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Pode-se dizer que a iniciação esportiva se enquadra como uma fase do esporte. Na iniciação esportiva, o esporte deve ter um caráter prazeroso, onde os indíviduos vão conhecendo, automatizando e refinando os gestos específicos de cada modalidade. Dentro desse contexto, a natação surge como uma modalidade praticada desde a infância com ínumeros beneficios para seus praticantes. Assim, o presente trabalho, tem como objetivo analisar algumas variáveis do nado Crawl relacionadas com o desempenho técnico, tais como a velocidade média, frequência de braçadas, Índice de Coordenação e Comprimento de braçadas em crianças e adolescentes iniciantes na modalidade. Foram selecionados 20 voluntários do gênero feminino e masculino, todos praticantes da natação em projetos de iniciação esportiva com idades entre sete e quinze anos. O estudo buscou analisar as variáveis cinemáticas através de sistemas de filmagens do nado dos voluntários possibilitando análises qualitativas e quantitativas. Estes métodos são usados principalmente no esporte de alto rendimento, onde em sua maioria são usados equipamentos de alto custo, mais que para o presente trabalho, foram utilizados equipamentos alternativos, que possibilitaram análises semelhantes e com um custo/beneficio adequado para se trabalhar com a iniciação esportiva, como forma de proporcionar novos recursos nas correções e auxiliar professores que trabalham com a iniciação esportiva. Em relação aos resultados das variáveis cinemáticas, os voluntários apresentaram os seguintes resultados: velocidade média (VM) entre 0,61 m/s e 1,11 m/s; frequência de braçadas (FB) entre 21,22 ciclos/min e 75,52 ciclos/min; comprimento de braçadas (CB) entre 0,65 m e 2,13 m; índice de coordenação (IDC) entre – 26,442 % e 14,485 %. Diante dos resultados obtidos, o estudo se mostrou eficaz para as análises técnicas dos voluntários.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA
GLAYCON COUTINHO DA SILVA
ANÁLISE CINEMÁTICA DA NATAÇÃO DE INICIANTES
GOIÂNIA
2011
GLAYCON COUTINHO DA SILVA
ANÁLISE CINEMÁTICA DA NATAÇÃO DE INICIANTES.
Trabalho apresentado como requisito
parcial para obtenção do título de
Licenciado em Educação Física pela
Universidade Federal de Goiás, sob
orientação do Professor Dr. Mario
Hebling Campos.
GOIÂNIA
2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FISICA
ANÁLISE CINEMÁTICA DA NATAÇÃO DE INICIANTES
Monografia apresentada como requisito
parcial para obtenção do título de
Licenciado (a) em Educação Física pela
Universidade Federal de Goiás, sob
orientação do(a) Prof. Dr. Mário Hebling
Campos.
_________________________________ Aprovada ( ) Não Aprovada ( )
Professor (a). Orientador(a)
_________________________________ Aprovada ( ) Não Aprovada ( )
Professor (a). Aprofundamento
_________________________________ Aprovada ( ) Não Aprovada ( )
Prof/a ad hoc
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a toda minha família e principalmente a minha avó
Tereza Izabel, que sempre estiveram ao meu lado me apoiando nos momentos de
dificuldade e me dando forças para que eu conseguisse conquistar tudo que
conquistei até hoje.À minha namorada, Vitória Carolina que sempre esteve do
meu lado. Dedico também aos meus amigos que estiveram ao meu lado durante
esses quatro anos.
E finalmente à Deus, que está presente em todos os momentos de nossas
vidas nos iluminando e proporcionando momentos extremamente felizes.
AGRADECIMENTOS
A minha avó, Tereza Isabel, por sempre ter me apoiado e ficado ao meu
lado nos momentos em que precisei me dando suporte para que eu conseguisse
passar pelos momentos díficeis e por ser uma pessoa muito especial em minha
vida.
Aos meus pais e irmãos que sempre me ajudaram e estiveram comigo nos
momentos dificeis me apoiando. Aos meus primos e tios que são pessoas muito
importantes para mim.
Àtoda minha família, por ter me apoiado e dado suporte, e por serem
pessoas a quem devo tudo que conquistei até hoje.
À minha namorada, Vitória Carolina, uma pessoa que sempre esteve ao
meu lado me ajudando e compartilhando momentos muito importantes da minha
vida.
Aos meus amigos, e desse grupo fazem parte todos aqueles amigos de
faculdade que no ínicio eram meros colegas e com o passar do tempo, tornaram
grandes pessoas em minha vida, e principalmente ao meu amigo Fabrício com
quem estive durante o primeiro ano de faculdade e foi como um irmão para mim,
me ajudando nos momentos que precisei e sempre me incentivando a buscar o
melhor. Aos amigos Avilson, Frederico e Vítor, companheiros de trabalho que me
ajudaram na coleta de dados, e ao Fellipe, um grande amigo, companheiro de
trabalho, de faculdade e dupla em quase todos os trabalhos. Ao amigo Fernando
Almeida pela ajuda e empenho com este trabalho.
Aos professores da FEF, pela generosidade, atenção, carinho e dedicação,
os quais me proporcionaram uma gama de conhecimentos inestímaveis e que vou
levar pra sempre comigo.
Ao professor e meu orientador Mario Hebling, por sua enorme contribuição
na minha monografia com o grande conhecimento na área da Biomecânica,
assumindo esse compromisso de me ajudar na produção deste trabalho, e não
medindo esforços para que tudo pudesse dar certo.
Ao senhor Deus, por sempre iluminar o meu caminho, e proporcionar
bençãos em minha vida.
RESUMO
Pode-se dizer que a iniciação esportiva se enquadra como uma fase do esporte. Na iniciação esportiva, o esporte deve ter um caráter prazeroso, onde os indíviduos vão conhecendo, automatizando e refinando os gestos específicos de cada modalidade. Dentro desse contexto, a natação surge como uma modalidade praticada desde a infância com ínumeros beneficios para seus praticantes. Assim, o presente trabalho, tem como objetivo analisar algumas variáveis do nado Crawl relacionadas com o desempenho técnico, tais como a velocidade média, frequência de braçadas, Índice de Coordenação e Comprimento de braçadas em crianças e adolescentes iniciantes na modalidade. Foram selecionados 20 voluntários do gênero feminino e masculino, todos praticantes da natação em projetos de iniciação esportiva com idades entre sete e quinze anos. O estudo buscou analisar as variáveis cinemáticas através de sistemas de filmagens do nado dos voluntários possibilitando análises qualitativas e quantitativas. Estes métodos são usados principalmente no esporte de alto rendimento, onde em sua maioria são usados equipamentos de alto custo, mais que para o presente trabalho, foram utilizados equipamentos alternativos, que possibilitaram análises semelhantes e com um custo/beneficio adequado para se trabalhar com a iniciação esportiva, como forma de proporcionar novos recursos nas correções e auxiliar professores que trabalham com a iniciação esportiva. Em relação aos resultados das variáveis cinemáticas, os voluntários apresentaram os seguintes resultados: velocidade média (VM) entre 0,61 m/s e 1,11 m/s; frequência de braçadas (FB) entre 21,22 ciclos/min e 75,52 ciclos/min; comprimento de braçadas (CB) entre 0,65 m e 2,13 m; índice de coordenação (IDC) entre – 26,442 % e 14,485 %. Diante dos resultados obtidos, o estudo se mostrou eficaz para as análises técnicas dos voluntários. Palavras-chave: Iniciação Esportiva; Esporte; Natação; Variáveis Cinemáticas.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1. Sistema de filmagem subaquática. ............................................ 36
Figura 2. Sistema de calibração. .............................................................. 37
Figura 3. Imagem da câmera subaquática. .............................................. 38
Figura 4. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histograma
indicando, para o voluntário V7, a duração percentual (ordenadas) de
cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e
recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM),
Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico
Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual
(abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas
(vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita
(inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação
do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC). ........
40
Figura 5. Diagramas de caixa da Velocidade média (VM) (gráfico
superior da esqueda); Frequência de Braçada (FB) (gráfico superior da
direita); Comprimento de braçada (CB) (gráfico inferior da esquerda);
Índice de coordenação (IDC) (gráfico inferior da direita) do grupo de
voluntários da pesquisa. ............................................................................
42
Figura 6. Diagramas de caixa da duração percentual (ordenadas) das
fases da braçada no ciclo (abscissas: entrada, puxada, empurre,
recuperação) para o grupo de voluntários da pesquisa. ...........................
43
Figura 7. Gráfico de setores indicando percentualmente, de que forma
os voluntários conheceram a natação: pais/responsáveis (azul-escuro),
familiares (vermelho), amigos (verde), outros (roxo) e mídias (azul-claro),
para o grupo de voluntários da pesquisa. ...................................................
45
Figura 8. Gráfico de setores indicando percentualmente, sobre quais
fatores que levaram os voluntários a prática da natação: lazer (azul-
escuro), condicionamento físico (vermelho), influência dos pais (verde),
melhoria na saúde (roxo) e outros fatores (azul-claro), para o grupo de
voluntários da pesquisa. .............................................................................
46
Figura 9. Gráfico de setores indicando percentualmente, sobre os
objetivos que os voluntários almejam ao realizar a natação: manter uma
boa forma (azul-escuro), competir profissionalmente (vermelho), círculo
de amizades (verde) e outros (roxo), para o grupo de voluntários da
pesquisa. ...................................................................................................
47
Figura 10. Gráfico de setores indicando percentualmente para o grupo
de voluntários da pesquisa sobre os erros comuns que os voluntários
cometeram na execução da técnica: ultrapassagem do ponto correto
(azul-escuro), ´´espera braço`` (vermelho), cabeça erguida (verde),
pernada profunda (roxo) e não-chegada ao ponto correto (azul-claro). ....
48
Figura 11. Diagrama de colunas indicando a velocidade média
(ordenadas) do grupo de voluntários (abscissas) que teve no máximo um
erro durante a execução da técnica do nado crawl (grupo 1), e a
velocidade média do grupo que teve mais de um erro durante a
execução da técnica do nado crawl (grupo 2). ...........................................
51
Figura 12. Gráfico de setores indicando percentualmente o grupo de
voluntários que tiveram índices de coordenação por oposição (azul), o
grupo de voluntários que tiveram índices de coordenação por
deslizamento (vermelho) e o grupo de voluntários que tiveram índices de
coordenação por sobreposição (verde). ....................................................
52
Figura 13. Gráfico histograma indicando a relação do índice de
coordenação (abscissas) e a velocidade média (ordenadas) dos grupos
do índice de coordenação (oposição, deslizamento e sobreposição) dos
voluntários da pesquisa. .............................................................................
53
Figura 14. Resultado do teste de Kruskal-Wallis comparando os grupos
de voluntários que se enquadram no índice de coordenação por
deslizamento e do grupo de voluntários que se enquandram no índice de
coordenação sem deslizamento. ..............................................................
54
Figura 15. Diagramas de caixa da velocidade média de nado
(ordenadas) dos grupos de voluntários do índice de coordenação por
deslizamento e sem deslizamento (abscissas), comparando a velocidade
mediana de cada grupo. ...........................................................................
55
Figura 16. Gráfico histograma indicando a velocidade média (ordenadas)
do grupo de voluntários que se enquadram no índice de coordenação por
deslizamento e do grupo de voluntários que se enquadram no índice de
coordenação sem deslizamento. ................................................................
56
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 -Provas oficiais realizadas nos principais eventos de natação. ........ 19
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Caracterização dos voluntários: Idade (anos), gênero (M-masculino, F-
feminino), tempo de prática (anos), nível técnico(grupo de treinamento na
instituição, 1-iniciante; 2-intermediário 1; 3-intermediário 2; 4-avançado), massa
corporal (kg) e estatura (cm) dos voluntários. ...................................................... 33
Tabela 2. Resultados individuais das variáveis cinemáticas: velocidade média
(VM), frequência de braçada (FB), comprimento de braçada (CB) e índice de
coordenação do grupo de voluntários da pesquisa. ............................................ 44
Tabela 3. Caracterização dos erros cometidos individualmente pelos voluntários
durante a execução do nado crawl: ultrapassagem do ponto correto, espera
braço, cabeça erguida, pernada profunda e não-chegada ao ponto correto. .... 50
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................ 13
CAPÌTULO 1. A MODALIDADE NATAÇÃO 16
1.1. Histórico da natação ............................................................................. 16
1.2. Nado Crawl .......................................................................................... 20
1.2.1. Técnica do nado Crawl ..................................................................... 21
1.3. Natação para Crianças e Adolescentes .............................................. 24
CAPÍTULO 2. A BIOMECÂNICA DO ESPORTE NA NATAÇÃO 27
2.1. Histórico da Biomecânica ................................................................... 27
2.2. Biomecânica do Exercício e Esporte .................................................. 28
2.3. Velocidade Média, Comprimento de braçadas, Frequência de
Braçadas e Índice de Coordenação ..........................................................
30
CAPÍTULO 3. MATERIAIS E MÉTODOS 32
3.1. Caracterização dos voluntários .......................................................... 32
3.2. Erros comuns na execução da técnica. ............................................. 34
3.3. Instrumento de Coleta de Dados ....................................................... 35
3.4. Protocolo Experimental ..................................................................... 38
CAPÍTULO 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 42
4.1. Resultados ........................................................................................ 42
4.2. Caracterização dos voluntários .......................................................... 44
4.3. Análise técnica qualitativa ................................................................. 47
4.4. Análise técnica quantitativa ............................................................... 51
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................ 59
ANEXOS .................................................................................................. 62
INTRODUÇÃO
O esporte é um fenômeno mundial e tem forte influência sobre a sociedade
atual. Esse fenômeno mobiliza diferentes classes sociais, gêneros, idades, etnias,
seja estes praticantes ou espectadores. E dentro do contexto do esporte, surge a
natação que existe a bastante tempo, e alguns defendem sua origem juntamente
com o aparecimento do homem. Segundo Saavedraet all (2003), a natação pode
ser definida como: “a habilidade que permite ao ser humano deslocar-se num
meio líquido, normalmente a água, graças ás forças propulsivas que gera com os
movimentos dos membros superiores, inferiores e do corpo, que lhe permite
vencer as resistências que se opõem ao avanço”. Desde sua origem, essa prática
assumiu diversas manifestações como: técnica de sobrevivencia em meio líquido,
treinamento de guerra, exercício físico, educação, esporte, entre outras.
Após os períodos iniciais em que a natação tinha essecaráter utilitário e de
sobrevivencia, surgiram as primeiras tentativas de pedagogização e
sistematização dessa prática para o ensino que persiste até nos dias atuais, e
pode-se dizer que foram os militares umdos grandes responsáveis por tal feito.
Desde a mais remota antiguidade até nossos dias, foi aos militares que o problema da natação se colocou de maneira crucial. Para quem não sabe nadar, qualquer que seja seu armamento, um rio ou extensão de água constituí um obstáculo as vezes intransponível[...]Não é de se estranhar que a decisão de ensinar sistematicamente natação aos soldados tenha repercutido na orientação da pedagogia da natação (CATTEAU E GAROFF, 1990, p. 21 e 22).
Com o passar do tempo, essa modalidade veio se configurando como um
esporte que evolui constantemente através do aperfeiçoamento dos nados, novas
metodologias de ensino, e estudos feitos dentro desse campo que estão
revolucionando a forma de ‘‘nadar’’. Dentro desse contexto, a Biomecânica, que
segundo Salvini (2005) pode ser definida como a ciência que estuda o corpo e o
movimento humano com base em leis e métodos da mecânica, abarca dentro da
natação com seus estudos para proporcionar novas formas de se analisar e ver
essa prática contribuindo para sua evolução e melhor rendimento por parte dos
praticantes.De tal modo, que nos motivou a realizar essa pesquisa acerca desses
novos imprementos e novas técnicas que estão sendo utilizados na natação como
forma de análises que visam corrigir e melhorar a perfomance do praticante. O
estudo tem como objetivo, analisar algumas variáveis cinemáticas da natação em
crianças e adolescentes iniciantes nessa modalidade. As variáveis analisadas
são: velocidade média, frequência de braçadas, comprimento de braçadas e
índice de coordenação. Para isso, foi selecionado um local que trabalha com a
iniciação esportiva, nesse caso a instituição Agência Goiana de Esporte e Lazer
(AGEL).
A coleta de dados foi realizada no periodo entre 19 de setembro a 26 de
setembro do corrente ano em uma praça de esportes localizada na cidade de
Goiânia-GO no Setor dos Funcionarios onde a instituição Agência Goiana de
Esporte e Lazer (AGEL) desenvolve projetos de iniciação ao esporte com o intuito
de oferecer práticas esportivas gratuitas a população e especialmente aqueles
pertecentes a classe de baixa renda. A instituição foi informada por meio do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo A), o qual procurou informar
aspectos da pesquisa como: direitos da instituição enquanto participante,
objetivos e justificativa da pesquisa e os procedimentos adotados para as
análises.
A instituição pertence ao governo do estado de Goiás e tem como objetivo
oferecer subsidios e programas para o esporte e lazer do estado, onde a mesma
procura desenvolver projetos em diversas praças de esportes da cidade de
Goiânia, e nessa praça em questão, há diversas modalidades que são
desenvolvidas e colocadas à disposição da população como: futebol,
basquetebol, voleibol, judô, natação, tênis de mesa entre outros esportes.
A praça de esportes conta com uma estrutura de 2 (duas) quadras
poliesportivas destinadas aos esportes de futsal, basquetebol e voleibol, um
ginásio de lutas com tatame e aparelhos de ginástica (barras paralelas, cavalo,
barra fixa e trave), sala para yoga e uma sala para o esporte de tênis de mesa.
A area para as atividades aquaticas é constituida de duas piscinas. Uma
piscina de 25 m de comprimento x 17 m de largura, e outra de 25 m de
comprimento x 12 m de largura, ambas destinadas a prática da natação adulto e
infantil e hidroginastica adulto.
De acordo com a instituição AGEL, a mesma tem o papel de promover,
incentivar e apoiar o desenvolvimento do esporte e lazer na sociedade, e oferecer
programas que beneficiem atletas goianos de rendimento, projetos de iniciação
esportiva entre outros programas que a instituição oferece.
Assim, o trabalho foi estruturado em quatro capítulos, onde o primeiro
apresentou de forma geral aspectos relacionados com o surgimento e evolução
da natação,a técnica do nado Crawl que foi o nado escolhido para as análises, os
erros técnicos mais comuns durante sua execução, a importância da natação para
crianças e adolescentes e alguns conceitos relacionados a iniciação esportiva.
No segundo capítulo, foi feito uma breve apresentação sobre a história da
biomecânica e o seus campos de estudos, bem como de algumas terminologias,
concepções e abordagens dessa área dentro do esporte. E por fim, foi abordado
embora que sucintamente, algumas variáveis cinemáticas na natação como a
velocidade média, índice de coordenação, frequência de braçadas e comprimento
de braçadas.
No terceiro capítulo, foi esboçada a metodologia informando aspectos
como: instituição pesquisada, caracterização dos sujeitos da pesquisa e os
métodos utilizados para a coleta dos dados, bem como para o tratamento desses
dados obtidos.
O quarto capítulo tratou dos resultados e das discussões acerca do que foi
obtido, bem como do confrontamento de alguns resultados encontrados no campo
de pesquisa e resultados já existentes na literatura.
Após as discussões, partiu-se para as considerações finais que procurou
fazer um levantamento dos pontos principais do trabalho.
CAPÍTULO 1 -O ESPORTE NATAÇÃO
1.1. Histórico da Natação
A natação conforme Bonacelli (2004), é difícil de verificar ao certo sua
origem. No século XIII a. C., japoneses e chineses praticavam exercícios físicos
aquáticos, como hidroterapia e massagem. Há milhares de anos, os humanos já
tinham certo fascínio por nadar.
Histórias registradas há muito tempo indicam que as pessoas que moravam ao longo do quente Mediterrâneo nadavam com uma considerável capacidade. (COLWIN, 2000, pag 05)
A natação existe a bastante tempo e alguns defendem sua origem
juntamente com o aparecimento do homem, uma vez que era necessário
sobreviver ao ambiente hostil no qual se viviam nossos antepassados. Catteau e
Garoff (1990) ressaltam que a natação surgiu para o homem como uma
necessidade de sobrevivência, e que as origens da natação se confundem com
as origens da humanidade. Inicialmente adotada como forma de sobrevivência, e
depois assumindo outras manifestações. Algumas pinturas rupestres datadas de
muitos anos já demonstram claramente seres humanos utilizando dessa prática,
que mais tarde receberia o nome de Natação.
Acrescentando então uma definição a Natação poderia ser segundo
Saavedraet all (2003) definida como: “a habilidade que permite ao ser humano
deslocar-se num meio líquido, normalmente a água, graças ás forças propulsivas
que gera com os movimentos dos membros superiores, inferiores e do corpo, que
lhe permitem vencer as resistências que se opõem ao avanço”.
Assim sendo, ao percorrermos o histórico da natação, iremos nos deparar
com a utilização da mesma em civilizações antigas tais como os Gregos e
Romanos. Nessas civilizações a utilização do nadar não se dá apenas por
sobrevivência, mais também assume agora uma parte da educação. “Os romanos
por volta de 300 a.C. tinham o hábito de nadar em rios e lagos, e foi na Roma que
surgiram as primeiras piscinas dentro das termas” (CATTEAU e GAROFF, 1990).
Ainda nesse período a “natação assume parte da educação dos gregos”
(RODRÍGUEZ, 1997), já em Roma ela existe também como “forma de educação,
mais adota uma visão recreativa da água” (LEWIN, 1983), além de se configurar
num método de preparação física do povo. Segundo Corrêa e Massaud (2001),
após a queda do império romano, a natação praticamente desapareceu até a
idade média. Isso aconteceu devido ao povo acreditar que essa prática pudesse
disseminar epidemias.
Após esses períodos inicias, nos quais a natação assume esse caráter
utilitário e de sobrevivência, vemos as primeiras tentativas de pedagogização e
sistematização de ensino. Pode-se atribuir aos militares, grande parte do mérito
pelo desenvolvimento da natação e assim:
Desde a mais remota antiguidade até nossos dias, foi aos militares que o problema da natação se colocou de maneira crucial. Para quem não sabe nadar, qualquer que seja seu armamento, um rio ou extensão de água constituí um obstáculo as vezes intransponível[...]Não é de se estranhar que a decisão de ensinar sistematicamente natação aos soldados tenha repercutido na orientação da pedagogia da natação (CATTEAU E GAROFF, 1990, p. 21 e 22).
O século XIX para a natação é de extrema importância, nele acontece a
construção da primeira piscina coberta no ano de 1828 (REYES, 1998) e as
primeiras competições são organizadas em Londres no ano de 1837. Voltando ao
histórico da natação, vê-se que as primeiras competições realizadas no século
XIX baseavam-se no estilo de natação dos indígenas da Austrália e América
(Corrêa e Massaud, 2001). Com o surgimento das primeiras competições cria-se
a necessidade da regulamentação e da criação de regras. Nesse contexto surge
no ano de 1874 a primeira federação de clubes, nomeada “Association
Metropolitan Swimming Clube” que é responsável pelo primeiro regulamento de
natação (RODRÍGUEZ, 1997).
No Brasil, foram os índios os primeiros habitantes a praticar a natação por
volta do século XVI. Nesse contexto, a natação para eles se configurava como
uma forma de sobrevivência, onde os mesmos utilizavam-se de tal prática para
fugir dos animais ferozes. Já como esporte, a natação no Brasil só iria surgir por
volta do século XIX, tendo como influencia o remo que era um esporte muito
difundido e praticado no Rio de Janeiro e São Paulo (Corrêa e Massaud, 2001).
O aparecimento e a regulamentação oficial da natação no Brasil se dá a
partir:
No Brasil, a natação foi introduzida oficialmente em 31 de julho de 1897, quando os clubes Botafogo, Icaraí e Flamengo fundaram, no Rio de Janeiro, a União de Regatas Fluminense, posteriormente chamada de Conselho Superior de Regatas e Federação Brasileira das Sociedades de Remo. Em 1914, o esporte passou a ser controlado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos – CBDA. Em 1935, as mulheres começaram a participar oficialmente das competições (ABRANTES, LUZ e BARRETO, 2006, p. 11).
Em 1898, acontece o primeiro campeonato de natação em solo brasileiro
sendo promovido pelo clube de natação e Regatas. A prova de aproximadamente
1500 metros aconteceu entre a Fortaleza Villegaignon até a praia de Santa Luzia.
Esse campeonato teve suas edições até o ano de 1912. A partir do ano de 1916,
a natação no Brasil passa a ser promovida pela CBD (Confederação Brasileira de
Desportos).
Segundo Corrêa e Massaud (2001), as primeiras piscinas para competição
no Brasil foram construídas em 1919 pelo Fluminense Futebol Clube, e em 1923
pela Associação Atlética São Paulo. Em 1920, o Brasil faz sua estreia em uma
olimpíada, e só depois de trinta anos da sua estreia que o país conseguiu levar
um nadador ao pódio (Corrêa e Massaud, 2001).
No Brasil, alguns nadadores se destacaram e fizeram seu nome nesse
esporte, como é o caso de Maria Lenk que em 1939 foi a recordista mundial nos
200 metros nado peito e 400 metros nado peito na Olimpíada de Helsinki em
1952. Na mesma edição, o brasileiro Tetsuro Okamoto ganhou a medalha de
bronze nos 1500 metros livre. Já em 1980, o revezamento 4 x 200 metros livres
formado pelos atletas Djan Madruga, Jorge Fernandes, Cyro Delgado e Marcus
Matiolli ganharam a medalha de bronze nas Olimpíadas de Moscou (Corrêa e
Massaud, 2001).
Em 1984 nos jogos de Los Angeles, o brasileiro Ricardo Prado conquistou
a medalha de prata nos 400 metros medley. Outro nadador que conquistou
grandes façanhas foi Gustavo Borges, o primeiro nadador brasileiro a conquistar
três medalhas em olimpíadas e campeão mundial na Suécia em 1997 (Corrêa e
Massaud, 2001). Atualmente, o nadador Cesar Cielo é um dos atletas brasileiros
que vem despontando nessa modalidade somando grandes conquistas para o
Brasil.
Nos dias atuais, a natação é sistematizada em quatro estilos de nado: livre,
costas, borboleta e peito, sendo que cada estilo tem suas próprias regras
regulamentadas pelo órgão máximo desse esporte, a FINA (Federação
Internacional de Natação Amadora), organização que tem o poder de
regulamentara modalidade em todo o mundo (CORRÊA e MASSAUD, 2001),
sendo responsável por estabelecer as regras, organizar o calendário das
competições entre outras funções. De acordo com a FINA, as provas que fazem
parte do calendário oficial de natação são apresentadas no quadro 1.
COMPETIÇÃO Livre Costas Peito Borboleta Medley Revezamentos
Jogos Olímpicos 50 – 100 100 - 200 100 - 200 100 – 200 200 – 400 4 x 100 L^
piscina longa 200 – 400 4 x 100 M+
(50m) 800* - 1500`` 4 x 200 L^
Mundial em 50 – 100 50 - 100 50 – 100 50 – 100 100 – 200 4 x 100 L^
piscina curta 200 – 400 200 200 200 400 4 x 100 M+
(25m) 800* - 1500`` 4 x 200 L^
Mundial em 50 – 100 50 – 100 50 – 100 50 – 100 200 – 400 4 x 100 L^
piscina longa 200 – 400 200 200 2004 x 100 M+
(50m)800 – 1500 4 x 200 L^
L^ nado livre, M+ revezamento medley, * somente mulheres, `` somente homens.
Quadro 1 - Provas oficiais realizadas nos principais eventos de natação.
Por ser uma prática que tem suas particularidades como os demais
esportes, os treinadores em parceria com cientistas estudam cada vez mais essa
modalidade, procurando novos métodos mais eficazes na busca de melhores
resultados, investigando aspectos que interferem no rendimento dos atletas como
é o caso das forças que agem sob o corpo dos nadadores. Segundo
(MAGLISCHO, 1999, p. 299) ´´a água exerce um efeito retardador muito profundo
nos objetos que se deslocam por meio dela``. Na natação, o praticante:
sofre ação de basicamente quatro forças: (1) peso ou atração vertical que o campo gravitacional da Terra exerce sobre os corpos que se encontram próximos à sua superfície direcionando-os para baixo, (2) empuxo, que é a força vertical para cima que atua sobre um corpo imerso em um fluído, que passa pelo seu centro de massa, e é igual ao peso do volume do líquido deslocado, (3) arrasto, que se opõe ao movimento de um corpo em deslocamento, e (4) propulsão, que impulsiona os nadadores à frente (BARBOSA, 2010, p. 29).
Hoje, a natação como esporte é encarada como algo que tenta buscar a
perfeição, onde os nadadores de alto nível em parceria com seus treinadores
buscam incansavelmente a quebra dos recordes estabelecidos por eles mesmos
ou demais nadadores. Para essa busca, eles contam com o avanço da tecnologia
e com a ajuda de outras áreas que entram nesse contexto para contribuir com
essas metas. Dentro dessas áreas, encontra-se a Biomecânica que será
identificada mais a frente no próximo capítulo.
1.2. Nado Crawl
Acredita-se que o nado crawl e em especifico sua braçada tem origem há
muito tempo atrás devido a traduções de textos gregos e romanos como relata
Colwin (2000) em que nadadores usam movimentos alternados com o braço
emerso. Ainda segundo COLWIN (2000), logo após essa passagem o nado crawl
acaba ficando ´´esquecido`` durante séculos, pelo fato de que durante a Idade
Média a natação desapareceu da Europa onde povos acreditavam em crenças
que afirmavam que ´´banhos ao ar livre ajudavam a disseminar epidemias que,
com tanta frequência, varriam o continente`` (COLWIN, 2000). Somente no ínicio
do século XX e segundo a cultura ocidental, essa braçada alternada e com os
braços emersos reaparece.
Estabelecendo um panorama da evolução do nado crawl, o mar onde as
pessoas nadavam habitualmente pode ter sido o grande apoio para a evolução
das braçadas do crawl. Isso se deve ao fato da água ser salgada onde existe uma
maior flutuabilidade que ajuda em uma maior estabilidade e acaba tornando ´´os
movimentos do braço fora da água mais fáceis e menos cansativos para os
nadadores que possuíam uma técnica menos desenvolvida`` (COLWIN, 2000).
O nado Crawl:
visto através das competicoes esportivas, nasceu do aperfeiçoamento trazido ao que se chamou de ‘‘ double over arm stroke”, isto e, um nado que utiliza ações alternadas dos braços e das pernas; estas ultimas efetuam-se num plano obliquo em relação a superfície da água. O ‘‘double over arm stroke” ja era considerado um aperfeiçoamento do ‘‘trudgeon” que utilizava ações simultaneas das pernas. (CATTEAU e GAROFF, 1990, p. 123).
Segundo Catteau e Garoff (1990), o nado crawl é atualmente a única
modalidade de nado utilizada nas provas de nado livre, pois é a modalidade de
nado que apresenta o melhor rendimento. Maglischo (1999), afirma que o nado
Crawl evoluiu para ser o mais rápido dentre os quatro estilos de nado de
competição.
1.2.1. Técnica do nado Crawl
Quando se fala da técnica de um nado, são encontrados diversos
conceitos, termos e definições que vão variar de autor para autor. Nesse trabalho,
optou-se por utilizar as definições que Maglischo (1999) faz sobre a técnica do
nado Crawl. Segundo Maglischo (1999), a braçada do nado Crawl consiste de três
varreduras diagonais: uma para baixo, uma para dentro e uma para cima. As
outras fases da braçada são a entrada e o alongamento e a liberação e a
recuperação.
A primeira fase da braçada é a entrada e o apoio onde a entrada deve ser
realizada a frente da cabeça com o braço flexionado ligeraimente, a palma da
mão deve estar inclinada para fora. Na entrada da mão na água, os dedos devem
ser a primeira parte do braço a entrar na água. Ainda segundo Maglischo (1999),
o alongamento é a próxima fase da braçada a ser executada, onde o braçoapós
sua entrada na água deve estender-se para a frente abaixo da superfície com a
palma da mão girando para baixo até que fique totalmente voltada para baixo. O
alongamento deve estar sincronizado de modo que ao final de toda a extensão do
braço, o outro braço esteja terminando sua fase propulsiva.
Ao final do alongamento, dar-se-áínicio a varredura para baixo como afirma
Maglischo (1999), onde a mãoirá se deslocar para baixo num trajeto curvilíneo
com o braço flexionado no cotovelo em aproximadamente 40 graus, a mão e o
braço devem estar para fora do ombro e voltados para trás contra a água dando
ínicio ao agarre, a palma da mão deve estar inclinada para fora e para trás.
Maglischo (1999) afirma que a fase de varredura para baixo não é considerada
como um movimento propulsivo, onde seu objetivo é fazer com que durante a
recuperação do braço oposto, a face do nadador não afunde enquanto o mesmo
estárespirando.
Após a varredura para baixo, inicia-se a varredura para dentro com um
movimento semicircular onde a mãoirá se deslocar para baixo, para dentro e para
cima até que esteja ao nível da linha alba (MAGLISCHO, 1999). O braçoirá se
curvar mais 40 a 60 graus no cotovelo e a palma da mãoirárotacionar lentamente
durante essa fase até que esteja inclinada para dentro e para cima ao término de
seu deslocamento como relata Maglischo (1999).
Em seguida teráínicio a varredura para cima que segundo Maglischo
(1999) trata-se da segunda fase de ação propulsiva da braçada do nado Crawl.
Ainda segundo Maglischo (1999), o movimento é um deslocamento da mão em
semicirculo desde um local situado por baixo do corpo do nadador e um
movimento para fora, para cima e para trás em direção a superfície da água. A
palma da mão deve girar rapidamente no ínicio do deslocamento e manter-se
inclinada para fora e para trás durante todo o movimento. A fase de varredura
para cima termina quando a mão aproxima-se da coxa.
Após as fases propulsivas da braçada, tem ínicio a fase de liberação e
recuperação que segundo Maglischo (1999), começa antes que a mão do
nadador deixe a água. Nessa fase, ‘‘o cotovelo deixa a água em primeiro lugar e o
nadador começa a flexionar seu braço para começar a movimenta-lo para a frente
enquanto sua mão ainda está submersa”(MAGLISCHO, 1999, p. 347). A palma da
mão deve estar girada para dentro para que a mão possa se deslocar até a
superfície da água por sua borda. Para Maglischo (1999), a recuperação tem a
finalidade de colocar o braço em posição para uma nova braçada. Nessa fase, o
cotovelo flexiona-se durante toda a primeira metade da recuperação, enquanto o
braço é conduzido em torno e sobre a cabeça. O braço sera estendido para
realizar a entrada somente quando a mão passar acima da cabeça. Na primeira
metade da recuperação, a palma da mão deve estar voltada para dentro e girar
para fora quando o nadador buscar a água como forma de minimizar a
turbulencia.
Maglischo (1999) ressalta a importancia da sincronização dos braços para
um nado Crawl mais rápido, onde o braço que está a frente e no momento que o
mesmo entra na água, o braço oposto deve estar completando sua fase de
varredura para dentro. Outro aspecto importante ressaltado por Maglischo (1999),
trata-se de que o braço a frente não deve começar seu movimento para baixo até
que o braço oposto tenha realizado a varredura para cima.
Em relação a pernada do nado Crawl, Maglischo (1999) afirma que os
movimentos são principalmente para baixo e para cima tendo alguns
componentes de movimentos laterais. A pernada para baixo começa com a flexão
do quadril seguida da extensão do joelho, os dedos devem estar apontados para
cima e o pé voltado para dentro. Já a pernada para cima segundo Maglischo
(1999), a perna deve se movimentar para cima, para frente e lateralmente no
sentido oposto o qual o corpo do nadador está girando. A pernada para cima deve
ser efetuada com a perna reta e termina quando a perna flexiona-se no quadril.
Segundo Maglischo (1999), a pernada de adejamento não pode ser muito
superficial nem muito profunda devido a redução da força propulsiva na pernada
superficial e o aumento da força de arrasto na pernada muito profunda.
Quanto aposição do corpo do nadador durante o nado Crawl, ‘‘os
nadadores encontram menor resistência quando seus corpos estão numa posição
aerodinamica tanto horizontal quanto lateralmente” (MAGLISCHO, 1999, p. 361).
Um bom alinhamento horizontal consiste na posição natural da cabeça, as costas
completamente retas e a pernada estreita, o que contribuira para a redução da
força de arrasto.
Por último a respiração que segundo Maglischo (1999), os movimentos da
cabeça devem ser coordenados com o rolamento do corpo para evitar que os
nadadores não levantem a cabeça para fora para respirar. Maglischo (1999)
afirma que a respiração deve obedecer a seguinte sequência: a face do nadador
gira na direção da superfície, enquanto o braço nesse lado faz a varredura para
cima ao final da parte submersa da sua braçada. A respiração é feita durante a
primeira metade da recuperação e a face retorna para água durante a segunda
metade.
1.3.Natação para Crianças e Adolescentes
Para Maglischo (1999),´´a natação por faixa etária continua a ser uma das
mais populares formas de participação para meninos e meninas por ser tanto
física quanto existencialmente recompensador.
Nos primeiros anos de vida se torna mais apropriado trabalhar o esporte
como iniciação esportiva, não provilegiando tanto o rendimento da criança.
Convém destacar a importância da iniciação esportiva como meio de formação global do ser humano, proporcionando o desenvolvimento psicomotor, o desenvolvimento de capacidades cognitivas, a manutenção da saúde e da prática de atividades físicas e esportivas como um habito contínuo. (GRECO et all, 2007, p. 73)
Machado e Presoto (1997) define a iniciação esportiva como uma prática
que implica em realizar gestos técnicos e sistemas táticos específicos da
modalidade individual ou coletiva, onde esses gestos técnicos darão ao aluno,
bases para execução da modalidade no futuro. Além dos aspectos técnicos,
Carravetta (1997) afirma que a iniciação esportiva pode oferecer com um
ambiente familiar adequado, valores, condutas de moral, processos de
socialização e regras, culminando por contribuir com o processo de formação
social e educacional da criança.
De acordo com Greco et all (2007), os indivíduos tem uma estrutura
temporal que abrange uma sequencia de fases que compõem os diferentes niveis
de rendimento esportivo, e que variam de acordo com a faixa etária e o acervo de
experiências dos indivíduos. Na faixa etária que compreende dos 6 aos 16 anos
os indivíduos vao passar por três fases: fase universal, fase de orientação e fase
de direção. Na fase universal que compreende a faixa etária dos 6 aos 12 anos.
Segundo Greco et all (2007), essa fase dentro do processo de formação esportiva
é a fase mais rica e ampla.
Dos 6 aos 12 anos, procura-se desenvolver todas as capacidades motoras e coordenativas de uma forma geral, criando uma base ampla e variada de movimentacoes que ressaltam o aspecto lúdico. (GRECO, 2007, p. 67)
Segundo Greco et all (2007), a partir dos 12 anos, a criança inicia a fase de
orientação que abrange até os 14 anos. Nessa fase, a criança deve buscar o
aperfeiçoamento do movimento com a finalidade de melhorar sua resposta
motora. Para Greco et all (2007), um dos objetivos nessa fase é a
iniciaçãotécnica, procurando trabalhar o gesto do esporte em sua forma global e
ações motoras gerais que servem para a solução de tarefas esportivas.
A partir dos 14 anos, Greco et all (2007) afirma começar a fase de direção
que compreenderá o período de 14 aos 16 anos. Segundo Greco et all (2007),
nessa fase pode-se começar com o aperfeiçoamento e a especialização técnica
em uma modalidade.
Respeitando as possibilidades de cada fase citadas acima, a natação é
uma das modalidades mais propicias ao desenvolvimento da criança. De acordo
com Ramaldes (1997), a natação é a atividade física mais completa que existe,
pelo fato de trabalhar a harmonia, flexibilidade, potência, o ritmo e a coordenação
do praticante. Quando praticada regularmente, desenvolve mecanismos
fisiológicos, como a capacidade pulmonar, o sistema cardiovascular, e permite o
desenvolvimento da coordenação e equilíbrio.
Em crianças e adolescentes, essa prática se torna mais importante devido
suas inúmerascontribuições, como afirma Velasco (1994) que se refereà natação
como uma das atividades esportivas com maior contribuição para o crescimento e
desenvolvimento integral da criança, proporcionando prazer e bem estar dentro
de experiências boas e não frustrantes.
Ramaldes (1997) afirma que praticar esporte desde cedo é muito
importante para o desenvolvimento da criança, e faz referencia a natação como
uma das atividades físicas mais indicadas nessa fase, devido seus inúmeros
benefícios que englobam aspectos físicos(fortalece a musculatura do corpo e
trabalha a flexibilidade das articulações), orgânicos (aumenta a resistência
cardiopulmonar e vascular), psicossociais (desenvolve a estabilidade emocional e
promove a socialização) e terapêuticos (auxilia no tratamento de doenças
respiratórias).
Damasceno (1997) afirma que em crianças de 7 a 12 anos, a
nataçãofavorece a aprendizagem e o aperfeiçoamento das habilidades no meio
aquático, como braçadas, pernadas, respiração, contribuindo para o
desenvolvimento de sua coordenação psicomotora, além da possibilidade da
alternancia de atividades dentro e fora da piscina, tendo como objetivo o
desenvolvimento e a consciência das técnicas dos nados.
Dentre as contribuições da natação para o desenvolvimento da criança e
do adolescente, Maglischo (1999) afirma que praticantes dessa modalidade têm
os ossos aumentados no diâmetro e na densidade, resultando em ossos com
maior resistencia. Outro fator refere-se a gordura corporal que em crianças
praticantes de natação, fica em torno de 1% a 2% abaixo quando comparadas
com crianças na população normal.
CAPÍTULO 2 -A BIOMECÂNICA DO ESPORTE NA NATAÇÃO
2.1.Histórico da Biomecânica
Segundo McGinnis (2002), a Biomecânica éum campo multidisciplinar onde
é utilizado o conhecimento de diversas áreas como anatomia e fisiologia
humanas, engenharia e matématica. Mais qual seria o significado dessa palavra?
Qual seria o campo de estudo dessa área? Diversos autores trazem as respostas
dessas perguntas. E para melhor compreendermos o que éBiomecânica, foram
esboçadas algumas definições a essa palavra.
De acordo com McGINNIS (2002), ‘‘a Biomecânica é o estudo das forças e
seus efeitos nos sistemas vivos”. Ja para HALL (2009 p. 02), o termo
Biomecânica foi adotado no ínicio dos anos 1970 para descrever a ciência voltada
ao estudo dos sistemas biológicos sob uma perspectiva mecânica. Ainda segundo
Hall (2009), os biomecanicistas utilizam-se de instrumentos da mecânica, um
ramo da física que envolve a análise das ações das forças, para estudar os
aspectos anatomicos e funcionais dos organismos vivos. Seguindo nessa linha de
raciocinio sobre o significado da biomecânica:
A biomecânica pode ser definida como a ciência que estuda o corpo e o movimento humano com base em leis e métodos da mecânica. Como tal, deriva da Biofísica, área da Física que estuda os movimentos biológicos. (SALVINI, 2005, p 04)
Dessa forma, sabe-se que a biomecânica está relacionada com diversos
contextos sobre o estudo do movimento humano. Assim McGinnis (2002) afirma
que a biomecânica que tem como objeto de estudo, as forças e seus efeitos sobre
os seres humanos nos exercícios e nos esportes pode ser chamada de
biomecânica do exercício e dos esportes.
Para Barbanti et all (2002), o objetivo central da Biomecânica é o estudo do
movimento humano, onde suas análises terão como prisma, as leis da
física.Dentro desse contexto, e de acordo com Hall (2009), a Biomecânica traz
algumas subdivisões. Entre elas, podemos citar a cinemática e a cinética.
Segundo Hall (2009), a cinemática
é a descrição do movimento, incluindo o padrao e velocidade das sequencias de movimento executadas pelos segmentos corporais, que em geral, revelam o grau de coordenação do individuo (HALL, 2009, p. 02).
Hall (2009) afirma que a cinemática compreende formas de análises tanto
quantitativas quanto qualitativas. McGinnis (2002) relata que a cinemática é o
ramo da mecânica que se ocupa com a descrição do movimento. De acordo com
Hall (2009), pesquisadores em biomecânica dispõe de uma ampla gama de
instrumentos para o estudo do movimento humano. Um desses instrumentos é a
filmagem,método que passou a ser usado a partir do século XIX para estudos do
movimento humano e animal.Já a cinética, segundo Hall (2009), preocupa-se em
estudar as forças associadas ao movimento. No presente trabalho, trataremos
principalmente dos aspectos cinemáticos da natação, que como diz Hall (2009),
irão revelar em geral o grau de coordenação do individuo.
2.2. Biomecânica do Exercício e Esporte
Segundo McGinnis (2002), o objetivo principal da Biomecânica do exercício
e esporte é a melhora do desempenho dos exercícios e dos esportes, e num
segundo momento, a prevenção de lesões e a reabilitação. Além de tratar de
aspectos como a técnica e forças atuantes no movimento, a biomecânica do
exercício e esporte trata de assuntos como: a melhora da perfomance por meio
de equipamentos que propiciem um melhor rendimento, diminuição de lesões,
melhora da técnica, melhora no treinamento, maior segurança para os
desportistas entre outros assuntos:
Outros interesses da biomecânia do esporte estão relacionados a diminuição das lesões[...]uma area da pesquisa biomecânica com implicações tanto para a segurança como para o desempenho e a criação de calçados esportivos. Hoje em dia, eles são projetados
para prevenir a incidencia de cargas excessivas ao sistema musculoesqueletico e as lesões correlatas, bem como para melhorar o desempenho. (HALL, 2009,p. 11 e 12)
McGinnis (2002) afirma que a história da biomecânica do exercício e
esporte é parcialmente a história da Cinesiologia, pelo fato da palavra cinesiologia
ter sido usada no final do século XIX e obter popularidade no século XX,
enquando que a palavra biomecânica não era popular até os anos de 60. Para
McGinnis (2002), os estudos e pesquisas na área da biomecânica do exercício e
esporte aumentaram gradualmente durante os anos 70, 80 e 90.
Para Barbanti et all (2002), os procedimentos de medição em biomecânica
podem ser divididos nas seguintes categorias técnicas: procedimentos mecânicos
usados em observações de grandezas por observação direta e que não se
alteram muito rapidamente, procedimentos eletrônicos que são grandezas
mecânicas transformadas em elétricas, que faz com que facilite a medição de
grandezas que se alteram rapidamente com o tempo e procedimentos ópticos-
eletronicos que são processamento de imagens.
De acordo com McGinnis (2002), o futuro dessa área está diretamente
relacionado com o avanço da tecnologia, pelo fato de que com os avanços da
tecnologia, pode-se melhorar as técnicas de mensuração biomecânica e de
parâmetros antropométricos, além de melhores técnicas de simulação
computadorizada.
Em relação a natação, a biomecânica vem desenvolvendo diversos
métodos na busca pelo melhor rendimento do atleta através de correções
minuciosas dos aspectos referentes a técnica, força e etc. Dentre os estudos e
pesquisas que a Biomecânica proporciona para a natação, pode-se citar de
acordo com (MARINHO, 2008, p. 46 e 47) os testes de força que podem ser
aplicados através do nado atado ou nado amarrado, testes de velocidade média,
análises do comprimento de braçadas e frequência de braçadas. E ainda testes
do índice de coordenação, variação angular de membros durante o nado entre
outros estudos.
Para o presente trabalho, foram apresentadosbrevemente as variáveis
cinemáticas velocidade média, índice de coordenação, comprimento de braçadas
e frequência de braçadas.
2.3. Velocidade Média, Comprimento de braçadas, Frequência de Braçadas e
Índice de Coordenação.
De acordo com Hall (2009), a velocidade média ou escalar é definida como
a distância percorrida pelo tempo que foi gasto para percorrê-la. Para Hall (2009),
na descrição de velocidade, devemos incluir uma indicação tanto do sentido como
da magnitude do movimento. As unidades de velocidade média ou escalar
segundo Hall (2009)são unidades de comprimento divididas por unidades de
tempo (m/s, km/h).
Segundo Hall (2009), nos esportes cujo objetivo é alcançar a velocidade
máxima, os biomecanicistas do esporte passaram a focar nas características
cinemáticas que parecem acompanhar os desempenhos mais rápidos nas
competições de corrida, esqui, natação entre outros. Especificamente:
Na natação como em toda modalidade cíclica, a velocidade é resultado do produto do comprimento e da freqüência de braçadas, assim, qualquer alteração em sua magnitude é decorrente de um aumento ou diminuição nestes dois parâmetros. (CRAIG e PENDERGAST, 1979 apud MARINHO, 2008, p. 95).
O comprimento de braçadas de acordo com Marinho (2008), é a distancia
percorrida por cada ciclo de braçada. Marinho (2008) afirma que o comprimento
de braçada tem uma pequena associação com a força propulsora, um dos fatores
determinantes para o resultado na natação. Ainda segundo Marinho (2008), os
nadadores mais habilidosos possuem um maior comprimento de braçada em
relação aos nadadores menos habilidosos.
Em relação a frequência de braçadas, segundo Hay e Guimarães (1983,
apud Franken, 2011), a frequência de braçadas é definida como o número de
ciclos de braçadas executadas por unidade de tempo. De acordo com Maglischo
(1999), a frequência de braçadas pode ser um método que possibilita detectar um
supertreinamento.
Pesquisa recente deduziu que uma mudança na frequência das braçadas pode ser um método muito preciso para detectar o supertreinamento, porque os atletas que se tornam menos
eficientes têm de nadar numa determinada velocidade de prova com maior frequência de braçadas, para que possa compensar o menor comprimento da braçada. Essa velocidade de prova tem de ser razoavelmente rápida para proporcionar suficiente tensão a ponto de exigir compensação. (MAGLISCHO, 1999, p. 226 e 227)
Já o índice de coordenação para Apolinário (2011), é uma medida utilizada
para avaliar as ações propulsivas entre as braçadas do nado crawl. De acordo
com Chollet et all (2000, apud Apolinário, 2011), o índice de coordenação é
calculado através do tempo da diferença entre o inicio da ação propulsiva de uma
braçada e o fim da ação propulsiva de outra braçada. Chollet et all(2000, apud
Apolinário, 2011) tem proposto o índice de coordenação por considerar como um
indicativo do nível de habilidade dos nadadores e como uma medida de eficiência
propulsiva.Segundo Apolinário (2011), para calcular o índice de coordenação é
necessário o conhecimento de cada uma das fases das braçadas esquerda e
direita.
Para Apolinário (2011), as fases das braçadas são divididas em quatro:
entrada e pegada que consiste na entrada da mão na água até o ínicio do
movimento da mão para trás, puxada que consiste no ínicio do movimento da
mão para trás até a chegada do mão abaixo do plano vertical ao ombro,
empurrada que consiste no tempo entre a posição da mão abaixo do plano
vertical ao ombro até e a liberação da mão e a recuperação que consiste no
movimento do braço fora da água.
De acordo com Chollet et all (2000, apud Apolinário, 2011), o índice de
coordenação permite identificar possíveis assimetrias entre as braçadas esquerda
e direita. Apolinário (2011) afirma que o índice de coordenação pode ser expresso
em três formas diferentes de acordo com os resultados obtidos: 1 - coordenação
por oposição que consiste no índice de coordenação igual a zero. Na
coordenação por oposição, há continuidade na ação propulsiva dos dois braços,
ou seja, quando um braço termina sua ação propulsiva, o outro braço inicia sua
ação propulsiva. 2 – coordenação por deslizamento que consiste no índice de
coordenação negativo. Na coordenação por deslizamento, ocorre atraso entre as
fases propulsivas dos dois braços. 3 – coordenação por sobreposição que
consiste no índice de coordenação positivo. Na coordenação por sobreposição,
há ação propulsiva simultânea dos dois braços.
CAPÍTULO 3 -MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Caracterização dos voluntários
Os sujeitos selecionados para a pesquisa foram alunos matriculados no
projeto de “Iniciação Esportiva” da natação da Agência Goiana de Esporte e Lazer
(AGEL). A escolha dos sujeitos foi feita para investigar quantitativamente
nadadores amadores, que não têm nível técnico de competição de alto
desempenho, com métodos de análises que são frequentemente usados no
esporte de alto rendimento como afirma (MCGINNIS, 2002, p. 294): ´´as análises
biomecânicas quantitativas abrangentes são geralmente limitadas a
desempenhos de atletas de elite``. Pelo fato dos sujeitos terem menos de 18
anos, o convite para participar da pesquisa foi feito inicialmente aos responsáveis.
Estes foram informados sobre os objetivos e justificativa da pesquisa, bem como
do protocolo experimental, todos os procedimentos adotados para as análises e
direitos dos sujeitos participantes da pesquisa, verbalmente e por meio de um
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do sujeito (Anexo B),
Na AGEL, os alunos são divididos em 4 níveis técnicos, sendo que o nível
1 é composto pelos alunos que não sabem nadar; o nível 2 é composto pelos
alunos que tem domínio nos nados crawl e costas, embora não dominam a
respiração lateral do nado crawl; o nível 3 é composto pelos alunos que dominam
o nado crawl e costas com um certo domínio na respiração lateral do nado crawl;
e por fim o nível 4 é composto pelos alunos que dominam os nados crawl e costas
e a respiração lateral do nado crawl, sendo este nível, responsável apenas para o
aperfeiçoamento dos alunos nos nados crawl e costas. Foi elaborado e aplicado
um questionário para saber o nível técnico, idade, gênero e tempo de prática e os
resultados foram apresentados na tabela 1.
Tabela 1. Caracterização dos voluntários: Idade (anos), gênero (M-masculino, F-feminino), tempo de prática (anos), nível técnico(grupo de treinamento na instituição, 1-iniciante; 2-intermediário 1; 3-intermediário 2; 4-avançado), massa corporal (kg) e estatura (cm) dos voluntários.
Voluntários Idade
(anos)
Gênero Tempo de
prática (anos)
Nível Massa
corporal
(kg)
Estatura
(cm)
V1 12 F 3 4 40 153
V2 12 F 3 4 41 163
V3 12 F 3 4 44,5 160
V4 8 M 1 2 34,5 131
V5 11 M 1 2 34,5 146
V6 15 M 2 4 48 162
V7 12 M 1 3 43 151
V8 14 F 2 4 49 155
V9 12 M 2 3 42 149
V10 14 M 1 4 45 155
V11 14 F 1 4 39 158
V12 8 F 1 2 33,4 141
V13 11 M 4 4 65,5 155
V14 12 F 7 4 48 146
V15 9 F 2 2 48 135
V16 14 M 2 4 109 182
V17 14 M 3 4 48 168
V18 10 M 2 2 38 142
V19 10 M 1 3 32,5 147
V20 13 M 1 2 48 150
Conforme apresentado na tabela 1, a amostra foi composta de 20 (vinte)
alunos que tiveram média de idade de 11,80 anos ± 2,09 anos.
3.2. Erros Comuns na Execução da Técnica
Durante a execução da técnica do nado Crawl, Maglischo (1999) faz
referencia a alguns erros comuns que os nadadores geralmente cometem. Nas
fases de recuperação e entrada da braçada, os erros mais comuns são segundo
Maglischo (1999), uso de demasiado esforço, balanço do braço sobre a água,
com movimentos baixos e amplos, ultrapassagem do ponto correto e não
chegada até o ponto correto.
Em relação a recuperação dos braços sobre a água com movimentos
baixos e amplos, Maglischo (1999) afirma que isso faz com que os quadris são
puxados para fora do alinhamento na direção oposta, proporcionando movimentos
do corpo de um lado para o outro e fazendo com que o nadador empurre água
para a frente e aumente a força de arrasto.
Outro erro comum é quando o nadador ultrapassa o ponto correto
estendendo o braço demais antes que o mesmo entre na água, o que provoca
segundo Maglischo (1999) a entrada do braço na água praticamente ao mesmo
tempo e com isso, o braço acaba colidindo com uma grande coluna de água
criando muita turbulencia e provocando grandes ondas na água que favorecerão
a desaceleração da velocidade de progressao do nadador. Segundo Maglischo
(1999), a não chegada ao ponto correto é o erro oposto ao erro dito
anteriormente, mais que provoca também grande turbulencia na água e
desaceleração da velocidade de progressao do nadador.
Em relação aos erros de pernadas, Maglischo (1999) ressalta a pernada
demasiadamente elevada, pernada demasiadamente profunda, flexionamento
excessivo das pernas e pouca extensão dos tornozelos.
Outro erro comum observado por Maglischo (1999) é quanto a
sincronização que provoca erros como: começar cedo demais a varredura para
baixo e alongar o braço demasiadamente. Em relação ao segundo erro descrito
acima, Maglischo (1999) afirma que provoca o que chamam de braçada de
‘‘espera braço”. Esse termo é empregado pelo fato do nadador ter um dos braços
deslizando numa posição estendida a frente do corpo até que o outro braço tenha
feito a recuperação e entrado na água e esteja realizando a extensão para a
frente até a mesma posição, ou seja, o braço que está entrando na água está
alcançando o braço que vai a frente.
Em relação aos erros de alinhamento do corpo durante o nado, Maglischo
(1999) destaca como principais: a tentativa de uma posição do corpo num plano
muito elevado e dar pernadas muito profundas, que nos dois casos faz com que o
corpo ocupe um grande espaço na água e aumente a resistencia desfavorecendo
o progresso do nadador para a frente.
Por fim, os erros mais frequentes de respiração são: virar cedo demais a
face, virar tarde demais a face, erguer a cabeça, retornar a cabeça a água com
demasiada lentidão e projetar a cabeça para trás, fora do alinhamento
(MAGLISCHO, 1999, p. 376).
3.3. Instrumentos de Coleta de Dados
A pesquisa caracterizou-se como uma análise quantitativa e qualitativa.
Para a coleta de dados, utilizamos como instrumento um questionário (Anexo C)
estruturado contendo 6 (seis) perguntas fechadas destinado aos
pais/responsáveis. Além do questionário, utilizamos um sistema de filmagens para
mensurar os parâmetros cinemáticos a partir da filmagem do nado dos
voluntários. Os materiais utilizados na metodologia foram:
• Uma filmadora subaquatica de 60 Hz, Kodak Zx5.
• Uma câmera digital de 30 Hz, Samsung TL 205.
• Um Notebook Semp Toshiba TSI IS-1414.
• Dois calibradores de 50 metros cada um, confeccionados com corda e
flutuadores (macarroes) cortados em tamanhos de 5 cm.
• Um tripéaluminum tripod W360.
• Um Trolley (carrinho).
• Fitas adesivas.
• Uma fita métrica Vonder 50 m.
• Balança Welmy R110.
As filmadoras foram fixadas no trolley que se deslocava ao lado da piscina
em paralelo com o nadador empurrado por uma pessoa e possibilitando uma
tomada externa, a 170 cm acima da linha da água e outra tomada subaquatica, a
30 cm da superfície (figura 1).
Figura 1. Sistema de filmagem subaquática
Os calibradores foram colocados dentro da piscina na raia 3. Nos
calibradores, foram fixados flutuadores formando pontos dispostos a cada metro
como dito anteriormente (figura 2).
Figura 2. Sistema de calibração.
Após a aquisição das imagens, as mesmas foram convertidas em arquivos
digitais e capturadas em um Notebook Semp Toshiba e analisadas por meio do
software Dinamic Posture(CAMPOS, 2010)que permite a reprodução quadro a
quadro das imagensonde foi possivel fazer as marcações de cada fase da
braçada (entrada e apoio, puxada, empurre e recuperação). Após fazer as
marcações e salva-las, os dados foram exportados para o MatLab versão 7.1,
onde desenvolvemos rotinas para calcular as variáveis citadas acima e obter os
resultados: Velocidade Média (VM10m), Frequência de Braçada (FB),
Comprimento de Braçada (CB10m) e Indice de Coordenação da Braçada do Nado
Crawl (IdC).
3.4. Protocolo Experimental
O protocolo consistiu na realização de um alongamento seguido de um
aquecimento contabilizando um tempo total de 15 (quinze) minutos. Logo após, os
voluntários foram orientados a nadarem o mais rápido possível entre os
calibradores a fim de extrair as variáveis Velocidade Média (VM10m), Frequência
de Braçadas (FB), Comprimento de Braçadas (CB10m) e Índice de Coordenação
da braçada do nado Crawl (IdC).
Figura 3. Imagem da câmera subaquática.
Para calcular a VM10m, foi desprezado os 5 (cinco) metros iniciais de nado
para não haver influência da saída e os 10 (dez) metros finais de nado para haver
influência da chegada e pelo fato de que os voluntários não apresentaram um
condicionamento físico adequado para realizar um nado regular durante toda
extensão da piscina. Assim, quando os voluntários passavam sua cabeça pelo
calibrador (flutuador) que demarcava 5 (cinco) metros na piscina, era marcado um
ponto no vídeo (os pontos eram marcados sempre na cabeça do nadador como
forma de padronização) permitindo saber o quadro exato do vídeo em que a
cabeça ultrapassava o calibrador de 5 m, e no momento em que a cabeça do
voluntário ultrapassava o calibrador que demarcava 15 (quinze) metros na
piscina, novamente era marcado um ponto no vídeo permitindo saber o quadro
exato em que o voluntário completava os 10 m. A partir disso, como ja sabiamos a
distancia percorrida (10 m), pegamos o tempo que o voluntário utilizou para
percorrer os 10 m e calculamos a VM10m através da equação a seguir:
VM10m (m/s) = 10 m / Tempo final – Tempo Inicial (segundos)
Para calcular o Indice de Coordenação, desprezamos os 5 metros iniciais
de nado dos voluntários. A primeira marcação sempre era feita na primeira
entrada do braço direito do voluntário na águaapós passar o calibrador da posição
de 5 metros. Assim por diante eram marcadas as fases de cada ciclo das
braçadas obedecendo aos padrões do indice de coordenação. As marcações
eram feitas no momento em que: 1. os braços entravam na água, 2. iniciavam o
movimento da mão para trás, 3. chegada da mão abaixo do plano vertical ao
ombro e, 4. liberação da mão (saída da mão da água). Foram marcadas as fases
de 4 (quatro) ciclos de braçadas. Após fazer as marcações das fases, foi possivel
saber os quadros exatos dos vídeos em que ocorreram cada fase das braçadas, e
assim saber o tempo que os voluntários gastaram para cumprir cada fase das
braçadas. Assim, pegamos o tempo necessário para os voluntários cumprirem
cada fase e calculamos os indices de coordenação através das equações a
seguir:
Ciclo = [( Ent + Pux + Emp + Recup) BE + (Ent + Pux + Emp + Recup) BD] / 2
IdCe = [(Tempo final de empurre BE – Tempo inicial da puxada BD) . 100]/Tempo
do Ciclo
IdCd = [(Tempo final de empurre BD – Tempo inicial da puxada BE) . 100]/Tempo
do Ciclo
IdC = (IdCe + IdCd) / 2(%)
A FB foi calculada da mesma forma da VM10m e do IdC, onde
desprezamos os 5 metros iniciais de nado e os 10 metros finais. A frequência de
braçadas foi obtida através do tempo necessário para a realização de quatro
ciclos, onde pegamos esse tempo e lançamos na fórmula a seguir:
FB (ciclos/min) = (60 x 4) / Tempo (s) de quatro ciclos de braçadas
Enfim para calcular o CB10m, pegamos a razão entre a VM10m e a FB em
ciclos/s. Para esse calculo, consideramos que a frequência de braçada se
manteve constante durante os 10 metros em que consideramos para as análises.
Os resultados das variáveis cinemáticas descritas anteriormente foram
apresentados conforme a figura 4.
Figura 4. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histograma indicando, para o voluntário V7, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
Para analisar a velocidade média, frequência de braçada, comprimento de
braçada e índice de coordenação do grupo de voluntários da pesquisa foram
construídos diagramas de caixa (boxplot) para cada uma dessas variáveis e
apresentados na figura 5 no capítulo 4 de resultados e discussão, página 42.
entrada 49.9 % puxada 13.4 % empurre 14.4 % recuperação 22.3 %0
10
20
30
40
50
Duraçã
o da fase
no ciclo (%) V7 || VM = 0.94 m/s || FB = 35.41 ciclos/min || CB = 1.59 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = -26.7984% || IDC2 = -17.6353% || IDC = -22.2168%
Para caracterizar o grupo de voluntários em relação à duração percentual
das fases da braçada no ciclo, os mesmos foram apresentados em diagramas de
caixa (boxplot) com a duração percentual de todos os voluntários em cada fase e
apresentados na figura 6 no capítulo 4 de resultados e discussão, página 43.
CAPÍTULO 4 -RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Resultados
Os resultados das variáveis cinemáticas do grupo de voluntários da
pesquisa podem ser observados individualmente na tabela 2 e nas figuras
presentes no anexo D e a seguir na figura 5 com os maiores e menores valores e
os valores medianos encontrados para cada variável cinemática analisada.
Figura 5. Diagramas de caixa da Velocidade média (VM) (gráfico superior da esqueda); Frequência de Braçada (FB) (gráfico superior da direita); Comprimento de braçada (CB) (gráfico inferior da esquerda); Índice de coordenação (IDC) (gráfico inferior da direita) do grupo de voluntários da pesquisa.
O grupo de voluntários que fizeram parte da pesquisa apresentou
velocidade média entre 0,61 m/s e 1,11 m/s, e a mediana da velocidade média foi
0,85 m/s. A frequência de braçadas ficou entre 21,22 ciclos/min e 75,52
0.6
0.8
1
1
velocidade (m/s)
20
40
60
1
FB (ciclos/min)
1
1.5
2
1
CB (m)
-20
-10
0
10
1
IDC (%)
ciclos/min, e a mediana foi 34,46 ciclos/min. O comprimento de braçadas
apresentou resultados entre 0,65 m e 2,13 m, e sua mediana foi 1,535 m. O índice
de coordenação apresentou resultados entre – 26,442 % e 14,485 %, e sua
mediana foi 0,583 %.
Em relação aos resultados da duração percentual das fases da braçada
durante o ciclo, os mesmos são apresentados na figura 6 com os maiores valores,
menores valores e os valores medianos do grupo de voluntários da pesquisa e
individualmente no anexo D.
Figura 6. Diagramas de caixa da duração percentual (ordenadas) das fases da braçada no
ciclo (abscissas: entrada, puxada, empurre, recuperação) para o grupo de voluntários da pesquisa.
Em relação aos resultados individuais das variáveis cinemáticas do grupo
de voluntários da pesquisa, os mesmos são identificados na tabela 2.
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
entrada puxada empurre recuperação
duração da fase (%
)
Tabela 2. Resultados individuais das variáveis cinemáticas: velocidade média (VM), frequência de braçada (FB), comprimento de braçada (CB) e índice de coordenação do grupo de voluntários da pesquisa.
Voluntários Velocidade
média (m/s)
Frequência
de braçada
(ciclos/min)
Comprimento
de braçada
(m)
Índice de
coordenação
(%)
V1 0,96 55,1 1,04 - 1,267
V2 0,88 28,94 1,83 9,534
V3 0,74 24,99 1,78 10,249
V4 0,61 56,25 0,65 - 26,302
V5 0,75 21,22 2,13 - 15,791
V6 0,92 37,02 1,49 11,373
V7 0,94 35,41 1,59 - 22, 216
V8 0,82 45,38 1,09 14,485
V9 0,72 25,15 1,72 - 20,011
V10 1,02 75,52 0,81 12,604
V11 0,98 36,92 1,6 6,417
V12 0,72 22,43 1,93 - 26,442
V13 0,96 37,83 1,52 - 0,851
V14 1,04 42,31 1,48 1,596
V15 0,65 32,35 1,21 5,936
V16 1,01 33,51 1,81 4,157
V17 1,11 45,67 1,46 11,733
V18 0,77 29,43 1,57 - 0,430
V19 0,66 29,11 1,36 - 8,257
V20 0,68 26,41 1,55 - 22,201
4.2.Caracterização dos Voluntários
De acordo com o questionário aplicado aos pais/responsáveis, a figura
7identifica como a criança conheceu a natação.
Figura 7. Gráfico de setores indicando percentualmente, de que forma os voluntários
conheceram a natação: pais/responsáveis (azul-escuro), familiares (vermelho), amigos (verde), outros (roxo) e mídias (azul-claro), para o grupo de voluntários da pesquisa.
Podemos constatar na figura acima que 80% dos voluntários da pesquisa
conheceram a natação por meio dos pais/responsáveis e de familiares, o que
pode ser verificado nas falas de Carravetta (1997), que coloca a família como o
principal agente na participação dos filhos na iniciação esportiva.
Os pais, além de encaminhar para os programas de iniciação esportiva, são os grandes responsáveis pela transmissão de valores morais e pelas normas de conduta. Os jovens atletas internalizam na família a motivação para a prática esportiva. (CARRAVETTA, 1997, p. 61)
Além dos pais e familiares, 15% dos voluntários conheceram a natação
por meio de amigos, e outros 5% dos voluntários conheceram a natação por meio
de outros fatores. Por fim, um fato que chamou a atenção foi quanto à influência
das mídias nos dias atuais, em que nenhum dos voluntários respondeu que
conheceram a natação por meio de mídias.
Quanto aos fatores que levaram os voluntários a prática da natação, tais
fatores são identificados na figura 8.
45 %
35 %
15 %
5 %0 %
Pais/responsáveis Familiares Amigos Outros Mídias
Figura 8. Gráfico de setores indicando percentualmente, sobre quais fatores que levaram os
voluntários a prática da natação: lazer (azul-escuro), condicionamento físico (vermelho), influência dos pais (verde), melhoria na saúde (roxo) e outros fatores (azul-claro), para o grupo de voluntários da pesquisa.
Em relação aos fatores que levaram os voluntários a prática da natação,
50% dos voluntários colocaram o lazer como principal fator para a prática da
natação, 45% relatou que fazem natação buscando um melhor condicionamento
físico, 40% dos voluntários colocaram a influência dos pais e a melhoria na saúde
como fator que levou a tal prática, e por fim, 5% colocaram outros fatores.
Quanto aos objetivos que os sujeitos almejam com a prática da natação,
estes podem ser observados na figura 9.
50 %
45 %
40 %
40 %
5 %
Lazer Condicionamento Físico
Influência dos Pais Melhoria na Saúde
Outros
Figura 9. Gráfico de setores indicando percentualmente, sobre os objetivos que os
voluntários almejamao realizar a natação: manter uma boa forma (azul-escuro), competir profissionalmente (vermelho), círculo de amizades (verde) e outros (roxo), para o grupo de voluntários da pesquisa.
Na figura anterior, podemos ver que 60% dos voluntários fazem natação
com o objetivo de manter uma boa forma, já 35% colocaram como objetivos
principais, a busca de amizades e competir profissionalmente no futuro. E por fim,
5% dos voluntários fazem natação buscando outros fatores como objetivos
principais.
4.3. Análise técnica qualitativa
Através das análises qualitativas dos vídeos, foram observados alguns
erros cometidos pelos voluntários, que segundo Maglischo (1999) são erros
comuns que acontecem na execução da técnica. Esses erros foram explicados no
capítulo 3 de materiais e métodos no tópico 3.2 (erros comuns na execução da
técnica) e foram constatados em alguns voluntários da pesquisa e mostrados
percentualmente na figura 10.
60 %
35 %
35 %
5 %
Manter uma Boa Forma Competir Profissionalmente
Círculo de Amizades Outros
Figura 10. Gráfico de setores indicando percentualmente para o grupo de voluntários da
pesquisa sobre os erros comuns que os voluntários cometeram na execução da técnica: ultrapassagem do ponto correto (azul-escuro), ´´espera braço`` (vermelho), cabeça erguida (verde), pernada profunda (roxo) e não-chegada ao ponto correto (azul-claro).
Acima podemos ver na figura 7 que 45% dos voluntários cometeram o erro
que Maglischo (1999) define como a ´´ultrapassagem do ponto correto`` durante
as fases de recuperação e entrada do braço na água. Esse erro ocorre:
quando os nadadores extendem seu braço demasiadamente antes da sua entrada na água[...]colidindo com uma grande coluna de água e criando muita turbulência na superfície da água e na região situada imediatamente abaixo. (MAGLISCHO, 1999, p. 370)
Podemos observar também que 30% dos voluntários cometeram o erro
segundo Maglischo (1999) chamado de ´´Espera Braço``, que trata-se de um
braço estar numa posição estendida à frente do nadador ´´esperando`` o outro
braço executar suas fases propulsivas e não propulsivas, realizando a entrada e a
extensão à frente e alcançando esse braço que estava esperando, para que,
assim, o braço inicie seu ciclo.
Outro erro cometido por 30% dos voluntários da pesquisa é quanto à
cabeça erguida durante a respiração. Segundo Maglischo (1999), esse erro
45 %
30 %30 %
30 %
20 %
Ultrapassagem do ponto correto Espera Braço
Cabeça Erguida Pernada Profunda
Não-chegada ao ponto correto
consiste no levantamento da cabeça para que o nadador possa respirar. Os
nadadores ´´tentam nadar sem rolar seus ombros e têm de erguer sua cabeça
para a frente, para que a boca fique fora d`água.`` (MAGLISCHO, 1999, p. 376 e
377)
Podemos perceber também que 30% dos voluntários cometeram o erro
definido por Maglischo (1999) como ´´pernada profunda``, que refere-se as
pernadas demasiadamente profundas, ou seja, quando o nadador executa
pernadas muito profundas, o que contribui para aumentar a área de superfície
frontal do nadador e com isso aumentar a força de arrasto.
Enfim, o erro definido por Maglischo (1999) como a ´´não-chegada ao
ponto correto`` foi cometido por 20% dos voluntários, que refere-se a entrada do
braço na água perto demais da cabeça do nadador.
Em decorrência disso, ele coloca sua mão profundamente na água quase que imediatamente, fazendo com que empurre a superfície volar (superior) de sua mão, que é larga, e a do antebraço para a frente contra a água. Isso criará turbulência e desacelerará sua velocidade de progressão. (MAGLISCHO, 1999, p. 371)
Ainda em relação aos erros comuns cometidos pelos voluntários durante a
execução da técnica do nado crawl,podem-se observar esses erros cometidos
individualmente por cada voluntário na tabela 3.
Tabela 3. Caracterização dos erros cometidos individualmente pelos voluntários durante a execução do nado crawl: ultrapassagem do ponto correto, espera braço, cabeça erguida, pernada profunda e não-chegada ao ponto correto.
Voluntários Ultrapassagem
do ponto
correto
Espera
Braço
Cabeça
Erguida
Pernada
Profunda
Não-
chegada
ao ponto
correto
V1 X
V2
V3 X
V4 X X
V5 X X X
V6 X
V7 X X
V8 X
V9 X X X
V10
V11
V12 X X X
V13 X
V14 X
V15 X X X
V16
V17 X
V18 X X X
V19 X
V20 X X X X
X – Erro cometido pelo voluntário.
Através da tabela acima, pode-se observar que alguns voluntários
cometeram dois ou mais erros na execução da técnica do nado crawl. Em relação
a esse fator, e para uma análise acerca das influências desses erros com a
velocidade média dos voluntários, a figura 11 identifica a velocidade média do
grupo de voluntários (grupo 1) que tiveram no máximo um erro na execução da
técnica, e a velocidade média do grupo de voluntários (grupo 2) que tiveram mais
de um erro na execução da técnica com o objetivo de identificar possíveis
influências desses erros no desempenho do nado.
Figura 11. Diagrama de colunas indicando a velocidade média (ordenadas) do grupo de
voluntários (abscissas) que teve no máximo um erro durante a execução da técnica do nado crawl (grupo 1), e a velocidade média do grupo que teve mais de um erro durante a execução da técnica do nado crawl (grupo 2).
Nota-se que os erros descritos anteriormente afetaram diretamente a
velocidade média do nado dos voluntários, podendo ser considerado como um
dos fatores que influenciam na estabilidade do nado.
4.4. Análise técnica quantitativa
Através das análises quantitativas dos vídeos, o grupo de voluntários da
pesquisa apresentaram as três formas diferentes do índice de coordenação, que
segundo Apolinário (2011), é: coordenação por oposição que consiste no índice
de coordenação igual a zero; coordenação por deslizamento que consiste no
índice de coordenação com resultado negativo; e coordenação por sobreposição
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
Grupo 1 Grupo 2
1900ral
1900ral
VEL
OC
IDA
DE
MÉD
IA (
m/s
)
que consiste no índice de coordenação com resultado positivo. Para este
trabalho, os índices de coordenação foram considerados de acordo com os
resultados a seguir:
• Coordenação por oposição: entre - 3,0% e 3,0%.
• Coordenação por deslizamento: abaixo de – 3,0%.
• Coordenação por sobreposição: acima de 3,0.
De acordo com essas considerações, a figura 12 identifica percentualmente
os grupos de voluntários da pesquisa que tiveram índices de coordenação por
oposição, índices de coordenação por deslizamento e índices de coordenação por
sobreposição.
Figura 12. Gráfico de setores indicando percentualmente o grupo de voluntários que
tiveram índices de coordenação por oposição (azul), o grupo de voluntários que tiveram índices de coordenação por deslizamento (vermelho) e o grupo de voluntários que tiveram índices de coordenação por sobreposição (verde).
Em relação aos resultados apresentados para o índice de coordenação, a
figura 13 identifica a velocidade média dos diferentes grupos do índice de
20 %
35 %
45 %
Oposição Deslizamento Sobreposição
coordenação, como forma de estabelecer uma relação do índice de coordenação
e a velocidade média.
Figura 13. Gráfico histograma indicando a relação do índice de coordenação (abscissas) e a
velocidade média (ordenadas) dos grupos do índice de coordenação (oposição, deslizamento e sobreposição) dos voluntários da pesquisa.
Inicialmente, os voluntários foram divididos em três grupos de acordo com
os resultados mostrados anteriormente, porém os dados obtidos não permitiram
fazer as análises com base nessa divisão, pois a amostra do grupo que se
enquadrava no índice de coordenação por oposição foi pequena. Com isso,
optamos por dividir os voluntários em apenas dois grupos: um grupo composto
por voluntários que se enquadrou no índice de coordenação por deslizamento, e
outro grupo de voluntários que não se enquadrou no grupo anterior (sem
deslizamento). Dessa forma comparamos a velocidade média desses dois grupos.
Para comparar se a velocidade média do grupo deslizamento era diferente
da velocidade média do grupo sem deslizamento, optamos por utilizar o teste de
comparação não paramétrico Kruskal-Wallis. De acordo com (CALLEGARI-
JACQUES, 2003, p. 181), esse teste serve para se compararem duas ou mais
populações quanto à tendência central dos dados.
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
Oposição Deslizamento Sobreposição
1900ral
1900ral
1900ral
VEL
OC
IDA
DE
MÉD
IA (
m/s
)
Figura 14. Resultado do teste de Kruskal-Wallis comparando os grupos de voluntários que
se enquadram no índice de coordenação por deslizamento e do grupo de voluntários que se enquandram no índice de coordenação sem deslizamento.
Com base no teste de Kruskal-Wallis, identificamos diferença significativa
entre esses dois grupos. Essa diferença pode ser notada na figura 15.
Figura 15. Diagramas de caixa da velocidade média de nado (ordenadas) dos grupos de
voluntários do índice de coordenação por deslizamento e sem deslizamento (abscissas), comparando a velocidade mediana de cada grupo.
O grupo de voluntários do índice por deslizamento apresentou uma
velocidade mediana de 0,72 m/s, e o grupo do índice de coordenação sem
deslizamento apresentaram uma velocidade mediana de 0,96 m/s. A figura 16
identifica a velocidade média dos grupos de voluntários do índice de coordenação
por deslizamento e do grupo sem deslizamento.
Figura 16. Gráfico histograma indicando a velocidade média (ordenadas) do grupo de
voluntários que se enquadram no índice de coordenação por deslizamento e do grupo de voluntários que se enquadram no índice de coordenação sem deslizamento.
Os resultados encontrados mostraram que o grupo de voluntários (sem
deslizamento) que tem maior eficiência propulsiva nas braçadas e um maior nível
de habilidade apresentou velocidade média maior quando comparados com o
outro grupo, o que reafirma que essa variável segundo Chollet et all (2000, apud
Apolinário, 2011) pode ser utilizada como um indicativo do nível de habilidade dos
nadadores e como uma medida de eficiência propulsiva.
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
Sem
Deslizamento
Deslizamento
1900ral
1900ral
VEL
OC
IDA
DE
MÉD
IA (
m/s
)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho utilizou uma metodologia para quantificar e qualificar as
variáveis cinemáticas da natação: velocidade média (VM), frequência de braçadas
(FB), comprimento de braçadas (CB) e índice de coordenação da braçada do
nado crawl (IDC).
O estudo foi realizado com sujeitos que possuem idade entre sete e quinze
anos e que participam do projeto de ´´iniciação ao esporte`` da instituição Agência
Goiana de Esporte e Lazer (AGEL). A iniciação esportiva é um processo no qual,
toda criança deve passar para colaborar com seu desenvolvimento infantil, e os
pais devem ser os responsáveis por estimular a criança nesse processo. Segundo
dados desta pesquisa, 80% dos voluntários conheceram a natação através de
pais e familiares, o que denota que são os pais os principais agentes
influenciadores na prática esportiva dos filhos.
Os pais, além de encaminhar para os programas de iniciação esportiva, são os grandes responsáveis pela transmissão de valores morais e pelas normas de conduta. Os jovens atletas internalizam na família a motivação para a prática esportiva. (CARRAVETTA, 1997, p. 61)
Foi realizada uma revisão da literatura acerca dos estudos sobre essas
variáveis cinemáticas na natação e a utilização dessas técnicas no meio da
iniciação esportiva.
Diante dos resultados encontrados, e respeitando as limitações do estudo e
dos materiais utilizados para a coleta de dados, percebe-se que os materiais
utilizados se mostraram eficientes para sua utilização em estudos e projetos que
buscam mensurar parâmetros cinemáticos da natação, principalmente em
projetos de iniciação esportiva, onde o objetivo principal é proporcionar a inclusão
de indivíduos no meio de práticas esportivas. Por ser uma tecnologia de baixo
custo, se torna fácil seu acesso para centros esportivos, academias e escolas,
onde servirão como um recurso a mais para professores no processo de ensino-
aprendizagem dos sujeitos.
Os dados qualitativos encontrados através das análises das filmagens
mostraram-se eficazes para identificar possíveis erros na execução da técnica.
Neste trabalho, foram encontrados cinco erros mais frequentes cometidos pelos
voluntários e definidos por Maglischo (1999) como: cabeça erguida, espera braço,
pernada profunda, ultrapassagem do ponto correto e não-chegada ao ponto
correto. Ao estabelecer uma relação da velocidade média com esses erros,
concluiu-se que tais erros afetam diretamente na velocidade média do nado.
Em relação aos dados quantitativos, o índice de coordenação da braçada
do nado crawl se mostrou uma variável cinemática muito importante para se
trabalhar com análises acerca da técnica do nado crawl. Através dessa variável,
foi possível identificar possíveis fatores que influem na velocidade média do nado,
como também, detectar possíveis assimetrias entre as braçadas esquerda e
direita dos voluntários. De acordo com (APOLINÁRIO, 2011, p. 01), ´´vários
estudos têm sido desenvolvidos com objetivo de investigar o índice de
coordenação da braçada do nado crawl em variáveis como: velocidade, nível de
habilidade``.
Por fim, para proporcionar a utilização dos sistemas usados neste trabalho
em projetos de iniciação esportiva, academias e escolas, é preciso enfocar na
elaboração de manuais que orientem na construção de carrinhos (trolley),
calibradores, e demais materiais, além de manuais explicando a forma de se
utilizar os softwares que foram usados no presente trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CHOLLET, D.; CHALIES, S.; CHATARD, J. C. A new index of coordination for the crawl: description and usefulness.International Journal of Sports Medicine. In: APOLINÁRIO, R.M. Índice de coordenação da braçada do nado crawl. Ano 16, n. 156. Maio 2011. p. 1. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd156/coordenacao-da-bracada-do-nado-crawl.htm. Acesso em: 07/11/2011. COLWIN, S. L. Nadando para o século XXI. São Paulo: Manole, 2000. CORRÊA, C. R. F.; MASSAUD, M. G. Natação para adultos. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. CRAIG, A.B.; PENDERGAST, D.R. Relationship of stroke rate, distance per stroke, and velocity in competitive swimming. Medicine and Science in Sports and Exercise. In: MARINHO, Paulo Cezar. Sistema de Periodização em Blocos: Efeitos de um modelo de treinamento sobre o desempenho de nadadores velocistas de alto nível. 2008. Tese (Doutorado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008. p. 95. DAMASCENO, L. G. Natação para bebês dos conceitos fundamentais à prática sistematizada. 2º edição. Rio de Janeiro: Sprint, 1997. ESCALANTE, Y.; RODRÍGUEZ, A. F.; SAAVEDRA, M. J. A Evolução da Natação. Espanha, 2003. Disponível em: <http://www.aquabarra.com.br/artigos/adaptacao/A_EVOLUCAO_DA_NATACAO.pdf>. Acesso em: 16/10/2011. FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO AMADORA (FINA). 2011. Disponível em http://www.fina.org/swimming/world_rankings/index.php. Acesso em: 19/10/2011. GRECO, J. P.; BENDA, N. R. Iniciação esportiva universal. (Organizadores). Belo Horizonte: UFMG, 2007. HALL, S. J. Biomecânica Básica. São Paulo: Manole, 2009. HAY, G.; GUIMARÃES, A.C.S. Quantitative Look at Swimming Biomechanics. Swimming Technique. In: FRANKEN, M. Concentração de triptofano e variáveis cinemáticas a diferentes percentuais da velocidade crítica do nado
crawl. 2011. Tese (mestrado) – Escola de Educação Física. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011. p. 25. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/33314. Acesso em: 03/11/2011. LEWIN, G. Natação. Madri: Augusto Pilha Teleña. 1983. MACHADO, Afonso Antonio; PRESOTO, Daniel. (1997) - Iniciação esportiva: seu redimensionamento psicológico In: Marcelo de Almeida Buriti (Org.). Psicologia do esporte. Campinas: Alínea. MAGLISCHO, W. Ernest. Nadando ainda mais rápido. São Paulo: Manole, 1999. MARINHO, Paulo Cezar. Sistema de Periodização em Blocos: Efeitos de um modelo de treinamento sobre o desempenho de nadadores velocistas de alto nível. 2008. Tese (Doutorado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008. MCGINNIS, M. P. Biomecânica do esporte e exercício. Porto Alegre: Artmed, 2002. RAMALDES, A.M. 100 aulas: bebê a pré-escola. Rio de Janeiro: Sprint, 1997. REYES, R. Evolução da natação espanhola através dos campeonatos de natação de inverno e verão desde 1977 a 1996. Tese (Doutorado). Universidade das Palmas de Grande Canária. 1998. RODRÍGUEZ, L. História da natação e evolução dos estilos.Natação, Saltos e Waterpolo, n. 19, 38-49, 1997. SALVINI, T. F. Movimento articular: aspectos morfológicos e funcionais: volume 1, membro superior. São Paulo: Manole, 2005. VELASCO, C. G. Natação Segundo a Psicomotricidade. Rio de Janeiro: Sprint, 1994.
ANEXOS
ANEXO A –Termo de Consentimento Livre e Esclarecido da Instituição.
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário(a), de uma pesquisa. Meu nome é Glaycon Coutinho da Silva, sou o pesquisador responsável, e estou sendo orientado pelo professor doutor Mario Hebling Campos. Minha área de atuação é Educação Física – Universidade Federal de Goiás. Após receber os esclarecimentos e as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será penalizado(a) de forma alguma. Em caso de dúvida sobre a pesquisa, você poderá entrar em contato com o pesquisador responsável ou orientador da pesquisa supracitado nos telefones: 9912-2358 (pesquisador) – 8199-3557 (orientador) e 3291-3431 (pesquisador). Em casos de dúvidas sobre os seus direitos como participante nesta pesquisa, você poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás, nos telefones: 3521-1075 ou 3521-1076.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A PESQUISA
Título: Análise Biomecânica da natação de iniciantes.
Justificativa, objetivos e os procedimentos utilizados da pesquisa: Este projeto tem o objetivo de analisar parâmetros biomecânicos da natação e abrir novas perspectivas para caracterização do índice, comprimento e frequência de braçada, assim como da velocidade de nado em crianças iniciantes na modalidade de natação.
Serão realizadas avaliações de campo para serem confrontadas e comparadas com as informações de outros estudos encontrados na literatura. Todos os parâmetros biomecânicos serão mensurados a partir da filmagem do nado dos voluntários no local de aula dos mesmos. Enfatizamos que não haverá qualquer procedimento invasivo que possa causar danos físicos aos participantes. Com isto, este trabalho pretende proporcionar esclarecimentos aos sujeitos envolvidos (praticantes, estudiosos) com o campo da natação.
O acompanhamento e analises serão feitos pelos próprios pesquisadores. Os sujeitos participantes da pesquisa não terão gastos, pois todo o material envolvido será de responsabilidade dos pesquisadores. Ainda dentro deste aspecto financeiro, esclarecemos que não haverá qualquer pagamento ou gratificação pela sua participação.
Aos sujeitos participantes da pesquisa será garantido total sigilo assegurando assim a privacidade dos mesmos quanto aos dados confidenciais envolvidos. Também será
garantido aos sujeitos a liberdade de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo.
Assinatura do pesquisador ______________________________________________
CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA OU INSTITUIÇÃO COMO SUJEITO DA PESQUISA
Eu,_________________________________________________________________________, RG / CPF______________________________, abaixo assinado, concordo em
participar do estudo da Análise Biomecânica da natação de iniciantes,como sujeito. Fui
devidamente informado e esclarecido pelos pesquisadores Glaycon Coutinho da Silva, e seu orientador, professor doutor Mario Hebling Campos sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade ou interrupção das aulas ministradas ao sujeito pesquisado.
Local e data:________________________________________________
Nome e Assinatura do sujeito:_____________________________________________
Prédio da Reitoria - Térreo - Campus II - CEP-74001-970 - Goiânia-GO - Fones: 0 XX62 3521-1076 - Fax:3521-1163
Homepage: www.prppg.ufg.br - E_mail: [email protected]
ANEXO B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do sujeito
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário(a), de uma pesquisa. Meu nome é Glaycon Coutinho da Silva, sou o pesquisador responsável, e estou sendo orientado pelo professor doutor Mario Hebling Campos. Minha área de atuação é Educação Física – Universidade Federal de Goiás. Após receber os esclarecimentos e as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será penalizado(a) de forma alguma. Em caso de dúvida sobre a pesquisa, você poderá entrar em contato com o pesquisador responsável ou orientador da pesquisa supracitado nos telefones: 9912-2358 (pesquisador) – 8199-3557 (orientador) e 3291-3431 (pesquisador). Em casos de dúvidas sobre os seus direitos como participante nesta pesquisa, você poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás, nos telefones: 3521-1075 ou 3521-1076.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A PESQUISA
Título: Análise Biomecânica da natação de iniciantes.
Justificativa, objetivos e os procedimentos utilizados da pesquisa: Este projeto tem o objetivo de analisar parâmetros biomecânicos da natação e abrir novas perspectivas para caracterização do índice, comprimento e frequência de braçada, assim como da velocidade de nado em crianças iniciantes na modalidade de natação.
Serão realizadas avaliações de campo para serem confrontadas e comparadas com as informações de outros estudos encontrados na literatura. Todos os parâmetros biomecânicos serão mensurados a partir da filmagem do nado dos voluntários no local de aula dos mesmos. Enfatizamos que não haverá qualquer procedimento invasivo que possa causar danos físicos aos participantes. Com isto, este trabalho pretende proporcionar esclarecimentos aos sujeitos envolvidos (praticantes, estudiosos) com o campo da natação.
O acompanhamento e analises serão feitos pelos próprios pesquisadores. Os sujeitos participantes da pesquisa não terão gastos, pois todo o material envolvido será de responsabilidade dos pesquisadores. Ainda dentro deste aspecto financeiro, esclarecemos que não haverá qualquer pagamento ou gratificação pela sua participação.
Aos sujeitos participantes da pesquisa será garantido total sigilo assegurando assim a privacidade dos mesmos quanto aos dados confidenciais envolvidos. Também será
garantido aos sujeitos a liberdade de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo.
Assinatura do pesquisador ____________________________________________
CONSENTIMENTO DO REPRESENTANTE LEGAL DA PESSOA PARTICIPANTE COMO SUJEITO DA PESQUISA
Eu, ____________________________________________, RG/ CPF ______________________________, abaixo assinado, responsável por ________________________________________________, autorizo sua participação no
estudo Análise Biomecânica da natação de iniciantes, como sujeito. Fui devidamente
informado(a) e esclarecido(a) pelos pesquisadores Glaycon Coutinho da Silva, e seu orientador, professor doutor Mario Hebling Campos sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis benefícios decorrentes da sua participação. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade ou interrupção das aulas ministradas ao sujeito pesquisado.
Local e data
Nome e Assinatura do responsável: ____________________________________
Prédio da Reitoria - Térreo - Campus II - CEP-74001-970 - Goiânia-GO - Fones: 0 XX62 3521-1076 - Fax:3521-1163 Homepage: www.prppg.ufg.br - E_mail: [email protected]
ANEXO C – Questionário aplicado aos pais/responsáveis.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ANÁLISE BIOMECÂNICA DA NATAÇÃO DE INICIANTES
Pesquisador: Glaycon Coutinho da Silva
Orientador: Prof. Dr. Mario Hebling Campos
Aluno _____
Data da aplicação: _________
Esta é uma pesquisa sobre a Análise Biomecânica da natação de iniciantes.
Pedimos sua colaboração respondendo esse questionário. Obrigado.
1 - Com que idade seu(s) filho(s) começou a praticar natação?
1° filho: ____ anos.
2° filho: ____ anos.
2 – Qual a idade de seu(s) filho(s) citado acima?
1° filho: ____ anos.
2° filho: ____ anos.
3 – Quantas vezes por semana a criança frequenta as aulas de natação?
( ) Uma.
( ) Duas.
( ) Três ou mais.
4 – Como a criança conheceu a natação?
( ) Pais/responsáveis. ( ) Familiares. ( ) Amigos. ( ) Mídias ( ) Outros
Qual: ______________________________________________________
5 – O que levou a criança a prática da natação? Obs.: pode optar por mais de
uma opção.
( ) Influência dos Pais ( ) Condicionamento Físico ( ) Melhoria na saúde
( ) Lazer ( ) Outros Qual:__________________________________
6 – O que a criança almeja com a prática da natação?
( ) Manter uma boa forma ( ) Competir profissionalmente ( ) Circulo de
amizades ( ) Outro. Qual: ____________________________________
ANEXO D – Resultados das variáveis cinemáticas, velocidade média (VM),
frequência de braçadas (FB), comprimento de braçadas (CB) e índice de
coordenação (IDC), para cada voluntário da pesquisa.
Figura D1. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histograma indicando, para o voluntário V1, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
entrada 18.4 % puxada 27.2 % empurre 21.5 % recuperação 32.9 %0
10
20
30
40Duraçã
o da fase
no ciclo (%) V1 || VM = 0.96 m/s || FB = 55.1 ciclos/min || CB = 1.04 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = -4.156% || IDC2 = 1.6216% || IDC = -1.2672%
Figura D2. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V2, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
Figura D3. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V3, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
entrada 18.6 % puxada 28.6 % empurre 31 % recuperação 21.9 %0
10
20
30
40
Duração da fase no ciclo (%) V2 || VM = 0.88 m/s || FB = 28.94 ciclos/min || CB = 1.83 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = 8.0157% || IDC2 = 11.0535% || IDC = 9.5346%
entrada 20.6 % puxada 23.8 % empurre 36.4 % recuperação 19.2 %0
10
20
30
40
Duração da fase no ciclo (%) V3 || VM = 0.74 m/s || FB = 24.99 ciclos/min || CB = 1.78 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = 8.0815% || IDC2 = 12.4179% || IDC = 10.2497%
Figura D4. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V4, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
Figura D5. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V5, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
entrada 58.5 % puxada 11.8 % empurre 11.8 % recuperação 17.8 %0
10
20
30
40
50
60
Duração da fase no ciclo (%) V4 || VM = 0.61 m/s || FB = 56.25 ciclos/min || CB = 0.65 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = -29.4271% || IDC2 = -23.1771% || IDC = -26.3021%
entrada 46.4 % puxada 17.2 % empurre 17 % recuperação 19.4 %0
10
20
30
40
50
Duração da fase no ciclo (%) V5 || VM = 0.75 m/s || FB = 21.22 ciclos/min || CB = 2.13 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = -17.9198% || IDC2 = -13.663% || IDC = -15.7914%
Figura D6. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V6, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
Figura D7. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V7, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
entrada 10.3 % puxada 36.8 % empurre 24.6 % recuperação 28.3 %0
10
20
30
40
Duração da fase no ciclo (%) V6 || VM = 0.92 m/s || FB = 37.02 ciclos/min || CB = 1.49 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = 9.7625% || IDC2 = 12.985% || IDC = 11.3737%
entrada 49.9 % puxada 13.4 % empurre 14.4 % recuperação 22.3 %0
10
20
30
40
50
Duração da fase no ciclo (%) V7 || VM = 0.94 m/s || FB = 35.41 ciclos/min || CB = 1.59 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = -26.7984% || IDC2 = -17.6353% || IDC = -22.2168%
Figura D8. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o
voluntário V8, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
Figura D9. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histograma indicando, para o
voluntário V9, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
entrada 10.1 % puxada 34.3 % empurre 30.2 % recuperação 25.4 %0
10
20
30
40
Duração da fase no ciclo (%) V8 || VM = 0.82 m/s || FB = 45.38 ciclos/min || CB = 1.09 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = 11.6898% || IDC2 = 17.2811% || IDC = 14.4855%
entrada 53.4 % puxada 17.1 % empurre 12.9 % recuperação 16.6 %0
10
20
30
40
50
60
Duração da fase no ciclo (%) V9 || VM = 0.72 m/s || FB = 25.15 ciclos/min || CB = 1.72 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = -13.2978% || IDC2 = -26.7247% || IDC = -20.0113%
Figura D10. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V10, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
Figura D11. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V11, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
entrada 15 % puxada 39.7 % empurre 22.9 % recuperação 22.4 %0
10
20
30
40
Duraçã
o da fase
no ciclo (%) V10 || VM = 1.02 m/s || FB = 75.52 ciclos/min || CB = 0.81 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = 7.6061% || IDC2 = 17.603% || IDC = 12.6045%
entrada 25.5 % puxada 36.7 % empurre 19.7 % recuperação 18.1 %0
10
20
30
40
Duração da fase no ciclo (%) V11 || VM = 0.98 m/s || FB = 36.92 ciclos/min || CB = 1.6 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = 6.5401% || IDC2 = 6.2939% || IDC = 6.417%
Figura D12. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histograma indicando, para o
voluntário V12, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
Figura D13. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V13, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
entrada 56.5 % puxada 10.6 % empurre 13 % recuperação 19.9 %0
10
20
30
40
50
60
Duração da fase no ciclo (%) V12 || VM = 0.72 m/s || FB = 22.43 ciclos/min || CB = 1.93 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = -31.1093% || IDC2 = -21.7758% || IDC = -26.4425%
entrada 31 % puxada 29.9 % empurre 19.2 % recuperação 19.9 %0
10
20
30
40
Duração da fase no ciclo (%) V13 || VM = 0.96 m/s || FB = 37.83 ciclos/min || CB = 1.52 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = -2.5928% || IDC2 = 0.89046% || IDC = -0.85119%
Figura D14. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o
voluntário V14, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
Figura D15. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o
voluntário V15, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
entrada 16.3 % puxada 28.3 % empurre 23.3 % recuperação 32.1 %0
10
20
30
40
Duração da fase no ciclo (%) V14 || VM = 1.04 m/s || FB = 42.31 ciclos/min || CB = 1.48 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = 2.6452% || IDC2 = 0.54813% || IDC = 1.5967%
entrada 16.3 % puxada 33.6 % empurre 22.3 % recuperação 27.8 %0
10
20
30
40
Duração da fase no ciclo (%) V15 || VM = 0.65 m/s || FB = 32.35 ciclos/min || CB = 1.21 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = 5.8645% || IDC2 = 6.0089% || IDC = 5.9367%
Figura D16. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V16, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
Figura D17. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V17, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
entrada 22.5 % puxada 29.5 % empurre 24.7 % recuperação 23.4 %0
10
20
30
Duração da fase no ciclo (%) V16 || VM = 1.01 m/s || FB = 33.51 ciclos/min || CB = 1.81 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = 2.8093% || IDC2 = 5.5058% || IDC = 4.1576%
entrada 15.6 % puxada 36.7 % empurre 25 % recuperação 22.6 %0
10
20
30
40
Duração da fase no ciclo (%) V17 || VM = 1.11 m/s || FB = 45.67 ciclos/min || CB = 1.46 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = 8.4708% || IDC2 = 14.9952% || IDC = 11.733%
Figura D18. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V18, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
Figura D19. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V19, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
entrada 30.2 % puxada 22.4 % empurre 27.2 % recuperação 20.3 %0
10
20
30
40
Duração da fase no ciclo (%) V18 || VM = 0.77 m/s || FB = 29.43 ciclos/min || CB = 1.57 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = 1.0568% || IDC2 = -1.9181% || IDC = -0.43064%
entrada 36.6 % puxada 19.9 % empurre 21.9 % recuperação 21.6 %0
10
20
30
40
Duração da fase no ciclo (%) V19 || VM = 0.66 m/s || FB = 29.11 ciclos/min || CB = 1.36 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = -1.1687% || IDC2 = -15.3465% || IDC = -8.2576%
Figura D20. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V20, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).
entrada 53.3 % puxada 15.3 % empurre 12.5 % recuperação 18.9 %0
10
20
30
40
50
60
Duraçã
o da fase
no ciclo (%) V20 || VM = 0.68 m/s || FB = 26.41 ciclos/min || CB = 1.55 m
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Direita
Esquerda
Ciclo da braçada (%)
IDC1 = -29.6082% || IDC2 = -14.794% || IDC = -22.2011%