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Comissão Editorial do Simpósio

Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fº

Oscar Calavia Sáez

(Organização)

II Simpósio Internacional da ABHR

XV Simpósio Nacional da ABHR II Simpósio Sul da ABHR

História, Gênero e Religião: Violências e Direitos Humanos

Programação e Resumos (Versão Impressa)

Florianópolis, 2016

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Caderno de Programação e Resumos do

II Simpósio Internacional da ABHR / XV Simpósio Nacional da ABHR

II Simpósio Sul da ABHR

História, Gênero e Religião: Violências e Direitos Humanos

CFH/UFSC, 25 a 29 de julho de 2016

Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

Versão online do Caderno de Programação e Resumos:

www.abhr.org.br e www.simposio.abhr.org.br

A Comissão Editorial do Simpósio se responsabilizou pela revisão da formatação dos

resumos de acordo com as normas de edição do mesmo. O conteúdo, incluindo

opiniões e eventuais erros ortográficos, é de inteira responsabilidade dos/as

autores/as.

Foram acolhidos aqui resumos de Conferências, Mesas, Minicursos, Oficinas,

apresentações artísticas e lançamentos de publicações.

ATENÇÃO: Os resumos de Comunicações Orais e de Pôsteres estão na versão on-line,

no site www.simposio.abhr.org.br.

Maranhão Fº, Eduardo Meinberg de Albuquerque, Oscar Calavia (Orgs.), 2016.

Caderno de Programação e Resumos do II Simpósio Internacional da ABHR / XV Simpósio Nacional da ABHR – História, Gênero e Religião: Violências e Direitos Humanos. Comissão Editorial do Simpósio; Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fº; Oscar Calavia Sáez; (Orgs.); 234 p. 1. II Simpósio Internacional da ABHR. 2. XV Simpósio Nacional da ABHR. 3. História, Gênero e Religião: Violências e Direitos Humanos.

Maranhão Fº, Eduardo Meinberg de Albuquerque; Sáez, Oscar Calavia, Comissão Editorial do Simpósio (Orgs.). Título. ABHR / Colmeia Editorial

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Associação Brasileira de História das Religiões –

ABHR

Presidente Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fº, UFSC

Secretário/a Geral Carlos André Macêdo Cavalcanti, UFPB Patrícia Carla de Melo Martins, PUC/SP Tesoureiro Waldney de Souza Rodrigues Costa, UFJF

Secretário/a de Divulgação Alfredo Bronzato da Costa Cruz, UERJ Ana Luíza Gouvêa Neto, UFJF Coordenação da ABHR Sul Rodrigo Toniol

Contatos

Site www.abhr.org.br Para associar-se: www.abhr.org.br/associe-se

Página do Facebook facebook.com/abhr2016 E-mail [email protected]

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Realização

Associação Brasileira de História das Religiões – ABHR Nacional

Regional Sul da Associação Brasileira de História das Religiões – ABHR Sul

Patrocínio Conselho de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq

Apoios

Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFH/UFSC

Departamento de História – UFSC

Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

PLURA, Revista de Estudos de Religião da ABHR

Associações parceiras

Associação Brasileira de Antropologia – ABA

Associação de Cientistas Sociais de Religião do Mercosul – ACSRM

Associação Nacional de História – ANPUH

Associação Internacional de História – IAHR

GT Religiões e Religiosidades – ANPUH

Entidades filiadas à ABHR

Laboratório Interdisciplinar de Estudo das Religiões – LIER

Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos – NEVE

Grupos de Pesquisa VIDELICET

Apoios institucionais

ANPUH/SC

Biblioteca Colmeia

Colmeia Editorial

Comissão Memória, Verdade e Justiça

Debates do NER

Faculdade de Educação (FAED – UDESC)

IEG – Instituto de Estudos de Gênero/UFSC

Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH/UFSC)

Laboratório de Estudos de Religiões e Religiosidades (LERR/UEL)

Laboratório de Relações de Gênero e Família (LABGEF/UDESC)

Laboratório de Religiosidades e Cultura (LARC/UFSC)

Mandrágora Netmal / UMESP

Núcleo de Estudos de Religião (NER/UFRGS)

Programa de Gênero e Religião da Escola Superior de Teologia (EST)

Programa de Pós-Graduação em História (PPGH – UDESC)

Universidade Estadual de Londrina (UEL)

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Organização do evento Coordenação e Organização Geral Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo, UFSC/ABHR

Oscar Calavia Sáez, UFSC

Comissão Organizadora Alberto Groissman, UFSC Amurabi Oliveira, UFSC Christina Scheibe Wolff, UFSC Joana Maria Pedro, UFSC Rogério Luiz de Souza, UFSC Secretaria Geral Emilly Fidelix, UFSC Jorge Botelho Moniz, UFSC / UNL Mariane da Silva, UFSC Natan Alves, UFSC Raisa Sagredo, UFSC Talita Samanta Sene, UFSC Apoio à Secretaria Geral Adriana Gomes, UERJ / FBN Cassio Raniere, UFPE Kelly Teixeira, UFSC Tamy Amorim da Silva, UFSC Waldney de Souza Rodrigues Costa, UFJF Tesouraria Sabrina Testa, UFSC Talita Samanta Sene, UFSC Secretaria de divulgação Ana Luíza Gouvêa Neto, UFJF (Coordenação) Ana Ester Pádua de Freire, PUC/MG Fernanda Arno, UFSC Florência Guarsch, UNIPAMPA José Roberto Corrêa Such, UFSC Luana Borges, UFSC Manuela Lowenthal, UNESP Raisa Sagredo, UFSC Ronise Nunes dos Santos, UFGD Talita Gonçalves Medeiros, UFSC Fazendo Arte Rebecca Corrêa e Silva,USFC (Coordenação) Arielle Rosa Rodrigues, UFSC Carlos Frederico Bustamante Pontes, UFSC Dimitri Camorlinga, UDESC Gabrielle Goulart Beck, UFSC Mel Passarinha, UFSC Priscilla Nathani Pessôa de Lima, UFSC

Comissão Editorial do Caderno de Programação e Resumos Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo, UFSC (Coordenação) Ana Luíza Gouvêa Neto Arielle Rosa Rodriguez, UFSC Jorge Botelho Moniz, UFSC / UNL Priscilla Nathani Pessôa de Lima, UFSC Raisa Sagredo, UFSC ABHRinha e ABHR Jovem Raisa Sagredo, UFSC (Coordenação) Alexandra Peixoto, Biblioteca Colmeia Arielle Rosa Rodrigues, UFSC Carla Santos Ribeiro, Biblioteca Colmeia Díjna Torres, UFSC Emilly Fidelix, UFSC Millena Ogushi, Biblioteca Colmeia Olga Rodrigues, Biblioteca Colmeia ABHR e Movimentos Sociais Mel Passarinha, UFSC Morgani Guzzo, UFSC Janaína de Fátima Zdebskyi, UFSC Monitoria Arielle Rosa Rodriguez, UFSC (Coordenação) Elisiane Bonatto, UDESC Emilly Fidelix, UFSC Flávia de Freitas Souza, UDESC Guilherme Thielen, UFSC Lucas Kammer Orsi, UDESC Raisa Sagredo, UFSC Minicursos e Oficinas Priscilla Nathani Pessôa de Lima, UFSC Alojamentos Morgani Guzzo, UFSC (Coordenação) Arielle Rosa Rodriguez, UFSC Festa das Diversidades Alexandra Peixoto, Biblioteca Colmeia Jéssica Zanella

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Comissão Científica

Conselho Científico da Coleção de livros do Simpósio Adone Agnolin, USP Artur Cesar Isaia, Unilasalle/GTHRR-ANPUH Durval Muniz de Albuquerque Junior, UFRN Joana Maria Pedro, UFSC Juan Esquivel, CONACIT/ACSRM

Nicola Gasbarro, Universitá de Udine Solange Ramos de Andrade, UEL/GTHRR-ANPUH Sônia Weidner Maluf, UFSC Stewart M. Hoover, University of Colorado Tim Jensen, IAHR

Comissão Científica Adone Agnolin, USP Alexandre Brasil Fonseca, UFRJ André Leonardo Chevitarese, UFRJ André Sidnei Musskopf, EST Anete Roese, PUC/MG Artur Cesar Isaia, Unilasalle/GTHRR-ANPUH Bernardo Lewgoy, UFRGS Carlos Andre Cavalcanti, UFPB/ABHR Christina Scheibe Wolff, UFSC Cláudia Neves da Silva, UEL Cristiana Tramonte, UFSC Durval Muniz de Albuquerque Junior, UFRN Edgard Leite, UERJ Émerson Giumbelli, UFRGS Émerson José Sena da Silveira, UFJF Elisa Rodrigues, UFJF Fabio Lanza, UEL Flávio Augusto Senra Ribeiro, PUC/MG Gerson Machado, FCJ / MASJ Gizele Zanotto, UFPF Irineia Franco, UFAL Ítalo Domingos Santirocchi, UFMA Janine Gomes da Silva, UFSC Javier Omero Campo, Universidad Central de Chile/ACSRM Joana Maria Pedro, UFSC

Johhni Langer, UFPB Juan Cruz Esquivel, Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas/ACSRM; Laerte Coutinho, ABRAT; Leila Marrach Basto de Albuquerque, UNESP/ABHR; Lourival José Martins Filho, UDESC; Mabel Salgado Pereira, CES-JF/ABHR; Magali do Nascimento Cunha, UMESP; Marcelo Ayres Camurça, UFJF; Marcelo Tavares Natividade, USP; Maria José Fontelas Rosado-Nunes, PUC/SP; Marlene de Fáveri, UDESC; Nicola Gasbarro, Universitá de Udine; Paulo Pinheiro Machado, UFSC; Remi Klein, EST; Richard Gonçalves André, UEL; Sandra Duarte de Souza, UMESP/ABHR; Solange Ramos de Andrade, UEL/GTHRR-ANPUH; Sônia Weidner Maluf, UFSC; Stewart M. Hoover, University of Colorado; Teresa Kleba Lisboa, UFSC; Tim Jensen, IAHR; Zwinglio Motta Dias, UFJF.

Créditos Diagramação: Du Meinberg Maranhão Colmeia Editorial Arte do evento (pintura): Anna Corina Gonçalves da Silva, Unigranrio Artes impressas e capa do Caderno de Prog. e Resumos: Luana Borges, UFSC

Artes da divulgação on-line: Luana Borges, UFSC e Jorge Botelho Moniz, UFSC / UNL Layout do site: Ana Luíza G. Neto, UFJF

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Sumário

A ABHR

Boas-Vindas! . . . . . . . . . . 13 A ABHR e o Simpósio . . . . . . . . . 15 Carta da ABHR em repúdio à intolerância religiosa e demais intolerâncias. . . 15 Carta Aberta Coletiva de Repúdio à Intolerância Religiosa . . . . 19

Programação

Programação do Pré-Evento: Gêneros, sexualidades e políticas . . . 25 Programação do Pós-Evento: Assembleia Geral Ordinária e Atividades . . 26 Programação Geral . . . . . . . . . . 27 Programação do 2o Fazendo Arte . . . . . . . 28 Programação da ABHRinha e da ABHR Jovem . . . . . . 30 Credenciamento . . . . . . . . . . 32

Sessão de Abertura – 25 de julho . . . . . . . . 33

Mesa de Abertura e Conferência de Abertura com Rita Laura Segato Sessão Central I (1a parte) – 26 de julho . . . . . . . 35

Lançamento de publicações Estante de Lançamentos da ABHR Estante de Lançamentos Especiais . . . . . . . 38

Sessão Central I (2a parte) – 26 de julho . . . . . . . 55

Conferência Central com Tim Jensen Sessão Central II – 27 de julho

Fórum Social da ABHR . . . . . . . . . 57 Sessão de Encerramento – 28 de julho . . . . . . . 59

Conferência de Encerramento com Oscar Calavia Saéz e Mesa de Encerramento

Mesas Redondas

25 de julho (Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha), pela manhã MR1 - Mulheres, políticas e resistências . . . . . . . 63 MR2 - Mídia, religião e cultura: percepções e tendências em perspectiva global . 65 MR3 - Religião, Estado e sociedade cont.: diálogos e desafios de uma relação . . 67

25 de julho, à tarde MR4 - Mulheres de cor, mulheres de fé, mulheres do axé . . . . 69 MR5 - O fenômeno religioso em Portugal e Brasil I: (re) pensar os desafios do catolicismo contemporâneo . . . . . . . . 71 MR6 - Religião e materialidade . . . . . . . . 73

26 de julho, à tarde MR7 - (Re/des) fazendo gênero e religião: violências e Direitos Humanos . . 75 MR 8 - História das Religiões e Religiosidades: perspectivas plurais . . . 77 MR 9 - Diversidade religiosa na Amazônia: abordagens e desafios atuais . . 79

27 de julho, à tarde MR 10 - Direitos Humanos, golpe e resistências . . . . . . 81 MR 11 - Religião e direito(s) . . . . . . . . 83 MR 12 - Espiritismos em diálogo . . . . . . . . 85

28 de julho, à tarde MR 13 - Gênero, religião e política: diversidades e (in) tolerâncias . . . 87 MR 14 - O fenômeno religioso em Portugal e Brasil II: minorias, D. Humanos e política . 89 MR 15 - Para além do espiritismo: saúde, assistência social e espiritualidade . . 91

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Minicursos e Oficinas MC 1 - A cultura visual religiosa como acesso alternativo ao estudo da religião: aproximações mediantes das representações da religião (...) . . . . 95 MC 2 - A interpretação jurídica da liberdade religiosa frente casos concretos de intolerância, violência e preconceito religiosos . . . . . . 96 MC 3 - Arte em fronteiras: religião e psicanálise. . . . . . . 97 MC 4 - As manifestações religiosas no imaginário Pankararu . . . . 98 MC 5 - Aspectos da História das relações entre religião, ciência e medicina . . 99 MC 6 - Candomblé, Umbanda e Neopentecostalismo: entre a intolerância e a antropofagia ritual . . . . . . . . . 100 MC 7 - Diversidade sexual e políticas do corpo: análises acerca dos Direitos Humanos, Feminismo Negro e governamentalidade da violência contra mulheres e silenciamentos da população LGBT no Brasil e Moçambique . . . . . . 101 MC 8 - Introdução à Arqueologia da Religião . . . . . . 102 MC 9 - Libertação e Ecologia: a mudança para o novo paradigma ecológico em L. Boff . 103 MC 10 - Mito, alimentação e plantas mágicas na Escandinávia Medieval . . . 104 MC 11 - Mulher, homossexualidade e a ideia de violência no Hinduísmo . . . 105 MC 12 - O cristianismo e suas formas de veridicção: apontamentos conceituais e metodológicos a partir de Michel Foucault . . . . . . . 106 MC 13 - O Diabo na Bíblia e na Literatura Ocidental . . . . . . 107 MC 14 - O Direito Internacional dos Direitos Humanos para a população LGBT+ e suas implicações jurídicas no Brasil . . . . . . . . 108 MC 15 - O genocídio indígena e a comissão interamericana de direitos humanos: Uma análise da influência e efetividade na proteção de direitos dos povos indígenas no Brasil 109 MC 16 - O Orfismo, a Filosofia e o Masculino: práticas órficas e pitagóricas no período clássico . . . . . . . . . . . 110 MC 17 - "Se é pra ir pra luta eu vou": Pastoral da Juventude como expressão do Cristianismo da Libertação . . . . . . . . . 111 MC 18 - Sexo, gênero e orientação sexual: funções e disfunções na sociedade contemporânea . . . . . . . . . . 112 MC 19 - Técnicas na Pesquisa Fenomenológica do Turismo Religioso . . . 113 MC 20 - Temas de Religiosidade Nórdica Pré-Cristã . . . . . . 114 MC 21 - Teoria e Metodologia em História do Esoterismo Ocidental . . . 115 MC 22 - Trajetória do empoderamento político da mulher brasileira . . . 116 MC 23 - Transaberes & Espiritualidade: física moderna, filosofia e a emergência de um novo re-ligare . . . . . . . . . . . 117 MC 24 - Vodou Haitiano: filosofia, religião, história e intolerância . . . . 118 OF 1 - Arteterapia com mandalas . . . . . . . . 119 OF 2 - As encantarias da Serpente dançadas na Árvore da Vida . . . . 120 OF 3 - Cozinha e Feminismo . . . . . . . . . 121 OF 4 - Criando e (re)criando identidades . . . . . . . 122 OF 5 - (Des)princesar: por uma educação não sexista . . . . . 123 OF 6 – Direitos Humanos no Tibete: o legado violento da colonização chinesa – convite libertário . . . . . . . . . . . 124 OF 7 - Experiências religiosas africanas e afro-brasileiras, intolerância religiosa e racismos . . . . . . . . . . . 125 OF 8 - Feminino Ancestral em movimento: Dançando o corpo-memória . . . 126 OF 9 - Mitos, religiões e religiosidades: aspectos teóricos, metodológicos e o papel do(a) historiador(a) . . . . . . . . . . . 127 OF 10 - Mulher pode ser Drag? O empoderamento feminino e a desconstrução dos gêneros pela arte drag . . . . . . . . . 128 OF 11 - Mulheres de Fé e Política: Coletivo Vozes Marias . . . . . 129 OF 12 - Multiplicando Nós. . . . . . . . . . 130 OF 13 - Oralidade e Educação Ambiental no Projeto Batuclagem . . . . 131 OF 14 - Religiões afro-brasileiras na Amazônia: os saberes do Terreiro (des) estabilizando História, Gênero/Raça e Religião . . . . . 132 OF 15 - RPG e alteridade: trabalhando a diversidade religiosa através da interpretação de papéis . . . . . . . . . . . 133

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Grupos de Trabalho GT 1 - A ciência, a religião e o direito com seus discursos legitimadores de exclusão, violências e negação de Direitos Humanos as identidades trans . . 137 GT 2 – Arte, corpo e religião . . . . . . . . . 138 GT 3 – Arte, mediação e reflexão crítica: para os desafios contemporâneos sobre a alteridade em articulação com a religião . . . . . . . 140 GT 4 – Artes, teoria da religião e teorias psicanalíticas: interfaces . . . . 141 GT 5 – As minorias não religiosas: entre secularização, descrenças e discriminações . 142 GT 6 – As nuances da paisagem religiosa na modernidade tardia: destradicionalizações, neotradicionalismos e pluralidades . . . . . 143 GT 7 – As relações do espiritismo kardequiano na França e no Brasil . . . 144 GT 8 – Bordando fronteiras: percepções religiosas da vida cotidiana . . . 145 GT 9 – Catolicismos e política: entre conservadores e progressistas . . . 147 GT 10 – Celebrações da fé e turismo religioso . . . . . . 149 GT 11 – Ciências sociais e humanas na historiografia das religiões: questões de conhecimento religioso . . . . . . . . 150 GT 12 – Corpo, culturas e religião . . . . . . . . 151 GT 13 – Crenças, práticas e discursos religiosos . . . . . . 152 GT 14 – Diálogos e interlocuções sobre questões de gênero no Ensino Religioso . . 154 GT 15 – Direito e convergência ética: gêneros e diversidades . . . . 155 GT 16 – Direitos Humanos dos povos indígenas: combate a violações e alternativas de proteções . . . . . . . . . . . 156 GT 17 – Discriminações, sofrimento e espiritualidade . . . . . 157 GT 18 – Discriminações, violências e Direitos Humanos no âmbito das categorias: raça, gênero, classe e religião . . . . . . . . 158 GT 19 – Diversidade e intolerância religiosa na sociedade brasileira contemporânea . 159 GT 20 – Educação e religião: práticas, tensões e hibridações . . . . 161 GT 21 – Epistemologia e metodologias na pesquisa sobre religião . . . . 162 GT 22 – Espiritismo e suas perspectivas culturais na sociedade brasileira . . 163 GT 23 – Espiritualidade e saberes científicos . . . . . . 164 GT 24 – Espiritualidades e religiões na contemporaneidade: diálogos e interlocuções . 165 GT 25 – Estado laico e religião: os embates sobre os diretos das mulheres e dos LGBT+ na política brasileira . . . . . . . . . 167 GT 26 – Expressões do paganismo contemporâneo no Brasil . . . . 168 GT 27 – Fazendo, desfazendo ou refazendo gênero? Dialogando sobre igrejas inclusivas, terapias de “cura e libertação” e movimentos feminista, LGB, trans* e queer . 169 GT 28 – Fontes e pesquisa das histórias missionárias na África - arquivos e acervos, séculos XVIII – XX . . . . . . . . . . 170 GT 29 – Gênero, fundamentalismos, intolerância religiosa e violências . . . 171 GT 30 – Gênero, religião e política no público e no privado . . . . . 172 GT 31 – Gênero, violência e religião na Antiguidade . . . . . . 173 GT 32 – Gênero, violências e religiosidades . . . . . . . 175 GT 33 – Igrejas e suas políticas: inclusão de minorias e Direitos Humanos no século XXI . 176 GT 34 – Intercessões de gênero, raça e movimentos sociais: olhares analíticos sobre as representações pró e contra as religiões afro, na América Latina e no Caribe . 177 GT 35 – Interfaces de religiosidades em contextos festivos inseridas no Cerrado e suas fronteiras . . . . . . . . . . 178 GT 36 – Interfaces do Sagrado na Amazônia . . . . . . . 179 GT 37 – Interfaces entre religiões, espiritualidade e saúde . . . . . 180 GT 38 – Juventude, religião e Direitos Humanos: desafios contemporâneos . . 182 GT 39 – Mitos e politeísmos da Europa Antiga e Medieval . . . . . 183 GT 40 – Mulheres, violências e sistema prisional . . . . . . 185 GT 41 – Narrativas, resistência e transgressões de mulheres através da religiosidade . 187 GT 42 – Novas dinâmicas no campo das religiões afro-brasileiras e espiritismos . . 188 GT 43 – O campo religioso contemporâneo como espaço de debate . . . 189 GT 44 – O espiritismo como objeto de pesquisa: história, memória e cultura . . 190 GT 45 – Patrimônio cultural, fé, crenças, religiões e gênero . . . . 191 GT 46 – Pentecostalismos e assembleianismos . . . . . . 192

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GT 47 – Pentecostalismos, periferias e violências . . . . . . 194 GT 48 –Práticas terapêuticas e tradições religiosas: complexidade e variabilidade nas interfaces entre o culto e a cura . . . . . . . . 195 GT 49 – Protestantismos e pentecostalismos no Brasil: fontes, teorias e métodos . . 196 GT 50 – Relações de gênero e religião: conceitos e construções teológicas e sociais . 197 GT 51 – Religião, cultura visual, cinema . . . . . . . 199 GT 52 – Religião e ciência: tensão, diálogo e experimentações . . . . 200 GT 53 – Religião, educação e sociedade . . . . . . . 201 GT 54 – Religião e educação . . . . . . . . . 203 GT 55 – Religião e gênero em espaços plurais . . . . . . 204 GT 56 – Religião e laicidade: desafios nas fronteiras das realidades locais e globais? . 205 GT 57 – Religião e mercado . . . . . . . . . 206 GT 58 – Religião e poder no Brasil oitocentista . . . . . . 207 GT 59 - Religião e tradição no contexto urbano . . . . . . 209 GT 60 - Religião, gênero e Ensino de Sociologia . . . . . . 210 GT 61 - Religião, gênero e relações internacionais . . . . . . 211 GT 62 - Religião, Justiça e Direitos Humanos: (re)pensando os sistemas integrais de vida 212 GT 63 - Religiões de matriz africana: violências, práticas de resistência e identidades . 213 GT 64 - Religiões, identidades e comunicação . . . . . . 215 GT 65 – religiões, identificações e práticas culturais . . . . . 216 GT 66 - Religiões na Amazônia . . . . . . . . 217 GT 67 - Religiões orientais . . . . . . . . 219 GT 68 - Religiões/religiosidades e a construção de imagens e identidades . . 220 GT 69 - Religiosidades indígenas . . . . . . . . 221 GT 70 - Religiosidades, políticas públicas e exercício profissional . . . . 222 GT 71 - Riso, humor (e mau-humor) nos cristianismos e judaísmos . . . . 223 GT 72 - Sexualidade e religião . . . . . . . . 224 GT 73 - Sexualidade, gênero e violências: o que os discursos religiosos têm a dizer sobre os nossos corpos? . . . . . . . . . 225 GT 74 - Teologia Feminista da Libertação: desafios para o século XXI . . . 227 GT 75 - Territórios Sagrados: poder, memória e identidades . . . . 228 GT 76 - Trânsitos religiosos e agenciamentos: reconfiguração das alteridades, invenções e conflitos nas atuações de missionamentos evangélicos no Brasil . . 229 GT 77 - Transversalidades religiosas: as manifestações religiosas entre e através das denominações . . . . . . . . . . 230 GT 78 - Violência e gênero: textos sagrados, hermenêuticas e teologia . . . 231 Mapa do evento e informações úteis . . . . . . . . 233

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A ABHR

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Boas-Vindas!

Prezadas pessoas, a Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR) oferece a todas suas melhores boas-vindas ao nosso II Simpósio Internacional de História das Religiões / XV Simpósio Nacional de História das Religiões / II Simpósio Sul de História das Religiões!

O evento, realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),

em Florianópolis, Santa Catarina, entre 25 e 28 de julho, com Pré-Evento dia 23 de julho e Pós-Evento em 29 de julho, tem como tema: “História, Gênero e Religião: Violências e Direitos Humanos”.

A ABHR estimula vivamente a que todas as pessoas se associem e

colaborem dinâmica e efetivamente com a Associação – afinal, uma Associação é antes de tudo, formada por pessoas, e pessoas com interesses comuns: o que move a ABHR são os estudos do fenômeno religioso no Brasil, em uma perspectiva interseccional, e sempre com vistas à preservação da cidadania, da democracia, e dos Direitos Humanos e constitucionais. Sejam todas, todes e todos bem-vindas/es/os!

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A ABHR e o Simpósio

A Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR), entidade

acadêmica de caráter científico, não-confessional, não-religioso e apartidário, teve sua origem no Simpósio de História das Religiões organizado pelo Departamento de História da Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Assis, em 25 de junho de 1999. Desde sua fundação, a ABHR realizou 14 simpósios nacionais, dois eventos internacionais (um seminário em 2001 e um simpósio em 2013) e 5 simpósios regionais (3 em 2013 e 2 em 2015). Nosso próximo evento é simultaneamente II Simpósio Internacional de História das Religiões / XV Simpósio Nacional de História das Religiões e II Simpósio Sul de História das Religiões.

Em todos nossos eventos há participação significativa de

pesquisadoras/es da área de História, e também de outros campos, como Antropologia, Sociologia, Literatura, Psicologia, Estudos Interdisciplinares e Ciência(s) da(s) Religião(ões). A produção científica destes encontros é apresentada através de livros contendo conferências e palestras em Mesas Redondas, e de Anais com apresentações de comunicações orais em Grupos de Trabalho (GTs). Mas a produção bibliográfica da ABHR não para por aí: também temos contribuído cientificamente a partir da PLURA – Revista de Estudos de Religião, que acolhe trabalhos acadêmicos e não-confessionais sobre religiões e religiosidades.

A ABHR tem o objetivo de democratizar, ampliar e aprofundar os estudos

acadêmicos acerca do fenômeno religioso e de suas conexões, interfaces e interseccionalidades, e repudia veementemente toda e qualquer forma de preconceito, intolerância e discriminação. A democratização dos estudos científicos que tem religiões e religiosidades como mote, e a atenção a um contexto contemporâneo de “avanço” de um conservadorismo reacionário que procura obstacularizar conquistas democráticas e cidadãs, estimulou recentes ações da ABHR, como a realização do 1º Simpósio Sudeste / 1º Simpósio Internacional, em 2013, na Universidade de São Paulo (USP), e que teve como tema as Diversidades e (In)tolerâncias Religiosas.

Outra ação da ABHR está na confecção de cartas contra as intolerâncias,

como a Carta da ABHR em apoio aos/às professores/as paranaenses, de 1o de maio de 2015, escrita por conta da violência praticada pelo governo do Paraná a docentes, a Carta da ABHR em repúdio à intolerância religiosa e demais intolerâncias, de 25 de junho de 2015 (data de aniversário de 16 anos da Associação); e a Carta Aberta Coletiva de Repúdio à Intolerância Religiosa, proposta pela ABHR, escrita em conjunto com a Associação de Cientistas Sociais de Religião do Mercosul (ACRSM), e co-assinada pela Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Associação Nacional de História (ANPUH), Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Teologia e Ciências da Religião (ANPTECRE), Grupo de Trabalho História das Religiões e das Religiosidades (GTHRR/ANPUH), Instituto de Estudos da Religião (ISER) e

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Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (SOTER), e publicada em fins de julho de 2015.

No mesmo sentido, durante nosso 2o Simpósio Nordeste, realizado na

Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), em setembro de 2015, e cujo tema foi Gênero e Religião: Diversidades e (In)Tolerâncias nas Mídias, foram aprovadas duas moções: a Moção de repúdio aos atos de destruição dos terreiros de candomblé das cidades de Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas de Goiás-GO e Valparaíso de Goiás-GO, e a Moção de Repúdio à exclusão dos termos “população de terreiros”, “gênero” e “diversidade” do Plano Municipal de Educação (PME), de Picos-PI. Sendo ambas apresentadas por pessoas associadas, as moções foram lidas logo após a Conferência de Encerramento do evento, proferida pelo Prof. Dr. Durval Muniz de Albuquerque Junior. Todas essas Cartas e Moções encontram-se disponíveis na aba “Biblioteca” de nosso site: www.abhr.org.br.

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada no evento acima, foram

aprovadas algumas inovações para a Associação, como a criação: da Editora da ABHR, da Comissão de Direitos Humanos da ABHR, do Prêmio ABHR de Teses, Dissertações e TCCs, de um novo logotipo, a ser desenvolvido pela artista Laerte Coutinho, dos Cadernos Regionais, do Boletim Informativo Eletrônico, da categoria Pessoa Associada Colaboradora, de sites e páginas de Facebook de todas as regionais, além da filiação de instituições, Núcleos e Grupos de Pesquisa e da ABHRinha e ABHR Jovem como atividades dos simpósios.

Tais novidades refletem as preocupações da ABHR em auxiliar no

provimento de reflexões propositivas de alargamento democrático das pesquisas sobre o fenômeno religioso, e de ações de combate pacífico e profícuo às intolerâncias e às violações de conquistas sociais, direitos constitucionais e Direitos Humanos.

Nesse mesmo sentido, e seguindo o tema norteador do 2o Simpósio

Nordeste, acima mencionado, e do 2o Simpósio Sudeste (Gênero e Religião: Violências e Fundamentalismos, PUC/SP, novembro de 2015), foi escolhido o tema “História, Gênero e Religião: Violências e Direitos Humanos”, para o II Simpósio Internacional de História das Religiões / XV Simpósio Nacional de História das Religiões / II Simpósio Sul de História das Religiões, sediado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, de 25 a 28 de julho, com Pós-Evento no dia 29 de julho.

Entendemos que a temática desse encontro é, mais que oportuna,

necessária: vivemos em um contexto de amplas demonstrações de intolerâncias, golpes e violências às diversidades de todos os tipos e de violações aos direitos constitucionais e aos Direitos Humanos. A ABHR tem posição firme e consolidada a respeito: é uma Associação que repudia veementemente toda e qualquer discriminação e preconceito, e procura atuar consistentemente, não só no alargamento e refino dos estudos de religiões e religiosidades em território nacional, como na preservação da democracia e da cidadania.

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O Simpósio será palco do Fazendo Arte, mostra artística da ABHR

(iniciada em nosso primeiro Simpósio Internacional, ocorrido em 2013 na USP), realizado em diversos momentos do evento, além da ABHRinha e da ABHR Jovem, atividades de estímulo à cidadania e respeito a todas as formas de diversidade humana, e direcionadas respectivamente a crianças e a adolescentes.

A programação noturna contará com Conferências, Lançamento de

Publicações, lançamento do Prêmio ABHR de Teses, Dissertações e TCCs (cujos critérios estão sendo definidos), apresentação do Código de Ética da ABHR (em formulação), da Comissão de Direitos Humanos da ABHR e de moções e cartas de pessoas associadas (durante nosso Fórum Social realizado no dia 27), além da premiação de Pôsteres. A programação vespertina está reservada a Mesas Redondas (MRs), e a matutina, a Grupos de Trabalho (GTs), Minicursos (MCs) e Oficinas (OFs). O Credenciamento, que se inicia no dia 25 de julho pela manhã, será realizado durante todo o evento.

No dia 23 de julho, nosso Pré-Evento, será realizado um momento de

conversa com os movimentos sociais de Florianópolis, afim de conhecermos algumas das demandas que envolvem os Direitos Humanos e o fenômeno religioso e suas interfaces.

O dia 29 de julho foi reservado para um Pós-Evento, para pessoas

associadas, agregando a Assembleia Geral Ordinária de manhã e um passeio turístico por locais de devoção de Florianópolis, o “Santa Afro Catarina”, além de outras atividades.

Convidamos todas as pessoas a participarem vivamente de todas as

atividades do II Simpósio Internacional de História das Religiões / XV Simpósio Nacional de História das Religiões / II Simpósio Sul de História das Religiões e, também, da própria Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR).

A ABHR e o Simpósio oferecem a todas as pessoas as suas melhores

boas-vindas, estimulando a participação coletiva viva e dinâmica nesse processo de aprofundamento e refino dos estudos do fenômeno religioso e de suas interfaces no Brasil e no exterior.

Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo

Presidente da ABHR Coordenador do Simpósio

Oscar Calavia Sáez, UFSC Coordenador do Simpósio

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Carta da ABHR em repúdio à intolerância

religiosa e demais intolerâncias

25 de julho de 2015

Neste 25 de junho de 2015, data em que a Associação Brasileira de

História das Religiões (ABHR), entidade acadêmica não-confessional e apartidária, completa 16 anos de atuação que deveriam ser festejados com alegria, nossos sentimentos se encontram na iminência do luto.

Este intenso pesar se deve à crescente onda de intolerância, reacionarismo e fundamentalismo que vem assolando o Brasil e aviltando a concepção de sociedade plural, relacionada a múltiplos episódios de violência simbólica e física a pessoas de diferentes expressões religiosas, especialmente de religiões de matriz afro-brasileira e do espiritismo kardecista, e também a pessoas sem-religião, ateias e agnósticas. Devemos recordar que a liberdade de crença é um direito fundamental assegurado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e por nossa Constituição:

"Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular". (DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, 1948).

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza [...] é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”. (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL,1988).

Além de manifestações de intolerância religiosa, desdobram-se uma

multiplicidade de violações igualmente execráveis aos Direitos Humanos e constitucionais, por conta de marcadores sociais distintos, como sexismo, misoginia, machismo, androcentrismo, capacitismo, racismo, colorismo, etnocentrismo, elitismo, lesbofobia, transfobia, homofobia, bifobia, etarismo, xenofobia, discriminação socioeconômica e de procedência regional, dentre uma miríade de outras, muitas vezes amalgamadas. A intolerância pode ser interseccional: o fundamentalismo religioso entrecruza com o de gênero, o étnico, o de orientação afetiva, dentre outras equações. Assim, nos solidarizamos com todas e todos que vêm sofrendo discriminações devido às suas escolhas religiosas ou a-religiosas, orientações afetivas e/ou sexuais,

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identidades de gênero, raças, cores, aparências, origens, limitações e necessidades especiais, ou por outros motivos.

No mesmo contexto, preocupa-nos o fomento, no Congresso Nacional e em um contexto de laicidade, de pautas supostamente fundamentadas em pressupostos religiosos e que pretendem barrar avanços de minorias políticas, deslegitimando a diversidade do tecido social. O Brasil é um país caracterizado pela multiplicidade de formas de existir: todas/os cidadãs e cidadãos devem ter os mesmos direitos e deveres, independentemente de suas religiões e de outros marcadores identitários.

A ABHR tem promovido discussões sobre política, religião e violações dos Direitos Humanos. Em 2013, na USP, realizamos nosso primeiro Simpósio Internacional, simultaneamente primeiro Regional Sudeste, que teve como temaDiversidades e (In)Tolerâncias Religiosas. Em 2015, realizamos dois Simpósios Regionais com assuntos correlatos, um Simpósio Nordeste, realizado na UFPE em setembro, que teve como tema Gênero e Religião: Diversidades e (In)Tolerâncias nas Mídias, e um segundo, ocorrido na PUC/SP em novembro, que recebeu o tema Gênero e Religião: Violências, Fundamentalismos e Política.

Convidamos todas e todos para que participem das discussões destes e de outros fóruns, e que pensemos juntas/os em formas proativas de atuação contra todas as formas de intolerâncias. Acreditemos na Educação: se uma pessoa aprende a odiar e ser intolerante, também pode aprender a respeitar.

A ABHR demonstra seu apoio e solidariedade a quem sofre intolerância religiosa ou por conta de outros marcadores sociais, de modo interseccional ou não. A ABHR apresenta seu veemente repúdio em relação a qualquer forma de intolerância, fundamentalismo e discriminação. Entendemos que tais práticas violam direitos constitucionais e legítimos de cidadania e atentam contra os Direitos Humanos em sua forma mais ampla. Sentimo-nos próximos ao luto, mas, ainda não enlutados,lutemos – sempre pacificamente, através de ideias e atitudes proficientes. A ABHR assume aqui seu papel de colaboradora nas reflexões e na preservação da democracia, cidadania, sociedade plural e diversidade humana, que se encontram em risco de falência.

Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fº

Presidente da ABHR – Associação Brasileira de História das Religiões

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Carta Aberta Coletiva em Repúdio à Intolerância

Religiosa Julho de 2015

2015 foi um ano marcado por inúmeras manifestações de intolerância

religiosa, especialmente em relação a pessoas fiéis de religiões de matriz afro-brasileira. Em resposta a tais ataques, em junho deste ano foram lançadas duas cartas de repúdio, uma assinada pela Associação Brasileira de Antropologia (ABA), e intitulada Nota da ABA em repúdio aos recentes atos de violência contra adeptos das religiões afro-brasileiras, e outra, pela Associação Brasileira de História das Religiões(ABHR), denominada Carta da ABHR em repúdio àintolerância religiosa e demais intolerâncias, demonstrando a mobilização de entidades acadêmicas em relação ao assunto.

Entendemos que mobilizações como estas, necessárias, devem servir para adensar as reflexões acerca do tema e, mais que isto, serem agregadas de atitudes propositivas. É preciso pensarmos em um programa de ações que promova o entendimento e o respeito entre pessoas de diferentes religiões e quaisquer outros pertencimentos, e é neste sentido que as entidades signatárias desta Carta procuram estimular não somente nossos pares na academia como toda a sociedade civil a avaliar formas de preservação e ampliação dos direitos de cidadãs e de cidadãos de todo o País. Mais do que simples tolerância, necessitamos desenvolver atitudes que levem as pessoas a apreciarem, respeitarem e valorizarem quem é diferente de si, como um projeto inventivo para uma nova ética.

As entidades que assinam esta Carta repudiam publicamente todos os tipos de manifestações de intolerância religiosa, se solidarizam com as pessoas discriminadas, de quaisquer religiões, e encorajam que pensemos todos/as juntos/as em atitudes profícuas no combate pacífico às violações dos direitos de crença (e descrença) de todos/as brasileiros/as, bem como outras formas de discriminações.

• Associação Brasileira de

Antropologia (ABA) • Associação Brasileira de História

das Religiões (ABHR) • Associação de Cientistas Sociais

de Religião do Mercosul (ACSRM) • Associação Nacional de Pós-

graduação e Pesquisa em Teologia e Ciências da Religião (ANPTECRE )

• Associação Nacional de História (ANPUH)

• Grupo de Trabalho História das Religiões e Religiosidades da ANPUH (GTHRR/ANPUH)

• Instituto de Estudos de Religião (ISER)

• Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (SOTER)

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Programação

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Programação do Pré-Evento:

Gêneros, sexualidades e políticas 23 de julho, às 13h

Templo Ecumênico da UFSC

A atividade consiste em um fórum de debate sobre as demandas de

diferentes agentes da sociedade civil de Florianópolis/SC e região, envolvendo as temáticas de gênero, sexualidade e Direitos Humanos. O espaço vai reunir movimentos sociais, entidades, coletivos feministas e LGBT, organizações e mobilizações coletivas com a proposta de pensar ações de intervenção para combater os diferentes tipos de opressões ligadas à sexualidade, gênero e suas interseccionalidades com religião, classe, raça/etnia, geração, capacidade, etc. Como resultado do fórum, serão construídas moções e cartas que, após apreciação e deliberação, serão apresentadas publicamente durante o evento, especialmente no dia 27 de julho, a partir das 18h, no hall do CFH. A ideia da atividade é romper com os padrões academicistas que não entram em contato direto com a sociedade e promover um espaço de diálogo com as mobilizações que atuam na base, visando construir ações coletivas de luta contra as opressões, intolerâncias, preconceitos e discriminações.

Mediação:

Janaina Zdebskyi, Lirous K’yo Fonseca Ávila, Mel Passarinha, Morgani Guzzo

Universidade Federal de Santa Catarina

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Programação do Pós-Evento:

Assembleia Geral Ordinária e Atividades 29 de julho

Assembleia Geral Ordinária

Templo Ecumênico da UFSC 9h30 às 13h

Pausa para almoço

Das 13h às 14h30

Atividades artísticas Templo Ecumênico da UFSC ou Auditório do CFH / UFSC

14h30 às 17h30 Cine ABHR

Fazendo Arte

Atividades turísticas Centro Histórico de Floripa

14h30 às 17h30 Passeio Turístico: “Santa Afro Catarina”

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Programação geral

25 a 28 de julho

Dia

Horário

25/07

26/07

27/07

28/07

08h às

09h30

Início do

Credenciamento

Minicursos /

Oficinas

Minicursos /

Oficinas

Minicursos /

Oficinas

09h30

às

12h30

Mesas Redondas

1, 2 e 3

Reuniões Administrativas

Grupos de Trabalho

Grupos de Trabalho

Grupos de Trabalho

12h30

às 14h

Pausa para almoço

Pausa para almoço

Pausa para almoço

Pausa para almoço

14h às

17h30

Mesas Redondas

4, 5 e 6

Coffee Break

Mesas Redondas

7, 8 e 9

Coffee Break

Mesas Redondas

10, 11 e 12

Coffee Break

Mesas Redondas

13, 14 e 15

Coffee Break

18h às

20h

Sessão de Abertura

Mesa de Abertura

Conferência de Abertura

Sessão Central I

Lançamento de Publicações

Conferência

Central I

Sessão Central

II

Homenagens

Código de Ética da ABHR

Fórum Social da

ABHR

Sessão de

Encerramento

Conferência de Encerramento

Lançamento do

Prêmio ABHR de Teses, Diss. e

TCCs

Premiação de Pôsteres

20h

Fazendo Arte

Fazendo Arte

Fazendo Arte

Festa das

Diversidades

Fazendo Arte

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Programação do 2o Fazendo Arte 25 a 28 de julho

Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH/UFSC) Performances e Teatro: Hall

CINE ABHR: Auditório

Programação sujeita a alterações

Dia

Horário

25/07

26/07

27/07

28/07

12h30

às 13h

Sem atividades

Desertos urbanos

Grupo de Estudos e Prática de Dança do

Ventre (Gabrielle Goulart Beck) (Dança 5 min)

CINE ABHR:

Púlpito e Parlamento –

Evangélicos na Política

(Documentário 67 min)

Encontro-me

d'elas

Ivy Marins Brum Viana de Souza (Dança 10 min)

CINE ABHR: Coletivo Vozes

Marias (Videodoc 40 min)

Um deus também

é o vento

Arnaldo Érico Huff Júnior

(Música 30 min)

17h30

às 18h

Volta e

Meia,Volta

Simonne Silva Alves e Julius Mack

(Performance 8 min)

Ventre Livre

Grupo de Estudos e Prática de Dança do

Ventre (Dança 3 min)

Ao Vento

Andreza Jorge e Simonne Alves

(Performance 15 min)

Raasah

Ghawazee

Grupo Andança (Daniele Cristina

Knihs) (Dança 5 min)

CINE ABHR: White ME

Isabela Cristine de Oliveira Correia

(Videoarte 10 min)

Celebração

Gabrielle Goulart Beck

(Dança 5 min)

Integrar meus lares

Julius Mack

(Dança 10 min)

20h

Pétalas de mim

Mônica Alves

(Performance 20 min)

O absurdo da intolerância

Janaina Astorino

Nascimento e Ana Caroline Vieira Lobo

(Teatro 40 min)

Mistérios da Noite

(Dança 3 min)

eu.Lama. SER Isabela Cristine de

Oliveira Correia (Performance 20 min)

Coletyva

(Performance 25 min)

Listras

Vermelhas (Dança 5 min)

Ananindeua

Tulani Pereira da Silva e Simonne Silva

Alves (Performance20 min)

Cristofobia

(Teatro do Oprimido 30 min)

Monstroário

Amanda Cândido e Diego Nascimento

(Performance 10 min) Hall

Raízes da roseira

Aline de Oliveira Rosa

Moreira e Tulani Pereira da Silva (Performance 20 min)

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Continuação da programação do Fazendo Arte 25 a 28 de julho

Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH/UFSC) Exposições: Hall e corredores do CFH

Exposição de Pintura: Calada Cidade Gabriela Goulart Colmeia Biblioteca (Hall do CFH) Instalação / VideoArte: Manifesto Corpoativista Fabricio Bogas Gastaldi Hall Exposição fotográfica coletiva Corredores do CFH

• A diferença não faz diferença, se você é você Adriana Gelinski Brenda Campos e Janaina Lohman Hofman

• O Feminino no Sagrado: imagética religiosa em Londrina/PR André Luiz Marcondes Pelegrinelli e Vanessa Caroline Mauro

• Onze Coletivo DEPLHY

• Pra não lembrar do tempo de cativeiro Pablo Gabriel Pinto Monteiro

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Programação da ABHRinha e ABHR Jovem 26 a 27 de julho

Sala da Biblioteca Colmeia (sala 311, no Térreo do CFH)

Período matutino 26 a 28 de julho: Atividades promovidas pela Biblioteca Colmeia

Período vespertino 26 de julho – ABHR Jovem (a partir dos 10 anos)

Horário Local Oficina

14h00 às 15h30

Sala 311 do CFH A perseguição aos ciganos, negros, judeus e homossexuais na Segunda Guerra Mundial: percepções a partir dos arquivos pessoais.

15h00 às 17h30

Sala 311 do CFH

Recortando a intolerância

A perseguição aos ciganos, negros, judeus e homossexuais na Segunda Guerra Mundial: percepções a partir dos arquivos pessoais

Ministrantes: Mestrandas em História: Emilly Fidelix (UFSC), Raisa Sagredo (UFSC) A oficina busca trazer, de forma intimista, um olhar através da leitura de cartas e visualização de objetos e documentos materializados, construindo uma forma diferente de como se deu o processo de perseguição a esses grupos e que tipo de memórias compartilharam. Ainda, é possível perceber as relações entre memória e auto-arquivamento, compreendendo os arquivos pessoais como fonte para a História.

Recortando a intolerância

Ministrante: Doutoranda em Antropologia Díjna Torres (UFSC) Oficina de fanzine, trabalhando o tema sobre intolerância de um modo geral, no Brasil, e a intolerância religiosa a nível internacional, nos crimes cometidos em nome de religiões contra homossexuais e mulheres. A oficina propõe um debate e a criação de fanzines contra o preconceito.

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Continuação da programação da ABHRinha e ABHR Jovem

27 de Julho – ABHRinha (6 aos 9 anos)

Horário Sala Oficina

14h00 às 15h30 Sala 311 do CFH A saga do herói ou da heroína? (Des)construindo o imaginário acerca de mitologias antigas

15:30h00 às 17h30

Sala 11 do CFH Tarde dos Contos- desconstruindo intolerâncias e

preconceitos

A saga do herói ou da heroína? (Des)construindo o imaginário acerca de mitologias antigas

Ministrantes: Mestrandas em História Emilly Fidelix (UFSC), Raisa Sagredo (UFSC) A partir da narração de mitologias antigas orientais e ocidentais, busca-se desconstruir aspectos relativos ao imaginário estereotipado acerca de diferentes visões de mundo. Os mitos, através de seus elementos mágicos, simbólicos e atemporais, podem ajudar nas reflexões atuais para romper estereótipos (como os que relacionam força, poder e a saga do herói como sendo de protagonismo masculino), trazendo mitos que envolvam personagens femininas que rompem com esse aspecto, bem como mitos onde a oposição binária de gênero não se configura como a percebemos hoje. Da mesma forma, não se pretende substituir heróis por heroínas, mas perceber, através da linguagem mitológica, em longa duração, como diferentes sociedades ao longo do tempo percebiam aspectos humanos, nem sempre binários, nem sempre masculinos.

Tarde dos Contos - desconstruindo intolerâncias e preconceitos

Ministrante: Doutoranda em Antropologia Díjna Torres (UFSC) Tarde de contos, promovendo a tolerância e a quebra de estereótipos, junto à exibição de curtas-metragens sobre o tema. A atividade busca estimular o respeito às demais pessoas, em um contexto democrático e de cidadania, através do “Omo-Oba: histórias de princesas” e da mitologia africana com os orixás.

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Credenciamento

O credenciamento será feito nos seguintes dias, horários e local:

Dias

25 a 28 de julho

Horário

08 h às 18 h

Local Saguão do Anexo A

Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)

Campus Universitário, Trindade

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Florianópolis, Santa Catarina

http://portalcfh.ufsc.br/departamentos/

As mesas de recepção serão divididas em:

Credenciamento de pessoas isentas de pagamento de inscrição

• Coordenadores/as e comentadores/as de GTs, • Conferencistas, participantes de Mesas, • Ministrantes de minicursos e • Participantes do Fazendo Arte (FA). OBS: O credenciamento só será feito mediante apresentação de documento oficial com foto.

Credenciamento de pessoas pagantes

• Participantes de GTs • Participantes de Minicursos ou de Oficinas • Ouvintes com direito a certificado (material será disponibilizado a quem se inscreveu

previamente pelo site e somente se disponível no estoque). OBS: O credenciamento só será feito mediante apresentação do comprovante de pagamento e de documento oficial com foto.

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Sessão de Abertura – 25 de julho

Mesa e Conferência de Abertura

Hall do CFH – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, 18h às 22h00

Mesa de Abertura

Cristina Scheibbe Wolff, Coordenadora do PPGH/UFSC Comissão Org. do Simpósio

Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo

Presidente da ABHR Coordenador do Simpósio

Oscar Calavia Sáez Coordenador do DA/UFSC Coordenador do Simpósio

Conferência de abertura

Rita Laura Segato

Rita Laura Segato obteve seu PhD no Departamento de Antropologia Social da Queens University of Belfast em 1984, é professora da Universidade de Brasília desde 1985 e pesquisadora 1A do CNPq desde 1998. Seu índice h de citações é 27 e o i10 é 46. Dirige o Grupo de Pesquisa Antropologia e Direitos Humanos do CNPq e foi Pesquisadora Principal do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para a Inclusão na Pesquisa e na Educação Superior (INCTI). Foi pesquisadora visitante pos-doc do Departamento de Antropologia Social da City University of New York - CUNY em 1992; no Departamento de Antropologia da Rice University, Houston, (1994 -

1995); no Institute for the Research in the Humanities da Universidade de Wisconsin em Madison (1999). Também foi acadêmica visitante na École de Hautes Études en Sciences Sociales de Paris (2003). É membro de comissões editoriais de diversas publicações periódicas, entre elas, do Conselho Editorial Internacional da prestigiosa Revista Signs, dos Estados Unidos. Foi co-autora da primeira proposta de cotas para o ingresso de estudantes negros e indígenas na educação superior do Brasil, e co-autora, com 41 mulheres indígenas de todas as regiões do país, da primeira proposta de ações afirmativas e políticas públicas para mulheres indígenas apresentada como demanda ao governo brasileiro. Colaborou com a FUNAI na série de oficinas realizadas entre 2003 e 2012.

Corpo, política, violência e “religião" na fase apocalíptica do capital

Resumo: Indagarei a relação entre corpo e território no presente, na fase que definirei como apocalíptica do capital, e o papel, significado e funcionalidade das violencias patriarcais neste contexto. Examinarei também as diferenças entre o cosmos creacionista monoteísta e o cosmos pachamámico, e o olhar sobre o corpo em cada um deles. Para concluir, tentarei uma interpretação de por que o capital nesta etapa demanda uma moralidade convencional e direitos centrados na familia heteronormativa, revelando um retorno ou um recuo de acenos mais liberais do pensamento burgués no período anterior.

Mediação: Cristina Scheibbe Wolff

Programação artística do Fazendo Arte Logo após o término da Conferência de Abertura

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Sessão Central I (1a parte) – 26 de julho

Terça-feira, 26 de julho, das 18h às 22h00 Hall do CFH – Centro de Filosofia e Ciências Humanas

Lançamento de publicações 18h às 19h

Condução: Luanddha Perón, UERJ

Estante de Lançamentos da ABHR

Destaque

História, Gênero e Religião: Violências e Direitos Humanos Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo e Oscar Calavia Sáez Florianópolis: ABHR / Colmeia Editorial, 2016 Resumo: Primeiro volume do livro do II Simpósio Internacional da ABHR / XV Simpósio Nacional da ABHR / II Simpósio Sul da ABHR, realizado no final de julho de 2016 na Universidade Federal de Santa Catarina (USFC). Contêm palestras em Mesas Redondas.

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Estante de Lançamentos da ABHR

Outras publicações

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Resumos da Estante de Lançamentos da ABHR 1. Gênero e Religião: Diversidades e (In)Tolerâncias nas Mídias (Volume 1) Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo e Karla Regina Macena Pereira Patriota Bronsztein Florianópolis: ABHR / Colmeia Editorial, 2016 Primeiro volume do livro do II Simpósio Nordeste da ABHR, realizado na Universidade Federal do Pernambuco em setembro de 2015. Foram publicados aqui a Conferência de Abertura e textos de palestras em mesas. 2. Gênero e Religião: Diversidades e (In)Tolerâncias nas Mídias (Volume 2) Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo e Karla Regina Macena Pereira Patriota Bronsztein Florianópolis: ABHR / Colmeia Editorial, 2016 Neste segundo volume do livro, constam as palestras realizadas em Mesas Redondas e a Conferência de Encerramento. 3. Gênero e Religião: Violência, Fundamentalismos e Políticas Clarissa de Franco e Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo Florianópolis: ABHR / Colmeia Editorial, 2016 Esta obra contêm as palestras do II Simpósio Sudeste da ABHR, que aconteceu em novembro de 2015 na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e que teve como temática: Gênero e Religião: Violência, Fundamentalismos e Políticas. 4. Religiões e religiosidades em (con)textos 1 – Conferências e mesas do Simpósio Sudeste da ABHR / Simpósio Internacional da ABHR, USP, 2013 (Volume 1) Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fº (Org.) Florianópolis: ABHR / Colmeia Editorial, 2016. Esta seleção de textos de mesas e conferências do I Simpósio Internacional da ABHR / I Simpósio Sudeste da ABHR, apresenta diferentes reflexões sobre as crenças e sacralidades, esperando contribuir para o florescimento de novas pesquisas e diálogos. Esta é a versão em e-book do livro lançado durante o evento pela Fonte Editorial em forma impressa. 5. Religiões e religiosidades em (con)textos 2 – Mesas do Simpósio Sudeste da ABHR / Simpósio Internacional da ABHR, USP, 2013 (Volume 2) Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fº (Org.) Florianópolis: ABHR / Colmeia Editorial, 2016 Versão em e-book da 2a seleção de textos de mesas do I Simpósio Internacional da ABHR / I Simpósio Sudeste da ABHR, publicada em versão impressa pela Fonte Editorial em 2014. 6. Nova Edição da PLURA – Revista de Estudos de Religião da ABHR Comissão de Redação da ABHR A PLURA - Revista de Estudos de Religião é o periódico da Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR). Trata-se de uma publicação eletrônica destinada à divulgação da pesquisa acadêmica na área dos estudos de religião. São publicados artigos originais, traduções, documentos históricos, entrevistas e resenhas produzidos nos diferentes campos das ciências humanas. As publicações comportam, assim, tanto abordagens e perspectivas teórica e metodologicamente plurais, quanto temas diversos relacionados ao universo das religiões e religiosidades. O periódico recebe submissões de artigos e resenhas em fluxo contínuo. Prestigiem nossa revista!

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Estante de Lançamentos Especiais

A grande onda vai te pegar: marketing, espetáculo e ciberespaço na Bola de Neve Church Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fº Florianópolis: Colmeia Editorial, 2016 Segunda edição do livro (em e-book), com comentários do autor a respeito das tentativas de censura à obra. Em A grande onda vai te pegar. Marketing, espetáculo e ciberespaço na Bola de Neve Church, Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fº apresenta algumas das formas como a Bola de Neve, agência evangélica de características majoritariamente neopentecostais, se promove no mercado religioso a partir de discursos congelados e derretidos – em que inovações e

permanências vão sendo disponibilizadas aos/às fiéis através de um marketing de guerra santa que tem como principais características a utilização das teologias da batalha espiritual, do domínio e da prosperidade, bem como a divulgação da agência através do ciberespaço. Inicialmente, ficam as perguntas: você já foi a um culto da Bola de Neve? A grande onda já te pegou? A peregrinação à Divina Pastora Magno Francisco de Jesus Santos Aracaju: Diário Oficial do Estado de Sergipe - EDISE, 2015 Peregrinar consiste em um dos principais atos do universo religioso. As longas marchas estão presentes na maioria das religiões e representam o momento em que os devotos, homens religiosos, se predispõem a caminhar em busca de um lugar sagrado, da casa de um deus que sempre está alhures. No cristianismo a presença de santuários se dá em lugares mais remotos. De grandes basílicas a simples capelas de santa cruz de beira de estradas, os santuários se tornam focos de romarias e peregrinações, convidando milhares de pessoas para o deslocamento. Este livro tem como objeto de estudo a peregrinação ao Santuário de Divina Pastora, criada no ano de 1958 com os membros da Juventude Universitária Católica de Aracaju e que passou por consideráveis transformações ao longo de sua trajetória. Com a pesquisa pretendeu-se compreender a peregrinação ao Santuário de Divina Pastora, buscando reconstituir alguns dos principais elementos que permearam a trajetória da cidade e da peregrinação.

A Segunda Separação: A política religiosa do Estado Novo (1933-1974) Paula Borges Santos Coimbra: Almedina, 2016 O regime autoritário português promoveu uma transformação significativa no relacionamento institucional do Estado com as Igrejas, especialmente com a Igreja Católica, que decorreu de novas soluções tentadas para a organização do Estado. As opções tomadas afloraram no direito público, em geral, e no direito constitucional, em particular. Determinaram também dinâmicas exclusivamente políticas, e estas foram, em certo sentido, um complemento ao enquadramento normativo do fenómeno religioso. Pela soma destes elementos,

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durante o Estado Novo foi inaugurada e consolidada uma fase de alterações importantes na interação entre a política e a religião, à qual se pode chamar a segunda separação (…). Este paradigma de separação apenas em democracia foi revisto e atualizado, quando o ordenamento português assumiu uma visão centrada no reconhecimento e proteção dos direitos fundamentais do cidadão, e, nessa esteira, se harmonizou com uma aceção ampla e sem restrições da liberdade religiosa. Além do que se vê: magnetismos, ectoplasmas e paracirurgias Gustavo Ruiz Chiesa Rio de Janeiro: Multifoco, 2016 Perceber o mundo de outra forma, com outros olhos, outras lentes. Desenvolvo nesse ensaio três modos de conhecer, três caminhos alternativos criativamente construídos ao longo de três séculos. Iniciaremos esse percurso voltando nossa atenção para os fluidos magnéticos que atravessam e constituem nossos corpos e nos conectam ao ambiente. Em seguida, entraremos em contato com seres e substâncias nada habituais e bem difíceis de serem definidas ou capturadas. Mais adiante, pensaremos a respeito de nossa saúde, nosso corpo, e descobriremos que existem diferentes possibilidades de perceber e ser afetado por tudo o que nos cerca. Por fim, apresentaremos os principais conceitos dessa outra maneira de pensar o mundo e viver a vida. Uma maneira menos fragmentada ou apressada; mais ecológica ou sagrada. Durante essa jornada, seremos acompanhados por uma série de cientistas e pensadores que superaram barreiras e não desistiram de improvisar caminhos e olhar para aquilo que está além do que se vê.

As Aventuras de Yara no Planeta Oculares: conhecendo, respeitando e convivendo com a diversidade religiosa e os direitos humanos (Vol. I) Adecir Pozzer Blumenau: EDIFURB, 2013 Trata-se de uma obra elaborada por um grupo de educadores, com formação em várias áreas do conhecimento, e que, diariamente, trabalha, estuda e pesquisa as temáticas da diversidade religiosa e dos direitos humanos, no cotidiano escolar da educação básica. Este caderno apresenta, de modo criativo e inovador, as aventuras de uma adolescente chamada Yara que, ao sofrer discriminação em sua

própria terra, foi convidada por seus pais a fazer uma viagem até a casa de seus avós. Durante o caminho, convive e dialoga com diversos grupos culturais e descobre que, em cada tempo e lugar, as pessoas constroem e organizam suas vidas, a partir de um modo próprio dever o mundo. Yara descobre que neste planeta há lugar para todas as pessoas, e que cada uma delas possui o direito à liberdade de pensamento, consciência e crença. Esse direito inclui a liberdade de escolher, não ter crenças ou de mudá-las, bem como, a liberdade de manifestá-las em público ou em particular.

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Benzimentos: Estudo sobre a prática em São Miguel das Missões-RS Juliani Borchardt da Silva Santo Ângelo: FuRi, 2014

O ofício de benzer, prática e sabedoria popular transmitida entre gerações, cultura viva representada e manifestada no cotidiano de pessoas que se colocam à disposição de uma comunidade a fim de suprir seus problemas de saúde ou simplesmente para ouvir histórias, dar atenção e conselhos àqueles que lhes procuram em suas residências, transformadas em pequenos santuários onde símbolos, imagens e códigos misturados ganham sentido e consolidam as percepções que estes possuem do mundo. Objetos, orações, palavras e noções de cura ganham sentido durante o benzimento, constituindo memórias e identidades de pessoas que compartilham desta prática no seu cotidiano.

Caminhos da Penitência: a solenidade do Senhor dos Passos em São Cristóvão (1886-1920) Magno Francisco de Jesus Santos Aracaju: Criação, 2015 A procissão do Senhor dos Passos pode ser vista como uma das mais importantes manifestações religiosas de Sergipe. Isso se torna evidente se observarmos o número de fiéis que a cada ano par ticipam do evento e as práticas religiosas dos devotos. Apesar de ter sua importância reconhecida, essa tradicional solenidade de São Cristóvão é ainda muito pouco estudada. Ela é consideravelmente referenciada em diversas obras, mas, no entanto, é perceptível a carência de um estudo sistemático sobre o fenômeno. Assim, com

essa pesquisa, pretendemos preencher uma importante lacuna na historiografia religiosa de Sergipe. Canção Nova e as peregrinações pós-modernas: Hierópolis Carismática de Cachoeira Paulista, SP Jefferson Rodrigues de Oliveira Jundiaí: Paco Editorial, 2015 Este livro tem por objetivo trazer a correlação entre o sagrado e profano, a partir de uma interpretação geográfica da manifestação do sagrado em uma cidade, Cachoeira Paulista, localizada no Vale do Paraíba Paulista, interior de São Paulo. Nesta cidade está localizada a sede nacional da Comunidade de vida e aliança Canção Nova que assim como Cachoeira Paulista é o objeto central de estudo deste trabalho. O sagrado impõe uma nova marca espacial na cidade com a chegada do grupo religioso fundador da Canção Nova em Cachoeira Paulista a partir de 1980. Esses estudos estão inseridos em um contexto atual, em uma sociedade pós-moderna/hipermoderna, sendo de grande valia para os estudos geográficos da geografia cultural pós-1980. Neste livro privilegiaremos os estudos das categorias de análise – o Sagrado e o Profano; os estudos das Hierópolis ou Cidades-Santuário; os peregrinos como agentes modeladores do espaço urbano com suas práticas religiosas pós-modernas materializadas no espaço.

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Coleção Cultura de Paz e Mediunidade Adilson Sanches Marques Santa Paula: RiMa Editora, 2003-2010 Entre os anos de 2003 e 2010, sete pesquisas foram realizadas com os médiuns atuantes na ONG Círculo de São Francisco, na cidade de São Carlos/SP, utilizando diferentes metodologias qualitativas em Ciências Humanas, entre elas a História Oral. Três das pesquisas utilizaram essa metodologia para se entrevistar supostos espíritos, através de médiuns inconscientes, originando três livros: Mitocrítica dos

ensinamentos do espírito pai Joaquim de Aruanda, Saúde e Espiritualidade, e Psicosofia de Lao Tsé, Krishna e Buda. Outras pesquisas estudaram a Apometria, os trabalhos de desobsessão espiritual e a história de vida de diferentes médiuns. A coleção foi lançada entre os anos de 2011 e 2012, possibilitando uma nova forma de olhar a mediunidade, de uma forma laica, valorizando a cultura de paz e os direitos humanos, e que foi identificada como espiritologia. Contradança: Ritual e festa de um povo Maria Cristina de Freitas Bonetti Goiânia: Kelps, 2015 A Contradança é uma manifestação cultural, religiosa e artística inserida no ritual da Festa do Divino – Pentecostes, em Pirenópolis e Santa Cruz de Goiás. Identidade cultural, fenômeno religioso, mito, símbolo, ritual, música e danças asseveram a eficiência e eficácia simbólica dessa manifestação singular do povo goiano. Este livro é o resultado da reflexão e da compreensão das expressões artísticas e culturais do povo pirenopolino e santacruzense, bem como os seus diálogos com outras esferas da realidade social, o que propicia sua interação e trocas simbólicas contínuas que possibilitam a inclusão e o livre direito à expressão da cultura e da arte do povo.

Cultura popular: Cantar, dançar e contar a História com os pés Maria Cristina de Freitas Bonetti Goiânia: Kelps, 2015 Reconstruir a história do po vo é parte de estudos referentes à Cultura Popular que se embasam nas experiências do passado e estas permanecem nos costumes do presente. Goiás é um estado de formação multicultural devido aos muitos ciclos migratórios. Desta forma, encontramos nas suas danças folclóricas e manifestações populares, elementos de várias regiões do Brasil. Alguns estão adormecidos e memórias foram apagadas. Com a renovação da população, novos migrantes aportam o estado e rememoram

elementos que já foram presentes nas sabenças do povo goiano. Ao entrar para os sertões na busca do ouro, o Fandango chegou a Goiás e aqui seu nome mais comum é Catira, mas também encontramos danças com elementos coreográficos semelhantes com o nome de Recortado, Viadeira, Jiquitaia, Carolina e Curraleiro. As execuções coreográficas destas danças, nas suas descrições, aparecem apenas com alguns elementos de palmateio, batidas de pés e mudança de lugar que o dançador irá executar.

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Cura espiritual: a experiência dos nãos espíritas no Nosso Lar Cristiane Martins Gomes Montes Claros: Unimontes, 2014 O livro é uma análise da experiência de frequentadores não espíritas que buscam a cura espiritual como um caminho para resolver seus problemas, físicos, psíquicos e espirituais. A pesquisa aconteceu na Instituição Espírita de Caridade Nosso Lar na Cidade de Montes Claros, no norte de Minas Gerais. Exploramos o impacto da cura espiritual vista por pessoas não espíritas, mas que usufruem da cura espiritual como solução para resolver seus problemas, sejam elas pertencentes ou não a algum credo religioso. A pesquisa buscou compreender a visão dessas pessoas que buscam a chamada cura espiritual. Com base nos objetivos da pesquisa foram analisadas três questões: o motivo que levou os não espíritas até a Instituição Nosso Lar; as mudanças percebidas por eles em sua fé; e a necessidade de saber se a cura espiritual trouxe benefício às pessoas que procuraram estes meios alternativos e se o tratamento recebido provocou nelas mudanças religiosas e ou espirituais.

Dá-me de Comer: a assistência social espírita José Pedro Simões Neto São Paulo: Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo, 2015 O livro discute a importância da assistência social para os espíritas kardecistas. Para isso, inicialmente, o texto aborda o lugar de centralidade do lema "Fora da Caridade não há Salvação" para este grupo religioso. Em seguida, é feita uma delimitação sobre quem são espíritas que o livro trata, a saber: filiados as Federações Espíritas (Nacional e Estaduais). O livro é o resultado de uma pesquisa desenvolvida em Santa Catarina, envolvendo 70 instituições e

contemplou as seguintes etapas: 1. revisão da literatura sobre assistência social espírita, contemplando os enfoques acadêmico e religioso; 2. entrevistas com os dirigentes das atividades assistenciais nos centros espíritas; 3. levantamento da atividades, programas e estrutura de atuação dos centros. Tudo isso foi referenciado a uma análise sociológica sobre o significado da ação assistencial, a partir de autores como Simmel e Tocqueville. Daoismo Tropical: Transplantação do Daoismo ao Brasil através da Sociedade Taoísta do Brasil e da Sociedade Taoísta SP Matheus Oliva da Costa São Paulo: Fonte Editorial, 2015 O Daoismo é uma religião de origem chinesa institucionalizada no século II da Era Comum. Observamos três ondas de contato cultural da cultura daoista no Brasil. Abordamos um grupo daoista, específico da última onda caracterizada pela divulgação via linhagens daoistas, o Caminho da Ortodoxia Unitária, institucionalizada como Sociedade Taoista do Brasil e Sociedade Taoista SP. O objetivo aqui foi analisar o processo de transplantação do Daoismo ao Brasil através dessas instituições. Aliamos nossa metodologia de pesquisa de campo com um quadro teórico composto pela teoria da transplantação das religiões, da religião brasileira e do hibridismo cultural. Nossa hipótese central é que na STB e ST-SP o Daoismo seria cada vez mais um resultado híbrido da matriz religiosa brasileira e de um modelo ideal de daoista ligado à China. Através da nossa análise teórica baseada nos dados empíricos mostramos a validade da nossa hipótese central.

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Deus, Sexo e Diversidade - Relendo a Bíblia sem Preconceitos Michel Nahas Filho Sexologia Brasil, 2015 Nesta obra, as diferentes práticas sexuais são estudadas em detalhes, deixando de lado tabus e moralismos, tendo como fundamento a essência da Palavra de Deus, sem contudo desconsiderar as importantes contribuições da sexologia. A obra irá desafiá-lo(a) a enxergar a religião e o sexo, com uma nova visão, com uma compreensão mais ampla devido a uma nova releitura do texto bíblico, com uma visão positiva do sexo e suas diversidades.

Diversidade religiosa e direitos humanos: conhecer, respeitar e conviver Adecir Pozzer Blumenau: EDIFURB, 2013 Embora seja complexo e desafiador, conviver com a diversidade é um imperativo inseparável à promoção dos direitos humanos, o que implica, entre outros pontos, o respeito e o reconhecimento das diferentes formas de religiosidades, tradições e/ou movimentos religiosos, bem como daqueles que não seguem forma de religião alguma. Historicamente, a convivência entre culturas, identidades e crenças religiosas vem sendo marcadas por relações equivocadas, preconceituosas, discriminadoras, negadoras, rotuladoras e exotizadoras do Outro, fomentando a intolerância em distintos tempos, espaços e lugares. Esta obra apresenta e socializa conhecimentos sobre a diversidade religiosa, reconhecendo as alteridades e promovendo o respeito às culturas, histórias, identidades, memórias e valores culturais e religiosos, com vistas ao enfrentamento de preconceitos, lógicas, silenciamentos, invisibilizações, discriminações, violências e desigualdades.

Educação e Diversidade Cultural: tensões, desafios e perspectivas Adecir Pozzer Blumenau: EDIFURB, 2014 Cada grupo cultural adquiriu formas diversas através do tempo e do espaço, constituindo-se a partir das relações estabelecidas com a natureza e com os demais sujeitos e coletividades. As culturas configuram um mundo simbólico que atribuem sentidos, limites e possibilidades às formas de como os humanos leem, agem e vivem, produzindo diferentes significados e identidade(s). Assim, as culturas fornecem o vínculo entre o que os sujeitos são capazes de se tornar e o que eles realmente se tornam e, por isso, a diversidade cultural é uma

das fontes para o desenvolvimento humano, na medida em que amplia horizontes e perspectivas. É com esta intenção que a presente publicação reúne contribuições de diferentes autores que, à luz de distintas perspectivas, contribuem para a compreensão das múltiplas interfaces que envolvem Educação e Diversidade Cultural, apontando possibilidades para a elaboração de outras teorias e práticas pedagógicas alinhadas aos direitos humanos.

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Educação e Interculturalidade: conhecimentos, saberes e práticas descoloniais Adecir Pozzer Blumenau: EDIFURB, 2014 A presente publicação reúne a contribuição de diferentes autores que, à luz de distintos territórios e territorialidades, contribuem para a compreensão das múltiplas interfaces que envolvem as temáticas da Educação e da Interculturalidade, apresentando conhecimentos, saberes e perspectivas para práticas pedagógicas descoloniais, difundindo e fomentando a formação em direitos humanos. Uma educação intercultural não nega a complexidade implícita à sua gênese. Pressupõe uma coerência entre os fundamentos epistemológicos, os encaminhamentos metodológicos e as necessidades, limites e possibilidades dos sujeitos significarem a própria existência e numa relação interativa com diferentes culturas.

Educação, Direitos Humanos e Interculturalidade: diálogos críticos e reflexivos Adecir Pozzer Blumenau: EDIFURB, 2015 Esta obra apresenta atualizações relevantes do conceito de direitos humanos a partir da revisitação do pensamento de autores como Emmanuel Levinas, Enrique Dussel, Rubem Alves e Nobert Elias. Comporta igualmente análises valiosas sobre as tensões entre a monocultura escolar e o desafio da diversidade religiosa; a reivindicação da infância e da juventude como sujeitos que pensam seus direitos; os desafios e as possibilidades que se colocam à construção da Educação em Direitos Humanos no âmbito da

educação básica; e, finalmente, a necessidade de se legitimar o lugar de fala do educador que, cotidianamente, vivencia a escola e seus dilemas. A obra é uma consistente análise sobre a Educação Intercultural e em Direitos Humanos e, também, um manifesto político em favor da diversidade enquanto elemento constituidor de nossas identidades. Ensino Religioso na Educação Básica: Fundamentos epistemológicos e curriculares Adecir Pozzer Blumenau: EDIFURB, 2015 O trabalho com prometido desempenhado pelo FONAPER ao longo das últimas duas décadas o instituíram como instância de representação e referência nacional no que se refere à promoção do Ensino Religioso não confessioal na escola. A presente obra representa mais um esforço do FONAPER em contribuir no processo de consolidação do Ensino Religioso, enquanto uma das áreas de conhecimento da Educação Básica a contribuir na promoção dos direitos de aprendizagem dos estudantes. Ao apresentar aspectos das recentes discussões relacionadas à definição da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o livro “Ensino Religioso na Educação Básica” intenta apresentar fundamentos epistemológicos e curriculares aos pesquisadores, acadêmicos, gestores educacionais, professores e demais profissionais da educação.

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Entre púlpitos e porões: metodistas e presbiterianos no período da Ditadura Militar Daniel Augusto Schmidt São Paulo: Editora Reflexão, 2015 O livro analisa um período de crise vivido igrejas metodista e presbiteriana durante a época da Ditadura Civil e Militar. Influenciadas pelo ambiente político e ideológico da época, elas foram palco de uma disputa entre suas alas conservadoras e progressistas. Estabeleceu-se um clima de “caça às bruxas”, marcado por atitudes autoritárias e de apoio ao regime imposto. A pesquisa procura levantar os fundamentos das atitudes das alas conservadoras do protestantismo

nesse conflito, um aspecto pouco considerado pela historiografia sobre o tema. A principal suspeita é a de que suas posturas decorreram do contato desse protestantismo importado com a herança cultural patriarcal autoritária e católica presente no Brasil desde seu período fundacional. Essa mescla acabou moldando a mentalidade dos setores conservadores do protestantismo nacional que acabou aflorando quando novos agentes surgiram no cenário religioso durante o período do Golpe Civil e Militar. Espiritismo, "esta loucura do século XIX": Ciência, Filosofia e Religião nos escritos de Allan Kardec Augusto César Dias de Araújo São Paulo: Fonte Editorial, 2016 Nascido em meio às disputas doutrinárias do Espiritismo brasileiro, entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, o chamado tríplice aspecto tem sido apresentado como a fórmula mais adequada para definir a natureza ou identidade da doutrina espírita tal como foi apresentada por Allan Kardec [1804-1869] em sua obra. Em sua configuração mais comum, esta fórmula afirma que o Espiritismo seria uma doutrina simultaneamente científica, filosófica e religiosa. E, embora o fundador do Espiritismo nunca tenha se referido em seus escritos a este tríplice aspecto, os conceitos nele envolvidos são, de tal forma, centrais para a compreensão do processo de formação da doutrina kardeciana, que uma averiguação junto aos textos-fonte deste movimento se torna necessária. Ao final, esperamos oferecer elementos para uma compreensão do processo de formação identitária do Espiritismo.

Estudos Feministas e Religião: tendências e debates (volumes 1 e 2) Sandra Duarte de Souza; Naira Pinheiro dos Santos Curitiba: Editora Prismas, 2014-15 Os estudos feministas e a abordagem de gênero ainda aparecem de forma pouco significativa nos estudos sobre religião, e o inverso também é verdadeiro, isto é, há pouca atenção para a importância da religião nos estudos feministas. Essa constatação é o que motiva a produção dos dois volumes deste livro. Em seu primeiro volume, o livro traz uma diversidade de textos que articulam gênero e religião a partir de quatro blocos temáticos: Gênero, Religião e Cultura; Gênero, Religião e Política; Gênero, Religião e Violência; e Gênero, Religião e

Sexualidades. O segundo volume dá continuidade a essas reflexões, e possui uma rica diversidade temática, contando com contribuições de estudios@s feministas da Europa, dos Estados Unidos e do Brasil. Lançados em 2014 e 2015, esses livros marcaram os 25 anos da atuação do Grupo de Estudos de Gênero e Religião Mandrágora/Netmal.

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“Eternamente Off-Line”: as práticas do luto na rede social do Orkut no Brasil (2004-2011 Julia Massucheti Tomasi Curitiba: Editora Prismas, 2016 Este obra procura analisar como em tempos de morte silenciada, o Orkut, uma rede social de comunicação e relacionamento, tornou-se um ambiente para expressar e compartilhar a dor e o sofrimento de enlutados, através de mensagens textuais (recados, depoimentos e debates em fóruns de discussões) e imagens. Nas páginas da rede social do Orkut, após sua criação no ano de 2004, tanto nas comunidades como em perfis pessoais, observa-se que os enlutados expressam virtualmente sua dor e sofrimento através de imagens e mensagens, sendo estas visíveis e compartilhadas aos usuários de sua rede, podendo ser amigos, familiares e até mesmo desconhecidos. Assim, uma das principais propostas é a de compreender as novas formas de sociabilidade e as variadas relações e interações vivenciadas pelos internautas no espaço virtual, além de esboçar a utilização das páginas da internet como um documento para o campo da história, enfatizando-se as implicações de se pesquisar através dos documentos on-line.

Faces Femininas no Sagrado Cátia Cilene Rodrigues Câmara São Paulo: Editora Reflexão, 2015 A face feminina do Sagrado é a face cotidiana da transcendência, quando o sagrado toca a imanência. Nas diferentes culturas e religiões, mesmo de cunho marcadamente patriarcal, a face feminina do Sagrado não se permite ocultar ou suprimir. Pelas tangentes, essa sacralidade feminina se manifesta meio a atributos solidários nas atitudes, ações, vestuários, linguagem, em toda a expressão amorosa, criativa e intuitiva presente nas conexões de almas místicas da humanidade. É a face sacra manifesta em rituais e práticas habituais do dia a dia voltadas para a cura da alma, promovendo o

fortalecimento das irmandades e seus membros por meio de histórias populares, simbólicas e mitológicas, que motivam transformações pessoais e coletivas por uma lógica mais afetiva que racional, fortalecendo a integração harmoniosa dos laços humanos. Dessa Face que se trata este livro, por diferentes estudos e por diferentes autores. Fé e crime: evangélicos e PCC nas periferias de São Paulo Vagner Aparecido Marques São Paulo: Fonte Editorial, 2015 Resumo: Há apenas três décadas, este seria um livro de ficção, talvez de literatura fantástica. O Primeiro Comando da Capital ainda não tinha nascido, a “justiça do crime” era muito menos presente nos cotidianos das periferias de São Paulo. O catolicismo era amplamente dominante, o pentecostalismo apenas iniciava sua trajetória de expansão. Seria então impensável que trânsitos entre as duas irmandades em franco crescimento (o “Comando”, os pentecostais) se estabelecessem com tamanha desenvoltura. Tudo mudou, e este é um livro de ciências sociais, dos mais instigantes; suas histórias são fantásticas, mas ele fala de um mundo realmente existente, tendencialmente crescente, embora tão pouco visível às elites paulistanas. O livro apresenta a trajetória de Kadu, o irmão (do PCC) que virou irmão (de uma igreja pentecostal), mantendo sua dupla filiação.

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Frei Damião - O Santo popular e a edificação do Ícone A fé na modernidade e o catolicismo popular no santuário de Frei Damião José Honório das Flores filho São Paulo: Fonte Editorial, 2013 Este estudo trata sobre cultura, tradição popular, turismo religioso e práticas do cristianismo moderno no santuário Frei Damião, situado em Guarabira Paraíba, lugar marcado por peculiaridades do catolicismo rural e pelo turismo religioso. O autor faz uma análise do Frei Damião desde a sua vida como homem, santo, mito e ícone até a construção do santuário. É um trabalho de interesse a todos os estudiosos do fenômeno religioso e para aqueles que pretendem entender o campo religioso na modernidade, o catolicismo popular e

a ação devocional de indivíduos no santuário. Mas que contudo, verificar que as dinâmicas devocionais da religiosidade popular podem ser verificadas em outros contextos populares de religiosidade do povo como parte inerente a sua cultura. História das Romarias em Sergipe Magno Francisco de Jesus Santos Esse livro reúne pesquisas que elucidam outra faceta das romarias. São leituras com recortes temporais, fontes documentais e problemáticas distintas. Acima de tudo, são os resultados de pesquisas que buscam compreender a experiência das camadas populares nas romarias. São frestas acerca de uma teia complexa de celebrações nas quais tingem o cenário de pobreza da população local com um colorido especial de devoção e fervor. Um cenário permeado pela diversidade, por aproximações e distanciamentos.

Michel Foucault e as Ciências Humanas: transversalidades, leituras e apropriações Rodrigo Diaz de Vivar y Soler; Rafael Araldi Vaz; Gustavo Capobianco Volaco (Orgs.). Curitiba: CRV Editora, 2016 Realizar uma leitura sobre as relações existentes entre Michel Foucault e as ciências humanas não significa ilustrar um panorama sobre a legitimidade dos saberes, nem muito menos reivindicar um estatuto de confiabilidade dos seus mais variados caminhos metodológicos. Esboçar uma análise sobre essa relação significa, antes de tudo, desliza sobre a lâmina afiada dos seus múltiplos discursos buscando não perguntar sobre o que somos nós, mas antes capturar os motivos

pelos quais devemos recusar, transgredir e instituir práticas de liberdade através da construção de uma ontologia histórica de nós mesmos. Em suma, trata-se de tocar a realidade em nervos cuja finalidade seria a de promovermos uma experiência maquínica correlativa a construção de uma história política sobre os sistemas de pensamento. O livro que ora apresentamos é resultado direto de uma multiplicidade de temas construídos de forma transversal por seus autores. Neles, o leitor vai encontrar muito mais do que um mero comentário acerca de Foucault. Na realidade, nossa intenção consiste em apresentar uma constelação que envolve as dimensões de uma performatividade que atravessa os sentidos e as experiências do caleidoscópio foucaultiano com o objetivo de anunciar suas problematizações como uma manhã de festa, a orgia dionisíaca e o carnaval orquestrado de um pensamento radicalmente inovador como o de Michel Foucault.

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Mulher Nagô: liderança e parentesco no universo afro-brasileiro Díjna Andrade Torres Curitiba: Appris Editora, 2015 A construção e as transformações do universo religioso afro-brasileiro são de uma diversidade e mistérios ímpares. Dentro dessa caixinha de segredos e surpresas que todo o escopo religioso apresenta, cabe destaque para a liderança e o papel da mulher na configuração da família e da casa de santo, sobretudo em um terreiro Nagô, considerado um dos mais antigos e tradicionais de Sergipe, além da análise da constituição dessa liderança enquanto mantenedora de uma tradição secular. Esta obra objetiva trazer uma rede de símbolos e relações estudadas, fazendo desta pesquisa um instigante relato da história de tradição vivida e repassada através da ótica feminina.

No Imaginário da Intolerância: da Pedagogia do Medo à Pedagogia do Desprezo Carlos André Macêdo Cavalcanti São Paulo: Fonte Editorial, 2015 O aperfeiçoamento da noção de Intolerância, aqui didaticamente classificada em três tipos, e a análise dela em temas diversos, como Inquisição, feitiçaria, maçonaria, Ensino Religioso, mandingas e ciência, porém integrados e concatenados pelo autor, são a base desta obra. Dividido em cinco capítulos, sendo três textos resultantes de pesquisas e dois ensaios científicos, o livro “No Imaginário da Intolerância: da Pedagogia do Medo à Pedagogia do Desprezo” é um convite ao debate e ao aprofundamento no intuito de se obter uma

teorização mais apurada e densa do fenômeno histórico da Intolerância à luz da Teoria do Imaginário de Gilbert Durand, da História e das Ciências das Religiões. O Corpo da Roupa Letícia Lanz Curitiba: Editora Transgente, 2014 Este é o primeiro compêndio sobre Estudos Transgêneros escrito originalmente em língua portuguesa. O livro busca alcançar o máximo de pessoas, com o objetivo de fornecer uma visão geral do que são identidades gênero-divergentes - ou transgêneras (travestis, crossdressers, transexuais, andróginos, dragqueens, transformistas, etc.). Trata-se de um trabalho básico para educadores, pesquisadores, jornalistas, advogados, médicos, psicólogos, assistentes sociais e estudantes dessas áreas, além de pessoas interessadas em conhecer melhor o mundo transgênero. São apresentados temas fundamentais como corpo, roupa, gênero, transgressão de gênero, identidades gênero-divergentes, família, escola, armário, transição, passabilidade e tantos outros. Além de uma vasta bibliografia contendo livros, artigos e sites relacionados, esse volume traz uma edição revista e atualizada do Dicionário Transgênero, publicado pela autora, desde 2006, no Arquivo Transgênero, www.leticialanz.org.

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O que é o Imaginário? Olhar biopsicosocial.para a teoria transdisciplinar de Gilbert Durand Carlos André Macêdo Cavalcanti; Ana Paula Rodrigues Cavalcanti João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2015 Como os próprios autores o afirmam, o propósito do seu livro é didático, ou seja, é uma introdução-síntese da teoria geral do Imaginário na perspectiva durandiana: “Imaginamos um livro, dizem os autores, capaz de apresentar o Imaginário de uma forma transdisciplinar buscando o provável trajeto que fez Gilbert Durand na concepção da teoria” (p. 10). E imaginaram bem, pois este livro, que em boa hora surge sob o signo do Kairos (momento favorável, tempo propício, tempo circular e sagrado) e não do Cronos (tempo

cronometrado pelo relógio que marca o tempo linear e profano), revela-se não só um instrumento pedagogicamente útil para todos aqueles e aquelas que se pretendem iniciar nos Estudos do Imaginário sob a égide de Gilbert Durand, mas também revela uma fina análise e compreensão da natureza do Imaginário e da sua importância fecunda no campo das religiões, como, aliás, antes já Mircea Eliade o tinha mostrado nos seus numerosos estudos dedicados à história comparada das religiões. O que se vê nas Religiões? Textos do Videlicet vol. 1 Carlos André Macêdo Cavalcanti; Ana Paula Rodrigues Cavalcanti São Paulo: Fonte Editorial, 2015 Livro multitemático!! A palavra videlicet, do latim medieval, é uma abreviação do termo vidēre licet, do latim clássico, que significa “o que se pode ver”, o que está em evidência. Por respeito e por humildade, sabemos que nossas conclusões são relativas somente aos aspectos que podemos ver nas Religiões. Os temas e seus diversos autores refletem bem esta assertiva do Grupo Videlicet (UFPB) e da área de Estudos em Religiões. São 13 textos de pesquisas consagradas por 15 autores diferentes. Neles, aparecem Inquisição, Islamismo, Jesuítas, Psicologia do Paciente Religioso, Loucura, Intolerância Religiosa, Maçonaria, plantas sagradas dos Potiguara, a história do Pe. Ibiapina, diálogo inter-religioso, Diversidade Religiosa, Teoria do Imaginário e três importantes monjas medievais. Pluralidade temática vetorizada pelo estudo do fenômeno religioso na natural confluência entre Ciências e História das Religiões.

O Sabá do sertão: feiticeiras, demônios e jesuítas no Piauí colonial (1750-1758) Carolina Rocha Silva Jundiaí: Paco Editorial, 2015 O livro tem como eixo principal os depoimentos de duas escravas mestiças, Joana e Custódia de Abreu, que assumiram participar de encontros noturnos firmados por pactos diabólicos no Piauí colonial. A confissão foi escrita e enviada ao Tribunal do Santo Ofício de Lisboa pelo jesuíta Manuel da Silva e possui descrições muito semelhantes com os elementos que definem o complexo sabático europeu. O texto foi resultado da confluência de diversas crenças mágico-religiosas, a

descrição dos encontros noturnos com o diabo ora se aproximou da magia popular, ora dos calundus coloniais e ora do sabá europeu. As fontes também funcionaram como indícios que levaram a compreensão de um cenário mais amplo e multifacetado, no qual foi possível investigar: o amplo uso de práticas mágicas na América Portuguesa; o papel da Companhia de e as adaptações que a Instituição sofreu no Brasil; a ocupação dos sertões através da “Guerra dos Bárbaros”; e a formação cultural e religiosa do Piauí no século XVIII.

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O Santo é quem nos vale, rapaz! Quem quiser acreditar, acredita!": Práticas Religiosas e Culturais nas Benzeções. Alaíze dos Santos Conceição Curitiba: Editora Prismas, 2015 Trata-se de uma investigação histórica que analisa o universo cultural de Rezadeiras e Rezadores do Recôncavo Sul da Bahia, no âmbito das crenças religiosas, ao longo do século XX. Esses sujeitos históricos eram integrantes das classes trabalhadoras e negras que, por questões econômicas, foram introduzidos no mundo do trabalho ainda na infância. Compartilhando vivências raciais e de classe, esses indivíduos que, em sua maioria, são oriundos da 2ª geração do pós-abolição, se dispersaram pela região em busca de melhores condições de vida Buscou-se na elucidação de experiências cotidianas, sobretudo no universo religioso e no mundo do trabalho, refletir acerca das identidades individuais e coletivas construídas ao longo de suas vidas. O silêncio e o segredo do Cabeça de Cuia: Violência contra gays, homofobia e militância LGBT

no Vale do Rio Guaribas Paulo Fernando Mafra de Souza Júnior Curitiba: Appris Editora, 2015 Partindo das narrativas do mito fundador da sociedade colonizadora no Piauí, este livro problema tiza o cenário do silêncio e segredo coletivo acerca dos assassinatos e suicídios de homossexuais no interior do Estado que preserva a maior concentração de sítios pré-históricos do continente americano, maior proporção de católicos, um dos maiores índices de desigualdade social e, curiosamente, um dos menores índices da violência homofóbica do Brasil. Abrindo as urnas funerárias do decadente discurso heteronormativo e dessecando os

mecanismos de poder que engendram os dispositivos das sexualidades, o autor, valendo-se do antigo ofício dos historiadores sobre as ruínas da guerra, dialoga com doze sobreviventes do Vale do Rio Guaribas, protegidos pelos codinomes de tribos e povos indígenas exterminados no Nordeste e rompe com o pacto de silêncio dos cemitérios, provocando ruídos e visibilidades da violência contra gays, da homofobia e dos controles da diversidade sexual no interior do Piauí. Os jovens e a rua: trajetórias dos sem lugar Anelise Gregis Estivalet Curitiba: Appris Editora, 2014 Pesquisar acerca de meninos/as que vivem nas ruas do Brasil não é uma tarefa fácil. Ao contrário, é uma proposta que trilha caminhos tortuosos e difíceis. Primeiro, porque pesquisamos sobre crianças e jovens que experimentam o abandono e a sobrevivência nas ruas. Segundo, porque uma criança ou um jovem é levado pelos contextos social e familiar a ter esse tipo de vida. Ir para a rua torna-se a última alternativa, constituindo, antes de tudo, um ato de coragem. A rua constitui-se em um espaço possível, uma estratégia de sobrevivência. Trazer à tona o discurso dos jovens em situação de rua em nossa sociedade, ou seja, dos sem-lugar, é, primeiramente, um ato libertador. Portanto, é uma forma de tentar libertar aqueles que frequentemente estão em uma situação de invisibilidade.

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Pentecostalismo clássico: pouco pesquisado, pouco conhecido André Luiz de Castro Mariano Curitiba: Editora Prismas, 2015 A história do pentecost alismo clássico no Brasil completou um século, porém, pouco se conhece deste fenômeno religioso, se compararmos com as denominações neopentecostais: Quem são estas pessoas? Qual a relação estabelecida através dos discursos entre pessoas de dentro e de fora do grupo? Por que não temos um volume expressivo de estudos acadêmicos envolvendo a Congregação Cristã no Brasil e a Assembleia de Deus? Este Livro busca responder estas e algumas outras perguntas, podendo ser útil para um público eclético, seja se

cientistas sociais, teólogos, historiadores, ou mesmo pessoas que queiram conhecer melhor estas esferas sociorreligiosa. As análises são feitas a partir de uma reflexão antropológica de ambas as denominações, além de uma etnografia pormenorizada do “Centenário das Assembleias de Deus” realizado de 16 a 18 de junho de 2011 em Belém do Pará. Estes e mais uma série de outros resultados de pesquisa, fazem os elementos desta obra situarem ora no inédito, ora no raro. Prazer e risco nas práticas homoeróticas entre mulheres Jainara Gomes de Oliveira Curitiba: Appris Editora, 2016 Este livro procura analisar a relação ambígua entre o prazer e o risco nas práticas homoeróticas entre mulheres, residentes na cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, região Nordeste do país. Nesse sentido, o trabalho de campo que conduziu a elaboração desta etnografia teve como objeto de análise as percepções de risco em relação ao HIV/aids e DST's entre mulheres com práticas homoeróticas. Para tanto, o foco da análise recai sobre os diálogos que são produzidos entre os dispositivos de controle e normatização das relações afetivas e sexuais, as políticas da moralidade e a instância da micropolítica das emoções.

Questão de Consciência: os ultramontanos no Brasil e o regalismo do Segundo Reinado (1840-1889) Ítalo Domingos Santirocchi Belo Horizonte: Fino Traço, 2015 O livro Questão de Consciência é o resultado da tese de doutorado defendida na Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma) em 2010. Foi financiado pela FAPEMA e contou a com a aprovação dos Conselhos Editorais da EDUFMA e da Fino Traço Editora, sendo editado por esta última. Por meio de intensas pesquisas no Arquivo Secreto Vaticano, nas documentações legislativas e do Estado Imperial brasileiro, além de material bibliográfico e prosopográfico de dezenas de bispos, é feita

uma análise das relações entre a hierarquia da Igreja Católica no Brasil com o Estado Monárquico e a Santa Sé, com o objetivo de compreender o processo de reforma da Igreja no país no século XIX. Os ultramontanos buscavam aumentar a autonomia da Igreja em relação ao Estado e se aproximar das diretrizes romanas. Essa reforma teve implicações diretas com o acirrar dos conflitos entre Igreja e Estado, sendo fundamental para compreensão do fim do Período Monárquico no Brasil e a Proclamação da Republica laica.

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Religião e cinema Frederico Pieper São Paulo: Fonte Editorial, 2015 Em geral, as teorias da religião colocam em relevo o aspecto de fundamentação e construção de sentido que o discurso religioso estabelece. Assim, a religião é tida como fixação de uma ordem frente ao caos, de um sentido frente ao vazio, de um abrigo frente ao desamparo... enfim, religião tem a ver com construção de mundo. Na contramão dessa percepção, um traço comum dos filmes aqui analisados é apontar para o aspecto de abismo que constitui a religião. Ela não somente desempenha esse papel de fundamentação, mas também pode ser aquilo que desestabiliza, por meio do qual o caos emerge, sendo crítica de si mesma e a desconstrução do mundo constituído. Isto é, a religião pode ser também subversão de mundo.

Religião e Educação: práticas de converter e de ensinar dos metodistas no Brasil Vasni de Almeida Curitiba: Editora Prismas, 2015 Nesse livro, as ações proselitistas, políticas e educacionais dos metodistas são analisadas como contribuição do protestantismo brasileiro ao processo de consolidação do regime republicano. Nos percursos de formação de igrejas e escolas metodistas, procurava-se sinalizar para o fato de que a educação escolar e a prática religiosa são portadoras de mensagens eivadas de expectativas de certo tipo de civilidade privilegiada pelos republicanos da primeira metade do século XX.

Revista Espaço & Cultura – Geografia e Gênero Karina Arroyo Cruz Gomes de Meneses Jefferson Rodrigues de Oliveira Rio de Janeiro: NEPEC, 2016 A noção de gênero é central para as geografias feministas que emergem nas décadas de 70 e 80. Os primeiros trabalhos desenvolvidos sob o rótulo de geografia feminista procuravam além de descrever e denunciar essas distinções, dar visibilidade às geografias que as mu lheres produziam. A partir dos anos 90, novas frentes nos estudos do gênero, em larga medida alimentadas por formações intelectuais pós-modernas e pós-coloniais, engajam-se em críticas mais contundentes à simplificação analítica do binarismo de gênero, amplificando e ampliando o debate em direção a uma reconceitualização da noção de diferença, se estendendo às questões sexuais, raciais, étnicas e culturais em sua dimensão espacial. Com lançamento previsto para julho/agosto de 2016, a revista receberá textos até o dia 01 de junho de 2016 exclusivamente através da plataforma online do periódico.

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Revista Espaço & Cultura – Religião e símbolos Karina Arroyo Cruz Gomes de Meneses Jefferson Rodrigues de Oliveira Rio de Janeiro: NEPEC, 2016 Como fato social a religião tem sido objeto dos diferentes campos de conhecimento. Formas espaciais e as interações espaciais gerando itinerários simbólicos e roteiros devocionais das peregrinações, constituem temas de interesse de pesquisadores focados na temporalidade e espacialidade da ação humana. A presente revista intenciona contribuir para ampliar o conhecimento a respeito das dimensões temporal e espacial da religião. Organizado pelos

professores pesquisadores Jefferson Rodrigues de Oliveira e Karina Arroyo Cruz de Meneses membros participantes do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Espaço e Cultura (NEPEC) do Departamento de Geografia Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do Programa de Extensão em Estudos Avançados em Geografia, Religião e Cultura–(PEAGERC). A revista representa um esforço de desenvolver e dar visibilidade à Geografia da Religião ou sobre a temporalidade e espacialidade da religião, com a participação de geógrafos e não-geógrafos. Veredas do sagrado: Brasil e Argentina no contexto da transnacionalização religiosa Marcelo Tadvald Porto Alegre: CirKula, 2015 A transnacionalização religiosa é potencializada no mundo atual, pois várias religiões, de diferentes matizes, deixam os seus lugares de origem e se deslocam entre os países e mesmo entre os continentes. O Brasil também se insere neste processo com a recepção de religiões que aqui se instalam vindas de outras procedências, mas, e specialmente, com a exportação de religiões nascidas em nosso território. Sobressai, neste processo, a difusão transfronteiriça das religiões afro-brasileiras e, sobretudo, de igrejas do segmento neopentecostal, onde a Igreja Universal do Reino de Deus ocupa um lugar de destaque. Este livro se ocupa desta questão, levando em consideração os fluxos religiosos realizados entre Brasil e Argentina ao longo dos tempos, a partir de uma pesquisa histórica e etnográfica.

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Sessão Central I (2a parte) – 26 de julho

Conferência Central

Terça-feira, 26 de julho, das 19h30 às 22h00 Hall do CFH – Centro de Filosofia e Ciências Humanas

Tim Jensen

Presidente da Associação Internacional de História das Religiões (IAHR). Membro dos conselhos consultivos e editoriais das revistas científicas: CHAOS, Religionsvidenskabelig Skriftserie,Temenos, British Journal of Religious Education, Anaquel de estudios árabes, Teaching Theology and Religion, and Religion & Education. De 2002 a 2004 presidiu o Instituto de Filosofia e do Estudo das Religiões e entre 1999-2007 dirigiu o Departamento de Estudos Religiosos. Entre 2000-2004 foi secretário-geral do EASR, a Associação Europeia para o Estudo da História das Religiões. Nos anos de 2000-2005, foi presidente do NORREL, o Comitê Nórdico para a História das Religiões. Entre 1997 e 2005, presidiu a DAHR, a Associação Dinamarquesa para a História das Religiões (atualmente DASR). De 1991 a 1993 foi presidente da Associação dos Professores de Educação Religiosa no Christianshavns Gymnasium. Entre 1980 e 1990 foi presidente da Religionshistorisk Forening da Universidade de Copenhague e cofundador e membro do conselho editorial da CHAOS, Periódico Dinamarquês-Norueguês para o Estudos da História das Religiões. Nos períodos de 1995-98 foi Professor Assistente no Departamento de Estudo das Religiões na Universidade do Sul da Dinamarca. Desde 1998 que é Professor Associado no Instituto de Filosofia da Educação e do Estudo das Religiões na Universidade do Sul da Dinamarca. Entre 1981-95 foi Professor Permanente de Religião e de Civilização Grega Antiga no Christianshavns Gymnasium de Copenhague. Mestre em História das Religiões pela Universidade de Copenhague (Dinamarca) (1981).

O estudo acadêmico das religiões e a educação religiosa nas escolas

Resumo: This conference is a reasoned, normative argument for making religion education (RE) a separate, compulsory, time-tabled and totally normal school subject at all levels in public schools. With reference to “Religion” (RE) in Danish upper-secondary school as well as to the way Danish departments for the study of religious (RS) educate “Religion” teachers, key contents and principles of an RS based RE are outlined. It is stressed that only the historical and comparative study of religions can provide the scientific basis for RE, and that it must be the Rs departments that educate RE teachers. It is, furthermore, suggested that normalization scholars of religion engage not only in studies of RE but also in establishing RS based RE.

Programação artística do Fazendo Arte

Logo após o término da Conferência Central

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Sessão Central II – 27 de julho

Fórum Social da ABHR

Quarta-feira, 27 de julho, das 18h às 22h00 Hall do CFH – Centro de Filosofia e Ciências Humanas

Homenagens Homenagem póstuma a Afonso Maria Ligório Soares

Condução: Clarissa de Franco, PUC/SP

Apresentação do Código de Ética da ABHR e

da Comissão de Direitos Humanos da ABHR Condução: Leila Marrach Basto de Albuquerque e

Carlos André Macêdo Cavalcanti

Moções e Cartas apresentadas

Condução: Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo

Programação artística do Fazendo Arte

Logo após o término do Fórum Social

Festa das Diversidades

Em local a ser divulgado posteriormente

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Sessão de Encerramento – 28 de julho

Conferência e Mesa de Encerramento

Quinta-feira, 28 de julho, das 18h às 22h00 Hall do CFH – Centro de Filosofia e Ciências Humanas

Conferência de encerramento

Oscar Calavia Saéz

Coordenador do DA/UFSC, Professor do DA e PPGH/UFSC. Professor da Universidad Complutense de Madrid, Chercheur Associé da Centre National de la Recherche Scientifique, Membro correspondente da Societe Des Americanistes e Membro de corpo editorial da Journal de la Société des Américanistes. Pós-Doutor pela Centre National de la Recherche Scientifique. Doutor em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Graduado em Geografía e História pela Universidad Complutense de Madrid.

Contra Naturam: O sexo e o cristianismo

A conferência trata das ideias e práticas cristãs a respeito da sexualidade conectando dados numa série histórica de longa duração; a identificação do pecado original com o sexo, a instituição do celibato e da multiplicação dos impedimentos ao matrimónio dos leigos, a elaboração de um panteão e de uma sociedade paralela baseados num léxico “consanguíneo” com exclusão da noção de aliança, o conflito entre clero e laicado em volta destas questões. A moral sexual do cristianismo pode ser entendida como derivada desse conflito melhor que como origem dele, e sublinha-se o seu teor utópico, que, de um modo contra-intuitivo, o conecta com novas tendências na vida sexual e familiar.

Mesa de Encerramento

Cristina Scheibbe Wolff, Coordenadora do PPGH/UFSC Comissão Org. do Simpósio

Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo

Presidente da ABHR Coordenador do Simpósio

Oscar Calavia Sáez Coordenador do DA/UFSC Coordenador do Simpósio

Lançamento do Prêmio ABHR de Teses, Dissertações e TCCs

Premiação de Pôsteres

Programação artística do Fazendo Arte

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Mesas

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25 de julho, pela manhã (Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha)

MR1 – Mulheres, políticas e resistências 25 de julho, às 9h30, no Auditório do CFH

Coordenação

CristinaScheibeWolff,UFSC Esta mesa-redonda tem por objetivo reunir mulheres acadêmicas e militantes para discutir questões de gênero e sexualidade e suas intersecções com as esferas política e religiosa. A reflexão sobre a resistência de diferentes sujeitos no contexto brasileiro se faz indispensável diante do conservadorismo da esfera política e sua influência no debate de diversos temas relacionados aos direitos humanos e direitos de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais, mulheres, negras e negros, pobres e pessoas com deficiência. As convidadas abordarão temas como os direitos sexuais e reprodutivos, a legislação sobre o aborto e as justificativas religiosas em torno dessas leis; a militância política de pessoas transgêneras, travestis e transexuais, e a relação das sujeitas com a religião; as mobilizações coletivas feministas da contemporaneidade e a luta das mulheres contra os retrocessos no contexto político brasileiro.

Participantes

Clair Castilhos Secretária executiva da Rede Nacional Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. Foi a primeira vereadora de Florianópolis/SC e atuou no movimento sanitarista que deu origem ao Sistema Único de Saúde (SUS). Direitos sexuais e reprodutivos: por que tantas controvérsias? No contexto brasileiro, o fundamentalismo religioso e o conservadorismo ideológico disseminam a misoginia e o ódio contra qualquer avanço nas políticas para mulheres e a população LGBTT. As iniciativas mais agressivas e impactantes ocorrem no âmbito do Poder Legislativo, por políticos homens, brancos, ricos, de meia idade, capitalistas e, ainda, acrescidos de religiosos fanáticos. Destacam-se o “estatuto do nascituro/bolsa estupro”, a CPI do aborto, a “Cura Gay” entre outras, que revelam uma das mais profundas heranças misóginas de nossa sociedade patriarcal, capitalista, judaico-cristã. Remete à tentativa milenar de dominar o corpo e a sexualidade das mulheres utilizando valores para o disciplinamento da vida das pessoas que são impostos através da culpa e do pecado. Nesta perspectiva, é necessário entender e interpretar o que se esconde atrás de um discurso hipócrita, pretensamente ético e em defesa da vida: uma verdadeira cruzada contra as mulheres e as reivindicações sobre os direitos sexuais e reprodutivos. Uma dinâmica perversa em que se sobressai a imagem de uma sociedade hostil e desumana.

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Cristina Scheibe Wolff Coordenadora e professora do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC. Coordenadora do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH/UFSC). Pós-Doutora na Université Rennes 2 e na University of Maryland. Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo. Gênero, estupro, misoginia e o golpe

Nesta apresentação pretendo discutir as seguintes questões: 1. Que relações podemos estabelecer entre os estupros coletivos de jovens mulheres ocorridos recentemente no Rio de Janeiro e no Piauí, com o golpe político, disfarçado de impeachment, dado na Presidenta Dilma Roussef? 2. Qual a relação entre os discursos dos deputados brasileiros, dedicando seus votos pró-impeachment a suas esposas e famílias, e os comentários nas redes sociais que culpabilizam as vítimas de estupro pela violência cometida contra elas? 3. Qual a relação entre os acontecimentos e discursos de gênero do período das Ditaduras no Cone Sul com o que está ocorrendo hoje? 4. Por que são as mulheres as protagonistas principais dos protestos que ocorreram nos meses de abril, maio e junho de 2016, contra o governo interino golpista, ao mesmo tempo em que estão se manifestando contra a misoginia, o estupro e as medidas retrógradas propostas na Câmara dos Deputados quanto aos direitos das mulheres e as questões de sexualidade e direitos reprodutivos? Para isso analiso as noções de misoginia, estupro e machismo, me remeto ao contexto e a documentos do período das ditaduras no Cone Sul, e finalmente aos protestos recentes no Brasil. Letícia Lanz Fundadora do Movimento Transgente. Mestra em Sociologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). A demonização das pessoas transgêneras na pauta de um Brasil cristão-fundamentalista-reacionário-conservador Além de não serem legitimadas como identidades de gênero, as identidades transgêneras continuam a ser consideradas no Brasil como desvio social de conduta pela transgressão das normas oficiais de gênero. Em razão disso, as pessoas transgêneras são tratadas pela sociedade como doentes, delinquentes ou ambas as coisas, sem direito a amparo ou proteção legal. As leis em vigor têm tudo para reprimir e punir as pessoas transgêneras, consideradas ninguém pela ordem vigente, e um ninguém mais do que potencialmente perigoso, que deve ser reprimido, marginalizado, e punido em razão da sua transgressão. Isso é o que está implantado e cuja mudança depende de uma extensa mudança cultural da sociedade. Há um repertório de sanções que a sociedade “normal” cisgênera impõe contra pessoas que transgridem o dispositivo binário de gênero, saindo do armário. A sociedade é terrivelmente transfóbica: não tolera pessoas transgêneras a menos que elas permaneçam armarizadas, sem jamais “dar na pinta”, se revelar ou ser descoberta pelos/as colegas. Lirous K’yo Fonseca Ávila Coordenadora da Associação de Direitos Humanos com Ênfase em Sexualidade (ADEH). Estudante de Serviço Social pela UFSC. Presidenta do Fórum Diversidade Grande

Florianópolis. Vivências de uma mulher travesti com a religiosidade Irei relatar um pouco das minhas experiências religiosas, que influenciaram para quem eu fosse hoje em dia. Se eu não estivesse tão ligada à religião, poderia ter dado conta da minha vida sem sofrer tantas violências. Foi necessário um despertar íntimo de consciência sobre o que estava acontecendo para que eu estivesse aqui hoje, sendo como Deus, aquele que tem o poder de configurar os corpos humanos, então eu tendo o total controle sobre o meu corpo, sinto que me tornei uma deusa.

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MR2 - Mídia, religião e cultura: percepções e tendências em perspectiva global

25 de julho, às 9h30, no Templo Ecumênico

Coordenação Karina Kosicki Bellotti, UFPR

Esta mesa visa discutir pesquisas sobre religião e comunicação/mídia desenvolvidas no grupo de pesquisa MIRE – Mídia, Religião e Cultura. O fenômeno religioso adquire novas configurações a partir da maior circulação dos meios de comunicação na vida cotidiana dos sujeitos e também no âmbito das instituições religiosas. A mesa compõe-se de quatro participantes, que analisarão os seguintes temas: a interação das instituições religiosas com os meios de comunicação com vistas a reforçar identidades e alteridades; a interação que os agentes religiosos (lideranças e fiéis) realizam com os meios de comunicação; e a estreita relação que tem sido construída em religião, política e mídias, dado o espaço conquistado por grupos religiosos na esfera pública, transformando-a em arena de disputas por poder político e religioso. Estas disputas são marcadas por manifestações de intolerância e ao mesmo tempo por processos de afirmação de grupos religiosos minoritários.

Participantes

Jorge Miklos Pós-doutorado em Comunicação Social pela PUC-SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor Titular no PPG em Comunicação e Cultura Midiática da Universidade Paulista (UNIP). Religião Midiatizada: Reencantamento do Mundo na Cultura Global e de Consumo

Busca-se refletir a respeito da imbricação do campo religioso e do campo comunicacional contemporâneo. Se no passado a religião era centralizada em seus preceitos arcaicos e resistentes à mudanças em suas estruturas , na sociedade contemporânea a religião vivência um deslocamento de valores transformados pelos moldes midiáticos. Em que medida a gramática do espetáculo e a cultura do consumo contaminam a essência da religioso transformando-a em espetáculo? A migração das experiências religiosas tradicionais para o âmbito do mídia indica uma integração entre as práticas religiosas e os valores do capitalismo contemporâneo abarcado pela lógica do mercado, do espetáculo e do consumo em que todos são, de maneira consciente ou inconsciente, mergulhados no bios midiático (Sodré, 2006). A religião sobrevive, mediante uma abundante indulgência teológica e cria sucessivas estratégias que a colocam no âmbito da visibilidade midiática. Karina Kosicki Bellotti Doutora em História pela Unicamp – Universidade Estadual de Campinas. Professora adjunta da UFPR – Universidade Federal do Paraná. “Lições de liderança de Jesus” – análise histórica da literatura de liderança (1980-2010)

A mediatização da religião provocou impactos na forma como as religiões institucionalizadas se dirigem aos seus fiéis, abrindo espaço para a maior autonomia dos sujeitos na condução de sua fé. Nesta fala, serão abordadas as relações entre religião e mídia, tomando como exemplo a mídia evangélica em circulação no Brasil e nos Estados Unidos, em especial na produção de aconselhamento para liderança baseada na figura de Jesus. Como esse aconselhamento constitui crenças na divindade e no ser humano, buscando equipar seus leitores/consumidores para enfrentar determinados

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desafios da vida cotidiana? Serão analisadas produções dos últimos trinta anos que apostam na formação de lideranças, tendo como base a figura de Jesus, para compreender a historicidade da produção de aconselhamento, suas relações com a cultura protestante norte-americana, e seus desdobramentos no cenário atual.

Luís Henrique Marques Doutor em História pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Professor Titular na Universidade Paulista (UNIP). Indícios do fenômeno da midiatização da religião no pensamento e prática do marketing católico

Este trabalho apresenta um panorama da evolução do marketing católico nas duas últimas décadas cuja análise é feita sob a perspectiva do fenômeno da midiatização da religião. Para proceder tal análise, foi

utilizado como objetos a revista Marketing Católico (publicação oficial do Instituto Brasileiro de Marketing Católico) e o programa "Pai Eterno", exibido pela Rede Vida de Televisão. Essa análise corrobora o que o fenômeno da midiatização já demonstra acontecer com outras Igrejas cristãs, ou seja, uma mudança de paradigma na forma de pensar e fazer religião.

Magali do Nascimento Cunha Doutora em Ciências da Comunicação pela USP – Universidade de São Paulo. Professora na UMESP – Universidade Metodista de São Paulo. Coordenadora do grupo de pesquisa MIRE – Mídia, Religião e Cultura. Mídias e intolerância religiosa: tendências e desafios à pesquisa

A intolerância religiosa é fenômeno marcante dentro e fora do campo religioso brasileiro. A maior visibilidade de ocorrências tem sido possível não só pelo acirramento de conflitos, mas também pelo surgimento de políticas públicas como o Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal, que passou a receber denúncias sobre casos de intolerância religiosa a partir de 2011. Neste contexto, emerge uma preocupação acadêmica: a representação mais frequente das religiões no espaço público midiático no Brasil terminam por servir à promoção de intolerância e disputas entre grupos religiosos. Ela reflete predominantemente as perspectivas políticas e ideológicas das 11 famílias proprietárias das mídias no Brasil, seja na promoção do catolicismo institucionalizado seja na promoção do segmento evangélico conservador. Esta preocupação demanda novos estudos que contribuam com ações de enfrentamento das práticas de intolerância nas mídias.

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MR3 - Religião, Estado e sociedade contemporânea: diálogos e desafios de uma

relação

25 de julho, às 9h30, no Auditório do CSE

Coordenação Roberto Antonio Capiotti da Silva, USJ

A partir do iluminismo apostou-se que a razão seria capaz de lançar luz suficiente sobre as sociedades europeias, tendo em vista a separação da esfera política do âmbito religioso. Esse ideário político ancorado em processos políticos puramente racionais não se cumpriu cabalmente na Europa nem nos países da América Latina. As relações entre o campo político e o religioso, atualmente, mostram-se muitas vezes nuançadas, outras vezes explicitamente imbricadas, num duplo movimento em que grupos religiosos geram organizações políticas e adentram na política partidária ao mesmo tempo em que grupos políticos e partidos vislumbram na religião uma perspectiva de legitimição do poder. Desta relação entre política e religião surgem novas formas de fazer política, seja ela a “grande” política partidária ou a política cotidiana e dos movimentos sociais que envolvem o imbricamento de perspectivas teológicas e morais com interesses e ideais políticos.

Participantes

Daniele de Jesus Oliveira Doutoranda em Sociologia na Universidade de São Paulo (USP). O mito do Brasil secular: o poder dos religiosos na política nacional, mapeando a realidade

Com a redemocratização do Brasil em 1985, grupos com diferentes interesses se organizaram para pleitear cargos políticos nas esferas do poder; entre eles os religiosos, mais especificamente os pentecostais e neopentecostais. Anteriormente essa presença, era majoritariamente católica, como a ala ligada a Teologia da Libertação, enquanto os protestantes pouco se envolviam ou se alinhavam as propostas conservadoras, conforme Rubem Alves (1979). Com o crescimento das conversões evangélicas, a influência aumentou consideravelmente, formando partidos e bancadas atuantes (PSC, PRB, PSD) estabelecidos no poder passaram a defender pautas de seu interesse, eivadas pela orientação religiosa, conflitando com o princípio elementar do Estado Democrático de Direito, a laicidade, garantida pelo processo de secularização. Nesse sentido, observa-se o inverso, isto é, uma forte presença da religião na política nacional, colocando em questão, se realmente somos um país secular, e por sua vez laico?

Marcelo Tadvald Pós-doutorando em Antropologia Social pela UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Religiões afro-brasileira s e políticas contra a intolerância no Rio Grande do Sul

Este trabalho procura problematizar a formulação e a aplicação de políticas públicas governamentais nos últimos anos voltadas às religiões afro-gaúchas, a partir do contexto de formação e das recentes ações do

Conselho Estadual do Povo de Terreiro no cenário político gaúcho. A seguir resgato algumas ações persecutórias advindas de parlamentares gaúchos nos últimos anos (2003, 2005, 2015),

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que buscavam restringir certas práticas litúrgicas que envolvem o livre exercício das afrorreligiões no Rio Grande do Sul. Lançando mão de uma discussão histórica e atual, busco situar o presente caso num quadro maior de análise envolvendo temas como a etnicidade, o racismo e a intolerância religiosa.

Roberto Antonio Capiotti da Silva Doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Professor Universitário Efetivo no Centro Universitário Municipal de São José (USJ). Entre a maldição e a consequência. A participação de igrejas e organizações religiosas nas políticas de prevenção, mitigação e superação de desastres Estamos inseridos num período paradoxal, que de um lado apresenta grande desenvolvimento tecnológico utilizado nas políticas de prevenção e mitigação de desastres, mas por outro é marcado por notórias mazelas decorrentes destes “eventos críticos” (furacões, enchentes, etc). Deste modo observa-se que o discurso de viés cientifico não alcança uma hegemonia política, tendo em vista sua limitação em prever, agir e solucionar os problemas relacionados aos desastres. Daí o desafio da Ciência em ter de lidar com diferentes paradigmas explicativos sobre as origens e consequências do desastres, entre eles, o discurso moral e a visão escatológica. Entre os produtores de paradigmas explicativos sobre os desastres e suas consequências estão os grupos religiosos, que não apenas limitam-se a apontar o seu ponto de vista, como também participam ativamente das políticas de prevenção, mitigação e sobretudo de atendimento aos atingidos e reconstrução das áreas afetadas através de suas igrejas e Ongs.

Valdenésio Aduci Mendes Doutor em Sociologia Política pela UFSC. Aassessor de Cultura, Extensão e Pesquisa do Centro Universitário Municipal de São José (USJ). Sacralização da política na Venezuela contemporânea A modernidade apostou que a razão seria capaz de promover a separação da esfera política do âmbito religioso. Os esforços de importantes teóricos da política moderna caminhavam nesta direção ao elaborarem teorias

sobre o poder, desvinculadas do ideário divino. Este ideário político anco rado em processos puramente racionais nunca se cumpriu cabalmente na Europa e na América Latina, já que, aqui existe a possibilidade das esferas políticas e religiosas se entrecruzarem. Para entendermos melhor este fenômeno, nos ocuparemos do processo de sacralização da política venezuelana a partir de dois momentos: em primeiro lugar, quando Simón Bolívar é usado por Chávez como símbolo central da refundação da V República da Venezuela. Em segundo lugar, quando Chávez passa à condição de cultuado, durante sua enfermidade e após a morte. Obtém-se como resultado que na Venezuela, o uso recorrente aos heróis do passado e de discursos religiosos tem servido como estratégia de manutenção do poder político.

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25 de julho, à tarde (Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha)

MR4 – Mulheres de cor, mulheres de fé, mulheres

do axé

25 de julho, às 14h, no Auditório ou hall do CFH

Coordenação Carolina Rocha Silva, UERJ

"A nossa escrevivência não pode ser lida como histórias para “ninar os da casa grande” e sim para incomodá-los em seus sonos injustos" (Conceição Evaristo). A proposta dessa mesa, composta por quatro mulheres negras, é reafirmar, no dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, a identidade e o papel de resistência que nos perpassa em três dimensões: do gênero, da cor e da fé. Falar em fé no Brasil quase sempre foi sinônimo de falar das religiões cristãs, trazidas por homens brancos ocidentais. Para nós, pretas e acadêmicas, a fé traduz-se no axé, que é a força diante de uma sociedade machista, racista, intolerante e patriarcal, na qual os corpos das mulheres negras foram, historicamente, estereotipados, tornados vítimas da violência estatal e vulneráveis a múltiplos estigmas e preconceitos de gênero, raça, classe e religião. Essas mulheres, expostas ao duplo sofrimento de enfrentar as suas perdas e as dos homens negros que as acompanham, como seus filhos, netos e maridos, têm sido protagonistas na luta por direitos no país, em contrapartida, permanecem silenciadas nas políticas públicas.

Participantes Carolina Rocha Silva

Mestre em história pela UFF e doutoranda em Sociologia no IESP/UERJ. Membro da Coordenadoria Experiências religiosas africanas e afro-brasileiras, racismo e intolerância religiosa, vinculada ao Laboratório de História das Experiências Religiosas (ERARIR -LHER-UFRJ) e do Coletivo Feminista Virginia Leone Bicudo. As noivas de Satã: bruxaria, misoginia, racismo e intolerância da Idade Moderna até hoje

O Cristianismo tornou herético e diabólico todo sagrado não oficial e para garantir o êxito do projeto colonizador do homem branco europeu, os africanos foram inferiorizados, demonizados e escravizados por séculos. A grande justificativa moral da colonização foi a necessidade de levar a palavra de Deus e converter ao cristianismo os habitantes das novas terras. Apesar da bruxaria poder ser praticada por ambos os sexos, a maior parte das descrições que se tem a respeito liga essas práticas às mulheres. Assim, a longa tradição misógina ocidental transformou, em meados do século XV, a mulher em um poderoso agente de satã, na forma de bruxa. Médicos, clérigos e intelectuais da época partilhavam a ideia de que, entre os sexos, o feminino é o mais suspeito, lascivo, desobediente, e, mais facilmente, conquistado pelo demônio. Hoje os cultos afro-brasileiros continuam a ser demonizados e os corpos das mulheres negras lidos a partir de uma imaginação racista. As mulheres, principalmente, as negras, vítimas de uma sociedade escravocrata e patriarcal, foram historicamente inferiorizadas e demonizadas, por isso é de suma importância recuperar a História brasileira junto com suas estórias.

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Mariana Gino Mestranda em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/RJ). Coordenadora da Coordenadoria de Experiências Religiosas Tradicionais Africanas, Afro-brasileiras, Racismo Intolerância Religiosa (ERARIR/LHER/UFRJ).

A Escrita da História Oral Africana: O Mali sobre a escrita

O objetivo desta apresentação é traçar as análises e métodos da escrita da história oral proposta pela historiografia africana a partir do movimento intitulado “Pirâmide Invertida” (LOPES, 1995) como busca de uma identidade e nacionalidade no pós período colonial sendo as principais fontes o pensamento do tradicionalista Amadou Hampâté Bá (Mali), nas obras “Amkoullel, o menino Fula” e “Tradição Viva”, assim como o pensamento do historiador Djibril Tasimar Niane (Guiné-Conacri) na obra “Sundjata ou a Epopeia Mandinga”, mediada entre as apreciações teórico-metodológicas dos historiadores Joseph Ki-Zerbo (Burkina Faso), Boubou Hama (Nigéria), Boubacar Barry e Abdoulaye Ly (ambos de Senegal) que abordam os contextos de transformação e criação de uma historiografia construída pela intelectualidade africana negra. A metodologia empregada está ligada a defesa da tradição oral na África como um instrumento de validação histórica e um testemunho, cuja transmissão se dá por vias da oralidade de geração em geração.

Mônica Rosa Regente na E.M. Mariana Nunes Passos. Bacharel em Pedagogia/ UNIRIO. Membro da Rede Carioca de Educadores-Étnicos Brasil/Colômbia. A relação das mulheres negras com o racismo na escola Não se pode pensar em pertencimento, sem falar em Relações Étnicas Raciais e decolonialismo. E preciso expandir o diálogo de gênero e etnia para além das salas de aula. Debater reflexivamente sobre o quanto o

racismo limita as ações na construção de gênero e identidades dos grupos no contexto social, em seus múltiplos universos. O racismo inviabiliza a manifestação da cultura africana, e sua potencialidade histórica no mundo e para o mundo. As meninas e mulheres negras, lutam para existir além do bullyng excessivo em seus cabelos e traços, e se afirmarem mulher com suas escolhas e expressividade. A expectativa ocidental é colonizadora, em níveis sutis muitas das vezes, mas que esbarra e trava ações das trocas que a cosmovisão africana nos proporciona. A questão é a descolonização de mentes e de pensamentos. Nenhuma lei dará conta das questões raciais, mas o diálogo em torno dele, vai desmistificando seu pseudo poder. Sandra Aparecida Gurgel Vergne Mestre pela Pontifícia Universidade Católica, de São Paulo.

Mulheres negras: entre violências e opressões emergem narrativas de resistência e transgressões através da religiosidade

A proposta dessa apresentação é reunir narrativas provenientes de pesquisas empíricas e/ou reflexões teóricas que possam tematizar a mulher negra e seu lugar social, através da análise de seu lugar simbólico no campo religioso como forma de resistência. O corpo de mulheres negras, violados durante a diáspora africana através da construção de estereótipos estigmatizantes que a colocavam ora como figura do mal, da bruxa, ou apenas como a cândida mãe preta. A mulher tem sido um enigma a ser dominado, em um mundo construído sobre bases políticas, religiosas e simbólicas, hegemonicamente patriarcais e eurocêntricas. Outras culturas apresentam outras possibilidades de encontro, de ordenação da vida e do simbólico, que continuam sendo combatidas em especial através da aculturação religiosa. É neste sentido que pretende-se discutir o lugar possível da mulher negra na sociedade pós-colonial, a partir do campo da religiosidade, entendido aqui como território de resistência, ontem e hoje.

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MR5 – O fenômeno religioso em Portugal e Brasil I: (Re) pensar os desafios do catolicismo

contemporâneo

25 de julho, às 14h, no no Templo Ecumênico

Coordenação Jorge Botelho Moniz, UFSC e Universidade Nova de Lisboa

A relação histórica entre Brasil e Portugal é indiscutível. Enquanto colónia, o Brasil foi um recetáculo da cultura portuguesa e a religião não foi exceção. Apesar desta relação contígua, as vicissitudes históricas e idiossincrasias sociopolíticas de cada traçaram percursos religiosos singularmente diferentes. Não raras vezes se exalta o valor científico do estudo histórico-comparativo destes dois países; porém, os investigadores sociais têm descurado essa análise, sobretudo no que concerne à Contemporaneidade. Por esse motivo, propomos duas MR’s pluridisciplinares e compostas por renomados investigadores brasileiros e portugueses que permitam responder a tal desiderato investigacional. Nesta MR, em particular, a variável dependente da nossa pesquisa será o catolicismo, nomeadamente os desafios que o republicanismo, o (neo)liberalismo ou o pluralismo religioso lhe colocam e vice-versa. Desafiar, atualizar e estimular o debate científico sobre o catolicismo hodierno será o nosso fito.

Participantes

Carlos Eduardo Sell Pós-doutor em Sociologia pela Universidade de Heidelberg (Alemanha). Professor do Departamento de Sociologia e Ciência Política da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. Para (re) pensar o catolicismo no Brasil contemporâneo A apresentação será dividida em duas partes. A primeira esboça os marcos teóricos da análise e critica as interpretações sobre o catolicismo inspiradas no marxismo. Visando superar seu reducionismo analítico,

resgatam-se as contribuições de Max Weber e de Carl Schmitt para identificar a lógica social e a lógica política inscritas neste ramo do cristianismo. Na perspectiva weberiana o catolicismo é portador de uma ética social orgânica e, segundo Schmitt, o catolicismo é portador de uma lógica política que equilibra diversidade com unidade (complexo de oposições). A partir desses marcos teóricos, a segunda parte faz um balanço sócio-histórico da evolução e da situação do catolicismo no Brasil contemporâneo. Com base no marco weberiano sugere-se que o catolicismo brasileiro abriga duas lógicas sociais contraditórias em permanente disputa: a preservação da unidade orgânica entre religião e cultura, por um lado, e a confessionalização da comunidade católica, por outro. Cristina Nogueira da Silva Doutora em História do Direito na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa (Portugal). Professora na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Religião e direitos do indivíduo no constitucionalismo oitocentista português O problema do indivíduo e dos seus direitos foi marcante na cultura constitucional do século XIX. Um elemento clássico dessa tensão foi o da

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relação entre o primado do indivíduo e dos seus direitos naturais e a lei. Por um lado, só esta podia converter os direitos naturais em direitos civis. Por outro, a Nação soberana só reconhecia como limite a sua própria lei, pelo que era sempre possível imaginar que a soberania se exercesse contra os direitos. Assim, um dos tópicos da doutrina liberal clássica foi o limitar o soberano. A separação de poderes, a revisão constitucional da lei, a reintrodução da tradição e da história, da anterioridade do colectivo sobre o individual e da igualdade individuais, foram respostas a esses problemas. Neste paper irei mostrar de que forma a “identidade católica” da Nação portuguesa se constituiu num limite jurídico à capacidade de atuação política dos seus representantes no que dizia respeito à tolerância/liberdade religiosa, justificando a sua restrição.

Felipe Buttelli Pós-Doutor, com bolsa do Programa Nacional de Pós-Doutorado da CAPES. Professor do Curso de Ciências da Religião no Centro Universitário Municipal de São José (USJ). Olhares sobre a(s) Teologia(s) da Libertação: Retratos de um processo de transição da discussão teológica latino-americana desde a perspectiva protestante Se por um lado a teologia da libertação é um discurso que surge dentro da tradição cristã e representa uma perspectiva confessional, por outro,

ela resulta de uma série de movimentos da sociedade latino-americana e brasileira, articula-se interdisciplinarmente e contribui para outros campos do saber, com base na experiência dos movimentos sociais e da sociedade civil. Esta contribuição tem, a partir disso, três objetivos principais. Inicialmente contextualizar o surgimento da teologia da libertação e os seus pressupostos mais fundamentais. O segundo objetivo é descrever as etapas do desenvolvimento da mesma, levando a uma pluralização das teologias da libertação. O terceiro objetivo será refletir acerca de desafios contemporâneos às teologias da libertação, analisando criticamente as condições para se falar de sua continuidade hoje em dia. Toda esta reflexão levará em conta a diversidade confessional que está na base do surgimento desta teologia e no seu desenvolvimento, ressaltando as contribuições e desafios que cabem ao universo católico e protestante. João Lupi Pós-doutor em Filosofia pela Universidade Católica Portuguesa (Portugal). Professor da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. Nova Era: seu impacto na Igreja Católica no Brasil O panorama religioso do Brasil atual é complexo, mas podemos tentar uma breve sistematização preliminar distinguindo as religiões tradicionais das recentes, e nestas considerando as variações cristãs, a introdução das não cristãs, e os sincretismos. É preciso delinear sumariamente este quadro para nele entender o último conjunto de sincretismos, e o papel da Nova Era. Por este termo entendemos uma mentalidade contemporânea, com raízes nos movimentos espirituais dos últimos séculos, e que, sem ser uma religião, tem influência notável em muitas religiões. As novas idéias são fortemente repudiadas por muitas Igrejas cristãs, e pelo Islamismo, mas conseguem penetrar em redutos dogmáticos considerados invulneráveis. Entre outros aspectos desse impacto consideraremos: a redefinição da personalidade teológica de Jesus, a moral corporal, a escatologia, e a estrutura eclesiástica.

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MR6 – Religião e materialidade

25 de julho, às 14h, no Auditório do CSE

Coordenação Rodrigo Toniol, UNICAMP

O propósito desta mesa redonda é reunir pesquisas que tematizam a articulação entre religião e materialidade. Privilegiaremos três conjuntos de questões que, apesar de sua amplitude, explicitam alguns dos modos pelos quais essa articulação tem sido refletida. Primeiro, como a religião acontece na cultura material? Segundo, como alguns objetos ocupam um lugar ambíguo e controverso na relação com a religião? Terceiro, como as variadas conformações de vínculo entre religião e materialidade também implicam em “formas sensacionais” diferenciadas da experiência do sagrado? O que está em jogo nessas problematizações é a possibilidade de tratar da religião sem remeter a um hipotético conteúdo abstrato mas, pelo contrário, apostando que alguns objetos, certas formas de utilizá-los e modos de experimentá-los a constituem inextrincavelmente.

Participantes

Edilson Pereira Doutor em Antropologia Social pela UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor Adjunto na UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro O que pode a materialidade do corpo? Uma reflexão a partir da pesquisa sobre imagens religiosas e atores rituais na Semana Santa Nesta apresentação, reflito sobre as diferentes modalidades de corpos que são preparados para atuar na Semana Santa na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. Nesse contexto festivo, a dramatização ritual de cenas da paixão de Cristo mobiliza tanto imagens barrocas patrimonializadas (tridimensionais e vestidas como pessoas), quanto moradores cujos atributos físicos pessoais lhes permitem ser associados às imagens/iconografias de certos personagens da Bíblia. Ao observar as relações entre esses dois tipos de “atores” rituais, discuto como a variação das materialidades que os constituem é atravessada por um potencial de transformação compartilhado. Ambos se apresentam como corpos que podem, sob determinadas condições, ser compostos e decompostos.

Emerson Giumbelli Doutor em Antropologia Social pela UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor na UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Espíritos visíveis: um caso de materialização no espiritismo, Brasil, Anos 1920 A apresentação busca explorar alguns aspectos de um episódio ocorrido em Belém do Pará, no início dos anos 1920. Trata-se de sessões em que ocorrem aparições de pessoas e objetos com a ajuda indispensável de uma médium, Ana Prado. Após Ana entrar em transe, uma nuvem branca se formava em torno dela, e dessa nuvem se formavam partes do corpo,

corpos parciais, mesmo corpos inteiros, que interagiam com os assistentes. Além disso, os fantasmas produziam objetos utilizando parafina, forjando buquês, lenços com complexas dobraduras, moldes de mãos e pés. Registros fotográficos forma porduzidos e publicados em jornais. O objetivo do trabalho é refletir sobre as concepções de materialidade e de visibilidade no espiritismo e sobre as controvérsias em que esse episódio esteve envolvido.

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Fernanda Mirele Heberle Doutoranda em Antropologia Social pela UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Bolsista de doutorado da CAPES. Museus, formas expositivas e materialidades religiosas Nas últimas décadas, a constituição dos chamados "novos museus afro-brasileiros" têm contribuído para multiplicar as possibilidades de associação entre religião, cultura e arte. Tomando como ponto de partida o espaço expositivo do Museu Afro Brasil, procura-se explorar o modo como a categoria religião é, por um lado, construída e operada na elaboração de narrativas museais e, por outro, materializada nesse espaço a partir da mediação de objetos e de outros elementos sensoriais. Em diálogo com trabalhos que apostam em uma abordagem material da religião para dar conta das redefinições de sua presença e de seu lugar na modernidade, proponho um exercício inicial de contraste e aproximação entre formas expositivas e formas materiais religiosas. O objetivo mais geral é refletir sobre a especificidade dos engajamentos e das técnicas envolvidas na prática de justapor objetos e coleções e sua relação com a criação de sentidos e ambiências passíveis de serem reconhecidos como religiosos.

Paola Lins de Oliveira Pós-doutoranda em Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Materialidades contestadas: solicitações de tombamento de bens religiosos indeferidas pelo Iphan no estado do Rio de Janeiro Esta apresentação traz algumas reflexões sobre solicitações de tombamento de bens religiosos indeferidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, no estado do Rio de Janeiro, nos últimos vinte anos. Embora os processos de patrimonialização já sejam

um tema de estudo consolidado na história e antropologia brasileiras, pouca atenção é dada aos bens aos quais o estatuto de patrimônio é negado. Parte-se da hipótese de que uma compreensão mais ampla dos sentidos da patrimonizalização passa não só pelos significados que ela assume para os bens patrimon ializados, mas também pelos critérios que definem a exclusão de determinados bens desse rol, delimitando externamente as fronteiras do patrimônio. Nesta comunicação, pretende-se analisar a dinâmica dos argumentos e contra-argumentos que levam ao indeferimento desses bens, tentando identificar o que ela nos ensina sobre os processos de patrimonialização e sobre o lugar público e cultural da religião no Rio de Janeiro.

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26 de julho, à tarde MR7 – (Re/des) fazendo gênero e religião:

Violências e Direitos Humanos

26 de julho, às 14h, no Auditório ou hall do CFH

Coordenação

Claudete Beise Ulrich, Fac. Unida Esta MR tem como objetivo estimular diálogos acerca de confecções subjetivas e identitárias de gênero e de sexualidade de pessoas trans* (termo aqui utilizado como diminutivo de transgeneridade, entendida como condição sócio-política de transgressão de expectativas sociais relativas ao sexo/gênero de outorga no nascimento) e de pessoas homossexuais a partir de discursos religiosos.

Participantes

Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo Presidente da Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR). Pós-Doutor em Ciências Humanas pelo Programa Interdisciplinar da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Pós-Doutorando Júnior em História pela UFSC. Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Sai desse corpo que não te pertence! (Re/des) fazendo gênero em igrejas inclusivas e missões de “cura e libertação” de travestis

Apresento aqui indicações sobre (re/des) caminhos religiosos e generificados de pessoas transgêneras, ex-transgêneras e ex-ex-transgêneras, que se conectam a determinados discursos religiosos – especialmente de igrejas inclusivas e de missões de “cura e libertação” de travestis. Afinal, o que pessoas trans* e (ex)ex-trans* fazem com o que religiões autodeclaradas cristãs procuram fazer delas? Rita Laura Segato PhD em Antropologia. Pesquisadora da UnB. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1A. Dirige o Grupo de Pesquisa Antropologia e Direitos Humanos do CNPq e foi Pesquisadora Principal do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para a Inclusão na Pesquisa e na Educação Superior (INCTI). Por que a religião não pode censurar o amor? O argumento a ser apresentado se baseia na minha tese sobre como devem ser interpretados os trânsitos inter-religiosos dos povos no longo processo de intervenção colonial.

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Solange Ramos de Andrade Coordenadora do Grupo de Trabalho História das Religiões e das Religiosidades, da ANPUH; Professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Coordenadora do Curso de Especialização em História das Religiões da UEM. Doutora em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Mulheres e crianças: a violência da santidade

Minha proposta consiste em apontar os santos que povoam os cemitérios, capelinhas e altares espalhados por diversas regiões do Brasil e da Argentina e que representam o hibridismo de maneira paradigmática no sentido de que apresentam tanto aspectos milenares dos cultos aos santos presentes no cristianismo dos primeiros tempos como também traduzem essa memória em crenças e práticas adequadas à realidade em que vivem seus devotos. Especificamente quero apresentar as narrativas hagiográficas nas quais a morte violenta ocupa o centro da narrativa na construção da santidade nas mulheres e crianças. Tania Mara Campos de Almeida Professora adjunto 3 do Departamento de Sociologia/UnB e integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Mulher (NEPeM)/UnB. Minha formação é em Ciências Sociais (Sociologia)/UFJF, com mestrado e doutorado em Antropologia/UnB. Violação religiosa à cidadania das mulheres em situação de violência Ao recorrerem às instituições estatais para denunciarem situações de violência e tratarem suas feridas físicas e emocionais, mulheres encontram vários entraves, são revitimizadas e desqualificadas moralmente por agentes públicos/as. Estes/as, motivados/as por suas crenças e valores religiosos misóginos e patriarcais, emitem opiniões e julgam os comportamentos delas. Chegam a dificultar ou impedir-lhes o acesso a direitos conquistados pelos movimentos feministas ao longo de décadas via convenções internacionais, leis e políticas públicas voltadas a garantir cidadania e a enfrentar a violência doméstica e familiar no país. A proposta visa, portanto, identificar e analisar esse percurso difícil e doloroso dessas mulheres em serviços públicos (segurança pública, judiciário e saúde) capturados por antigos preceitos e mentalidades religiosas.

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MR 8 – História das Religiões e Religiosidades: perspectivas plurais

26 de julho, às 14h, no Templo Ecumênico

Coordenação

Leandro Faria de Souza, PUC/SP

Os estudos das diversas manifestações religiosas nas áreas que compõem as ciências sociais vêm, ao longo das décadas, transformando o entendimento de como essas manifestações influenciaram e ainda influenciam o Brasil. Os estudos sobre temas ligados às religiões crescem nas diversas áreas, notadamente na área de História. A proposta dessa MR é apresentar diferentes perspectivas analíticas dentro do âmbito da História das Religiões.

Participantes

Gabriela Scartascini Spadaro Doctora en Ciencias para el Desarrollo Sustentable, Universidad de Guadalajara -UDG-. Miembro del Sistema Nacional de Investigadores -SNI-, nivel I. Área Humanidades (periodos 2011-2014 / 2015-2018). Profesora Investigadora de Tiempo Completo Titular “C”. Centro Universitario de la Costa, UDG. Línea de investigación: Sociedades en transición. América Latina, território Guadalupe. Um olhar sobre a transição para o século XXI Constante e consistente, o fervor pela Virgem de Guadalupe é replicado em

todos os cantos da América Latina. Não é surpreendente encontrar nos templos de pequenas cidades no continente, a imagem da Padroeira da América. Em um mundo que luta, todos os dias, entre inclusão e exclusão, incluindo o apoio à diversidade e à xenofobia, entre a compreensão e a repressão, entre a verdade e o engano , a Virgem de Guadalupe é um símbolo de uma imagem foi abraçada sob a veneração de vários e conflitantes classes sociais. Por que, sendo Morena, a Virgem de Guadalupe é venerada por setores que desprezam os seres humanos cuja pele é também a cor da terra? Por que a Virgem de Guadalupe é aceite e venerada pelos grupos que rejeitam um olhar inclusivo, tentando impor uma forma única de pensar? Nesta pesquisa, vamos analisar este fenômeno complexo que reflete uma realidade que fala não só de religião ou uma religião, mas, também, parte do trabalho diário do século XXI, que está construindo sua filosofia e a percepção dos outros. Gizele Zanotto Doutora em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora e pesquisadora do Curso de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Passo Fundo (UPF). É coordenadora do Núcleo de Estudos de Memória e Cultura (NEMEC), do Laboratório de Estudos das Crenças (LEC-PPGH), do Arquivo Histórico Regional (AHR) e vice coordenadora do Grupo de Trabalho de História das Religiões e Religiosidades da ANPUH no Rio Grande do Sul (2014-2016).

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“Guiados pela fé em São Miguel”: uma imagem, uma romaria, um patrimônio Nossa proposta é analisar a conformação da romaria e festa em honra a São Miguel Arcanjo em Passo Fundo/RS, bem como suas progressivas transformações ao longo dos 145 anos em que é realizada. Derivada da descoberta e translado de uma estátua do arcanjo localizada na região das Missões durante o retorno dos então escravos Generoso e Isaías das batalhas da Guerra do Paraguai (1864-1970), a devoção ao anjo protetor dos fracos e oprimidos cresceu e se consolidou. Em Passo Fundo, local de origem dos escravos, a estátua foi recolhida a uma ermida preparada para tal, e progressivamente foi angariando mais e mais fiéis. Atualmente a romaria e festa, que iniciaram como empreendimento da comunidade afrodescendente do distrito do Pulador, é gerida pela Paróquia São Vicente de Paulo e tida como evento de turismo religioso pela gestão municipal. Outro fator de destaque é sua conformação patrimonial que vem sendo valorizada ano a ano. Nossa proposta é avaliar o processo de consolidação da romaria e festa articulando o evento religioso a compreensão de bem coletivo legado a ela pela comunidade. Nesse sentido, abordaremos a proficuidade da reflexão acerca de um evento religioso e suas interfaces com a dinamicidade cultural e societária; a questão do patrimônio cultural; e o investimento turístico.

Johnni Langer Pós-Doutor em História Medieval pela USP. Professor do Programa de Pós Graduação em Ciências das Religiões da UFPB. Coordenador do NEVE, Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos. O corporativismo na História das religiões nórdicas Desde o início das investigações envolvendo as religiosidade nórdicas, ainda durante o século XIX, o método comparado foi um dos instrumentos mais utilizados. Com a chegada do novo século, vários historiadores das religiões continuaram a utilizar o método comparado, aplicado com perspectivas fenomenológicas para entender

especialmente a mitologia nórdica, como Eliade, Jung, Campbell, entre outros. A partir dos anos 1970, essa metodologia foi duramente criticada, especialmente por estudiosos envolvidos com a perspectiva culturalista e pela história cultural. A área escandinava era entendida dentro de suas próprias problemáticas e especificidades temporais e geográficas. Mais recentemente, o método comparado voltou a ser utilizado, em novos parâmetros. Nosso intento é realizar uma discussão historiográfica deste método na História das Religiões, especialmente dentro dos estudos comparativos entre a área nórdica e a circumpolar/báltica. Maria Cristina Pompa Doutora em Ciências Sociais pela Unicamp e pós doutora no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento - Cebrap. Professora adjunta no curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pesquisadora do Cebrap. História das Religiões e Antropologia: a contribuic ̧ão da Escola Histórico-Religiosa italiana

Quase desconhecida no Brasil, a chamada “Escola Italiana de Histo ́ria das Religio ̃es”, ativa desde a de ́cada de 1920, foi extremamente relevante no debate intelectual europeu que marcou a construc ̧a ̃o da antropologia e da histo ́ria das religio ̃es enquanto cie ̂ncias auto ̂nomas. A especificidade da Escola foi a proposta de uma abordagem antropolo ́gica e histo ́rica na ̃o apenas aos fatos religiosos, mas sobretudos a ̀s pro ́prias categorias identificadoras desses “fatos”. A comunicac ̧ão pretende analisar o contexto intelectual de seu surgimento, seus principais interlocutores ao longo do se ́culo XX, bem como suas perspectivas metodolo ́gicas va ́lidas ate ́ hoje.

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MR 9 – Diversidade religiosa na Amazônia: abordagens e desafios atuais

26 de julho, às 14h, no Auditório do CSE

Coordenação Diego Omar da Silveira, UFMG

Existem, no que diz respeito às religiões, dois processos em curso na Amazônia brasileira: por um lado a paisagem religiosa se diversifica em ritmo cada vez mais acelerado; por outro, um número crescente de estudos demonstra a emergência de novos sujeitos nesse campo, questionando antigos consensos sobre um território considerado hegemonicamente católico, embora sincrético. Reunindo pesquisadores residentes na Amazônia, essa mesa redonda busca, a um só tempo, situar e avaliar o estado da arte dos estudos da religião na região Norte do Brasil, apontando possibilidades e desafios atuais, e registrar as tendências dessa pluralização, em especial no que diz respeito ao catolicismo, ao protestantismo, às religiões de matriz afro-indígena e entre os novos movimentos religiosos. A partir de uma perspectiva multi e transdisciplinar, os pesquisadores apresentam temas, abordagens e resultados de pesquisa que ajudam a desvelar um aspecto ainda pouco debatido da diversidade amazônica: a religião.

Participantes

Diego Omar da Silveira Doutorando em História pela UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais. Professor assistente pela UEA - Universidade do Estado do Amazonas. Catolicismos na região Norte do Brasil: do Amazonas à Amazônia Ainda bastante vigoroso no norte do Brasil, o catolicismo enfrenta na Amazônia os desafios impostos pela diversificação do campo religioso. Por um lado, a expansão dos evangélicos tem implicado estagnação ou queda do número de católicos. Por outro, a participação social da igreja começa a se adequar à nova situação concorrencial gerada pelo questionamento da hegemonia católica nos meios de comunicação, obras sociais, na influência junto ao estado. Aos estudiosos do catolicismo apresentam-se novos desafios que começam a ganhar corpo em projetos de pesquisa mais amplos ou em estudos monográficos: elucidar os sincretismos historicamente presente e suas transformações atuais, analisar as diversidades internas e os conflitos institucionais de um catolicismo plural e compreender as nuances locais de uma religião que se pretende universal. Esta palestra trata ao mesmo tempo do estado da arte dos estudos sobre o catolicismo na região e os desafios enfrentados pelo clero e fieis nos dias atuais.

Gustavo Soldati Reis Doutor em Ciências da Religião pela UMESP - Universidade Metodista de São Paulo (UMESP); Professor Adjunto I na Universidade do Estado do Pará (UEPA). Evangélicos na Amazônia paraense: identidade entre as representações da palavra escrita e imaginada A categoria “evangélico” apresenta um paradoxo: ao mesmo tempo que procura fazer um recorte no segmento religioso cristão brasileiro, amplia-

se na qualificação de muitas tendências dentro desse mesmo segmento. Pentecostais, neopentecostais e até mesmo protestantes podem autointitular-se como “evangélicos”. A

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categoria acompanha a pluralidade de representações e práticas discursivas em um contexto culturalmente plural como o da Amazônia paraense, foco dessa palestra. O desafio é analisar as ambigüidades da constituição da face “evangélica” paraense, na fronteira entre as discursividades da “Palavra escrita e pregada” em um contexto sobejamente marcado por um rico imaginário religioso de devoções, encantarias e pajelanças cabocla s (MAUÉS, 2005). Para tanto, a palestra amparar-se-á na concepção de economia escriturística, de Michel de Certeau (2003; 2011), para interpretar a construção da alteridade (heterologia) no embate entre as representações de poder da palavra escrita e imaginada. Kachia Hedeny Téchio Doutora em Antropologia pela Universidade Nova de Lisboa. Professora Adjunta pela UNIR - Fundação Universidade Federal de Rondônia. Entre indígenas, pastores e muçulmanos: cartografias possíveis sobre as novas conformações religiosas na Amazônia Esse artigo tem como perspectiva olhar sob as novas constituições religiosas na Amazônia Rondoniense, a partir das contribuições de grupos indígenas, dos grupos culturais de manifestações de matrizes africanas, dos grupos evangélicos e católicos e, recentemente da introdução dos imigrantes muçulmanos. Optou-se metodologicamente nessa construção cartográfica da religiosidade em Rondônia, pela utilização da etnografia. A cartografia social, possui um grande apelo social devido, principalmente, ao fato de dar poder e voz aos povos tradicionais em situação de risco territorial e cultural, auxiliando-os na demarcação de seus espaços identitários ,sociais e geográficos. Essa cartografia religiosa iniciou-se em 2014 e está em construção junto aos interlocutores indígenas, quilombolas e ribeirinhos e abrange os tipos religiosos: católicos, evangélicos e muçulmanos.

Taissa Tavernard de Luca Doutora em Ciências Sociais - Antropologia pela Universidade Federal do Pará. Professora AD 1 pela UEPA – Universidade do Estado do Pará. Religiões de matriz africana no Pará: Múltiplas trajetórias e diversidade litúrgica A presença negra no Estado do Pará data do século XVII, no entanto as notícias histórica s sobre a fundação dos primeiros templos religiosos afro-brasileiros é tardia. Jornais e documentos de Secretaria de Polícia apontam para o final do XIX como período de estabelecimento das

religiões negras na Amazônia. Antes disso o que existia era um catolicismo sincrético praticado por leigos no interior das irmandades religiosas que serviam como verdadeiros agrupamentos étnicos. Os séculos XX e XXI, por sua vez, podem ser referidos como momento histórico de pluralização desse campo afroamazônico, o que reverberou na diversificação das liturgias praticadas que em território paraense foram submetidas a um processo de hibridismo com outras formações religiosas nativas ou não. O objetivo desta palestra é traçar um perfil co campo religioso afroparaense apontando os principais marcos históricos bem como a diversidade ritual e dinâmica na organização social desses grupos.

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27 de julho, à tarde

MR 10 – Direitos Humanos, golpe e resistências

27 de julho, às 14h, no Auditório ou hall do CFH

Coordenação LeilaMarrachBastodeAlbuquerque,UNESP

Diante da atual conjuntura política nacional, estaMesa Redonda torna-se crucial estratégica seconseguircontribuircomoposicionamentodaÁreadeCiência(s)eHistóriada(s)Religião(ões)diantedoGolpedeEstadoprogressivoquedepôsaPresidentaDilmaRousseffeencerrouaeradaNovaRepública.Estestrêselementos:golpe,deposiçãoeiníciodeumanovafasehistóricabaseadaemvelhospreceitosdedireitasãoocenáriodaanáliseemerecemdebate.Entretanto,naambiênciadaABHR,umaMesacomestetemadeveeprecisadebaterospapeisdasreligiõesedosreligiosos,tantonavitóriadogolpequantonaresistênciaaele.Assimsendo,háquesecompreenderocontextonovo das religiões no Brasil diante de um governo eleito indiretamente; num simulacro deimpeachmentquechegaaopoderemnomedeDeus,cujaevocaçãoépermanentepelasautoridadesagoraimpostasaopaís.OPresidenteOutorgadodentreelas.

Participantes

Alexandre Brasil Fonseca Doutor em sociologia (USP) e pós-doutor pela Universidade de Barcelona. Professor do Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde (NUTES) da UFRJ e, atualmente, cedido para a Secretaria Especial de Direitos Humanos. Desigualdades, intolerâncias e violências: Educação em Direitos Humanos e religiões no Brasil contemporâneo A história brasileira experimentou uma sucessão de golpes em que grupos que visavam o controle do poder político tinham como objetivo central a manutenção e/ou a ampliação de seus privilégios e ganhos. A Ditadura empresarial-militar, além da violência perpetrada, alimentou a

concentração de riquezas e aumentou as desigualdades sociais. A sociedade brasileira tem se conformado em meio a intolerâncias e violências que convivem com altos índices de desigualdade social que se dão em meio a uma presença significativa das religiões e de constantes e recorrentes violações dos Direitos Humanos. Sugere-se a necessidade de se discutir sobre papéis desempenhados pelas religiões e da necessidade de processos de educação em direitos humanos que considerem princípios como o da dialogicidade e o da transversalidade em suas práticas.

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Carlos André Cavalcanti Membro fundador do Comitê Nacional da Diversidade Religiosa da SDH/Presidência da República. Pós-Doutorado em Ciências da Religião na PUC-GO. Professor Doutor da UFPB desde 1991, onde atua no ensino e na pesquisa nos níveis de Graduação e Pós-Graduação nas áreas de Ciências e História das Religiões. A República dos Arautos e o fim da Nova República Escrevo ainda sem saber se o Golpe de Estado vencerá no Senado da República ou não. Como historiador, porém, tenho o dever de analisar o desenrolar dos fatos à luz da História do Brasil. Assim, mesmo antes do seu nascimento, estou batizando a nova/velha era que se inicia com o golpe que pode derrubar a Presidenta Dilma de A República dos Arautos. Com o evidente fim da Nova República, que foi uma era de avanços dos direitos, entramos no regime dos Arautos: a) Arautos de Deus: as organizações evangélicas e católicas que dão o suporte moral; a esta farsa eivada de aparente dissonância cognitiva; b) Arautos da Lei: magistrados de direita que são o suporte legal da dureza da nova ordem e c) Arautos da Plutocracia: mídia conservadora, políticos conservadores e a imensa maioria do empresariado, sedento pelas facilidades públicas que o neoliberalismo presenteia e pelo aumento da precariedade dos Direitos Trabalhistas. Desenvolverei cada tópico no pequeno ensaio que irá à Mesa Redonda Direitos Humanos, Golpes e Resistências neste II Simpósio Internacional da ABHR. Jessie Jane Vieira de Sousa, UFRJ

Doutora em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-doutora pelo Instituto de Desarrollo Económico y Social(2008). Atualmente é Permanente da UFRJ. Ditadura e Golpe Nesta apresentação a autora traçará uma comparação acerca da Ditadura Militar ocorrida no Brasil entre o período de 1964-1985 e golpe de Estado, instaurado no país em maio de 2016.

Zwinglio Motta Dias Doutorado em Teologia - Universitat Hamburg, Alemanha. Professor associado da Universidade Federal de Juiz de Fora. Professor-convidado do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da UFJF. O conservadorismo protestante / evangélico no Brasil e o desafio dos Direitos Humanos Nesta apresentação pretendemos descrever as razões socio-históricas e teológicas que marcaram o desenvolvimento da herança protestante no Brasil e o tornaram, em grande medida, uma ideologia que exalta o individualismo e ignora o papel da sociedade na construção e preservação da vida das pessoas. Esta perspectiva, baseada numa leitura literalista que deshistoriza os textos bíblicos, sacraliza as estruturas de poder vigentes na sociedade e deslegitima a afirmação dos direitos sociais, econômicos, políticos e culturais como expressões da mensagem evangélica original. Daí o abandono do mundo (sociedade) como condição para a salvação individual.

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MR 11 – Religião e direito(s)

27 de julho, às 14h, no Templo Ecumênico

Coordenação Christina Vital da Cunha, UFF

A proposta desta mesa é reunir pesquisadoras/es interessadas/os nos variados modos de intersecção entre o campo religioso e o campo jurídico, bem como apresentar discussões sobre o tema das relações entre direitos individuais e religião.

Participantes

Christina Vital da Cunha Professora do Programa de Pós-graduação em Cultura e Territorialidades da Universidade Federal Fluminense - PPCULT e do Departamento de Sociologia da mesma universidade. Religiosidade e espaço público Nesta mesa redonda apresentarei contrapontos de análise entre as duas composições da Frente Parlamentar de Terreiros no Congresso Nacional com o objetivo de refletir sobre um contexto mais geral de mudanças nas dinâmicas sociais que concernem às religiões afro-brasileiras, ao ativismo racial e religioso assim como as diferentes centralidades argumentativas que conformariam a atuação da frente ao longo desses anos de sua existência (2011-2015). As bases para discussão que proponho foram reunidas no âmbito da pesquisa “A aura da cultura”: uma análise da presença das religiões afro-brasileiras no espaço público através do acompanhamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Tradicionais de Terreiros no Congresso Nacional, realizada com apoio da FAPERJ/CNPQ. Javier Ocampo

Universidad Central de Chile. Doctor© en Estudios Americanos, Mención Pensamiento y Cultura, Instituto de Estudios Avanzados de la Universidad de Santiago de Chile. Psicólogo, Sociólogo y Profesor de Historia y Geografía. Religión y derechos ciudadanos em el Chile Actual: tensiones y perspectivas En esa ponencia abordaré la tensión entre religión y derechos ciudadanos en las discusiones actuales sobre derechos sexuales y reproductivos en

Chile. Abordaré la posición de la Iglesia Católica y el mundo protestante ante las discusiones y proyectos de ley sobre acuerdo de unión civil y la actual discusión sobre aborto. Enfatizaré las posiciones en pugna al interior de las mismas Iglesias y las formas en que religión aparece ante los ciudadanos como un actor político en las discusiones al respecto. También abordaré la revisión de la efectiva separación entre Iglesia y Estado en nuestro país.

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Juan Cruz Esquivel Presidente de Associación de Cientistas Sociales de la Religión del Mercosur (ACSRM). Investigador Independiente del CONICET. Docente de posgrado en la Universidad Nacional de La Matanza. Pos-Doctorado en Ciencias Sociales, Universidad Católica de San Pablo (Brasil), Doctor en Sociología por la Universidad de San Pablo. Religión y derecho en Argentina: los rasgos de confesionalidad en el sistema jurídico y sus implicancias en la cultura política hegemónica La comunicación se propone analizar la impronta religiosa en el ordenamiento jurídico argentino, tomando en consideración la fundamentación y las fuentes de legitimidade estatal; las relaciones del Estado con las instituciones religiosas y las garantías a los derechos fundamentales.Los rasgos de confesionalidad presentes en el entramado normativo serán confrontados con las representaciones colectivas y el repertorio de prácticas naturalizadas que conforman la cultura política predominante, a los fines de identificar procesos de afinidad y de tensión entre el encuadre normativo y las creencias y los habitus instituidos por los decisores políticos.

Regina Novaes Doutora em Ciências Humanas (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (1989). Professora do Programa de Pós gradução em Sociologia e Antropologia, do IFCS, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Juventude, direitos e diversidade: tensões no campo religioso e no espaço público. A expressão “jovens como sujeitos de direitos” foi introduzida no

vocabulário político brasileiro nas duas últimas décadas. Este novo enquadramento tem evidenciado maneiras peculiares de articular demandas que envolvem a busca da igualdade social e, ao mesmo tempo, a valorização da diversidade juvenil. Neste cenário, no espaço público – lugar de encontro (negociação e tensão) entre instancias governamentais e organismos da sociedade civil - amplia-se a presença de jovens de diferentes religiões. O objetivo do presente trabalho - ancorado em pesquisa documental, pesquisas quantitativas e qualitativas - é refletir sobre usos da categoria “sujeitos de direito”; e as repercussões sociais de um “fazer político”; que envolve o reconhecimento público do pertencimento religioso entre jovens da atual geração.

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MR 12 – Espiritismos em diálogo

27 de julho, às 14h, no Auditório do CSE

Coordenação Adriana Gomes, UERJ

Esta mesa reúne trabalhos que adotaram o Espiritismo como objeto de estudo acadêmico. Interessou-nos a questão do feminino dentro da literatura espírita; da figura de Chico Xavier como bem simbólico do Espiritismo, e de como a partir desta religião se pode pensar termos como "pluralidade", "diversidade" e "multiplicidade".

Participantes

André Victor Cavalcanti Seal da Cunha Figuras femininas na invenção da imagem autoral de Chico Xavier (1931-1938) Esta palestra realizará uma análise de Chico Xavier como portador de uma imagem autoral inventada, construída através da complexa dinâmica da inter-relação produção, recepção e apropriação de suas obras. Refletiremos, pois, sobre a criação da imagem autoral de Xavier, concebendo esta como uma elaboração coletiva da qual participaram vários sujeitos, dentre eles intelectuais ligados ao movimento espírita, editores, leitores e leitoras. Pretende-se, desta forma, possibilitar a compreensão de seu surgimento na cena literária espiritista integrando um projeto coletivo. Mais especificamente, destacaremos a presença na sua vida e obra, de personagens femininos no momento da invenção da imagem autoral do jovem Chico Xavier durante a década de 1930. Vale salientar como exemplos significativos, a médium Carmen Perácio, bem como Maria João de Deus, mãe de Xavier, transformada em autora espiritual através do livro psicografado com o título de Cartas de uma Morta.

Artur Cesar Isaia, Centro Universitário LaSalle Chico Xavier: de bem simbólico do Espiritismo ao panteão da Umbanda O objetivo deste texto é mostrar a forma inclusiva como Chico Xavier passa a frequentar a literatura umbandista, chegando ao seu panteão. Mostra o caráter dinâmico e plástico com que a Umbanda constrói-se, sendo capaz de incluir entre as entidades do seu culto, mesmo um bem simbólico do Espiritismo, ciosamente guardado como uma marca identitária espírita brasileira. Sobretudo, evidencia o texto a presença

interdiscursiva de Chico Xavier na literatura produzida pelos intelectuais da Umbanda.

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Bernardo Lewgoy, UFRGS

Todos e partes na antropologia das religiões: um comentário.

Partindo de uma reflexa ̃o geral e de um exemplo especi ́fico (e espiritismo kardecista) essa apresentac ̧a ̃o busca po ̂r em relac ̧ão o desafio proposto pela mesa redonda com os termos de um debate teo ́rico mais abrangente. Acredita-se que a provocac ̧ão contida no trilema "pluralidade", "diversidade" e "multiplicidade" na ̃o e ́ estranha aos problemas epistemolo ́gicos e anali ́ticos cla ́ssicos das cie ̂ncias sociais da religia ̃o, sendo, ao contra ́rio, a expressa ̃o atual de debates ja ́ cla ́ssicos sobre o valor heuri ́stico das principais categorias anali ́ticas e propostas teo ́ricas de interpretac ̧a ̃o da relac ̧ão entre religia ̃o, histo ́ria e sociedade.

Karlla Christine Araújo Souza

O feminino na invenção do Espiritismo no Brasil e na França A obra de Emmanuel, espírito que tutelou a escrita mediúnica de Chico Xavier, tem concentração na interpretação do evangelho à luz da imortalidade da alma. Também apegado ao contexto histórico e cultural, Emmanuel faz um estudo sobre o papel da mulher no evangelho segundo Paulo até chegar a uma leitura da atual emancipação histórica feminina no Livro dos Espíritos de Allan Kardec, contemplando algumas

questões: “São iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmo direitos? Como interpretar o movimento feminista na atualidade da civilização?” Analisando os vultos do cristianismo e o progresso espiritual da humanidade, conclui sobre a defesa da mulher e dos padrões de elevação espiritual que lhe dizem respeito em um movimento regenerativo da missão feminil, que teve no Cristo o precursor e, em Paulo e Kardec, os consolidadores. Esta mesa traça as trilhas da tentativa de Emmanuel de recondução da condição aviltada da mulher e do evangelho como abrigo das esperanças femininas.

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28 de julho, à tarde MR 13 - Gênero, religião e política: diversidades e

(in) tolerâncias

28 de julho, às 14h, no Auditório do CFH

Coordenação Sandra Duarte de Souza, UMESP

A mesa tem como contexto um momento de ebulic ̧ão de controvérsias, demandas e disputas, especialmente entre 2010 e 2016, envolvendo diferentes grupos religiosos/políticos, e minorias políticas constituídas por mulheres, pessoas transgêneras e pessoas homoafetivas. O objetivo da mesa e ́ refletir sobre o atual quadro político-religioso brasileiro e a prevalência de discursos e práticas de intolerância de gênero e contra as diversidades sexuais. Objetiva-se ainda problematizar as reações entre aceitac ̧ão/rejeição a diferentes auto-declarações e demandas envolvendo religião, mídia, política, sexualidade e gênero.

Participantes

André Sidney Musskopf Professor no Programa de Pós-Graduação em Teologia da EST, na Cátedra de Teologia e Gênero. Coordenador do Programa de Gênero e Religião da EST. Doutor em Teologia na EST. Gênero, religião e política – A experiência do Programa de Gênero e Religião da Faculdades EST O Programa de Gênero e Religião da Faculdades EST foi criado em 2008 e sistematizou uma proposta epistemológica fundada nos estudos feministas e articulada com a educação popular. É expressão de saberes produzidos ao longo das últimas décadas e se entende como agente no atual contexto acadêmico, político e religioso. Nessa apresentação se fará um resgate desse processo histórico, reivindicando a importância de iniciativas semelhantes no campo dos estudos das religiões, se discutirá sua proposta epistemológica e como articula as temáticas “gênero”, “religião” e “política”. Como articulador dos debates sobre gênero numa instituição superior busca estabelecer parcerias com igrejas e grupos religiosos, organizações da sociedade civil e movimentos sociais, governos e agentes públicos/as. O resultado dessas ações pode-se perceber em atividades como projetos de ação comunitária, publicações e atividades acadêmicas como o Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião.

Anete Roese Doutora em Teologia. Professora no Departamento de Ciências da Religião PPGCR – PUC Minas. Coordenadora do GPFEM – Grupo Interdisciplinar de Pesquisas Feministas – PUC Minas. O gênero da política e da religião; e a política, a religião e o gênero da ciência colonial/moderna. Reflexões desde uma perspectiva feminista descolonial

Busco refletir, desde uma epistemologia feminista e descolonial a intrincada expressão colonial das variáveis do título apresentado. Trata-se de averiguar e apontar elementos da colonial/modernidade que constituem tanto a religião, a política, quanto a ciência ocidental atual. A nova onda conservadora que se torna manifesta e clara no Brasil a partir do movimento

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político que desenhou o processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff se impõe com maior força também, além do político, no âmbito religioso e acadêmico/educacional. O sentido e a clareza se apresentam nos atos nestes três campos e atingem de forma clara gêneros e raças historicamente desfavorecidas. É necessária uma nova força teórica que está aí para marcar um diferencial agudo, profundo, justamente porque não se curva ao “mercado” teórico-acadêmico eurocentrado e cujo principal aporte se faz desde o recorte de classe. Dizer que o que estamos vendo e vivendo neste momento histórico no Brasil é a expressão da colonialidade que continua a se impor e se atualizar cotidianamente é expressão central das teorias descoloniais, cujo ponto de partida se dá no reconhecimento da fundação da categoria raça no momento da colonização das Américas, bem como da criação da categoria gênero no mesmo ato. O texto conclui apresentando perspectivas para o futuro (em meio à onda conservadora). Autoras e autores de base do campo das teorias descoloniais servirão como base para este aporte. Maria das Dores Campos Machado Doutora em Sociologia pela Sociedade Brasileira de Instrução - SBI/IUPERJ. Pós-doutora na PUC/SP e no Instituto de Desarrollo Económico y Social (Buenos Aires). Professora Associada UFRJ. O discurso sobre os Direitos Humanos no Brasil democrático: pentecostais, católicos, feministas e homossexuais O processo de redemocratização no Brasil foi acompanhado de várias tendências importantes, tais como o surgimento de novos atores políticos, o fortalecimento do ideário dos direitos humanos e a crescente aproximação do Estado com os movimentos sociais. Nesta comunicação pretendo analisar as disputas em torno do regime de direitos humanos travadas por alguns destes novos atores – os pentecostais e os carismáticos católicos, por um lado, e os movimentos feminista e homossexual, por outro. Interessa-me, em particular, verificar como os setores cristãos estão reconfigurando os seus discursos com apropriação e ressignificação de ideias da biomedicina, das ciências sociais, da psicologia e dos direitos humanos para combater o fortalecimento de novas formas de moralidade na sociedade.

Sandra Duarte de Souza Doutora em Ciências da Religião (UMESP), com pós-doutorado em História Cultural (UNICAMP). Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo e coordenadora do Grupo de Estudos de Gênero e Religião – Mandrágora/Netmal. Entre o diverso e o controverso: direitos LGBT e atuação de deputadas federais das bancadas católica e evangélica Os modos de regulação social da sexualidade têm sido objeto de

preocupação dos mais distintos grupos. Diferentes agentes sociais se mobilizam para afirmar e validar o “sexo correto”, o “objetivo correto” do sexo, o “sujeito correto” do sexo e o “lugar correto” de fazer sexo. No âmbito político, essa atividade reguladora tem sido reivindicada especialmente pelas bancadas religiosas no Congresso Nacional brasileiro: a Frente Parlamentar Mista Católica Apostólica Romana e a Frente Parlamentar Evangélica. A atuação de vários parlamentares homens dessas duas bancadas em relação aos direitos LGBT, tem sido objeto de interesse de pesquisadores e pesquisadoras que têm analisado a relação entre religião, política e gênero no Brasil. Nosso interesse é levantar e descrever como as mulheres parlamentares que compõem essas duas bancadas têm orientado sua atividade legislativa no que tange aos direitos da população LGBT.

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MR 14 - O fenômeno religioso em Portugal e Brasil II: Minorias, Direitos Humanos e política

28 de julho, às 14h, no Templo Ecumênico

Coordenação João Lupi, UFSC

A relação histórica entre Brasil e Portugal é indiscutível. Enquanto colónia, o Brasil foi um recetáculo da cultura portuguesa e a religião não foi exceção. Apesar desta relação contígua, as vicissitudes históricas e idiossincrasias sociopolíticas de cada traçaram percursos religiosos singularmente diferentes. Não raras vezes se exalta o valor científico do estudo histórico-comparativo destes dois países; porém, os investigadores sociais têm descurado essa análise, sobretudo no que concerne à Contemporaneidade. Por esse motivo, propomos duas MR’s pluridisciplinares e compostas por renomados investigadores brasileiros e portugueses que permitam responder a tal desiderato investigacional. Nesta MR, complementarmente à primeira, pretendemos centrar o nosso estudo nas minorias religiosas, étnicas e sociais, mormente na sua interação com questões de identidade e direitos humanos e de política e laicidade. Com este plano metodológico, cremos dar maior sustentação à nossa proposta de debate.

Participantes

Jorge Botelho Moniz Doutorando em Ciência Política pela Universidade Nova de Lisboa. Bolsista de doutorado da União Europeia no PPGSP da UFSC. Investigador associado do Observatório Político (Portugal). O secularismo à portuguesa: Análise das relações Estado-Igreja(s) em Portugal no período democrático O secularismo é uma categoria fundacional da modernidade política. Este conceito surgiu, em meados do século XIX, através do programa político de George Holyoake, cuja pretensão era a emancipação agressiva da esfera política das suas ligações à igreja e religião. Não obstante as suas

origens históricas, o secularismo político per se não assume, obrigatoriamente, qualquer desenvolvimento histórico progressivo que converterá a religião numa dimensão social insignificante. Ele é compatível com uma perspetiva positiva da religião. O nosso estudo pretende investigar estas dimensões controvertidas do secularismo num país secularizado, religioso e católico como é o Portugal do pós-25 de Abril de 1974. Procurando ajustar os equilíbrios que sustentem a sua posição, o Estado assume uma posição de separação com cooperação – o secularismo católico – através da qual exalta a contínua necessidade de renovamento e da relação com a esfera religiosa que, pelas suas intricadas conexões, compete à ciência política moderna investigar e interpretar. Paula Borges Santos Doutora em História Contemporânea pela Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL). Investigadora do Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) da Universidade Católica Portuguesa e do Instituto de História Contemporânea (IHC) da FCSH-UNL. Religião e direitos fundamentais: confrontos político-parlamentares no Estado autoritário português (1968-1974)

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Portugal foi fundado no século XII,no contexto da cristandade que (de)marcou as fronteiras territoriais e a formação da sua identidade.Porém,antes da formação do Estado-nação,já havia no território a presença de judeus (séc.V);a sul,no séc.VIII, havia muçulmanos - expulsos pelas Cruzadas (1096-1253).Há ainda os ciganos,presentes no país desde o séc.XVI.Num contexto de homogeneidade étnico-racial (branca),linguística (português) e religiosa (católica),os grupos minoritários tradicionais (e os modernos) foram (e continuam a ser) vítimas de discriminação.O objetivo desta intervenção é analisar,numa perspetiva histórico-antropológica,as antigas e novas minorias étnicas e religiosas,focando a contribuição das mesmas no processo de formação identitária da sociedade portuguesa.Portugal,na sua modernidade tardia,apresenta hoje uma significativa pluralidade cultural,exigindo a definição de políticas positivas de defesa dos direitos (humanos) e ações concretas de integração social das minorias.

Paulo Mendes Pinto Mestre em História pela Universidade de Lisboa. Professor Auxiliar da Universidade Lusófona (Portugal), onde é diretor da área de Ciência das Religiões. Dirige igualmente a Revista Lusófona de Ciência das Religiões. Definições e práticas das minorias religiosas na relação com o Estado português: formas de instrumentalização por parte da maioria Ao longo do último quartel do século XX, o nascente regime democrático português procurou não hostilizar a hierarquia católica. Ciente dos

problemas de algum forte agastamento, as forças políticas de esquerda que ganharam poder depois de 1974 pouco subtraíram ao lugar que a Igreja ocupava nas instituições. Longe de se retirarem direitos adquiridos, deu-se lugar a uma mecânica em que às minorias foi dada possibilidade de ascender ao mesmo patamar de relação que o Estado tinha com a religião dominante. Por exemplo, através do tempo de antena nas rádios e nas televisões públicas e no espaço confessional das escolas. Valorizadas e respeitadas, as minorias aderiram a estes modelos, defendendo-o como a mais perfeita concretização – sintomática é a redação da Lei de Liberdade Religiosa de 2001. Hoje, temos as minorias a apoiarem o status quo, defendendo o lugar e a posição da Igreja católica, por medo de perderem os seus direitos para, na prática, nada retirar à maioria. Ricardo Mariano Pós-doutor em Sociologia pela USP – Universidade de São Paulo. Professor do Departamento de Sociologia da USP e bolsista de produtividade do CNPq. Evangélicos, laicidade e direitos humanos no Congresso Nacional Cada vez mais visível e influente, o ativismo político evangélico tem sido percebido por seus adversários como um problema para a democracia, a diversidade e a laicidade do Estado, da política e do ensino público e como obstáculo para o avanço dos direitos humanos e de políticas públicas baseadas num ideário igualitário de relações de gênero. Associado ao núcleo duro da chamada “onda conservadora”, tem sido contestado e tachado de fundamentalista e intolerante. A apresentação analisa a controversa atuação do pastor Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM) e de outros deputados da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional engajados em conflitos políticos envolvendo os direitos humanos. E discute a imbricação entre as recentes lutas travadas em torno dos direitos humanos, sexuais e reprodutivos e os debates públicos envolvendo a laicidade (ou o secularismo) e o lugar, o papel e as fronteiras do religioso no Brasil.

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MR 15 - Para além do espiritismo: saúde, assistência social e espiritualidade

27 de julho, às 14h, no Auditório do CSE

Coordenação André Ricardo de Souza, UFSCar

O Brasil é marcado por diversas formas de religiosidade com transe mediúnico. Dentre elas, o espiritismo kardecista tem peso maior, se não cultural, ao menos demográfico, fazendo do Brasil o maior espírita entre trinta e sete países. Relevantes lideranças moldaram tal religião em meados do século XX, pontuando sua distinção da umbanda, que dela se originou. Algo fundamental na legitimação social e difusão do espiritismo é o trabalho assistencial feito por suas unidades. Outro traço importante é a ênfase na saúde, com os tratamentos diversos, dentre eles as polêmicas cirurgias espirituais. Ocorre, porém, que elas são feitas por muitos indivíduos que não se declaram espíritas, devido, entre outras coisas, à rejeição por parte do movimento espírita. Também na fronteira entre espiritismo e espiritualismo se encontram médicos com referências transcendentais, contribuindo com pesquisas científicas sobre o tema. A mesa buscará um debate apurado a respeito dessa faceta religiosa brasileira.

Participantes

André Ricardo de Souza

Pós-doutor em Sociologia pela USP – Universidade de São Paulo. Professor Adjunto da UFSCar – Universidade Federal de São Carlos.

As cirurgias mediúnicas entre o espiritismo e o espiritualismo

Os tratamentos para a saúde do corpo e do espírito são centrais no espiritismo kardecista. Já as chamadas cirurgias espirituais são controvertidas nesse meio devido à conturbada trajetória de parte das pessoas dedicadas a elas e também à ameaça de acusação charlatã, da qual o espiritismo historicamente se esquiva. Este texto enfoca o trabalho de cirurgias espirituais feito pelo médium João Berbel, da cidade paulista de Franca. Quanto à autonomia em relação ao movimento espírita, Berbel pode ser comparado, tanto ao também médium de cura João de Deus, do município goiano de Abadiânia, quanto à autora de best-sellers mediúnicos de São Paulo, Zíbia Gasparetto, ambos já bastante conhecidos através da mídia secular. Porém, se avaliados quanto às finalidades demonstradas das atividades comerciais associadas às práticas desses três médiuns, Berbel se destaca em termos de afinidade com o espiritismo orgânico. O texto aborda as conquistas e também ambiguidades de sua “medicina espiritual”.

Célia da Graça Arribas Doutora em Sociologia pela USP – Universidade de São Paulo. Professora Adjunta na UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora. Os tipos de autoridade no espirit ismo: funções, habilidades e status das lideranças espíritas Interessada em compreender como as religiões e as crenças nascem, são articuladas e lançadas num jogo de conhecimento e reconhecimento, tomarei aqui, como recorte do estudo, um processo em específico, a saber: o de desenvolvimento do espiritismo kardecista no Brasil. Ao

regularmos a lente sobre toda uma dinâmica do espiritismo se formando, se estruturando e se

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expandindo em solo brasileiro, percebemos que por detrás das diversas instituições espíritas nascentes e dos diversos segmentos espíritas se proliferando ao longo do século XX, há na retaguarda desse adensamento um conjunto de ativistas com qualificações diversas, logo, com funções e pesos sociais também diversos. Por meio do exame das trajetórias dos agentes de relevância desse segmento, bem como de sua produção intelectual religiosa, pretendo apresentar algumas das características que conformam os tipos de autoridade no espiritismo brasileiro. José Pedro Simões Neto Doutor em Sociologia pelo IUPERJ - Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro. Professor na UFSC – Universidade federal de Santa Catarina. Assistência social espírita

O lema “Fora da caridade não há salvação” é um marco no movimento espírita. Ele demonstra o lugar de centralidade que a caridade possui para este grupo religioso. Dessa forma, é comum se observar que as instituições espíritas organizam trabalhos de assistência social em paralelo ao estudo e à divulgação da sua doutrina. A palestra propõe refletir sobre o sentido dessas atividades para os seus agentes, a partir de uma pesquisa realizada em Santa Catarina, entre 2014 e 2015. Foram analisados textos produzidos pelos espíritas, além de terem sido realizadas entrevistas com lideranças das instituições sobre os trabalhos de assistência social. Com os resultados foi possível identificar um “modo espírita” fazer assistência. Ele engloba, entre outras características, uma indissociação entre assistência material e espiritual e um privilegiamento da salvação do agente em detrimento ao atendimento do assistido.

Rodrigo Toniol Pós-doutor em Antropologia pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pesquisador na UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas. Em busca da espiritualidade: ciência, saúde e instrumentos de captura

O objetivo deste trabalho é refletir sobre o modo pelo qual a categoria espiritualidade tem emergido como uma variável em pesquisas clínicas. Nosso foco empírico é o cotidiano dos pesquisadores engajados em dois

grupos de pesquisas, vinculados a universidade públicas brasileiras. As pesquisas realizadas pelos médicos-cientistas desses referidos grupos utilizam uma ampla gama de tecnologias que visam identificar, isolar e interpretar a condição espiritual das pessoas e seus efeitos para a saúde. Nesta comunicação estaremos especialmente interessados na criação e no uso dessas tecnologias, que vão de questionários ao mapeamento de atividades cerebrais. Este trabalho tem como objetivo principal analisar, a partir das tecnologias de avaliação da espiritualidade, desenvolvidas e utilizadas no campo das ciências médicas, o modo pelo qual essa categoria tem sido articulada e tem mobilizado atores e instituições dedicadas a promoção e aos cuidados com a saúde.

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Minicursos e Oficinas

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MC1 - A cultura visual religiosa como acesso alternativo ao estudo da religião: aproximações

mediantes das representações da religião do coração ao tema da relação entre as igrejas e a

sociedade

26, 27 e 28 de julho de 2016, CFH Sala 335 Coordenação PhD Helmut Renders, UMESP Pós-doutorado em Ciência da Religião - Universidade Federal de Juiz de Fora. É coordenador e professor associado I do Programa da Pós-graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo e da Faculdade de Teologia (Graduação). Tem experiência n a área da Teologia e Ciências de Religião e concentra sua pesquisa nas linguagens da religião e suas expressões simbólicas, narrativas, rituais, doutrinais, éticas, culturais e os aspectos sociais das culturas visuais religiosas desde o Brasil colônia até hoje. Professor Visitante na Candler School of Theology da Universidade Emory, Atlanta, GA, EUA.

Resumo

A cultura visual é um dos campos privilegiados para análise de estruturas e historicidade de práticas religiosas. O minicurso apresentará como exemplo representações imagéticas da religião do coração católicas, evangélicas e [neo]pentecostais, ou seja, desde a época colonial até a contemporaneidade, focando em sua proximidade ou distância (a) ao projeto colonial português e projetos similares (b) entre discursos eclesiásticos distintos. Conteúdo Programático: 1) A virada icônica e o estudo da religião em relação à sociedade: métodos do estudo da cultura visual religiosa; 2) Religio cordis, theologia cordis e o homem cordial: a religião cordial, a matriz religiosa brasileira e o império português; 3) Religião do coração ou religião cordial? A religião do coração protestante e evangélica, a matriz religiosa brasileira e o estado laico moderno.

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MC2 - A interpretação jurídica da liberdade religiosa frente casos concretos de intolerância,

violência e preconceito religiosos

26, 27 e 28 de julho de 2016, CFH Sala 334

Coordenação Ma. Anna Carolina Alves Cruz, UFU - Universidade Federal de Uberlândia; Ma. Naiana Zaiden Rezende Souza, UFG - Universidade Federal de Goiás. Anna Cruz é mestre pelo Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia. Naiana Souza é mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Uberlândia e Professora Substitu ta na Universidade Federal de Goiás.

Resumo

Princípio da liberdade religiosa e sua eficácia na defesa dos direitos de culto e de crença frente a práticas questionadas pela sociedade. Justificativa: Com a evolução do princípio da liberdade religiosa no campo jurídico brasileiro, os indivíduos passaram a ter autonomia para professarem qualquer religião. Tal fator possibilitou a expansão de novas doutrinas religiosas, ampliando a concorrência na oferta de serviços religiosos. No entanto, algumas dessas doutrinas por vezes são questionadas pelas práticas violentas e não usuais. Objetivo: Demonstrar, através de casos atuais como o princípio da liberdade religiosa é aplicado concretamente. Conteúdo Programático: 26/07: Evolução da liberdade religiosa no Estado Brasileiro; 27/07: Casos que foram protegidos pela liberdade de crença/culto; 28/07: Casos que foram tidos como intolerantes e fora da esfera de proteção da liberdade religiosa. Será utilizado data show como metodologia do minicurso, para exposição de slides e vídeos.

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MC3 - Arte em fronteiras: religião e psicanálise

26, 27 e 28 de julho de 2016, CFH Sala 333 Coordenação PhD Márcio Pizarro Noronha (UFG) Professor e pesquisador universitário, psicanalista, escritor. Atua no campo de pesquisa interartes e transmidialidades e estudos dos processos de subjetivação na contemporaneidade. É Doutor em Antropologia – USP, em História - PUCRS, Mestre em Antropologia - UFSC, Professor Adjunto da Universidade Federal de Goiás. É Professor e pesquisador do PPG História - FH UFG. Líder do GP CNPq Interartes processos e sistemas interartísticos e Estudos de Performance.

Resumo O minicurso em questão tem como objeto de investigação a abordagem de diferentes interfaces entre o campo das teorias psicanaliticas e a história e as teorias das religiões. Deste modo, reconhece-se que os estudos em arte e religião e história da arte e história da religião envolvem a presença marcante de uma triangulação com os estudo dos fenômenos psíquicos, seja no viés da psicologia e da psicanálise, da história das mentalidades, da história do imaginário, da história das sensibilidades e da antropologia do imaginário. Neste aspecto, a triangulação da arte e da religião com as abordagens dos processos psíquicos – no viés das diferentes psicanálises e dos pensamentos pós-psicanalíticos – determinam um pensamento preocupado efetivamente em apreender e compreender os campos afins da lógica e da mágica, do pensamento racional e das diferentes místicas, da mística contida na obra de arte, da importância do estudo da performance, da teoria da percepção em sua dimensão inconsciente.

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MC4 - As manifestações religiosas no imaginário Pankararu

26, 27 e 28 de julho de 2016, CFH Sala 332 Coordenação Doutorando Valmir dos Santos Batalha, PUC-SP Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Iguaçu (2006), graduação em Filosofia pelo Centro Universitário Assunção (1995), graduação em Teologia pela Faculdade de Filosofia e Teologia Paulo VI (2010), graduação em Serviço Social pela Universidade do Tocantins (2012) e mestrado em Teologia pelo Centro Universitário Assunção (2004). Atualmente é professor do Governo do Estado de São Paulo e professor da Faculdade de Filosofia e Teologia Paulo VI. Tem experiência na área de Teologia e Ciências Sociais, com ênfase em Teologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação, Religião, ações sociais e povos indignas (Pankararu)

Resumo

Refletir sobre o universo simbólico, cultural e religioso dos índios Pankararu que através dos rituais da Corrida do imbu, Mesa de cura, Menino do Rancho e do Toré mantém unidos em torno dos Encantados tendo o mestre Guia como força maior. Os rituais praticados por essa sociedade revelam a organização social, política, religiosa e econômica da atualidade e de seus ancestrais.Como tantas outras etnias, os Pankararu foram aldeados por missões de catequização. Nos primeiros séculos de colônia, as missões religiosas foram a única forma de “proteção” que dispunham os índios. Os indígenas inicialmente foram agrupados em pequenas povoações, entre elas está a Vila Canabrava, hoje Município de Tacaratu (PE), localizada na região do Médio São Francisco, distante do Recife 453 Km.

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MC5 - Aspectos da História das relações entre religião, ciência e medicina

26, 27 e 28 de julho de 2016, CFH Sala 330

Coordenação PhD Angélica Aparecida Silva de Almeida, IF SUDESTE; Doutorando Marcelo Gulão Pimentel. UERJ Angélica Silva de Almeida é pós-doutora em História pela UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora. Professora IF Sudeste MG – Campus de Juiz de Fora. Marcelo Pimentel Doutorando em História pela UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professor de História do Colégio Naval.

Resumo

Estudos recentes têm questionado as narrativas simplistas de um inevitável e perene conflito entre ciência e religião. Os resultados têm demonstrado que estas relações têm sido bem mais complexas e multifacetadas. Nosso objetivo é proporcionar aos alunos e pesquisadores na área de história algumas questões teórico-metodológicas atuais, visando conhecer e analisar algumas das principais tendências da historiografia contemporânea na área das relações entre religião, ciência e medicina. Iremos utilizar alguns exemplos aplicados, relacionados à área científica, notadamente médica e psicológica: estudos de caso que refletem as relações entre ciência, história, medicina e religião nos séculos XIX e XX, com impactos na prática científica, clínica e no cotidiano.

Conteúdo programático: - Mitos entre as relações entre ciência e religião. - Pesquisas Psíquicas no Século XIX. - A psiquiatria frente aos fenômenos mediúnicos.

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MC6 - Candomblé, Umbanda e Neopentecostalismo: entre a intolerância e a

antropofagia ritual

26, 27 e 28 de julho de 2016, CFH Sala 317

Coordenação Doutorando Janderson Bax Carneiro, PUC-Rio Doutorando em Ciências Sociais na PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Bolsista da CAPES. Professor da Prefeitura Municipal de Armação dos Búzios.

Resumo

A despeito das especificidades que caracterizam as muitas expressões religiosas de matriz africana, o “povo de santo” partilha uma história marcada por perseguição e intolerância. Secularmente detratadas por autoridades clericais e científicas, essas religiões enfrentam, nos dias atuais, a ação persecutória empreendida por grupos Neopentecostais. Essa “guerra santa” não constitui um embate linear e dual. Trata-se de um processo permeado por tensões, ambivalências e circularidades de práticas e representações entre os nichos religiosos envolvidos. Neste minicurso, realizaremos uma discussão histórico-antropológica acerca dos sistemas simbólicos do Candomblé e da Umbanda, salientando os impactos da ação proselitista neopentecostal, assentada, em grande parte, no combate aos símbolos e práticas das religiões mediúnicas, mormente da Umbanda e do Candomblé. Sob essa perspectiva, mobilizaremos a bibliografia especializada bem como dados coletados nas nossas explorações etnográficas.

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MC7 - Diversidade sexual e Políticas do corpo: Análises acerca dos Direitos Humanos, Feminismo

Negro e governamentalidade da violência contra mulheres e silenciamentos da população LGBT no

Brasil e Moçambique

26, 27 e 28 de julho de 2016, CFH Sala 316 Coordenação PhD Idalina Maria Almeida de Freitas, UFRN Doutorando Paulo Fernando Mafra de Souza Junior, UFPE Idalina Almeida de Freitas é doutora em História pela PUC-SP Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Paulo Souza Junior é doutorando em Serviço Social pela UFPE - Universidade Federal de Pernambuco. Professor do IESRSA - Instituto de Educação Superior Raimundo Sá.

Resumo

O minicurso propõe reunir discussões teórico-metodológicas da Scientia Sexualis, na perspectiva f oucaultiana, e estudos da Teoria Queer sobre as Políticas de controle do corpo e disciplinamento das sexualidades. Justifica-se a partir das emergências de tensões discursivas entre a governamentalidade transnacional da violência contra mulheres e interdições discursivas da população LGBT nas políticas de saúde pública. As atividades serão ministradas em três momentos: I) Descrição do campo de pesquisa e teorias que constituem a diversidade sexual e políticas do corpo; II) Instrumentalização metodológicas da análise crítica do discurso; III) Caracterização da governamentalidade das violências e práticas políticas do corpo no contexto dos Direitos Humanos no Brasil e Moçambique. Será utilizado equipamentos audiovisuais.

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MC8 - Introdução à Arqueologia da Religião

26, 27 e 28 de julho de 2016, CFH Sala 315

Coordenação Pós-doutorando Filipe de Oliveira Guimarães, UFABC Pesquisador Doutor Colaborador na UFABC em Relações Internacionais. Doutor em Ciências da Religião pela UMESP (financiamento FAPESP). Mestre em Ciências das Religiões pela UFPB-UMESP (financiamento PROCAD). Graduado em Administração de Empresas pela UFPB, com ênfase em Planejamento Estratégico Participativo. Músico segundo a Ordem dos Músicos do Brasil. Fez curso complementar de Arqueologia na Universidade Hebraica de Jerusalém, com participação nas escavações em Magdala. Responsável em desenvolver e implantar a Arqueologia da Religião no Brasil. Realizou estágios de pesquisa em Universidades do Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, África, Israel e Japão.

Resumo A Arqueologia da Religião (A.R.) surge recentemente como uma vertente, ou braço especializado, da Arqueologia, cujo interesse é estudar o aspecto religioso de sociedades antigas partindo do Produto Artístico da Religião (PAR). O Objetivo deste minicurso é oferecer as bases da pesquisa em Arqueologia da Religião, capacitando os participantes a desenvolverem estudos hermenêuticos, ou semióticos, a partir de imagens de artefatos, stelas, monólitos, etc. A A.R. além de fornecer elementos auxiliadores na busca por compreensão do fenômeno religioso antigo, como, por exemplo, a postura violenta dos seres humanos baseado em suas crenças religiosas, tem como finalidade secundária gerar material comparativo que agregue mais informações ao estudo do fenômeno religioso contemporâneo. Conteúdo Programático 1º Encontro: Um pouco de Arqueologia 2º Encontro: A Arqueologia da Religião 3º Encontro: Metodologia da Arqueologia da Religião (MAR).

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MC9 – Libertação e Ecologia: a mudança para o novo paradigma ecológico em Leonardo Boff

26, 27 e 28 de julho de 2016, CFH Sala 312

Coordenação PhD Carlos José Beltrán Acero (Fundación Universitária Bautista) Me. Humberto Ramos de Oliveira Jr (UMESP)

Carlos Acero é Doutor em Ciências da Religião pela UMESP - Universidade Metodista de São Paulo. Professor de Teologia na Fundación Universitária Bautista. Humberto Oliveira é Mestre em Ciências da Religião pela UMESP - Universidade Metodista de São Paulo.

Resumo

Assistimos ao adensamento da participação de religiosos militantes na política institucional, com consequentes efeitos no âmbito normativo-político. O momento requer maior atenção ao tema da laicidade e religião na esfera pública. Pretende-se então abordar o conteúdo de modo a ofertar aos participantes informação e reflexão atenta acerca do assunto. Tratar-se-á: conceito de Laicidade, seu desenvolvimento e seus desdobramentos para as dimensões sociopolíticas; contextualização histórica dos processos de secularização da Europa e América Latina, com posterior ênfase no Brasil, discutindo as relações mantidas pelo Estado com a Igreja Católica (religião hegemônica) e também as religiões em geral (minoritárias); a crise das instituições, suas consequências sociopolíticas, e serão debatidas as demandas de grupos “minoritários” e defensores dos Direitos Humanos em geral na contemporaneidade, levando-se em conta questões como: recrudescimento de grupos conservadores e a luta por direitos.

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MC10 – Mito, alimentação e plantas mágicas na Escandinávia Medieval

26, 27 e 28 de julho de 2016, CFH Sala 323 Coordenação Ma. Luciana de Campos, UNESP-FRANCA Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995), mestrado em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998) e atualmente é doutoranda em Letras pela UFPB. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Literária Medieval, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura medieval, literatura medieval portuguesa e francesa, literatura e mitologia nórdica, mitologias celestes e Etnoastronomia na Antiguidade. Também desenvolve pesquisa e experimentos sobre gastronomia histórica dos povos germânicos tendo como base para essa pesquisa a literatura alto medieval. É membro dos seguintes Grupos de Pesquisa cadastrados no CNPq: NEVE, NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, GIEM, Grupo Interdisciplinar de Estudos Medievais (UFPB) e CEIA Centro de Estudos Interdisciplinares da Antiguidade (UFF).

Resumo A utilização de alimentos, bebidas e plantas em rituais mágico-religiosos acompanha o ser humano desde a pré-história. O processamento de alimentos (plantação, colheita e armazenamento) era muitas vezes precedido de rituais que garantiriam a sua efetivação, as bebidas fermentadas principalmente o vinho, o hidromel e a cerveja também eram consagrados aos deuses, conferindo assim a eles sacralidade desde a sua elaboração até o seu consumo. Com as plantas ocorre um processo semelhante, pois muitas delas têm seus nomes associados as deusas e são a elas relacionados, demostrando assim o seu caráter religioso. O objetivo do curso é o estudo da sacralidade de alimentos e plantas nos mitos e ritos da Escandinávia Medieval (pré-cristã e cristã), utilizando as perspectivas da História Cultural das Religiões e da História da Alimentação. Conteúdo: 1º. dia: Alimentação e sagrado; 2. Bebidas e sagrado; 3. Plantas mágicas.

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MC11 – Mulher, homossexualidade e a ideia de violência no hinduísmo

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 201 Coordenação PhD Arilson Silva de Oliveira (Universidade Federal de Campina Grande) PhD Gisele Pereira de Oliveira (UPE)

Arilson Silva de Oliveira é doutor em História pela Universidade de São Paulo e Professor na Universidade Federal de Campina Grande. Gisele Pereira de Oliveira é doutora em Letras pela UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Professora na Universidade de Pernambuco.

Resumo

Os discursos modernos e recheados de orientalismos diversos em torno das religiões mundiais indianas (como o hinduísmo), nos leva a propor o presente minicurso, tendo como objetivo uma análise sócio-histórica (antiga e moderna) da indologia religiosa, suas inquietações, embates e legados sobre a mulher, o homossexual e os animais; os quais serão “olhados” pelo viés da transvaloração própria do hinduísmo e suas vertentes que, quase sempre, incomodam os valores ocidentais vigentes. Para tanto, discutir-se-á a diversidade das castas, a posição da mulher e dos homossexuais na sociedade em geral e nos ritos. Conteúdo Programático: 26/07 – A divisão tradicional das castas indianas e seu legado religioso a) As castas no hinduísmo: origens míticas, desenvolvimento e diversidades. 27/07 – A posição mítico-religiosa da mulher no hinduísmo 28/07 – As diversidades social e mítica da homossexualidade no hinduísmo.

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MC12 – O cristianismo e suas formas de veridicção: apontamentos conceituais e

metodológicos a partir de Michel Foucault

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 203 Coordenação Doutorando Gustavo Capobianco Volaco, UFSC; Doutorando Rafael Araldi Vaz, UFSC; Doutorando Rodrigo Diaz de Vivar y Soler UNISINOS Gustavo Capobianco Volaco é doutorando em Literatura pela UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina e Professor na FACVEST. Rafael Araldi Vaz é doutorando em História na UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina e Professor na FACVEST. Rodrigo Vivar y Soler é doutorando em Filosofia na UNISINOS e Professor no Centro Universitário Estácio de Sá/SC.

Resumo Propusemo-nos a pensar nesse minicurso as relações conceituais e os operadores metodológicos empregados por Foucault em relação ao cristianismo e suas formas de veridicção. Percorrendo a porosidade textual de alguns de seus livros é que podemos encontrar um processo analítico fecundo que irá compreender as múltiplas experiências possíveis do cristianismo como um domínio próprio ao campo da estética, da política e da ética para pensarmos as estratégias de saber, as práticas de poder e os processos de subjetivação relacionados a essa doutrina. Deste modo, pretendemos explorar nesse curso os conceitos de exame de consciência, confissão, tecnologia do poder pastoral e parresía como ferramentas utilizadas por Foucault da correlação entre essas formas de veridicção e uma possível história do cristianismo e das religiosidades.

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MC13 – O Diabo na Bíblia e na literatura ocidental

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 204

Coordenação PhD Salma Ferraz, UFSC Mestrado em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995) e doutorado em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002). Cursou o Pós Doutorado na Universidade Federal de Minas Gerais (2008). Bolsista da Fundación Carolina na Universidad Autónoma de Madrid (2009). Atualmente é professora Associada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e atua na Pós Graduação orientando projetos de pesquisa na área de Teopoética, estudos comparados entre Teologia e Literatura. Dirige o NUTEL, Núcleo de Estudos comparados entre Teologia e Literatura sediado na UFSC, em Florianópolis, Santa Catarina.

Resumo O presente minicurso pretende analisar a trajetória de Lúcifer/Santanás/Diabo no Primeiro e Segundo Testamento bíblicos, bem como sua migração para a Literatura Ocidental. Justifica-se esta temática uma vez que o Diabo apresenta-se como fenomenal personagem de papel, de ficção em obras da Literatura Ocidental tais como: O Auto da Barca do Inferno (Gil Vicente), O Evangelho segundo Jesus Cristo de José Saramago, Grande Sertão Veredas de Guimarães Rosa, nos contos Nostalgia do Amor Ausente de Valmor Santos, O Sermão do Diabo e a Igreja do Diabo de Machados de Assis, Eu e Bebu e a Hora Neutra da Madrugada de Rubens Braga e em diversas obras de literatura infantil, tais como O cabelo de Ouro do Diabo, o Moinho do Diabo, A Diaba e sua filha de Marie Ndiaye. Conteúdo Programático: 26.07 - Visão geral do Diabo No Primeiro e Segundo Testamento; 27.07 - O Diabo na Literatura Ocidental - Romance e contos; 28;07 - O Diabo na Literatura Infantil.

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MC14 – O Direito Internacional dos Direitos Humanos para a população LGBT+ e suas

implicações jurídicas no Brasil

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 205

Coordenação Ma. Tatiana de Souza Sampaio, Universidade Veiga de Almeida Possui graduação em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2002), pós graduação em Relações Internacionais pela Universidade Cândido Mendes (2003) e mestrado em História Política, com ênfase em Relações Internacionais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2008). Trabalhou com gestão de projetos da juventude e coordenou a Assembléia Mundial da Juventude Urbana na ONU-HABITAT. Foi professora de Relações Internacionais da UniBennett. Coodernou e lecionou no curso de Relações Internacionais da UniverCidade. Atualmente, leciona na Universidade Veiga de Almeida e Centro Universitário IBMR. Enfatiza os estudos de segurança internacional, direitos humanos, teoria das relações internacionais e organizações internacionais.

Resumo

O minicurso visa esclarecer as garantias jurídicas já aprovadas para a população LGBT+ e os desafios encontrados no Brasil e no mundo para a plenitude desses direitos. Para tal, o curso será dividido em: 1) Uma evolução histórica do Direito Internacional dos Direitos Humanos e os direitos LGBT+ no cenário internacional 2) A política brasileira para a garantia dos direitos LGBT+ 3) Os principais desafios contemporâneos na promulgação de direitos LGBT+ no Brasil O objetivo desse minicurso é contribuir para uma análise acadêmica não apenas da atuação desse grupo na política de direitos humanos, mas na sua atuação na esfera institucional do Estado e na sua capacidade de modificar e influenciar o comportamento estatal em suas políticas internas e externas. Tal análise é justificada na luta pelos direitos dessa minoria e na influência crescente desse debate no cenário contemporâneo.

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MC 15 – O genocídio indígena e a comissão interamericana de direitos humanos: Uma análise

dai Influência e efetividade na proteção de direitos dos povos indígenas no Brasil

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 206 Coordenação Doutoranda Carla Vladiane Alves Leite, PUC-PR Doutoranda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR, Mestre em Direito Ambiental pela Universidade do Estado do Amazonas. Especialista em Direito do Trabalho e Previdenciário e Especialista em Direito Penal e Processo Penal pelo Centro de Ensino Superior do Amazonas. Graduada em Direito pela Universidade Luterana do Brasil. Graduanda em Administração pela Universidade Federal do Amazonas. Pesquisadora vinculada ao Grupo de Pesquisa Meio Ambiente: Sociedades Tradicionais e Sociedade Hegemônica (PUC/PR), ao Grupo de Pesquisa Avá Guarani (PUC/PR) e ao Grupo de Pesquisa Estado, Economia, Política e Sociedade - URCA. Associada ao Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito (CONPEDI).

Resumo A longa luta dos povos indígenas em defender seus direitos é algo que preocupa os estudiosos e protetores, principalmente na América, pois há inúmeras desigualdades e conflitos em torno dessa luta, além da violação dos Direitos Humanos sofrida pelos povos Indígenas, fato que no Brasil não seria diferente. É grande a lista de abusos sofridos por esses povos, em sua maioria, repressão e violência, onde comunidades inteiras não têm a proteção de seus direitos garantidos e lhes são negados o acesso às suas terras, ferindo preceitos na Constituição Federal e da Convenção da OIT 169, dispositivos que protegem seus direitos tradicionais e territoriais. Esses fatos, além do genocídio sofrido pelos povos indígenas, ferem os Direitos Humanos desses povos, fazendo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos intervir na questão. A partir desta ótica e dado este quadro socio-ambiental fica evidente a importância da busca na efetivação em proteger os direitos dos povos indígenas.

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MC16 – O Orfismo, a filosofia e o masculino: práticas órficas e pitagóricas no período clássico

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 207

Coordenação Doutoranda Milena Tarzia Barbosa da Silva, UNESP Professora Universitária, Coordenadora do Curso de Direito da FASC/OAPEC, Doutoranda em História pela UNESP-Assis, Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Advogada (Bacharel em Direito pela Universidade Estadual de Maringá - UEM), Graduada em Filosofia pela Universidade Metodista de São Paulo. Graduanda em História (UNIP). Possui experiência em História da Filosofia, Filosofia do Direito, Existencialismo, Ética, Filosofia Antiga e Mitologia (Tragédia). Atualmente, pertence a o Corpo Docente da Faculdade de Direito de Santa Cruz do Rio Pardo (OAPEC ENSINO SUPERIOR), ministrando as disciplinas: História do Direito, Antropologia e Direito, Sociologia Geral e Jurídica, Fundamentos de Filosofia Geral do Direito, Filosofia do Direito, Projeto de Monografia e Metodologia da Pesquisa jurídica.

Resumo O presente minicurso visa a apresentar algumas práticas e conceitos que dizem respeito ao universo órfico e ao pitagórico, destacando as diferenças entre as seitas e identificando quais foram os papéis do masculino e do feminino nos mistérios, especialmente no contexto do período clássico. Pretende-se discutir os possíveis aspectos filosóficos das seitas e o papel dos gêneros nesta conjuntura. O minicurso dispõe-se a fornecer subsídios para os pesquisadores da área da História Antiga e está estruturado em três etapas: no primeiro dia de curso, haverá uma introdução ao contexto, à religião órfica e ao pitagorismo, a partir de suas práticas, ritos e mitos. No segundo dia de curso, haverá discussão entre os mistérios e as origens da filosofia, apontando-se as diferenças entre as práticas, suas heranças e seus legados. Por fim, no último dia de curso, almeja-se contribuir para a compreensão da função dos gêneros nestas práticas religiosas, partindo-se da análise do papel do masculino.

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MC17 – "Se é prá ir pra luta eu vou": Pastoral da Juventude como expressão do Cristianismo da

Libertação

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 209 Coordenação Me. Joilson de Souza Toledo, PUC GO Cursou Gestão Pastoral no Instituto Santo Tomás de Aquino (ISTA) em Belo Horizonte/MG de 2007 a 2009. Possui graduação em Teologia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora/MG (2010-2011). Pós-Graduado em Formação para a Vida Religiosa pela Escola Superior de Espiritualidade e Teologia Franciscana em Porto Alegre/RS (2012-2013). Tem experiência nas áreas de Teologia e Ciências da Religião, com ênfase em Juventudes, Hermenêutica Bíblica, Planejamento Pastoral, Teologia da Vida Religiosa Consagrada, Fenômeno Religioso e Religiões de Matriz Africana. Atua na Assessoria da Pastoral da Juventude (PJ) tendo trabalhado em vários estados do Brasil. Colabora na formação de lideranças e na produção de subsídios para jovens. Participou da Comissão Nacional de Assessores da PJ de 2011-2013.

Resumo

A Teologia da Libertação marcou de forma significativa a caminhada da Igreja Católica no Brasil. Nas décadas de 70 e 80 teve seu ponto alto. Entretanto continua sendo um elemento inspirador de militâncias e escolhas na vida de vários grupos cristãos no alvorecer do século XXI. Em sua obra A Guerra dos Deus Michael Löwy (2000) ao abordar a ação militante das igrejas apresenta o conceito de Cristianismo da Libertação. Tomando por base esta compreensão Flávio Sofiati (2012) em sua pesquisa de mestrado a aborda enquanto Juventude da Teologia da Libertação. Neste minicurso ao apresentar a trajetória a PJ reconhecer configurações que o Cristianismo da Libertação foi tomando no desenrolar da história nas ações e sistematização desta organização de jovens católicos.

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MC18 – Sexo, gênero e orientação sexual: funções e disfunções na sociedade contemporânea

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 210 Coordenação Ma. Letícia Lanz, UFPR Psicanalista, Poeta, Escritora e Pensadora. Mestra em Sociologia pela UFPR e Especialista em Gênero e Sexualidade pela UERJ, formou-se também em Economia e fez mestrado em Administração de Empresas na UFMG, tendo atuado por 30 anos como Consultora na área de Recursos Humanos, Desenvolvimento Gerencial e Desenvolvimento de Equipes de Trabalho, em organizações públicas e privadas do país e do exterior. Fez diversas especializações no exterior, entre elas nas áreas de Saúde e Forma Física (Londres) e de Desenvolvimento de Pessoas (Tóquio). Fundou o Movimento Transgente, que congrega hoje uma parcela bastante representativa da população transgênera do país. Mantém, desde 2006, o “Arquivo Transgênero” (www.leticialanz.org), um dos sites mais acessados em língua portuguesa para informações, suporte e ajuda em questões transgêneras, expressão de identidades gênero-divergentes e diversidade de gênero. Em 2013, tornou-se a primeira pessoa a receber o prêmio Cláudia Wonder, concedido por Entidades de Defesa das Pessoas Transgêneras do Estado de São Paulo, como foi também, em 2014, a primeira pessoa transgênera a obter o grau de Mestre pela Universidade Federal do Paraná.

Resumo

Origens do gênero: diferenças anatômicas como produtoras/mantenedoras das diferenças e desigualdades de gênero. Transgênero x cisgênero: conformidade x transgressão das normas de conduta de gênero. A pessoa transgênera como doente e/ou delinquente. Origens do estigma social sobre a condição transgênera. Travestismo ritual e prostituição sagrada. Sexo, gênero e orientação sexual. O mito do sexo "biológico": macho, fêmea, intersexuado e nulo. A construção social do gênero: homem/ mulher ou masculino/feminino. Gênero como discurso: performance e performatividade de gênero. Orientação sexual: homo, hetero, bi, assexual e pansexual; ginecófilo, androcófilo, androginecófilo, assexual e parafílico. Formação e manifestação da identidade de gênero. Papéis e expressão de gênero. Identidades transgêneras (transexual, travesti, crossdresser, andrógino, transformista, dragqueen, etc). O fim do gênero como mecanismo de produção de desigualdades entre os seres humanos.

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MC19 – Técnicas na Pesquisa Fenomenológica do Turismo Religioso

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 211 Coordenação PhD Christian Dennys Monteiro de Oliveira, UFC Pós-Doutor em Geografia Humana pela Universidade de Sevilha (Espanha) em 2011; e, em Turismo, pela Universidade de São Paulo (Brasil), em 2005. Doutor (1999) e Mestre (1993) em Geografia Humana (FFLCH-USP). Geógrafo (CREA-CE 42106) e Licenciado pela mesma Faculdade, atua como Professor Associado, no Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (Cursos de Graduação, Mestrado e Doutorado). Pesquisador nas temáticas: Imaginário Geográfico (Representações), Patrimônio Religioso (Festividades) e Lugares Simbólicos (Santuários). Integra a Rede de pesquisas do Núcleo d e Estudos em Espaço e Representações (NEER) e é membro da Conference of Latin Americanist Geographers (CLAG). No Laboratório de Estudos Geoeducacionais (LEGE) da UFC, desenvolve e orienta projetos em, Mídias e Artes Educativas, Geografia Cultural,e Lugares Simbólicos a partir da Religião, do Turismo e da Questão Patrimonial. É Editor-chefe da Revista eletrônica GEOSABERES e Coordenador do Grupo de Pesquisa COMPARE (Comunicação Patrimonial e Representações do Espaço), onde desenvolve o projeto: Estratégias da Irradiação Devocional Mariana - Formação de Banco de Dados e Imagens na Tipologia de Municípios/Santuário como subsídio à Política de Patrimônio Religioso (2014/2016), com financiamento do CNPq e Capes.

Resumo O projeto de minicurso advém das experiências de orientação e pesquisas com Dinâmicas dos Lugares simbólicos (Santuários), nos trabalhos dos Laboratórios de Estudos Geoeducacionais e Patrimoniais (LEGE-UFC). Visa desenvolver desafios técnicos para coleta de material preliminar na reorganização de projetos e relatórios de pesquisa com base nas metodologias qualitativas, fundamentadas na Fenomenologia Hermenêutica; e readaptadas às pesquisas no campo do Turismo Religioso. Pretende apresentar, a partir de uma introdução contextual dos trabalhos desenvolvidos no laboratório com as devoções marianas, um conjunto de quatro técnicas adaptáveis à investigação dos lugares envolvidos com turismo religioso. São elas: questionários propositivos, escutas e escritas, fotografias compostas e mapas conceituais. O trabalho do minicurso pode ser modelado em de 4 a 8 horas de atividades, dependendo do tempo previsto para sua realização.

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MC20 – Temas de Religiosidade Nórdica Pré-Cristã

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 213

Coordenação Doutorando Flávio Guadagnucci Palamin (Universidade Estadual de Maringá) PhD Johnni Langer (UFPB) Me. Munir Lutfe Ayoub (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Flávio Guadagnucci Palamin é doutorando em História pela Universidade Estadual de Maringá e Professor do Governo do Estado de São Paulo. Johnni Langer é Doutor em História pela UFPR - Universidade Federal do Paraná e Pós-Doutorado em História Medieval pela USP – Universidade de São Paulo. Coordenador do NEVE: Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos. Professor permanente na UFPB. Munir Lutfe Ayoub é mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e estudante na mesma instituição.

Resumo

Os estudos envolvendo a Religiosidade Nórdica Antiga vem recebendo novas perspectivas, olhares diferenciados e estudos inovadores, especialmente em nosso país. O objetivo deste curso é apresentar ao grande público algumas das novidades conceituais e teóricas a respeito das crenças pré-cristãs na Escandinávia Medieval, dando especial ênfase às investigações da Arqueologia das Religiões e da História Cultural das Religiões. Nossas principais fontes a serem abordadas envolvem a cultura material das religiosidades politeístas e as fontes literárias da mitologia nórdica. Conteúdo programático: - Primeiro dia: Simbolismos religiosos na cultura material - Arqueologia, iconografia e monumentos nórdicos do período das migrações ao final da Era Viking (Johnni Langer). - Segundo dia: Sepultamentos e crenças na vida após a morte durante a Era Viking (Munir Ayoub). - Terceiro dia: Fontes literárias da mitologia nórdica: compreendendo os mitos além das Eddas (Flávio Guadagnucci Palamin).

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MC21 – Teoria e Metodologia em História do Esoterismo Ocidental

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 217 Coordenação Me. Marcelo Leandro de Campos, PUC-Camp Me. Otávio Santana Vieira UFPB Marcelo Leandro de Campos é Mestre em Ciências da Religião pela PUC-Camp Pontifícia Universidade Católica de Campinas e é historiador na mesma instituição. Otávio Santana Vieira é Mestre em Ciências das Religiões pela UFPB – Universidade Federal da Paraíba.

Resumo

A proposta desse minicurso é de apresentar e discutir as linhas teórico-metodológicas para a análise e produção de trabalhos científicos dentro do âmbito da História do Esoterismo Ocidental, bem como uma visão panorâmica de sua produção historiográfica, destacando seus principais autores e as temáticas trabalhadas hoje na academia. Objetivo: apresentar aos pesquisadores brasileiros uma breve exposição panorâmica sobre o campo de História do Esoterismo Ocidental, suas principais contribuições conceituais e metodológicas e o estado atual do debate, com ênfase para os trabalhos que se debruçam sobre o esoterismo na América Latina. Delimitação do tema: breve historiografia dos estudos sobre História do Esoterismo Ocidental; apresentação de suas principais propostas conceituais e metodológicas; estado da arte dos estudos sobre história do esoterismo na América Latina e seus impactos e

influência socioculturais.

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MC22 – Trajetória do empoderamento político da mulher brasileira

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 223 Coordenação Me. Agenor Francisco de Carvalho, UFMS Graduado em Pedagogia - AVEC (1994), e Letras pela Universidade Federal de Rondônia (2006), Mestre em Educação e Linguagem pela Associação Vilhenense de Educação e Cultura (2002). Professor assistente da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS/CPCX. Foi professor de língua Portuguesa do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Rondônia - IFRO/CPCOL. Foi professor e instrutor de linguagens e comunicação em cursos profissionalizantes - SENAI - Instituto Euvaldo Lodi - Departamento Regional de Rondônia. Professor universitário, foi secretário municipal de saúde e secretário municipal de trânsito de Vilhena-RO, militar da reserva. Tem experiência na área de Defesa, Segurança e cidadania; educação, legislação, Relações Humanas, gestão de sistemas de segurança pública e técnicas de ensino.

Resumo

Delimitação: este minicurso tem a finalidade de apresentar a participação da mulher na política do final do século XVIII à contemporaneidade. Propõe-se a reflexão para a formação política da mulher a fim de engajamentos nos movimentos sociais e partidários. Justifica-se por perceber a reduzida participação da mulher na política, dada a sua singularidade, bem como a resistência masculina existente na sociedade brasileira. Independentes de suas épocas, as mulheres foram submetidas a uma sociedade machista, ousaram e motivaram a presença na política brasileira. Objetivo: Identificar a participação da mulher – fim do século XVIII até a contemporaneidade; refletir sobre a luta da mulher que se engajou na luta por sociedade democrática; incentivar a participação da mulher na política. Conteúdo Programático: I - História da participação da mulher na política; Evolução da Legislação; II – Violência e Formação Política da Mulher; III - Avanços da presença da mulher na política; Sonhar com um mundo melhor.

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MC23 – Transaberes & Espiritualidade: física moderna, filosofia e a emergência de um

novo re-ligare

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 225 Coordenação PhD Nelson Job Vasconcelos de Carvalho, UFRJ Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2000), doutor e pós-doutorando em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor e psicólogo. Lançou o livro "Confluências entre magia, filosofia, ciência e arte: a Ontologia Onírica". Tem experiência na área da Filosofia da Diferença, História da Ciência, Psicologia Analítica e transdisciplinaridade.

Resumo

Delimitação: a tecitura da filosofia de Plotino e Bergson, postas em ressonância com a Mecânica Quântica (MQ), Teoria do Caos e Cosmologia promovem uma compreensão contemporânea do que entendemos por espiritualidade Justificativa: a popularização da MQ promoveu uma série de más compreensões do fenômeno, gerando diversas e equivocadas interpretações espiritualistas. Urge trazer consistência para a discussão Objetivos: construir consistência epistemológica e ontológica para a discussão transdisciplinar acerca da espiritualidade Conteúdo Programático: 1) Do neoplatonismo à filosofia da diferença e relação conceitual entre Spinoza e a Advaita Vedanta e seus desdobramentos. 2) Como Bruno, Kepler e Newton se inspiram no Hermetismo e seus desdobramento na Mecânica Quântica, Teoria do Caos e Cosmologia hoje. 3) Como todos esses saberes dialogam com a espiritualidade hoje em dia: a criação de transaberes e do vortex.

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MC24 – Vodou Haitiano: filosofia, religião, história e intolerância

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 226

Coordenação Me. Marcos Verdugo, Instituto Encanteria Possui graduação em Cinema e Filosofia pela Universidade de São Paulo e cursa mestrado em Ciência da Religião na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Cursou a especialização em Língua e Cultura Iorubá no Ifá Heritage Institute, Oyó, Nigéria. Trabalha como pesquisador e produtor cultural desenvolvendo projetos sobre religiosidade afro-brasileira e culturas populares. É diretor do Instituto Encanteria.

Resumo Este minicurso propõe uma introdução ao universo do Vodou Haitiano. Para tanto, serão abordados os principais conceitos da filosofia e da religião que envolvem o universo do Vodou, a relação entre a história do Haiti e o Vodou, sobretudo, através do mito inicial da Revolução do Haiti e, por fim, a problemática da intolerância religiosa nos discursos culturais e missionários dentro do país. A ideia de apresentar uma introdução ao universo do Vodou surg e se justifica pela grande presença de haitianos que chegam no Brasil e, portanto, a compreensão das dimensões religiosas, filosóficas, sociais, culturais e políticas marcadas, na história do Haiti, por uma interlocução ora positiva ora negativa em relação ao Vodou, podem nos revelar pontes interculturais de aproximação entre brasileiros e haitianos, bem como, ampliar a compreensão acadêmica sobre um aspecto fundamental da cultura do Haiti.

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Oficina 1 - Arteterapia com Mandalas

26 de Julho de 2016, CFH Sala do DICH

Coordenação Priscilla Pessôa de Lima (UFSC) Mestranda em História Cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina e Bolsista da CAPES.

Resumo Universalmente, esses lindos círculos repletos de cores, diferentes formas e detalhes, conhecidos como mandalas, simbolizam a totalidade, a integração e a harmonia. A mandala pode ser utilizada de vários modos: desenvolvimento pessoal, desenvolvimento espiritual, promover curas, harmonização de pessoas e ambientes, rituais, magia, dança, decoração, arte, arquitetura. Podemos dizer que a mandala serve para ativar, energizar, irradiar, concentrar, absorver, transformar, transmutar, curar e espiritualizar as pessoas que trabalham com elas, um ambiente que se quer fazer especial ou até mesmo para algo que se quer alcançar. No budismo tibetano, as mandalas são confeccionadas com o intuito da meditação, através da vibração que emitimos ao criarmos esses lindos círculos, conseguimos esvaziar nossas mentes, nos permitindo simplesmente ser, transmutando para aquele desenho nossos sentimentos verdadeiros e recebendo uma grande cura interior. Na área terapêutica foi Jung quem trouxe as mandalas para os consultórios. Seus primeiros desenhos eram somente desenhos circulares e ele não compreendia seus significados. Porém, dois anos depois observou que havia um padrão em suas mandalas e caso estivesse em conflito desenhava uma mandala alterada. Hoje em dia a mandala é usada na psicologia junguiana e transpessoal e por terapeutas que trabalham com desenvolvimento pessoal. É um trabalho simples, mas ao mesmo tempo profundo, pois as mandalas vão colocando, de forma sutil, no lugar certo aquilo que se encontrava fora de lugar. Vamos então nos integrarmos em uma oficina para aprender a confeccionar essas lindas mandalas, nos conhecendo, nos harmonizando e nos curando através da arte e da geometria sagrada. O que preciso levar? Terá matérias de confecção no local, levados pela facilitadora da oficina, mas como materiais artísticos nunca são demais, quem tiver pode levar, folha de ofício, compasso, réguas, transferidor, lápis de cor, canetinhas coloridas, lápis de escrever, colas coloridas, tintas e pinceis, ou o material que sentir para confeccionar uma linda mandala!

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Oficina 2- As encantarias da Serpente dançadas na Árvore da Vida

26/ 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 226

Coordenação Alexandre da Silva Nunes (UFG) Márcio Pizarro Noronha (UFG) Maria Cristina de Freitas Bonetti (UFG) Alexandre da Silva Nunes é Doutor em Artes Cênicas, pela Universidade Federal da Bahia - UFBA e Professor Adjunto da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás. Márcio Pizarro Noronha é Doutor em História e Antropologia pela PUCRS e pela USP, sendo docente adjunto na UFG. Cristina Bonetti é pós-doutoranda em História pela UFG e Professora na Universidade Estadual de Goiás.

Resumo A “Árvore da Vida” é uma árvore sagrada, podendo ser considerada uma alegoria do Paraíso. Encontrada em registros das antigas religiões tradicionais, faz parte do imaginário idílico que dialoga com a serpente em diversas culturas e tradições sapienciais. O objetivo principal é realizar uma releitura da polissemia da serpente na Literatura em diálogo com a Dança Sagrada, bem como nos reportamos aos sinais e traços mais expressivos encontrados na ‘mitoarqueologia’ e, mediante uma hermenêutica simbólica, dançaremos a Serpente na Árvore da Vida como metáfora na tradução da sua metamorfose artística e celebrativa de diversos povos. A oficina é, pois, fundamentada na mitologia, no simbolismo e na arte como pressupostos para fazer os nexos entre a filosofia, a história, a sociologia, a antropologia, a arqueologia e o sagrado nas danças tradicionais e folclóricas, como trama sincrética que apresenta a camuflagem da Serpente, e esta sobrevive nos atos das Danças Circulares Sagradas.

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Oficina 3 – Cozinha e Feminismo

26 de julho de 2016, CCE Sala 227

Coordenação Ana Clara Tomaz Carneiro (Universidade Federal do ABC) Paulo Henrique de Melo Ferreira (Universidade Federal do ABC) Vitória Melo Ribeiro (Universidade Federal do ABC)

Ana Clara Tomaz Carneiro é Graduanda do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e Humanidades da Universidade Federal do ABC. Paulo Henrique de Melo Ferreira e Graduando do Bacharelado de Ciências e Tecnologia na UFABC. Vitória Melo Ribeiro é Graduanda em Engenharia Ambiental e urbaba na UFABC.

Resumo

Visamos discutir questões de gênero relacionadas à cozinha, identificando elementos que dizem a respeito à forma como é tratada a sexualidade feminina. Observa-se que há, com grande freqüência, comparações relativas ao ofício de cozinhar que dizem respeito a um papel social definido, assim como o local pertencente a mulher. Nosso objetivo é discutir as opressões sofridas pelas mu lheres nesse âmbito. A oficina (2 horas/ 1 dia) será desenvolvida por uma dinâmica na qual os participantes serão personagens, com uso de pequenas fantasias como bigodes e aventais, havendo uma troca de papéis entre homem e mulher. Os participantes serão chamados a vivenciar situações cotidianas onde há opressão feminina relacionada ao ambiente da cozinha. A intenção é de observar a troca de poder - da mulher oprimida e do homem agente da opressão, fazendo com que os homens assumam o papel que as mulheres vivem cotidianamente. Utilizaremos filmes, poemas e músicas que tenham como pano de fundo a cozinha.

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Oficina 4 – Criando e (re)criando Identidades

26 e 27 de julho de 2016, CCE Sala 228

Coordenação Déborah Alves de Santana (Universidade do Minho) Mestranda em Sociologia pela Universidade do Minho – Braga – Portugal.

Resumo

Este trabalho tem como objetivo geral analisar como os docentes homossexuais gerem a sua identidade através das interações que mantêm no seu ambiente de trabalho. Baseia-se no conceito identidade sob a teoria de Estigma e da Representações do Eu na Vida Cotidiana Goffman (1988, 1975) e Espelhos e Máscaras Strauss (1999), entendendo que existe uma “manipulação” da mesma para com os sujeitos que “diferem” das expectativas sociais. Esta oficina acontecerá em dois momentos: No primeiro dia será proposto um debate sobre como os docentes lidam com a (in) visibilidade da sua identidade sexual em um espaço de silenciamento de outras formas de sexualidade que não seja a heterossexual. No segundo dia, através da dinâmica “Criando e (re)criando Identidades”, discutir como os docentes vivenciam suas identidades “silenciadas” no seu cotidiano.

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Oficina 5 - (Des)princesar: por uma educação não sexista

26 de Julho de 2016, CCE Sala 225

Coordenação Luana Borges Lemes (UFSC) Mestranda em História Cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina e Bolsista da CAPES.

Resumo A educação familiar é um dos pilares decisivos em nossas percepções enquanto indivíduos sociais, que se soma aos fatores de personalidade e entorno de vivências. Por isso, é importante que a família ensine às crianças sobre direitos igualitários entre os gêneros, com preceitos feministas e métodos adequados a cada idade, orientando comportamentos não sexistas, bem como visões democráticas sobre a pluralidade social e humana. Assim, a oficina (Des)princesar busca realizar brincadeiras e reflexões a fim de provocar reflexões nas crianças, desconstruindo o universo sexista e romantizado imposto a meninas e meninos, de princesas frágeis e delicadas e de príncipes corajosos e dominantes. Desse modo, mostra-se novas possibilidades independente de gênero ensinando, ao mesmo tempo, a importância do respeito ao espaço e decisões na vida do outro(a).

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Oficina 6 – Direitos Humanos no Tibete: o legado violento da colonização chinesa – convite libertário

26 e 27 de julho de 2016, CCE Sala 231

Coordenação Sandra Sassetti Fernandes Erickson (UFRN) Pós-doutora em Letras pela UFPB – Universidade Federal da Paraíba e Professor de teoria e crítica literária na UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Resumo

Contextuaremos a ocupação do Tibete entre as lutas anticoloniais na agenda das culturas democráticas do mundo. Propomos: 1. Apresentar a história da ocupação do Tibete, as estratégias utilizadas pelo Movimento Free Tibet e as oportunidades para pessoas se educarem e engajar em apoio ao povo do Tibete contra o genocídio, ecocídio e etnocídio impostos pela ocupação chinesa; 2. vivências e práticas de intervenções pacíficas sob a égide “O Mundo Possível” da pedagogia libertária e suas linguagens não violentas. Esse mundo se resume nas palavras-conceitos inscritas na Constituição da Bolívia: o caminho nobre: bem viver: com o suficiente; vida harmoniosa: com a natureza; TEKO KAVI: vida boa, com dignidade e liberdade—IVIMARAEI: Terra Sem Males: a fraternidade universal entre todos os seres. Nessa visão de mundo a situação atual do Tibete é intolerável e incompatível com a Cultura da Paz pela qual pessoas de bem lutam no mundo.

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Oficina 7 – Experiências religiosas africanas e afro-brasileiras, intolerância religiosa e racimos

26,27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 233

Coordenação Carlos Alberto Ivanir dos Santos (UFRJ) Mariana Gino (UFRJ) Carlos Alberto Ivanir dos Santos é mestrando em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Técnico em Educação no Arquivo Nacional. Mariana Gino é mestranda em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Resumo O Brasil é um país hibrido constituído através dos processos sócios-históricos entre as culturas religiosas afro-luso -americano. Americano, por sua posição geográfica e sua população indígena; lusitano, por ter sido colonizado pelos católicos portugueses; e africano, por ter aqui aportado os negros escravizados, em vários países africanos, que traziam consigo seus costumes, suas tradições e principalmente suas religiões e suas experiências religiosas. E fazer entender e compreender que estas experiências, religiosas africanas e afro-brasileiras, são, também, manifestações do sagrado é um dos maiores desafios em prol da liberdade religiosa, o fim do racismo e o restabelecimento da tolerância entre os indivíduos segregados religiosamente. Assim, o trabalho a ser desenvolvido visa a promoção de um debate coeso alinhado a uma dinâmica sobre temas caros e indispensáveis, hoje, na sociedade brasileira; experiências religiosas africanas e afro-brasileiras, intolerância religiosa e racimos.

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Oficina 8 – Feminino Ancestral em movimento: Dançando o corpo-memória

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 235

Coordenação Ivy Marins Brum Viana de Souza (UFRJ) Graduanda do Bacharelato em Dança na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Resumo

Esta oficina propõe o mergulho na própria ancestralidade como aproximação da natureza feminina sagrada. Através de abordagens práticas de dança, uma vivência no movimento transbordado das histórias ancestrais de cada participante, instigando a criação em forma e movimento por meio da ativação da memória, da força da presença das suas ancestrais femininas. Explorando a ligação das histórias de lutas femininas através da ancestralidade dos corpos presentes, proporcionando um momento de atenção os seus corpos e memórias ancestrais femininas para, através de si, perceber-se individuo de heranças de lutas femininas que formam o cenário atual, valorizando suas história individuais e coletivas. Objetivando o empoderamento através da valorização da memória em movimento. Trazendo para o tempo presente todo o contexto individual e coletivo das histórias que se entrelaçam, proporcionando a reflexão sobre o que a ancestralidade feminina reflete no seu corpo-memória em movimento atual.

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Oficina 9 – Mitos, religiões e religiosidades: aspectos teóricos, metodológicos e o papel do(a)

historiador(a)

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 237

Coordenação Daniel Lula Costa (UFSC) Natan Alves David (UFSC) Raisa Sagredo (UFSC) Daniel Lula Costa é doutorando em História pela Universidade Federal de Santa Catarina e bolsista da CAPES. Natan Alves David é mestrando em História Cultural pela UFSC. Raisa Sagredo é mestranda em História pela UFSC e bolsista do CNPq.

Resumo

Esta oficina se propõe a analisar algumas teorias e metodologias que corroborem com os estudos de mitologias, religiões e religiosidades, por compreender que este tema é socialmente delicado e perigoso, se não for bem problematizado. Baseados em modelos teórico-metodológicos, traremos discussões sobre a interpretação do tempo, do espaço e da subjetividade por meio de fontes históricas. Como metodologia, propomos primeiro uma discussão teórica, abrangendo os estudos de mitos antigos e medievais, e dos discursos das religiões no século XX. Depois buscaremos exemplificar nossas análises com fontes como periódicos produzidos por instituições religiosas no século XX e narrativas mitológicas. A oficina objetiva: mobilizar saberes para o trabalho com fontes primárias e refletir sobre os usos do passado e dos discursos religiosos.

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Oficina 10 – Mulher pode ser Drag? O empoderamento feminino e a desconstrução dos

gêneros pela arte drag

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 238

Coordenação Monique Malcher de Carvalho (UFPA) Mestranda em Antropologia pela Universidade Federal do Pará e bolsista da CAPES.

Resumo

A ideia é iniciar mulheres que queiram conhecer a arte drag e se tornar uma queen feroz! Afinal, mulher pode sim ser Drag Queen! As participantes terão contato com a história do drag internacional e nacional, além de descobrir no processo de criação de sua drag, que falar sobre mulheres nesse meio é levantar questões relevantes como: performance de gênero, empoderamento feminino, queer, sororidade e política. Tudo isso através de leituras da Teoria Queer, documentários e filmes, além de aulas práticas de maquiagem e dublagem- performance.

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Oficina 11 – Mulheres de fé e política: Coletivo Vozes Marias

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 239

Coordenação Helivete Ribeiro Pinto Bezerra (Coletivo Vozes Marias) Graduanda em Psicologia e Teologia da Universidade de Pernambuco e doa Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil . Coordenadora do Coletivo Vozes Marias.

Resumo Justificativa: A vida das mulheres no mundo vem passando por uma série de mudanças significativas na área do trabalho, política e identidade feminina, as quais se intensificaram desde o começo do século XX até a atualidade. Apesar de todos esses avanços, elas continuam a serem alvos de forte desigualdade e violações de direitos. Preocupantemente, os altos dados de femincídio (homicídio de mulheres) e vulnerabilidade social (racismo, pobreza e saúde) que as mesmas vivenciam apontamos desafios que ainda tem que ser superados para o bem viver das mulheres no mundo. A presente oficina tem a proposta de trabalhar a criação e revisão de estratégias e ferramentas de promoção ao engajamento na luta social, a partir dos campos conceituais, de vivência e prática, no campo da fé e política, a partir da inspiração nas teologias emergentes.

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Oficina 12 – Multiplicando Nós

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 241

Coordenação Geanna de Abreu Rocha (Fundação Fé e Alegria) Graduanda em Artes Visuais na Universidade do Espírito Santo. Professora de Artes na Fundação Fé e Alegria. Artista Plástica e Produtora Cultural.

Resumo Multiplicando Nós é um espaço não - formal com redes de descanso e instalações com peças abstratas de crochê, onde serão compartilhados os desafios das mulheres contra a violência no Espírito Santo e o que é feito pelas políticas públicas, movimentos sociais e coletivos artísticos locais na busca da conscientização da sociedade. O índice de violência contra mulheres só cresce em todo o Brasil e se faz necessário problematizar o fato no espaço acadêmico para que juntos encontremos soluções eficazes para esta realidade. Objetivos da Oficina: Compartilhar as dificuldades no atendimento a Mulheres, estimular o crescimento da rede de defesa da Mulher e produzir Intervenção Coletiva fruto da produção no Simpósio. A Oficina será três dias e terá apresentação do conteúdo de Debate e discussão, produção de artesanato significativo para mulheres e confecção de painéis coletivos com vistas à reivindicação dos direitos das mulheres.

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Oficina 13 – Oralidade e educação ambiental no Projeto Batuclagem

26 e 27 de julho de 2016, CCE Sala 244

Coordenação Ana Maria Dietrich (UFABC) Vitória Melo Ribeiro (UFABC) Ana Maria Dietrich é Pós-doutora em Sociologia pela Unicamp e Professora Adjunta da Universidade Federal do ABC. Vitória Melo Ribeiro é Graduanda em Engenharia Ambiental e urbaba na UFABC.

Resumo Temos como objetivo utilizar a oralidade, no caso a contação de histórias, como meio de divulgação científica de educação ambiental. Embora existam diversos registros de contos de fadas tradicionais, esses contos se tornam mais vivos no cotidiano pela história oral, utilizando-se ferramentas do teatro e contação de histórias para atingir o público infantil de forma mais abrangente. Sendo assim, adaptamos os tradicionais contos como Chapeuzinho Vermelho, Curupira e Bela Adormecida para a temática de meio-ambiente, tornando o envolvimento do público maior com a temática ambiental. Será realizada a contação de histórias do projeto seguidas por discussão de temáticas relacionadas à educação ambiental. Para uma experiência mais adequada e completa, especifica-se no máximo de 35 participantes por oficina. Mesmo tendo como o público as crianças, nessa oficina (1 dia/ 2 horas) haverá uma adaptação para o universo adulto. Disponibilizaremos músicas impressas e fantasias.

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Oficina 14 – Religiões afro-brasileiras na Amazônia: os saberes do terreiro (des)

estabilizando História, gênero/raça e religião

26 e 27 de julho de 2016, CCE Sala 245

Coordenação Carla Ramos (Universidade do Texas) Telma de Sousa Bemerguy (UFRJ) Carla Ramos é doutoranda em Estudos Africano e da Diáspora Africana na Universidade do Texas (EUA), é bolsista da CAPES e Professora na Universidade Federal do Oeste do Pará. Telma de Sousa Bemerguy é mestranda em Antropologia Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro e bolsista da CAPES.

Resumo Comunidades tradicionais de religiões de matriz afro-brasileira constituem espaços de criação, transmissão e circulação de um corpo de conhecimentos. Esses territórios espirituais tem se tornado ao longo de décadas espaços de formação política, acadêmica e religiosa, operando a partir de uma pedagogia particular em que a comunidade se torna o centro primeiro da experiência e de conexão entre o mundo espiritual e material; entre o secular e o sagrado. Durante dois dias de oficina pretendemos dialogar com os participantes desde uma perspectiva Afro-diaspórica e do Feminismo Negro. O Feminismo Negro será a nossa referência teórica e prática para o diálogo sobre regimes de conhecimentos, a centralidade da experiência e do pertencimento comunitário. Tomaremos com ponto departida para a Oficina o projeto de pesquisa e extensão “Mapeamento das Casas e Terreiros de Religiões de Matriz Africana da Cidade de Santarém/ Pará” (2011-2014), que foi realizado na Universidade Federal do Oeste do Pará.

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Oficina 15 – RPG e alteridade: trabalhando a diversidade religiosa através da interpretação de

papéis

26, 27 e 28 de julho de 2016, CCE Sala 246

Coordenação Joycimara de Morais Rodrigues (IFRN) Mestre em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará e Professora no Instituto Federal do Rio Grande do Norte.

Resumo O Role Playing Game (RPG), traduzido como Jogo de Interpretação de Papéis, é um tipo de jogo que mistura estratégia e interpretação. Diversos trabalhos já apontaram o RPG como um mediador de aprendizagem a partir de sua característica de colocar o jogador no papel de outrem. Partindo desse princípio, esta oficina tem como objetivo mostrar de forma prática como professores e pesquisadores podem utilizar o RPG como ferramenta para trabalhar a diversidade religiosa de forma lúdica, possibilitando que seus alunos trabalharem a alteridade através da interpretação de papéis.

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Grupos de Trabalho

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GT 1 - A ciência, a religião e o direito com seus discursos legitimadores de exclusão, violências e

negação de Direitos Humanos às identidades trans 26 de julho, Sala 335 do CFH

Coordenação Dra. Ana Claudia Ribas, SEE/SC Doutoranda Sabrina Guerra Guimarães, UFBA

Comentários Dr. Odair Salazar da Silva, Universidad Nacional de La Plata

Resumo: Este GT destina-se a acolher discussões que versem numa ótica interdisciplinar e histórica, nos estudos de gênero, feminismos e queer, acerca dos discursos da tríade ciência, direito e religião, que unidas se constituíram na “verdade absoluta” sobre o sexo, instituindo a genitália como determinante para a construção do gênero dos indivíduos, o que acarreta numa sociedade heteronormativa, dotada de preconceitos e geradora de inúmeras violências. De fato, para essas pessoas que subvertem a considerada “normalidade” onde vagina= mulher= feminilidade e pênis= homem= masculinidade, são considerados/as “anormais” e para eles/as o espaço destinado pela sociedade conservadora é o submundo de exclusão e violências, que se confirmam em estatísticas de espancamentos e mortes da população LGBTTTQI. Objetivamos trocar conhecimento sobre essas abordagens, que refletem de forma excludente até os dias atuais nos direitos humanos da população trans. Comunicações Dia 26/07/16 Orientações Sexuais e Práticas Religiosas nos Terreiros de Umbanda de Almas e Angola: entre a visibilidade e o silenciamento. Ana Claudia Ribas Limitação do Direito à Vida em virtude do Nomem Juris: feminicídio em nome da religião. Bruna Magalhães Barbosa e Luís Antonio Bitante Fernandes A pessoa trans e a personificação de seu gênero. Eliane Delamar Roque Liberdade de expressão religiosa e laicidade estatal: relativização dos direitos fundamentais para o enfrentamento das opressões de gênero e discriminação do grupo LGBTI. Laura Souto Maior Kerstenetzky O discurso médico legal legitimando a exclusão e desumanização das identidades trans. Lina Maria Brandão de Aras e Sabrina Guerra Guimarães Os fundamentos religiosos da homofobia no pensamento monoteísta. Luís Francisco Fianco Dias Breves considerações sobre o status homo sacer das pessoas trans na sociedade brasileira. Paulo Adroir Magalhães Martins Os paradigmas heteronormativos e a transexualidade: perspectivas jurídicas e religiosas. Shaiani Aragão Valle

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GT 2 – Arte, corpo e religião 26, 27 e 28 de julho, Sala 334 do CFH

Coordenação Dr. Edilson Pereira, UERJ PhD. Paola Lins de Oliveira, UFRJ

Comentários Dr. Emerson Giumbelli, UFRGS

Resumo: As relações entre arte, corpo e religião são complexas. Cada uma dessas dimensões oscila em suas significações de acordo com os arranjos mantidos com as demais. Religiões possuem um aspecto estético evidente e mantêm técnicas corporais específicas que se evidenciam em performances e nos estilos mantidos para a produção de artefatos rituais, entre outras atividades. O domínio da arte, por sua vez, é pródigo em relatos que abordam a prática artística valendo-se de um repertório que a aproxima da experiência mística e ritual. Em contrapartida, também é vasto o histórico de controvérsias envolvendo religiosos, artistas e obras consideradas profanadoras ou sacrílegas – estas frequentemente focalizando o corpo humano e/ou divino, conferindo-lhe uma posição ambígua. Buscamos o diálogo com pesquisadorxs interessadxs nas várias configurações que colocam em ênfase os problemas de delimitação estável entre arte e religião e que consideram a centralidade do corpo nesses campos em relação. Comunicações Dia 26/07/16 O espaço sagrado e os corpos através da arte sacra. Adriano Santos Godoy O corpo feminino como expressão poético-artística. Aline de Oliveira Rosa Moreira e Rogier da Silva Viegas Corpo e Dança, Interfaces do ritual e Pentecostalismo. Ana Letícia Aires Ribeiro Ricco. Deu preto no branco: deslocações para a pesquisa das romarias a São Raimundo de Mulundus como performances rituais afro-brasileiras. Ana Socorro Ramos Braga Paisagem religiosa: devoção e simbolismo do catolicismo brasileiro. Anderson da Silva Rodrigues Haendel e a História do Oratório "Messias". Daví Lopes Pereira Dia 27/07/16 Pistas da historicidade de Bárbara Cardosa a partir de Calabar – O elogio da traição e textos acadêmicos. Elaine Martins Donda Águas e o Corpo Feminino em Movimento como Potência do Sagrado em um processo de Criação Artística. Ivy Marins Brum Viana de Souza e Julius Mack dos Santos Garcia Performances e usos do espaço público por ''batuqueiros'' e ''defensores dos animais'' em meio a uma controvérsia (Porto Alegre, 2015). Jorge Helius Scola Gomes

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Fé, religião e poesia no Miserere de Adélia Prado. José Antonio Santos de Oliveira A imagem de São Benedito: uma construção da devoção identitária pela cor da pele. Joyce Farias de Oliveira A essência do ogã no ciberspaço: a utilização da música umbandista além do terreiro. Licia Oliveira Souza Dia 28/07/16 A dança do Marabaixo: O corpo como voz na luta contra o racismo. Mônica do Nascimento Pessoa El cuerpo de la Virgen: Decir y mostrar la muerte de María en el arte hispanoamericano colonial. Patricia Alejandra Fogelman As danças nos rituais de vodu no Haiti: contextos e sentidos. Patrícia Pires Thomazelli A cura pelo imaginário. Corpo, Sacralidade e Psicomagia em Holy Mountain de Alejandro Jodorowsky. Rafael Araldi Vaz Corpo, santidade e profecia: Nicolas Berdiaev e a criação literária. Ramon Domingues Maia De profundis clamavi: corpo e religião na poesia de Charles Baudelaire. Ricardo Meirelles Entre búfalos e borboletas: dançando reflexões sobre corpo e gênero no cotidiano a partir da figura de Oyá-Iansã. Tulani Pereira da Silva

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GT 3 – Arte, mediação e reflexão crítica: para os desafios contemporâneos sobre a alteridade em

articulação com a religião 26 e 27 de julho, Sala 333 do CFH

Coordenação Dr. Etienne Alfred Higuet, UEPA Dra. Suelma de Souza Moraes, UFPB

Comentários Dr. Josias da Costa Júnior, UEPA

Resumo: O objetivo deste GT é refletir sobre o entrecruzamento dos diálogos de mediação e reflexão crítica sobre a alteridade para os desafios contemporâneos em articulação com a religião, a partir da arte: Literatura, Cinema, Teatro, Dança e Pintura/Fotografia. Para abordagem interpretativa serão consideradas as diferentes perspectivas de autores que possam contribuir para o enfrentamento dessa temática, como exemplo, de um lado na hermenêutica crítica temos como intérprete Paul Ricoeur e do outro, na Estética da existência, Foucault. Ambos têm perspectivas com novos olhares para os desafios políticos e contemporâneos e irão colaborar para uma visada ética renovada de mudança epistemológica. Eles se opõem às explicações arqueológicas e reducionistas de compreensão e interpretação. Relevância: Promover caminhos para à reflexão ética, política para os estudos na área das Ciências da Religião. As discussões deverão abordar questões da alteridade racial, alteridade de gênero, e temas afins. Comunicações: Dia 26/07/16 Epifania do cotidiano na poesia de Manuel Bandeira. Cleide Maria de Oliveira Uma análise da pintura “Guernica” de Pablo Picasso a partir de Tillich e Heidegger. Danjone Regina Meira Identidade e alteridade na pintura: a representação da Santa Ceia por Leonardo da Vinci e Mino Cerezo. Etienne Alfred Higuet Os mediadores dos níveis de realidade meta-empíricos a partir da visão esotérica de Fernando Pessoa. Fabio Mendia Religião e mística a partir do pensamento de Henri Bergson. Josias da Costa Júnior Pôster: Romantismo Herético: Arte e Misticismo. Carolina Bayer Dia 27/07/16 Reflexões sobre o erótico e o sagrado na poética de Adélia Prado e Olga Savary. Kellen Irene Rabelo Borges Tradição da Cultura Oral amazonense/amapaense: Considerações acerca da simbologia no conto Pele de Burro. Maria Antonia Ferreira Andrade Vou contar uma bela história da plantinha que mais tenho amor: A identidade feminina ao culto da Cannabis no Santo Daime. Marily Martins de Lima Relações sociais e dimensões afetivas: gênero e religiosidade como elementos significativos. Renata Elisa Feitosa Brust Sartre - literatura e ação. Roberto Pereira Veras Mediação e Reflexão Crítica sobre a questão da alteridade racial a partir da politização da arte no cinema brasileiro. Suelma de Souza Moraes

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GT 4 – Artes, teoria da religião e teorias psicanalíticas: interfaces

26 e 27 de julho, Sala 332 do CFH

Coordenação Dr. Marcio Pizarro Noronha, UFG Pós-Doutoranda Maria Cristina de Freitas Bonetti, UEG

Comentários Dr. Alexandre da Silva Nunes, UFG

Resumo: Arte e Religião são passíveis de serem pensadas sob a forma estrutural de sistemas cujas relações entre si são constituídas por muitas afinidades de cunho filosófico, histórico, econômico, antropológico e político. Por outro lado, do ponto de vista das configurações epistemológicas, estas filiações e alianças, demonstram um relacionamento em filigrana histórico-social tenso. Deste modo, temos que, as religiões – sua cultura e sua história – configuram um rico e extenso universo de produções estéticas e da história dos processos psíquicos, da subjetivação e da sensibilidade. Assim nossa perspectiva é a de poder observar fontes etnográficas e ou fontes históricas de pesquisas (sob forma iconográfica / iconológica, ritual, arquitetural, sonora, ambiental, corporal, etc) e aprofundar as investigações no campo artístico e suas afinidades epistemológicas, teóricas e metodológicas com o campo das ciências da religião e com os estudos dos processos de subjetivação e da cultura do sensível. Comunicações 26/06/16 Dramaturgia Cristã: A Dança da Serpente na Cruz. Alexandre Silva Nunes e Maria Cristina de Freitas Bonetti Desenho como espaço de elaboração psíquica. Fabíola Arantes de Morais Leitura contemporânea de mitos gregos: o clássico e anticlássico apresentados nas mídias atuais. Hugo Albuquerque de Morais Maya Angelou e Ismael Ivo: a experiência dos artistas e estetização do trauma. Juliana de Oliveira Ferreira 27/07/16 Entre o Sagrado e a Dança: Bernhard Wosien revisita as Danças Sagradas. Leisi Fernanda Moya Bataille e Lacan: diálogos acerca do Mal e o campo ético-estético. Marcio Pizarro Noronha O espaço religioso intermidiático na Paraíba colonial: o caso da campanha decorativa e os azulejos setecentistas presentes no conjunto franciscano. Michael Douglas dos Santos Nóbrega Leitura contemporânea de mitos gregos: o clássico e anticlássico apresentados nas mídias atuais. Mônica Alves Barreto Transgressões Iconográficas: a temática místico-religiosa na obra de Inah Costa. Rebecca Corrêa e Silva

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GT 5 – As minorias não religiosas: entre secularização, descrenças e discriminações

26 de julho, Sala 330 do CFH

Coordenação Doutorando Jorge Botelho Moniz, Universidade Nova de Lisboa e UFSC Doutorando Fernando Mezadri, UFSC

Comentários Dr. Carlos Sell, UFSC

Resumo: O número das pessoas sem religião no Brasil cresceu mais de 7% nas últimas décadas. Não obstante esse aumento, os dados do Censo 2010 mostram que o grupo dos ateístas e agnósticos é ainda muito residual (0,4%), representando uma minoria que reivindica por maior atenção face às discriminações (Relatório Liberdade Religiosa, 2014). Muitos avanços científicos se fizeram sobre os religiosos autodeclarados; contudo, é premente aumentar o saber sobre aqueles que se definem sem religião, ateus, agnósticos, racionalistas, inter alia, de modo a entendermos os seus fenômenos no Brasil e no mundo. Nosso GT pretende desafiar os investigadores a refletir, teórica e empiricamente, sobre o binômio religioso/não-religioso e interpretar pistas que respondam a questões relativas à identidade destes grupos; às tensões, tendências e discriminações; ao direito de não professar a fé; aos efeitos da secularização na sua formação e nos arranjos institucionais dos Estados; e às novas categorias analíticas. Comunicações: 26/07/16 As raízes cristãs do estado laico: o ideal de justiça e o perdão. Euler Renato Westphal e Filipe Ferrari A noção de secularismo em Willian Connolly como alternativa ao uso da laicidade na compreensão dos conflitos entre política e religião. Fernando Mezadri "Secularista" é identidade? Guilherme Borges Ferreira Costa e Renan William dos Santos A pluralização do fenômeno religioso em Portugal: Análise dos resultados do estudo “Identidades Religiosas em Portugal”. Jorge Botelho Moniz As crenças e representações religiosas de jovens universitários sem religião. Lara de Fátima Grigoletto Bonini. Repensando a secularização na cultura contemporânea a partir do eixo espiritualidade/religião. Massimo Bonato Pôster: “Orixás, caboclos e guias: Deuses ou demônios?” um recurso didático de intolerância. Allanderson Aloisio Ferreira Bueno e Vitor da Silva Costa

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GT 6 – As nuances da paisagem religiosa na modernidade tardia: destradicionalizações,

neotradicionalismos e pluralidades 26 e 27 de julho, Sala 317 do CFH

Coordenação Doutora Dr. Flávio Munhoz Sofiati, UFG Doutorando João Paulo Silveira, UEG

Comentários Me. José Eduardo Caldeirão, Unesp Marília

Resumo: Esse Grupo de Trabalho procura discutir as particularidades da paisagem religiosa contemporânea considerando os distintos níveis da dialética entre fé e modernidade que são responsáveis por definir novos contornos e rumos para a experiência e prática religiosas. Enfatiza-se a erupção de inovações religiosas (i.e. novas religiões, espiritualidades) e neotradicionalismos enquanto condições definidoras da pluralidade religiosa contemporânea. Nesse sentido, “destradicionalização” e “neotradicionalismos” são dimensões que se imbricam, tencionam e definem a pluralidade religiosa da modernidade tardia. Objetiva-se o estimulo de discussões que contemplem a relação dialética entre o fenômeno religioso em sua diversidade intrínseca e a modernidade tardia que contemplem as seguintes possibilidades: a) relação entre religião e os valores da modernidade tardia; b) religião e crítica social; c) novas religiões e espiritualidades alternativas. Comunicações: Dia 26/07/16 Que diabo é isso? André Ricardo de Souza e Jorge Leite Jr A Renovação Carismática Católica: A Contra-Reforma do Século XXI. Benedito Carlos Alves dos Santos Representações coletivas sobre religiosidade entre os membros da Igreja Evangélica Bola de Neve de Toledo-PR. Daniele Borges da Silva Os desigrejados: A destradicionalização de evangélicos brasileiros como caso de reconfiguração religiosa na modernidade radicalizada. Douglas Alessandro Souza Santos Experiências contemporâneas de jovens católicos na Jornada Mundial da Juventude. Flávio Munhoz Sofiati Dia 27/07/16 A Seicho-no-Ie do Brasil: nuances ecoespirituais de uma nova religião japonesa no Brasil. João Paulo de Paula Silveira A salvação da alma ou a resolução dos problemas da vida: a interpretação dos pastores neopentecostais no contexto da sociedade pós-tradicional. José Eduardo Caldeirão e José Geraldo Alberto Bertoncini Poker A fé como resposta a aceleração da temporalidade na pós-modernidade tardia. Paulo César Pereira da Silva Pôster Antimodernismo Moderno: as escolas paroquiais da Administração Apostólica São João Maria Vianey como mecanismo de transmissão dos ideais tradicionalistas. Paulo Victor Zaquieu Higino

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GT 7 – As relações do espiritismo kardequiano na França e no Brasil

26 de julho, Sala 316 do CFH

Coordenação Doutoranda Adriana Gomes, UERJ Doutorando Marcelo Gulão Pimentel, UERJ

Comentários PhD Angélica Aparecida Silva de Almeida, UFJF Doutorando Renan Santos Mattos, UFSC

Resumo: A proposta do GT é trazer para discussão as relações do espiritismo Kardequiano,que surgiu na França em meados do século XIX em seus múltiplos matizes (científico, filosófico e religioso) - a partir das investigações de Allan Kardec - e como ocorreram os seus desdobramentos no Brasil e sua inter-relação com outras religiosidades em meio à transposição de suas concepções às especificidades religiosas do país.Objetivamos contextualizar o espiritismo às diferentes correntes filosóficas em voga no século XIX: Positivismo,Evolucionismo,Romantismo,Socialismo Utópico,entre outros,que promoveram ingerências na elaboração da Doutrina Espírita na Europa, além de promovermos discussões acerca das investigações sobre os fenômenos mediúnicos no século XIX e XX, que mobilizaram diversos agentes sociais, entre eles: médicos, cientistas e intelectuais, tanto na Europa quanto no Brasil, que culminaram em uma série de interpelações que ultrapassaram o campo religioso para o campo político e jurídico. Comunicações: Dia 26/07/16. “Dá fortuna! Dá saúde!”: As considerações sobre o espiritismo na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro. Adriana Gomes Inácio Ferreira: A Institucionalização da Integração entre Medicina e Fenômenos Mediúnicos. Angelica Aparecida Silva de Almeida Osvaldo Melo - um olhar historiográfico sobre o fundador da Federação Espírita Catarinense. Luiz Cláudio São Thiago de Melo Altenburg As investigações dos fenômenos psíquicos/espirituais no século XIX: sonambulismo e espiritualismo, 1811-1860. Marcelo Gulão Pimentel A França de "Allan Kardec" e o surgimento do espiritismo. Rayssa Almeida Wolf “Liderança Espiritualista da cidade”: a escrita de Fernando do Ó no cotidiano de Santa Maria. Renan Santos Mattos Tolerâncias e intolerâncias em ambientes de práticas do espiritismo kardecista sob a perspectiva sociológica. Sebastião Antunes Ribeiro Filho

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GT 8 – Bordando fronteiras: percepções religiosas da vida cotidiana

26 e 27 de julho, Sala 315 do CFH

Coordenação Dra. Amanda Gomes Pereira, UFMA Me. Bernardo Britto Guerra, ISER

Comentários Doutorando Cleiton Machado Maia, UERJ

Resumo: Nas pesquisas antropológicas envolvendo atores religiosos, a perspectiva processual permite ao pesquisador “transitar” entre os limites entre o "espaço privado" e "espaço público" e de como os agentes/atores religiosos transitam nesses espaços "ignorando” ou “desrespeitando" essa fronteiras. Esses atores vão, assim, burlando, negociando e bordando as fronteiras das suas relações, que permite pensar o “religioso” em suas relações com família, política, gênero, conflitos urbanos. Assim, o objetivo desse grupo é discutir as práticas e agenciamentos religiosos estabelecidos em diferentes esferas. A partir de dados de campos de pesquisadores de diferentes lugares do país, temos por intuito ampliar as perspectivas e discursos sobre o religioso e o quanto esse termo se torna poroso ao adentrar em diferentes espaços e conflitos sociais, relacionados diretamente, nos dias atuais, a temática dos Direitos Humanos. Comunicações: Dia 26/07/16 Família em trânsito: tem Terecô em Bacabal (MA). Fladney Francisco da Silva Freire Nos muros da cidade: reações e disputas no cenário carioca. Flávia Regina da Cruz Vieira Devoção e vida cotidiana: a piedade dos santos católicos nos anúncios de graças alcançadas publicados no jornal O Dominical, no Estado do Piauí, entre as décadas de 1940 e 1970. Francisca M. C. de Souza Religião na construção de uma ética de trabalho no Vale do Itajaí. Gabriel Luiz Manrique Ursini Entre o terreiro, a casa e a rua: reflexões sobre corpo, possessão e percepções do sagrado na vida cotidiana. Janderson Bax Carneiro “Servir os pobres sendo pobres”: um estudo sobre o cotidiano de freiras. Joyce Aparecida Pires Pôster Festa de Fé, meu Rosário é. Leonardo Henrique Cruz Machado Dia 27/07/16 O casamento como meio de construção do Ethos da mulher muçulmana. Luana Mendonca Caravellas Crenças e devoções em fluxo: notas a respeito da paisagem sonora e dinâmica religiosa na região da tríplice fronteira. Marcelo Ricardo Villena

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Reflexões sobre a materialidade agentiva das cartas psicografadas e a reorganização do cotidiano de familiares após o incêndio da Boate Kiss. Monalisa Dias de Siqueira Como a regra se torna vivência cotidiana? Estudo sobre a laicidade interacional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ricardo Cortez Lopes Interfaces religiosas na comunidade escolar Francisco Jeremias de Barros: tênue linha que borda a idiossincrasia cotidiana. Shearley Lima Teixeira Ao som dos tambores: Catucá (MA) celebra cultos afro - brasileiro a todos os santos e a Santo Antônio. Weslania Leal Costa Reis Pôster: O sagrado e o lixo: religião, geração de renda e ecologia em uma cooperativa de reciclagem de Porto Alegre. Lucas Vanni

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GT 9 – Catolicismos e política: entre conservadores e progressistas

26, 27 e 28 de julho, Sala 314 do CFH

Coordenação PhD Candido Moreira Rodrigues, UFMT PhD Gizele Zanotto, UPF

Comentários Doutorando Diego Omar da Silveira, UFMG

Resumo: O GT visa proporcionar um espaço de discussão, atualização e problematização conjunta sobre as formas de perceber, analisar e compreender os fenômenos religiosos no espectro do catolicismo. No bojo da consideração da importância desta instância na vida dos agentes históricos, o GT também vem dar conta de uma temática cada vez mais explorada na academia e que aponta para análises profícuas para o entendimento do contexto sócio histórico brasileiro pretérito e também contemporâneo. Privilegiam-se os estudos que tenham como foco as formas de expressão do catolicismo em sua relação com a política e relações de poder, com atenção também para a atuação de intelectuais, movimentos, grupos, partidos, imprensa e instituições. Expressões caracterizadas por meio de ações no plano teórico e prático, notadamente com desdobramentos institucionais, políticos e também sociais, objetivamos perceber as matrizes de tais inclinações, suas expressões concretas e suas permanências. Comunicações: Dia 26/07/16 1964 - Marcha da Família com Deus pela liberdade e Cruzada do Rosário do Padre Peyton em São Paulo. Anderson Jose Guisolphi A Revista Eclesiástica Brasileira e o contexto agrário (1950-1964). Bruna Marques Cabral Revisitando a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade” para compreender a relação entre religiosidade e a política brasileira, suas expressões e legados. Camilla Gomes Nascimento Borges e James Sergio Pereira Nascimento A política no catolicismo carismático: entre liberacionistas e (neo)pentecostais. Carlos Eduardo Pinto Procópio Hábitos políticos: freiras em marchas e passeatas contra a ditadura civil-militar no Brasil. Caroline Jaques Cubas Liberalismos e conservadorismos na correspondência entre Sobral Pinto e Gustavo Corção. Christiane Jalles de Paula Dia 27/07/16 “... com Deus pela Liberdade”: as Marchas da Família e o anticomunismo católico dos anos 60. Eduardo dos Santos Chaves ¿Bases similares y estrategias diferentes? Dos propuestas del laicado tradicionalista en los años sessenta. Elena Scirica O processo de romanização no alvorecer do século XX em Caetité-Ba: entre disputas e consolidação.

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Fabiano Nascimento Santos Uma luta antiliberal: o forjar da identidade dos imigrantes italianos em Curitiba no final do século XIX. Fábio Luiz Machioski A Teologia da Libertação pelo prisma das matérias, censuradas pela ditadura militar na década de 1970, do semanário O São Paulo. José Wilson Assis Neves Junior Correntes do catolicismo e Ensino Religioso no Brasil. Lucelmo Lacerda Dia 28/07/16 A crítica ao modernismo nas constituições das províncias eclesiásticas meridionais do Brasil (1915). Marcos Gonçalves Consciência histórica e luta pela terra na Diocese de Itaguaí no Rio de Janeiro entre os anos de 1980 e 1998. Maria do Carmo Gregório A teologia emergente do Concílio Vaticano I e suas repercussões. Mariana de Matos Ponte Raimundo A Doutrina Social Cristã no Diário de Notícias: Jornalismo e Catolicismo em Ribeirão Preto de 1960. Nayara Kobori Pentecostais e Teologia da Libertação na política: entre os discursos conservadores e progressistas. Rodrigo Augusto Leão Camilo “Entre os operários”: Igreja católica, anticomunismo e trabalhadores ferroviários em Ponta Grossa (1952-1976). Rosângela Wosiack Zulian

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GT 10 – Celebrações da fé e turismo religioso 26 de julho, Sala 226 do CCE

Coordenação PhD Christian Dennys Monteiro de Oliveira, Universidade de Sevilha Dr. Rogelio Martínez Cárdenas, Universidad de Guadalajara

Comentários Dr. Luís Tomás Domingos, UNILAB

Resumo: Na atualidade, as celebrações vinculadas ao sagrado têm sido percebidas como produções de bens simbólicos que pesam em todas as dimensões, elementos de identidade e patrimônio cultural. Rituais, peregrinações, santuários, festas e rotas que envolvem a fé, além de polissêmicos, são multifuncionais e híbridos, onde passam a ser transformados na sua maioria, em atrativos para o turismo religioso. É nesse contexto que o presente grupo de trabalho se propõe a acolher pesquisas em andamento e finalizadas sobre essa ampla temática. Comunicações: Dia 26/07/16 A teologia da libertação e a Renovação Carismática Católica: Diocese de Goiás (1980-1998). Arcangelo Scolaro Análise das imagens religiosas: cartaz do círio de Nazaré. Carlos Alberto Ferreira de Castro Complexo do Largo do Socorro em Juazeiro do Norte – Ceará. Reflexões geográficas sobre afetividade humana, patrimônio e religião. Christian Dennys Monteiro de Oliveira Nas veredas da Cotinguiba: a peregrinação ao Santuário de Divina Pastora. Magno Francisco de Jesus Santos Romeiros (as) maranhenses no festejo de São Francisco das Chagas de Canindé: catolicismo popular e transito religioso. Marcia Milena Galdez Ferreira e Yann Victor Maia Santos A participação de organismos privados na consolidação da Pastoral do Turismo da CNBB. Pedro Augusto Ceregatti Moreno A pesquisa sobre religião no Brasil: notas a partir de uma associação transdisciplinar. Waldney de Souza Rodrigues Costa

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GT 11 – Ciências sociais e humanas na historiografia das religiões: questões de

conhecimento religioso 26 e 27 de julho, Sala 312 do CFH

Coordenação Dra. Patrícia Carla Melo Martins, FAECA Doutorando Waldney de Souza Rodrigues Costa, UFJF

Comentários Doutorando Emmanuel Ramalho de Sá Rocha, UFPB

Resumo: Como a religião tem se constituído no percurso do conhecimento produzido pelas ciências sociais e humanas? Como esse conhecimento preserva, a partir da crítica inerente a essas ciências, os elementos constitutivos das práticas e representações religiosas? Questões como essas emergem em meio às categorias conceituais e à delimitação dos objetos de análise das pesquisas. Para trata-las, neste GT, trabalha-se com a ideia de que as abordagens das religiões nas diferentes áreas do saber resultam em uma historiografia das religiões responsável pela promoção de certo conhecimento acerca da religião estudada e constituída a partir de um aporte crítico próprio da abordagem metodológica e conceitual que refazem os objetos de análise no interior de suas discussões. Tem-se o objetivo de reunir abordagens empenhadas na discussão acerca da produção do conhecimento religioso nas ciências sociais e humanas, promovendo um debate acerca dos métodos de pesquisa dispostos no meio acadêmico. Comunicações: Dia 26/07/16 Apreciação bibliográfica preliminar acerca do “Vale do Amanhecer”. Adhemar Lourenço da Silva Junior O Estudo Comparado das Religiões: uma análise da influência metodológica de Adone Agnolin e Mircea Eliade. Diego Fontes de Souza Tavares O “discurso polêmico antimágico” nas ciências sociais clássicas: considerações preliminares Emmanuel Ramalho de Sá Rocha Cristo, um revolucionário: sua influência a partir de sua ação com o povo. Janaina Preterotto Lourençon. A Crítica ao messianismo na Teologia de José Comblin. Jeferson Felipe Gomes da Silva Cruz Dia 27/07/16 O Catolicismo na dinâmica parlamentar brasileira: uma análise de duas legislaturas. Lygia Maria Bitencourt Moura Oliveira O debate acerca do método - fides ou ratio - entre Baruch Spinoza e Richard Simon para produção de conhecimento religioso. Maria Cecilia Mendia Filosofia da História no Brasil Império: método de um discurso político religioso Patrícia Carla de Melo Martins Usos da micro-história e do paradigma indiciário para o estudo da Inquisição e do criptojudaísmo em Sergipe. Priscilla da Silva Góes Possibilidades de um discurso religioso: linguagens teológico-políticas. Tiago Pires

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GT 12 – Corpo, culturas e religião 26 e 27 de julho, Sala 323 do CFH

Coordenação Dr. Amurabi Pereira de Oliveira, UFSC Dr. Anaxsuell Fernando da Silva, UNILA

Comentários Dra. Elisa Rodrigues, UFJF Dra. Lorena Rodrigues T de Freitas, UNILA

Resumo: Mauss já apontara para como o corpo é modelado ante ao substrato social no qual os sujeitos se encontram, e um número cada vez maior de pesquisas apontam para o fato de que o corpo é uma falsa evidência, não é um dado inequívoco, mas o efeito de uma elaboração social e cultural. No mencionado processo de elaboração social e cultural a religião ocupa uma centralidade significativa, a preparação do corpo posiciona o indivíduo em um espaço de experiência e sociabilidade, de modo que, ao conhecimento religioso integram-se certas disposições corporais e modos de orientação. Propomos fomentar a discussão que se estabelece entre a dimensão corpórea e o sagrado, compreendendo o corpo não como mero receptáculo do sagrado, ou mesmo como apenas expressão deste, mas como elemento fundamental para se compreender o universo religioso. Comunicações: Dia 26/07/16 Poder e corpo: uma análise das teorias, sujeitos e mecanismos de controle corporal com destaque para a Península Ibérica do século XIV. Anny Barcelos Mazioli O livro dos "Exercícios Espirituais" e o lugar do corpo: breve ensaio sobre a corporeidade inaciana. Bruno Hermes de Oliveira Santos e Carlos Tadeu Siepierski Etnia e religião na construção dos sujeitos femininos da zona de Imigração Alemã do Rio Grande do Sul (1870 - 1927). Daniel Luciano Gevehr e Marlise Regina Meyrer Corpos de mulheres, sexualidades e repressões: um debate histórico e teológico sobre discursos. Janaina de Fátima Zdebskyi Pôster: Gilda em Curitiba: o corpo transgressor na cidade pós-moderna. Caroline Marzani Dia 27/07/16 Corpo, gênero e sexualidade na Festa da Moça. Jean Souza dos Anjos O discurso ambrosiano e as relações de gênero na comunidade milanesa do século IV. Larissa Rodrigues Sathler Dias Corpos mortos, ritos vivos: questões de gênero, cerimônias mortuárias e crenças a respeito da morte em contexto islâmico. Marcelle Ferreira de Araújo Andrade e Raphael Scheffer Khalil O revolução das mulheres no Curdistão. Maria Florencia Guarche Pôster: A teologia que cala o corpo – Análise da influência da moral cristã no exercício das liberdades individuais. Jonas de Figueiredo Silva Junior

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GT 13 – Crenças, práticas e discursos religiosos 26, 27 e 28 de julho, Sala 201 do CCE

Coordenação Dr. Antonio Lindvaldo Souza, UFS Dra. Edilece Souza Couto, UFBA

Comentários Doutoranda Alaize Santos da Conceição, UNIRIO

Resumo: O homem religioso, por meio da fé e da intercessão das entidades sagradas, desenvolve práticas devocionais, rituais e festivas, a fim de obter graças e pagar promessas. Esse GT tem por principal objetivo refletir sobre as crenças, práticas religiosas e os discursos que as normalizam. Pesquisar os fenômenos religiosos requer um aparato conceitual, teórico e metodológico que auxilie na compreensão de experiências plurais, expressas em diversos espaços, com fronteiras cada vez mais fluidas, tanto na vivência como na interpretação/análise. Assim, o GT preza pelo diálogo transdisciplinar com o intuito de contemplar os diversos enfoques que se lançam sobre os discursos e/ou práticas religiosas. Comunicações: Dia 26/07/16 Religiosidades e Devoções em comunidades negras – Vale do Iguape/ Recôncavo Sul da Bahia. Alaíze dos Santos Conceição Discutindo relações entre religiosidade, alimentos e intolerâncias na umbanda. Ana Clara Tomaz Carneiro e Ana Maria Dietrich O discurso Barroco nos Sermões do padre Antonio Vieira. Andrea Gomes Bedin Os Jesuítas, missões e crença em Santo Antonio na capitania de Sergipe Del Rey (1602-1760). Antonio Lindvaldo Sousa Estou aos pés do Senhor. Claudefranklin Monteiro Santos e Edla Tuane Monteiro Andrade Dia 27/07/16 O descarte do "lixo sagrado" em São José das Três Ilhas: Implicações ambientais. Claudilene Christina de Oliveira e Elcio Antonio Ignacio Festas de São Benedito em algumas cidades amazônicas: religiosidade, fé e devoção. Edgard Soares da Silva e Lucia Maria Barbosa Lira Irmãos do Bom Jesus: culto do Cristo crucificado na Bahia republicana. Edilece Souza Couto A Igreja no Brasil Colônia: O sentimento católico dominante e as resistências. Fabiano Ribeiro Uma devoção das margens ao centro”: O jornal O Rosário e a festividade da padroeira da cidade do Rosário do Catete /SE (1933-1935). Josineide Luciano Almeida Santos Pôster: Deus e Humanismo na Filosofia de Marsilio Ficino: a Representação do Divino no Primeiro Livro de Teologia Platônica. Everton de Souza Teixeira

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Dia 28/07/16 Reflexões sobre a confluência cultural entre cristianismo e judaísmo ashkenazi: o martírio da Primeira Cruzada e a transformação do conceito de Kidush Hashem. Karla Constancio de Souza Negociando o campo religioso católico: adesão e resistência ao politico. Marta Rosa Borin Divergências e convergências quanto ao conceito de “Família” no Semanário “O São Paulo". Raíssa Regina Brugiato Rodrigues Corpo sem cemitério é pecado! Práticas de sepultamento de protestantes na vila de Nova Friburgo entre 1860 e 1870. Ronald Lopes de Oliveira Um convite para o culto aos mortos: estudo sobre os convites a missas póstumas no jornal O Maroinense (1887-1892). Suelayne Oliveira Andrade

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GT 14 – Diálogos e interlocuções sobre questões de gênero no Ensino Religioso

26 de julho, Sala 202 do CCE

Coordenação Doutoranda Maronildes Felix Limeira, UFPB Ma. Mirinalda Alves Rodrigues dos Santos, UFPB

Comentários Mestranda Maria Gorete Santos Jales de Melo, UFPB Doutorando Roberto Pereira Veras, UFPB Mestrando Thalisson Pinto Trindade de Lacerda, UFPB

Resumo: As discussões acerca das questões de gênero constituídas a partir das concepções religiosas encontram grandes dificuldades na inserção do componente curricular Ensino Religioso e esse ensino deve ser um espaço de diálogo para desenvolver nos educandos/as uma visão crítica das possibilidades oferecidas e de tantas outras negadas. É nessa perspectiva que objetivamos nesse GT possibilitar um debate reflexivo das práticas pedagógicas acerca das questões de gênero como uma abordagem a ser contemplada no Ensino Religioso refletindo nas discussões de padrões patriarcais e androcêntricos, contribuindo para a análise das estruturas postas de forma hegemônica por vias do discurso religioso. Portanto, a disciplina de Ensino Religioso deve se preocupar com as questões de gênero que findam em uma hermenêutica crítica feminista o qual percebe as lutas entre os grupos, bem como esses significam os espaços de opressões como lugares de resistência e de exercício do poder. Comunicações: Dia 26/07/16 O Sagrado feminino e o papel da mulher nas religiões – Uma proposta para o Ensino Religioso na rede municipal de ensino de Curitiba. Karin Willms Homofobia no facebook e o debate na sala de aula: um diálogo entre diversidade sexual e Ensino Religioso. Maria Gorete Santos Jales de Melo e Thalisson Pinto Trindade de Lacerda Homossexualidade e Ensino Religioso: um diálogo inadiável. Maronildes Felix Limeira Educação, Gênero e Religião: (re) pensando práticas educativas na diversidade e diferença. Mirinalda Alves Rodrigues dos Santos e Rafael Ferreira de Souza Honorato Ensino Religioso e Gênero em Santa Catarina. Tânia Welter Pôster: Diversidade religiosa e suas influências na Escola Municipal de Ensino Fundamental Goiás: uma escola quilombola. Jamylly Kelly Corrêa da Gama

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GT 15 – Direito e convergência ética: gêneros e diversidades

26 de julho, Sala 203 do CCE

Coordenação Dr. Uipirangi Franklin da Silva Câmara, OPET Me. Dirceu Pertuzatti, OPET

Comentários Especialista Marcello Sgarbi, OPET

Resumo: O GT tem a finalidade de aglutinar pesquisadores da área do Direito e interfaces a fim de oportunizar um espaço de debate e intercâmbio de saberes e experiências que abordem a temática do Direito enquanto garantia e interlocutor dos direitos fundamentais da pessoa humana e de fomento por uma convergência ética que aproxime as liberdades individuais, possibilitando o desenvolvimento de processos multiculturais, que permitam o intercâmbio entre as múltiplas identidades. Busca-se acolher trabalhos das diversas áreas do conhecimento que contribuam para o mapeamento das questões, juntamente com pesquisas que possibilitem reflexão, construção de novos saberes e o desenvolvimento de novas estratégias de promoção, de defesa da vida, de justiça restaurativa, de superação e de educação em direitos humanos em espaços de educação formal, não-formal ou comunitários. Comunicações: Dia 26/07/16 Mulher Deflorada e Honrada no discurso do Codigo Penal Brasileiro de 1940. Carlos Eduardo Romeiro Pinho Stalking Denominada Perseguição Insidiosa. Caroline de Jesus Kutz Transfeminismo e a Lei João Nery. Júlia Melim Borges Eleutério Gestão escolar para a diversidade: Ação profissional humanizada, formação docente continuada e libertadora. Juliana Fagundes de Carvalho Nos intramuros do liceu: Violência escolar em Belo Horizonte. Paulo Tiego Gomes de Oliveira Adoção homoparental: aspectos psicossociais. Tatiana Benevides Magalhães Braga Jogos de verdade e de erro. Análise do projeto de desconstrução da subjetividade da pessoa homossexual. Uipirangi Franklin da Silva Câmara

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GT 16 – Direitos Humanos dos povos indígenas: combate a violações e alternativas de proteções

26 e 27 de julho, Sala 204 do CCE

Coordenação Doutoranda Carla Vladiane Alves Leite, PUC/PR Doutoranda Fabia Ribeiro Carvalho de Carvalho, PUC/PR

Comentários Mestranda Janaína Maria Bettes, PUC/PR

Resumo: A luta por direitos dos povos indígenas é preocupação constante de estudiosos e protetores, em especial na América Latina, onde é latente a violação dos Direitos Humanos daquelas comunidades. No Brasil, a situação é alarmante, tendo em vista a grande lista de abusos cometidos contra os indígenas e demais povos tradicionais, tanto por atos de repressão, como por atos de violência, grupos inteiros são destituídos, na prática, de seus direitos e lhes é negado o acesso às terras de seus ancestrais, ferindo preceitos protetivos da Constituição da República e da Convenção da OIT n.169. A partir deste quadro socioambiental, fica evidente a importância de se buscar meios capazes de efetivar a tutela dos direitos dos povos indígenas. Este Grupo de Trabalho almeja refletir e construir uma visão crítica acerca das violações aos Direitos Humanos desses povos, para que novos meios protetivos possam ser vislumbrados na realidade brasileira e internacional. Comunicações: Dia 26/07/16 O genocídio indígena e a comissão interamericana de direitos humanos: Uma análise da Influência e efetividade na proteção de direitos dos povos indígenas no Brasil. Carla Vladiane Alves Leite Direitos humanos, autodeterminação indígena nos conflitos socioambientais no Brasil. Fabia Ribeiro Carvalho de Carvalho Primeira Assembleia dos Povos Indígenas de Roraima: Surumu, janeiro de 1977. Jaci Guilherme Vieira Violência contra as mulheres indígenas e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Janaína Maria Bettes Dia 27/07/16 Concepções acerca do ser Yanomami em textos antropológicos e consolatinos. João Roberto Bort Júnior Recordações do SPI e suas violações de Direitos humanos. Julierme Moises Lopes e Rafael Allen Gonçalves Barboza Uma análise do ensino religioso e intolerância religiosa no ambiente escolar, sob a perspectiva crítica do serviço social na política de educação. Luana Caroline de Matos Souza Uma memória em construção: a atuação de Eunice Paiva em favor dos direitos humanos, da ditadura militar à redemocratização. Mariana Rodrigues Festucci Ferreira

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GT 17 – Discriminações, sofrimento e espiritualidade

26 de julho, Sala 205 do CCE

Coordenação Doutoranda Adélia de Souza Procópio, UFSC Dra. Vanilda Maria de Oliveira, UFG

Comentários Doutoranda Maylla Monnik Rodrigues de Sousa Chaveiro, UFSC

Resumo: A literatura e grupos de autoajuda, terapias religiosas e espirituais são instrumentos muito utilizados por indivíduos que experimentam sofrimentos de ordem física ou psíquica, na busca por métodos de cura. Processos discriminatórios – como racismo, sexismo, trans/lesbo/homo/bifobia – são fundamentais na construção das subjetividades e constitutivos da vivência de sofrimentos. Como proposta de “cura”, a autoajuda e terapias espirituais constroem programas de recuperação que apelam para a ajuda de energias ou poderes superiores, mas que também dependem do autocuidado das pessoas sob “tratamento”. Destaca-se o caráter subjetivador dessas terapias, pois podem enquadrar os sujeitos em padrões socialmente aceitáveis, mas também fortalecer sua autonomia. O GT pretende unir trabalhos que discutam os modos como práticas e terapêuticas religiosas, espirituais ou de autoajuda têm sido utilizadas para lidar com o sofrimento dos sujeitos e como corroboram ou confrontam discursos discriminatórios. Comunicações: Dia 26/07/16 Programas espirituais de autoajuda no controle das emoções femininas. Adélia de Souza Procópio Discriminações, sofrimento e espiritualidade. Amanda Martins Cruz de Mattos “Eu me recorro às duas”: Aborto e espiritismo nas representações de mulheres de grupos populares. Flávia de Mattos Motta Reflexões sobre religiosidade e cabelo em uma perspectiva de gênero. Luzinete Simões Minella e Maylla Monnik Rodrigues de Sousa Chaveiro Terapias energéticas e autotransformação. Vanilda Maria de Oliveira Acolhimento ou Preconceito? Religião e Cuidado ao Usuário de Álcool/outras Drogas. Virgínia Lima dos Santos Levy

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GT 18 – Discriminações, violências e Direitos Humanos no âmbito das categorias: raça, gênero,

classe e religião 26 e 27 de julho, Sala 206 do CCE

Coordenação Doutoranda Mariana Panta, UNESP Doutoranda Silvia Elaine Santos de Castro, UNICAMP

Comentários Ma. Jamile Carla Baptista, UEL

Resumo: O Grupo de Trabalho visa promover o debate interdisciplinar acerca das discriminações e violências, em suas múltiplas significações, tendo como fio condutor as dinâmicas de violação de direitos humanos. Esses temas ganharam significativo espaço nas Ciências Sociais brasileiras tornando-se referenciais para a compreensão de diversos dilemas que perpassam o Brasil contemporâneo. O GT objetiva reunir pesquisadoras/es que investigam diferentes formas de discriminações e violências focalizando, sobretudo, aquelas circunscritas à raça, gênero, classe social e religião, com perspectivas teóricas diversas e abordagens metodológicas variadas. Serão bem-vindas, especialmente, pesquisas qualitativas que abordam empírica e conceitualmente esses fenômenos pensando-os de modo interseccional. Espera-se propiciar um espaço para reflexão sobre os caminhos que se têm ainda de trilhar para a consolidação de sociedades edificadas no pluralismo, tolerância e respeito entre povos e estratos sociais. Comunicações: Dia 26/07/16 Quando a violência simbólica se transforma em violência física: discurso de ódio e intolerância religiosa no “linchamento do Guarujá”. Aline Dalmolin e Leandra Cohen Schirmer As Representações Sociais do gênero feminino nas redes sociais. Alyssa Magalhães Prado, Angela Gabriela Vinhal Ferrreira, Nágilla Regina Saraiva Vieira e Thalita Carvalho Rosa “É pelo corpo que se reconhece a verdadeira negra”: a objetificação da mulher na propaganda da Devassa Negra. Bárbara Jucinsky Schmitt A proteção jurídica dos refugiados. Débora Cristina Peyerl A violência contra os praticantes de Umbanda e Candomblé enquanto manifestação da disputa pelo poder local: por um modelo sócio-histórico do fenômeno da intolerância. Illyushin Zaak Saraiva e Maurício Tavares Pereira Dia 27/07/16 A percepção dos preconceitos acerca das religiões de matrizes africanas através do RolePlaying Game. Joycimara de Morais Rodrigues População de rua: Desvendando olhares das razões vulneráveis. Viviane da Silva Massavi Desigualdades, relações de gênero e violência contra a mulher em Jaboatão dos Guararapes – PE. Viviane da Silva Santos e Wedmo Teixeira Rosa Pôster: O consumo de álcool como a motivação imediata para a violência contra a mulher nos boletins da DEAM/Vitória-ES no ano de 2010. Jéssica Oliveira Freitas

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GT 19 – Diversidade e intolerância religiosa na sociedade brasileira contemporânea

26, 27 e 28 de julho, Sala 208 do CCE

Coordenação Doutorando Celso Gabatz, Unisinos PhD Remí Klein, EST

Comentários Doutorando Ezequiel Hanke, EST

Resumo: A busca pelo respeito à liberdade de religião e de culto e o reconhecimento da diversidade religiosa a partir dos parâmetros dos direitos humanos torna-se um desafio cotidiano. O respeito à diversidade perpassa o aprendizado de superação dos preconceitos, discriminações e intolerâncias em que não se coloca o próprio sistema de valores e verdades como parâmetro universal para as pessoas. Liberdade religiosa não pode ser confundida com liberdade de promoção religiosa em espaços de órgãos públicos e a interferência da religião e seus sistemas de verdade nos atos civis de interesse público. As religiões, ao mesmo tempo em que devem ser respeitadas, precisam exercer o respeito às diferenças e às diversidades, aprendendo a conviver em sociedade livre e democrática, promovendo a igualdade, a justiça, a solidariedade, a liberdade de expressão, convicção ou crença, a superação dos preconceitos e discriminações e os direitos humanos. Comunicações: Dia 26/07/16 A possibilidade de diálogo religioso e superação de preconceitos em meio às tensões da esfera pública: O caso da cidade de Iepê – SP. Alessandro Leonardo Rodrigues Silva Caminhada da Paz: Os primeiros anos das ações da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa. Carlos Alberto Ivanir dos Santos e Mariana Gino A Intuição Imemorial da História e a Teoria do Imaginário. Carlos André Macêdo Cavalcanti A Presença de Grupos Religiosos Conservadores nos Espaços Públicos da Contemporaneidade. Celso Gabatz Pôster: O fundamentalismo religioso: discursos, práticas e impacto na política brasileira. Aretha Beatriz Brito da Rocha Dia 27/07/16 Experiências inter-religiosas, democracia e direitos humanos no Brasil. Claudio de Oliveira Ribeiro A questão do relativo e do absoluto na educação contemporânea. Diego Ismael Lamb Da convivência ao protagonismo inter-religioso: o exemplo da Rede Ecumênica da Juventude (REJU). Ezequiel Hanke

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Para além da tolerância: liberdade religiosa e ecologia integral. Jefferson Zeferino Intolerância Religiosa e Reconhecimento no contexto brasileiro. Luciano Gomes dos Santos Dia 28/07/16 Política e Religião no Brasil: as especificidades da laicidade brasileira, na contemporaneidade. Maria Clara Ramos Nery O Dialógo Inter-Religioso Dentro Dos Muros Escolares De Uma Escola Pública. Mirian Rejane Flores Cerveira A questão da diversidade nos Planos de Educação: uma análise sob a perspectiva dos Estudos de Gênero e do Ensino Religioso. Remí Klein Interculturalidade, migração e resiliência cultural. Roberto Ervino Zwetsch

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GT 20 – Educação e religião: práticas, tensões e hibridações

26 e 27 de julho, Sala 209 do CCE

Coordenação Dra. Maria da Graça Jacintho Setton, USP Dr. Elias Evangelista Gomes, Unifal-MG

Comentários PhD Adriane Knoblauch, UFPR Dra. Cláudia Pereira Vianna, USP Doutoranda. Gabriela A. Valente, USP

Resumo: Os nexos entre educação e religião não são novos. Entretanto, há uma série de práticas, tensões e hibridações que tem sido realçada na contemporaneidade. Este Grupo de Trabalho tem como objetivo discutir as práticas formativas individuais e institucionais, as tensões existentes nos encontros de sujeitos de diferentes matrizes religiosas e as hibridações dos processos educativos dos modos de ser, pensar e agir. O GT buscará refletir sobre as interdependências das práticas educativas e religiosas na escola, mídia, família, política ou demais instâncias. Tendo em vista as tensões e os conflitos, compreende-se que a interface educação, religião e gênero exige uma postura reflexiva da academia. Serão acolhidos resumos que articulam aspectos dos direitos humanos e das violências aos processos educativos e religiosos, bem como aqueles com recortes sobre os marcadores sociais da diferença, dentre eles: fase da vida, sexualidade, raça-etnia e localidade. Comunicações: Dia 26/07/16 Educação na cosmovisão africana: um caminho de pertencimento e humanização. Alexandre Pinheiro Braga Percepções Docentes Sobre o Ensino Religioso na Escola Pública. Ana dos Anjos Santos Costa As religiões de matrizes africanas como fenômeno de hibridação de culturas em Salvador, Bahia. Carlos Alberto Caetano Tensões entre o campo da educação e o religioso: uma disputa de conservação do campo. Cláudia Maria de Jesus Castro, Cláudia Valente Cavalcante e Milene de Oliveira Machado Ramos Jubé. Práticas Socializadoras nos Pequenos Grupos da Igreja Sara Nossa Terra: Socialização e Obediência. Elaine da Silveira Ribeiro Ferrarese Cultura e sexualidade: as práticas de ensino entre jovens religiosos. Elias Evangelista Gomes Dia 27/07/16 Disposições de cultura religiosa e escola pública brasileira. Gabriela Abuhab Valente Religiões Afro-brasileiras no Ensino de História da África na Rede Pública de Ensino: O Caso de Recife e Olinda – PE. Joel Severino da Silva Religião e educação no Brasil: um estado da arte. Maria da Graça Jacintho Setton O corpo em debate nos saberes pós-críticos: em busca de elementos para a formação do educador em sexualidades no ambiente religioso. Rafael Contini Quirino Espaço da religião de matriz africana como local de aprendizagem educacional. Wilson Camerino dos Santos Junior

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GT 21 – Epistemologia e metodologias na pesquisa sobre religião

26 de julho, Sala 210 do CCE

Coordenação Dra. Sheila Mendes Accioly, UFPB Dr. Wallace G. Ferreira de Souza, UFCG

Comentários Tatiana Gomes Ferreira de Souza, UFCG

Resumo: A pluralidade na abordagem dos fenômenos religiosos justifica uma proposta de grupo de trabalho sobre reflexões epistemológicas/metodológicas. Posicionamentos epistêmicos e metodológicos influenciam abordagens e resultados, pois articulam a dimensão empírica, procedimentos de investigação e os alicerces teóricos. O GT propõe um espaço de debates sobre a pluralidade de olhares na produção de conhecimento nas pesquisas sobre religião e propõe, ainda, a discussão de fundamentos e propostas metodológicas, destacando o fazer epistêmico e suas possíveis implicações éticas, críticas e políticas. Os trabalhos submetidos devem apresentar reflexões acerca de questões como: formas de tratamento de novos/velhos problemas; aproximações e estratégias metodologias; desenvolvimento epistêmico; construção do objeto; construção do conhecimento no ensino de religião; elaboração de categorias conceituais; relatos compreensivos de práticas investigativas; influência autoral na pesquisa. Comunicações: Dia 26/07/16 As experiências religiosas da consciência segundo a fenomenologia do espírito de Hegel. Claudemir da Silva Arqueologia Fenomenológica como método de investigação da experiência religiosa. Júlia Gomes de Araújo A experiência na religião: uma visão daquele que observa. Maria Goretti Lanna Pluralidade na experiência: diálogo entre as noções do conhecer filosófico-teológico em Ivone Gebara e Friedrich Schleiermacher. Raphaelson Steven Zilse Escritas etnográficas e epistemologias feministas sobre o movimento ecumênico brasileiro. Tatiane dos Santos Duarte A Fenomenologia de Edmund Husserl e a filosofia japonesa de Kitaro Nishida. Tommy Akira Goto

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GT 22 – Espiritismo e suas perspectivas culturais na sociedade brasileira

26 e 27 de julho, Sala 211 do CCE

Coordenação PhD José Roberto de Lima Dias, FURG Dr. Marcelo Freitas Gil, IFRS

Comentários PhD Larissa Camacho Carvalho, UCS Dr. Vinícius Lima Lousada, IFRS

Resumo: O objetivo deste GT é reunir pesquisadores que trabalhem, a partir de diferentes abordagens e metodologias, com as relações estabelecidas entre o Espiritismo, a cultura e a sociedade brasileira. O Espiritismo surgiu na França em 1857 com a publicação de O Livro dos Espíritos, organizado pelo pedagogo Hippolyte Léon Denizard Rivail, que adotou o pseudônimo de Allan Kardec. No Brasil a Doutrina Espírita inseriu-se a partir da década de 1860, através de setores letrados da população do Rio de Janeiro, rapidamente espalhando-se por todo o país. Atualmente o Espiritismo possui milhões de adeptos e simpatizantes no Brasil, além de movimentar uma considerável indústria editorial, mantendo constante interlocução com diversos setores da cultura e da sociedade brasileira, o que vem gerando diferentes análises no campo das Ciências Sociais e Humanas. Assim, este GT se propõe a ser um espaço de discussão acerca de tais investigações, acolhendo propostas de comunicações que discutam essa temática. Comunicações: Dia 26/07/16 A mediunidade e a lei: os embates judiciais envolvendo médiuns e a consolidação do aspecto religioso do espiritismo no Brasil nas primeiras décadas no século XX. Alexandre Ramos de Azevedo Entre a mesa e a cruz: os conceitos de religião, ciência e espiritismo. Carlos Alberto de Carvalho Netto Cura espiritual: uma análise da experiência dos frequentadores não espíritas na Instituição Espírita de Caridade Nosso Lar, em Montes Claros, norte de Minas Gerais. Cristiane Martins Gomes O quadricentenário da morte de William Shakespeare e uma pergunta de Denizard Rivail. Gismair Martins Teixeira e Maria do Socorro Pereira Lima História e círculos letrados: um estudo das ideias espíritas em quatro autores. José Roberto de Lima Dias Leitura e Escrita em Eventos de Letramento do Centro Espírita Aristides Spínola, Alto Sertão da Bahia (1905-1930). Joseni Pereira Meira Reis Dia 27/07/16 Anália Franco e o “Novo Manual Educativo Para Nossos Filhos”. Larissa Camacho Carvalho O tríplice aspecto do Espiritismo: uma representação brasileira. Marcelo Freitas Gil A Dominação no Movimento Espírita. Mônica Cristina de Oliveira Ribeiro O Espiritismo no Brasil oitocentista: Introdução, propagação, conflitos e mídia. Nicolas Theodoridis A Antroposofia na Clínica Tobias: qual é o lugar da ciência, e qual é o lugar da espiritualidade? Raquel Littério de Bastos

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GT 23 – Espiritualidade e saberes científicos 26 e 27 de julho, Sala 213 do CCE

Coordenação Dr. Gustavo Ruiz Chiesa, UFRJ Pós-Doutorando Rodrigo Toniol, UNICAMP

Comentários PhD Nelson Job Vasconcelos de Carvalho, UFRJ

Resumo: A espiritualidade ocupa um lugar cada vez mais relevante nos debates contemporâneos das ciências sociais. Se, por um lado, o caráter impreciso e pouco estruturado do termo não inibe sua recorrência em etnografias, por outro, constatamos certa marginalidade das reflexões sobre a categoria, muitas vezes descrita como uma negação à religião institucionalizada ou como sinônimo de uma religiosidade centrada na esfera subjetiva. Procurando evitar estabelecer relações apriorísticas entre o termo e outras categorias (tais como religião e new age), privilegiaremos trabalhos que enfatizem as possíveis articulações entre ciência e espiritualidade envolvendo, por exemplo, 1) práticas que reivindicam legitimidade no campo científico e, ao mesmo tempo, questionam o establishment; 2) conexões entre espiritualidade e ciência na interface com a saúde. Essas são apenas algumas das modalidades de relação entre os termos, sendo nosso objetivo visibilizar e debater suas variadas formas de configuração. Comunicações: Dia 26/07/16 Uma experiência etnográfica: "a rede de acolhimento para dependentes químicos do Estado do Rio de Janeiro". Emanuel Luz e Silva Purificando o Corpo e o Espírito: Saúde e Cuidado entre os Fiéis da Igreja Messiânica Mundial do Brasil. Hellen Fonseca O que um frei faz na (e com a) ciência? Notas sobre práticas religiosas e de parapsicologia a partir da trajetória de frei Hugolino (1926-2011). Juliano Florczak Almeida Apometria: reflexões sobre espiritualidade, religião e saúde. Karine Mendonça Rodrigues Dia 27/07/16 Inteligência espiritual no espaço escolar. Maria dos Remédios Lima Silva Processo de Cura Espiritual na Casa de Dom Inácio de Loyola. Monalisa Dibo Xamanismos contemporâneos, espiritualidades, alimentação prânica e as relações dialógicas com a ciência ocidental moderna. Rodrigo Iamarino Caravita Pôster: Materialidades e “hibridismo ontológico”: agenciamentos de pedras e cristais na Nova Era. Nicole Kunze Rigon

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GT 24 – Espiritualidades e religiões na contemporaneidade: diálogos e interlocuções

26, 27 e 28 de julho, Sala 217 do CCE

Coordenação Dra. Dilaine Soares Sampaio, UFPB PhD Flávio Augusto Senra Ribeiro, PUC/Minas

Comentários Dr. Silas Guerriero, PUC-SP

Resumo: Este GT tem como objetivo acolher trabalhos que busquem compreender as características assumidas pela religião na sociedade contemporânea, a partir de diferentes perspectivas teóricas no âmbito das ciências das religiões, em especial, as ciências sociais da religião, levando-se em conta as especificidades regionais. Almeja lançar luz sobre os hibridismos e interlocuções feitas pelos novos modos de lidar com a espiritualidade, as denominadas espiritualidades “não religiosas” e os processos de privatização da religião. Pretende reunir tanto trabalhos que lidam com dados empíricos, como também aqueles que levantam questões teóricas pertinentes. Serão aceitas as comunicações frutos de pesquisa sobre as novas formas de espiritualidade, os “novos movimentos religiosos” (religiões ayahuasqueiras, Vale do Amanhecer, Wicca, etc.) e as transformações, arranjos, rearranjos, diálogos e interlocuções feitas no âmbito das religiões afro-brasileiras, do espiritismo e do cristianismo. Comunicações: Dia 26/07/16 Diversidade religiosa e representações sociais de família entre estudantes da rede pública de ensino paranaense. Ana Claudia Rodrigues de Oliveira Peculiaridades na interação entre as identificações étnicas e religiosas na comunidade remanescente de quilombo da Rasa, RJ. Bárbara Hilda Crespo Prado de Carvalho O universo banto na obra de Clementina de Jesus. Camila Luiza Souza da Silva O ordenamento jurídico brasileiro diante as religiões não institucionalizadas e as de menor expressão no Brasil. Débora Chabes dos Santos Nova Era e secularismo: O discurso sobre laicidade e religião no Encontro da Nova Consciência em Campina Grande – PB. Dilaine Soares Sampaio e Genaro Camboim Lopes de Andrade Lula A propósito do senso religioso contemporâneo. Flávio Augusto Senra Ribeiro As New Ages populares brasileiras, brave olhar sobre o Vale do Amanhecer na Paraíba. Glício Freire de Andrade Júnior Dia 27/07/16 A saída da religião e as espiritualidades contemporâneas em Marcel Gauchet. Henrique Marques Lott

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A Mouraria de todos os santos. A transnacionalização das religiões afro brasileiras em Portugal. Joana Bahia Nas asas do beija-flor: ou de quando a sociologia é instada a se ocupar da religião nas salas de aula do ensino médio. Mauro Meirelles Direitos sexuais e reprodutivos: o embate de posições no contexto legislativo brasileiro. Morgani Guzzo e Thomas Samuel Correia Morgado Trajetórias de teósofos e teosofistas: um estudo sobre os pertencimentos religiosos dos frequentadores da Loja Teosófica Dharma em Porto Alegre- RS. Natana Alvina Botezini A raiz revisitada: ayahuasca e espiritualidade na Arca da Montanha Azul. Rodrigo Rougemont da Motta Dia 28/07/16 Religião, saúde e juventude: o caso dos jovens do Centro Espírita União do Vegetal no Ceará. Rosileuda Pontes de Aguiar A abrangência da Nova Era: uma religião ou um conjunto de elementos culturais dispersos? Silas Guerriero A igualdade jurídica no direito e na prática: desafios e conquistas LGBT+ na política brasileira. Tatiana de Souza Sampaio Espiritualidade e missão: perspectivas para uma espiritualidade missionária na América Latina. Vitor Hugo Lourenço A Dádiva e a Limnaridade das “Vinte e Quatro Horas”: uma análise sobre a espiritualidade em Alcoólicos Anônimos. Wendel Leal Trindade

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GT 25 – Estado laico e religião: os embates sobre os diretos das mulheres e dos LGBT+ na política

brasileira 26 e 27 de julho, Sala 223 do CCE

Coordenação Doutoranda Morgani Guzzo, UFSC Mestra Tatiana de Souza Sampaio, UVA

Comentários Mestranda Alessandra Caroline Ghiorzi, UFSC

Resumo: A influência da tradição judaico-cristã na constituição da sociedade brasileira tem determinado valores, práticas e significados sobre o eu (corpo) e a relação de poder entre os indivíduos (política). Buscando refletir sobre as instituições religiosas, o sistema patriarcal e as práticas políticas atuais, este GT irá abordar de que forma os significados, as políticas públicas e a legislação a respeito do corpo, da identidade, da sexualidade e dos direitos humanos de mulheres e populações LGBT+ foram construídas ao longo do tempo até o contexto contemporâneo. Evidencia-se que, apesar de sermos um Estado laico, a presença de grupos religiosos na política partidária provoca embates com outros discursos e práticas sociais, como os da ciência médica, dos estudos de gênero e dos movimentos sociais feministas, LGBT+ e queer. Assim, serão aceitos trabalhos que envolvam a temática dos direitos humanos, civis e reprodutivos de mulheres e grupos LGBT+ na política interna e externa brasileira. Comunicações: Dia 26/07/16 Gênero, Religião e Impeachment: o discurso da Bancada Evangélica sobre as políticas de gênero e o impedimento da presidenta Dilma Rousseff. Alessandra Caroline Ghiorzi Mulher, política, direitos. Aline Lemos Corrêa de Oliveira Andrade Diversidade religiosa e representações sociais de família entre estudantes da rede pública de ensino paranaense. Ana Claudia Rodrigues de Oliveira Dizeres revolucionários: da posição de filha de Maria para filha da p... Ana Paula Alves Correa Os embates entre os discursos religiosos homofóbicos e os direitos dos LGBT no Brasil. Graziela Ferreira Quintão Dia 27/07/16 Liberdade de expressão religiosa e laicidade estatal: relativização dos direitos fundamentais para o enfrentamento das opressões de gênero e discriminação do grupo LGBTI. Laura Souto Maior Kerstenetzky Niilismo moral e sexualidade: a necessidade de revisitar o conceito de universalidade dos Direitos Humanos. Marcelo Paulo Wacheleski A igualdade jurídica no direito e na prática: desafios e conquistas LGBT+ na política brasileira. Tatiana de Souza Sampaio Representações sobre a honra e a sexualidade da mulher no Livro V das Ordenações Filipinas: história, direito e gênero na América Portuguesa dos tempo de União Ibérica (1580-1640). Vanessa Caroline da Cruz

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GT 26 – Expressões do paganismo contemporâneo no Brasil

27 de julho, Sala 225 do CFH

Coordenação Dr. Celso Luiz Terzetti Filho, PUC/SP Dra. Maria Roseli Sousa Santos, UEPA

Comentários Me. Dannyel Teles de Castro, UEPA

Resumo: O Paganismo Contemporâneo compreende uma miríade de expressões religiosas que tem em comum o culto aos deuses de diversos panteões de culturas pré-cristãs, a valorização da natureza e do sagrado feminino. Tais expressões buscam de forma reflexiva vivenciar uma espiritualidade mais natural e experimental, na maioria dos casos livre de dogmas rigidamente estabelecidos e fora de limites institucionais. No Brasil a presença destas religiosidades tem sido verificada de modo mais efetivo, principalmente devido ao número de produções acadêmicas que a cada ano vem sendo realizadas. A presença de grupos pagãos no espaço público brasileiro também não passa desapercebida. A luta pela liberdade religiosa e laicidade do Estado são temas que nos últimos anos tem feito parte da pauta de vários grupos. Neste sentido acreditamos que o estudo dessas expressões mostra-se importante assim como suas implicações e diálogos sobre Intolerância Religiosa. É por esse caminho que o presente GT pretende trilhar. Comunicações: Dia 26/07/16 Da Alma-nação à Cultura-mundo: A construção simbólica da comunidade wiccaniana no contexto da realidade global. Celso Luiz Terzetti Filho Paganismo, tribalismo e espaço público: uma análise a partir do caso do Encontro Social Pagão. Dannyel Teles de Castro Communitas e Comunidades Emocionais na Wicca – um reencantamento pela autonomia. Dartagnan Abdias Silva Tecer a teia no círculo: A retomada do poder feminino. Jamile Santos Da Silva A Religião da Deusa, saberes e ritos de familias neopagãs na terra brasilis. Maria Roseli Sousa Santos O Sagrado feminino em "Aradia, o evangelho das bruxas". Mayara Carrobrez e Patricia Lessa dos Santos Pôster: Religião e Cidade: Um Estudo Sobre a Identidade do Grupo Neopagão (Amapagão) em Macapá. Anderson Igor Leal Costa

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GT 27 – Fazendo, desfazendo ou refazendo gênero? Dialogando sobre igrejas inclusivas, terapias de “cura e libertação” e movimentos

feminista, LGB, trans* e queer 26 e 27 de julho, Sala 313 do CFH

Coordenação PhD Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo, UFSC PhD Marcelo Tavares Natividade, USP

Comentários Ma. Letícia Lanz, UFPR

Resumo: Este GT tem como objetivo estimular diálogos acerca de confecções identitárias de gênero e de sexualidade de pessoas trans* (termo aqui utilizado como diminutivo de transgeneridade, entendida como condição sócio-política de transgressão de expectativas sociais relativas ao sexo/gênero de outorga no nascimento) e de pessoas homossexuais a partir de discursos religiosos, dentre eles os de de igrejas inclusivas, de igrejas (neo)pentecostais e de ministérios de “cura e libertação”; e de discursos sócio-políticos como os de movimentos transgêneros, feministas, queer e LGB. Serão acolhidas propostas de quaisquer áreas do conhecimento, com o objetivo de fermentar provocações relacionadas às (in)tolerâncias às diversidades e aos fundamentalismos não só religiosos, como sexuais e de gênero. São bem-vindas fontes e procedimentos teórico-metodológicos como etnografia, etnografia do ciberespaço e história oral, dentre outros. Comunicações: Dia 26/07/16 Relações entre a Identidade Cristã de grupos LGBT e a Igreja da Comunidade Metropolitana, Maringá-Paraná: algumas considerações. Adriana Gelinski Igreja da Comunidade Metropolitana de Belo Horizonte: aproximações de uma experiência queer. Ana Ester Pádua Freire Processos de “Conversão” e “Santificação” em Igrejas Inclusivas Pentecostais. Cássio Raniere Ribeiro da Silva E Quando o Estranho é o Professor? Estratégias Identitárias de Docentes Homossexuais no Ambiente De Trabalho. Déborah Alves de Santana Dia 27/07/16 Demônios construindo um céu: fé, sexualidade, capturas e resistências no cenário religioso das Igrejas Cristãs Inclusivas. Francisco Ricardo Miranda Pinto e Francisco Ullissis Paixão e Vasconcelos Dragqueens/kings no altar – TRANSfigurações do divino em corpos marginais. Marcos Luis Oliveira da Costa Relações de Gênero e a normatização dos corpos no jornal Lar Católico. Paola Lili Lucena Pôster: A Igreja Inclusiva no Amapá: A homossexualidade, a fé e o acesso ao divino. Cleiton de Jesus Rocha

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GT 28 – Fontes e pesquisa das histórias missionárias na África - arquivos e acervos,

séculos XVIII – XX 26 de julho, Sala 227 do CFH

Coordenação PhD Lúcia Helena Oliveira Silva, UNESP PhD Raquel Gryszczenko Alves, UNICAMP

Comentários PhD Patricia Teixeira Santos, UNIFESP

Resumo: Este grupo de trabalho pretende acolher comunicações que dialoguem com pesquisas desenvolvidas em torno da temática das missões cristãs no continente africano entre os séculos XVIII e XX. A longa temporalidade permite perceber os impactos do esforço missionário como uma experiência história construída no tempo e que indicava tanto a necessidade da conquista da civilização material (a implantação da cristandade) quando a constituição de hierarquias sociais e laços políticos celebrados nos processos de conversão e batismo, por exemplo. Entendidas como fontes primordiais para se compreender os impactos do processo evangelizador que intensificou as relações entre africanos e europeus, as produções atreladas aos espaços missionários constituem-se também como um marco simbólico do embate entre as culturas, sendo primordiais para a compreensão do universo construído entre europeus e africanos e para a recuperação das narrativas sobre a África pré-colonial, colonial e pós-colonial. Comunicações: Dia 26/07/16 Os Missionários Palotinos na África. Fátima Machado Chaves Clamor no deserto”: a crítica ao “ódio de raça” na imprensa de Luanda a partir dos escritos do cônego Antonio José do Nascimento (1838-1902). Helena Wakim Moreno "Tem um espírito que vive dentro dessa pele". Inácio Dias de Andrade Bagandas e missionários: colonialismo, agencia e hibridismo. Lúcia Helena Oliveira Silva As representações religiosas e as práticas culturais dos africanos nos diários de viagem “De Angola à contra costa”. Mariana Alice Pereira Schatzer Ribeiro Os Bubi da Guiné Equatorial nas representações dos missionários claretiano. Pedro Acosta Leyva O comércio yao de escravos e missionários britânicos na África Centro-Oriental (1850-1890). Thiago de Araujo Folador

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GT 29 – Gênero, fundamentalismos, intolerância religiosa e violências

26 e 27 de julho, Sala 228 do CCE Coordenação Dra. Claudete Beise Ulrich, Fac. Unida Dr. Gerson Machado, Fundação Cultural de Joinville

Comentários PhD Felipe Gustavo Koch Buttelli, Centro Universitário Municipal de São José

Resumo: As diferentes manifestações religiosas geralmente se associam às práticas e discursos de paz, bem-estar, justiça, acolhimento e dignidade humana. No entanto, atualmente, assistimos a uma onda de intolerâncias, fortalecida por fundamentalismos religiosos que redundam na opressão de mulheres e minorias sexuais, bem como, na perseguição aos grupos religiosos, dentre eles, os afro-brasileiros. A falta de debates e pesquisas sobre as questões da intolerância com bases fundamentalistas tem contribuído para a naturalização e invisibilização das causas mais profundas das violências. Assim, o GT pretende reunir pesquisadores que trabalhem numa perspectiva emancipatória, tendo em vista a análise do fenômeno religioso, visando à construção de uma cultura de respeito às alteridades, denunciando as influências históricas dos discursos e práticas religiosas que fundamentam a opressão e violação de direitos de mulheres e minorias sexuais e religiosas. Comunicações: Dia 26/07/16 Mulheres evangélicas pentecostais: cativeiros e processos de libertação. Claudete Beise Ulrich A instabilidade sociopolítica e luta pelos direitos na Primeira República: contextos e desafios para empoderamento das mulheres na Igreja Adventista do Sétimo Dia do Brasil. Cleyton Ribeiro de Souza e Fábio Augusto Darius Cultos públicos, devoções privadas e intolerâncias: cartografia de lugares sagrados afro-brasileiros em uma cidade de colonização européia. Elaine Cristina Machado Organizações: polarizações de gênero. Eliana Cristina Caporale Barcellos Ocupando os espaços públicos desde as margens. Estratégias de resistência à intolerância religiosa. Felipe Gustavo Koch Buttelli Violências contra os Axés: Embates e combates à intolerância religiosa. Gerson Machado Dia 27/07/16 A inversão de poderes, do dominado ao dominante: O antissemitismo sob a ótica arendtiana até a Israel da atualidade. Guilherme Bada Duzioni; Lara Emauele da Luz Deus no singular, violências no plural? Monoteísmo e gênero no Antigo Testamento. Luiz José Dietrich O Caráter da Mulher Cristã na vida secular. Marlene Jose Alves Silva A libertação do mal com a ajuda da política: um estudo etnográfico na Igreja Mundial do Poder de Deus do Centro de Campinas-SP. Saulo Inácio da Silva

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GT 30 – Gênero, religião e política no público e no privado

26 e 27 de julho, Sala 231 do CCE

Coordenação Pós-Doutoranda Naira Pinheiro dos Santos, UMESP Doutoranda Priscila K Campanaro, UMESP

Comentários Dr. Emerson Roberto da Costa, UMESP

Resumo: Gênero é em certa medida uma categoria específica, pois diz respeito às relações sociais de sexo, mas nos permite analisar tais relações de maneira transversal. Elas atravessam e são atravessadas por todos os saberes, instituições e relações sociais, sejam de classe, raça/etnia, geracionais, presença de deficiência, pertença religiosa, nacionalidade. As religiões e os saberes religiosos constituem um campo privilegiado de produção de sentidos de gênero, que não permanecem enclausurados no âmbito privado, mas atravessam a esfera pública e a política. O GT acolherá propostas de comunicações e pôsteres que discutam novos paradigmas e aspectos teórico-metodológicos dos estudos de gênero e religião; permanências e mudanças nos saberes, discursos e práticas religiosas; interfaces entre religião e política; violência, seja ela doméstica, urbana, nas ou das instituições religiosas ou seculares; diversidade sexual; direitos humanos, dentre outros. Comunicações: Dia 26/07/16 “Violência de Gênero e Religião: uma análise da influência da religião nas relações familiares violentas de mulheres atendidas nas Casas Abrigo Grande ABC e seus agressores”. Claudia Maria Poleti Oshiro Do templo à guerrilha: a trajetória de Heleny Guariba. Daniel Augusto Schmidt Multiplicidade de vozes em espaços públicos, laicos e plurais: direitos reprodutivos em debate. Emerson Roberto da Costa Mulheres evangélicas no curso de Direito: percepções e práticas. Evenise Ribeiro de Almeida Ideologia de gênero: origens e consagração no Brasil. Fernanda Marina Feitosa Coelho Mulheres muçulmanas em movimento: feminismo(s), hermenêutica e ativismo político. Flávia Abud Luz Dia 27/07/16 Mães do axé e da resistência: o papel de liderança das mães de santo nas comunidades de terreiro. Guilherme Dantas Nogueira Proselitismo religioso na praça da Sé: desconstruções das fronteiras entre público e privado. Naira Pinheiro dos Santos Interseccionalidade de Gênero, Religião, Raça/Etnia e classe na política brasileira: parlamentares evangélicas negras no Congresso Nacional. Sandra Duarte de Souza Do discurso de verdade à imposição pela lei: o Estatuto da Família como ameaça à laicidade no Brasil. Tainah Biela Dias Mulheres, fé e política: evangélicas "reconstruindo" feminismos. Vanessa Maria Gomes Barboza

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GT 31 – Gênero, violência e religião na Antiguidade 26, 27 e 28 de julho, Sala 233 do CCE

Coordenação PhD Andrea Lúcia Dorini de Oliveira Carvalho Rossi, UNESP

Dr. Dominique Vieira Coelho dos Santos, FURB

Resumo: A História é a Ciência dos Homens no Tempo. Isso significa que uma das preocupações da comunidade dos historiadores profissionais é com a qualidade, a partir do controle metódico e do rigor científico, da elaboração de narrativas que possibilitem interpretações acerca dos fenômenos que ocorrem nas mais diversas temporalidades, o que envolve a dinâmica entre mudanças e permanências. Costuma-se conceituar como "religião" um destes fenômenos, que, como tal, precisa ser historicizado e compreendido, o que justifica a necessidade deste Grupo de Trabalho, cujo objetivo é reunir as pessoas interessadas em apresentar suas pesquisas, em andamento ou finalizadas, que sistematizam reflexões sobre a diversidade dos vários níveis possíveis de interação dos seres humanos com o suprasensível na Antiguidade, sobretudo, considerando a temática proposta por este GT: Gênero, Violência e Religião. Comunicações: Dia 26/07/16 O Culto Imperial na Literatura Latina do Principado Romano: possibilidades de análise da documentação pliniana. Andrea Lúcia Dorini de Oliveira Carvalho Rossi O sagrado feminino no cristianismo primitivo na perspectiva junguiana. Bruna Alves Schievano Considerações acerca do Mal e suas representações na literatura e na religião judaica: o legado para o Cristianismo Primitivo. Germano Miguel Favaro Esteves O comportamento da mulher na corte do Imperador Juliano no século IV d.C. Helena Borin Peixoto de Rezende Os aspectos da Religião Romana presentes em Factorum et dictorum memorabilium de Valério Máximo. Isadora Buono de Oliveira Dia 27/07/16 Ascetismo e práticas cristãs: um olhar para a atuação feminina nos círculos urbanos tardo-antigos. João Carlos Furlani Gênero e religio: representações nas Metamorfoses de Apuleio sidade na Antiguidade. Lahís Moreno Gibelato Naunakhet: o Gênero no Egito antigo, na visão de Jaroslav Cerny. Margaret Marchiori Bakos A Expulsão das mulheres pobres: Uma abordagem Feminina da Profecia de Miqueias. Maria Gisele Canário de Sousa Poder, violência e religião no século IV: Hilário de Poitiers e a construção da imagem de Constâncio II.

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Melissa Moreira Melo Vieira Dia 28/07/16 Imagens dos rituais religiosos na Grécia Antiga: um olhar sobre as representações femininas na cerâmica grega. Michelle Borges Pedroso A Linguagem Religiosa do Panegírico de Trajano. Nelson de Paiva Bondioli A pístis de Platão: problematização da estrutura dramática dos diálogos. Rafael Virgilio de Carvalho Sexo e Moral no Império Romano: da moral cívica à moral religiosa. Thiago Calçado

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GT 32 – Gênero, violências e religiosidades 26 e 27 de julho, Sala 235 do CCE

Coordenação Dra. Cláudia Denis Alves da Paz, CEEDF PhD Neuza de Farias Araújo, UNB

Comentários Mestranda Déa Vilela Julião, UNB

Resumo: A religião na contemporaneidade tem sido utilizada como espaço de poder masculino, contudo vale ressaltar que essa não é uma prática em todas as religiões. Diversas religiões e seus representantes se comportam de maneiras diferente em relação às pessoas, esse posicionamento se faz presente nas instituições( escolas....). Considerando que o gênero é uma categoria historicamente construída e tem suas relações sociais com interseções de classe, raça, etnia, sexualidade, é possível perceber que essas relações de poder, somada à pouca tolerância , por parte de alguns religiosos são marcadas por violências físicas, verbal, simbólica. Desta forma, as violências tornam-se atos de violação de direitos: civis, econômicos, sociais e culturais. Este GT objetiva reunir professores, pesquisadores, estudantes da pós graduação, para discutir estas questões, trazendo para o debate contribuições, estudos e pesquisas no sentido de ampliar a área do conhecimento. Comunicações: Dia 26/07/16 O Currículo, o gênero e a religião: os possíveis elos nos direitos humanos. Alcione Taveira Ribeiro e Tatiana Modesto Pimentel Espaços religiosos e violência de gênero contra mulheres cristãs. Bárbara Gomes Fernandes de Aguiar Imagem e representação da mulher na Igreja Católica. Cléa Aguiar Leite A importância da Cooperação Ecumênica como instrumento de inclusão e promoção dos DHESCA’S entre 1994 - 2010. Darli Alves de Souza Quebrando o silêncio: uma campanha religiosa na prevenção e combate a todas as formas de violência no ambiente familiar e na comunidade. Dorcas Cabral Dia 27/06/16 Mulheres Idosas: A Violência Oculta e Silenciosa por Trás da Janela. Iraci Nascimento de Castro O assédio verbal em espaços de homossociabilidade na cidade de Pelotas/RS e Rio Grande/RS. Juliana Lima Castro O “coming out” e seus desdobramentos dentro de famílias evangélicas. Karine de Gouvêa Pessôa A alma feminina: a questão do feminino em Edith Stein. Mak Alisson Borges de Moraes Violência simbólica de gênero na contemporaneidade. Neuza de Farias Araújo

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GT 33 – Igrejas e suas políticas: inclusão de minorias e Direitos Humanos no século XXI

26 de julho, Sala 309 do CFH Coordenação Dra. Gabriela Scartascini, Universidad de Guadalajara Doutorando Leandro Faria de Souza, PUC-SP

Comentários Doutoranda Valéria Aparecida Rocha Torres

Resumo: Tendo em mente as recentes transformações sociais (ondas migratórias, questões de gênero, sincretismo religioso) que o mundo contemporâneo proporciona em relação à efetivação dos Direitos Humanos, os quais atuam, diretamente, na dinâmica das articulações entre atividade humana e suas igrejas, nota-se, então, a riqueza inexplorada, presente nesses elementos. Diante disso, como as diferentes matrizes religiosas do Ocidente se relacionam com essas minorias e como tais minorias sociais se relacionam com suas Instituições? Esta indagação será o eixo central de nossas discussões que pretenderão levantar elementos para apontar possíveis caminhos para esta problemática. Neste sentido as pesquisas que estejam voltadas a este conjunto de aspectos: sociais, religiosos, institucionais e políticos; serão uma contribuição importante para este campo fértil de discussões. Comunicações: Dia 26/07/16 Derechos humanos y Tierra-Patria: la mirada del Papa Francisco en la era planetária. Gabriela Scartascini Spadaro A segregação religiosa sob a perspectiva filosófica de Henri Bergson. José Altran Laudato si: Estruturando um discurso. Leandro Faria De Souza Igreja e direitos humanos: da fundamentação teológica á declaração de 1948. Rafael dos Santos Eu, tu, eles e nós? Reflexões sobre o Diálogo Inter-religioso e Projetos de Inclusão Social em Igrejas Cristãs. Robson Stigar e Valeria Aparecida Rocha Torres Pôster: Casamento entre casais homoafetivos na Igreja Metropolitana João Pessoa – PB. Weverson Bezerra Silva

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GT 34 – Intercessões de gênero, raça e movimentos sociais: olhares analíticos sobre as

representações pró e contra as religiões afro, na América Latina e no Caribe

26 e 27 de julho, Sala 236 do CCE

Coordenação Dra. Joselina da Silva, UFRRJ PhD Maria Manuela Alves, UNIRIO

Comentários Doutorando Adriano Ferreira de Paulo, UFC Dr. Ivan Costa Lima, UNILAB

Resumo: Este GT visa articular estudos e leituras plurais sobre as desigualdades de gênero, articuladas às de raça / etnia, movimentos sociais e o atual estado de tensão religiosa expresso nas práxis sociais. A sociedade hodierna tem concebido intricadas subjetividades resultando em novas representações sócio/culturais. O Brasil e os países da América Latina e Caribe permitem examinar, de forma privilegiada, as representações que buscam subalternizar as chamadas religiões afro. Consideramos confrontar maneiras distintas de entender as variáveis que se distanciam das bases cristãs de expressão da religiosidade. Objetivamos constituir um espaço que articule aspectos interdisciplinares ou multidisciplinares sobre as diversidades e (des)igualdades sociais e culturais, tendo as religiões afro como tema de discussão analítica. Propomos um encontro entre pesquisadores a fim de estimular a reflexão crítica e a troca de saberes visando futuros trabalhos, pesquisas e publicações conjuntas. Comunicações: Dia 26/07/16 Representações contra as religiões de matriz africana na educação básica: olhares analíticos de professores de História. Adriano Ferreira de Paulo A festa e a comida como elementos socializadores na religiosidade afro brasileira. Cristina Conceição Silva e Jose Geraldo da Rocha Orixás em sala de aula: "não são tão ruins assim" - possibilidades de desconstruir o preconceito contra as religiões de matrizes africanas. Eliane Almeida de Souza e Cruz Religiões de matriz africana: interfaces com o espaço público. Ivan Costa Lima Perseguições aos praticantes das religiões de matriz africanas: intolerância, racismo ou ódio religioso? Joselina da Silva Dia 27/07/16 Titulo da proposta: Estabelecidos o racismo e a econômica na construção da sociedade brasileira. Kevelym Secundino dos Reis Orê ieiê ô, oxum! O discurso de professoras candomblecistas como axé pedagógico. Luiz Alberto Chaves Junior A Festa de São Jorge como lugar de fé e trabalho. Maria Manuela Alves Maia Racismo Cultura e economia. Moises Alcunha Religião de Matriz Afro-Brasileira no Pensamento Social. Sergio Luis do Nascimento

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GT 35 – Interfaces de religiosidades em contextos festivos inseridas no Cerrado e suas fronteiras

26 de julho, Sala 237 do CCE

Coordenação PhD Maria Idelma Vieira D’Abadia, UEG Dra. Mary Anne Vieira Silva, UEG

Comentários Dra. Tereza Caroline Lôbo, SEDUC-Goiás

Resumo: O Grupo de Trabalho se constitui como espaço de discussões para pesquisadores que abordam os sentidos e as representações de festas em contextos religiosos e profanos. Os estudos deverão agregar as representações e os sentidos simbólicos presentes nas manifestações religiosas cristãs e afro-brasileiras ocorridas no território regional, nacional e transnacional. Justificamos que nos lugares festivos ocorre à apropriação pelos indivíduos, uma vez que o território funcional possui variadas relações simbólicas. As festas ambientadas no “domínio” do Cerrado congregam debates a partir das formas de representações que caracterizam as religiosidades e que passam a qualificar os espaços. Objetiva-se conciliar pesquisas pelo viés da interdisciplinaridade, focalizando os contextos teóricos sobre as culturas e as religiosidades, ademais pretende-se promover diálogos sobre as experiências que revelem as singularidades das festas em seus territórios de vivências.

Comunicações: Dia 26/07/16 Paisagem Sonora dos Terços dos Cavaleiros Mouros e Cristãos em Pirenópolis, Goiás. Aline Santana Lôbo O "sagrado" e o "profano" na terra de Padre Cícero: Uma análise das experiências musicais nas romarias de Juazeiro do Norte. Amanda Priscila Souza e Silva Demarcações simbólicas e os sentidos do espaço sagrado em contextos interreligiosos. Eloane Aparecida Rodrigues Carvalho e Mary Anne Vieira Silva Mãos que oram, celebram e trabalham. Maria Cristina Campos Ribeiro As artes e os saberes que envolve as manifestações das religiosidades populares em Goiás. Maria Idelma Vieira D'Abadia As Folias de Santos Reis: manifestação religiosa cristã no cerrado goiano. Tereza Caroline Lôbo

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GT 36 – Interfaces do Sagrado na Amazônia 26 e 27 de julho, Sala 238 do CCE

Coordenação Dra. Marilina Conceição Oliveira Bessa Serra Pinto, UFAM Dra. Renilda Aparecida Costa, UFAM

Comentários Ma. Liliane Costa de Oliveira, Faculdade Boas Novas

Resumo: A escrita sobre o passado amazônico manifesta-se no processo de letramento protagonizado pelos indígenas, que agora começam a publicar suas Cosmologias. Trata-se de modo novo de se escrever a história pautado na oralidade. Tal acervo tem merecido atenção, dadas as incipientes análises sobre o material. Porém, este aspecto responde apenas pelo estrato ocupacional mais antigo da Amazônia. Se nos voltarmos para a cultura mestiça das cidades amazônicas, praticantes das religiões históricas hibridizadas, observaremos experiências com o sagrado manifestas e nem sempre tolerantes nas tramas sociais, suscitando questões de disputas, diferenças de gênero, conflitos, que no momento estão nas pautas acadêmicas. Pretende-se observar os hibridismos religiosos e as dinâmicas das manifestações religiosas praticadas na Amazônia. Objetiva-se conhecer em sua dimensão epistemológica, pesquisas, métodos e resultados obtidos pelas instituições e por pesquisadores que se debruçam sobre este campo. Comunicações: Dia 26/07/16 As Novas Comunidades em tempos de hibridizações: um estudo do campo religioso amazônico. Adelson da Costa Fernando O Sagrado mora nas águas: epifanias e divindades das águas em mitopoéticas orais de pescadores em Soure -Pará no arquipélago do Marajó. Carlos Jonatas Dias Negrão Filho Os cartazes do círio de N. S. de Nazaré: mística e identidade de um povo. José Maria Guimarães Ramos A ideia de Amazônia em interface a de Paraíso. Liliane Costa de Oliveira e Tereza de Souza Ramos Dia 27/07/16 Religiões de matrizes africanas na cidade de Parintins- Am e suas redes de relações dentro e fora do centro/ terreiro. Marcia Gabrielle Ribeiro Silva Feitio do Santo Daime na cidade de Manaus (AM), uma prática em trânsito. Marilina Conceição Oliveira Bessa Serra Pinto Processos de construção de identidades étnico/religiosas no Alto Solimões/ Amazonas: Renilda Aparecida Costa Trabalho e labor nas festas de promessa em Parintins-AM. Rosimay Corrêa

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GT 37 – Interfaces entre religiões, espiritualidade e saúde

26, 27 e 28 de julho, Sala 239 do CCE Coordenação Doutorando Fábio L. Stern, PUC-SP Doutorando Matheus Oliva da Costa, PUCSP

Comentários Doutoranda Lívia Crespo Drago, UFSC

Resumo: Em 1983, a Organização Mundial de Saúde alterou o conceito de saúde, distanciando-o da noção de “saúde como ausência de doença” para incluir a dimensão do bem-estar social e da cura espiritual. Porém, a formação dos profissionais da saúde não lhes capacita para o cuidado espiritual, gerando demandas por intercâmbios entre o profissional da saúde biológica e a figura social do terapeuta espiritual. Assim, este GT objetiva discutir estudos que relacionem os temas ligados à saúde e ao estudo acadêmico das religiões. Serão aceitos trabalhos que tratem da dimensão simbólico-religiosa do processo de saúde/doença, cura espiritual, medicinas tradicionais/populares, medicinas religiosas, práticas integrativas e complementares, terapias energéticas, e concepções de “energia” nos diferentes sistemas de cura e crescimento pessoal; de qualquer religião/espiritualidade. Trabalhos não listados nos temas acima, mas que explorem interfaces entre espiritualidades/religiões e saúde, também serão aceitos. Comunicações: Dia 26/07/16 A meditação integrativa como atividade de anima-ação cultural no processo educativo de idosos médiuns: Gerontagogia, Imaginário e Espiritualidade. Adilson Sanches Marques Experiência de quase morte (EQM): uma experiência mística? Beatriz Ferrara Carunchio Secularização e institucionalização da religião: o caso da Antroposofia. Bianca De Fiori Milani Interfaces entre a “relação de interagência” da Naturologia brasileira e as concepções de cura do movimento da Nova Era. Fábio L. Stern Reflexões sobre as pesquisas que abordam a importância da fé no tratamento de doenças: novas relações entre ciência e religião no campo da medicina. Fernando Oliveira Ornelas Pôster: Avaliações energéticas na Naturologia: métodos utilizados por naturólogos formados pela UNISUL. Adilson de Godoi Dia 27/07/16 Utilização do mito Kiwoa Primeira Matriarca, A Mãe que fala com todos os seres atrelado à prática arteterapeutica em alunos do curso de Naturologia da UNISUL em 2015. Franciele dos Santos Martins

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Espiritualidade e as abordagens de healing em oposição ao curing. Graciela Mendonça da Silva de Medeiros e Isadora Ferrante Boscoli de Oliveira Alves Cuidados paliativos e o empoderamento espiritual por sujeitos oncológicos. Ianne Paulo Macêdo O Projeto Reconstruir e o atendimento a dependentes químicos no Rio de Janeiro. Janine Targino da Silva Reformulações indígenas da Nova Era: Um olhar sobre o fenômeno neoxamanista. Joseane Monteiro Maurício Memória, tradição e práticas terapêuticas entre o povo de axé. Luciano Lima Souza Dia 28/07/16 Daoismo e Saúde: a Sociedade Taoista de São Paulo e a rede de terapias holísticas da Nova Era. Matheus Oliva da Costa Johrei: Uma canalização de luz purificadora através da imposição de mãos. Renata Matos Arruda Estudos contemporâneos sobre possíveis benefícios terapêuticos do uso Ritual da Ayahuasca. Ricardo Assarice dos Santos Para uma compreensão de Cuidado Espiritual em Enfermagem – reflexões a partir da obra de Donia Baldacchino. Vanessa Roberta Massambani Ruthes Pôster: Entre bruxas e benzederas: gênero e religiosidade em O Fantástico na Ilha de Santa Catarina, de Franklin Cascaes. Natan Schmitz Kremer

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GT 38 – Juventude, religião e Direitos Humanos: desafios contemporâneos

26 e 27 de julho, Sala 241 do CCE Coordenação PhD Jeová Rodrigues dos Santos, FAIFA

Doutorando Wellington Cardoso de Oliveira, UFG

Resumo: Os jovens carregam consigo as inconstâncias desta etapa da vida, e estão mais sujeitos a situações de tensões e de conflitos existentes no dia a dia. Sua vulnerabilidade pode ser percebida nas diversas áreas da vida social, onde ser jovem reveste-se de diversos significados. Os jovens nutrem sua vida buscando novas sensações e experiências, trilham caminhos de segurança, mas também caminhos de incertezas. Apostam em novas tentativas apenas para verem os resultados que lhes aguardam. É, portanto, um período que se configura como um momento de novas experiências e oportunidades, como também de novas descobertas e conflitos. A proposta é compreender como os estudos sobre a juventude contemporânea têm crescido nas últimas décadas do século XX, destacando os caminhos percorridos pelos jovens, ora pela segurança, ora pelas incertezas. Discussões feitas sobre juventude, religião e direitos humanos serão bem vindas neste GT. Comunicações: Dia 26/07/16 A Participação do Jovem na Continuidade Dos Terreiros de Candomblé no Brasil. Emerson Adriano Sill Rede Fale: Ativismo Evangélico Em Favor De Direitos Humanos. Emmanuel Moreno Pereira Breve análise: relação do menor em conflito com a lei e a “cultura da ostentação”. Erotildes Hobert Damacena Limoeiro Os Jovens Terena da Igreja 1° Congregação Presente Na Terra Indígena de Dourados. Lílian Luana da Silva Juventude e Ensino Religioso: uma análise sobre as vivências religiosas de jovens estudantes de colégios estaduais em Campos dos Goytacazes-Rj. Naiana de Freitas Bertoli Juventude Protestante no Brasil em Emergência de Novos Contextos - 1945-1964. Natan Alves David Dia 27/07/16 Do ser jovem: os mecanismos institucionais do Opus Dei e a legitimação da tradição no século XX. Avanço ou retorno? Nayara Cristina Lizarelli Discutindo direitos humanos e o meio ambiente no projeto Batuclagem e a magia das histórias. Paulo Henrique de Melo Ferreira e Vitória Melo Ribeiro Juventude e comunidades tradicionais de terreiro: desafios para a manutenção da tradição. Sônia Regina Corrêa Lages Juventude, Crenças Religiosas e Conflitos Geracionais na Contemporaneidade. Wellington Cardoso de Oliveira Pôster: Desafios da teologia para uma renovada compreensão de ser humano. Vanessa Inacio Alves

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GT 39 – Mitos e politeísmos da Europa Antiga e Medieval

26, 27 e 28 de julho, Sala 243 do CCE Coordenação PhD Johnni Langer, UFPB Mestra Luciana de Campos, UNESP-Franca

Comentários PhD João Lupi, UFSC

Resumo: O GT tem como principal objetivo o estudo e a discussão das religiosidades europeias de base politeísta, tanto na Antiguidade quanto na Idade Média. O GT contemplará pesquisas sobre mitos, ritos e crenças dos povos germano-escandinavos (nórdicos), celtas, eslavos, bálticos e greco-romanos. Também serão aceitas propostas que vislumbrem os símbolos, folclores ou reminiscências politeístas na mitologia cristã e no imaginário medieval (dentro do modelo instaurado por Jacques Le Goff e Hilário Franco Júnior). Apesar de serem tradições culturais extremamente importantes para se entender o dinamismo da religiosidade do Ocidente medieval e moderno, elas ainda são pouco estudadas em nosso país, o que justifica a realização deste GT. As contribuições podem abarcar temáticas de teoria do mito, História Cultural das Religiões, Arqueologia das Religiões e imaginário social. As fontes e temas podem envolver cultura material, literatura, crônicas históricas e abordagens comparativas. Comunicações: Dia 26/07/16 Hibridismo cultural no arenito de Kilpeck: relações entre a cultura celta e cristã na iconografia da Igreja de St. David e St. Mary, século XII. Amanda Basilio Santos A Concepção Escatológica na Religiosidade Nórdica Pré-Cristã e Cristã do Século X: Um Estudo Comparativo. Angela Albuquerque de Oliveira Pensamento religioso e produção de sentido no século XVI. Bruna Corrêa Assis O Bestiário Medieval: animais fantásticos das culturas pré-cristãs e a sua ressignificação no Ocidente Latino. Bruno Ercole As raízes do imaginário: o Diabo na sociedade católica européia no século XV. Crislayne Fátima dos Anjos Dia 27/07/16 O Simbolismo da Lança na Religiosidade Viking. Flávio Guadagnucci Palamin O “Paradigma de Yates”: o desenvolvimento da esoterologia segundo Wouter J. Hanegraaff. Humberto Miranda de Campos Alimentação e comensalidade em “O Banquete de Trimalchião”: a reverência aos deuses, aos mitos e à arte culinária. Isabella Magalhães Callia

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Thor, Perkunos e Horagales: comparando as deidades européias do trovão. Johnni Langer Da terra nascem as deusas: breve análise dos mitos de deusas europeias da fertilidade. Luciana de Campos Dia 28/07/16 O mundo nilótico celebra Bastet: uma festa para sua deusa. Maura Regina Petruski A figura do ferreiro nos mitos nórdicos. Munir Lutfe Ayoub Representações da Caçada Selvagem na Mitologia Escandinava: considerações metodológicas. Pablo Gomes de Miranda Entre nornas e valquírias: O simbolismo do cisne na Religiosidade Nórdica Pré-Cristã. Ricardo Wagner Menezes de Oliveira

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GT 40 – Mulheres, violências e sistema prisional 26, 27 e 28 de julho, Sala 244 do CCE

Coordenação Doutoranda Anelise Gregis Estivalet, Unisinos Dra. Thaís Guma Pagel, FURG

Comentários Dra. Aline Lemos da Cunha Della Libera, UFRGS

Resumo: Este grupo propõe trazer as questões sobre o encarceramento feminino, que aumentou consideravelmente nos últimos 10 anos no Brasil, buscando discutir a relação observada entre a questão de gênero e a violências, não se restringindo à esfera prisional. Propostas de pesquisas e estudos que atentem para o debate em torno das violências que envolvam o cotidiano das mulheres, privação de liberdade, educação no sistema prisional, direitos humanos e políticas públicas destinadas à população feminina serão bem vindas. A intenção é questionar os perfis de tais tipos de violências e as consequências na sociedade, assim como avaliar a implementação e a eficácia de políticas públicas e o papel dos movimentos sociais no combate desses problemas. Serão reunidos nesse grupo, também, trabalhos que tratem da perspectiva histórica desse tema, questões sobre saúde e trabalho das mulheres, assim como suas relações com as leis Maria da Penha e a do Feminicídio. Comunicações: Dia 26/07/16 Precisamos falar sobre as mulheres em cárcere Adriana Pires da Silva Trajetórias de jovens mulheres negras que conflitaram com a lei e proteção social: um estudo qualitativo na ótica do serviço social Adriana Severo Rodrigues A posição-sujeito mulher na constituição e no discurso de presidiárias Andressa Brenner Fernandes Educação Prisional: Múltiplos Espaços de Convivências e Aprendizagens Anelise Gregis Estivalet Nos relatos, lembranças do cárcere: prisão e tortura no documentário "Que Bom Te Ver Viva". Arielle Rosa Rodrigues Dia 27/07/16 Para além do punitivismo: tensões e conciliações entre a criminologia crítica e a criminologia feminista. Camila Damasceno de Andrade Deliquentes, prostitutas e histéricas: O discurso médico-legal sobre as mulheres infames no Brasil (1890-1939). Carolina Wanderley Van Parys de Wit Mulheres na fronteira da (in)sanidade: o discurso psiquiátrico e jurídico no Manicômio Judiciário de Santa Catarina (1971-1994). Cíntia Paludo Floriano Congregação Bom Pastor D’angers: história da administração das prisões femininas no Brasil.

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Débora Soares Karpowicz Um ensaio sobre mulheres empreendedoras no Amapá - conquistas no mercado de trabalho e desafios no mundo dos negócios. Fátima Lucia Carrera Guedes Dantas Dia 28/07/16 Mulheres e o cárcere: marcas da violência. Joice Tesseroli Fadel e Vanessa Elisabete Raue Rodrigues Penitenciária Feminina Madre Pelletier e saberes de Narcóticos Anônimos: Mulheres, ajuda-mútua e “recuperação” em movimento. Juliana Deprá Cuozzo Violências (re)produzidas e Gênero: um olhar sobre as representações de mulheres encarceradas Marinês da Rosa Pervertidas e meretrizes: as menores enviadas a Penitenciária de Florianópolis (SC, década de 1930). Viviane Trindade Borges

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GT 41 – Narrativas, resistência e transgressões de mulheres através da religiosidade

26 e 27 de julho, Sala 245 do CCE

Coordenação Dr. Celso de Moras Vergne, PUC/RJ Mestra Sandra Aparecida Gurgel Vergne, PUC/SP

Comentários Mestranda Célia Regina Cristo de Oliveira, UERJ

Resumo: A proposta deste GT é dar continuidade ao trabalho desenvolvido na ABHR sudeste que reuniu textos de narrativas de mulheres provenientes de pesquisas empíricas e/ou reflexões teóricas que possam tematizar o recrudescimento das tensões religiosas, com inúmeros casos de intolerância contra terreiros de Candomblé e integrantes de grupos religiosos. A questão racial brasileira estabeleceu uma vinculação entre dominação racial e religião, que se reflete nos espaços públicos. Atuando em um campo de doutrinação, utilizando a fé como inclusão e disciplinamento, produzindo silenciamento. Ao reforçar a imposição de uma subalternidade pacificada, atrelada a interesses políticos e de segurança pública. Outras culturas apresentam possibilidades de encontro, de formas de ordenação da vida e do simbólico, as quais continuam sendo combatidas em especial através da aculturação religiosa. O propósito aqui é pensar como a cosmovisão africana teria ferramentas para enfrentamento desta forma de racismo. Comunicações: Dia 26/07/16 A influência da religião na perpetuação de cárceres femininos. Camila Rodrigues Estrel A escrevivência de mulheres negras na escola: pensar em si em comunhão com outros. Célia Regina Cristo de Oliveira Mulher, Religião e Violência: Reflexões Sobre o Sagrado e o Mistério Femininos. Celso de Moras Vergne A Dança dos Orixás. Marcos Verdugo Mulheres Chefes de Terreiros: O protagonismo das mulheres nos Rituais de Almas e Angola na segunda metade do século XX. Michele Rodrigues Tumelero Dia 27/07/16 Racismo, Religiosidade e Descolonização em uma Perspectiva da Cosmovisão Africana. Monica Pinto da Rosa Conversas de Terreiro. Paula Isnard de Maracajá e Wanda Cristina Araujo Minha voz: A provocativa de transgressão africana. Sandra Aparecida Gurgel Vergne Narrativas na EJA: Violência, opressão e intolerância Religiosa. Verônica Amaral Luna da Silva

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GT 42 – Novas dinâmicas no campo das religiões afro-brasileiras e espiritismos

26 e 27 de julho, Sala 246 do CCE CoordenaçãoDr. João Luiz de Almeida Carneiro, FTU Dr. Volney José Berkenbrock, UFJF

Comentários Doutoranda Erica Ferreira da Cunha, UFABC e Dranda. PUC/SP

Resumo: O GT “Novas dinâmicas no campo das religiões afro-brasileiras e espiritismos” abordará projetos de pesquisa que têm em comum a recorrência de demandas advindas da sociedade quando se trata de pensar a formação, transformação, conformação e diálogo presentes no processo de construção identitária das religiões afro-brasileiras e espiritismos, levando em consideração as suas novas dinâmicas e presenças. Para entender o processo de identificação das religiões afro-brasileiras e espiritismos torna-se necessário compreender a linguagem, a simbologia utilizada e realizar um meticuloso processo de pesquisa, considerando a gama de metodologias existentes para analisar os vários templos-terreiros. São bem-vindas neste GT pesquisas que investiguem essas temáticas do campo religioso afro-brasileiro e espírita em interface com a rede mundial de computadores, com os (neo)pentecostalismos, a saúde, a política, a educação, entre outros.

Comunicações: Dia 26/07/16 A “fé em movimento”- efeitos da umbanda na internet. Bruna Alves Novaes Candomblé e tecnologias digitais da informação e comunicação: o que pode e o que não pode dentro do terreiro de candomblé ilê axé omo tifé. Eden dos Santos Barbosa As crianças do Ile Funfun Ase Awo Osogun : socialização e iniciação no candomblé jeje-nagô. Erica Ferreira da Cunha Jorge As consequências do trânsito religioso protagonizado por umbandistas e candomblecistas em um terreiro misto de Juiz de Fora/Minas Gerais. Gilciana Paulo Franco Dia 27/07/16 A noção de pessoa no candomblé: Ori-Bará como base fundamental da saúde. João Luiz de Almeida Carneiro Trânsito entre religião e ecologia: notas sobre a internalização da questão ambiental no campo religioso afro-brasileiro. Lucía Copelotti Guedes Cosmovisão da Tradição Banto dentro dos Candomblés Angolas. Ricardo Barroso de Paula O pluralismo religioso e as religiões Afro-brasileiras: desafio e resiliência na realidade religiosa atual. Suely Ribeiro Barra

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GT 43 – O campo religioso contemporâneo como espaço de debate

26 e 27 de julho, Sala 211 do CSE Coordenação Me. David Adan Teixeira Saenz, UFRGS Doutoranda Gilse Elisa Rodrigues, PUC/RS, Drx. Carlos José Beltrán Acero, Fundación Universitaria Bautista, Me. Humberto Ramos de Oliveira Jr,

UMESP, Dr. Arilson Silva de Oliveira, UFCG e Dra. Gisele Pereira de Oliveira, UEPB Comentários Me. Widney Pereira de Lima, UFAM e Mestrando Roberson Augusto Marcomini, UNICAMP

Resumo: Este GT parte da premissa de que o campo religioso contemporâneo, pela sua vitalidade social, política e cultural, é um profícuo campo de estudo. Com efeito, os desafios que as confissões e comunidades religiosas colocam aos Estados e à sociedade civil obrigam-nos a interpretar o fenômeno religioso com uma certa continuidade. Dada a multidimensionalidade do nosso objeto de estudo, propõe-se neste grupo de trabalho uma discussão assente em XX pilares essenciais: questões pós-coloniais, gênero e feminismo, minorias religiosas e sociais, violência e ainda religiões orientais. A abrangência temática permitirá, não apenas, ilustrar a atualidade do tema, mas, sobretudo, interpretar as múltiplas dimensões do seu campo de ação e a sua influência nas sociedades hodiernas. Criado a partir da articulação dos GTs: Emergência de novos sujeitos e identidades no campo religioso contemporâneo, Feminismo, pessoas subalternas e grupos marginalizados: interrupções pós-coloniais em “História” e “religião” e Gênero, violência e religiões orientais: entre disparidades, lembranças e fatos. Comunicações: Dia 26/07/16 Contribuições de Mahmoud Muhammad Taha para a emancipação da mulher no Islam. Ana Flávia Souza Aguiar Não Somos o Corpo e a Sociedade não Sabe: Androginia e Homossexualidade Divinas no Hinduísmo. Arilson Silva de Oliveira Mulheres da História: A participação feminina na Historiografia brasileira da década de 1970. Bruna Stutz Klem A homoafetividade na lei islâmica: o caso iraniano. Camila Guidolin Feminismo islâmico e estudos pós-coloniais: uma nova consciência de gênero em um Oriente que rejeita a ocidentalização. Clarissa De Franco Cinema evangélico no Brasil, a logopatia a serviço da fé. Gerson Leite de Moraes Dia 27/07/16 A Influência pentecostal nos ritos fúnebres de membros das igrejas históricas: do rito ao discurso. Jailza Silva Santos Magalhães Entre margens: as kalavant de Goa nos século XVI e XVIII. Luiza Tonon da Silva Mulheres na história das ciências no Brasil. Mary Helen Silva Oliveira Meu corpo, meu território: Estratégias afirmativas dos direitos sexuais e reprodutivos do movimento feminista e população LGBT na governamentalidade da saúde pública em Moçambique. Paulo Fernando Mafra de Souza Junior Religiosidades queer e xs sujeitxs marginalizadxs. Vitor de Amorin Gomes Rocho Pôster: Em busca de uma nova "visão": a adaptação de uma igreja batista porto-alegrense ao contexto religioso contemporâneo. Taylor Pedroso de Aguiar

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GT 44 – O espiritismo como objeto de pesquisa: história, memória e cultura

26 de julho, Sala 247do CCE

Coordenação Dr. André Victor Cavalcanti Seal da Cunha, UERN Dra. Karlla Christine Araújo, UERN

Comentários Dr. Augusto César Dias de Araujo, IFPB

Resumo: Este GT se propõe a aglutinar trabalhos que adotem o Espiritismo como objeto de estudos acadêmicos. Interessa-nos primordialmente a literatura espírita brasileira, bem como estudos dos textos-fonte da tradição espírita [Allan Kardec e teóricos do Espiritismo]. O Espiritismo nele será abordado como fenômeno cultural. Como tal, as obras psicografadas são compreendidas dentro da complexidade de seu circuito, não sendo dissociados os âmbitos do texto e do suporte que lhe confere materialidade, os aspectos relacionados à produção da recepção e da apropriação dos livros. Considera-se que esta produção literária representa um fenômeno cultural, religioso e editorial ainda pouco estudado. É sob tal perspectiva que o GT procura fomentar pesquisas sobre o Espiritismo que articulem abordagens como a História cultural e os Estudos culturais. Comunicações: Dia 26/07/16 Representações mútuas entre Evangélicos e Espíritas em Periódicos Religiosos Brasileiros (1931-1939). Amauri Morais de Albuquerque Júnior A Invenção da Imagem Autoral de Chico Xavier no texto prefacial de Cartas de uma Morta. André Victor Cavalcanti Seal da Cunha Uma nova era para a humanidade: messianismo e escatologia na teologia espírita kardeciana. Augusto César Dias de Araujo Apontamentos sobre a constituição da memória de uma família espírita: A trajetória dos Silva e Souza, em Santa Maria/RS (1921-1971). Beatriz Teixeira Weber e Felipe Girardi O discurso espírita sobre o catolicismo e a umbanda na revista “A Reencarnação” (Rio Grande do Sul - Década de 1950). Bruno Cortês Scherer Entre o Romance e a História: narrativas de vida e memória em O Evangelho do Futuro. Karlla Christine Araújo Souza De Rivail a Kardec, das “mesas girantes” ao Espiritismo. Túlio Augusto Paz e Albuquerque

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GT 45 – Patrimônio cultural, fé, crenças, religiões e gênero

26 e 27 de julho, Sala 248 do CCE

Coordenação Ma. Caroline Césari de Oliveira, UFMG Dra. Liliane Faria Corrêa Pinto, UFMA

Comentários Doutorando André Pires do Prado, UNESP Doutoranda Ilka Cristina D Pereira, UFMA

Resumo: Esse GT propõe discutir a relação do patrimônio cultural, material ou imaterial, com as questões de gênero, a fé, as crenças, as religiões das populações que manifestam e se identificam com esse patrimônio. O conceito de patrimônio adotado se refere a todos os bens de natureza material, móveis e imóveis, e imaterial, celebrações, personalidades, ofícios e modos de fazer, formas de expressão, lugares, que podem constituir ou constituem o patrimônio cultural de uma determinada comunidade ou sociedade. Associados aos conceitos de memória e identidade, o patrimônio cultural está intimamente ligado à fé, às crenças e à religiosidade, sendo, muitas vezes, um reflexo dessas práticas. Nesse GT serão aceitos trabalhos que analisam a relação do patrimônio cultural com o sagrado e as relações com as questões de gênero, a fé, as crenças, religiões e religiosidades que transitem pelos conhecimentos históricos, antropológicos, sociológicos, arquitetônicos e das ciências das religiões, entre outras.

Comunicações:

Dia 26/07/16 O patrimônio para além do tombamento: uma reflexão sobre a percepção afetiva como suporte de valoração e de legitimação de bens culturais. André Pires do Prado Itinerário dos níveis de fé em João Batista Libanio. Carlos Rafael Pinto O protagonismo feminino nas Guardas de Congado do município de Vespasiano em Minas Gerais. Caroline Césari de Oliveira Leituras do Patrimônio Cultural Religioso: A imagem do Padre Cícero e sua Representação em Território carioca - A Feira de São Cristóvão, RJ. Elis Regina Barbosa Angelo Patrimônio cultural, intolerância e religiões afro-brasileiras no Piauí. Francisca Verônica Cavalcante Zeladoras e Encantados- Terecô da Mata de Codó. Ilka Cristina Diniz Pereira Dia 27/07/16 A face imaterial do turismo: Análises acerca dos usos turísticos do terreiro de candomblé “Casa Branca” em Salvador (BA). Jéssica Gonçalves Silva Religiosidade e Gênero: Expressões da Crença e da Cultura Amazônica. José Lima de Alencar Modos de fazer e o sagrado no preparo da Queca de Nova Lima/MG. Liliane Faria Corrêa Pinto Entre Patrimônios Culturais Religiosos no Rio Grande do Sul. Mônica Backes Kerber A memória em disputa: análise das reivindicações pela devolução dos objetos da coleção Museu de Magia Negra do Museu da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Pamela de Oliveira Pereira Pôster: Trajetória da Bandeira do Divino Espírito Santo em Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis: significados, mudanças e permanências. Janice Gayer Moreira Monguilhott

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GT 46 – Pentecostalismos e assembleianismos 26, 27 e 28 de julho, Sala 250 do CCE

Coordenação Dr. Claiton Ivan Pommerening, Faculdade Redifim Doutorando Ismael de Vasconcelos, UFJF

Comentários Doutorando Fernando Albano, EST

Resumo: A frequente participação dos pentecostais na esfera pública denota uma dinâmica que é significativa para os estudos e discussões acerca da história da religião no Brasil. E esta dinâmica passa necessariamente pelas Assembleias de Deus (ADs), a denominação que mais se difundiu entre os evangélicos brasileiros e que contribuiu substancialmente para a forma do pentecostalismo como hoje o conhecemos. A proposta deste GT é reunir pessoas que vem estudando os fenômenos pentecostalismo e assembleianismo nas mais diversas abordagens, contribuindo assim para um compartilhamento interdisciplinar de experiências e ideias acerca da temática em questão, tendo em vista ser um campo de estudos bastante profícuo, mas ainda ambíguo, na atualidade, principalmente considerando as recentes interpelações da religião no espaço público. Por isso, o debate interdisciplinar deve ser o princípio motivador deste GT. Dia 26/07/16 Comunicações: Pentecostalismos: o Desenvolvimento de sua Diversidade Religiosa. Ailto Marins Em tensão com o mundo: identidade jovem assembleiana. Alexander Soares Magalhães Teologia Pública em Perspectiva Pentecostal. Allan da Rocha Baptista Evangélicos na política: considerações acerca de um vereador assembleiano no legislativo municipal de Campo Mourão. Amanda Costa Pinheiro Igrejas pentecostais e Renovação Carismática Católica: em busca da pentecostalidade comum. André Luís da Rosa Pôster: Pentecostalismo e Política: Os "políticos de Cristo" e suas relaçoes com Assembleia de Deus no Amapá. Arielson Teixeira do Carmo Dia 27/07/16 Assembleianismos na periferia capixaba: aspectos teológicos. David Mesquiati de Oliveira “De Pai pra Filhos”: a questão da sucessão familiar nas ADs Ministério de Madureira. Douglas Alves Fidalgo

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A construção da identidade no Pentecostalismo da Assembleia de Deus a partir do conceito de subjetividade no pensamento de Michel Foucault. Fabricio Filisbino O lugar da experiência religiosa e da narrativa na teologia pentecostal. Fernando Albano Uma leitura autorizada aos assembleianos: as estratégias editoriais para consolidação e expansão da revista Lições Bíblicas (1941-1993). Francisco Alexandre Gomes Silas Malafaia a partir de aspectos do Mecanismo Miméticode René Girard - Uma Descrição. Gideane Moraes de Souza Dia 28/07/16 Gideões Missionários da Última Hora e o pentecostalismo das Assembleias de Deus. Ismael de Vasconcelos Ferreira Que Pentecostalismo é esse? O processo de Despentecostalização no Brasil Luciano de Carvalho Lirio Campo da educação em Maracajá e trânsito religioso: um espaço de resistência religiosa (1947). Lúcio Vânio Moraes Protestantismo nas Comunidades Tradicionais: Tradições e Ressignificações. Lusinaide Cordeiro de Sales Lima Marques Dominação carismática no Pentecostalismo de Imigração. Samuel Pereira Valério Novos movimentos pentecostais: esboço dos pentecostalismos contemporâneos no Brasil. Victor Breno Farias Barrozo

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GT 47 – Pentecostalismos, periferias e violências 26 e 27 de julho, Sala 252 do CCE

Coordenação Doutorando José Honório das Flores Filho, UMESP Me. Lucas Braga Medrado da Silva, UMESP

Comentários Doutorando Vagner Marques, PUC/SP Mestrando Adriel Moreira Barbosa, UMESP

Resumo: Nos últimos censos demográficos tem-se observado um crescimento do segmento evangélico, em que os pentecostais são os maiores responsáveis. Dentro desta fatia evangélica, novas igrejas são criadas com frequência nas periferias urbanas, constatando-se um grande número destas igrejas. Contudo, coexistindo com o pentecostalismo, estão as violências em suas diversas expressões como, a promovida pelo tráfico, pela polícia e as intolerâncias religiosas, além da marginalização sofrida pelos moradores. Diante deste quadro, os pentecostais nas periferias possuem uma importância sociológica, mas que carece ainda de estudos que dialoguem as categorias sociorreligiosas culturais e plurais deste fenômeno ao contexto periférico brasileiro. O presente GT pretende recrutar pesquisas das diversas áreas do conhecimento, para gerar um frutífero debate acerca das múltiplas faces das religiosidades pentecostais nos contextos sociais de periferia urbana. Comunicações: Dia 26/07/16 A crítica de Roger Williams à violência colonial como aporte para o debate sobre a violência religiosa. Adriel Moreira Barbosa Evangélicos Pentecostais nas periferias Uberlandenses. Anna Carolina Alves Cruz Ocupação sonora que busca tratar o "problema da violência". Jamille Narciso dos Reis Bezerra Entre a cruz e a espada – Uma Etnografia na Comunidade e no Santuário da Guia na Cidade de Lucena - PB. José Adailton Vieira Aragão Melo O negro pentecostal na área do Mandacaru em João Pessoa e seu perfil sociocultural e religioso: identidade versus preconceito em meio a segregação e pobreza. José Honório das Flores Filho Dia 27/07/16 A adesão pentecostal de bandidos e ex-bandidos – Um estudo sobre religião e periferia na favela do Jardim São Jorge em Cidade Ademar – SP. Lucas Braga Medrado da Silva Periferia, resistências e os sem religião. Marcos Henrique de Oliveira Nicolini “O certo é certo na guerra e na paz”: Crescimento pentecostal e justiça do crime nas periferias de São Paulo. Vagner Aparecido Marques Pentecostalismo e redes de amparo: um estudo de caso das igrejas da Assembleia de Deus na favela Matadouro em Campos dos Goytacazes – RJ. Vanessa da Silva Palagar Ribeiro

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GT 48 – Práticas terapêuticas e tradições religiosas: complexidade e variabilidade nas

interfaces entre o culto e a cura 26 e 27 de julho, Sala 001 do CSE

Coordenação Dr. Raimundo Inácio Souza Araújo, UFMA Doutorando Thiago Lima dos Santos, UFMA

Comentários Dra. Mundicarmo Maria Rocha Ferretti, UFMA Dr. Sérgio Ferretti, UFMA

Resumo: Ao longo da história, em diferentes tradições religiosas, a experiência do divino esteve direta ou indiretamente relacionada à possibilidade do restabelecimento físico ou espiritual, aproximando muitas vezes culto e cura como interfaces do mesmo fenômeno. O presente GT busca reunir trabalhos que abordem a relação entre práticas terapêuticas e tradições religiosas em suas diversas ocorrências no Brasil. O debate sobre essa questão tem sido muitas vezes orientado pela discussão sobre a eficácia de certos tratamentos ou sobre a sua legalidade e validade frente ao saber biomédico. Nossa expectativa é contribuir para esse debate a partir da interligação de pesquisadores que vem enfrentando desafios teóricos e metodológicos com o objetivo de melhor compreender a relação entre doença e cura em diversas experiências religiosas. Neste GT serão aceitos trabalhos acadêmicos preocupados em compreender esse fenômeno a partir da perspectiva histórica, sociológica e antropológica. Comunicações: Dia 26/07/16 "Pastoral do sexo" - discursos públicos acerca do tratamento psicoterapêutico das homossexualidades. Alexandre Oviedo Goncalves Cura Religiosa: narrativas de itinerários terapêuticos em dois contextos religiosos. Ana Keila Mosca Pinezi Concepção e cura do sofrimento e da doença no candomblé. Daniela Calvo Entre o Aconselhamento Pastoral e o Psicológico: O cuidado e sua dimensão de encontro com o outro. Dimitri Carlo Gabriel da Silva A pajelança no terreiro de Santa Bárbara: tratamento, cura e socialização. Evileno Ferreira Dia 27/06/16 Abençoada cura: poéticas da voz e saberes de benzedeiras. Lidiane Alves da Cunha A parteira também é mãe: a trajetória da Pajôa Benedita Cadete e práticas de parto no Município de Cururupu – MA. Pablo Gabriel Pinto Monteiro A fênix do nordeste: morte e renascimento. Rosalina Nunes Dutra Pôster: O atuação da "Cristolândia" na recuperação de mulheres usuárias de crack: possibilidades e limites na inclusão social. Vanessa Marins Amado Henriques

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GT 49 – Protestantismos e pentecostalismos no Brasil: fontes, teorias e métodos

26 e 27 de julho, Sala 002 do CSE Coordenação Dr. Lyndon de Araújo Santos, UFMA Dr. Vasni de Almeida, UFT

Comentários Dr. Adroaldo José Silva Almeida, IFMA

Resumo: Transcorridos mais de dois séculos da presença evangélica no Brasil, quais foram suas contribuições de caráter ético, político, religioso e cultural no cenário nacional? Como se deu a participação dos evangélicos em relação aos movimentos sociais que permearam a história brasileira? Que aspectos denotam uma cultura evangélica própria nos campos da religião, da política, da economia, da ética? Uma gama considerada de estudos acadêmicos tem se ocupado em desvendar os significados dos discursos e das práticas de anglicanos, luteranos, congregacionais, presbiterianos, metodistas, batistas, assembleianos e outras expressões eclesiásticas. Esse GT pretende ser espaço de discussões nos aspectos históricos, teóricos, metodológicos e temporais sobre tais grupos religiosos. Comunicações: Dia 26/07/16 Imprensa Evangélica: a política editorial evangélica durante a ditadura no Brasil. Adroaldo José Silva Almeida Protestantismo lusófono em foco na imprensa batista. Anna Lúcia Collyer Adamovicz A Assembleia de Deus entre sociabilidades e normatividades: possibilidades de pesquisa através dos livros de ata do grupo religioso. Igor José Trabuco da Silva “Em nome do povo e invocando a proteção de Deus”: a presença dos deputados estaduais evangélicos na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (ALEMA) (2002-2010). Notas de uma pesquisa. Jaciara Fonsêca dos Santos Drogas e Religião: O entendimento de Igrejas Evangélicas em Natal/RN sobre o “Problema das Drogas”. João Daniel de Lima Simeão Aurélio Viana e a crise Escola Superior de Guerra x Câmara dos Deputados. Um capítulo da presença protestante no parlamento brasileiro. João Marcos Leitão Santos Dia 27/07/16 Religião e Classe Social: Uma análise do Especialista Religiosos em diferentes segmentos do movimento evangélico. João Ricardo Boechat Pires de Almeida Sales Questões para uma historiografia do Protestantismo no Brasil (1930-2000). Lyndon de Araújo Santos Magia na Igreja Mundial do Poder de Deus: uma interface com o ensaio “Esboço de uma teoria geral da magia”, de Marcel Mauss e Henri Hubert. Marcos Rodrigues Simas e Ricardo Bitun Atuação Pastoral no Front Italiano: Uma Análise das Memórias do Capelão da Força Expedicionária Brasileira João Filson Soren. Thiago Rodrigo da Silva Estudos do metodismo brasileiro: teorias, fontes e métodos. Vasni de Almeida

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GT 50 – Relações de gênero e religião: conceitos e construções teológicas e sociais

26, 27 e 28 de julho, Sala 003 do CSE

Coordenação Mestre José Willians Simplício da Silva, UNIR Dra. Lilian Maria Moser, UFPA

Comentários Ma. Talita Gonçalves Medeiros

Resumo: O presente GT busca agregar investigações que abordam relações de gênero, envolvendo as várias nuances que permeiam essa discussão. Inclusive, aquela forjada no seio da Igreja Católica para justificar hierarquias de gênero e relações de poder. Qual seja, colocando-o na condição de “Eva”, por pertencer à categoria de pecadores, e exercer o seu papel de esposa e mãe resignada para alcançar o estágio de Maria, como aquela que superou as dores e “desamores” em silêncio. Nesse sentido, foram realizadas pesquisas a respeito, (Gebara, Beauvoir, Scott, Perot, Mill, Butler), nas diversas áreas de conhecimento, proporcionando novos horizontes, em que a mulher foi redefinindo seu espaço e desconstruindo o dualismo patriarcal, hierárquico e salvífico, mas perdura o discurso do poder e da masculinização da teologia e da sociedade. Assim, o presente GT se abre para todas as percepções possíveis a respeito da temática, uma vez que as entende dentro do campo da cultura e da historicidade humanas. Comunicações: Dia 26/07/16 O papel da mulher na política religiosa: Santa Teresa de Jesus e a reforma do carmelo descalço. André Luis de Castro Albuquerque A presença da mulher na literatura umbandista: uma análise de obras de W. W. Matta e Silva. Giovanna Helena Teixeira da Cruz Silva A presença feminina na Fenomenologia da Religião: Edith Stein, Conrad Martius e Gerda Walther. Guilherme Goulart de Rezende O Papel da mulher no Império do Divino do Guaporé em Rondônia. José Willians Simplício da Silva Os discursos antidivorcistas no Brasil: uma reflexão sobre as relações de gênero entre 1950 e 1977. Laura Lorena de Souza Carvalho e Lili Machado Dia 27/07/16 Aspectos Históricos da Vida Consagrada feminina no Brasil: Ser Freira antes e depois do Concílio Ecumênico Vaticano II. Leandro Neri Brito Mulher - Eva, Pecadora no vestir e Santa ao Exercer Serviços à Igreja. Lilian Maria Moser A fé no Divino e em Nossa Senhora da Conceição no espaço do Guaporé, sob a ótica feminina. Maria Enísia Soares de Souza e Uílian Nogueira Lima

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Possíveis influências das religiões nas relações de gênero no âmbito das famílias. Maria Goreth Santos Produção do feminino: representações de gênero no discurso teológico tradicional. Neiva Furlin Dia 28/07/16 Experiência Religiosa no dogma da Imaculada Conceição. Robert D. Landgraf Construindo feminilidades: a religião como forma de ensinar. Talita Gonçalves Medeiros Gênero e poder na Igreja Sara Nossa Terra: a atuação da Bispa Lúcia Rodovalho. Thiago Pereira Lima “Sob a égide de Clara de Assis”: representações religiosas femininas franciscanas ontem e hoje. Vanessa de Faria Berto

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GT 51 – Religião, cultura visual, cinema 26 e 27 de julho, Sala 004 do CSE

Coordenação Dr. Frederico Pieper, UFJF Dr. Helmut Renders, UMESP

Comentários Dr. Arnaldo Érico Huff Júnior, UFJF Dr. Joe Marçal Gonçalves dos Santos, UFS Dr. Luís Américo Silva Bonfim, UFS

Resumo: Esse GT tem por objetivo reunir pesquisas que explorem a mútua relação entre cultura visual e religião. Para tanto, acolhe trabalhos que tratem das diversas formas pelas quais a religião ganha expressão na cultura visual e no cinema (filmes, ícones, fotografia, gravura, escultura, artes plásticas, etc.), dos mais diversos períodos históricos, tradições religiosas e culturais. Consideram-se também trabalhos que proponham análises da força performativa de imagens e sobre a metodologia para interpretação da cultura visual contemporânea em articulação com a religião. O GT parte do pressuposto de que a atenção a esse aspecto da cultura é uma resposta ao avanço da "visualização" e "estetização" da cultura contemporânea, com a expansão dos mundos imagéticos para todas as áreas da vida, desde o cotidiano, passando pela religião até a ciência. O problema que o GT se propõe a desenvolver é acerca de como a religião participa desse fenômeno, bem como das implicações para se pensar a religião. Comunicações: Dia 26/07/16 Anticristo de Lars Von Trier (2009): O Feminino é a Igreja de Satã? Adriano da Silva Denovac Ángeles y santos como tópicos de resistencia en el programa visual de la agrupación Convivio (Argentina 1927-1947). Alejandrar Leticia Niño Amieva Co-versando com o cachorro louco: forma, poesia e profecia. Arnaldo Érico Huff Júnior O exorcista e o iImpério das luzes, uma análise semiótica. David Carlos Santos Sarges Os demônios de Emily Rose: uma análise das problemáticas de gênero em contexto cinematográfico. Fernando Antônio da Silva Religião e niilismo no cinema. Notas sobre Luz de Inverno de Ingmar Bergman. Frederico Pieper Dia 27/07/16 Hagiografia Filmica: São Francisco de Assis no cinema. George José Rodrigues de Melo “O caminho largo e o caminho estreito” segundo Charlotte Reihlen, François Georgin e Hieronymus Wierix: relações entre cultura visual pietista e contrareformista. Helmut Renders Erotismo e Transgressão no filme "Filho de Saul". Leyla Brito Fotografia e Memória: o papel dos líderes religiosos na construção identitária dos fieis no município de Ji-Paraná/RO. Mônica do Carmo Apolinário de Oliveira A Cultura Gospel e a desinstitucionalização do sujeito religioso: uma investigação a partir dos desigrejados evangélicos e movimentos desinstitucionalizantes de Londrina/PR. Vanderlei Frari

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GT 52 – Religião e ciência: tensão, diálogo e experimentações

26 de julho, Sala 005 do CSE Coordenação Dr. Carlos Eduardo Marotta Peters, Centro Universitário Toledo Dra. Leila Marrach Basto de Albuquerque, UNESP

Comentários Dra. Maria Regina Cariello Moraes, USP

Resumo: Religião e ciência são dois grandes sistemas de pensamento na modernidade em disputa pela hegemonia das definições de verdade. O pós-guerra trouxe nova configuração para este jogo de forças, deslegitimando versões científicas da realidade e estimulando a busca de novos fundamentos do conhecimento para explicar o homem e o mundo. A convivência, hoje, dessas duas grandes narrativas mostra que a cientização do mundo e o reencantamento do mundo caminham juntos e vigorosos nas suas versões puras ou híbridas. Este GT quer acolher estudos que abordem esta temática e sugere alguns caminhos como: Ciência ou ciências. As religiões e a cientização da vida. Movimentos contraculturais. A ciência e as tradições religiosas do oriente. Os novos paradigmas. Holismos. As narrativas religiosas e a ciência pós-moderna. O reencantamento da ciência. Misticismo ecológico. Religião e etno-ciências. Vitalismo, curas religiosas e medicinas não oficiais. Evolucionismo X Criacionismo. Religião, ciência e ética. Comunicações: Dia 26/07/16 Religião e Ciência em "Frankenstein Chronicles". Carlos Eduardo Marotta Peters Eliade, Corbin e Scholem: precursores da Esoterologia. Daniel Rodrigues Placido O Pensamento Totalitário nas Ciências Naturais e nas Religiões: uma resposta naturalista humanista. Frederik Moreira dos Santos A revivescência de narrativas míticas/arcaicas e da própria religião no contexto da Singularidade Tecnológica. Hérmiton Oliveira Freitas Enteógenos, civilização e barbárie. Leila Marrach Basto de Albuquerque Caminhos da cura: Medicina popular na perspectiva religiosa. Renata C. Sartori

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GT 53 – Religião, educação e sociedade 26, 27 e 28 de julho, Sala 006 do CSE

Coordenação Dr. Eulálio Avelino Pereira Figueira, PUC/SP Dr. Sérgio Rogério Azevedo Junqueira, PUC/PR

Comentários PhD. Remi Klein, EST

Resumo: O GT Religião, Educação e Sociedade organiza os estudos e pesquisas da relação entre educação, cultura e religião. Campo este que se abre sistematicamente aos pesquisadores com perspectiva interdisciplinar, sua intenção é compreender os diferentes processos de ensino e aprendizagem nos espaços escolarizados e comunitários. Esse núcleo abrange temas como ensino religioso, pastoral da educação, educação em diferentes espaços confessionais, diversidade, formação inicial e continuada, formação de lideranças para movimentos e estudo dos diferentes segmentos escolares. No âmbito da cultura se objetiva o estudo da relação da religião com as práticas civis dos seres sociais. Tais elementos estão relacionados à compreensão e à transformação das práticas e conduções da vida e políticas educacionais apresentadas como plataformas para a ordenação e a direção das relações da humanidade com seu entorno (natureza, transcendência, alteridade). Comunicações: Dia 26/07/16 Práticas docentes em respeito à diversidade de crenças e valores em instituições de ensino confessionais na Região Metropolitana de São Paulo. Alexandre Scherrer Tomé e Fernando Rejani Miyazaki O Ensino Religioso na Base Nacional Comum Curricular. Arthur Felipe Moreira de Melo Ensino Religioso e as relações com o Livro Didático. Claudia Regina Condello Candido de Oliveira Kluck e Sérgio Rogério Azevedo Junqueira Jovens universitários e compreensões acerca da religião e da política. Cristina Satie de Oliveira Pataro e Frank Antonio Mezzomo Ensinar a condição humana na educação do futuro: uma leitura de mitos de morte orientais com base em Edgar Morin. Daniel Lula Costa e Raisa Sagredo Diversidade Cultural e Religiosa. Edile Maria Fracaro Rodrigues Ensino Religioso e Diversidade Étnico-Racial: um olhar sobre as diretrizes curriculares e o plano curricular da educação básica do Estado do Amapá. Elivaldo Serrão Custódio Dia 27/07/16 Por uma definição de religião na concepção dos alunos do 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública de João Pessoa. Fernanda Santos do Nascimento A escola comunitária teuto-brasileira e o luteranismo - um estudo de comensalismo institucional no sul do Brasil (1871-1938).

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João Klug O Ensino Religioso no município do Rio de Janeiro: um estudo de caso de professores pentecostais e alunos adeptos às religiões afro-brasileiras. Karla Xavier Naves O Ensino Religioso em cursos de Pedagogia e a percepção dos coordenadores de curso sobre tópicos do Ensino Religioso na educação formal. Kellys Regina Rodio Saucedo O silêncio de Deus na escola pública brasileira. Lauri Alfonso Mombach Educação Inclusiva e religiosidade na construção da cidadania. Maria Alice da Cruz Oliveira e Vasty Rodrigues da Silva Lima Pôster: Religião na escola: Significados e percepções do aluno e da família sobre a disciplina Ensino Religioso. Marina Nascimento Minarelli Dia 28/07/16 Religião, educação e direitos humanos: uma análise das audiências e discussões públicas sobre o ensino religioso no Brasil em 2015. Maurício de Aquino A influência da (não) participação das mulheres na formação da liderança das Assembleias de Deus no Brasil. Miquéias Machado Pontes Religação dos Saberes: educador, compreensão, espiritualidade. Míriam Ribeiro de Barros Shaw Metodologias de comunicação mediada para o Curso Educação em Direitos Humanos. Nathália Vaccani Corrêa dos Santos Por que o Ensino Religioso na Formação Escolar? Nilma Paula Combas da Silva Pós-modernidade e educação: ambiente escolar, prática docente e presença religiosa. Pedro Vinicius Nery Moreira Figueiredo Rossi

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GT 54 – Religião e educação 26 e 27 de julho, Sala 007 do CSE

Coordenação Doutorando Francisco Luiz Gomes de Carvalho, UFJF Doutorando Samuel Pereira Valério, UMESP

Comentários Mestra Dayse Karoline de Carvalho, UNASP

Resumo: Religião e educação são campos quase que intercambiáveis na história da constituição do Brasil, de modo que a própria história da educação brasileira só pode ser compreendida à luz da relação entre religião e sua influência majoritária na educação. Tendo em vista o considerável aumento dos estudos e pesquisas na área das Ciências Humanas que contemplam a interface entre os dois campos, torna-se pertinente oferecer espaços acadêmicos de partilha a fim de contribuir para o aprofundamento de debates inerentes, sinalizar o caminho na propositura de politicas públicas, como também subsidiar lideranças ressaltando o valor teórico, social, político e pedagógico do estudo da religião para a formação cidadã.

Comunicações: Dia 26/07/16 As investidas do campo religioso no campo educacional brasileiro: O PNE e a ideologia de gênero. Amanda André de Mendonça A oferta de disciplinas de Ensino Religioso no Centro Universitário Adventista de São Paulo. Carlos Antonio Teixeira, Ivone Corsi da Silva, José Nilton de Lima e Weverton Lizandro Macário Silva Juventudes e identidade religiosa: perfil religioso de educandos do Centro Educacional Marista São José e seus desafios pedagógico-pastorais. Cleber de Oliveira Rodrigues Os Impasses do “Ensino Religioso” no Ensino Superior da Educação Adventista. Francisco Luiz Gomes de Carvalho Dia 27/07/16 Pluralismo Religioso no Currículo de Língua Portuguesa (Literatura) do Ensino Médio. Gustavo Gilson Sousa de Oliveira e Roberto Belo Tensões em torno do ensino religioso na educação adventista. Isaac Malheiros Meira Junior Trocas – a Universidade no Terreiro e o Terreiro na Universidade. Joyce Pitz de Melo Monteiro A oração como expressão da Religiosidade Infantil. Vanessa Raquel de Almeida Meira

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GT 55 – Religião e gênero em espaços plurais 26 de julho, Sala 008 do CSE

Coordenação Doutoranda Ana Luíza Gouvêa Neto, UFJF Doutoranda Bruna Milheiro Silva, UFJF

Comentários Doutoranda Andiara Barbosa Neder, UFJF

Resumo: O mundo de hoje é compreendido por relações diversas, que se desenham a partir dos vários ambientes sociais e virtuais nos quais as pessoas se inter-relacionam. Questões relativas à gênero e à religião estão presentes nesses vários espaços e se articulam aos contextos histórico-sociais, sofrendo também influência de elementos culturais. Assim, torna-se relevante discutir as relações de poder no interior do espaço religioso e como elas podem implicar em questionamentos na área de gênero, principalmente se considerarmos os contextos a partir dos quais os indivíduos envolvidos nessas relações de poder se articulam. A religião, como sistema de sentido, influencia na maneira dos sujeitos se reconhecerem na sociedade, construindo identidades e contextos hierárquicos sexuais. O GT tem como objetivo suscitar discussões acerca das relações entre religião e gênero a partir dos diversos espaços onde essas relações ocorrem, também considerando seus possíveis desdobramentos socioculturais. Comunicações: Dia 26/07/16 “Palavrão é sua reza,cachaça sua oração”:manutenções e rupturas do imaginário feminino nos pontos cantados de Pombagira. Aleksandra Stambowisky de Carvalho “Hoje as mulheres que mandam”: uma análise sócio-histórica de mulheres assembleianas pertencentes ao Círculo de Oração. Ana Luíza Gouvêa Neto “Ela é a cara!”, a mãe de santo e seu “tranca rua”: Uma análise de poder, masculinidade e violência em um terreiro na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ana Paula de Souza Campos Folia de Reis: o protagonismo da mulher no espaço a ela sempre negado. Andiara Barbosa Neder Reflexões sobre a mística: uma introdução ao pensamento poretiano. Joana de Souto Gomes A discussão sobre gênero na Câmara Municipal de Londrina. Luiz Ernesto Guimarães Homens sem mulheres: O cultivo da sociabilidade masculina nos "Terços dos Homens" da cidade de São Carlos – SP. Renan Rossi

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GT 56 – Religião e laicidade: desafios nas fronteiras das realidades locais e globais?

26 e 27 de julho, Sala 009 do CSE

Coordenação Dra. Claudia de Faria Barbosa, UCSAL Ma. Clera de Faria Barbosa Cunha, UNIPAC

Comentários PhD Lourival José Martins Filho, UDESC

Resumo: Os estudos relacionados com a religiosidade e laicidade deparam com um caleidoscópio de opiniões, dogmas e resistências arraigados nasociedade contemporânea, sobretudo em países como o Brasil, emvirtude do processo de colonização, da história, da prática dasinstituições religiosas e de como a cultura delineou comportamentos, traçou fronteiras, impediu a liberdade de pensamento, não levou emconta a diversidade de crenças e as ideias de pensar livre dasamarras religiosas. A proposta é acolher e reunir pesquisas queinvestigam a práxis educacional no que tange ao ensino religioso, teológico e filosófico na escola brasileira, sobretudo, na públicaque tem o dever de manter-se laica e formar sujeitos pensantes, críticos e reflexivos. É no devir histórico e acadêmico que seampara a reflexão de questões da hermenêutica cotidiana para pensarem categorias de análise que possam incrementar os modos de vida emuma sociedade globalizada. Comunicações: Dia 26/07/16 Práticas pedagógicas com os conteúdos dos mitos africanos e afros brasileiros. Carolina da Silva Santos e Daiane De Jesus Andrade Pereira Apontamentos sobre laicidade do Estado, Direitos Fundamentais e Ensino Religioso: olhares sobre a lei e a ADI 4439/2010. Cibele Cheron e Manoela Ramos Bartell Laicidade: ensinar e aprender faz parte dessa prática? Claudia de Faria Barbosa e Clera de Faria Barbosa Cunha A semântização religiosa de uma disputa política: A Comunidade Shalom e as eleições presidenciais de 2014. Emanuel Freitas da Silva Dia 27/07/16 Bancadas da fé, Direitos Humanos e o Estado Laico: uma contribuição à reflexão acerca da laicidade brasileira. Humberto Ramos de Oliveira Jr A urgência da interculturalidade e da laicidade na promoção de uma educação contra- hegemônica. Kaé Stoll Colvero e Maycom Cléber Araújo Sousa A Pluralidade Cultural e as Diversidades Religiosas do Ensino Religioso na Prefeitura do Rio de Janeiro. Paula Helena Nacif Pereira Pimentel Ferreira O Criacionismo do Ensino Religioso: ensaio sobre a injunção de ensinar. Thalyse Santana Pereira

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GT 57 – Religião e mercado 26 e 27 de julho, Sala 011 do CSE

Coordenação Doutoranda Jaqueline Vilas Boas Talga, UNESP Ma. Manuela Lowenthal Ferreira, UNESP

Comentários Me. José Lucas da Silva, UNESP

Resumo: Diante do atual estágio do sistema capitalista, é possível observar dois grandes eixos de movimentações no campo religioso. Um está envolto de um número crescente de segmentos religiosos cada vez mais integrados à lógica do capital: a mercantilização da fé como nova forma de experiência religiosa, o dinheiro enquanto mediador de Deus, a teologia da prosperidade e a ideologia do consumo. Por outro lado, identifica-se a existência de disputas externas e internas nos segmentos religiosos que buscam romper com a lógica do lucro, que buscam contribuir para a construção de um outro mundo possível na terra, atuam junto dos movimentos sociais, pela liberdade religiosa, pelo fim dos diferentes tipos de opressões, experiências que resgatam a dignidade humana entre outros. Nesse sentido, o GT propõe abrigar vivências e pesquisas que perpassem suas análises por contextos de assimilação e ou de resistência/combate à lógica de opressão. Comunicações: Dia 26/07/16 Uma organização juvenil em rede para o século XXI: Os desafios e limites da Pastoral da Juventude frente à gratuidade, o institucional e a técnica na gestão de pessoas. Denny Junior Cabral Ferreira As Santinhas de Cemitério – de Mariazinha a Maria Elizabeth. Francielle Moreira Cassol Sobre mãos invisíveis: olhar para a religião e o consumo numa cidade do interior de São Paulo. José Lucas da Silva e Tarsila Macedo de Oliveira Religião cristã e o mercado da fé. José Neivaldo de Souza Religião, música e mercado: sobre a relação entre música e religião e a indústria cultural. Manuela Lowenthal Ferreira Empreendedorismo e Neopentecostalismo: uma análise sobre a interpretação religiosa a respeito do contexto do capitalismo contemporâneo. Maryana Marcondes Dia 27/07/16 Perspectivas de consumo da imagem do padre Cícero. Michael Medeiros Marques A vulnerabilidade do fiel consumidor e sua tutela por meio do Código de Defesa do Consumidor. Naiana Zaiden Rezende Souza “Magia” neopentecostal e “espírito” neoliberal. Nayara dos Santos Abreu A Apropriação Religiosa do Mercado e a Dimensão Espiritual. Pedro Paulo Soares da Silva O fiel empreendedor, testemunha e ferramenta de marketing - uma análise do discurso acerca dos congressos empresariais da IURD. Sarita dos Santos Carvalho Idolatria do mercado: As raízes da utilização deste conceito na Teologia da Libertação. Thadeu da Silva Souza

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GT 58 – Religião e poder no Brasil oitocentista 26, 27 e 28 de julho, Sala 012 do CSE

Coordenação PhD Ana Rosa Clocet da Silva, PUC/CAMP Dr. Ítalo Domingos Santirocchi, UFMA

Comentários Me. Marcelo Leandro de Campos, PUC/Campinas Dr. João Miguel Teixeira de Godoy, PUC/CAMP Pedro Henrique Cavalcante de Medeiros, Prefeitura de Mesquita

Resumo: O GT propõe discutir pesquisas sobre as complexas relações entre religião, cultura e poder no Brasil oitocentista. Neste período, no qual em grande parte vigorou a união entre Igreja Católica e Estado, desenvolveu-se uma intricada trama de relações entre as várias expressões religiosas presentes no território nacional e o Estado. Mesmo a Igreja Católica, considerada religião majoritária, possuía, no seu interior, interpretações diferentes sobre sua religiosidade, disciplina, relação com o poder estatal, com a cultura dos diferentes segmentos ou regiões do território e com as outras expressões religiosas. Nesse contexto se desenvolveram várias religiões e práticas religiosas ligadas às tradições europeias, africanas, indígenas e orientais. As relações entre elas nem sempre foram pacíficas, nascendo também alguns conflitos. O GT está aberto a todas as pesquisas que tratam da relação entre religião e outros setores da sociedade brasileira no século XIX. Comunicações: Dia 26/07/16 Da Igreja para a política: Discursos de um bispo ultramontano no parlamento em meados do XIX. Allan Azevedo Andrade Intolerância religiosa e crítica ultramontana à modernidade ocidental: uma análise a partir da Pastoral Coletiva de 1890. Ana Rosa Cloclet da Silva Irmandades Negras: estratégias de resistência e solidariedade. Antonia Aparecida Quintão dos Santos Cezerilo Viajantes Oitocentistas: Uma Contribuição ao Estudo do Fenômeno Religioso no Brasil. Aparecido Barbosa Higienizar almas: o ensino religioso no Asilo de Meninos Desvalidos do Rio de Janeiro (1875 a 1889). Eduardo Nunes Alvares Pavão Dia 27/07/16 Apontamentos históricos sobre a presença e atuação social e religiosa de Robert Reid Kalley no Brasil oitocentista. Esdras Cordeiro Chavante Entre católicos e protestantes, as religiosidades na Amazônia oitocentistas, 1850-1888. Fernando Arthur de Freitas Neves Deixo-vos minhas últimas vontades: reflexões sobre o testamento de D. Antônio Ferreira Viçoso. Ítalo Domingos Santirocchi

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A Igreja Católica entre paradigmas alternativos. João Miguel Teixeira de Godoy A “volta” dos jesuítas ao Brasil nas páginas do O Mensageiro do Coração de Jesus (1856-1900). Lais da Silva Lourenço Dia 28/07/16 Pela reforma moral do clero e do 'pasto espiritual' da Igreja brasileira: uma análise das Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia (1707). Marcel Esotico Cancian Magia, ciência e utopia social: presença do esoterismo no Brasil no final do XIX e início do século XX. Marcelo Leandro de Campos Santa Casa dos Mortos: Ritos fúnebres, Misericórdia e Relações de Poder na Paraíba Oitocentista. Nereida Soares Martins da Silva O processo de nacionalização do presbiterianismo: transformações no discurso protestante brasileiro. Pedro Henrique Cavalcante de Medeiros “Matizes da Ordem”: o papel do Clero Católico de Pernambuco no cotidiano Oitocentista. Robson Pedrosa Costa

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GT 59 - Religião e tradição no contexto urbano 26 e 27 de julho, Sala 101 do CSE

Coordenação Doutorando Daniel Lucas Noronha de Sena, PUC/SP Doutorando Leonardo Gonçalves de Alvarenga, PUC/SP

Comentários Doutorando Diógenes Braga Ramos, PUC/SP

Resumo: A cidade é um espaço onde somos tomados por um turbilhão de informações, em caráter relacional, seja virtual ou pessoal, nas diversas instituições a que estamos imersos, como religiões, ONG’s, partidos políticos e muitos outros. Num mesmo dia, somos pais, filhos, profissionais, partidários, religiosos, dependendo, evidentemente de escolhas ou influencias externas. A tradição é um elemento cada vez menos prestigiado nesse contexto. Diante disso, faz-se necessário refletir sobre como nas grandes cidades, nos aglomerados sociais urbanos e mesmo aqueles considerados suburbanos, surgem movimentos religiosos que buscam respostas as diversas solicitudes da vida em meio ao caos social a qual estamos imersos, para responder questões imediatas diante das necessidades do homem contemporâneo. Assim buscamos neste GT refletir sobre temas relacionados ao mundo complexo citadino e as dinâmicas subjacentes ao contexto religioso tradicional que tende a assimilar, acomodar cosmovisões e práticas novas. Comunicações:

Dia 26/07/16 Ciber-Religião. Albio Fabian Melchioretto O Santo "Marginal". Aline Ellen dos Santos Mota e Sônia Cristina de Albuquerque Vieira O negro na festa do Santo Negro: Um estudo etnográfico de disputas e resistência em uma festa de São Benedito na cidade de Bragança-Pa. Antônio Carlos Lobato da Silva Festa Religiosa Popular em Honra a Iemanjá. Antônio Paulo Cardoso da Costa Dia 27/07/16 Religião no papel: um estudo de caso sobre a compreensão de religiões que nunca saíram de uma condição “meramente” burocrática. Daniel Lucas Noronha de Sena A religião embaixo do viaduto: o sagrado na compreensão do morador de rua. Daniele Batista de Sousa e Suellen Cristina Cardias de Sena Lucas A comunidade “Tia Eva” em Campo Grande/MS: interfaces entre memória urbana e religião. Jaqueline Ap. M. Zarbato Entre o velho e o novo: a dinâmica religiosa batista em Macaé. Leonardo Gonçalves de Alvarenga A tradição religiosa dos ortodoxos ucranianos no contexto urbano de Curitiba-PR. Paulo Augusto Tamanini

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GT 60 - Religião, gênero e Ensino de Sociologia 26 de julho, Sala 102 do CSE

Coordenação Doutorando Marcelo Pinheiro Cigales (UFSC) Doutorando Cristiano das Neves Bodart, USP

Comentários Dr. Antonio Alberto Brunetta, UFSC Dr. Radamés de Mesquita Rogério, UEPI

Resumo: O ensino de sociologia se constituiu como um campo de pesquisa na última década no Brasil, o que se observa pelo aumento significativo da temática em dossiês, congressos e pesquisas na pós-graduação. Paralelamente, a disciplina de sociologia vem se firmando no Ensino Médio devido sua obrigatoriedade e consequente inclusão no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) e no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Sua presença no Ensino Médio suscita uma ampliação do debate em torno das temáticas sobre religião e gênero, sobretudo sob a abordagem da tolerância e do respeito. Nesse sentido, este GT propõe criar um espaço de diálogo e divulgação de pesquisas que possuem como foco a “Religião, Gênero e o Ensino de Sociologia” e suas interfaces tais como: religião e políticas educacionais; religião e gênero nos livros didáticos de Sociologia; religião e história da Sociologia; laicidade e educação; pensamento social, direitos humanos e educação. Comunicações: Dia 26/07/16 Quando a sociologia é cidadã: as temáticas de religião e gênero nos livros didáticos para a disciplina Ana Martina Baron Engerroff Usos da sociologia como instrumento argumentativo para exclusão de temas progressistas do PNE. Cristiano das Neves Bodart Análise de regências com os temas: 8 de Março, Feminismo e Gênero em uma Escola Estadual Indígena de Ensino Médio. Daniele Lorenço Gonçalves Subproletariado e neopentecostalismo: a construção de um habitus de classe. Elias Festa Paludo Sexualidade na infância e adolescência: uma abordagem sociológica e antropológica. Felipe Bandeira Netto A sociologia católica e a dominação masculina: uma análise sobre os manuais escolares. Marcelo Pinheiro Cigales Ensino Básico e estética militar: estratégias de reprodução e reconversão do habitus militar. Treicy Giovanella da Silveira

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GT 61 - Religião, gênero e relações internacionais 26 e 27 de julho, Sala 103 do CSE

Coordenação Dr. Fábio Alves Ferreira, UFPE Dr. Pedro Gustavo Cavalcanti Soares, Faculdade Damas de Instrução Cristã

Comentários Dra. Luciana Campelo de Lira, Faculdade Damas da Instrução Cristã

Resumo: O GT tem como foco a discussão e reunião de trabalhos sobre religião, gênero e relações internacionais. O impacto que a religião acarreta nas relações internacionais é muito evidente e constante, e a questão de gênero compõe um conjunto consideravelmente grande de circunstâncias nessas relações. Recentemente, uma série de eventos corroboram essa assertiva: o debate sobre o uso do véu islâmico nos espaços públicos na república secular francesa, a expansão do Estado Islâmico e a submissão das mulheres recrutadas, a expansão dos evangélicos na América Latina e as implicações desse fenômeno para as políticas de gênero no Brasil, a questão do estupro contra as mulheres hindus na Índia, entre outros. Dentro desse universo internacionalista temos como objetivo: (a) incentivar a realização de trabalhos com diagnósticos envolvendo os três vetores tema desse GT; (b) analisar estudos de casos e/ou comparações que tratem da questão de gênero e religião no âmbito internacional. Comunicações: Dia 26/07/16 Diversidade e cultura islâmica: uma oposição necessária? Pensando estereótipos culturais e possibilidades de diálogo. Andressa Regina Bissolotti dos Santos Liderança feminina e mesquitas só para mulheres: um olhar sobre a comunidade muçulmana Hui, da China. Bruna Valença Bacelar Identidades periféricas: as categorias de Gênero e Religião na perspectiva da Teoria do Discurso de Ernesto Laclau. Fábio Alves Ferreira Um olhar de Karkade - Mulheres do Islã: um mapeamento multicultural das mulheres brasileiras nordestinas no Islã. Giorgia de Mello Silva Wolf Pôster: O Papel da Mulher no Vaticano: Uma Análise a Partir da Teoria Feminista das Relações Internacionais. Andrya Mickaelly da Silva Santos Dia 27/07/16 A Mulher e o Daesh: uma relação de amor e medo. Iasmin Carine Barbosa dos Santos Política e Religião na contemporaneidade: o caso da França e o uso do véu islâmico em espaços públicos. Maria Eduarda Antonino Vieira Yamurikumã: gênero e empoderamento no Xingu. Maurício Venancio Rodrigues Victorino Subalternidade e Religião na Crítica Pós-Colonial de Spivak. Pedro Gustavo Cavalcanti Soares

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GT 62 - Religião, Justiça e Direitos Humanos: (re)pensando os sistemas integrais de vida

26 e 27 de julho, Sala 105 do CSE

Coordenação Dr. Cristiano de França Lima, UFPE Me. Lucas Farias de Vasconcelos Leite, Facol/FMGR

Comentários Dr. Júlio Cesar Andrade de Abreu, UFF

Resumo: As incursões do pensamento religioso no campo dos direitos humanos, da justiça e da política, na América Latina, tais como as cosmovisões de religiões de povos tradicionais e novos movimentos religiosos, indicam uma nova leitura e compreensão do lugar do religioso no mundo contemporâneo. Este GT pretende ser um espaço para a reflexão e discussão acerca de como essas incursões têm vindo a se inscrever de forma crítica e ativa no contexto atual, fomentando uma reoxigenação de valores e ética humana no campo político, socioeconômico e jurídico. A relocação do mágico-místico-espiritual-social e a edificação de novas epistemologias, que dão sustentação aos sistemas integrais de vida e conhecimento dos vários povos do continente latino-americano, constituem os eixos pelos quais permeia a justificativa deste GT. Comunicações: Dia 26/07/16 "Harmonia, amor, verdade e justiça": uma análise das relações sociais permeadas pela noção de justiça no Santo Daime. Ana Luísa Benas Jófili O lugar da Livre Manifestação do Pensamento Religioso nos Direitos Humanos: Garantias constitucionais ou mecanismos de aviltamento da opinião pública? Carlos Augusto Lima Campos e Marina Lima Campos Novos arquétipos socioeconômicos: pontes entre o espiritual, os direitos humanos e a justiça cognitiva. Cristiano de França Lima O animus moral da justiça: reflexões a partir do pensamento de Ignacio Ellacuría. Lucas Farias de Vasconcelos Leite Dia 27/07/16 Religião, trabalho e desigualdade: a situação da mulher na antiguidade. Maria Eduarda Ferreira Alves Bem viver na pós-colonialidade. Nienke Pruiksma Ativismo religioso na política normativista: análise crítica sobre a criminalização ou descriminalização do uso de entorpecentes. Thiago Nogueira Santos Paz na Terra Santa? Religião, política e direitos humanos no conflito Israel-Palestina. Wallace de Góis Silva

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GT 63 - Religiões de matriz africana: violências, práticas de resistência e identidades

26, 27 e 28 de julho, Sala 106 do CSE

Coordenação Doutorando Geraldo José Natalino, PUC/SP Doutoranda Ione Maria do Carmo, Unirio

Comentários Doutoranda Glícia Caldas Gonçalves da Silva, Unirio

Resumo: O GT visa reunir pesquisadores que atuam no campo das religiões de matriz africana. O objetivo é refletir sobre a pluralidade de modos de ser das religiões de matriz africana e as diferentes modalidades de saberes, práticas, e cultos que se constituíram em diferentes espaços identitários no território nacional, bem como das diversas formas de intolerância religiosa historicamente sofrida. A resignificação de elementos da religiosidade africana nas manifestações religiosas construídas no território brasileiro desvela a manutenção de memórias vivas e dinâmicas de atores sociais com suas táticas e estratégias de permanência e mudança. Considerando que o campo religioso está inserido numa seara de disputas de lugares sociais e poder, destacar e refletir sobre a perseguição às religiões de matriz africana dentro desse universo é importante para identificar mecanismos históricos de violência, aniquilamento ou invisibilidade do diferente, bem como a resistência dos seus seguidores. Comunicações: Dia 26/07/16 Os mapeamentos de terreiro no Brasil: análise na utilização da cartografia social. Aline Soares Rangel "No Auge da Batucada": O Discurso Higienista e Modernista nas Páginas do A Tarde em Salvador (1935). Bárbara Santana Nogueira “A culpa é do Diabo”: as múltiplas formas de conflito e negociação entre (neo)pentecostais, traficantes e adeptos das religiões afro-brasileiras nas favelas da Ilha do Governador. Carolina Rocha Silva Refletiu a luz divina: Apontamentos sobre a atuação da imprensa durante o processo de legitimação da Umbanda como religião (1940-1950). Daniele Chaves Amado de Oliveira Combatendo a Afroteofobia: argumentos jurídico-teológicos para a defesa da sacralização de animais em ritos de matriz africana. Hendrix Alessandro Anzorena Silveira Candomblé e Veganismo: Uma aproximação teológica entre éticas. Jayme R. Lopes Filho Dia 27/07/16 A “invenção” de uma cidade simbólica: a polissemia das representações acerca da cidade de Codó-ma 1930-2000. Jéssica Cristina Aguiar Ribeiro História, Fé e Criminalização da Religiosidade Africana no Governo de Magalhães Barata em Belém (PA), 1930-1950.

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Joelma Queiroz da Silva O Mal tem Religião? Impacto do discurso religioso da Igreja Universal do Reino de Deus nas religiões afro-brasileiras. Karen Susan Silva Pitinga da Rosa Pade: diálogos entre as práticas de cuidado no candomblé e na psicologia. Luiza Franklin Salas Pôster: Candomblé e umbanda: um caminhar pelas religiões afro-brasileiras. Lorran Lima de Almeida Dia 28/07/16 Tem Asé na sala de aula ? Reflexões sobre intolerâncias, violências e silenciamentos dos/das discentes em escolas estaduais de Curitiba. Maritana Drescher da Cruz Abre os (des)caminhos: Uma breve análise sobre os exus nos escritos de religiões afro-brasileiras. Mayara Holzbach Devassas policiais no Rio de Janeiro, o papel da mídia na violência contra as religiões afro-brasileiras. Valquíria Cristina Rodrigues Velasco O Malandro Sacralizado: representação da entidade “Zé Pilintra” em terreiro de Umbanda de Foz do Iguaçu e a apropriação realizada pelos fiéis (2016). Vanessa Caroline Mauro Ilê Axé Jagun Loyá: Táticas de Resistência e Preservação Cultural. Victor Hugo de Souza Garcia

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GT 64 - Religiões, identidades e comunicação 26 e 27 de julho, Sala 107 do CSE

CoordenaçãoDra. Karina Kosicki Bellotti, UFPR Doutoranda Maralice Maschio, UFPR

Resumo: A incorporação da comunicação pela religião permite a reelaboração de símbolos e discursos religiosos. Este Grupo Temático agrega pesquisas sobre religião e comunicação, que analisem as suas relações com a formação de identidades, alteridades e subjetividades a partir de diversos temas: o uso dos meios de comunicação por parte de instituições religiosas para reforçar sua comunicação e instrução interna, para realizar propaganda, e/ou para se inserir em amplos debates na esfera pública; e a incorporação feita por variados agentes religiosos (lideranças e fiéis) dos meios de comunicação, religiosos e/ou seculares, tanto para estreitar laços com sua tradição religiosa, ou até para questioná-la ou reelaborá-la, quanto para atacar outras tradições; e as especificidades de comunicação dirigida a determinados públicos-alvo, como por exemplo, faixas etárias (mídia religiosa para público infantil, juvenil, feminino, masculino, LGBTT, públicos étnicos-raciais específicos, dentre outros). Comunicações: Dia 26/07/16 O Poder da Mente: o bem-estar na produção literária e midiática de aconselhamento do padre Lauro Trevisan (1980-2013). Claiton Vicente Veiga de Souza A batalha pela família - Evangélicos na política e na mídia no Brasil e nos Estados Unidos. Karina Kosicki Bellotti Ministério Feminino no Pentecostalismo da Segunda Onda. Luis de Castro Campos Junior Juventude e Religião Evangélica: A cultura como missão na Comunidade Gólgota e na Bola de Neve Church. Maralice Maschio PUC Identidade: um jeito singular de formação institucional universitária. Marcos Aurélio Pereira Dia 27/07/16 Mulheres Diante do Trono: a doutrina da mulher evangélica (2011-2014). Maria Victória Ribeiro Ruy “Mulheres cristãs, mulheres virtuosas, mulheres ideais”: A representação feminina na literatura de aconselhamento da pastora Sarah Sheeva e da escritora cristã Stormie Omartian. Matheus Machado Vieira Acerca do Islã: cultura religiosa e sentimentos políticos. Priscilla Leal Mello Amoris Laetitia: uma análise dos avanços da Igreja Católica frente à mídia. Tatiane Milani Pentecostalismo Católico e Política Partidária: A construção da identidade do candidato carismático católico. Vinicius Manduca

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GT 65 – Religiões, identificações e práticas culturais

26 e 27 de julho, Sala 210 do CSE

Coordenação Dr. Jonatas Silva Meneses, UFS, Dr. José Rômulo de Magalhães Filho, Fac. Ruy Barbosa, Dra. Jacqueline Ziroldo Dolghie, SME, PhD. Reinaldo Olecio Aguiar, UFSCar, Drando. Felipe S. Weissheimer,

UDESC e Dranda. Patrícia Carla Mucelin, UDESC Comentários André Filipe Silva Meneses, UFS e Dr. Rangel de Oliveira Medeiros, Faculdade Municipal de Palhoça

Resumo: O presente grupo de trabalho pretende analisar as práticas e as identificações religiosas e culturais das sociedades históricas e contemporâneas. A transversalidade temporal do objeto de estudo obriga os cientistas sociais a reunir esforços que permitam um esclarecimento abrangente do fenômeno religioso. Neste sentido, o nosso grupo de trabalho propõe uma análise tripartida: primeiramente, procurará examinar as práticas pentecostais entre os protestantes históricos; em segundo lugar, investigará a religiosidade e as práticas culturais na América Latina; e, por fim, analisará as identificações históricas das religiões nas sociedades hodiernas. Como este esfoço de sistematização histórica, pretende-se oferecer ao ouvinte uma visão ampla, mas aprofundada, das composições e recomposições históricas e modernas do fenómeno religioso. Surgido a partir da unificação dos seguintes GTs: Práticas pentecostais entre os protestantes históricos, Religião e práticas culturais na América Latina e Religiões, identificações e história do tempo presente. Comunicações: Dia 26/07/16 As ressignificações dos novos Kama-sutras de Alicia Gallotti. Felipe Salvador Weissheimer Em tempos de hiperconsumo: uma análise da música religiosa como produção cultural. Jacqueline Ziroldo Dolghie O protestantismo histórico na mira do pentecostalismo: ameaça ou sobrevivência? José Rômulo de Magalhães Filho Kierkegaard e Ricoeur: aproximações entre metáfora, narrativa religiosa e interpretação na experiência da presença do sagrado. Lílian Franciene de Oliveira Religiosidades “modelos” e “desviantes” no espaço urbano de Florianópolis da década de 1950 e do tempo presente. Marcelo Sabino Martins Os blogs de moda e beleza sob o olhar do historiador. Patrícia Carla Mucelin Dia 27/07/16 Semiosfera nos escritos de Jean de Léry. Paulo Cappelletti Apropriação cultural com vistas ao evangelismo/proselitismo. O caso do Reborn Strike Fight da Igreja Renascer em Cristo. Reinaldo Olecio Aguiar A devoção antiateísta: páginas cristãs conservadoras na luta contra o secularismo. Rogério Fernandes da Silva Religiosidades queer e xs sujeitxs marginalizadxs. Vitor de Amorin Gomes Rocho Modernidade e religião popular na América Latina: a dinâmica da modernização no local e o global. Washington Maciel Da Silva

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GT 66 - Religiões na Amazônia 26 e 27 de julho, Sala 109 do CSE

Coordenação Doutorando Diego Omar da Silveira, UFMG Doutorando Marcos Vinicius de Freitas Reis, UFSCar

Comentários Ma. Clarice Bianchezzi, UEA

Resumo: O campo religioso amazônico tem se transformado de maneira acentuada nas últimas décadas. A queda expressiva do número de católicos e da hegemonia da Igreja Católica na esfera pública, o crescimento evangélico, a valorização das religiões de matriz africana e a presença, cada vez mais marcante, de novos movimentos religiosos impõem a necessidade de multiplicar – dentro de diferentes perspectivas e em diversos campos disciplinares – os estudos sobre as religiões na Amazônia. O presente Grupo de Trabalho busca reunir pesquisadores que têm se dedicado a problematizar as práticas e representações, de igrejas, grupos e movimentos religiosos na região Norte do Brasil, bem como os impactos das crenças e filiações no universo da política, da economia e das culturas. Ao mesmo tempo esperamos produzir, com o debate, um balanço preliminar, sobre o estado da arte dos estudos da religião na Amazônia, apontando novos desafios e possibilidades de trabalho para os próximos anos. Comunicações: Dia 26/07/16 Diversidade religiosa em Parintins-AM: desafios e superação na pesquisa de campo. Andreissa Silveira Gomes e Clarice Bianchezzi Terreiros de religiões de matriz afro-brasileira: “um complexo mundo de saberes e ofícios”. Beatriz Martins Moura Diversificação do campo religioso no médio-baixo Amazonas: elementos para uma análise a partir da demografia e da história. Diego Omar da Silveira e Luiz Carlos Souza da Silva Filho Pôsteres: Umbanda em Parintins-AM: da criminalização a consolidação religiosa. Adriano Magalhães Tenorio Os estudos da religião no Amazonas: a construção de um banco de dados e os desafios de avalaira o “estado da arte". Cristian Sicsú da Glória Dia 27/07/16 O Campo Religioso Daimista: Um estudo acerca da formação da primeira igreja institucionalizada do Santo Daime em Benevides PA. Júlia Gabriela Leão Monteiro Religião na Amazônia: os encantados e as encantarias. Leonardo Lucas Britto RCC e Politica no Amapá. Marcos Vinicius de Freitas Reis

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Indigenismo católico em Parintins: a cultura material e imaterial do povo Sateré-Mawé nos trabalhos do padre Henrique Uggé. Priscila Carneiro Ribeiro “Uma praga que nem os protestantes aguentam”: Tensões entre católicos e pentecostais em Belém do Pará. (1911-1925). Rafael da Gama Pôster: A Participação dos Católicos Carismáticos no Cenário Político Amapaense. Newrison Barbosa de Souza Os espíritas kardecistas em Parintins e os indícios de pluralidade religiosa no médio-baixo Amazonas ao longo dos séculos XX e XXI. Ian Carlos Reis Souza

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GT 67 - Religiões orientais 26 e 27 de julho, Sala 110 do CSE

Coordenação Dr. Deyve Redyson Melo dos Santos, UFPB PhD Maria Lucia Abaurre Gnerre, UFPB

Comentários PhD Matheus da Cruz e Zica

Resumo: Este GT tem como finalidade apresentar a produção científica sobre Religiões Orientais dentro das mais variadas perspectivas, sejam elas filosóficas, históricas, sociológicas, psicológicas dos fenômenos religiosos e sagrados do pensamento oriental, demonstrando características gerais ou particulares de uma das tradições religiosas como o hinduísmo (vedismo-brahmanismo/vaishnavismo/shivaísmo), budismo (Theravada, Zen, Tibetano, Terra Pura, Nichiren), taoísmo e confucionismo. Seus principais objetivos são manter diálogo com as culturas e tradições orientais, conhecer e pesquisar as línguas orientais e seus textos sagrados e desenvolver pesquisas sobre a história das religiões orientais nas ciências das religiões. Comunicações: Dia 26/07/16 O shintoismo e o budismo no contexto local: Shokonsai como estudo de caso. Aline Yuri Hasegawa Para uma fenomenologia do budismo. Derley Menezes Alves As Emoções e a Essência da Compaixão Budista comentários a obra as Trinta e Sete Práticas do Bodhisatva de Thokme Zangpo. Deyve Redyson Melo dos Santos Aproximações e diferenças entre as práticas de meditação budistas e daoístas. Gustavo Kuffel Balreira e João Demétrio de Alencar Pinheiro Saúde e Transcendência Através do Qi e do Prana. Izabelita Cirne Beltrão e Maria Lucia Abaurre Gnerre Dia 27/07/16 Acomodação e perpetuação do Budismo de Terra Pura em Londrina/PR. Leonardo Henrique Luiz Tradições Religiosas: a dualidade entre Budismo e Cristianismo em Raffaele Pettazzoni. Lorenzo Sterza e Márcia Maria Enéas Costa Resistências ao governo sobre a vida no Japão: anarquias e Zen Budismo. Luiza Uehara de Araújo O budismo theravada na poesia de Augusto dos Anjos: alguns apontamentos e suas ancoragens. Sandra Sassetti Fernandes Erickson

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GT 68 - Religiões/religiosidades e a construção de imagens e identidades

26 e 27 de julho, Sala 111 do CSE

Coordenação Dra. Cláudia Maris Tullio, UNICENTRO Dra. Letícia Jovelina Storto, UENP

Comentários PhD Fabio Lanza, UEL

Resumo: Vivenciamos um fenômeno de evangelização favorecida pelas mídias, especialmente a internet e a televisão, de modo que é cada vez maior a importância e a influência que o discurso religioso tem exercido na sociedade brasileira. Assim, com o objetivo de propiciar um espaço dialético de reflexão e de contribuir para uma maior compreensão acerca da temática, este GT pretende agregar pesquisas, estudos, relatos de experiências que se relacionam à construção de imagens e identidades no discurso religioso midiático. Nele, esse processo, realizado de maneira coerente com relação ao público que se quer atingir, é um importante recurso de convencimento e persuasão. Comunicações: Dia 26/07/16 Controvérsias em torno de uma Imagem Mariana: N. Sra. de Caravaggio e as faces de uma transformação. Adimilson Renato da Silva e José Rogério Lopes A Constituição das Identidades de gênero no espaço escolar mediante os perpasses do discurso religioso. Benedito Leite de Souza Júnior Nem lá nem cá: não-binariedade como escolha ética e formação cisnormativa. Bruna Camillo Bonassi Análise da representação da mulher no discurso bíblico. Caroline Helena dos Santos Religião, poder e território: das terras de Pe João da Boa vista aos santos de muro. Eliseu Riscaroli Marcadores conversacionais no Discurso Religioso falado: características e funções. Fábio Luiz Ortiz Dia 27/07/16 “Agende seu toque”: cartões de divulgação e redes sociais no contexto afro-gaúcho. Leonardo Oliveira de Almeida Imagens e identidades no discurso religioso midiático. Letícia Jovelina Storto A dominação carismática da pastora Sarah Sheeva através da mídia: dos palcos da vida para o culto das princesas. Miriã Joyce de Souza Sales Capra Riscos sem riscos: a folkcomunicação religiosa do anônimo. Villenon Edlon de Oliveira Almeida Pôster: Identidade e pertencimento: A ancestralidade através das lentes. Marcele Maria de Oliveira

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GT 69 - Religiosidades indígenas 26 e 27 de julho, Sala 113 do CSE

Coordenação Dr. Sandro Guimarães de Sales, UFPE Dr. Saulo Ferreira Feitosa, UFPE

Comentários Dra. Sheila Mendes Accioly, UFPB

Resumo: Nos últimos anos, uma quantidade significativa de questões relacionadas à diferença étnica e cultural tem estado presente nas discussões sobre políticas educacionais, relações étnico-raciais, multiculturalismo, gênero, ação afirmativa etc. Nesse contexto, tem-se intensificado os diálogos sobre a necessidade de políticas públicas que assegurem o conhecimento sobre a história e as expressões socioculturais dos povos indígenas, pondo em questão velhas imagens, discursos e concepções, ainda vigentes, sobre esses povos. O objetivo do presente GT é reunir trabalhos que nos ajudem a compreender de que modo, nesse novo cenário, as religiosidades indígenas vêm sendo pensadas. Pretendemos, assim, dar continuidade e alargar as discussões iniciadas no XIII Simpósio ABHR e retomadas em seu I e II Simpósio Regional Nordeste, abrindo espaço para as pesquisas sobre os fenômenos religiosos indígenas em suas múltiplas possibilidades de abordagens. Comunicações: Dia 26/07/16 Arte, cultura e histórias Mbyá-Guarani. Bedati Aparecida Finokiet Ritual e conhecimento entre os povos indígenas do Nordeste brasileiro. Leandro Marques Durazzo Fragmentos de religiosidade indígena: um estudo dos registros de casamento e listas nominativas do aldeamento de Itapecerica (1732-1830). Marcio Marchioro Pôster: Manifestação da Jurema Sagrada no território paraibano pelos índios Potiguaras. Bruna Tavares Pimentel e Raphaella Ferreira Mendes Dia 27/07/16 Tupana Ehay: as palavras de Deus ontem, hoje e amanhã. Marielli Bimbatti Mazzochi Práticas religiosas através de três cantos de Arandu Arakuaa. Natasha Aleksandra Bramorski Saberes e memórias de uma família de Xamãs Guarani Xiripá: processos cognitivos expressos nas lembranças, mitos, histórias e sonhos. Wanirley Pedroso Guelfi Mulheres Indígenas Pankaiwka e a sua adesão ao pentecostal evangélico. Wellcherline Miranda Lima

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GT 70 - Religiosidades, políticas públicas e exercício profissional

26 de julho, Sala 114 do CSE

Coordenação Dr. Claudia Neves da Silva, UEL PhD Fabio Lanza, UEL

Comentários PhD Flavio Braun Wiiki, UEL Dra. Líria Maria Bettiol Lanza, UEL Dr. Donizete Rodrigues, Universidade da Beira Interior

Resumo: Tendo em vista a emergência de estudos internacionais e comparativos, as políticas públicas vinculadas às áreas da Educação, Saúde, Assistência Social têm apresentado no cotidiano uma interface empírica entre conhecimentos científicos e religiosos que carecem de investigações e disseminações acadêmicas para aprimorar a oferta de serviços públicos com maior qualidade e respeito à diversidade religiosa. A proposta desse Grupo de Trabalho é selecionar artigos oriundos das Ciências Humanas e Sociais (Antropologia, Educação, História, Serviço Social, Sociologia, Ciência Política, entre outras), que tragam contribuição teórica e ou dados empírico-analíticos com recorte temático sobre a presença das religiões e religiosidades no meio público e profissional. Comunicações: Dia 26/07/16 A vivência da fé em um espaço científico e laico. Alessandra Tosti da Silva e Claudia Neves da Silva Expressões políticas e religiosas dos professores de um colégio público da rede estadual de ensino em Londrina-PR Fabio Lanza e Vinicius dos Santos Moreno Bustos O mito da secularização e a reprodução da moral religiosa no Brasil: Um desafio para as escolas públicas? Franciele Rodrigues Topografia religiosa do município de Apucarana:: As questões identitárias entre os anos 1943 e 2015. Guilherme Alves Bomba Para além da religiosidade: Estado e Igreja entre desafios e possibilidades no Estado Democrático de Direito. Jéssica Renata Gomes Perez Pôster: Uma lacuna é aberta: Da contradição surge uma profissão. Alana Morais Vanzela

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GT 71 - Riso, humor (e mau-humor) nos cristianismos e judaísmos

26 e 27 de julho, Sala 115 do CSE

Coordenação PhD Antonio Carlos de Mello Magalhaes, UFSC PhD Salma Ferraz, UFSC

Comentários Doutorando Raphael Novaresi Leopoldo, UFSC

Resumo: O Riso e o Humor nas Narrativas Bíblicas do Judaísmo e do Cristianismo e sua interface com a literatura judaica e cristã nascem e se expandem em forma literária, conhecendo diferentes estilos, temas, narrativas, negando, assim, a ideia de que religião vive somente em torno de doutrinas e dogmas. Os deuses riem e as tradições fizeram do riso e do humor dois dos seus mais importantes artifícios e recursos, e isso com consequências profundas para a forma como a divindade é interpretada pelos seus seguidores. Não somente os deuses riem, mas seus seguidores riem deles e riem de si mesmos, escrevendo, dessa forma, páginas muitas vezes esquecidas pela crítica literária e pelos estudos da religião. A proposta do simpósio é reunir trabalhos que tratem desse tema tão presente nas narrativas e ainda tão pouco contemplado pela crítica literária e pelos estudos da religião. Comunicações: Dia 26/07/16 Riso, homossexualidade, política e religião: Um olhar sobre o vídeo Cura do coletivo de humor Porta dos Fundos. André Luiz da Silveira A Eva de José Saramago e a carnavalização do Gênesis. Bruno Vinicius Kutelak Dias Pastor Gaúcho: os israelitas do Sul. Camila Ambrosini A saga biblica e risível de um herói manco. Josué Chaves South Park e o Cristianismo: A Paixão de Cristo vs. A paixão do Judeu. Leandro Henrique Scarabelot Campos de Pieri Um novo paradigma na construção da paródia em “Pastor Adélio: o pastor mais sincero do mundo". Patrícia Leonor Martins Dia 27/07/16 Sobrou pro peixe: uma leitura a respeito dos limites do humor a partir de Mt 17,24-27. Raphael Novaresi Leopoldo O pai, o filho e o Santo Hóspede em Os Simpsons. Rosane Hart Mau humor no Primeiro Testamento: Hemorróidas de Ouro. Salma Ferraz O risível no Inferno danrtesco: diversão ou punição? Silvana de Gaspari Pôster: Brasinha: o diabo nas histórias em quadrinhos. Vanessa Grando

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GT 72 - Sexualidade e religião 26 e 27 de julho, Sala 201 do CSE

Coordenação Doutoranda Silvia Geruza Fernandes Rodrigues, PUC/SP PhD Cátia Cilene Rodrigues Câmara, PUC/SP

Comentários PhD Antonio Maspoli de Araujo Gomes, Mackenzie

Resumo: O propósito desse GT é a apresentação e debate de estudos acadêmicos que analisem as possíveis correlações e derivações dessas duas categorias de análises das ciências humanas. De modo especial, pretende-se trabalhar as diversas dinâmicas da sexualidade humana diante as tradições, orientações e preceitos morais nas principais religiões praticadas no país. Comunicações: Dia 26/07/16 O Feminismo Católico de Rose Marie Muraro. Anna Marina M. de P. Barbará Pinheiro Cristianismo e experiências de maternidade. Cátia Cilene Rodrigues Câmara Sade: Corpo, Moral e Religião na Filosofia da Alcova. Karla Samara dos Santos Sousa O amor na relação conjugal - Uma análise Teológico-Fenomenológico de D. von Hildebrand. Marília Zampieri da Silva La Experiencia del Éxtasis Divino a través del Sexo Tántrico. Mauricio Márquez O Sexo na religiosidade Cristã-Nova. Nilton Bruno Feitosa Santana Pôster: Corpos Interditados: a influência da igreja católica no controle da sexualidade e dos corpos durante a Idade Média. Osmar Rosa de Lima Filho Dia 27/07/16 A sexualidade no período medieval: privações e ajustes aos princípios cristãos. Pablo Gatt Albuquerque de Oliveira Ressonâncias do Discurso Histórico sobre o Feminino nas Religiões Cristãs no Brasil. Patricia Nobre da Silva O Catolicismo na Pós-Modernidade desde o Sujeito Vulnerável: crítica à concepção de sexualidade na Encíclica Humanae Vitae. René Armand Dentz Junior Família, Religião, Gênero: Pais evangélicos com filhos gays. Silvana Matos Rocha O discurso cristão e a repressão sexual. Silvia Geruza Fernandes Rodrigues "Eu Escolhi esperar": sexualidade e religião. Sthefanye Silva Paz

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GT 73 - Sexualidade, gênero e violências: o que os discursos religiosos têm a dizer sobre

os nossos corpos? 26 e 27 de julho, Sala 202 do CSE

Coordenação Doutorando Daniéli Busanelo Krob, EST Dra. Marli Brun, EST

Comentários Dr. André Sidnei Musskopf, EST

Resumo: Este GT, proposto pelo Programa de Gênero e Religião da Faculdades EST, debaterá sobre sexualidade, gênero e violências na sua articulação com discursos religiosos presentes nas diversas esferas de interação social. Parte-se do pressuposto de que os discursos religiosos influenciam direta e indiretamente na construção e vivência da sexualidade humana, nas relações de poder que envolvem pessoas, instituições, modos de organização econômico-social. Pergunta-se: De que forma o discurso religioso impacta na vida cotidiana em que a violência de gênero se dá pelo controle dos corpos e da sexualidade das mulheres e da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais)? Ele sustenta ou liberta a tríade sexualidade-gênero-violência? Sendo assim, contemplará pesquisas que abordem temas relacionados à sexualidade, violência de gênero, direitos reprodutivos, direitos sexuais, desenvolvidas no âmbito da Teologia, do Ensino Religioso, das Ciências da Religião e campos correlatos. Comunicações: Dia 26/07/16 Moralização do comportamento das mulheres nas Colunas Religiosas: um estudo a partir do jornal Folha do Norte do Paraná (1970-1976) Amanda de Souza Ribeiro Aborto: Uma Questão de Sexualidade, Religiosidade ou Igualdade de Gênero? Andrielle Maria Pereira Entre Eva e Maria, o caminho de Maria Madalena: uma análise de gênero sobre discursos reguladores de comportamento e vivências. Claudete Ribeiro de Araujo Os jogos da violência simbólica no campo religioso: culpa, arrependimento, resignação, redenção e outros mecanismos de suave violência através da fé. Cristiana de Assis Serra e Sandra Villalobos Nájera Os enunciados sobre sexualidade que circulam no espaço escolar: análise de um dispositivo. Cristiane Theiss Lopes Sofrimento psíquico em contexto familiar de pessoas LGBT: intersecções com fundamentalismo cristão. Geni Daniela Núñez Longhini Dia 27/07/16 Mulheres com deficiência, direitos sexuais e direitos reprodutivos: olhares a partir da Teologia. Luciana Steffen

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A Importância da Leitura Popular e Feminista da Bíblia na vida de mulheres e da Igreja: Um Estudo a partir da Igreja Batista do Pinheiro. Odja Barros Santos O corpo virtuoso: a produção da mulher virtuosa no pentecostalismo evangélico. Pollyanne Rachel Fernandes Maciel Direitos Sexuais E Reprodutivos: (Des) Respeito ao Princípio Da Laicidade Rosemara Unser Solteria y Sexualidad... Dos polos opuestos? Zaraí Gonzalía Polanco

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GT 74 - Teologia Feminista da Libertação: desafios para o século XXI

26 de julho, Sala 203 do CSE

Coordenação Dra. Luiza Etsuko Tomita, Ecumenical Association of Third World Theologians Ma. Selenir Côrrea Gonçalves Kronbauer, EST

Comentários Doutoranda Maryori Mora Grisales, UMESP

Resumo: A teologia feminista que apareceu na América Latina nos anos oitenta do século XX foi influenciada pela teologia feminista norte-americana e pela teologia da libertação latino-americana, destacando-se pelo uso de novas categorias analíticas, como gênero, classe social e raça. A teologia feminista evidenciou a situação de dominação das mulheres pelos homens nas Igrejas e na sociedade, e posteriormente também a violência à qual as mulheres negras e indígenas eram submetidas pelo preconceito de raça e cor. Assim, não foi sem contradições e conflitos que as teólogas defenderam seus posicionamentos na Academia e nos movimentos populares. É interessante notar como o feminismo marcou a luta das mulheres em muitas áreas da Academia e nos movimentos sociais, transformando-se em uma luta comum, que permitiu a construção de alianças entre mulheres dos dois hemisférios, Norte e Sul. Comunicações: Dia 26/07/16 Teologia da Libertação: Construção e desdobramentos. Anna Paula Barreto Pedra “Avançar no solilóquio ou virar pedra no sapato”: teologias feministas e política agonista. Carlos José Beltrán Acero Teologia Feminista da Libertação: avanços e retrocessos. Luiza Etsuko Tomita Sexualidade(s) transgressora(s): um caminho de amor e justiça. Maryuri Mora Grisales A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Pará, opções teológicas, feminilidade e direitos humanos. Ronaldo Martins Gomes Teologia feminista negra da libertação: a feminização da pobreza. Selenir Corrêa Gonçalves Kronbauer

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GT 75 - Territórios Sagrados: poder, memória e identidades

26 e 27 de julho, Sala 205 do CSE

Coordenação Doutorando Jefferson Rodrigues de Oliveira, UERJ; Doutoranda Karina Arroyo

Cruz Gomes de Menezes, UERJ Comentários Mestranda Carliane Sandes, UERJ

Resumo: A proposta deste GT é permitir que as diversas espacialidades onde ocorrem as hierofanias – manifestação do sagrado ou rituais de construção, sejam analisadas privilegiando as trocas simbólicas entre o lugar e o sagrado. Procura-se compreender, portanto, como este Sagrado se manifesta em seu território, semiografando e imprimindo sua cultura no lugar. A partir do aprofundamento conceitual das ciências humanas que procuram compreender o fenômeno religioso, e ainda, dentro da Geografia Cultural pós-1980, especificamente na Geografia da Religião, que compreende o fenômeno religioso em íntima troca com o espaço, serão analisadas performances ritualísticas religiosas de diversas denominações. O conhecimento destes rituais espacializados, agrega novas possibilidades de interpretar o lugar e o território. Através dessas novas construções territoriais, observam-se as construções de novas identidades e a manutenção de comunidades através da memória coletiva derivada dos espaços sagrados. Comunicações: Dia 26/07/16 Territórios de instituições religiosas: uma análise das territorialidades da Igreja Evangélica ‘Filhos da Promessa’ e da paróquia ‘São Pedro e São Paulo’ em Belém – PA. Alan Pereira Dias e Paulo Afonso Dias de Lima O outro mare nostrum cristão: as igrejas do entorno do Mar Vermelho (séculos I-VII). Alfredo Bronzato da Costa Cruz Sou filho do Vento: Quem são os Ciganos? Carliane Sandes Alves Gomes A cozinha do sagrado: Território de memória, tradição e axé. Daisy Laraine Moraes de Assis O Território sagrado judaico e a resistência cultural: O significado do Templo para identidade judaica sob o governo selêucida. Diego Lopes da Silva Basílica de Aparecida e Canção Nova: um breve estudo sobre espaços sagrados e peregrinação. Dirceu Rodrigues da Silva Dia 27/07/16 Narrativas espaciales de peregrinos a la ciudad de Luján (Argentina). Fabian Flores Vale do Amanhecer: uma hierópolis e seus aspectos culturais e geográficos. Iana Maria Costa Santos Arte e violência na fundação do lugar comum - O sagrado e a obra de arte segundo Martin Heidegger. Ione Manzali de Sá Ladeira acima: Discussões Sócio-Antropológicas Sobre o Movimento de Oração nos Montes de São Paulo. Isaac Batista de Jesus Simbologia da "roupa de santo". L'Hosana Céres de Miranda Tavares O Sagrado enquanto processo espacial. Marcos Eduardo Vitorino da Silva

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GT 76 - Trânsitos religiosos e agenciamentos: reconfiguração das alteridades, invenções e

conflitos nas atuações de missionamentos evangélicos no Brasil

26 e 27 de julho, Sala 206 do CSE

Coordenação Dr. Carlos Barros Gonçalves, UFGD Dr. Gustavo Soldati Reis, UEPA

Comentários Doutorando Elcio Sant'Anna, UFPA

Resumo: A presença de ações missionárias, seja em seus aspectos institucionais ou em dimensão mais difusa, não é recente no Brasil. Desde os tempos coloniais investidas missionárias marcaram a história, por exemplo, de muitos povos indígenas. A partir do dezenove, movimentos missionários evangélicos atuam em território nacional. Tais agentes representam papéis contraditórios. Contribuíram para a desintegração identitária de populações tradicionais, mas foram importantes para evitar a destruição física e a invisibilização cultural dessas mesmas populações. A partir desse cenário, o Grupo de Trabalho objetiva reunir pesquisas sobre as diferentes faces da ação missionária evangélica entre os povos indígenas e suas autodeterminações, e entre grupos sociais que giram em torno das dinâmicas dos catolicismos populares, uma vez que os discursos missionários mantêm, também, o agenciamento dos trânsitos religiosos, com suas relações de poder, sobre as vivências de devoção e do imaginário de santidades. Comunicações: Dia 26/07/16 "O massacre de Juruena": missionários protestantes e os Nhambiquara. Carlos Barros Gonçalves A narrativa, a esmolação e o emaranhado: um estudo das narrativas a partir das comitivas de esmolações de São Benedito de Bragança do Pará. Elcio Sant' Anna Da “assistência” à “convivência e solidariedade”: A influência de redes transnacionais na atuação indigenista da IECLB na Missão Guarita (1960-1985). Fernanda Caroline Cassador Costa Representar uma ausência? Missões cristãs e povos indígenas na escrita de relatórios dos governos brasileiros. Gustavo Soldati Reis O pentecostalismo autóctone na Reserva de Dourados: identidade étnica e implicações sociais (1992-2015). José Augusto Santos Moraes As primeiras missionárias protestantes na Amazônia (1872-1883). Rogério Sávio Link Igrejas evangélicas, vulnerabilidade social e casos de êxtase religioso, possessões e histeria coletiva em uma Terra Indígena de Antônio João-MS (2011). Thiago Leandro Vieira Cavalcante

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GT 77 - Transversalidades religiosas: as manifestações religiosas entre e através

das denominações 26 de julho, Sala 207 do CSE

Coordenação Doutoranda Díjina Andrede Torres, UFSC Doutoranda Sabrina Flavia Testa, UFSC

Comentários Doutorando Fernando José Ciello, UFSC

Resumo: Este GT convoca trabalhos que abordem as manifestações religiosas de forma transversal, colocando em primeiro plano sua complexidade e pluralidade. Isto é, trabalhos que não se circunscrevam apenas a um grupo, denominação ou subárea do estudo das religiões em específico, mas que procurem trânsitos, alianças, analogias, continuidades, contiguidades, comparações, antagonismos, enfim, qualquer tipo de relação, entre grupos, denominações ou subáreas diferentes. Duas obras servem de inspiração: “Las Formas Complejas de la Vida Religiosa” de Caro Baroja e “Os Deuses do Povo” de Rodrigues Brandão. De maneiras distintas, estes livros abordam a religiosidade partindo de sua fluidez e dinamismo, através das diversas tradições e grupos presentes no entorno da pesquisa. Ambos os autores destacam as trocas, disputas, afinidades ou redes entre os diversos atores em jogo, e o fazem valorizando o detalhe etnográfico ou histórico, recusando imagens genéricas das distintas formas religiosas. Comunicações: Dia 26/07/16 As características do associativismo religioso em Florianópolis/SC (2000-2010). André Selayaran Nicoletti e Luana do Rocio Taborda Puro ou misturado? As associações ao catolicismo feitas no Nagô de Laranjeiras –SE. Díjna Andrade Torres Transversalidades religiosas no tempo da política: notas sobre uma pan-identificação evangélica. Elio Roberto Pinto Santiago Filho Perspectivas religiosas em tratamentos psiquiátricos. Ou, o que ainda se pode dizer sobre a relação entre saúde e religiosidade? Fernando José Ciello Messianismo a mesa: Um olhar sobre a fé no Movimento Slow Food. Kamila Guimarães Schneider Fazedores do São João: festa, religiosidade e relações no sertão da Bahia. Marcel Schmitz Gutiá Duas abordagens transversais da religião. Sabrina Flavia Testa

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GT 78 - Violência e gênero: textos sagrados, hermenêuticas e teologia

26 e 27 de julho, Sala 209 do CSE

Coordenação Me. André Luiz de Castro Mariano, Faculdade de Teologia Integrada Dr. Gelci André Colli, Fa. Cristã de Curitiba

Comentários Me. Sandro Pereira, Faculdade Cristã de Curitiba

Resumo: As instituições evangélicas no Brasil vêm sendo responsáveis pela inserção de vários elementos de moralidade religiosa na sociedade, dos quais, boa parte destes estão sujeitos a constantes questionamentos de outras esferas. A exemplo, podemos pontuar questões mais polêmicas como homossexualidade e aborto, além de questões menos conflitantes, entretanto, de extrema relevância como a submissão incondicional da mulher ao marido ou dos liderados à seus líderes. Esta temática abordará pesquisas que analisam como são dispostas questões de gênero e violência a partir de textos sagrados, na história da recepção dos textos e das tradições teológicas. Assim este GT propõe a abertura de um espaço de discussão para historiadores, cientistas sociais, teólogos e de áreas afins, que possam contribuir através de dados empíricos e/ou bibliográficos que retratem a interação destes atores, bem como de seus valores na sociedade como um todo. Comunicações: Dia 26/07/16 Pentecostalismo e a Relação de Gênero. Alcir Sebastião Padilha Gênero, famílias e intolerâncias. André Luiz de Castro Mariano O conceito de antigo e novo homem e a solução para a violência na perspectiva paulina. Clelio Luiz Zezilia Contra os ricos que praticam violência e roubam (Mq 6,9-16). Daniel Vicente Da Subserviência à Subversão: a Releitura Saramaguiana de Eva. Darleyson de Carvalho Aspectos da Ética Humanitária do Antigo Testamento. Edison Henrique Pesch Direitos Humanos e Religião: Perspectivas paradoxais das mulheres na teologia cristã. Erica Amanda de Oliveira e Jaci de Fátima Souza Candiotto Dia 27/07/16 "Será que foi para o inferno?” uma possível releitura da homossexualidade no Antigo Testamento. Fabrício Veliq Violência e redenção: dialética e subjetividade de Paulo em Atos dos Apóstolos. Gelci André Colli Império Romano: conquista e soberania através da força e do terror. Juarez Pedro do Nascimento As possíveis relações de poder entre os gêneros e os ecos de uma tradição patriarcalismo histórico. Marco Aurélio de Brito O pentecostalismo e o feminino: um estudo sobre a posição da mulher no movimento pentecostal. Maria de Lourdes Koerich Belli

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Mapa do evento e informações úteis

Hospedagem Solidária:

www.facebook.com/groups/1210042285675914/ [email protected]

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Outras informações

Linhas de ônibus Acesso ao Campus de Florianópolis da UFSC através das seguintes linhas: 135 - VOLTA AO MORRO CARVOEIRA NORTE 136 - VOLTA AO MORRO CARVOEIRA SUL 137 - VOLTA AO MORRO PANTANAL NORTE 138 - VOLTA AO MORRO PANTANAL SUL 154 - UFSC - SEMIDIRETO 176 - SACO GRANDE VIA HU 180 - TITRI/UFSC 185 - UFSC - SEMIDIRETO 191 - TRANSCAEIRA 470 - TAPERA/TITRI 845 - LAGOA DA CONCEIÇÃO 847 - TIRIO/TITRI 848 - TITRI/TIRIO 849 - ABRAÃO/UFSC 946 - JARDIM ATLÂNTICO/ UFSC 947 - CAPOEIRAS/UFSC 948 - CAPOEIRAS/UFSC 949 - ABRAÃO/UFSC 1115 - EXECUTIVO CÓRREGO GRANDE

Alimentação: Várias lanchonetes dentro do CFH e nas suas imediações. Restaurante do Centro de Cultura e Eventos da UFSC: - 2 Restaurantes - 1 Loja de Calzone - 1 Cafeteria - 1 Lanchonete Praça com capacidade com 246 assentos. Horário de atendimento: Segunda à Sexta: – 08:00 às 20:00 (não fecha para almoço). Restaurantes no bairro da Trindade: - La Bohème café Rua Lauro Linhares, 1903 www.labohemecafe.com.br (48) 3234-7647ou (48) 8822-4970

- Frangos e Fritas Rua Lauro Linhares 1040 – Trindade

- Restaurante Sobrállia Rua Lauro Linhares, 1250 – Trindade

- Capitão Gourmet Rua Lauro Linhares 600 – Trindade

Mais informações em www.simposio.abhr.org.br

Aproveitem bastante o Simpósio!

Vamos fazer um bom evento juntas/es/os!

- Soul Salada (Loja 48) Trindade Shopping (48) 3024-4992 – [email protected]

- Palácio China (Loja 49) Trindade Shopping (48) 3024-2016 – [email protected]

- Rocco Grill (Loja 56) Trindade Shopping (48) 3024-8859 – [email protected]