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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO CURSO DE TRADUTOR E INTÉRPRETE
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
A TRADUÇÃO DOS GRUPOS NOMINAIS DO INGLÊS PARA O PORTUGUÊS: UMA ANÁLISE SEGUNDO UMA
ABORDAGEM FUNCIONAL E INTERPRETATIVA
DANIELE CRISTINE PRUBE ELLEN NOGUEIRA
ENGENHEIRO COELHO – SP
2006
DANIELE CRISTINE PRÜBE ELLEN NOGUEIRA
A TRADUÇÃO DOS GRUPOS NOMINAIS DO INGLÊS PARA O PORTUGUÊS: UMA ANÁLISE SEGUNDO UMA
ABORDAGEM FUNCIONAL E INTERPRETATIVA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Letras e Tradutor e Intérprete do Centro Universitário Adventista de São Paulo como requisito parcial à obtenção da graduação em Letras e Tradutor e Intérprete sob a orientação do Profº. Ms. Neumar Lima.
ENGENHEIRO COELHO – SP 2006
Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em 16 de novembro de 2006, pela Banca Examinadora constituída pelos professores: __________________________________________________________________________
Prof.º Ms. Neumar de Lima – Orientador
__________________________________________________________________________ Prof.ª Ms. Ana Maria Shäffer
__________________________________________________________________________ Prof.ª Ms. Tania Siqueira
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus pela força e coragem durante o desenvolvimento e conclusão deste trabalho; À minha mãe, Arlete, por sua motivação e incentivo em todo o percurso acadêmico; A todos os meus amigos que me acompanham nesta jornada; Aos professores por compartilharem o conhecimento e a experiência; Ao orientador, Neumar de Lima, por seu empenho em sempre nos auxiliar e conhecimento fornecido com a orientação; Às professoras Ana Schäffer e Tânia Siqueira que tão prontamente aceitaram o convite para participarem da Banca Examinadora.
Daniele
AGRADECIMENTOS
À Deus, que é meu guia e me conduziu dando forças e ânimo para realização deste trabalho; Aos meus pais que sempre me motivaram nos momentos mais difíceis, por serem meus melhores amigos, pelo apoio constante, amparo: vocês são uma inspiração para mim. Aos colegas do 4ºano de Tradutor e Intérprete que torceram para a realização deste trabalho. Aos meus estimados professores que durante esses quatros anos compartilharam conhecimento e nos mostraram o caminho a seguir no decorrer da jornada e principalmente pelo carinho e paciência demonstrados. Ao meu noivo Adriani Milli que esteve ao meu lado concedendo carinho incondicional e sempre disponível para me ajudar e incentivar nesta caminhada. Ao meu orientador Neumar de Lima, pelo conhecimento compartilhado e dedicação para com o trabalho, meus sinceros agradecimentos. À minha amiga Daniele Prübe que participou na realização do trabalho, somos uma dupla e tanto! você proporcionou levantamentos válidos, idéias e apoio total para o trabalho. De coração muito obrigado!
Ellen
SUMÁRIO RESUMO ................................................................................................................................. vii ABSTRACT ............................................................................................................................ viii INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1 CAPÍTULO 1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................... 4
1.1. A abordagem da Gramática Sistêmico Funcional ......................................................... 4 1.2. A Sentença na Teoria Funcionalista de Halliday ........................................................ 6 1.3. Os Grupos Nominais da Língua Inglesa........................................................................ 6
1.3.1. Conceituação e Formação ..................................................................................... 7 1.3.2. Os Pré-modificadores ......................................................................................... 8
1.4. Estudo Contrastivo entre o GN do Inglês e Português ............................................... 17 1.4.1. A posição dos Modificadores em Português ..................................................... 19
1.4.2. Tradução de Modificadores Compostos por Particípio ..................................... 20 1.4.3. Substantivos Compostos .................................................................................... 21
1.5. A Teoria Interpretativa da Tradução .......................................................................... 23 1.5.1. Os postulados teóricos da Teoria Interpretativa ................................................ 25
1.6. Síntese e Aplicação ..................................................................................................... 27 CAPÍTULO 2 – ANÁLISE DE GRUPOS NOMINAIS TRADUZIDOS .......................... 29 2.1. Análise com base nas traduções dos alunos do 2º ano de Tradutor e Intérprete .......................................................................................................................... 29 2.2. Análise com base no corpus da tradução da obra “History of
Modern Criationism ” ...................................................................................................... 44
III.CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 50 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 52 ANEXO 1 ................................................................................................................................. 54 ANEXO 2 ................................................................................................................................. 62
NOGUEIRA, Ellen; PRÜBE, Daniele. A Tradução dos Grupos Nominaos do Inglês
para o Português: uma análise segundo uma abordagem funcional e interpretativa. Engenheiro Coelho, 2006. 63p. (Monografia) – Curso de Letras e Tradutor e Intérprete/UNASP – Engenheiro Coelho.
RESUMO
Este trabalho visa refletir sobre as dificuldades de tradução dos grupos nominais (GN)
da língua inglesa para a língua portuguesa. Como fundamentação teórica,
apresentaremos primeiramente a estrutura interna sintático-semântica dos GN da língua
inglesa, segundo a gramática sistêmica-funcional de Halliday, em contraposição com a
estrutura dos GN na língua portuguesa. Em seguida, refletiremos sobre o processo de
tradução com base na Teoria Interpretativa de Seleskovitch. Utilizando-se dessas duas
linhas teóricas, analisaremos como alguns alunos do curso de Tradutor e Intéprete de
uma Universidade no interior de São Paulo perceberam e traduziram os GN do inglês
para o português.
Palavras chaves: Grupos nominais, estrutura, tradução.
NOGUEIRA, Ellen; PRÜBE, Daniele. The Translation of Nominal Groups from
English into Portuguese: an analyze through a functional and interpretative approach. Engenheiro Coelho, 2006. 63p. (Paper) – Modern Languages Course and Translation and Interpretation Course/UNASP – Engenheiro Coelho.
ABSTRACT
This paper reflects on the translation difficulties of English nominal groups into the
Portuguese variants. Using Halliday´s systemic functional grammar as a theoretical
basis, first we will present the semantic syntactic internal structure of English nominal
groups contrasting with those of Portuguese. Subsequently, we will also consider the
translation process based on Seleskovitch´s Interpretative Theory. Using both theories,
we will analyze how students from a University from a town in São Paulo enrolled in
the Translation and Interpretation course recognized and translated the nominal groups
from English into Portuguese.
Key words: Nominal groups, structure, translation
INTRODUÇÃO
Muitos alunos de tradução ou até mesmo profissionais da área apresentam
dificuldades em traduzir os grupos nominais (GN) por causa de suas distintas estruturas
morfossintáticas. Na realidade, sabemos que as estruturas lingüísticas são diferentes em
cada língua, e como não podia ser diferente o inglês e o português contêm estruturas
lingüísticas distintas, especialmente no que diz respeito aos GN, como procuraremos
deixar claro em nosso trabalho. Daí, o nosso interesse em aprofundar um estudo sobre
os Grupos Nominais em inglês e sua tradução para o português pois as diferenças
sintáticas entre os GN nas duas línguas tendem a gerar dificuldades na compreensão,
danificando o processo de percepção de seu significado e, posteriormente, sua tradução.
O pressuposto de nosso trabalho é que se o tradutor conhecer profundamente os
mecanismos morfossintáticos dos GN, este estará mais habilitado a estabelecer relações
semânticas e sintáticas de maneira mais rápida e transferirá com maior eficiência a
seqüenciação de idéias para a língua de chegada, apresentando as propriedades cruciais
de significação. Em outras palavras, acreditamos que através do conhecimento estrutural
dos grupos nominais, os elementos essenciais da frase podem ser captados com mais
naturalidade e rapidez, e o tradutor estará em melhores condições de alcançar maior
precisão na tradução.
Em síntese, procuraremos descrever neste trabalho que o domínio das estruturas
do grupo nominal permitirá que o tradutor consiga esquematizar o modo pelo qual os
constituintes do sintagma são ordenados e concatenados, para que de maneira eficiente e
prática possa interpretar a relação sintático–semântica do grupo nominal na língua de
partida, e reformular na língua de chegada a mensagem apreendida.
Para analisarmos a estrutura sintático-semântica dos grupos nominais,
utilizaremos a Gramática Sistêmico-Funcional (GFS) de Halliday (1995), extraída da
obra “Using Functional Grammar”. Este autor nos interessou, pois queríamos adotar um
referencial teórico que visse a língua de modo mais amplo, não restritivo a mera
descrição estrutural.
Na realidade, Halliday, com sua teoria, correspondeu aos anseios pedagógicos de
ensino de línguas e desenvolveu seus estudos lingüísticos com base no uso da língua no
contexto social, seus modos de uso e sistematização. Como declara Neves (1994, p.
112), a gramática funcional é uma teoria geral da organização gramatical de línguas
naturais que procura integrar-se em uma teoria global de interação social. Como o foco
do nosso trabalho é o processo tradutório, cujo objetivo último é romper barreiras
comunicativas, achamos que a GSF nos ajudaria a analisar esse processo.
Simon Dik (1997, p. 3) afirma que “na gramática funcional, a língua é em
primeiro lugar conceituada como um instrumento de interação social entre seres
humanos, com a intenção de estabelecer relacionamentos”. Enfocando esta mesma
visão, MARTINET1 apud NEVES (1994a, p.109) define a gramática funcional como
objeto que analisa o modo como as pessoas conseguem comunicar-se pela língua. Neste
sentido, a abordagem da GSF configura-se numa relação existente entre a
instrumentalidade do uso da língua juntamente com a sistematicidade da estrutura da
língua. Neves (1994b, p.113), dessa forma, afirma que o objetivo é justamente examinar
os fenômenos existentes na língua para que os indivíduos não codifiquem somente as
expressões, mas que saibam interpretá-las de maneira inteiramente satisfatória,
alcançando a competência comunicativa. A língua é vista como instrumento que
estabelece relações comunicativas e usada para fins de comunicação no contexto das
circunstâncias envolventes no ato da fala.
Como segundo fundamento teórico, utilizaremos a Teoria Interpretativa de
Danica Seleskovitch (1980). Essa pesquisadora da área da interpretação e tradução, em
consonância com os postulados de Halliday, também entendia a linguagem como um
instrumento para estabelecer relações comunicativas. Em suas pesquisas, Seleskovitch
procura ir além da mera sistematicidade da estrutura da língua. SELESLOVITCH2 apud
PAGURA (2003, p. 218), lamenta que “desde Saussure, os estudos da lingüística
sincrônica tentam imprimir-lhe um cunho mais científico ao dissociar o estudo das
línguas e de seu funcionamento do estudo de seu uso, propriamente dito, na dicotomia
‘língua X fala’, da teoria Saussariana”.
SELESKOVITCH3 apud PAGURA (2003, p. 219) complementa, ressaltando
que “para estudar a tradução, deve-se abandonar o domínio dos sistemas de signos
articulados, ...a fim de penetrar o domínio do ato de comunicação...”
O trabalho foi dividido em dois capítulos. No primeiro, realizaremos uma análise
teórica com base nos estudos de Halliday , Dik e Moura Neves. Em seguida, faremos
1 MARTINET, A. Estudios de Sintaxis Funcional. Madrid: Gredos, 1978. 2 SELESKOVITCH, D. 1980. Pour une théorie de la traduction inspirée de sa pratique. Meta, v. 25, n. 4.pp. 401-408. Montreal: Presses de l'Université de Montréal. 3 SELESKOVITCH, D. 1980. Pour une théorie de la traduction inspirée de sa pratique. Meta, v. 25, n. 4.pp. 401-408. Montreal: Presses de l'Université de Montréal
um estudo contrastivo entre o grupo nominal em inglês e em português e, por fim,
concluiremos o capítulo com a discussão a respeito da Teoria Interpretativa de
Seleskovitch, que nos fornecerá fundamentos para auxiliar-nos no processo de tradução
do grupo nominal.
No segundo capítulo, apresentaremos, em primeiro lugar, os resultados de uma
pesquisa de campo que fizemos com a turma de uma Universidade no interior de São
Paulo do curso de Tradutor e Intérprete. Por meio dessa pesquisa, baseada em grupos
nominais extraídos da revista Diálogo, procuraremos verificar o nível de dificuldade que
os alunos tradutores podem enfrentar ao se verem às voltas com um grupo nominal. Em
segundo lugar, para completar a análise anterior, analisaremos uma seleção de grupos
nominais traduzidos por 6 alunos formandos do curso de Tradutor e Intérprete, extraídos
das traduções feitas no Núcleo de Tradução da Universidade.
Nas conclusões finais, apresentaremos nossa reflexão sobre a importância dos
grupos nominais no processo tradutório e até que ponto nossos pressupostos
apresentados nessa tradução puderam ser verificados.
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As palavras não funcionam simplesmente como unidades independentes, são
formadas de unidades agrupadas e complexas que se formam de maneira distinta e
identificável. Portanto, toda sentença de uma língua é organizada por seqüências de
constituintes organizados. MEADOW4, apud MIORELLI (2000, p. 364) afirma que a
informação é um conjunto de símbolos organizados em uma estrutura. A oração,
portanto, tem entidades relacionadas entre si que possuem uma estrutura de significação
e referência para identificação da informação. Em qualquer sentença podemos
identificar grupos de palavras que estão relacionadas entre si, formando blocos coesos,
que são elementos importantes para a textualidade. Essa propriedade cria a progressão
textual, clareza e melhor compreensão da oração.
Podemos identificar na sentença um vínculo sintático-semântico repleto de
configurações organizadas e estruturadas por dois pólos ou grupos maiores: um nominal
e outro verbal. Neste capítulo apresentaremos uma análise das estruturas e
funcionamento do GN na língua Inglesa e tendo como base a proposta seguida pela
gramática sistêmico-funcional de Halliday. Antes de analisarmos os GN propriamente
ditos, faremos uma breve síntese da abordagem da Gramática Sistêmico-Funcional.
1.1. A abordagem da gramática sistêmico-funcional
O precursor da Gramática sistêmico-funcional foi JR Firth, renomado lingüísta
britânico entre as décadas de 1930 e 1950. A sistematização de sua teoria e o
preenchimento das lacunas existentes foram realizadas por seu aluno Michael Alexander
Kirkwood Halliday, com a colaboração de um grupo de lingüístas europeus influentes
da Escola de Praga. Seu modelo foi publicado em 1961, e em 1965 tornou-se
professor de lingüística na Universidade de Londres. Em 1967 mudou-se para Austrália,
onde estabeleceu o departamento de lingüística na universidade de Sydney, onde
permaneceu até se aposentar. Estudou e escreveu nos mais diversos campos da
lingüística e sua influência é sentida nos diversos estudos lingüísticos. Seu trabalho foi
amplamente difundido na Austrália e em todo o mundo.
4 MEADOW, C.T.et al.Text information retrieval systems.Academic press; p, .364,2000.
Segundo Neves (1994, p.112), Halliday propôs uma gramática universal
aplicável a todos os tipos de língua, com organizações de estruturas na sentença, vendo
a frase como ato de interação que integra síntaxe e semântica.
O modo como se obtém a comunicação com a língua é fundamental nos estudos
funcionais e, para analisá-la, Halliday considera as expressões lingüísticas como
configurações de funções, e cada função tem um modo de significação na oração. É
justamente devido ao estudo das funções pelo funcionalismo que seu pensamento
lingüístico se distingue do formalismo lingüístico. No formalismo, a análise da forma
lingüística é primária, enquanto no funcionalismo é a função das formas lingüísticas que
desempenham papel fundamental. Podemos dizer também que os formalistas
consideram a língua como fenômeno mental e os funcionalistas encaram-na
primariamente como fenômeno do ato social com função social.
Segundo HOFFMAN5 apud NEVES (1994, p. 114), a gramática de acordo com
o formalismo lingüístico “trata da estrutura das formas e categorias de uma língua, ao
passo que a gramática funcional analisa a relação sistemática entre as formas e as
funções em uma língua”.
Neves (1994, p.114) ampliou essa discussão afirmando que o formalismo vê a
gramática como “sistema autônomo no modo de considerar a língua, enquanto o
funcionalismo vê a língua e suas modalidades de expressões não como objetos
funcionais arbitrários, mas como configurações estruturadas por funções que são
interpretadas em torno de um sistema semântico”.
Uma gramática funcional, como coloca Neves (1994, p.119), destina-se a
revelar, pelo estudo das seqüências lingüísticas, os significados que estão codificados
nessas seqüências. Dessa forma, o termo semântico não se refere só à questão de
significado das palavras, mas de todo um sistema de significados da língua, que são
compreendidos quando se corporificam em enunciados. O papel da gramática funcional,
então, é o de explicitar uma interpretação do sentido de um texto, cujo significado é
codificado no enunciado como um todo integrado.
HALLIDAY6, apud NEVES (1994, p.117) expõe uma descrição semântica
baseada numa série de estruturas sistêmicas segundo as várias funções da linguagem
5 HOFFMAN,L.Towards a pragmatically founded grammar. In: GRAUSTEIN, g., leitner, g. (Ed.) Reference grammar and modern linguistic theory. Tubingen:Max Niemeyer Verlag, p.32,1989. 6 HALLIDAY, M. A.K. Explorations in the function of language. London: Eduard Arnold, 1973a.
que se concretizam numa forma estrutural unificada. Em síntese, as estruturas
lingüísticas possuem uma organização tanto semântica quando sintática.
1.2. A sentença na Teoria Funcionalista de Halliday
Segundo informações contidas no site Edict Virtual Language Centre, a
sentença, ou oração, é vista como um enunciado composto por um conjunto de
estruturas semânticas descritas como: processos, participantes e circunstâncias,
conforme o exemplo abaixo:
She opened the bottle hurriedly with a knife
Participante processo participante circunstância Participante/circunstância
Capturado no site: <http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar/>
É interessante notar que o processo é geralmente um grupo verbal, os
participantes, um grupo nominal e as circunstâncias, um grupo preposicional ou
adverbial. As sentenças, para Halliday, fazem parte de uma hierarquia estrutural,
organizadas em diferentes níveis de análise. O nível macro é o texto, seguido pelas
sentenças, ou orações, formadas por grupos, constituídos de palavras, e essas, por sua
vez, de morfemas. Pode-se perceber, portanto, que as sentenças não são isoladas e
autônomas, mas são formadas por constituintes sistematizados em grupos. Um grupo é
formado por uma seqüência de palavras que se juntam para formar ligações coesivas.
Neste trabalho, como já mencionado, nosso foco são os grupos nominais.
1.3. Os Grupos Nominais da Língua Inglesa
Os grupos nominais são palavras que se combinam em torno de um núcleo
(headword), que é um substantivo. O núcleo, como entidade específica e essencial do
grupo nominal, é a palavra dominante que dá o sentido central e comanda as demais
palavras. No caso da língua portuguesa, ele determina a concordância em pessoa,
gênero e número dos demais elementos do grupo. A respeito disso, BLOOMFIELD7,
apud PO CHUI LUK; KUI XU; HELEN MENG (1983, p.3), afirma que “o núcleo 7 BLOOMFIELD,H. An Introduction to the study of language, Henry Holt and Company, New York, 1983.
(headword) de uma entidade lingüística é aquela parte da unidade que lhe dá seu caráter
essencial”.
1.3.1 Conceituação e formação8
Halliday denomina o núcleo como “coisa” (thing), por ser o conteúdo, a
essência, coisas, animais, uma pessoa, um ser, lugares e sentimentos. HALLIDAY9,
apud AKANDE (2002, p.4) afirma ainda que o “elemento nomeado “coisa” é o centro
semântico do grupo nominal, constituído por um substantivo, seja ele comum, composto
ou nome próprio”. Segundo Akande (2002, p.4), o núcleo é o único componente
obrigatório.
Além do núcleo existem os modificadores, que caracterizam e sub-caraterizam o
núcleo. HALLIDAY10 apud AKANDE (2002, p.4) explica que o grupo nominal é
composto por “substantivos mais determinantes e outros modificadores...” Concernente
à estrutura dos grupos nominais, MIRA MATEUS11 apud RICA (1997, p.6)
complementa que “a estrutura do grupo nominal inclui necessariamente um núcleo
(substantivos ou pronomes) e opcionalmente dois tipos de constituintes
exemplificadores (determinantes, quantificadores e expressões qualitativas) e
complementos (sintagmas adjetivais, sintagmas preposicionais, frases relativas e
epítetos)...”, como explicaremos adiante. De acordo com MUIR12 apud AKANDE
(2002, p.4), a estrutura dos grupos nominais na Língua Inglesa é formada pelo núcleo,
os modificadores e qualificadores.
8 Lembrando que a análise desta seção está voltada apenas para a estrutura dos Grups Nominais da Língua Inglesa. As traduções para o portugues, conforme as tabelas, são apenas uma referência para que leitores leigos possam compreender o significado do grupo nominal. 9 HALLIDAY,M.A.K.Text as semantic choice in social contexts.In:Teun A. Van Dijk and Janos, S. Petofi.,p.189,1994. 10 HALLIDAY, M.A.K. Language Structure and Function. In: J. Lyons (ed.). New Horizons in Linguistics. Harmondsworth,Penguin Books.p.7, 1977. 1977 11MATEUS, Maria Helena M. Gramática da língua portuguesa. 3ª ed.,Lisboa Editorial Caminho.p.184-198,1989. 12MUIR, J.Principles and Practices in Second Language Acquisition. Exeter: Wheaton and Co. Ltd.p.26,1972.
O exemplo abaixo ilustra essa composição. Podemos observar que o núcleo está
sempre presente e que à medida que os modificadores se posicionam, a informação a
respeito do núcleo é caracterizada, especificada ou ampliada.
Grupo nominal em inglês Tradução Bridge Ponte The bridge A ponte The old bridge A ponte velha The old rusty bridge A velha ponte enferrujada The old rusty ruined bridge A velha ponte enferrujada em ruínas The old rusty ruined bridge on that country town A velha ponte enferrujada em ruínas naquele
vilarejo Capturado no site: <http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar/>
O núcleo é a palavra para qual a frase pode ser reduzida, mantendo-se, no
entanto, o escopo da mensagem.
A estrutura dos grupos nominais deve ser entendida pela dependência e ordem
dos modificadores com o núcleo. De acordo com a gramática funcional, restritores que
não estão na posição núcleo serão expressos como modificadores. Os modificadores
dividem-se em pré-modificadores e pós-modificadores, conforme a estrutura e o
exemplo abaixo:
Estrutura Pre-modifier/ pré-modificador
Head / Núcleo Post-modifier / Pós-modificador
Exemplo The stale cream down the sink Tradução A nata estragada despejada na pia Capturado no site: <http://www.edict.com.hk/vlc/fungrammar/Nom/Nom.htm>
O exemplo acima é um grupo nominal que contém tanto pré-modificadores
como pós-modificadores. De acordo com Winthrop (1958, p.297), os modificadores
exercem a função de ampliar, qualificar, selecionar, mudar ou descrever o significado
do núcleo. Eles descrevem ao leitor o tamanho, a cor, o formato, ou a maneira que uma
ação ocorre, além de transformarem a sentença, deixando-a vívida, específica, enfática e
perceptível. Ademais, adicionam informações sem adicionar mais sentenças. Se
tivéssemos de acrescentar uma nova sentença a cada vez que houvesse acréscimo de
detalhes, o texto ficaria monótono.
1.3.2 – Os pré-modificadores
Analisaremos a seguir os pré-modificadore e como eles se posicionam do lado
esquerdo do núcleo. Observe os exemplos abaixo:
a) His cherished childhood dream Seu estimado sonho infantil b) The universal business outfit O equipamento de negócios universal c) Those highlighted personalities Aquelas personalidades em destaque
Os pré-modificadores geralmente não ultrapassam três palavras, mas em alguns
casos, como em anúncios publicitários, podem tornar-se mais complexos, como no
exemplo abaixo:
T The brand new vitamin-packed high calcium low fat vanilla flavoured milk
O mais novo leite enriquecido com vitaminas, com alto teor de cálcio, de baixo valor calórico no sabor de baunilha.
Capturado no site:http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar/
O núcleo nesta frase é “milk”. As demais palavras constituem os pré-
modificadores. A ordem seqüencial dos pré-modificadores, de acordo com a gramática
funcional, é a seguinte:
Dêitico Numeral Epíteto Classificador Núcleo
Ao verificar a ordem, constatamos que existem quatro categorias para o pré-
modificador. A primeira categoria imediatamente antes do núcleo são os classificadores,
que será nosso ponto de partida em nossa análise dos pré-modificadores.
Os classificadores caracterizam o núcleo como membro de uma classe e
identifica sua função, envolvimento, tipo, relacionamento, propósito e natureza. Em
outras palavras, eles descrevem ou limitam o núcleo a uma divisão. São utilizadas
palavras gerais tais como: romantic, social, moral, legal ou qualquer outro substantivo
adequado, como veremos a seguiur. Observe o exemplo abaixo:
1. Social life Vida social 2. Legal requirement Requerimento legal 3. Adventure story História de aventura 4. Tool box Caixa de ferramentas 5. Holy relic Relicário santo Capturado no site:<http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar/ >
Como podemos observar, os classificadores conferem uma referência geral ao
núcleo ou, como o próprio nome já diz, classificam-no.
Segundo informações contidas no site Edict Virtual Language Centre, “os
classificadores podem ser formados por adjetivos ou mesmo por substantivos. Na
realidade, na posição de pré-modificador, somente os classificadores podem ser
formados por substantivos”. No primeiro, segundo e quinto exemplos acima, “social”,
“legal” e “holy”, são classificadores adjetivos e nos exemplos 3 e 4, temos
classificadores substantivos (adventure e tool).
Os classificadores podem ocorrer mais de uma vez em um único grupo nominal.
Veja o exemplo abaixo:
A new white imported sports car Um novo carro esporte branco importado
Exemplo retirado da obra: Using Functional grammar-An Explorer’s Guide, p.53
Nesse exemplo, o núcleo é a palavra “car” e os classificadores são o substantivo
“sports” e o adjetivo “imported”. Nesses dois exemplos de classificadores observamos
que, “sports” é uma sub-caracterização do núcleo “car”. Muitas vezes, como foi visto
no exemplo acima, ocorre de haver mais de um classificador. Vejamos outros exemplos:
Inglês
Português
University social life
Vida social universitária
Government legal requirement Requerimento legal do governo War adventure story Histórias de aventuras de guerra Metal tool box Caixa de ferramentas de metal Church holy relic Santo relicário de uma igreja Capturado no site:<http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar/ >
O quarto constituinte dos classificadores são denominados na língua Inglesa
como particípios não-gradativos. Eles indicam o processo no qual o núcleo está
envolvido, sua ação ou função, e podem ainda se modificar formando classificadores
compostos.
Stipulated British government legal requirement Requisitos legais estipulados pelo governo britânico Well-written desert war adventure story Histórias muito bem escritas sobre aventuras de
guerras no deserto Self-locking Japanese metal tool box Caixa de ferramentas de metal japonesa com tranca
automática Decaying Turin church holy relic Um santo relicário de uma igreja em Torino em
estado de deteorização
A próxima categoria de pré-modificadores que antecedem os classificadores, que
acabamos de analisar, são os epítetos. Os epítetos descrevem a qualidade do núcleo, ou
seja, qualificam-no, sendo o adjetivo o único elemento utilizado.
O primeiro tipo de epíteto são os epítetos de cores, conforme os exemplos
abaixo:
Black self-locking Japanese metal tool box Caixa de ferramenta de metal japonesa preta com tranca automática.
Dusty-brown decaying Turin church holy relic Um santo relicário de uma igreja em Torino empoeirado e em estado de deteorização
Capturado no site:< http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar >
Depois das cores, o próximo elemento à esquerda é o epíteto qualitativo, que se
refere à idade. Observe os exemplos:
Old black self-locking Japanese metal tool box Uma velha caixa de ferramentas de metal japonesa preta com tranca automática
Old dusty-brown decaying Turin church holy relic Um velho e santo relicário de uma igreja em Torino empoeirado e em estado de deteorização
New well-written desert war adventure story Novas histórias muito bem escritas sobre aventuras de guerras no deserto
Capturado no site:<http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar/>
Os epítetos qualitativos são identificados como gradativos, pois expressam as
qualidades em níveis ou graus. Esses níveis são indicados pelo uso de very, much,
highly, extremely. O adjetivo pode ser qualificado arbitrariamente numa gradação
crescente mediante o uso de advérbios tais como: rather, fairly, quite, very, extremely.
Esses advérbios são chamados de submodificadores. Observe os exemplos abaixo:
A fairly old terraced house Uma casa geminada bastante antiga A quite interesting film Um filme um tanto interessante An awfully boring speech Um discurso terrivelmente entediante This very difficult problem Este problema muito difícil A fantastically large amount Uma quantidade extraordinariamente grande Capturado no site: <http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar/>
Além desses advérbios de intensidade, o adjetivo gradativo (gradable adjective)
pode conter marcadores de comparação, formados pelos sufixos e prefixos formadores
de comparativos e superlativos, -er, -est ou more e most. Observe os exemplos:
A more exhaustive book Um livro mais exaustivo The oldest mummy in the museum A múmia mais antiga do museu The most valuable writings Os escritos mais valiosos
Nos exemplos acima, podemos ver claramente como os submodificadores
intensificaram o epíteto, muitas vezes mais por questões retóricas do que semânticas.
Outro aspecto digno de nota é que a maioria deles antecede um particípio não gradativo
(non-gradable participle).
À esquerda do epíteto de idade temos, em seguida, o epíteto qualitativo que se
refere a tamanho, forma e peso ou qualidades geralmente relacionadas a essas, que
caracterizam o núcleo. As palavras usadas são big, little, huge, hectic, mysterious,
intricate. Observe os exemplos abaixo:
Little old black self-locking Japanese metal tool box
Uma velha caixa de ferramentas de metal japonesa preta e pequena com tranca automática
Curious old dusty-brown decaying Turin church holy relic
Um curioso santo relicário de uma igreja em Torino empoeirado e em estado de deterioração
Hectic American university social life Agitada vida social da universidade americana Capturado no site: <http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar/>
À esquerda do epíteto qualitativo de tamanho pode-se introduzir outro tipo de
epíteto, o epíteto atitudinal, que inclui novamente o particípio.
Delightful little old black self-locking Japanese metal tool box
Uma velha e encatadora caixa de ferramentas de metal japonesa com tranca automática
Exciting hectic American university social life Emocionante e agitada vida social da universidade americana
Entertaining new well-written desert war adventure story
Novas histórias divertidas e muito bem escritas sobre aventuras de guerra no deserto
Capturado no site: <http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar/>
A próxima posição, à esquerda do epíteto atitudinal é reservada ao adjetivo
geral, quase um dêitico, que será visto mais adiante. Este funciona como referência para
algo que está além da situação imediata ou do contexto textual. As palavras
freqüentemente utilizadas são: same, famous, different ou usual.
Same delightful little old black self-locking Japanese metal tool box
A mesma antiga, pequena e encantadora caixa de ferramenta de metal japonesa com tranca automática
Usual exciting hectic American university social life
A típica, emocionante e agitada vida social da universidade americana
Particular stipulated British government legal requirement
Requisitos legais específicos estipulados pelo governo Britânico
Capturado no site: <http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar/>
HALLIDAY apud SAPARAS (2005) declara que o epíteto indica uma
qualidade do núcleo descrita por um adjetivo, e que pode ser retratada por uma
expressão objetiva (old, blue, fast) ou subjetiva (splendid, silly, fantastic). Halliday
acrescenta que os epítetos objetivos enquadram-se no que ele denomina de epíteto
qualitativo, englobando palavras tais como old, big, slow, que expressam atributos
objetivos do núcleo, com significado experimental, ou seja, um significado apreendido
com base na experiência concreta do núcleo. Quanto aos epítetos subjetivos, Halliday os
denomina de epítetos atitudinais, pois não expressam qualidades intrínsecas do núcleo,
mas sim a atitude do falante em relação à coisa expressa pelo núcleo.
De acordo com informações contidas no site Edict Virtual Language Centre,
quando esses dois tipos de epíteto ocorrem juntos num enunciado, a tendência é de o
epíteto atitudinal preceder o qualitativo. No entanto, não se trata de uma regra fixa, pois
essa ordem varia em alguns casos. Veja os exemplos abaixo:
A nice hot cup of tea Um agradável copo de chá quente A big nasty noise Um barulho alto e asqueroso Capturado no site: <http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar/>
No primeiro exemplo, constatamos que o epíteto atitudinal nice precede o
qualitativo hot, ao passo que no segundo exemplo o epíteto qualitativo big precede o
epíteto atitudinal nasty.
Um aspecto importante a ser ressaltado, em relação aos epítetos qualitativos e
atitudinais, sendo a principal diferença entre eles, é que os qualitativos são capazes de
definir o núcleo concretamente, conforme já mencionamos, ao passo que o atitudinal
funciona incorporando ao núcleo um elemento significativo interpessoal, já que servem
para identificar sentimentos ou pensamentos sobre o referente, no caso o núcleo. Ao
utilizarmos os epítetos qualitativos old, por exemplo, consideramos uma informação
real, concreta, não voltada ao sentimento, mas algo que descreve uma realidade geral
existente sobre o referente. Por outro lado, se utilizarmos o epíteto atitudinal beautiful,
entenderemos esta palavra como uma expressão do sentimento ou pensamento do
interlocutor com relação à informação contida no núcleo. Em outras palavras, envolve
uma opinião do interlocutor a respeito do referente.
Até está altura, discorremos sobre os diferentes tipos de pré-modificadores num
grupo nominal: os classificadores, os epítetos e os adjetivos gerais, com função
semelhante à dos dêiticos. A seguir, analisaremos com mais profundidade os diferentes
tipos e níveis de adjetivos utilizados na posição de pré-modificadores. Observe o
exemplo abaixo:
The stale sterilised Devonshire cream
A nata estragada e esterilizada de Devonshire
Capturado no site: <http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar/>
No exemplo acima, reconhecemos o substantivo próprio “Devonshire”, que é o
nome de um país, e que no exemplo está funcionando como um pré-modificador
classificador, já que antecede imediatamente o núcleo, explicitando a natureza ou tipo
do cream (nata). A palavra sterilised é o particípio passado do verbo sterilise. Funciona
aqui como classificador formado por particípio não gradativo (non-gradable participle),
sendo considerado um adjetivo derivado. Stale, por sua vez, funciona como epíteto
qualitativo, e é considerado um verdadeiro adjetivo, já que não representada uma forma
derivada, como é o caso de sterilised. Ademais, como stale é um epíteto gradativo
(gradable), pode ser usado com os diversos níveis de intensificação, os
submodificadores, tais como very, much, highly, etc, o que não ocorre com sterilised,
por ser não gradativo.
Butt et all (1995, p.53) esclarece esse ponto ressaltando que, visto o classificador
não poder vir antecedido de um submodificador, não é normal mencionarmos an old
very timber house, mas dizemos a very old timber house.
Os epítetos e os classificadores são geralmente regidos por uma ordem pré-
definida. Observe a tabela abaixo, com base em Torres (2002, p.62):
Opinião Epíteto Atitudinal
Tamanho Epíteto Qualit.
Idade Epíteto Qualit.
Cor Epíteto Qualit
Forma Epit. Qualit.
Adjetivo Classif.
Classif. Geral
Subst. ou particípio não gradativo como Classif.
Núcleo
A beautiful big round wooden table An impressive old Egyptian rock Monument A beautiful oval handmade rug A charming young American Actress A wonderful blue sky
Após analisarmos os classificadores e os epítetos, analisaremos a seguir a
categoria dos numerais. Os numerais ocorrem à esquerda da categoria dos epítetos. O
numeral refere-se à quantidade que há do núcleo ou a ordem em que ele ocorre. Os
numerais classificam-se em ordinais (primeiro, segundo terceiro...) e cardinais (um,
dois, três, mil...). Observe os exemplos abaixo:
Números ordinais: A second-hand car salesman Um vendedor de carro segunda
functional grammar edict) mão My first cute smart dog Meu primeiro cachorro esperto e
fofinho The third floor flat O apartamento do terceiro andar Números Cardinais: One thousand sharped pencil Mil lápis apontados Twelve faithful disciples Doze discípulos fíeis One thousand connected prayer
people Mil oradores conectados
A próxima categoria dos pré-modificadores são os dêiticos ou determinantes.
Eles exercem a função de apontar ou selecionar o núcleo. Podem também referir-se a
algo que já fora mencionado ou que será mencionado posteriormente. Os dêiticos são
formados por pronomes demonstrativos, possessivos ou alguns indicadores não
específicos. São estes elementos que geralmente iniciam o grupo nominal, apesar de
alguns não possuírem tais determinantes.
Os demonstrativos incluem the, this, that, these, those, os possessivos, my, her,
their, these, those e os indicadores não específicos seriam a, some, both, all. Veja os
exemplos abaixo:
The White stiff coin A moeda branca e dura
The old Roman bridge A antiga ponte Romana
That valuable significant outstanding lecture Aquela valiosa, significante e excelente palestra
Those beautiful pink roses Aquelas bonitas rosas de cor rosa
My expensive indescribable car Meu indescritível e dispendioso carro
A very large head Uma cabeça muito grande
Conforme declara MURCIA, FREEMAN e WILLIAMS (1999 p.83), “como os
determinantes são modificadores dos substantivos, eles estão muitas vezes restritos ao
número ou à contabilidade do núcleo com a qual eles podem co-ocorrer”. Segundo esse
autor, existem alguns determinantes que ocorrem somente com substantivos contáveis
no singular, como por exemplo: like, a, each. Existem muitos que ocorrem somente com
substantivos contáveis no plural these, those, many, both. Poucos determinantes
ocorrem com substantivos incontáveis e no singular, sendo much um exemplo. Outros
ocorrem com substantivos no singular ou inconstáveis, tais como this, that. Existem
determinantes que ocorrem tanto com substantivos no plural ou singular, como é o caso
de some e all. Existem outros, no entanto, que ocorrem com qualquer tipo de
substantivo, como é o caso de the, my, his.
Até o presente momento, analisamos todas as categorias existentes no pré-
modificador dos grupos nominais. Observe o exemplo abaixo para ilustrar todas as
categorias existentes dos pré-modificadores analisados.
These two useful red paper clip Dêitico(determinante) Numeral Epíteto
Atitudinal Epíteto Qualitativo
Classificador Núcleo
Passaremos a seguir à análise dos pós-modificadores do grupo nominal. A
gramática sistêmico-funcional considera que na posição de pós-modificador existem
palavras denominadas de qualificadores. Os qualificadores desempenham três funções:
Frase preposicionada ou palavras adverbiais (adverbial groups, ou palavras adjetivas.
Os pós-modificadores têm a função de qualificar o núcleo, além de definir o local e o
período concernentes a ele. Dik (1997, p.168) afirma que: “Os qualificadores são
operadores que informam, de uma maneira ou outra, sobre as medidas de referência do
grupo”. Observe os exemplos:
Qualificadores com função de locução preposicional ou frase preposicionada
Tradução
The most persistent protests in Ireland Os mais persistentes protestos na Irlanda The highest mountains in the world As montanhas mais altas do mundo The antique door of the building A antiga porta do edifício The beautiful words of the psalmist As belas palavras do salmista The nefarious viceroy on a mortifying gibbet O abominável vice-rei em uma tortuosa forca A large bottle of Aunt`s Martha`s port Uma garrafa grande da vinha de Tia Marta An excellent teacher from Unicamp Um excelente professor da Unicamp
Todos os exemplos acima contêm a estrutura de um grupo nominal seguidos de
pós-modificadores. O pós-modificador pode ser transformado em pré-modificador,
como pode ser observado no exemplo abaixo:
A durable steel shelf↔ A durable shelf of steel Uma durável prateleira de aço The door key↔The key to the door A chave da porta↔ A chave para a porta Capturado no site: <http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar/>
O qualificador de locução preposicional é o mais utilizado. Veja o exemplo:
The mystery of the bomb on the lake in New Zealand
O mistério da bomba no lago em Nova Zelândia
O núcleo do exemplo acima é mystery, e todas as palavras após este núcleo são
pós-modificadores. Quando extenso ou repetido muitas vezes pelo uso da preposição, a
princípio pode ser difícil reconhecê-los.
Discorreremos agora sobre os qualificadores com função de palavras adverbiais.
Segundo informações do site Editc Virtul Language Centre, o pós-modificador poder
ser utilizado como uma palavra adverbial em um grupo nominal sem a necessidade de
utilizar preposição. Observe os exemplos:
A palavra immediately posicionada após o núcleo é um pós-modificador que
exerce a função adverbial. No segundo exemplo, a palavra immediate antecede o núcleo
sendo um pré-modificador, com a função de adjetivo (classificador). Veja mais alguns
exemplos:
an appointment immediately Um compromisso imediatamente an immediate appointment Um compromisso imediato
Veja outro exemplo:
The bedroom upstairs O quarto no andar superior The upstairs bedroom O quarto do andar superior
Novamente verificamos que upstairs, no primeiro exemplo exerce a função
adverbial e que upstairs posicionado antes do núcleo, no segundo exemplo, exerce
função adjetiva.
Nos exemplos abaixo, citados por Sledd (1959, p.117), observamos que eles
contêm pós-modificadores e não pré-modificadores, apesar de não possuírem
preposição.
God almighty Deus onipotente Something awful Algo terrível
A seguir faremos um estudo contrastivo entre os grupos nominais da língua
inglesa e os da língua inglesa, tendo em vista o foco do nosso trabalho.
1.4. Estudo Contrastivo entre o GN do Inglês e Português
Nesta seção, realizaremos uma análise contrastiva entre as estruturas dos grupos
nominais das línguas inglesa e portuguesa, tendo como base a descrição e análise do
grupo nominal do inglês desenvolvidas na seção anterior. Afora os autores
mencionados, nossas considerações foram baseadas em Lima (2006).
A primeira diferença notável é a posição que o substantivo/núcleo e os
modificadores, mais precisamente os pré-modificadores, ocupam na estrutura do grupo
nominal em ambas as línguas. Ao passo que no inglês os pré-modificadores, como o
próprio nome indica, antecedem o núcleo, em português eles normalmente se
posicionam após o núcleo. Veja os exemplos abaixo:
a) The Smart boy Determinante
(pré-modificador) Adjetivo (pré-modificador)
Substantivo (núcleo)
b) O Garoto esperto Determinante
(pré-modificador) Substantivo (núcleo) Adjetivo
(pós-modificador)
No entanto, a posição dos modificadores em português não é tão rígida quanto a
do inglês, podendo ficar antes ou depois do núcleo, mas na maioria das vezes os
modificadores posicionam-se após o núcleo. Observe os exemplos:
Grupo Nominal em Inglês Tradução em Português a)A popular rumor Um boato popular b)The beautiful eyes Os lindos olhos ou “olhos lindos” c)English course Curso de Inglês
Por meio da tabela acima, percebemos que no exemplo “a” a tradução para o
português segue a ordem núcleo mais modificador. Já no no exemplo “b”, a tradução do
grupo nominal para o português não obedece a nenhuman ordem fixa entre
modificadores e o núcleo, pois neste caso, o adjetivo pode figurar antes ou depois do
núcleo sem que haja mudança de significado. Por fim, no exemplo “c”, observamos a
necessidade do uso de uma preposição, principalmente quando coexistem dois
substantivos no mesmo grupo nominal. Há também na língua portuguesa o que
chamamos de adjetivos gradativos. De acordo com Azeredo (2000, p.57) os adjetivos
que na língua portuguesa admitem mobilidade são gradativos, ou seja, podem ser
usados com submodificadores (muito, bastante, pouco, realmente, extremamente), que
são advérbios. Observe este exemplo:
Posição Pós-modificador a)As cartas antigas de amor b)As cartas muito antigas de amor
Posição Pré-modificador c)As antigas cartas de amor d)As muito antigas cartas de amor
Na tabela acima, observamos alguns submodificadores usados no grupo nominal
da língua portuguesa. A seguir vejamos alguns exemplos de como estes adjetivos
gradativos são utilizados na língua inglesa.
a) A fairly old terraced house Uma casa geminada bastante antiga b) A quite interesting film Um filme consideravelmente interessante c) An awfully boring speech Um discurso terrivelmente entediante d) A fantastically large amount Uma quantidade extraordinariamente grande Capturado no site : http://www.edict.com.hk/vlc/funcgrammar/
Na tradução de todos os adjetivos gradativos exemplificados na tabela acima,
percebemos que os advérbios submodificadores posicionam-se após o núcleo e antes
dos adjetivos aos quais se referem. Uma semelhança encontrada entre a tradução dos
grupos nominais do inglês para o português é que a posição do advérbio + adjetivo não
muda na tradução para o português. Consideremos o exemplo “a”. Nesta tradução
observamos que fairly old, não foi traduzido como “velho bastante” (adjetivo +
advérbio), mas seguiu a mesma ordem que em inglês “bastante antiga”
(advérbio+adjetivo).
Outro aspecto interessante na tradução dos grupos nominais em inglês é que,
quando este é composto por mais de três adjetivos enfileirados, exige-se o uso da
conjunção “e” ou de uma vírgula.
A beautiful big round wooden table Uma linda mesa de madeira grande e redonda An impressive old Egyptian monument Um imponente e antigo monumento egípcio. That valuate significant outstanding lecture Aquela valiosa, significante e excelente palestra
De acordo com os exemplos acima percebemos que na tradução foi necessário a
utilização da conjunção “e” ou da vírgula para ligar os adjetivos.
1.4.1. A posição dos modificadores em português
Uma das diferenças observadas na tradução dos grupos nominais do inglês para
o português é que há maior incidência de GN compostos por pré-modificadores na
língua inglesa. A posição dos pré-modificadores dos grupos nominais em português não
é tão rígida quanto a dos GN em inglês. Muitos pré-modificadores em inglês, quando
traduzidos, dividem-se em pré e pós modificadores em português.
Miorelli (2000) cita algumas das possíveis formações dos grupos nominais em
português:
“O sintagma nominal possui mais do que uma possibilidade de
estruturação. Ele pode ser formado ora por determinante (DET)+
núcleo(N)+ modificador (MOD); ora por núcleo(N)+
modificador(MOD); ora por determinante(DET)+
modificador(MOD)+ núcleo(N)+ modificador(MOD); ora por
determinante(DET)+ núcleo(N).”
Observe os exemplos:
GN em inglês Tradução Ordem estrutural dos GN em português
The teaching units As unidades de ensino (DET)+(N)+(MOD) Car drivers Motoristas de carro (N)+(MOD) The worse method of instruction O pior método de instrução (DET)+(MOD)+(N)+(MOD) The flower A flor (DET)+(N)
Dentre os tipos de formação dos grupos nominais, queremos destacar a ordem
(N)+(MODS). Esta é normalmente a mais utilizada para a tradução do inglês para o
português. Os pré-modificadores dos grupos nominais em inglês quando traduzidos para
o português tornam-se todos pós-modificadores, muitas vezes sendo necessário o
acréscimo de preposições. Nos exemplos abaixo verificamos essa ocorrência.
Estrutura em inglês = MODS + N Estrutura na tradução para português = N+MODS
a) International Monetary Fund Fundo Monetário Internacional b)North Atlantic Treaty Organization Organização do Tratado do Atlântico Norte c)European Economic Community Comunidade Econômica Européia d)Unites Nations Organization Organizações das Nações Unidas
1.4.2 Tradução de modificadores compostos por particípio
Os modificadores de um GN podem formar-se por particípio (passado ou
presente). Esse tipo de estrutura merece atenção especial, pois é fácil confundi-los com
o gerúndio. Neste tópico, o tradutor perceberá a verdadeira classificação gramatical do
particípio dentro do grupo nominal. Vejamos agora os modificadores formados por
particípio presente. Exemplos:
GN em inglês (particípio presente) Tradução para o português a) A boring person Uma pessoa entediante (que entedia) b) A loving woman Uma mulher amável (que ama) c) A developing country Um país em desenvolvimento (que desenvolve)
Nos três exemplos acima, a presença do particípio presente é marcada com a
terminação ing. O tradutor principiante pode interpretar a forma ing apenas como
gerúndio (terminação ndo em português). No entanto, este também pode figurar como
adjetivo ou forma adjetivada do verbo. Além disso, nestes exemplos, constituídos de
particípio presente, o núcleo é ativo, ou seja, causa uma determinada ação que expressa
continuidade.
Além da ocorrência do particípio presente, temos ainda os grupos nominais
formados por particípio passado. Neste caso, o tradutor pode confundi-lo com um verbo
no passado, causando inadequações na tradução para o português. Vejamos os mesmos
exemplos utilizados acima mudando os modificadores no particípio presente para o
particípio passado.
GN en inglês (particípio passado) Tradução para o português a) A bored person Um pessoa entendiada b)A loved woman Uma mulher amada c)A developed country Um país desenvolvido
O particípio passado é marcado pela terminação “ed”, caso o verbo seja regular.
Dentro do GN ele torna-se um verbo adjetivado. Neste caso, o núcleo sofre o efeito de
uma ação realizada por outro ser, que expressa um fato concluído e efetuado.
Em todos os exemplos acima, os modificadores são adjetivos. Contudo, há
também modificadores compostos por substantivos verbalizados. Exemplos:
GN em inglês Tradução em português Blue-eyed girl A garota de olhos azuis A kidney-shaped swimming pool A piscina em forma de rim.
The three-headed dog O cachorro com três cabeças
Nos exemplos acima, o que normalmente seria um substantivo (eye, shape, e
head) tornou-se, dentro do grupo nominal um adjetivo participial não gradativo. Este
fenômeno lingüístico da língua inglesa permite que o grupo nominal se torne mais
conciso ao mesmo tempo que descritivo. Passaremos agora ao estudo dos substantivos
compostos.
1.4.3. Substantivos Compostos
Dentro dos grupos nominais, temos também os chamados Substantivos
Compostos, em inglês Compound Nouns. A formação dessas estruturas varia, podendo
constituir-se de duas palavras ligadas por hífen ou não, ou ainda duas palavras que
sofreram aglutinação. Essas estruturas nos fornecem informações específicas sobre algo
ou alguém. Em inglês, denominamos a segunda parte das palavras compostas como
núcleo, identificando o objeto ou pessoa, dando-lhe o sentido geral. Já a primeira parte,
denominada modificador, apresenta o tipo de objeto/pessoa e o seu propósito, que
específica o núcleo. Os substantivos compostos podem formar-se de:
Substantivo + Substantivo ( Forma aglutinada) Bookstore Livraria ↔ Loja de Livro Waterfall Catarata ↔ Queda de água Bathroom Banheiro↔ Sala de Banho
Em português, temos também ocorrência de palavras aglutinadas, grande parte de
composição greco-latina. Segundo Cunha e Cintra (1985, p.107), esta composição é
formada por determinado+determinante, assim como no inglês. É interessante notar que
essas composições greco-latinas são, na sua essência, grupos nominais que se fundiram
formando uma palavra. A comparação com o correspondente vernacular deixa esse
ponto bastante evidente. Observe os exemplos abaixo
Exemplos em português:
Determinante Determinado Palavra Formada Agri (campo) Cultura (cultivo) Agricultura (cultivo do campo) Cosmo (universo) Visão (visão) Cosmovisão (visão do universo) Carni (carne) Voro (que come) Carnívoro (que come carne) Teo (Deus) Logia (estudo) Teologia (estudo de Deu)s
Determinante Determinado Palavra formada Hair (cabelo) Cut (corte) Haircut (corte de cabelo) Police (polícia) Man (Homem) Policeman (Homem da Polícia,
Policial) Foot (pé) Ball (bola) Football (Bola no pé) Sheep (ovelha) Dog (cachorro) Sheeepdog (cão pastor)
Na tabela acima, percebemos que a regra erudita (composição greco-latina) do
português é igual à composição de palavras do inglês. No entanto, se tomarmos como
base a regra vernacular do português, temos a estrutura inversa:
Determinado+determinante. Veja os exemplos:
Determinado Determinante Formação Pai De família Pai de família Fim De Semana Fim de Semana Idade Média Idade Média
Além das palavras aglutinadas na formação de palavras compostas temos também
formações do tipo:
Substantivo + Substantivo Language Teacher O professor de Línguas Rice pudding Pudim de arroz Car park Estacionamento de carro
Substantivo + Substantivo ligado por hífen
Window-cleaner Limpador de Vidro
Office-worker Trabalhador de escritório13
Em todos os casos a tradução para o português exige a formação de uma locução
adjetiva, em que a presença da preposição se faz necessária para unir dois substantivos,
o que não é necessário em inglês.
Além dos substantivos compostos formados por substantivo + substantivo,
existem outras formações possíveis com diferentes classes gramaticais. Observe os
exemplos abaixo, com respectivas traduções para o português:
Formação por classes gramaticais
Exemplos Tradução
Noun+Noun Bedroom,water tank, motorcycle Quarto, tanque de água motocicleta
Noun+Verb Haircut Corte de cabelo Noun+adverb Hanger-on, passer by Pendurar, transeunte Verb+Noun Washing machine, driving Máquina de lavar, carteira de
13 HEWINGS, M. Advanced Grammar in Use: A self-study reference and practice book for advanced learners of English. Cambridge University Press, United Kingdom, 108-109, 1999 .
licence motorista Verb+Adverb Lookout, take-off, drawback Cuidado, decolagem, contra Adjective+Noun Greenhouse,software, redhead Estufa,software, cabeça
vermelha Adjective+Verb Dry-cleaning Lavagem à seco Adverb+Noun Onlooker, bystander Assistente,espectador Adverb+Verb Output, overthrow, upturn, input Saída, derrocada, aumento,
resumo Capturado no site: http://www.edufind.com/English/Grammar/NOUNS4.cfm
Tendo encerrado a análise contrastiva entre o GN do inglês e português,
discorreremos, a seguir, a respeito do segundo referencial teórico desta fundamentação
teórica, a teoria Interpretativa de Seleskovitch.
1.5. Teoria Interpretativa da Tradução
Nessa seção, discorreremos sobre a teoria interpretativa da tradução
desenvolvida por Danica Seleskovitch, com o objetivo de estudar o processo tradutório
aplicado aos grupos nominais. A ênfase das seções anteriores foi o estudo e a
compreensão da Gramática Sistêmica Funcional de Halliday, com o objetivo de
entendermos como os grupos nominais em inglês se constituem estruturalmente. No
entanto, ao longo deste estudo, percebemos que além de estudarmos a estrutura dos
grupos nominais da língua inglesa, é de grande relevância analisar o processo de
tradução dessas estruturas, a fim de chegarmos a um ideal de tradução, que além de
expressar o sentido correto da língua fonte, seja re-expresso na língua alvo com
naturalidade. Por este motivo, adotamos como base teórica, o processo de tradução
desenvolvido por Danica Seleskovitch, visto que seus postulados teóricos se
aprofundam num estudo dos processos envolvidos ao se traduzir um texto ou discurso e,
neste caso, com aplicação à tradução dos grupos nominais. Por meio da prática
tradutória, percebemos que o ato de traduzir/interpretar não é apenas uma transposição
de significados de uma língua para outra. Seleskovitch ressalta esse ponto afirmando
que:
“Compreender um texto ou discurso não consiste apenas em identificar os conteúdos semânticos permanentes dos signos lingüísticos e a eles atribuir a significação que se depreende de sua combinação sintática em frases, mas também discernir os demais elementos cognitivos não-
lingüísticos que, em uma dada situação, estão ligados ao enunciado.” (Seleskovitch14 apud Pagura 2003, p. 219)
Com base nos estudos que realizamos previamente, a tradução de um grupo
nominal é muito mais do que a simples transposição de significados de uma língua para
outra, no caso, do inglês para o português. Além de essas estruturas exigirem um
conhecimento prévio da estruturação sintático-gramatical para a apreensão correta do
significado, é necessário que o tradutor considere a naturalidade da língua alvo no ato
da tradução, neste trabalho com ênfase na tradução dos grupos nominais.
Antes de entrarmos na teoria interpretativa em si, façamos breves considerações
sobre quem foi Danica Seleskovitch com base em Pagura (2003). Por meio de suas
contribuições, Seleskovitch teve grande destaque na área de interpretação e tradução,
por isso consagrou-se no cenário mundial nesta área em particular. Outra mulher de
destaque na área dos estudos tradutórios foi Marianne Lederer. Lederer aplicou à
tradução escrita os postulados teóricos desenvolvidos por Seleskovitch concernentes à
prática de interpretação. Ambas desenvolveram importantes pesquisas na Escola
Superior de Interpretação e Tradução (Esit), da Sorbonne (Universidade de Paris III),
um dos centros mais importante no mundo da interpretação no mundo.
Foi Seleskovitch quem primeiramente começou a refletir sobre os processos que
estavam envolvidos na interpretação e a partir de então formulou a sua teoria, conhecida
como “Teoria Interpretativa da Tradução” ou “Théorie du Sens” (Teoria do Sentido).
Antes dos estudos feitos por ela, a prática tradutória, especialmente a da interpretação,
era expressamente associado ao ensino de línguas estrangeiras. Foi posteriormente que
Lederer aplicou os mesmos postulados estabelecidos por Seleskovitch à tradução
escrita, constatando as semelhanças e diferenças teóricas envolvidas nos dois processos
(tradução e interpretação). Na interpretação, entende-se o processo de se reproduzir
oralmente o discurso da língua fonte para a língua alvo, já na tradução, entende-se o ato
de traduzir um texto escrito. Nas teorias estabelecidas por Seleskovitch e Lederer, a
principal diferença encontrada entre os dois processos (tradução e interpretação) seria a
operacionalização.
14 SELESKOVITCH, D. Pour une théorie de la traduction inspirée de sa pratique. Meta, v. 25, n. 4. Montreal: Presses de l'Université de Montréal, p. 403, 1980.
1.5.1. Os postulados teóricos da Teoria Interpretativa
São três os postulados teóricos da Teoria de Interpretativa de Seleskowitch: (i)
Percepção; (ii) Desverbalização; (iii) Reverbalizacção. O quadro abaixo sintetiza os três
postulados:
Processo Definição Percepção Percepção auditiva de um enunciado lingüístico que é portador de significado.
Apreensão da língua e compreensão da mensagem por meio de um processo de
análise e exegese. Desvervalização Abandono imediato e intencional das palavras e retenção da
representação mental da mensagem (conceitos, idéias, etc.).
Reverbalização Produção de um novo enunciado na língua-alvo, que deve atender a dois
requisitos: deve expressar a mensagem original completa e deve ser voltado para o
destinatário.
(Pagura, 2003, p.219)
O primeiro estágio do processo, o da percepção, envolve conforme afirmamos, a
compreensão do enunciado, seja ele oral ou escrito. O tradutor deve ler ou ouvir o
enunciado com o objetivo de captar, de apreender o significado. Nesse processamento
da compreensão, o tradutor utiliza o que Seleskovitch chama de “complementos
cognitivos”. A autora menciona três complementos cognitivos: (i) contexto verbal; (ii)
contexto situacional, (iii) contexto cognitivo. Sobre o contexto verbal, Lederer afirma
que:
“a fala é enunciada por meio de um fluxo contínuo de palavras, cada palavra contribuindo para o significado das palavras a seu redor e tornando-se mais específica pelas demais palavras que a acompanham. A interação significativa das palavras presentes da memória de trabalho é o primeiro nível de complementos cognitivos; ela acaba com a polissemia das palavras”. (Lederer15 apud Pagura 2003, p. 220)
O segundo complemento cognitivo é mais voltado para a interpretação de
conferências, pois o interprete participa de fato do evento, sabendo quem está falando e
o que está acontecendo ao redor. Aplicando-se o mesmo conceito para a tradução
escrita, leva-se em conta o contexto histórico do texto, os leitores ao qual o texto foi
designado, e dados sobre o próprio autor.
15 LEDERER, M.The role of cognitive complements in interpreting em D. BOWEN e M. BOWEN. Interpreting-yesterday, today and tomorrow. American Translators Associtation Scholarly Monograph Series, vol. 4, Binghamton, NY.: SUNY
Sobre o ultimo dos complemento cognitivos, o contexto cognitivo, Lederer
declara que se trata de
“um saber latente, desverbalizado, que intervém na compreensão das seqüências verbais sucessivas” ou seja, “o profissional da tradução faz uso de sua memória das coisas ditas anteriormente a fim de compreender as sentenças sendo enunciadas” (Lederer16 apud Pagura 2003, p. 220).
Lederer explica ainda que "é cognitivo, uma vez que não mais tem uma forma
verbal e contextual, uma vez que deriva de coisas já ditas". (Lederer17 apud Pagura
2003, p. 220). Outro conceito ligado aos complementos cognitivos seria a “bagagem
cognitiva”que se refere ao conhecimento de mundo que o interprete possui, proveniente
de experiências extra lingüísticas ou mesmo por meio de aprendizado. Segundo Pagura
(2003, p.220), “...este último conceito ligado aos complementos cognitivos se associa
aos demais complementos contextuais, em associação ao significado lingüístico das
palavras e frases, para possibilitar que o tradutor ou intérprete cheguem ao sentido
daquilo que está sendo dito”.
O segundo estágio, o da desverbalização, acontece logo após a apreensão do
significado/sentido. Seleskovitch e Lederer esclarecem essa etapa afirmando que
“O processo da interpretação/tradução envolve a percepção de idéias, ou sentido, expressas no discurso. À medida que se percebe o sentido, as formas verbais utilizadas para transmiti-lo desaparecem, deixando apenas a consciência a partir da qual o intérprete/tradutor pode espontaneamente expressar o sentido, sem estar preso à forma da língua de partida.” (Seleskovitch; Lederer18 apud Pagura, 2003, p.221)
No terceiro estágio, o da reverbalização, após o tradutor captar o sentido e
deverbalizá-lo, ele agora deve expressar a mensagem da língua de partida para a língua
de chegada de maneira natural, sem que os ouvintes ou leitores percebam que a
mensagem é originária de outra língua. Pagura (2003, p.222) ressalta que esta
“mensagem original deve ser completa, provida de todos os detalhes e deve refletir as
características da língua de chegada.” Neste sentido, além de o tradutor captar todos os
detalhes e nuances da mensagem na língua fonte, no caso o inglês, ele deve reproduzir
essa mensagem da forma mais espontânea e natural possível na língua alvo.
16 LEDERER, M. La Traduction Aujourd'hui – Le Modèle Interprétatif. Paris: Hachette, p. 41. 1994 17 LEDERER, M. The role of cognitive complements in interpreting em D. BOWEN e M. BOWEN. Interpreting-yesterday, today and tomorrow. American Translators Association Scholarly Monograph Series, vol. 4, Binghamton, N.Y.: SUNY, p. 57, 1990. 18 SELESKOVITCH, D.; LEDERER, M. A systematic approach to teaching of interpretation. Tradução de Pédagogie raisonnée de l'interprétation. n/c: The Registry of Interpreters for the Deaf. p. 24, 1995.
Esses são os três conceitos fundamentais envolvidos no processo de
interpretação e tradução desenvolvido por Seleskovitch e Lederer. Existem outras
teorias, mas observamos que essa linha teórica preenche as principais lacunas
concernentes à prática tradutória/ interpretativa no geral.
1.6. Síntese e aplicação
Para concluirmos este capítulo faremos uma síntese e articulação dos conceitos
teóricos estudados e como podem ser aplicados à tradução dos GN.
Sabemos que existem diferenças na estrutura e maneiras de expressar-se de um
idioma para outro. Neste sentido Seleskovitch afirma que os idiomas,
“…não são utilizados na mesma maneira para designar conceitos e formular idéias. Uma comparação entre dois discursos, expressando as mesmas idéias em duas línguas diferentes, mostram que os idiomas diferem de um para outro em dois níveis: no nível estrutural da língua e no nível do ato da fala/ discurso”. (Seleskovitch, 1980, p. 11)
Por meio da declaração acima, podemos confirmar que os idiomas diferem em
estrutura e na maneira de expressar-se. A língua inglesa não é exceção. Esta difere da
língua portuguesa em sua configuração lingüística e pelo modo de reprodução das
palavras e expressões. Essas diferenças ressaltam a importância de se compreender e
dominar as estruturas comuns à língua inglesa, principalmente no que concerne aos
grupos nominais. Sem o conhecimento prévio da síntaxe dos GN, cremos ser
impraticável e muito difícil para o tradutor apreender o sentido do enunciado e
reverbalizá-lo de forma coerente e natural na língua alvo. Tendo esse pressuposto como
pano de fundo reflexões foram realizadas a fim de unir as duas linhas teóricas aplicadas
ao processo da tradução dos Grupos Nominais – a Gramática Sistêmico-Funcional de
Halliday e a Teoria Interpretativa de Danica Seleskovitch. Ambas as teorias interligadas
abrangem dois aspectos relevantes: o conhecimento da estrutura sintática da língua
inglesa, seguido da apreensão do sentido, e por fim, a reverbalização para a língua alvo.
Sempre houve várias linhas teóricas diferentes dentro dos estudos em tradução.
Uma dessas linhas enfatiza demasiadamente o conceito de fidelidade às estruturas
morfossintáticas da língua fonte, levando a tradução para um âmbito da simples
transferência de significados, correndo-se o risco de traduzir palavra por palavra. Um
exemplo clássico foi o que ocorreu logo após a Segunda Guerra Mundial. Nesta época
pós-guerra observamos que alguns cientistas até mesmo tentaram desenvolver uma
máquina de tradução mecânica, baseados no conceito de que se era possível traduzir
mecanicamente, palavra por palavra, seja qual fosse o idioma em questão. No entanto,
ao se colocarem esses experimentos em prática, percebeu-se que a mera transferência de
significados estava longe de realizar uma tradução coerente e natural na língua alvo. Por
vezes, a tradução ficava tão incompreensível, que não podiam realmente compreender o
conteúdo da mensagem traduzida. Dessa forma, perceberam que uma máquina jamais
poderia exercer a tarefa de traduzir um texto baseado na simples transferência de
significados. No caso das estruturas dos grupos nominais, acreditamos que este conceito
de transferência de significados não abrange a complexidade envolvida no processo da
tradução dos grupos nominais. Foi por essa razão que recorremos à Teoria Interpretativa
de Seleskovitch, devido à ênfase que essa teoria dá aos processos anteriormente
descritos. Em primeiro lugar, a percepção ou compreensão da estrutura, com o auxílio
da gramática funcional de Halliday, visando a apreensão adequeada do sentido; em
segundo lugar, o processo de desverbalização e reverbalização. Foi a partir desse
pressuposto que refletimos sobre a necessidade do uso integrado dessas duas vertentes
teóricas, pois acreditamos que uma completa a outra, especialmente no que concerne à
tradução dos grupos nominais do inglês para o português.
Capítulo 2 - Análise de Grupos Nominais Traduzidos
Neste capítulo, apresentaremos a análise do estudo de campo desenvolvido com
os alunos do segundo ano do curso de Tradutor e Interprete do Unasp-C2 e traduções
realizadas por diversos alunos do núcleo de tradução da instituição.
2.1. Análise com base nas traduções dos alunos do 2ºano de Tradutor-Intérprete
Nesta segunda etapa, procuraremos aplicar os conceitos teóricos desenvolvidos
no capítulo anterior. Queremos aplicar na prática tudo o que foi descrito, com base nas
teorias apresentadas, por meio da análise das traduções dos grupos nominais feitas pelos
alunos do segundo ano de tradutor Interprete. Foi aplicado a esses alunos um
questionário contendo trechos retirados da revista Diálogo Universitário. Foi destacada
a presença dos grupos nominais para que fossem traduzidos. O anexo 1 contém os
trechos selecionados da revista, a tradução dos alunos, juntamente com a tradução
oficial adotada pela revista, ao lado da tradução dos alunos.
Iniciaremos nossa análise com o exemplo 1, conforme o quadro abaixo.
Exemplo 1
1) Medical literature contains numerous examples of the clinical benefit provided to humans by animal-derived products
A1)Produtos de origem animal A2)Produtos de origem animal A3)Produtos derivados de animais A4)Produtos derivados de animal A5)Produtos derivados de animais A6) Produtos de origem animal A7)Produtos derivados de animais A8) Produtos derivados de animais
A literatura médica contém numerosos exemplos de benefício clínico proporcionado aos seres humanos por produtos de origem animal
Podemos observar que todos os alunos aplicaram a ordem estrutural do grupo
nominal e souberam desverbalizar e em seguida reverbalizá-lo. Por se tratar de um
grupo nominal conhecido, ficou muito mais fácil desverbalizá-lo, ou seja, captar o
sentido da sentença para em seguida reverbalizá-lo, conforme a teoria interpretativa de
Seleskovitch. A maior ocorrência de inadequação neste exemplo foi a tradução A4,
onde o aluno revelou dificuldade com relação à concordância entre o núcleo e
modificadores. A tradução, portanto, deveria ser “Produtos derivados de animais” e não
“animal”. O restante dos alunos conseguiram reverbalizar de maneira adequada, pois
embora alguns tenham adotado uma versão diferente da tradução da revista, traduziram
de forma natural e compreensível em português.
Exemplo 2 2) The Bible speaks of God`s ultimate self-disclosure in the person of Jesus, in whom the finite and the infinite merge.
A1)Última revelação de Deus na pessoa de Cristo A2) Da última revelação de Deus na pessoa de Jesus A3) Última própria revelação de Deus na pessoa de Jesus A4) A razão da própria revelação de Deus na pessoa de Jesus A5) Da suprema auto-revelação na personagem de Jesus. A6) Fundamento da revelação de Deus na pessoa de Jesus Cristo A7) Da última revelação de Deus na pessoa de Jesus A8)Última auto-revelação de Deus na pessoa de Jesus.
A Bíblia fala da auto-revelação definitiva de Deus na pessoa de Jesus, em quem o finito e o infinito se fundiram.
Neste exemplo, percebemos que a maior parte dos alunos revelaram problemas
no momento da reverbalização, enquanto outros não conseguiram captar o sentido por
não compreenderem a estrutura. Os alunos A1, A2, A3, A5, A7 e A8 procuraram ser
literais, não se atendo ao processo da reverbalização. Todos utilizaram o termo “última”
como tradução para “ultimate”, exceto A5, que adotou o termo “suprema”. Ao
consultarmos o dicionário, de fato encontraremos essas mesmas definições para a
palavra “ultimate”. No entanto, o processo de reverbalização exige que o tradutor tenha
maturidade linguística que possibilite a escolha de palavras que transmitam a mensagem
de maneira mais natural e compreensível possível na língua alvo. A6 encontrou
dificuldades no processo de reverbalização, traduzindo “ultimate” como “fundamento”.
Se adotarmos a tradução adotada pela revista, notaremos que este tradutor conseguiu
observar o processo da reverbalização, dando à tradução deste grupo nominal uma
feição mais natural na língua alvo. Outra dificuldade encontrada por parte dos alunos,
foi com relação ao prefixo “self”, traduzido por alguns dos alunos como “própria” ao
invés de “auto”. Já o aluno A4 revelou problemas de percepção da mensagem devido à
dificuldade em compreender a estrutura deste grupo nominal.
Exemplo 3 3) The fact is that the New Age has become a wide-spreading religious phenomenon, attracting thousands of weary and rootless followers of traditional Christianity
A1) Fenômeno religioso largamente difundido A2) Fenômeno religioso amplamente difundido A3) Fenômeno religioso largamente propagado A4) Fenômeno religioso comum A5) Expansão de um amplo fenômeno religioso A6) Ampla propagação dos fenômenos religioso A7) Fenômeno religiosos difundido amplamente A8) Fenômeno religioso que muito se espalha
O fato é que a Nova Era tem-se tornado um fenômeno religioso abrangente, atraindo milhares de seguidores cansados e desarraigados do cristianismo tradicional.
Na tradução deste grupo nominal percebemos que todos os alunos conseguiram
compreender a estrutura, dessa forma apreendendo o sentido da mesnagem. As
diferenças encontradas de uma tradução para outra têm que ver com o processo de
reverbalização que cada um adotou. Como em alguns casos o português admite uma
maior mobilidade entre as posições do núcleo e modificadores sem mudança no sentido
da mensagem, por vezes, fica a critério da preferência linguística do tradutor estabelecer
a posição dos modificadores com relação ao núcleo na tradução de um grupo nominal
do inglês para o português. Ao observarmos este exemplo, vemos que alguns alunos
preferiram posicionar os modificadores após o núcleo, como o aluno A5. Já outros
colocaram os modificadores após o núcleo, como A7. Nesse caso, não há uma regra fixa
pois ambas as posição (pré e pós-núcleo) não mudam o significado da mesnagem. O
critério, nesse caso, é adotar uma tradução que transmita a mensagem de uma forma
natural na língua alvo, conforme a descrição do processo de reverbalização segundo
Seleskovitch. O único problema de inadequação ao sentido original encontrado ocorreu
na tradução do aluno A4, que adotou “Fenômenos religioso comum” como tradução.
Percebemos que ele compreendeu a estrutura, mas não conseguiu fazer boa escolha de
palavras, afetanto assim, o significado da mensagem.
Exemplo 4 (a)
4 a) The biblical view of time is governed by a philosophy of history whose over-arching theme is the cosmic controversy
A1) Tema debatido exaustivamente A2) O tema amplamente debatido
A visão bíblica do tempo é governada por uma filosofia da História, cujo tema abarcante é a controvérsia cósmica entre
between Christ and Satan. A3) Tema universal A4) Um tema currado A5) O tema excedente principal A6) Não fez A7) Tema em questão A8) O tema que mais se desdobra
Cristo e Satanás.
Neste grupo nominal, praticamente todos os alunos revelaram algum tipo de
dificuldade, na sua maioria no processo da apreensão da mensagem e reverbalização. O
que percebemos é que todos perceberam a estrutura, localizando o núcleo corretamente.
O problema maior nesse exemplo se deu com a tradução do modificador “over-
arching”. Os alunos A1 e A8 não conseguiram captar o sentido do modificador, dando-
lhe outro significado, diferente do original. O problema ocorreu com o pré-modificador
“over-arching”. Esse é um adjetivo e deve se posicionar antes do substantivo; assim, o
aluno teve dificuldade em perceber essa estrutura, traduzindo “over” como
“exaustivamente” e “arching” com o significado de “debatido”. Problemas semelhantes
ocorreram com o restante dos alunos, pois praticamente todos apresentaram problemas
em captar e reverbalizar o verdadeiro sentido do modificador “over-arching”. O aluno
A7 apresentou familiaridade com a estrutura, e, apesar de não ter traduzido como a
revista, conseguiu reverbalizar de forma satisfatória.
Exemplo 4(b)
4 b) The biblical view of time is governed by a philosophy of history whose over-arching theme is the cosmic controversy between Christ and Satan.
A1) Discussão cósmica entre Cristo e Satanás A2) Discussão cósmica entre Cristo e Satã A3) Controvérsia cósmica entre Cristo e Satanás A4) Controvérsia cósmica entre Cristo e Satanás A5) Controvérsia cósmica entre Cristo e Satanás A6) A controvérsia cósmica entre Cristo e Satanás A7)Controvérsia cósmica entre Satanás e Cristo A8) Conflito cósmico entre Cristo e Satanás
A visão bíblica do tempo é governada por uma filosofia da História, cujo tema abarcante é a controvérsia cósmica entre Cristo e Satanás
Todos os exemplos citados acima foram traduzidos adequadamente, talvez devido
ao fato de este grupo nominal fazer parte de sua bagagem cognitiva, já conhecida de
todos. Nos exemplos A3, A4, A5, A6, os alunos captaram muito bem a ordem estrutural
e passaram o sentido apropriado. Suas traduções estão de acordo com o gabarito
recolhido da revista Diálogo, talvez devido ao fato de estes alunos terem um nível de
inglês mais avançado que os demais.
Na tradução A1 e A2, os alunos utilizaram o termo “discussão”, mas teria feito
uma melhor tradução utilizando a palavra “controvérsia”. A palavra controvérsia na
língua fonte diz respeito à divergência de idéias, porém a palavra discussão mostra algo
mais ativo, uma defesa ativa de um desentendimento. Esses alunos que traduziram
“discussão” talvez deveriam aplicar-se mais detidamente à desverbalização e
reverbalização. Já o aluno A8 utilizou a palavra “conflito”, uma variação da palavra
controvérsia.
Exemplo 5
5) Postmodernist “historical deafness” denies the relevance of the biblical-historical line and the truthfulness of its major events.
A1) Linha Histórico Bíblico A2) Linha Histórico Bíblica A3) Linha Bíblico-Histórica A4) Linha Histórica Bíblica A5) Linha Histórica-Bíblica A6) Linha Histórica Bíblica A7) Linha Histórica Bíblica A8) Descrição Bíblico-histórica
A “surdez histórica” pós-modernista nega a relevância da linha bíblico-histórica e a veracidade de seus acontecimentos maiores.
Neste exemplo, os alunos aparentemente seguiram a ordem que normalmente se
seguiria em português vernacular, que em geral é contrária a ordem da língua inglesa. A
tradução não ficou de acordo com o gabarito, talvez devido ao fato de os alunos não
estarem familiarizados com o adjetivo composto “bíblico-histórico”, formado pela via
erudita da língua portuguesa. Apesar de “bíblico-histórico” não se tratar de um
substantivo composto, conforme nossa análise em 1.4.3., vemos aí indícios da mesma
formação erudita em que um elemento mais específico “bíblico” (determinante)
modifica outro elemento com sentido mais geral “histórico” (determinado). A tradução
da maioria dos alunos deixa claro a tendência vernacular da língua portuguesa em
colocar o determinante após o elemento determinado.
Exemplo 6
6) The desires to adorn the body with eye-catching clothes costly
A1) Roupas que prendem os olhares
O desejo de adornar o corpo com vestimentas que
jewelry, and colorful cosmetics have left few untouched.
A2) Roupas chamativas A3) Roupas chamativas A4) Roupas chamativas A5) Roupas que contagiam os olhos (olhar) A6) Vestimentas surpreendentes aos olhos A7) Roupas chamativas A8) Roupas que prendem a atenção
chamam a atenção, jóias custosas e cosméticos coloridos toca quase todos.
A maioria dos alunos conseguiu compreender a estrutura e em seguida
desempenharam os processos de percepção, desverbalização e reverbalização. Alguns,
no entanto, foram mais criativos e traduziram de forma mais natural. Por exemplo, os
alunos A2, A3, A4 e A7 conseguiram, além de captar a ordem estrutural, reverbalizar o
sentido da mensagem de forma criativa e natural. Já os alunos A1, A5, A6 e A8
perceberam a estrutura, mas apresentaram dificuldades no processo da reverbalização,
pois traduziram de maneira mais literal.
Exemplo 7 7) As a Bible-believing Christian, I have found the following seven principles helpful in understanding how we ought to relate to sex.
A1)Cristão que acredita na Bíblia A2) Cristão crente à Bíblia A3) Cristão crente na Bíblia A4) Cristão acredita na Bíblia A5) Como um cristão confiante na Bíblia A6) Crença Bíblica Cristã A7) Cristão que acredita na Bíblia A8) Cristão que crê na Bíblia
Como cristão que crê na Bíblia, achei os sete princípios seguintes úteis para a compreensão de como deveríamos nos relacionar com o sexo.
Neste exemplo, os alunos A1 e A7 revelaram conhecimento estrutural do GN em
inglês, e conseguiram apreender a mensagem. No entanto, no processo de
reverbalização, poderiam ter feito melhor escolha de palavras, pois apesar de o termo
“acredita” ser compreensível e transmitir o sentido da mensagem, este dá uma
conotação coloquial ao texto, que neste caso exige uma linguagem mais culta. Portanto,
a tradução da revista foi a mais adequada. Os alunos A2, A3 e A4 perceberam a
estrutura do GN, mas apresentaram problemas do processo de reverbalização. O aluno
A2 fez uso desnecessário da crase, ao invés de utilizar a preposição “na” para ligar os
modificadores “crente” e “Bíblia”. A4 poderia ter feito uso do pronome relativo “que”
para ligar o núcleo “cristão” e o verbo “acredita”. Já A5 mostrou problemas de
vocabulário, ao traduzir “believing” como “confiante”. Por fim, o aluno A6 foi o que
mais apresentou dificuldades, pois este revelou problemas de conhecimento estrutural
dos GN em inglês, comprometendo, assim, os processos de percepção, desverbalização
e reverbalização. Neste caso, o aluno apresentou dificuldades em localizar o núcleo,
tornando o sentido da mensagem inadequada, pois o núcleo é o constituinte prinicipal
de um grupo nominal.
Exemplo 8 8) A place where the impenitent sinners burn forever and consciously suffer pain in an everlasting and never-ending fire?
A1) Fogo eterno (fogo que nunca termina) A2) Fogo que não tem fim? (fogo eterno) A3) Fogo que nunca se apaga A4) Fogo infinito (fogo sem fim) A5) Fogo jamais acaba A6) Fogo nunca se apaga A7) Fogo eterno A8) Fogo sem fim
Um lugar onde os pecadores impenitentes queimam para sempre e conscientemente sofrem dor num fogo eterno que nunca termina?
Neste caso, todos os alunos demonstraram conhecimento da estrutura do GN em
inglês, pois todos localizaram o núcleo e em seguida os modificadores. O problema
encontrado neste exemplo foi no processo de reverbalização. A1 e A7 traduziram igual
à tradução da revista, que alcançou uma tradução natural e desverbalizada. No entanto,
o demais alunos apresentaram problemas na reverbalização, pois não conseguiram
deixar a tradução com aspecto natural.
Exemplo 9 9) No wonder the New testament affirms that Spirit-led believers are those who respect God’s will.
A1) Crentes guiados pelo Espírito A2) Crentes guiados pelo Espírito A3) Crentes guiados pelo Espírito A4) O fiel é conduzido pelo Espírito A5) Crentes conduzidos pelo Espírito A6) Não traduziu A7) Crentes dirigidos pelo Espírito A8) Crentes guiados pelo Espírito
Não admira que o Novo Testamento afirme que os crentes guiados pelo Espírito são aqueles que respeitam a vontade de Deus
Neste grupo nominal, todos os alunos perceberam a estrutura e apreenderam o
sentido da mensagem, para então reverbalizá-lo na língua alvo. Todos os alunos tiveram
bom desempenho tradutório, passando por todos os processos da tradução, sem
evidências de dificuldades, tanto na compreensão da estrutura como na percepção do
sentido. Um dos poucos problemas a serem ressaltados foi com o aluno A4, que
traduziu o grupo nominal como uma oração com sujeito mais verbo conjugado,
deixando todo o período sintaticamente confuso. O aluno A6 não traduziu e A7 poderia
ter utilizado outra tradução para “led”, em vez de “dirigidos”. Embora não tenha
apresentado mudança de significado, a tradução ficaria melhor se os termos
“conduzidos” ou “guiados” fossem utililzados.
Exemplo 10 10) God’s original creation was a predation-free habitat filled with creatures serving one another.
A1) Lar eterno A2) Lar eterno A3) Local livre de predadores A4) viver de predação livre A5) datação prévia de habitat livre A6) Lar livre de predadores A7)Lar eterno A8) Habitat livre de um fim predestinado
A criação original foi um hábitat não predatório cheio de criaturas que serviam umas às outras.
Neste caso, observamos vários problemas na tradução deste GN para o
português. Nenhum dos alunos demonstrou bom desempenho no processo de tradução.
Por exemplo, apesar de os alunos A3 e A6 captarem parcialmente o sentido, não
conseguiram reverbalizar a mensagem de forma natural na língua alvo. Não se ativeram
ao fato de que “habitat” é uma palavra existente na língua portuguesa e que ficaria mais
adequado se não tivessem traduzido “habitat” como “lar” ou “local”. Os alunos A1, A2
e A7 perceberam a estrutura, mas apresentaram problemas na apreensão da mensagem,
por provável desconhecimento de vocabulário. Apesar de terem reconhecido o núcleo
na estrutura, não o traduziram da forma mais adequada. Portanto, a tradução e o restante
da mensagem ficaram comprometidos. Já os alunos A4, A5 não conseguiram perceber a
ordem estrutural do GN, pois não localizaram o núcleo, logo a mensagem ficou
incompreensível. Além disso, revelaram problemas de desconhecimento vocabular.
Exemplo 11
11) With these significant psycho-biological insights, let us now turn to the three divine curses that sin brought upon this world.
A1) Discernimentos Psicobiólogicos A2) Introspecção Psicobiólogica A3)Introspeção psico-biólogica A4)Discernimento Psico-biologico A5)Discernimento Psico-biológico A6) Percepção Psico-biológica A7) Percepções Psicobiólogicas A8) Discernimento psico-biológico
Com esse discernimento psíquico-biológico, volvamos agora às três maldições que o pecado trouxe sobre o mundo.
Todos os alunos compreenderam a mudança da ordem estrutural do grupo
nominal que ocorre do inglês para o português. Dado o contexto no qual este grupo
nominal está inserido, percebe-se que a resposta mais adequada é a tradução adotada
pela revista Diálogo, pois optou por uma tradução natural e coerente. No entanto, os
alunos A2, A3, A6 e A7, apesar de demonstrarem conhecimento da constituição
estrutural dos GN, apresentaram problemas com relação à escolha de palavras no
momento da reverbalização. Estes estudantes tradutores demonstraram dificuldades em
reverbalizar o núcleo deste grupo nominal, “insight”, ao adotarem os termos
“introspecção” ou “percepção” ao invés de “discernimento”, o que afetou o sentido e a
naturalidade da tradução.
Exemplo 12
12) Could the words, “above all cattle and above all wild animals” in the first curse suggest that the animal kingdom was immediately involved in a kingdom-wide curse?
A1) Praga que se espalhou por todo o Reino. A2) Maldição que atingiu todo o reino. A3) A maldição total do reino A4) Vasto reinado de maldicao A5) Maldição total no reino/ império A6)Maldição completa do reino. A7) Reino de grande maldição. A8) Praga total do reino
Poderiam as palavras “entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selváticos” na primeira maldição sugerir que o reino animal foi imediatamente envolvido numa maldição?
Neste exemplo, devido ao contexto em que este grupo nominal foi empregado,
uma tradução, seguindo os critérios apresentados ao longo do capítulo anterior seria
“uma maldição que se espalharia por todo o reino”. A tradução oficial da edição em
português da revista optou por omitir parte do grupo nominal, traduzindo apenas o
núcleo deste – “maldição”. Neste exemplo, o grupo nominal poderia ter sido traduzido
de forma completa, de maneira desverbalizada, dando à tradução um aspecto natural,
mas com o significado completo da mensagem original em inglês. Os alunos A1 e A2
foram os que mais se aproximaram de uma tradução ideal. No entanto, ao invés de
utilizarem o verbo “espalharia, atingiria”, para expressar algo que aconteceria, dado o
contexto deste trecho, fizeram uso do verbo no passado “espalhou, atingiu”, o que
mudou um pouco o contexto temporal onde o grupo nominal estava inserido. Os alunos
A3, A4, A5, A6, A7 e A8, na sua maioria, tentaram reverbalizar da melhor maneira,
mas poderiam ter feito melhor escolha de palavras.
Exemplo 13
13) Thus, for example, God may have wisely equipped the post-Fall creatures with an amazing ability to adapt, as evidenced by recent biological studies indicated by James L. Hayward.
A1) Criaturas pós-queda A2) Criaturas depois da queda A3) Forma de criaturas caídas A4) Anunciou as criaturas caídas A5) Da criatura que deixou seu posto A6)Criaturas pós-queda A7) Criaturas decaídas A8)Criaturas
Assim, por exemplo, Deus poderia ter equipado as criaturas após a Queda com habilidade espantosa de adaptação, como demonstrado por estudos biológicos recentes indicados por James L. Hayward
Neste exemplo, pode-se considerar a tradução da revista adequada, pois seguiu
todos os critérios necessários, tanto na percepção da estrutura morfossintática como na
naturalidade da tradução. Embora esta tenha sido um tanto quanto literal, não ficou
inadequada, pois em português é perfeitamente compreensível o uso de “as criaturas
após a queda”. Os alunos A1, A2 e A6 também conseguiram chegar a uma tradução
ideal, pois além de apresentarem conhecimento da mudança da ordem estrutural que há
na tradução do inglês para o português, apreenderam e re-expressaram o sentido do GN
de forma natural. No entanto, o restante dos alunos apresentou problemas. Os alunos
A3, A4, A5 mostraram certo desconhecimento da ordem estrutural em inglês,
consequentemente não conseguiram apreender o sentido completo. Observamos
também que estes alunos poderiam ter feito uma melhor escolha de vocabulário. O
aluno A7 compreendeu a forma estrutural, mas infelizmente não conseguiu
desverbalizar de forma eficaz. Já o aluno A8 acabou não traduzindo o grupo nominal
completamente, desconsiderando os modificadores.
Exemplo 14
14) The powerful principle of cause and effect is like a two-edged sword working either for bad or for good depending upon individual choices.
A1) Espada de dois gumes A2) Espada de dois gumes A3) Uma espada afiada de dois gumes A4) Espada de dois cortes (gume) A5) Uma espada de dois gumes A6) Espada de dois gumes A7) Faca de dois gumes A8) Espada de dois gumes
O poderoso princípio de causa e efeito é como uma espada de dois gumes, que atua tanto para o bem como para o mal, dependendo de escolhas individuais.
Na tradução deste GN, praticamente todos os alunos tiveram bom desempenho.
Apenas os alunos A4 e A7 apresentaram alguns problemas de vocabulário e
desverbalização. Por exemplo, A4 escolheu como tradução “espada de dois cortes” e
colocou como segunda opção “gume”. No entanto, em português utilizamos a expressão
“espada de dois gumes”, e não “dois cortes”. Portanto, este aluno poderia ter
reverbalizado de melhor maneira. A6 revelou desconhecimento vocabular da palavra
‘sword’, pois ao invés de traduzí-la como espada utilizou ‘faca’ como tradução.
Exemplo 15
What we have just said points to the need for judicious political involvement, a world-wide church with thousands of institutions…
A1)Uma igreja mundial com milhares de instituições A2)Não traduziu A3) Ampla igreja mundial com milhares de instituições A4) Uma igreja mundial ampla com milhares de instituições A5) A igreja mundial com mil instituições A6)Uma igreja mundial com milhares de instituições A7) Igreja mundial com milhares de instituições A8) Igreja mundial com milhares de instituições
O que acabamos de dizer aponta à necessidade de um envolvimento político judicioso. Uma igreja mundial, com milhares de instituições...
Neste exemplo, tanto a edição em portguês da revista Diálogo quanto os alunos
compreenderam e traduziram de forma semelhante. Entretanto, por algum motivo, A2
não traduziu. A3, A7 e A8 acabaram por não traduzir o artigo indefinido deste GN
“uma”. Observamos, neste exemplo, que todos os alunos compreenderam a ordem
estrutural do grupo nominal e conseguiram apreender a mensagem. Um dos poucos
problemas encontrados ocorreu com o aluno A5, pois traduziu “thousands” como
“mil”, ao invés de “milhares”. Além disso, não se ateve ao artigo indefinido “uma”,
traduzindo-o como o artigo definifo “a”.
Exemplo 16
16) The study incorporated the incidence (that is, new cases) of cancer and heart disease in the ever-expanding research on the characteristics of the Adventist lifestyle that enabled Adventists to have a “health advantage.
A1) Pesquisa... ? A2) Não traduziu A3) Sempre expandindo em pesquisas relacionadas ao…? A4) Expansão contínua nas pesquisas sobre as características do estilo de vida Adventista A5) Nas pesquisas sempre avançadas na característica do estilo de vida dos Adventistas A6) Pesquisa já expandida das características do estilo de vida Adventista A7) Crescente pesquisa das características do estilo de vida adventista A8) Pesquisa cada vez mais expandida acerca das características do estilo de vida adventista.
O estudo incluía a incidência (isto é, novos casos) de câncer e doença do coração na pesquisa sempre em expansão do estilo de vida adventista que permite aos adventistas ter uma “vantagem em matéria de saúde”.
Neste exemplo, notamos a presença de vários problemas relacionados à tradução
do GN em inglês para o português. A1 e A2 acabaram não traduzindo este grupo
nominal. A3 traduziu parcialmente, mas revelou problemas de compreensão do verbo
adjetivado pelo uso do particípio presente “expanding”, que foi traduzido como
gerúndio, “expandindo”. Estudantes principiantes de tradução tendem a ter dificuldades
em reconhecer se este é um gerúndio ou não. No entanto, especialmente dentro de um
grupo nominal, normalmente a presença da forma “ing” não é um indicativo verbal, pois
não há verbos no grupo nominal, descartando a hipótese de este ser um gerúndio. A4
mostrou evidências de ter captado o sentido da mensagem, conseguindo, em seguida,
reverbalizar o GN. O aluno A5 revelou provável desconhecimento de vocabulário, pois
este apresentou conhecimento estrutural do grupo nominal em inglês, mas, traduziu “a
world-expanding research” como “nas pesquisas avançadas”, o que não é
necessariamente o sentido verdadeiro deste GN, danificando, assim, o sentido da
mensagem. Em A6 o aluno compreendeu a ordem estrutural do grupo nominal na língua
inglesa; no entanto, teve problemas com a percepção da forma nominal do verbo
utilizado. Na palavra “expanding”, o estudante traduziu como um verbo no particípio
passado, o que dá a idéia de ação concluída. No entanto, o real significado, ao lermos o
grupo nominal em inglês inserido no contexto, é de algo contínuo, expresso pelo
particípio presente. Já o aluno A7, apesar de ter adotado uma tradução diferente da
utilizada pela revista, conseguiu, além de perceber a ordem estrutural, apreender o
sentido e reverbalizá-lo de forma natural para a língua portuguesa. Em A8, também
observamos que o aluno soube identificar a estrutura do grupo nominal em inglês, e
conseguiu apreender o sentido. No entanto, a tradução “cada vez mais expandida” não é
a opção mais natural em português. Notamos também que nenhum dos estudantes
apresentou problemas de tradução relacionados aos pós-modificadores do grupo
nominal em inglês, pois estes são mais comuns na estrutura dos GN em português
também.
Exemplo 17
17) These are the causes of late menopause, and obesity in post-menopausal women.
A1) Mulher pós-menopausa A2) Não traduziu A3) Não traduziu A4) Não traduziu A5) Mulheres em pós-menopausa A6) Mulheres em menopausa A7) Pós-menopausa da mulher A8) Pós-menopausa da mulher
Os fatores de risco conhecidos para o câncer da mama incluem: crescente contato com estrogênio e/ou hormônios do tipo progesterone, menstruação precoce, menopausa tardia e obesidade em mulheres após a menopausa.
No exemplo 17, percebemos alguns problemas, a começar com A2, A3, A4, que
não traduziram. A1 e A5 demonstraram conhecimento da estrutura em inglês e
conseguiram captar o sentido, traduzindo o grupo nominal de forma adequada e natural,
embora levemente diferente da adotada pela edição da revista, que também está
adequada e natural. Já A6 chegou a compreender a estrutura, mas por possível
desconhecimento vocabular, ou mesmo por problemas na apreensão e conseqüente
reverbalização, não conseguiu sair-se melhor na tradução. A7 e A8 provavelmente não
conseguiram perceber a estrutura, pois seguiram a exata disposição da ordem estrutural
do grupo nominal em inglês no momento da tradução. Nesse exemplo, por um acaso,
não houve mudança de sentido, apesar de a tradução utilizada não ser a mais natural e
poder até mesmo causar certa dúvida.
Exemplo 18
18) Factors that may be protective of the development of breast cancer include:
A1) Não traduziu A2) Não traduziu A3) Primeira gravidez
Fatores que podem proteger quanto à incidência de câncer da mama incluem: menor
decreased exposure to estrogen and/or progesterone hormones, early first-term pregnancy and physical activity
A4) Gravidez de condições prioritárias A5) Engravidar pela primeira vez A6) Gravidez de primeiro período A7) Gravidez precoce A8) Gravidez precoce
contato com estrogênio ou hormônios do tipo progesterone, primeira gravidez em idade jovem, lactação e atividade física.
No exemplo 18, os alunos não conseguiram apreender o sentido, apesar de terem
consciência sobre a estrutura. A1 e A2 não traduziram. A3 traduziu de forma parcial,
mas corretamente, o que nos faz pensar que este possui conhecimento estrutural e que o
problema encontrado por este aluno foi no momento da reverbalização, devido a
desconhecimento vocabular. A4 conseguiu identificar o núcleo, mas apresentou
problemas de vocabulário. Portanto, percebeu a estrutura mas compreendeu e
reverbalizou o sentido de forma equivocada. A5 não conseguiu identificar a estrutura do
grupo nominal, chegou a apresentar conhecimento parcial do vocabulário, mas não
conseguiu compreender o sentido e nem reverbalizar de maneira adequada. Já A6
compreendeu a ordem estrutural, mas deixou a desejar na desverbalização, pois optou
por uma tradução totalmente literal, tornando esta uma tradução não natural. Por fim,
A7 e A8 perceberam a ordem estrutural, mas não conseguiram apreender o sentido da
mensagem e, portanto, reverbalizaram este grupo nominal de forma inadequada.
Exemplo 19
19) It includes informed intervention (Creation) and a world-wide catastrophe (the Flood).
A1) Uma catastrofe mundial A2) Não traduziu A3) Ampla catástrofe mundial A4) Uma catástrofe amplamente mundial A5) Catástrofe mundial A6) Catástrofe mundial A7) Catástrofe mundial A8) Catástrofe mundial
...incluindo intervenção inteligente (Criação) e uma catástrofe mundial (o Dilúvio).
Neste exemplo, praticamente todos os participantes tiveram bom desempenho.
A1 e A3 traduziram da mesma forma que a edição da revista em português, que
apresenta uma tradução coerente e natural. A2 não traduziu e A4 demonstrou
conhecimento da estrutura e apreensão do significado da mensagem, mas demonstrou
dificuldade no estágio da reverbalização, deixando a tradução com um aspecto não
natural. A5, A6, A7 e A8 demonstraram conhecimento e desverbalizaram bem, mas não
se atentaram ao fato de que havia o artigo indefinido “a”, presente no grupo nominal, e,
portanto, não o traduziram.
Exemplo 20
20) They recognize that regardless of the source of those Bible-believing geologists' ideas they were more careful observers than Lyell.
A1) Idéias dos geólogos que crêem na Bíblia A2) Não traduziu A3) Pensamento de crença bíblica geológica A4) Idéais bíblicas de crentes geólogos A5) Pensamentos dos geologistas acreditarem na Bíblia A6) Idéias dos geologistas de crer na Bíblia A7) Idéias dos geólogos crentes a Bíblia A8) Idéias de geologistas crentes na Bíblia.
Reconhecem que a despeito da fonte das idéias daqueles geólogos que criam na Bíblia, eles eram observadores mais cuidadosos do que Lyell.
Por fim, no exemplo 20, a versão traduzida da revista apresenta uma tradução
natural e adequada; no entanto, a maioria dos alunos apresentaram problemas de
compreensão da estrutura, e, portanto, não apreenderam o significado adequadamente,
reverbalizando de forma incorreta. A1 não apresentou problemas de tradução,
traduzindo até da mesma forma que a revista. A2 não traduziu, A3, A4 e A5
apresentaram traduções com sentido totalmente diferentes da mensagem da língua fonte.
Este grupo de alunos teve grande dificuldade na percepção da estrutura do grupo
nominal em inglês, de forma que não conseguiram apreender a mensagem de maneira
correta, tornando a tradução confusa e incoerente com relação à mensagem da língua
fonte. Já A6 conseguiu perceber a estrutura, mas não fez boa escolha das palavras no
momento da reverbalização. A7 conseguiu bom desempenho, mas fez uso errôneo da
preposição “a”, que deveria estar craseado, quando deveria ter utilizado a preposição
“na”. A8 conseguiu desverbalizar bem, e, apesar de não ser igual à revista, conseguiu
preservar o sentido original. Seu único problema foi ter usado “ geologistas”, por
influência do termo em inglês, e não “geólogo”. Ademais, traduziu praticamente da
mesma forma que A7, com a diferença de que utilizou a preposição certa “na” para ligar
“crentes” e “Bíblia”.
Por meio desta análise pudemos observar algumas das dificuldades encontradas
pelos alunos de tradução principiantes e de como esses percebem os grupos nominais.
Notamos que os mesmos alunos em alguns exemplos se saíram bem, e em outros
tiveram dificuldades, provavelmente por estarem mais familiarizados com algumas
expressões do que com outras. Alguns ainda apresentam certa dificuldade de
compreensão estrutural de alguns grupos nominais, e alguns revelaram problemas de
desconhecimento de vocabulário. Por vezes os alunos se prenderem à estrutura da
língua de partida ou não atingiram um bom nível de reverbalização. As dificuldades,
como podemos ver, são variadas; sendo assim, o que percebemos é que quando não se
consegue desenvolver bem alguns dos processos descritos no momento da tradução,
esta de alguma forma ficará comprometida. É importante que se observe cada estágio do
processo de tradução do grupo nominal a fim de chegarmos à uma ideal de tradução na
língua portuguesa.
2.2. Análise com base no corpus da tradução da obra “History of Modern
Criationism”
A partir de agora, passaremos à análise do corpus montado com base na tradução
da obra “History of Modern Creationism” de Henry M. Morris, traduzido pelos alunos
do quarto ano do curso de Tradutor e Intérprete. O objetivo desta segunda análise é
observar o nível de dificuldades encontrado por esses alunos que possuem maior
maturidade lingüística do que os alunos principiantes consedirando que o objetivo aqui
não é estabelecer comparações entre um aluno e outro, optamos por não especificar os
diferentes alunos que efetuaram as traduções. Veja o quadro a seguir:
Trecho 1
1) Consequently, the most ancient human records (apart from the Bible) show the very early apostasy of primeval man from belief in an omnipotent God to belief in a polytheistic pantheism.
Como conseqüência, a maioria dos registros humanos antigos (fora a Bíblia) mostra a antiga apostasia do homem primitivo da crença em um Deus onipotente para crer em um panteísmo politeísta.
Neste grupo nominal, podemos observar que o tradutor não percebeu de forma
completa os elementos constitutivos para descrevê-los e classificá-los de acordo com a
ordem. Apesar de a tradução muitas vezes não ser feita primeiramente pelo núcleo e em
seguida os modificadores, o significado de toda a sentença deve ser voltado para o
núcleo. Neste caso, o aluno apresentou dificuldade com o advérbio “most”. Dessa
forma, este estudante acabou interpretando “the most” como “maioria”. No entanto,
dado o contexto, o sentido deste modificador é um superlativo “mais”. Este advérbio é
um submodificador, seguido de um adjetivo gradativo. Dessa maneira, “most” não é um
modificador de “records”, mas sim, um intensificador de “ancient”. Portanto, o aluno
demonstrou conhecimento do grupo nominal, porém revelou problemas de percepção
com o advérbio de intensidade. Neste sentido, a tradução desse grupo nominal seria:
“Os mais antigos registros humanos” ou “Os registros humanos mais antigos”. Neste
caso, percebemos a mobilidade dos modificadores na tradução para o português.
Trecho 2
2) Consequently, the most ancient human records (apart from the Bible) show the very early apostasy of primeval man from belief in an omnipotent God to belief in a polytheistic pantheism.
Como conseqüência, a maioria dos registros humanos antigos (fora a Bíblia) mostra a antiga apostasia do homem primitivo da crença em um Deus onipotente para crer em um panteísmo politeísta.
Neste grupo nominal, percebemos que o aluno compreendeu a estrutura, mas
apresentou dificuldade com a tradução dos pré-modificadores “the very early”,
traduzindo-os como “a antiga”. Nesse exemplo em particular, notamos que o sentido
original desses pré-modificadores, é “a primeira”. Nesse caso, não há necessidade de
traduzirmos também o advervio de intesidade “very”, pois em português o numeral
“primeira” não é gradativo. Portanto, uma tradução que obedece ao sentido da língua
fonte, seria: “A primeira apostasia”. Percebemos com isso que o aluno demosntrou
problemas no processo da reverbalização, de certa forma, alterando a mensagem
original.
Trecho 3
3) There had been a few writers proposing a very old earth, such as Georges Louis de Buffon (1707-1788), a lawyer who wrote a 15-volume treatise on natural history.
Existiam alguns poucos que defendia uma idade muito antiga da Terra, como George Louis de Buffon (1707-1788), um advogado que escreveu uma pesquisa de 15 volumes sobre história natural.
Neste grupo nominal, o advérbio “very” merece consideração especial, pois
podemos intensificá-lo de maneira incorreta. Podemos verificar isso no exemplo acima,
onde “very old” está se referindo a terra, mas o tradutor colocou o destaque na idade
muito antiga e não na “terra” que é antiga. Para a compreensão ser mais simples para o
leitor, o núcleo “terra” deve ser seguido pelo adjetivo intensificado “muito antiga”,
ficando a tradução, “uma terra muito antiga”. O tradutor se deparou com o “very” e
parece não ter conseguido compreender os modificadores. Como aparenta não conhecer
a ordem estrutural do grupo nominal, houve dificuldades de compreensão.
Trecho 4
4) The leading catastrophist of the day was Sir Henry Howorth, another man who did not believe the Bible, but who insisted that all the data of geology and archaeology refuted uniformitarianism.
O especialista em catástrofe da época foi Sir Henry Howorth, outro homem que não acreditava na bíblia, mas insistida que todos os dados de geologia e arqueologia refutava o uniformitarianismo.
Pela tradução deste grupo nominal, percebemos que o tradutor soube
compreender a estrutura, de forma a reverbalizar o sentido de forma natural e
compreensível. A princípio, um aluno com pouco conhecimento sobre a estrutura do
grupo nominal poderia confundir o modificador “leading” como se fosse um verbo no
gerúndio, conforme constatamos anteriormente. Mas tratando-se de um grupo nominal,
não temos a presença de verbo em seus constituintes. O aluno aqui percebeu todas essas
nuances e conseguiu passar a mensagem de forma bem reverbalizada.
Trecho 5
5) The gap theory, with the geological ages inserted in a supposed gap between the first two verses of Genesis, was advocated by few scientists, but was widely taught by fundamentalist Bible teachers.
A teoria do vácuo, com as eras geológicas estavam inseridas em um suposto intervalo entre o primeiro e o segundo versos de Gênesis, foi defendido por alguns cientistas, mas foi amplamente ensinado por professores fundamentalistas da Bíblia.
Novamente, enfatizamos a importância da estrutura para a apreensão do
significado. Verificamos por meio da tradução deste GN que o tradutor conseguiu
captar o núcleo. O aluno percebeu corretamente que o termo “fundamentalist” é um
termo técnico e que deve ser traduzido literalmente; portanto, a tradução do aluno ficou
correta, mas ficaria melhor se fosse traduzido como “professores de Bíblia
fundamentalistas”.
Trecho 6
6) However, there were a few creationist writers of significance, even in this barren period.
No entanto, mesmo neste período de pouco interesse, houve alguns escritores criacionistas influentes.
Nesta tradução, percebemos que o tradutor demonstrou conhecimento da ordem,
seguido da apreensão do significado e posterior reverbalização. Todos os processos para
a realização de uma tradução natural e adequada foram cumpridos.
Trecho 7
7)Alfred Rehwinkel, whose previous books had dealt with entirely different subjects, published The
Flood (1951), a 372-page book following Price`s flood geology approach.
Alfred Rehwinkel, cujo livro anterior tratou de assuntos totalmente diferentes, publicou The Flood (1951) (O Dilúvio), um livro de 372 páginas seguindo o enfoque da geologia do dilúvio de Price.
Neste exemplo, observamos que o aluno conseguiu perceber a ordem estrutural
do GN, mas ateve-se a uma tradução muito literal. Além disso, a aluno fez uso
excessivo da preposição “de”, tornando esta tradução sem naturalidade na língua alvo.
Neste caso o aluno poderia ter desempenhado melhor o processo de reverbalização.
Portanto, uma possível opção de tradução reverbalizada seria: “a aborgadem de estudos
geoólogicos com base no dilúvio desenvolvida por Price.
Trecho 8
8) Even Price allowed for the great age of earth’s core, as well as of the stars, while still insisting on a literal six day creation, with all the fossils formed after the fallen cursed.
Mesmo Price levou em conta a grande era do âmago da terra, assim como das estrelas, enquanto ainda insistindo nos seis dias literais da criação, com todos os fósseis formados depois da degradação e da maldição.
Por meio da tradução deste grupo nominal, percebemos que o aluno não
conseguiu compreender a ordem estrutural, de certo modo comprometendo o sentido da
mensagem. Primeiramente, ele não conseguiu localizar o núcleo “criação” na estrutura.
Ao tomar um dos modificadores como núcleo, a mensagem normalmente se torna
confusa. No entanto, apesar de não conseguir localizar o núcleo corretamente, este
aluno reverbalizou o grupo nominal de tal forma que sem cuidadosa leitura e análise,
essa falha passaria despercebida. Portanto, de acordo com todos os processos descritos
ao longo deste trabalho, teríamos a seguinte tradução: “uma criação em seis dias
literais”.
Trecho 9
9) There seems (to me, at least) to be overwhelming scientific evidence - and absolutely conclusive
Parece, a mim ao menos, ser uma esmagadora evidência científica e uma absoluta conclusiva
Biblical evidence - that the entire universe was made in the six literal days of the creation week.
evidência Bíblica, de que o início do universo foi feito nos seis dias literais da semana da criação.
Ao analisarmos esta tradução, percebemos a dificuldade do aluno ao se deparar
com a presença de vários modificadores constituindo este grupo nominal.
Primeiramente, o aluno aparentemente conseguiu identificar o núcleo “evidence”, mas
revelou-se bastante literal em sua tradução, forçando uma ordem de palavras que não é
natural em português. A nosso ver, uma tradução mais adequada deste grupo nominal
seria “uma evidência bíblica conclusiva e absoluta”.
Trecho 10
1) However, Darwinism finally provided racist imperialism with an apparent scientific justification.
Porém, o Darwinismo finalmente forneceu ao imperialismo racista uma aparente justificação científica.
Aqui percebemos o perfeito domínio que o tradutor tem sobre os grupos
nominais, pois não somente demonstrou conhecimento estrutural, mas também
conseguiu desverbalizar de forma natural, sem modificar o sentindo, e ao mesmo tempo
respeitando a morfossintaxe da língua portuguesa.
Trecho 11
11) …up to his death in 1919, Haeckel contrubuited to that special variety of German thought which served as the seed-bed for National Socialism.
...até sua morte em 1919, Haeckel contribuiu com aquela variedade especial de pensamento alemão que serviu como sementeira para o Socialismo Nacional. (berço)
Notamos neste exemplo que o aluno seguiu a ordem estrutural correta na
tradução do inglês para o português, mas foi um tanto quanto literal, não
desempenhando da melhor forma do processo da reverbalização. Ao usar o termo
“sementeira”, ele passou o sentido correto, mas esta talvez não seja a forma mais
natural. Uma opção viável neste caso seria a tradução “o berço do Socialismo
Nacional”.
Trecho 12
12) The older-style Darwinian racist imperialism and social Darwinism have now –after two wars,
Os antigos imperialismo racista darwinista e Darwinismo social agora – após duas guerras
many revolutions of so-called “liberation’… mundiais, muitas revoluções da assim chamada “liberação...[sic]
Neste exemplo, mais uma vez o aluno-tradutor demonstrou excelente
conhecimento da ordem estrutural e também demonstrou apreensão do sentido, e em
seguida uma boa reverbalização. O tradutor colocou o determinante no plural para
concordar com o sujeito composto “imperialismo darwinista racista e darwinismo
social”, trata-se de duas coisas relacionadas mais distintas. Portanto, essa tradução
soaria melhor, se o tradutor tivesse colocado todo o grupo nominal no singular.
Trecho 13
15) However, the only serious geological defense of the Biblical view came from an unlikely source, a self-taught Adventist geologist named George McCready.
No entanto, a única defesa geológica válida da visão bíblica partiu de uma fonte inesperada, um geólogo adventista autodidata chamado George McCready Price (1870-1963).
Observamos uma apreensão do significado e reverbalização excelentes, pois a
tradução ficou com aspecto adequado ao português. Se o aluno/tradutor tivesse
traduzido a palavra “serious” literalmente, a tradução ficaria um tanto quando literal.
Sendo assim, o uso do termo “válido” não mudou o significado da mensagem, e, além
disso, deu à tradução um aspecto natural.
Trecho 14
16) Chicago Radio Station WGV here produced the First National Broadcast of an American trial.
A estação de rádio de Chicago, WGN, produziu a primeira transmissão de um julgamento americano.
Neste grupo nominal, apesar de não observarmos mudança de sentido e
incoerências na tradução, o aluno/tradutor omitiu um dos elementos constituintes do
grupo nominal em inglês. A omissão deu-se com o termo “national”, que poderia ter
sido incluso, sem que a tradução sofresse qualquer dano relativo ao sentido da
mensagem. A tradução então ficaria, “A primeira transmissão nacional de um
julgamento Americano”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nossa motivação ao desenvolver este trabalho surgiu primeiramente de nossa
própria dificuldade em lidar com os grupos nominais, assim como parte dos alunos de
Tradutor e Intérprete. Foi justamente pelo fato de os GN em inglês e português serem
estruturados e expressos de forma distinta que observamos a importância de nos
aprofundarmos no estudo dessas estruturas e elaboramos uma pesquisa que fosse
instrumento de auxílio na compreensão dos GN, tanto para nós quanto para alunos,
futuros tradutores, professores ou profissionais da área.
Ao realizarmos este trabalho, percebemos a importância que os grupos nominais
exercem na estrutura da língua inglesa, pois trata-se de uma estrutura peculiar e
freqüentemente utilizada. Na verdade, os grupos nominais constituem uma estrutura
muito rica, pois englobam várias classes gramaticais, compactam uma grande variedade
lexical, além de refletirem, por excelência a natureza concisa, sintética e descritiva da
língua inglesa. Ademais, expressam a maneira como a língua inglesa forma conceitos
dos objetos, idéias e elementos do mundo.
Ao nos aprofundarmos no estudo dessa estrutura, percebemos que o domínio por
parte dos tradutores quanto à formação estrutural dos grupos nominais, conforme
descrevemos com base na Gramática Funcional de Halliday, contribuiu
significativamente para a compreensão do sentido da mensagem. No entanto, ao longo
do desenvolvimento deste trabalho também verificamos a necessidade de uma linha
teórica que abrangesse a importância de se levar em conta a reexpressão natural na
língua alvo. Assim, encontramos na teoria de Danica Seleskovitch os subsídios
necessários para tal empreendimento. Percebemos, assim, que a fusão dessas duas
linhas teóricas muito contribuiria para que tivéssemos um arcabouço teórico que desse
conta de nossa análise contrastiva e nos permitisse visualizar uma tradução mais
adequada, fiel em preservar o sentido da língua fonte, e ao mesmo tempo fiel à
reexpressão da mensagem, de acordo com a feição lingüística da língua alvo.
Ao analisarmos as pesquisas de campo, percebemos que muitas das
inadequações ocorreram devido ao fato de os alunos se prenderem demasiadamente à
estrutura, levando a tradução para um âmbito literal. Outros, porém, ao traduzirem com
enfoque apenas na apreensão do significado da mensagem, sem levar em conta a
estrutura do grupo nominal, demonstraram também incongruências na mensagem. A
partir disso, notamos a importância de se levar em conta as duas teorias integradas no
processo de tradução dos grupos nominais. Com efeito, acreditamos que a fusão dessas
duas linhas teóricas no processo de formação do Tradutor ou Intérprete auxiliaria o
aluno a sentir-se mais seguro no momento da tradução, permitindo que ele obtenha
melhor desempenho.
Cremos que futuros estudos ainda podem ser realizados sobre o assunto,
especialmente por existirem poucas pesquisas aprofundadas em estudos contrastivos dos
grupos nominais entre o inglês e português. Isso ficou constatado na exigüidade de
material disponível em português para pesquisas nessa área.
Em suma, esperamos que este trabalho sirva como fonte de consulta e pesquisa
para tradutores ou futuros tradutores, de maneira que possam compreender
adequadamente a estrutura sintático-semântica de um grupo nominal, apreender o
sentido, desverbalizá-lo e reverbalizá-lo de forma mais eficiente e imediata.
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ANEXO 1
Tabela de análise do questionário aplicado aos alunos do segundo ano do Cuso de Tradutor e Intérprete Lingua original (Inglês) Respostas dos Alunos Tradução da Revista
Diálogo
1) Medical literature contains numerous examples of the clinical benefit provided to humans by animal-derived products
A1) Produtos de origem animal. A2) Produtos de origem animal A3) Produtos derivados de animais A4) Produtos derivados de animal A5) Produtos derivados de animais A6) Produtos de origem animal A7) Produtos de derivados de animais A8) Produtos derivados de animais
A literatura médica contém numerosos exemplos de benefício clínico proporcionado aos seres humanos por produtos de origem animal
2) The Bible speaks of God`s ultimate self-disclosure in the person of Jesus, in whom the finite and the infinite merge.
A1) Que a última revelação de Deus na pessoa de Cristo A2) Da última revelação de Deus na pessoa de Jesus A3) Última própria revelação de Deus na pessoa de Jesus A4) A razão da própria revelação de Deus na pessoa de Jesus A5) Da suprema auto-revelação na personagem de Jesus. A6) Fundamento da revelação de Deus na pessoa de Jesus Cristo A7) Da última revelação de Deus na pessoa de Jesus A8) Última auto-revelação de Deus na pessoa de Jesus
A Bíblia fala da auto-revelação definitiva de Deus na pessoa de Jesus, em quem o finito e o infinito se fundiram.
3) The fact is that the New Age has become a wide-spreading religious phenomenon, attracting thousands of weary and rootless followers of traditional Christianity
A1) Fenômeno religioso largamente difundido A2) Fenômeno religioso amplamente difundido A3) Fenômeno religioso largamente propagado A4) Fenômeno religioso comum A5) Expansão de um amplo fenômeno religioso A6) Ampla propagação dos fenômenos religioso A7) Fenômeno religiosos difundido amplamente A8) Fenômeno religioso que muito se espalha
O fato é que a Nova Era tem-se tornado um fenômeno religioso abrangente, atraindo milhares de seguidores cansados e desarraigados do cristianismo tradicional.
4 a) The biblical view of time is governed by a philosophy of history whose over-arching theme is the cosmic controversy between Christ and Satan.
A1) Tema debatido exaustivamente A2) O tema amplamente debatido A3) Tema universal A4) Um tema currado A5) O tema excedente principal A6) Não traduziu A7) Tema em questão A8) O tema que mais se desdobra
A visão bíblica do tempo é governada por uma filosofia da História, cujo tema abarcante é a controvérsia cósmica entre Cristo e Satanás.
4 b) The biblical view of time is governed by a philosophy of history whose over-arching theme is the cosmic controversy between Christ and Satan.
A1) Discussão cósmica entre Cristo e Satanás A2) Discussão cósmica entre Cristo e Satã A3) Controvérsia cósmica entre Cristo e Satanás A4) Controvérsia cósmica entre Cristo e Satanás A5) Controvérsia cósmica entre Cristo e Satanás A6) A controvérsia cósmica entre Cristo e Satanás A7)Controvérsia cósmica entre Satanás e Cristo A8) Conflito cósmico entre Cristo e Satanás
A visão bíblica do tempo é governada por uma filosofia da História, cujo tema abarcante é a controvérsia cósmica entre Cristo e Satanás
5) Postmodernist “historical deafness” denies the relevance of the biblical-historical line and the truthfulness of its major events.
A1) Linha Histórico Bíblico A2) Linha Histórico Bíblica A3) Linha Bíblico-Histórica A4) Linha Histórica Bíblica A5) Linha Histórica-Bíblica A6) Linha Histórica Bíblica A7) Linha Histórica Bíblica A8) Descrição Bíblico-histórica
A “surdez histórica” pós-modernista nega a relevância da linha bíblico-histórica e a veracidade de seus acontecimentos maiores.
6) The desires to adorn the body with eye-catching clothes costly jewelry, and colorful cosmetics have left few untouched.
A1) Roupas que prendem os olhares A2) Roupas chamativas A3) Roupas chamativas A4) Roupas chamativas A5) Roupas que contagiam os olhos (olhar) A6) Vestimentas surpreendentes aos olhos A7) Roupas chamativas A8) Roupas que prendem a atenção
O desejo de adornar o corpo com vestimentas que chamam a atenção, jóias custosas e cosméticos coloridos toca quase todos
7) As a Bible-believing Christian, I have found the following seven principles helpful in understanding how we ought to relate to sex.
A1)Cristão que acredita na Bíblia A2) Cristão crente à Bíblia A3) Cristão crente na Bíblia A4) Cristão acredita na Bíblia A5) Como um cristão confiante na Bíblia A6) Crença Bíblica Cristã A7) Cristão que acredita na Bíblia A8) Cristão que crê na Bíblia
Como cristão que crê na Bíblia, achei os sete princípios seguintes úteis para a compreensão de como deveríamos nos relacionar com o sexo.
8) A place where the impenitent sinners burn forever and consciously suffer pain in an everlasting and never-ending fire?
A1) Fogo eterno (fogo que nunca termina) A2) Fogo que não tem fim? (fogo eterno) A3) Fogo que nunca se apaga
Um lugar onde os pecadores impenitentes queimam para sempre e conscientemente sofrem dor num fogo eterno que nunca termina?
A4) Fogo infinito (fogo sem fim) A5) Fogo jamais acaba A6) Fogo nunca se apaga A7) Fogo eterno A8) Fogo sem fim
9) No wonder the New testament affirms that Spirit-led believers are those who respect God’s will.
A1) Crentes guiados pelo espírito A2) Crentes guiados pelo espírito A3) Crentes guiados pelo espírito A4) O fiel é conduzido pelo espírito A5) Crentes conduzidos pelo espírito A6) Não traduziu A7) Crentes dirigidos pelo espírito A8) Crentes guiados pelo Espírito
Não admira que o Novo Testamento afirme que os crentes guiados pelo Espírito são aqueles que respeitam a vontade de Deus
10) God’s original creation was a predation-free habitat filled with creatures serving one another.
A1) Lar eterno A2) Lar eterno A3) Local livre de predadores A4) Viver de predação livre A5) Datação prévia de habitat livre A6) Lar livre de predadores A7) Da última revelação de Deus na pessoa de Jesus A8) Habitat livre de um fim predestinado
A criação original foi um hábitat não predatório cheio de criaturas que serviam umas às outras.
11)With these significant psycho-biological insights, let us now turn to the three divine curses that sin brought upon this world.
A1) Discernimentos Psicobiológicos A2) Introspecção Psicobiológica A3)Introspecção psico-biológica A4)Discernimento Psico-biol[ogico A5)Discernimento Psico-biológico A6) Percepção Psico-biológica A7) Percepções
Com esse discernimento psíquico-biológico, volvamos agora às três maldições que o pecado trouxe sobre o mundo.
Psicobiológicas A8) Discernimento psico-biológico
12) Could the words, “above all cattle and above all wild animals” in the first curse suggest that the animal kingdom was immediately involved in a kingdom-wide curse?
A1) Praga que se espalhou por todo o Reino. A2) Maldição que atingiu todo o reino. A3) A maldição total do reino A4) Vasto reinado de maldição A5) Maldicao total no reino/ império A6) Maldição completa do reino. A7) Reino de grande maldição. A8) Praga total do reino
Poderiam as palavras “entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selváticos” na primeira maldição sugerir que o reino animal foi imediatamente envolvido numa maldição?
13) Thus, for example, God may have wisely equipped the post-Fall creatures with an amazing ability to adapt, as evidenced by recent biological studies indicated by James L. Hayward.
A1) Criaturas pós-queda A2) Criaturas depois da queda A3) Forma de criaturas caídas A4) Anunciou as criaturas caídas A5) Da criatura que deixou seu posto A6) Criaturas pós-queda A7) Criaturas decaídas A8)Criaturas...?
Assim, por exemplo, Deus poderia ter equipado as criaturas após a Queda com habilidade espantosa de adaptação, como demonstrado por estudos biológicos recentes indicados por James L. Hayward
14) The powerful principle of cause and effect is like a two-edged sword working either for bad or for good depending upon individual choices.
A1) Espada de dois gumes A2) Espada de dois gumes A3)Uma espada afiada de dois gumes A4) Espada de dois cortes (gume) A5) Uma espada de dois gumes A6) Espada de dois gumes A7) Faca de dois gumes A8) Espada de dois gumes
O poderoso princípio de causa e efeito é como uma espada de dois gumes, que atua tanto para o bem como para o mal, dependendo de escolhas individuais.
15) What we have just said points to the need for judicious political involvement, a world-wide church with thousands of
A1) Uma igreja mundial com milhares de instituições A2) Não traduziu A3) ampla igreja mundial com milhares de
O que acabamos de dizer aponta à necessidade de um envolvimento político judicioso. Uma igreja mundial, com milhares de instituições...
institutions…
instituições A4) Uma igreja mundial ampla com milhares de instituições A5) A igreja mundial com mil instituicoes A6) Um igreja mundial com milhares de instituições A7) Igreja mundial com milhares de instituições A8) Igreja mundial com milhares de instituições
16) The study incorporated the incidence (that is, new cases) of cancer and heart disease in the ever-expanding research on the characteristics of the Adventist lifestyle that enabled Adventists to have a “health advantage.
A1) Pesquisa... ? A2) Não traduziu A3) Sempre expandindo em pesquisas relacionadas ao…? A4) Expansão continua nas pesquisas sobre as características do estilo de vida Adventista A5) Nas pesquisas sempre avançadas na característica do estilo de vida dos Adventistas A6) Pesquisa já expandida das características do estilo de vida Adventista A7) Crescente pesquisa das características do estilo de vida Adventista A8) Pesquisa cada vez mais expandida acerca das características do estilo de vida adventista.
O estudo incluía a incidência (isto é, novos casos) de câncer e doença do coração na pesquisa sempre em expansão do estilo de vida adventista que permite aos adventistas ter uma “vantagem em matéria de saúde”.
17) These are the causes of late menopause, and obesity in post-menopausal women.
A1) Mulher pós-menopausa A2) Não traduziu A3) Não traduziu A4) Não traduziu A5) Mulheres em pós-menopausa A6) Mulheres em menopausa A7) Pós-menopausa da mulher A8) Pós-menopausa da mulher
Os fatores de risco conhecidos para o câncer da mama incluem: crescente contato com estrogênio e/ou hormônios do tipo progesterone, menstruação precoce, menopausa tardia e obesidade em mulheres após a menopausa.
18) Factors that may be protective of the development of breast cancer include: decreased exposure to estrogen and/or progesterone hormones, early first-term pregnancy and physical activity
A1) Não traduziu A2) Não traduziu A3) Primeira gravidez A4) Gravidez de condições prioritárias A5) Engravidar pela primeira vez A6) Gravidez de primeiro período A7) Gravidez precoce A8) Gravidez precoce
Fatores que podem proteger quanto à incidência de câncer da mama incluem: menor contato com estrogênio ou hormônios do tipo progesterone, primeira gravidez em idade jovem, lactação e atividade física.
19) It includes informed intervention (Creation) and a world-wide catastrophe (the Flood).
A1) Uma catástrofe mundial A2) Não traduziu A3) Ampla catástrofe mundial A4) Uma catástrofe amplamente mundial A5) Catástrofe mundial A6) Catástrofe mundial A7) Catástrofe mundial A8) Catástrofe mundial
Tome, por exemplo, o conceito bíblico das origens, incluindo intervenção inteligente (Criação) e uma catástrofe mundial (o Dilúvio).
20) They recognize that regardless of the source of those Bible-believing geologists' ideas they were more careful observers than Lyell.
A1) Idéias dos geólogos que crêem na Bíblia A2) Não traduziu A3) Pensamento de crença bíblica geológica A4) Ideais bíblicas de crentes geólogos A5) Pensamentos dos geologistas acreditarem na Bíblia A6) Idéias dos geologistas de crer na Bíblia A7) Ideais dos geólogos crentes a Bíblia A8) Idéias de geologistas crentes na Bíblia.
Reconhecem que a despeito da fonte das idéias daqueles geólogos que criam na Bíblia, eles eram observadores mais cuidadosos do que Lyell.
ANEXO 2 Corpus da tradução da obra “ History of Modern Criationism”de Henry M. Morris, realizado pelos alunos do quarto ano do Curso de Tradutor e Intérprete Língua original (Inglês) Tradução
1) Consequently, the most ancient human records (apart from the Bible) show the very early apostasy of primeval man from belief in an omnipotent God to belief in a polytheistic pantheism.
Como conseqüência, a maioria dos registros humanos antigos (fora a Bíblia) mostra a antiga apostasia do homem primitivo da crença em um Deus onipotente para crer em um panteísmo politeísta.
2) Consequently, the most ancient human records (apart from the Bible) show the very early apostasy of primeval man from belief in an omnipotent God to belief in a polytheistic pantheism.
Como conseqüência, a maioria dos registros humanos antigos (fora a Bíblia) mostra a antiga apostasia do homem primitivo da crença em um Deus onipotente para crer em um panteísmo politeísta.
3) There had been a few writers proposing a very old earth, such as Georges Louis de Buffon(1707-1788), a lawyer who wrote a 15-volume treatise on natural history.
Existiam alguns poucos que defendia uma idade muito antiga da Terra, como George Louis de Buffon ( 1707-1788), um advogado que escreveu uma pesquisa de 15 volumes sobre história natural
4) The leading catastrophist of the day was Sir Henry Howorth, another man who did not believe the Bible, but who insisted that all the data of geology and archaeology refuted uniformitarianism.
O especialista em catástrofe da época foi Sir Henry Howorth, outro homem que não acreditava na bíblia, mas insistida que todos os dados de geologia e arqueologia refutava o uniformitarianismo.
5) The gap theory, with the geological ages inserted in a supposed gap between the first two verses of Genesis, was advocated by few scientists, but was widely taught by fundamentalist Bible teachers.
A teoria do vácuo, com as eras geológicas estavam inseridas em um suposto intervalo entre o primeiro e o segundo versos de Gênesis, foi defendido por alguns cientistas, mas foi amplamente ensinado por professores fundamentalista da Bíblia.
6) However, there were a few creationist writers of significance, even in this barren period.
No entanto, mesmo neste período de pouco interesse, houve alguns escritores criacionistas influentes.
7)Alfred Rehwinkel, whose previous books had dealt with entirely different subjects, published The Flood (1951), a 372-page book following Price`s flood geology approach.
Alfred Rehwinkel, cujo livro anterior tratou de assuntos totalmente diferentes, publicou The Flood (1951) (O Dilúvio), um livro de 372 páginas seguindo o enfoque da geologia do dilúvio de Price.
8) Even Price allowed for the great age of earth’s core, as well as of the stars, while still insisting on a literal six day creation, with all the fossils formed after the fallen cursed.
Mesmo Price levou em conta a grande era do âmago da terra, assim como das estrelas, enquanto ainda insistindo nos seis dias literais da criação, com todos os fósseis formados depois da degradação e da
maldição. 9) There seems (to me, at least) to be overwhelming scientific evidence - and absolutely conclusive Biblical evidence - that the entire universe was made in the six literal days of the creation week.
Parece, a mim ao menos, ser uma esmagadora evidência científica e uma absoluta conclusiva evidência Bíblica, de que o início do universo foi feito nos seis dias literais da semana da criação.
10) However, Darwinism finally provided racist imperialism with an apparent scientific justification.
Porém, o Darwinismo finalmente forneceu ao imperialismo racista uma aparente justificação científica.
11) …up to his deathin 1919, Haeckel contrubuited to that special variety of German thought which served as the seed-bed for National Socialism.
...até sua morte em 1919, Haeckel contribuiu com aquela variedade especial de pensamento alemão que serviu como sementeira para o Socialismo Nacional.
12)The older-style Darwinian racist imperialism and social Darwinism have now –after two wars, many revolutions of so-called “liberation’…
Os antigos imperialismo racista darwinista e Darwinismo social agora – após duas guerras mundiais, muitas revoluções da assim chamada “liberação
13) Both, however are intrinsically evolutionist philosophies; they are both humanistic and ultimately atheistic philosophies.
Ambas, porém, são intrinsecamente filosofias evolucionistas; portanto, ambas são tanto humanistas quanto, no final das contas, ateístas.
14) …the psychologist William James (1842-1935), who se philosophy of “pragmatism” placed the study of human psychology on a thoroughly Animalistic evolutionary basis
...o psicólogo William James (1842 – 1810), cuja filosofia do “pragmatismo” colocou o estudo da psicologia humana sobre uma base evolucionista totalmente animalista...
15) However, the only serious geological defense of the Biblical view came from an unlikely source, a self-taught Adventist geologist named George McCready.
No entanto, a única defesa geológica
válida da visão bíblica partiu de uma fonte inesperada, um geólogo adventista autodidata chamado George McCready Price (1870-1963).
16) Chicago Radio Station WGV here produced the First National Broadcast of an American trial.
A estação de rádio de Chicago, WGN, produziu a primeira transmissão de um julgamento americano.
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