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Milagres - A cada segundo -

Milagres

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Milagres

- A cada segundo -

• de mirari ou admirar: admirável, coisaextraordinária, excecional, surpreendente.

• A Academia definiu-a comoum ato do poder divinocontrário às leis da Naturezaconhecidas.

• As massas, concebem-nacomo um fato extranatural e inexplicável.

• No sentido teológico, é umaderrogação das leis da Natureza, por meio da qualDeus manifesta o seu poder.

Mas é conceito que ruma àabolição!

Conceito:

MILAGRE

Passou de época…

• Demonstrando-se o elemento espiritual como uma das forçasvivas da Natureza, força que incessantemente atua emconcorrência com a força material, o Espiritismo faz quevoltem ao rol dos efeitos naturais os que dele haviam saído, porque, como os outros, também tais efeitos se achamsujeitos a leis.

• O Espiritismo, pois, vem, a seu turno, fazer o que cada ciênciafez no seu advento: revelar novas leis (as que regem o princípio espiritual, diferentes das materiais, mas nem por issocontrárias à natureza, mas, pelo contrário, interagindoconstantemente) e explicar, conseguintemente, os fenômenoscompreendidos na sua alçada.

Fundamentação

• O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao

corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo

que o corpo é simples acessório sujeito à destruição.

• Durante a sua encarnação, o Espírito atua sobre a

matéria por intermédio do seu corpo fluídico ou

perispírito, dando-se o mesmo quando ele não esta

encarnado, para o que se “serve” de um médium –

ambos agentes naturais!

Admitis que um Espírito pode levantar umamesa e mante-la no espaço sem ponto de apoio, derrogando a lei da gravidade conhecida. Conhecem-se, porém, todas as leis?

Antes de se conhecerem as propriedades da eletricidade, os fenômenos elétricos passavam por prodígios!

Antes que se houvesse experimentado a força ascensional de alguns gases, quem diria que uma pesada máquina, transportando muitos homens, poderia triunfar da força de atração? Ao vulgo, isso não pareceria maravilhoso, diabólico?

Aquele que se houvera proposto, há um século, a transmitir umamensagem a 500 léguas e receber a resposta dentro de algunsminutos, teria passado por louco; se o fizesse, teriam acreditadoestar o diabo às suas ordens, porquanto, então, só o diabo era capazde andar tão depressa. Hoje, no entanto, não só se reconhecepossível como naturalíssimo esse facto.

Por que, pois, um fluido desconhecido careceria da propriedade de contrabalançar, em dadascircunstâncias, o efeito da gravidade, como o hidrogênio contrabalança o peso do balão?.

Também as curas instantâneas não são mais milagrosas, do que osoutros efeitos, dado que resultam da ação de um agente fluídico, quedesempenha o papel de agente terapêutico, cujas propriedades não

deixam de ser naturais por terem sido ignoradas até agora. A qualificação de milagres emprestada, somente pode induzir em

erro sobre o verdadeiro caráter deles.

• Se o Espiritismo admite os efeitos, que são corolário

da existência da alma, não se segue que admita

todos os efeitos qualificados de maravilhosos e que

se proponha a justifica-los e dar-lhes crédito! • Muitos críticos julgam do Espiritismo pelos contos de fadas e pelas

lendas populares, ficções daqueles contos. O mesmo seria julgar da História pelos romances históricos ou pelas tragédias.

Os Espíritos são agentes invisíveis, seres ocultosque povoam os espaços, uma das forças da Natureza, força cuja ação é incessante sobre o mundo material, tanto quanto sobre o mundomoral.

Fundamento

• Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais empregando o pensamento e a vontade que lhes são o que é a mão para o homem. Assim, imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, osaglomeram, combinam ou dispersam, dão uma aparência, forma e cor; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases e corpos, combinando-os segundo certas leis.

• É o grande laboratório da vida espiritual. • Essa ação pode resultar de uma intenção como de um

pensamento inconsciente. Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza (por isso se apresentam como osconhecemos em resposta à nossa evocação, conforme ao nossopensamento); analogamente, o pensamento do Espírito cria osobjetos fluidicos de que necessite e que lhe são tão reais, quantono estado material, ainda que sejam tão fugitivos quanto a desse.

Fundamento

• O pensamento, portanto, produz uma espécie de efeito �sico quereage sobre o moral. O do encarnado atua sobre os fluidosespirituais, como o dos desencarnados, e transmite-se de Espíritoa Espírito pelas mesmas vias sendo que, conforme seja bom oumau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.

• Desde que estes se modificam pela projeção dos pensamentos do Espírito, seu invólucro perispirítico, que é parte constituinte do seu ser e que recebe de modo direto e permanente a impressãode seus pensamentos, há de, ainda mais, guardar a de suasqualidades boas ou más.

• Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como umaesponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto, por sua expansãoe sua irradiação, o perispírito com eles se confunde.

Mecanismos

• Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reagesobre o organismo material com quese acha em contacto molecular. Se oseflúvios são de boa natureza, o corporessente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa; e esta em permanência chega a ocasionar desordens �sicas; não é outra a causa de certas enfermidades.

• Os meios onde superabundam osmaus Espíritos são, pois, impregnadosde maus fluidos que o encarnadoabsorve pelos poros perispiríticos, como absorve pelos poros do corpoos miasmas pestilenciais.

Mecanismos

• Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reagesobre o organismo material com quese acha em contacto molecular. Se oseflúvios são de boa natureza, o corporessente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa; e esta em permanência chega a ocasionar desordens �sicas; não é outra a causa de certas enfermidades.

• Os meios onde superabundam osmaus Espíritos são, pois, impregnadosde maus fluidos que o encarnadoabsorve pelos poros perispiríticos, como absorve pelos poros do corpoos miasmas pestilenciais. E emitida por cotovelo acidentado

E emitida por cotovelo são

há doentes!...

E porque não há doenças…

Para prevenir a doença• Fugiremos à influência dos maus Espíritos que

pululam em torno de nós e por toda parte se insinuam, sem serem vistos? Sim, de acordo com a vontade do homem.

• Os fluidos se combinam pela semelhança de suasnaturezas; os dissemelhantes se repelem; há incompatibilidade entre os bons e os maus fluidos, como entre o óleo e a água.

• Que se faz quando esta viciado o ar? Procede-se aoseu saneamento, cuida-se de depura-lo, destruindoo foco dos miasmas, expelindo os eflúvios malsãos, por meio de mais fortes correntes de ar salubre. Àinvasão, pois, dos maus fluidos, cumpre se oponhamos fluidos bons e, como cada um tem no seu próprioperispírito uma fonte fluídica permanente, todostrazem consigo o remédio aplicável.

• As suas qualidades guardam relação com as da alma � importa se trabalhe por melhora-la (são as imperfeições da alma que atraem os Espíritos maus, e.g. moscas).

Curas

• As lesões dolorosas do corpo (matéria inerte e insensível) repercutem no Espírito, qual choqueelétrico, por intermédio do fluido perispiritual, queparece ter nos nervos os seus fios condutores.

• A interrupção do fluxo nervoso pode dar-se pelaseparação de um membro, como pela secção de um nervo, mas também, sem nenhuma lesão, nosmomentos de emancipação, de grandesobreexcitação ou preocupação do Espírito.

• Nesse estado, o Espírito como que atrai à sua febrilatividade o fluido perispiritual, produzindo umainsensibilidade momentânea na super�cie.

• Noutras circunstâncias opera-se, no próprio fluidoperispiritual, uma modificação molecular, que lheinterrompe temporariamente a propriedade de transmissão (e.g. ferido em combate/mártires; ruido ante concentração de trabalho; mais profundamente em sonâmbulos,

na letargia e na catalepsia). ≠ de paralisia!

Curas

• A cura se opera mediante a subs�tuição de uma molécula malsa por uma molécula sa. O poder curativo esta na razão direta da pureza da substância inoculada, da energia da vontade/intençõesdaquele que deseje realizar a cura. Os fluidos que emanam de uma fonteimpura são quais substâncias medicamentosas alteradas.

• A ação magnética pode produzir-se :

� pelo próprio fluido do magnetizador – magnetismo humano- cuja ação se acha adstrita à força e qualidade do fluido;

� pelo fluido dos Espíritos – magnetismo espiritual - atuandodiretamente e sem intermediário sobre um encarnado, sejapara curar, aliviar, adormecer, ou influenciar sica oumoralmente; esta na razão direta das qualidades do Espírito.

� pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veículo para esse derramamento- magnetismo misto. Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece. Em tais circunstâncias, o concurso dos Espíritos é amiúdeespontâneo, porém, as mais das vezes, provocado por um apelo do magnetizador.

• São extremamente variados os efeitos, intensidade, rapidez e duração da ação fluídica sobre os doentes.

Obsessões e possessões

• A obsessão - ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo -éparte integrante dos flagelos da Humanidade ainda moralmente inferior, devendo ser aceite por provação ouexpiação.

• Decorre sempre de uma imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito mau.

• Apresenta caracteres muito diferentes, quevão desde a simples influência moral, sempercep�veis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais em que, de posse momentânea do corpo do encarnado, o Espírito se serve dele como se seu própriofora: fala pela sua boca, ve pelos seus olhos, opera com seus braços, conforme se estivesse vivo, podendo mesmo serreconhecido.

Obsessões e possessões• Para preservar-se da obsessão, tem-se que

fortalecer a alma; donde a necessidade do sertrabalhar por melhorar a si próprio, o que as mais das vezes basta para livra-lo do obsessor, sem o socorro de terceiros. Necessário se tornaeste socorro, quando a obsessão degenera emsubjugação, porque nesse caso o paciente nãoraro perde a vontade e o livre-arbítrio.

• Quase sempre a obsessão exprime vingançatomada por um Espírito conhecido.

• Nos casos de obsessão grave, o obsidiado ficacomo que envolto e impregnado de um fluidopernicioso, que neutraliza a ação dos fluidossalutares e os repele.

• É daquele fluido que importa desembaraça-lo. Por meio de ação idêntica à do médium curador, nos casos de enfermidade, preciso se fazdesembaraçá-lo e expelir um fluido mau com o auxílio de um fluido melhor.

• Para assegurar a libertação da vítima, é aindanecessário ter superioridade moral para levar o Espírito perverso a arrepender-se.

Manifestações

físicas• Os fenômenos de

suspensão etérea de corpospesados, tiptologia e escritamediúnica têm por base as propriedades do fluidoperispirítico, dos encarnados ou Espíritoslivres.

• Como quando vivo, é pormeio do seu perispírito queo Espírito atua sobre a matéria inerte e produzruídos, movimentos de mesa e outros objetos, queos levanta, derruba outransporta (do mesmo modoque os mais possantes motoressão movimentados pelos fluidosmais rarefeitos e imponderáveis, como o ar, o vapor e a

eletricidade).

• Postam-se ao lado do objeto e lhe inoculam o fluido, vitalizando-o (envolvem-no e penetram-no de uma espécie de atmosfera fluídica queneutraliza o efeito da gravidade, como faz o ar com

os balões e papagaios, vs. vácuo)

• ou aproximam-se do aparelho mediúnico e lhedirigem a mão ou via pensamento (quando o médium tem presentemente ou do passado a experiência), por meio de uma corrente fluídica.

• Enquanto encarnados percecionamos o

perispírito, no seu estado normal, como

invisível; mas, sendo formado de substância

etérea, o Espírito poderá por sua vontade,

modificá-lo ao nível molecular tornando-o

momentaneamente visível – assim se

produzem as aparições (e.g. o vapor, quando muito

rarefeito, é invisível, mas condensado torna-se visível).

• Conforme o grau de condensação do fluido

perispirítico, a aparição é vaga e vaporosa

ou mais nitida e definida podendo ter todas

as aparências da matéria tangível – rara/.

• Se os Espíritos querem dar-se a conhecer,

imprimem ao seu envoltório os sinais

exteriores de quando eram vivos; mas

apenas se mostram a quem decidem

� essa visão não é material mas espiritual!

Aparições

Transfigurações

• O Espírito pode operar transformações na contextura do seu envoltórioperispirítico e irradiar em torno do corpo como acontece nas aparições. Assim, a imagem real do corpo, pode apagar-se mais ou menoscompletamente, sob a camada fluídica, e assumir outra aparência. Se o Espírito encarnado se identifica com as coisas do mundo espiritual, pode a expressão de um semblante feio tornar-se bela, radiosa e até luminosa; se, é presa de paixões más, seu semblante pode tornar-se horrendo.

• As transfigurações constituem uma espécie de aparição perispirítica, e refletem sempre as qualidades e sentimentos predominantes no Espírito. Por vezes surgem sobre o próprio corpo do vivo outras no momento da morte, sendo percep�veis por todos os assistentes e com os olhos do corpo, precisamente por se basearem na matéria carnal visível, ao passoque, nas aparições puramente fluídicas, não há matéria tangível.

Catalepsia - Ressurreição

• Ocorre em certos estados patológicos, quando o Espírito jádeixou o corpo e o perispírito só por alguns pontos se lheacha aderido, parecendo morto ou que a vida esta por um fio.

• Semelhante estado pode durar mais ou menos tempo; podendo mesmo algumas partes do corpo entrar emdecomposição, sem que, no entanto, a vida se ache definitivamente extinta.

• Enquanto não se haja rompido o último fio, pode o Espírito, quer por uma ação enérgica, da sua própriavontade, quer por um influxo fluídico estranho, igualmenteforte, ser chamado a voltar ao corpo. É como se explicamcertos fatos de prolongamento da vida contra todas as probabilidades e algumas supostas ressurreições. É a planta a renascer, como às vezes se dá, de uma só fibrila da raiz.

• Quando, porém, as últimas moléculas do corpo fluídico jáse destacaram do corpo carnal, ou quando este últimochegou a um estado irreparável de degradação, impossívelse torna todo regresso à vida.

Faz Deus milagres?

• A Deus nada é impossível, mas porque derrogaria as leis (perfeitas) que dele próprio emanaram?

• Que se diria de um sábio mecânico que, para provar a suahabilidade, desmantelasse um relógio construído pelas suasmãos, obra-prima de ciência, a fim de mostrar que poderiadesmancha-lo? Seu saber, ao contrário, não ressaltaria muitomais da regularidade e da precisão do movimento da suaobra?

• O poder de Deus não se manifesta de maneira muito maisimponente pelo grandioso conjunto das obras da criação, pela sábia previdência que essa criação revela, assim naspartes mais gigantescas, como nas mais mínimas, e pelaharmonia das leis que regem o mecanismo do Universo, do que por algumas pequeninas e pueris derrogações que todosos pres�manos sabem imitar?

• Deus não faz milagres, porque, sendo, como são, perfeitas as suas leis, não lhe é necessário derroga-las. Se há fatos quenão compreendemos, é que ainda nos faltam osconhecimentos necessários.

CONCLUSÃO

Milagres a cada segundo!

Temos milagres incessantemente sob as vistas. Tudo é milagre em a Natureza.

O poder de Deus encontra-se na sabedoria infinita quepreside a tudo, no admirável organismo de tudo o quevive, na fru�ficação das plantas, na apropriação de todasas partes de cada ser às suas necessidades, de acordocom o meio onde ele é posto a viver.

A Sua ação vê-se na vergôntea de um arbusto, na florque desabrocha, no Sol que tudo vivifica.

A Sua bondade confirma-se na solicitude que dispensa atodas as criaturas, por mais ínfimas que sejam, a Suaprevidência, na razão de ser de todas as coisas, entre asquais nenhuma inútil se conta, no bem que sempredecorre de um mal aparente e temporário.

O mal real é obra do homem e não de Deus; as penaseternas são irreais e apenas levam a duvidar da bondade de Deus; são, antes, possibilidade de redenção e reparação do mal praticado.

As descobertas da Ciência são revelações das leis divinas e não obras de Satanás. O livro da Natureza, constantemente aberto e inesgotável, deve serperscrutado em cada uma de cujas páginas onde estãoinscritas a sabedoria e a bondade do Criador.

Deus é tão grande, que com tudo se ocupa, que portudo vela, que tudo preve, e forçosamente dispõe do poder supremo, não se reduzindo às pedras que suamsangue, ou estátuas que piscam os olhos e derramamlágrimas.

Milagres a cada segundo!

Serzinhos passageiros vivemos a olhar

para o alto à espera de um milagre

sem nos darmos conta que�

� o Milagre é a VIDA!