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Wanderson Kleber de OliveiraCoordenador-‐Geral de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde PúblicaDepartamento de Vigilância das Doenças TransmissíveisSecretaria de Vigilância em Saúde
Brasília, 21 de março de 2016
MICROCEFALIA E/OU ALTERAÇÕES DO SNCESPII
Início do evento
*Gestante com exantema, aborto espontâneo, feto com microcefalia e natimorto
8/12 -‐ Presidenta Dilma com governadores: construção de estratégias de enfrentamento
09/12 - Divulgação do Protocolo de Microcefalia – Vigilância, versão 1 – alteração de PC para 32 cm e outras*
13/12 - Campanha para gestantes sobre Zika e microcefalia
14/12 - Divulgação do Protocolo de Microcefalia – Atenção à Saúde
Implantação da Sala Nacional de Comando e Controle (SNCC)
Semanas Natal e Ano Novo:Videoconferência com todas as SES
Convocação do Grupo Executivo Interministerial de Emergências em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII)
Elaboração do Plano de Enfrentamento do Aedes e suas consequências
Identificação do vírus Zika
10/11 - Ativado o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coes)
12/11 -‐ Declaração de Emergência em Saúde Pública
17/11 - Primeiras diretrizes nacionais para microcefalia (33 cm)
17/11 - Confirmação do vírus Zika em líquido amniótico em gestantes da PB – Fiocruz
24/11 - Coletiva de Imprensa1°Anúncio oficial
24/11 - Início da veiculação de campanha contra Aedes já com informação sobre Zika
28/11 - Confirmada pelo IEC/SVS a relação da microcefalia com a infecção pelo vírus Zika
22/10 -‐ Notificação de PE ao MS
23/10 -‐ Notificação à OMS -‐ RSI
Confirmação da alteração do padrão
26/10 -‐ Início das investigações conjuntas
Abril Agosto Outubro Novembro Dezembro
2015
Linha do tempo
Janeiro Fevereiro2016
12/01 - Diretriz nacional para estimulação precoce de bebês com microcefalia (SAS)
CDC/EUA – Identificação de 4 casos de vírus Zika
20/01 - Identificação do vírus Zika em placenta
Ajustes nas definições operacionais
Reunião de especialistas para vigilância do Zika
Reunião de especialistas em infecções congênitas e saúde materno-infantil para definição de caso
Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional – ESPII
12/02 - Campanha “#Zika Zero”
13/02 - Mobilização Nacional “#Zika Zero”
17 e 18/02 - Novas tecnologias de controle de vetor
19/02 - Mobilização Nacional “Dia Z”
17/02 – Publicada a Portaria GM N. 204, que define a lista nacional de notificação compulsória (incluindo Zika como DNC)
Linha do tempo
10/03 – Novo protocolo com definições de casos
Março
Resposta à ESPII http://combateaedes.saude.gov.br/
4
Ministérioda Saúde: Fiocruz, IEC e Anvisa
Secretaria de Governo da
Presidência da República
Ministério da Integração
NacionalMinistério da Defesa
Casa Civil da Presidência da República
Ministério da Educação
EBSERH
Ministério do Desenvolvimento
Social
Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia
GOVERNO FEDERAL
Opas/OMS
Conass e Conasems
SES e SMS
Ministério da Indústria e do Comércio
Agência Nacional de Saúde
Suplementar
Outros:Poder legislativo
Sociedades científicasSociedade civil
Plano Nacional de Enfrentamento – Frentes de ações
§ Criação da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) para o Enfretamento da Dengue, da febre Chikungunya e do vírus Zika, e também das salas estaduais e municipais • Articulação com estados, DF, municípios e parceiros para o combate ao mosquito• Videoconferências semanais• Planejamento estratégico de ações e articulações
§ A SNCC é referência para informações estratégicas e monitoramento dos resultados
Eixo 1 – Mobilização e combate ao mosquito (exemplo)
§ Ampliação da capacidade de análise em 20 vezes – total de 20.000 análises/mês• Atualmente, os laboratórios de referência que realizam análises para vírus Zika são: Instituto Evandro Chagas (IEC-‐PA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz – PE/PR/RJ) e Instituto Adolf Lutz (IAL-‐SP).
Laboratórios Sentinela/Referência para detecção do vírus Zika
Eixo 2 – Cuidado (exemplo)
§ Publicação de diretrizes de estimulação precoce para crianças de 0 a 3 anos com orientações às equipes para o cuidado de crianças com microcefalia
§ Qualificação de profissionais para a resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika (Portaria SGTES n. 3, de 11 de janeiro de 2016)
§ Serviço gratuito de telefonia pelo número 0800.644.6543 para enfermeiros, ACS e ACE
Eixo 2 – Cuidado (exemplo)
§ Cinco reuniões com especialistas de todo o Brasil e exterior para definições de casos de microcefalias e para vigilância do Zika
§ Treinamento para Diagnóstico Laboratorial do Zika no IEC/Belém, 18 a 22 de janeiro 2016, contou com a participação de representantes do Paraguai, Bolívia, Peru, Uruguai e Equador
Eixo 2 – Desenvolvimento tecnológico educação e pesquisa
§ Estudo de séries de casos para documentação e análise dos casos de microcefalia ao nascer. MS, SES-‐PE e FIOCRUZ/PE
§ Estudo Caso-‐Controle para identificação dos fatores associados à microcefalia ao nascer. FIOCRUZ-‐PE e OPAS
§ Estudo de coorte para identificação da frequência de microcefalia ao nascer em filhos de grávidas que apresentaram exantema. FIOCRUZ-‐PE
§ Estudos ecológicos para descrição da curva epidêmica, identificação de sobreposição de casos e elaboração de cenários futuros, estimativas de prevalência e modelos preditivos considerando diferentes intervençõesrealizadas. CGIAE/SVS. Em andamento
§ Estudo de seguimento das crianças com microcefalias. FIOCRUZ-‐PE
§ Estudos caso controle sobre microcefalia e Síndrome de Guillain-‐Barré (SGB) nos estados de Pernambuco, Paraíba e Bahia. Com CDC – EEUU
Eixo 2 – Desenvolvimento tecnológico educação e pesquisa
§ Desenvolvimento da vacinade Zika. Fiocruz (Biomanguinhos) e Instituto Butantãestãoà frente desta ação
§ Pesquisa em várias frentes, incluindo vacina. Entendimento bilaterial Brasil/Estados Unidos, reuniões dias 17 e 18/02 naOPAS
§ Pesquisa sobre zika/microcefalia. CDC e Ministério da Saúde naParaíba (18/02/10)
§ Convênio IEC/MS e Universidadedo Texas para desenvolvimento de vacina. Acordo de cooperação em 11/02
§ Especialistas buscamnovas formas de combateao vetorAedes aegypit.Reunião dias 16 e 17/02
§ Uso do mosquito transgênico ematividadepiloto em um município acima de 500.000 habitantes. Realizadopor USP/SCTIE/SVS
§ Utilizar mosquito infectado com Wolbachia em atividade piloto em um município acima de 500.000 habitantes. Realizadopela SCTIE e Fiocruz
Eixo 2 – Desenvolvimento tecnológico educação e pesquisa
Microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso Central e a
relação com vírus Zikawww.saude.gov.br/svs
ALTERAÇÕES CONGÊNITAS
§ São alterações morfológicas e/ou funcionais detectáveis na gestação e aonascer e que exibem manifestações clínicas muito diversificadas, de dismorfiasleves até defeitos complexos de órgãos que podem apresentar-‐se isolados ouassociados.
§ Algumas anomalias importantes podem ser diagnosticadas antes donascimento, podendo ser leves ou graves e muitas podem ser tratadas oureparadas. Apesar disso, amaioria trata-‐se depois do parto oumais adiante.
§Malformações congênitas constituema principal causa demortalidade infantil.
§ Aproximadamente 3-‐4%dos recém-‐nascidos têm algumdefeito congênito.
TERATOGÊNESE§ A fase embrionária é a mais prejudicada, podendo afetar várias estruturas.
§ Após a fecundação, entre 15 e 25 dias, o teratógeno afeta o cérebro;
§ de 24 a 40 dias, os olhos; § de 20 a 40 dias, o coração; § de 24 a 36 dias, os membros;
§ de 45 dias em diante, a genitália.
ANOMALIAS CONGÊNITAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Source: adapted, with permsiion from the publisher, from Botto et al. N. Engl. J. Med. 1999;341:1509–19.
Inencefalia
Cranioraquisquise
Espinha Bífida Aberta
Anencefalia
Encefalocele
Espinha Bífida Fechada
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§ Microcefalia: recém-‐nascidos com um perímetro cefálico inferior a -‐2 desvios-‐padrão, ou seja, mais de 2 desvios-‐padrão abaixo da média para idade gestacional e sexo.
§ Microcefalia grave: recém-‐nascidos com um perímetro cefálico inferior a -‐3 desvios-‐padrão, ou seja, mais de 3 desvios-‐padrão abaixo da média para idade gestacional e sexo.
§ Segundo a OMS, os recém-‐nascidos com microcefalia que apresentam anormalidade estruturais do cérebro, diagnosticadas por exames de imagem ou anormalidades neurológicas ou de desenvolvimento, devem ser classificadas como tendo “Microcefalia com anormalidade do cérebro” (5).
Sobre a microcefalia
Fonte: OMS, 2016
18
Recomendações da OMS§ Todas os neonatos devem receber avaliação e acompanhamento regular
durante a infância, incluindo: taxa de crescimento da cabeça, histórico da gestação, materno e familiar, avaliação de desenvolvimento, exames físicos e neurológicos, incluindo avaliação da audição e ocular para identificação de problemas.
§ Para detecção de anormalidades estruturais do cérebro, a OMS recomenda que o exame de ultrassonografia transfontanela poderá ser realizado quando o tamanho da fontanela for suficiente para este procedimento. Para os neonatos que apresentam Microcefalia Grave (-‐3 desvios-‐padrão), deve ser realizada a Tomografia Computadorizada do Cérebro ou Ressonância Magnética.
Fonte: OMS, 2016
Sobre a microcefalia§ Cerca de 3% dos lactentes apresentam malformações estruturais significativas detectáveis no nascimento e a maioria (65%) não tem etiologia conhecida.
§ A microcefalia é frequentemente está associada com atraso no desenvolvimento intelectual, motor e alterações neurológicas;
§ Para o PC menor que 2 DP abaixo da média, estima-‐se entre 0,56% a 0,54% das crianças e para 3 DP e somente 0,1% das crianças diagnosticadas com microcefalia;
§ A incidência de atraso no desenvolvimento, correlacionado com o PC menor que a média é de 11% para 2 DP e 51% para 3 DP;
Fonte: Leibovitz, Z., et al. "Microcephaly at birth-‐the accuracy of three references for fetal head circumference. How can we improve prediction?." Ultrasound in Obstetrics & Gynecology (2015) e Manual de Obstetrícia de Williams -‐ 23ed: Complicações na Gestação
IMAGENS AUTORIZADAS DE CRIANÇAS COM MICROCEFALIA.REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE, 01/08 A 31/10/2015.
USG do feto na 30a semana de gestação
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(A) Crânio com microcefalia grave (215 mm) e hidranencefalia
(B) Fossa posterior com a destruição do vermis cerebelar (seta larga) e edema nucal (seta fina);
(C) Tórax com derrame pleural bilateral (seta)
(D) Abdômen com ascite (seta larga) e edema subcutâneo (seta fina).
Fonte: Zika Virus Infection and Stillbirths: A Case of Hydrops Fetalis, Hydranencephaly and Fetal Demise 10.1371/journal.pntd.0004517
Principais alterações sugestivas de infecção congênitaobservadas em exames de imagem
22
EXAME PRINCIPAIS ALTERAÇÕES OBSERVADAS NOS CASOS DE MICROCEFALIA COM ALTERAÇÕES NO CÉREBROUltrassonografia durante a gestação
• Calcificações cerebrais• Alterações ventriculares• Alterações de fossa posterior:
o Hipoplasia de cerebeloo Hipoplasia do vermis cerebelaro Alargamentoda fossa posterior maior que 10mmo Agenesia/hipoplasia de corpo caloso.
Ultrassonografia transfontanela
• Atrofia cortical difusa• Encefalomalácia• Calcificações encefálicas• Ventriculomegalia ex-‐vácua• Disgenesia de corpo caloso• Atrofia do corpo caloso com calcificação• Atrofia de cerebelo com espessamentodo tentório
Principais alterações sugestivas de infecção congênitaobservadas em exames de imagem
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EXAME PRINCIPAIS ALTERAÇÕES OBSERVADAS NOS CASOS DE MICROCEFALIA COM ALTERAÇÕES NO CÉREBROTomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM)
• Calcificações no parênquima encefálico: predominam em situação córtico-‐subcortical, tálamos e núcleos dabase. Calcificações periventriculares são vistas, mas esta não é a localização mais frequente, ao contrário doque é descrito nas infecções pelo CMV. O número das calcificações é bastante variável e aparentemente éindependentedas demais alterações.
• Ventriculomegalia: na grande maioria dos casos parecedecorrer deperda de volumedo parênquima, enão dehidrocefalia. Há comprometimento mais frequente dos ventrículos laterais, mas os demais ventrículos tambémpodem estar dilatados.
• Malformação do desenvolvimento cortical: É sem dúvida outra alteração muito frequente. Nos cérebrosmaiscomprometidos há nítida lisencefalia, o que deve ocorrer em aproximadamente 20% dos casos. Em muitoscasos, talvez a maioria, há apenas alargamento das fissuras sylvianas, possivelmente pela presença depolimicrogiria.
• Hipoplasia do tronco cerebral e cerebelo: Talvez menos frequente que as outras alterações. Nos casos maisgraves há uma hipoplasia muito acentuada destas estruturas, mas na maioria há apenas hipoplasia do vermecerebelar. Em pelo menos dois casos, dentre aproximadamente 80, foi identificada uma má-‐formação deDandy-‐Walker.
• Alteração da atenuação da substância branca: são vistas áreas hipoatenuantes na substância branca e, emalguns poucos casos, foram vistos cistos subcorticais.
Principais alterações sugestivas de infecção congênitaobservadas em exames de imagem
24
A ressonância magnética tem um papel importante na avaliação desses pacientes. Cerca
de 15% das crianças com perímetro cefálico reduzido, que foram avaliadas no IMIP, apresentam
um exame praticamente normal ou minimamente alterado. Há casos em que há apenas uma
discutível alteração da substância branca ou um discreto alargamento das fissuras sylvianas.
É bem possível que, nestes casos, a Ressonância demonstre alterações que não são vistas
na tomografia. Mesmo nos casos onde as alterações são claramente evidentes na tomografia, a
ressonância deve permitir uma melhor avaliação das malformações, especialmente por
possibilitar uma melhor caracterização das alterações corticais e uma melhor avaliação da
substância branca.
Objetivos da vigilânciaGeral
Descrever o padrão epidemiológico de ocorrência de microcefalias e/ou alterações do sistema nervoso central relacionadas às infecções congênitas no território nacional.
Específicos
§ Garantir o registro no RESP (Registro de Eventos em Saúde Pública) de todos os casos de microcefalia, para que a Atenção à Saúdepossa identificar e acompanhar os que apresentam sinais de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), independente da causa da microcefalia;
§ Identificar entre os casos notificados, aqueles que apresentam alterações típicas sugestivas de infecção congênita (calcificações, alterações nos ventrículos cerebrais etc.), para que a Vigilância em Saúde possa monitorar o padrão epidemiológico dos casos de microcefalia relacionadas às infecções congênitas;
§ Investigar os casos de infecções congênitas pelo vírus zika e STORCH (sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes simplex);
§ Descrever as características das complicações relacionadas à infecção pelo vírus Zika, na gestação e no pós-‐parto;
§ Orientar a utilização das medidas de prevenção e controle disponíveis;
§ Elaborar e divulgar informações epidemiológicas.
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Vigilância e Atenção à Saúde
Atenção à Saúde•Casos de distúrbio neuropsicomotor •RN e Criança
Vigilância em Saúde•Casos sugestivos de infecção congênita
•Em todo o grupo notificado
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Feto
Aborto
Natimorto
Recém-‐nascido (<= 28 dias)
Criança (>28 dias)
Definições operacionais para notificação e investigação epidemiológica
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GRUPO 1: Identificação de feto com alterações do Sistema Nervoso Central (SNC), durante a gestação
CASO NOTIFICADO: Feto que apresente, pelo menos, um dos seguintes critérios referentes às alterações do sistema nervoso central, identificadas em exame ultrassonográfico:
Presença de calcificações cerebrais E/OUPresença de alterações ventriculares E/OUPelo menos dois dos seguintes sinais de alterações de fossa posterior: hipoplasia de cerebelo, hipoplasia do vermis cerebelar, alargamento da fossa posterior maior que 10mm e agenesia/hipoplasia de corpo caloso.
Feto: considera-‐se feto da 8ª semana de gestação até o nascimento.
Definições operacionais para notificação e investigação epidemiológica
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GRUPO 2: Identificação de abortamentos sugestivos de infecção congênita
CASO NOTIFICADO:
aborto de gestante com suspeita clínica e/ou resultado laboratorial compatível com doença exantemática aguda durante a gestação.
Aborto: é o produto da concepção expulso no abortamento (perda fetal ocorrida até 22 semanas de gestação)
Definições operacionais para notificação e investigação epidemiológica
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GRUPO 3: Identificação de natimorto sugestivo de infecção congênita
CASO NOTIFICADO: Natimorto de gestante com suspeita clínica E/OU resultado laboratorial compatível com doença exantemática aguda durante a gestação, que apresente:• Medida do perímetro cefálico menor ou igual a -‐2 desvios-‐padrão, para
idade gestacional e sexo, de acordo com Tabela do Intergrowth (anexo 1), quando possível ser mensurado OU
• Apresentando anomalias congênitas do Sistema Nervoso Central, tais como: Inencefalia, encefalocele, espinha bífida fechada, espinha bífida aberta, anencefalia ou cranioraquisquise, além de malformações estruturais graves, como a artrogripose múltipla congênita (AMC).
Natimorto ou óbito fetal: é a morte do produto da gestação antes da expulsão ou de sua extração completa do corpo materno, independentemente da duração da gravidez. Indica o óbito o fato de, depois da separação, o feto não respirar nem dar nenhum outro sinal de vida como batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária
Definições operacionais para notificação e investigação epidemiológica
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GRUPO 4: Identificação de recém-‐nascido com microcefalia
CASO NOTIFICADO: • RN com menos de 37 semanas de idade gestacional, apresentando
medidaA,B do perímetro cefálico menor que -‐2 desvios-‐padrão, segundo a tabela do Intergrowth, para a idade gestacional e sexo – anexo 1 e 2.
• RN com 37 semanas ou mais de idade gestacional, apresentando medidaA,B do perímetro cefálico menor ou igual a 31,5 centímetrospara meninas e 31,9 para meninos, equivalente a menor que -‐2 desvios-‐padrãoC para a idade da neonato e sexo, segundo a tabela da OMS – anexo 3 e 4.
Observação:• Para notificação, a medida deve ser realizada a partir de 24 horas após o nascimento, dentro da
primeira semana de vida e comparada com as tabelas de referência. • Em situações excepcionais, em que a alta ocorrer antes das 24 horas, a medição para notificação poderá
ser realizada antes da saída da unidade de saúde. Entretanto, deverá ser realizada nova medida, preferencialmente na primeira semana, pelo serviço de referência para acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento e essa informação deverá ser repassada para o serviço de vigilância do município.
• Após a primeira semana de vida, adotar a medida correspondente para idade e sexo, disponível nas tabelas de referência (anexos).
Exemplo: Recém-‐nascido pré-‐termo
§ Nascimento de recém-‐nascido ocorreu na 28 semanas de gestação (pré-‐termo), deve utilizar os Padrões Internacionais de Crescimento do Feto e do Recém-‐nascido (Projeto Intergrowth-‐21st).
Exemplo 1 –Recém-nascido pré-termo (28 semanas) do sexo masculino
Exemplo 2– Recém-nascido pré-termo (28 semanas) do sexo feminino
PC registrado < 2 DP = Microcefalia PC registrado < 3 DP = Microcefalia severa
Exemplo: Recém-‐nascido A termo§ Nascimento de recém-‐nascido ocorreu na 38 semanas de gestação (a termo), deve utilizar os OMS.
Exemplo 3 – Recém-nascido a termo (38 semanas) do sexo masculino
Exemplo 4 – Recém-nascido a termo(38 semanas) do sexo feminino
PC registrado < 2 DP = Microcefalia PC registrado < 3 DP = Microcefalia severa
§ Criação de formulário online de Registro dos casos suspeitos (RESP) de microcefalia pela rede pública e privada para agregar as notificações, de forma a facilitar a gestão das informações relacionadas ao evento
FORMULÁRIO RESP – WWW.RESP.SAUDE.GOV.BR/MICROCEFALIA
§ A notificação do caso suspeito de microcefalia no RESP não exclui a necessidade de se notificar o mesmo caso no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC)
“Crânio pequeno congênito, definido por um perímetro cefálico (PC) abaixo do 3º desvio padrão das curvas apropriadas para idade e sexo. (Se utilizar uma cut-‐off diferente (ex.: 2 desvios padrão), especificar o critério
utilizado). Excluir microcefalia associada com anencefalia [Q00.-‐] ou cefalocele [Q01.-‐].”
SINASC – Microcefalia Grave
SINASC – Microcefalia Grave – Brasil e Nordeste
SINASC – Microcefalia Grave – Brasil e Nordeste
SINASC – Microcefalia Grave
SINASC – Microcefalia Grave
REGIÕES E UNIDADES FEDERADAS
Total acumulado1
de casos notificados de 2015 a 2016
Casos notificados de Microcefalia e/ou Alterações do SNC2 , sugestivos de infecção congênita, em fetos, abortamentos,
natimortos ou recém-‐nascidos.Permanecem em investigação
Investigados e confirmados 2,3
Investigados e descartados 4
Brasil 6.480 4.231 745 1.182REGIÃO NORDESTE 5.149 3284 833 1.032REGIÃO SUDESTE 692 557 11 124REGIÃO NORTE 211 185 4 22REGIÃO CENTRO-‐OESTE 348 210 14 124
REGIÃO SUL 80 32 1 47
Distribuição acumulada dos casos notificados de microcefalia e/ou alterações do SNC, segundo definições do Protocolo de Vigilância. Brasil, de 08 de novembro de 2015 a 12 de março de 2016 (SE 45/2015 - SE 10/2016)
DADOS REPASSADOS PELAS SECRETARIAS ESTADUAIS DE SAÚDE POR EMAIL ATÉ 14 DE MARÇO ÀS 18H, REFERENTE A SE COMPLETA (12/03)
Distribuição espacial com casos confirmados de microcefalia e/ou alteração do SNC, Brasil, até a SE 10/2016.
Increase in Reported Prevalence of Microcephaly in Infants Born to Women Liv ing in Areas with Confirmed Zika Virus Transmiss ion During the First Trimester of Pregnancy — Brazil, 2015
Number of reported cases of microcephaly* in full-term† newborns following laboratory-confirmed Zika virus transmission§— Pernambuco state, Brazil, 2015
Increase in Reported Prevalence of Microcephaly in Infants Born to Women Liv ing in Areas with Confirmed Zika Virus Transmiss ion During the First Trimester of Pregnancy — Brazil, 2015
Number of reported cases of microcephaly* in full-term† newborns following laboratory-confirmed Zika virus transmission§— Paraíba and Bahia state, Brazil, 2015
Comparação do número de casos de microcefalia grave (-‐3 dp) entre os anos de 2000-‐14 com o ano de 2015 no Brasil
Regiões geográficas
2000 a 2014 2015
Nº Estados Média anual de número de casos
Total de casos
Média do numero de nascidos vivos
Prevalência de microcefalia ao nascer
Nº de estados com registro de transmissão autóctone de vírus Zila
Norte 2 14,1 11 310.508 0,4 2
Nordeste 9 43,5 471 842.270 5,6 8
Sudeste 3 65,2 58 1.137.408 0,5 2
Sul 1 21,5 3 376.599 0,1 0
Centro Oeste 4 13,0 31 226.500 1,4 3
TOTAL 19 157,3 574 2.893.285 2,0 15
43
Fonte: Kleber de Oliveira W, Cortez-‐Escalante J, De Oliveira WT, et al. Increase in Reported Prevalence of Microcephaly in Infants Born to Women Living in Areas withConfirmed Zika Virus Transmission During the First Trimester of Pregnancy — Brazil, 2015. MMWR MorbMortal Wkly Rep 2016;65:242–247. DOI: http://dx.doi.org/10.15585/mmwr.mm6509e2.
RESP – até SE08
44
RESP – até SE08
45
RESP – até SE08
46
Number of notified cases of Zika virus (blue) in 5,599 municipalities in Brazi l, per week, which peaked in 12-‐18 July 2015 (n = 2,791 cases), while the number of suspected and confirmed microcephaly cases peaked in 22-‐28 November (n = 452).
47
Fonte: Revista Science - Zika virus in the Americas: early epidemiological and genetic findings (Prelo –24março)
Molecular clock phylogeny of the ZIKV American outbreak estimated from full genome sequences, available 11th February 2016
48
Fonte: Revista Science - Zika virus in the Americas: early epidemiological and genetic findings (Prelo – 24março)
French Polynesia, Thailand, Indonesia, Malaysia, Cambodia, New Caledonia, see a detailed figure per country in SI Section 5) aggregated for 20 Brazilian national airports.
Solicitações§ Para evitarmos divergências nos números registrados, é importante que todos os Estados e Municípios adotem as semanas epidemiológicas como referência para divulgação dos Boletins. Caso seja necessário publicar em períodos separados, que deixe claro que quantidade é referente ao período incompleto
§ Que as bases de dados que são utilizadas para comunicação ao MS sejam enviadas para o CIEVS/SVS semanalmente
§ Que o número consolidado seja enviado toda segunda-‐feira até 15h (hora de Brasília) para que seja possível consolidar e divulgar o Informe na manhã de terça
49
50
http://combateaedes.saude.gov.brwww.saude.gov.br/svs