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A Educação
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7/17/2019 A Educação
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A EDUCAÇÃO
MÓDULO I - A EDUCAÇÃOSite: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB
Curso: Técnicas em Didática para EAD - Turma 01
Livro: A EDUCAÇÃO
Impresso por: ygor leite
Data: sábado, 10 Out 2015, 11:49
Sumário1 MÓDULO I - A EDUCAÇÃO
2 Unidade 1 - A educação na sociedade do conhecimento
2.1 Pág. 22.2 Pág. 32.3 Pág. 42.4 Pág. 52.5 Pág. 62.6 Pág. 7
2.7 Pág. 82.8 Pág. 92.9 Pág. 10
3 Unidade 2 - A educação a distância
3.1 Pág. 23.2 Pág. 33.3 Pág. 43.4 Pág. 53.5 Pág. 63.6 Pág. 7
3.7 Exercícios de Fixação - Módulo I
1 MÓDULO I - A EDUCAÇÃO
Ao final deste módulo o aluno será capaz de:
Argumentar sobre as novas concepções pedagógicas
da Educação na Sociedade do Conhecimento;
Explicar a importância da EAD como elemento
favorecedor da aprendizagem.
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2 Unidade 1 - A educação na sociedade do conhecimento
Introdução
O modelo tradicional de ensino, no qual o professor é o centro do processo educativo, detentor e transmissor de conhecimentos, e o
aluno, um sujeito passivo, mero receptor de informações, não tem mais espaço na chamada Sociedade do Conhecimento.
O crescimento acelerado das tecnologias da informação e comunicação (TIC), adicionado às novas demandas sociais exigidas na
formação e capacitação das pessoas, têm levado educadores e outros estudiosos da área a repensar as concepções e práticas
pedagógicas adotadas no nosso sistema educacional.
Como neste estudo vamos tratar da necessidade de mudanças de paradigmas na Educação, incluídos os novos papéis do professor e
do aluno, é interessante você observar o conteúdo da música “Pela Internet”, de Gilberto Gil.
Música
Clique aqui para ouvir a composição “Pela Internet”.
2.1 Pág. 2
Gilberto Gil — Pela Internet
Letra:
Criar meu web siteFazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleja ...(2x)
Que veleje nesse informarQue aproveite a vazante da infomaré
Que leve um oriki do meu orixáAo porto de um disquete de um micro em Taipé
Um barco que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve meu e-mail até CalcutáDepois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer
Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut
De Connecticut de acessar
O chefe da Mac Milícia de Milão
Um hacker mafioso acaba de soltarUm vírus para atacar os programas no Japão
Eu quero entrar na rede para contatar
Os lares do Nepal, os bares do Gabão
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
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Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar...
Você prestou atenção à letra? Qual a mensagem do compositor?
2.2 Pág. 3
Transformações na concepção educacional
Acompanhamos, na sociedade industrial, o destaque dado ao capital físico, considerado variável-chave do crescimento econômico.
Hoje, percebemos a ênfase no capital humano ou intelectual. A abordagem do capital humano procura transmitir a ideia de que
investir nos indivíduos, por meio da Educação e da capacitação, gera retorno às organizações, na forma de uma melhor
produtividade, desenvolvimento de habilidades e maior criatividade. Essa nova sociedade em constante formação, que tem por base
o capital humano, é chamada de Sociedade do Conhecimento. Nela , a tecnologia tem gerado muitos impactos, tendo como
conseqüências modificações no mundo do trabalho, maior conscientização da cidadania e economia baseada no conhecimento, que é
a tônica do século XXI, o século da era digital.
Capital físico pode ser entendido como um estoque de
equipamentos e estruturas utilizadas na produção de bens e
serviços.
A Teoria do Capital Humano foi desenvolvida, na década de 60,
pelos economistas Theodore Schultz e Gary Becker, que em 1979
(Theodore Schultz) e em 1992 (Gary Becker), receberam oPrêmio Nobel. Segundo a teoria, o progresso de uma país é
alavancado pelo investimento em pessoas.
Percebe-se, nessa sociedade, a valorização do conhecimento e, conseqüentemente, a ênfase na Educação como um dos maiores
recursos de que as pessoas, organizações e nações dispõem para enfrentar as transformações do mundo contemporâneo.
2.3 Pág. 4
Vimos até agora que a Educação é o elemento-chave na construção de uma sociedade baseada nainformação, no conhecimento e no aprendizado. Nessa sociedade, em crescente transformação, fica claraa necessidade de mudanças nos paradigmas educacionais. Precisa ser repensado o papel do aluno, doprofessor, da avaliação, dos currículos e da sala de aula, de forma a adequar a Educação às demandascontemporâneas: formar sujeitos ativos, aptos a solucionar problemas e com autonomia para buscarnovos conhecimentos de forma continuada.
A Educação não é apenas o processo de construção da capacidade cognitiva de um indivíduo, mas umprocesso que deve visar a sua formação plena, construindo e recuperando valores morais, sociais,científicos e éticos, como respeito pela diversidade, igualdade, tolerância, respeito pela liberdade,criatividade, emoção e preocupação com os problemas do planeta, entre outros. Como educadores,precisamos estar presentes na vida dos educandos de forma construtiva, emancipadora e solidária,formando sujeitos com iniciativa e compromissados.
Mas, como formar sujeitos assim?
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De acordo com a abordagem de Jacques Delors no Relatório da
Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, os
educadores precisam adquirir novas competências e habilidades
para ajudar os alunos a aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a viver juntos e aprender a ser - aprendizagensfundamentais na sociedade contemporânea.
2.4 Pág. 5
Vamos conhecer o significado dessas aprendizagens?
Aprender a conhecer: exercitar a atenção, a memória e o pensamento. Adquirir os
instrumentos da compreensão e da capacidade de discernimento. Despertar a curiosidade
intelectual e o senso crítico. Construir as bases que permitirão ao indivíduo continuar
aprendendo ao longo de toda a vida. Aprender a aprender.
Aprender a fazer: aprender a colocar em prática os conhecimentos adquiridos. Solucionar
problemas. Habilitar-se a ingressar no mundo do trabalho moderno e competitivo, tendo como foco a formação técnica e
profissional, o comportamento social, a aptidão para o trabalho em equipe e a capacidade de tomar iniciativa.
Aprender a conviver: aprender a viver juntos, desenvolvendo o conhecimento do outro, de modo a permitir a
realização de projetos comuns e gestão de conflitos. Compreender a si mesmo e ao outro. Valorizar o saber social.
Interagir. Cuidar de si, do outro e do lugar em que se vive. Valorizar as diferenças e manter a paz.
Aprender a ser: aprender a agir com autonomia, solidariedade e responsabilidade. Desenvolver-se integralmente –
espírito, corpo, inteligência e sensibilidade. Elaborar pensamentos autônomos e críticos. Formular os seus próprios juízos
de valor. Exercitar a liberdade de pensamento, discernimento, sentimento e imaginação, para desenvolver os seus
talentos e permanecer, tanto quanto possível, dono do seu próprio destino.2.5 Pág. 6
Sabemos que a prática educativa focada no acúmulo de conhecimentos, na memorização de fatos e procedimentos, como
mostrado na canção de Gilberto Gil, não é mais valorizada na Sociedade do Conhecimento ou da
Informação. Precisamos, sim, estar aptos para construir e reconstruir conhecimentos significativos,
nesse mundo em permanente e acelerada mudança.
Essa construção e reconstrução de conhecimentos são para Moraes o aprender a aprender, que “se
manifesta pela capacidade de refletir, analisar e tomar consciência do que sabe, dispor-se a mudar os
próprios conceitos, buscar novas informações, substituir velhas verdades por teorias transitórias,
adquirir os novos conhecimentos que vêm sendo requeridos pelas alterações existentes no mundo, resultantes da rápida
evolução das tecnologias da informação e não apenas o acumular conhecimentos”. (MORAES, 2003:64)
2.6 Pág. 7
Distinção entre informação e conhecimento
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Dissemos que os indivíduos precisam ser criativos, críticos, independentes e autônomos, para poderem solucionar
problemas e adquirir competências que ajudem a acessar as informações disponíveis por meio das novas tecnologias e
transformá-las em conhecimento.
A informação é uma associação de dados. Já o conhecimento é fruto do esforço intelectual de processamento de uma
informação. Quando informo o índice de analfabetismo da sociedade brasileira, passo uma informação. Quando um
cidadão conclui que precisamos aperfeiçoar a educação do País, com vistas à elevação do padrão de trabalho, está
demonstrando conhecimento de uma área.
Dado – Informação – ConhecimentoO processo cognitivo opera a transformação desses elementos.
Interpretando o esquema acima, percebemos que o conhecimento deriva da informação, que
é obtida por meio dos dados. O conhecimento é difícil de ser entendido em termos lógicos.
Ele está dentro das pessoas e por isso é complexo e imprevisível. De acordo com Davenport
e Prusak, “o conhecimento pode ser comparado a um sistema vivo, que cresce e se modifica
à medida que interage com o meio ambiente”. (1998:6)
Que outros exemplos ilustram a diferença entre informação e conhecimento?
De que forma a instituição em que você trabalha se relaciona com o conhecimento?
Diversos autores afirmam que há dois tipos de conhecimento: o tácito e o explícito:
Conhecimento tácito: é aquele que está confinado no indivíduo; é intangível, já que
envolve crenças pessoais, sistema de valores , insights, intuições, emoções, habilidades. É o
conhecimento pessoal incorporado à experiência individual. Na atualidade, é considerado
muito importante porque se apresenta em forma de ação.
Conhecimento explícito: é aquele que é exteriorizado e compartilhado. Pode ser
transmitido formal e facilmente entre os indivíduos.
2.7 Pág. 8
Observando a figura ao lado, com tantos recursos tecnológicos disponíveis, percebemos suas influências no comportamento epensamento dos jovens, já que os meios informáticos permitem acesso a múltiplas possibilidades de interação, mediação e
expressão de sentidos.
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Verificamos que a utilização de videogames, celulares e computadores com acesso àinternet, entre outros equipamentos digitais, tem gerado o desenvolvimento de novascompetências, habilidades e atitudes.
Xavier (2005) nos alerta para o fato de que os aprendizes desta nova geraçãoestão raciocinando e agindo de modo surpreendente, pois eles têm ampliado acapacidade de:
apreender, gerenciar e compartilhar os novos conhecimentos aprendidos com osparceiros de suas comunidades virtuais;checar on-line a veracidade das afirmações apresentadas e refutar com base emdados disponíveis na rede, a fim de exercitar a crítica a posicionamentos e não simplesmente acolher tudo o que se diz naInternet como verdades incontestáveis;explorar e contemplar as formas de arquitetura escolhida para apresentar as ideias materializadas em discursoshipertextuais, verbais, visuais e sonoros.
Ver: http://www.hipertextus.net/volume1/artigo-xavier.pdf
2.8 Pág. 9
Ainda atentos aos dizeres de Xavier (2005), o professor consciente dessa realidade virtual já entendeu que precisa ser:
pesquisador, não mais repetidor de informação;
articulador do saber, não mais fornecedor único do conhecimento;
gestor de aprendizagens, não mais instrutor de regras;
consultor que sugere, não mais chefe autoritário que manda;
motivador da “aprendizagem pela descoberta”, não mais avaliador de informações empacotadas a serem
assimiladas e reproduzidas pelo aluno.
Diz Comassetto (2004) que as novas TICs, quando utilizadas no contexto
educacional, promovem um ensino mais dinâmico e socializador. Integram
os alunos num ambiente global e enriquecedor, sem deixar de respeitar a
individualidade de cada um.
A interseção da Educação com a Tecnologia tem despertado o interesse pelo
desenvolvimento de novas concepções educacionais e crescente demanda pela Educação a
Distância (EAD), como uma modalidade de ensino mais democrática e capaz de promover
aprendizagem significativa.
Apesar dessa modalidade educacional estar em processo de expansão, sendo implementada por
inúmeras Instituições de Ensino Superior (IES), públicas e privadas, ainda há um pouco de
preconceito e falta de informação quanto aos seus resultados. Na próxima unidade,
aprofundaremos os conhecimentos acerca do tema.
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Com o avanço do universo virtual, surge a questão: será que a tecnologia vai tomar o lugar daHumanidade? Aprofunde seus conhecimentos lendo o artigo Tecnologia com alma (clique no
título).
2.9 Pág. 10
3 Unidade 2 - A educação a distância
á sabemos que a Educação é um processo de humanização e capacitação. Essa capacitação se concretiza pela aprendizagem de
novos valores, habilidades e competências, que pode se dar por meio da experiência do aluno com o ambiente, com os colegas, oupode ser originada por meio de leituras ou de simulações.
A aprendizagem se caracteriza, ainda, pela incorporação de novos comportamentos a diferentes situações, evidenciados a partir
da integração entre a parte informativa (conteúdos) e a formativa (valores).
Vimos que a Educação a Distância (EAD) tem sido definida como uma
modalidade utilizada para promover oportunidades educacionais a
grandes contingentes de alunos em diferentes espaços geográficos, e a
partir de noções de flexibilidade, ritmo individual, inclusão, autonomia e
qualidade pedagógica. Essa prática educativa é viabilizada pelas
TICs, que promovem a mediação entre alunos e tutores, disponibiliza
materiais instrucionais e propicia o uso de uma linguagem dialógica,
onde ambos demonstram interesse pela comunicação inter e
transpessoal.
A expressão "Educação a Distância" passou a ser utilizada a partir da mudança, em 1982, que oConselho Internacional para a Educação por Correspondência (ICCE) sofreu para se tornar Conselho
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Internacional para a Educação a Distância (ICDE).
3.1 Pág. 2
Vemos, então, que o que caracteriza a EAD é a possibilidade de oferecer ao aluno uma experiência de
autoestudo, de forma que, progressivamente, ele possa exercitar a sua autonomia.
O foco da EAD é na aprendizagem do aluno. O material didático deve ser claro, interessante e dinâmico,
para que o aluno se sinta motivado na leitura. A linguagem dos textos deverá seguir a linha dialógica.
O aluno se exercita e vivencia experiências que permitem o desenvolvimento da competência de solucionar problemas e
enfrentar situações novas. Assim ele estará cada vez mais apto a se engajar no mercado de trabalho contemporâneo.
Através do quadro acima podemos perceber que, apesar das iniciativas radiofônicas registradas no Brasil, a educação adistância teve início através da mídia impressa, onde o ensino por correspondência já se fazia presente com a ajuda dosCorreios.
Porém, somente no final da década de 1980, que o Brasil adotou uma política nacional específica, com a oferta de supletivos,via telecurso.
Acesse o texto Breve histórico da Educação a Distância.
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3.2 Pág. 3
Quais os dispositivos legais que ancoram a prática da EAD? Clique aqui
As determinações sobre a EAD estão previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9394, de 20 de
dezembro de 1996, no art. 80, no Título VIII: Das Disposições Gerais, que são as seguintes:
• o Poder Público deve incentivar o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância;
• o ensino a distância desenvolve-se em todos os níveis e modalidades de ensino e de educação continuada;• a educação a distância será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União;
• caberá à União regulamentar requisitos para realização de exames e para registro de diplomas relativos a cursos de
educação a distância.
Decretos
Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDBN).
Decreto nº 5.773, de 09 de maio de 2006, dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de
instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino.
Decreto nº 6.303, de 12 de dezembro de 2007, altera dispositivos dos Decretos nºs. 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções
de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no
sistema federal de ensino.
Portarias
Portaria nº 1, de 10 de janeiro de 2007.
Portaria nº 2 (revogada), de 10 de janeiro de 2007.
Portaria nº 40, de 13 de dezembro de 2007.
Portaria nº 10, de 02 julho de 2009.
3.3 Pág. 4Educação on-line
Dentre os diversos meios utilizados na Educação a Distância, como o material impresso, o rádio e a TV, cresce a demanda pela
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EAD on-line, modalidade educacional que utiliza as tecnologias digitais, especialmente a Internet.
De acordo com Silva (2003:11), a EAD on-line é:
exigência da cibercultura, isto é, “do conjunto imbricado de técnicas, práticas, atitudes,
modos de pensamento e valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do
ciberespaço (...).”
demanda da Sociedade da Informação, isto é, “do novo contexto socioeconômico-tecnológico engendrado a partirdo início da década de 1980, cuja característica geral não está mais na centralidade da produção fabril ou da
mídia de massa, mas na informação digitalizada como nova infraestrutura básica, como novo modo de produção.”
Ciberespaço é a denominação dada a esse novo espaço virtual de comunicação, de
sociabilidade, de organização, de informação, de conhecimento e de Educação. Para
aprofundamento, leia a .
Importante observar que a educação on-line obrigou professores e alunos a mudanças em seu desempenho dentro do
processo ensino-aprendizagem. O foco está na aprendizagem, não mais no ensino. Os conteúdos passaram a ficar
expostos, cabendo aos alunos a organização e arquivo desses materiais. Os calendários apresentam o cronograma para
entrega de atividades, sendo do aluno a responsabilidade para o estudo, para a pesquisa e para a exercitação. O tempo
de dedicação ao estudo passa a ser administrado pelo próprio aluno, de acordo com a sua disponibilidade e maturidade
acadêmica.
Ainda percebemos uma resistência a esse novo perfil de aluno, até então acostumado a produzir a partir de cobranças
do professor. Isso tem sido enfatizado como uma das causas de alto grau de evasão em cursos a distância. Segundo
pesquisas, cerca de 40% dos alunos abandonam seus cursos nessa modalidade.
3.4 Pág. 5
Por meio da tecnologia foi possível aproximar o professor e o aluno. Foram criados mecanismos para facilitar a
comunicação bidirecional , como, por exemplo, os fóruns, os chats, os seminários e conferências virtuais.
O professor on-line também foi induzido a rever suas práticas docentes, adquirindo um papel muito mais de facilitador
do processo de aquisição de conhecimento do que de provedor de informações. Ele passou a indicar caminhos, a produzir
em coautoria com seus alunos, a ser entrevistado e a entrevistar, facilitando o intercâmbio de experiências.
A necessidade de constante atualização profissional e a facilidade de não deslocamento para assistir aulas têmfavorecido o oferecimento de cursos nessa modalidade de ensino.
Indiscutivelmente a modalidade on-line proporciona aproximação entre os alunos de um curso, inclusive porque favorece
a atividade colaborativa, em que, juntos, os alunos constroem conhecimentos, ensinam-se mutuamente e trocam
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experiências profissionais e pessoais em profundidade.
Vejamos alguns princípios da EAD on-line:
Disponibilidade de diferentes materiais instrucionais.
Aprendizagem compartilhada.
Assistência constante da tutoria.
Interatividade dos agentes de ensino e aprendizagem.
Respeito à disponibilidade e ritmo de cada aluno.
Facilidade de acesso aos conteúdos.Desenvolvimento da maturidade acadêmica.
Desenvolvimento da autonomia do aluno.
Materiais que apresentam conteúdos devem ser autoinstrutivos.
Comunicação bidirecional.
Promoção da democratização do saber.
Agora, vamos elencar uma série de vantagens dessa modalidade de ensino:
Oportunidade de formação e capacitação para portadores de dificuldades de locomoção.
Favorece a educação continuada.
Os conteúdos, uma vez armazenados no interior das plataformas de ensino, possibilitam o acesso do aluno aqualquer momento, independentemente da presença do professor ou de um material impresso específico.
Economia em relação ao deslocamento do aluno até a sala de aula tradicional.
O aluno percebe o respeito ao seu ritmo individual de aprendizagem e cria sua própria autonomia nos estudos, já
que a aprendizagem é centrada no aluno.
Uso da comunicação bidirecional, por meio da qual aluno e professores trocam experiências, utilizando as
diferentes estratégias de interação.
3.5 Pág. 6
Alguns opositores da modalidade a distância alegam que poucos encontros presenciais não permitem a exacerbação da
afetividade entre os componentes dos cursos. Outros afirmam que há necessidade de um rigoroso planejamento a longoprazo acerca das atividades pedagógicas nessa modalidade de ensino.
Palloff e Pratt (2004) afirmam que já é uma realidade a oferta de cursos virtuais interativos de alta qualidade. Os
elementos essenciais desses cursos envolvem aspectos relacionados à eficácia do aluno, desenho do curso, atuação do
facilitador e suporte ao aluno. A qualidade está intrinsecamente ligada à colaboração, à presença constante do facilitador
e à formação de uma comunidade de aprendizagem.
3.6 Pág. 7
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