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Calvário, lugar de salvação

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Page 1: Calvário, lugar de salvação

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JOVENS E ADULTOS

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Page 2: Calvário, lugar de salvação

Comentário: VALDIR NUNES BÍ CEGO

SUMÁRIOLições

do 2° Trimestrede 1995

BIBLIOTECA DIDAOUÊProf. Antcnlo ás. Pádua

03MVolume.

Lição lA Salvação Prometida no ÉdenLição 2A Salvação Confirmada a AbraãoLição 3A Salvação Predita por JacóLição 4A Salvação Garantida na PáscoaLição 5A Salvação Prefigurada no SacerdócioLcvíticoLição 6A Salvação dos Judeus nos dias de EsterLição 7A Salvação Anunciada pelos ProfetasLição 8A Anunciação do Nascimento doSalvadorLição 9Jesus, o SalvadorLição IOA Salvação Consumada na RessurreiçãoLição 11Os Elos da SalvaçãoLição 12A Salvação Anunciada pelos ApóstolosLição 13A Salvação Anunciada pela Igreja

Page 3: Calvário, lugar de salvação

2 de abril de 1995

A SALVAÇÃO PROMETIDA NO ÉDEN

TEXTO ÁUREO

"Porque, assim como todosmorrem em Adão, assim tam-bém todos serão vivificados emCristo" (l Co 15.22).

VERDADE PRATICA

O pecado provocou a quedado homem; porém, Deus pro-meteu nos restaurar, através deCristo, a Semente da mulher.

ÉPOCA DO EVENTO: 3975 a.C.LOCAL: Jardim do ÉdenHINOS SUGERIDOS: 266 (455-HCA) e 267 (403-HCA)

LEITURA DiARIA

Segunda - 2 Tm 1.9A provisão cia salvaçãoTerça - Rm 3.23A necessidade da salvaçãoQuarta - At 10.43A promessa da salvação-Quinta - Mt 11.28O convite para a^alyaçãoSexta-Tg 4.8'A iniciativa humana para a salvaçãoSábado-l Pé 1.18,19O preço da salvação

LEITURA EM CLASSE

GÉNESIS 3.9-15

9 - B chamou o Senhor Deus aAdão, eVisseMhe: Onde estás?

10 - Dele disse: ouvi a tua vozsoarjp^famhn, e temi, porque es-tava nu, e escondi-me.

11 - E Deus disse: Quem temostrou que estavas nu? Comesteda árvore de que te ordenei quenão comesses?

12- Então disse Adão: A mu-lher que bie deste por companhei-ra, ela meylejKda árvore, e comi.

13 j S^Rsse o Senhor Deus àmulher: Porque fizeste isto? Edisse a mulher: a serpente me en-ganou, e eu comi.

14 - Então o senhor Deus disseà serpente: Porquanto fizeste isto,maldita serás mais que toda a bes-ta, e mais que todos os animais docampo; sabre o teu ventre anda-rás, e pó c\merás todos os dias datua vida.

15 - E pbreUmmizade entre tie a mulher J^entre a tua sementee a sua semente; esta te ferirá acabeça, e tu lhe ferirás o calca-nhar.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A salvação é o tema principal daBíblia. Nesta lição, estudaremos so-

^

Page 4: Calvário, lugar de salvação

bre a primeira promessa de Deus aeste respeito. O homem havia peca-do contra o Senhor, ao desobedecersua ordenhara não comer do frutoda árvore daViência do bem e do mal(Gn 2.16,17,Vl-7), e já sentia astristes consequências disto. Diantedo fato, Jeová prometeu-lhe umapoderosa redenção (t$n 3.15). Veja-mos alguns detalhes

L DEUS PROCURA OCAÍDO

)MEM

Deus não o abandonou; poiinteressou-se por ele. Vejamos:

1. Deus chamou o homem (v.9).1Além de Onipoteríte, Deus tambémé Onisciente e Onipresente (l Jo3.20; Pv 15.3), e, certamente, sabiade tudo o que havia ocorrido e ondeAdão estava. Por que, então, o cha-mou? Vejamos:

a) A iniciativa divina para a res-tauração do homem. Esta sempre foiya atitude de Deus. Ele é quem plínejou a salvação, executou-a (Hm5.9), e quer aplicá-la na vida dofiio-mem (Ap 3.20). Ele é quem pieparaa festa da salvação e convida o ho-mem para dela participar (Kc 14.15-24). Ao aproximar-se do^er huma-no, Ele quer ajudã-lo,X>ois o ama(Ap 1.5), e deseja o srfu bem espiri-tual (l Tm 2.4; Ap/20).

b) O rompimento da comunhãocom Deus. O Senhor mostrou aAdão que a comunhão entre ambosestava interrompida. O pecado se-para o homem de Deus (Is 59.2).

2. Adão escondeu-se de Deus.Embora a Bíblia não revele porquanto tempo Adão viveu em comu-nhão com Deus, antes de pecar, en-tendemos que tenha sido um perío-do suficiente para sentir grande sa-tisfação. Mas, agora, ele tenta escon-der-se do Senhor. Qual o/motivo?Havia perdido a comunnão com oCriador, fato este que^fc tornou evi-dente através:

a) Da santidade de Deus (v.10).Todas as coisas^stão patentes aosolhos de Deus/Hb 4.13). Perante oSenhor, nosso espírito é colocadocomo diante do espelho (Tg l .23),do prumo/(Am 7.7,8) e da balançalivina í6n 5.25-28), onde tudo é

reVelarao. Assim aconteceu comIsaV (Is 6.5) e Pedro (Lc 5.8).

b\Do sentimento de culpa/.IO).Y1 tendência do homem, ao

'sentir-s^culpado, é afastar-se deDeus (Jo 3Vo,21). Adão reconheceusua culpa, mas tentou encobri-la (Jó31.33). O S\nhor espera que ofaltoso confesste os seus erros e osdeixe, para alcançar o perdão divi-no (Pv 28.13, l J\1.9).

"Esconder-se d& Deus", é umaforça de expressão, pois não há lu-gar onde o homem po\ ocultar-sedo Senhor (SI 139.1-12V)b 1.4). OCriador não quer que o lv>mem fi-que longe dele, escondido\acabru-nhado, mas, sim, bem próxiVo. Porisso, Ele convida o ser hur\ano achegar-se mais perto (Tg22.17).

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^ 3, Primeira pergunta divina:[UEM TE MOSTROU QUE

(AVÁS NU?" (V. l I). Um dos.etOODS que Deus usa em sua rela-

;ao coNa o homem, é o de pergun-tas, pois nadas respostas exigem umacerta reflexão. Conforme o "SunclaySchool Timafi", Jesus fé/ 153 inter-rogações, quaVlo do seu ministérioterreno. Ao chamar Adão pelonome, ccrtamenleNDcus queria cons-cientizá-lo:

a) Da perda da faiaria divina. Opecado tirou a roupagVm de glória,na qual o homem estíwa envolto(Rm 3.23). O pecado o dc\pojou dosseus valores morais, e o dtuxou va-zio e morto espiritualmente\£f 2."l Tm 5.6).

b) Do conhecimento do pecado.Da Dispensação da Inocência, o\p-mcm passou para a da Consciêncrtque agora o acusava (Rm 2.15). PelaNdesobediência à ordem de Deus, veioo conhecimento do pecado (Rrrj3.20), o que não ocorria antes.sim, o ser humano passou a COTcer o bem e o mal (Gn 3.5,22]

c) Da não aceifaçlK davestimenta providenciada. DFeus nãoa aceitou, pois: "folhas darfigueira"significam meios humanos para a re-denção, como religifl^s, filosofias,obras, etc.. que, diante do Senhor,são como trapos «fé imundície (Is30. l; 64.6). A salvação é pela graça(Ef 2.8,9). "Folias de figueira" du-ram pouco c/c desfazem, sob o ca-lor do sol. fifs recursos humanos sãode poucarauração e frágeis na pre-sença do "Sol da Justiça", que é Je-sus m 4.2: Jo 8.12).'

Deus já linha providenciado umavestimenta, através da pele de umanimal que foi imolado (GnlP.21),o qual prefigura a Obra de M; u s re-alizada por nós na cruz (Rjn 4.25; 2Co 5.14,15). O pecado deixa o ho-mem nu d i a n t e do C/iador (Ap3.17). Porém, quando/ ser humanoaproxima-se do Sem»r, recebe umavestimenta espiritual (Lc 15.22; Is61.10), que é a jj/stiça de Deus emnós (Ap 19.8).

4. Seguiuia pergunta divina:"COMESTE TU DA ÁRVORE...NÃO GDMESSES?" (v. 11) .Deus sah/a que o homem havia co-mido d/fruto proibido, mas lhe per-;unto/, pois objetivava:

i) Identificar e conscientizarAaFão do pecado cometido e nãofonfessado. Nosso primeiro pai não

'confessou (Jó 3 l .33). Muitas vezes,>cus nos inquire exatamente sobre«ceado cometido, para nos desper-

ta\como agiu com Caim (Gn 4.9),ou pVa alertar-nos sobre uma situ-ação específica, conforme se deucom a suoamila (2 Rs 4.26);

b) Moíprar que o homem caiu,porque qius\JOÍ$ havia tantas ou-tras opções de frutos no Jardim, comexceção do da íihvore da ciência dobem e do mal. A\ouvir a Palavrade Deus, o homem eVoloeado dian-te de dois caminhos (Mt 7.13,14; Lc13.24). O conselho divmo é que oser humano, peio seu HvV-arbítrio,escolha o da vida (Dt 30.ÍV|9).

5. Adão pôs a culpa na iVulher

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(v.12). Esta, por sua vez, culpou .aserpente (v. 13). Por quê? Deseja-

isso, encobrir seus peca-dos (Jó 3iL33). O que confessa e dei-xa, alcançV perdão (Pv 28.13; l Jol .9). Aqui cfemeçou:

a) Á tendffBcia de jogar a culpaou parle dela eHi outrcui. Isto é fal-ta de sinceridade \companheirismo.Davi, quando pecau, não culpou amulher pelo erro, mVs assumiu todaa culpa c foi pcrdoadyi (2 Sm ' ' °-27; 12.13; SI 51).

h) A desarmonia n\fuinilia. Euma tendência natural, v falta deentendimento nos lares.

6. A mulher alegou ter sido en-ganada pela serpente. Eva Tftisseque foi enganada (v. 13), e, realmW-te, isto ocorreu (l Tm 2.14). O pVcado é um engano de Satanás (Hlv3.13; 2 Co 11.3). A aslula serpenteiniciou o seu ataque, ao falar com amulher, o vaso mais frágil ( l Pç 3.7)a

que não havia ouvido diretamcntc •Deus a proibição (Gn 2.16,l7)/e,além disso, aproveitou um momen-to em que ela estava só, e, coun todasutileza, enganou nossa Dfimeiramãe, do seguinte modo:

a) Dúvida na Palav/a de Deus.O Senhor havia dito:/"Certamentemorrerás" (Gn 2.17Vporérn, a Ser-pente disse; "Certamente nãomorrereis" (Gn 3A). Torceu a Pala-vra, através da/mentira (Jo 8.44).

b) Dúvida sobre a bondade deDeus. DJXse a Serpente: "Deussabe..." (Gn 3.5). Insinuou que oSenhor escondia alguma coisa deles.

c) Dúvida sobre a santidade deDeus. Disse a Serpente: "...sereiscomo Deus" (Gn 3.5). Insinuou qo Senhor não queria que eles se to.nassem fel i/es, pois não desejavaque eles fossem como Ele. ,

Envolvida pela dúvida,/! mulhercedeu à tentação e caiu: Contemploua árvore, cobiçou o seuJrutO, tomou,comeu e deu ao seu /fiando. Aindahoje, a tálica de Satanás c a mesma.Ele ataca atravessas concupisccn-cias da carne e/os olhos, e da so-berba da v i d a / Jo 2.16.17). O ho-mem vê, cobiça, vai ao encontro doseu desejoyconsuma a tentação, e,depois, te/fia repartir com os outrosa sua cuífpa (Rm 1.32; Hb 12. 15).Vigíejnos neste sentido (2 Co I I .2,3),

í. INIMIZADE ENTRE ASSEMENTES DA MULHER EDA SERPENTE

Isto fala da luta constante entreo ftomem e a força demoníaca queprovtocou a sua queda. Assim temsido dos de o princípio: Os salvos es-tão em\uerra constante. Satanás,como príncipe deste mundo (Jo12.321), osVtaca de todas as formas(I Jo 2.16,1%); porém, os santossempre rcsistcrV às suas investidas(Tg 4.8; l Pé 5.8\ o vencem (Lc10.19; I Jo4.4; 5J%). Os perdidos,por estarem fora da cVnunhao comDeus, não podem oferVer algumaresistência ao Diabo, pois que à"vontade dele estão presoV (2 Tm2.26), sob sua influência (E\2.2) eseu domínio (Jo 8.44).

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[. SENTENÇA SOBRE AÍRPENTE

A\ulpa da serpente (animal) re-velada na dura e justa sentença re-cebida de \Deus (v. 14): ser amaldi-çoada entrcNis bestas e os animaisdo campo c rastejar sobre o seu pró-prio corpo. Tal\entença nos leva acrer que antes eíaiera uma criaturaformosa e não se aVastava. Isto re-vela a severidade deiDeus, ao punirtodo pecado e maldadeVHb 2.1,2).

IV. A PROMESSA DOREDENTOR

Diante do fracasso hun\flno,Deus pôs cm execução seu planXderedenção (Ef 1.4; 3.9), ao promererum Redentor (v. 15), que viria atra'vês da semente da mulher, JesusCristo (Is 7.14; Gl 4.4). Esta pro-messa anuncia a vitória da sementeda mulher, através das épocas (Gn3.15; 4.25; 5.29; 8.18; 9.1,26; 12. l v3; 17.5-7; 28.3,4; 33.11; 49.10; 'Sm 7.12,13; Is 7.14; 9.6; 11.l-4yMt1.20-23). Desde o início, Sajnnâsprocurou impedir o cumprimento daPalavra do Criador, mas não obteveêxito (Gn 4.8; 32.6; êx/15-22; lSm 18.11; 2 Cr 22.10yMt 2.16). Areferida promessa apresentava duasmensagens:

1. A semente^da mulher esma-garia a cabeçada serpente. Isto foifeito por Crj/to na cruz (Lc 10.18;Jo 12.31; Jfcn 16.20; Cl 2.15; l Jo3,8;5.5:AP 12.10).

2,10 calcanhar da semente damulHer seria ferido. Havia um pre-

ço a ser pago. Isto fala do sofrimen-to e morte de Jesus (Is 53.3,4,12; Ml4.1-10; Lc 22.39-44; Jo 12.3T-33).

V. A REDENÇÃOPREFIGURADA

Deus imolou uma vítima, cujapele serviu para cobrir/ nudez deAdão e Eva (Gn 3.21/Este animalprefigura, de modc/claro, a Obrarealizada por Jesuafia cruz, por nos-sos pecados ( l P/3.18; 2 Co 5.21;Rm 5.6-8).

CONCLUSÃOVigieofos em todo o tempo, por-

que o Dnabo trabalha de todas asmanejas para nos apartar da mara-

comunhão com Deus. Po-se resistirmos as suas astutas

ladas, seremos vencedores, através'da^Obra do Redentor prometido noÉdei\o sangue nos purifica detodo pKcado.

QUESTIONÁRIO

1. Cite as razõ\ por que Deus per-guntou onde Adão estava.

2. Cite as razões da pergunta: "Quemte mostrou que estVas nu?"

3. Por que Adão pôs a culpa em Eva?

4. Quern é a Semente da Jculher ecomo o seu calcanhar seria>erido?

5. Como foi prefigurada a salvação?

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Lição 2 9 de abril de 1995

A SALVAÇÃO CONFIRMADA A ABRAÃO

TEXTO ÁUREO

"Eis o Cordeiro de Deus,que Lira o pecado do mundo"(Jo 1.29).

VERDADE PRATICA

Jesus, o Cordeiro ima-culado e inconlarainado, mor-reu na Cruz, para substituir opecador, e purificá-lo com oseu precioso sangue.

ÉPOCA DO EVENTO: 1834 a.C.

LOCAL: Terra de Moriíí

HINOS SUGERIDOS: 106 (29!,HCA) e 107 (382-HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ap J3.8A previsão cia vítimaTerça - Gn 22.SA necessidade da vítimaQuarta - Gn 22.13A revelação da vítimaQuinta - Ap 22.14A apropriação da vítimaSexta - J Pé 1.19O sacrifício da vítimaSábado - Ap 5.8A aceitação da vítima

LEITURA EM CLASSE

GÉNESIS 22.10-18

10 - E estendeu Abraão a suamão, e tomou o cutelo para imolaro seu filho;

11 - Mas o anjo do Senhor lhebradou desde os céus, e disse:Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

12 - Então disse: Não estendasa tua mão sobre o moço, e não lhefaças nada; porquanto agora seique temes a Deus e não me negas-te o teu filho, o teu único.

13 - Então levantou Abraão osseus olhos, e olhou, e eis um car-neiro detrás dele, travado pelassuas pontas num maio; e foiAbraão, e tomou carneiro, e ofe-receu-o em holocausto, em lugarde seu filho.

14 - li chamou Abraão o nomedaquele lugar, o Senhor proverá;donde se diz até o dia de boje: Nomonte do Senhor se proverá.

15 - Então o anjo do Senhorbradou a Abraão pela segunda vezdesde os céus,

16 - E disse: Por mini mesmo,jurei, diz o Senhor: Porquanto fi-zeste esta ação, e não me negaste oteu filho, o teu único,

17 - Que deveras te abençoa-rei, e grandissimamente multipli-carei a tua semente como as estre-las dos céus, e como a areia que

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está na praia do mar; e a (ua se-mente possuirá a poria de seus ini-migos;

18 - E em tua semente serãobenditas Iodas as nações da terra;porquanto obedeceste à minha voz.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A prova a que Abraão foi sub-metido por Deus é um dos episódiosmais comoventes da Bíblia. Sua fé,amor e obediência a Jeová foram tes-tados profundamente no sacrifícioque faria de Isaque. Porém, na horadecisiva, o Senhor o impediu destegesto, e uma vítima, figura de JesusCristo, foi sacrificada em lugar deseu filho. Deste modo, o Criador re-velou a Abraão o Redentor que vi-ria realizar uma poderosa salvaçãoem prol do ser humano (Jo 8.56), aosubstituí-lo na Cruz, para redimi-lodo pecado.

I. DEUS SE REVELA AABRAÃO

Abraão vivia em profunda comu-nhão com Deus (Gn 17.1). Haviatrês coisas que caracterizavam suavida na caminhada para Canaã e suaestada naquele lugar: As promessasdivinas (Gn 12.2,3: 13.15) que for-taleciam a sua fé em Deus (Rm4.20); a temia (Gn 12.8; 13.18) querevelava ser ele um estrangeiro eperegrino na terra; e o altar (Gn12.7; 13.4,18) que propiciava suaadoração a Deus. Diante das revela-

ções divinas, Abraão demonstravatotal prontidão, ao dizer: "ei^-meaqui" (Gn 22.1), conforme outroshomens de Deus o fizeram, comoJacó (Gn 46.2), Moisés (Êx 3.4),Isaías (Is 6.8), ctc.

U. A PROVA DE ABRAÃO

Em suas revelações a Abraão,Deus sempre lhe fazia promessas;porém, agora, estabelecia uma exi-gência severa: imolar o seu únicofilho Isaque, a quem tinha uni pro-fundo amor (Gn 22.2,] 2). Vejamosalguns detalhes desta prova:

1. A prontidão de Abraão (Gn22.33). Tal fato pode ser observadonas atitudes: não argumentou comDeus o porquê daquela exigência enem consultou Sara, para saber seela concordava. Levantou cedo, ouseja, apressou-se em cumprir o soli-citado; preparou os jumentos; cha-mou dois de seus servos e Isaque;preparou a lenha e partiu. Em tudoisto revelava a sua fé (Hb 11.17).

2. O objetivo da prova. Deusqueria provar: sua fé que, por diver-sas vezes, havia sido testada (Gn12.1; 17.10); seu amor, demonstra-do em diversas oportunidades; suaobediência que, não obstante, elejahavia externado por diversas vezes.Deveria, agora, ser testada no seumais alto grau, através do sacrifíciodo seu próprio filho.

3. Abraão creu que teria o fi-lho de volta. Ao olhar para o montedo sacrifício, ele disse: "Iremos atéali... e tornaremos" (Gn 22.5). Por-

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tanto, creu que se sacrificasseIsaqij^, Deus o ressuscitaria (Hb11.17-19).

4. Disposição em sacrificar ofilho. Como pai, seu coração deve-ria estar consternado e, a cada mo-mento, se tornava mais apertado.Sua disposição em obedecer a Deuspode ser vista em todos os prepara-tivos que precederam o sacrifício,desde a chegada ao "lugar que Deuslhe dissera" (Gn 22.3), até amarrarseu filho e deitá-lo sobre o altar (Gn22.9). Porém, agora era chegado omomento mais dramático de todos:pegar o cutelo para imolar Isaque.E foi exatamente neste momento,quando estava para desferir o golpefatal, que Deus interveio de modomisericordioso, e impediu Abrão doseu gesto (w. 10,11).

III. O LIVRAMENTO DAPROVAA manifestação do anjo do Se-

nhor impediu Abraão de sacrificarseu filho, e, neste aspecto, temos al-gumas considerações:

l. O anjo do Senhor (v. 11). Osanjos estão classificados dentro deuma ordem hierárquica. Assim te-mos: anjos, arcanjos, querubins eserafins. Porém, este anjo do Senhorse revela a si mesmo como Deus(v. 16). É o mesmo'anjo da Face doSenhor, de Isaías 63.9. O nome deDeus está nele (Êx 23.20-23). Por-tanto, este anjo não é outro, senãoJesus, na sua preexistência, antes dese manifestar, na plenitude dos tem-pos (Gl 4.4).

2. Abraão levantou os olhos eviu uma vítima (v. 13). Levantouos olhos e viu a solução. Em outrasoportunidades, também ocorreu omesmo: olhou e viu a terra (Gn13.14) e as estrelas (Gn 15.5). Aocontemplar aquela vítima, que subs-tituiria Isaque no altar, a visão deAbraão se projetou para o futuro,onde pôde ver alguém que morreriaem lugar de todos os homens. Talrevelação trouxe uma grande alegriapara ele (Jo 8.56), o qual se tornou,assim, o primeiro homem a quemDeus anunciou o Evangelho (Gl3.8).

IV. JESUS, FIGURA DAVÍTIMA QUE SUBSTITUIUISAQUE

A Abraão foi revelado detalhesriquíssimos sobre a salvação. Veja-mos:

1. Abraão e Isaque. SimbolizamDeus e seu Filho Jesus: foi chama-do "pai da fé" (Rm 4.11,12,16,17),como também Deus é Pai de todos,sobre todos, por todos e em todos (Ef4.6); tinha um filho, que recebeu pormilagre (Rm 4.18,19), como tam-bém Deus gerou seu Filho Jesus (SI2.7; Jo 17.5); Isaque era o único her-deiro, de Abraão (Gn 15.4; 25.6),como também Jesus é o herdeiro deDeus (Rm 8.15-17). "Tudo quantoo Pai tem é meu" (Jo 16.15).

2. Amor de Abraão. É um sím-bolo do amor divino: "Deus amou omundo... que deu..."(Jo 3.16); "Deusprova o seu amor para conosco, em

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que Cristo morreu por nós, sendonós ainda pecadores" (Rm 5.8).

3. Abraão viu o lugar de longe.É uma figura de Jesus que exerceuo seu ministério: "vendo a cruz". Elanão era um imprevisto para Jesus,pois Ele sabia que seu ministério ter-reno culminaria ali (Mt 16.21; Jo10.17,18), e esta seria sua grandevitória e seu meio de libertação dopecador (J-lb 9.22).

4. Caminhada cie Isaque até omonte, levando a lenha (G n22.6,8). Isto fala de Deus que "esta-va cm Cristo, reconciliando o mun-do consigo" (2 Co 5.19). "O Pai nãome (em deixado só, porque eu façosempre o que lhe agrada" (Jo 8.29)!. 5. Abraão deixou seus moços aopé do moníe (Gn 22.5). Isto fala dosanjos que estavam sempre com Je-sus (Mt 4.11; Hb 1.14), mas, nomomento da cruz, afastaram-se, si-lenciaram-sc c o desampararam (M t27.46).

6. Isaque amarrado (Gn 22.9).isto fala de Jesus pregado na cruz(Jo 19.18).

7. Abraão segurou o cutelo,pura imolar Isaque (v.10). Isto falado castigo do pecado que Jesus so-freu. Ele assumira a transgressão dahumanidade (Mt 26.36-46). Portan-to, eslava com os delitos, não dele,mas os nossos (l Pé 2.24). Naquelemomento, Deus castigava, no corpode Jesus, os nossos pecados (Rm8.3).

8. Isaque saiu do altar (v. 13).Para Abraão, Isaque já morrera.

Simbolicamente, da morte o reco-brou (Hb 11.19).Isto falada tfssur-reíção de Jesus, para a nossa justifi-cação (Rm 4.25).

V. AS BÊNÇÃOSDECORRENTES DA PROVA

Quando Deus prova o homem,visa, com isso, conccder-lhc bênçãosgrandiosas (Rm 8.28). Jeová reno-vou suas promessas para a vida deAbraão, bem como para sua descen-dência (Gn 12.1,7; 13.14-17; 15.7;17.10; 22.15-í 8). Vejamos:

1. "Te abençoarei" (v. 17).Abraão foi chamado amigo de Deus(Tg 2.23), e é o primeiro homem naBíblia chamado de crente (Gl 3.9).

2. "Grandissimamenlc, multi-plicarei a lua semente" (v. 17).Deus cumpriu sua promessa. Cercade quatrocentos anos depois, .Israeljíí era cm torno de seiscentos milvarões, sem contar os meninos c asmulheres (Êx 12.37).

3. "Como as estrelas dos céus,e como a areia que está na praiado mar". Esta expressão (v. 17) falade duas descendências de Abraão;uma, espiritual; e outra, material,respectivamente. Analisemos:

a) "Como as estrelas do céu".Isto fala de coisas divinas (Fp 2.15),ou seja, é uma alusão àqueles quetêm comunhão com Deus: "Mas éjudeu o que é no interior, e circun-cisão a que é do coração, no espíri-to, não na letra: cujo louvor não pro-vém dos homens, mas de Deus" (Rm2.29); "Não são os filhos da carne

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que são filhos de Deus" (km 9.8);"Porque em Cristo Jesus nem a cir-cuncisão nem a incírcuncisão temviriude alguma, mas sim o ser umanova criatura" (Gl ó.15).

b) Como a areia que está napraia. Isto fala de coisas materiais(Jo 8.6,8). "Nem por serem descen-dentes de Abraão, são todos filhos"(Rm 9.7). "Porque não éjucleu o queo é exteriormente, nem é circunci-são a que o é exteriormente na car-ne" (Rm 2.28).

4. "Em tua semente, serão ben-ditas todas as nações da terra" (v.18). A semente de Abraão (não se-mentes, "como se falasse de muitas,mas de uma só") é Cristo (GI 3.16).isto é, por meio dos descendentes deAbraão, segundo a carne, o Salva-dor nasceria (Jo 4.22). Sua reden-ção abrangeria o mundo inteiro, e asua vinda, por meio de Abraão, erasomente um meio pelo qual Ele al-cançaria o seu alvo, ou seja, a sal-vação dos homens. Portanto, assimfica bem claro que a "Semente daMulher" (Gn 3.15) seria descenden-te de Abraão. A expressão acima sig-nifica que todas as nações seriamalcançadas pela salvação propicia-da pela semente de Abraão, que éCristo. Por esta razão, todos os quecrêem em Jesus, quer judeus ou não,

são considerados.filhos de Abraão(Rm 4.11,12,16,17; GI 3.6,28,29).A plenitude desta bênção para todasas famílias da Terra, cumprir-se-áno Milénio (Zc 8.23; Is 66.18,19).

CONCLUSÃO

Se formos fiéis nas provas a quesomos submetidos por Deus, e en-tregarmos a Ele o que solicita de nós(as provas objetivam o nosso bemestar espiritual), o Senhor respon-derá na hora certa, e dar-nos-á o seumaravilhoso livramento e tantas ou-tras bênçãos extraordinárias, con-quistadas por Jesus, o Cordeiro deDeus revelado a Abraão.

QUESTIONÁRIO

1. Qual foi objetivo da prova deAbraão?

2. Quem é o anjo do Senhor, menci-onado no versículo 11?

3. O que representa aquele carneiroque estava preso no mato?

4.0 que significa a expressão "comoas estrelas dos céus"?

5. O que significa a expressão "emtua semente serão benditas todasas famílias da terra"?

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Page 13: Calvário, lugar de salvação

A SALVAÇÃO PREDITA POR JACO

TEXTO ÁUREO LEITURA EM CLASSE

"Alegra-te muito, 6 filhade Sião, ó filha de Jerusalém;eis que o teu rei virá a ti, justoe Salvador" (Zc 9.9).

VERDADE PRATICA

Jesus é o Valente que ven-ceu todas as batalhas, para ga-rantir aos que nele crêem a

! vitória por Ele conquistada na: Cruz.

ÉPOCA DO EVENTO: J 660 a.C.

LOCAL: Terra de Gósen, Egito

HINOS SUGERIDOS: 432 (086HCA)e433(410HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 49.24Jesus, o Valente de JacóTerça - Ap 5.5Jesus, o Leão que venceuQuarta - Jo 16.33Jesus, o Leão que venceu o mundoQuinta - Ap 1.18Jesus, o Leão que venceu morteSexta - fíb 2,14-16Jesus, o Leão que venceu SatanásSábado-Ap]7.J4Jesus, o líeí Vitorioso

GÉNESIS 49.8-12

8'- Judá, a ti te louvarão teusirmãos; a tua mão será sobre opescoço de teus inimigos; os tllhosde teu pai a ti se inclinarão.

9 - Judá é um leãozinho, dapresa subiste, filho meu. Encurva-se? e deita-se como um leão, e comoum leão velho: quem o desperta-rá?

10 - O cetro não se arredaráde Judá, nem o legislador dentreseus pés, até que venha Silo; e aele se congregarão os povos.

11 - Ele amarrará o seujumcntinho à vide, e o filho da suajumenta à cepa mais excelente; elelavará o seu vestido no vinho, e asua capa em sangue de uvas.

12 - Os olhos serão vermelhosde vinho e os dentes brancos deleite.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Jacó já estava velho e, como eracostume naqueles dias, principal-mente na vida dos patriarcas, cha-mou a si todos os seus filhos paraabençoá-los, e, finalmente, morrer.Na ocasião, cada um deles recebeuurna palavra específica sobre o quelhes ocorreria "nos derradeiros dias"

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Page 14: Calvário, lugar de salvação

(Gn 49.1), e coube à tribo de Judáuma promessa muito especial, ouseja, dela surgiria um reino que te-ria uma supremacia política sobre asdemais tribos, "até" que viesse o es-perado Redentor, ao redor do qualcongregariam os povos (v. 10). EsteLibertador é o Senhor Jesus, o Mes-sias prometido, "o Leão da tribo deJudá" CAp 5.5), que Deus enviou aomundo nos "últimos dias" (AL 2.17),ou seja, "na plenitude dos tempos"(Gl 4.4), para libertar o ser humanodos seus pecados, e cumpriu, assim',a sua promessa feita a Adão, noÉdenCGn3.15) .

I..]UDÁ,ATRIBO'-ESCOLHIDA

Vejamos alguns detalhes impor-tantes sobre este aspecto:

1. A escolha. Judâ eru O quartofilho de Jacó com Leia (Gn 29.35).Embora não fosse o primogénito,desde cedo mostrou muita coragemc- liderança entre seus irmãos. Elefoi "poderoso entre seus irmãos edele provém o príncipe" (l Cr 5.2).Salvou José de ser morto pelos seusirmãos (Gn 37,26,27); liderou-os nabusca de alimentos no Egito, duranteos anos de fome (Gn 43.3-10); ape-lou, de modo eloqtlente, a José, emfavor de sua família, e levou este arevelar sua identidade (Gn 44.36-34); preparou o caminho de Jacó,para o reencontro com seu filho José(Gn 46.28). Certamente, a escolhade Judá, para dele vir o Redentor,estava no plano divino; porém, suas

qualidades o referendavam para li-derar um grande povo.

2. Supremacia entre outras tri-bos. Vejamos o que é dito a esle res-peito:

ci) "A.ti te louvarão léus irmãos"(v.8). A liderança de Judá teve con-tinuidade através dos anos. QuandoIsrael caminhava pelo deserto, emdemanda a Canaã, Judá era a triboque ia na vanguarda (Nm 2.9). Oauge desta liderança foi nos dias deDavi, que venceu diversos reinos, eanexou.suas terras ao seu reino. Elefora escolhido como rei pelo Senhor(2 Sm 5.2); porém, devido sua cora-gem, foi ungido soberano pelos ho-mens de Judá (2 Sm 2.4), como tam-bém por todas as demais tribos querogaram a ele por isso (2 Sm 5.15).

Tornou-se, portanto, o domina-dor da Palestina (2 Sm 5.5), e trou-xe alegria e satisfação a todas elas.Deste modo, cumpriu-se a profecia.

b) "Os filhos de teu pai a ti seinclinarão " (v.8). Embora a tribo deJudá alcançasse uma liderança so-bre as demais, conforme foi diío aci-ma, esta profecia terá pleno e literalcumprimento no reinado milenial deJesus, o filho de Davi, que assenta-rá no seu trono (2 Sm 7.12-17), paraum reino eterno (Lc l .32,33), e di-ante dele, todos dobrarão os joelhos(Fp2.9-ll).

3. As características do reino.Seu reino ê comparado a atuação deum leão em suas três idades:leãozinho, leão e leão velho (v.9),que representam três épocas distin-

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Page 15: Calvário, lugar de salvação

tas de Israel: saída do Egíto e esta-belecimento na terra; estruturação edomínio do reino; cativeiro e deca-dência. Nestas, e também em outrascircunstâncias, o povo de Israel foicomparado a um leão (Nm 23.24;24.8,9; Ez 19.1-14; Mq 5.8), pelaforça e coragem dadas por Deus.

a) "Judá é um leãozinho, da pre-sa subiste, filho meu" (v.9).Leãozinho ou leão novo, em plenovigor. Podemos ver aqui dois aspec-tos importantes: .

• Uma figura do povo de Deusque, como leão, foi aprisionado elevado para a terra do Egito (Ez19.1-4). Porém, Deus lhe dotou deforça e coragem, de modo a "avan-çar" sobre seu opressor, sua "presa",vencê-lo, e sair de seu domínio (Nm23.22; 24.8,9; Êx 15.1-19). Em con-sequência, foi chamado filho deDeus (Os 2.15; 11.1).

• Uma figura de Jesus, o "valen-te de Jacó" (Gn 49.24) que, para li-bertar o homem do pecado (Jo 8.44),avançou tal qual um leão sobre oopressor da raça humana, isto é, oDiabo (Ef 2.2; Hb 2.14-16), venceu-o e tirou toda sua armadura, em queconfiava (Lc 12.21,22). Despojou-ode tudo (Cl 2.14,15) e feriu a suacabeça (Gn 3.15). Islo, Jesus fez,quando morreu na cruz por nossospecados, ressuscitou, para a nossajustificação, e subiu ao Céu, onde foideclarado Filho de Deus (Rm 4.25;Ef 4.9,10; Rm 1.4). Cristo veío datribo de Judá(Mt 1.20; 9.27; 12.23;Rm 1.3). Por isso, é chamado "o

Leão da tribo de Judá" (Ap 5.5).Leão fala de força, coragem, a^ori-dade e determinação, qualificativosmarcantes no ministério de Cristo.Ele é o Leão que venceu o mundo(Jo 16.33), Satanás (Hb 2.14) e oHades (Ap l. 18) e assentou-se vito-rioso com seu Pai no trono (Ap3.21).

b) "Encurva-se e deita comoleão". Depois de comer a presa, oleão deita-se com tranquilidade, paradescansar. Este comportamento re-flete o ocorrido no apogeu deste rei-nado. Além da organização, da ri-queza, da beleza do templo, etc., foiuma época dê relativa paz e descan-so (2 Cr 9.13-28). Era o leão já sa-ciado, que se deitou (Nm 23.24;24.8,9; Ez 19.6,7).

c) "Como um leão velho, quemo despertará?" (v.9). "Perece o leãovelho, porque não há presa, e os fi-lhos da leoa andam dispersos" (Jo4.11). Isto fala da inoperância, im-potência, do conformismo, etc., exa-tamente, o que ocorreu com Israel:descuidou do temor e .da confiançaem Deus e acabou dividido em doisreinos: Norte e Sul, e levados cati-vos: o primeiro, para a Assíria (2 Rs15.19,29; 17.3-6), o segundo, paraBabilónia (2 Rs 24.1-20; 2. Cr 36.6-23).

4. A duração do reino. "O ce-tro não se arredará de Judá, nem olegislador dentre seus pés, até quevenha Silo" (v. 10). O cetro aqui sig-nifica: "o bastão", ou a "identidadetribal", ou o "poder legal e real".Cada uma das doze tribos de Israel

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Page 16: Calvário, lugar de salvação

t inha o seu "bastão", com o seunome%inscrito. Portanto, o de Judánão desapareceria, até que viesseSilo, isto é, o Messias. Mesmo du-rante o período de setenta anos docativeiro babilónico, Judá não foiprivado da sua soberania, e mante-ve sua "identidade nacional" (Et3.8). A nação ainda possufa seuspróprios legisladores e juizes (Ed1.5,8). Conforme o texto em análi-se, a vinda do Messias implicaria naremoção do cetro, ou da identidadede Judá, com a perda, é claro, dopoder judicial. A remoção do cetroteve evidência inicial, quandoHerodes, o Grande, que reinou de 39até 4 a.C. (e não era judeu), suce-deu aos príncipes macabeus, os úl-timos reis judeus a governar em Je-rusalém. Quanto à perda do poderjudicial, isso ocorreu por volta de l!d.C., com a deposição de Arqueiau(M12.22).

Nesta fase da História, a Judéiatornou-se uma província romana, epassou a ser dirigida por procura-dores nomeados pelo Imperador. Emdecorrência disso, foi retirado doSinédrio judaico o direito de pronun-ciar sentenças de morte dos culpa-dos. Podiam excomungar (Jo 9.22),prender (At 5.37,18) e punir corpo-ralmente (At 16.22), menos matar,competência exclusiva dos romanos.Sobre este episódio, escreveu o ra-bino Rachmon; "Quando os mem-bros do Sinédrio perceberam que ti-nham perdido o direito sobre a vidadas pessoas, uma consternação ge-ral tomou conta deles; eles cobriramas cabeças com cinzas, e os corpos

com sacos, e exclamaram: AÍ de nós,pois o cetro foi removido de Judá eo Messias não veio", (Ensaio sobrea História e Geografia da Palesti-na, segundo os Tal mudes e as ou-tras fontes rabínicas, Paris, 1867,p.90.)

II. A SALVAÇÃO PREDITA

A salvação foi predita de ummodo claro com a vinda de Silo (v.10), uma referência a Jesus, o Rei, oMessias, que viria salvá-los no fu-turo. Vejamos detalhes deste Reden-tor e sua obra redentora:

J . Seu perfil. Ut i l i za r ia umjumcntinho (v.l 3). Isto fala de trêsqualidades do Messias: manso, hu-milde e pacificador, evidências cla-ras do caráter do Salvador (Mt11.28,29; Jo 14.27). Rico, fez-sepobre, para nos enriquecer (2 Co8.9). Também é uma profecia decomo Ele entraria na cidade de Je-rusalém (Zc 9.9), o que de fato ocor-reu (Mc 13 .1-11) . O jumentinhoamarrado à vide fala de prosperida-de e bênção (Mq 4.4; l Rs 4.25; Zc3.10), que seu ministério represen-taria para a humanidade.

2. Seus sofrimentos. "Olhos ver-melhos" (v. 12), fala do seu sofri-mento. Jesus chorou diversas vezes(Hb 5.7), teve aflições (Hb 2.10),participou dos sofrimentos humanos(Hb 2.14-16). No Getsêmaní, entrouem agonia e, ao orar, suou gotas desangue (Lc 22,39-46).

3. Sua morte.- "Lavará seu ves-tido no vinho, e sua capa em sanguede uvas" (v. 11). Isto fala do sangueque derramou na Cruz, onde foi cru-

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Page 17: Calvário, lugar de salvação

cificado (Mt 27.35; Fp 2.6-8), pararemir o homem dos seus pecados(Hb 9.13,14,22). João viu Jesus noCéu, com uma veste salpicada desangue (Ap 19.13).

4. Sua satisfação, "dentes bran-cos deleite" (v.11). Vemos aqui doisaspectos resultantes da obra de Je-sus na cruz do Calvário:

a) Abundância de lehe e de pro-visões. Jesus, com sua morte, con-quistou inúmeras bênçãos para osque nele crêem: abundância de vida(Jo 10,10); de paz (Fp.4.7); de ale-gria (SI 16.11); de gozo (Jo 15.11);do Espírito (Jp 3.34).

h) Contentamento. Ao sorrir decontentamento, pela obra realizada,seus dentes brancos, esmaltados, sãovistos. Ele está satisfeito com o quefez em prol da vida humana (Is53.11). De igual modo, os céus tam-bém estão alegres pela obra realiza-da na vida do pecador, representa-do pela ovelha, dracma, e filho re-cuperados (Lc 15.5,7,10,24).

III. A ABRANGÊNCIA DASALVAÇÃO

"A ele se congregarão os povos"(v. 10). Vejamos aqui dos aspectos:

1. Salvação para todos os po-vos. No plano de Deus para a salva-ção, estão incluídos: "todo o mun-do" (Mc 16.15); "todas as nações"(Mt 28.19); "todas as gentes e ra-ças" (Mc 13.10); "todas as aldeias"(Mt 9.35).

2. Comunhão presente e futu-ra. Ao aceitar Jesus como Salvador,o homem passa a ter comunhão com

Ele ( l Co 1.9); porém, na sua vin-da, seremos arrebatados para^.ter-namenle estarmos com Ele (l Ts4.13-18). Jesus nasceu Rei (M12.2),e o povo o reconheceu como sobera-no (Lc 19.38). O seu reino era espi-ritual (Cl 1.13; l Ts 2.12; Ef 5.5).Porém, no futuro, Ele restaurará oreino de Israel (At l .6), e o fará deforma cabal, literal e eterna (Rm11.1-32; Is 9.7; Lc 1.33). E, nessaocasião, o cetro de Judá estará na suamão (Nra 24.17). Ora vem, SenhorJesus (Ap 22.20).

CONCLUSÃO

Jacó, na hora de morte, cheio doEspírito Santo, profetizou que Jesusviria da descendência de Judá, como objetivo de salvar a humanidadeperdida, quando se expressou: "A elese congregarão os povos", como pro-va de que Deus não faz acepção depessoas e a salvação é para todos osque aceitam a Cristo como Salvadorde suas almas.

QUESTIONÁRIO

1. Que significa a expressão: "Osfilhos de teu pai a ti se inclinarão?

2. Por que Judá é comparado a um"leãozinho", depois a um "leão",e, em seguida, um "leão velho"?

3. Quem é Silo?

4. Que significa a expressão: "Olhosvermelhos"?

5. Que significa a expressão: "Den-tes brancos de leite"?

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23 de abril d© 1995

A SALVAÇÃO GARANTIDA NA PÁSCOA

TEXTO ÁUREO

"Porque Cristo, nossapâscqa, foi sacrificado por nós"(I Co 5.7),

VERDADE PRATICA

Somente o sangue de'Jesuspode libertar,o homem da sua*vã. manejra,de viver, recebida.

(ppr tradições,,filosofias, rcli-. .giõés, etc.

ÉPOCA DO EVENTO; 1462 a.C.

LOCAL: Terra de Gósen

HINOS SUGERIDOS: 109 (277-HCA) e 1 1 1 (289-HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Bf2. 13Proximidade pelo sangueTerça - Rm 5.9Justificados pelo sangueQuarta - Hb 13.12Santificação pelo sangue'Quinta - Cl J.20Pai pelo sangueSexta - Rm 5.9Livres da ira pelo sangueSábado - Ap 12.1 iVitória pelo sangue

LEITURA EM CLASSE

ÊXODO 12.21-29

21 - Chamou pois Moisés a to-dos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordei-ros para vossas famílias, esacrificai a páscoa.

22 - Então tomai um molho dehissopo, e molhai-o no sangue queestiver na bacia, e lançai na vergada porta, e em ambas asumbreiras, do sangue que esliverna bacia; porém nenhum de vóssaía da porta da sua casa até amanhã.

23 - Porque p Senhor passarápara ferir aos egípcios, porémquando vir o sangue na verga daporta, e em ambas as umbreiras/oSenhor passará aquela porta, e nãodeixará ao destruidor entrar emvossas casas, para vos ferir.

24 - Portanto guardai isto porestatuto para vós e para vossos fi-lhos, para sempre.

25 - E acontecerá que, quandoentrardes na terra que o Senhorvos dará, como tem dito,guardareis este culto.

26 - E acontecerá que, quandovossos filhos vos disserem: Que cul-to é este vosso?

27 - Então direis: Este é o sa-crifício da páscoa do Senhor, quepassou as casas dos filhos de Israelno Egito, quando feriu aos egípti-

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os, e livrou as nossas casas. Entãoo povo inclinou-se, e adorou.

28 - E foram os filhos de Israel,e fizeram isso; como o Senhor or-denara a Moisés e a Arão, assimfizeram.

29 - E aconteceu, à meia noite,que o Senhor feriu a todos osprimogénitos na terra do Egito,desde o primogénito de Faraó, quese assentava em seu trono, até oprimogénito do cativo que estavano cárcere, e todos os primogénitosdos animais.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O povo de Israel viveu debaixoda escravidão egípcia por cerca dequatro séculos '(Gn 15.13; At 7.6).Faraó os oprimia de todas as formase não havia possibilidade humana delivramento (êx 2.11-15), pelo que opovo clamou diante de Deus por umalibertação (Êx 2.23,24). O Senhor osouviu e resolveu tirá-los daquelaangustiante situação (Êx 3.7-9),através do sangue do cordeiropascoal, que garantiu a saída vitori-osa de Israel da terra do Egito, a"casa da servidão" (Êx 13.14). Estasalvação garantida por Jeová, atra-vés do sangue do cordeiro, é umafigura bem clara da salvação propi-ciada pelo sangue de Jesus derrama-do na Cruz, que liberta o homem da"terra do Egito", isto é, do pecado(Jo 1.29), e das "mãos de Faraó", ouseja, de Satanás (Cl 1.13,14).

L A INSTITUIÇÃO DAPÁSCOA -é

Como já vimos, há uma relaçãoentre a Páscoa e a salvação huma-na: ambas representam a libertação;esta do pecado, e aquela da escravi-dão egípcia.

1. Escravidão de Israel. O povoexperimentava uma situação críticae era afligido pelos trabalhos braçaisdiários (Êx 1.12-14; 2.23-25; 3.7-9);ameaçado de extinção como nação(Êx 1.15-22); e, o que era pior, nãopodia sair pelos seus esforços (Êx3.11-15). Esta é a situação daqueleque está no pecado: sem paz (Is4S.22); dominado pela maldade (Jo8.44); debaixo da influência malig-na (Ef 2.2); e sem poder sair pelosseus esforços (SI 49.7,8; Ef 2.8-10).

2. Libertação divina. Deus re-solveu libertá-los (Êx 3.7-10), fatoevidenciado pelo observar atenta-mente a aflição; ouvir o seu clamor;conhecer as suas dores; descer paralivrá-los; escolher um líder para tal.Deus quer libertar o homem de seuspecados (l Tm 2.4; Jo 8.32,36).

3. Recusa de Faraó para liber-tar. Faraó não queria a libertação deIsrael (Êx 5.4-19), e, diante das pra-gas que vieram, tentou fazer acor-dos com Moisés, para evitar tal li-berdade (Êx 8.8,25,28; 10,11,24).Satanás quer manter o homem opri-mido (Lc 13.16) e, para tanto, pro-põe as mais diferentes ofertas, paraque este não seja liberto (Al 17.32;24.25).

4. Estatuto perpétuo (Êx

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12.24,25). Consideremos estes doisaspectos: do ponto de vista literal,isto representava ura concerto exclu-sivo entre Deus e a nação israelita,o que, a princípio, os estrangeirosnão participavam e só lhes foi per-mitido posteriormente, desde queobedecessem suas leis (Êx 12.43-45); portanto, nada disso diz respeitoà Igreja (At 15.19-20; Ef 2.14-16).Do ponto de vista espiritual, istofala da continuidade da bênção deDeus. em nós, não somente nestavida (Ec 9.8; Fp 1.6; 2 Co 3.18), masna eternidade (Jo 5.24; 14.3; l Ts4.13-17). A Páscoa era consideradauma festa (Êx 12.14), e, nesse sen-tido, fala do banquete .contínuo docrente (Pv 15.15).

5. Participação da família (Êx12.3,4,21). Deus quer que todas asfamílias participem da bênção pro-piciada pelo sangue de Jesus (At16.31-34; Jo 3.16).

6. Ensino para os filhos (Êx12.24-27). A responsabilidade dospais era muito grande na transmis-são das revelações divinas aos filhos.Assim, também, o Senhor esperaque ensinemos aos nossos filhos aObra de salvação por Ele propicia-da (Dt 6.20; 21.18; Pv 22.6; 2 Co12.14; Ef 6.4; l Tm 3.12).

7. Expectativa da terra prome-tida (Êx 12.25). Para Israel, a Pás-coa estava relacionada com a saídado Egito, sua caminhada pelo deser-to, e continuidade na nova terra.Para nós, os salvos, o sangue de Je-sus garante a entrada na cidadecelestial (Fp 3.20; Hb 13,14). Gló-ria a Deus!

H. O CORDEIRO DA PÁSCOA

Simboliza Cristo, "nossa páscoa"(I Co 5.7). Vejamos algumas seme-lhanças:

1. Deveria ser escolhido (v.21).Conforme Êxodo 12.3-11, seria:

a) um cordeiro (v.3). Figura deJesus, o "Cordeiro de Deus" (Jo1.29), que foi "morto desde a fun-dação do mundo" (Ap 13.8).

b) Sem mancha. Não podia terdefeitos. Jesus é o "cordeiroimaculado e incontaminado" (l Pé1.18,19).

c) De um ano (v.5). (Vide Levíti-co 9.3; 12.6). Sua pouca idade falada vida terrena de Jesus, que, aomorrer, tinha pouco mais de 33 anosde existência.

d) Guardado até o 14° dia (v.6).Deveria ser escolhido no 10° dia esacrificado no 14°, período duranteo qual era observado se possuía al-gum defeito. Jesus foi observado portodos os homens, e nele não se achounenhuma falha (Jo 8.46; Mt 27,19,24; Lc 23.4,47; 2 Co 5.21).

e) Sacrificado à tarde (v.6). Istoê, no crepúsculo da tarde, horáriodurante o qual os sacerdotes no An-tigo Testamento sacrificavam assuas vítimas (Êx 29.39,41). Jesusexpirou na cruz às 15:00 horas (horanona judaica).

2. Devia ser imolado (v.21). Ocordeiro vivo não resolvia o proble-ma, mas o morto, sim. Sem o derra-mamento do sangue de Jesus, nãopoderia haver remissão de pecadosda humanidade (Hb 9.22).

. 3. Deveria ter os seus ossos pre-servados (Êx 12.46). Isto se cum-

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priu literalmente, quando Jesus es-tava morto na cruz .(Jo. 19.32,36).

4. Devia ser comido (Êx 12.8-11). O.cordeiro era servido: assadono fogo (morte de Jesus na cruz; comervas amargosas (arrependimento econversão); com pães asmos (sem ofermento da maldade, malícia e dou-trinas erradas); e, apressadamente(preparados para sair a qualquer mo-mento da terra ,para o Céu).

Hl. A APLICAÇÃO DOSANGUE DO CORDEIRO

O sangue.do cordeiro aspergidonas portas das casas dos hebreus,representava o sangue de Jesus as-pergido em nossas vidas (Hb9.13,14). Vejamos algumas coinci-dências da aspersão e eficácia docordeiro:

1. Deveria ser aplicado (v.22).Apenas derramar o sangue da víti-ma, não satisfazia. Da mesma for-ma, entender que o sangue de Jesusfoi derramado na Cruz, nada resol-ve, e sim receber a eficácia dele (Rm5.9; Ef 2.13; Cl 1.20).

2. Deveria ser colocado nasportas (v.22). Deveria ser colocadonos lados (umbreiras) e, em cima(vergas) das portas, menos na parteinferior. Devemos estar com as "por-tas" do nosso coração aspergidas(Ap 3. 20), e fechadas (l Rs 22.34),para obtermos a vitória completa (GI6.17).

3. Não sair para fora (v.22). ABíblia divide os homens em duasclasses: os de dentro e os de fora (Mc

4.11). Os salvos, estão "dentro" (Cl4.5), escondidos "com Cristg emDeus" (Cl 3.3), e não podem sairdeste "esconderijo do Altíssimo" (SI91.1),'porque o Diabo "está do ladode fora, para tragar os'que se arris-carem a sair (Js 20.3-9; Ec 10.8; l•Pé 5.8).: ' ;'

4. Sinal de proteção (Êx 12.13).Este sinal fala de três coisas:

a) Sinal para Deus (Êx 12.13,23). Deus, quando olha para aTerra, Ele vê um povo que tem o seusinal (Êx 8.22; 9-4,6,26; 10.22,23;11.7), que é o sangue de Jesus 'as-pergido em nossas vidas (Ap 1,5).

b) Sinal para o destruidor (v,23).O Diabo tem pavor do sangue deJesus, porque não pode mais domi-nar os que creram no Senhor (Cl1.14,15; l Jo 5.18), pois já estão li-vres da condenação (Rm 8.1). Sata-nás é destruidor (Jo 10.10), e suaprocedência aqui neste trecho mos-tra que ele é o "deus deste século"(2 Co 4.4), e quando o homem re-jeita servir a Deus, para o seu pró-prio bem, o Senhor permite a atua-cão e o domínio de Satanás em suavida (Rm 1.24,26,28). Existem ape-nas dois senhores (Mt 6.24), e doiscaminhos (Mt 7.13,14), e o ser hu-mano deve escolher qual deve se-guir.

c) Sinal para os israelitas (Êx12.13). O sangue de Jesus transmi-

te para os salvos uma consciênciatranquila da proteção de Deus (l Tm1.12), pela presença do Espírito quetestifica serem todos filhos de Deus(Rm8.16; l Jo 3.2).

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Page 22: Calvário, lugar de salvação

IV. SALVAÇÃO EMORTANDADE À MEIÁ-NOITE

Temor e alegria, de um lado;porém, choro e morte, do outro. Ve-jamos:

1. A salvação de Israel. Osisraelitas realizaram a Páscoa, con-forme a revelação do Senhor (v.28),e ficaram seguros e tranquilos, en-quanto a ira de Deus assolava o Egi-to, à meia-noite. Assim acontececom a Igreja. Nós já recebemos, aaspersão pelo sangue de Jesus emnossas vidas, e apropríamo-nos dasua eficácia. Há cerca de dois milanos, o relógio de. Deus acusa.quascmeia-noite (l Jo2'.lS). À semelhan-ça das virgens que aguardavam oesposo, o qual chegou à "meiá-noirte" (ívlt 25.6),'também aguardamosJesus a qualquer'momento, para oArrebatamento da Igreja (l Ts 4.1"3-18), quando sairemos deste mundopara a Pátria Celestial (Fp 3.20).

2. A mortandade dos egípcios.Podemos considerar a mortandadedos egípcios para os nossos dias, cmdois aspectos:

a) Morte espiritual. Sem Jesus,o pecador está "morto em pecados edelitos" (Ef 2.1;. l .Tm 5.6; Lc15.24). Como são poucos os salvos(Ml 7.13,14; l Co 1.26),consequen-temente, grande é o número dos queestão mortos espiritualmente, osquais, se-nãp crerem, partirão per-didos para a eternidade.

b) Morte na Grande Tribulação.

Com a saída da Igreja da Terra, teráinício a Grande Tribulação, perío-do durante o qual a ira de Deus seráderramada sobre os homens. Mi-lhões de pessoas que recusaram oamor da verdade, para serem salvas,serão mortas pelas calamidades quevirão. A mortandade será tão gran-de, que o sangue dos homens che-gará até "ao freio dos cavalos" (Ap14.20), ou seja, ao nível de suas bo-cas.

CONCLUSÃO

'Estejamos cobertos com õ'san-gue de Jesus, da cabeça à planta dospés, sem deixar oportunidade algu-ma em nossas vidas, e sem sair parafora do "esconderijo do Altíssimo",a-fím de experimentarmos a sua pro-teção total, e, dentro de umpoucochinho-de "tempo (Hb 10.37),sairemos daqui para os céus, na glo-riosa vinda de Jesus. ' '

QUESTIONÁRIO

1. Qual é a relação existente entre aPáscoa e a salvação do homem?

2. O que simbolizava o cordeiro dapáscoa?

3.0 que significa o sangue espargidonas portas dos hebreus? .

4. O que significa "para sempre",. conforme descrito em Êxodo

12.24?

5. Que significa a mortalidade dosegípcios para os dias de hoje?

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Page 23: Calvário, lugar de salvação

Lição 5 30 de abril de 1995

A SALVAÇÃO PREFIGURADA NOSACERDÓCIO LEVÍTICO

TEXTO ÁUREO

"E Ele é a propiciação pe-los nossos pecados, e não so-mente pelos nossos, mas tam-bém pelos de lodo o mundo" (1.Jo 2.2).

VERDADE PRATICA

j Jesus, como nosso Sumo í; Sacerdote, pode salvar perfei- j! lamente os que por Ele se che- íi gam a Deus. j

ÉPOCA DO EVENTO: 1461 a.C.

LOCAL: Monte Sinai

HINOS SUGERIDOS: 410 (061-HCA)e4ll(033-HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Hb 10JJesus, o sacerdote preditoTerça - Hb 5.10Jesus, o sacerdote chamadoQuarta - Hb 10.21Jesus, o sacerdote poderosoQuinta - Hb 7.26Jesus, o sacerdote puroSexta - Hb 8.1Jesus, o sacerdote exaltado

Sábado - Hb 7.27Jesus, o sacerdote eterno

LEITURA EM CLASSE

LEVÍTICO 8.1-6; 22-24

1 - Falou mais o Senbor aMoisés, dizendo:

2 - Toma a Arão e a seus filhoscom ele, e os vestidos, e o azeite daunção, como também o novilho daexpiação do pecado, e os dois car-neiros, e o cesto dos pães asmos.

3 - E ajunta toda a congrega-ção à porta da tenda da congrega-ção.

4 - Fez pois Moisés como o Se-nhor lhe ordenara, e a congrega-ção ajuntou-se à porta da tendada congregação.

5 - Então disse Moisés à con-gregação: Isto é o que o Senhorordenou que se fizesse.

6 - E Moisés fez chegar a Arãoe a seus filhos, e os lavou com água.

22 - Depois fez chegar o outrocarneiro, o carneiro da consagra-ção; e Arão com seus filhos puse-ram as suas mãos sobre a cabeçado carneiro;

23 - E o degolou; e Moisés to-mou do seu sangue, e o pôs sobre aponta da orelha direita de Arão, esobre o polegar da sua mão direi-ta, e sobre o polegar do seu pédireito.

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24 - Também fez chegar os fi-Ihos^le Arão; e Moisés pôs daque-le sangue sobre a ponta da orelhadireita deles, e sobre o polegar dasua mão direita, e sobre o polegardo seu pé direito; e Moisés espar-giu o resto do sangue sobre o altarem redor.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A salvação é prefigurada de umamaneira muito clara no sacerdóciolevílico, prefiguração esta que ofe-rece muitos detalhes específicos só-,bre os diversos aspectos da salvação,realizada na Cruz do Calvário porJesus, o 'Sumo Sacerdote da nossaconfissão (Kb 3.1). •

I. CONSTITUIÇÃO DOSACERDÓCIO LEVÍTICO1. O sumo sacerdote. Era cons-

tituído, para ser mediador entreDeus e os homens (Hb 5,1), no to-cante a expiação do pecado; portan-to, uma figura de Jesus, o únicoMediador entre Deus e o pecador (lTm2.5;Jo 10.10; 14.6).

2. A expiação do pecado. Estaera a função principal do sacerdote(Hb 8.3). Ao fazer este trabalho parasi e o povo, os pecados eram perdo-ados (Lv 4.20,26,31; 5.10,13;16.18). Aquilo era um adiantamen-to do preço do perdão de Deus, queJesus pagaria com seu próprio san-gue na "plenitude dos tempos" (At20.28; GI 4.4). Quando Cristo rea-lizava seu ministério terreno, Ele ti-

nha uma responsabilidade dupla:Cumprir o que os salvos do AntigoTestamento esperavam, pois eramperdoados, na esperança de que al-guém no futuro pagasse o preço doperdão (Rm 3.25), o que foi feito porJesus com o seu próprio sangue; pro-piciar a salvação para os que existi-am em seus dias e viveriam depoisdele, como nós.

II. SEMELHANÇA ENTRE OSSUMOS SACERDOTES,ARÃO E JESUS

Entre muitas, a semelhança prin-'cipal entre Arão e Jesus, corno sa-cerdotes, está no serviço diante doSenhor, como mediadores entre opovo e Deus, para o perdão dos pe-cados e a comunhão com o Criador(Hb 5.1; 10.21-22). Outras podemser vistas:

J. Na chamada. Arão foi cha-mado por Deus (Hb 5.4); Jesus foiconstituído Sacerdote pelo Pai (Hb5.5,6).

2. Na santificação. Arão foi la-vado publicamente com água (v.6).Isto fala de pureza e testemunhopúblico, Jesus foi achado sem peca-do: pelos inimigos (Mt 27.4.19);pelos demónios (Mc 1.13,24); pelopúblico em geral (Mc 7.37); por seusseguidores (2 Co 5.21); e por DeusPai (Mt 17.5).

3. Nas vestes. Era uma roupadiferente da dos demais, chamada de"vestidos santos" (Êx 28.2; 31.10),e constituída de várias peças feitasconforme a revelação de Deus (Êx

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Page 25: Calvário, lugar de salvação

28.4-43), as quais mostravam o ca-rííter e a natureza de Cristo. Veja-mos resumidamente esta simbolo-gía:

(t)Túnic(i de Unho (v.39). Suapureza, perfeição e justiça (Hb 7.2(3;Ap 19.8);

b) Cinto í/e linho (v.39). Seu ser-viço (Is 22.21; Lc 17.8; Jo 13.14; Fp2.6-7);

c) Manto do éfode (vv.31-35).Sua procedência celestial (I Co15.45-49);

el) Éfode (vv. 6-í 2). Sua nature-za celestial e humana (Mt 3.15,16;8.24-26);

c) Peitoral (vv. 15-21). Seu amor(Mt 9.36; 14.14; 15.32; 20.34; Ap1.5);

f) Mitra (v.3S). Sua obediênciae santidade (At 3.14; Fp 2.6-8).

4. Nu unção. Depois de vestido,deveria ser ungido com azeite (Êx29.7), figura da unção que caracte-rizou o ministério de Jesus (Lc 4.18;At 10.38).

5. Na consagração. Por ocasiãode sua consagração, algumas vítimaseram sacrificadas, que prefiguram aObra realizada por Jesus. Vejamos:o novilho (Iv 8.14-17), sacrificadopelo pecado do sacerdote. Uma par-te era queimada sobre o altar, e ou-tra, fora do arraial, como símbolo daexpiação feita no Gólgota (Hb 13.11-13); o primeiro carneiro (Lv 8.18-21), constituía o sacrifício de cheirosuave, queimado totalmente sobre oaltar, e prefigura a entrega comple-ta de Jesus no seu serviço (Ef 5.2;

Fp 2.6-8); o segundo carneiro(vv.22-32), sacrifício de ação de gra-ças, o seu sangue deveria ser íolo-cado na orelha direita, no polegarda mão direita, e no polegar do pédireito do sacerdote, e espargido so-bre seus vestidos, e significava o ser-viço do sacerdote protegido e puri-ficado pelo sangue do cordeiro (Ap1.5; 22.14), e, no tocante a Cristo,sua perfeição moral.

m. CRISTO, o SUMOSACERDOTE PERFEITO

O sacerdócio de Cristo é perfei-to e eterno e supera o de Arão em:

1. Eficiência maior. Vejamos: avítima. Arão sacrificava animais (Hb9.12,13), enquanto Jesus foi o pró-prio Cordeiro (Hb 9.12,14,23); re-petição. Arão sacrificava todos osdias (Hb 9.25; 10.1-3), enquantoJesus ofereceu sua vida como únicoe definitivo sacrifício (Hb 9.28); lu-gar. Arão entrava no lugar Santo dosSantos uma vez por ano (Hb 9.7),enquanto Jesus, ao morrer e ressus-citar, penetrou no próprio Céu (Hb8.1,2; 9.24); pecado. Arão Unha deapresentar sacrifício pelo seu própriopecado (Hb 9.7), enquanto Jesus nãonecessitava disso, pois não era cul-pado (Hb 7.26); morte. O falecimen-to de Arão o impediu de sacrificar(Hb 7.23), enquanto Jesus continuacom seu ministério sacerdotal (Hb7.24); remoção. O sacrifício de Arãonão removia a transgressão (Hb10.4,11), enquanto o de Jesus tira opecado (Jo 1.29;Hb 10.12,14).

2. Ordem maior. Conforme a

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Page 26: Calvário, lugar de salvação

ordem -db Melquisedeque (Hb5.6,10; 7.17), isto é: não era do leie sim ele outra clispensação, vistoque os da lei eram levitas (Nm 3 8.2-7), e Jesus, da tribo de Judá (Hb7.13,14); era tanto Rei como Sacer-âo!e (Zc 6.13; Hb 7.2), coisa que nãoocorria no sacerdócio levftico; semgenealogia. A genealogia deMelquisedeque não foi mencionada(Hb 7.3), mas utilizada como umafigura de Cristo que é eterno (Ap1.18), isto é, Ele não precisava,como os sacerdotes levitas, ser subs-tituído por causa da morte (Hb7.23,24,28).

3. Coisas melhores. Através deum melhor sacrifício (Hb 9.23), paraa salvação humana, Cristo propiciacoisas excelentes: melhor revelação,esperança, aliança, promessa, pos-sessão, pátria e ressurreição (Hb 1,1-4; 7.19,22; 8.6; 9.23; 10.34;11.16,35). Portanto, Jesus é superi-ora Abraão (Hb 6.13), a Moisés (Hb3.1-6), a Arão (Hb 7.11; 8.6), aosanjos (Hb 1.4-6), etc.

IV. O SACERDÓCIOLEVÍTICO E A IGREJA

A semelhança existente entre osacerdócio levítico e a Igreja, é quetambém fomos constituídos sacerdo-tes como eles (Ap 1.6). Muitos dosdetalhes que caracterizavam aquelesacerdócio, são figuras para nós,Igreja (Hb 9,9), pois eram "sombrasde bens futuros" (Hb 10.1). Veja-mos:

1. Chamada. Deus nos chamou

e nos constituiu sacerdotes (l Pé2,5,9).

2. Santificação. Fomos lavadospeia Palavra (Hf 5.25,26) e purifi-cados pelo sangue de Jesus (l Pé1.18,19). As exigências físicas da-quela época apontavam para a per-feição moral, física e espiritual deJesus, nosso Sumo Sacerdote, e tam-bém a perfeição do sacerdócio espi-ritual exercido pela Igreja do Se-nhor. Vejamos as analogias, combase em Levítico 21.17-21:

Cego (falta de visão). Éramoscegos espirituais; porém, agora ve-tmós a glória de Deus (Ap 3.18; Jo9.25); Coxo (sem andar firme). Éra-mos indecisos; porém, agora temosa convicção da nossa fé (l Rs 18.2.1;2 Pé 1.10); nariz chato (intromis-são em negócios alheios). Antes nosmetíamos em questões alheias, ago-ra, somos novas criaturas, libertas(Pv 26.17; l Pé 4.15); pê quebrado(andar dificultoso). Antes, andáva-mos errados, mas agora dignos danossa vocação (SI 58.3; Ef 4.1); mãoquebrada (inatividade no servir),Antes, nada fazíamos para Deus enem contribuíamos para sua Obra.Agora, trabalhamos e cooperamospara a grandeza do seu Reino (SI39.2; Ag 1.6; l Co 15.58); corcun-da (somente olhar para baixo). An-tes, somente pensávamos nas coisasque são de baixo, desta vida. Agora,olhamos para cima (l Co 15.19,32;Cl 3.1-3); anão (baixa estatura). An-tes, somente alcançávamos as coi-sas de "baixo", isto é, da carne; ago-

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Page 27: Calvário, lugar de salvação

rã, alcançamos as coisas "elevadas",isto é, do Espírito (Gl 5.19-22; Ef4.) 2-14); bellda no olho (visão fra-ca). Antes, somente víamos as coi-sas de perto; agora, enxergamos ascoisas de longe (Hb 11.27; 2 Pé 1.9;Ap 3.18); sarna (doença contagio-sa). Antes, vivíamos contagiados eafetávamos os outros; hoje, fomos li-bertos de tudo, e, influenciamos es-piritualmente (2 Co 2.14-16; 5.17);impigena (mal estático, manchas).Antes, tínhamos as manchas do pe-cado; hoje, fomos totalmente puri-ficados delas (Jd 12,23; Ap 1.5);quebradura (defeitos ocultos). An-tes, somente aparência e inoperân-cia; hoje, realidade por dentro c porfora (Ml 23.25-28: Gl 2.20).

3. Vestimenta. A igreja já estávestida com a vestimenta da salva-ção (Is 61.10), c pronta para o Ar-rebatamento (Ap. 19.7).

4. Unção. Os salvos foram un-gidos com o poder de Deus (l Jo2.20; At I..8).

5. Consagração. Todos recebe-mos a aspersão do sangue de Jesus:na orelha, nos ouvidos, para ouvir-mos a voz de Deus (Jo 10.3-5; Ap2.7); no polegar da mão, para reali-zarmos obras puras que glorifiquema Deus (Jo 17.9; SI 24.3,4); no po-legar do pé paru trilharmos os ca-minhos que agradam a Deus (SI40.2; Gl 5.25). Portanto, isto signi-fica a aspersão do sangue de Jesusda cabeça à planta dos pés, para avitória total.

6. Serviço. O sacerdote deviaocupar-se diariamente com três coi-sas, que estão relacionadas co*n onosso trabalho diário: incenso (Êx30.S), símbolo de constante oração(S! 141.2; At 2.42); Azeite (Èx30.7,8), representa a renovação di-ária (2 Co 4.16) e lenha para o fogo(Lv 6.12,13), significa o fervor es-piritual (Rm 12.11). Como eles,também somos intercessores (l Tm2.1-3).

CONCLUSÃO

Cristo, o nosso Sumo Sacerdote,está nos Céus, no verdadeiro Santu-ário, onde intercede por nós perantea face do Pai (Hb 9.24). Tambémnos constituiu sacerdotes para Deus,a fim de vivermos ao redor do altardo Senhor com toda a santificação,para honrar-lhe e também exercereste sublime ministério, cm prol dospecadores. Sejamos fiéis, como seussacerdotes.

QUESTIONÁRIO

1. Qual a razão da instituição dosacerdócio levítico?

2. Que semelhança existe entre Arãoe Jesus?

3. O que simbolizava a perfeiçãofísica do sacerdote?

4. Que semelhança existe entre aque-les sacerdotes e a Igreja?

5. O que representa o sangue emdiversas partes dos corpos daque-les sacerdotes?

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Page 28: Calvário, lugar de salvação

A SALVAÇÃO DOS JUDEUS NOS DIAS DE ESTER

TEXTO ÁUREO LEITURA EM CLASSE

"Para isto o filho de Deusse manifestou: para desfazer asobras do diabo" (l Jo 3.8).

VERDADE PRATICA

Deus vela pêlasua Palavra, ; ,paira q cumpri mérito das,suas r •prohiessas-de preservação do

. ' seu, póvo,'è salvaçaVde fodosos homens. ' " ' ' !

ÉPOCA DO EVENTO: 474 a.C.

LOCAL: Fortaleza de Susã

HINOS SUGERIDOS: 410 (061-HCA)e41I.(033-HCA) ... ..

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Km S. JLivramento da condenaçãoTerça - fíb 2.14-16Livramento do medo da morteQuarta - J Co 10.13Livramento da tentaçãoQuinta-Dn 6.16-22Livramento das perseguiçõesSexta - SI 91.3 .Livramento dos laços malignosSábado - SI 91.15Livramento na angústia.

ESTER 3.8-11,13; 9.5,12

3.8 - E Humã disse ao reiAssuero: Existe espalhado e divi-dido entre os povos em todas asprovíncias do teu reino um povOjcujas leis são diferentes das leis detodos os povos, e que não cumpreas leis do rei: pelo que não convémao rei deixá-lo ficar.

9 - Se bem parecer ao rei, es-creva-se que os matem; e eu poreinas mãos dos que fizerem a obradez mil talentos de prata, paraque entrem nos tesouros do rei.

10 - Então tirou o rei o anel dasua mão, e o deu a Harnã, filho deHamedata, agagita, adversário dosjudeus. • . - -

11 - E disse o rei a Hamã: Essaprata te é dada, como também essepovo para fazeres dele o que bemparecer aos teus olhos.

13 - E as cartas se enviarampela mão dos correios a todas asprovíncias do rei, que destruíssem,matassem, e lançassem a perder atodos os judeus desde o moço até ovelho, crianças e mulheres, em ummesmo dia, a treze do duodécimomês (que é o mês de Adar), e quesaqueassem o seu despojo.

9.5 - Feriram, pois, os judeus atodos os seus inimigos, a golpes deespada, e com matança e destrui-ção: e fizeram dos seus aborrece-dores o que quiseram.

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12 - £ disse o rei à rainha Es-ter: Na fortaleza de Susã mata-ram e destruíram os judeus qui-nhentos homens, e os dez filhos deHamã; nas mais províncias do reique fariam? Qual é, pois, a tuapetição? E dar-se-te-á. Ou qual éainda o teu requerimento? £ far-se-á.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O livro de Ester é o único da Bí-blia onde não aparece a palavraDeus. Porém, sua mão poderosapode ser vista secreta e oportuna-mente, para guardar os judeus. É oregistro de uma das maiscomoventes histórias sagradas, eevidencia o cumprimento de três dasmuitas promessas da Bíblia: preser-vação do povo de Deus, para o cum-primento da bênção de salvação (Gn3.15); reação divina sobre quem otocar (Zc 2.8); e a contribuição detodas as coisas, "para o bem dos queamam a Deus" (Rm 8.28).

I. O POVO DE DEUS VIVIAEM TERRA ESTRANHA

1. Histórico. 130 anos passa-ram-se, desde que tinham sido le-vados cativos; e, não obstante umgrande contingente de judeus já te-rem voltado para a Palestina cercade 60 anos, por decreto de Ciro, sobo comando de Zorobabcl e Sesbazar(Ed 1.11; 2.2), muitos deles aindaestavam dispersos por todo o Impé-rio Persa.

2. Os judeus conservaram seus

princípios bíblicos. Israel haviasido chamado por Deus para ser umpovo diferente das demais nações(Êx 19.6; Dt 7.6; 33.28). Com o pas-sar do tempo, fracassou nas reco-mendações divinas (2 Rs 17.8), e suarebeldia chegou a tal ponto que oSenhor permitiu serem levados parao cativeiro (2 Cr 36.15-23). Porém,sua remoção e sofrimento em terraestranha (Ne 1.2,3), parece ter des-pertado neles a observância dos en-sinos divinos. Eles estavam em ter-ra estranha; porém, tinham leis di-ferentes dos demais povos (v.8).Neste aspecto, temos uma figura daIgreja do Senhor que, embora estejano mundo, não pertence a ele (Jo17.16), pois possui uma doutrina(Rm 6.17; 16.17; Tt 2.10) e costu-mes diferentes dos da sociedade (lCo 6.20; 10.31,32; Ef 2.10; 5.8; lTm 2.9,10),

II. HAMÃ PLANEJA MATARTODOS OS JUDEUS

O promotor do plano diabólicofoi Hamã. Ele era agagita (Et 3.10;8.3,5; 9.24), provavelmente, descen-dente de Agague (título dos reis deAmaleque), inimigo do povo judeu(Nm24.7; l Sm 15.2-9; 32,33). Eleocupava uma posição de liderançasobre os príncipes da Pérsia (Et 3. l),e, por determinação do rei, todosdeveriam prostrar-se-se diante dele(Et 3.2).

1. Seu ódio contra Mardoqueue todos os judeus. Mardoqueu erajudeu (Et 2.5,6; 3.4,6) e, certamen-te, colocava em prática os ensinosbíblicos (Êx 20.3-5; At 10.26; Ap

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Page 30: Calvário, lugar de salvação

19.10), pois não se prostrava .peran-te alguém. Este fato. encheu Hamãde .fUror (Et 5.9), de modo a prepa-rar uma forca para matar o pai ado-tivo de Ester (Et 5.13J4), e arquí-tetar um plano para acabar com to-dos os judeus.

2. Seu plano foi armado àsocultas. Trabalhou, em silêncio, pseu plano de extinção dos judeus (Et3.5-10). Certamente, a força.que oinspirou neste intento foi a do Dia-bo, que sempre detestou o povo deDeus. Seu trabalho é matar, roubare destruir (Jo' 10Í10).' Dai', ser elechamado de "inimigo" (Lc 10:19) e"destruidor" (Ap 9.11), entre outros.A sua maneira secreta de'atuar temsido sua característica, deáde o iní-cio. Ele trabalha de "noite" '(M't13.25); de-modo encoberto (2'Pé2.1); e disfarçado'(Js 9.6-16). Te-nhamos cuidado com as suas."astu-tas ciladas" (Ef 6.! 1). ' - .

3. O objetivo do plano. Acabarcom todos os judeus;(Et-3.6): SefoSrsem mortos, não poderia, hoje,,ha-ver salvação para os homens, por-que não' se cumpririam as promes-sas de Deus, as quais afirmavam queo Messias viria de Israel. Exemplo:da semente dê Abraão (Gn 22.18);de Tsaque (Gn 21.12); de Jacó (Nm24.37; Gn 35.10-12); da tribo deJudá (Gn 49.10); de Jessé (Is 11.1);e de Davi (2 Sm 7.12-16).

4. O decreto foi assinado. Asentença era matar todos, sem exce-ção (Et 3.13).

III. INTERVENÇÃO DIVINAPARA LIVRAR OS JUDEUS

Deus interveio no momento cer-

to. Quem'."toca no seu povo, prestaconta com Ele (Zc 2.8). Sem a in-tervenção divina,-todos os judeusseriam mortos. Vejamos; : -:- --••

-. L Ester, o instrumento utiliza1

do, Ela havia1 sido criada "por-seuprimo Mardoqueu, quando da' mor-te de seus pais (Et 2.7), e escolhidapara ser rainha, no lugar de Vasti(Et 2.8,9,15-18). Salvo Mardoqueu,ninguém mais sabia que ela era ju-dia (Et 2.10,20). Quando ela soubeda trama para aniquilar seu povo-,suplicou ao,rei a.assinatura.de ou-tro decreto, a.-favor .dos judeus, e,conseguiu êxito no seu intento (Et8.3rl2). . . . ;

2. A_ssuero. Era Oj.reí d.os persase- esposo; de Ester .(Et 1:2,19;2.16,.17).- A intervenção divina estáevidenciada nas seguintes atitudesdele: na determinação de que Hamãhonrasse a Mardoqueu com pompo-so desfile sugerido por ele próprio,pois julgava ser o escolhido, e a as-sinatura de um novo decreto possi-bilitou a defesa e a vingança dos ju-deus. . . . . . - . ,

3. Hamã e seus filhos enforca-dos. Hamã foi enforcado na mesmaforca qiie preparara para Mardoqueu(Et 7.9,10). Seus dez filhos tambémforam mortos (Et 9.13,14). Colhe-ram o que semearam (Pv 12.14;22.8; Ec 10.8).

4. O livramento. O decreto as-sinado pelo rei autorizava os judeusa vingar seus inimigos, o que de fatofizeram, e contaram, inclusive, coma ajuda das autoridades (Et 8.8-13;9.1-16). De perseguidos, passarama perseguidores; o temor dos judeus

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Page 31: Calvário, lugar de salvação

caiu sobre todos (Et 8.17; 9.2)); epor causa disto, muito se fizeramprosélitos (Et 8.17), o que resultouum grande regozijo entre eles (Et8.16,17; 9.19-22).

IV. MARDOQUEU ÉHONRADO

Pela sua atuação marcante nesteepisódio e pelo contexto bíblico,Mardoqueu é uma figura de Cristo,o Libertador. Vejamos:

1. Sua origem. Era da "sementedos judeus" (Et 6.13), e denotava,assim, uma conexão com a "semen-te" de Abraão (Gn 22.12,18), que éJesus.

2. Seu interesse pela libertaçãodo povo (Et 4.1-13). Figura do inte-resse de Cristo em libertar o homemdo pecado (Lc 4.18,19; l Jo 3.8).

3. Sua intercessão pelo povo (Et8.1,7). Foí tão forte, que levou o reia assinar outro decreto que benefi-ciasse os judeus (Et 8.8). Figura deJesus que intercedeu e também mor-reu por nós (Jo 17.1-26; Rm 4.25),e conseguiu, assim, a abolição damorte eterna para o pecador (2 Tm1.10).

4. Sua vitória contra Hamã.Não se curvou diante dele, comotambém Jesus não se prostrou peran-te Satanás (Mt 4.9,10). Mardoqueupassou a "dominar" na casa deHamã, inclusive ficou com o seuanel (Et 8-1,2). Jesus também ven-ceu o Diabo em todas as circunstân-cias, e tirou-lhe sua força (C!2.14,15).

5. Sua exaltação. Mardoqueu foiao palácio, recebeu um vestido reale tornou-se grande na casa êo rei;sua fama se engrandecia cada vezmais; estabeleceu a comemoração deuma festa anual; foi o segundo noreino de Assuero (Et 8. l, 15; 9.4,20-28). Jesus subiu ao Céu (Ef 4.10);recebeu a roupagem da glóriacelestial (Ap 1.13-16); tornou-segrande (Hb 10.22); assentou-se notrono (Ap 3,21); e, ao instituir a Ceiado Senhor, estabeleceu a comemo-ração da sua vitória sobre a morte(I Co 11.23-26).

CONCLUSÃO

Devemos entender que a salva-ção dos judeus nos dias de Ester é umaprova de que Deus vela pelas suaspromessas para as cumprir, e prote-ger de todas as maneiras, o seu povo,pois todas as coisas contribuem parao bem dos que amam o Senhor.

QUESTIONÁRIO

1. Que força oculta atuou em Hamã,para desejar a morte dos judeus?

2. Com que objetivo esta força ocultaoperou?

3. Se os judeus fossem mortos, have-ria, hoje, salvação para o mundo?

4. Se não houvesse a intervençãodivina, os judeus teriam sido sal-vos?

5. O que tipifica a pessoa deMardoqueu, no contexto bíblico?

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Page 32: Calvário, lugar de salvação

Lição 7 14 de maio de 1995

A SALVAÇÃO ANUNCIADA PELOS PROFETAS

TEXTO ÁUREO Sábado-SI 16.] OA ressurreição do Salvador

"A este dão testemunho Io-dos os profetas, de que nelecrêem, receberão o perdão dospecados pelo seu nome" (At10.43).

LEITURA EM CLASSE

VERDADE PRATICA

O cumprimento das profe-' cias bíblicas revelam a fideli-

dade de Deus no tocante aoplano de salvação do génerohumano.

ÉPOCA DO EVENTO:712 a.C.

LOCAL: Jerusalém

HINOS SUGERIDOS: 060 (042-HCA)e061 (020 - HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Is 33.22A vinda do SalvadorTerça - SI 118.22A rejeição do SalvadorQuarta - Js 60.20A obra do SalvadorQuinta - SI 38.11O sofrimento do SalvadorSexta - Zc 12.10A morte do Salvador

ISAIAS 53.1-7,11

1. Quem deu crédito à nossapregação? e a quem se manifestouo braço do Senhor?

2. Porque foi subindo como re-novo perante ele, e como raiz deuma terra seca; não tinha parecernem formosura; e olhando nóspara ele, nenhuma beleza víamos,para que o desejássemos.

3. Era desprezado, e mais in-digno entre os homens; homem dedores e experimentado nos traba-lhos; e, como um de quem os ho-mens escondiam o rosto, era des-prezado, e não fizemos dele casoalgum.

4. Verdadeiramente ele tomousobre si as nossas enfermidades, eas nossas dores levou sobre si; enós o reputamos por aflito, feridode Deus, e oprimido,

5. Mas ele foi ferido pelas nos-sas transgressões, e moído pelasnossas iniqiíidades; o castigo quetraz a paz estava sobre ele, e pelassuas pisaduras fomos sarados.

6. Todos nós andamos desgar-rados como ovelhas; cada um sedesviava pelo seu caminho; mas oSenhor fez cair sobre ele a iniqui-dade de nós todos.

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7. Ele foi oprimido, mas nãoabriu a sua boca; como um cordei-ro foi levado ao matadouro, e comoa ovelha muda perante os seustosquiadores, ele não abriu a suaboca.

11. O trabalho da sua alma eleverá, e ficará satisfeito; com o seuconhecimento o meu servo, o jus-to, justificará a muitos, porque asiniqiiidades deles levará sobre si.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Inspirados pelo Espírito Santo ( lPé 1.21), os profetas anunciaram,com uma riqueza cie detalhes, osquais chegam até mesmo a nos im-pressionar, sobre a Obra de salva-ção em prol do ser humano, realiza-da pelo Senhor Jesus na cruz doCalvário. Nossa lição nos levará pe-las páginas do Antigo Testamento,para verificarmos a veracidade c omilagre deste fato.

I. OS PROFETASANUNCIAVAM ASALVAÇÃO ATRAVÉS DEJESUS

Ao profetizarem, apresentavammuitos detalhes da vinda do Reden-tor. Tomemos como base o expostoem l Pedro 1.10-12, e vejamos al-guns destes detalhes:

1. Promoveria a salvação hu-mana (v. 10). A salvação por Jesusera o assunto principal anunciadopelos discípulos, pois o "testemunho

de Jesus é o espírito de profecia" (Ap19.10). Este foi o tema antes da fun-dação do inundo (Ap 13.8); no Éden.diante da queda do homem (Gn3.15): na época patriarcal (Gn21 .12 ; 22.18: 35.10-12); no tempodos profetas; pois vem do Céu (Lc9.31; Ap 5.9).

2. Pagaria um preço para sal-var (v. 1 1 ) . O preço seria o seu so-frimento c sua morte de cruz (SI22.16; Zc 6.10».

3. Ressuscitaria e receberiaglória ( v . 1 1 ) . Veja Salmos 16.10;68.18.

4. As promessas anunciadasnão eram para eles (v.12). Sabiamque tais promessas somente se cum-pririam no futuro. Por esta razão,Jesus disse que "muitos profetas ereis desejaram ver o que vós vedes,e não o viram; e ouvir o que ouvis, enão o ouviram" (Lc 10.24). À sal-vação para eles era um mistério"oculto em Deus", e, agora, foi re-velado com o surgimento da Igre-ja (Ef 3.9-11). Eles "não alcançaramas promessas; provendo Deus algu-ma coisa melhor a nosso respeito"(Hb 11.39,40).

II. A MENSAGEM DOSPROFETAS ERA A BASE DAPREGAÇÃO DO NOVOTESTAMENTO

Todos baseavam suas mensagensna veracidade das profecias. Veja-mos:

1. Jesus. Fez constante mençãoàs Escrituras: "E começando por

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Moisés, e por todos os profetas, ex-plicava-lhes o que dele se achava emtoda» as Escrituras" (Lc 24.27). Ve-jamos, outras citações (Mt 5.17;11.10; 13.14; 21.42; Lc 24.44).

2. Apóstolos. Mencionavam-nasconstantemente: "A este dão teste-munho todos os profetas, de que to-dos os que nele crêem receberão operdão dos pecados pelo seu nome"(At 10.43). Vejamos outras citações(At 3.18; l Co 15.3,4).

TIL TODOS OS PROFETASFALARAM DA SALVAÇÃO

Além de Isafas, cujo registro docapítulo 53 estudaremos no próxi-mo item, outros profetas também fi-zeram menção aos mais diversosdetalhes que envolviam o nascimen-to, o ministério, a morte, a ressur-reição, a ascensão e a glorificaçãodo Salvador. A carência de espaçonão nos permite mencionar suas pro-fecias e seu real cumprimento. Po-rém, podemos citar, entre outros,alguns que se destacaram, porenfatizarem a mensagem de salva-ção, como: Abraão, Moisés, Samuel,Davi, Jeremias, Miquéias, Zacariase Malaquias.

IV. A SALVAÇÃO DESCRITAPOR ISAÍAS NO CAPÍTULO53 '

Os deta lhes da profecia deIsafas, no capítulo 53. l - l 2, são tãoprecisos que até parece o acompa-nhamento pessoal do profeta aJesus no seu ministério, so-frimento, sua morte, etc. Entre

outros, vejamos os seguintes:1. Seu surgimento (v.2).a) Surgimento como renovo. E

uma alusão a Jesus, o "Renovo doSenhor" (Zc 6.12; Is 4.2-6), o "re-bento do tronco de Jessé" (Is 11.1),e a "raiz de Davi" (Ap 5.5);

b) "Terra seca". Quando Jesussurgiu, Israel vivia na sequidão es-piritual. Cerca de quatro séculos, avoz dos profetas calara-se entre eles.

2. Sua rejeição (v.2).a) "Sem parecer e formosura".

Israel esperava um Messias formo-so e de alta posição, para libertá-lode seus inimigos (At 1.6). Porém, oreino de Jesus não era deste mundo(Jo 18.36), e Ele veio para libertaros homens do pecado (Jo 8.32). Ahumildade era sua característica (Mt11.29): nasceu em uma humildeestrebaria (Lc 2.7); viveu em umapequena cidade (Jo l .46); era de pro-fissão simples (Mt 13.55); e semprese fez acompanhar de pescadores;

b) "Desprezado". Ele foi despre-zado e considerado o mais indignoentre os homens, porque tomou so-bre si os nossos pecados. Por estarazão, não havia lugar para Jesus:na estalagem (Lc 2.7); em Nazaré(Lc 4.29); no país dos gadarenos (Lc8.38); em Samaria (Lc 9.53). Ele foirejeitado pela nação judaica (Lc19.14; Mt 27.17-25; Jo LU).

3. Seu ministério (v.3).a) "Homem de dores". Sua vida

foi caracterizada por dores físicas e.espirituais: chorou, diversas vezes(Hb5.7);.fqi odiado,(Jo 15.2,5); per-

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Page 35: Calvário, lugar de salvação

seguido (Jo 15.20); ridicularizado(Lc 16.14); blasfemado (Mc 15.29).Ele se cansou (Jo 4.6); comoveu-se(Jo 11.30); condoeu-se (Mc 3.5);humilhou-se (Fp 2.8), etc.;

b) "Experimentado nos traba-lhos". Jesus era incansável na bus-ca das almas perdidas (Jo 4.34;10.16); por isso, passou muitas noi-tes em oração, para alcançá-las (Mc1.35; 6.46; 14.32). Percorria todastodas as aldeias, ensinava, pregavae curava os enfermos (Mt 9.35,36).

4. Sua condenação. "Da opres-são e do juízo foi tirado" (Is 53.8).

5. Sua mortea) "Ferido", "moído" (v.5) e

"oprimido" (v.7). Jesus foi amarra-do (Mt 27.2); açoitado (Mt 27.26);coroado de espinhos (Mt 27.29);teve sede (Jo 19.28); e, por fim, cru-cificado e suspenso na cruz (Mt27.35);

b) "Os homens escondiam o ros-to" (v.3). Isto fala do desprezo totalque fizeram de Jesus, e chegarammesmo a vendê-lo por apenas trintamoedas de prata (Zc 11.12,13; Mt26.14,15). Pregado na Cruz, algu-mas pessoas que passavam pelo ca-minho, blasfemavam dele, "menean-do as cabeças" (Mt 27.39);

c) "Ferido de Deus"; "o Senhorfez cair sobre ele" (vv.4,6), e "~aoSenhor agradou moe-lo " (Is 53.10).Jesus não tinha pecado, mas levavano seu corpo nossas transgressões ( tPé 2.24), e apresentou-se diante deDeus como o substituto do homem(l Pé 3.18). Por se tratar de um alto

preço de resgate, ou seja, seu san-gue puro e imaculado (l Pé 1.18,19),o Senhor aceitou a substituição, econdenou todo o pecado do ser hu-mano na carne de Jesus (Rrn 8.3).Por esta razão, Ele disse: "Por queme desamparaste?" (Mt 27.46).

6. Sua inocência. "Tomou nas-sas enfermidades "; "nossas dores";"nossas transgressões"; "como umcordeiro foi levado para o matadou-ro" (w. 4,5,7). Jesus não tinha pe-cado (Jo 8.46; 18.38. 19.4,6; 2 Co5.21), mas morreu pelos nossastransgressões ( l Co 15.3).

7. Sua sepultura. "Puseram suasepultura com o rico na sua morte"(Is 53.9). Jesus foi sepultado no se-pulcro de José de Arimatéia, umhomem rico e seu discípulo, o qualsolicitou a Pilatos o corpo do Mes-tre para sepultá-lo (Mt 27.57-60).

8. Sua ressurreição. "Prolonga-rá os seus dias"; "verá a sua posteri-dade" (Is 53.10). A morte e a res-surreição de Jesus, preditas nestecapítulo 53 de Isaías, são os pontosmais altos, relacionados com a sal-vação do ser humano. Ao ressurgirao terceiro dia, para nossa justifica-ção (Rm 4.25), Cristo garantiu anossa salvação (l Co 15.13-20).

9. Sua exaltação c seu ministé-rio atual. Os frutos da sua morte eressurreição podem ser visto nas se-guintes expressões:

a) "O trabalho da sua alma eleverá, e ficará satisfeito" (v.11). Je-sus, "pelo gozo que lhe estava pro-posto, suportou a cruz desprezando

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Page 36: Calvário, lugar de salvação

a afronta, e assentou-se a destra dotrono de Deus" (Hb 12.2). Agora,Ele pode contemplar, com alegria,a grande multidão de salvos pelo seusangue. Há uma grande satisfaçãonos céus, por um pecador que se ar-repende (Lc 15.10). Quando o filhopródigo (o pecador) volta para a casapaterna (recebe Jesus como Salva-dor), o Pai (Deus) se alegra e fazuma grande festa (perdoa, Lc 15.25).Idêntica alegria também é mencio-nada pelo dono (Deus) da ovelha edracma recuperadas (salvação do serhumano, Lc 15.7,10);

b) "O meu servo, o justo, justi-ficará a muitos" (v.ll). A morte ea ressurreição de Jesus garantem aplena justificação do homem peran-te Deus (Rm 4.25; 8.30). Justo denascença é somente Ele; porém, to-dos os que nele crêem, são justifica-dos pelo seu sangue (Rm 5.9).

c) "Repartirá o despojo"(ls53.12). Ao morrer e ressuscitar, Je-sus venceu a Satanás, tirou-lhe odomínio da vida humana e devolveu-lhe o que lhe fora roubado pelo pe-cado, ou seja, a paz, o perdão, o con-tentamento, etc. (Lc 11.18-22; Cl2.14,15).

d) "Pelospecadores intercede"(Is 53.12). Jesus, como Surno Sacer-dote eterno, começou a interceder nacruz (Lc 23.34), e vive sempre a so-licitar pelos homens, pois deseja suasalvação (Hb 7.25; 9.24; 10.1-22; lJo 2.1).

e) "Levou sobre si nossas enfer-midades" (v.4). Jesus levou na cruz

não somente nossos pecados, mastambém nossas enfermidades. Poresta razão, Ele repreende as nossasdoenças (Mt 8.14-17). Cura atravésda imposição das mãos (Mc 16.18);com unção (Tg 5.14,15); por meiodos dons espirituais (l Co 12.9);com as.súplicas dos que pedem porsi e pelos outros (Mc 1.40; Lc 5.20).

CONCLUSÃO

As promessas de Deus, referen-tes a Obra do Senhor Jesus comoSalvador de nossas almas, foramplenamente cumpridas na Cruz.Outras passagens alusivas à vidaatual e futura da Igreja, terão seucumprimento.

Estejamos atentos e firmes nes-tas promessas, "como' a uma luz quealumia em lugar escuro, até que odia esclareça e a estrela da alva apa-reça em nossos corações" (2 Pé1.19).

QUESTIONÁRIO

1. Quem é este renovo que surge, semparecer e formosura?

2. Por que ele foi desprezado e consi-derado o mais indigno entre oshomens?

3. Por que ele tomou sobre si asnossas enfermidades?

4. Por que foi necessário todo estesofrimento do Messias?

5. Quais os pontos de Isaías relacio-nados com a salvação?

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AANUNCIAcNASCIMENTO D(

:ÃODO) SALVADOR

TEXTO ÁUREO

"E dará à luz uni filho echamarás, o seu nome Jesus;porque ele salvará o seu povo,dos seus-pecados" (Ml 1.21).

VERDADE PRATICA'

: O nascimento do Salyador• . .é a prova cabalda fidelidade de j: Deus no cumprimento de suas ;

: promessas, para a redenção da j1 humanidade. )

ÉPOCA DO EVENTO: 6 a.C.

LOCAL: Nazaré '

HINOS SUGERIDOS: .034 (120-HCA)e035(021-HCA) . '

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Lc 24.47Pregação em nome de JesusTerça - At 4.12Salvação em nome de JesusQuarta - Al 3.16Cura em nome de JesusQuinta - Mc'J7.7 ' ;

Bátismo com Espírito Santo em nome'cie Jesus'' ' '' ' J '"

Sexta - At 16.18Saída de demónios em nome de JesusSábado - Cl 3.17Serviço em nome de Jesus

LEITURA EM CLASSE

LUCAS 1.26-33

26 - E, no sexto mês, foi o anjoGabriel enviado por Deus a umacidade da Galiléia, chamadaNazaré.

27 - A uma virgem desposadacom um varão, cujo nome era José,da casa de Davi; e o nome da vir-gem era Maria.

28 - E, entrando o anjo aondeela estava, disse: salve, agraciada:o Senhor é contigo; bendita és tuentre as mulheres.

29 - E, vendq-o ela, turbou-semuito com aquelas palavras, e con-siderava que saudação seria esta.

30 - Disse-lhe então o anjo: Ma-ria, não temas, porque achaste gra-ça diante de Deus.

31 - E eis que em teu ventreconceberás e darás à luz um filho,e por-Ihe-ás o nome de Jesus.

32 - Este será grande, e seráchamado filho do Altíssimo; e oSenhor Deus lhe dará o trono deDavi, seu pai,

33 - E reinará eternamente nacasa de Jacó, e o seu reino nãoterá fim. ;

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COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A anunciação do nascimento doSalvador é um dos fatos mais extra-ordinários da Bíblia, pois rcflete ocumprimento de uma série de pro-fecias referentes a redenção do serhumano. O mistério, que até entãoestava oculto em Deus, começava ase desvendar, e o plano divino de li-bertação estava prestes a se concre-tizar.

I. O NASCIMENTOANUNCIADO

I. O cumprimento das profe-cias. Quando houve a queda do ho-mem no Éden, Deus prometeu queenviaria um Redentor, para. redimi-lo do pecado. Ao longo dos séculos,a mesma promessa foi repetida di-versas vezes, e forneceu detalhesprecisos sobre o lugar do seu nasci-mento e a maravilhosa Obra que re-alizaria (Gn'21.12; 22.18; 49.10;Nm 24.17; Dt 18.15; Is 11.1; Jr23.5;Mq 5.2; Zc 12.10)! Agora, era che-gado o momento do cumprimentodelas.

2.0 portador da notícia. O anjoGabriel trouxe as novas (v.26). Elepertence a uma classe muito eleva-da, pois assiste diante de Deus (Lc1.19) e lhe foram confiadas mensa-gens divinas da mais alta importân-cia a homens como Daniel (Dn S. 16;9.21-27), sobre a palavra profética;e Zacarias (Lc 1.11-13,19), sobre onascimento de João Batista.

.. 3. A época. "No sexto mês"(v.26), é uma referência à concep-ção de Isabel já nos dias de sua ve-lhice (Lc 1.11-25,36). Na verdade,era chegada a "plenitude dos tem-pos" (Gl 4.4), ou seja, o momentoda execução do plano divino, pre-visto desde a fundação do mundo (2Tm 1.9,10), para a redenção huma-na.

4. O lugar. "A uma cidade daGaliléia, chamada Nazaré" (v. 26).Não foi em Roma, a sede do impé-rio mundial da época; ou Jerusalém,a capital do governo civil e religio-so de Israel, mas na humilde e des-prezada Nazaré (Jo 1.46). Emboranascido em Belém da Judéia, Jesuspassou boa parte de sua vida emNazaré (Mt 2.23; Lc 2.39-51); daí,a razão de Ele ser chamado "Jesus,o Nazareno" (Mt 26.71; At 2.22;3.6; 6.14;22.8).

H. MARIA, A ESCOLHIDAPARA CONCEBER OSALVADOR

1. Sua escolha (v. 26). Deus es-colhe a pessoa certa na hora e lugarcertos, para o cumprimento de suaspromessas. As referências bíblicasmostram ser ela uma pessoa humil-de e temente a Deus (vv. 29 e 30),submissa ao Senhor (Lc 1.39), dili-gente (Lc 1.39), agradecida (Lc1.46-56), conhecedora das Escritu-ras (Lc 1.55), confiante (Lc 2.19),etc. "O Senhor era com ela" (v.28).Era uma serva do Senhor (Lc 1.48).

2. Seu nome (v.26). Maria (no

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hebraico, "Miriã") significa "exal-tada", e ajustou-lhe plenamente pelaexaltação de Deus em sua vida, edeu-lhe o maior privilégio que umamulher poderia obter: ser a mãe doMessias, o Redentor.

3. Seu estado civil. Estava "des-posada" (v.27). Naqueles dias, ha-via em Israel o casamento compro-misso, e o casamento conjugal', este,permite viverem juntos, como ma-rido e mulher; e aquele, apenas es-tavam comprometidos para o casa-mento futuro (quase como o noiva-do nosso). Este era o estado de Ma-ria, ou seja, "desposada com José,antes de se ajuntarem" (Mt 1.18),

4. Sua virgindade (v.26). Istorefleie o seu estado moral de com-pleta pureza. Deus escolheu umavirgem, para cumprir suas promes-sas sobre a origem do Redentor. Istoseria um "sinal", conforme fora re-velado, através de Isaías 7.14. Apalavra hebraica usada neste texto é"Almah", que significa "mulher jo-vem e virgem, na idade de se casar".Era também o cumprimento deGénesis 3.15, ou seja, a vinda doRedentor, através da "semente damulher" (não do homem, sem ne-nhum pecado hereditário). Mariaconcebeu, através da operação doEspírito Santo em sua vida (Lc1.35).

5. Seu agradecimento. "Salveagraciada"; "bendita és tu entre asmulheres";

a) "salve agraciada " (v.28). Elaencontrou graça diante de Deus (v.30), como Noé e outros acharam (Gn

6.5). Não se trata aqui da doutrinada imaculada conceição, como al-guns apregoam. Como Vodps os se-res humanos, Maria nasceu em pe-cado (SI 51.5), pois todos pecaram(SI 14.2,3; Rm 3.23). Daí, ter elareconhecido a necessidade de umSalvador (Lc 1.46,47), e também terapresentado o menino Jesus no Tem-plo (Lc 2.22-24).

b) "Bendita és tu entre as mu-lheres" (v.28). Foi a escolhida. Nãosignifica dizer que deve ser adora-da, ou considerada mediadora entreDeus e os homens, conforme é ensi-nado por um grupo religioso. Nãohá na Bíblia referência a isto. Pelocontrário, vemos que os magos ado-raram somente o menino Jesus (Mt2.11). A própria Maria confessouque era uma pecadora e necessitavade um Salvador (Lc 1.46,47). Aoreferir-se a ela e a Jesus juntos, a Bí-blia sempre menciona o nome deleem primeiro lugar (Mt 2.11,13,14,20,21). Ela não é a "mãe deDeus", como dizem, mas Isabel achamou "a mãe do meu Senhor" (Lcl .43). Somente Jesus Cristo é o úni-co Mediador (l Tm 2.5,6; Hb 8.6;9.15; l Jo 2.1), Quando alguém dis-se a Jesus: "bem-aventurado o ven-tre que te trouxe e os peitos em quemamaste", Ele respondeu: "Antesbeni-aventurados os que ouvem aPalavra de Deus e a guardam" (Lc11.27,28). Maria nunca requereuadoração, e o seu único mandamen-to foi: "Fazei tudo quanto ele (Je-sus) vos disser" (Jo 2.5).

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6. Sua submissão (Lc 1.38). Nãoobstante ter de enfrentar o opróbriode s&is conhecidos, que talvez nãocompreenderiam o fato de estar grá-vida, sem ter-se casado, ela se colo-cou inteiramente à disposição deDeus, para a realização do seu ma-ravilhoso plano.

III. AS CREDENCIAIS DOSALVADOR

1. Sua encarnação (v.31). OVerbo, "Deus bendito eternamente"(Rm 9.5), iria fazer-se homem. Eisaf um mistério que a nossa mentefinita não pode compreender (I Tm3.16). Jesus nasceria de uma virgem,por meio de uma concepção sobre-natural. Neste aspecto, podemos ob-servar:

a) O Instrumento do concepçãosobrenatural seria o Espírito San-to. Maria não entendia como have-ria de conceber, pois ainda não eracasada (Lc l .34), ao que o anjo res-pondeu: "Descerá sobre ti o Espíri-to Santo..., pelo que o Santo que deti haverá de nascer, será chamadofilho de Deus" (Lc 1.35). Ao aceitaresta incumbência, ela se achou grá-vida.

b) Foi um nascimento natural."Quando se cumpriram os dias emque ela havia de dar à luz" (Lc 2.6).Jesus nasceu nove meses depois deMaria ter concebido de modo sobre-natural. Ele veio ao mundo como osdemais homens (Lc 2.7). Deus lhepreparou um corpo (Hb 10.5); Ele

.se apresentou "em carne" (l Jo 4.2);se "fez carne" (Jo l . 14); c, como to-dos nós, participou "da carne c dosangue" (Hb 2.14). Assim, pela mor-te, Ele derramaria o seu sangue puroe imaculado, para a redenção huma-na (l Pç 1.1.8,19).

2. Seu nome Jesus (v.31). O Sal-vador (Mt 1.21). E!e é o Salvadorungido. Veio do Céu (Jo 3.31), e seunome também (v. 31). Nome que ésobre todos os nomes (Fp 2.9-11).Neste nome: pregamos o Evangelho(Lc 24.47); expulsamos os demóni-os (At 16.18); repreendemos as en-fermidades (At 3.6,16); recebemosas bênçãos diversas (Mt 16.17,18).Nome este, conhecido e temido peloDiabo (Lc 8.28).

3. Sua exaltação. "Será grande"(v.32). Era o cumpr imen to deMalaquias 1.11,14, Ele é chamadode "grande Deus" (Tt 2.13). De-monstrou "grande amor por nós" (Ef2.4); foi "grandioso" em nos perdo-ar (Is 55.7). Agora, é nosso "grandesacerdote" (Hb 10.21) e "grande"Pastor (Hb 13.20), e responde nos-sas orações com "coisas grandes" (Jr33.3).

4. Sua santidade. "O Santo"(v.35). Jesus não conheceu o peca-do (2 Co 5.21); era imaculado (Hb7.26); sem mancha (.1 Pé 1.19); puro(L Jo 3.3). Eie amava a justiça eaborrecia a iniquidade (Hb 1.9).

5. Sua filiação. "Será chamadofilho do Altíssimo" (v.32). Foi as-sim chamado pelo próprio Deus (Mt3.17; l Jo5.10);porJoãoBatista(Jo

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1.34); pelos apóstolos (M t 16.16; lJo l. i, 14; 20.28; Rm 8.32). Ele mes-mo se chamou "Filho de Deus" (Mc14.61,62). O Diabo também sabedisso (Lc 8.28).

(j. Seu trono davídico (v.32).Que trono seria este? O prometidopor Deus a Davi, o qual seria ocu-pado pelo Messias, o Redentor (2 Sm7.12-16; SI 132.11; At 2.29-32;15.1.4-17). Jesus é a "raiz e geraçãode Davi" (Ap 22,16), o "filho deDavi" (Ml 1.1; 9.27; 15.22; At13.22,23). Quando esteve na Terra,Jesus tinha as funções de Profeta (Lc13.33) e Sacerdote (Hb 2.17). NoCéu, Ele é Sacerdote (Hb 9.6:23) e,dali, virá para arrebatar a sua .Noi-va'(l Ts 4. Í3-JS)., Porém, 'quando,vier com a Igreja,'como Rei dos reis'e Senhor dos penhores.(Ap 19.H-16), restaurará o.reino de que fala-ram os profetas (Am.. 9.1 i,12; At3.21; í 5.16,17), Nesta ocasião,-Je-sus, comp.descendente de Jessé, se.assentará visivelmente no trono deDavi, e estabelecerá seu governo naTerra (Mt 19.28; 25.31). A Igrejareinará com Ele (2 Tm 1.12; Ap20.4).

7. Seu reino eíerno. E um reinoglorioso e eterno, conforme Daniel2.44; 9.27.

a) Jerusalém serei a Capita! uni-versal (Mq 4. l ; Is 2.3). As 3 2 tribosde Israel terão retornado a sua terra(Mq 2.1.2; Is .1.1.11,12; Ez 36.24).Nesta ocasião, os judeus serão sal-vos e regenerados (Is 66.7-9; Zc12.10; Rm 11.25-27), e grandemen-

te abençoados por Deus (Zc 2.8-13;8.20-23). *

b) Jesus reinará com a Igreja jáglorificada (Ap 20.4). A pedra pe-quena, vista por Daniel, terá enchidoa Terra com seu poder (Dn 2.44,45).Jesus fará um governo literal (Mq4.3; Zc 9.10), onde não haverá guer-ras (Is 2.4; Mq 4.3).

c) A natureza será abençoada.A maldição do dia da queda cessará(Rm 8.20,21). O deserto se alegrará(Is 35.1,2). A natureza será como oJardim do Éden (Is 51.3). Na fauna,cessará o instinto de ferocidade (Is11.6,7).

CONCLUSÃO

O norne de Jesus não somentenos garante perfeita salvação, mastambém vitória em todas as circuns-tâncias de nossa vida, e também ro-bustece a nossa alma na esperançade um "reino futuro, eterno e cheio,de paz.

QUESTIONÁRIO

1. Por que a escolha de Deus caiusobre uma virgem chamada Ma-ria?

2. Qual o significado do nome Jesus?

3. Que trono de Davi 6 este, registra-do no versículo 32?

4. Em termos de duração, como será oreino do Messias na casa de Jacó?

5. O estabelecimento do reino doMessias era de imediato, ou sópara o futuro?

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Page 42: Calvário, lugar de salvação

Lição 9 28 de maio de 1995

JESUS, O SALVADOR

TEXTO ÁUREO

VERDADE PRATICA

!];'.;! A salvação é a revelaçãom"m§ profunda que o ser huma-nófppde receber.

ÉPOCA DO EVENTO: 5 a.C.LOCAL: JerusalémHINOS SUGERIDOS: 020 (295-HCA)e021. (003-HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 4.25,26

Jesus, o Messias prometidoTerça - Hb 12.2

Jesus, o sofredor pacienteQuarta - Jo 8.12Jesus, a Luz do mundoQuinta - J Ts 4.13-18Jesus, a esperança da IgrejaSexta - Hb 13.10Jesus, o vivo altarSábado - Jo 4.42

Jesus, o Salvador do inundo

LEITURA EM CLASSE

LUCAS 2.25-35

25 - Havia em .Jerusalém umhomem cujo nome era Simcão, eeste homem era justo e temente aDeus, esperando a consolação deIsrael, e o Espírito Santo estavasobre ele.

26 - E fora-lhe revelado peloEspírito Santo que ele não morre-ria antes de ter visto o Cristo doSenhor.

27 - E pelo Espírito foi ao tem-plo, e, quando os pais trouxeram omenino Jesus, para com ele proce-derem segundo o uso da lei.

28 - Ele então o tomou em seusbraços, e louvou a Deus, e disse:

29 - Agora, Senhor, despedesem paz o teu servo, segundo a tuapalavra.

30 - Pois já os meus olhos vi-ram a tua salvação.

31 - A qual tu preparaste pe-rante a face de todos os povos;

32 - Luz para alumiar as na-ções, e para a glória do teu povoIsrael.

33 - E José, e sua mãe, se ma-ravilharam das coisas que dele sediziam.

34 - E Simeão os abençoou, edisse a Maria, sua mãe: Eis queeste é posto para queda e elevaçãode muitos em Israel, e para sinalque é contraditado.

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35 - (E uma espada traspassa-rá também a tua própria alma),para gue se manifestem os pensa-mentos de muitos corações.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃOA apresentação de Jesus no Tem-

plo por Símeão é um dos mais belosregistros da Bíblia, ocasião em quefoi revelada uma série de detalhesdo perfil do Messias, o Redentor pro-metido, para a salvação da raça hu-mana. Já outros servos de Deus, con-temporâneos dele, também tiveramesta~ revelação sobrenatural (Mt1.20; 2.2; Lc 1.28,41; 2.1 1,38). Es-tudemos o-assunlo:'

I. O SALVADORE A LEI1

J. Cumprimento da Lei, Jesus"nasceu sob a lei" (Gl 4.4), ou seja,sujeito a cumprir iodas as exigênci-as, e isto Ele fez de modo pleno, noseu ministério c cm sua .morte (Mt5.17; 3.15; Jo 19.30; Fp 2.8). Poresía razão, Jesus, como "posterida-de de Abraão", é o fim da Lei (Gl3.19;Rm 10.4).

2. A exigência da Lei. O primei-ro filho de um casal deveria sei' con-sagrado ao Senhor (Êx 13.2-12), 40dias após o parlo (Lv 12.2-4,6),como um memorial referente aosprimogénitos poupados no Egito(Nm3.l3; 18.15).

3. A oferta. Um cordeiro e umpombinho deveriam ser apresenta-dos (Lv 12.6). Caso a família nãodispusesse de recursoá, poderia tra-

zer duas rolas ou dois pombinhos(Lv 12.8), a opção de José c Alaria,devido sua pobreza. Jesus nasceu emum lar pobre e optou por uma pro-fissão simples. Apesar de ser rico,se fez pobre, para nos enriquecercom sua graça (2 Co 8.9).

Devemos apresentar a Deus tudoo que temos, inclusive nossos filhosao Senhor, c criá-los na doutrina cadmoestação do Senhor (Ef 6.4).

II. O SALVA DOR E SEUAPRESENTADOR

Simeão foi o homem escolhidopor Deus para proceder a apresen-tação do menino Jesus. Era de ida-de avançada e já, por muitos anos,exercia o ministério sacerdotal. OSenhor preservou sua vida, para queconhecesse o Salvador.

1. Seu caráter. Sua conduta erairrepreensível, não obstante as cir-cunstâncias adversas de seus dias(Lc 1.17). Eis suas qualidades:

a) Justo (v.25). Não nasceu jus-to (Rm 3.10,23), mas vivia uma vidareta para com o próximo, com óti-ma reputação. Tenhamos tambémuma boa aceitação (At 6.3), de modoque ninguém tenha algo a dizer denós (Tt2.8), pois também fomos jus-tificados (declarados justos) peiamorte de Jesus (Rm 5.9).

b) Tememe a Deus (v,25). Temera Deus não significa ter medo e, sim,evitar de pecar contra o Senhor (Gn39.9). É pensar antes de agir, e fa-zer tudo para agradar, aniar e servirao Criador (At 10.35; l Pé 1.17).

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Page 44: Calvário, lugar de salvação

2. Sua esperança (v.25). Suaexpecy.al.iva pela vinda do Messiítsera grande, pois aguardava a reden-ção prometida por Deus (l Pé 1.10-12). Assim, também, a Igreja estána Terra, no aguardo da volta de Je-sus a qualquer momento, para levá-la à glória (I Ts 4.14-17). ,

nr, o SALVADOR E oESPÍRITO REVELADOR

O Espírito Santo foi o agenterevelador da salvação a Simeão.Vejamos:

l.: O Espírito estava sobre ele(v.25). Esta sempre foi uma das ca-racterísticas dos homens de Deus dopassado, como Josué, Otoniel,Gideão, Jefté, Sansão, Saul, Davi,etc. (Gn 41.38; Jz 3.10; 6.34; 11.29;14,6; l Sm 10.6; 16.13), e pela atu-aç5o da terceira pessoa da Trindadeem suas vidas, eles podiam interpre-tar sonhos, julgar o povo, liderar,combater, vencer batalhas, etc.

2. O Espírito Santo revela oSalvador (v.26). A salvação não éuma descoberta humana e, sim, umarevelação de Deus ao homem (Mt11.25-27; 16.15-18; Gl 1.15,16).Somente o Espírito Santo pode con-vencer o homem "do pecado, da jus-tiça e do juízo" (Jo 16.8, 13-15).

3. O Espírito Santo levouSimeão ao Templo (v.27). Não olevou a qualquer outro lugar, e, sim,ao Templo, o lugar estabelecido porDeus para o louvor (Êx 25.8,22;40.35; 2 Cr 7.15,16; SI 122.1; Mt21.13). Satanás trabalha, a fim de

impedir o homem de ir ao templo, eouvir a Palavra de Deus, para a fir-meza da fé e a comunhão com ossalvos (Rm 10:1.7; l Jo 1.7; Hb10.25).- • - •-

4._ O Espírito Santo levouSimeão a uni encontro com o Sal-vador (vv.27,28)/O' Espírito "Santonão somente levou Simeão ao Tem-plo e revelou-lhe o Salvador, mas oconduziu a ter um encontro pessoalcom Ele. Não basta vir à igreja, ou-vir a Palavra, e saber que Jesus é oSalvador. É necessário ter um encon-tro pessoal com Ele, abraçá-lo, recebê-lo como Senhor (Jo 1.12). O Espíritoconvida o homem, para receber a sal-vação em Jesus (Ap 22.17).

IV. O ESPÍRITO SANTO E ASALVAÇÃO CONCEDIDA

Vejamos as características im-portantes desta revelação:

1. Condição paru receber a re-velação. Quatro passos importantesforam dados por Simeão: fé na re-velação (ele esperava); reconheceusua necessidade ("agora despedes");aproximou-se de Jesus (tomou nosbraços); creu ("já viram a salva-ção"). Assim também, para ser sal-vo, é necessário: reconhecer que épecador (Rm 3.23); saber que só Je-sus é Salvador (At 4.12); chegar-separa Ele (Mt l 1.28); e recebê-locomo Senhor (At 2.37-41).

2. Resultado de se tomar o Sal-vador nas mãos

a) Comunhão (v.28). Pôde abra-çá-lo e senti-lo bem junto de si. Acei-

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Page 45: Calvário, lugar de salvação

tar a Jesus é também ter uma pro-funda comunhão espiritual com Ele(l Co l .9), onde todos os nossos sen-tidos experimentam tal comunhão (lJo l .1-3), bem como o temos ao nos-so redor e dentro de nós (Cl 3.3; Gl2.20).

b) Louvor (v.28). Expressou ocontentamento e gratidão a Deus,pelo encontro com o Salvador. As-sim, também, devemos expressarnossa alegria e gratidão a Deus peloperdão e bênçãos recebidas (Ef 5.19;l Ts54.18).

c) Esperança (v.29,30)- Passoua encarar a morte sem nenhum te-mor. Para o que não tem esperança,a morte causa pavor; porém, para ossalvos, ela é apenas uma porta quese abre para estarmos com Cristo (2Co 5,6r8). E é muito melhor quepermanecermos aquí (2 Co 5. l ; Fpl .23). Jesus venceu a morte c afas-tou o nosso temor dela (Hb 2.14-16;Fp 1.21-23).

d) Carteia, "os meus olhos jáviram a tua salvação" (v.30). Os quevivem em comunhão com Deus, pos-suem uma convicção plena sobre apessoa de Jesus e a segurança da sal-vação no seu nome (2 Tm 1.12; l Jo3.1-6).

3. Salvação preparada paratodos os povos (v.31). Isto significaque a abrangência da salvação alcan-ça todos os seres humanos. Vejamos:

a) Salvação preparada (v.3.1). Asalvação foi preparada por Deus des-de a eternidade (2 Tm 1.9,10). OSenhor preparou todas as coisas: o

Cordeiro (Gn 22.8); o tempo da suavinda (G! 4.4); o lugar do seu nas-cimento (Mq 5.2); o instrumento daconcepção (Lc 1.26,27); o Arreba-tamento da Igreja (2 Co 5.1-5); acidade dos salvos, para nossa habi-tação (Hb 11.16; Jo 14.3). Ele é oque preparou o banquete da salva-ção e convida o homem para parti-cipar dele (Lc 14.15,16; 15.23-25).

b) Todos os povos (v.3 J), Tantojudeus como gentios têm acesso asalvação, por Jesus. Por sua morte,Cristo derrubou a parede de separa-ção que havia entre eles, e fez dosdois um só povo (Ef 2.11-19; Gl6.15).

4. Brilho para todas as nações(v.32). A luz espiritual, que ilumi-na as nações, é Cristo. A Bíblia dizque Deus é luz (l Tm 6.16; l Jo l .5).Jesus também é luz (Jo 1.4; 3.19;8.12), não somente para este mun-do, mas, também, para a cidadecelestial (Ap 21.13). O mundo estáem trevas espirituais, porque recusaCristo como Salvador e Senhor, maspara os salvos esta luz sempre bri-lha (2 Co 4.3-6). O versículo emapreço, diz que a luz seria para aglória de Israel. Foi uma grande bên-ção para os israelitas ter o Messiasnascido de Judá para a salvação dahumanidade. A salvação "vem dosjudeus" (Jo 4.22). Jesus, os apósto-los e os primeiros discípulos tambémo eram; porém, a nação como umtodo o recusou (Mt 27.21-35), e per-maneceu nas trevas. A profecia doversículo 32 também tem uma refe-

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Page 46: Calvário, lugar de salvação

rcncia futura, quando Jesus estabe-lecer^ o seu governo na Terra, noMilénio, e reinará com a Igreja.Naquela época, as nações caminha-rão debaixo da sua luz (ís 60.3).

5. Recepção da obra do Salva-dor. "Posto para queda e elevaçãode muitos em Israel" (v. 34). Isto sig-nifica que muitos receberiam suabênçãos e, seriam levantados do pe-cado (Ef 5.14); das enfermidades(Tg 5.15); da morte (Mt9.25); ele'.,pelo lato de crerem no Senhor. Ou-tros,'por rejeitarem a graça de Deus,cairiam, por causa da desobediência(Hb 4.11); das riquezas (l Tm £.9);do pecado (Ap 2.5); etc.

(í. Sinal de contradição. "Sinalque é contraditado" (v. 34). Jsto sig-nifica que haveria muitos debates arespeito do trabalho de Jesus. Real-mente, as opiniões do povo a seurespeito eram contraditórias: uns oaplaudiam como o Messias espera-do, e glorificavam a Deus por isto;outros, porém, o criticavam e o re-jeitavam totalmente (Mt I L. 19; Lc11.15; 12.49; Jo 7.12,43; 9.16;10.19).

7. O preço da obra salvadora(v.35). "Uma espada traspassará atua própria alma". É uma alusão aosofrimento, e, neste sentido, pode-mos ver:

a) O sofrimento de Jesus. Cho-rou diversas vezes (Hb 5.70; foi re-jeitado (Mt 27.15-24); tentado (Mt4. l -l l); abandonado (Lc 22.39-46);traído (Lc 22.47-53); e, finalmente,crucificado (Lc 23.33-48). Ele era o

"homem de dores" (Is 53.3). Suasdores foram físicas, espirituais emorais.

b) O sofrimento de Maria. To-dos os sofrimentos de Jesus, as con-tradições a respeito dele, e, princi-palmente, sua morte de cruz, repre-sentaria para Maria, sua mãe, umaespada a lhe traspassar, ou seja,grande seria sua dor.

CONCLUSÃO"

Enquanto aguardamos a volta deJesus., para arrebatar sua Igreja, pro-curemos apresentar a Deus tudo oque temos, bem como nossos filhose famílias. As bênçãos decorrentesdesta entrega serão grandes, o nomedo Senhor será engrandecido, atra-vés de nossas vidas, como bênçãopara sua Igreja e o mundo, comquem devemos compartilharas BoasNovas do Evangelho de Jesus.

QUESTIONÁRIO

1. Como Simeão soube que aquelemenino, conduzido por José eMaria, era o Messias?

2. Que significa a expressão: "osmeus olhos já viram a tua salva-ção?

3. Qual o significado da salvaçãopreparada perante todos os povos?

4. Que luz é esta que ilumina todas asnações?

5. Dê o significado da expressão:"uma espada traspassará a tua pró-pria alma?"

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Page 47: Calvário, lugar de salvação

Lição 10 4 de junho de 1995

A SALVAÇÃO CONSUMADA NARESSURREIÇÃO

TEXTO ÁUREO

"Cristo ressuscílou dosmortos, e foi feito as primíciasdos que dormem" (l Co 15.20).

VERDADE PRATICA

A ressurreição de Cristogarantiu a nossa salvação eglorificação futura.

ÉPOCA DO EVENTO: 57 d.C.LOCAUÉfesoHINOS SUGERIDOS: 196 (227-HCA)e200(018-HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo J4.J-3Promessa da ressurreiçãoTerça - 2 Co 5.1-JOEsperança da ressurreiçãoQuarta -1 Co 15.51-54Rapidez da ressurreiçãoQuinta -1 Co 15.22-23participantes da ressurreiçãoSexta - Fp 3.20,21Transformação pela ressurreiçãoSábado - ] Ts 4.13-18Ressurreição e Arrebatamento

LEITURA EM CLASSE

l CORINTIOS 15.13-23

13 - JE, se não há ressurreiçãode mortos, também Cristo não res-suscitou.

14 - E, se Cristo não ressusci-tou, logo é vã a nossa pregação, etambém é vã a vossa fé.

15 - E assim somos também con-siderados como falsas testemunhasde Deus, poís testificamos de Deus,que ressuscitou a Cristo, ao qual,porém, não ressuscitou, se, na ver-dade, os mortos não ressuscitam,

16 - Porque, se os mortos nãoressuscitam, também Cristo nãoressuscitou.

.1.7 - E, se Cristo não ressusci-tou, e vã a vossa fé, e aindapermaneceis em vossos pecados.

18 - E também os que dormi-ram em Cristo estão perdidos.

19 - Se esperamos em Crislo sónesta vida, somos os mais miserá-veis de todos os homens.

20 - Mas agora Cristo ressusci-tou dos mortos, e foi feito asprimícias dos que clormem.

21 - Porque, assim como a mor-te veio por um homem, também aressurreição dos mortos veio porum homem.

22 - Porque, assim como todosmorrem em Adão, assim tambémtodos serão vivificados em Cristo.

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23 - Mas cada um por sua or-dem: Cristo as primícias, depoisos que são de Cristo, na sua vinda.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A ressurreição do Senhor Jesusé um dos mais extraordinários acon-tecimentos da história, pois repre-senta a consumação da salvação pro-metida por Deus, desde a queda dohomem no Éden. O plano de Deuspara a redenção h u m a n a estáalicerçado em três fundamentos dou-trinários: o nascimento virginal deJesus (is 7.14; Lc Í .27,35); sua mor-te na cruz, por nossos pecados (l Pé3.18); sua ressurreição, para nossajustificação (Rm 4.25). Vejamos:

I. RESSURREIÇÃO, OACONTECIMENTOPROMETIDO

A ressurreição de Jesus estavaprometida por Deus, através dos pro-fetas. Entre eles, mencionamos:Davi (SI 16.8-10; 30.3) e Isaías (Is26.19; 53. I I ) . O próprio Jesus tam-bém predisse isso por diversas ve-zes (M t 16.21; 17.9,22,23;20.18,19;26.32), ao afirmar que este aconte-cimento seria o sinal de ser Ele oMessias (Mt 12.38-40; Jo 2.18-22).

II. RESSURREIÇÃO, OMILAGRECONCRETIZADO

Vejamos, de modo resumido, al-guns detalhes importantes sobre estemilagre:

1. Milagre divino. Toda Trin-dade teve participação no milagre:Jesus ressuscitou; pelo poder deDeus (At 2.2; 3.15; Rm 8.11); porseu próprio poder (Jo 2.19; 10.18) epelo poder do Espírito Santo (l Pé3.18; Rm 8.11).

2. Provas. "Se apresentou vivocom muitas e infalíveis provas" (At1.3). Jesus foi visto por muitas pes-soas, depois de ressuscitado. Veja osseguintes textos: Mateus 28.5,7,9,10; Marcos 16.9,14-20; Lucas24.5-7,13-34; João 20.26-29; 21.1-23; Atos 1.3-12; 7.55; 9.3-6; lCoríntios 15.6,7. Os anjos tambémtestificaram da ressurreição (Mt28.5-7; Lc 24.5-7,23). Outra provaimportante, foi o fervor espiritual comque os apóstolos pregavam sobre oassunto (At 1.22; 2.32; 3.15; 4.33), oque resultou na transformação de vi-das, mudanças do dia de adoração, desábado para domingo, e o surgimentode uma Igreja vitoriosa.

III. RESSURREIÇÃO, ASALVAÇÃO GARANTIDAA ressurreição de Jesus provou

ser Ele o Messias (Mt 12.30-40; Jo2.18-22), e também o Filho de Deus(SI 2.7; At 13.33; Rm 1.4), egarantiu:

1. Justificação. Sua ressurreiçãopropiciou nossa justificação diantede Deus (Rm 4.25). É a prova de quesua morte foi expiatória. Ele não ti-nha pecado (Hb 4.15), mas ao mor-rer na cruz, levava nossos pecadosobre si (l Pç 2.24), e cravou no

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Page 49: Calvário, lugar de salvação

madeiro nossa condenação (Cl2.14). Ao ser colocado na sepultu-ra, a morte não pôde detê-lo (At2.24), porque não tinha pecado.

2. Eficácia da pregação. Sem asua ressurreição, não adiantaria pre-gar, pois todos estariam perdidos(w. 14,17,18). Porém, sua ressur-reição garante a eficácia da prega-ção, como base da salvação (Rm10.8-10), conforme procederam osapóstolos (At 2.32; 3.15; 4.33;26.23).

3. Eficácia da fé. Nossa salva-ção está baseada em um Cristo vivo(Ap 1.18).

4. Santificação. Através da sal-vação, o crente experimenta o po-der da morte e ressurreição de Jesus(2 Co 5.14,15), e a garantia de an-darmos em "novidade de vida" (Rm6.4; Cl 2.12), que significa a vidade Cristo em nós (Gl 2.20; Cl 3.4),na operação da santificação em todanossa vida.

5. Proteção. Ao ressuscitar, Je-sus ascendeu aos céus, onde está as-sentado à destra de Deus (Hb 12.2),como nosso Advogado (l Jo 2.1) eSumo Sacerdote (Hb 8.1). Ele vive"sempre para interceder por nós"(Hb 7.25) e tem sido a causa de re-cebermos constante proleçãocelestial (Hb 4.14-16; 10.21-24).Portanto, não há acusação ou con-denação para os salvos (Rm 8.1,34).

IV. RESSURREIÇÃO, AESPERANÇA ASSEGURADA

Ao ressuscitar, Jesus "nos geroude novo para uma viva esperança"

(l Pé' 3.3). Esta esperança é descritada seguinte forma nos textos ajjai-xo:

1. Esperança celestial e nãoterrena. "Se esperamos em Cristosó nesta vida, somos..." (v. 19). Po-demos considerar dois aspectos aqui:

a) nossa esperança seria unica-mente terrena. Ficaria apenas oexemplo de um homem que nasceue viveu sem mácula, morreu pelosnossos pecados, mas que, por nãoressuscitar, não poderia perdoar nos-sas transgressões. Teríamos apenaso exemplo de alguém sincero, ínte-gro, temente a Deus, como outrostambém o foram, como Noé, Daniele Jó (Ez 14.14,20). Consequente-mente, permaneceríamos nos nossospecados e perdidos (w. 17,18);

b) receberíamos somente vanta-gens materiais. "Aceitar" a Jesus,com o propósito exclusivo de rece-ber coisas materiais, como a cura deenfermidade, um emprego, a reso-lução de um problema, etc. É claroque quem crê em Jesus, tem a pro-messa de receber estas bênçãos (Lc18.29,30; l Tm 4.8), mas elas sãopassageiras e temporais. Devemosalmejar as eternas (2 Co 4.18).

2. Ressurreição e Arrebata-mento. A vinda de Jesus e o conse-quente Arrebatamento da Igreja,para encontrá-lo nos ares, é a nossagrande expectativa e consolação,pois dar-se-á a coroação do povo fiela Deus (2 Tm 4.7,8). A ressurreiçãode Jesus propiciou a garantia destapromessa feita pelos profetas (Is

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60.1-2), por Ele mesmo (Jo 14.3);pelo^ apóstolos (3 Ts 4.16,17; l Pé5.4) e pelos anjos (At-1.10,11). Asegunda vinda de Cristo dar-se-á emduas etapas, separadas entre si porum período de sete anos (Dn 9.25-27):

Na primeira etapa, Ele virá paraa Igreja, a fim de arrebatá-la aoscéus (At 1.13);

Na segunda etapa, Ele virá coma Igreja, para reinar sobre a Terra(Ap 1.7; Jd 14).

. Na sua vinda, quando houver otoque da "última trombeta" (l Co15.52), ocorrerá a ressurreição e oarrebatamento dos salvos., As ex-pressões: "Cristo, as primícias"; "foifeito as primícias dos que dormem"(w.20,23), significam ter sido Jesuso primeiro a vencer a morte e abrira porta para.os salvos tambémvencê-la. Ele é chamado- "oprimogénito .dos mortos" (Ap 1.5).Ao ressuscitar, Cristo apanhou aschaves da morte, abriu sua porta, esaiu vivo e vitorioso dela (Ap 1.18),e deixou-a aberta, para a ressurrei-ção do seu povo. As- "primícias" erauma festa que Israel celebrava anu-almente, e consistia basicamente detrês estágios: um "molho dasprimícias", apresentado ao sacerdo-te, para oferecê-lo ao Senhor (Lv23.10-15); a colheita propriamentedita, representada pelos "dois pãesde movimento" (Lv 23.17); e o res-tante ou "rabisco", ficava para ospovos pobres (Lv 23.19-22). Esta éuma perfeita ilustração da ressurrei-

ção dos mortos. Conforme osversículos 20 e 23, da lição, o res-surgimento dos salvos obedecerá aum programa ordenado em grupos,diferentes em cada acontecimento,ou seja;

a) Cristo, o primeiro, o "molho"sem fermento (v.23; Cl 1.18). Nómomento em que Jesus deu o bradode vitória na Cruz, um grupo de san-tos ressuscitou (Mt 27.52,53).

b) Depois, "os que são de Cris-to na sua vinda" (v. 23), através doArrebatamento (l Ts 4.13-18), no"dia de Jesus Cristo" (Fp 1.6), me-diante o toque da última trombeta(l Co 15.51-54), quando haverá agrande colheita, representada pelos"dois pães", ou seja: os mortos res-suscitados (Fp 3.11; Hb 11.25), e os.vivos transformados (l . Co15.51,52). Assim.seremos vivifica-dos em Cristo (l Co 15.22).

c) Os mártires da grande tribu-lação que reviverão com todos ostriunfos espirituais, para reinar comJesus (Ap 20.4,6). Eles são os "ra-biscos".

Os grupos acima fazem parte daprimeira ressurreição e sobre elesnão terá "poder a segunda morte;mas serão sacerdotes de Deus e deCristo, e reinarão com ele mil anos"(Ap 20.4-6). Também é chamada deressurreição dos'justos (Lc 14.14);da vida (Jo 5.29); para a vida eterna(Dn 12.2).

3. Vivificação do corpo. A Bí-blia fala da vivificação em dois sen-tidos: a do homem interior (espírito

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Page 51: Calvário, lugar de salvação

e alma) e a do corpo. Quanto à pri-meira, ela ocorre quando cremos noSenhor. O nosso espírito e alma, qucantes estavam mortos, isto é, sepa-rados da vida de Deus (Ef 2. l; l Tm5.6), passam a receber a vida espiri-tual (Ef 2.5; Cl 3.1; Lc 15.24).

A respeito da vivificação futurado nosso corpo, temos a observar: asalvação propiciada por Deus envol-ve toda a personalidade do homem,ou seja, espírito, alma e corpo. Pelafé em Jesus, jã temos a salvação nohomem interior, (espírito e alma;porém,.não a possuímos no corpo,pois ainda estamos sujeitos a enfer-midades e à morte (Hb 9.27). Navinda de Jesus, teremos a.redençãodo nosso corpo (Rm 8.23), isto é, eleserá vivificado (I Co 15.22). Comose dará esta vivificação? Quando umsalvo morre, seu espírito e alma vãopara a presença de Deus, no paraíso(2 Co 12.2), onde, conscientemen-te, em gozo indizível, aguarda avivificação do seu corpo, que, sepul-tado, volta a ser pó (Ec 12.7; Dn12.2; Is 26.19); porém, é como umasemente que germinará no dia daressurreição (l Co 15.36,37).

Na vinda de Jesus, o Espírito deDeus operará poderosamente, damesma forma que atuou na ressur-reição de Jesus, e ressuscitará osnossos corpos (Rm 8.11). Neste mo-mento, tornarão a entrar neste cor-po, o espírito e a alma que aguarda-vam o dia do reencontro, e, então, asalvação em toda a sua plenitudeestará completada na vida dos sal-vos, ou seja, espírito, alma e corpo

redimidos pela'Obra de Jesus. Osque estiverem vivos, naquele ^ia,serão transformados (l Co15.51,52), e, juntamente, subiremosa encontrar o Senhor nos ares (J Ts4.13-18). Como resultado destavivificação, o corpo será: imortal ( ICo 15.54), isto é, não mais sujeito amorte, pois será revestido da imor-talidade (2 Co 5.10; Ap 21.4);incorruptível (l Co 15.42,52-54), ouseja, conforme o de Jesus (Fp 3.21;Uo3.2).

CONCLUSÃO

Portanto, vigiemos em todo o tem-po em oração (Lc 21.36), no aguardoda vinda de nosso Senhor (Mt 24.46),quando, então, deixaremos este"tabernáculo" (2 Pé 1.14), o qual serátransformado em um corpo glorioso(Fp 3.21), e, pelo Arrebatamento, es-taremos sempre com Ele.

QUESTIONÁRIO

1. Por que a ressurreição de Cristogarante a nossa salvação?

2. Dê o significado da expressão: "Seesperamos em Cristo somente nes-ta vida, somos os mais miseráveisdos homens".

3. Que significa o fato de Jesus tersido feito as primícias dos quedormem?

4. Como seremos vivificados em Cris-to?

5. Mencione os grupos de pessoasque participarão da primeira res-surreição.

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Lição, II U de junho de 1995

OS ELOS DA SALVAÇÃO

TEXTO ÁUREO

"Como "escaparemos-nós,se não atentarmos para urnatão grande salyação?""(Hb2.3).

VERDADE PRATICA

. A verdadeira salvaçãoproduz .urna 'vida cristã

^caracterizada pela""fé, peloarrebatamento, pela conversão,

:è santificação, no"'presenteie'1'glorificação, nó~futuro. í ;

ÉPOCA DO EVENTO: 65 d.C.

LOCAL: Desconhecido

HINOS SUGERIDOS: 300 (419-HCA)e329(318-HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - At 16,3}Fé, condição para salvaçãoTerça - Ef 6.16Fé, garantia de vitóriaQuarta - Ef 5.17-32Conversão, vivência diferenteQuinta - At 26.20Arrependimento, exigência necessá-riaSexta - l Ts 5.23Santificação, condição para o arre-batamento

Sábado -1 Co 15.35-55Glorificação, transformação espe-rada

LEITURA EM CLASSE

HEBREUS 2.3-5,9-11

3 - Corno escaparemos nós, senão atentarmos para uma tãogrande salvação, a qual, começan-do a ser anunciada pelo Senhor,foi-nos depois confirmada pelosque a ouviram;

4 - Testificando também Deuscom eles, por sinais, e milagres, evárias maravilhas e dons do Espí-rito Santo, distribuídos por suavontade?

5 - Porque não foi aos anjosque sujeitou o mundo futuro, deque falamos.

9 - Vemos, porém, coroado deglória e de honra aquele Jesus quefora feito um pouco menor do queos anjos, por causa da paixão damorte, para que, pela graça deDeus, provasse a morte por todos.

10 - Porque convinha que aque-le, para quem são todas as coisas,e mediante quem tudo existe, tra-zendo muitos filhos à glória, con-sagrasse pelas aflições o príncipeda salvação deles.

11 - Porque, assim o que santi-fica, como os que são santificados,são todos de um; por cuja causanão se envergonha de lhes chamarirmãos.

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COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Existe uma interligação bem ní-tida no processo da salvação do serhumano, representada, entre outros,pelos elos da fé, do arrependimen-to, da conversão, da santificação cda glorificação. Como se fossemuma corrente, estes dependem um dooutro, e estão colocados em uma pro-gressão espiritual crescente. Come-Ça com a fé para a salvação (At16.31), o-ponto de partida para oviver em comunhão com Deus, con-tinua através dos diversos estágiosdesta vida, e culminará com a glori-ficação futura do crente, com a vin-da de Jesus, para arrebatar a suaIgreja, Inicialmente, estudaremoscada elo isoladamente, e, no final,suas interligações.

I. FÉ

1. Definição. A fé "é o firme fun-damento das coisas que se esperam,e a prova das coisas que se nãovêem" (Hb I1J). Ela é o primeiropasso para a salvação, pois possibi-lita crer no Senhor, para perdão dospecados.

2. Origem da fé. A fé é um domde Deus (Ef 2.8). Quando o pecadorouve a Palavra, o Espírito Santo (GI5.5) leva a mensagem até o seu co-ração (Hb 4.1.2), abre-o, para ouvi-la (At 16.14); apresenta a "porta dafé" para ele (At 14.27), c gera as-sim a certeza (Rra 10.17). Ao pos-

suir esta convicção (Rm 16.26), seucoração passa a ser purificado e*al-vo pela fé (At 15.9; Ef 2.8). Portan-to, eía é oriunda da Palavra (Rm1.0.17), do Espírito (Gl 5.5) e deCristo (Hb 12.2), e sem a mesma,ninguém pode salvar-se (Jo 5.24). Éum verdadeiro mistério (l Tm 3.9),e de valor imprescindível às nossasvidas (l Pé 1.21.).

3. Bênçãos resultantes da fé.Entre tantas, mencionamos: a sal-vação (Ef 2.8,9); a cura da enfermi-dade (Mc 16.18; Tg 5.15); o batis-mo com o Espírito Santo (Mc16.17); a vitória contra o mundo (lJo 5.4), a carne (Gl 2.20) e o Diabo(1. Pé 5.9); a paciência (Tg l .3); etc.É uma arrna poderosa em nossasmãos (Ef 6.16), e por ela, estamos"depé"(Rm 11.20).

II. ARREPENDIMENTO

1. Definição. É um estado decontrição profunda do coração hu-mano, pela culpa do pecado, e ogrande desejo de abandoná-lo. É darmeia-volta, e scguirna direção opos-ta ao caminho que seguia. E umamudança de atitude, como Zaqueu(Lc 19.8), e de rumo, como o filhopródigo (Lc 15.18,20). É a condi-ção para o ser humano alcançar operdão, quer seja ele um perdidopecador (Lc 13.3; At 2.38; 3.19;1.7.30; 2 Pé 3.9), ou aquele que,mesmo conhecendo a Deus, tambémpecou (Ap 2.5,15,21; 3.3,19).

2. Como ocorre. Através da pre-gação (At 2.37,38), por uma adver-

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Page 54: Calvário, lugar de salvação

tSncia divina (2 Pç 3.9; Ap 3.15),otfcpelo testemunho pessoal de umcrente (2 Tm 2.24,25). Se o homemabrir o coração, o Espírito Santo oconvencerá do pecado (Jo 16.3), emostrará a necessidade do arrepen-dimento, bem diferente de remorso;este é circunstancial, momentâneo,enquanto que aquele é mudança deatitude. O verdadeiro arrependimen-to implica: no reconhecimento dafalta praticada, ou seja, sentimentode culpa (S! 51.1-4); no sincero pe-dido de perdão (SI 51.10-12); noabandono do CITO (Pv 28.13); e cmproduzir frutos do arrependimento(Mt 3.8; At 26.20). •

I I I . CONVERSÃO

Í. Definição. A conversão estámuito relacionada com o arrependi-mento e a fé, pois andam juntos (At3.19; 26.20). O arrependimento è amudança interna, no coração; en-quanto que a conversão é a que ocor-re no exleripr, cora relação ao mun-do, e reflcte nas atitudes, aparênci-as, etc., diferentes daquelas que ou-trora demonstrava; ou seja, houveuma mudança cm toda a maneira deviver. Este relacionamento é tão es-treito que a conversão, as vezes, re-presenta tanto a fé como o arrepen-dimento, ou ambos, e engloba destemodo as atividades do homem e oleva a abandonar o pecado, para ser-vir aDeus (At 3.19; 11.21). Por isso,observamos algo diferente em nós(Mt5.16). '

2. Abrangência. Toda a perso-

nalidade do ser humano abrange: oínlelecto (Mt 21.28-30); as emoções(Lc 18.9-14); e a vontade (Lc 15.11-22).

3. Resultado. Há uma mudançaradical interna c externa. Tudo setorna novo (2 Co 5.17). vejamos:novo nascimento (Jo 3.3,5); novavida (Rm 6.4); novo alvo (Fp 3.14);novo testemunho (Gl l .23,24); novocântico (St 40.4); novo homem (Ef2.15); novasbSnçãos(At3.19); novaincumbência (Lc 22.32), etc. Portan-to, não é possível ser salvo sem averdadeira conversão (iVH 18.3).

IV. SANTIFICAÇÃO

1. Definição. Significa uma vidasanta em toda a maneira de viver,interna e externamente (L Pé 1.15).Um viver separado do mundo (Gl6.14) c purificado do pecado (l Jol .7,9). É a operação da salvação emnós (l Ts5.23).

2. Abrangência. A santificaçãoabrange todo o nosso ser: o espírito(Sl5I.10-12);«íí / / ; i«(l Ts5.23);eo corpo (Rm 6.12-14; 19-23; l Ts5.23). Isto significa que em tudodevemos agradar ao Senhor (SI103.1-3), e ler em nós a natureza, osentimento, a mente, a vida, a graçae o Espírito Santo (I Co 2.16; 3.16;! 6.23; Gi 2.20; Fp 2.5; I Pé 1.4).

3. Crescimento. A santificaçãoé um ato contínuo da transformaçãode Deus em nós, ou seja, semprehaverá alguma coisa a ser modifi-cada em nós: "Quem é santo, sejasantificado ainda" (Ap 22.11). Este

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Page 55: Calvário, lugar de salvação

processo somente terminará na vol-ta do Senhor (2'Co 3.18; Fp J .6).

V. GLORIFICAÇÃO

1. Definição. É o objetívo fínalda nossa vida espiritual, quando te-remos o nosso corpo transformadoconforme a "imagem do celestial" (lCo 15.49), por ocasião do Arrebata-mento da Igreja, na volta de Jesus(l Ts4.13, 16).

2. Glória presente. Nesta vida,já experimentamos uma parcela daglória de Deus, que nos foi dada porJesus (Jo 17.5,22), pela presença doEspírito Santo em nós (l Pé 4.1.4), eque nos transforma a cada dia (2 Co3.18). Porém, a plenitude desta bên-ção (Ef 3.19) será no futuro, e tudoque podemos agora imaginar não épara comparar com o que há de serevelar (Rm 8.18).

3. Glorificação futura. Após terressuscitado e subido para o Céu,Jesus foi coroado de glória (Hb 2.9),com a mesma que ele tinha com oPai antes da existência do mundo (Jo17.5). Ele virá buscar a sua Igrejamajestosamente (Mt 16.27). Quan-do isso ocorrer, receberemos da suaglória (Cl 3.4; 2 Ts 1.10), ou seja, onosso "corpo glorioso" (Fp 3.20,21),revestido da imortalidade e daincorruptibilídade (l Co 15.52,53),e subiremos a encontrá-lo nos arespara estarmos definitivamente cornEle (l Ts 4.13-18).

4. A condição, A santificação éa condição essencial para participar-mos da glorificação presente (l Co6.11; l Pé 4.14) e futura (Hb 1.2.14).

VI. RESUMO DASINTERLIGAÇÕES DOS .ELOS

A fé vem pelo ouvir a Palavra deDeus (Rm 10.14,17; Hb 4.12). Elaconduz, ao arrependimento, e, jun-tos produzem a salvação (2 Co 7.10;Ef 2.8; Hb 4.2). O arrependimentosincero resulta na conversão (At11.21). A legítima conversão leva àsantificação (At 26.18) que, por suavez, é a condição para a glorifica-ção presente e, principalmente, fu-tura (2 Co 5.1; Hb 12.14).

CONCLUSÃO

Portanto, vivamos uma vida defé viva em Deus, livres de impedi-mento, e tragamos ern todo o nossoviver interno e externo as marcas (Gl6.14-17) de uma vida santificada, noaguardo da bem-aventurada espe-rança da volta do Senhor, para nos-sa glorificação e vida eterna com Eleno Céu.

QUESTIONÁRIO

1. Qual é o primeiro passo para sealcançar a salvação?

2. É possível ser salvo, sem o verda-deiro arrependimento?

3. É possível ter uma vida santifica-da, sem o verdadeiro arrependi-mento?

4. Qual é a condição básica paraexperimentarmos a glorificação?

5. Quais são os elos da salvação?

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Page 56: Calvário, lugar de salvação

Lição 12 18 de junho de 1995

A SALVAÇÃO ANUNCIADA PELOSAPÓSTOLOS

TEXTO ÁUREO

"Mas recebereis a virtudedo Espírito Santo, que há devir sobre vós; e ser-rne-eís tes-temunhas, tanto em Jerusalémcorno em toda a Judéia eSamaria, e até os confins daterra" (At 1.8). t .

VERDADE PRÁTICA

O poder do Espírito Santo e•a obediência ao "ide" de Jesus,levaram QS apóstolos a clivul-

- garem eficazmente a mensa-gem da salvação em todo omundo.

ÉPOCA DO EVENTO: 29 d.C.

LOCAL: Jerusalém

HINOS SUGERIDOS: 196 (227-HCA)e200(018-HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - iVIc J5J5,16Pregação, a ordem do MestreTerça - Jo 4.29,30,39-42Pregação, o sinal da salvaçãoQuarta - 2 Co 5.19,20Pregação, o privilégio do crente

Quinta - Itm JOJI-J5Pregação, a condição para gerar féSexta - l Co 9.19-23Pregação, a prova da natureza divi-naSábado - At U.22-24Pregação, a finalidade do poder

LEITURA EM CLASSE

ATOS3J 7-21,26

17 - E agora, irmãos, eu seique o fizestes por ignorância, comotambém os vossos príncipes,

18 - Mas Deus assim cumpriu oque já dantes pela boca de iodosos seus profetas havia anunciado;que o Cristo havia de padecer.

19 - Arrependei-vos, pois, cconvertei-voSjparu que sejam apa-gados os vossos pecados, e venhamassim os tempos do refrigério pelapresença do Senhor.

20 - E envie ele a Jesus Cristo,que já dantes vos foi pregado,

21 - O qual convém que o céucontenha até os tempos da restau-ração de tudo, dos quais Deus fa-lou pela boca de todos os seus san-tos profetas, desde o princípio.

26 - Ressuscitando Deus a seuFilho Jesus, primeiro o enviou avós, para que nisso vos abençoas-se, e vos desviasse, a cada um, dasvossas maldades.'

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COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A proclamação da salvação, atra-vés dos apóstolos, era caracterizadapelos constantes esforços dos cren-tes no cumprimento do "Ide" de Je-sus (Mc 16.15,20). As proibições (At4.18; 5.28), as prisões (At 5.17-20),as ameaças de morte não puderamdeter aqueles irmãos que, inflama-dos pelo poder de Deus e amor pe-las almas perdidas, em nada tiveramsuas vidas por preciosas, contantoque pudessem cumprir com alegriaa sublime tarefa que lhes fora dadapor Cristo (At 20.24). Constrangi-dos pelo amor de Jesus (2 Co 5.14),falaram intensamente do que tinhamvisto e ouvido.

I. A SALVAÇÃOTRANSFORMOU A VIDADOS APÓSTOLOSA vida deles na companhia de

Jesus, ainda no seu ministério ter-restre, já lhes havia causado um pro-fundo impacto espiritual, pela trans-formação radical de suas condutas.A morte e a ressurreição de Cristoveio consolidar-lhes a salvação(v. 19). O batismo com o EspíritoSanto capacitou-os para a grandetarefa de evangelização do mundo(At 1.8). Estes fatores contribuírampara que houvesse característicasimportantes ao êxito de sua missão.Entre outras, possuíam:

1. Convicção profunda da sal-vação. Tal fato pode ser visto nas

vidas de Paulo, Pedro, dos demaisapóstolos (2 Tm 2.12; Jo 6.Í59) e,deoutros discípulos. Eles sabiam quetinham a vida eterna (l Jo 5.11);eram salvos (Tt 3.5); filhos de Deus(I Jo 3.2) e tinham passado da mor-te para a vida (l Jo 3.14).

2. Ardente amor pelas almas.Este amor dominava suas vidas,como a de Paulo (Aí 20.23,24;21.13; l Co 9.19-22), Pedro e João(At 3.8; 4.8-12).

3. Profundo amor a Jesus. Co-mo o exemplo de Paulo (2 Co 5.! l -14; At 21.13) e dos demais apósto-los (At 5.41).

4. Vida vitoriosa. Sobre o mun-do, a carne e o Diabo ( l Jo 2.14; 5.4;01 5.24).

5. Vida transformada. Eramconvertidos (Lc 22.32), viviam o quepregavam (l Co 9.27; Rm 35.18),fato este conhecido até pelos que nãoeram crentes (l Co 4.1; At 5.13).

II. CARACTERÍSTICAS DAPREGAÇÃO APOSTÓLICA

As características acima, aliadasà unção do Espírito em suas vidas,resultou na poderosa mensagem doEvangelho por eles anunciada. Ve-jamos algo sobre esta pregação:

1. Base bíblica (v.21). Eles pos-suíam grande conhecimento das Es-crituras, citavam-nas constantemen-te (At 1.16,20; 2.16,25,31,34; 3.13;4.11,25), e provavam, desta manei-ra, que Jesus era o Messias, o Sal-vador (At 8.35; 9.19-22; 17.1-3;18.4,28). A fé vem pelo ouvir a Pa-lavra (Rm 10.17).

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2. Objetivo definido. Vejamos:dq)>ãm grande ênfase ao nome deJesus como Salvador (At 2,21;2.30,31,38; 3.6,13,26; 4.10,12,17,18,30). A primeira pregação co-meçou com o nome de Jesus e ter-minou com a palavra Cristo (At2.22,36); mostravam que o homemé pecador e precisava crer no Se-nhor, para ser liberto do seu peca-do (At 3.19,26; 5.31; 7.60; Rm3.23); enfatizavam que a salvaçãoera pela fé, sem a intervenção dasobras (At 6.7; 8.37; 13.12; 15.9;1.6.31; 17.34).

3. Método apropriado. Usavamo método díreto, através de pergun-tas, como Paulo a Agripa, e Felipeao Eunuco (At 26.27; 8.30-35);como também o índireto, por inter-médio de circunstâncias ocasionais,como Pedro, que aproveitou a curado coxo, para pregar ao povo (At3.1-26). Apresentavam a mensagemde maneira apropriada, ou seja,aproximavam-se das pessoas no pla-no em que se encontravam, confor-me o exemplo de Paulo (l Co 9.19-22).

4. Locais diversificados. Prega-vam no Templo e nas casas (At5.42); nas conduções (At 8.27-31);nas praças (At 17.17; 20.20); nasprisões (Fl 10); enfim, "em todo olugar" (At 17.30). A ordem de Je-sus era que pregassem em todo omundo (Mc 16.15). Onde houvessealmas, lá estavam eles em busca de-las.

5. Poder do Espírito. Naquelesdías, todos os crentes eram balizados

com o Espírito Santo (At 2.4; 4.31;8.17; 10.44,47; 19.6,7), pois a pro-messa era e é de todos (At 2.38).Este poder os capacitou a pregar comgrande ousadia (At 4.33). Outro fa-tor importante era a manifestaçãodos dons espirituais em suas vidas,como no caso de Pedro (At 2.22;5.4,5; 9.36,42) e de Paulo (At13.9,10; 14.8,10; 16.18; 2 Co 11.6).

6. Direção divina. O Senhor osdirigia de modo especial: Filipe, ori-entado para pregar ern Samaria, aoeunuco, e em Azoto (At 8.5-24,26-40); Pedro, a Cornélio (At 10.11-48); Paulo, impedido de anunciar oEvangelho na Ásia e Bitínia, e con-duzido a Macedônia (At 16.6-9).

UT. REACÃO NOS OUVINTES

1. Entre os judeus. Embora anação, como um todo, não tivessereconhecido Jesus, o Messias prome-tido (Mt 27,15-25; Jo l . l l) ,eatéseincomodasse com a mensagem deque Cristo era o Salvador (At 4.1,2),milhares de judeus creram: no diade Pentecoste, aproximadamente,três mil creram (At 2.41). Todos osdias, havia conversão (At 2.47). Nasegunda pregação de Pedro, o nú-mero aumenta para quase cinco mil(At 4.4). Em Jerusalém, havia umamultidão de salvos (At 5.14,28;21.20), e até os sacerdotes criam (At6.7), Em Lida e Sarona, todos fo-ram salvos (At 9.35); Em fcônio,uma multidão de judeus aceitou aCristo (Al 14,1).

2. Entre outros povos. Surgiu

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um efeito positivo, e milhares foramsalvos: Cornêlio com toda a sua casa(At 10.25-48; 11.1); grande núme-ro creu e se converteu em Antioquiada Síria (At 11.19-24); em ícônio,uma grande multidão de gregos acei-tou o Evangelho (At 14.1); emTessalõnica, também (At .1.7.4); emBeréia, homens e mulheres gregasde alta posição uniram-se aos sal-vos (At 17.12); em Corinto (At18.10), Acaia (AL 18.27), Éfeso (At19.10,18), milhares receberam aPalavra de Deus.

IV. A PROPAGAÇÃO DOEVANGELHO NO MUNDODA ÉPOCAAs qualidades dos apóstolos, ali-

adas ao poder de Deus que operavaem suas vidas e, principalmente, aobediência ao "Ide" de Jesus (Mc16.15), impulsionaram os apóstolosà evangelização do mundo conheci-do na época, e alcançaram, de modopleno, no período de aproximada-mente sessenta anos, sem possuíremos recursos tecnológicos que dispo-mos hoje, como os meios de comu-nicação e locomoção. A ordem doMestre era começar por Jerusalém,depois, Judéia, Samaria e até os con-fins da Terra (At 1.8). E, realmen-te, seguiram o roteiro divino, Veja-mos: Em Jerusalém, começaramcom quase 120 pessoas (At 1.15);depois, alcançaram quase três mil(At 2.41); todos os dias, as almasrendiam-se ao Senhor (At 2.47); nasegunda pregação, quase cinco mil

(At 4.4); a multidão dos que criamcontinuava a crescer (At 5.14). Fi-nalmente, encheram Jerusalém damensagem da salvação (At 5.2S;23.20). Depois, foram para Judéia.Samaria e Galiiéia (At 8.18; 9.31).Em seguida, alcançaram os "confinsda terra" (At l.S), como a SiYia,Chipre, a Ásia Menor, a Ásia, aMacedônia, a Acaia, Creta, Malta eItália.

CONCLUSÃO

Busquemos ao Senhor, de modoque, capacitados por Ele, cumpra-mos sua ordem de evangelizar omundo perdido que, desesperada-mente, aguarda pelas Boas Novas desalvação que somente os salvos po-dem transmitir. Deus conta conoscopara este importante e sublime tra-balho.

QUESTIONÁRIO

1. De que maneira os apóstolos pro-vavam que Cristo era o Salvador?

2. Qual foi areação dos judeus, quan-do lhes anunciavam que Cristo erao Salvador?

3. Quem mais se destacou na apre-sentação de Cristo, como Salva-dor?

4. Ern quanto tempo o mundo, nosdias dos apóstolos, foi alcançadopela mensagem do Evangelho?

5. Que resultado ocorreu com a di-vulgação da mensagem de salva-ção entre os povos?

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25 dê junho de 1995

A SALVAÇÃO ANUNCIADA PELA IGREJA

TEXTO ÁUREO'

"O Espírito e a esposa di-zem: Vem" (Ap 22.17). •

VERDADE PRATICA

. Deus..confiou .a.sua Igreja asublime^e .urgente .tarefa.de.evangelizar o mundo, em nos-sos dias. '

ÉPOCA DO EVENTO:>9 d.C.

LOCAL: Jerusalém

HINOS SUGERIDOS: 526 (167-HCA) e 527 (065-HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mc 16.15,16 .A salvação e a ordem de pregarTerça-2 Co 6.2A salvação e o tempo de crerQuarta - 2 Tm 4.2A salvação e a mensagem a pregarQuinta -1 Co 9.19-22A salvação e a renúncia, ao pregarSexta - Jo 4.29,39-42A salvação e o resultado de pregarSábado - Jo 4.35-3SA salvação e o galardão de pregar

LEITURA EM CLASSE

ATOS 2.37-42,47

37 - E, ouvindo eles isto,compungiram-se em seu coração,e perguntaram a Pedro e aos de-mais apóstolos: Que faremos, va-rões irmãos?

38 - E disse-lhes Pedro:Arrependei-vos, e cada um de vósseja balizado em nome de JesusCristo, para perdão dos pecados;e recebereis o dom do Espírito San-to;

39 - Porque a promessa vos dizrespeito a vós, a vossos filhos, e atodos os que estão longe; a tantosquantos Deus nosso Senhor cha-mar.

40 - E com muitas outras pala-vras isto testificava, e os exortava,dizendo: Salvai-vos desta geraçãoperversa.

41 - De sorte que forambalizados os que de bom grado re-ceberam a sua palavra; e naqueledia agregaram-se quase três milalmas.

42 - E perseveravam na dou-trina dos apóstolos, e na comu-nhão, e no partir do pão, e nasorações.

47 - Louvando a Deus, e caindona graça de todo o povo. E todosos dias acrescentava o Senhor àigreja aqueles que se haviam desalvar.

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COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Desde o momento de sua funda-ção histórica, no dia de Pentecoste,a Igreja se preocupou de anunciar,em todo o mundo, a mensagem doEvangelho, a fim de alcançá-lo ple-namente (Cl 1.6,23). Durante a His-tória do Cristianismo, ela passou pordiversas fases difíceis: houve épocasde muitas provações, que não aba-teram a sua visão evangelística; emdiversas ocasiões, embora não hou-vesse perseguições tão acirradas, aIgreja continuou no seu papel de le-var as boas novas. Todavia, isto foifeito apenas de modo parcial. Nosnossos dias, ainda faltam milhões dealmas a serem evangelizadas, nãoobstante todos os esforços envidadospela Igreja.

I. A SALVAÇÃO ANUNCIADAPELA IGREJA NA SUAFUNDAÇÃO

O fervor espiritual que caracte-rizava os crentes, logo na fundaçãoda Igreja, era algo sobrenatural queos impulsionava à realização dagrande e sublime tarefa de ganharalmas para o'Senhor. Mencionamosabaixo alguns aspectos da mensa-gem que pregavam:

1. Base Bíblica. Não pregavamsuas ideias ou filosofias; porém, ba-seavam todo seu testemunho nasEscrituras (At 1.16,20; 2.16,21). Apalavra de Deus gera a fé nos cora-ções (Rm 10.17).

2.'Arrependimento (v.38). Da-vam ênfase muito grande ao afl-e-pendimento, como condição paraalcançar o perdão (At 3.19). Istodeveria ser uma atitude individual,como a salvação também o é (Jo3.3,5; Mt 7.13,14; Ap 22.17).

3. Batismo em água (v. 38). Erao cumprimento de uma das ordenan-ças de Jesus (Mc 16.15,16). O ba-tísmo exigia o seguinte: condição:deveriam ser pessoas arrependidase que, de bom grado, tivessem rece-bido a Palavra (v.4l) e cressem emJesus, como Salvador (At 8.12,37);modo: os candidatos eram batizadosem água, ou seja, o batismo era fei-to por imersão, como ocorreu comJesus e o Eunuco (Mt 3.16; At8.38,39); idade: os candidatos eramadultos, pois deveriam crer, paraserem batizados (Mc 16.15-16), oque não é possível a recém-nascidos;fórmula: eram batizados "em nomedo Pai e do Filho e do Espírito San-to (Mt 28.19). Quando a Bíblia re-gistra que balizavam "em nome deJesus" (v.38), não se trata de qual-quer contradição a esta fórmula, e,sim, que os discípulos eram autori-zados por Cristo, pois tudo faziamem nome dele (Cl 3.17). Pregavam(Lc 24.47), curavam (At 3.6,16),expulsavam demónios (Mc 16.17) edisciplinavam (l Co 8.9; l Ts 3.6),em nome do Filho de Deus. Quandobalizavam, também conduziam to-dos os atos do batismo, em nome deJesus; porém, ao imergir o candida-to nas águas, evocavam o nome daTrindade divina.

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4. Ênfase ao nome de Jesus(v.38). Os judeus rèòõnhéciám o Paie o Espírito Santo, mas não o Filho.Ao enfatizarem este nome,-visavamo reconhecimento de Jesus como oMessias, o Redentor (At 2.22,36), ea salvação única e exclusivamenteneste nome (Lc 24.47; At 4,12)."

5. Batismo com o Espírito San-to (v.38). A promessa do bátismo,feita por Jesus (Lc 24.49; At l .8),havia se concretizado em suas vidas(At 2.4)' e tinham plena convicçãoque está prornessa"éra para todos oscrentes em-Jesus. O bátismo com õEspírito Santo os havia tornado 'des-temidos (At 2.14) e desejavam quetodos os-crentes também o fossem.

6.'Santificação (v.40). O arre-pendimento implicava em abando-narem á vida pecaminosa, a fim deproduzirem frutos de arrependimen-to (Ml 3.8), para conduzi-los à sal-vação. Os discípulos experimenta-ram, de modo sobrenatural, umavida santificada, como resultado dasalvação recebida, e sabiam ser estaa condição para serem arrebatadosna vinda de Jesus (Hb 12.14).

7. Temor (At 2.43). Todos ti-nham uma vida de temor, ou seja,viviam de modo a agradar ao Senhorem tudo. Temor de Deus é ter medode pecar (Gn 39.9); é afastar-se domal (Pv 3.7); é guardar a Palavra (Ec12.13).

8. Perseverança (At 2.42,46).Eles perseveravam: na doutrina dosapóstolos, isto é, mantinham-se nosensinamentos que tinham recebidode Jesus como o fundamento (Ef

2.20,21); na comunhão uns com osoutros, o que constítue lima condi-ção para Deus abençoar a todos (SI133.1-3); no partir do pão, ou seja,na Ceia do Senhor, uma das orde-nanças" de Jesus, para comemoraçãode sua vitória sobre a morte (l Co11.26); nas orações, para fortaleci-mento da comunhão com Deus; ejuntos, no Templo rodos os dias,para firmeza da fé"e a comunhão deuns para'com os outros. .

9. Adoração (v.47). Glorifica-vam a "Deus como Senhor que Ele é,bem como pêlo seus feitos em suasvidas, e nas dos que recebiam a sal-vaçSo. O ensino da Bíblia é: "Emtudo dai graças" (l Ts 5.18);

10J Testemunho (v.47). Repar-tiam com os outros as bênçãos rece-bidas, pois testificavam-lhes da sal-vação, conforme o mandamentç doSenhor'(Mc 16.'15,16). ' : : "'

II. A SALVAÇÃO ANUNCIADADURANTE Á HISTÓRIA DOCRISTIANISMODurante a história do Cristianis-

mo, a Igreja prosseguiu, parcialmen-te, na sua missão de aríunciar a salva-ção. Vejamos, resumidamente:

1. Era apostólica (até 100 d.C.).Duranle este período, a mensagem doEvangelho foi propagada em todo omundo conhecido na época (Cll .6,23), e alcançou todo o ImpérioRomano, corno Israel, Síria, Chipre,Ásia, Ásia Menor, Macedônia, Acaia,Creta e Itália.

2. Era pós-aposíólica atéConstantino (de 100 d.C. até 313

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d.C.). Os cristãos, representados poralguns missionários, bem como porcomerciantes, soldados e escravos,se dispersaram por todo o Império eoutras regiões, e levaram a mensa-gem da salvação, não obstante, so-frerem oposições dos imperadoresromanos. Assim, algumas regiões daFrança, índia, África, Pérsia, Egi-to, Arábia e Arménia foramalcançadas.

3. De Coustantino a Lutero (de313 d.C. até 1517 d.C.). A mensa-gem continuou a ser divulgada pelaIgreja, principalmente, na Europa.Foram alcançadas algumas regiõesda Roménia, Irlanda, Escócia, Fran-ça, Holanda, Dinamarca, Alemanha,Suíça, Itália, Espanha, Suécia,Morãvia, Boémia, Inglaterra, Noru-ega, Islândia, Rússia e Groelândia.

4. De Lutero ao início do sécu-lo 20 (De 1517 d.C. até 1900 d.C.).É o período dos grandes reformado-res e missionários que levaram amensagem da salvação à Alemanha,Suíça, França, Escócia, Inglaterra.índia, África, China, Birmânia,América latina, Oceanía e aos Esta-dos Unidos. Durante este período,surgiram igrejas evangélicas de fé eordem diferentes.-

5. De 1900 d.C. até nossos dias.Milhões de pessoas têm sidoalcançadas pela mensagem de sal-vação, neste período, em muitos pa-íses, entre eles o Brasil. Porém, paraa Igreja cumprir o seu papel de evan-gelização mundial, falta muito. Ape-nas, parcialmente, cia tem evange-

lizado. Conforme alguns órgãos ofi-ciais de estatística, temos o seguin-te quadro, que representa um gran-de desafio para a atualidade: popu-lação mundial: cerca de 5,5 bilhões,

- dos quais 1,5 bilhão são cristãos, eapenas cerca de 400 milhões sãonascidos de novo. J ,5 bilhão de pes-soas não-crístãs vivem em contatocom as cristãs. E, o que é mais tris-te, cerca de 2,5 bilhões não têm con-talo com cristãos e nunca ouviram oEvangelho. Portanto, a missão daIgreja ainda está incompleta, poisfalta alcançar bilhões de pessoascom a mensagem da salvação. A ní-vel das Assembleias de Deus nomundo, foi elaborado um plano, oraem execução, que visa ganhar mi-lhões de almas para Cristo, até o ano2000. Para o Brasil, a meta é alcan-çar 50 milhões de almas. Se a Igrejaatual canalizar todos os seus esfor-ços para a conquista dos pecadores,em breve espaço de tempo evange-lizaremos o mundo todo, pois dis-pomos de recursos humanos etecnológicos para tal empreendi-mento.Hl. A OBRA DE SALVAÇÃO

TIPIFJCADA NAS IGREJASDA ÁSÍ A

A história do Cristianismo estáreflelida nas cartas dirigidas às igre-jas da Ásia, e cada uma representaum determinado período da Igreja:

]. Éfeso. Representa a Igreja dostempos apostólicos, já no seu esfri-ar do primeiro amor, no final desteperíodo (Ap 2.1-7).

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2. Esmirna. Representa a Igrejadurante o tempo das grandes perse-guições, dos séculos I I e I I I . Deus aincen t iva para este período (Ap2.10). ' . :

3. Pérgamo. Representa a Igre-ja que se apresenta como uma orga-nização, a qual goza dos favores im-periais. Historicamente, foi nestaépoca que surgiu o "Catolicismo"(Ap 2.12-17).

4. Tiatira. Representa uma faseda Igreja que começa no século VI evai até o fim desta época, quandosurgem as falsas doutrinas. Este pe-ríodo é chamado de "era di fiei l" (Ap2.18-29).

5. Sardo. Representa a Igreja daReforma, que não se conformavacom a situação espiritual reinante naépoca (Ap 3.1-6).

6. Filadélfia, Representa a Igre-ja verdadeira desta época, que nãoobstante estar no meio da apostasia,mantém sua posição firme na !'é, nacomunhão com Deus, na espera doArrebatamento a qualquer momen-to (Ap3.7-13).

7. Laodicéia. Representa a Igre-ja apóstata, falsa, que se conformacom o mundo, c está misturada coma verdadeira (Ap 3.14-22).

IV. A PROCLAMAÇÃO DASALVAÇÃO E ASPERSEGUIÇÕES

As perseguições que se sucede-ram ao longo da história do Cristia-

nismo, não abateram, de forma al-guma, o"fmpeto da Igreja, para aevangelização dos povos. Nem asameaças, proibições, açoites, mortes;nerrocB-fafo de seus corpos serem•queimados ou entregues às feras,para serem devorados, impediu quecontinuassem a divulgar a mensa-gem da salvação. O povo de Deus,quando perseguido, sempre se mos-trou mais animado (At 5.41,42; Fp1.12-14; Hb 31.35).

CONCLUSÃO

Oremos a Deus, para que Elepromova um grande dcspertamentoespiritual em sua Igreja, que resulteem pregarmos a mensagem de sal-vação com todo o fmpeto possível, afim de arrancarmos os milhões dealmas que estão perdidos, à esperada libertação propiciada por Jesus.

QUESTIONÁRIO

1. A Igreja, ao ser fundada, cumpriuo seu papel de anunciar a salva-ção?

2. No decorrer da história do Cristi-anismo, a Igreja prosseguiu no seuobjetivo de evangelizar?

3. O que representam as igrejas deÉfeso, Laodicéia e Filadélfia, comrelação a obra salvadora?

4. As perseguições foram capazes deanular a obra da salvação?

5. A Igreja atual tem cumprido o seupapel na evangelização?

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ESCOLA DOMINICALPorque frequentá-la

m assiduamentejL É onde o aluno estuda sistematicamente a

Palavra de Deus, aprende a ter uma vidacristã genuína e se prepara contra asheresias.

-JL- E onde se ensinam os princípios básicos dafé,que levam o aluno a uma vida vitoriosa,e Cristo é gerado em cada novo convertido.

E onde a criança forma o caráter, o jovemprepara-se para o futuro e o adulto alcançaa maturidade cristã.

E onde pais e filhos fortalecem orelacionamento, crescem na disciplina e oscasais aperfeiçoam a vida conjugal.

É onde se descobrem novos talentos para o. . , . . ~ , - r i

ministério cristão e a Igreja fortalece a suacomunhão.

É onde se enfatiza a visão evangelística,revelada no Calvário, e aprende-se a amara obra missionária.

Esta marca f sita CWD

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