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Econom i co Brasil INDICADORES www.brasileconomico.com.br PUBLISHER RAMIRO ALVES . CHEFE DE REDAÇÃO OCTÁVIO COSTA . EDITORA CHEFE SONIA SOARES . EDITORA CHEFE (SP) ADRIANA TEIXEIRA . SEGUNDA-FEIRA 25 DE NOVEMBRO DE 2013 . ANO 5 . Nº 1.065 . R$ 3,00 MOBILIDADE Os impactos da redução das tarifas após manifestações começam a aparecer. P10 MOSAICO Beneficência Portuguesa de SP condenada por cobrança de pacientes do SUS. P2 INFORME NY As artimanhas no mercado de câmbio de grandes bancos sob investigação. P29 Ações da Ibovespa (em pontos) 53.451 14/11 54.307 18/11 53.032 19/11 52.688 21/11 52.800 22/11 EMPREENDEDORES Novo perfil de brasileiros no Vale do Silício Pequenos empresários vão aos EUA para aprender na prática a criar e desenvolver novos negócios. P18e19 ENERGIA Empresas pedem leilão por fontes Estudo mostra que mudança para venda por fonte gera- dora e região pode incentivar alternativa ao petróleo. P8 TECNOLOGIA Gigantes disputam pole na F1 Empresas como Microsoft e SAP brigam por espaço para análise de dados, após mu- dança de normas. P12e13 O deputado Rui Falcão, eleito para mais quatro anos na presidência do PT, acredita que Dilma Rousseff tem excelentes chan- ces de reeleição, uma vez que a conjuntura econômica está amplamente favorável. O que atrapalha, diz ele, é o pessimismo. “A principal crítica que faço à oposição é a de alimentar uma expectativa inflacionária e de criar no exterior uma ideia de economia instável que não existe”. Mas para ele nada disso contará na eleição de 2014, pois o voto vai espelhar a situação do país. Além disso, ele ressalta que o partido tem um trunfo a mais no esforço para reeleger a presidenta. “Agora temos o Lula leve, livre e solto”. P4a7 Murillo Constantino ‘‘ ‘‘ terrorismo econômico A oposição cria uma espécie de

Entrevista completa de Rui Falcão para Brasil Econômico

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Page 1: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

EconomicoBrasilINDICADORES

www.brasileconomico.com.br

PUBLISHER RAMIRO ALVES . CHEFE DE REDAÇÃO OCTÁVIO COSTA . EDITORA CHEFE SONIA SOARES . EDITORA CHEFE (SP) ADRIANA TEIXEIRA . SEGUNDA-FEIRA 25 DE NOVEMBRO DE 2013 . ANO 5 . Nº 1.065 . R$ 3,00

MOBILIDADEOs impactos da redução das tarifas após manifestações começam a aparecer. P10

MOSAICOBenefi cência Portuguesa de SP condenada por cobrança de pacientes do SUS. P2

INFORME NYAs artimanhas no mercado de câmbio de grandes bancos sob investigação. P29

Ações da Ibovespa(em pontos)

53.451

14/11

54.307

18/11

53.032

19/11

52.688

21/11

52.800

22/11

EMPREENDEDORES

Novo perfi l de brasileiros no Vale do SilícioPequenos empresários vão aos EUA para aprender na prática a criar e desenvolver novos negócios. P18e19

ENERGIA

Empresas pedem leilão por fontes Estudo mostra que mudança para venda por fonte gera-dora e região pode incentivar alternativa ao petróleo. P8

TECNOLOGIA

Gigantes disputam pole na F1Empresas como Microsoft e SAP brigam por espaço para análise de dados, após mu-dança de normas. P12e13

O deputado Rui Falcão, eleito para mais quatro anos na presidência do PT, acredita que Dilma Rousseff tem excelentes chan-ces de reeleição, uma vez que a conjuntura econômica está amplamente favorável. O que atrapalha, diz ele, é o pessimismo. “A principal crítica que faço à oposição é a de alimentar uma expectativa infl acionária e de criar no exterior uma ideia de economia instável que não existe”. Mas para ele nada disso contará na eleição de 2014, pois o voto vai espelhar a situação do país. Além disso, ele ressalta que o partido tem um trunfo a mais no esforço para reeleger a presidenta. “Agora temos o Lula leve, livre e solto”. P4a7

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‘‘ ‘‘terrorismoeconômico

A oposição cria uma espécie de

Page 2: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Hospital vê“equívocos”

Irmão do prefeitoMarinho seguiuFrei Chico

Decisão nãoafetaVotorantim

MPF investigou88 denúncias

PTB cria grupo para estudar trânsito

Micros tambémmerecem apoiodo BNDES

Marcas popularesdevem manterpreços acessíveis

Ônibus elétricotraz qualidade parao ar de São Paulo

Lembro queo retorno nãoé só material.A aplicaçãonestas obras trazum bem estarextraordináriopara o espírito”

Procurada, a BeneficênciaPortuguesa divulgou comunicadoem que afirma que existemequívocos no acórdão que serãoobjetos de recurso oportunamente.O hospital ressalta que o processocorre em segredo de Justiça.

Oempresário Antônio Ermírio de Moraes, do conglomerado Votorantim, e um grupo de médicos

do primeiro escalão do corpo clínico do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo,

um dos maiores e mais importantes do País, foram condenados pelo Tribunal Regional Federal da

3ª Região por improbidade administrativa. A decisão saiu no último 12. O Ministério Público Federal

em São Paulo entrou com uma ação pública contra eles em 1997, quando constatou que o hospital teria

feito cobranças irregulares de pacientes que eram atendidos lá em razão do convênio com o Sistema

Único de Saúde (SUS). Graças à decisão, os réus e empresas dos quais são acionistas majoritários estão

impedidos de fazer contratos com o poder público e de receberem benefícios e incentivos fiscais.

Onovo presidente do PT de SãoBernardo do Campo, no ABC,éo metalúrgico BrásMarinho.Talqual Frei Chico, o irmãocomunista que levou Lula para osindicato,Brás - o mais velho nafamília -. também carregou ocaçula Luiz Marinho paraapolítica. Era ligado agruposcatólicos.Continuouna “base”,enquanto o irmão viroupresidenteda CUT,ministro eprefeito de São Bernardo.

O principal índice da Bovespa encerrou a sexta-feira com leve alta,apoiado nas ações da Vale e de construtoras, que suplantaram ainfluência negativa do setor financeiro. O giro do pregão foi de R$ 6,3 bi.

PadreMarcelo Rossi,ao sugerir que os fiéisapliquem o 13º salário nacompra de seus CD e livro

A proibiçãode obter benefícios efazer contratos com o poderpúbliconãodeve afetar aVotorantim, já queErmírionão é sócio majoritáriodasempresas. No hospital, seucargo éhonorífico. Os médicos não poderãoatender pacientes do SUS.

OMPF investigou88 denúnciasdecobranças irregulares dentrodohospitaleconstatou oproblemaem81. Osmédicossó foramdenunciadosquandohavia indíciosdequeameaçavamprejudicarquemnãoqueria ounão podiapagar.

O PTB de São Paulo criou um departamento de Trânsito eTransporte. O objetivo, segundo seu presidente, deputado CamposMachado, é apresentar propostas para a melhoria do trânsito.“Os problemas do caótico e inseguro trânsito começam na faltade disciplinas envolvendo o assunto na rede escolar e continuamna má formação dos condutores”, diz Machado.

Alguém lúcido dentrodo BNDES vai acordar e entenderque microempresas tambémgeram empregos e precisamde apoio do banco estatal?Quando isso vai acontecer?

Financia somente grandesempresas, um empresáriochamado Eike Batista, masnunca concede financiamentospara os que criam empregos.

As chamadas marcaspopulares entenderam que o seupúblico mudou. Quem compra emsuas lojas quer ter acesso à modaque faz sucesso pelo Brasil e pelomundo. Mas elas não podemperder o foco no preço. Acreditoque estes novos endereços nobressó vão encarecer os produtos, quenão têm tanta qualidade assim.Isso muda o seu conceito.

Excelente notícia.Nem me importaria de pagaruma passagem mais cara parausar um transporte verde, pelomenos sei que seria pelo bemestar da cidade e da população.A quantidade de poluiçãoque geramos com carros,caminhões e ônibus é absurda.Não tem rodízio que dê jeito notrânsito e no ar de São Paulo.

O grupo ainda foi condenado àperda da função pública, a ressar-cir os pacientes que tiveram de pa-gar indevidamente por tratamen-to que já era bancado com recur-sos públicos e ao pagamento deR$ 1 milhão por danos morais cole-tivos. A Justiça decidiu tambémque a Beneficência deve atenderintegralmente a todos os pacien-tes do SUS sem cobrar nenhum va-lor a mais, como está previsto noconvênio da entidade com o po-der público. O hospital será multa-do em R$ 100 mil cada vez que forconstatada uma nova cobrança ir-regular. Ermírio foi presidente dadiretoria administrativa da Benefi-cência Portuguesa por 40 anos.Atualmente, o cargo é ocupado pe-lo seu filho caçula, Rubens Ermí-nio de Moraes. Afastado dos negó-cios e do comando do hospital porproblemas de saúde, o empresá-rio, aos 85 anos, segue como presi-dente de honra da entidade.

INDICADORES

CARTAS Cartas para a redação: Rua dos Inválidos, 198, 1º andar, CEP 20231-048, Lapa, Rio de Janeiro (RJ).

E-mail: [email protected] As mensagens devem conter nome completo, endereço, telefone e assinatura. Em razão de

espaço ou clareza, Brasil Econômico reserva-se o direito de editar as cartas recebidas. Mais cartas em www.brasileconomico.com.br

[email protected]

Divulgação

MoacyrLopesJunior/Folha Imagem

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MOSAICO POLÍTICO

AndréLuizVia Facebook

MarianaAbreuRio de Janeiro, RJ

FabioGamaSão Paulo, SP

TAXAS DE CÂMBIO COMPRA VENDA

▼ Dólar comercial (R$ / US$) 2,2810 2,2830

▼ Euro (R$ / E) 3,0996 3,1010

JUROS META EFETIVA

■ Selic (ao ano) 9,5% 9,4%

BOLSAS VAR. % ÍNDICES

▲ Bovespa - São Paulo 0,21 52.800,00

▲ Dow Jones - Nova York 0,31 16.059,02

▼ FTSE 100 - Londres 0,11 6.674,30

BENEFICÊNCIA CONDENADA

2 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 3: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Economia do DF cresce mais que a médiaO Distrito Federal teve um Produto Interno Bruto (PIB) per capita de

R$ 63.020 em 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE). O valor é duas vezes maior que o registrado pelo

segundo colocado do ranking nacional, São Paulo, que foi de

R$ 32.449. O PIB per capita do Distrito Federal é também três vezes

maior que o da média nacional, de R$ 21.585. ABr

RICARDOCOUTINHO(PSB)Governador

EmergiucomoliderançapolíticadosmovimentossociaisefoiprefeitodeJoãoPessoa .Oseupontonegativoestánadificuldadede

conciliaçãocommembrosdaAssembleiaLegislativa.

VITALDORÊGO(PMDB)Senador

SeuberçopolíticoéCampinaGrande.Eleaparececom10%dasintençõesdevotonaspesquisas,masnãodevesecandidatar.Assim,abriráespaçoparaoseu irmãoVenezianoVital.

VENEZIANOVITAL(PMDB)Ex-prefeitodeCampinaGrande

Conquistouimagempositivaemseuprimeiromandatonaprefeitura,masnãomanteveaboaavaliaçãonosegundo.Opartido jáconfirmousuacandida-tura.

O senador Cássio Cunha Lima (PS-DB) é o fiel da balança na eleiçãopara o governo do estado da Paraí-ba no ano que vem. Mas, ironica-mente, é o único nome ainda nãoconfirmado no cenário pré-eleito-ral. Depois de cumprir três manda-tos como prefeito de CampinaGrande, segunda maior cidade pa-raibana, e mais dois como gover-nador, o tucano é um nome forteno cenário político local, e despon-ta nas pesquisas de intenção de vo-to com 52% da preferência do elei-torado, de acordo com sondagemrecente realizada pelo Vox Populi.O segundo colocado nas pesqui-sas é o atual governador, RicardoCoutinho, do PSB, seguido por Ve-neziano Vital, do PMDB, tambémex-prefeito de Campina Grande.

“Contudo, Cássio Cunha Limaé aliado de Ricardo Coutinho.Sem o apoio do senador do PSDB,o governador possivelmente nãoteria vencido o pleito de 2010. Acandidatura ou não de CássioCunha Lima ao governo define to-do o cenário eleitoral de 2014 aquino estado”, afirma Fábio Macha-do, cientista político da Universi-dade Federal de Campina Grande.Segundo o professor, se Cunha Li-ma não se candidatar, RicardoCoutinho deverá despontar comoo favorito. Mas, se ele se candida-tar, é possível que abra espaço pa-ra outras candidaturas alternati-vas. Entre as mais viáveis está a doPartido dos Trabalhadores (PT).

“O Luciano Cartaxo, do PT,venceu a eleição para a prefeiturade João Pessoa no ano passado,com 63% dos votos no segundoturno. Esse resultado, somado aoatual prestígio de Dilma Rousseff,traria competitividade à candida-tura própria do partido na Paraí-ba”, reflete Machado, mencio-nando que Lula e Dilma vence-ram todos os pleitos presidenciaisno estado, menos em CampinaGrande onde o candidato José Ser-ra foi o vencedor.

“Campina Grande é o berçoeleitoral de Cássio Cunha Lima ede sua família com sobrenometradicional na política paraiba-na. Na campanha de 2010,Cunha Lima trouxe José Serra pa-ra o município e mostrou seu po-

der de fogo com sua transferên-cia de votos”, lembra.

Segundo o cientista político,Cássio Cunha Lima tem a seu fa-vor a experiência administrativae a trajetória política, tendo sidodeputado federal aos 21 anos eparticipado da elaboração daConstituinte de 1988. “Ele é bomde oratória, tem discursos memo-ráveis e é muito carismático. Seuúnico ponto fraco é a condenaçãopelo Tribunal Superior Eleitoral(TSE), após denúncias de comprade voto durante a campanha elei-toral de 2006, quando disputou ogoverno de estado contra José Ma-ranhão (PMDB)”, diz. Por causadessa condenação, Cunha Limafoi considerado inelegível pelaLei da Ficha Limpa em 2010,quando disputou uma vaga no Se-nado e saiu como o mais bem vo-tado do pleito, com mais de 1 mi-

lhão de votos. “Ele assumiu o pos-to no Senado com um ano de atra-so, depois que o Supremo Tribu-nal Federal (STF) decidiu que aLei da Ficha Limpa não retroagi-ria para as eleições de 2010. Mas aquestão ainda está tramitando naJustiça, o que causa uma certa in-segurança jurídica em torno doseu nome. Para não arriscar os ou-tros quatro anos que ainda tem pe-la frente no atual mandato comosenador, é bem possível que elenão se candidate e mantenha seuapoio a Ricardo Coutinho. Assim,em 2018, ele pode se candidatarao governo, enquanto Coutinhodisputa o Senado”, analisa.

Para Machado, o atual governa-dor tem como ponto forte a ima-gem de bom gestor e de políticodesvinculado das oligarquias. “Bio-químico de formação, ele foi umaliderança que emergiu dos movi-

mentos sociais. Mas seu ponto fra-co seria seu estilo pouco concilia-dor.Ele bate de frente com os depu-tados daAssembleia enão aceita fa-zer concessões, como dar cargosno governo em troca de apoio polí-tico, por exemplo”, afirma.

Já o candidato Veneziano Vitaltem a seu favor o fato de ser jo-vem, de fazer parte do PMDB, omaior partido do estado, e de terum sobrenome tradicional na polí-tica paraibana. O PMDB confirmaque vai lançar a candidatura de Ve-neziano Vital e que já busca apoiode alguns partidos — como PT, PP,PSC, PR, PEN, PT do B e PTC.

O governador Ricardo Couti-nho, por sua vez, também confir-ma sua candidatura e deixa claroque conta com o apoio do aliadoCássio Cunha Lima. “Sou candida-to à reeleição e quero manter amesma aliança de 2010”, ressalta.

Divulgação

Patrycia Monteiro [email protected]

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Editor: Paulo Henrique de [email protected]

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Cunha Lima desequilibra adisputa eleitoral na Paraíba

CÁSSIOCUNHALIMA(PSDB)Senador

Comsobrenometradicionalnapolíticaparaibana,o lídernaspesquisas jáfoiprefeitodeCampinaGrandeegovernador.Aos21anos,participoudaelaboraçãodaConstituintede1988.

ATIVIDADE

Aliado do atual governador Ricardo Coutinho, o senador tucano desponta com 52% das intenções de votos na

pesquisa do Instituto Vox Populi. Lima, no entanto, ainda não confirmou se irá concorrer ao governo do estado

Ricardo Coutinhoconfirmou suacandidatura à reeleiçãoe o desejo de manterantigas alianças.Segundo ele, CássioCunha Lima não teminteresse em disputarcargo público em 2014

Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 3

Page 4: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

A prisão de José Genoíno, JoséDirceu e Delúbio Soares podeprejudicar o PT no ano que vem?

Desde o início desse julgamentoesse processo ficou caracteriza-do por um conteúdo político. Emnovembro de 2012, soltamos umdocumento da Executiva Nacio-nal com uma posição muito críti-ca sobre a forma como o proces-so foi conduzido. Eles não deramatenção às provas dos autos nasua inteireza, usaram uma teoriatotalmente desfocada do que elarealmente é — a chamada teoriado “domíniodo fato” — se basea-ram muito em ilações e presun-

ções, invertendo o ônus da provae fazendo com que os réus tives-sem que provar sua inocência.Enfim, um processo que contra-riou boa parte da tradição jurídi-ca do próprio STF. Houve conde-nações sem provas. Além disso,as penas foram excessivas. Elesnão respeitaram o que valeu parao mensalão tucano, que foi dar odireito à dupla instância de juris-dição — houve réus sem foro es-pecial que foram julgados em fo-ro especial, o que impediu a apre-sentação de recursos. E reafirma-mos que nunca houve pagamen-to de mensalidade para nin-guém, que não houve utilizaçãode recursos públicos, como ficademonstrado quando se analisaa questão do Visanet, que nin-guém enriqueceu pessoalmente.

Reivindicamos o direito de elespoderem recorrer a todas as pos-sibilidades jurídicas para evitaraquelas penalidades. Isso depoisse desdobrou naquela históriados embargos e mesmo na pre-tensão que alguns têm de recor-rer em cortes internacionais.Com isso em mãos, houve as elei-ções municipais. A Ação Penal470 interferiu nas eleições muni-cipais? É difícil medir, mas comtoda espetacularização, o PT foio partido mais votado nacional-mente em 2012, com mais de 16milhões de votos. Agora, enfren-tamos mais um casuísmo.

Como assim?

Fatiaram as penas. O conceitode decisão de última instância,

de coisa julgada, foi visto pelametade; coisa julgada é o encer-ramento total do processo. Ha-vendo embargos infringentespendentes, as penas não pode-riam ser cumpridas. Essa é a mi-nha opinião, e eu não estou sozi-nho, muitos juristas têm o mes-mo entendimento. Mas aindaque se considere que era possí-vel fatiar as penas, houve umasérie de ilegalidades. Primeiro,a retirada dos três companhei-ros daqui de São Paulo. O cum-primento das penas, sobretudono regime semiaberto, deve sedar próximo ao domicílio dosréus. Segundo, havia uma pes-soa nitidamente com condiçõesde saúde precárias — José Genoí-no — cuja vida foi colocada emrisco pela remoção de avião, ain-

da mais algemado. Não havia ne-nhuma necessidade de algemá-los no avião, até porque eles seapresentaram voluntariamente.É pouco provável que alguémque se apresenta voluntariamen-te vá esperar estar no avião paraagir violentamente. Terceiro,até hoje eles não estão em regi-me semiaberto. Eles foram colo-cados arbitrariamente em regi-me fechado quando as penas de-terminavam que o regime era se-miaberto. Aliás, o presidente doSTF fez uma ordem de prisão ge-nérica e, mesmo tendo sido ins-tado a precisar o tipo de regime,ele se recusou a fazê-lo, deixan-do o sistema penitenciário semsaber o que fazer. A carta de sen-tença demorou e só chegou bemdepois ao juiz de execução crimi-

BRASIL

O mensalão contrarioua tradição do STF.Houve condenaçõessem provas. As penasforam excessivas.Foram colocados emregime fechado quandoas penas determinavamregime semiaberto”

ENTREVISTA

Gilberto Nascimento, OctávioCosta e Patrycia Monteiro [email protected]

‘NA ELEIÇÃO DE2014, TEREMOSLULA LEVE,LIVRE E SOLTO’Três vezes por semana, o deputado esta-dual Rui Falcão acorda às 5h30 para fa-zer ginástica no prédio onde mora nobairro de Pinheiros, em São Paulo. Eleitoparanovomandatonapresidêncianacio-nal doPT, éassim que se prepara para en-frentar a agenda lotada e a arrancada deseupartidoparaaeleiçãode2014.Osúlti-mos dias, com a prisão do ex-dirigentespetistas envolvidos no mensalão, foramespecialmentetensos, masRui,quecom-pleta 70 anos amanhã, acredita que o fo-co dos eleitores será outro. A exemplo doque aconteceu em 2010, o voto vai espe-lhar a situação do país. E, em sua avalia-ção,ogovernodapresidentaDilmaRous-seff,alémdosprogramassociais,vemco-lhendo bons resultados na economia,com reservas em alta, crescimento doProduto InternoBruto (PIB), inflação sobcontroleedesempregobaixo.O queatra-palha, diz, é o pessimismo: “A oposição,de forma irresponsável — ao ponto de irao exterior dizer que o Brasil é instável,

quenãosedeveinvestiraqui—crianapo-pulação uma espécie de terrorismo eco-nômico, projetando índices de inflaçãototalmente fora das previsões”. No outropratodabalança,Ruicontacomumtrun-fo que, a seu ver, desequilibra o páreo:“Vamos ter um diferencial em relação àultima eleição. Agora temos o Lula livre,leve e solto. Ele não tem mais as injun-ções da Presidência, disponível apenasnos fins de semana ou à noite”. No esfor-çoparareelegerDilma,oPTconsideravi-tal se sair bem nas disputas pelos gover-nos de Rio de Janeiro, São Paulo e MinasGerais: “Esse é um triângulo das Bermu-das, nenhum deles pode sumir”. Ao fimda entrevista, Rui Falcão foi avisado portelefone que José Genoíno fora autoriza-do a sair da prisão por motivo de saúde.Sorriu, fez um sinal de positivo, mas vol-tou a criticar o presidente do SupremoTribunal Federal ( STF), Joaquim Barbo-sa, por negar aprisão domiciliar definiti-va ao ex-presidente do PT.

RUI FALCÃO Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT)

4 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 5: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Em outubro, déficit de US$ 7,132 bi

nal de Brasília. Essa série de arbi-trariedades está criando um cli-ma de indignação na sociedade.Muitos juristas de renome se ma-nifestaram por escrito. Há umasolidariedade grande ao Genoí-no e há uma condenação não aocumprimento da pena, mas àmaneira como se procedeu paraprender os companheiros.

Mas isso afeta o PT em 2014?

Pelo que eu li sobre a posiçãodos políticos oposicionistas edos próprios marqueteiros de-les, é preciso ter outro discursopara a população. Após 2010,eles concluíram que é preciso fa-lar mais de perto sobre as preo-cupações da população, sua qua-lidade de vida, apresentando al-

ternativas para o futuro. Achoque se eles incorrerem nessa es-tratégia, novamente não vão pro-duzir resultados eleitorais. Aspessoas sabem que o fato de ter-mos alguns militantes condena-dos e presos não significa que se-ja o PT. Há milhões de pessoasque se identificam com a genteno país e que vão votar na gentepelo tipo de governo que esta-mos imprimindo. A populaçãodemonstra preocupação hoje écom a estabilidade econômica,com a manutenção dos empre-gos, com a distribuição de ren-da, com a valorização de seus sa-lários e principalmente com amelhoria da qualidade dos servi-ços públicos, seja na saúde ou naeducação, seja no transporte ouno saneamento.

São esses os fatores favoráveis àadministração do PT?

Sim, porque desde junho essesentimento foi acentuado e oscinco pactos que a presidentapropôs, e que estão em anda-mento, dizem respeito a essasdemandas. O pacto da estabili-dade econômica e fiscal, agorareforçado com a adesão de todosos líderes e presidentes da basealiada, visa não onerar o Orça-mento da União com novas des-pesas e evitar a queda de recei-tas. O segundo pacto é o da mo-bilidade urbana, que está resul-tando em mais de R$ 90 bilhõesde investimentos de diversos ti-pos de projetos nas regiões me-tropolitanas, sem discriminarnenhum governo ou partido,

atendendo a ACM Neto, a Geral-do Alckmin, a Márcio Lacerda ea Fernando Haddad. Houve opacto da educação, com 100%de destinação dos royalties e to-das as receitas do petróleo para aeducação. O pacto pela saúde,materializado com novos inves-timentos, com o saneamentodas Santas Casas e, principal-mente, o lançamento do MaisMédicos, cuja aprovação da po-pulação é inquestionável. E opacto pela reforma política. Apresidenta tomou a iniciativa desugerir o plebiscito ao Congres-so para consultar a população so-bre o sistema político eleitoral.Há um requerimento assinadopor 189 deputados para votar odecreto do plebiscito no Con-gresso, está parado, mas há essainiciativa. E um conjunto de en-tidades propôs, e o PT aderiu àideia, o plebiscito popular em de-fesa da reforma política, uma ini-ciativa da CUT, semelhante aoplebiscito realizado contra a Al-ca. Esses encaminhamentos quea presidenta propôs estão sendoconcretizados e há uma recupe-ração da popularidade dela naspesquisas. Dilma continua lide-rando as intenções de voto, oque não significa que ela já estáeleita. É uma liderança de mui-tos meses, apesar de diversos fa-tos criados — como a tentativade formalização da candidaturado PSDB e a aliança de EduardoCampos com Marina Silva.

OeconomistaDelfimNetto,queéouvidopeloministroGuidoMan-tegaepelaprópriapresidenta,dis-sequeoBrasilcorreoriscodeen-frentar uma tempestade na áreaeconômica e que isso pode preju-dicarogovernonaseleições...

Nós já sobrevivemos e escapa-mos bem da crise de 2008 e dorepique de 2011, recorrendo amedidas contrárias às que vêmsendo adotadas na Europa — deausteridade total, de redução decrédito, de barrar as possibilida-des de consumo. Aqui, segui-mos um caminho inverso. Os úl-timos índices de emprego mos-tram que conseguimos bons re-sultados. Estamos com nível dereservas elevado. Estamos dan-do continuidade aos projetos deconcessões. Várias prefeiturasestão com projetos para receberrecursos para investir em sanea-mento. Minha Casa Minha Vidacompletou mais de 2 milhões deimóveis contratados, em cons-trução. Isso significa fôlego paraa construção civil, que sabida-mente gera emprego. Cresceu aparticipação de pequenas cons-trutoras no programa. Ou seja, aeconomia vai continuar giran-do. Ela está bem arrumada e a si-tuação está sob controle.

O Brasil registrou déficit em transações correntes de US$ 7,132

bilhões em outubro, o maior para esse mês, afetado pela balança

comercial e remessas de lucros e dividendos, rombo que não foi

coberto pelos investimentos estrangeiros produtivos. Segundo o

Banco Central, os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) ficaram

em US$ 5,362 bilhões, em linha com o esperado. Reuters

KiyoshiOta/Bloomberg

As pessoas sabemque o fato de termosalguns militantescondenados e presosnão significa queseja o PT. Há milhõesde pessoas que seidentificam com a gentee que vão votar no PT”

MurilloConstantino

TRANSAÇÕES CORRENTES

Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 5

Page 6: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

A economia está sob controle,mas indo para uma taxa de doisdígitos... Érecomendávelum au-mento de juros neste momento?

Não sei, não sou Banco Central.Preferencialmente, numa econo-mia que está em crescimento,ela tem que ser rebaixada. Quan-do se tem uma crise mundial nosparâmetros que está, quando setem a insegurança em relação aoque vai acontecer com o Quanti-tative Easing nos EUA — que vol-ta e meia eles ameaçam reduzire não reduzem — é necessáriomonitorar a economia dentrodessa expectativa. O que mepreocupa é que a oposição, deforma irresponsável — a pontode ir ao exterior dizer que o Bra-sil é instável, que não se deve in-vestir aqui — cria na populaçãouma espécie de terrorismo eco-nômico, projetando índices deinflação totalmente fora das pre-visões de qualquer instituto. Tan-to é que as pesquisas mostramque a população considera que avida melhorou, que está satisfei-ta de morar em sua cidade, que ogoverno e a economia estão nocaminho certo, mas acha que ainflação vai aumentar. Esse des-conforto é provocado, induzido,e ao mesmo tempo pode criar oque os economistas chamam de“expectativas inflacionárias”, le-var as pessoas a deixar de com-prar um determinado bem, poracreditar que a inflação vai au-mentar, quando nos fatores da

economia não se divisa isso. Es-sa é principal crítica que eu façosobre a atuação da oposição ho-je. No primeiro semestre recebe-mos US$ 30 bilhões em investi-mento externo, mostrando queo Brasil é um país atrativo, quetem fundamentos econômicossólidos. É uma espécie de torci-da do contra para ver se ganha al-gum tipo de saldo eleitoral noano que vem.

O sr. acha que o comportamen-to da economia será decisivo pa-ra eleição no ano que vem?

Eu não diria que é decisivo, eu di-ria que é um fator de peso para adecisão do eleitor — como sem-pre. Mas vale lembrar que, em1998, a economia estava um de-sastre e ainda assim o FernandoHenrique Cardoso foi eleito, jus-tamente colocando-se como apessoa capaz de gerir a crise daqual, em parte, era responsável.

A questão da reeleição da Dilmajá é ponto pacífico no partido?

Quando se diz questão pacíficadá a impressão de que em algummomento não foi pacífica. Elasempre foi. O Lula foi responsa-bilizado em antecipar a campa-nha eleitoral quando, diante daboataria, há um ano, disse que aDilma é nossa candidata. ComoLula é uma pessoa muito queri-da, popular — até os adversáriosreconhecem — sempre tem al-guém que gostaria que o Lula secandidatasse. Mas nunca houveuma articulação.

O ministro Gilberto Carvalho,ementrevistaaoBrasil Econômi-co, disse que está tentando con-vencer o Lula a se candidatar em2018...

Primeiro nós precisamos passarpor 2014. O que o Lula disse ou-tro dia a seu modo, e o Brasil Eco-nômico até publicou, é que “seme encherem o saco, eu voltoem 2018”. Se ele quiser voltar,terá todo o apoio do PT.

OPT vai mesmolançar 12 candi-daturas próprias para governosestaduais em 2014?

De 10 a 12 é uma intenção, a gen-te ainda vai formalizar isso. An-tes, quando havia mais de umquerendo ser candidato, obriga-toriamente se convocava umaprévia. Hoje temos um mecanis-mo intermediário: se dois ter-ços do diretório acharem quenão é conveniente a prévia, to-ma-se a decisão num encontrode delegados, uma decisão me-nos traumática e com menosgente decidindo. Em 10 ou 12 es-tados há um desenho se deli-neando e não há nenhuma pro-posta de candidatura de outropartido. Tem o oposto, há esta-dos onde há uma pré-definiçãoem apoiar outro partido, mashá pessoas querendo candidatu-ra própria — como no Pará e noCeará. E hoje temos cinco gover-nos estaduais, a tendência é ade se querer conservar esses es-tados. Aí temos o que chama-mos de “Triângulo das Bermu-das”, que é Rio de Janeiro, Mi-nas Gerais e São Paulo...

Como assim?

Os três reúnem os maiores colé-gios eleitorais do país e nenhumdeles pode sumir...

Como o sr. vê a questão de umapossível aliança entre PT e PSDBno Mato Grosso do Sul?

Sou contra e já disse para elesque temos de agir de outra ma-neira, não dá para fazer acordocom o PSDB. A nossa intençãoera fazer um acordo com AndréPuccinelli (atual governadordo MS, do PMDB), criandouma chapa com Delcídio Ama-ral como candidato ao governoe Puccinelli ao Senado. Tudo es-tava sendo conversado quandosubitamente o Puccinelli lan-çou sua candidatura própria,numa chapa pura. Pode ser queele esteja agindo assim para fa-zer uma negociação no ano quevem. Lá há uma tradição de bri-ga forte entre PT e PMDB, o quepode dificultar. Por outro lado,esse aliado do PSDB, o Reinal-do Azambuja, que poderia tertrocado de partido, mas fezquestão de se manter no parti-do, não pode fazer aliança com

o PT — que ele gostaria de for-mar, saindo para o Senado aolado de Delcídio Amaral.

Mas há chances de essa aliançaocorrer?

No PT sempre as pessoas bus-cam uma linha de saída para asregras. O centro da nossa táticaeleitoral é a campanha de reelei-ção da Dilma. Cada estado temde ter um palanque forte para aDilma. No mínimo um; em vá-rios estados, haverá mais de um.

Como está a candidatura de Lin-dberg Farias para o governo doRio de Janeiro?

O Lindberg tem grande poten-cial, é jovem, tem bom discurso,vai ter tempo de TV e vai encon-trar o partido unido. A candida-tura dele é forte, com viabilida-de eleitoral. Do mesmo jeito deFernando Pimentel, em MinasGerais, que desponta nas pesqui-sas de intenção de voto. Diferen-temente de Alexandre Padilha,em São Paulo, que precisa sermais apresentado à população,embora seja um candidato aco-lhido por toda a militância.

No Rio há certa complicaçãocom o Sérgio Cabral?

O pessoal do PT no Rio anteci-pou o calendário eleitoral, lan-çando a candidatura do Lind-

BRASIL

O centro da nossatática eleitoral é acampanha de reeleiçãoda Dilma. Cada estadotem de ter um palanqueforte para a Dilma.No mínimo um;em vários estados,haverá mais de um”

O que o Lula disse outrodia a seu modo, e oBrasil Econômico atépublicou, é que “se meencherem o saco,eu volto em 2018”.Se ele quiservoltar, terá todoo apoio do PT”

ENTREVISTA

“NÃO PODEMOS PERDERO ‘TRIÂNGULO DASBERMUDAS’: RIO, SP E MG”

RUI FALCÃOPresidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT)

6 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 7: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Auxílio aos cafeicultores endividadosO Ministério da Agricultura pediu ao Conselho Monetário Nacional

(CMN) o congelamento do pagamento das dívidas dos produtores

de café, numa tentativa de ajudar o setor que enfrenta dificuldades

com os baixos preços do produto. “As dívidas de custeio e

comercialização serão renegociadas, com o primeiro vencimento

em julho de 2015”, disse o ministro Antônio Andrade. Reuters

berg por unanimidade. Com odesgaste que aconteceu lá, que-riam deixar o governo estadualem agosto. Eu falei : “Isso não écorreto, deixar uma aliado nummomento difícil, pode pareceroportunismo”. Consegui segu-rar até minha última ida lá, naantevéspera da saída deles do go-verno. Reforcei que era necessá-rio fazer uma saída organizada,no prazo devido, dizendo ao Ca-bral que nós reivindicamos todoo período que permanecemosno governo, as políticas queconstruímos juntos, ao longodos dois mandatos do governo.Que ele, Cabral e Pezão, são alia-dos importantes para a eleiçãoda Dilma. E que a nossa saída dogoverno é para deixar o PMDB àvontade para reconstituir suasforças, porque queremos concor-rer às eleições. Isso precisa serfeito de uma maneira organiza-da, pública, por escrito, comuni-cado previamente, com o com-promisso de que não vamos fa-zer oposição na Assembleia,nem aceitar a instalação de CPIseleitoreiras, e que vamos dispu-tar a eleição debatendo no planodas ideias. Isso foi acertado comsacrifício, porque já estava esta-belecido que iríamos deixar o go-verno municipal, onde temosuma vice-prefeitura, secreta-rias e tal. Eles devem realizaruma reunião no diretório estemês para decidir. Há um pleitodo Cabral de que a gente só dei-xe o governo em março, mas eudisse a ele que não tenho mais co-mo interferir nesse processo. Oque podia fazer, já fiz. Vários par-tidos deixaram o governo nessemeio tempo, o último foi o PSD.E disse ao Cabral que ele tem to-da a liberdade de tomar iniciati-vas, como procurar nosso presi-dente estadual e levar suas pon-derações a ele. E, se aceitarem,não faremos objeções.

Na campanha de sua reeleição,atiraram muito contra a políticade alianças do PT. O sr. acha queessa discussão está encerradano partido?

Há muito tempo essa questão épauta em nossos encontros. E adiscussão sobre tática vai voltar.É necessário tentar, na própriadefiniçãoda candidatura, estabe-lecer alguns compromissos pro-gramáticos que sejam mais am-plos e mais profundos que os an-teriores da aliança. Também éne-cessário criar base na sociedade,de preferência durante o proces-so eleitoral, para impulsionar de-terminadas medidas. Por exem-plo, embora tenha sido de cará-ter espontâneo, é inegável que ospactos que estão em andamentohoje tiveramrespaldo nas mobili-zações de junho. É preciso tentar

ter bancadas mais numerosas,com pessoal mais à esquerda, emais qualificadas e mais compro-metidas com o programa geraldo governo. Aliança é identidadee luta também. Surgem contradi-ções, mas elas não podem servencidas sem analisar as correla-ções de forças durante a eleição.Hoje pretender fazer uma alian-ça estrita com o PSB, PDT ePCdoB está fadado ao fracasso. OPSB já descolou. O PDT e oPCdoB, aliados respeitados, sen-do o PCdoB um aliado de primei-ra ordem desde 1989, tem aindainfluência políticae eleitoralmui-to menor que os outros partidos,com menos prefeitos, vereado-res,deputados, capilarizaçãome-nor, menos impacto eleitoral. Háquem diga que já ganhamos elei-ção sem o apoio do PMDB e eusempre lembro que eram outrostempos, diferentes. Quando aDilma foi candidata pela primei-ra vez, ela era menos conhecida eprecisamos de muitotempodete-levisão. Hoje, embora precise-mos menos de TV, a aliança é me-nos movida pelo tempo de televi-são. E vamos ter um diferencialem relação à ultima eleição: ago-ra temos o Lula leve, livre e solto.Ele não tem mais as injunções daPresidência, disponível apenasnos fins de semana ou à noite, fo-ra do expediente. Não precisamais moderar tanto o discurso. Eele está com disposição para en-trar na campanha com tudo. Evamos ter um diferencial em rela-ção à ultima eleição: agora temoso Lula leve, livre e solto. Ele nãotem mais as injunções da Presi-dência, disponível apenas nosfins de semana ou à noite, fora doexpediente. Nãoprecisa mais mo-derar tanto o discurso. E estácom disposição para entrar nacampanha com tudo. A presençado Lula na campanha é um dife-rencial extraordinário, basta veras pesquisas. Em todos os esta-dos a maioria das pessoas afirmaque determinaria seu voto peloapoio do Lula.

Divulgação

A presença do Lulana campanhaé um diferencialextraordinário, bastaver as pesquisas.Em todos os estados,a maioria afirma quedeterminaria seu votopelo apoio do Lula”

MurilloConstantino

AGRICULTURA

Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 7

Page 8: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Leilões de energia por fonte gera-dora e por região, incentivos à co-geração e à microgeração de ener-gia e maior eficiência na transmis-são, distribuição e no consumosão as recomendações de um estu-do sobre a matriz energética brasi-leira elaborado pelo Centro Em-presarial Brasileiro para o Desen-volvimento Sustentável (CEBDS),entidade formada pelas maioresempresas do país. Com o objetivode apontar alternativas à energiafóssil, que vem provocando au-mento nas emissões de gases po-luentes pelo setor elétrico brasilei-ro, a proposta foi apresentada naúltima sexta-feira na 19ª Confe-rência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobreMudanças Climáticas (COP19) ,em Varsóvia, na Polônia.

“Na matriz elétrica nacional,por exemplo, essas emissões es-tão aumentando a uma taxa de,

aproximadamente, 3,5% ao ano,devido à perda de participação dafonte hidráulica para fontes não re-nováveis”, diz o estudo coordena-do pelo professor José Goldem-berg, ex-secretário de Meio Am-biente de São Paulo. O aumentodas emissões é resultado das restri-ções à construção de hidrelétricascom reservatórios, o que cria a ne-cessidade de maior geração térmi-ca no país. Este ano, o OperadorNacional do Sistema Elétrico(ONS) utilizou o parque termelé-trico a plena capacidade, para pou-par água nos reservatórios.

O carvão passou a ser nova-mente considerado como fonte degeração de energia no país. “As di-ficuldades incorridas pelo setorelétrico no final de 2012 e início de2013, com os baixos níveis dos re-servatórios, atreladas à importân-cia da eletricidade para toda a eco-nomia enfatizam a prioridade deprojetos que visam fortalecer o sis-tema energético nacional”, apon-tam os responsáveis pelo estudo

do CBEDS. Para a instituição, omodelo de leilões que privilegiamo menor preço da energia geradamas não consideram peculiarida-des de licenciamento nem a dis-tância entre os empreendimentose os centros consumidores podeser prejudicial.

Os leilões por fonte, diz o tex-to, poderiam incentivar o desen-volvimento de novas fontes deenergia, como a solar. Os leilõesregionais têm potencial para darcompetitividade a fontes renová-veis mais próximas aos centrosconsumidores. “Entretanto, oprincipal desafio para implemen-tar essas ações é o risco de benefi-ciar soluções locais que são maispoluentes, como o uso de carvãono Sul do país. Como o sistema elé-trico nacional é quase todo interli-gado, soluções regionais seriampreferenciais em regiões isoladasnão conectadas à rede nacional”,pondera o documento.

Incentivos à cogeração e à mi-crogeração de energia são outras

alternativas apontadas pelo estu-do. No ano passado, a Agência Na-cional de Energia Elétrica (Aneel)regulamentou a venda de energiapor pequenos consumidores —por meio de painéis solares, turbi-nas eólicas ou usinas de biomassa— que agora podem descontar desua conta de luz o volume entre-gue às distribuidoras. “A vanta-gem do incentivo da produção empequena escala é a redução da car-ga de transmissão, sendo menor anecessidade de alteração na rede,além do incentivo à energia reno-vável”, informa o estudo.

Mas ainda são necessários in-centivos à microgeração, que re-quer altos investimentos. Um pai-nel solar, por exemplo, não saipor menos de R$ 15 mil. Nessesentido, a entidade propõe linhasde financiamento do Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econô-mico e Social (BNDES) e a defini-ção de preços incentivados para acompra da energia gerada dos pe-quenos consumidores, entre ou-tras medidas. Financiado porgrandes empresas, como Vale, Pe-trobras e Gerdau, o CBEDS vê pou-co espaço para eficiência energéti-ca no setor industrial, responsá-vel por 48% do consumo no país.“A indústria brasileira é relativa-mente moderna e eficiente em al-gumas áreas como alumínio e pa-pel celulose, em comparaçãocom outros países”, justifica.

O estudo será apresentado aogoverno federal, em um esforçopara propor medidas para redu-zir as emissões de gases poluen-tes no setor elétrico brasileiro. Se-gundo projeção da Empresa dePesquisa Energética, daqui a dezanos, o Brasil estará lançando naatmosfera 61% mais gases de efei-to estufa com a produção e consu-mo de energia, ameaçando osavanços obtidos com a reduçãodo desmatamento.

BRASIL

Nicola [email protected]

AdrianoMachado/Bloomberg

Indústria propõe leilõesde eletricidade por fonteMudança pode incentivar geração alternativa e redução de emissões, diz estudo do CBEDS

Financiado por grandesempresas, como Vale,Petrobras e Gerdau,o CBEDS vê poucoespaço para eficiênciaenergética nosetor industrial,responsável por 48%do consumo no país

Ageraçãoeólicaéumadasalternativasparaareduçãodasemissõesdegasespoluentespelosetordeenergia,segundooestudo

8 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 9: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Genoino: do hospital para a casa da filhaO deputado José Genoino deixou ontem o Instituto de Cardiologia do

Distrito Federal. Ele foi para a casa de uma das filhas que mora em

Brasília. No sábado, Genoino foi examinado por uma junta médica do

Hospital Universitário de Brasília, que encaminhará o laudo a Joaquim

Barbosa para que decida se o deputado volta para a Penitenciária da

Papuda ou se cumpre a pena em prisão domiciliar. ABr

Após o sucesso do leilão dos aero-portos do Galeão, no Rio de JaneiroeConfins, em Minas Gerais, quere-sultou em um ágio de 251%, o mi-nistro da Secretaria de Aviação Ci-vil, Moreira Franco, considera ter-minada a primeira etapa das con-cessões aeroportuárias do país. Odesafio do governo agora será ava-liar oimpactodaentradadainiciati-va privada no setor e também asmudanças que ainda precisam serfeitas para melhorar a qualidade doserviço prestado aos passageiros.

Para isso, o ministro acertoucom a presidenta Dilma Rousseff acontratação de uma grandeempre-saestrangeiraparaauxiliaraInfrae-roalidarcomosnovossócios priva-

dos e melhorar a gestão dos demaisaeroportos. A licitação para esseserviço será aberta no próximoano. “Vamosfazerumprocessolici-tatório entre as maiores operadorasdo mundo para escolher uma quenos presteassessoria para transfor-mar a Infraero em uma operadora àaltura na nova estrutura aeropor-tuária brasileira”, disse MoreiraFranco.

Hoje, a Infraero administra 66aeroportos, sendo que cinco deles— Brasília (DF), Viracopos (SP),Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Con-fins (MG)— serão geridos em con-junto com os concessionários, as-simcomo o terminal de São Gonça-lo do Amarante (RN), que ainda es-tá em fase de construção.

“Por enquanto, nossa atuaçãotem sido de sócio das concessioná-rias (com participação de 49% do

capital).Nãovamosinterferirnaad-ministração dosaeroportos, poiste-mos muito a aprender”, ponderouo presidente da Infraero, Gustavodo Vale.

Aideiaé que,no futuro, o passa-geiro que utilizar os terminais daBahiaoudoRecife,porexemplo,te-nha a mesma experiência daquelesque utilizam os serviços de Guaru-lhos ou Confins. “A entrada dessasempresas com expertise operandonossos terminais traz mudanças fí-sicas. Mas queremos medir o resul-tado pela evolução da qualidade doserviço prestado aos passageiros”,afirmou o ministro.

Na sexta-feira,o terminal cario-ca do Galeão foi arrematado peloconsórcio Aeroportos do Futuro,formado pela construtora Odebre-tcheoperado pela Changui, deCin-gapura, por R$ 19,018 bilhões.

O alto ágio, de 293%, foi justifi-cado pelo presidente da OdebrechtTransport, Paulo Cesena, pela suapotencial capacidade de expansão.Atualmente, o terminal recebe 17,5milhões de passageiros por ano e aexpectativa é que esse número ul-trapasse os 60 milhões no final daconcessão, em 2038.

Já Confins, em Minas Gerais, foiarrematado pelo Consórcio Aero-Brasil — formado pela CCR e pelaoperadora suíça Flughafen ZurichAG — por R$ 1,82 bilhão. O diretorda CCR, Leonardo Viana, acreditaque o grande trunfo será a atraçãodevoosinternacionais paraotermi-nal. “Minas é o segundo estadomaispopulosodopaís,porissoexis-te muito espaço para avançar nestatarefa”, afirmou.

Galeão à Vista, nas págs. 26 e 27

RobertoBarroso/ABr

Priscilla [email protected]ão Paulo

Novo desafio para os aeroportos

MENSALÃO

Consultoria internacional vai ajudar a Infraero com os sócios privados e a melhorar a gestão dos demais terminais

Desafio do governoserá avaliar o impactoda entrada da iniciativaprivada no setor etambém as mudançasque ainda precisam serfeitas para melhoraro serviço prestadoaos passageiros

Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 9

Page 10: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Quando se fala em reduzirtarifas e manter os projetos demelhoria nos transportes nãohá como fugir da polêmica dosubsídio. E, nesta questão, asprefeituras das duas maiorescidades do país têm posiçõesdistintas. Enquanto, aPrefeitura do Rio afirma quenão há ajuda dos cofrespúblicos para os ônibus(responsáveis pelo transportede mais de 80% dos cariocas),em São Paulo, aadministração municipal dizque já aplicava subsídios decerca de R$ 1 bilhão ao ano,antes das manifestações, eanunciou, na semana passada,em parceria com o governoestadual, o Bilhete ÚnicoMensal Integrado, que servirápara trem, metrô e ônibus.Esse novo bilhete, quebeneficia quem tem de pagarmais de 50 passagens pormês (uma para ir e outra paravoltar do trabalho), vai custar

mais R$ 45 milhões ao mês aoestado e ao município.

Na Região Metropolitana doRio, há um bilhete único estadualem que o governo fluminense dáem torno de R$ 500 milhões porano de subsídios — cobre adiferença de quem gastaria maisde R$ 4,95 por trajeto de duashoras. Na capital carioca, há obilhete único municipal, mas semajuda dos cofres públicos. Asempresas dividem supostasperdas, cobrindo o custo dequem pega mais de um ônibus epaga uma só passagem.

O novo bilhete integradomensal de São Paulo custará aoconsumidor R$ 230 por mês. Coma integração, os passageirospoderão usar as linhas municipaisde ônibus e a redemetro-ferroviária quantas vezesquiserem durante 31 dias. Já oBilhete Único Mensal para ônibuscustará R$ 140, assim como obilhete estadual, específico parametrô e trens.

O ano de 2013 vai entrar para a his-tória com um precedente marcan-te na área de transportes: o cla-mor popular fez com que os gover-nantes recuassem do reajuste dastarifas de ônibus. Porém, essa his-tória e suas consequências não sãofáceis de explicar. Cinco mesesapós a redução do preço da passa-gem no Rio de Janeiro, o prefeitoEduardo Paes já fala em novo au-mento, previsto em contrato parajaneiro de 2014. Em São Paulo, atendência é de redução do valor,por meio da adoção de mais subsí-dios. Por trás de iniciativas tão an-tagônicas, uma questão: transpor-te público de qualidade custa ca-ro. Quem vai pagar essa conta?

O secretário municipal deTransportes do Rio, Carlos Rober-to Osório, defende o cumprimen-to dos contratos de concessão,que preveem novo aumento em ja-neiro, para garantir a melhoriados serviços. De acordo com ele, ameta de todos os ônibus da cidadeestarem refrigerados até 2016 pre-cisará ser revista. “Perdemos umano. Atualmente, 18% da frotatêm ar condicionado. Nossa previ-são era de terminar o ano com30%. Mas isso não foi possível por-que não temos como exigir a reno-vação neste momento de desequi-líbrio tarifário”, diz Osório, lem-brando que, neste ano, apenas4% dos ônibus mais antigos fo-ram substituídos, quando a médiados anos anteriores chega a 15%.

Segundo o secretário, se consi-derado um período de 12 meses, otamanho da perda com o congela-mento das tarifas é da ordem deR$ 200 milhões. Porém, esse nú-mero pode ser muito maior. SãoR$ 0,20 (redução do preço em 19de junho) multiplicado por 6,4 mi-lhões de passageiros pagantes, ou

seja, R$ 1,28 milhão por dia. Essevalor pode ser multiplicado aindapor 25 para encontrar o valor men-sal, de R$ 32 milhões, ou R$ 160milhões nos últimos cinco meses,desde a redução das tarifas.

O presidente da Associaçãodas empresas de ônibus do Rio(Rio Ônibus), Lélis Marcos Teixei-ra, diz que o momento é tenso emuitas empresas já começaram asentir no caixa os efeitos da redu-ção dos preços. Ele alega não ha-ver receita suficiente para o dissí-dio coletivo do ano que vem.“Nós defendemos a segurança ju-rídica. E que os contratos sejamrespeitados”, afirma, ressaltan-do a importância da confiançado empresário no cumprimentodos contratos para poder investirnas melhorias, como a comprados novos veículos articuladospara os corredores BRT em insta-lação na cidade.

O diretor da Associação Nacio-nal das Empresas de TransportesUrbanos (NTU) Marcos Bicalho de-fende que cada prefeitura decidaquem paga pelas melhorias: o pas-sageiro ou o contribuinte.“A ten-dência é de subvenção. E aí entrao governo federal com um papelmuito importante”, completa.

BRASIL

Daniel [email protected]

FernandoSouza

São Paulo cria bilhete único aocusto de R$ 45 milhões ao mês

QUANTO CUSTA

Reajuste das tarifas volta à pauta

R$1biTotalqueaPrefeituradeSãoPaulo jádariaemsubsídiosantesdosprotestos.

R$0,5biValorqueogovernoestadualdoRioprevêgastarem2013comoBilheteÚnico.

Emjunho,osbrasileirosforamàsruascontraoaumentodosfamososR$0,20eosgovernosrecuaram,reduzindoopreçodaspassagens

As prefeituras do Rio de Janeiro e de São Paulo estão avaliando soluções para a passagem de ônibus, que, por

contrato, deve subir em janeiro. Empresários reclamam que, sem aumento, irá piorar a qualidade do serviço

O secretário deTransportes do Rio,Carlos Osório, defendeo cumprimento doscontratos que preveemnovo aumento da tarifaem janeiro paragarantir a melhoriados serviços

10 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 11: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Conscientização nas escolasA segunda fase da campanha de combate à violência contra a mulher

vai focar na conscientização de crianças e adolescentes. Serão

apresentados dois vídeos em escolas, um gravado por artistas e

outro por crianças, sobre os altos índices de violência doméstica.

O projeto foi idealizado pela Rede de Desenvolvimento Humano

(Redeh) e pelo Instituto Magna Mater (IMM). ABr

Em um momento em que o gover-no já sinalizou que reduzirá o or-çamento do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico(BNDES), o acesso ao crédito pa-ra financiar investimentos pode-rá ficar ainda mais difícil, depen-dendo da decisão do SupremoTribunal Federal (STF) sobre qua-tro casos envolvendo a constitu-cionalidade do expurgo da infla-ção de planos econômicos passa-dos das correções das caderne-tas de poupança.

A preocupação levou o governoa uma mobilização em bloco na úl-tima sexta-feira. O ministro da Fa-zenda, Guido Mantega, o presiden-te do Banco Central (BC), Alexan-dre Tombini, e o Advogado Geralda União, Luiz Inácio Adams, reu-niram-se com o presidente do Su-premo Tribunal Federal (STF), Joa-quim Barbosa, para expor a ques-tão. Tombini, acompanhado doprocurador-geral do banco, IsaacSidneyFerreira, estendeusuaagen-da no STF e encontrou-se com ou-tros dois ministros.

Nos documentos anexados pe-lo Banco Central aos processos, a

instituição argumenta que os efei-tos vinculantes da decisão do Su-premo (a decisão passaria a valerpara todas as demais ações idênti-cas existentes no Judiciário) obri-gariam os bancos a provisiona-rem os valores a serem pagos deforma imediata, “gerando dese-quilíbrios substanciais em sua si-tuação patrimonial, em razão dovolume de recursos discutidos”.Com menos recursos disponíveisem razão da provisão, haveriauma redução da capacidade dosbancos de conceder créditos.

Cálculo do governo informaque o provisionamento “tem po-tencial para provocar imediata re-dução na concessão de créditos eaplicações em títulos públicos fe-derais, na ordem de R$ 9,09 paracada real provisionado”. Ou seja,para cada R$ 1 provisionado, R$9,09 deixariam de ser liberados co-mo empréstimos ou para comprartítulos no sistema financeiro.

Além disso, lembram técnicos,aquedanadisponibilidadedocrédi-toteriatambémimpactosobreaati-vidade econômica e o emprego. Nocaso da Caixa Econômica, um ban-co público, os impactos recairiamindiretamente sobre os resultadosdo Tesouro Nacional, seu únicoacionista, seja na forma da redução

de dividendos entregues pelainstituição, seja na eventual ne-cessidade de uma capitalização.

Marcado para quarta-feira,27, o julgamento dos quatro re-cursos extraordinários serviráde referência para a solução demais de 390 mil outros proces-sos que se encontram paradosem instâncias inferiores aguar-dando a posição definitiva doSTF sobre o caso. Se a decisãofor favorável aos poupadores, oimpacto potencial calculado pe-lo Ministério da Fazenda e peloBC é da ordem de R$ 149,9 bi-lhões.Umaparteimportantede-le recairia sobre a Caixa Econô-mica Federal: R$ 49,8 bilhões,em valores atualizados.

Sonia [email protected]ília

RenatoCostaACS/GMF/Divulgação

OministroGuidoMantegaalertouopresidentedoSTF,JoaquimBarbosa,dos impactosdadecisão

Decisão do STF podereduzir a oferta decrédito ao investimento

Marcado paraquarta-feira, ojulgamento dosquatro recursosextraordináriosservirá de referênciapara a solução demais de 390 miloutros processos

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Se julgado constitucional o expurgo da inflação de planos econômicospassados, o orçamento das instituições financeiras ficará comprometido

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DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOValquiria Batagioti Matsui, brasileira, casado, portadora da cédula de identidade nº 22.162.847-2SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 115.629.298-01. DECLARA sua intenção de exercer cargo deadministração BANCO PETRA S.A. e que preenche as condições estabelecidas no art. 2º do RegulamentoAnexo II à Resolução nº 4.122, de 2 de agosto de 2012. ESCLARECE que, nos termos da regulamentaçãoem vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Centraldo Brasil, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias contados da divulgação, por aquela Autarquia, decomunicado público acerca desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados,acompanhado da documentação comprobatória, observado que os declarantes podem, na forma dalegislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo.

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DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOMaria Claudia Beldi, brasileira, divorciada, portadora da cédula de identidade nº 6.682.060-1 SSP/SP einscrita no CPF/MF sob o nº 071.993.458-36. DECLARA sua intenção de exercer cargo de administraçãono BANCO PETRA S.A. e que preenche as condições estabelecidas no art. 2º do Regulamento Anexo IIà Resolução no 4.122, de 2 de agosto de 2012. ESCLARECE que, nos termos da regulamentação emvigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Centraldo Brasil, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias contados da divulgação, por aquela Autarquia, decomunicado público acerca desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados,acompanhado da documentação comprobatória, observado que os declarantes podem, na forma dalegislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo.

BANCO CENTRAL DO BRASILAv. Cândido de Abreu, 344 – 6º andar - Centro Cívico - Curitiba – PR - CEP 80530-914.

BANCO PETRA S.A.CNPJ/MF nº 11.758.741/0001-52

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOPedro Camucé Holanda Muniz Falcão, brasileiro, divorciado, portador da cédula de identidadenº 492964 SSP/AL e inscrito no CPF/MF sob o nº 348.626.254-87. DECLARA sua intenção de exercercargo de administração no BANCO PETRA S.A. e que preenche as condições estabelecidas no art. 2º doRegulamento Anexo II à Resolução no 4.122, de 2 de agosto de 2012. ESCLARECE que, nos termos daregulamentação em vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamenteao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias contados da divulgação, poraquela Autarquia, de comunicado público acerca desta, por meio formal em que os autores estejamdevidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que osdeclarantes podem, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo.

BANCO CENTRAL DO BRASILAv. Cândido de Abreu, 344 - 6º andar - Centro Cívico - Curitiba – PR - CEP 80530-914.

PETRA – PERSONAL TRADER CTVM S.A.CNPJ/MF nº 03.317.692/0001-94

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOVeridiana Loyola Serrano, administradora, brasileira, solteira, portadora da cédula de identidade nº8.282.659-9 SSP/PR, inscrito no CPF/MF sob o nº 036.458.019-44. DECLARA sua intenção de exercercargo de administração na PETRA – Personal Trader Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. eque preenche as condições estabelecidas no art. 2º do Regulamento Anexo II à Resolução no 4.122, de2 de agosto de 2012. ESCLARECE que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais objeçõesà presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereçoabaixo, no prazo de quinze dias contados da divulgação, por aquela Autarquia, de comunicado públicoacerca desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado dadocumentação comprobatória, observado que os declarantes podem, na forma da legislação em vigor,ter direito a vistas do processo respectivo.

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PETRA - PERSONAL TRADER CTVM S.A.CNPJ/MF nº 03.317.692/0001-94

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOValquiria Batagioti Matsui, brasileira, casada, portadora da cédula de identidade nº 22.162.847-2SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 115.629.298-01. DECLARA sua intenção de exercer cargo deadministração na PETRA – Personal Trader Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. e que preencheas condições estabelecidas no art. 2º do Regulamento Anexo II à Resolução no 4.122, de 2 de agostode 2012. ESCLARECE que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais objeções à presentedeclaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, noprazo de quinze dias contados da divulgação, por aquela Autarquia, de comunicado público acerca desta,por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentaçãocomprobatória, observado que os declarantes podem, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistasdo processo respectivo.

BANCO CENTRAL DO BRASILAv. Cândido de Abreu, 344 - 6º andar - Centro Cívico - Curitiba - PR - CEP 80530-914.

AVISO DO PREGÃO ELETRÔNICO N° 92/2013

OBJETO: MATERIALCIRÚRGICO COMUMEDITAL: Disponível das 09:00hs às 11:00hs e das 14:00hs às 16:00hs, nos diasúteis, no COMRJ.a) Recebimento das propostas de preços até às 10:00 horas do dia 05/12/2013,exclusivamente por meio eletrônico, conforme formulário disponibilizado noendereço www.comprasnet.gov.br.b) Sessão pública na Internet para recebimento dos lances: aberta às 10:00 horas dodia 05/12/2013, no mesmo endereço www.comprasnet.gov.br.End. Av. Brasil 10.500/Olaria/ Rio de Janeiro, RJ - Tel. (21) 2101-0845 ou Fax (21)2101-0815

Acesso ao Edital no site-www.comrj.mar.mil.br

MARINHA DO BRASILCENTRO DE OBTENÇÃO DA MARINHA NO

RIO DE JANEIRO (COMRJ)

Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 11

Page 12: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

A expectativa é queesse ecossistema deparceiros permita quea Lotus assuma umlugar entre as quatroprincipais equipes,competindo com timesque têm muitos maisrecursos do que nós”

A nova plataforma vaipermitir análises maisrápidas, em tempo real,além de nosdar a capacidadede antecipar problemase fazer correlaçõesdessas informaçõescom dados históricos”

GraemeHacklandDiretor de TI da Lotus

CrispinBoltGerente de parceiro na McLaren

Moacir [email protected]

“A supremacia do alemão Sebas-tian Vettel pode estar com os diascontados. Ao lado dos seus tradi-cionais adversários e das equipesrivais da Red Bull, o retrovisor dotetracampeão mundial de Fórmu-la 1 mostra um novo time que pro-mete acirrar a competição na cate-goria nos próximos anos: as em-presas de tecnologia da informa-ção. Grandes companhias comoSAP, EMC e Microsoft enxergamnos circuitos ao redor do mundouma nova frente para aceleraremsuas curvas de crescimento. Osprincipais motores para alcançaresse objetivo são a oferta de siste-mas de análise de grandes volu-mes de dados — o big data — e acomputação em nuvem. As britâ-nicas McLaren e Lotus são algunsdos exemplos de escuderias quejá adotam esses conceitos paraaprimorar o design e a performan-ce de seus carros e pilotos.

Entre os fatores que impulsio-nam essa corrida dos fornecedo-res e das equipes estão as mudan-ças previstas nas regras da Fórmu-la 1 para a próxima temporada. Oregulamento prevê — entre ou-tras questões — a volta dos moto-res turbo, o consumo menor decombustível e a redução do núme-ro de motores que poderão ser usa-dos ao longo do ano. Essas altera-ções vão trazer grandes impactostanto na preparação dos carros co-mo no desempenho na pista. “Opróximo ano será muito mais com-plicado em termos de sistemas derecuperação de energia, desempe-nho dos pneus e uso do combustí-vel, entre outros fatores”, diz Jen-son Button, piloto da McLaren. “Atecnologia e a análise de dados se-rão realmente peças-chave paranós no futuro”, observa.

Com um histórico de desenvol-vimento tecnológico interno, aMcLaren fechou em 2012 uma par-ceria com a SAP para adotar a tec-nologia Hana, plataforma de aná-lise de dados em tempo real. Deolho na construção do carro para2014, a McLaren já testa essas apli-cações. A ideia é aprimorar o pro-

cessamento e a análise dos dadoscoletados por meio de centenasde sensores instalados em suasmáquinas. “Hoje, durante umacorrida, um carro gera um volu-me de 6,5 bilhões de dados”, dizCrispin Bolt, gerente de parceiroSAP na McLaren.

Bolt explica que a tecnologiapermite rodar cerca de seis mil ce-nários diferentes de corridas porminuto. “A plataforma vai permi-tir que nós façamos não só análi-ses em tempo real, mas nos darátambém a capacidade de fazer cor-relações dessas informações comdados históricos”. Uma possívelaplicação seria a busca pela estra-tégia vencedora adotada em ummesmo circuito, anos antes, emcondições meteorológicas seme-lhantes às que o piloto está enfren-tando naquela mesma pista, na-quele momento. “Hoje, levaría-mos 48 horas para extrair esse da-do. Com a nova tecnologia, é pos-sível ter a informação em mãosem questão de segundos.”

A maior rapidez nas análises ena tomada de decisões tambémsão prioridades da Lotus. “O carrode 2014 será tão diferente do de2013 e de outros anos que muitasdas formas como analisamos hojeos dados — especialmente no quediz respeito à formulação da estra-tégia — não serão relevantes a par-tir da próxima temporada”, dizGraeme Hackland, diretor de TIda Lotus. Nesse cenário, um dosinvestimentos da Lotus é um pro-jeto com a EMC, que está cons-truindo uma nuvem dedicada àequipe para armazenar, garantir adisponibilidade e permitir o rápi-do acesso a grandes volumes dedados para a análise em temporeal, a partir de qualquer local. Es-sa aplicação faz todo o sentido pa-ra uma operação que exige via-gens a diversos países, 20 vezes aoano. “A criação de um centro mó-vel de dados que tem de operarcom 100% de disponibilidade e al-ta performance por 5 dias e depoisser desligado e transportado paraum próximo destino é extrema-mente desafiadora”, aponta.

A Lotus também está adotandosistemas de gestão da Microsoft eatualizando sua infraestrutura de

rede com a Juniper Networks. Emoutra ponta, a equipe está tocan-do um projeto com a Avanade —joint venture da Microsoft com aAccenture — para a integração detodas as suas aplicações numa úni-ca base de dados. “Em um ano, aLotus obteve uma redução de 75%no tempo de processamento de da-dos”, diz Hamilton Berteli, líderde Vendas, Marketing e Inovaçãoda Avanade no Brasil.

“Nossa expectativa é que esseecossistema de parceiros permitaque uma equipe de médio porte as-suma um lugar entre as quatroprincipais, competindo com ti-mes que têm muitos mais recur-sos do que nós”, diz Hackland.

São Paulo

Editora: Flavia [email protected]

EMPRESAS

A nova revoluçãono paddockNos bastidores da Fórmula 1, big data, nuvem e análise em tempo real prometem mudar

a maneira como os pilotos encaram as pistas. E criam novo mercado para fornecedores

12 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 13: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Antes mais restrita ao campo dospatrocínios e das ações de marca,a relação das companhias de tec-nologia com a Fórmula 1 está setornando cada vez mais estratégi-ca e próxima dos negócios propria-mente ditos. No caso da alemãSAP, o projeto com a McLaren inte-gra um plano muito mais amplo,que já ultrapassa os limites dos cir-cuitos da categoria. A própria par-ceria com a escuderia foi amplia-da e hoje compreende todas asoperações do McLaren Group.

“Temos o objetivo de atingir 1bilhão de usuários até 2015. Preci-samos ampliar o nosso alcance”,explica Tara Mulcahy, diretora degrupo de patrocínios globais daSAP. “Não somos mais uma com-panhia inflexível. Queremos serconhecidos como uma empresa

moderna e somos capazes de fa-zer isso muito bem por meio dosesportes e do entretenimento”.

Nessa direção, a SAP já desen-volve projetos de aplicação desuas tecnologias com a NationalFootball League (NFL) e a Natio-nal Basketball Association (NBA).Há duas semanas, a companhiaanunciou uma nova parceria como TSG Hoffenheim, time da Bun-desliga — liga de futebol alemã—que passará a adotar a tecnologiaHana para analisar e aprimorar aperformance de seus jogadores.

Companhia de softwares degestão empresarial, a americanaInfor também vai além das pistas.Patrocinadora da Ferrari na Fór-mula 1, a empresa fornece siste-mas de negócios para outras opera-ções da marca italiana.

Uma das aplicações dessa par-ceria foi destacada no início doano. A montadora italiana adotouparte do portfólio da Infor paraaprimorar e ampliar a produçãode carros personalizados, semcomprometer a qualidade dessesveículos. Segundo o anúncio reali-zado na época, a Ferrari atingiuuma capacidade anual de fabrica-ção de 7 mil carros customizadoscom a utilização desses sistemas.

A busca por novas fronteirasnão está restrita às empresas detecnologia. Esse é o caso da McLa-ren. Além de fornecer tecnologiaspara outras equipes da Fórmula 1 epara os times de categorias comoNascar e Fórmula Indy, hoje, ossistemas eletrônicos da escuderiajá são adotados para melhorar ofluxo de tráfego no Reino Unido.

LotusComoauxíliodecercade320sensores instaladosemseuscarros,aequipetestamaisde30milcomponentes individuaisdamáquinaduranteumacorrida.

Emumanodeintegraçãodesuabasedeaplicações,aLotusobteveumareduçãode75%notempodeprocessamentodedadosusadosemanálisesdedesempenho.

McLarenAequipebritânicaconseguesimularcercadeseismilcenárioseestratégiasdiferentesdecorridasporminuto.

Duranteumaúnicacorrida,umcarrodaequipechegaagerarumvolumeaproximadode6,5bilhõesdedadosparaanálise.

RESUMO DA HISTÓRIA

Aplicação das tecnologias usadas nacategoria ultrapassa os limites dos circuitos

Umasérie dedadoseestatísticas ajudaaentenderograude importânciadosinvestimentosemtecnologiarealizadoshojena Fórmula 1

Art

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Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 13

Page 14: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Mais 200 estações de bicicletas no Rio

Tivemos que reinventartodo nosso sistemacomercial. Temos10 lojas próprias queserviram para queentendêssemosmelhor o varejo,que nãotrabalhávamos antes”

ORio terá mais200 estações das bicicletas “laranjinhas” do Itaú pela

cidade. Hoje, são 60. A empresa Samba Serttel, com quemo banco tem

contrato deexclusividade, venceu a licitação feita pela prefeitura local.

Ocontratoé de 60meses e 2.600bicicletasestarão disponíveis. Além

daZonaSul, o Centro e asZonas Norte e Oeste serão contemplados.

Estáprevista a integração com otransporte públicoe o RioCard.

RobertoPostelDiretor da Primicia

FelipeO’Neill

De carona nas férias, nas viagensde fim de ano e na abertura de no-vas lojas, a Primicia — de malas eacessórios — projeta um cresci-mento de 100% nas vendas, denovembro a fevereiro de 2014.“Já temos 13 lojas, entre própriase franquias, e percebemos tam-bém um aumento de vendas emmulticanais”, explica o diretorda marca, Roberto Postel.

A Primicia espera fechar oano com faturamento entre R$60 milhões e R$ 65 milhões,uma alta de cerca de 50% em re-lação ao ano passado. Postel cre-dita a expansão às lojas própriase as franquias. Mas as vendasatravés das lojas multimarcastambém não deixam a desejar edevem ser responsáveis por 30%do crescimento.

A marca abriu a primeira fran-quia em agosto deste ano e maisduas entram em operação aindaeste mês. Outras três serão inau-guradas no primeiro trimestre de2014 e, até o final do ano que vem,a meta é chegar a 15 lojas do tipo.

“Tivemos que reinventar to-do nosso sistema comercial. Te-mos 10 lojas próprias que servi-ram para que entendêssemos ovarejo, que não trabalhávamosantes. Desde abril nos prepara-mos para ser franqueadora”, dizo executivo.

O novo formato de expansão,segundo Postel, visa a umamaior penetração em estados emque a presença da Primicia aindadeixa a deseja. Por isso, a concen-tração na região Sul do país, hojeresponsável por apenas 10% dasvendas. Com as novas lojas, a me-ta é dobrar esta participação.

Atualmente, São Paulo repre-senta 40% das vendas, Rio de Ja-neiro 20% e Minas Gerais, Nortee Nordeste somam 30%.

“Todas as lojas estarão na re-gião Sul, pois em São Paulo eRio de Janeiro já estamos emmulticanais importantes e nãoé nossa intenção concorrer comeles. No Norte e no Nordeste as

vendas também são muitoboas”, explica ele. Depois dePorto Alegre, as próximas uni-dades serão instaladas em Blu-menau e Florianópolis (SC) eCuritiba (PR). Até 2023, o obje-tivo é ter entre 150 e 200 lojasno Sul, interior de São Paulo ealgumas cidades de Minas Ge-rais e do Mato Grosso.

Com 25% das malas fabrica-das no Brasil, em uma fábricaem Caieiras — a 30 km de SãoPaulo —, a Primicia possui aindaprodutos escolares, executivos eacessórios para viagem. “Aqui fa-bricamos apenas malas de PVC,que têm maior durabilidade eum público cativo. Vendemoscerca de sete mil por mês. O que

não produzimos no país traze-mos da Ásia, por questão de cus-to”, conta Postel.

Para o executivo, o mercado na-cional está muito distribuído,com um número cada vez maiorde importadores, inclusive gran-des cadeias que começam a ven-der produtos com marcas pró-prias. “Há uma oferta muito gran-de no mercado, mas nosso diferen-cial é ter uma marca conhecida hámuitos anos e a boa qualidade dosprodutos”, diz ele. A Primicia, vol-tada para as classes A e B, não pre-tende chegar a outros públicos.“Nossos clientes finais são preocu-pados com qualidade e nem tantocom preços”, completa.

Apesar de já ter exportado nopassado, “quando o câmbio era fa-vorável”, chegar a outros paísesnão está no radar. “ Ganhar espaçoonde a marca não é conhecida ecom concorrentes consolidados écaro. Temos apenas distribuiçãona Argentina”, diz Postel.

EMPRESAS

Gabriela [email protected]

NÚMEROS

▲ MOBILIDADE

PatriciaStavis

2013: o ano da mala com rodinha

100%ExpectativadecrescimentonasvendasdemalasdaPrimiciadenovembrodesteanoafevereirode2014.

R$60miaR$65milhões,éaprevisãodefaturamentopara2013,queserácercade50%maiordoqueototaldoanopassado.

RobertoPostel,daPrimicia,explicaqueaempresaqueraumentarsuapresençanaregiãoSuldopaís

Primicia, de malas e acessórios, credita o crescimento de 50% nas vendas deste ano à expansão das lojas

próprias e da adoção do modelo de franquias, que aumenta a presença da marca na região Sul do país

14 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 15: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

AVISO AO MERCADO

Nos termos do disposto na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), nº 358, de 03 de janeiro de 2002, conforme alterada e no artigo 53 da Instrução da CVM, n° 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada (“Instrução CVM 400”), a VIA VAREJO S.A. (“Companhia”),a COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO, com sede na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, n° 3.142, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo (“CBD”), ALTARA RK INVESTMENTS LIMITED, com sede na Jocelyn Street, nº 12, na Cidade de Katikati, na Nova Zelândia (“Altara RK”),ALTARA NK INVESTMENTS LIMITED, com sede na Jocelyn Street, nº 12, na Cidade de Katikati, na Nova Zelândia (“Altara NK”), EK-VV LIMITED, com sede na Jocelyn Street, nº 12, na Cidade de Katikati, na Nova Zelândia (“EK-VV”), BAHIA VV RK LIMITED, com sede na Jocelyn Street,nº 12, na Cidade de Katikati, na Nova Zelândia (“Bahia VV RK”) e BAHIA VV NK LIMITED, com sede na Jocelyn Street, nº 12, na Cidade de Katikati, na Nova Zelândia (“Bahia VV NK” e, em conjunto com ALTARA RK, ALTARA NK, EK-VV e BAHIA VV RK, “Veículos CB”)e o Sr. Michael Klein, domiciliado na Rua João Pessoa, 83, Centro, São Caetano do Sul, Estado de São Paulo (em conjunto com a CBD e os Veículos CB, “Acionistas Vendedores”), em conjunto com o BANCO DE INVESTIMENTOS CREDIT SUISSE (BRASIL) S.A. (“Credit Suisse” ou“Coordenador Líder” ), com o BANCO BRADESCO BBI S.A. (“Bradesco BBI” ), com o BANK OF AMERICA MERRILL LYNCH BANCO MÚLTIPLO S.A. (“BofA Merrill Lynch” ou “Agente Estabilizador”), com o GOLDMAN SACHS DO BRASIL BANCO MÚLTIPLO S.A.(“Goldman Sachs”), com o BANCO ITAÚ BBA S.A. (“Itaú BBA”), com o BANCO J.P. MORGAN S.A. (“J.P. Morgan”), com o BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. (“Santander”) e com a UBS BRASIL CORRETORA DE CÂMBIO, TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A.(“UBS Corretora” e, em conjunto com o Coordenador Líder, o Bradesco BBI, o BofA Merrill Lynch, o Goldman Sachs, o Itaú BBA, o J.P. Morgan e o Santander, os “Coordenadores”), vêm a público comunicar que, em 18 de outubro de 2013, foi requerido perante a CVM o registro de ofertapública de distribuição secundária de, inicialmente, 107.562.595 (cento e sete milhões, quinhentos e sessenta e dois mil, quinhentos e noventa e cinco) certificados de depósito de ações, representativos, cada um, de uma ação ordinária e duas ações preferenciais de emissão da Companhia,todas nominativas escriturais e sem valor nominal, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames (“Units”), sendo a totalidade das Units de titularidade dos Acionistas Vendedores (“Oferta”).

VIA VAREJO S.A.Companhia Aberta de Capital Autorizado - CNPJ/MF n° 33.041.260/0652-90

Rua João Pessoa, nº 83, Centro, CEP 09520-010, São Caetano do Sul - SP

Código ISIN Units: BRVVARCDAM10

Código de Negociação das Units na BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros: “VVAR11”

CARACTERÍSTICAS DA OFERTA

1. APROVAÇÕES SOCIETÁRIAS

1.1. A realização da Oferta foi aprovada pelo Conselho de Administração da CBD em 17 de outubro de 2013, cuja ata será arquivadana Junta Comercial do Estado de São Paulo (“JUCESP”) e será publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo (“DOESP”)e no jornal “O Estado de São Paulo”. 1.2. A realização da Oferta foi aprovada pelos competentes órgãos societários dos Veículos CBem 18 de novembro de 2013. 1.3. O Preço por Unit (conforme definido abaixo) será deliberado em Reunião do Conselho deAdministração da CBD a ser realizada entre a conclusão do Procedimento de Bookbuilding (conforme definido abaixo) e a concessãodo registro da Oferta pela CVM, cuja ata será publicada no DOESP e no jornal “O Estado de São Paulo” na data de publicação doAnúncio de Início de Oferta Pública de Distribuição Secundária de Units da Via Varejo S.A. (“Anúncio de Início”) e será arquivada naJUCESP. 1.4. Tendo em vista que o restante dos Acionistas Vendedores é pessoa física, não há necessidade de aprovações societáriasadicionais pelos Acionistas Vendedores para a realização da Oferta e aprovação do Preço por Unit.

2. OFERTA

2.1. A Oferta compreenderá a distribuição pública secundária de Units a ser realizada no Brasil, em mercado de balcão não organizado, sob acoordenação dos Coordenadores, com a participação de determinadas instituições intermediárias autorizadas a operar no mercado de capitaisbrasileiro, credenciadas junto à BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (“BM&FBOVESPA”) convidadas a participar daOferta exclusivamente para efetuar esforços de colocação das Units junto aos Investidores Não Institucionais (conforme definidos no item 7.1)(“Instituições Consorciadas” e, em conjunto com os Coordenadores, “Instituições Participantes da Oferta”), nos termos daInstrução CVM 400 e demais disposições legais aplicáveis. 2.2. Simultaneamente, serão realizados esforços de colocação das Units noexterior pelo Credit Suisse Securities (USA) LLC, pela Bradesco Securities, Inc., pelo Merrill Lynch, Pierce, Fenner & Smith Incorporated,pelo Goldman, Sachs & Co, pelo Itau BBA USA Securities, Inc., pelo J.P. Morgan Securities LLC, pelo Santander Investment Securities Inc. e peloUBS Securities LLC (em conjunto, “Agentes de Colocação Internacional”) (i) nos Estados Unidos da América, para investidores institucionaisqualificados (qualified institutional buyers), conforme definidos na Rule 144A, editada pela U.S. Securities and Exchange Commission (“SEC”),em operações isentas de registro, previstas no U.S. Securities Act of 1933, conforme alterado (“Securities Act”) e nos regulamentos editadosao amparo do Securities Act; e (ii) nos demais países, que não os Estados Unidos da América e o Brasil, para investidores constituídos deacordo com a legislação vigente no país de domicílio de cada investidor (Non US Persons), com base na Regulation S, editada pela SEC noâmbito do Securities Act (em conjunto, “Investidores Estrangeiros”) e, em ambos os casos, desde que tais Investidores Estrangeiros invistamno Brasil em conformidade com os mecanismos de investimento regulamentados pelo Conselho Monetário Nacional (“CMN”),pelo Banco Central do Brasil (“Banco Central”) e pela CVM.

3. UNITS DO LOTE SUPLEMENTAR E UNITS ADICIONAIS

3.1. Nos termos do artigo 24 da Instrução CVM 400, a quantidade total das Units inicialmente ofertada (sem considerar as UnitsAdicionais, conforme definidas abaixo) poderá ser acrescida em até 15% (quinze por cento), ou seja, em até 16.134.389(dezesseis milhões, cento e trinta e quatro mil, trezentas e oitenta e nove) Units a serem alienadas pelos Acionistas Vendedores,com a finalidade exclusiva de atender a um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no decorrer da Oferta, nas mesmascondições e preço das Units inicialmente ofertadas (“Units do Lote Suplementar”), conforme opção de distribuição de tais Units doLote Suplementar a ser outorgada pelos Acionistas Vendedores ao Agente Estabilizador no Contrato de Coordenação, Garantia Firmede Liquidação e Distribuição de Certificados de Depósito de Ações - Units da Via Varejo S.A. (“Contrato de Distribuição” e“Opção de Lote Suplementar”, respectivamente). O Agente Estabilizador terá o direito exclusivo, a partir da data de assinatura doContrato de Distribuição, inclusive, e por um período de 30 (trinta) dias contados do primeiro dia útil (inclusive) após a publicação doAnúncio de Início, inclusive, de exercer a Opção de Lote Suplementar, no todo ou em parte, em uma ou mais vezes, após notificação,por escrito, aos demais Coordenadores, desde que a decisão de sobrealocação das Units no momento em que for fixado o Preço porUnit tenha sido tomada em comum acordo pelos Coordenadores. 3.2. Adicionalmente, sem prejuízo da Opção de Lote Suplementar,nos termos do artigo 14, parágrafo 2º, da Instrução CVM 400, a quantidade total de Units inicialmente ofertada (sem considerar asUnits do Lote Suplementar) poderá, a critério dos Acionistas Vendedores e em comum acordo com os Coordenadores, ser acrescidaem até 20% (vinte por cento) do total de Units inicialmente ofertadas (sem considerar as Units do Lote Suplementar), ou seja,em até 21.512.519 (vinte e um milhões, quinhentas e doze mil, quinhentas e dezenove) Units a serem alienadas pelos AcionistasVendedores, nas mesmas condições e no mesmo preço das Units inicialmente ofertadas (“Units Adicionais”).

4. DIREITOS, VANTAGENS E RESTRIÇÕES DAS UNITS

4.1. As Units conferirão aos seus titulares os mesmos direitos e vantagens e estarão sujeitas às mesmas restrições das ações ordináriase das ações preferenciais de emissão da Companhia a elas subjacentes decorrentes da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976,conforme alterada (“Lei das Sociedades por Ações”), do Regulamento de Listagem do Nível 2 de Governança Corporativa daBM&FBOVESPA (“Regulamento de Listagem do Nível 2”) e do Estatuto Social da Companhia, dentre os quais: (i) direito a um votopor ação ordinária nas deliberações da assembleia geral; (ii) direito de voto conferido às ações preferenciais subjacentes a cada Unit,nas circunstâncias previstas na Lei das Sociedades por Ações e no Regulamento de Listagem do Nível 2, nas seguintes matériasdeliberadas em assembleia geral: (a) transformação, incorporação, fusão ou cisão da Companhia; (b) aprovação de contratos entre aCompanhia e o acionista controlador, diretamente ou por meio de terceiros, assim como de outras sociedades nas quais o acionistacontrolador tenha interesse, sempre que, por força de disposição legal ou estatutária, sejam deliberados em assembleia geral;(c) avaliação de bens destinados à integralização de aumento de capital social da Companhia; (d) escolha de instituição ou empresaespecializada para determinação do valor econômico da Companhia, para fins de realização de oferta pública de aquisição de açõesou cancelamento do registro de companhia aberta; e (e) alteração ou revogação de dispositivos estatutários que alterem oumodifiquem quaisquer das exigências previstas no item 4.1, do Regulamento de Listagem do Nível 2, ressalvado, no entanto, que essedireito a voto prevalecerá enquanto estiver em vigor o Contrato de Participação no Nível 2; (iii) direito ao dividendo obrigatório poração ordinária, em cada exercício social, equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado nos termos do artigo202 da Lei das Sociedades por Ações; (iv) direito de alienação das ações ordinárias e preferenciais subjacentes às Units nas mesmascondições asseguradas ao acionista controlador alienante, em caso de alienação, direta ou indireta, a título oneroso, do controle daCompanhia, tanto por meio de uma única operação, como por meio de operações sucessivas (tag along de 100% do preço);(v) direito ao recebimento integral de dividendos e demais proventos de qualquer natureza que a Companhia vier a declarar a partirda data de publicação do Anúncio de Início; (vi) direito de alienação de suas ações em oferta pública de cancelamento de registro decompanhia aberta ou em caso de cancelamento de listagem das ações de emissão da Companhia no Nível 2, segmento especial delistagem da BM&FBOVESPA, pelo seu valor econômico, apurado mediante laudo de avaliação elaborado por empresa especializada,com experiência comprovada e independente, conforme previsto no Regulamento de Listagem do Nível 2; e (vii) prioridade das açõespreferenciais no reembolso do capital, sem prêmio, pelo valor patrimonial, em caso de liquidação da Companhia.

5. PREÇO POR UNIT

5.1. No contexto da Oferta, estima-se que o preço por Unit (“Preço por Unit”) estará situado entre R$25,60 e R$33,60,ressalvado, no entanto que esta faixa é meramente indicativa, podendo o Preço por Unit ser fixado acima ou abaixo dessafaixa indicativa. Na hipótese de o Preço por Unit ser fixado acima ou abaixo dessa faixa indicativa, os Pedidos de Reserva(conforme abaixo definido) serão normalmente considerados e processados, observada a condição de eficácia indicada noitem 8.3 abaixo, inciso I. O Preço por Unit será fixado após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento a serrealizado pelos Coordenadores junto a Investidores Institucionais (conforme definidos abaixo) no Brasil e pelos Agentes de ColocaçãoInternacional no exterior, nos termos do “Placement Facilitation Agreement”, conforme previsto no artigo 23, parágrafo 1º, e no artigo44 da Instrução CVM 400 (“Procedimento de Bookbuilding”). O Preço por Unit será calculado tendo como parâmetro as indicaçõesde interesse em função da qualidade e quantidade da demanda (por volume e preço) por Unit coletada junto a Investidores Institucionais.Nos termos do artigo 170, parágrafo 1º, inciso III, da Lei das Sociedades por Ações, a escolha do critério para determinação do Preço porUnit é justificada pelo fato de que o Preço por Unit não promoverá a diluição injustificada dos acionistas da Companhia e de que as Unitsserão distribuídas por meio de oferta pública, em que o valor de mercado das Units será aferido tendo como parâmetro o resultado doProcedimento de Bookbuilding, que refletirá o valor pelo qual os Investidores Institucionais apresentarão suas intenções de investimentono contexto da Oferta. Os Investidores Não Institucionais (conforme definido abaixo) não participarão do Procedimento deBookbuilding, e, portanto, não participarão da fixação do Preço por Unit. 5.2. Poderá ser aceita a participação de InvestidoresInstitucionais que sejam Pessoas Vinculadas, no Procedimento de Bookbuilding, até o limite máximo de 20% (vinte por cento) do totaldas Units inicialmente ofertadas (sem considerar as Units do Lote Suplementar e as Units Adicionais). São consideradas pessoasvinculadas, nos termos do artigo 55 da Instrução CVM 400, os controladores ou administradores das instituições intermediárias e daemissora ou outras pessoas vinculadas à emissão e distribuição, bem como seus cônjuges ou companheiros, seus ascendentes,descendentes e colaterais até o segundo grau (em conjunto, “Pessoas Vinculadas”). 5.3. Nos termos do artigo 55 da InstruçãoCVM 400, caso seja verificado excesso de demanda superior em 1/3 (um terço) à quantidade de Units inicialmente ofertada(sem considerar as Units do Lote Suplementar e as Units Adicionais), não será permitida a colocação de Units junto aos InvestidoresInstitucionais que sejam Pessoas Vinculadas, sendo suas intenções de investimento automaticamente canceladas. A vedação de colocaçãodisposta no artigo 55 da Instrução CVM 400 não se aplica às instituições financeiras contratadas como formador de mercado,conforme previsto no parágrafo único do referido artigo 55. Os investimentos realizados pelas pessoas mencionadas no artigo 48 daInstrução CVM 400 (i) para proteção (hedge) em operações com derivativos contratados com terceiros, tendo as Units da Companhiacomo referência (incluindo operações de total return swap), desde que tais terceiros não sejam Pessoas Vinculadas; e (ii) que seenquadrem dentre as outras exceções previstas no artigo 48, II da Instrução CVM 400; são permitidos na forma do artigo 48 da InstruçãoCVM 400 e não serão considerados investimentos realizados por Pessoas Vinculadas para os fins do artigo 55 da Instrução CVM 400.

A participação de Investidores Institucionais que sejam Pessoas Vinculadas no Procedimento de Bookbuilding poderáafetar adversamente a formação do Preço por Unit, e o investimento nas Units por Investidores Institucionais que sejamPessoas Vinculadas poderá resultar em redução da liquidez das Units da Companhia no mercado secundário. Para maisinformações, veja a seção “Fatores de Risco Relacionados às Units e à Oferta - A eventual aceitação de intenções deinvestimento de Investidores Institucionais que sejam considerados Pessoas Vinculadas durante o Procedimento deBookbuilding, poderá levar ao risco de má-formação do Preço por Unit e/ou de redução da liquidez das Units de nossaemissão no mercado secundário.” do Prospecto Preliminar de Oferta Pública de Distribuição Secundária de Certificadosde Depósito de Ações - Units da Companhia, e anexos, que incorpora por referência o Formulário de Referência daCompanhia apresentado à CVM no requerimento de registro de companhia aberta, elaborado nos termos da InstruçãoCVM n° 480, de 7 de dezembro de 2009, conforme alterada (“Formulário de Referência”) e seus eventuais aditamentosou suplementos (“Prospecto Preliminar”).

6. REGIME DE COLOCAÇÃO

6.1. Após a celebração do Contrato de Distribuição, o encerramento do Período de Reserva (conforme definido no item 8.3, II abaixo)e do Período de Reserva para Pessoas Vinculadas, a conclusão do Procedimento de Bookbuilding, a concessão do registro da Ofertapela CVM, a publicação do Anúncio de Início e a disponibilização do Prospecto Definitivo de Oferta Pública de Distribuição Secundáriade Certificados de Depósito de Ações - Units da Via Varejo S.A., incluindo o Formulário de Referência apresentado à CVM,e seus eventuais aditamentos ou suplementos (“Prospecto Definitivo” e, em conjunto com o Prospecto Preliminar, “Prospectos”),os Coordenadores realizarão a distribuição das Units (sem considerar as Units do Lote Suplementar e considerando as Units Adicionais),em regime de garantia firme de liquidação, de forma individual e não solidária, de acordo com os limites individuais e demaisdisposições previstas no Contrato de Distribuição, por meio de duas ofertas distintas, quais sejam: (i) uma Oferta de Varejo(conforme definido no item 8.1 abaixo), destinada aos Investidores Não Institucionais (conforme definido no item 7.1 abaixo);e (ii) uma Oferta Institucional (conforme definido no item 8.1 abaixo), destinada aos Investidores Institucionais (conforme definido noitem 7.1 abaixo). Após tais aprovações, cópia do Contrato de Distribuição poderá ser obtida com os Coordenadores nos endereçosindicados no item 16 deste Aviso ao Mercado. 6.2. A garantia firme de liquidação a ser prestada pelos Coordenadores consiste naobrigação individual e não solidária de liquidação financeira das Units (sem considerar as Units do Lote Suplementar e considerandoas Units Adicionais) que não forem liquidadas pelos investidores que as adquiriram no âmbito da Oferta, na Data de Liquidação,na proporção e até os limites individuais de garantia firme de cada um dos Coordenadores, conforme indicado no Contrato deDistribuição (“Garantia Firme de Liquidação”). 6.3. Caso as Units efetivamente adquiridas por investidores não tenham sidototalmente liquidadas na Data de Liquidação, cada um dos Coordenadores realizará, de forma individual e não solidária, a liquidaçãofinanceira, na Data de Liquidação, na proporção e até os limites individuais referidos no Contrato de Distribuição, da totalidade doeventual saldo resultante da diferença entre (i) o número de Units objeto da Garantia Firme de Liquidação prestada por cada um dosCoordenadores, nos termos do Contrato de Distribuição; e (ii) o número de Units efetivamente adquiridas por investidores nomercado e efetivamente por esses liquidadas, pelo Preço por Unit a ser definido conforme o Procedimento de Bookbuilding.Tal garantia é vinculante a partir do momento em que, cumulativamente, for concluído o Procedimento de Bookbuilding,assinado o Contrato de Distribuição, deferidos os registros da Oferta pela CVM, publicado o Anúncio de Início e disponibilizado oProspecto Definitivo. 6.4. A proporção prevista no item 6.3 acima poderá ser realocada de comum acordo entre os Coordenadores.6.5. Para os fins do disposto no item 5 do Anexo VI à Instrução CVM 400, caso os Coordenadores eventualmente venham a liquidarUnits nos termos do item 6.3 acima e tenham interesse em vender tais Units durante o Prazo de Distribuição, o preço de venda de taisUnits será o preço de mercado das Units, limitado ao Preço por Unit, sendo certo, entretanto, que o disposto neste item 6.5 não seaplica às operações realizadas em decorrência das atividades de estabilização a que se refere o item 9 abaixo. 6.6. Não será admitidadistribuição parcial no âmbito da Oferta, sendo possível o cancelamento do pedido de registro da Oferta caso não hajainvestidores suficientes para adquirir a totalidade das Units objeto da Oferta inicialmente ofertadas (sem considerar asUnits do Lote Suplementar e as Units Adicionais). 6.7. Caso não existam Pedidos de Reserva e intenções de investimento para aaquisição da totalidade das Units inicialmente ofertadas (sem considerar as Units do Lote Suplementar e as Units Adicionais) até a datade conclusão do Procedimento de Bookbuilding, nos termos do Contrato de Distribuição, a Oferta será cancelada, sendo todos osPedidos de Reserva e intenções de investimentos automaticamente cancelados, e os valores eventualmente depositadosdevolvidos sem juros ou correção monetária, sem reembolso e com dedução, se for o caso, dos valores relativos aos tributos incidentes,no prazo de três dias úteis contados da data de divulgação do aviso de cancelamento. Para mais informações, veja a seção“Fatores de Risco Relacionados às Units e à Oferta - Na medida em que o regime de distribuição da Oferta é o de garantiafirme de liquidação e que não será admitida distribuição parcial no âmbito da Oferta, é possível que a Oferta venha a sercancelada caso não haja investidores suficientes interessados em adquirir a totalidade das Units objeto da Oferta.”,do Prospecto Preliminar.

7. PÚBLICO-ALVO

7.1. Observado o disposto no item 8 abaixo, a Oferta será realizada para (i) investidores pessoas físicas e jurídicas e clubes deinvestimento registrados na BM&FBOVESPA, em qualquer caso, residentes, domiciliados ou com sede no Brasil, que formalizemPedido de Reserva, junto a uma única Instituição Consorciada, durante o Período de Reserva, com valor mínimo de R$3.000,00(três mil reais) e o valor máximo de R$300.000,00 (trezentos mil reais) (“Investidores Não Institucionais”); e (ii) investidores pessoasfísicas e jurídicas e clubes de investimento registrados na BM&FBOVESPA, nos termos da regulamentação em vigor, em qualquer caso,que não sejam considerados Investidores Não Institucionais, além de fundos de investimento, carteiras administradas, fundos depensão, entidades administradoras de recursos de terceiros registradas na CVM, entidades autorizadas a funcionar peloBanco Central, condomínios destinados à aplicação em carteira de títulos e valores mobiliários registrados na CVM e/ou naBM&FBOVESPA, seguradoras, entidades de previdência complementar e de capitalização, investidores qualificados nos termos daregulamentação da CVM, em todos os casos, residentes, domiciliados ou com sede no Brasil, assim como os Investidores Estrangeiros(“Investidores Institucionais”). 7.2. Os Coordenadores realizarão a Oferta de acordo com o disposto no Contrato de Distribuição,por si e/ou por meio das Instituições Consorciadas. 7.3. Os Agentes de Colocação Internacional realizarão esforços de colocação das Unitsno exterior para Investidores Estrangeiros, nos termos do Placement Facilitation Agreement, sendo que os Investidores Estrangeirosdeverão investir nas Units por meio dos mecanismos de investimento regulamentados pelo CMN, pelo Banco Central e pela CVM.

8. PROCEDIMENTO DA OFERTA

8.1. As Instituições Participantes da Oferta efetuarão a colocação pública das Units no Brasil, em mercado de balcão não organizado,observado o disposto na Instrução CVM 400 e os esforços de dispersão acionária previstos no Regulamento de Listagem do Nível 2,por meio de uma oferta aos Investidores Não Institucionais (“Oferta de Varejo”), realizada pelas Instituições Consorciadas, e de umaoferta aos Investidores Institucionais (“Oferta Institucional”), realizada exclusivamente pelos Coordenadores e pelos Agentes deColocação Internacional. 8.2. O plano de distribuição da Oferta, organizado pelos Coordenadores, nos termos do artigo 33, parágrafo 3º,da Instrução CVM 400, e do Regulamento de Listagem do Nível 2, no que diz respeito aos esforços de dispersão acionária, com a expressaanuência dos Acionistas Vendedores, leva em consideração as relações com clientes e outras considerações de natureza comercial ouestratégica da Companhia e dos Coordenadores, observado, entretanto, que os Coordenadores assegurarão (i) a adequação doinvestimento ao perfil de risco de seus clientes; (ii) o tratamento justo e equitativo aos investidores; (iii) recebimento prévio pelosrepresentantes de venda das Instituições Participantes da Oferta de exemplar do Prospecto Preliminar para leitura obrigatória, de modoque eventuais dúvidas possam ser esclarecidas por pessoa designada pelo Coordenador Líder; e (iv) realizarão os esforços de dispersãoacionária previstos no Regulamento de Listagem do Nível 2. 8.3. Em atenção ao previsto no item 7.1 (ii) do Regulamento de Listagem doNível 2, no contexto da Oferta, o montante de, no mínimo, 10% (dez por cento) e, a critério dos Coordenadores, o montante de,no máximo, 20% (vinte por cento) das Units ofertadas, considerando as Units do Lote Suplementar e as Units Adicionais, serão destinadosprioritariamente à colocação pública, no âmbito da Oferta de Varejo, para Investidores Não Institucionais que realizem Pedido de Reservade acordo com as condições ali previstas e o procedimento abaixo indicado: I. durante o Período de Reserva (conforme definido abaixo)ou o Período de Reserva para Pessoas Vinculadas (conforme definido abaixo), conforme o caso, cada um dos Investidores Não Institucionaisinteressados em participar da Oferta deverá realizar pedido de reserva de Units, irrevogável e irretratável, exceto pelo disposto neste incisoI, nos incisos III, VI, VIII e IX abaixo e no item 8.5 abaixo, mediante preenchimento de formulário específico (“Pedido de Reserva”)com uma única Instituição Consorciada, observados o valor mínimo de pedido de investimento de R$3.000,00 (três mil reais) e o valormáximo de pedido de investimento de R$300.000,00 (trezentos mil reais) por Investidor Não Institucional. Os Investidores Não Institucionaispoderão estipular, no Pedido de Reserva, um preço máximo por Unit como condição de eficácia de seu Pedido de Reserva, sem necessidadede posterior confirmação, sendo que, caso o Preço por Unit seja fixado em valor superior ao valor estabelecido pelo Investidor NãoInstitucional, o respectivo Pedido de Reserva será automaticamente cancelado. Como condição de eficácia do Pedido de Reserva,cada Investidor Não Institucional deverá indicar obrigatoriamente no Pedido de Reserva se é ou não Pessoa Vinculada. As InstituiçõesConsorciadas somente atenderão Pedidos de Reserva realizados por Investidores Não Institucionais titulares de conta nelas abertaou mantida pelo respectivo investidor. Recomenda-se aos Investidores Não Institucionais interessados na realização de Pedidosde Reserva que (a) leiam cuidadosamente os termos e condições estipulados no Pedido de Reserva, especialmenteos procedimentos relativos à liquidação da Oferta e as informações constantes do Prospecto Preliminar e do Formuláriode Referência da Companhia; (b) verifiquem com a Instituição Consorciada de sua preferência, antes de realizar o seu Pedidode Reserva, se essa, a seu exclusivo critério, exigirá a manutenção de recursos em conta nela aberta e/ou mantida, para finsde garantia do Pedido de Reserva; (c) verifiquem com a Instituição Consorciada de sua preferência, antes de realizar o seuPedido de Reserva, a probabilidade de débito antecipado da reserva por parte da Instituição Consorciada; e (d) entrem emcontato com a Instituição Consorciada de sua preferência para obter informações mais detalhadas sobre o prazo estabelecidopela Instituição Consorciada para a realização do Pedido de Reserva ou, se for o caso, para a realização do cadastro naInstituição Consorciada, tendo em vista os procedimentos operacionais adotados por cada Instituição Consorciada;

VVAR11

Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 15

Page 16: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

II. os Investidores Não Institucionais deverão realizar seus Pedidos de Reserva no período de 2 de dezembro de2013, inclusive, a 11 de dezembro de 2013, inclusive (“Período de Reserva”), sendo que os Investidores NãoInstitucionais que sejam Pessoas Vinculadas deverão, necessariamente, indicar no Pedido de Reserva a suacondição de Pessoa Vinculada e realizar seus Pedidos de Reserva no dia 2 de dezembro de 2013, data queantecederá em pelo menos sete dias úteis a conclusão do Procedimento de Bookbuilding (“Período de Reservapara Pessoas Vinculadas”). Os Investidores Não Institucionais que aderirem à Oferta de Varejo nãoparticiparão do Procedimento de Bookbuilding e, portanto, não participarão do processo de fixação doPreço por Unit; III. caso seja verificado excesso de demanda superior em 1/3 (um terço) à quantidade de Unitsinicialmente ofertadas (sem considerar as Units do Lote Suplementar e as Units Adicionais), será vedada acolocação de Units aos Investidores Não Institucionais que sejam Pessoas Vinculadas, sendo os Pedidos deReserva devidamente realizados por Investidores Não Institucionais que sejam Pessoas Vinculadasautomaticamente cancelados, exceto pelos Pedidos de Reserva realizados durante o Período de Reserva paraPessoas Vinculadas; caso o total de Units objeto dos Pedidos de Reserva seja igual ou inferior ao montante deUnits destinadas à Oferta de Varejo (considerando as Units do Lote Suplementar e as Units Adicionais),não haverá Rateio (conforme definido abaixo), sendo integralmente atendidos todos os Pedidos de Reserva,de modo que as Units remanescentes, se houver, serão destinadas aos Investidores Institucionais; IV. caso o totalde Units objeto dos Pedidos de Reserva exceda o total de Units destinadas à Oferta de Varejo, será realizadoRateio entre os Investidores Não Institucionais, sendo que (a) até o limite de R$3.000,00 (três mil reais), inclusive,por Investidor Não Institucional, o critério de Rateio será a divisão igualitária e sucessiva das Units destinadas àOferta de Varejo entre os Investidores Não Institucionais que tiverem apresentado Pedido de Reserva, limitada aovalor individual de cada Pedido de Reserva e à quantidade total das Units destinadas à Oferta de Varejo,desconsiderando-se as frações de Units; e (b) uma vez atendido o critério descrito na alínea (a) acima, as Unitsdestinadas à Oferta de Varejo remanescentes serão rateadas proporcionalmente ao valor dos respectivos Pedidosde Reserva entre todos os Investidores Não Institucionais, desconsiderando-se, as frações de Units (“Rateio”).Opcionalmente, a critério dos Coordenadores e dos Acionistas Vendedores, a quantidade de Units destinadas àOferta de Varejo poderá ser aumentada para que os Pedidos de Reserva excedentes possam ser total ouparcialmente atendidos, sendo que, no caso de atendimento parcial, será observado o mesmo critério de Rateio;V. até as 12:00 horas do primeiro dia útil subsequente à data de publicação do Anúncio de Início, serãoinformados a cada Investidor Não Institucional pela Instituição Consorciada que tenha recebido o respectivoPedido de Reserva, por meio do seu respectivo endereço eletrônico, ou, na sua ausência, por fac-símile, telefoneou correspondência, a Data de Liquidação, a quantidade de Units alocadas (ajustada se for o caso em decorrênciado Rateio), o Preço por Unit e o valor do respectivo investimento, sendo que, em qualquer caso, o valor doinvestimento será limitado àquele indicado no respectivo Pedido de Reserva; VI. até as 10:30 horas da Data deLiquidação, cada Investidor Não Institucional deverá efetuar o pagamento, em recursos imediatamentedisponíveis, em moeda corrente nacional, do valor indicado no inciso V acima à Instituição Consorciada quetenha recebido o respectivo Pedido de Reserva, sob pena de, em não o fazendo, ter seu Pedido de Reservaautomaticamente cancelado; VII. até as 16:00 horas da Data de Liquidação, a Instituição Consorciada que tenharecebido o respectivo Pedido de Reserva, por meio da BM&FBOVESPA, entregará as Units alocadas ao respectivoInvestidor Não Institucional de acordo com os procedimentos previstos no Contrato de Distribuição, desde queefetuado o pagamento previsto no inciso VI acima, ressalvada a possibilidade de desistência prevista no inciso VIIIabaixo, as possibilidades de cancelamento previstas nos incisos I, III e VI acima e IX abaixo e a possibilidade deRateio prevista no inciso IV acima. Caso tal relação resulte em fração de Unit, o valor do investimento serálimitado ao valor correspondente ao maior número inteiro de Units, desprezando-se eventuais frações de Units;VIII. caso (a) seja verificada divergência relevante entre as informações constantes do Prospecto Preliminar e doProspecto Definitivo que altere substancialmente o risco assumido pelos Investidores Não Institucionais ou a suadecisão de investimento, nos termos do artigo 45, parágrafo 4º, da Instrução CVM 400; (b) a Oferta sejasuspensa, nos termos do artigo 19 da Instrução CVM 400; e/ou (c) a Oferta seja modificada, nos termos dosartigos 25 e 27 da Instrução CVM 400, o Investidor Não Institucional poderá desistir do respectivo Pedido deReserva, devendo, para tanto, informar sua decisão à Instituição Consorciada que tenha recebido o respectivoPedido de Reserva (1) até as 12:00 horas do quinto dia útil subsequente à data de disponibilização do ProspectoDefinitivo, no caso da alínea (a) acima; e (2) até as 16:00 horas do quinto dia útil subsequente à data em que oinvestidor for comunicado diretamente pela Instituição Consorciada sobre a suspensão ou a modificação daOferta, nos casos das alíneas (b) e (c) acima. Adicionalmente, os casos das alíneas (b) e (c) acima serãoimediatamente divulgados por meio de anúncio de retificação, nos mesmos veículos utilizados para divulgaçãodeste Aviso ao Mercado e do Anúncio de Início, conforme disposto no artigo 27 da Instrução CVM 400.No caso da alínea (c) acima, após a publicação do Anúncio de Início, a respectiva Instituição Consorciada deveráacautelar-se e certificar-se, no momento do recebimento das aceitações da Oferta, de que o respectivo InvestidorNão Institucional está ciente de que a Oferta original foi alterada e de que tem conhecimento das novascondições. Caso o Investidor Não Institucional não informe sua decisão de desistência do Pedido de Reserva nostermos deste inciso, o Pedido de Reserva será considerado válido e o Investidor Não Institucional deveráefetuar o pagamento do valor do investimento. Caso o Investidor Não Institucional já tenha efetuado opagamento nos termos do inciso VI acima e venha a desistir do Pedido de Reserva nos termos deste inciso,os valores depositados serão devolvidos sem juros ou correção monetária, sem reembolso e com dedução,se for o caso, dos valores relativos aos tributos incidentes, no prazo de três dias úteis contados do pedido decancelamento do respectivo Pedido de Reserva; e IX. caso não haja conclusão da Oferta ou em caso de resiliçãodo Contrato de Distribuição ou de cancelamento ou revogação da Oferta ou em qualquer outra hipótese dedevolução dos Pedidos de Reserva em função de expressa disposição legal, todos os Pedidos de Reserva serãocancelados e a Instituição Consorciada que tenha recebido o respectivo Pedido de Reserva comunicará aorespectivo Investidor Não Institucional o cancelamento da Oferta, o que poderá ocorrer, inclusive, mediantepublicação de comunicado ao mercado. Caso o Investidor Não Institucional já tenha efetuado o pagamento nostermos do inciso VI acima, os valores depositados serão devolvidos sem juros ou correção monetária,sem reembolso e com dedução, se for o caso, dos valores relativos aos tributos incidentes, no prazo de três diasúteis contados da comunicação do cancelamento da Oferta. 8.4. As Units destinadas à Oferta de Varejo que nãotiverem sido alocadas aos Investidores Não Institucionais serão destinadas à Oferta Institucional, juntamente comas demais Units, de acordo com o seguinte procedimento: I. os Investidores Institucionais interessados emparticipar da Oferta deverão apresentar suas intenções de investimento durante o Procedimento de Bookbuilding,inexistindo pedidos de reserva, reservas antecipadas ou limites máximos de investimento. Cada InvestidorInstitucional deverá assumir a obrigação de verificar se está cumprindo os requisitos para participar da OfertaInstitucional, para então apresentar suas intenções de investimento durante o Procedimento de Bookbuilding;II. poderá ser aceita a participação de Investidores Institucionais que sejam Pessoas Vinculadas no Procedimentode Bookbuilding, até o limite máximo de 20% (vinte por cento) do total das Units inicialmente ofertadas(sem considerar as Units do Lote Suplementar e as Units Adicionais). Caso seja verificado excesso de demandasuperior em 1/3 (um terço) à quantidade de Units inicialmente ofertadas (sem considerar as Units do LoteSuplementar e as Units Adicionais), não será permitida a colocação de Units junto aos Investidores Institucionaisque sejam Pessoas Vinculadas, sendo suas intenções de investimento automaticamente canceladas. A vedaçãode colocação disposta no artigo 55 da Instrução CVM 400 não se aplica às instituições financeiras contratadascomo formador de mercado, conforme previsto no parágrafo único do referido artigo 55. Os investimentosrealizados pelas pessoas mencionadas no artigo 48 da Instrução CVM 400 (i) para proteção (hedge) emoperações com derivativos contratadas com terceiros, tendo as Units da Companhia como referência, (incluindooperações de total return swap), desde que tais terceiros não sejam Pessoas Vinculadas; e (ii) que se enquadremdentre as outras exceções previstas no artigo 48, II da Instrução CVM 400; são permitidos na forma do artigo 48da Instrução CVM 400 e não serão considerados investimentos realizados por Pessoas Vinculadas para os fins doartigo 55 da Instrução CVM 400. A participação de Investidores Institucionais que sejam PessoasVinculadas no Procedimento de Bookbuilding poderá afetar adversamente a formação do Preço porUnit, e o investimento nas Units por Investidores Institucionais que sejam Pessoas Vinculadas poderáresultar em redução da liquidez das Units da Companhia no mercado secundário. Para maisinformações, veja a seção “Fatores de Risco Relacionados às Units e à Oferta - A eventual aceitação deintenções de Investidores Institucionais que sejam considerados Pessoas Vinculadas durante oProcedimento de Bookbuilding, poderá levar ao risco de má-formação do Preço por Unit e/ou deredução da liquidez das Units de nossa emissão no mercado secundário.”, do Prospecto Preliminar;

III. caso as intenções de investimento obtidas durante o Procedimento de Bookbuilding excedam o total de Unitsremanescentes após o atendimento da Oferta de Varejo, os Coordenadores darão prioridade aos InvestidoresInstitucionais que, a exclusivo critério dos Coordenadores e dos Acionistas Vendedores, melhor atendam oobjetivo da Oferta de criar uma base diversificada de investidores, integrada por investidores com diferentescritérios de avaliação das perspectivas dos Acionistas Vendedores, seu setor de atuação e a conjunturamacroeconômica brasileira e internacional, observado o disposto no plano de distribuição elaborado pelosCoordenadores, nos termos do artigo 33, parágrafo 3o, da Instrução CVM 400, o qual leva em conta as suasrelações com os clientes e outras considerações de natureza comercial ou estratégica; IV. até as 12:00 horasdo primeiro dia útil subsequente à data de publicação do Anúncio de Início, os Coordenadores informarãoaos Investidores Institucionais, por meio de seu endereço eletrônico, ou, na sua ausência, por telefone oufac-símile, a Data de Liquidação, a quantidade de Units alocadas, o Preço por Unit e o valor do respectivoinvestimento; e V. a entrega das Units alocadas deverá ser efetivada na Data de Liquidação, mediante pagamentoem moeda corrente nacional, à vista e em recursos imediatamente disponíveis, do Preço por Unit multiplicadopela quantidade de Units alocadas, de acordo com os procedimentos previstos no Contrato de Distribuição.As Units que forem objeto de esforços de venda no exterior pelos Agentes de Colocação Internacional juntoa Investidores Estrangeiros serão obrigatoriamente adquiridas e liquidadas no Brasil junto aos Coordenadores,em moeda corrente nacional, nos termos dos mecanismos de investimento regulamentados pelo CMN,pelo Banco Central e pela CVM. 8.5. Caso haja descumprimento e/ou indícios de descumprimento,por qualquer das Instituições Consorciadas, de qualquer das obrigações previstas nos respectivos instrumentosde adesão ao Contrato de Distribuição, na carta-convite ou em qualquer contrato celebrado no âmbito da Oferta,ou, ainda, de qualquer das normas de conduta previstas na regulamentação aplicável à Oferta, incluindo,sem limitação, aquelas previstas na Instrução CVM 400, especificamente, as normas referentes ao período desilêncio, à emissão de pesquisas e relatórios públicos sobre a Companhia e/ou à divulgação (marketing) da Oferta,conforme previsto no artigo 48 da Instrução CVM 400, tal Instituição Consorciada, a critério exclusivo dosCoordenadores e sem prejuízo das demais medidas julgadas cabíveis pelos Coordenadores, (i) deixaráimediatamente de integrar o grupo de instituições responsáveis pela colocação das Units no âmbito da Oferta,pelo que serão canceladas todas as intenções de investimento, Pedidos de Reserva e/ou contratos de compra evenda que tenha recebido, e a Instituição Consorciada deverá informar imediatamente aos respectivosinvestidores sobre referido cancelamento, devendo ser restituídos pela Instituição Consorciada integralmente aosrespectivos investidores os valores eventualmente dados em contrapartida às Units, no prazo de até 3 (três) diasúteis contados da data de divulgação do descredenciamento da Instituição Consorciada, sem qualquerremuneração, juros ou correção monetária, sem reembolso dos gastos incorridos em razão do depósito, e comdedução, caso sejam incidentes e se a alíquota for superior a zero, se for o caso, dos valores relativos aos tributosincidentes ou taxas sobre movimentação financeira; (ii) arcará integralmente com quaisquer custos e prejuízosrelativos à sua exclusão como Instituição Participante da Oferta, incluindo custos com publicações, indenizaçõesdecorrentes de eventuais condenações judiciais em ações propostas por investidores por conta do cancelamento,honorários advocatícios e demais custos perante terceiros, inclusive custos decorrentes de eventuais demandasde potenciais investidores; e (iii) poderá ser suspensa, por um período de até seis meses contados da data dacomunicação da violação, de atuar como instituição intermediária em ofertas públicas de distribuição de valoresmobiliários sob a coordenação de qualquer dos Coordenadores. A Instituição Consorciada a que se refere esteitem 8.5 deverá informar imediatamente, sobre o referido cancelamento, os investidores de quem tenhamrecebido intenção de investimento, Pedido de Reserva e/ou contrato de compra e venda. Os Coordenadores nãoserão, em hipótese alguma, responsáveis por quaisquer prejuízos causados aos investidores que tiverem suasintenções de investimentos, Pedidos de Reserva e/ou contratos de compra e venda cancelados. 8.6. Nos termosda Instrução CVM nº 530, de 22 de novembro de 2012, fica vedada a aquisição das Units porinvestidores que tenham realizado vendas a descoberto de ações de emissão da Companhia na datade fixação do Preço por Unit e nos cinco pregões que a antecedem. São consideradas vendas a descobertoaquelas realizadas por investidores que não sejam titulares das ações, ou cuja titularidade resulte de empréstimoou outro contrato de efeito equivalente. Ademais, são consideradas operações de um mesmo investidor asvendas a descoberto e as aquisições de ações realizadas em seu próprio nome ou por meio de qualquer veículocuja decisão de investimento esteja sujeita à sua influência. Fundos de investimento cujas decisões deinvestimento sejam tomadas pelo mesmo gestor não serão considerados um único investidor para efeitodo disposto neste item, desde que as operações estejam enquadradas nas respectivas políticas de investimentode cada fundo. A vedação prevista neste item não se aplica nos seguintes casos: (i) operações realizadas porpessoas jurídicas no exercício da atividade de formador de mercado de ações de emissão da Companhia,conforme definida na norma específica; e (ii) operações posteriormente cobertas por aquisição em mercado daquantidade total de ações correspondente à posição a descoberto até, no máximo, dois pregões antes da datade fixação do Preço por Unit.

9. ESTABILIZAÇÃO DO PREÇO DAS UNITS

9.1. O Agente Estabilizador, por meio da Merrill Lynch S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários(“Corretora”), poderá, a seu exclusivo critério, realizar atividades de estabilização do preço das Units, pelo prazode até 30 (trinta) dias contados do primeiro dia útil (inclusive) após a publicação do Anúncio de Início, inclusive,por meio de operações de compra e venda de Units, observadas as disposições legais aplicáveis e o disposto noContrato de Prestação de Serviços de Estabilização de Preço de Certificados de Depósito de Ações - Units daVia Varejo S.A. (“Contrato de Estabilização”), que será previamente submetido à análise e aprovação pelaBM&FBOVESPA e pela CVM, nos termos do artigo 23, parágrafo 3o, da Instrução CVM 400 e do item II daDeliberação CVM nº 476, de 25 de janeiro de 2005. Após tais aprovações, cópia do Contrato de Estabilizaçãopoderá ser obtida com o Agente Estabilizador, no endereço indicado no item 16 deste Aviso ao Mercado.9.2. Nos termos do Contrato de Estabilização, o Agente Estabilizador e a Corretora poderão escolher livrementeas datas em que realizarão as operações de compra e venda das Units, não estando obrigados a realizá-las emtodos os dias ou em qualquer data específica, podendo, inclusive, interrompê-las e retomá-las a qualquermomento, a seu exclusivo critério.

10. PRAZO DE DISTRIBUIÇÃO

10.1. A data de início da Oferta será divulgada mediante a publicação do Anúncio de Início, com data estimadapara ocorrer em 13 de dezembro de 2013, em conformidade com o previsto no artigo 52 da Instrução CVM 400.10.2. O prazo para a distribuição das Units no âmbito da Oferta é (i) de até seis meses contados da data depublicação do Anúncio de Início; ou (ii) até a data da publicação do Anúncio de Encerramento da Oferta Públicade Distribuição Secundária de Units da Via Varejo S.A. (“Anúncio de Encerramento”), o que ocorrer primeiro,conforme previsto no artigo 18 da Instrução CVM 400 (“Prazo de Distribuição”). 10.3. O término da Ofertae seu resultado serão anunciados mediante publicação do Anúncio de Encerramento, sendo a data máxima em13 de junho de 2014, em conformidade com o artigo 29 da Instrução CVM 400.

11. LIQUIDAÇÃO DA OFERTA

11.1. A liquidação física e financeira das Units (sem considerar as Units do Lote Suplementar e considerando asUnits Adicionais), deverá ser realizada dentro do prazo de até 3 (três) dias úteis, contado a partir da data dapublicação do Anúncio de Início (“Data de Liquidação”), de acordo com os procedimentos previstos noContrato de Distribuição. A liquidação física e financeira das Units do Lote Suplementar deverá serrealizada até o terceiro dia útil contado da respectiva data de exercício da Opção de Lote Suplementar, mas nãoantes da data de publicação do Anúncio de Início (“Data de Liquidação das Units do Lote Suplementar”),de acordo com o disposto no Contrato de Distribuição. 11.2. As Units, as Units Adicionais e as Units do LoteSuplementar serão entregues aos respectivos investidores até as 16:00 horas da Data de Liquidação ou da Datade Liquidação das Units do Lote Suplementar, conforme o caso. As Units que forem objeto de esforços decolocação no exterior pelos Agentes de Colocação Internacional e/ou por eventuais instituições financeiras aserem contratadas, junto a Investidores Estrangeiros, serão obrigatoriamente adquiridas e liquidadas no Brasil,em moeda corrente nacional, nos termos dos mecanismos de investimento regulamentados pelo CMN,pelo Banco Central e pela CVM.

12. NEGOCIAÇÃO NA BM&FBOVESPA

Em 22 de novembro de 2013, a Companhia,(“Acionista Controlador”) celebraram o ContraCorporativa Nível 2 com a BM&FBOVESPA, o qual eaderindo ao segmento especial do mercado de aRegulamento de Listagem do Nível 2, o qual estabedisposições da Lei das Sociedades por Ações, paacionistas minoritários. As Units, as ações ordinárnegociadas no segmento especial de negociaçãoimediatamente seguinte à data de publicação do“VVAR4”, respectivamente. As principais regras rProspecto Preliminar, que está à disposição dos inve

13. ACORDOS DE RESTRIÇÃO À VENDA DE UN

Durante o prazo de 180 (cento e oitenta) diasa Companhia, os Acionistas Vendedores, o acionistAdministração da Companhia e os membros da Drestrições previstas nos respectivos Lock-up Agrecom relação a quaisquer Units, ações ordinárias ouvalores mobiliários conversíveis, permutáveis, exerc(“Valores Mobiliários Sujeitos ao Acordo dedar em garantia, emprestar, conceder qualquer opçou de outra forma dispor, realizar qualquer operaoperação de derivativos, divulgar publicamente adisposição, operação com o mesmo efeito ou opertermos do Securities Act ou da legislação brasileiraCoordenadores e dos Agentes de Colocação InterInstrução CVM 400; e (C) nas hipóteses descritascanceladas para recebimento das ações ordinárias(cento e oitenta) dias contados da data de publicaçãpelos Acionistas Vendedores, das Units que lhe foremde estabilização. Adicionalmente, nos termos dosubsequentes à consumação da Oferta, o Acionipoderão vender e/ou ofertar à venda quaisquerderivativos lastreados em ações de emissão da Compapós a efetivação da Oferta e, após esse períodadministradores da Companhia não poderão, por m(quarenta por cento) das ações de emissão daimediatamente após a efetivação da Oferta.

14. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA ESCRITURADORA

A instituição financeira contratada para a prestaçãoda Companhia subjacentes às Units e para a pé a Itaú Corretora de Valores S.A.

15. CRONOGRAMA ESTIMADO DA OFERTA

Encontra-se abaixo um cronograma estimado das p

N° Evento

1. Pedido de Registro da Oferta junto à CVM

2.

Publicação do Aviso ao Mercado (sem logotipInstituições Consorciadas)

Disponibilização do Prospecto Preliminar

Início das apresentações para potenciais inve

Início do Procedimento de Bookbuilding

3.

Republicação do Aviso ao Mercado (com logInstituições Consorciadas)

Início do Período de Reserva

Período de Reserva para Pessoas Vinculadas

4. Encerramento do Período de Reserva

5.

Encerramento das apresentações para poten

Encerramento do Procedimento de Bookbuild

Fixação do Preço por Unit

Aprovação do Preço por Unit pela CBD

Assinatura do Contrato de Distribuição e dosrelacionados à Oferta

Início do prazo para exercício da Opção de Lo

6.

Concessão de registro da Oferta pela CVM

Publicação do Anúncio de Início

Disponibilização do Prospecto Definitivo

7. Início das negociações das Units na BM&FBO

8. Data de Liquidação

9. Encerramento do prazo para exercício da Op

10. Data limite para a liquidação das Units do Lo

11. Data limite para a publicação do Anúncio de

(1) As datas previstas para os eventos futurossuspensões, prorrogações e antecipações semCoordenadores. Ainda, caso ocorram alteraçõtal cronograma poderá ser alterado. Qualqucomunicada à CVM e poderá ser analisada co25 e 27 da Instrução CVM 400.

(2) As apresentações para potenciais investidores

JOINT BOOK

COORDENADO

COORDENA

16 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 17: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

seus administradores e sua acionista controladora CBDato de Adoção de Práticas Diferenciadas de Governançaentrará em vigor na data de publicação do Anúncio de Início,ações da BM&FBOVESPA denominado Nível 2, regido peloelece regras de governança corporativa mais rigorosas que asarticularmente em relação à transparência e proteção aosias e as ações preferenciais da Companhia serão listadas edo Nível 2 da BM&FBOVESPA a partir do primeiro dia útil

o Anúncio de Início, sob o código “VVAR11”,“VVAR3” erelativas ao Nível 2 estão descritas de forma resumida noestidores nos endereços ou dependências indicados abaixo.

NITS (LOCK-UP)

contados da data de publicação do Anúncio de Início,ta controlador da Companhia, os membros do Conselho deDiretoria da Companhia, estarão obrigados a, entre outrasreements, anexos ao “Placement Facilitation Agreement”,

ações preferenciais de emissão da Companhia ou quaisquercíveis ou referenciados em ações de emissão da CompanhiaLock-up”), não emitir, ofertar, vender, contratar a venda,ção de compra, realizar qualquer venda a descoberto, oneraração com o mesmo efeito, realizar qualquer outro tipo deintenção de realizar tal emissão, oferta, venda, oneração,

ação de derivativos ou exigir ou exercer qualquer direito nosa, exceto (A) mediante prévio consentimento por escrito dosnacional; (B) nas hipóteses descritas no art. 48, inciso II das nos Instrumentos de Lock-up. As Units não poderão sere preferenciais representadas pelas Units pelo prazo de 180ão do Anúncio de Início, com exceção do desmembramento,m restituídas pelo Agente Estabilizador ao final das atividadeso Regulamento de Listagem do Nível 2, nos seis mesesista Controlador e os administradores da Companhia nãodas ações de emissão da Companhia, Units ou quaisquerpanhia (“Derivativos”), de que eram titulares imediatamentedo inicial de seis meses, os acionistas controladores e os

mais seis meses, vender e/ou ofertar à venda mais do que 40%a Companhia, Units e Derivativos de que eram titulares

DAS AÇÕES SUBJACENTES ÀS UNITS E DAS UNITS

o de serviços de escrituração e custódia das ações de emissãorestação de serviços de emissão e escrituração das Units

principais etapas da Oferta:

Data de Realização/Data Prevista (1)

18 de outubro de 2013

pos das

25 de novembro de 2013estidores (roadshow) (2)

otipos das

2 de dezembro de 2013

11 de dezembro de 2013

ciais investidores (roadshow)

12 de dezembro de 2013

ding

s demais contratos

ote Suplementar

13 de dezembro de 2013

OVESPA 16 de dezembro de 2013

18 de dezembro de 2013

pção de Lote Suplementar 28 de janeiro de 2014

ote Suplementar 31 de janeiro de 2014

e Encerramento 13 de junho de 2014

são meramente indicativas e estão sujeitas a alterações,m aviso prévio, a critério dos Acionistas Vendedores e dosões das circunstâncias, revogação ou modificação da Oferta,uer modificação no cronograma da distribuição deverá seromo Modificação de Oferta, seguindo o disposto nos artigos

(roadshow) ocorrerão no Brasil e no exterior.

“Será admitido o recebimento de reservas a partir da data da republicação deste Aviso ao Mercado,para aquisição das Units, conforme o caso, as quais somente serão confirmadas pelo adquirente apóso início do período de distribuição das Units.”

A Companhia, os Acionistas Vendedores e os Coordenadores realizarão apresentações aos investidores(roadshow) no período entre a data da primeira publicação deste Aviso ao Mercado e a data em que for fixadoo Preço por Unit.

Na hipótese de suspensão, cancelamento, modificação ou revogação da Oferta, esse cronograma será alterado.Quaisquer comunicados ao mercado relativos a tais eventos relacionados à Oferta serão informados por meio depublicação de comunicado ao mercado no jornal “Valor Econômico” e na página da Companhia na rede mundialde computadores (www.viavarejo.com.br/ri).

Para informações sobre “Procedimento da Oferta”, “Alteração das Circunstâncias, Revogação ou Modificaçãoda Oferta” e “Suspensão e Cancelamento da Oferta”, consulte o Prospecto Preliminar.

16. PROSPECTO PRELIMINAR

Os investidores que desejarem obter exemplar do Prospecto Preliminar ou informações adicionais sobre aOferta ou, ainda, realizar reserva de Units, deverão dirigir-se, a partir da data de publicação desteAviso ao Mercado, aos seguintes endereços e páginas da rede mundial de computadores das InstituiçõesParticipantes da Oferta indicadas abaixo ou junto à CVM.

• CoordenadoresBANCO DE INVESTIMENTOS CREDIT SUISSE (BRASIL) S.A.Rua Leopoldo Couto Magalhães Jr., nº 700, 10º andar (parte) e 12º a 14º andares (partes), CEP 04542-000, São Paulo - SPAt.: Sr. Marcelo MillenTel.: (11) 3701-6000 - Fax: (11) 3701-6912Site: http://br.credit-suisse.com/ofertas (neste website, clicar em “Via Varejo S.A.” e, posteriormente,em “Prospecto Preliminar”)

BANCO BRADESCO BBI S.A.Avenida Paulista, nº 1.450, 8º andar, CEP 01310-917, São Paulo - SPAt.: Sr. Glenn MallettTel.: (11) 2178-5077 - Fax: (11) 2178-4880Site: http://www.bradescobbi.com.br (neste website entrar em “Ofertas Públicas”, acessar “Via Varejo S.A.” e,posteriormente, “Prospecto Preliminar”)

BANK OF AMERICA MERRILL LYNCH BANCO MÚLTIPLO S.A.Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 3.400, 18º andar, CEP 04538-132, São Paulo - SPAt.: Sr. João Paulo TorresTel.: (11) 2188-4000 - Fax: (11) 2188-4009Site: http://www.merrillynch-brasil.com.br (neste website, no item “Global Markets & InvestmentBanking Group” clicar no item “Via Varejo” e, posteriormente, no item “Distribuição Secundária deCertificados de Depósito de Ações - Units da Via Varejo S.A.” clicar em “Prospecto Preliminar”)

GOLDMAN SACHS DO BRASIL BANCO MÚLTIPLO S.A.Rua Leopoldo Couto Magalhães, nº 700, 17º andar, CEP 04542-000, São Paulo - SPAt.: Sr. José Pedro Leite da CostaTel.: (11) 3371-0858 - Fax: (11) 3371-0704Site: http://www.goldmansachs.com/worldwide/brazi l/area/investment-banking.html (neste website acessar “Via Varejo S.A.” e, em seguida, clicar em “De Acordo” e em seguida clicar em“Prospecto Preliminar”)

BANCO ITAÚ BBA S.A.Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 3.400, 3º ao 8º andares e 11º e 12º andares, CEP 04538-132, São Paulo - SPAt.: Sra. Renata DominguezTel.: (11) 3708-8000 - Fax: (11) 3708-8107Site: http://www.itau.com.br/itaubba-pt/nossos-negocios/ofertas-publicas/ (neste website acessar“Oferta Pública Inicial de Ações da Via Varejo S.A.” - Prospecto Preliminar)

BANCO J.P. MORGAN S.A.Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 3.729, 13º ao 15º andar, CEP 04538-905, São Paulo - SPAt.: Sr. Daniel DarahemTel.: (11) 4950-3700 - Fax: (11) 4950-3760Site: http://www.jpmorgan.com/pages/jpmorgan/brazil/pt/business/prospectos/viavarejo(neste website clicar em “Prospecto Preliminar Brasileiro”)

BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, nº 2.041 e 2.235, 24º andar, CEP 04543-011, São Paulo - SPAt.: Sr. Cleomar ParisiTel.: (11) 3012-7162 - Fax: (11) 3553-0063Site: http://www.santander.com.br/prospectos (neste website, acessar no item “Oferta públicade distribuição secundária de certificados de depósito de ações - Units - de emissão da Via Varejo S.A.”o link “Download do Prospecto Preliminar”)

UBS BRASIL CORRETORA DE CÂMBIO, TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A.Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 4.440, 7º andar - parte, CEP 04538-132, São Paulo - SPAt.: Sr. Fernando VitaTel.: (11) 3513-6503 - Fax: (11) 3513-6534Site: http://www.ubs.com/br/pt/ubs_corretora/ofertas-publicas.html (neste website, acessar “OfertaPública Inicial de Ações Via Varejo S.A. - Prospecto Preliminar”)

• Instituições ConsorciadasNas dependências das Instituições Consorciadas participantes da Oferta, credenciadas junto à BM&FBOVESPA.Informações adicionais sobre as Instituições Consorciadas poderão ser obtidas na página da rede mundial decomputadores da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br, em tal página, acessar “Corretoras”).

É recomendada aos investidores, antes da tomada de qualquer decisão de investimento, a leitura doProspecto Preliminar.

O Prospecto Preliminar está disponível nos seguintes endereços e páginas na Internet: Companhia - Via Varejo S.A.,Rua João Pessoa, nº 83, Centro, CEP 09520-010, São Caetano do Sul - SP (http://www.viavarejo.com.br/ri,em tal página, acessar “Oferta Publica” na coluna direita de “Destaques” e, em seguida, clicar em “Prospecto Preliminar”);CBD (http://www.gpa.com.br/ri, em tal página, acessar “Oferta Publica” na coluna direita de “Destaques” e,em seguida, clicar em “Prospecto Preliminar”); BM&FBOVESPA (http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/mercados/acoes/ofertas-publicas/ofertas-publicas.aspx?ldioma=pt-br, em tal página, acessar “Mercados”,“Ações” “Empresas” “Empresas Listadas” digitar “Via Varejo S.A.” clicar em aba “Informações Relevantes” eclicar em “Prospecto”); e CVM (www.cvm.gov.br. em tal página, acessar “Prospectos Preliminares”,“Certificados de Depósito de Ações” e “Via Varejo S.A. - Prospecto Preliminar”).

17. INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Recomenda-se aos potenciais investidores a leitura do Prospecto Preliminar, especialmente as seções“Fatores de Risco”, “Sumário da Companhia” e “Fatores de Risco relacionados à Oferta e às Units”,bem como as seções “4 - Fatores de Risco” e “5 - Riscos de Mercado” do Formulário de Referênciada Companhia, incorporado por referência ao Prospecto Preliminar. Para informações adicionais sobrea Companhia, incluindo seu setor de atuação, suas atividades e situação econômica e financeira,e os fatores de risco que devem ser considerados antes da decisão de investimento nas Units.

A Companhia, os Acionistas Vendedores e os Coordenadores realizarão apresentações aos investidores(roadshow) no período entre a data da primeira publicação deste Aviso ao Mercado e a data em que for fixadoo Preço por Unit.

Os Investidores Não Institucionais interessados poderão efetuar Pedido de Reserva nas dependências dasInstituições Consorciadas credenciadas com a BM&FBOVESPA para participar da Oferta.

Mais informações sobre a Oferta, incluindo o procedimento de reserva, poderão ser obtidas com osCoordenadores, nos endereços e páginas da Internet acima mencionados e, no caso dos Investidores NãoInstitucionais, também com as Instituições Consorciadas. Informações adicionais sobre a Oferta poderão serobtidas com a CVM nos endereços e página na Internet acima mencionados.

Este Aviso ao Mercado não constitui uma oferta de aquisição das Units nos Estados Unidos da América.As Units não poderão ser ofertadas ou adquiridas nos Estados Unidos da América sem que haja registro ouisenção de registro nos termos do Securities Act. Exceto pelo registro da Oferta pela CVM, a Companhia,os Acionistas Vendedores e os Coordenadores não pretendem realizar nenhum registro da Oferta ou dasUnits nos Estados Unidos da América, nem em qualquer agência ou órgão regulador do mercado de capitais dequalquer outro país.

Não há inadequação específica da Oferta a certo grupo ou categoria de investidor. Como todo e qualquerinvestimento em valores mobiliários de renda variável, o investimento nas Units apresenta riscos e possibilidade deperdas patrimoniais que devem ser cuidadosamente considerados antes da tomada de decisão de investimento.

Este Aviso ao Mercado será republicado em 2 de dezembro de 2013, data do Período de Reserva paraPessoas Vinculadas e do início do Período de Reserva, com o objetivo de apresentar uma relação completa dasInstituições Consorciadas.

Nos termos da Instrução CVM 400, o Coordenador Líder, a Companhia e os Acionistas Vendedores solicitaramo registro da Oferta perante a CVM, estando a Oferta sujeita à prévia aprovação pela CVM.

Tendo em vista a possibilidade de veiculação de matérias na mídia sobre a Companhia, os Acionistas Vendedorese a Oferta, a Companhia, os Acionistas Vendedores e os Coordenadores alertam os investidores que estesdeverão basear suas decisões de investimento única e exclusivamente nas informações constantes doProspecto Preliminar e do Prospecto Definitivo.

O Prospecto Preliminar contém informações adicionais e complementares a este Aviso ao Mercado e sualeitura possibilita uma análise detalhada dos termos e condições da Oferta, dos fatores de risco e dos demaisriscos a ela inerentes.

Os Coordenadores recomendam fortemente que os Investidores Não Institucionais interessados em participar daOferta leiam, atenta e cuidadosamente, os termos e condições estipulados no Pedido de Reserva, especialmenteos procedimentos relativos ao pagamento do Preço por Unit e à liquidação da Oferta, bem como as informaçõesconstantes do Prospecto Preliminar, especialmente a seção “Fatores de Risco”.

“LEIA O PROSPECTO PRELIMINAR E O FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA ANTES DE ACEITAR A OFERTA,EM ESPECIAL AS SEÇÕES DE FATORES DE RISCO.”

“O registro da presente Oferta não implica, por parte da CVM, garantia de veracidade das informaçõesprestadas ou julgamento sobre a qualidade da Companhia, bem como sobre as Units aserem distribuídas.”

“O investimento nas Units representa um investimento de risco, posto que é um investimento emrenda variável e, assim, os investidores que pretendam investir nas Units estão sujeitos a diversosriscos, inclusive àqueles relacionados à volatilidade do mercado de capitais, à liquidez das Units e àoscilação de suas cotações em bolsa, e, portanto, poderão perder uma parcela ou a totalidade deseu eventual investimento. O investimento em Units não é, portanto, adequado a investidores avessosaos riscos relacionados à volatilidade do mercado de capitais. Ainda assim, não há nenhuma classeou categoria de investidor que seja proibida por lei de adquirir Units. Adicionalmente, esta Ofertaé inadequada para investidores de curto prazo e/ou avessos aos riscos de baixa liquidez.”

KRUNNERS

ORES GLOBAIS

ADOR LÍDER AGENTE ESTABILIZADOR

Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 17

Page 18: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Cerejas, pêssegos e peras no lugarde produtos e serviços de alta tec-nologia. Sessenta anos atrás,quem cruzasse a península cen-tral situada entre a Baía de SãoFrancisco e as Montanhas de San-ta Cruz, no estado americano daCalifórnia, encontraria um cená-rio repleto de pomares em meio aum conjunto de bairros de classemédia. Hoje, a concentração deempresas de ponta atrai um núme-ro crescente de empreendedoresbrasileiros para a região, conheci-da como Vale do Silício.

A mudança na presença brasi-leira não foi apenas quantitativa.“A transformação foi drástica. Hámuito mais brasileiros hoje, mas ointeressante é a mudança enormeno perfil dos empreendedores”,avalia Andrea Litto, 38 anos, há 19nos Estados Unidos. “Antes, as pes-soas vinham trabalhar e não se in-teressavam por conhecer nin-guém, fazer contatos. Queriam fa-zer dinheiro e voltar ao Brasil.”

A procura não apenas por hos-pedagem mas principalmente porfacilitadores capazes de viabilizaras conexões com investidores, pro-fissionais de tecnologia da infor-mação e empresas levou Andrea acriar em 2012 a Silicon House,com o sócio também brasileiroHenrique Setton. Situada emMountain View, uma das 40 cida-des que fazem parte do vale, a ca-sa já recebeu startups e empresasde mais de 14 países, entre eles oBrasil. “O relacionamento é omais importante no Vale do Silí-cio”, afirma a alemã AngelikaBlendstrup, uma das mentoras daaceleradora 500 Startups.

Há dez anos no Vale do Silício,Angelika se especializou no pitchtraining, treinamento que força oempreendedor a resumir seu pla-no de negócios (ou a atividade de

uma startup) de maneira breve,compreensível e interessante. “Sevocê for capaz de contar uma boahistória, os investidores vão se lem-brar de você”, ensina Angelika, au-tora do livro “They made it!” (“Elesconseguiram”), sobre empreende-dores estrangeiros bem-sucedidosna área de tecnologia. No Vale Silí-cio, uma boa história deve ser con-tada em, no máximo, três minutos.Pode parecer pouco tem-po, mas quem trabalhacom startups normalmen-te conhece o elevator pitch: nes-se tipo de competição, o empreen-dedor deve resumir para potenciaisinvestidores o objetivo de seu proje-to em 30 segundos. O tempo é oequivalente à duração de uma via-gem de elevador.

A capacidade de resumir seu pro-jeto de forma atraente valeu ao cario-ca Roberto Riccio, de 25 anos, e aseu sócio João de Paula a inclusãonum programa de aceleração da YCombinator, uma das principais fi-

Eram 250 gruposconcorrendo e cercade 50 foram escolhidos.Cada um tinha dezminutos para exporseu projeto. Fomosa primeira empresada América Latinaa ser selecionada”RobertoRiccioSócio na startup Glio

Brasileiros vãoao Vale do Silíciopara praticar artede empreender

EMPRESAS

Rodrigo [email protected]

Jovens empresários usam experiência adquirida na capital

mundial da tecnologia para estruturar negócios inovadores

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o18 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 19: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Multiplus anuncia seu novo presidente

A transformaçãofoi drástica. Antes,as pessoas vinhamtrabalhar e não seinteressavam porconhecer ninguém,fazer contatos.Queriam fazer dinheiroe voltar ao Brasil”

nanciadoras de startups do Valedo Silício. “Eram 250 grupos con-correndo e cerca de 50 foram esco-lhidos. Cada um tinha dez minu-tos para expor seu projeto. Fomosa primeira empresa da América La-tina a ser selecionada”, lembraRiccio. Foram cinco meses deaprendizado no Vale do Silício,que serviram de base para a cria-ção da startup Glio. O site é umguia local de estabelecimentosque permite aos consumidoresavaliar e escrever pequenas rese-nhas sobre bares, restaurantes, su-permercados, farmácias etc.

Formado em ciência da compu-tação, o pernambucano João Pau-lo Oliveira, de 26 anos, conseguiubolsa para estudar na SingularityUniversity, instituição educacio-nal privada focada em resolverpor meio da tecnologia os grandesdesafios da humanidade. Seu pas-saporte de entrada foi um aplicati-vo desenvolvido a partir da convi-vência com um colega portadorde deficiência auditiva. Com maisde 100 mil downloads, o ProDeafé um programa de tradução de tex-to e voz na língua portuguesa paraa Libras — língua brasileira de si-nais. Além do aprendizado, o pe-ríodo passado no vale — entre ju-nho e agosto deste ano — rendeuencontros inusitados. Numa visi-ta à sede mundial do Facebook,em Palo Alto, Oliveira conversavacom um amigo na fila de uma lan-chonete quando viu, dois metrosà sua frente, o CEO e um dos fun-dadores da rede social, Mark Zu-ckerberg. “Tentei convencer meuamigo a me apresentar ao Zucker-berg, mas ele ficou envergonha-do”, conta o empreendedor. “NoVale do Silício, os grandes nomesnão estão distantes, são pessoasnormais”, acrescenta Oliveiraque, nos momentos de lazer, che-gou a jogar frisbee (disco de plásti-co arremessado como divertimen-to) com um astronauta da Nasa.

Para o paulista Renato Stefani,de 23 anos, o caminho até a Singu-larity University foi mais difícil,mas igualmente gratificante. Stefa-ni recorreu ao crowfunding (finan-ciamento coletivo, comum hoje naweb) para arrecadar os US$ 25 milnecessários para custear o cursode dez semanas de duração. “Con-segui uma bolsa parcial. Foi umadas melhores experiências da mi-nha vida”, diz o engenheiro de con-trole de automação formado em2012, em São Paulo. Logo de saída,o brasileiro descobriu que no Valedo Silício os empreendedores es-tão acostumados a pensar emesca-la planetária. “A Singularity Uni-versity trabalha em projetos capa-zes de impactar um bilhão de pes-soas ao longo de dez anos”, explicaStefani, co-fundador da Live Me-mo, plataforma na web que agregatoda mídia social num só lugar.

Como projeto de fim de cursona Singularity University, Stefanie outros quatro estudantes cria-ram o Archy, um molde que, aco-

plado à boca, faz a escovação e pas-sa fio dental em 30 segundos. Ter-minadas as dezsemanas, o brasilei-ro decidiu permanecer no Vale pormais um mês, mesmo sem ter di-nheiro para hospedagem e alimen-tação. “Quero voltar lácomempre-go, para aprender mais”, conta.

Com 80 alunos de 36 países di-ferentes, a turma de Stefani naSingularity é um retrato de um Va-le do Silício cada vez mais abertoaos talentos do exterior. Em 2011,quase 50% dos profissionais em-pregados que residiam no Vale,com grau universitário ou pós-graduados, haviam nascido forados Estados Unidos, segundo da-dos da publicação “Silicon ValleyIndex”. Nos segmentos de ciênciae engenharia, o percentual é ain-da mais alto: 64%, contra umamédia americana de 26%.

Nas últimas décadas, aumen-tou a participação de brasileirosem escolas de ponta americanas,como Sloan School of Business, doMassachusetts Institute of Techno-logy. “O número de brasileiros naSloan cresceu muito desde que eume formei lá, 24 anos atrás”, com-para Ricardo Betti, presidente doSloan Alumni Club do Brasil. Se-gundo Betti, nos últimos trêsanos, em média 20 brasileiros porano concluíram o MBA da institui-ção. “Na minha época, eu era o úni-co brasileiro da turma”, recorda.

Se você for capazde contar umaboa história,os investidores vãose lembrar de você.Outro ponto:o relacionamento éo mais importanteno Vale do Silício”

A Multiplus anunciou, na última sexta-feira, Roberto Medeiros como

seu novo presidente. O executivo assume os desafios de consolidar a

companhia como a principal rede de fidelização de clientes do Brasil

e de possibilitar a geração de resultados sustentáveis para seus

acionistas. Medeiros já foi conselheiro da Westfield Almeida Junior e

presidente da Redecard SA e da Telefônica Empresas SA.

AndreaLittoSócia na Silicon House

AngelikaBlendstrupMentora da 500 Startups

MurilloConstantino

Em agosto deste ano, quando ter-minou seu curso na SingularityUniversity, Renato Stefani estavadecidido a testar seus limites edescobrir qual seria o menor va-lor necessário por semana para vi-ver no Vale do Silício. Chegou agastar apenas US$ 55 por semanadurante o período extra de ummês em que permaneceu na re-gião. Voltou ao Brasil no fim de se-tembro e relatou sua experiêncianum artigo publicado na inter-net, que reúne conselhos precio-sos para empreendedores com or-çamento muito restrito.

O sucesso da empreitada, aler-ta o engenheiro, depende emgrande parte da formação de umarede de contatos antes da chega-da aos Estados Unidos. São essescontatos — via comunidades doFacebook como a “Brasileiros noVale” ou a “Brasileiros de Stan-ford”, por exemplo — que podemajudar na questão da moradia.Um lugar no sofá da casa de umconhecido significa uma econo-mia de US$ 20 por dia, alerta Ste-fani no texto. Para quem dispõede um orçamento um pouco maisrobusto e deseja conhecer outrosempreendedores, há locais espe-cializados em receber profissio-nais de companhias iniciantes: aStartup Embassy e a BlackboxMansion, entre outros.

No capítulo alimentação, Stefa-ni sugere um cardápio que mistu-ra refeições e suplementos, sem re-correr à junk food. Para o café damanhã e lanches, a base da dieta éformada por peito de peru, pão in-tegral, queijo e frutas, a um custode US$ 0,77 por dia. Para quemnão dispensa o café no desjejum,Stefani ensina como aproveitar atradicional hospitalidade das com-panhias locais, com visitas no ho-rário da manhã. “Apresente-sepor e-mail, e vá lá de qualquer jei-to, tendo o e-mail sido respondi-do ou não. As empresas geralmen-te são muito abertas a visitantes. Esim, elas tem café, e muita comi-da! Salve uns biscoitinhos e barrasde cereal para mais tarde”, aconse-lha ele no texto.

O jantar pode sair de graça se oaspirante a magnata da internetconseguir lugar num dos diversosmeetups (encontros com objetivode reunir empreendedores)queacontecem durante a semana noVale. É preciso apenas checar se oevento tem refeição patrocinadapor alguma empresa. Para se des-locar na região, Stefani recomen-da a compra de uma bicicleta usa-da — a partir de US$ 25 no site declassificados Craigslist.

NÚMEROS

50%Era o percentual deprofissionais empregadosnascidos fora dos EUA queresidiam no Vale do Silício em2011, com grau universitárioou pós-graduados.

64%Eraopercentualem2011deprofissionaisnascidosnoestrangeiroqueresidiamnovaleetrabalhavamnossegmentosdeciênciaeengenharia.

FotosDivulgação

FIDELIDADE

AndreaLittoeHenriqueSetton:SiliconHousesurgiuem2012

Dicas para vivercom orçamentode US$ 55 porsemana

Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 19

Page 20: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Mais de 30 mil brasileiros jápassaram pelas aulas de inglêsda plataforma Colingo, o querepresenta a maior comunida-de entre os mais 150 mil cadas-tros, de 180 países, que estãonas mãos do empreendedor doVale do Silício, nos EstadosUnidos, Benjamin Lowens-tein. Com a proximidade degrandes eventos como a Copado Mundo e os Jogos Olímpi-cos, o site virou referência pa-ra brasileiros que buscam apri-morar os conhecimentos nalíngua estrangeira através docontato direto, pela internet,com professores americanos.E, como contrapartida, Lo-wenstein, que recentementecaptou um investimento deUS$ 2,4 milhões, prometeapresentar novas ferramentasfocadas justamente em seuprincipal público-alvo.

Além disso, está previstoum investimento amplo emmarketing digital no Brasil —um deles está relacionado a no-vos meios de pagamento. Hoje,as aulas são pagas em dólar eapenas através de cartão de cré-dito internacional. “Estamosmuito conscientes das dificul-dades que muitos estudantesbrasileiros enfrentam pela ne-cessidade de uso de um cartãode crédito internacional e esta-mos buscando alternativas pa-ra isso”, explica Lowenstein.Como ouvinte, o estudante po-de frequentar as aulas gratuita-mente. Para interagir com oprofessor, no entanto, os paco-tes partem de US$ 50 (cerca deR$ 130) por mês. Não há limitepara o aprendizado, com ses-sões disponíveis 24 horas pordia, durante 7 dias por semana.

Fundado há dois anos, aideia de criar o Colingo (em in-glês, o “co-” é alusivo à conjun-to, enquanto “-lingo” é lingua-gem informal”) surgiu depoisde um intercâmbio de Lowens-tein no Chile. Segundo ele, osmétodos tradicionais de ensi-no de inglês com professoresnão-nativos eram pouco efica-zes para dar ao estudante fluên-cia na conversação.

Daniel [email protected]

EMPRESAS

São Paulo

Plataforma de ensino deinglês cria ferramentaspara ampliar númerode alunos brasileiros

Com aportede US$ 2,4 mi,Colingose tropicaliza

20 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 21: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Trafigura faz adiantamento para obrasA trading holandesa Trafigura adiantou € 7,3 milhões para uma

fornecedora das obras de construção do Porto Sudeste, informou

a mineradora MMX na última sexta-feira. O adiantamento realizado

à empresa Defex “é de extrema importância para agilizar a retomada

das obras do Superporto Sudeste, cuja expectativa é iniciar suas

operações em meados de 2014”, disse a MMX em comunicado. Reuters

Divulgação

A Samsung é a marca mais lem-brada pelos brasileiros que pre-tendem comprareletrônicos co-mo presente de Natal, apontoupesquisa da Hello Research,que ouviu 1.200 pessoas de 70cidades de todas as regiões dopaís. Segundo o estudo, 82% dapopulação afirma que irá com-prar ao menos um presente.

Os eletrônicos são os preferi-dos de 7% da população, com aSamsung em primeiro lugar,Nokia em segundo e LG na ter-ceira colocação. Já entre ossmartphones, que ocupam o to-po da preferência entre os ele-trônicos, a primeira posiçãotambém é da coreana, seguidada LG e da Apple.

A Samsung repete a lideran-ça nas categorias televisores,notebooks, câmeras fotográfi-cas e filmadoras e tablets. A he-gemonia da coreana só é que-brada na escolha de um apare-lho de som para presentear,em que a LG tem a preferênciados brasileiros, seguida daSony e da própria Samsung.

Segundo o sócio-diretor daHello Research, Davi Bertonce-llo, o resultado é reflexo do tra-balho da Samsung nos últimosanos. “A pesquisa é realizadadesde o ano passado, mas te-mos indicações de levantamen-tos de outras fontes que apon-tam que esta é a primeira vezque uma marca se destaca nosseis maiores segmentos de ele-trônicos”, diz ele.

Bertoncello explica que o es-tudo completo apontou queitens de moda e acessórios sãoos preferidos dos brasileiros pa-ra presentear no Natal, commais da metade das intençõesde compra no país. Depois estãoprodutosdossegmentosdeBrin-quedos e Beleza/Perfumaria.

Gabriela [email protected]

Segundopesquisa, itensde moda e acessóriosestão notopodaintençãode compra

Segundo osócio-diretorda Hello Research,Davi Bertoncello, oresultado é reflexo dotrabalho da coreananos últimos anos

INFRAESTRUTURA

No Natal, entreeletrônicos,Samsung é amais lembrada

Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 21

Page 22: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Omercado brasileiro de audiovisual

fatura hoje US$ 94 milhões.

No Rio, ficam concentrados 58%

deste montante, que inclui, em sua

cadeia produtiva, produtoras e

distribuidoras, entre as demais empresas

que englobam o setor. Em todo o país, há

199 produtoras independentes e 96%

delas são de pequeno porte. Desse total,

55 estão no Rio. São estas empresas que

dependem de incentivos para ampliar a

carteira de projetos e gerar empregos.

A Rio Film Comission vai fazer esse papel

no estado fluminense, aproximando as

grandes empresas internacionais, tais

como Paramount Pictures, Sony Pictures,

20th Century Fox, entre outras, destes

profissionais. Para isso, o órgão realizou

reuniões com os estúdios, nos EUA.

Criada em 2009, por meio de uma

parceria entre o governo do estado e a

prefeitura do Rio, a Rio Film Comission

está sediada na Rio Negócios, agência de

promoção de investimentos, devido a um

convênio com a RioFilme. “A Rio Film

Commission encabeçará um movimento

para que a cidade esteja cada vez mais

preparada para receber gravações e

filmagens de todos os tamanhos e

formatos, de curtas universitários às

grandes produções internacionais, tanto

para o mercado publicitário, quanto para

o cinema, TV e internet”, afirma Steve

Solot, presidente da Rio Film

Commission.

Em São Paulo, a promessa é a retomada

do Polo de Cinema de Paulínia, celeiro de

grandes produções e que também

concentra empresas de pequeno porte.

A partir do ano que vem, voltam os cursos

e editais para produção audiovisual. E o

festival de cinema da cidade também

retorna em julho, de acordo com a

secretaria municipal de cultura.

■ AABF-RioapresentanopróximoCafécomFranquia,dia03dedezembro,apalestra“RevoluçãoMóveleasFranquias” ,mostrandoarelaçãodoconsumidorcommarcas,produtoseserviçosnoambientevirtual.

■ Opúblicoinfantilestánamiradasempresas.AFísico&Forma,deprodutosesportivos,abrenoRioaFísico&FormaYoungAthlete,parameninosemeninasdeaté16anos,emparceriacomaNike.RonaldoMoura,diretorefundadordamarca,esperaabocanhar15%dessemercadonopaís.AideiadaparceriaF&F/Nikeé,numfuturopróximo,franquearesteformatodeloja.

■ AGymboree-Brasil, rededefranquiasespecializadaemeducaçãoparacrianças,criadaem1976peloempresárioportuguêsNunoSimões,naCalifórnia,criousuapróprialinhadefinanciamentoparafranqueados,queoperasemintermediáriosecomumataxabásicade1%aomês.Comaestratégia,pretendefecharoanocomfaturamentodeR$2milhões,abrirmaisduas lojasatéofinalde2013 ,alémde20novasfranquiasem2014.AempresatemR$1milhãodisponívelparaempréstimo.

A rede de hamburguerias Zacks,

que começou com uma loja no

Centro do Rio, inaugura em

dezembro sua sexta filial carioca,

na Barra da Tijuca. Mas não é só na

cidade maravilhosa que a marca

quer crescer. Depois da abertura

de uma franquia em Brasília, a

empresa está avaliando pontos de

venda em Belo Horizonte e Curitiba.

A IceMellow, de sorvetes e

sobremesas especiais, inaugura até

o final do ano oito franquias em São

Paulo, Rio, Brasília, Goiânia, Ceará

e Macapá. O plano, diz Ivan Almeida,

diretor da rede, é abrir pelo menos

30 lojas por ano até 2016. Hoje,

são 40 em funcionamento.

A expectativa é fechar o ano de

2013 com receita de R$ 25 milhões.

ARisottoMix—de gastronomia

rápida— inaugurourestaurante no

AeroportodeGuarulhos. Investiu

emcardápiobilíngue,deolhono

aumentoda movimentaçãode

estrangeirosa partir de2014.Com40

unidadesemoperação,ameta éabrir

umaloja pormêsnoanoque vem.

SOLUÇÕES E OPORTUNIDADES

AUDIOVISUAL EM FOCO

BH e Curitiba na rotade expansão da Zacks

Vendasaquecidasdesorvetesna IceMellow

Coluna publicada às segundas-feiras

PLANO DE NEGÓ[email protected]

FotosDivulgação

JoãoLaet

Risoto bilingue paragregos e troianos

22 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 23: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

CVC abre início de reserva de açõesComeçou sexta-feira o período de reserva para participação da oferta

inicial de ações (IPO) da operadora de turismo CVC. O papel será

precificado no dia 5 de dezembro, estimado entre R$ 18 e R$ 22.

A operação pode movimentar até R$ 1 bilhão mas a oferta de ações

é secundária, com captação recursos para os sócios e não para a

empresa. A CVC é controlada pelo fundo Carlyle, dos EUA, com 63,6%.

A Previ precisa sertratada como umaentidade diferenciada,porque tem um grandevolume de ativos.Se ela vender suaparticipação de umahora para a outra,quebra a bolsa”JosédeSouzaMendonçaAbrapp

Ivone [email protected]

Os fundos de pensão podemser obrigados a ajustar suaparticipação em empresasa partir do ano que vem, paraatender determinação daSuperintendência Nacionalde Previdência Complementar(PREVIC), que estabeleceulimites ao perfilde investimentos.

Baseada na resoluçãonº 3.762, baixada pelo BancoCentral em 2009 , a regradetermina que o fundo destineaté 10% dos recursos em umaúnica empresa e até 25% doseu capital social. No caso daCaixa de Previdência dosFuncionários do Banco doBrasil - Previ, por exemplo,a medida exige que a fundaçãoreduza suas participaçõesem empresas como Vale,Neoenergia e CPFL.

““As legislações que regulamentamos fundos de pensão são muito boase não precisam de alterações.” Aafirmação é do diretor-presidenteda Associação Brasileira de Entida-des Fechadas de Previdência Com-plementar (Abrapp), José de SouzaMendonça, em resposta à propostada senadora Ana Amélia (PP-RS),que defendeu, durante audiênciapública na Comissão de AssuntosSociaisdoSenadonaúltimaquinta-feira, novasregras paraagovernan-çadosfundosdepensão.“Quemfa-la emmudar as Leis Complementa-res nº 108/2001 e 109/2001 tem in-teresses em seu benefício próprio ese utiliza de políticos que não têmconhecimento do assunto”, disseMendonça em entrevista ao BrasilEconômico.

Projeto de lei complementar(PLP161/2012),do deputado Ricar-do Berzoini (PT-SP), que tambémparticipou da audiência, prevê aatualização das duas leis, com o ob-jetivo deassegurarmaior“transpa-rência e controle” das fundações. A109regulamentao regimedeprevi-dência complementar, enquantoque a 108 versa sobre os planos dePrevidência Complementar daUnião, Estados, Distrito Federal eMunicípios, e os respectivos entesda Administração Pública indireta.

“Tudo é visão de participantesquerendo tomarconta da entidade.Éprecisoterumequilíbrio entrepa-trocinadores e participantes nosfundos, afinal o dinheiro vem tam-bém da entidade patrocinadora,não só do participante”, afirmou odiretor-presidente da Abrapp.

A audiência pública foi realiza-da a pedido da senadora Ana Amé-lia para discutir perdas de recursosdos fundos estatais com investi-mentos, como o dos funcionáriosdos Correios, o Postalis — que játem um déficit superior a R$ 1 bi-lhão —, ou o Aerus, dos ex-empre-gadosdaVarigeTransbrasil,quees-tá sob intervenção.

No caso do Postalis, Mendonçaavalia que houve um problema sé-rio degestão, masquefoi logoiden-tificado pela fiscalização. Segundoele, uma mudança na legislaçãonão evitaria esse tipo de problema,porquetrata-sedeumaquestãoéti-ca. “São pessoas que entram em

umaentidade paraganhar um salá-rio e não para cumprir uma mis-são... Ter uma atuação honesta, sé-ria, é necessária ao sistema.”

ParaMendonça,essetipodepro-blema pode até ocorrer nas entida-desprivadas, mas émuito mais im-provável do que nas públicas, por-que o gestor tem o interesse de tra-balhar bem e está sob fiscalizaçãodo patrocinador.

Quanto às fraudes nos fundos depensão municipais deflagradas re-centemente pela Polícia Federal,Mendonça ressaltou que os regimespróprios não têm qualquer ligaçãocom a previdência complementar.“Não são a mesma lei, não têm a

mesmaestrutura,nemamesmafis-calização. Não nos envolvemoscomosregimespróprios.”Mascon-cordou que eles precisam melhorareumadasideiasseriaabrirapossibi-lidade de criar um multipatrocina-do do governo, como a Funpresp,que ficaria embaixo de um guarda-chuva do governo para melhorar agestão e acabar com os problemas.

Operação daPFemsetembro úl-timo identificou irregularidadesem regimes próprios de diversasprefeituras em vários Estados dopaís. Os prefeitos e gestores dos re-gimesdeprevidênciaeramremune-rados com um percentual sobre ovalor aplicado. O esquema contava

tambémcomaintermediaçãodelo-bistas que faziam o elo entre agen-tes políticos e a quadrilha.

Emrelaçãoànecessidadederea-dequação das participações daPre-vi (previdência dos funcionários doBanco do Brasil), ele considera queo fundo precisa ser tratado de for-ma diferenciada. “A Previ é quaseum quarto de toda a previdênciacomplementar. O limite que valepara o pequeno não pode valer pa-ra este fundo.”

Ofundo deprevidênciadosfun-cionários do Banco do Brasil temum patrimônio líquido de cerca deR$160bilhõese,segundo Mendon-ça, “é muito bem gerido”.

Editora: Eliane [email protected]

FINANÇAS

São Paulo

Fundos terãoque limitarparticipações

MurilloConstantino

Abrapp contesta propostas demudança em fundos de pensão

IPO

Para José de Souza Mendonça, presidente da entidade, legislações do seto são muito boas e ‘quem fala

em mudar tem interesse em seu benefício próprio e se utiliza de políticos que não têm conhecimento do assunto’

Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 23

Page 24: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Qual será a Selic a vigorar a partir de 16 de janeiro? É isso o que

o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central irá

decidir depois de amanhã. De cada dez analistas, onze

apostam tudo o que têm na certeza de que, na quarta-feira, o Copom

irá elevar a Selic de 9,5% para 10%. Trata-se de fato consumado que,

contudo, renderá manchetes alardeando o fim do tabu político do

juro básico de dois dígitos. Não é isso o que o mercado quer saber.

O consenso termina no início da noite do dia 27, encerrada a última

reunião do ano do Copom. Há muita divergência entre os analistas

sobre o que o Comitê irá fazer no ano que vem. E principalmente

sobre a decisão que tomará no dia 15 de janeiro, data do primeiro

encontro de 2014, ano de Copa do Mundo e de radicalização política.

Como o Copom poderá indicar jáagora a taxa de 16 de janeiro? Nãoserá nada complicado. O BC vemsinalizando com muita eficiênciao rumo certeiro da política mone-tária — de forma tão eficaz que pra-ticamente a cada Copom tomaduas decisões, não uma — pormeio do comunicado expedido aotérmino dos encontros. Nas últi-mas quatro reuniões, a nota nãose alterou, indicando a intenção,sempre cumprida, de persistir ele-vando a Selic ao ritmo de 0,50 pon-to por reunião.

O texto é o seguinte: “Dandoprosseguimento ao ajuste da taxabásica de juros, o Copom decidiu,por unanimidade, elevar a taxa Se-lic, sem viés. O Comitê avalia queessa decisão contribuirá para colo-car a inflação em declínio e assegu-rar que essa tendência persista nopróximo ano”. Se, na quarta-fei-ra, ele mantiver intocada a nota omercado entenderá que no dia 15de janeiro a taxa básica subirá pa-ra 10,5%.

Mas o mercado está bem dividi-do sobre a manutenção ou a mu-dança do comunicado. Há três cor-rentes. A menos numerosa susten-ta que o BC irá encerrar o ciclo dealta da taxa, iniciado em abrilquando estava em 7,25%, justa-mente depois de amanhã, quandoa Selic chegar a 10%. Para sinali-zar o fim do movimento ascenden-te, o Copom terá de promoveruma diminuta revisão do comuni-cado. Bastará substituir o “dandoprosseguimento” por “dando porencerrado” e acrescentar depoisque o efeito cumulativo do ciclode aperto de 2,75 pontos irá “colo-car a inflação em declínio e assegu-rar que essa tendência persista nopróximo ano”.

A segunda ala de analistas ébem mais encorpada que a primei-ra. Ela alinha-se à projeção do Bo-letim Focus segundo a qual o Co-pom irá, no dia 15, finalizar o ciclocom uma alta de 0,25 ponto. Mu-dará o ritmo de avanço justamen-te para indicar o fim da escalada.Mas isso irá exigir alterações maisprofundas no comunicado. A ter-ceira corrente, a que congrega omaior número de economistas de

instituições, está dispersa entreprognósticos que vão de 10,5% aaté 12%.

Há um certo consenso, provisó-rio, de que o Copom tenderá a sermais comedido no ano que vem.Ele precisa dar um tempo no ciclode alta para avaliar com mais pre-cisão o impacto das altas já realiza-das sobre a inflação. Como umadecisão de política monetária temum retardo estimado entre seis anove meses, toda a potência do ju-ro de 10% estará agindo apenasno terceiro trimestre de 2014, àsvésperas da eleição. Se o BC com-prar o cenário do Boletim Focus (amediana de cem instituições domercado) é bem possível mesmoque ponha fim ao ciclo de altaquando a Selic chegar a 10,25%.Pelo Focus, taxa nesse nível, des-de que o câmbio não vá além deR$ 2,40, conseguirá produzir umIPCA de 5,91%. Trata-se de umataxa que está abaixo da meta de in-flação de 6,5% da presidente Dil-ma Rousseff.

Há um bom argumento para oBC moderar o peso de sua mão di-reita, a hawkish. Os analistas es-tão pessimistas acerca do ritmode expansão da economia no anoque vem. O crédito está em desa-celeração, as desonerações tribu-tárias já se esgotam, o mercado detrabalho envia sinais de arrefeci-mento e os investimentos podemser freados até se ter certeza dequem assumirá o governo em2015 e qual será a sua política eco-nômica. Nesse ambiente, o Co-pom não pode errar na dose.

O que o BC pode fazer, ele estáfazendo, mas o grande problema éque não controla plenamente a va-riável-chave de tudo isso: a taxade câmbio. Esta será definida defora, a partir das decisões do Fede-ral Reserve (Fed) e da reação a elasdos mercados globais. O progra-ma de intervenções cambiais ape-nas consegue atenuar o viés prin-cipal desde que as expectativas ra-cionais não cedam lugar ao tropelensandecido da manada em fuga.

Um dia depois do Copom, o Te-souro divulga dado ansiosamen-te aguardado pelo mercado. Tra-ta-se do resultado primário do

governo central em outubro. De-pois da bomba despejada nas me-sas de operações pelo déficit pri-mário de R$ 10,5 bilhões em se-tembro, os analistas querem sa-ber se houve a prometida recupe-ração em outubro. A expectativaé de que, desta vez, venha um su-perávit, projetado em torno deR$ 8 bilhões.

No dia seguinte, o BC divulgasua nota referente à política fiscal,também envolva em grande ex-pectativa. A estimativa é de que oresultado primário consolidadode outubro, na casa de R$ 9 bi-lhões, zere o déficit do mesmo ta-manho exibido em setembro. Se is-so acontecer, há chance de suavi-zação do péssimo humor do mer-cado futuro de juros da BM&F. Nasexta-feira, de nada adiantou o dó-lar ter caído 1,04%, para R$2,2830, seguindo a baixa do rendi-mento das treasuries de 10 anos,de 2,79% para 2,76%. Os DIs per-sistiram em alta por causa da ques-tão fiscal durante a maior parte dopregão. O contrato para a viradado ano subiu de 9,71% para9,72%. E a taxa para janeiro de2015 fechou estável a 10,88%, de-pois de ter avançado até 10,91%. Éa forma que o mercado tem paraindicar ao BC que terá de se esfor-çar mais na política monetária pa-ra neutralizar as sequelas inflacio-nárias da política fiscal.

COPOM DEFINE SELIC DE JANEIRO

O MERCADO COMO ELE É...

EditoriadeArte

LUIZSÉRGIOGUIMARÃ[email protected]

BC vem sinalizandocom eficiência o rumoda política monetária.Se, na quarta-feira,mantiver intocada anota, o mercadoentenderá que no dia 15de janeiro a taxa básicasubirá para 10,5%

24 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 25: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Ibovespa sobe 0,21%, a 52.800 pontos

Ex-executivo pegará 2,5 anos de cadeia

CURTA

Kareem Serageldin, ex-chefe mundial da área de crédito estruturado

do Credit Suisse Group AG, foi condenado a dois anos e meio

(30 meses) de prisão e multado em US$ 150 mil por sua participação

em um esquema para sobrevalorizar títulos lastreados em hipotecas

no final de 2007. Em abril, Serageldin se declarou culpado

de falsificar os livros e registros do Credit Suisse. Bloomberg

Seguindo tendência dos mercadosexternos, o Ibovespa fechousexta-feira com alta de 0,21%, a52.800 pontos, apoiado nas açõesda Vale e de construtoras, quesuplantaram a influência negativado setor financeiro. O giro denegócios foi de R$ 6,3 bilhões.

A trajetória positiva dosmercados norte-americanosajudou a bolsa brasileira a subir na

sessão, com o índice Dow Jonesmantendo-se acima dos 16.000pontos — patamar superado pelaprimeira vez na quinta-feira — e oS&P acima de 1.800 pontos.

Mas na semana o Ibovespafechou em queda acumuladade 1,22%, afetado pela realizaçãode lucros de investidorese temores quanto ao futuro dapolítica monetária do Fed. Reuters

SimonDawson/Bloomberg

O cenário desafiador para os ban-cos médios, com aumento do cus-to de captação, queda nas mar-gens e concorrência das grandesinstituições, vai ser enfrentado pe-lo Banco Pan com o crescimentode modalidades como o créditoimobiliário e o agronegócio. Obanco fechou o terceiro trimestrecom prejuízo de R$ 20 milhões, de-pois de lucrar R$ 12,7 milhões nosegundo trimestre.

“Era possível ter vendido cartei-ras e fechar com lucro. Mas o crédi-to cresceu apenas 2,2% do segun-do para o terceiro trimestre”, ex-plicou Willy Jordan, diretor de Re-lações com Investidores, em apre-sentação a investidores organiza-da pela Apimec do Rio de Janeiro.

A venda de carteiras é uma ope-ração tradicional dos bancos mé-dios, que têm mais capacidade co-mercial para conceder créditos doque patrimônio para mantê-los.“Preferimos assumir o prejuízo efortalecer o negócio. Isso provaque o banco mudou. Estamos emoutra encarnação", exagerou Jor-dan, fazendo referência ao tempoem que a instituição foi cenário defraudes calculadas em R$ 4,2 bi-

lhões, quando ainda pertencia aoGrupo Silvio Santos.

A Caixa Econômica e o BTG Pac-tual são os atuais controladores doPan, que no fim de 2012 fechou acompra do grupo Brazilian Securi-ties por R$ 1,2 bilhão. A securitiza-ção de recebíveis está alinhada àestratégia do Pan para melhoraras margens da operação. “O seg-mento de crédito para a comprade veículos está muito concorri-do, e hoje o Pan é um banco comportfolio variado. Outras modali-dades têm apresentado taxas me-lhores, como o imobiliário”, con-ta Eduardo Domeque, diretor fi-nanceiro do banco. No terceiro tri-mestre, esse segmento cresceu20,5%, ano a ano. O consignado,novo foco dos grandes bancos, foi

afetado pela concorrênciamaior e avançou apenas 3,6%no mesmo período.

Os créditos imobiliários sãousados na captação. Depois desecuritizados, se transformamem letras de crédito, o que tam-bém ocorre com a carteira agrí-cola. Essas operações ajuda-ram o Pan a controlar o custode funding. Elas pagam prêmiomenor que outras captaçõestradicionais, como o CDB, por-que são isentas de imposto derenda. “Vamos aumentar a car-teira nesses setores para termais lastro. Há mais procurapor letras do que conseguimosofertar”, conta Domeque. Jun-to com os Certificados de Rece-bíveis Imobiliários (CRI), osdois tipos de letras captaramR$ 2 bilhões no terceiro trimes-tre, alta de 29% ano a ano.

O presidente da Apimec-RJ, Carlos Antonio Magalhães,vê o setor com problemas, porcausa da alta dos juros e endivi-damento das famílias. “Creioque 2014 vai ser ainda mais difí-cil”, previu. Para Jordan, “oPan passa por um momento derecuperação. O desafio hoje émelhorar margem e volumecom a economia deteriorada”.

Concorrência maior no financiamento de veículos faz banco

da Caixa e do BTG Pactual ampliar atuação em novos segmentos

FINANÇAS

Marcelo [email protected]

Pan diversificaem busca demelhor resultado

LOG-IN - LOGÍSTICA INTERMODAL S.A.CNPJ nº 42.278.291/0001-24 - NIRE nº 3.330.026.074-9

EXTRATO DA ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃODA LOG-IN - LOGÍSTICA INTERMODAL S/A, REALIZADA EM 12 DE NOVEMBRODE 2013. ������� �� à� � �������� ���� � ��� � ����� �� ������ �� �� �������������� �� ���� ����� �� ����� !���� �� "��#$� %� � &��� ������� ���� '���"��#$� �� ������ � (� �� )������ � *��� +������ (��� �� ,������ � ��������-�5 )��� ,���� :������ � ���������5 "��� �� ;������� <��$��� � ���������5 !���(��� ,������� � ����������5 =�������� ,������� "��$� � ���������5 � >����� *���-�� � *�����?��� ���� ���������� @� ����������� �� @��������A “4.2- Foi apresentadapela Administração da Cia. a proposta de reescalonamento de vencimentos da dívida decapital de giro da Cia., e tratativas com o ����� �� ����� �� � �������� �� ����� � ������������� �� �������� � � ���� ���� ����� ��������� � ��� � � ������-������� �� �� ��� � �� ���� � �� ����� � ��� ������� � ����� �� �������� �� �� � �� ����� ���� �� �! "�����#�� $������� �� ���� %��� �� �������� &'(')(*)'&� ���� ����� se avançar nas tratativas propostas para o reescalonamento�� �+/�� �� ���� � �����0� ����/�� �� ��� � �� ���� *)� 12 � **� 1�2� �� "������3���� �� ���� � ������������� �� /��� ���� �� �������� �� ������ ���� ������� ����� �� ����� ���������� 45'67�)))�)))�)) ������ � ����� � ���� �08� �������2� B���� �� �� ��#���DF�� ����� #��� �G���H��� �� ��� ������� � K��� �� B����� (����F�� � ������ �� B���������DL �� ����� (� �� )������ � �� ������ ���� �� >����� *����� � *�����?��� JM�>()B� �%O�Q%� �� QS S�� �� <��T��� =� :�*���� � *�����?��� =�����

PauloFridman/Bloomberg

COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE SULPUBLICAÇÃO DE EDITAL DE PREGÃO nº 023/2013-CRS/SULPROCESSO ADMINISTRATIVO nº 2013-0.220.263-0MODALIDADE: PREGÃO ELETRÔNICOOBJETO: Contratação de empresa especializada para prestação de serviço deVIGILÂNCIA/SEGURANÇA PATRIMONIAL e VIGILÂNCIA ELETRÔNICA para asUnidades pertencentes à Coordenadoria Regional de Saúde SUL, conformedescrito no ANEXO I.TIPO: MENOR PREÇO GLOBAL MENSALEndereço Eletrônico: http://www.comprasnet.gov.brEntrega das propostas: 09/12/2013, até às 10:00 horas.

SECRETARIADASAÚDE

SECRETARIADASAÚDE

COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE CENTRO-OESTE - CRSCOAbertura de LicitaçãoEncontra-se aberta na Coordenadoria Regional de Saúde Centro-Oestelicitação na modalidade PREGÃO PRESENCIAL, do tipo menor preçoglobal mensal.Processo nº 2012-0.351.957-1destinado à contratação de empresa especializadana prestação de serviços de limpeza para as unidades desta Coordenadoria,de acordo com as especificações do Anexo I do Edital. A sessão pública de pregãoocorrerá às 14:00 horas do dia 25 de novembro de 2013, na Rua Dr. RenatoPaes de Barros, nº 77 - 6º andar - Itaim Bibi - São Paulo - CEP 04530-000.Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo aspropostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas,deverão ser entregues diretamente ao Pregoeiro, no momento da abertura dasessão pública de pregão.O edital do pregão poderá ser consultado e/ou obtido pelo site da PMSP,no endereço: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou na CoordenadoriaRegional de Saúde Centro-Oeste, local de realização do pregão, na RuaDr. Renato Paes de Barros nº 77 - Itaim Bibi - São Paulo - CEP 04530-000 -2º andar - Assistência Jurídica São Paulo/SP, mediante a Guia de Recolhimento.

CREDIT SUISSE

Pandiversificacarteiradecréditoemambientecomconcorrênciamaiordebancosgrandes

Banco amplia atuaçãonos segmentosimobiliário e doagronegócio, em buscade melhores margense ativos para lastrearcaptações com letras,mais baratas queo tradicional CDB

Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 25

Page 26: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Fotos de Marcio MercanteGALEÃO À VISTA

26 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 27: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Chamado pelo governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral de “rodoviária de quinta categoria”, o

Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim/Galeão, no Rio, foi concedido à iniciativa privada por

R$ 19 bilhões na última sexta-feira, um espantoso ágio 293% sobre o lance mínimo do leilão. O valor

supera os R$ 16,2 bilhões arrecadados com o Aeroporto Internacional André Franco Montoro/Guarulhos,

em São Paulo, e os R$ 15 bilhões do leilão do campo de Libra, maior reserva de petróleo do país. A

expectativa agora reside na capacidade do consórcio vencedor, formado pela construtora Odebrecht e pela

Changi, de Cingapura, para sanar os inúmeros problemas daquele que será a principal porta de entrada

para atletas e turistas estrangeiros que chegarão ao Brasil para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. Com

prazo de concessão de 25 anos, o governo espera investimentos de R$ 5,7 bilhões no aeroporto, com a

construção de estacionamentos, pontes de embarque e ampliação de pistas, entre outros. No mesmo leilão,

o governo concedeu o Aeroporto Internacional Tancredo Neves/Confins, em Minas Gerais, por R$ 1,8 bilhão,

ao grupo formado por CCR, pela suíça Flughafen Zurich e pela alemã Flughafen Munchen.

‘RODOVIÁRIA DEQUINTA’ É LEILOADAPOR R$ 19 BILHÕES

Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 27

Page 28: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Nome do novo presidente sai hojeSai nesta manhã o resultado das eleições para presidente de

Honduras. Pesquisas mostravam que a disputa para o cargo era

acirrada entre a mulher do ex-presidente Zelaya, deposto em 2009,

Xiomara Castro, e o candidato do governo, Juan Orlando Hernández.

Ontem, 5 milhões de eleitores compareceram às urnas. Além

da presidência, eles escolheram prefeitos e parlamentares. Reuters

Os americanos parecemestar comvontade de fazer compras de fimde ano em um momento em queseupoder de consumo ganha fôle-go com mais oferta de empregos ecom a gasolina mais barata. Osconsumidores gastaram no ritmomais rápido em três meses em ou-tubro, abocanhando de tudo, deroupas e eletrônicos até produtosesportivos e refeições em restau-rantes, mostrou em 20 de novem-bro um relatório do governo. Oseconomistas, surpresos com afor-ça dos gastos, disseram que o rit-mo se manterá até o final do ano.

“Os consumidores estão ligei-ramente melhor” em compara-ção com o ano passado, disse Tho-mas Simons, estrategista de mer-cado financeiro da Jefferies LLC,em Nova York. “Nós temos cria-do empregos e embora os saláriosestejam um pouco achatados, aspessoas que não vinham ganhan-do nada antes estão ganhando al-guma coisa agora”.

Essa resiliência pode significarque as previsões mais desastrosaspara a temporada de compras deférias não se cumprirão, dando

um alívio para redes varejistas co-mo a Macy’s Inc. e a Best Buy Co.,que avisaram que darão descontospara aumentar as vendas.

Economistas da Morgan Stan-ley e da JPMorgan Chase Co. estãoentre os que preveem que os gas-tos dos consumidores subirão emrelação ao seu desempenho maisfracoemmaisdedoisanos,ajudan-do a economia a crescer mesmoemummomentoemqueasempre-sas diminuem a produção para selivrarem de estoques inchados.

As vendas no varejo subiram0,4% em outubro, maior nívelem três meses, e representam ga-nhos em nove de 13 categorias,mostraram em 20 de novembronúmeros do Departamento de Co-mércio americano. A medianaprevista por economistas consul-tados pela Bloomberg projetouum avanço de 0,1%.

“Nós achamos que o períodoaté a temporada de compras de fé-rias é uma mostra importante decomo as vendas se darão nessaépoca fundamental do ano”, dis-se Peter D’Antonio, economistada Citigroup Global Markets Inc.

em Nova York, em uma nota depesquisa. Com base em seus cál-culos, o aumento para as grandesredes de varejo foi de 0,6%, omaior desde meados de 2012.

As vendas de mercadorias rela-cionadas às férias, tais como rou-pas, móveis e eletrônicos aumen-tarão 4,9% em 2013, segundo aFTI Consulting.

Ofato de osconsumidores con-tinuaremgastando apesar dos pro-blemas de Washington é um bompresságio para a economia, disseJoel Naroff, presidente da NaroffEconomic Advisors em Holland,Pensilvânia. Mesmo com ques-tões não respondidas a respeitodas novas regulações de saúde, odebatesobreo tetodadívidaeapa-ralisação do governo, os america-nos não vacilaram, disse ele. “Osconsumidores estão enfrentandoum caos potencial e apesar de te-remtodosos motivos paranão gas-tar dinheiro, eles gastaram”, disseNaroff. “Eles não traduziram oque aconteceu em Washingtonem coisas negativas para eles. Elesmostraram muita inteligência”.Victoria Stilwell, BloombergNews

“Este é apenas o primeiro passo.Precisamos começar a nos moverpara restaurar a confiança”. Foi as-sim, otimista, que o ministro dasRelações Exteriores do Irã, Mo-hammad Javad Zarif, falou, em en-trevista coletiva no domingo, so-bre o primeiro acordo internacio-nal fechado entre o país e outrasseis potências mundiais que sim-boliza a reaproximação de Teerãcom o Ocidente. Na madrugadade sábado para domingo, apósexaustiva negociação, EstadosUnidos, França, Alemanha, Grã-Bretanha, China e Rússia recebe-ram o aval do líder supremo doIrã, aiatolá Ali Khamenei, e sela-ram o acordo que limita o progra-ma nuclear iraniano em troca deum alívio de US$ 7 bilhões por seismeses nas sanções econômicas im-postas ao país.

O Irã concordou em reduzirsuas atividades nucleares e emtroca ganhou um abrandamentodas sanções ligadas aos setoresde petróleo, autopeças, ouro emetais preciosos. O acordo, quepermite ainda que o país conti-nue exportando petróleo nos ní-veis atuais, é reversível e foi anun-ciado no domingo, depois de cin-co dias de negociações em Gene-bra, na Suíça.Afetados pelas san-ções, muitos iranianos expressa-ram satisfação nas ruas pelo avan-ço e a expectativa de melhoraeconômica no país. O rial, moe-da iraniana, dizimada este anodevido às sanções, valorizoumais de 3% no domingo, logo de-pois que o acordo foi anunciado.

A negociação entre Teerã e oOcidente é o primeiro passo parao fim de um longo impasse em tor-no do programa nuclear do Irã, ini-ciado em 2003. Desde então, as dú-vidas da comunidade internacio-nal sobre as finalidades do progra-ma nuclear têm ajudado a aprofun-dar o racha no Oriente Médio e le-vado ameaças diretas de ação mili-tar por parte dos Estados Unidos ede Israel na região.

Em entrevista coletiva, o presi-dente norte-americano, BarackObama, comemorou o acordo edisse que a negociação conseguiueliminar possíveis meios para Tee-rã chegar a uma bomba nuclear.Inimigo público do Irã, Israel, noentanto, preferiu categorizar oacordo internacional como um ‘er-ro histórico’. Com agências

TomasBravo/Reuters

MUNDO

Editor: Gabriel de [email protected]

Varejo dos EUA prevêboas vendas no Natal

Em troca da limitação deprograma nuclear do país,embargos econômicosimpostos serão revistos

MikeMergen/Bloomberg

Vendasdeprodutos relacionadosàs férias, comoroupaseeletrônicosaumentarão4,9%em2013, segundoaconsultoriaFTI

Movimento melhora em outubro e deixa comércio otimista em relação a dezembro,

previsão avalizada por analistas com base no desemprego menor e gasolina mais barata

Os consumidoresgastaram no ritmomais rápido em trêsmeses em outubro,abocanhando de tudo,de roupas e eletrônicosaté produtosesportivos e refeiçõesem restaurantes

Irã fechaacordo comseis potênciasmundiais

HONDURAS

28 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 29: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Que fase... Desde o começo da crise econômica de 2007-2008,

a reputação dos grandes bancos transnacionais só despenca.

O novo tombo ficou por conta do mercado de câmbio.

Autoridades dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha, de Singapura, de

Hong Kong e da Suíça estão investigando movimentações suspeitas

e já têm informação suficiente para garantir que houve manipulação

no mercado. Mas desconfiam que descobriram apenas “a ponta do

iceberg”, como disse o Ministro da Justiça americano, Eric Holder.

BANCOS SEM LEI NEM LIMITE

Os investigadores constataramque operadores de grandes ban-cos frequentavam chats na inter-net nos quais acertavam opera-ções, com data e hora marcadas,para forçar os preços em uma de-terminada direção. Sabendo o queiria acontecer, faziam suas aplica-ções e faturavam sossegados. O de-talhe sórdido: ao menos dois des-ses chats se chamavam “Clubedos Bandidos” e “O Cartel”.

Essa é exatamente a imagemque muita gente hoje tem dosgrandes bancos. Um exclusivo clu-be de, se não bandidos, aproveita-dores. Um cartel que cria suas pró-prias regras, investe com dinheirodo cliente e ainda faz apostas nomercado que vão contra as apos-tas realizadas em nome dos clien-tes. E em geral, quem sai ganhan-do é o “cartel”.

Vamos às práticas já desbarata-das: a mais conhecida se chama“front-running” ou correr nafrente. Sabendo o que o cliente vaifazer, o banco corre na frente e fazuma operação para ganhar dinhei-ro em cima do movimento que ocliente vai gerar no mercado. Ou-tra, bastante comum segundo des-crição do Bank for InternationalSettlements (uma espécie de ban-co central dos bancos centrais),também conta com a informaçãodos clientes. Os bancos sabem oque o conjunto dos clientes vai fa-zer e negocia no mercado com es-sa informação, o que oferece umabela vantagem.

As autoridades descobriram,também, o que muita gente acha-va ser impossível: as grandes insti-tuições do mercado aparentemen-te conseguem manipular até mes-mo os índices, o valor de referên-cia do dia, o chamado benchmarkdos mercados de câmbio. Em teo-ria, seria impossível manipular es-se valor. Mas ele é estabelecidocom base em um determinado nú-mero de operações com moedasno mundo, em certo momento,de uma meia dúzia de grandes ban-cos, os mesmos cujas operaçõestambém servem de base para a ta-xa Libor (e que teve seu próprio es-cândalo). Acontece que se essameia dúzia de instituições finan-ceiras conseguirem agir de formacoordenada para entrar no merca-do na hora certa para realizar ope-rações com uma meta específicapara o câmbio, elas podem deter-

minar o benchmark que, no caso,não vai refletir corretamente oque se passa no mercado e sim a in-tenção dessas instituições.

O chamado Forex (Foreign Ex-change), mercado de câmbio, mo-vimenta US$ 5 trilhões por dia.Por dia! Até agora, era visto comoum dos poucos mercados vulnerá-veis. No qual seria muito difícilexercer qualquer tipo de influên-cia externa para influenciar as co-tações. E a relação entre as moe-das determina o valor de milharesde contratos e investimentos. Amargem para processos indeniza-tórios na justiça é enorme.

Na crise de 2007-2008, as gran-des instituições financeiras foramflagradas vendendo aos clientes erecomendando com entusiasmopapéis com lastro em dívidas imo-biliárias mesmo quando já sabiamque o investimento era um desas-tre. Como na brincadeira de car-tas, queriam apenas passar o micoadiante. Agora, no primeiro casoque pode gerar outros tantos, o JP-Morgan fez um acordo na justiça evai pagar multa de US$ 13 bilhõespela atuação nesse mercado antesda crise. O acordo foi feito na varacivil. Mas o banco ainda pode serjulgado na vara criminal.

A multa bilionária, porém, nãovai aliviar os problemas de quemmais sofreu com as consequênciasda brincadeira do mico: as famíliasque perderam as casas onde mora-vam. O Tesouro americano e vá-rias entidades governamentais fi-carão com a maior parte. Dos 13,apenasUS$ 4 bilhões serão destina-dos a aliviar o peso de dívidas imo-biliárias e renegociar contratos. Aessa altura do campeonato...

Apesar da soma impressio-nante, os US$ 13 bilhões nãovão afetar o resultado financei-ro do JPMorgan no fim do ano. Edificilmente servirão de motivo

para que a instituição penseduas vezes antes de se meter emnova enrascada. Como me dis-se, sem rodeios, o professor dedireito da Universidade de Co-lumbia John Coffee: “ninguémfoi para a cadeia. A multa é umtapinha na mão”.

Eu ainda me lembro dos bancá-rios americanos mencionando a“muralha da China” no fim dosanos 80, quando o republicano Ro-nald Reagan passava o cargo aGeorge H.W. Bush. Era o começoda integração entre bancos comer-ciais e corretoras. Naquela época,era preciso manter as duas opera-ções claramente separadas. Di-nheiro de correntista não entravanas apostas das corretoras na ci-randa financeira. Os bancos co-merciais não podiam participardo mercado. Mas muralha veioabaixo de vez no governo Bill Clin-ton, que enterrou a Lei Glass-Stea-gall, adotada após a crise de 29 pa-ra evitar novas hecatombes.

A euforia, os chamados anosde expansão da economia ameri-cana, terminaram na bolha queexplodiu em 2007 e arrastou omundo para uma derrocada eco-nômica que ainda faz sangrarmuitos países. Nos Estados Uni-dos, já se fala de um novo pata-mar de normalidade, com índicede desemprego permanentemen-te alto e um empobrecimento daclasse média que veio para ficar.Enquanto isso, os bancos que le-vam tapinhas nas mãos conti-nuam gastando os tubos para evi-tar que o Congresso adote a leiDodd-Frank. Ela não é uma voltada Glass-Steagall como deveriaser. Mas o pouco que tenta mu-dar, os bancos estão combaten-do ferozmente. E têm muitaschances de ganhar a batalha. Bas-ta ouvir o professor de economiae direito da Universidade de Mis-souri, William Black, a respeitoda lei que tramita no Congressopara emendar a Dodd-Frank:

“A análise das 80 frases da lei,quando foi apresentada, mostraque 75 delas foram escritas pelo Ci-ticorp, incluindo parágrafos intei-ros nos quais a única mudança foipassar algumas palavras para oplural. E ela foi aprovada pela Câ-mara dos Deputados por margemsuperior a dois votos a um, com oapoio de quase todos os republica-nos e de 70 democratas. O apoiodos democratas é grande especial-mente no Comitê de Serviços Fi-nanceiros da Câmara porque é alique republicanos e democratas co-locam os deputados que enfren-tam eleições mais difíceis, porquesabem que o comitê é uma minade ouro para atrair contribuiçõesdo setor financeiro para as campa-nhas. Mas só é uma mina de ouro,altamente produtiva, se vocêapoia as posições dos bancos”.

Vai ser impossível voltar aostempos da muralha da China.

Sabendoo que o clientevai fazer,o banco fazna frenteuma operaçãopara ganhardinheiro coma movimentação

EditoriadeArte

Coluna publicada às segundas-feiras

INFORME NEW [email protected]

Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 29

Page 30: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

Ser empreendedor está muitomais alinhado com ter atitudesinovadoras do que, de fato, abrirum negócio próprio. Empreende-dorismo implica atitudes, que,de formas e com soluções dife-

rentes, alcançam melhores resultados.Ou seja, o perfil empreendedor não estápresente apenas no meio empresarial.Ele pode estar em qualquer lugar, comoem um colaborador que descobre ou in-venta uma nova maneira de realizar umprocesso.

De modo geral, podemos analisar otermo empreendedorismo a partir deduas visões. A primeira refere-se ao su-jeito que abre uma nova empresa. Já a se-gunda, e talvez a que deva ser mais esti-mulada, é a visão empreendedora comoatitude de qualquer indivíduo.

Hoje, as faculdades e universidades,em especial os cursos de administra-ção, possuem um foco especial na vi-são empreendedora, que caracterizouo desenvolvimento econômico norte-americano, entre as décadas de 60 e80. Em menor escala, este desenvolvi-mento também ocorreu na Europa e noOriente, no final dos anos 80 e iníciodos anos 90. Trata-se do caráter de ino-vação como ponto fundamental para oempreendedorismo.

Deste modo, evidenciamos o ato deempreender como qualquer iniciativaque resulte em inovação. Esta visão dequeempreendedorismoeinovaçãocami-nham juntos foi a responsável por dife-renciar qualquer lanchonete que faziahambúrgueres do McDonald’s, ou ainda,qualquer bar ou cafeteria da Starbuck’s.

Abrir um negócio próprio cria um no-vo empresário. Mas desenvolver umaconcepção de serviço que apresente mo-dos e formas de gestão, produção, distri-buição e marketing diferenciados carac-teriza um empreendedor. Um exemploprático é uma pessoa que percebe carên-cia no serviço de panificação e, diantedisso, investe na abertura do estabeleci-mento para atender a esta demanda. Seo investidor obedecer aos moldes tradi-cionais de serviços prestados pelas pa-darias, então temos um empresário.

No entanto, se este mesmo investi-dor desenvolver uma concepção de ser-viço de panificação que agregue valorcomercial, mercadológico e atenda umanova demanda de clientes e consumido-res, então temos um empreendedor.

Talvez, a principal ferramenta do em-preendedorismo seja o plano de negó-cios. É este documento que traz os ele-mentos que o empreendedor deve domi-nar. No entanto, o empreendedorismoexige a inovação e esta não é uma ferra-menta, e sim uma habilidade.

Há três pontos que promovem umempreendedor hoje: conhecimento daciência administrativa em todos os seusaspectos; a capacidade de inovação cria-tiva no que diz respeito aos detalhes dasrelações de negócios (business) e, final-mente, uma boa dose de arrojo para pro-mover seu empreendimento, buscarparcerias e conhecimentos necessáriose desenvoltura para correr riscos, ine-rentes a todo processo inovador.

As empresas, cada vez mais, buscamnos colaboradores os traços de empreen-dedorismo. Quanto mais uma área denegócio ou ramo de atividade torna-secompetitivo, maior é a necessidade dogestor motivar equipes e parceiros acriar processos que promovam inova-ção e diferenciem-se no mercado. Ou

seja, a equipe deve sentir-se disposta areinventar tudo o tempo todo.

Embora empreendedorismo, inova-ção e criatividade sejam temas muitodiscutidos, o desafio é reorganizar a pos-tura frente à administração tradicional.Ainda hoje, profissionais e processos va-lorizam manter algo em detrimento dapossibilidade do novo. Para incentivaruma gestão empreendedora é preciso in-verter esta lógica. Deve-se estimular evalorizar as inovações responsáveis eviáveis, bem como os profissionais com-prometidos com o conhecimento. Em-presas como Walmart, Nike e Apple sãoalguns exemplos da capacidade de ino-var e incentivar este política.

Nem toda inovação é garantia de su-cesso. O risco é inerente à inovação.Contudo, o empreendedorismo exigeesta postura inquieta e curiosa em bus-ca do novo e da melhoria de processos eresultados contínuos.

*Otávio Augusto de Melo é professor do cursode Administração da Faculdade Cantareira

Nem todoempresário éempreendedorOtávio Augusto de Melo*[email protected]

Abrir um negócio própriocria um novo empresário.Mas desenvolver umaconcepção de serviço queapresente modos e formasde gestão, produção,distribuição e marketingdiferenciados caracterizaum empreendedor

OPINIÃO

EditoriadeArte

30 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013

Page 31: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

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ImpressãoEditora O DIA S.A. (RJ)

JULIOGOMESDEALMEIDAProfessor do Instituto de Economia da Unicamp e

Ex-Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda

ROGÉRIOPORTUGALBACELLARPresidente da Associação dos Notários

e Registradores do Brasil (Anoreg-BR)

Não deve haver dúvida de que a ta-xa de desemprego é o indicador quemelhor avalia as condições do merca-do de trabalho e, nesse sentido, aconclusão de qualquer análise a res-peito do emprego no Brasil não podeser outra senão a de que há de fatouma progressiva melhora, muito em-bora vão se tornando cada vez maisevidentes os sinais de mudança naoutra direção.

Por exemplo, a mesma pesquisamostrou que no mês passado pelaprimeira vez desde outubro de2009, portanto, quatro anos depois,foi apurada uma redução no núme-ro de pessoas ocupadas, de 0,4%com relação ao mesmo mês do anoanterior. O retrocesso de 2009 temexplicação em um fato da maior en-vergadura: ainda transcorriam osefeitos dos desdobramentos sobre aeconomia da grande crise mundialde 2008. Agora a causa principal dorecuo não reside em um fator exóge-no. É, sim, contrapartida de umalenta, porém visível perda de capaci-dade da economia brasileira em ge-rar os empregos que antes gerava.Este processo somente não levou auma interrupção do declínio da ta-xa de desocupação porque a fraçãoda população que se apresenta aomercado de trabalho em busca de

emprego vem caindo em magnitu-de ainda maior. Assim, em outubrofrente outubro do ano passado, a po-pulação economicamente ativa teveredução de 0,5%.

Como cabe observar, uma mode-ração na demanda de trabalho era de-sejo de muitos dos analistas da cenaeconômica que identificavam nosgargalos de mão de obra, especial-mente de mão de obra qualificada,uma fonte relevante de pressões infla-cionárias já que causavam limitaçõesimportantes ao aumento da oferta debens e serviços na economia. Se poreste ângulo a referida moderação domercado de trabalho serve paraamortecer pressões sobre os preços,particularmente no setor de servi-ços, coloca à frente algumas preocu-pações. Uma delas é que já se formaum contingente de desocupados en-tre os trabalhadores sem carteira detrabalho assinada. Entre os ocupa-dos com carteira, o emprego aindacresce (2,4% em outubro), mas semconseguir compensar a redução donúmero de pessoas ocupadas semcarteira (-12,5% no mesmo mês).Ou seja, já há um desemprego abertona população de mais baixa qualifica-ção e com menor proteção social.

Também preocupa o dinamismoem alguns setores relevantes na gera-ção de empregos de qualidade. Na in-dústria, desde março os resultadosadversos se repetem, registrandoqueda de 2,4% em outubro. A mag-nitude e o prolongamento do proces-so neste caso podem estar indican-do o início de uma fase nova em que,como resultado de uma maior auto-mação, o setor permaneça por pro-longado período de tempo sem au-mentar ou elevando pouco seu efeti-vo de mão de obra.

Afragilidadedessesistemaveioàto-na no início do ano, quando um hackercom o nome falso de Ian Dawtnapsterinvadiu o banco de dados de uma em-presa imobiliária norte-americana ebaixou uma série de formulários decompra-e-venda em branco. O ataqueaconteceu por meio de um sistema on-linedaprópriaDotloop,contratadoporessa administradora de imóveis. Poucoapós o incidente, duas organizaçõesimobiliárias que detêm os direitos dosformulários, entre elas a Associação deCorretoresdeImóveisdaCalifórnia,for-te concorrente da Dotloop, exigiram aretirada dos documentos dos servido-res da empresa terceirizada, o que ca-racterizaumadisputacomercial.

Nos EUA, as transações imobiliáriassãofeitassemsistema decartório.Ser-viços como reconhecimento de firma,quando realizados, são oferecidos pornotários públicos e cidadãos certifica-dos pelo Executivo que podem traba-lharporcontaprópria,ou tambémco-mo funcionários do governo, bancos,imobiliárias e seguradoras.

Já no Brasil, exige-se que esse pro-fissional seja bacharel em Direito, in-dependente e imparcial e que recebadelegação da autoridade pública paraconferir autenticidade aos documen-tos que redige, sendo admitido atra-vés de concurso público e remunera-

dopelos emolumentos dosatosreque-ridos em valores fixados pelo Estado.Sem uma estrutura forte e confiáveldecartórioscomoabrasileira,osservi-ços notariais e de registro nos EstadosUnidos ficam à mercê das regras nemsempre saudáveis do mercado.

Outro fato que possui forte relaçãocom a falta de segurança jurídica dosistema americano foi a crise do setorimobiliário americano ocorrida em2007. Depois de passar por um“boom” de aquisições de imóveis porhipoteca, o mercado norte americanofoi acometido por altos índices deinadimplência.Pode-sedizerqueafal-tadecuidadonaformalizaçãodonegó-cio foi um dos fatores que culminaramna falta de pagamento da hipoteca dacasa própria, levando a falência diver-sas empresas financiadoras.

De acordo com a Lei de RegistrosPúblicos (Lei nº 6.015/73), o registrode imóveis é um serviço estabelecidopela legislação civil para autenticida-de,segurançaeeficáciadosatosjurídi-cos. É através dele que são conferidastodas as documentações referentes aobem a ser adquirido, e onde fica esta-belecida a garantia em caso de des-cumprimento do pactuado.

Apesar das distorcidas críticas querecebe, o Brasil oferece um sistema deserviços notariais e de registro que éreferência para diversos países domundo. É claro que, como qualquersetor, precisa ser constantemente vis-to e atualizado, mas está à disposiçãodocidadãobrasileiroparafacilitareas-segurar questões jurídicas que fazempartedavidacivil.Os tabeliõeseregis-tradores brasileiros prestam um servi-ço fundamental para a sociedade,além de zelar por ela e evitar que ca-sos como o ocorrido nos Estados Uni-dos aconteçam em nosso país.

Há ou não há melhorano emprego no Brasil?

Um exemplopara não seguir

A situaçãodomercadodetrabalhourbanobrasileiroparecepa-radoxal:háprogressivaperdaderitmodaocupaçãoavaliadape-lonúmerodepessoas ocupadas,mas nemassimataxadedeso-cupação — a relação entre o número de pessoas desocupadas eo número de pessoas no mercado de trabalho, a PEA — mostrasinais de deterioração. A última pesquisa do IBGE, que cobre asprincipais regiões metropolitanas, registrou taxa de desocupa-ção de 5,2% em outubro, pouco abaixo da de setembro (5,4%)e levemente menor do que a taxa de outubro de 2012 (5,3%).

Os Estados Unidos são frequentemente citados como um paísmodelo em questões comerciais. Mas um recente escândalo, ocaso Dotloop, uma empresa iniciante que tenta facilitar a vidados consumidores nas transações imobiliárias, trouxe à tonauma realidade que talvez não seja exatamente essa. A facilita-dora promete eliminar a papelada exigida na realização detransaçõesimobiliárias, permitindo aoscorretores, comprado-res, vendedores e financiadores colaborar, negociar e assinardocumentos eletronicamente nos fóruns on-line privados.

Entre os ocupadoscom carteira, o empregocresce, mas semcompensar a redução dosocupados sem carteira.Já há um desempregoaberto na população demais baixa qualificação

Sem uma estrutura fortee confiável de cartórioscomo a brasileira,os serviços notariaise de registro nos EUAficam à mercê dasregras nem sempresaudáveis do mercado

Presidente do Conselho de Administração Maria Alexandra MascarenhasDiretor Presidente José Mascarenhas

Publisher Ramiro Alves

Chefe de Redação Octávio Costa

Editora-Chefe Sonia Soares

Editora-Chefe (SP) Adriana Teixeira

Diretor de arte André Hippertt

Editora de arte Renata Maneschy

Segunda-feira, 25 de novembro, 2013 Brasil Econômico 31

Page 32: Entrevista completa de Rui  Falcão para Brasil Econômico

■ Doisdiasdepoisdedeixaraprisãorussa,abrasileiraAnaPaulaMaciel, ativistadoGreenpeace,declarouquenãosearrependedeter feitooprotestonoÁrtico:”Parafazerummundomelhoréprecisotomarriscos”.

■ AIgrejaUniversaldoReinodeDeus,dobispoEdirMacedo, foicondenadaapagar indenizaçãodeR$33milhõesdevidoàdemoliçãodetrêscasarõeshistóricosparaconstruçãodoTemploMaior,emBeloHorizonte.

Naedição do último sábado, o tema damanchete do “Le Monde”

era oseguinte: “Existe um movimentosocial de direita?”.

Otradicional jornal da esquerdafrancesa questionava se a

crescente contestação aos projetos do governo socialista do presidente

François Hollande é a expressão de uma raiva conservadora que pode

tomar conta das ruas. No debate deduas páginas, umdos articulistas

afirma que a direita avança nas classes populares porque a esquerdase

afastou do povo.Eressalta que, em períodos de farturase pode oferecer

umgoverno ineficaz, mas nunca em tempos de crise econômica.

Esse tipo de discussãopolítica na França é feita sem disfarces pela

imprensa. “Le Monde” é veículo das preocupações da esquerda, assim

como o“Le Figaro” é porta-vozdo pensamentode direita.

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Dificilmente alguém verá umgrande jornal brasileiro se posicio-nar diante dos fatos com a nitidezideológica da imprensa francesa.Aqui no Brasil, ao longo dos anos,a imprensa seguiu uma escola dife-rente. Baseou-se mais na expe-riência americana e inglesa que,na teoria, propõe-se a analisar osfatos acima das paixões políticas.

O jornalismo, nessa visão, deveser imparcial e neutro. Deve trans-mitir as informações com a maiorfidelidade possível, deixando asinterpretações para os leitores. Re-pórter é apenas a correia de trans-missão das notícias, um mensagei-ro. Não deve tomar partido. A opi-nião do jornal fica, assim, restritaà página de editoriais.

No Rio de Janeiro,pordécadas, o“Jornal do Brasil” foi o símbolomaior desse tipo de jornalismo. Ospróprios leitores, nas pesquisas deopinião, apontavam o “JB” como oveículo mais imparcial e ético dopaís. Já “O Globo”, apesar da tira-gem maior e da saúde financeira,não usufruía da mesma imagem.Perdiapontosnoitemimparcialida-de, pois era considerado conserva-dor e simpático ao regime militar.Só após a morte de Roberto Mari-nho e com o fim do “JB”, o jornal daruaIrineuMarinhotornou-sehege-mônico em todos os sentidos. Re-centemente,“OGlobo”fezummea-culpapúblico,admitindoquecome-teu erro histórico ao apoiar o golpecontra João Goulart. Concluiu quenão há solução fora da democracia.

Em linhas gerais, nossa impren-sa continua fiel ao princípio da im-parcialidade. E a maior parte dosjornalistas procura deixar fora dasredações as posições políticas par-ticulares.Não são pagos para defen-der este ou aquele partido. E ten-tam manter o equilíbrio em seus

textos. Essa independência, po-rém, está ameaçada por duas cor-rentes exaltadas. Quem acompa-nha a mídia hoje, no papel e na in-ternet, depara-se com um embateinédito. De um lado, atuam articu-listas conservadores que alimen-tam ódio mortal por tudo que dizrespeito ao PT. E de outro, jornalis-tas que, por convicção ideológicaou mero oportunismo, defendemospetistas comunhas e dentes. En-quanto uns querem ver Dirceu eGenoino mofarem na prisão, os ou-tros afirmam que Joaquim Barbosatambém deveria ir para a Papuda.

As duas correntes se digladiamsem pudor e contaminam a longatradição da equilíbrio. Enquantona França os veículos de comuni-cação assumem suas posiçõesideológicas, nesse novo jornalis-mo que se pratica no Brasil a opi-nião é claramente enviesada, mascom roupagem de independên-cia. São lobos em pele de cordeiro.Mais do que nunca, o leitor tem detomar cuidado e separar a opiniãosectária da informação legítima.

São Paulo e demais localidades: 0800 021 0118Rio de Janeiro (Capital) : (21) [email protected]

OCTÁVIOCOSTAChefedeRedaçã[email protected]

AROEIRA

PONTOFINAL

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A longa tradiçãoda imprensabrasileira estáameaçada.O leitor tem de tomarcuidado e separara opinião sectária dainformação legítima.

Lobos em pele de cordeiro na mídia

SOBEEDESCE

32 Brasil Econômico Segunda-feira, 25 de novembro, 2013