Lina Bo Bardi - Sesc Pompeia e MASP

  • View
    2.020

  • Download
    6

  • Category

    Design

Preview:

DESCRIPTION

As obras; Sesc Pompeia e MASP da arquiteta Lina Bo Bardi e suas características pessoais quando se diz respeito aos seus projetos.

Citation preview

Arquitetura e Urbanismo Atelier integrado 03: A Comunidade

Bruna Fonseca, Carlucio, Eduarda Santana, Valeria Santiago

Análise de projetos

Lina Bo Bardi

Nasceu na Itália, Abriu seu escritório em Milão e

começou a dirigir sua própria revista pela valorização do artesanato italiano.

Os céus claros que ela via pelas janelas do prédio foram subitamente tomados por bombas da Segunda Guerra Mundial

Recém-casada com Pietro Maria Bardi , Lina veem para o Brasil

É na Bahia de 1958, terra de renovação cultural e tensão entre o novo e o antigo, que ela opta por se instalar.

Lina Bo Bardi

Durante a ditadura militar, Lina mudou-se para São Paulo.

Desenvolveu projetos mesclando desenho industrial com materiais orgânicos provenientes da tradição popular.

A rudeza no concreto era sua assinatura de modernidade; tanto nas vigas que sustentam o caixote suspenso do MASP como nos buracos sem forma geométrica dos SESC Pompeia, é também nessa época que constrói sua Casa de Vidro, no Morumbi.

Lina Bo Bardi

Defendia uma arquitetura nas quais homens livres criassem os próprios espaços

Propõem a instabilidade dos limites

Potencialização dos espaços . Racionalismo e monumentalidade. Monumental não no sentido

opressivo, mas em seu significado político como lugar propício ao exercício da vida civil.

Lina Bo Bardi

Lina trabalha com material disponível para atender às necessidades de casa projeto.

Unidade em seus projetos que permite identifica-los através de elementos como rios, tanques de água de chuva, cachoeiras, árvores , pilares – árvores , escadas, buscando atrair a essência do espaço.

Conceito de naturalidade e espontaneidade ( matérias aparentes ) .

Possibilidades plásticas do concreto armado.

Lina Bo Bardi

“ Acho que o povo deve fazer arquitetura . É importante que o arquiteto comece projetando pela base, e não pela cúpula “.

Lina Bo Bardi

SESC PompeiaZona oeste - São Paulo

“Aqui fizemos uma pequena experiência socialista” – Lina Bo Bardi

1938 – Fábrica Italiana 1945 – Indústria Brasileira de Embalagens SESC Pompeia

Implantação e Paisagismo

Lina Bo Bardi visita a antiga fábrica

Comunidade se reúne aos fins de semana

Centro de Lazer

Representação da brasilidade no local Utilizando plantas como “Espada de

São Jorge” , mobiliário em Pinho, pedras brancas para segurar os Exus no rio

Imag

em a

ntiga

fábr

ica

de e

mba

lage

ns

``

Mantém estrutura em concreto com vedações em alvenaria

detalhes em ferro em vermelho

“sheds” evidentes, telhado sem forro

Tubulações

As Torres, a Rua

Repressão militar do período influencia no projeto das torres

Córrego “água preta”

Retomada de valores de encontr e interação das ruas

Janelas inovadoras

Grandes galpões para o espaço comunitário

Planta Térreo

Ênfase: Planta do Teatro – Nível Térreo

Ênfase: Planta do Teatro – Nível Térreo

O projeto para o teatro, inova ao estabelecer o palco entre duas platéias, provocando mais uma vez interação, nesse caso entre o ator e o telespectador.

A rusticidade dos acentos sem estofamento relembra os antigos teatros greco-romanos.

Cortes do Teatro

Ênfase: Planta do Espaço de Convivência

“São Francisco”

Restaurante

Fachadas Galpões

Elevações Rua Interna

Entrada para os galpões

Rua, passagem, encontro

Elevação e Corte das Torres

Quadras poliesportivas

Piscina

Estrutura e piso em concreto

Vedação em alvenaria de tijolos limpas com jatos de areia

Passarelas em concreto protendido

Iluminação zenital

Mobiliário em madeira (Pinheiro) – possuindo alta umidade

Tubulações metálicas

Telhados com estrutura metálica e cobertura com telha de barro e vidro

Deck de madeira na passarela para a utilização pública diversa

Materiais e mobiliário

Lareira

Deck

MASPMuseu de Arte de São Paulo

Assis Chateaubriand.

O primeiro museu brasileiro que se dedicou à arte moderna foi o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand.

Construído de 1956 a 1968. Situado num ponto privilegiado da

cidade, cruzamento entre dois eixos viários superpostos: a Avenida Paulista e o túnel da Avenida 9 de Julho.

O clima local é tropical de altitude, caracterizado por chuvas de verão e temperatura média anual entre 19º C e 27º C. Mas todas as estações do ano podem ser vistas em um único dia em São Paulo

Condições

Os primeiros esboços do Masp mostram que Lina partiu de uma pirâmide de vidro.

a proposta evoluiu para uma caixa envidraçada sustentada por um pórtico formado por quatro grandes vigas.

Início do projeto

É possível enxergar no Masp elementos da arquitetura de Mies van der Rohe.

Estrutura, transparência e planta livre são os principais aspectos que mostram a influência do mestre.

Porém, ao contrário do rigor e leveza característicos da obra de Mies, Lina Bo Bardi conferiu ao museu formas brutas e pesadas, expondo claramente a aparência do concreto, não importa o quanto irregular fosse sua superfície

Início do projeto

Lina Bo Bard tinha como objetivo, repropor, por meio da simplicidade monumental, os temas do racionalismo.

O ideal da arquiteta era alcançar o monumental no sentido cívico-coletivo.

O monumental não depende das dimensões e da grande escala, mas sim da coletividade, sendo monumental pela consciência coletiva.

Objetivos

O terreno onde o MASP foi construído, é onde estava o antigo belvedere do Trianon, este foi doado, com a condição de que nunca se construísse ali nenhuma obra que perturbasse a vista da cidade a partir do parque.

O edifício foi organizado em duas partes.

Uma elevada aérea e cristalina e outra semienterrada , rodeada de jardins e vegetação.

O vazio constitui um terceiro elemento que intercala as duas partes

Implantação geral

“nos aproximemos dele por baixo ou pela Paulista – ao vê-lo de longe, como um núcleo situado sobre o túnel, naquele espaço enorme ou ao vê-lo enquanto passamos por perto, abrindo-se para o mesmo espaço desde o alto, o MASP não é apenas mais um outro belo edifício, mas um fenômeno”.

Entorno

Fachadas

Fachada

Fachada lateral

Fachada lateral

Lina não apenas preserva a vista da cidade, como a realça ao emoldurá-la.

A cidade é acolhida no vazio definido pelo edifício, um vazio impregnado de possibilidades, que configura um lugar de encontro, de troca: praça, ágora democrática, espaço aberto a manifestações diversas

feiras de antiguidades encontros políticos concertos de música exposições de arte Encenações jogos

Museu é constituído por um embasamento (do lado da Av. Nove de Julho) cuja cobertura constitui o grande Belvedere.

Acima do Belvedere, ao nível da Avenida Paulista, ergue-se o edifício do Museu de Arte De São Paulo.

O edifício, de setenta metros de luz, cinco metros de balanço de cada lado, oito metros de pé direito livre de qualquer coluna, está apoiado sobre quatro pilares, ligados por duas vigas de concreto propendido na cobertura, e duas grandes vigas centrais para sustentação do andar que abrigará a pinacoteca do Museu.

Edifício

O andar abaixo da pinacoteca, que compreende os escritórios, sala de exposições temporárias, salas de exposições particulares, bibliotecas, etc., está suspenso em duas grandes vigas por meio de tirantes de aço.

Uma escada ao ar livre e um elevador-montacarga em aço e vidro temperado permitem a comunicação entre os andares.

Todas as instalações, inclusive a do ar condicionado, estão à vista. O acabamento é dos mais simples.

Edifício

Corte

Corte

Corte

Corte

Concreto aparente

Caiação

Piso de pedra-goiás para o grande Hall Cívico

Vidro temperado( com película especial para redução do efeito ultra- violeta)

Paredes plásticas

Os pisos são de borracha preta tipo industrial.

Características do projeto

Devido a problemas de soldas mal feitas e cortes excessivos de armadura, os quatro pilares de sustentação da estrutura tiveram sua seção aumentada.

Esses eventos foram tomados como "incidentes aceitos",

Contradição entre uma concepção estrutural inovadora e avançada e o precário nível técnico de sua execução.

Características do projeto

Espaços livres que pudessem ser criados pela coletividade. Assim nasceu o grande belvedere do Museu, com a escadinha pequena. A escadinha não é uma escadaria áulica, mas uma escadinha-tribuna que pode ser transformada em um palanque.

Características do projeto

O Belvedere é uma “praça”, com plantas e flores em volta, pavimentada com paralelepípedos na tradição ibérico-brasileira.

Há também áreas com água, pequenos espelhos com plantas aquáticas.

A lateral da esplanada conta com bancos de concreto e jardineiras .

Lina imaginava o vão MASP, como praça coberta onde todos, os que frequentavam ou não o museu, pudessem usufruir. Mais do que isso, pudessem usar o espaço da forma que preferissem, que construíssem.

A natureza, contudo, tem um importante papel em sua arquitetura, e é tomada como tal, ou seja, não há tratamento das formas naturais.

Espaço externo Paisagismo

O belvedere deveria ser um espaço limpo, desprovido de qualquer ajardinamento, onde a grama só pode crescer nos interstícios do pavimento.

Esta intenção é tão clara que foi recusado um projeto paisagístico elaborado por Roberto Burle-Marx.

"...um projeto unitário e integrado não admite alterações: o Belvedere do Trianon (...) será uma praça sem jardim, para o encontro do povo, exposições ao ar-livre e concertos, nada mais".

Espaço externo Paisagismo

Procurei recriar um “ambiente” no Trianon, e gostaria que lá fosse o povo, ver exposições ao ar livre e discutir, escutar música, ver fitas. Até crianças, ir brincar no sol da manhã e da tarde. E retreta. Um meio mau-gosto de música popular, que enfrentado “friamente”, pode ser também um “conteúdo”.

Para Lina, o parque Trianon era um fragmento da natureza, remanescente de elementos naturais não cultivados. Que deveriam se relacionar com o museu .

Paisagismo

O MASP, possui um dos maiores vãos de estrutura sustentada por concreto protendido do mundo: 74 metros, de pilar a pilar.

Para a parte superior dessa viga não há problema, mas a parte inferior vai rachar transversalmente

o concreto não responde bem à tração.

Para conter esse efeito e necessário colocar uma armação, a chamada armadura de aço na parte inferior da viga antes de concretar a mesma ( viga de concreto armado).

Estrutura

Viga de concreto

A arquitetura do MASP foi concebida com um vão muito grande. Os grossos pilares da estrutura sustentam o seu peso.

O problema está no centro da laje, que romperia se fosse apenas de concreto. Mesmo se fosse de concreto armado, o aço não aguentaria as forças de tração

a quantidade de barras de aço que seriam usadas numa estrutura de concreto armado para sustentar o MASP seria economicamente inviável.

Estrutura

Concreto armado

A solução mais lógica e moderna é o uso do concreto protendido. O princípio do concreto protendido é simples: ao invés de se colocar barras de aço, colocam-se cabos de aço previamente tracionados (“esticados”).

Uma analogia simples para esse método genial, é o modo como é possível segurar uma grande pilha de livros na horizontal: se “apertarmos” eles com uma força suficiente com as mãos, estaremos fazendo o mesmo que os cabos de protensão fixados nas extremidades das vigas, e os livros não cairão.

Estrutura

Concreto protendido

O critério influenciou a arquitetura interna do Museu restringiu-se às soluções de “flexibilidade”, à possibilidade de transformação do ambiente, unida à estreita economia.

Procurei uma arquitetura simples, uma arquitetura que pudesse comunicar de imediato aquilo que, no passado, se chamou de “monumental”, isto é, o sentido de “coletivo”, da” Dignidade Cívica”.

Espaço interno

Abandonaram-se os requintes evocativos e os contornos, e as obras de arte não se acham expostas sobre veludo.

Também as molduras foram eliminadas (quando não eram autênticas da época) e substituídas por um filete neutro.

Os quadros são expostos por laminas de cristal temperado, apoiadas em blocos de concreto.

Naturalmente o caráter único de exposição do MASP torna-o ainda mais extraordinário.

Espaço interno

O recinto principal de exposição, a Pinacoteca, vasto ambiente completamente aberto para a paisagem.

Foi projetado tendo como princípio a planta livre, na qual, a flexibilidade de organização é o fator dominante.

Os painéis de exposição levam a noção de planta livre ao seu limite.

As pinturas se apresentam ao observador como se estivessem suspensas no ar

O recinto da Pinacoteca é francamente aberto para a paisagem.

Espaço interno

A ideia do vazio, de ar, relaciona-se com a forma de exposição dentro do museu.

Um conceito de tempo no qual o espectador é quem domina e gere o espaço, e não o contrário.

O grande espaço livre, tanto exterior como interior, é gerido pelo visitante, sem obriga-lo a tomar uma direção ou outra, mas sim permitindo que se mova livremente.

Espaço interno

http://www.sescsp.org.br/ Livro Cidadela da Liberdade, Giancarlo Latorraca (org.). Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, SESC, São

Paulo; 1ª edição, 1999 http://www.valor.com.br/cultura . Bibliografia:SESC POMPÉIAPampolo, Camila Aguiar. Um percurso pelos SESC’S, São Carlos –

2007Cidadela da Liberdade, (1999) – São Paulo: SESC SÃO PAULO; Instituto Lina Bo BardiMachado, Débora dos Santos Candido. Projeto arquitetônico como promotor do espaço deconvivência São Paulo,

2009http://www.vitruvius.com.br/

Bibliografia

Recommended