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Wanderson Kleber de Oliveira CoordenadorGeralde Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis Secretaria de Vigilância em Saúde Brasília, 21 de março de 2016 MICROCEFALIA E/OU ALTERAÇÕES DO SNC ESPII

CT Epidemiologia - 21.03.16 - Microcefalia e/ou alterações do SNC ESPII

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Wanderson  Kleber  de  OliveiraCoordenador-­‐Geral  de  Vigilância  e  Resposta  às  Emergências  em  Saúde  PúblicaDepartamento  de  Vigilância  das  Doenças  TransmissíveisSecretaria  de  Vigilância   em  Saúde

Brasília,  21  de  março  de  2016

MICROCEFALIA E/OU ALTERAÇÕES DO SNCESPII

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Início  do  evento

*Gestante   com  exantema,  aborto  espontâneo,  feto  com  microcefalia  e  natimorto

8/12  -­‐ Presidenta  Dilma  com  governadores:  construção  de  estratégias  de  enfrentamento

09/12  -­ Divulgação  do  Protocolo  de  Microcefalia  – Vigilância,  versão  1  – alteração  de  PC  para  32  cm  e  outras*

13/12  -­ Campanha  para  gestantes  sobre  Zika  e  microcefalia

14/12  -­ Divulgação  do  Protocolo  de  Microcefalia  – Atenção  à  Saúde

Implantação  da  Sala  Nacional  de  Comando  e  Controle  (SNCC)    

Semanas  Natal  e  Ano  Novo:Videoconferência  com  todas  as  SES

Convocação  do  Grupo  Executivo  Interministerial  de  Emergências  em  Saúde  Pública  de  Importância  Nacional  e  Internacional  (GEI-­ESPII)

Elaboração  do  Plano  de  Enfrentamento  do  Aedes e  suas  consequências

Identificação  do  vírus  Zika

10/11  -­ Ativado  o  Centro  de  Operações  de  Emergência  em  Saúde  Pública  (Coes)

12/11  -­‐ Declaração  de  Emergência  em  Saúde  Pública

17/11  -­ Primeiras  diretrizes  nacionais  para  microcefalia  (33  cm)

17/11  -­ Confirmação  do  vírus  Zika  em  líquido  amniótico  em  gestantes  da  PB  – Fiocruz  

24/11  -­ Coletiva  de  Imprensa1°Anúncio  oficial

24/11  -­ Início  da  veiculação  de  campanha  contra  Aedes  já  com  informação  sobre  Zika

28/11  -­ Confirmada  pelo  IEC/SVS  a  relação  da  microcefalia  com  a  infecção  pelo  vírus  Zika

22/10  -­‐ Notificação  de  PE  ao  MS

23/10  -­‐ Notificação  à  OMS  -­‐ RSI

Confirmação  da  alteração  do  padrão

26/10  -­‐ Início  das  investigações  conjuntas

Abril Agosto Outubro Novembro Dezembro

2015

Linha  do  tempo

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Janeiro Fevereiro2016

12/01  -­ Diretriz  nacional  para  estimulação  precoce  de  bebês  com  microcefalia  (SAS)

CDC/EUA  – Identificação  de  4  casos  de  vírus  Zika

20/01  -­ Identificação  do  vírus  Zika  em  placenta

Ajustes  nas  definições  operacionais

Reunião  de  especialistas  para  vigilância  do  Zika

Reunião  de  especialistas  em  infecções  congênitas    e  saúde  materno-­infantil  para  definição  de  caso

Declaração  de  Emergência  em  Saúde  Pública  de  Importância  Internacional  – ESPII

12/02  -­ Campanha  “#Zika  Zero”

13/02  -­ Mobilização  Nacional  “#Zika  Zero”

17  e  18/02  -­ Novas  tecnologias  de  controle  de  vetor

19/02  -­ Mobilização  Nacional  “Dia  Z”

17/02  – Publicada  a  Portaria  GM  N.  204,  que  define  a  lista  nacional  de  notificação  compulsória  (incluindo  Zika  como  DNC)

Linha  do  tempo

10/03  – Novo  protocolo  com  definições  de  casos

Março

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Resposta  à  ESPII http://combateaedes.saude.gov.br/

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Ministérioda  Saúde:  Fiocruz,  IEC  e  Anvisa

Secretaria  de  Governo  da  

Presidência  da  República

Ministério  da  Integração  

NacionalMinistério  da  Defesa

Casa   Civil  da  Presidência  da  República

Ministério  da  Educação

EBSERH

Ministério  do  Desenvolvimento

Social

Plano  Nacional  de  Enfrentamento  à  Microcefalia

GOVERNO FEDERAL

Opas/OMS

Conass  e  Conasems

SES  e  SMS

Ministério  da  Indústria  e  do  Comércio

Agência  Nacional  de  Saúde  

Suplementar

Outros:Poder  legislativo

Sociedades  científicasSociedade  civil

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Plano  Nacional  de  Enfrentamento  – Frentes  de  ações  

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§ Criação  da  Sala  Nacional  de  Coordenação  e  Controle  (SNCC)  para  o  Enfretamento  da  Dengue,  da  febre  Chikungunya  e  do  vírus  Zika,  e  também  das  salas  estaduais  e  municipais  • Articulação  com  estados,  DF,  municípios   e  parceiros  para  o  combate  ao  mosquito• Videoconferências   semanais• Planejamento  estratégico  de  ações  e  articulações  

§ A  SNCC  é  referência  para  informações  estratégicas  e  monitoramento  dos  resultados

Eixo  1  – Mobilização  e  combate  ao  mosquito  (exemplo)

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§ Ampliação  da  capacidade  de  análise  em  20  vezes  – total  de  20.000  análises/mês• Atualmente,  os  laboratórios   de  referência  que  realizam  análises   para  vírus  Zika são:  Instituto  Evandro  Chagas  (IEC-­‐PA),  Fundação  Oswaldo  Cruz  (Fiocruz  – PE/PR/RJ)  e  Instituto  Adolf  Lutz  (IAL-­‐SP).

Laboratórios  Sentinela/Referência  para  detecção  do  vírus  Zika

Eixo  2  – Cuidado  (exemplo)

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§ Publicação  de  diretrizes  de  estimulação  precoce  para  crianças  de  0  a  3  anos  com  orientações  às  equipes  para  o  cuidado  de  crianças  com  microcefalia

§ Qualificação  de  profissionais   para  a  resposta  à  ocorrência  de  microcefalia  relacionada  à  infecção  pelo  vírus  Zika (Portaria  SGTES  n.  3,  de  11  de  janeiro  de  2016)

§ Serviço  gratuito  de  telefonia  pelo  número  0800.644.6543 para  enfermeiros,  ACS  e  ACE

Eixo  2  – Cuidado  (exemplo)

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§ Cinco  reuniões  com  especialistas  de  todo  o  Brasil  e  exterior  para  definições  de  casos  de  microcefalias  e  para  vigilância  do  Zika

§ Treinamento  para  Diagnóstico  Laboratorial  do  Zika no  IEC/Belém,  18  a  22  de  janeiro  2016,  contou  com  a  participação  de  representantes  do  Paraguai,  Bolívia,  Peru,  Uruguai  e  Equador

Eixo  2  – Desenvolvimento  tecnológico  educação  e  pesquisa

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§ Estudo de  séries de  casos para  documentação e  análise dos  casos de  microcefalia ao nascer.  MS,  SES-­‐PE  e  FIOCRUZ/PE

§ Estudo Caso-­‐Controle para  identificação dos  fatores associados à  microcefalia ao nascer.  FIOCRUZ-­‐PE  e  OPAS

§ Estudo de  coorte para  identificação da  frequência de  microcefalia ao nascer em filhos de  grávidas que  apresentaram exantema.  FIOCRUZ-­‐PE

§ Estudos ecológicos para  descrição da  curva epidêmica,   identificação de  sobreposição de  casos e  elaboração de  cenários futuros,   estimativas de  prevalência e  modelos preditivos considerando diferentes intervençõesrealizadas.  CGIAE/SVS.  Em andamento

§ Estudo de  seguimento das  crianças com  microcefalias.  FIOCRUZ-­‐PE

§ Estudos caso controle sobre microcefalia e    Síndrome de  Guillain-­‐Barré (SGB)  nos estados de  Pernambuco,  Paraíba e  Bahia.  Com  CDC  – EEUU

Eixo  2  – Desenvolvimento  tecnológico  educação  e  pesquisa

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§ Desenvolvimento da  vacinade  Zika.  Fiocruz  (Biomanguinhos)  e  Instituto  Butantãestãoà  frente desta ação

§ Pesquisa em várias frentes,  incluindo vacina.  Entendimento bilaterial Brasil/Estados Unidos,  reuniões dias 17  e  18/02  naOPAS

§ Pesquisa sobre zika/microcefalia.  CDC  e  Ministério da  Saúde  naParaíba (18/02/10)

§ Convênio IEC/MS  e  Universidadedo  Texas  para  desenvolvimento de  vacina.  Acordo de  cooperação em 11/02

§ Especialistas buscamnovas formas de  combateao vetorAedes aegypit.Reunião dias 16  e  17/02

§ Uso do  mosquito  transgênico ematividadepiloto em um  município acima de  500.000  habitantes.  Realizadopor USP/SCTIE/SVS

§ Utilizar mosquito  infectado com  Wolbachia em atividade piloto em um  município acima de  500.000  habitantes.  Realizadopela  SCTIE  e  Fiocruz

Eixo  2  – Desenvolvimento  tecnológico  educação  e  pesquisa

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Microcefalia  e/ou  alterações  do  Sistema  Nervoso  Central  e  a  

relação  com  vírus  Zikawww.saude.gov.br/svs

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ALTERAÇÕES CONGÊNITAS

§ São alterações morfológicas e/ou funcionais detectáveis na gestação e aonascer e que exibem manifestações clínicas muito diversificadas, de dismorfiasleves até defeitos complexos de órgãos que podem apresentar-­‐se isolados ouassociados.

§ Algumas anomalias importantes podem ser diagnosticadas antes donascimento, podendo ser leves ou graves e muitas podem ser tratadas oureparadas. Apesar disso, amaioria trata-­‐se depois do parto oumais adiante.

§Malformações congênitas constituema principal causa demortalidade infantil.

§ Aproximadamente 3-­‐4%dos recém-­‐nascidos têm algumdefeito congênito.

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TERATOGÊNESE§ A  fase  embrionária  é  a  mais  prejudicada,  podendo   afetar  várias  estruturas.  

§ Após  a  fecundação,  entre  15  e  25  dias,  o  teratógeno  afeta  o  cérebro;  

§ de  24  a  40  dias,  os  olhos;  § de  20  a  40  dias,  o  coração;  § de  24  a  36  dias,  os  membros;  

§ de  45  dias  em  diante,  a  genitália.  

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ANOMALIAS CONGÊNITAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Source:  adapted,  with   permsiion from  the  publisher,   from  Botto et  al.  N.  Engl.  J.  Med.  1999;341:1509–19.

Inencefalia

Cranioraquisquise

Espinha  Bífida  Aberta

Anencefalia

Encefalocele

Espinha  Bífida  Fechada

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§ Microcefalia: recém-­‐nascidos  com  um  perímetro  cefálico  inferior  a  -­‐2  desvios-­‐padrão,  ou  seja,  mais  de  2  desvios-­‐padrão  abaixo  da  média  para  idade  gestacional  e  sexo.  

§ Microcefalia  grave:  recém-­‐nascidos  com  um  perímetro  cefálico  inferior  a  -­‐3  desvios-­‐padrão,  ou  seja,  mais  de  3  desvios-­‐padrão  abaixo  da  média  para  idade  gestacional  e  sexo.

§ Segundo  a  OMS,  os  recém-­‐nascidos  com  microcefalia  que  apresentam  anormalidade  estruturais  do  cérebro,  diagnosticadas  por  exames  de  imagem  ou  anormalidades  neurológicas  ou  de  desenvolvimento,  devem  ser  classificadas  como  tendo  “Microcefalia  com  anormalidade  do  cérebro”  (5).  

Sobre  a  microcefalia

Fonte:  OMS,  2016

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Recomendações  da  OMS§ Todas  os  neonatos  devem  receber  avaliação  e  acompanhamento  regular  

durante  a  infância,  incluindo:  taxa  de  crescimento  da  cabeça,  histórico  da  gestação,  materno  e  familiar,  avaliação  de  desenvolvimento,  exames  físicos  e  neurológicos,  incluindo  avaliação  da  audição  e  ocular  para  identificação  de  problemas.

§ Para  detecção  de  anormalidades  estruturais  do  cérebro,  a  OMS  recomenda  que  o  exame  de  ultrassonografia  transfontanela  poderá  ser  realizado  quando  o  tamanho  da  fontanela  for  suficiente  para  este  procedimento.  Para  os  neonatos  que  apresentam  Microcefalia  Grave  (-­‐3  desvios-­‐padrão),  deve  ser  realizada  a  Tomografia  Computadorizada  do  Cérebro  ou  Ressonância  Magnética.  

Fonte:  OMS,  2016

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Sobre  a  microcefalia§ Cerca  de  3%  dos  lactentes  apresentam  malformações  estruturais  significativas  detectáveis  no  nascimento  e  a  maioria  (65%)  não  tem  etiologia  conhecida.

§ A  microcefalia  é  frequentemente  está  associada  com  atraso  no  desenvolvimento  intelectual,  motor  e  alterações  neurológicas;

§ Para  o  PC  menor  que  2  DP  abaixo  da  média,  estima-­‐se  entre  0,56%  a  0,54%  das  crianças  e  para  3  DP  e  somente  0,1%  das  crianças  diagnosticadas  com  microcefalia;

§ A  incidência  de  atraso  no  desenvolvimento,  correlacionado  com  o  PC  menor  que  a  média  é  de  11%  para  2  DP  e  51%  para  3  DP;

Fonte:  Leibovitz,  Z.,  et  al.   "Microcephaly  at  birth-­‐the  accuracy  of  three  references  for  fetal  head  circumference.  How  can  we  improve  prediction?." Ultrasound  in  Obstetrics  &  Gynecology (2015)  e  Manual  de  Obstetrícia  de  Williams  -­‐ 23ed:  Complicações  na  Gestação

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IMAGENS AUTORIZADAS DE CRIANÇAS COM MICROCEFALIA.REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE,  01/08  A 31/10/2015.  

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USG  do  feto  na  30a  semana  de  gestação

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(A)  Crânio  com  microcefalia  grave  (215  mm)  e  hidranencefalia

(B)  Fossa   posterior  com  a  destruição  do  vermis  cerebelar  (seta  larga)  e  edema  nucal (seta  fina);

(C)  Tórax  com  derrame  pleural  bilateral  (seta)

(D)  Abdômen   com  ascite  (seta  larga)  e  edema  subcutâneo   (seta  fina).

Fonte:  Zika  Virus  Infection  and  Stillbirths:  A  Case  of  Hydrops  Fetalis,  Hydranencephaly and  Fetal  Demise   10.1371/journal.pntd.0004517

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Principais  alterações  sugestivas  de  infecção  congênitaobservadas  em  exames  de  imagem

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EXAME PRINCIPAIS  ALTERAÇÕES  OBSERVADAS  NOS  CASOS  DE  MICROCEFALIA   COM  ALTERAÇÕES  NO  CÉREBROUltrassonografia  durante  a  gestação

• Calcificações cerebrais• Alterações ventriculares• Alterações de fossa posterior:

o Hipoplasia de cerebeloo Hipoplasia do vermis cerebelaro Alargamentoda fossa posterior maior que 10mmo Agenesia/hipoplasia de corpo caloso.

Ultrassonografia  transfontanela

• Atrofia cortical difusa• Encefalomalácia• Calcificações encefálicas• Ventriculomegalia ex-­‐vácua• Disgenesia de corpo caloso• Atrofia do corpo caloso com calcificação• Atrofia de cerebelo com espessamentodo tentório

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Principais  alterações  sugestivas  de  infecção  congênitaobservadas  em  exames  de  imagem

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EXAME PRINCIPAIS  ALTERAÇÕES  OBSERVADAS  NOS  CASOS  DE  MICROCEFALIA  COM  ALTERAÇÕES  NO  CÉREBROTomografia  Computadorizada  (TC)  e  Ressonância  Magnética  (RM)

• Calcificações no parênquima encefálico: predominam em situação córtico-­‐subcortical, tálamos e núcleos dabase. Calcificações periventriculares são vistas, mas esta não é a localização mais frequente, ao contrário doque é descrito nas infecções pelo CMV. O número das calcificações é bastante variável e aparentemente éindependentedas demais alterações.

• Ventriculomegalia: na grande maioria dos casos parecedecorrer deperda de volumedo parênquima, enão dehidrocefalia. Há comprometimento mais frequente dos ventrículos laterais, mas os demais ventrículos tambémpodem estar dilatados.

• Malformação do desenvolvimento cortical: É sem dúvida outra alteração muito frequente. Nos cérebrosmaiscomprometidos há nítida lisencefalia, o que deve ocorrer em aproximadamente 20% dos casos. Em muitoscasos, talvez a maioria, há apenas alargamento das fissuras sylvianas, possivelmente pela presença depolimicrogiria.

• Hipoplasia do tronco cerebral e cerebelo: Talvez menos frequente que as outras alterações. Nos casos maisgraves há uma hipoplasia muito acentuada destas estruturas, mas na maioria há apenas hipoplasia do vermecerebelar. Em pelo menos dois casos, dentre aproximadamente 80, foi identificada uma má-­‐formação deDandy-­‐Walker.

• Alteração da atenuação da substância branca: são vistas áreas hipoatenuantes na substância branca e, emalguns poucos casos, foram vistos cistos subcorticais.

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Principais  alterações  sugestivas  de  infecção  congênitaobservadas  em  exames  de  imagem

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A  ressonância  magnética  tem  um  papel  importante  na  avaliação  desses  pacientes.  Cerca  

de  15%  das  crianças  com  perímetro  cefálico  reduzido,  que  foram  avaliadas  no  IMIP,  apresentam  

um  exame  praticamente  normal  ou  minimamente  alterado.  Há  casos  em  que  há  apenas  uma  

discutível  alteração  da  substância  branca  ou  um  discreto  alargamento  das  fissuras  sylvianas.  

É  bem  possível  que,  nestes  casos,  a  Ressonância  demonstre  alterações  que  não  são  vistas  

na  tomografia.  Mesmo  nos  casos  onde  as  alterações  são  claramente  evidentes  na  tomografia,  a  

ressonância  deve  permitir  uma  melhor  avaliação  das  malformações,  especialmente  por  

possibilitar  uma  melhor  caracterização  das  alterações  corticais  e  uma  melhor  avaliação  da  

substância  branca.

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Objetivos  da  vigilânciaGeral

Descrever  o  padrão  epidemiológico  de  ocorrência  de  microcefalias  e/ou  alterações  do  sistema  nervoso  central  relacionadas  às  infecções  congênitas  no   território  nacional.  

Específicos

§ Garantir  o  registro  no  RESP  (Registro  de  Eventos  em  Saúde  Pública)  de  todos  os  casos  de  microcefalia,  para  que  a  Atenção  à  Saúdepossa  identificar  e  acompanhar  os  que  apresentam  sinais  de  atraso  no  desenvolvimento  neuropsicomotor   (DNPM),  independente  da  causa  da  microcefalia;

§ Identificar  entre  os  casos  notificados,  aqueles  que  apresentam  alterações  típicas  sugestivas  de  infecção  congênita  (calcificações,  alterações  nos  ventrículos  cerebrais  etc.),  para  que  a  Vigilância  em  Saúde  possa  monitorar  o  padrão  epidemiológico  dos  casos  de  microcefalia  relacionadas  às  infecções  congênitas;

§ Investigar  os  casos  de  infecções  congênitas  pelo  vírus  zika  e  STORCH  (sífilis,  toxoplasmose,  rubéola,  citomegalovírus,  herpes simplex);

§ Descrever  as  características  das  complicações  relacionadas  à  infecção  pelo  vírus  Zika,  na  gestação  e  no  pós-­‐parto;

§ Orientar  a  utilização  das  medidas  de  prevenção  e  controle  disponíveis;

§ Elaborar  e  divulgar  informações  epidemiológicas.

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Vigilância  e  Atenção  à  Saúde

Atenção  à  Saúde•Casos  de  distúrbio  neuropsicomotor  •RN  e  Criança

Vigilância  em  Saúde•Casos  sugestivos  de  infecção  congênita

•Em  todo  o  grupo  notificado

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Feto

Aborto

Natimorto

Recém-­‐nascido  (<=  28  dias)

Criança  (>28  dias)

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Definições  operacionais  para  notificação  e  investigação  epidemiológica

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GRUPO  1:  Identificação  de  feto  com  alterações  do  Sistema  Nervoso  Central  (SNC),  durante  a  gestação

CASO  NOTIFICADO:  Feto  que  apresente,  pelo  menos,   um  dos  seguintes  critérios  referentes  às  alterações  do  sistema  nervoso   central,  identificadas   em  exame  ultrassonográfico:

Presença  de  calcificações  cerebrais  E/OUPresença  de  alterações  ventriculares  E/OUPelo  menos  dois dos  seguintes   sinais  de  alterações  de  fossa  posterior:  hipoplasia   de  cerebelo,  hipoplasia   do  vermis cerebelar,  alargamento  da  fossa   posterior  maior  que  10mm  e  agenesia/hipoplasia   de  corpo  caloso.

Feto: considera-­‐se   feto  da  8ª  semana  de  gestação  até  o  nascimento.  

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Definições  operacionais  para  notificação  e  investigação  epidemiológica

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GRUPO  2:  Identificação  de  abortamentos  sugestivos  de  infecção  congênita

CASO  NOTIFICADO:  

aborto  de  gestante  com  suspeita  clínica  e/ou  resultado   laboratorial  compatível  com  doença  exantemática  aguda  durante  a  gestação.

Aborto:  é  o  produto   da  concepção  expulso   no  abortamento  (perda  fetal  ocorrida  até  22  semanas  de  gestação)  

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Definições  operacionais  para  notificação  e  investigação  epidemiológica

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GRUPO  3:  Identificação  de  natimorto  sugestivo  de  infecção  congênita  

CASO  NOTIFICADO:  Natimorto  de  gestante  com  suspeita   clínica  E/OU resultado   laboratorial  compatível  com  doença  exantemática  aguda  durante  a  gestação,  que  apresente:• Medida  do  perímetro  cefálico  menor  ou  igual  a  -­‐2  desvios-­‐padrão,   para  

idade  gestacional  e  sexo,  de  acordo  com  Tabela  do  Intergrowth (anexo  1),  quando  possível   ser  mensurado  OU

• Apresentando   anomalias  congênitas  do  Sistema  Nervoso  Central,  tais  como:  Inencefalia,  encefalocele,  espinha  bífida  fechada,  espinha  bífida  aberta,  anencefalia  ou  cranioraquisquise,   além  de  malformações  estruturais  graves,  como  a  artrogripose múltipla   congênita  (AMC).  

Natimorto  ou  óbito  fetal: é  a  morte  do  produto  da  gestação  antes  da  expulsão  ou  de  sua  extração  completa  do  corpo  materno,  independentemente  da  duração  da  gravidez.  Indica  o  óbito  o  fato  de,  depois  da  separação,  o  feto  não  respirar  nem  dar  nenhum  outro  sinal  de  vida  como  batimentos  do  coração,  pulsações  do  cordão  umbilical  ou  movimentos  efetivos  dos  músculos  de  contração  voluntária

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Definições  operacionais  para  notificação  e  investigação  epidemiológica

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GRUPO  4:  Identificação  de  recém-­‐nascido  com  microcefalia  

CASO  NOTIFICADO:  • RN  com  menos   de  37  semanas  de  idade  gestacional,  apresentando  

medidaA,B do  perímetro  cefálico  menor  que  -­‐2  desvios-­‐padrão,   segundo  a  tabela  do  Intergrowth,  para  a  idade  gestacional  e  sexo  – anexo  1  e  2.  

• RN  com  37  semanas  ou  mais  de  idade  gestacional,  apresentando  medidaA,B do  perímetro  cefálico  menor  ou  igual  a  31,5  centímetrospara  meninas  e  31,9  para  meninos, equivalente  a  menor  que  -­‐2  desvios-­‐padrãoC para  a  idade  da  neonato  e  sexo,   segundo   a  tabela  da  OMS  – anexo  3  e  4.  

Observação:• Para  notificação,   a  medida  deve  ser  realizada  a  partir   de  24  horas  após  o  nascimento,   dentro  da  

primeira   semana  de  vida  e  comparada  com  as  tabelas  de  referência.  • Em  situações  excepcionais,   em  que  a  alta  ocorrer   antes  das  24  horas,  a  medição  para  notificação   poderá  

ser  realizada  antes  da  saída  da  unidade  de  saúde.  Entretanto,   deverá  ser  realizada  nova  medida,  preferencialmente   na  primeira   semana,  pelo  serviço  de  referência  para  acompanhamento   do  Crescimento   e  Desenvolvimento  e  essa  informação  deverá  ser  repassada  para  o  serviço  de  vigilância  do  município.  

• Após  a  primeira   semana  de  vida,  adotar  a  medida  correspondente   para  idade  e  sexo,  disponível  nas  tabelas  de  referência   (anexos).  

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Exemplo:  Recém-­‐nascido  pré-­‐termo

§ Nascimento  de  recém-­‐nascido  ocorreu  na  28  semanas  de  gestação  (pré-­‐termo),  deve  utilizar  os  Padrões  Internacionais  de  Crescimento  do  Feto  e  do  Recém-­‐nascido  (Projeto  Intergrowth-­‐21st).    

Exemplo  1  –Recém-­nascido  pré-­termo  (28  semanas)  do  sexo  masculino

Exemplo  2– Recém-­nascido  pré-­termo  (28  semanas)  do  sexo  feminino

PC  registrado  <  2  DP  =  Microcefalia  PC  registrado  <  3  DP  =  Microcefalia  severa

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Exemplo:  Recém-­‐nascido  A  termo§ Nascimento  de  recém-­‐nascido  ocorreu  na  38  semanas  de  gestação  (a  termo),  deve  utilizar  os  OMS.    

Exemplo  3  – Recém-­nascido  a  termo  (38  semanas)  do  sexo  masculino

Exemplo  4  – Recém-­nascido  a  termo(38  semanas)  do  sexo  feminino

PC  registrado  <  2  DP  =  Microcefalia  PC  registrado  <  3  DP  =  Microcefalia  severa

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§ Criação  de  formulário  online de  Registro  dos  casos  suspeitos  (RESP)  de  microcefalia  pela  rede  pública  e  privada  para  agregar  as  notificações,  de  forma  a  facilitar  a  gestão  das  informações  relacionadas  ao  evento

FORMULÁRIO  RESP  – WWW.RESP.SAUDE.GOV.BR/MICROCEFALIA

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§ A  notificação  do  caso  suspeito   de  microcefalia  no  RESP  não  exclui  a  necessidade  de  se  notificar  o  mesmo  caso  no  Sistema  de  Informações   sobre  Nascidos  Vivos  (SINASC)

“Crânio  pequeno  congênito,  definido  por  um  perímetro  cefálico  (PC)  abaixo  do  3º  desvio  padrão  das  curvas  apropriadas   para  idade  e  sexo.  (Se  utilizar  uma  cut-­‐off  diferente  (ex.:  2  desvios  padrão),   especificar  o  critério  

utilizado).  Excluir  microcefalia  associada   com  anencefalia  [Q00.-­‐]  ou  cefalocele  [Q01.-­‐].”

SINASC  – Microcefalia  Grave

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SINASC  – Microcefalia  Grave  – Brasil  e  Nordeste

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SINASC  – Microcefalia  Grave  – Brasil  e  Nordeste

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SINASC  – Microcefalia  Grave

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SINASC  – Microcefalia  Grave

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REGIÕES  E  UNIDADES  FEDERADAS

Total  acumulado1

de  casos  notificados  de  2015  a  2016

Casos  notificados  de  Microcefalia  e/ou  Alterações  do  SNC2 ,  sugestivos  de  infecção  congênita,  em  fetos,  abortamentos,  

natimortos  ou  recém-­‐nascidos.Permanecem  em  investigação

Investigados  e  confirmados  2,3

Investigados  e  descartados  4

Brasil 6.480 4.231 745 1.182REGIÃO  NORDESTE 5.149 3284 833 1.032REGIÃO  SUDESTE 692 557 11 124REGIÃO  NORTE 211 185 4 22REGIÃO  CENTRO-­‐OESTE 348 210 14 124

REGIÃO  SUL 80 32 1 47

Distribuição  acumulada  dos  casos  notificados  de  microcefalia  e/ou  alterações  do  SNC,  segundo  definições  do  Protocolo  de  Vigilância.  Brasil,  de  08  de  novembro  de  2015  a  12  de  março  de  2016  (SE  45/2015  -­ SE  10/2016)

DADOS  REPASSADOS  PELAS  SECRETARIAS  ESTADUAIS  DE  SAÚDE  POR  EMAIL  ATÉ  14  DE  MARÇO  ÀS  18H,  REFERENTE  A  SE  COMPLETA  (12/03)

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Distribuição  espacial  com  casos  confirmados  de  microcefalia  e/ou  alteração  do  SNC,  Brasil,  até  a  SE  10/2016.

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Increase  in  Reported  Prevalence  of  Microcephaly  in  Infants  Born  to  Women  Liv ing  in  Areas  with  Confirmed  Zika  Virus  Transmiss ion  During  the  First  Trimester  of  Pregnancy  — Brazil,  2015

Number  of  reported  cases  of  microcephaly*  in  full-­term† newborns  following  laboratory-­confirmed  Zika  virus  transmission§— Pernambuco  state,  Brazil,  2015

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Increase  in  Reported  Prevalence  of  Microcephaly  in  Infants  Born  to  Women  Liv ing  in  Areas  with  Confirmed  Zika  Virus  Transmiss ion  During  the  First  Trimester  of  Pregnancy  — Brazil,  2015

Number  of  reported  cases  of  microcephaly*  in  full-­term† newborns  following  laboratory-­confirmed  Zika  virus  transmission§— Paraíba and  Bahia  state,  Brazil,  2015

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Comparação  do  número  de  casos  de  microcefalia  grave  (-­‐3  dp)  entre  os  anos  de  2000-­‐14  com  o  ano  de  2015  no  Brasil  

Regiões  geográficas

2000  a 2014 2015

Nº  Estados Média  anual de  número   de  casos

Total de  casos

Média  do numero  de  nascidos  vivos

Prevalência  de  microcefalia   ao nascer

Nº  de  estados  com  registro   de  transmissão  autóctone de  vírus  Zila

Norte 2 14,1 11 310.508 0,4 2

Nordeste 9 43,5 471 842.270 5,6 8

Sudeste 3 65,2 58 1.137.408 0,5 2

Sul 1 21,5 3 376.599 0,1 0

Centro   Oeste 4 13,0 31 226.500 1,4 3

TOTAL 19 157,3 574 2.893.285 2,0 15

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Fonte:  Kleber  de  Oliveira  W,  Cortez-­‐Escalante   J,  De  Oliveira  WT,  et  al.  Increase in  Reported Prevalence of  Microcephaly   in  Infants Born  to Women Living  in  Areas withConfirmed Zika  Virus Transmission During the  First Trimester of  Pregnancy — Brazil,   2015.  MMWR  MorbMortal  Wkly Rep  2016;65:242–247.  DOI:  http://dx.doi.org/10.15585/mmwr.mm6509e2.

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RESP  – até  SE08

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RESP  – até  SE08

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Page 46: CT Epidemiologia - 21.03.16 - Microcefalia e/ou alterações do SNC ESPII

RESP  – até  SE08

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Number  of  notified  cases  of  Zika  virus  (blue)  in  5,599  municipalities  in  Brazi l,  per  week,  which  peaked  in  12-­‐18  July  2015  (n =  2,791  cases),  while  the  number  of  suspected  and  confirmed  microcephaly  cases  peaked  in  22-­‐28  November  (n  =  452).  

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Fonte:  Revista  Science  -­ Zika  virus  in  the  Americas:  early  epidemiological   and  genetic  findings  (Prelo –24março)

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Molecular  clock  phylogeny  of  the  ZIKV  American  outbreak  estimated  from  full  genome  sequences,  available  11th February  2016

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Fonte:  Revista  Science  -­ Zika  virus  in  the  Americas:  early  epidemiological   and  genetic  findings  (Prelo – 24março)

French  Polynesia,  Thailand,  Indonesia,  Malaysia,  Cambodia,  New  Caledonia,  see  a  detailed  figure  per  country  in  SI  Section  5)  aggregated  for  20  Brazilian  national  airports.  

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Solicitações§ Para  evitarmos  divergências  nos  números  registrados,  é  importante  que  todos  os  Estados  e  Municípios  adotem  as  semanas  epidemiológicas  como  referência  para  divulgação  dos  Boletins.  Caso  seja  necessário  publicar  em  períodos  separados,  que  deixe  claro  que  quantidade  é  referente  ao  período  incompleto

§ Que  as  bases  de  dados  que  são  utilizadas  para  comunicação  ao  MS  sejam  enviadas  para  o  CIEVS/SVS  semanalmente

§ Que  o  número  consolidado  seja  enviado  toda  segunda-­‐feira  até  15h  (hora  de  Brasília)  para  que  seja  possível  consolidar  e  divulgar  o  Informe  na  manhã  de  terça

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http://combateaedes.saude.gov.brwww.saude.gov.br/svs