18
ANÁLISE DE UM AMBIENTE FAVORÁVEL À OCORRÊNCIA DE DOWNBURSTS LIMA, E. G. (1,2) and LOREDO-SOUZA, A. M. L. (1,3) (1) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil ( (2) [email protected], (3) [email protected]) SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CLIMATOLOGIA FLORIANÓPOLIS – SANTA CATARINA Porto Alegre, 16 de setembro de 2013

Análise de um Ambiente Favorável à Ocorrência de Downbursts

Embed Size (px)

Citation preview

ESTUDO DA SIMULAO FSICA DE DOWNBURSTS E ANLISE DA OCORRNCIA DO FENMENO NO BRASIL

ANLISE DE UM AMBIENTE FAVORVEL OCORRNCIA DE DOWNBURSTSLIMA, E. G.(1,2) and LOREDO-SOUZA, A. M. L. (1,3)(1) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil ((2)[email protected], (3)[email protected])

SIMPSIO INTERNACIONAL DE CLIMATOLOGIA

FLORIANPOLIS SANTA CATARINA

Porto Alegre, 16 de setembro de 2013

ContextualizaoEste trabalho um estudo preliminar dentro da questo de pesquisa do meu trabalho de mestrado que est sendo desenvolvido a respeito do estudo de simulao fsica de downburts;

Portanto, um trabalho que explora a interdisciplinaridade entre a engenharia civil e a meteorologia;

Vinculado ao Laboratrio de Aerodinmica das Construes (LAC);

E ao programa de Ps-graduao em Eng. Civil da UFRGS;

Super Clula, Derechos, Linhas de Instalibilidade, Tempestade Tropical, Ciclones Tropicais.o

;

DownburstsTornadosINTRODUOVentos TS e EPS

No apresentam ventos necessarimanete menos intensos, mas so mais conhecidos pois os ventos produzidos esto em equilbrio dinmico com a rugosidade da superfcie terrestre.Sistemas de presso plenamente desenvolvidos (Extend Pressure System - EPS)Thunderstorm (TS)Tempestade Convectiva ou Conveco Profunda

INTRODUOA Simulao da Camada Limite AtmosfricaFigura 2.Tnel de retorno fechado.

Fonte: LOREDO-SOUZA et al. (2004) Fonte: ABNT (1989)

Fonte: LOREDO-SOUZA et al. (2004) Figura 3. Perfis de velocidades medias e tensoes de Reynolds da CLA e alturas caracteristicas.

Figura 1. Isopletas de velocidade maxima media medida (3 e 10m de altura, perodo de retorno: 50 anos; terreno plano)

INTRODUOQuando o vento gerado no compatvel EPS?

Fonte: Chen e Letchford (2004)

Velocidade e Direo aprox. cte.Fonte: Holmes (200a)

Ver isooooo5

Resultados Parciais

Resultados Parciais

Simulao NumricaSimulao Fsica atravs de Wall Jet

INTRODUODownbursts

Fonte: Fujita, 1981Modelo de entranhamento de Stommel: Fora as nuvens a gastar energia aquecendo o ar entranhado para a temperatura virtual da nuvem. Evaporative Cooling

INTRODUOAmbientes atmosfricos de ocorrncia de downburstFigura 9. Estgios de um downburstFoco do Estudo so os downbursts caractersticos de ambientes midos.

Pois geram ventos mais intensos

CARACENA et al (1989)

Ambiente intemedirioAmbiente midoAmbiente Seco

INTRODUOProblemas Sociedade

EdifciosTorres e cabosPontesEdifcios AltosAerogeradores

Como mitigar esses riscos?

QUESTO DE PESQUISA

necessrio aprimorar o conhecimento a respeito de tempestades severas (Nascimento, 2005);

Aumento da frequncia das tempestades (INPE, 2013);

Downbursts mais comuns que tornados (nos EUA) (NOAA);

Necessidade da simulao de ventos provenientes de diferentes tipos de fenmenos (Riera, 2010);

Baseando-se especialmente nesses fatores percebe-se a necessidade de se identificar ambientes favorveis a ocorrncia de Downbursts.?!

1. Wind Index (WINDEX)

2.Microburst Windspeed Potencial Index (MWPI)

3. Dry Microburst Index (DMI)

4. Downdraft Convective ... (DCAPE)

5. Wet Microburst Severy Index (WMSI)

6. Hybrid Microburst Index (HMI)

Uma Breve Revisondices para previsibilidade de DownburstsAplicaes so exclusivas para o territrio estadunidense

Provenientes de dados de satgiles (GOES 12)

Uteis na identificao de ambientes propcios a ocorrncia de Downbursts

Observao de blowdowns na amaznia brasileira a partir de observaes do Satlite Landsat Adaptado de Nelson et al (2004)Figura 13. Sequncia de medidas tomadas a 5m de altura a cima dos topos das rvores, no dia 23 de abril de 1987 na estao meteorolgica da Reserva Florestal Ducke Amazonas. a) velocidade do vento, b) temperatura equivalente, c) precipitao, d) umidade especfica do ar e e) temperatura do ar.

Fonte: Garstang et al (1998)

Fonte: CEPAD (2010)???Uma Breve Reviso

Buscando-se ampliar o conhecimento a cerca da ocorrncia do fenmeno no Brasil, foram feitos alguns estudos de casos considerando os seguintes fatores que caracterizam um ambiente propcio a ocorrncia de downburts:

Valores do ndice CAPE > 1000m2.s-2 (Caracena, 1989 e Mota, 2004);

Valores de CINE 50 a 100 m2.s-2 (Valores nem to baixos nem to altos)

Uma camada de ar seco entrando na tempestade na mdia troposfera (700hpa e 500hpa) (Caracena, 1989; Foster 1958);

Diferena entre o valor superficial de e e o valor mnimo encontrado a cima (na regio de entranhamento de ar seco) maior ou igual a 20K;

Decrscimo da temperatura potencial equivalente (e) no nvel de medio que varia entre 4.00K a 18.74K Garstang et al (1998) ;

Aumento instantneo da presso em superfcie mdio de 0.57hPa a 1.99hPa;

Aumento da velocidade do vento em mais de 10 m/s;

Requisitos para ocorrncia de downburstsCaracena (1989) e Garstang (1998)

Resultados ParciaisOs resultados observados na estao meteorolgica de superfcie automtica de Porto Alegre 81971, num caso ocorrido dia 3 de maio de 2013, foram:

Rajada de vento de 10m/s no horrio da sondagem (70% maior que os picos registrados nas horas anteriores e posteriores sondagem)

Aumento intantneo da presso atmosfrica na ordem de 1hPa.

A sondagem atmosfrica realizada apresentou um ndice CAPE de 586.6;

Uma camada seca em aprox. 450hPa, indicando entranhamento de ar seco;

e de 14,6K (447hpa = 326,9K e 1013hpa = 341,5K)

Cisalhamento e mudana da direo da velocidade vertical do vento;

No houve precipitao registrada naquele horrio; Resultados Parciais

As caractersticas propostas por Caracena et al. (1989) indicam a ocorrncia de um ambiente mido propcio a ocorrncia de Downbursts;

So observados casos de ventos intensos mesmo com um ndice CAPE relativamente baixo;

A variao de e relativamente baixa;

Garstang (1998) sugere devido a baixa resoluo espacial de dados meteorolgicos provenientes de estaes automticas, estima-se que a velocidade realmente ocorridapode ser at 30% maior que a registrada;

Futuramente sero analisados mais casos ainda mais expressivos para obteno de dados mais conclusivos sobre a ocorrncia do fenmeno no Brasil.

Concluses e Discusses

RefernciasAHRENS, C. D. Essentials of Meteorology.: An Invitation to the Atmosphere. [S.l.] Brooks/Cole, 2010.ATKINS, Nolan T.; WAKIMOTO, Roger M. Wet microburst activity over the southeastern United States: Implications for forecasting.Weather and forecasting, v. 6, n. 4, p. 470-482, 1991.BLESSMANN, J. O vento na engenharia estrutural. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1995. BROOKS, H. E.; LEE, J. W.; CRAVEN, J. P. The spatial distribution of severe thunderstorm and tornado environments from global reanalysis data. Atmospheric Research, v. 67-68, p. 7394, jul. 2003.CARACENA, F.; HOLLE, R.; DOSWELL, C. Microbursts: a handbook for visual identificationLABORATORY. [S.l: s.n.]. Disponvel em: . Acesso em: 17 abr. 2013.COOK, N. J. The designers guide to wind loading of building structures. Part 1: Background, damage survey, wind data and structural classification. London: [s.n.]. COUNIHAN, J. An improved method of simulating an atmospheric boundary layer in a wind tunnel. Atmospheric Environment Pergamon Press, v. 3, p. 197-214, 1969. FUJITA, Tetsuya Theodore.Manual of downburst identification for project NIMROD. Satellite and Mesometeorology Research Project, Department of the Geophysical Sciences, University of Chicago, 1978.FUJITA, T. Theodore. Tornadoes and downbursts in the context of generalized planetary scales.Journal of the Atmospheric Sciences, v. 38, n. 8, p. 1511-1534, 1981.FUJITA, T. Theodore. Microburst Wind Shear at New Orleans International Airport, Kenner, Louisiana on July 9, 1982. 1983.FUJITA, Tetsuya Theodore. The downburst.SMRP, v. 210, p. 122, 1985.GILMORE, M. S.; WICKER, L. J. The Influence of Midtropospheric Dryness on Supercell Morphology and Evolution. Monthly Weather Review, v. 126, n. 4, p. 943958, abr. 1998.HOLMES, J D; BAKER C. J.; ENGLISH, E. C.; C. Wind structures and codification. Wind and structures, v. 8, n. 4, p. 235250, 2005.HOLTON, J.; HAKIM, G. An introduction to dynamic meteorology. 4th. ed. San Diego, USA: Elsevier Academic Press, 2004. LAWSON, T. V. The wind content of the built environment. Journal of Industrial Aerodynamics, v. v. 3, n. n. 2-3, p. 93-105, 1978.

LETCHFORD, C. W.; MANS, C.; CHAY, M. T. Thunderstorms their importance in wind engineering ( a case for the next generation wind tunnel ). v. 90, p. 1415-1433, 2002. LOREDO-SOUZA, A. M.; BEATRIZ, E.; PALUCH, M. J. Simulao da camada limite atmosfrica em tnel de ventoIV Escola Primavera de Transio e Turbulncia. Anais...Porto Alegre: 2004MARCELINO, I. P. V. DE O.; NASCIMENTO, E. DE L.; FERREIRA, N. J. Tornadoes in Santa Catarina State (southern Brazil): event documentation, meteorological analysis and vulnerability assessmentlagavulin.ltid.inpe.br. So Jos dos Campos, SP: [s.n.]. Disponvel em: . Acesso em: 5 abr. 2013.NASCIMENTO, E. DE L. Previso de tempestades serveras Utilizando-se parmetros convectivos e modelos de mesoescala: Uma estratgia operacional adotvel no Brasil? Revista Brasileira de Meteorologia, v. 60, n. 1, p. 121-140, 2005. PONTE, J. J. Modelagem e simulaco do campo de velocidades do vento em tormentas eletricas. [S.l.] UFRGS, 2005.PONTE, J.; RIERA, J. D. Simulation of extreme wind series caused by thunderstorms in temperate latitudes. Structural Safety, v. 32, n. 4, p. 231237, jul. 2010.RIEMANN-CAMPE, K.; FRAEDRICH, K.; LUNKEIT, F. Global climatology of Convective Available Potential Energy (CAPE) and Convective Inhibition (CIN) in ERA-40 reanalysis. Atmospheric Research, v. 93, n. 1-3, p. 534545, jul. 2009.ROMATSCHKE, U.; HOUZE, R. A. Extreme Summer Convection in South America. Journal of Climate, v. 23, n. 14, p. 3761-3791, jul. 2010. SARKAR, P.; HAAN, F. Next Generation Wind Tunnels for Simulation of Straight-Line, Thunderstorm- and Tornado-Like Winds. NIST SPECIAL PUBLICATION SP, p. 1-16, 2002. SARKAR, P. P. et al. A laboratory tornado simulator: comparison of laboratory, numerical and full-scale measurements10th Americas Conference . Anais...Baton Rouge, LA-USA: 2005SHAMES, I. H. Mecnica dos Fludos. 2th. ed. So Paulo, SP: Ed. Edgard Blcher, 1973. SURRY, D. Wind loads on low-rise buildings: past, present and future, in: Larsen, Larose, Livesey (Eds.)10th International Conference on Wind Engineering. Anais...Balkema, Rotterdam: 1999WALLACE, J.; HOBBS, P. Atmospheric science: an introductory survey. 2th. ed. San Diego, USA: Elsevier Academic Press, 2006.

Internetwww.inpe.br/noticias/notinicias.php?Cod_noticia=3358