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CURSO A prática psicanalítica com Lacan (conduzido pelo psicanalista Alexandre Simoes – [email protected]) Proposta: buscaremos percorrer a interlocução que Jacques Lacan estabelece com Freud, enfatizando a prática cotidiana da psicanálise, especialmente no que se refere à condução das demandas contemporâneas que chegam ao analista. Para tal, neste momento, acompanharemos as lições iniciais do Seminário 11 de Lacan, onde são apresentados quatro conceitos fundamentais para a condução de uma análise: inconsciente, repetição, transferência e pulsão.
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A prática psicanalítica com
Lacan
Coordenação Alexandre Simões
Tema de hoje:
Lacan e a formalização
da experiência:
matemas e nós
ALEXANDRE
SIMÕES
® Todos os direitos
de autor reservados.
O Real é um fino orientador para o psicanalista
• Psicanálise como práxis (vide
lição 1 do Seminário 11);
• “Nenhuma práxis, mais do que a análise, é orientada para aquilo que, no coração da experiência, é o núcleo do real.” (Seminário 11, p. 55)
Real, Simbólico e Imaginário em Lacan
Primeiro momento:
instâncias que têm uma certa autonomia e que, ao mesmo tempo, estabelecem uma hierarquia entre elas
Lacan, de início, estabelece uma crítica ao Imaginário
Esta crítica o leva a demarcar mais claramente o Imaginário.
Imaginário: dimensão na qual o sujeito se reconhece por meio de uma imagem (identificatória,
idealizada) enganosa;
IMAGINÁRIO -> embuste, engodo, alienação, colagem, fascínio, equívoco que, entretanto, servem de orientação para um sujeito .... é uma experiência fundante
MATRIZ IMAGINÁRIA -> momento identificatório do Estádio do Espelho
Neste sentido, o Imaginário produz consistência
Manifestações do Imaginário na experiência analítica:
• Momentos nos quais o analisando refere-se a si tendo como parâmetro algum outro (com o qual mantém uma relação de cativação ou de rivalidade/embate);
• Momentos nos quais o analisando localiza as suas relações com alguma forma de idealização;
• Momentos nos quais o analisando menciona o território das corporeidades;
Manifestações do Imaginário na experiência analítica:
Momentos nos quais o analisando dá-se conta de ter sido capturado por algo que, posteriormente, veio a se
mostrar enganoso
Como vimos: Lacan, de início, estabelece uma crítica ao
Imaginário.
Esta crítica visa privilegiar o Simbólico, ali onde a tradição analítica se deixava
orientar quase que exclusivamente pelo plano das identificações, pelo significado dos comportamentos, pela idealização de
uma normalização.
Tese de Lacan:
Há uma primazia do Simbólico
quanto ao Imaginário
O Simbólico, em Lacan:
não deve ser reduzido ao campo das palavras, nem mesmo a uma abstração,
convenção, ou ficção (estas últimas servirão mais para demarcar o
Imaginário)
Simbólico:
plano do discurso, no qual uma referência se destaca: o
SIGNIFICANTE
Enquanto o Imaginário tende para o UM (a unidade, a homogeneidade), o significante é essencialmente
binário (e, portanto, diferencial)
PARES DE OPOSTOS
CADEIA SIGNIFICANTE
Manifestações do Simbólico na experiência analítica:
• Momentos em que o paciente se refere à diferença entre os sexos;
• Momentos em que uma associação (no sonho, na lembrança, no próprio fluxo da associação livre) se remete a outra;
• Momentos que o paciente se refere às heterogeneidades (sujeito <-> objeto);
Gradativamente, Lacan vai indicando um limite do próprio Simbólico....
O limite do Simbólico (e, portanto, da simbolização) será a primeira demarcação do Real em Lacan
REAL
SIMBÓLICO
Manifestações do Real na experiência analítica:
• Momentos em que o paciente se depara com uma “carreta”: encontro faltoso;
• Momentos de encontro/desencontro que trazem o pathos da perplexidade, da insuficiência do sentido, da impotência, da inexorabilidade (o real é aquilo que retorna sempre ao mesmo lugar);
• Experiências do trauma e de desamparo;
IMAGINÁRIO
SUJEITO
CORPO
SIMBÓLICO
REAL FURO
Prosseguiremos com O sujeito do inconsciente
(referência Seminário 11 – Do sujeito da certeza, pp. 33- 44)
Até lá!
Acesso a este conteúdo:
www.alexandresimoes.com.br
ALEXANDRE
SIMÕES
® Todos os direitos
de autor reservados.