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RELATÓRIO DA VISITA À CASA DA MÚSICA – PORTO
Marco Araújo
Animadores Sócio culturaisMúsica, som e meios técnicos
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CONTEXTUALIZAÇÃO
No âmbito do módulo “Música, som e meios técnicos”, no dia 15 de
Dezembro/09 os formandos do curso de Educação e Formação de Adultos de
Animação Sociocultural - da vila de Arões São Romão - realizaram uma visita à
Casa da Música no Porto. O objectivo foi proporcionar aos formandos o contacto
com os equipamentos e meios técnicos usados na sonoplastia, conforme os
objectivos do módulo.
Acompanhou os formandos nesta visita a formadora Vera Silva.
O ponto de partida foi o local da formação, em Arões, às 14:00 horas; a
chegada ao Porto aconteceu às 15:30, tal como programado.
A CASA DA MÚSICA
Imaginada para assinalar o ano festivo de 2001, em que a cidade do Porto
foi Capital Europeia da Cultura, a Casa da Música é o primeiro edifício construído
em Portugal exclusivamente dedicado à Música, seja no domínio da apresentação e
fruição pública, seja no campo da formação artística e da criação.
O projecto Casa da Música foi definido em 1999, como resultado de um
concurso internacional de arquitectura que escolheu a solução apresentada por
Rem Koolhaas - Office for Metropolitan Architecture. As escavações iniciaram-se
ainda em 1999, no espaço da antiga Remise do Porto na Rotunda da Boavista, e a
Casa da Música foi inaugurada na primavera de 2005, no dia 15 de Abril.
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Concebida para ser a casa de todas as músicas, integra-se no processo de
renovação urbana da cidade e numa rede de equipamentos culturais à escala
metropolitana e mundial. É uma instituição que acolhe um projecto cultural
inovador e abrangente e que assume a dinamização do meio musical nacional e
internacional, nas mais variadas áreas, da clássica ao jazz, do fado à electrónica,
da grande produção internacional aos projectos mais experimentais.
Para além de concertos, recitais e performances, a Casa da Música promove
encontros de músicos e musicólogos, investindo na procura das origens da música
portuguesa e apostando fortemente no seu papel de elemento nuclear na educação
musical. Define-se também enquanto plataforma cultural aberta a cruzamentos
entre a música e outras áreas de criação artística e de conhecimento, um espaço
aberto a todos os públicos e a todos os criadores. (in
http://www.casadamusica.com)
A VISITA
Já na Casa da Música o grupo foi recebido por Verónica Moreira, que
aguardava a chegada dos formandos. De seguida deu-se inicio à visita, orientada
por José Paulo Ferreira.
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Com uma forma geométrica ímpar, a Casa da Música está situada entre duas
ondas e todas as letras indicativas estão gravadas na própria parede mestra, em
betão armado. Uma curiosidade é que o mármore do exterior é oriundo da
Jordânia.
Todo o edifício dispõe de vidro duplo para que a sonorização seja total.
Assegura uma barreira eficaz porque o vidro, além de ser duplo, tem uma câmara-
de-ar entre eles, é infalível ouvir barulho da sala para o exterior, assim como do
exterior para o interior, não se ouve rigorosamente nada. O vidro foi fabricado em
Espanha, é laminado e ondulado para sustentar as vibrações exteriores e sustentar
a acústica interior. Os três módulos ao alto são como se fossem um só com
dezassete metros de altura.
O interior da sala “Suggia”, sala principal, contém concha acústica, monitor
natural, som para os músicos e uma área com retorno de som. Já as bancadas dos
lados são para os coros. Esta sala é uma das melhores do mundo, contendo 1234
lugares sentados. É decorada em tons dourados e prateados, sendo estas as cores
mais relevantes. Esta sala abarca, ainda, equipamentos em termos acústicos do
melhor que existe, parede estriada com caixa de ressonância e com difusores de
som que o amplificam de forma homogénea. Os difusores estão distribuídos
homogeneamente para as frequências sonoras. Conseguimos ouvir
excepcionalmente bem, independentemente do lugar onde nos encontramos, tanto
na primeira fila como na última. Até o próprio pano das cadeiras é especial, absorve
o som em função do número de pessoas que estejam presentes nesta sala.
A sala “Cyber”, sala para Workshops, com todas as condições acústicas e
eléctricas, é revestida a esferovite com dispersores de som.
Seguidamente, a Sala “Renascimento” é uma sala com figuras em perspectiva, com
azulejos de 3 cores - branco, azul e verde, a três dimensões, parecem
paralelepípedos ou escadas. A respectiva sala tem este nome porque foi nesta
altura que surgiu esta perspectiva. Aqui encontramos máquinas didácticas para que
as crianças possam inventar ritmos.
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Já a sala “Laranja”, é uma sala vazia, mas com instrumentos virtuais que
captam os movimentos através de sensores e que os reproduzem em som.
Por sua vez, a sala “Roxa”, é principalmente para receber as crianças
pequenas, enquanto os pais podem assistir ao espectáculo, uma vez que elas ficam
em segurança, realizando actividades lúdicas e aprendendo música de forma
saudável.
Continuamente, o “Auditório 2”- sala para 300 pessoas - serve para outro
tipo de concertos, como jazz, hip-hop, piano, música erudita, concertos para
crianças e bebés.
A sala “VIP” é uma homenagem do arquitecto da Casa da Música à azulejaria
portuguesa. Esta sala detém, então, paredes e tecto decorados com réplicas de
painéis de azulejo pintados à mão, recriando os originais, como é o caso dos
painéis “Conquista de Ceuta aos Mouros“ e “Mulheres do Povo”, de 1909/10. Os
originais encontram-se no Porto, na estação de São Bento.
Encontramos também referências, a painéis Holandeses, cunho pessoal do
arquitecto, como “A Refeição no Terraço”, “Cena de Caça” de 1707.
Por fim, esta sala é protegida com uma cortina absorvente para impedir a
passagem da luz do sol para a sala “Suggia”.
Podemos ainda encontrar ao dispor um bar onde nos sentamos a saborear
um café e um restaurante disponível.
A visita decorreu de acordo com o previsto, tendo-se revelado produtiva ao
nível do conhecimento e tendo proporcionado mais um momento de convívio no
grupo de formação.
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REFLEXÃO FINAL: gostei imenso da visita, o que mais gostei foi a arquitectura,
diferente e atraente. Tive pena de não ter entrado no auditório principal mas
mesmo assim foi uma oportunidade única, a visita tornou-se bastante lúdica e
agradável.
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