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O PROBLEMA RELIGIOSO FENOMENOLOGIA RELIGIOSA

O Problema Religioso e a Origem da religião

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trata sobre o probelma religioso ao longo da historia do homem, e sobre as teorias de como surgiu a religião

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O PROBLEMA RELIGIOSOFENOMENOLOGIA RELIGIOSA

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A Religião:

• Manifestação da espiritualidade humana;

• Fenômeno comum na historia da humanidade;

• Toma aspectos diversos e apresenta conteúdos diferentes , conforme os povos, as regiões e os tempos.

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• Não se pode falar de Religião como se houvesse uma só Religião;

• O correto é falar de Religião no plural;

• Não se pode negar que as religiões apresentam entre si alguns traços comuns bem definidos, sendo possível um estudo especial sob o ponto de vista de sua tipologia ou fenomenologia.

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QUE É FENOMENOLOGIA RELIGIOSA?

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Entendemos por Fenomenologia Religiosa o estudo sistemático do fato religioso nas suas manifestações e expressões sensíveis, coma finalidade de apreender o seu significado profundo.

Desta forma nos situamos:

• No campo da investigação histórica e cientifica;

• No campo da interpretação existencial;

• No campo da observação objetiva.

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Contudo a Fenomenologia Religiosa se distingue:

Sociologia Religiosa;

Filosofia Religiosa;

Psicologia Religiosa.Não deve ser considerada uma ciência que se baste a si mesma, ela depende de outras ciências, tanto sob o ponto de vista do conteúdo, como o do método.Possui fisionomia própria, e pode apresentar-se como uma verdadeira ciência, cuja finalidade não é “classificar” os vários fenômenos religiosos, mas apreender o seu significado próprio, como expressão da mais altas espiritualidades do homem.

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Exemplos:Ele deriva do menorá, um candelabro com sete braços representando os sete dias da criação do mundo, e surgiu para celebrar uma importante vitória do povo judeu, além de um suposto milagre. Essa história começa no século 2 a.C., quando os selêucidas uma dinastia de origem grega que dominava parte da Ásia na época tomaram e pilharam um templo sagrado para �os judeus em Jerusalém durante três anos. No ano 165 a.C., os judeus finalmente conseguiram expulsar os selêucidas. "Quando o templo sagrado foi reconquistado, encontraram um único cântaro (vaso) de óleo puro inviolado, que seria suficiente para manter aceso o menorá durante apenas um dia. Milagrosamente, o óleo durou oito dias", afirma o rabino Henry Sobel. Para comemorar esse suposto milagre, os judeus criaram um feriado chamado Chanuká, ou "Festa das Luzes", que acontece no fim de novembro ou durante o mês de dezembro. Oito dos nove braços do candelabro usado durante esse período de celebração correspondem aos oito dias do feriado. No nono braço, coloca-se o shamash, uma vela auxiliar com a qual se acendem as outras.

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• A Armadilha do Diabo é um símbolo místico usado para controlar demônios e/ou evitar que eles entrem no local onde o símbolo foi desenhado e nem ter acesso ao que está sobre proteção da armadilha. O Grande Pentagrama serve para convocar espíritos

• Esse símbolo aparece no grimório A Chave Menor de Salomão

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QUE É RELIGIÃO?

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O fenômeno religioso não se encontra isolado, mas integrando determinadas formas religiosas, nas quais pode adquirir significados diferentes.

• Etimologicamente: verbo latino religare que quer dizer “ligar novamente”. Segundo esta explicação, religião quer dizer “prender o individuo a determinada fé e moral”.

Cicero, no entanto afirma que, Religião vem do verbo re-ligare (reler), sendo uma atitude de reflexão frente à divindade, que determina um comportamento respeitoso e submisso.

No grego usa-se eusébia, que quer dizer “respeito”.

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• Filosoficamente: a Religião recebe as mais diversas definições, a ponto de ser tachada de alienação;

• Psicologicamente: a Religião é uma atitude de reação frente à contingência e a relatividade do mundo, o homem se refugia em um Absoluto;

• Sociologicamente: a Religião se identifica com as estruturas criadas pela sociedade humana;

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• Teologicamente: a Religião pode ser identificada com a Fé, nela se vê uma atitude de reverente submissão a Deus, ou um esforço magico para manipular as forças divinas;

• Fenomenologicamente: a Religião identifica-se com o culto religioso, engloba e estrutura todas as ações que se dirigem ao Sagrado.

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FENOMENOLOGIA DA RELIGIÃO E FÉ RELIGIOSA

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• Em fenomenologia só se trata do sentido daquilo que aparece diretamente no fenômeno (sentido husserliano);

• Será de ordem da “posição” (fé), de natureza “dóxica” (doutrinal), mas não da ordem da significação.

• Todo o sentido da Religião aparece, torna-se manifesto, enquanto que os seus princípios doutrinários, as suas próprias afirmações se refugiam na “dóxica” (teologia).

• Dai a possibilidade do estudo do sentido nele mesmo, sem jamais recorrer à “dóxica”.

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• Não se compromete o ponto de vista da Fé, que fica integralmente resguardado.

• Basta a descrição das essências.

• Será a Religião uma salvação concedida por Deus? Será talvez um produto da civilização?

• Ele percebe um sentido, e o confirma. Mas persiste em ignorar se isto corresponde a alguma coisa real.

• Percebe-se que este sentido é aquele que nós chamamos de pré-telogico.

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• A Fenomenologia refuta os que pensam que a Religião sobrenatural não pode existir fenomenologicamente sob forma alguma e em nenhum plano.

• O fenomenólogo se atém ao sentido do fenômeno, deixando de lado o sentido oculto da Fé, ou seja, aquilo que ilumina a graça, que indica uma ordem superior.

• O fenômeno religioso tem seu sentido especifico, que é de uma reação espontânea, não racionalizada, perante o sagrado, mas em si mesmo ainda não traz uma doutrina e, por isso pode fazer parte de tanto de um sistema religioso como de outro.

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QUE É “FATO RRELIGIOSO”?

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• A Religião é algo profundamente humano;

• Só o homem manifesta o sentimento religioso;

• Porém isto não significa que todos os homens sejam profundamente religiosos, pois a Religião não afeta a todos os homens da mesma forma e da mesma intensidade.

• Quanto a “Universalidade” da Religião “não há povo, por mais primitivo que seja, sem Religião” (ciência e religião, 1948).

• Sempre encontramos algum indicio de culto religioso.

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• A “Universalidade” não é de tal ordem que tire á Religião a sua singularidade: ela apresenta sempre características próprias.

• A Religião não deixa de apresentar diferentes formas exteriores segundo as culturas que integra, mas não se identifica com nenhuma delas.

• “A Religião aparece profundamente radicada no individuo e desenvolvida no grupo social” (Zunini, 1966).

• Se a Religião apresenta uma função social, é porque o individuo mesmo é um ser social.

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• “A Religião é a mais audaciosa tentativa de conceber o universo inteiro como algo humanamente significante” (The Sacred Canopy, 1969).

• A Religião radica na própria natureza do individuo humano, mas não se identifica simplesmente com a sua psicologia; pede um esforço de compreensão a partir de sua fenomenologia, a única que pode fornecer, fora da teologia, uma “interpretação” valida para o seu significado mais profundo.

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O “fato religioso”:

• É um verdadeiro fenômeno humano;

• Radica-se na própria natureza humana, sendo possível neste principio de unidade chegar à sua essência;

• O “fato religioso” é decisivo para o comportamento e para a estruturação da sociedade.

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FENOMENOLOGIA E

REALIDADE

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• A realidade, para muitos, é o que se pode verificar empiricamente, e fenômeno é apenas o que aparece exteriormente.

• A experiência fenomenológica abriu novas perspectivas para o conhecimento do mundo e da vida.

• Só depois que o homem percebe o significado próprio de certos fatos da realidade pode construir um corpo de doutrinas que se chamará ciência natural.

• Somente a fenomenologia pode dar a conhecer certas realidades existências.

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• Fenômeno, portanto, é a realidade que captamos nas coisas por meio de nossa consciência.

• Não se nega a percepção sensorial, mas dá-se ênfase à percepção intencional, que tornas as coisas interessantes para o homem.

• O fenômeno tem algo de “transcendente”, no sentido de que apela para a compreensão de um significado que se situa na consciência humana e não propriamente no objeto: é o que se chama “intencionalidade” do fenômeno.

• A Fenomenologia Religiosa não pode ser considerada apenas como uma “chave hermenêutica”, mas como um método de estudo.

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FENOMENOLOGIA RELIGIOSA E RELIGIOSIDADE POPULAR

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• A experiência religiosa inclui dois elementos distintos, mas complementares: a emoção e a curiosidade.

• Todo o fenômeno (husserliano) comporta uma impressão exterior e um significado interior.

• O homem religioso procurar interpretar culturalmente a “eidêitas” de sua experiência religiosa, ele cria o Mito ou a Teologia.

• Procura repetir experiências religiosas, cria-se o Rito.

• Nas religiões naturais predomina o Rito que a teologia pode ficar completamente obscurecida.

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• O mesmo acontece na chamada “religiosidade popular”.

• O povo não tem tempo e nem condições culturais para o aprofundamento de sua fé.

• As formas populares de devoção não passam de tentativas de comunicação com o Sagrado condicionados ao meio cultural.

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ORIGEM DA RELIGIÃO

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• Segundo a mentalidade reinante (evolucionista), foi adota o principio de que o fenômeno religioso acompanhava passo a passo a evolução cultural do e social da humanidade.

• Os etnólogos relutam em aplicar ao “fenômeno religioso” um evolucionismo.

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TEORIAS EVOLUTIVAS

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• Os primeiros que traçaram um esquema evolutivo para o problema religioso foram os gregos.

• Evêmero (séc. III a.C.); Hecateu de Mileto.

• Darwin, fornece aos filósofos de sue tempo, com sua teoria da evolução das espécies, a ideia de uma evolução cultural.

• A. comte, lança uma teoria apriorística com base evolucionista do tipo cultural; a humanidade teria conhecido três grandes períodos culturais: o religioso, o filosófico e o cientifico.

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• Spencer afirma que todas as coisas evoluem da forma mais simples para as mais complexas, inclusive a Religião, e propõe o “manismo” como origem da Religião.

• Lubbock ensina que o primeiro estagio de Comte apresenta a seguinte evolução: ateísmo inicial, xamanismo, antropomofismo e monoteísmo.

• Tylor propõe um novo esquema: animismo inicial, manismo, fetichismo, politeísmo, monoteísmo. O homem primitivo nos seu sonhos entrou em contato com um mundo diferente daquele em que vivia desperto, passando a vogar pelos ares e comunicando-se com seres fantásticos.

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• Frazer considera a magia a forma originaria de Religião. Seu esquema de evolucionista é o seguinte: magia, religião, ciência.... A magia não é, propriamente, uma forma de religião, mas uma pré-ciência.

• Marret critica Tylor e propõe sua própria teoria evolucionista: pré-animismo ou animatismo. A Religião primitiva não é algo elaborado mentalmente, mas que se dança e deve ser compreendida nos ritos e não nos seus mitos e que a forma primitiva da Religião é a crença no Sagrado.

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• King amplia a transcendência da magia, convertendo-a em fonte da Religião. Ele conclui que a Religião não passa de uma “ilusão”, criada pela comunidade antiga.

• Robertson Smith propõe o totemismo como fonte original da Religião, tomando como exemplo a Religião Hebraica.

• Zapletal demonstrou que os animais não eram cultuados como totens, e que o cordeiro pascal não representava Iahweh: era uma ceia em “comunhão com Deus”, e não uma “comunhão de Deus”.

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• Durkheim afirma que quando os homens vivem separados, não possuem o sentido do Sagrado, mas só quando estão reunidos em grupos sociais. A Religião é produto do espirito associativo do homem.

• Müller põe a origem da Religião em problema de linguagem. À medida em que o homem dava nome as coisas, também as personificava criando assim entidades abstratas, que se transformaram em deuses.

• Wundt põe a origem da Religião no medo que assaltava o homem primitivo sempre que não conseguia uma explicação natural para os fenômenos. Do medo nasceu os mitos e deste a Religião.

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TEORIAS DEVOLUTIVAS

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Contra a onda evolutiva levantou-se uma reação violenta, em parte suscitada pelos espiritualistas, mas em grande parte funda em uma pesquisa mais objetiva da parte dos próprios etnólogos e antropólogos.

• Lang foi o primeiro a contestar as teorias evolutivas e, propôs uma teoria devolutiva na qual, a forma mais simples de Religião é o monoteísmo.

• Schmidt afirma que houve três estagio (ciclos culturais) na cultura humana: a cultura primordial; cultura superior; as grandes civilizações.

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Propostas para explicar como se originou a Religião:

• Em todas as fases da historia da humanidade sempre encontramos uma ou outra forma de Religião;

• Não podemos determinar com precisão qual a forma originaria da Religião em toda a humanidade;

• O principio invocado de “forma mais simples” não explicaria o significado do fenômeno religioso como tal.

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A SOLUÇÃO FENOMENOLOGICA

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O problema da origem da Religião está mal formulado, pois parte do principio apriorístico de que a vida espiritual do homem depende de sua evolução biológica.

Psicologicamente falando, parece que a resposta é favorável ao monoteísmo.

Sociologicamente, parece igualmente que o monoteísmo é a forma mais simples de Religião, pois corresponde à idealização do chefe de tribo dos povos primitivos.

Historicamente não há meio de se verificar como aconteceram as coisas.

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Resta a pesquisa fenomenológica, que estuda a Religião a partir do seu elemento básico, o fenômeno religioso tal como se manifesta no comportamento humano.

O fenômeno religioso se funda em uma “experiência do Sagrado”.

Esta experiência pode ser mais ou menos clara, segundo as disposições intelectuais, psicológicas e de liderança do respectivo individuo.

O monoteísmo não é privilegio de determinadas estruturas sociais ou culturais, mas aparece ali onde há um homem carismático capaz de lhe dar condições par se impor ao grupo humano.

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Não se pode dizer que todas as teorias sobre a origem da Religião tenham sido inteiramente inúteis sob o ponto de vista cientifico, pois deram um ensejo para que se pesquisasse mais a fundo o fenômeno religioso como tal.