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Heidi Ponge Ferreira
(11) 9 9564 5030
heidi.pongeferreira
heidiponge
Heidi Ponge Ferreira
1988 Michigan State University
trabalhos em abrigos locais
1990 proprietária de The Cat Clinics of Roswell
trabalhos em órgãos de controle animal
Gwinnet County Animal Control
2007 trabalho em tempo integral para ASPCA
Treina veterinários e agentes da lei e do
direito
1881 - 1ª entidade britânica de proteção ao menor:
Society of The Preventionof Cruelty to Children
num encontro de proteção animal em Liverpool
Society for the Protection of Animals
“Entre a brutalidade para com o animal e a crueldade para com o homem,
há uma só diferença: a vítima.”
Alphonse de Lamartine (1790-1869)
VÍTIMA“Pessoa que, individual ou coletivamente tenha sofrido
danos, inclusive lesões físicas ou mentais, sofrimento
emocional, perda financeira ou diminuição substancial de
seus direitos fundamentais, como consequências de ações
ou omissões que violem a legislação penal vigente, ...
incluída a que prescreve o abuso de poder.”
é o ofendido ou lesado,
aquele que sofre ação ou omissão
do autor do delito; sujeito passivo ou titular
do bem jurídico lesado (a vida, a liberdade, o patrimônio, etc)
Os animais são objetos materiais
como as coisas inanimadas
e não podem ser sujeitos passivos
VITIMIZADOmeios de vitimização
relações com o vitimizador
Aplica-se ao meio ambiente.
Justiça Restaurativa anulação de desigualdades
entre as formas de vida
―Sintomas‖ de/para Identificação
arranhaduras em
braços e pernas
Roupas
―peludas‖
estilo casual
―desleixado‖
vestir e morar
prefere gastar com gatos do que com cuidado pessoal
―descabelada‖
CONSCIÊNCIA DE LIMITE
Síndrome de DiógenesISOLAMENTO VOLUNTÁRIO
por ruptura de relações sociais
AUTONEGLIÊNCIAabandono de higiene,
saúde, nutrição
NULA CONSCIÊNCIA
do problema
RENEGA
mudança de vida ou conduta
ACÚMULO DE LIXO
AMBIENTE SUJO
SITUAÇÃO DE MISÉRIA
APARÊNCIA COMPROMETIDA
Síndrome de noé
www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1083622-colecionar-animais-pode-ser-disturbio-obsessivo-compulsivo.shtml
alta densidade populacional
animais soltos no entorno
ninhadas múltiplas
Abandono Direcionado
comprometimento
funcional
dos espaços
PEDIDOS DE AJUDA
Levantamento de Recursos
ou Estelionatos ?
Estelionatos
FALECIMENTOS
Entorno Miserável
INTERVENÇÃO CRIMINAL
Animais = evidência
manter em custódia judicial.
Caso/processo(s) demora meses ou anos.
Berry et al, “ Long-term outcomes in animal cases”
4. Animal Law, 11: 167-194, 2005
13 casos
pode haver um esforço dos agentes interventores
para desenvolver um relacionamento (amigável)
com os acumuladores
para trabalhar com eles por uma solução apropriada
I. Um modelo Alternativo
Matéria da Folha UOL sobre Raimunda
Colecionadores..sentem que tem a missãode evitar a morte dos animais.
possuem vários animais e são capazes de cuidar bem deles...surge um desiquilíbrio...
algum tipo de perda, seja financeira ou de alguma pessoa querida.
A melhor estratégia para começar a recuperação é criar um ambiente estável ...
Muito difícil conseguir que as pessoas se desfaçam de seus bichos.
Colecionadoras de animais hoje livres do problemanão percebiam o problema.
1 liberdade fisiológica (ausência de fome e de sede)
2 liberdade ambiental (edificações adaptadas)
3. liberdade sanitária (ausência de doenças e de lesões)
4. liberdade comportamental (comportamentos normais)
5. liberdade psicológica (ausência de medo/de ansiedade)
MAUS TRATOS
EVIDENTES
MEDIAÇÃO
PREVENÇÃO
Infância juventude maturidade meia-idade senilidade
diógenesTOC / consumo
hipocondria
vínculo com animais
drogas de abuso
distúrbios cognitivosseparação / morte
―bullying‖
abuso sexual
depressão
VULNERABILIDADE ao CRIME e / ou ESTELIONATO
Referências: depoimentos em histórico de anamnese ―CONFISSÕES‖
OCULTAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO
IDENTIDADE CIVIL OU JURÍDICA
PROTEÇÃO JURÍDICA OU SIGILO
• Peso e condição corporal do animal;
TACC – Tuft´s Animal Care and Condition
• Mensuração de volume
e valor nutricional do alimento;
• Composição Corpórea
Privação de alimento ( FOME ) causa
alterações enzimáticas e orgânicas próprias.
Allen, T.A., Toll, P.W. 1995 Medical implications of fasting andstarvation. In Kirk´s current veterinary therapy XII:Small animal practice.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO CORPORAL por parâmetros visuais
ANIMAL SUBALIMENTADO(caquexia extrema)
• costelas visíveis
• vértebras lombares visíveis à distância;
• ossos pélvicos
• gordura corporal
• massa muscular não discernível;
ANIMAL SUBALIMENTADO(comprometimento leve)
• costelas
• topo de vértebras lombares visíveis;
• ossos pélvicos pouco visíveis;
• gordura corporal pouco palpável;
• cintura e reentrância abdominal evidentes;
ANIMAL IDEAL
(alimentado sem excessos)
• costelas palpáveis;
• costelas um pouco visíveis;
• cintura um pouco visível;
• abdômen retraído;
NOTA: expectativas exageradas =
sobrepeso ou obesidade =
comprometimento da saúde animal
Direitos Autorais de Uso de Imagens NESTLÉ PURINA
Laflamme,D.P. Development and Validation of a Body Condition Score System for
Dogs. Canine Practice 1997
•
TERRENO
CASA
GAIOLA
CORRENTE
1. Entorno social ( Etnoveterinária – sociologia );
2. Inspeção Zoosanitária Padrão (critérios de Saúde Pública);
3. Condição alimentar, nutricional, hídrica (ou carência);
recipientes e estoques de alimento / de água
5. Dimensões do recinto / jaula e condições de confinamento;
local para movimento e descanso (ou privação);
6. Acesso a ar e luz (ou privação);
7. Guarda responsável‖ ( ou omissão, imprudência)
contensão, condução, agressão;
8. Treinamento vicioso (ou imperícia, imprudência) :
petrechos, objetos, contensão;
9. Trabalho (petrechos de trabalho / provocação / castigo)
10. Abandono(omissão) /descaso (negligência) - invasão de domicílio;
Condução da Ocorrência - Relativos ao Local
Condução da Ocorrência - Relativos ao Objeto de Perícia
1. espécie(s) envolvidas, número de cada espécie;
2. Identificação ( transponder ou chip, tatuagem, anelação, resenha técnica
reconhecimento ( confronto e “atende por nome próprio” )
3. Fotografação / Transponder
4. ―Corpo de Delito” Animal:
1. Estado nutricional e exterior descritivo,
2. Alterações de pelame / plumagem,
3. Lesões, ferimentos, soluções de continuidade, cicatrizes.
4. Amputação o ausência de membros, órgãos, anexos,
5. Amostras para identificação genética e exames complementares;
5. SINAIS DE DOR;
6. SINAIS DE MEDO;
7. SINAIS DE ESTRESSE = síndrome geral de adaptação
8. Aspectos comportamentais gerais
1. relação com humanos (obediência, dominância, sociabilidade)
2. agressividade (dirigida a pessoas, adultos, crianças ou minorias
ao manuseio ou trato, no convívio,
entre outros cães, entre animais)
3. territoriabilidade
4. localização e espaço de fuga / postura
5. latidos e vocalizações
9. Avaliação encontrada no contexto social:
1. Utilidade (companhia, segurança, trabalho, exibição)
2. Valoração (estimativa de valor alegado, presumível, sentimental)
Bibliografia
• The Hoarding Handbook: A Guide for Human Service ProfessionalsChristiana Bratiotis, Cristina Sorrentino Schmalisch, Gail Steketee, 2011
• Stuff: Compulsive hoarding and the meaning of things [Contains a chapteron animal hoarding] Randy Frost and Gail Steketee, 2010
• A theoretical perspective to inform assessment and treatment strategiesfor animal hoardersGary Patronek and Jane N Nathanson, Clincal Psychology Review, 2009
• Animal hoarding: Slipping into the darkness of co-morbid animal and self-neglectJane N Nathanson, J Elder Abuse and Neglect, 2009
• The case of Barbara Erickson and her 552 dogsArnold Arluke and Celeste Killeen, 2009
• ANIMAL HOARDING: Structuring Interdisciplinary Responses to Help People, Animals, and Communities at Risk Gary Patronek, Lynn Loar andJane N Nathanson, eds, 2006
• Long-term outcomes in animal hoarding cases Colin Berry, Randy Lockwood, and Gary Patronek, Animal Law, 2005
• Normalizing passive cruelty:The excuses and justifications of animal hoarders Arnie Arluke and Maria Vaca-Guzman, Anthrozoos, 2004
• Health implications of animal hoarding HARC, Health & Social Work, 2002
• Press reports of animal hoarding Arnold Arluke & HARC, Anthrozoos, 2002
• The problem of animal hoarding Gary Patronek, Municipal Lawyer, 2001
• People who hoard animals Randy Frost & HARC, Psychiatric Times, 2001
• Hoarding of animals: an under-recognized problem in a difficult to study population Gary Patronek, Public Health Reports, 1999
• Tufts Animal Care and Condition Scales Lori Donley and Gary Patronek, 2001These scales were also published in the textbook of Shelter Medicine, by Drs Lila Miller and Steve Zawistowski.
Heidi Ponge Ferreira
(11) 9903 8799
heidi.pongeferreira
heidiponge
Heidi Ponge Ferreira
The Link Between
Violence Against Animals & Against Humans
The Violence Connection
juízes, promotores e outros profissionais
da esfera legal, psiquiatras, familiares, professores e forças policiais
O CASO MANÍACO DA CANTAREIRA
O CASO MANÍACO DA CANTAREIRA
Fazenda em Franco da Rocha 731 quilômetros quadrados
Juqueri• Manicômio Judiciário
blog.caosemdono.com.br
Denúncia em Franco da Rocha
Foram quase 100 kg de ração
em menos de 3 horas dentro do hospital.
mais ou menos uns 150 animais e dois cavalos.
O Caso Franco da Rocha -Parte 2
Conseguimos doar os dois cavalos.
Recolhemos 9 filhotes.
Sra. Lurdinha (diretora docomplexo)
autorizou ceder um espaço:
• para castrar os animais e
Cadáveres com dezenas de perfurações a faca...
Ademir Oliveira do Rosário
...confessou o crime... Já fora condenado por
atentado violento ao pudor e homicídio.
Cumpria pena no Hospital de Custódia e Tratamento
Psiquiátrico de Franco da Rocha, em regime semi-aberto.
Veja São Paulo - O portal da cidade 03 OUT 2007
30.09.2007
O que diz o psiquiatra que deu o último laudo
sobre o homem que matou dois adolescentes?
“Ele era, tecnicamente falando, um psicopata”,
avalia o psiquiatra Charles Kiraly. “Eu disse que ele
era perigoso, que tinha periculosidade. A
possibilidade dele reincidir é grande”
tv
globo
O Globo – 27 de Setembro de 2007
Maníaco confessa morte de irmãos e
é suspeito de abusar de 11 jovens
O assassino disse que teve visões de animais,
como leões [...]
[...] os jovens foram mortos com uma
faca de cozinha...
[...] ele chegou a ter relações sexuais
depois de morto (necrofilia).
27 de maio de 2007
Hellman e Blackman (1966)
TRÍADE:1. maus-tratos2. atear fogo3. enurese
45 % crimes violentos
Karlsson 1997
Lesões múltiplas profundas e violentas
sugerem envolvimento e risco à pessoa próxima do
agressor.
CRUELDADE COM ANIMAISx
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA MULHERES: UMA CONEXÃO REAL
Maria José Sales PadilhaPsicóloga e Mestre em Educação
Georgia State University USA
DATA: março a agosto de 2010
LOCAL :Pernambuco: Jaboatão dos Guararapes e Recife
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher
AMOSTRAGEM B.O. de mulheres de várias classes sociais
“Lei Maria da Penha” Lei 11.340 de 07/08/2006
453 questionários respondendo 9 perguntas.
PERFIL DA VÍTIMA:
1. Motivo da ocorrência
37% violência física 28 % violência sexual
2. Idade das vítimas
52 % + de 30 anos 32 % +de 25-30 anos
3. Escolaridade da vítima
43% Ensino Fundamental Incompleto
32% Ensino Fundamental Completo
4. Vítima possui animais em casa?
25% não possui animais
44% cães 26% gatos
5. O agressor já foi violento com os animais da
casa ou com outros animais?
51% já foi violento com os animais
PERFIL DO AGRESSOR:
• Qual(is) tipo(s) de violência para
com os animais?
50% espancamento físico
30% privação
22% chantagem
• Idade do agressor
79 % + de 30 anos
14% + de 25 a 30 anos
• Escolaridade do agressor
13% Analfabetos
30% Ensino Fundamental Incompleto
33% Ensino Fundamental Completo
9. Agressor segundo sua proximidade familiar
27% companheiro
27% marido
23% ex-companheiro
16% ex-marido
Aggression and Violent BehaviorVolume 12, Issue 5, 2007, 493-
507 Crime Classification and
Offender Typologies
Serial Murder and the Psychology of Violent Crimes
2008
Serial Killers and Serial Rapists
1998 Cruelty to Animals and Interpersonal Violence:
Readings in Research and Application
1998 Child Abuse, Domestic Violence, and Animal Abuse:
Linking the Circles of Compassion for Prevention and Intervention
2001 Safe Havens for Pets: Guidelines for Programs Sheltering Pets
for Women who are Battered.
Children and Animals: Exploring the Roots of Kindness
The International Handbook of Theory and Research on Animal Abuse
and Cruelty
Suspeita de trauma
não – acidental
no animal
sistemática o diagnóstico
Síndrome da Criança Espancada
por analogia denominado
Síndrome do Animal Espancado
Indicadores:
• Relatos de histórias discrepantes sobre o trauma
• Os envolvidos não querem ou não conseguem explicar o que ocorreu
no episódio do trauma
• As explicações sobre o trauma são vagas
• A narrativa não é compatível com a gravidade da apresentação clínica
• Não há demonstração de preocupação com o animal — naturalização
do trauma
• Recorrência de acidentes com animais no ambiente familiar
• Nos acidentes recorrentes são acionados distintos serviços de saúde e
profissionais para dificultar a detecção das causas reais
• Episódios ou mortes violentas entre os membros humanos da família
FATOR DE RISCO RELATIVO À FAMÍLIA
Indicadores:
• Traumas múltiplos
• Lesões com estágios evolutivos distintos
• Sinais comportamentais não usuais do animal
• Raça: pit bulls e rottweilers
• Sexo: machos caninos
• Idade: cães e gatos menores de dois anos de idade e idosos
FATOR DE RISCO : EVIDENCIA
NO EXAME CLÍNICO DO ANIMAL
Indicadores:
• Sexo masculino
• Usuários de drogas
• Pertencentes a segmentos sociais menos favorecidos
• Portadores de Síndrome de Münchausen
FATOR DE RISCO
RELATIVO AO AGRESSOR
Cruelty to Animals and Interpersonal Violence: Readings in Research and Application
Frank Ascione
1998
Child abuse, domestic violence, and animal abuse: linking the circles of compassion for prevention and intervention
Editores:
Frank R. Ascione
Phil Arkow
1999
Animals, the Law and Veterinary Medicine: A Guide to Vetrinary Law
Orland A. Soave
4ª Ed.
2000
Criminal Poisoning: An Investigational Guide for Law Enforcement, Toxicologists, Forensic Scientists, and Attorneys
John H. Trestrail
2000
Animal Cruelty: Pathway to Violence Against People
Kathleen M. Heide
2003
Into the Minds of Madmen: How the FBI's Behavioral Science Unit Revolutionized Crime
Investigation
Don DeNevi
John H.Campbell
Stephen Band
John E. Otto
2004
Brute Force: policing animal cruelty
Arnold Arluke.
2004
Children and Animals: Exploring the Roots of Kindness and Cruelty
Frank R Ascione
2005
Domestic violence at the margins: readings on race, class, gender, and culture
edited by
Natalie J. Sokoloff/
Chiristina Pratt
2005
7. The Intersectionality of Domestic
Violence and Welfare
in the Lives of Poor Women
Jyl Josephson
Forensic investigation of animal cruelty:
a guide for veterinary and law enforcement professionals
Leslie Sinclair Melinada Merck
2006
Silent Victims: Recognizing and Stopping Abuse of the Family Pet
Tom Flanagan Pamela Carlisle-Frank
2006
Veterinary forensics : animal cruelty investigations
Melinda Merck
2007
Introduction to veterinary and comparative forensic medicine
John E. Cooper
Margaret E Cooper
2007
O cientista deve ter a consciência de como o seu trabalho pode criar uma vida melhor....
A motivação de ser bom vem da consciência de sua importância na vida
das pessoas.
Roberto Shinyashiki ( psiquiatra )
Trabalhe com amor no coração / setembro de 2007
Murar o medo, por Mia Couto
Eis o que nos dizem: para superarmos as ameaças
domésticas precisamos de mais polícia, mais prisões, mais
segurança privada e menos privacidade. Para enfrentar as
ameaças globais precisamos de mais exércitos, mais
serviços secretos e a suspensão temporária da nossa
cidadania. Todos sabemos que o caminho verdadeiro tem
que ser outro. Todos sabemos que esse outro caminho
começaria pelo desejo de conhecermos melhor esses que,
de um e do outro lado, aprendemos a chamar de ―eles‖.
Heidi Ponge Ferreira
(11)9 9903 8799
heidi.pongeferreira
heidiponge
Heidi Ponge Ferreira