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SESI CE 174 – JD. Natal – Suzano

Renan Melo de Freitas, Nº 252º ano “A” – Ensino Médio

Biomas Terrestres

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Suzano

- 2011 -

Renan Melo de Freitas, Nº 25

Biomas Terrestres

Trabalho apresentado na disciplina de Biologia, sob orientação da professora Marlene.

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Suzano- 2011 -

1-Introdução--------------------------------------------------------------------------------------04

2-Tundra------------------------------------------------------------------------------------------05

3- Taiga ou FlorestaBoreal------------------------------------------------------------------08

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4- Florestatemperada-------------------------------------------------------------------------12

5- FlorestaTropical-----------------------------------------------------------------------------15

6-Campos-----------------------------------------------------------------------------------------17

7-Desertos---------------------------------------------------------------------------------------19

8- Biomas doBrasil-----------------------------------------------------------------------------22

9-Conclusão-------------------------------------------------------------------------------------30

10-Referências---------------------------------------------------------------------------------36

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A interação entre o clima, representado principalmente

pela temperatura,

umidade do ar e pluviosidade, e os fatores edáficos (do

solo) produzem ampla

variedade de condições ecológicas, que vão determinar os

principais tipos de

biomas terrestres.

Os biomas são grandes ecossistemas terrestres com uma

fisionomia vegetal

característica, determinada principalmente pela influência

de fatores macro-

climáticos. Apresentam padrão homogêneo de estrutura e

função, em escala continental ou regional.

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Os principais biomas são: tundra, floresta boreal,

floresta temperada, floresta tropical, campos e desertos.

Boa leitura!

Tundra

A tundra é uma vegetação proveniente do material orgânico

que aparece no curto período de desgelo durante a estação

"quente" das regiões de clima polar, apresentando assim

apenas espécies de que se reproduzem rapidamente e que

suportam baixas temperaturas. Essa vegetação é um enorme

bioma que ocupa aproximadamente um quinto da superfície

terrestre. Aparece em regiões como o Norte do Alasca e do

Canadá, Groenlândia, Noruega, Suécia, Finlândia e Sibéria.

A tundra ártica surge no sul da região dos gelos polares do

Ártico, entre os 60º e os 75º de latitude Norte, e estende-

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se pela Escandinávia, Sibéria, Alasca, Canadá e Groelândia.

Situada próximo do pólo norte, recebe pouca luz e pouca

chuva, apresentando um clima polar, frio e seco. O solo

permanece gelado e coberto de neve durante a maior parte do

ano, a vegetação é rasteira, não possui árvores com

abundancia de musgos e líquens.

Clima

Apresenta verões muito curtos, com uma duração do dia muito

longa, com uma temperatura média entre -8°C e -4°C (não

excedendo os -6°C). Durante as horas de escuridão a neve,

vai caindo e acumula-se, devido aos fortes ventos, nas

regiões mais baixas, obrigando os animais a permanecerem

junto ao solo e apenas a procurar comida para se manterem

quentes. As quantidades de precipitação são muito pequenas

(entre 75 e 35 cm, incluindo a neve derretida). Apesar da

precipitação ser pequena, a Tundra apresenta um aspecto

úmido e encharcado, em virtude da evaporação ser muito

lenta e da fraca drenagem do solo permafrost, no verão. Só

no verão, com a duração de cerca de 2 meses, em que a

duração do dia fica por volta de 24h e quando temperatura

não excede os 12°C, que a camada superficial do solo

descongela, mas a água não consegue se infiltrar pelas

camadas inferiores. Formam-se então charcos e pequenos

pântanos. Pelo dia ser de longa duração ocorre uma

"explosão" de vida vegetal, o que permite que animais

herbívoros sobrevivam - bois almiscarados, lebres árticas,

renas e lêmingues, na Europa e na Ásia, e caribus na

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América do Norte. Estes por sua vez constituem o alimento

de outros animais (comem uns aos outros), carnívoros, como

os arminhos, raposas árticas e lobos. Existem também

algumas aves como a perdiz-das-neves e a coruja-das-neves.

Tundra na

Rússia.

Mapa da tundra.

Vegetação

A vegetação predominante é composta de líquenes, musgos,

ervas e arbustos baixos, devido às condições climáticas que

impedem que as plantas cresçam em altura. As plantas com

raízes longas não podem se desenvolver pois o subsolo

permanece gelado, pelo que não há árvores. Por outro lado,

como as temperaturas são muito baixas, a matéria orgânica

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decompõe-se muito lentamente e o crescimento da vegetação é

lento. Uma adaptação que as plantas destas regiões

desenvolveram é o crescimento em maciços, o que as ajuda a

evitar o ar frio. Outra adaptação é que elas crescem junto

ao solo, o que as protege dos ventos fortes. As folhas são

pequenas, retendo a humidade com maior facilidade. Apesar

das condições inóspitas, existe uma grande variedade de

plantas que vivem na Tundra Árctica.

Fauna

A maioria dos animais, sobretudo aves e mamíferos, apenas

utilizam a tundra no curto Verão, migrando para regiões

mais quentes no Inverno. Os animais que ali vivem

permanentemente, como os ursos-polares, bois almiscarados

(na América do Norte) e lobos árticos, desenvolveram as

suas próprias adaptações para resistir aos longos e frios

meses de Inverno, como um pêlo espesso, camadas de gordura

sob a pele e a hibernação. Por exemplo, os bois

almiscarados apresentam duas camadas de pêlo, uma curta e

outra longa. Também possuem cascos grandes e duros, o que

lhe permite quebrar o gelo e beber a água que se encontra

por baixo. Os répteis e anfíbios são poucos ou encontram-se

completamente ausentes devido às temperaturas serem muito

baixas.

A lebre ártica, por exemplo, no Inverno e no Verão muda a

cor do seu pêlo. Isso ajuda o animal a camuflar-se. O

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cisne-da-tundra tem 25216 penas, 80% das quais na cabeça e

no pescoço.

Tundra alpina

A tundra alpina encontra-se em vários países e situa-se no

topo das altas montanhas. É muito fria e ventosa e não tem

árvores. Ao contrário da Tundra Ártica, o solo apresenta

uma boa drenagem e não apresenta permafrost. Apresenta

ervas, arbustos e musgos, tal como a tundra ártica.

Encontram-se animais como as cabras da montanha, alces,

marmotas (pequeno roedor), insetos (gafanhotos, borboletas,

escaravelhos).

Taiga ou Floresta Boreal

A Taiga, do (russo тайга́), também conhecida por floresta de

coníferas, ou ainda floresta boreal, é um bioma comumente

encontrado no norte do Alasca, Canadá, sul da Groelândia,

parte da Noruega, Suécia, Finlândia, Sibéria e Japão. No

Canadá, usa-se o termo floresta boreal para designar a

parte meridional desse bioma, e o termo taiga é usado para

designar as áreas menos arborizadas a sul da linha de

vegetação arbórea do Ártico. Em Portugal e no Brasil, o

termo taiga é geralmente usado para designar as florestas

russas, enquanto que se usa floresta boreal ou floresta de

coníferas para as dos restantes países.

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Nela, os abetos e os pinheiros formam uma densa cobertura,

impedindo o solo de receber luz intensa. A vegetação

rasteira é pouco representada. O período de crescimento

dura em média 8 meses e as chuvas são pouco frequentes.

Trata-se da zona mais setentrional em que as árvores e as

espécies que delas necessitam podem sobreviver. É uma

região biogeográfica subártica setentrional e seca, na qual

as formas de vida vegetal principais são larícios, abetos,

pinheiros e espruces, que estão adaptadas ao clima frio.

Também ocorrem algumas árvores de folha larga, nomeadamente

vidoeiros, faias, salgueiros e sorveiras. Os pauis e as

plantas a eles associadas também são comuns nesta zona, que

ocupa a maior parte do interior do Canadá e do norte da

Rússia.

A taiga assemelha-se à tundra, porém tem um tipo de

vegetação um pouco mais rico.

História

Zona do bioma de

Taiga.

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A taiga não se localiza exclusivamente no hemisfério Norte,

encontra-se também em regiões de clima frio e com pouca

umidade. Distribui-se em uma faixa situada entre os 50 e 60

graus de latitude Norte e próxima às áreas de América do

Norte, Europa e Ásia.

Clima

O clima é sub-ártico, com ventos fortes e gelados durante

todo o ano. Estas florestas são frias e recebem pouca

precipitação anual (40-100 cm). Há duas estações do ano,

Inverno e Verão. O Inverno é muito frio, longo e seco,

havendo precipitação em forma de neve; os dias são

pequenos. No Verão, que pode durar de quatro anos e a doze

meses, os dias são longos e mais 'quentes' e o solo

descongela completamente, formando lagos, pântanos e

brejos. A temperatura oscila entre -54º e 21 °C. O solo é

fino e pobre em nutrientes e cobre-se de folhas e agulhas

caídas das árvores, o que o torna ácido e impede o

desenvolvimento de outras plantas. Água em abundância.

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Flora

Taiga no condado de Vestfod,

Noruega.

A vegetação é pouco diversificada devido às baixas

temperaturas registradas (a água do solo encontra-se

congelada), sendo constituída sobretudo por coníferas -

abetos (como o Abeto do Norte) e pinheiros (como o Pinheiro

silvestre), cujas folhas aciculares e cobertas por uma

película cerosa, as ajuda a conservar a umidade e o calor

durante a estação fria. Outra conífera que também pode

aparecer é o Larício europeu de folha caduca - Lárice. Em

certas condições também podem aparecer Bétulas e Faias

pretas.

As florestas boreais demoram muito tempo a crescer e há

pouca vegetação rasteira. Aparecem no entanto, musgos,

liquens e alguns arbustos.

As árvores demonstram a existência de adaptações ao meio.

Sendo de folha persistente, conservam, quando a temperatura

baixa, a energia necessária à produção de novas folhas e

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assim que a luz solar aumenta, podem começar de imediato a

realizar a fotossíntese.

Embora haja precipitação, o solo gela durante os meses de

Inverno e as raízes das plantas não conseguem água. A

adaptação das folhas à forma de agulhas limita, então, a

perda de água, por transpiração. Também a forma cónica das

árvores da Taiga contribui para evitar a acumulação da neve

e a subsequente destruição de ramos e folhas.

Fauna

Os animais da taiga são alces, focas, renas, veados, ursos,

lobos, raposas, linces, arminhos, martas, esquilos, socis

morcegos, coelhos, lebres,tigres e aves diversas como por

exemplo pica-paus e falcões. Os charcos e pantanosos que

surgem no Verão constituem um ótimo local para a procriação

de uma grande variedade de insectos. Muitas aves migradoras

vêm até à Taiga para nidificar e alimentar-se desses

insetos. Tal como na tundra, não aparecem répteis devido ao

grande frio. Alguns peixes também podem ser registrados nos

rios formados pelas geleiras, um deles é o salmão que só

procria nesses ambientes mais gélidos.

Muitos animais, sobretudo aves, migram para climas mais

quentes assim que a temperatura começa a baixar. Outros

ficam, encontrando-se adaptados através de seus pêlos e

peles espessas que os protegem do frio. Por vezes adaptam-

se à mudança de estação através da mudança de cor das suas

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penas ou pêlos. A pele do arminho, por exemplo, muda de

castanho escuro para rosa, no Inverno, contribuindo assim

para ajudar o animal a camuflar-se e a proteger-se dos seus

predadores.

Características Gerais

Localização da Taiga: Zona Temperada do norte e Zona

Polar, com altas latitudes(60 a 80 graus);

Ocorrência da floresta: Alasca, Canadá, sul da

Groenlândia.

Clima: Frio, com baixas temperaturas e pouca umidade;

Formação Vegetação: Arbustiva.

Picea mariana.

Choupo.

Taiga siberiana, a norte de

Khabarovsk

Floresta temperada

A floresta decídua temperada é um bioma temperado terrestre.

Distribuição geográfica

Ocorre em regiões de clima temperado, como o leste dos Estados

Unidos, oeste da Europa, pedaço da China, sudeste da Sibéria,

leste da Ásia, Japão e Coréia e parte da Nova Zelândia.

Caracteriza-se por apresentar as quatro estações bem definidas.

Flora

Sua flora é composta por árvores caducifólias: faias, nogueiras,

carvalhos, arbustos.

Fauna

Sua fauna compreende insetos, veados, esquilos, linces, ursos,

aves insetívoras, raposas, cobras, anfíbios.

Florestas temperadas são típicas de todo o continente europeu, a

região Leste da Ásia (em especial, da China e Japão) e América do

Norte.

Também são apuradas em zonas temperadas da América do Sul. Grande

parte deles foi destruída para a obtenção de madeira e as

vantagens do solo com fins agrícolas.

Distribuição geográfica

das florestas temperadas.

A floresta de clima temperado fica localizada nas regiões de

clima temperado da Terra: encontra-se em grande parte do oeste da

América do Norte, por quase toda a Europa, no oeste da Ásia

(Turquia, Geórgia, Azerbaijão e Irã) e leste da Ásia (Coreia,

Japão e parte da China), na Austrália, na Nova Zelândia e ao sul

do Chile, no Hemisfério Sul.

A Floresta Temperada foi bastante devastada pelos seres humanos,

sendo substituída, principalmente, pela agricultura. Hoje, essa

formação vegetal está restrita a poucos parques e reservas.

Clima

O clima é determinado como Clima temperado. As quatro estações

são bem definidas. Na primavera, quente e úmido, há muito sol,

que se funde rapidamente, e raras vezes cobre o solo durante toda

a estação. No inverno a vegetação aumenta. No outono, o calor e a

humidade podem chegar a ser elevados. As secas são raras e não

muito severas. É no verão que acontece o fenômeno mais curioso da

floresta temperada: as plantas caducifólias ganham uma coloração

dourada ou marrom nas folhas, que depois sobe.

Vegetação

O solo destas florestas é muito rico em nutrientes devido,

sobretudo, ao processo natural de decomposição das folhas que vai

enriquecendo o solo em nutrientes. A acumulação de matéria

orgãnica dá-se, sobretudo nos primeiros horizontes do solo, que

possuem, por isso, uma cor mais escura. A vegetação das florestas

temperadas é variada, desde as coníferas e árvores com folhas

largas caducas. Embora predominem as árvores, existem também

arbustos e plantas herbáceas. A cobertura vegetal pode apresentar

até quatro estratos, desde grandes árvores até plantas rasteiras.

Na coexistência florestas temperadas, entre outras espécies, aves, roedores,

raposas, veados e ursos, conseqüentemente, o corte de árvores, não só afeta

espécies vegetais, por vezes, mas os animais, também causando riscos de

extinção.

O chão da floresta temperada com um elevado teor de matéria

orgânica que é, fundamentalmente, no acumulado no subpêlo dois

primeiros, o que é demonstrado pela cor escura das mesmas.

A floresta de coníferas

A floresta de coníferas estende-se entre o limite da tundra e os

50 'de latitude norte, na Europa, Ásia e América do Norte.

 

É desenvolvido com precipitações de cerca de 500 milímetros

anuais. A flora ea fauna são semelhantes para ambos os lados do

Atlântico. 150 variedades de pinheiros existentes, que crescem em

terrenos pobres.

Os abetos, no entanto, são de preferência em terras férteis e

úmidos. Outras espécies arbóreas são os larches e os ciprestes,

as bétulas crescer mais em regiões frias, perto da tundra.

O chão está sempre coberto por folhas e galhos que oferecem

alimentação para os herbívoros, como as renas.

Entre os carnívoros são a marta,que caça nos galhos das árvores,

e as do lince, um felino que geralmente vive em áreas

montanhosas.

Floresta tropical

Foto tirada na Região do Caratuva Serra do Mar

Paraná, observe as folhas úmidas devido à condensação da umidade

A floresta tropical existe em três regiões na Terra: na América,

na África e na Ásia.

No caso da americana cobre a Mata Atlântica compreendida pelo

Brasil, indo ao sul até à bacia do Prata. A floresta indo-malaia

é a menos contínua devido à agressão milenar que vem sofrendo;

compreende a da costa da Indo-china, a costa norte da Austrália,

as Filipinas, Nova Guiné e Bornéo, entre outras.

Das três, a menor área de floresta tropical é a africana, que

compreende a Libéria, o golfo da Guiné, e principalmente a região

da bacia do rio Republica Dominicana do Congo.

Somando-se todas estas áreas temos aproximadamente 17 milhões de

km² de florestas tropicais, isto significa que 20% das terras do

planeta ainda estão com razoável cobertura vegetal, apesar das

tentativas dos seres humanos em destruí-las.

Este bioma é composto por grande quantidade de espécies vegetais

e animais, apesar do solo ser muito pobre; esta pobreza se deve

ao fato de haver uma camada de areia facilitando a infiltração

rápida da água, mas ocorre a decomposição da matéria orgânica

(folhas, fezes e restos de seres vivos) propiciada pela sombra,

calor e umidade, formando-se uma camada de cerca de 50

centímetros de húmus. A temperatura média anual é sempre em torno

de 20 °C, a pluviosidade anual aproximadamente de 1200 mm, sua

localização média é na faixa entre os trópicos, daí a denominação

de floresta tropical.

Uma das principais características da floresta tropical é a

biodiversidade vegetal e animal. Em torno de 60% de todas as

espécies do planeta se encontram neste ecosistema.

Mata Atlântica

Na floresta amazônica, em dez mil metros quadrados encontramos

cerca de 100 espécies de árvores além de epífitas e cipós. A

altura média das árvores gira em torno de 55 metros, a quantidade

de espécies de insetos e animais ainda é desconhecida.

Em caso de desmatamento, a perda é imensa, pois a biodiversidade

é tão localizada e variável que, ao fazer uma queimada, podem ser

destruídas espécies que jamais foram conhecidas ou catalogadas. A

floresta atlântica é uma floresta tropical plena associada aos

ecossistemas costeiros de mangues nas enseadas, fozes de grandes

rios, baías e lagunas de influência.

Características

Flora: São fechadas e heterogêneas. Nelas aparecem árvores de

grande e médio porte como bromélias, begônias, orquídeas, cipós ,

briófitas, pau-brasil, jacarandá, peroba, jequitibá-rosa.

Fauna: Mico-leão-dourado, onça-pintada, bicho-preguiça, capivara.

Clima: A temperatura média anual é sempre em torno de 20 °C, a

pluviosidade anual aproximadamente de 1200 mm

Ocupação Humana: O uso de plantas para se produzir remédios,

matérias-primas para a produção de vestimentas, corantes,

essências de perfumes; insumos para a indústria alimentícia ou

ainda o corte de árvores feitos de maneira incorreta, trazem

prejuizos para esse bioma

Impactos Ambientais: Causam a extinção de algumas espécies da

fauna e da flora, reduzem a região de ocupação desse bioma e

também são favoráveis ao clima.

CamposÉ um Bioma que se caracteriza por apresentar um único estrato de

vegetação. O número de espécies é muito grande, mas representado

por pequeno número de indivíduos de cada espécie.

A localização dos campos é muito variada: centro-oeste dos

Estados Unidos, centro-leste da Eurásia, parte da América do Sul

(Brasil, Argentina) e Austrália.

Durante o dia a temperatura é alta, porém a noite a temperatura é

muito baixa. Muita luz e vento, pouca umidade. Predominam as

gramíneas. Os animais, dependendo da região, podem ser: antílopes

americanos e bisões, roedores, muitos insetos, gaviões, corujas

etc.

A vegetação é composta basicamente de plantas

herbáceas e árvores de pequeno porte.

Os campos podem ser classificados em:

savanas: campos onde há gramíneas, arbustos e

árvores.

Ocorrem principalmente nas América do Norte e do Sul, na Ásia, na

África e na Austrália.

Os campos cerrados, que cobrem cerca de 25%

do território brasileiro, e a caatinga são exemplos

de savana;

estepes: campos onde predominam gramíneas.

Ocorrem em regiões sujeitas a períodos de seca.

As pradarias da América do Norte e os pampas

da Argentina, do Uruguai e do sul do Brasil são

exemplos de estepes.

Deserto

Os desertos apresentam localização muito variada e se

caracterizam por apresentar vegetação muito esparsa.

O solo é muito árido e a pluviosidade baixa e irregular, abaixo

de 250 mm de água anuais. Durante o dia a temperatura é alta, mas

à noite ocorre perda rápida de calor, que se irradia para a

atmosfera e a temperatura torna-se excessivamente baixa. As

plantas que se adaptam ao deserto geralmente apresentam um ciclo

de vida curto. Durante o período favorável (chuvoso) germinam as

sementes, crescem, florescem, frutificam, dispersam as sementes e

morrem.

As plantas perenes como os cactos apresentam sistemas radiculares

superficiais que cobrem grandes áreas. Estas raízes estão

adaptadas para absorver as águas das chuvas passageiras.

O armazenamento de água é muito grande (parênquimas aqüíferos).

As folhas são transformadas em espinhos e o caule passa a

realizar fotossíntese.

Os consumidores são predominantemente roedores, obtendo água do

próprio alimento que ingerem ou do orvalho. No hemisfério norte é

muito comum encontrar-se, nos desertos, arbustos distribuídos

uniformemente, como se tivessem sido plantados em espaços

regulares. Este fato explica-se como um caso de amensalismo, isto

é, os vegetais produzem substâncias que eliminam outros

indivíduos que crescem ao seu redor.

Vegetação

A maioria das plantas do deserto são tolerantes à seca e à

salinidade, tais como as xerófitas. Algumas armazenam água em

suas folhas, raízes e caules. Outras plantas do deserto têm

longas raízes que penetram até o lençol freático, firmam o solo e

evitam a erosão. Os caules e folhas de algumas plantas reduzem a

velocidade superficial dos ventos que carregam areia, protegendo

assim o solo da erosão.

Os desertos normalmente têm uma cobertura vegetal esparsa porém

muito diversificada. O deserto de Sonora, no sudoeste americano,

tem a vegetação desértica mais complexa da Terra. O gigantesco

cactus saguaro fornece ninhos às aves do deserto e funciona como

"árvore". O saguaro cresce lentamente mas pode viver duzentos

anos. Aos nove anos, ele tem cerca de quinze centímetros de

altura. Aos 75 anos, o cactus desenvolve seus primeiros ramos.

Quando totalmente adulto, o saguaro chega a quinze metros de

altura e pesa quase 10 toneladas. Eles povoam o deserto de Sonora

e reforçam a impressão de que os desertos são áreas ricas em

cactus.

Apesar dos cactus serem normalmente considerados plantas dos

desertos, outros tipos de plantas adaptaram-se à vida em meio

árido. Isto inclui plantas da família da ervilha e do girassol.

Os desertos frios têm como vegetação predominante gramíneas e

arbustos.

Deserto de Atacama, no Chile

Os 10 maiores desertos do mundo:

Deserto Superfície(km²)

1º Deserto da Antártida (Antártida) 14 000 000

2º Deserto do Saara (África) 9 000 000

3° Deserto da Arábia (Ásia) 1 300 000

4° Deserto de Gobi (Ásia) 1 125 000

Biomas brasileiros

No Brasil, os biomas existentes são (da maior extensão para a

menor): a Amazônia, o cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o

Pampa e o Pantanal.

Amazônia

Extensão aproximada: 4.196.943 quilômetros quadrados

A Amazônia é a maior reserva de biodiversidade do mundo e o maior

bioma do Brasil – ocupa quase metade (49,29%) do território

nacional. Esse bioma cobre totalmente cinco Estados (Acre, Amapá,

Amazonas, Pará e Roraima), quase totalmente Rondônia (98,8%) e

parcialmente Mato Grosso (54%), Maranhão (34%) e Tocantins (9%).

Ele é dominado pelo clima quente e úmido (com temperatura média

de 25 °C) e por florestas. Tem chuvas torrenciais bem

distribuídas durante o ano e rios com fluxo intenso.

O bioma Amazônia é marcado pela bacia amazônica, que escoa 20% do

volume de água doce do mundo. No território brasileiro,

encontram-se 60% da bacia, que ocupa 40% da América do Sul e 5%

da superfície da Terra, com uma área de aproximadamente 6,5

milhões de quilômetros quadrados. A interação de variadas

condições geográficas e climáticas predominantes no bioma

Amazônia resulta numa vasta fauna e numa flora variada e rica.

Estima-se que esse bioma abrigue mais da metade de todas as

espécies vivas do Brasil.

A vegetação característica do bioma Amazônia é do tipo floresta

ombrófila densa, normalmente composta de árvores altas. Nas

planícies que acompanham o Rio Amazonas e seus afluentes,

encontram-se as matas de várzeas (periodicamente inundadas) e as

matas de igapó (permanentemente inundadas). Aspectos da savana,

da campinarana, de formações pioneiras e de refúgios ecológicos

também estão presentes nesse bioma.

Cerrado

Extensão aproximada: 2.036.448 quilômetros quadrados

O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e cobre 22%

do território brasileiro. Ele ocupa totalmente o Distrito Federal

e boa parte de Goiás (97%), de Tocantins (91%), do Maranhão

(65%), do Mato Grosso do Sul (61%) e de Minas Gerais (57%), além

de cobrir áreas menores de outros seis Estados. É no Cerrado que

está a nascente das três maiores bacias da América do Sul

(Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata), o que resulta em

elevado potencial aquífero e grande biodiversidade. Esse bioma

abriga mais de 6.500 espécies de plantas já catalogadas.

No Cerrado predominam formações da savana e clima tropical quente

subúmido, com uma estação seca e uma chuvosa e temperatura média

anual entre 22 °C e 27 °C. Além dos planaltos, com extensas

chapadas, existem nessas regiões florestas de galeria, conhecidas

como mata ciliar e mata ribeirinha, ao longo do curso d’água e

com folhagem persistente durante todo o ano; e a vereda, em vales

encharcados e que é composta de agrupamentos da palmeira buriti

sobre uma camada de gramíneas (estas são constituídas por plantas

de diversas espécies, como gramas e bambus).

Mata Atlântica

Extensão aproximada: 1.110.182 quilômetros quadrados

A Mata Atlântica é um complexo ambiental que engloba cadeias de

montanhas, vales, planaltos e planícies de toda a faixa

continental atlântica leste brasileira, além de avançar sobre o

Planalto Meridional até o Rio Grande do Sul. Ela ocupa totalmente

o Espírito Santo, o Rio de Janeiro e Santa Catarina, 98% do

Paraná e áreas de mais 11 Unidades da Federação.

Esse bioma é o grande conjunto florestal extra-amazônico. Seu

principal tipo de vegetação é a floresta ombrófila densa,

normalmente composta por árvores altas e relacionada a um clima

quente e úmido. A Mata Atlântica já foi um dos mais ricos e

variados conjuntos florestais pluviais da América do Sul, mas

atualmente é reconhecida como o bioma brasileiro mais

descaracterizado. Isso porque os primeiros episódios de

colonização no Brasil e os ciclos de desenvolvimento do país

levaram o homem a ocupar e destruir parte desse espaço.

Caatinga

Extensão aproximada: 844.453 quilômetros quadrados

A Caatinga, cujo nome é de origem indígena e significa “mata

clara e aberta”, é exclusivamente brasileira e ocupa cerca de 11%

do país. É o principal bioma da Região Nordeste, ocupando

totalmente o Ceará e parte do Rio Grande do Norte (95%), da

Paraíba (92%), de Pernambuco (83%), do Piauí (63%), da Bahia

(54%), de Sergipe (49%), do Alagoas (48%) e do Maranhão (1%). A

caatinga também cobre 2% de Minas Gerais.

A Caatinga apresenta uma grande riqueza de ambientes e espécies,

e boa parte dessa diversidade não é encontrada em nenhum outro

bioma. A seca, a luminosidade e o calor característicos de áreas

tropicais resultam numa vegetação de savana estépica, espinhosa e

decidual (quando as folhas caem em determinada época). Há também

áreas serranas, brejos e outros tipos de bolsão climático mais

ameno.

Esse bioma está sujeito a dois períodos secos anuais: um de longo

período de estiagem, seguido de chuvas intermitentes e um de seca

curta seguido de chuvas torrenciais (que podem faltar durante

anos). As duas estações acentuam contrastes da Caatinga: numa

época o bioma se encontra despido, cinzento e espinhoso. Em

outra, mais verde, encoberto de uma significativa quantidade de

pequenas folhas. Dos ecossistemas originais da caatinga, 80%

foram alterados, em especial por causa de desmatamentos e

queimadas.

Pampa

Extensão aproximada: 176.496 quilômetros quadrados

O bioma pampa está presente somente no Rio Grande do Sul,

ocupando 63% do território do Estado. Ele constitui os pampas

sul-americanos, que se estendem pelo Uruguai e pela Argentina e,

internacionalmente, são classificados de Estepe. O pampa é

marcado por clima chuvoso, sem período seco regular e com frentes

polares e temperaturas negativas no inverno.

A vegetação predominante do pampa é constituída de ervas e

arbustos, recobrindo um relevo nivelado levemente ondulado.

Formações florestais não são comuns nesse bioma e, quando

ocorrem, são do tipo floresta ombrófila densa (árvores altas) e

floresta estacional decidual (com árvores que perdem as folhas no

período de seca).

Pantanal

Pantanal: quase toda a fauna brasileira está representada

nesse bioma

Extensão aproximada: 150.355 quilômetros quadrados

O bioma Pantanal cobre 25% de Mato Grosso do Sul e 7% de Mato

Grosso e seus limites coincidem com os da Planície do Pantanal,

mais conhecida como Pantanal mato-grossense. O Pantanal é um

bioma praticamente exclusivo do Brasil, pois apenas uma pequena

faixa dele adentra outros países (o Paraguai e a Bolívia).

É caracterizado por inundações de longa duração (devido ao solo

pouco permeável) que ocorrem anualmente na planície, e provocam

alterações no ambiente, na vida silvestre e no cotidiano das

populações locais. A vegetação predominante é a Savana, mas

também há formações de savana estépica e pequenas áreas de

floresta estacional semidecidual e decidual.

Quase toda a fauna brasileira está representada no bioma

Pantanal. Durante o período de inundação, algumas espécies, como

aves e mamíferos, se deslocam para áreas altas próximas. A

cobertura vegetal original de áreas que circundam o Pantanal foi

em grande parte substituída por lavouras e pastagens, num

processo que já repercute na Planície do Pantanal.

Manguezal Localiza-se em vários pontos da costa brasileira, sendo mais

comum onde o mar se encontra com as águas doces dos rios. É

caracterizada por ser uma área alagada de fundo lodoso e salobro.

Entre os principais animais encontrados no mangue estão o

caranguejo e a ostra.

O manguezal brasileiro desenvolve-se na região

litorânea onde os rios desembocam no mar, desde

o Amapá até Santa Catarina. Ele é extremamente

importante, pois o local é o "berçário" de grande número

de animais marinhos. Além disso, participa de modo

fundamental na produtividade das regiões costeiras.

As plantas típicas desse ecossistema são popularmente

chamadas de mangue vermelho (Rhizophora mangle),

mangue seriba (Avicennia schaueriana) e mangue branco

(Laguncularia racemosa).

Campos – presente em algumas áreas da região Norte

(Amazonas, Pará e Roraima) e também no Rio Grande do

Sul. A vegetação dos campos caracteriza-se pela

presença de pequenos arbustos, gramíneas e

herbáceas.

o Campo Sulino ou Pampa ocorre no sul do Brasil.

Apresenta vegetação

herbácea, propícia à criação de gado, atividade

muito comum na região.

Ecossistemas aquáticos

Os ecossistemas aquáticos estão representa-

dos pelos oceanos, rios (lóticos) e lagos (lênti-

cos). Neles, os seres vivos são classificados em três

grandes cate-gorias:

plâncton: compreende organismos geralmente

microscópicos que vivem em suspensão na

coluna de água e são passivamente carrega-

dos pelas correntezas. No plâncton os organ-

ismos clorofilados compõem o fitoplâncton

(algas), e os não-clorofilados, especialmente

protozoários e pequenos animais, constituem

o zooplâncton;

nécton: compreende os animais nadadores ativos

que vivem na coluna de água, como é o caso de

muitos peixes;

bentos: compreende os organismos que vivem

em contato com o substrato de forma fixa (séssil),

como os corais e as algas, ou de forma vágil, isto é,

deslocando-se livremente, como os caranguejos.

Os oceanos cobrem cerca de 70% da superfí-

cie da Terra, constituindo o maior ecossistema do

nosso planeta.

O fitoplâncton marinho é o principal responsável

pela produção de gás oxigênio para a atmosfera. Essa

produção é sempre maior próximo à costa, pois nessa

região há maior concentração de nutrientes proveni-

entes dos rios. Além disso, os oceanos são profundos

e a produção de oxigênio limita-se à faixa que recebe

luz, denominada zona fótica, que em águas claras

chega até cerca de 200 m de profundidade.

A zona dos oceanos que não recebe luz é de-

nominada afótica.

Os rios normalmente são bem oxigenados devido

ao movimento constante de suas águas. Neles, a

quantidade de plâncton geralmente é menor em

comparação com a dos lagos.

A movimentação da água dos lagos ocorre em

condições especiais, como é o caso de lagos de re-

giões temperadas. Nesses casos, a água mais fria da

superfície afunda duas vezes por ano, ao mesmo

tempo em que a água do fundo sobe. Esse fenô-

meno propicia distribuição de gás oxigênio e de

nutrientes minerais, o que não ocorre em lagos de

regiões tropicais.

Com este trabalho, Podemos definir bioma como

um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável.

Um bioma é caracterizado por um tipo principal de vegetação

(num mesmo bioma podem existir diversos tipos de vegetação).

Os seres vivos de um bioma vivem de forma adaptada as

condições da natureza (vegetação, chuva, umidade, calor,

etc) existentes. Os biomas brasileiros caracterizam-se, no

geral, por uma grande diversidade de animais e vegetais

(biodiversidade).

A tundra ocorre no hemisfério Norte, próximo à região de

gelo permanente (calota polar), formando um cinturão entre as

latitudes de 60° e 80° Norte. O clima muito frio e seco dessa

região apresenta apenas três meses menos frios no ano. No solo

o degelo só ocorre no verão, formando grandes brejos.

As plantas características da tundra são herbáceas, como o

capim e o junco, além de muitos mus-

gos e alguns poucos arbustos.

A fauna está representada por renas, Ierningues (pequenos

roedores), ptármigas (aves do tamanho de um pombo), raposas,

caribus, bois almiscarados, lebres árticas, lobos árticos,

muitos insetos e aves migratórias.

A floresta boreal - também chamada taiga ou floresta de

coníferas - localiza-se em regiões de clima frio, com invernos

rigorosos. Ocorre principalmente ao sul da tundra, no

hemisfério Norte. As plantas típicas são as coníferas, grupo

ao qual pertencem os pinheiros - árvores sempre verdes, que

não perdem as folhas nos !peses frios

do ano.

Entre os animais representantes da fauna estão lobos, ursos,

lebres, linces, alces e cervos. Alguns animais da taiga

hibernam durante o inverno.

As florestas temperadas são bem desenvolvidas em

regiões de clima temperado, caracterizado pelas quatro estações

do ano bem definidas. Ocorremna Europa, na América do Norte e

Ásia. A ve-

ção desse bioma é muito diversificada, composta de faias, bordos,

carvalhos e bétulas, dentre outras plantas. As árvores que

constituem a floresta temperada perdem as folhas no inverno, isto

é, suas folhas são decíduas. Por essa razão esse bioma é também

chamado floresta decídua temperada ou floresta caducifólia.O solo

dessas florestas é profundo, rico em matéria orgânica. Sua fauna

é diversificada. Javalis, esquilos e leões-da-montanha são alguns

representantes .

As florestas tropicais ocorrem na região

equatorial, ocupando grande parte das Américas Central

e do Sul e algumas áreas da África, da Ásia e da Austrália. Essas

regiões são caracterizadas por altos índices de precipitação e

por temperaturas elevadas, que oscilam normalmente entre 21 °C e

32 =C. Esse bioma apresenta vegetação abundante, de crescimento

rápido e "sempre verde", ou seja, as árvores nunca perdem suas

folhas de uma só vez em uma estação específica. Nesse caso, fala-

se em florestas perenifólias (perene = duradouro).

As folhas das árvores geralmente são grandes, com superfície

lisa e extremidade afilada em goteira, o que facilita o

escoamento da água. Nos troncos e ramos normalmente existem

muitos liquens e diversas espécies de trepadeiras e epífitas,

como orquídeas, samambaias e bromélias. A matéria orgânica que

atinge o solo é degradada rapidamente, pois as altas temperaturas

e a umidade aceleram os processos de decomposição. Como os

minerais liberados são logo em seguida aproveitados pela densa

vegetação, o solo nessas florestas é pobre.

A fauna é rica, apresentando grande diversidade de mamíferos

arborícolas, como macacos e preguiças, e de mamíferos terrícolas,

caso de cotias, capivaras, onças e antas. Além dos mamíferos, há

grande diversidade de aves, répteis, anfibios e invertebrados.

Os desertos encontram-se ao redor das latitudes 30°

Norte e 30° Sul, em regiões de baixa pluviosidade e baixa

umidade do ar. Durante o dia, as temperaturas são altas, enquanto

as noites muitas vezes são extremamente frias. Ocorrem

principalmente na África (deserto do Saara), na Austrália, nos

Estados Unidos e no Chile. A vegetação do deserto é pouco

abundante e muito esparsa. É composta basicamente de gramíneas e

plantas arbustivas, como os cactos, que apresentam uma série de

adaptações ao ambiente de seca (xeromorfismo): caules que

armazenam água e folhas transformadas em espinhos, o que diminui

a área de transpiração. A fauna é pouco diversificada,

constituída basicamente de escorpiões, lacraias, lagartos,

serpentes e alguns mamíferos .

A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do

mundo. Sua maior parte localiza-se no território brasileiro, do

qual cobre cerca de 40%. No Brasil a floresta Amazônica

distribui-se por nove estados: Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima,

Amapá, Pará, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. A diversidade

biológica dessa floresta é a maior do mundo. Dentre as plantas,

podemos citar o eupuaçu, o guaraná, a seringueira (da qual se

extrai o látex para a fabricação de borracha), palmeiras, como o

açaí, o tucumã e o inajá, espécies de grande porte, como a

castanheira, a sumaúma (conhecida como "o gigante da Amazônia") e

o angelim. Esse

bioma também abriga inúmeras espécies de plantas medicinais,

graças às quais já foram feitas descobertas importantes para a

medicina, como é o caso do curare (um potente anestésico) e do

quinino (usado no tratamento da malária). Em função da redução

dos estoques de madeira do sul do país nos últimos anos, a

extração de mogno e cerejeira na Floresta Amazônica aumentou

muito, o que tem levado à drástica redução da população dessas

plantas. Além desse grande número de espécies de plantas, na

Amazônia está também a maior diversidade de espécies animais:

preguiça-real, macaco-aranha (ou quatá), macaco-prego, guariba

(ou

bugio), araçari (tucano), arara-vermelha, arara-canindé,

jacaretinga, jacaré-coroa, jacaré-açu, muitas espécies de insetos

e de outros animais.

A Mata Atlântica, que também é uma floresta tropical,

estende-se desde o Rio Grande do Norte até o sul do país em

montanhas e planícies litorâneas. Atualmente, encontra-se

muito devastada em virtude da grande ocupação humana, restando

apenas 7% da floresta original. Mesmo reduzida e fragmentada,

a Mata Atlântica tem enorme importância social e ambiental.

Para aproximadamente 70% da população brasileira que vive em

seu domínio, a Mata Atlântica regula o fluxo dos mananciais

hídricos, controla o clima e protege encostas das serras. Nela

nascem diversos rios que abastecem cidades e metrópoles

brasileiras. Nessa mata há grande diversidade de plantas,

dentre as quais o pau-brasil, o jacarandá, o jequitibá, a

peroba e o cedro, ameaçadas de extinção. Afauna é

diversificada, incluindo vários mamíferos ameaçados de

extinção, como o mico-leão-dourado, o bicho-preguiça, a onça-

pintada e o muriqui (o maior macaco das Américas). Dentre as

aves ameaçadas de extinção destacam-se a araponga (também

conhecida como "voz da Mata Atlântica"), a jacutinga, o jacu e

o macuco.

A Caatinga ocupa cerca de 11 % do território

brasileiro. Ocorre na região Nordeste, em locais onde

as chuvas são irregulares, as secas são prolongadas e as

temperaturas, elevadas. A palavra caatinga tem sua origem na

língua tupi e significa mata branca, nome sugerido pelo

aspecto esbranquiçado dos galhos das árvores que perdem suas

folhas na época da seca, fato que constitui um mecanismo de

proteção contra a perda de água. Outro mecanismo de proteção

contra a perda de água é a redução das folhas e espinhos, o

que se observa em certas plantas da Caatinga, especialmente

nas cactáceas, como o xique-xique, por exemplo. A fauna da

Caatinga inclui animais como o corrupião, a cascavel, o gavião

carcará e a ararinha- -azul, ave extinta na natureza.

O Cerrado, que ocupacercade25% do território, é o

segundo maior bioma brasileiro, perdendo apenas para a

Amazônia. Ocorre na região Centro-Oeste, principalmente nos

estados de Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e

Minas Gerais, e também em pequenas extensões do Amazonas, São

Paulo, Paraná, Paraíba e Pernambuco. o clima no Cerrado é

quente, com estação seca rigorosa, embora chova em

certas épocas do ano, principalmente no verão. Apesar da pouca

chuva, mesmo nas estações secas o solo apresenta quantidade

razoável de água a partir de 2 m de profundidade. Assim, as

raízes de muitas plantas aprofundam-se até atingir o lençol

subterrâneo, retirando a água necessária para sua sobrevivência.

Os solos do Cerrado são considerados úteis para a agricultura,

desde que fertilizados e corrigidos em sua acidez pela adição de

calcário. Algumas das principais plantas encontradas no Cerrado

são, murici, gabiroba, pau-terra, indaiá (palmeira de caule

subterrâneo que em certos locais domina a paisagem, formando os

campos de indaiás) e capim-flecha (chega a atingir 2,5 m de

altura e pega fogo com facilidade). A fauna é muito rica,

incluindo a ema, a maior ave das Américas. Dentre os mamíferos,

podemos citar: lobo-guará, onça-pintada, anta, tamanduá, tatu e

veado-campeiro. Um importante fator ecológico do cerrado é o

fogo, que pode ser provocado por diversos fatores, como os raios.

As plantas apresentam adaptação para enfrentar o fogo, como, por

exemplo, cascas espessas ou caules subterrâneos.

A Mata de Araucária é um bioma típico de regiões com

clima subtropical. No Brasil, ela está presente nos estado de São

Paulo e, principalmente, nos estados da Região Sul (Paraná, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul). Sua vegetação é composta por

árvores aciculifoliadas, com folhas em formato de agulha, a

espécie predominante é o pinheiro-do-paraná.

A Mata de Cocais Ocupa uma zona de transição entre a

Amazônia e as terras semiáridas do Nordeste Brasileiro,

abrangendo porções dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins.

Possui solos secos e florestas dominadas por palmeiras. Sua

vegetação é formada por palmeiras, como o buriti, oiticica,

babaçu e carnaúba.

O Pantanal está localizado no sudoeste de Mato Grosso e

oeste de Mato Grosso do Sul, estando presente também no Paraguai

e na Bolívia. Esse bioma é considerado uma das maiores planícies

inundáveis do planeta.

Apresenta grande biodiversidade: mais de 3.500 espécies de

plantas, cerca 650 espécies de aves, 262 espécies de peixe, 1.100

espécies de borboletas. Entre os representantes da fauna estão:

jacaré, veado, serpentes, capivara, papagaio, tucano, tuiuiú,

onça, macaco, entre outros.

O Manguezal localiza-se em vários pontos da costa

brasileira, sendo mais comum onde o mar se encontra com as águas

doces dos rios. É caracterizada por ser uma área alagada de fundo

lodoso e salobro. Entre os principais animais encontrados no

mangue estão o caranguejo e a ostra.

O Brasil, em razão de sua grande extensão

territorial, apresenta um complexo mostruário das principais

paisagens e ecologias do planeta.

NATUREZA E VIDA. Disponível em:<www.biovida.com.br/biomas>Acesso em 01/04/2011.

BRASIL ESCOLA. Disponivel em:

<www.brasilescola.com.br/biomas>Acesso em 01/04/2011

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