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EBD Fábio Glaser
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1
Tiago
Fábio Glaser (05/08/2010)
Conteúdo Conteúdo ....................................................................................................................................... 1
Contexto ........................................................................................................................................ 2
Histórico Geral e Bíblico ............................................................................................................ 2
A Epístola ................................................................................................................................... 3
Estudo ............................................................................................................................................ 4
Saudação (1:1) ........................................................................................................................... 4
Provações (1:2-12) .................................................................................................................... 4
Tentações (1:13-16) .................................................................................................................. 4
O Propósito de Deus (1:17,18) .................................................................................................. 4
A Palavra (1:19-27) .................................................................................................................... 4
O Preconceito (2:1-13) .............................................................................................................. 4
A Fé sem Obras é Morta (2:14-26) ............................................................................................ 5
Introdução ............................................................................................................................. 5
Fé Viva ................................................................................................................................... 5
Fé Morta ................................................................................................................................ 6
Os Pecados da Língua (3:1-18) .................................................................................................. 7
O Problema (3:1-12) .............................................................................................................. 7
A Solução (3:13-18) ............................................................................................................... 7
O Egocentrismo (4:1-17) ........................................................................................................... 7
O Problema (4:1-5) ................................................................................................................ 7
A Solução (4:6-10) ................................................................................................................. 8
Na Igreja (4:11,12) ................................................................................................................. 8
No Trabalho (4:13-15) ........................................................................................................... 8
Conclusão (4:16,17) ............................................................................................................... 8
2
Contexto
Histórico Geral e Bíblico A única referência pessoal fornecida na carta a respeito de seu autor está em 1:1, onde Tiago
se identifica como “servo (ou escravo) de Deus e do Senhor Jesus Cristo”. Com exceção de
alguns estudiosos, Tiago é identificado potencialmente como um destes quatro homens:
1. Pai de Judas, um dos apóstolos (Lc 6:16)
2. Apóstolo, irmão de João, filho de Zebedeu (Mt 4:21)
3. Apóstolo, filho de Alfeu (Mt 10:3)
4. Meio-irmão de Jesus (Mt 13:55; Gl 1:19)
Como a carta foi provavelmente escrita na quinta década do primeiro século, dificilmente um
pai de um dos apóstolos teria sobrevivido até tal data. Sendo assim, o primeiro candidato está
descartado.
Se o autor tivesse realmente sido um dos apóstolos, espera-se que ele se identificasse como
tal, o que coloca os dois candidatos seguintes em dúvida. Além disso, o fato de Tiago, filho de
Zebedeu, ter sido martirizado em 44 por Herodes Agripa I é apontado pelos conservadores
como muito cedo para que uma carta aos judeus cristãos no exílio tivesse sido escrita.
Por fim, o quarto candidato se enquadra na descrição não-apostólica, ao mesmo tempo em
que fornece um escritor com suficiente cacife eclesiástico para escrever tal epístola de
liderança (condizendo com a sua posição de líder da igreja-mãe em Jerusalém – At 12:17;
15:13-21; Gl 2:9).
É provável que a carta tenha sido escrita em Jerusalém, local da residência de Tiago na maior
parte de sua vida. Supondo que Tiago, o meio-irmão de Jesus realmente tenha sido autor desta
epístola, a data provável para a sua redação situa-se entre os anos 45 e 49, o que torna a carta
a mais nova de todo o Novo Testamento.
Tiago, que provavelmente era o irmão mais velho (depois de Jesus), aparentemente não creu
em Cristo até depois de Sua ressurreição e aparição (Jo 7:5; 1Co 15:7). Ele e seus irmãos
estavam entre aqueles que aguardavam a vinda do Espírito Santo (At 1:14). Tiago logo foi
reconhecido como um dos líderes da Igreja em Jerusalém (At 12:17; Gl 2:9,12), e exerceu um
papel de liderança no Concílio de Jerusalém (At 15).
Tiago foi louvado como homem justo tanto na tradição judaica como na crista, conforme
conservadas por Josefo1 e Eusébio2. O primeiro, descrevendo o apedrejamento de Tiago sob o
1 Flávio Josefo, ou apenas Josefo (37 ou 38 - 100), foi um historiador e apologista judaico-romano,
descendente de uma linhagem de importantes sacerdotes e reis, que registrou in loco a destruição de Jerusalém, em 70. As obras de Josefo fornecem um importante panorama do judaísmo no século I. Suas duas obras mais importantes são Guerra dos Judeus e Antigüidades Judaicas. O primeiro é fonte primária para o estudo da revolta judaica contra Roma (66-70), enquanto o segundo conta a história do mundo sob uma perspectiva judaica. Estas obras fornecem informações valiosas sobre a sociedade judaica da época, bem como sobre o período que viu a separação definitiva do cristianismo do judaísmo. 2 Eusébio de Cesaréia (265 - 339) foi bispo de Cesaréia e é referido como o pai da história da Igreja
porque nos seus escritos estão os primeiros relatos quanto à história do Cristianismo primitivo.
3
sumo sacerdote Anano II em 62, diz que este ato foi abertamente lamentado pela população
judaica. Já Eusébio, citando Hegésipo3, fala da vida piedosa de Tiago, que lhe rendeu o título
de “o Justo”, e de sua vida de contínua devoção à oração, que lhe rendeu o apelido de “joelhos
de camelo”.
A Epístola Esta carta possui várias características singulares. A principal delas é a sua falta de
argumentação doutrinária e lógica. Isto fez de Tiago um dos livros de esboço e propósito mais
difíceis de determinar em todo o Novo Testamento.
Pela extrema praticidade e sua formatação sem ordem lógica nem agrupada, a carta pode ser
comparada com Provérbios, embora não possua o estilo sapiencial ou poético que a primeira
possui.
O propósito da carta pode ser resumido como: “Encorajar a aplicação do cristianismo à vida
diária apresentando respostas adequadas às provas da vida real que confrontavam seus
leitores.”
3 Hegésipo foi um cristão erudito que escreveu uma espécie de História Eclesiástica, chamada Memórias
(180). Embora infelizmente a obra de Hegésipo tenha-se perdido, Eusébio de Cesaréia utilizou-se da obra dele para criar o seu clássico História Eclesiástica. Portanto, boa parte da obra de Hegésipo deve ter sido preservado por Eusébio de Cesaréia.
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Estudo
Saudação (1:1) Tiago não fornece uma base doutrinária extensa para a sua exortação, como Paulo
geralmente fazia. Pressupondo a teoria, ele inicia a epístola com aplicações práticas e
fornece o mínimo de argumento teológico - onde necessário - para apoiar as respostas
que propõe para as provas que a vida real apresenta à fé.
A saudação enfatiza a sua missão em vida ao invés de enfatizar a sua posição e o seu
status (interessante como isso já dá o tom da carta, se importando muito menos com
o status, e muito mais com a obra que a fé é capaz de fazer).
Provações (1:2-12) 2-4A atitude correta frente às provações é nos regozijarmos em vista do resultado
determinado por Deus – perseverança, integridade e maturidade.
5-8O apelo adequado nestes momentos é por sabedoria divina numa atitude de
confiança completa. A confiança completa faz com que a fé se alinhe com os atos,
gerando integridade. A falta de integridade é resultado da falta de fé, e por isso resulta
em nada.
9-11A abordagem correta da vida nos momentos de provação significa enxergar-se da
perspectiva de Deus – inestimável em posição, insignificante em poder.
Tentações (1:13-16) 14A imagem é de um caçador atraindo a sua presa para fora de seu abrigo.
O Propósito de Deus (1:17,18) Por detrás das provações e tentações há um Deus bondoso que enxerga o
desenvolvimento em maturidade como bênçãos. Não devemos confundir “boas
dádivas” com “coisas que gostamos de receber”.
A sabedoria divina nos permite enxergar bênção onde não há sensação boa, assim
como sensação boa onde não há bênção.
A Palavra (1:19-27) Uma resposta adequada ao teste da ira, que seria a reação humana normal às
provações que os leitores estavam enfrentando (Ef 4:29), é permitir que a palavra
comunicada se torne prática na religião verdadeira.
19-20A ira é uma reação errada às circunstâncias da vida mesmo quando ela tenta
produzir o que é certo aos olhos de Deus.
21A ira é motivada pelo acúmulo de mal que impede que a Palavra de Deus produza
frutos.
22-27Ela precisa ser superada pela verdadeira obediência à Palavra, que se manifesta em
amor pelos necessitados (órfãos e viúvas) e em pureza pessoal.
O Preconceito (2:1-13) Desenvolvendo a “verdadeira religião”, Tiago passa a dar exemplos do que não é
praticar a fé verdadeiramente. Ele começa falando do preconceito e da acepção de
pessoas.
5
A acepção de pessoas é incondizente com a prática de Jesus Cristo (vv.1-4), é
incondizente com a salvação (v.5) e é irresponsável socialmente (vv.6,7).
Por fim, Tiago mostra que o preconceito é oposto ao padrão cristão de amor ao
próximo, e por isso é pecado (vv.8-13).
A Fé sem Obras é Morta (2:14-26)
Introdução
Rm 3:28: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente
das obras da lei.” (contradição com Tg 2:24?);
2Tm 1:9: “nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras,
mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus
antes dos tempos eternos.”;
Tiago parece destoar do restante da Bíblia, quando afirma que a justificação se dá
também através das obras. A explicação pra essa aparente e muito discutida
contradição, reside no fato de que Tiago considera a “obra” como sendo um resultado
natural da “fé viva”, ou, “fé verdadeira”. No contexto de Tiago, falar de obras ou de
uma fé genuína é a mesma coisa;
Essa é a diferença entre todas as religiões do mundo e o verdadeiro cristianismo. As
religiões ensinam que o homem faz boas obras para ser salvo/ se salvar, enquanto a
Bíblia ensina que fazemos boas obras por que já fomos salvos. A religião exalta o
homem, e diminui tamanho sacrifício de Cristo na cruz, pois acha que pode merecer a
salvação. O cristianismo exalta a Deus, pois reconhece que seria impossível pagar o
que foi comprado por Cristo na cruz. Religião é motivada pela culpa, e cristianismo,
pela graça. Religião leva à escravidão, dúvida e insegurança, enquanto cristianismo
verdadeiro leva à segurança de um relacionamento filial com Deus;
Sendo assim, notamos que o texto não trata com pessoas sem fé, mas apenas
daqueles que de alguma forma já estão familiarizados com o evangelho;
Tiago divide estes em dois grupos: os que têm uma “fé viva” e aqueles que têm uma
“fé morta”;
Fé Viva
Identifica necessidades e as supre (vv. 15,16)
Em geral, somos bons em identificar as necessidades, mas infelizmente esse tipo de
análise acaba sendo mais voltada para a crítica destrutiva ou em frustração, do que em
melhorias;
Gastamos pouco tempo nos empenhando em buscar soluções e aplicá-las;
v.15: as palavras “irmão” e “irmã” confirmam o ensino de Paulo em Gl 6:10;
At 2:45: a igreja primitiva lutava pela igualdade social dentro dela, de forma a ser um
exemplo para os “sem-igreja”;
A “pirâmide hierárquica” invertida, símbolo do ensino de Jesus sobre o “maior ser o
menor” (Mc 9:35) baseia-se exatamente no fato de que as necessidades alheias devem
direcionar a vida da igreja e dos cristãos;
Tg 1:27: exemplifica isso bem;
6
Somos responsáveis em identificar as viúvas e os órfãos de nosso tempo e comunidade
e desenvolver meios de suprir as suas necessidades;
Confia na soberania de Deus em todas as circunstâncias (vv. 21-23)
Gn 22:1-19: Abraão se baseou no que conhecia de Deus (Hb 11:17-19);
Confiou que ambos (Gn 22:5) voltariam;
Fé cega e infantil, a ponto de ir contra todo o senso comum e cometer “loucuras” (1Co
2:14);
Não podemos nos deixar ser desestimulados por conselhos mundanos/ carnais, por
estatísticas ou por falta de apoio. Como Abraão (Hb 11:8), devemos ter uma fé infantil
e seguir o caminho de Deus mesmo sem conhecer o destino;
Sl 119:105: O texto deixa explícito que a Palavra ilumina os pés, ou seja, o caminho
imediatamente que estamos pisando, e não quilômetros à frente, ou os pés dos nossos
companheiros de viagem;
Coloca a “causa de Deus” como prioridade (v. 25)
Js 2:1-21: Raabe não mediu esforços para proteger e salvar os espias, mesmo
considerando o SENHOR como sendo Deus dos “outros” (v.11);
A “fé viva” ama o próximo e a Deus acima de todas as outras coisas;
Enquanto o mundo está se individualizando cada vez mais, Jesus espera de nós um
comportamento sacrificial em relação à sua causa;
Mt 5:38-42: Os cristãos são responsáveis por aumentar a longevidade da raça humana,
sendo uma espécie de amenizadores dos ciclos de violência e destruição que regem a
Terra;
Conclusão
Portadores da “fé viva” demarcam e sinalizam com clareza o Reino de Deus:
o Suprindo as necessidades do próximo, especialmente dos irmãos;
o Construindo uma igreja forte;
o Confiando mais na soberania de Deus do que na sabedoria humana;
o Não medindo esforços para fazer a vontade de Deus;
Fé Morta
Apenas teórica
v.14,20: a fé sem obras não traz proveito nenhum e é inoperante. Este tipo de fé não
passa de potencial desperdiçado e se opõe completamente ao ensino em Tg 1:22, que
nos incita à prática do evangelho, e não apenas ao conhecimento puro;
v.16: a fé sem obras fala muito e faz pouco. Tg 1:19 insiste que sejamos mais
preparados para ouvir/ aprender, do que a falar/ ensinar, o que acaba apontando para
um caminho de humildade e mais aprendizado;
v. 19: e por fim, uma fé sem obras é tão boa quanto aquela praticada pelos demônios,
que “crêem e tremem”. Fica evidente nesta passagem o quão destrutiva para uma
comunidade crista, pode ser a presença de pessoas com uma fé inoperante;
Ao invés de ajudar os necessitados, a fé morta gera apenas fofoca e maledicência e
converge para uma vida desacompanhada de passos ousados na fé e gera frustração;
7
“Cada um faça a sua parte sem exigir que os outros façam a deles.”
Os Pecados da Língua (3:1-18)
O Problema (3:1-12)
1A sede humana por poder – o que no ambiente eclesiástico se apresenta como
“cargos de liderança” – é extremamente perigoso, especialmente para pessoas
imaturas espiritualmente. Aqui Tiago faz um alerta em relação a isso, já que a
manifestação dos dons era perfeitamente aceita na época (1Co 14:26-34).
2Perfeito, aqui, significa: maduro, completo, de idade cheia.
3-5Estes versículos ilustram o poder da língua em 3 situações, sendo comparada a um
freio, um leme e uma fagulha. Interessante notar, que a língua tem o poder de instigar
(fagulha), de apaziguar (freio) e também de direcionar (leme). Fica evidente então a
capacidade que este órgão tem sobre as circunstâncias.
6-8Fica então, evidente que o controle sobre a nossa fala esta fora da capacidade
natural humana.
6A palavra “inferno” literalmente significa “inferno”.
9-12Agora Tiago confronta todas as informações que ele reuniu em seu argumento, para
criticar a postura dos cristãos em sua nova vida, e prepará-los para a exortação.
A Solução (3:13-18)
13A sabedoria celestial é aquela que produz bons frutos a partir da bondade e
humildade moral.
14-16Aqui segue a relação de tudo o que é fruto da sabedoria humana.
17Tiago então encerra a sua conclusão, apontando os resultados da aplicação de uma
sabedoria celestial. O versículo se assemelha muito com 1Co 13, quando Paulo
discursa a respeito do amor.
18”E o que é semeado na paz irá produzir uma colheita de alegria. Deixemos os outros
colherem os frutos de contendas e todas as outras vantagens que podem propor a si
mesmos. Mas vamos em paz semeando as sementes da justiça, com a confiança de
que o nosso trabalho não será perdido. A luz é semeada para o justo, e a alegria para
os retos de coração, e do trabalho da justiça será paz, e o efeito da justiça repouso e
segurança para sempre.” (Henry)
O Egocentrismo (4:1-17)
O Problema (4:1-5)
Outro teste que as congregações judaicas enfrentavam, estava relacionado ao
egocentrismo e ao conceito de auto-suficiência econômica que sempre atrapalhou a
humanidade (e os judeus em particular).
Os judeus eram um povo muito revoltado, travando freqüentes guerras contra os
romanos. Além disso, brigavam muito por causa de dívidas (até mesmo entre si). Tiago
informá-los que a origem de suas guerras e contendas não era uma verdadeira paixão
por seu país, ou um movimento para a glória de Deus, mas sim, que os seus desejos é
que estavam causando-as.
8
2Apesar de insistir, as batalhas travadas pelos judeus não estavam dando o resultado
pretendido, gerando frustração sobre frustração.
3E àqueles que encontravam em Deus uma razão para pelejar, Tiago avisa que as suas
orações não eram e não seriam atendidas por que as suas preces estavam regadas a
muito egoísmo e pouca ou nenhuma visão do Reino de Deus.
4,5Mais uma vez o autor nos lembra da distinção entre fé e obras, bem e mal, Deus e o
diabo, etc. É impossível tentarmos alimentar as nossas esperanças mundanas com
combustível espiritual.
A Solução (4:6-10)
6A humildade é a resposta para o problema que Tiago apresentou anteriormente, pois
é aos humildes que Deus agracia.
7A indicação agora é: separem uma coisa da outra. Deixem as paixões mundanas e
satânicas de lado, e apegai-vos a Deus. A melhor maneira de fugir do pecado é se
apegando a Deus.
8A melhor maneira de fugir do pecado é se apegando a Deus. O ânimo dobre é
repugnado por Deus.
9O pecado cega a sua vítima. Olhando para a vida com a postura correta nos faz nos
arrependermos dos nossos atos e nos entristecermos com o que antes nos trazia
alegria, e ver arrependimento onde antes havia egocentrismo.
10E tendo se humilhado, Deus se encarregará de exaltar esta pessoa. A sua exaltação
vem através do seu amor e da sua graça, do seu livramento, do seu cuidado e do maior
presente, que será a vida eterna ao seu lado.
Na Igreja (4:11,12)
Jesus deixa claro que quem separará joio do trigo serão anjos, e o homem não tem
papel algum neste cenário. Sendo assim, não temos cacife algum para julgar as
pessoas, colocando-nos acima da Lei. O único julgamento humano legítimo é a
exortação debaixo da “Lei”, com amor e com intenção de salvar e curar.
No Trabalho (4:13-15)
Tiago direciona este trecho ao trabalho dos judeus, muitas vezes negociantes
itinerantes.
Conclusão (4:16,17)
A nossa vida deve ser uma parceria constante com Cristo, compartilhando as decisões
com ele, e sempre se colocando debaixo de sua vontade, com humildade. Mais uma
vez nesta epístola, tal comportamento deve garantir o alinhamento entre a cabeça (fé)
e o corpo (obras/ ações).
A Avareza (5:1-12)
O Problema (5:1-6)
Tiago se direciona agora aos incrédulos (embora eles provavelmente não fossem
leitores de sua carta), em uma empreitada para incentivar a comunidade crista a
esperar em Cristo.
9
Seu argumento contra os “ricos” (incrédulos de Tg 2:6,7) se baseia em sua busca
incessante pelas riquezas e pelo poder, atropelando a tudo e a todos. Nestes
versículos Tiago já apresenta os seus resultados como se no Dia do Senhor, em que o
sangue dos inocentes clamará, e as riquezas corrompidas pelas intempéries.
A Solução (5:7-12)
7,8A solução mais uma vez envolve uma postura de vida diferente da do resto das
pessoas. O foco deve estar em Cristo e na última esperança: a do seu retorno.
9-11Devemos também, além de ter paciência para a volta de Cristo, sermos pacientes
com os nossos irmãos. Devemos nos esforçar em manter a paz uns para com os
outros, nos perdoando sempre e de novo.
12E por fim, devemos abandonar toda e qualquer falsa pretensão religiosa, e abraçar a
simplicidade crista. Não precisamos jurar nem pelo céu, nem pela terra, nem por Deus,
nem pela mãe, nem por mais nada. Basta sermos pessoas de palavra. Este testemunho
é muito mais eficiente do que qualquer discurso religioso.
A Oração Sincera (5:13-18) Tiago neste trecho aplica novamente a máxima empregada ao longo de sua carta: a da
postura do corpo (ações/ obras) estar de acordo com o que a cabeça sabe estar
correto (fé). Assim, devemos agir com simplicidade de acordo com as condições que a
vida nos apresenta: orando pelo sofrimento, cantando louvores pela alegria, orando e
ajudando o doente.
15Este versículo carrega um sentido duplo, já que os verbos salvar e curar são a mesma
palavra no original. É exatamente por isso que Jesus muitas vezes unia a salvação física
à salvação espiritual.
16-18E, por fim, Tiago usa Elias para servir de exemplo para nós da confiança que
devemos ter no poder da oração, para a cura alheia dos irmãos. Além disso, o autor
coloca a importância eclesiástica de confessarmos pecados uns aos outros.
Conclusão (5:19,20) Tendo sido instruídos sobre a postura correta diante da vida, devemos lutar pela alma
daqueles que se distanciaram destas verdades, para que também os seus pecados
sejam perdoados e ele seja salvo.