hospitalares absorvem 70%
do gasto com saúde.
Mas o hospital brasileiro típico é de pequeno porte, de baixa
complexidade e tem apenas 34% da eficiência
se comparado aos melhores hospitais do País.
Diferenças de desempenhos econômicos e operacionais
*CNES/Datasus **Informações extraídas das publicações dos relatórios contábeis e sociais das enMdades disponibilizados na web. ***Para fins de comparação: outro hospital filantrópico também com 60% SUS e alta complexidade, na mesma cidade do filantrópico A, tem o Ebitda em -‐6,5% na DRE janeiro a junho/2014.
Hospitais acima de 300 leitos situados em capitais
Filantrópico A Filantrópico B
Perfil assistencial* Alta complexidade com atendimento oncológico
Alta complexidade com atendimento oncológico
Percentual leitos SUS* 60% 56%
% Ebitda (DRE 2013**) -‐37,3%*** 17,8% Giro de leito 2013 (no de altas**/no leitos*)
3,6 5,5
Custo operacional**/leito* ComparaMvo A e B, sendo A o referencial
100% 90%
• A produMvidade/leito de B é 53% > A • O custo operacional/leito B é 10% < A • Consequência: B gera maior número de faturas/mês/leito com oMmização de custos da operação (fixos e variáveis) repercuMndo posiMvamente na rentabilidade.
PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO DA REDE PRESTADORA
HOSPITALAR
PERSPECTIVA No VARIÁVEIS
Segurança: estrutura e processos 203 Segurança: dimensionamento de pessoal assistencial
23
Segurança: atendimento do requisito legal 21
Qualidade: cerMficação 4
Conforto 3
Serviços e recursos assistenciais disponíveis 80
IdenMficação 13
Total de variáveis por prestador 347
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
A
B
C
Maior nível de conforto
Menor nível de conforto
Maior nível de segurança
total
Menor nível de segurança
total
CLASSIFICAÇÃO SEGURANÇA TOTAL E CONFORTO
10A
1C
Maior nível possível
Menor nível
possível
Classificação Final
PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO DA REDE PRESTADORA HOSPITALAR
290 HOSPITAIS BRASILEIROS – PERÍODO 2010/2012
DIMENSÃO SEGURANÇA TOTAL
PONTUAÇÃO MÁXIMO POSSÍVEL
Média Geral 83,46 (39,36%) 212
Mínimo observado 11
Máximo alcançado 194
Classificação Média Final (P50)
5B (2C-‐9A)
Modelo Atual da Filantropia pelo Índice de Governança Corporativa – IGCHF
Calve, A et cols. Um estudo de governança corporaMva nos hospitais filantrópicos do Espírito Santo. RUC, Blumenau, v. 9, n. 4, p. 128-‐143, out./dez., 2013
Pesquisa envolvendo 21 HF representando 60,5% dos leitos filantrópicos do estado dedo ES.
1. Evidenciação: se possuem e divulgam demonstraMvos contábeis, relatórios de auditoria, relatórios administraMvos e parecer de auditoria independente conforme legislação;
2. Estrutura e Funcionamento do Conselho: se os possuem Conselho AdministraMvo seu funcionamento e formação, planejamento estratégico formalizado e auditoria interna e independente em funcionamento;
3. ÉMca e Conflito de Interesses: se o estatuto contempla ações para resolução de conflitos de interesses em votações, o endividamento com tributos estaduais e federais e a disponibilidade do código de éMca ou conduta;
PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA PESQUISADAS
Modelo Atual da Filantropia pelo Índice de Governança Corporativa – IGCHF
Calve, A et cols. Um estudo de governança corporaMva nos hospitais filantrópicos do Espírito Santo. RUC, Blumenau, v. 9, n. 4, p. 128-‐143, out./dez., 2013
Pesquisa envolvendo 21 HF representando 60,5% dos leitos filantrópicos do estado do ES.
4. Direitos e Propriedade: se há autonomia da assembleia que compõe o conselho dos hospitais em tomar decisões e a divulgação da carta dos direitos dos usuários da saúde nos hospitais;
5. Retorno Social: qual o retorno social dos hospitais, ações voltadas para a cultura, educação, meio ambiente, as cerMficações, referência em alguma especialidade na região e para o estado e retorno aos usuários por meio de ouvidoria.
PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA PESQUISADAS
A medição do resultado assistencial não foi escopo do trabalho
Modelo Atual da Filantropia pelo Índice de Governança Corporativa – IGCHF
Calve, A et cols. Um estudo de governança corporaMva nos hospitais filantrópicos do Espírito Santo. RUC, Blumenau, v. 9, n. 4, p. 128-‐143, out./dez., 2013
Modelo Atual da Filantropia pelo Índice de Governança Corporativa – IGCHF
IGCHF: Índice de governança corporaMva hospital filantrópico Indicadores de desempenho uMlizados no trabalho (resultado anual):
RecLei: Receita por leito AMvLei: AMvos por leito ImobLei: Imobilizado por leito EndLei: Endividamento por leito IntLei: Internação por leito (giro) ResLei: Resultado líquido por leito
Grupo 2: IGCHF acima da mediana Grupo 1: IGCHF abaixo da mediana
Calve, A et cols. Um estudo de governança corporaMva nos hospitais filantrópicos do Espírito Santo. RUC, Blumenau, v. 9, n. 4, p. 128-‐143, out./dez., 2013
Modelo Atual da Filantropia pelo Índice de Governança Corporativa – IGCHF
Calve, A et cols. Um estudo de governança corporaMva nos hospitais filantrópicos do Espírito Santo. RUC, Blumenau, v. 9, n. 4, p. 128-‐143, out./dez., 2013
Modelo Atual da Filantropia pelo Índice de Governança Corporativa – IGCHF
Calve, A et cols. Um estudo de governança corporaMva nos hospitais filantrópicos do Espírito Santo. RUC, Blumenau, v. 9, n. 4, p. 128-‐143, out./dez., 2013
Resultado líquido por leito (receita-‐ custos): Uma vez que a receita está diretamente
associada ao IGCHF, quais seriam os fatores associados aos custos da assistência:
desperdícios de recursos com erros, falhas de processos e eventos adversos.
Qual o Índice de Governança Clínica? = DRG
Recommended