Gardete, um esboço de Intervenção

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Centro Português de Geo-História e Pré-História Formação: Gestão de Parques e Reservas Naturais e Culturais. Aluno: Mário Benjamim Data: 30 Nov. 15 Trabalho Prático: Musealização de sítios de arte rupestre:

Gardete, um esboço de intervenção.

Figura 1: Núcleo Arqueológico de Gardete, vista a montante. Fonte CIART.

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Introdução

O complexo rupestre do Vale do Tejo, é um dos mais importantes conjuntos de arte pós-paleolítico da Europa, constituído por mais de 20.000 gravuras dispersas ao longo de 40 Km em ambas as margens do rio Tejo, tendo sido amplamente estudado nas últimas décadas, é atualmente um marco da arqueologia contemporânea portuguesa, seja pela sua importância patrimonial, seja pela exposição que proporcionou à arte rupestre, seja, finalmente, por proporcionar um processo de musealização in loco, intento que se tem desenvolvido gradualmente desde a descoberta ocasional das gravuras em 1971 junto à estação ferroviária de Fratel. Procurando corresponder a estes três aspetos, a nossa comunicação visa, por um lado, propor uma intervenção concreta para um dos locais deste complexo, o sítio arqueológico de Gardete, e, por outro, levantar algumas questões de análise e de interpretação que, suscitadas, equacionadas e de algum modo respondidas por essa intervenção, permitam sistematizar uma metodologia de intervenção em sítios de arte rupestre de características similares.

Este trabalho é desenvolvido no âmbito de uma investigação, em curso, para dissertação de doutoramento em arquitetura na Universidade de Évora, que tem como objetivo a reinterpretação da arte rupestre do Vale do Tejo, em que o esboço de intervenção para o núcleo arqueológico de Gardete, constitui uma primeira abordagem.

O Sítio

O núcleo arqueológico de Gardete, situado na margem direita do rio Tejo, sensivelmente a 800m a jusante da barragem do Fratel, numa zona em geral emersa, possibilita o contacto direto com as gravuras, e constitui, conjuntamente com o núcleo arqueológico de S. Simão, junto à barragem de Cedilho, a montante, os únicos núcleos visitáveis do Complexo Rupestre do Vale do Tejo que foram descobertos desde os anos 70 do Século XX.

A posição geográfica de ambas as estações arqueológicas, fora dos limites da albufeira do Fratel mas junto às descargas de ambas as barragens, deixa-as expostas a um elevado desgaste das superfícies de suporte e das suas gravações. Procurando responder a esta possibilidade de perda efetiva a curto prazo, o processo de musealização é essencial para a compreensão, salvaguarda e preservação deste legado patrimonial.

O núcleo é caracterizado por um conjunto de rochas de topos planificados, propício à inscrição de gravuras, com arte esquemática pós-paleolítica; correspondendo ao último período de gravação do Tejo, as gravuras são compostas de motivos geométricos, nomeadamente círculos, sóis e linhas onduladas, mas também de representações humanas estilizadas e pegadas.

Além do valor das gravuras, o núcleo insere-se numa paisagem singular e de forte carácter: o vale encaixado do rio, restos de um muro de sirga, outrora utilizado como apoio ao transporte fluvial, a linha férrea e o "paredão da barragem" do Fratel, que pela sua escala é o elemento referenciador de todo o vale.

Fazendo confluir diferentes momentos históricos, o contexto envolvente ao núcleo arqueológico remete-nos para o entendimento do lugar e para as suas pré-existências, sobretudo pré-históricas, nas quais se manifesta a intimidade que a arte rupestre mantem com a paisagem, e na qual culturalmente se expressa, constituindo-se como parte integrante de um todo simbólico.

É seguindo este conceito que encaramos a musealização de sítios de arte rupestre,

propondo um processo de valorização, de proteção e divulgação do lugar que se deve estruturar

segundo os padrões identitários desse lugar, sejam eles biofísicos ou culturais.

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A persistência dos Sinais

O núcleo de arte rupestre de Gardete, situa-se como já referido, na freguesia do Fratel, geograficamente este território é delimitado por três acidentes naturais que o configuram em forma triangular, com orientação NO-SE: Crista quartzítica da Serra das Talhadas, NE-SO Rio Ocresa e Rio Tejo a Sul, a intersecção dos dois cursos dos rios com a Serra das Talhadas originou duas formações geológicas (Portas de Rodão1 e Portas do Almourão), que juntamente com o desfiladeiro na parte central da serra constituíam passagens naturais para a plataforma de Fratel.

Figura 1. Localização da área de estudo e da plataforma geográfica de Fratel. Crista Quartzítica Rio Tejo e Ocresa Área de estudo (465ha)

A configuração geológica da plataforma permitiu a fixação de habitats desde o Paleolítico Médio, junto às Portas de Rodão, e de forma dispersa por comunidades agro-pastoris nas charnecas planálticas na parte central do território, durante o Neolítico e Calcolítico, desenvolvendo-se assim um modelo de ocupação do território polarizada nas charnecas planálticas e sopés. (Henriques & Caninas, 1997). As manchas de ocupação estão implantadas a curta distância do Tejo e relacionam-se com a localização das povoações atuais, próximas pois dos maiores núcleos de arte rupestre, no qual se inclui o núcleo de Gardete.

1 Classificado Monumento Natural pelo Decreto Regulamentar 7/2009, de 20 de Maio

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Esta correlação permite-nos perspetivar a evolução da ocupação da área de estudo, envolvente à estação arqueológica, pelas marcas ou sinais de vida que ainda permanecem registadas na paisagem. A desconstrução cronológica da paisagem, pelos seus sinais antrópicos e bióticos ainda visíveis, possibilita a descodificação progressiva do uso deste território, partindo da atualidade até ao registo mais antigo, em particular, através dos afloramentos graníticos ao longo do Tejo. Este exercício de aproximação, realizado numa primeira fase pela análise dos elementos construídos e manifestados pelo homem, procura estabelecer dois critérios de observação: clarificar o tecido de relações que se estabeleceu no território ao longo do tempo, e que o caracteriza, e consciencializar para a importância das gravuras nessa construção. Apesar das transformações e alterações de uso submetidas, as gravuras persistiram durante milénios, como uma espécie de referencial genético que nos permite contar a história deste local.

Esta presença remota ou passagem dos nossos antepassados, provida de significado, mesmo que não percetível na sua plenitude, conseguiu chegar até nós através do eco da sua vivência holística, transmitindo ainda sensações imprecisas e aspetos da inevitável relação que a todos nos une.

O processo de musealização e a intervenção em sítios de arte rupestre terá, em primeiro lugar, de interpretar os significados e os sentidos desses ecos e, em segundo, compreender o complexo tecido de relações que se estabelecem no território, quer no universo das suas estruturas de suporte, quer na relação que as comunidades estabeleceram com essas estruturas. Por fim, terá de resolver as questões relacionadas com a compatibilização de ambos os sistema: sistemas de significados e sistemas estruturais.

É através desta abordagem sistémica e holística que interpretamos o processo de musealização, permitindo a aproximação e a compreensão do real valor do património a musealizar.

O processo de Musealização

A valorização e musealização de um sítio arqueológico é um processo de descodificação e

evidência de uma estrutura patrimonial, que se pretende preservar, expor e divulgar. No caso especifico de sítios de arte rupestre acresce-se de uma especial complexidade, pelas suas características intrínsecas e pela sua fragilidade expositiva o que dificulta a sua preservação.

As principais dificuldades de conservação, derivam do processo natural de degradação e das ações diretas ou submetidas indiretamente pelo homem, e que reforçam a necessidade de implementar medidas preventivas e ativas específicas.

No caso do complexo rupestre do Vale do Tejo conseguiu-se preservar este legado até aos dias de hoje, graças a um processo de registo e inventariação antes do enchimento da albufeira do Fratel. Ação, que mesmo após a alteração abrupta da paisagem e a submersão de 80 % das gravuras registadas, garantiu que os principais núcleos de arte rupestre mantivessem, e em alguns casos, exponenciassem o seu valor patrimonial através de processos de classificação e publicação científica ao longo das últimas décadas.

Mesmo sem visibilidade e sem possibilidade de contacto, o complexo Rupestre do Vale do Tejo e a região, tem se vindo a musealizar pela prospeção e investigação intensa ao longo dos anos.

Dos dois núcleos ainda visitáveis, Gardete devido à sua localização e facilidade de acessos, é o núcleo passível de se equacionar um processo de intervenção, proporcionando o contacto “direto” com os vestígios do passado, com a sua envolvente ambiental, paisagística e humanas. Intervenção que se pretende que contribua para a consciencialização da dimensão do complexo, e objetivamente, garanta a preservação através da refuncionalização e da ocupação útil desses espaços. (Raposo, 1999)

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Constata-se também que o núcleo de Gardete, como ou de S. Simão encontram-se na zona de influência das descargas das barragens, sujeitos às variações constantes e abruptas de caudais e obviamente às suas consequências: erosão, poluição, variações térmicas que provocam fissuração e desgaste nos suportes e nas gravuras, correndo-se o sério risco de a médio prazo este legado se tornar em apenas registos científicos, sem oportunidade de usufruição e contemplação.

Alguns procedimentos terão de ser tidos em conta, num processo de musealização in loco, enumeremos algumas etapas que segundo Olga Matos (Matos, 2008, pag.36) devem-se refletir na proposta intervenção:

1) estudo cientifico do local : do ponto de vista cientifico Gardete, possui vasta “matéria”

elaborada por diversos especialistas 2, que se encontra disponível e que comprova a singularidade e especificidade do local.

2) recolha e publicação de dados: Tendo em atenção a vasta publicação e investigação existente, é necessário selecionar e formatar a informação e os dados existentes, de acordo com pretensão da ação. A estes dados, incluiremos uma análise às diversas estruturas do lugar, antrópicas e bióticas (ainda em execução), que explicitam a relação e a evolução do sitio arqueológico com a paisagem - Anexo I e II.

3) processo de classificação: o núcleo de arte rupestre de Gardete, cujo valor patrimonial é reconhecido, não se encontra classificado, e deverá ser um processo prioritário, antes de qualquer tipo de intervenção, de forma a se poder ter mecanismos de proteção. A título de referência, em todo o complexo, apenas o núcleo do Fratel se encontra em vias de classificação.3

4) elaboração de um programa de intervenção: O programa será elaborado por uma equipa pluridisciplinar composta por técnicos e especialistas de diversas áreas e atores locais, particulares e institucionais, de forma a se poder alargar o espectro valorativo do processo de intervenção.

5) implementação de políticas de intervenção e interpretação: as politicas de intervenção deverão contemplar requisitos que mantenham o contexto de descontextualização e promoção do sitio arqueológico, tais como: limpeza e conservação, divulgação e técnicas de comunicação, condições de acolhimento e meios logísticos, sinalização e manutenção das condições de acessibilidades, como terá de ser em conta aprazibilidade da proposta

6) gestão e manutenção do sítio arqueológico: Esta deverá ser a etapa em que se terá de ter uma particular atenção num processo de musealização que se pretende ser bem sucedido. Devido á exposição e fragilidade da arte rupestre, a manutenção do sítio, o controle de visitas, a segurança e vigilância, a monotorização, acompanhamento e explicitação dos seus conteúdos são os procedimentos indispensáveis, sem os quais não se conseguirá garantir a sua preservação.

2 Destaque para o trabalho de Mário Varela Gomes e António Martinho Baptista, como alguns trabalhos publicados sobre égide do Instituto Politécnico de Tomar e Associação de Estudos do Alto Tejo. 3 Anúncio n.º 2867/2012, publicado no Diário da República, 2.ª série , N.º 30 a 10 de fevereiro de 2012

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Não estando garantido no seu conjunto os requisitos expostos, deverá ser equacionada a intenção de musealização e de intervenção.

Abordagem Metodológica

Uma das abordagens metodológicas será sobrepor a leitura arquitetónica á interpretação cognitiva do lugar e descodificar as suas Invariáveis. Como invariáveis, consideramos a vasta bibliografia disponível, que descreve os usos e modos de vida do território, que sejam referências da memória coletiva e do lugar, e que estejam relacionadas com o objetivo da investigação.

Uma “análise arquetípica”, permitirá olhar o território pelo conjunto de referências de ordem antropológica, sociais ou simbólicas. Será o caso dos textos de cariz histórico ou geográfico, registos cartográficos e fotográficos, que clarifiquem e reafirmam as características próprias do território

Outra leitura pode ser efetuada pela análise da toponímia dos lugares. No caso de sítio de Castelejo, parece-nos evidente a relação com topografia do lugar e a relação defensiva que proporcionaria, justificada pelos achados arqueológicos encontrados neste local.

A localização dos registos arqueológicos e sítios de interesse, transcritos da carta patrimonial do PDM (Anexo I), permite percecionar no território os seus posicionamentos e conceber intenções de percursos com o núcleo de arte rupestre, caso se justifique o valor patrimonial e a exequibilidade e manutenção do respetivo percurso.

Um dos instrumentos de análise serão os caminhos de pé-posto em cartas militares e o estudo de linhas de festo ou de vale, que possibilitam atravessamentos e acessos aos diversos pontos de interesse.

No presente trabalho, foi desenvolvido uma análise desconstrutiva e cronológica da paisagem com base nos registos arqueológicos e as ações mais marcantes do território, desde a pré-história à idade contemporânea, os critérios de síntese obviamente serão subjetivos e relacionados com a pretensão da investigação, mas pretenderam clarificar a evolução das alterações submetidas no território através das ações antrópicas e dos seus modelos de ocupação, no intuito de evidenciar os sinais intemporais e identitários da área objeto de estudo.

Numa análise breve, as marcas visíveis mais antigas correspondem às gravuras rupestres e vestígios de habitats que pela quantidade de gravuras encontradas e longo período de ocupação indiciam uma utilização continua e intima com o lugar.

Utilização que decaí até à idade Média, apenas com alguns vestígios no período da reconquista e posteriormente com a fundação da povoação de Gardete. Na idade Moderna as marcas do território manifestam-se nos muros de sirga, ainda com extensões percorríveis, e que poderão ser utilizáveis no percurso de aproximação ao núcleo arqueológico.

As restantes marcas de antropização, advém da implementação de um conjunto de infraestruturações viárias e de transportes que culmina com a introdução da auto-estrada (A23).

A segmentação do rio no ultimo quartel do seculo XX, e consequentemente enchimento das respetivas albufeiras, correspondem ao momento mais marcante na alteração deste trecho de paisagem. Esta análise permite-nos no imediato, tirar duas conclusões: apesar da sua diminuta escala a nível regional, a área de estudo, corresponde a uma zona estratégica de infraestruturação viária e de aproveitamento hidroelétrico, e da qual se pode tirar partido no acesso e divulgação ao núcleo arqueológico. A segunda leitura que pretendíamos clarificar, e que fica demonstrada: é que a arte rupestre é o sinal intemporal da identidade deste lugar, que apesar das diversas alterações submetidas, persistiu como marca no território, relacionando-se com o lugar e com os seus diversos atores ao longo da sua existência.

É o elemento valorativo e patrimonial, ao qual devemos proporcionar a sua correta leitura, preservando-o para gerações futuras.

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Proposta de Intervenção

A complexidade que um processo de intervenção num sitio arqueológico com esta especificidade acarreta, é um desafio difícil mas estipulante, pela fragilidade de todo o sistema e pela responsabilidade de sobreposição de uma nova ordem e da reinscrição desse lugar.

Os instrumentos de conceção são os da disciplina da arquitetura, utilizados na caracterização e introdução da proposta, que cumpre a premissa de não se sobrepor à ordem existente.

A proposta pode-se dividir um duas partes, uma primeira um conjunto de ações - Anexo V, que facultam a acessibilidade ao núcleo arqueológico aproveitando e melhorando um conjunto de pré-existências: caminhos rurais, muro sirga, degraus e alguns acessos já implantados. O percurso a percorrer, terá a informação necessária à aproximação do núcleo arqueológico (leitores de paisagem e de conteúdo museológico).

Para o acesso ao núcleo arqueológico, é proposta uma ligação entre o muro de sirga e a envolvente ao núcleo, através de uma plataforma oval em madeira que “abraça” a zona expositiva. Nesta zona serão introduzidos um conjunto de painéis horizontais com a informação e conteúdos necessários à explicitação da estação arqueológica.

O acesso aos painéis gravados, será interdita e a sua visualização será apenas possível pela plataforma a inserir, será previsto para controle e vigilância do local a instalação de câmaras de vídeo que cobram a totalidade do núcleo arqueológico.

A gestão do sítio será o grande desafio do processo de musealização, que obrigará a uma manutenção constante e uma vigilância rigorosa, talvez um dos procedimentos a se realizar serão as visitas ao local serem apenas efetuadas por pequenos grupos organizados, com guia, que podiam sair, por exemplo do Centro de Interpretação de Are Rupestre do Vale do Tejo (CIART). Conclusão

O trabalho prático apresentado, desenvolve uma possível proposta de intervenção ao núcleo arqueológico de Gardete. Proposta que persegue dois objetivos, primeiro o reconhecimento publico do seu valor patrimonial através de um processo de musealização “in situ” e , num sentido mais lato, fomentar a oportunidade de explorar outras intervenções no complexo rupestre do Vale do Tejo, que de forma integrada possibilitem através dos valores naturais e culturais da região, promover, no quadro de um contexto de um parque arqueológico, uma estratégia de desenvolvimento local. O modelo de musealização preconizado, parte de um plano prático de intervenção, que visa a valorização e preservação do sítio arqueológico, mas que pretende superar o limite da intervenção, refletir sobre um conjunto de preocupações e compreender os vários processos de transformação do lugar, que estão intrinsecamente ligados à leitura do sítio arqueológico.

Esta leitura permitirá regressar às questões mais precisas do projeto de intervenção, através de um método de caracterização do espaço físico e do processo em curso de transformação desse espaço, e que tem a sua repercussão no sítio a musealizar.

Será perante a complexidade das questões, que se deve permitir a reflexão sobre o espaço, a cultura e os seus novos usos.

É com esta consciência, que encaramos o processo de musealização em sítios de arte rupestre ao livre, lugares que mantém o seu persistente código inscrito na paisagem, que chega aos nossos dias por uma espécie de narrativa interativa entre o homem o espaço e a irreversibilidade das suas transformações.

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ANEXO I – listagem de registos arqueológicos e sítios de interesse. (Fonte SINIG)

)

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ANEXO I – listagem de registos arqueológicos e sítios de interesse. (Fonte PDM VVR)

I.D. Fotografia Localização Coordenadas

NEOLÍTICO – (12.000 a.C. – 4000 a.C.)

01 – Arte Rupestre

Pequeno núcleo de gravuras situado a

950 metros a jusante da barragem do

Fratel, na margem Norte, em

proximidade da junção do Rio Tejo com a

Ribeira do Figueiró.

39º32’36.4”N

7º48’41.7”W

NEOCALCOLÍTICO – (2500 a.C. – 1800 a.C.)

02 – Arte Rupestre

Núcleo Principal de Gravuras situado a

800 metros a jusante da barragem do

Fratel, freguesia do Fratel, concelho de

Vila Velha de Ródão.

39º32’34.9”N

7º48’51.8”W

MEDIEVAL CRISTÃO – (500 d.C. – 1500 d.C.)

03 – Castelejo

Relevo granítico situado a 1200 m da

Barragem do Fratel no seguimento da

I.P.2 em Direção ao nó com a A23,

freguesia do Fratel, concelho de Vila

Velha de Ródão.

39º33’08.0”N

7º47’45.5”W

MODERNO – (1450 d.C. – 1789 d.C.)

04 – Tapada do

Coxo

Quantidade apreciável de cerâmica à

superfície localizada a cerca de 300

metros da Aldeia do Gardete no terreno

perto do primeiro núcleo de casas

localizadas a sul, perto da A23.

39º33’18.6”N

7º48’20.4”W

05 – Foz do Cerejo

Muro de sirga situado ao longo da

margem norte do rio Tejo, a 400 metros a

jusante da barragem do Fratel, com cerca

de 800 metros de comprimento.

39º32’37.0”N

7º48’28.8”W

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RELIGIOSOS

06 – Capela

Capela contemporânea situada no

centro da Aldeia do Gardete, no Largo da

Senhora dos Remédios.

39º33’26.3”N

7º48’25.7”W

CIVIS / OUTROS

07 - Anta

Conjunto de blocos de quartzo

situados a 550 metros da Aldeia do

Gardete, acessível por caminho de terra

batida situado a sul da Aldeia.

39º33’08.5”N

7º48’31.9”W

08 - Anta

Sulcos abertos na rocha Situados a

450 metros da Aldeia do Gardete,

acessível por caminho de terra batida

situado a sul da Aldeia.

39º33’14.0”N

7º48’34.3”W

09 – Peso de Lagar

Peso de Lagar em Granito a 200

metros da Aldeia do Gardete, acessível

por caminho de terra batida situado a sul

da Aldeia.

39º33’21.0”N

7º48’30.4”W

10 – Barragem da

Pracana

A barragem da Pracana localiza-se

entre o concelho de Mação, distrito de

Santarém e Vila Velha de Ródão, distrito

de Castelo Branco, fazendo o controlo do

fluxo proveniente do Rio Ocreza.

39º33’53.9”N

º48’43.7”W

11 – Barragem do

Fratel e Estação do

Gardete

A barragem do Fratel está localizada no

distrito de Portalegre, no limite com o

distrito de Castelo Branco, na bacia

hidrográfica do Tejo.

39º32’36.9”N

7º48’09.9”W

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ANEXO II – Aproximação Cronológica (Ocupação do Território)

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ANEXO II – Aproximação Cronológica (Ocupação do Território / Ações Antrópicas)

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ANEXO III – Esboço de possível percurso pedestre ( valores culturais)

ANEXO IV – Esboço de possível ligação muro de sirga ( estação arqueológica)

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ANEXO V – Listagem de ações de intervenção

1 Limpeza da zona de acesso e disponibilização de caixotes de lixo 2 Colocar corrimão nos degraus de acesso à linha de água 3 Possibilitar passagem da linha de água 4 Executar acessos á sapata da ponte 5 Substituir proteção / guarda na sapata da pontez 6 Melhorar acessibilidade na zona rochosa mais irregular 7 Limpeza e condicionamento de percurso até muro de sirga 8 Recuperar muro de sirga +/- 30 m lineares (uma das extensões muito danificada) 9 Limpeza de muros de sirga e de percurso 10 Executar acesso à estação arqueológica: Rocha 10 11 Executar limpeza das rochas e zona envolvente 12 Introduzir uma zona de descanso e contemplação 13 Execução de pequena construção de apoio e de manutenção 14 Introduzir sinalização de percurso e conteúdos museográficos 15 Acesso ao muro de sirga

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