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Ana Claudia Gorino Bruno Carvalho Luciana Campos Marina Pinheiro Ricardo Mikio Morita Trabalho de Enfermidades Parasitológicas Pulgas em Cães e Gatos

Pulgas em cães e gatos

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Trabalho da disciplina de Enfermidades Parasitárias da FMVZ-Botucatu.

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Ana Claudia Gorino Bruno Carvalho Luciana Campos Marina Pinheiro Ricardo Mikio Morita

Trabalho de Enfermidades Parasitológicas Pulgas em Cães e Gatos

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Introdução

As pulgas são insetos ápteros, holometábolos, de corpo comprimido lateralmente e providas de

cerdas voltadas para trás, apresentando aparelho bucal sugador-pungitivo e coloração castanha,

medindo 2,5-3,0 mm em média. O dimorfismo sexual é acentuado, com as fêmeas maiores que os

machos e apresentando a parte posterior arredondada. Os machos, pelo fato de albergarem o aparelho

copulador nos últimos segmentos, apresentam a extremidade posterior voltada para cima. A maior

parte das espécies conhecidas apresenta ctenídios que são cerdas mais robustas e esclerosadas

destinadas à fixação e locomoção das pulgas entre os pêlos dos hospedeiros. Ainda que a locomoção

seja essencialmente realizada pelas pernas, para grandes obstáculos, o salto é o recurso comumente

empregado.

Esses insetos têm uma história evolutiva de 60 milhões de anos, sendo já encontrados em mamíferos

pré-históricos. Taxonomicamente, estão incluídos na ordem Siphonaptera e seus hospedeiros são

animais endotérmicos; destes, aproximadamente 94% são mamíferos. Na prática veterinária, as

pulgas são mais importantes nos cães, gatos e aves. Em Primatas, apenas o homem é tido como

hospedeiro habitual. A ordem Rodentia é a mais importante porque contém o maior número de

espécies parasitadas, além de epidemiologicamente algumas destas espécies funcionarem como

reservatórios de infecções transmitidas por pulgas (peste, tifo murino, tularemia).

Atualmente são conhecidas quase 3.000 espécies e/ou subespécies, incluídas em 238 gêneros e 15

famílias (Lewis, 1998), distribuindo-se da região Ártica até a Antártica. No Brasil, apenas 59

espécies foram, até o presente, assinaladas. Do ponto de vista epidemiológico, as espécies Pulex irritans, Xenopsylla cheopis, Ctenocephalides felis felis e Ctenocephalides canis entre os Pulicidae e

a Tunga penetrans (Tungidae merecem maior atenção. Das pulgas mais importantes para cães e

gatos, a C. felis felis e a C. canis são as mais importantes, sendo que a C. felis felis é mais

comumente encontrada, tanto em cães quanto em gatos.

Quando adultas, a hematofagia é realizada pelos dois sexos, podendo ser realizada tanto durante o dia

quanto à noite. As pulgas alimentam-se diretamente nos capilares (solenófagas). O repasto se

prolonga após a repleção para que o sangue extravasado sirva de alimento às larvas. Cada repasto

dura cerca de 10 minutos, com duas a três refeições ao dia. Em C. felis felis, num período de 48

horas, as fêmeas podem ingerir diariamente uma média de quase 14 µl de sangue, o que corresponde

a 15 vezes o seu próprio peso corpóreo.

Os estímulos responsáveis para que as pulgas encontrem seus hospedeiros são, principalmente, os

visuais e os térmicos. Luz, dióxido de carbono e correntes de ar estimulam apenas a locomoção. A

fototaxia positiva para os adultos de C. felis felis constitui a base para o uso de armadilhas luminosas

no controle desta espécie, uma vez que os adultos se orientam e se movem até 8,4 m em direção à

fonte de luz (Dryden & Broce, 1993).

O ciclo de ovo a adulto é completado em aproximadamente 25-30 dias, dependendo das condições de

temperatura, umidade e alimentação obtida pelas larvas. A eclosão ocorre dentro de um a dois dias,

24-36 horas após o primeiro repasto sanguíneo.

Os ovos são ovóides ou elipsoidais, esbranquiçados, medindo entre 300 e 700 µm e, geralmente

depositados nos ninhos dos hospedeiros. O número de ovos colocados varia com a espécie e estado

de nutrição das fêmeas: X. cheopis deposita uns 400 em toda a sua existência; C. felis felis quase

1.800 durante um período de 50 dias (Dryden, 1989).

As larvas, de um modo geral, vivem livremente nas tocas e ninhos de seus hospedeiros, alimentando-

se do excremento de pulgas adultas incorporados a detritos orgânicos e dejetos dos hospedeiros. São

geotacticamente positivas (seguem a gravitação), fototacticamente negativas (movem-se em direção

contrária à luz) e tigmotacticamente positivas (reconhecem estímulos tácteis e reagem ao contacto

mecânico). Este comportamento permite que as larvas encontrem locais seguros e escondidos para

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protegerem-se contra a dessecação. Em conseqüência de tais ações, mais de 80% das pulgas (C. felis felis) desenvolvem-se na base dos carpetes dos domicílios, onde se locomovem por mais de 46 cm.

Quando confinadas à areia, as larvas penetram até 2,3 mm, de modo a evitarem a luz (Kern Jr, 1991).

Após uma curta fase de pré-pupa em que o imaturo apresenta-se em forma de U, segue-se a pupa,

que é o estádio de resistência. A emergência dos adultos a partir das pupas é estimulada por pressão

mecânica, como por exemplo o deslocamento dos hospedeiros nas proximidades ou seu pisoteio

sobre os casulos, e aquecimento, proporcionado pela temperatura do corpo de um hospedeiro

potencial assentado sobre elas. A abertura de portas ou janelas em ambientes fechados também

favorece a emergência.

Embora em condições amenas o ciclo evolutivo possa estar completo em aproximadamente três

semanas, em temperaturas baixas pode prolongar-se por até dois anos.

Aspectos Epidemiológicos

Inicialmente, o tempo que os adultos despendem na ação parasitária deve ser considerado, com as

seguintes modalidades sendo observadas:

a. Pulgas que vivem sobre o corpo dos hospedeiros, com apenas as fêmeas penetrando sob a pele

dos mesmos:

Penetração da cabeça, tórax e alguns segmentos abdominais na pele do hospedeiro levando

ao crescimento do corpo e à formação de neosomas (conjunto fêmeas hipertrofiadas do

parasita + tecidos inflamatórios do hospedeiro), em virtude de alimentação permanente. Ex:

Tunga spp;

Penetração apenas das maxilas pelo corpo do hospedeiro, ficando o tórax e o abdome a

descoberto: espécies de Hectopsylla e de Rhynchopsyllus (ectoparasitas de morcegos);

b. Pulgas que vivem sobre a pele e pelagem, alimentando-se intermitentemente dos hospedeiros,

como a maioria das espécies conhecidas: Ctenocephalides spp, Xenopsylla spp, Polygenis spp.;

c. Pulgas que não vivem sobre o corpo dos hospedeiros, só os procurando para exercerem a

hematofagia, como as habitantes de ninhos e as encontradas no ambiente do hospedeiro: Pulex

irritans e as pulgas de aves.

Independentemente do ectoparasitismo temporário ou permanente, as pulgas podem ser específicas

ou ecléticas em relação à preferência alimentar. No estudo de questões epidemiológicas, o ecletismo de

certas espécies é parâmetro mais importante em razão do intercâmbio de pulgas entre hospedeiros, como

p. ex., entre roedores silvestres e sinantrópicos.

Graças à alternância entre vida livre e parasitária, nos estádios larvários e adultos, as pulgas

participam de diferentes elos na cadeia epidemiológica: parasitas propriamente ditos, vetores biológicos

e hospedeiros invertebrados.

Pulgas como agentes infestantes Na América do Norte, a infestação por pulgas em cães e gatos é tida como a ectoparasitose mais comum

(Rust & Dryden, 1997). No sudeste da África as pulgas chegam a ser os parasitas mais comuns

encontrados em cães e gatos. Os gastos anuais com produtos para controle de pulgas em animais de

estimação nos EUA excedem US$ 1 bilhão (Conniff, 1995). As populações de pulgas apresentam

diferenças significativas em relação às espécies, estações do ano e diversidade de hospedeiros. Assim,

em X. cheopis, as maiores infestações em roedores sinantrópicos ocorrem na estação chuvosa-quente

(outubro a março) (Linardi et al., 1985), enquanto em C. felis felis, as maiores infestações em cães são

observadas em julho e agosto (Viegas, 1996). Independentemente de transmissão de moléstias aos

respectivos hospedeiros, as pulgas exercem sobre eles diversas ações, como ectoparasitas:

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a. Ação irritativa: pelo efeito da picada e inoculação de saliva, elas podem provocar reações alérgicas

de intensidade variada aos respectivos hospedeiros. Os animais parasitados tornam-se irriquietos e,

na tentativa de se livrarem das pulgas, mordem e arranham a pele, arrancando pêlos e escarificando

os tecidos cutâneos. Na dermatite por picada, as lesões são vistas ao longo do dorso, particularmente

sobre a base da cauda. Já a dermatite alérgica manifesta-se na área dorsal lombo-sacral, formando

uma imagem típica triangular ou de um V invertido, podendo ser, posteriormente, estendida às

coxas, ventre e flancos. O pescoço, pernas anteriores e base das orelhas podem também ser

comprometidos. Em outros hospedeiros, as reações podem apresentar maior severidade, em função

da presença de certas espécies de pulgas não específicas a eles.

b. Ação espoliadora: tendo em vista que várias espécies de pulgas continuam a exercer a hematofagia,

mesmo após repletas, altas infestações em animais de pequeno porte podem conduzir à anemia. As

pulgas picam os hospedeiros várias vezes ao dia ingerindo quantidades de sangue que aumentam,

significativamente, o seu peso corpóreo. Cães e gatos podem tentar eliminar seus ectoparasitas por

meio de mordeduras da pele.

c. Ação inflamatória: principalmente evidenciada por aquelas espécies de pulgas que são penetrantes

ou semi-penetrantes e cujos orifícios deixados no corpo dos respectivos hospedeiros tornam-se

passíveis de infecção por agentes oportunistas, como Clostridium perfrigens (gangrena gasosa),

Clostridium tetani (tétano) e Paracoccidiodes brasiliensis (blastomicoses).À infestação por T.

penetrans, seguida ou não por infecções secundárias dá-se o nome de tungíase. Ressalte-se que

apenas a fêmea da pulga é penetrante e, vulgarmente, recebe o nome de bicho-do-pé, jatecuba, bicho-

do-porco, etc. O homem e mamíferos domésticos (suínos, cães, gatos e bovinos) são os principais

hospedeiros, ainda que livremente pode ser ela encontrada em montes de esterco, areias de praia,

pocilgas e interior de certas habitações. A tungíase pode provocar dificuldades de postura e de

locomoção dos hospedeiros, necrose óssea e tendinosa e até perda dos dedos dos pés. Em bovinos, se

a infestação for localizada nas patas, os reprodutores poderão ficar impedidos de fecundarem as

vacas, em virtude da falta de apoio para a cobertura. Em suínos, as patas e o escroto são os principais

alvos, mas estes toleram a infestação sem sinais de desconforto.

Pulgas como transmissoras de moléstias: Independentemente de suas atuações como vetoras ou hospedeiras intermediárias, as pulgas são

incriminadas na transmissão de viroses (mixomatose), doenças bacterianas (tifo murino, bartonelose,

salmoneloses, tularemia, peste), protozooses (tripanossomíases) e helmintoses (himenolepíases,

dilepidiose, filarioses, infecções por tilenquídeos), bem como podem ser infectadas ou infestadas por

outros artrópodos. A seguir são apresentados os principais dados relativos a essas etiologias e outros

comentários pertinentes:

a. Riquetsioses: Em se tratando de pequenos animais, o agente etiológico é a Rickettsia felis, a qual

pode ser encontrada em cães, gatos e em pulgas de gatos (C. felis). Cães e gatos infectados irão

transportar a R. felis pelo ambiente familiar, podendo ser um foco de infecção para os humanos da

região. Existem relatos da transmissão do R. felis ser transovariana, além de transestadial. O

tratamento é com tetracicilinas, durante 3-4 semanas.

b. Bartoneloses: A Bartonella henselae (mais B.clarridgeiae, B.koehlerae em gatos sendo as espécies

B.henselae, B. clarridgeiae e B.elizabethae as mais relevantes em cães), agente da doença da

esfoladura em gatos, é transmitida pelas fezes de C. felis felis, através de inoculação na pele de fezes

das pulgas. Carrapatos também têm sido responsabilizados como vetores, principalmente pela

espécie B. vinsonii subsp. berkhoffi. Os sinais clínicos nem sempre são aparentes em gatos, pois há

uma prevalência considerável de animais assintomáticos, entre 40-70%; Dentre os sinais descritos

temos febre, anemia transiente, letargia, linfadenomegalia, disfunção neurológica ou problemas

reprodutivos. O tratamento deve envolver animais com sinais clínicos ou que entre em contato com

indivíduos imunossuprimidos, envolvendo o uso de antibióticos como doxiciclina, enrofloxacina,

amoxicilina e amoxicilina/clavunalato. Mesmo usando doses maiores que o usual, o tratamento não

elimina a infecção de todos os animais.

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c. Peste: Esta é, sem dúvida, a principal moléstia transmitida pelas pulgas, dada a sua morbidade,

letalidade e registro histórico, tendo dizimado ¼ da população européia no século XIX. Ela foi

introduzida no Brasil em 1899 pelo porto de Santos, daí se expandiu para outras cidades através do

tráfego comercial e ferrovias, estando hoje assentada na zona rural em habitat natural,

correspondendo a uma área de 240.000 km2 e ocorrendo em 971 localidades-focos, situadas em 189

municípios brasileiros.

A pulga C. felis é, em relação à Xenopsylla cheopis – considerada a pulga mais importante

em relação à essa doença, um vetor relativamente ineficiente da peste - a Yersinia pestis. Os

reservatórios são, essencialmente, roedores domiciliares e silvestres, embora carnívoros silvestres e

domésticos por transportarem pulgas infectantes para aqueles roedores, ou mesmo para o homem,

possam também participar como fontes ocasionais.

Os sinais clínicos que seguem uma mordida por uma pulga infectada envolvem linfadenite,

seguido de disseminação da infecção e bacteremia em 2-6 dias. Por outro lado, a ingestão ou inalação

de organismos leva à uma bacteremia mais intensa e rápida (1-3 dias). O animal pode contaminar

humanos via aerossóis.

d. Dilepidiose: Dipylidium caninum é cestódeo habitual em carnívoros domésticos que eventualmente

parasita o homem. A infecção das pulgas (Ctenocephalides spp., Pulex irritans) ocorre em suas fases

larvárias, através da ingestão do ovo do cestódeo liberado junto com as fezes de cães, ou ingestão

direta das proglotes. No interior do pulicídeo (larvas ou adultos), os ovos de cestódeos originam

cisticercóides. Quando ingeridas, as pulgas liberam no tubo digestivo dos vertebrados, as larvas de

cestódeos, restabelecendo assim o ciclo biológico. A infecção é patogênica para as pulgas.

Uma vez que o ciclo biológico de D. caninum pode também ser complementado pela

ingestão de pulgas esmagadas ou pela lambedura de seus conteúdos, essa parasitose pode se estender

às crianças que manuseiam cães. Conseqüentemente, o controle de Ctenocephalides spp nos

ambientes domiciliar e peridomiciliar agirá para a diminuição do risco potencial de dilepidiose na

população infantil.

e. Filariose de cães: o verme filarial Dipetalonema reconditum é um parasito patogênico e exclusivo

de cães, desenvolvendo-se na cavidade geral de pulgas Ctenocephalides spp e a sua transmissão

entre cães se realiza através da penetração ativa das microfilárias nos tecidos, após se libertarem das

peças bucais das pulgas no momento da hematofagia.

DAPP

A Dermatite Alérgica à Picada de Pulga (DAPP) é a doença dermatológica mais comum em

veterinária no mundo. Ela consiste da hipersensibilidade tardia (tipo IV) á saliva da pulga. Como ela

é tardia o indivíduo precisa ficar em contato por muito tempo com o alérgeno para desenvolver os

sinais. Cães acometidos por essa doença apresentam prurido, pápulas e crostas; secundariamente, o

cão pode apresentar seborréia, alopecia, escoriações, piodermite, hiperpigmentação ou

liquenificação. As lesões normalmente se localizam na região lombossacra, caudo-dorsal, no dorso

da base da cauda, parte caudo-medial das coxas, abdômen e flancos. O cão ainda pode desenvolver

infecção por Staphylococcus intermedius e Malassezia pachydermatis por causa da contaminação

secundária nas lesões. A doença acomete cães com 1 a 3 anos e à medida que o cão envelhece, com a

exposição contínua às pulgas, a reação de hipersensibilidade pode diminuir.

O gato apresenta, em graus variáveis, dermatite miliar pruriginosa com escoriações, crostas e, devido

ao excesso de lambedura e alopecia, eles também podem desenvolver o complexo do granuloma

eusinofilico. As lesões em geral se localizam na cabeça, pescoço, região lombossacra dorsal, porção

caudomedial das coxas ou abdômen ventral.

O controle da dermatite só é eficaz com a eliminação total das pulgas.

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Diagnóstico O diagnóstico é feito pelo histórico clínico, visualização da pulga ou de suas fezes pelo corpo (pode

ser difícil de notar em animais que desenvolveram DAPP).

O diagnostico da DAPP é baseado na distribuição das lesões e do inicio do prurido.Ele pode ser

confirmado através do teste intra-dérmico com antígenos de pulgas. Pode-se ainda fazer o

diagnostico terapêutico através da cura dos sintomas.

Controle e Tratamento

Devido a duração das fases do seu ciclo, a maioria das pulgas esta sobre a forma de larvas e pupas

no ambiente. O controle deve ser feito tanto no ambiente quanto no animal; Para o controle no

ambiente deve-se fazer regularmente a limpeza de todo o ambiente domiciliar com aspirador de pó,

principalmente nos locais onde os cães dormem ou deitam, já que são nesses locais onde se

concentram larvas, ovos , pupas e fezes de pulga.

Produtos que contenham piremetrinas,carbaril,fosmet,tetraclovinfós e metoprene podem aplicados

tanto nos animais quanto nos locais onde eles descançam e são métodos eficazes no controle.

Produtos como luferon impedem o desenvolvimento de ovos mas não matam a forma adulta; ele

pode ser encontrado na forma de comprimido ou injetável. Um dos produtos que matam os adultos é

a selamectina, a qual tem a vantagem de prevenir o desenvolvimento de larvas além de prevenir a

infecção por dirofilária e atuar contra otoascaridíase e sarna sarcóptica no cão. No gato ela também

atua contra ancilostomídeos e ascarídeos. A selamectina é de administração tópica e mensal.

Para o controle também podem ser usadas coleiras impregnadas:clopirifos, tetraclovinfós, naled

diazinon e amitraz. Elas são eficientes se forem associadas com o controle ambiental e programas de

tratamento.

Apesar do controle no ambiente ser o mais importante, deve-se associar ele com um tratamento

contra os adultos. Comprimidos contendo nitempirano, um neocotinoide, provoca morte dos adultos

em 30 minutos e devem ser administrados diariamente.

O programa de tratamento com imidacloprid e fipronol eles vem na forma de comprimidos, solução

spot-on ou como spray (fipronol). Eles reduzem o numero de adultos e o fipronol também é eficiente

contra carrapatos.

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