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As Feiras de Economia Solidária em Ijuí e a Utilização da
Moeda Social.
Por Jaqueline Shimanoski Roberto
As feiras de Economia Solidária acontecem em Ijuí desde
2005. A primeira edição foi realizada no dia 19 de novembro no
Estacionamento da IECLB, na Rua Floriano Peixoto, ao lado do
Banco Bradesco. Desde lá as feiras crescem em número de
empreendimentos expositores, visitantes consumidores, além da
visibilidade e destaque que recebe da comunidade local.
I – FECONSOL – Feira de Economia Solidária – 19
de novembro de 2008 – Centro de Ijuí – IECLB.
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Partilham dos ideais da Economia Solidária, cooperativas e
associações que conduzem de maneira solidária e autogestionária
seus empreendimentos, onde não há a figura do patrão/chefe e
todos cooperam igualmente para o desenvolvimento coletivo. Essa
nova forma de geração de trabalho e renda, inserida em um sistema
excludente e gerador de desigualdades sociais existe não só no
Brasil como em outras partes do mundo.
Os empreendimentos organizam-se através de Fóruns,
reúnem-se em nível municipal, regional, estadual e por fim, em nível
nacional. Ijuí possuí um Fórum Municipal de Economia Solidária e
este integra o Fórum Regional Noroeste Colonial/Alto Jacuí
(composto pelos fóruns municipais). Além dos membros dos
empreendimentos, participam dos fóruns movimentos populares,
sindicais e comunitários, contando com entidades de apoio e
gestores públicos para se fortalecerem e lutarem por suas
propostas.
A UNIJUÍ, através da Incubadora de Economia Solidária, é
uma entidade que trabalha na construção do Movimento e
assessora especificamente alguns empreendimentos econômicos
solidários (EES) da região noroeste do Estado do Rio Grande do
Sul. A Incubadora é um projeto de extensão da universidade, atua
desde 2004, centrada na incubação e assessoria aos EES.
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As Feiras de Economia Solidária são organizadas pelo Fórum
Municipal de Economia Solidária de Ijuí, com o apoio da Incubadora
de Economia Solidária da UNIJUÍ. As feiras proporcionam um
espaço de comercialização e ainda de formação, pois em muitas
das edições os integrantes dos empreendimentos puderam
participar de oficinas e atividades de formação de temáticas
variadas como: economia solidária, cooperativismo, associativismo,
autogestão, técnicas de vendas, meio ambiente, Agenda 21,
agricultura familiar e sustentabilidade ambiental.
II Feconsol – Campus da UNIJUÍ - 15 de Setembro de 2006
Paralelo a programação da I Jornada Cultural da UNIJUÍ,
aconteceu a II Feconsol, no mês de setembro de 2006. Neste dia foi
lançado um catalogo com os Empreendimentos de Economia
Solidária do Noroeste Gaúcho. Pela primeira vez a feira foi
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realizada em frente à Biblioteca Mário Osório Marques, espaço hoje
já consolidado, onde se realizam pelo menos uma feira por mês. A
2ª feira foi um sucesso mesmo com um dia chuvoso, o resultado
levou os empreendimentos a organizarem uma nova feira para o
mês de novembro do mesmo ano.
A terceira edição então, aconteceu no dia 30 de novembro de
2006, no Campus da Unijuí, em frente à Biblioteca M. O. Marques.
Entre os objetivos desta edição destacamos a divulgação da
Economia Solidária entre acadêmicos, professores e funcionários
desta Instituição.
III FECONSOL – Campus da UNIJUÍ – 30 de novembro 2006
Nas feiras de economia solidária a comunidade local tem a
oportunidade de adquirir produtos diferenciados, que além de
qualidade, apresentam um valor social muito importante, pois são
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alternativas de geração de renda a trabalhadores que muitas vezes
estão na fronteira de exclusão nesta sociedade, que infelizmente,
valoriza cada vez mais o capital ao trabalho e a dignidade humana.
A FECONSOL, além de um espaço de comercialização, é
uma oportunidade destes empreendimentos divulgarem seus
produtos, serviços, trocarem experiências e articularem parcerias.
IV FECONSOL – 14 de Novembro de 2007 – Campus UNIJUÍ
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Os produtos comercializados geralmente são: cucas,
bolachas, sucos, doces, produtos coloniais - oriundos da agricultura
familiar e agroecológica. Artesanato, roupas de algodão orgânico,
panos de prato, telas, pratos decorados, cadernos e caixas
confeccionados com papel reciclado, artigos de crochês, tricôs,
capas de térmicas, bolsas, tapetes, produtos indígenas, enfim, uma
diversidade de produtos e serviços.
V Feconsol - 13, 14 e 15 de maio 2008 - Campus da UNIJUÍ –
Durante a programação da II Tec-E-Inova.
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Jornal Hora H - 16 de Maio de 2008
Esta forma de organização, por meio de EES constituiu uma
nova tecnologia social, que prioriza desenvolvimento de técnicas e
equipamentos voltados à inclusão social e a melhoria da qualidade
de vida do conjunto da população, em contraponto ao aumento da
lucratividade de poucos.
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A V FECONSOL ocorreu entre os dias 13, 14, 15 e 16 de
maio de 2008, dentro da programação da II Tec-E-Inova, no
campus da UNIJUÍ, em frente a Biblioteca Universitária Mario
Osório Marques. Participaram aproximadamente 20
empreendimentos de Ijuí e região.
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Jornal O Repórter – 17 de Maio de 2008
Jornal da Manhã – 17 de Maio de 2008 – Página 16
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VI FECONSOL - dia 19 de junho de 2008,
Biblioteca Mario Osório Marques, Campus Unijuí.
A sétima edição da Feira teve uma inovação, pois a mesma
que antes só se realizava no Campus passou a acontecer também
na Sede Acadêmica da UNIJUÍ, facilitando o acesso do público
externo e central à feira. A comissão de organização fez parceria
com a Igreja São Geraldo e a VII FECONSOL aconteceu na cripta
da Igreja São Geraldo, nos dias 07 e 08 de agosto de 2008.
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Jornal Imparcial - 16 de agosto de 2008 – Página 15
VII FECONSOL - Cripta da Igreja São Geraldo - 07 e 08 de
agosto de 2008.
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Na seqüência, dia 14 de agosto de 2008, a VIII Edição
ocorreu novamente no Campus, pela aceitação do público à feira,
os organizadores resolveram, portanto, criar um calendário com
duas feiras mensais, uma na Sede Acadêmica da UNIJUÍ visando
uma maior integração com a comunidade central e outra no
Campus, excetuando o mês de outubro, destinado à
EXPOIJUÍ/FENADI, do qual a maioria dos empreendimentos
participa.
VIII FECONSOL - 14 de agosto de 2008 – Campus UNIJUÍ
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IX FECONSOL em frente à Sede Acadêmica, no dia
09 de setembro de 2008, nos turnos da tarde e noite.
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Jornal Hora H - 19 de setembro de 2008
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X FECONSOL – Em frente ao Campus da UNIJUÍ, dia 18 de
setembro de 2008, nos turnos da tarde e noite.
XI FECONSOL em frente à Sede Acadêmica, no dia 11 de
novembro de 2008
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XII FECONSOL – Campus da UNIJUÍ, dia 13 de novembro de 2008
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A Moeda Social
A moeda social foi implantada na primeira edição da
Feconsol, em novembro de 2005, e desde lá tornou-se muito
significativa para os participantes das feiras, pois incentiva as trocas
entres os feirantes criando novos laços de amizade e
relacionamento.
Atualmente ela é usada apenas entre os feirantes, mas já está
sendo pensada uma maneira de estender sua utilização aos
consumidores da feira. A experiência de sua utilização vai de
encontro a construção de alternativas para o sistema
contemporâneo em que vivemos: excludente, muitas vezes injusto e
prejudicial ao meio ambiente. No Brasil, Argentina e em outras
partes do mundo são organizados clubes de troca que só utilizam
moedas sociais.
Na abertura de cada edição da feira, os feirantes depositam,
junto à coordenação, um valor em Reais (R$), que lhe é convertido
em Moeda Social ($), pela cotação de um por um. Geralmente são
trocados R$ 10,00 por $ 10,00 sociais, para cada dia de feira. São
realizadas trocas entre os empreendimentos durante a feira. Ao
término desta, novamente se faz a conversão, agora de moeda
social para reais. As moedas são cunhadas pela IES, tem um
número de série, que é registrado na entrega, o que permite a
verificação da real circulação dos mesmos.
A experiência tem sido satisfatória, pois ela vem cumprindo
seu papel, proporcionando entrosamento entre os grupos e trocas
de produtos. Podemos dizer que hoje há entre os feirantes uma
rotina de trocas. Os próprios associados enfatizaram a importância
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da moeda social para a troca entre eles, caracterizaram a mesma
como “uma maneira diferente de compartilhar”, dizem ainda que é
“um instrumento muito bem bolado [...] proporcionando venda entre
nós mesmos”. De forma geral, a Moeda Social estimula a troca de
produtos, experiências e o próprio conhecimento dos outros
feirantes.
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