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A Confiabilidade é um parâmetro estatístico, que foi desenvolvido por técnicos e cientistas, durante
a segunda guerra mundial, com o objetivo de avaliar a probabilidade de sistemas bélicos cumprirem suas missões, ou seja, atingirem seus alvos. O desenvolvimento industrial pós-
guerra e o avanço tecnológico nas áreas aeroespacial e de geração de energia continuaram utilizando estes conceitos estatísticos, que foram sendo aplicados de forma cada vez mais intensa no desenvolvimento de sistemas mais robustos e
confiáveis.
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Mais recentemente, a partir da década de 80, as indústrias automobilísticas também começaram a introduzir os conceitos de
confiabilidade não somente nos projetos dos seus produtos, mas também na avaliação
dos seus sistemas de produção. Finalmente, no início da década de 90, os setores de
serviços, em especial os setores de manutenção descobriram os benefícios que
a Confiabilidade poderia lhes oferecer
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
As técnicas de Confiabilidade têm a finalidade de predizer o comportamento
futuro de falha de um sistema a partir do seu comportamento de falhas observado no
passado.
O objetivo da aplicação destas técnicas em ambientes de Manutenção Industrial é ajudar
aos responsáveis de manutenção a selecionarem ações adequadas de
manutenção, que garantam minimizar o impacto futuro de falhas na operação de
instalações e sistemas industriais
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
CAPÍTULO I
CARACTERIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE FALHAS EM SISTEMAS E INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
O ACONTECIMENTO DE FALHAS EM SISTEMAS E EQUIPAMENTOS É UM PROCESSO QUE CONSISTE NA EVOLUÇÃO DE VÁRIOS EVENTOS AO LONGO
DO TEMPO, QUE TEM NA SUA FASE FINAL EFEITOS INDESEJADOS NA OPERAÇÃO DESTES SISTEMAS,
PODENDO ORIGINAR CONSEQÜÊNCIAS EM TERMOS ECONÔMICOS, DE SEGURANÇA PARA AS
PESSOAS QUE ESTÃO OPERANDO ESTES SISTEMAS E PODE ATÉ PREJUDICAR O MEIO
AMBIENTE DE DIVERSAS FORMAS
O que é necessário para gerenciar os processos de falha de um sistema?
Conhecer a relação entre:
Modo de Falha: A forma em que algum ou alguns componentes da máquina falham
Efeitos dos Modos de Falha: Os impactos sofridos pela máquina, pelas pessoas e pelo meio ambiente quando acontece os
modos de falha
Causas dos Modos de Falha: Os eventos que originaram os modos de falha
Causa é o Evento que origina o Mecanismo do Modo de Falha
Modo de Falha
Efeito(s)
MecanismoCausa do Modo de
Falha
Produção
Meio Ambiente
Segurança
Evidente
Desconhecido
Mecanismo de Falha
Falha acidental
O mecanismo de falha não apresenta evolução
temporalFraturas frágeis (sem deformação)
Queima de componentes
Estouro de mangueiras
Estouro de tubulações
O modo de falha acontece de forma inesperada. NÃO É UM EVENTO NORMAL
O modo de falha acontece de forma esperada. É UM
EVENTO NORMAL
Falha por desgaste
O mecanismo de falha apresenta evolução
temporalFraturas dúcteis (Fadiga)
Corrosão de componentes
Abrasão de componentes
Incrustação de tubulações
CAPÍTULO II
CARACTERIZAÇÃO DOS MECANISMOS QUE ORIGINAM FALHAS EM SISTEMAS E INSTALAÇÕES
INDUSTRIAIS
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
CARACTERIZAÇÃO DAS FALHAS EM SISTEMAS
FALHAS HUMANAS
FATORES COMPORTAMENTAIS
FATORES COGNITIVAS
FALHAS EM EQUIPAMENTOS
FATORES ACIDENTAIS
FATORES POR ENVELHECIMENTO
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
FALHAS HUMANAS
Não obedecem a leis físicas definidas
Não são prognosticáveis
Sua resolução é viável após a ocorrência da falha
CARACTERIZAÇÃO
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
P
DC
A• Identificação da falha
•Observação• Análise
• Plano de ação
• AçãoVerificação •
Correção •
Padronização •
APARECIMENTO DA FALHA
O CICLO É REPETIDO ATÉ O DESAPARECIMENTO
DA FALHA OU ATÉ QUE ESTA ATINJA UM NÍVEL
TOLERÁVEL
FALHAS HUMANAS
METODOLOGIA PARA RESOLUÇÃO
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
FALHAS HUMANAS
FERRAMENTAS PARA RESOLUÇÃO
ISO 9000
TQC
TPM
KANBAN
MASP
5S/HOUSEKEEPING
ESPINHA DE PEIXE
CCQ
COMPORTAMENTAL COGNITIVA
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
FALHAS
EM EQUIPAMENTOS CARACTERIZAÇÃO
AS FALHAS POR ENVELHECIMENTO OCORREM PELA
EVOLUÇÃO DE PROCESSOS DE DESGASTE ORIGINADOS
EM PROCESSOS FÍSICOS MENSURÁVEIS, TAIS COMO:
FADIGA DE MATERIAIS, CORROSÃO, ABRASÃO, ETC.
AS FALHAS ACIDENTAIS SÃO DE CARÁTER ALEATÓRIO
E PODEM SER TRATADAS ESTATÍSTICAMENTE.
GERALMENTE SE ORIGINAM EM DEFEITOS DE
FABRICAÇÃO, MONTAGEM OU SOBRECARGAS
NÃO SÃO PREVISTAS NO PROJETO DO EQUIPAMENTO
SÃO DE CARÁTER PROGNOSTICÁVEL
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
FALHAS
EM EQUIPAMENTOSCARACTERIZAÇÃO
= taxa de falhas
I II III
COLAPSO
Período infantil
(falhas precoces)
idade
Período útil
(falhas acidentais) Período de desgaste
(falhas acidentais e falhas por
envelhecimento)
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
MANUT. CORRETIVA
MANUT. PREVENTIVA
MANUT. PRODUTIVA
MANUT. PREDITIVA
SIST. INFORM. MANUT.
III
FALHAS
EM EQUIPAMENTOSFERRAMENTAS PARA RESOLUÇÃO
I II III
I II
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
68% falhas I + II
ACIDENTAIS
32% falhas III
ENVELHECIMENTO
INDÚSTRIA
AERONÁUTICA
INDÚSTRIA
SIDERÚRGICA40 - 50% falhas I + II
ACIDENTAIS
60 - 50% falhas III
ENVELHECIMENTO
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
I II III
CORRETIVAPREVENTIVAPREDITIVA
INDÚSTRIA
AERONÁUTICA
INDÚSTRIA
SIDERÚRGICA
O RESULTADO DEPENDE DO MÉTODO UTILIZADO PARA
APLICAR AS FERRAMENTAS DE MANUTENÇÃO
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
De que forma devem ser aplicadas as
ferramentas de manutenção: preventiva,
preditiva, etc., para evitar a
ocorrência de falhas ?
COMO QUANTIFICAR O RESULTADO
DA APLICAÇÃO DAS
FERRAMENTAS DE MANUTENÇÃO ?
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
METODOLOGIA
FALHAS
EM EQUIPAMENTOS
PROGNOSTICÁVEIS
?FERRAMENTAS
PREVENTIVAPREDITIVA
CORRETIVA
FALHAS
HUMANAS
METODOLOGIA
FERRAMENTAS
NÃO PROGNOSTICÁVEIS
ISO 9000MASP
TQC 5SKANBAN
PDC
A
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
CAPÍTULO III
FALHAS POR DESGASTE
DIFERENTES MECANISMOS DE DESGASTE E AVALIAÇÃO ESTATÍSTICA DA PROBABILIDADE DE
OCORRÊNCIA DESTE TIPO DE FALHAS
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
= taxa de falhas
I II III
COLAPSO
idade
Período útil
(falhas acidentais)Período de desgaste
falhas por envelhecimento e acidentais)
A probabilidade de falhar por acidente é > a probabilidade de falhar por desgaste
A probabilidade de falhar por desgaste é > a probabilidade de falhar por acidente
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Mecanismo de Falha
O modo de falha acontece de forma esperada. É UM
EVENTO NORMAL
Falha por desgaste
O mecanismo de falha apresenta evolução
temporalFraturas dúcteis (Fadiga)
Corrosão de componentes
Abrasão de componentes
Incrustação de tubulações
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Contato localizado
Carga estática
Carga variável
Neste caso, o contato entre duas superfícies de dois materiais, pressionadas entre si por uma carga externa (estática) e com movimento relativo uma em relação a outra pela ação de uma carga
transversal (em geral cíclica ou variável), origina um processo contínuo de desgaste das superfícies em contato. O processo de abrasão depende da rugosidade superficial dos materiais em contato,
que acontece de fato em pontos muito localizados, originando locais de alta concentração de tensão. Em alguns locais, as superfícies podem chegar a sofrer processos de solda, induzidos pelas
tensões e temperaturas gerados no processo de abrasão.
MECANISMO : ABRASÃO
Componentes afetados: mancais de deslizamento, buchas, rolamentos, etc.
Exemplo de falhas por abrasão:
Equipamento: Compressor
Modo de Falha: Desgaste por abrasão do rotor devido a esforço axial
água (baixa concentração de oxigênio)
MECANISMO : CORROSÃO
O mecanismo de corrosão pode ser originado pela simples diferença de concentração de oxigênio entre dois pontos diferentes de uma superfície metálica. É o caso típico de metais ferrosos cobertos localmente por água ou que apresentam cavidades com retenção de água. A superfície coberta por
água apresentará menor concentração de oxigênio, o que provocará o fluxo de elétrons desta região do metal para regiões próximas, livres de água, e a conseqüente corrosão das superfícies cobertas
por água.
Componentes afetados: tubulações, proteções externas de máquinas, componentes de máquinas em ambientes
marítimos.
Exemplo de Falha por CorrosãoEquipamento: Caldeira
Efeitos: Ruptura de tubulação seguido de vazamento de água e vapor, com incêndio
da instalação.
Modo de Falha: Redução da parede por corrosão da tubulação originando redução da capacidade de resistir às pressões de
trabalho da caldeira
m
s
i
a
MECANISMO : FADIGA
O mecanismo de fadiga acontece na maior parte dos componentes submetidos a cargas variáveis durante a sua operação normal. Desta forma, as máquinas rotativas (motores, bombas, centrífugas, compressores, etc) e também as máquinas que, em geral, suportam fortes impactos (laminadores,
prensas, moinhos, britadores, etc.) estão submetidos a processos de falha por fadiga dos seus componentes.
Componentes afetados: bombas, motores elétricos e de combustão, centrífugas, laminadores, trefilas, prensas e todo tipo de máquina submetida a esforços dinâmicos
Carga
Tempo
Exemplo de Falha por Fadiga: Em um atropelamento envolvendo um caminhão, do qual resultou cinco vítimas fatais, foi verificada fratura na análise preliminar em um anel ranhurado de barra estabilizadora. Segundo testemunhas, houve um ruído do tipo "estalo" momentos antes do acidente.
O material rompeu por sobrecarga de torção no momento do choque. O micromecanismo de coalescimento de microcavidades alinhadas é a principal evidência da falha.
Quanto ao anel de barra estabilizadora, a análise visual permitiu afirmar que o início da fratura foi na região rugosa junto às ranhuras. Trincas secundárias foram observadas nesta região. Estas trincas seriam novos processos de ruptura.
A morfologia diferenciada de superfície de fratura permite afirmar que ocorreu um processo de fadiga de baixo ciclo, que propagou de forma instável, formando o coalescimento de microcavidades da região rugosa. Depois, quando a trinca resultante deste processo reduziu a seção resistente até um valor crítico para ruptura estática, a peça rompeu formando a superfície lisa, com linhas radiais e micromecanismo de clivagem.
Fazendo a mesma análise do caso anterior, supondo a força imposta pela colisão do caminhão de 8x105N e a tensão de ruptura do material de 608MPa (de acordo com a dureza), a área resistente deveria ser de 1176mm2 relativa a uma aresta de um quadrado de 34mm. A seção rompida neste caso é bem maior. Mais uma evidência de que havia uma trinca em fase de propagação. A trinca iniciou e propagou antes do acidente e provavelmente rompeu momentos antes do acidente.
CAPÍTULO IV
FALHAS POR DESGASTE
AVALIAÇÃO ESTATÍSTICA DO DESGASTE DE PEÇAS EM EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS
ANÁLISE DA CONFIABILIDADE UTILIZANDO MODELOS PROBABILÍSTICOS
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
CONFIABILIDADE
É A PROBABILIDADE DE UM SISTEMA (COMPONENTES,
EQUIPAMENTOS, INSTALAÇÕES, ETC.) DESEMPENHAR,
SEM FALHAS, UMA MISSÃO EM UM DETERMINADO
PERÍODO DE TEMPO
A CONFIABILIDADE É UM NÚMERO
QUE VARIA DE 0 % A 100%
CONFIABILIDADE = 0 % SIGNIFICA CERTEZA DE FALHA
CONFIABILIDADE = 100 % SIGNIFICA CERTEZA DE NÃO FALHA
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
FALHAS POR DESGASTE (ENVELHECIMENTO)
0 1 2 3 4
5
10
5
N
tProbabilidade de Sobrevivência até o período 1 = 9 / 10 = 0,9
Confiabilidade do motor no intervalo 1 = F(1) = 90 %
Confiabilidade do motor no intervalo 3 = F(3) = 20 %Probabilidade de Sobrevivência até o período 3 = 2 / 10 = 0,2
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Número de sobreviventes
10 97
2 1 002468
1012
0 1 2 3 4 5Período
período nO sobreviventes
% sobreviventes
mortalidade absoluta
mortalidade relativa
taxa média de mortalidade
0 10 100 - - -
1 9 90 1 0,1 0,1
2 7 70 2 0,2 0,22
3 2 20 5 0,5 0,72
4 1 10 1 0,1 0,50
5 0 0 1 0,1 1,00
HIPÓTESE:
UNIVERSO HOMOGÊNEO DE ELEMENTOS
FALHAS OCORREM NO FINAL DO PERÍODO
Frequência Passada de falhas Previsão Futura de falhas
Estimativa Probabilística de Sobrevivência = S(t) = N(t)/N(0)
MORTALIDADE ABSOLUTA NO PERÍODO t = N(t-1) - N(t)
% MORTALIDADE RELATIVA EM t =[ N(t-1) - N(t) ] / N(0)
TAXA MÉDIA DE MORTALIDADE EM t = [ N(t-1) - N(t) ] / N(t-1)
VIDA MÉDIA DOS ELEMENTOS DE UM SISTEMA
O parâmetro mais adequado para determinar a vida média dos componentes de um sistema é a média
ponderada
% ELEMENTOS COM IDADE t = p(t) = [ N(t-1) - N(t) ] / N(0)
VIDA MÉDIA = t = t x p(t)
VIDA MÉDIA = t = S(t)
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Número de sobreviventes
10 97
2 1 002468
1012
0 1 2 3 4 5Período
VIDA MÉDIA = t = S(t) = 1+0,9+0,7+0,2+0,1= 2,9 períodos
A vida média calculada através da média ponderada é um parâmetro comparativo do
componente, serve para comparar componentes de fabricantes diferentes ou
componentes instalados em locais diferentes...é um
indicador da sobrevivência média do componentes
t
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Cálculo de Confiabilidade por falhas por desgaste
Distribuição de Weibull
t
t0 = Tempo livre de falhas
= Vida Característica
= Parâmetro de forma
F(t)
Valores históricos
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
S(t) = Exp - [ (t-t0)/]
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
• 1937 Hjalmar Waloddi Weibull inventa a distribuição que leva seu nome;
• 1951 publica no “Jornal de Mecânica Aplicada” ( Journal of Applied Mechanics ) artigo de sua autoria, onde era apresentado estudo sobre resistência dos aços;
• Aplicação em uma grande variedade de problemas;
• 1975 USAF reconhece a aplicabilidade de Weibull;
• Programas atuais: WinSmith Weibull da Foulton Findings , o MiniTab da MiniTab Inc , e o Weibull ++ da ReliaSoft.;
VISÃO GERAL DA ANÁLISE DE
WEIBULL
1. <1 : Falhas prematuras , mortalidade infantil , entrada em funcionamento
(Região I da curva da banheira)
2. = 1 : Falhas aleatórias , podem ocorrer a qualquer momento (Região II
da curva da banheira)
3. > 1 : Falhas do tipo fim de vida útil (Região III da curva da banheira)
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Significado de
I II III
t
Significado de t0
t0
Processo de envelhecimento
(aumento crescente da taxa de falhas)
Processo de falhas acidentais
(taxa de falhas constante)
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
t0 t1 t2.. tj
S(t) S(t0)=1S(t1)
S(t j)
Elaboração do histograma de freqüências de sobrevivência (a partir do histórico de falhas)
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
10 Passo
Tempo até falhar Freqüência de falha
Horas N0 de bombas
1000-1100 21100-1200 61200-1300 161300-1400 141400-1500 261500-1600 221600-1700 71700-1800 61800-1900 1
Um conjunto de 100 bombas iguais funcionaram continuamente até falhar. O levantamento histórico das falhas mostrou o seguinte comportamento
Vamos fazer o histograma de freqüências de sobrevivência
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
20 Passo Linearização da equação de Weibull
S(t) = Exp - [ (t-t0)/]
ln S(t) =- [(t-t0)/ ]
ln {-ln S(t)} =- ln + ln(t-t0)
Y = a + b X
b =
a = - ln
Y = ln{-ln S(t)}
X = ln(t-t0)
ln {-ln S(t)} = [ln(t-t0) - ln ]
ln {-ln S(t)} = ln[(t-t0)/ ]
ln {-ln S(t)} = ln(t-t0) - ln
Y a b X
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
30 Passo Cálculo da equação da reta utilizando o método de quadrados mínimos
Y
Valores históricos
X
22
ii
iiii
x xn.
yx yxn.b =
nxby
a = ii
YX = [ (Yi - Yr)2 / (n-2)]1/2
r = [1-(YX/ Y)2]1/2
Y = a + b X
40 Passo Determinação dos Parâmetros da distribuição: e t0
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Y = a + b X
b =
a = - ln
Y = ln{-ln S(t)}
X = ln(t-t0)
= e-(a/b)
r = [1-(YX/ Y)2]1/2
t0
r rmax
t0 Final
Deve-se fazer vários cálculos até otimizar o
resultado (rmax)
Weibull (Resolução por método Gráfico)
Step by Step
Passo a Passo
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
00,10,20,30,40,50,60,70,80,9
1
0 1 2 i j n
0,368
h
R
P
=/h
Calculo dos parâmetros de Weibull ( e t0 ) (Método Gráfico)
Reta tangente à curva extrapolada no ponto R
t0
Agora vamos calcular os parâmetros de
Weibull das bombas !
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Análise de dados de Testes Censurados
Geralmente os dados obtidos em testes são amostrais, ou seja, somente se mede parte do universo total de itens de uma população. Testes censurados são testes que estão limitados a um universo pré-estabelecido de itens. Conseqüentemente, os resultados dos parâmetros estatísticos obtidos neste tipo de testes (por exemplo, valores médios de uma população) devem ser avaliados utilizando técnicas especiais, que dependem do tipo de censura utilizada nos testes.
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Tipos de Censura
Existem dois tipos de censura:
Censura Tipo I: n itens são testados e o teste é interrompido quando se atinge um tempo pré-determinado T. Todos os valores de tempo de falha ti medidos são inferiores a este tempo (ti<T). Por este motivo, os dados obtidos neste tipo de teste são denominados “censurados à
Censura Tipo II: n itens são testados e o teste é interrompido quando um número r de itens atinge a condição de falha. Neste tipo de teste os dados são denominados “censurados à esquerda”
Exemplo de dados com censura Tipo I
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Foi avaliada uma amostra de n=329 automóveis. Para a análise foi considerado um intervalo limite T=40.000 Km (período de garantia dos veículos)
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Foi avaliada uma amostra de n=329 automóveis. Para a análise foram considerados os primeiros r=25 veículos que falharam
Exemplo de dados com censura Tipo II
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
A técnica de Verossimilhança para Análise de dados de Testes Censurados
A forma mais comum de avaliar os resultados em testes censurados é através da teoria de Verossimilhança. A Verossimilhança é uma função definida como o produto das probabilidades de todos os resultados obtidos num teste
L() = f(ti,)
Sendo f(ti,) a função densidade de probabilidade da variável aleatória ti e o(s) parâmetro(s) desta distribuição. Normalmente para conhecer qual é a função que mais se aproxima dos dados obtidos nos testes é necessário achar os valores de forma que permitam maximizar a função L()
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Para achar esta condição o que se faz é derivar a função L() em relação ao parâmetro e igualar esta derivada a zero. Para simplificar o processo normalmente se toma o logaritmo da função L(), o que resulta na seguinte somatória
Log (L()) = log (f(ti,))
A derivada desta função em relação ao parâmetro resulta numa equação que permite achar de forma a maximizar a função Verossimilhança.
Como maximizar L()
Exemplo da função Exponencial
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
f(t) = [1/] e –(t/µ)Função densidade de probabilidade
Função acumulada de probabilidade
= Tempo médio de falha = 1/
*= r
ti1
n
σ*2= 2
n (1-eT)
F(t) = 1- e –(t/µ)
= Taxa média de falha
Para dados com censura Tipo I
*= r
ti1
n
+ (n-r)xr
Para dados com censura Tipo II
* 2 2r,α/2 * 2
2r,1-α/2
2r 2r,
*= 32
586300 +(297 x 40000)
*= 0,0025 falhas/ 1000 Km
σ*2= 0,00252
329 (1-e0,0025 x 40)
σ*=0,00045 falhas / 1000 Km
*=0,0025 +/- 1,645 x 0,00045
α=10%
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
CAPÍTULO V
APLICAÇÕES PRÁTICAS DA FUNÇÃO CONFIABILIDADE NA GESTÃO DE AÇÕES
PREVENTIVAS E NA PREDIÇÃO DE CONSUMO DE PEÇAS SOBRESSALENTES
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Gestão de Manutenção Preventiva (justificativa econômica)
t0S(t)
100%X%
Troca Preventiva antes do t0 garante 100% de Confiabilidade
Troca preventiva após t0 (tx > t0) garante uma
confiabilidade INFERIOR a 100%
tX
= Tempo para S(t)=36,78%
MTBF = t0 + (1+ -1)
TPMP = t0 + { (CMP/CMC) (-1) -1}(1/)
TPMP=Tempo Para Manut. Preventiva
CMP=Custo de Manut. Preventiva
CMC=Custo de Manut. Corretiva
= {(1+2 -1)-2(1+ -1)} 1/2
CMP/CMC < 0,5 {1-( /(MTBF-t0)2}
Condição :
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Gestão de Manutenção Preventiva (justificativa econômica)
TPMP = t0 + { (CMP/CMC) (-1) -1}(1/)
TPMP=Tempo Para Manut. Preventiva
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0 0,5 1 1,5 2 2,5
Del
ta P
reve
ntiv
o
CMP/CMC
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Gestão de Manutenção Preventiva (justificativa econômica)
Delta Preventivo
Delta Preventivo
Delta Preventivo varia entre 60% a 100% da vida característica de Weibull ()
dependendo da relação CMP/CMC Aumento do CMC
a Γ(a)1 11.01 0.9943258511.02 0.9888442031.03 0.983549951.04 0.97843821.05 0.97350426561.06 0.968743651.07 0.9641520431.08 0.959725311.09 0.9554594881.1 0.95135076991.11 0.9473955041.12 0.9435901861.13 0.939931451.14 0.936416071.15 0.9330409311.16 0.9298030671.17 0.9266996111.18 0.9237278141.19 0.9208850371.2 0.91816874241.21 0.9155764931.22 0.9131059481.23 0.910754861.24 0.90852105831.25 0.9064024771.26 0.9043971181.27 0.902503061.28 0.900718481.29 0.899041591.3 0.8974706961.31 0.896004181.32 0.8946404631.33 0.893378051.34 0.8922155071.35 0.8911514421.36 0.8901845321.37 0.8893135071.38 0.88853714941.39 0.8878542921.4 0.8872638175
1.41 0.886764661.42 0.886355791.43 0.88603623611.44 0.885805061.45 0.885661381.46 0.88560433641.47 0.8856331221.48 0.8857469651.49 0.8859451321.5 0.8862269251.51 0.886591681.52 0.8870387831.53 0.8875676281.54 0.8881776591.55 0.888868351.56 0.8896391991.57 0.8904897461.58 0.891419551.59 0.8924282141.6 0.8935153491.61 0.8946806091.62 0.895923671.63 0.8972442331.64 0.898642031.65 0.900116821.66 0.901668371.67 0.90329651.68 0.905001031.69 0.9067818161.7 0.90863873291.71 0.910571681.72 0.9125805781.73 0.9146653711.74 0.9168260251.75 0.919062531.76 0.9213748851.77 0.92376312771.78 0.9262273061.79 0.92876749
1.8 0.931383771
1.81 0.93407626
1.82 0.93684508
1.83 0.9396904
1.84 0.942612363
1.85 0.945611176
1.86 0.94868704
1.87 0.951840186
1.88 0.955070853
1.89 0.95837931
1.9 0.961765832
1.91 0.965230726
1.92 0.968774309
1.93 0.972396918
1.94 0.976098907
1.95 0.979880651
1.96 0.98374254
1.97 0.987684984
1.98 0.99170841
1.99 0.99581326
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Gestão de Manutenção Preventiva (justificativa econômica)
Se:
CMC= US$ 600,00 e
CMP = US$ 250,00,
qual é o período ideal para efetuar manutenção preventiva nas bombas do exercício anterior?
Justifica fazer a Manutenção Preventiva ou é melhor deixar a Corretiva nas bombas?
Agora vamos calcular se vale a pena fazer
preventiva nas bombas !
Aplicação da Engenharia de Confiabilidade na gestão de peças sobressalentes
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Previsão de consumo de Peças Sobressalentes
Conhecendo a curva de confiabilidade de uma peça
(função S(t))É possível conhecer o
consumo futuro desta peça instalada em outros
equipamentos?
t0 1 2 3 4
hoje
Consumo futuro de sobressalentes
t S(t)
0 100
1 90
2 70
3 20
4 10
5 0
10 Geração
20 Geração
30 Geração
40 Geração
r(1) = N(0) - N(1) = N (0) - N(0) S(1) S(1) = N(1)/N(0)
S(t) = N(t)/N(0)
r(2) = N(0) - N(2) - r(1) S(1) = N (0) - N(0) S(2) - r(1) S(1)
Meta = 100%
t0 1 2 3 4
100908070605040302010
S(t)
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
0 1 2 3 4
período
%
geração 4geração 3geração 2geração 1
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
j=t-1
r(t) = r(0) - r(j) S(t-j) (2) j=0
R(t) = r(t)
0
200
400
600
800
1000
1200
0 2 4 6 8 10 12 14 16
r(t)
rmedio
t r(t) R(t)acum rmedio0 1000 1000 3441 100 1100 3442 210 1310 3443 541 1851 3444 246 2097 3445 347 2444 3446 385 2829 3447 306 3135 3448 360 3495 3449 349 3844 344
10 333 4177 34411 352 4529 34412 343 4872 34413 342 5214 34414 347 5561 34415 343 5904 344
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
rmedio = N(0) / Vida média = N(0) / S(t)
A CONFIABILIDADE DO SISTEMA DEPENDE DA
CONFIABILIDADE DOS COMPONENTES DO SISTEMA
E DA CONFIGURAÇÃO DOS COMPONENTES NO
SISTEMA
MOTOR
CAIXA TAMBOR
SISTEMA
EIXO
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
SISTEMA
OPERAÇÃO F=1
FALHA F=0
A B FS=SA x SBConfiguração em série
A
B
FS=SA + SB - SAxSBConfiguração em paralelo
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
A
B C
A
Calcular a confiabilidade do seguinte sistema:
SA= 1,1 SB,
SB=1,02 SC
SC=0,85
Estudar uma alteração do sistema que permita otimizar a confiabilidade com o menor custo possível
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
EXERCÍCIO:
p(K) = p(A1) x p(K/A1) + p(A2) x p(K/A2) K Falha do sistema p(K) = Ds A1 Sobrevivência de um elemento X p(A1) = Fx A2 Falha do elemento X p(A2) = Dx p(K/A1) = Ds (Xsobrev) p(K/A2) = Ds (Xfalhe)
A1
A2
K
Ds = Fx Ds(Xsobrev) + Dx Ds(Xfalhe)
Configurações complexas
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Ds=F6 Ds(A6 sobrev) + D6 Ds(A6 falhe) Ds(A6 falhe) = 1 (certeza) Ds = F6 Ds(A6 sobrev) + D6
A1
A4
A2
A3
A5
A6
S1
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Considerando o sistema S1 e o elemento A3 como referência: Ds1= F3 Ds1(A3 sobrev) + D3 Ds1(A3 falhe) Ds1(A3 sobrev) = D1 x D4 Ds1(A3 falhe) = DA1 -A2 x DA4 -A5 DA1 -A2 = 1 - F A1 -A2 = 1 - F1 x F2 DA4 -A5 = 1 - F A4 -A5 = 1 - F4 x F5 Ds1(A3 falhe) = ( 1 - F1 x F2 ) x (1 - F4 x F5) Ds1 = F3 x D1 x D4 + D3 ( 1 - F1 x F2 ) x (1 - F4 x F5) Ds = F6 x [F3 x ( 1-F1) x (1-F4) + (1-F3) x ( 1 - F1 x F2 ) x (1 - F4 x F5)] + 1 - F6
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
EXERCÍCIO:
Uma companhia de transporte coletivo possui uma frota de 100 veículos do mesmo tipo. Os consumos mensais de pneus durante o primeiro ano de operação foram os seguintes: t 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 jogos 1 2 17 45 30 11 18 30 30 20 19 26 Os diretores da empresa desejam conhecer os consumos mensais de pneus previstos para o próximo ano de operação da frota.
CAPÍTULO VII
FALHAS ACIDENTAIS
DIFERENTES MECANISMOS ACIDENTAIS E AVALIAÇÃO ESTATÍSTICA DA PROBABILIDADE DE
OCORRÊNCIA DESTE TIPO DE FALHAS
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Mecanismo de Falha
Falha acidental
O mecanismo de falha não apresenta evolução
temporalFraturas frágeis (sem deformação)
Queima de componentes
Estouro de mangueiras
Estouro de tubulações
Fatores ambientais: chuvas, raios, terremotos...etc.
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
1 2 3TBF1 TBF2
TEMPO
TEMPO MÉDIO ENTRE FALHAS (M.T.B.F.)
É o intervalo médio que separa duas falhas acidentais. É determinado pela seguinte relação:
MTBF= 1/ (= taxa de falhas)
PROCESSO DE FALHA ACIDENTAL (TOTALMENTE ALEATÓRIO)
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
TAXA DE FALHAS ACIDENTAL
A =Número de falhas acidentais
Período x Número total de componentes similares
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Através de um levantamento histórico foi constatado o seguinte número de falhas acidentais em duas prensas de estampagem:
Janeiro: 1 falha (curto circuito)
Fevereiro: 4 falhas (4 curto circuitos)
Março: 3 falhas (1 desarme de disjuntor e 2 curto circuitos)
Abril: 5 falhas (3 curto circuitos e 2 sobreaquecimentos no painel principal)
Maio: 2 falhas (2 desarmes de disjuntor)
Junho: 2 falhas (1 desarme de disjuntor e 1 sobreaquecimento no painel principal)
Calcular a taxa de falhas mensal e o tempo médio entre falhas das prensas
EXERCÍCIO:
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
J F M A M J J A S O N D
Início de operação
Queima do induzido
Troca de rolamentos
Vamos calcular a taxa de falhas e o tempo médio
entre falhas !
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
A taxa de falha global e o MTBF global são indicadores do motor como um todo (do sistema), sem considerar os diferentes elementos ou
componentes individuais do sistema
As ações de manutenção são sempre direcionadas a componentes individuais (troca do rotor, troca dos rolamentos etc.)
As ações de manutenção estão sempre relacionadas com falhas em componentes individuais
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
A forma em que cada componente individual falha é denominado MODO DE FALHA
MODO DE FALHA AÇÃO DE MANUTENÇÃO
FALHA NO ROLAMENTO
TROCA DO(S) ROLAMENTO(S)
QUEIMA DO INDUZIDO
TROCA DO INDUZIDO
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
A ESTRATÉGIA de manutenção define o nível de ANÁLISE dos MODOS DE FALHA que o sistema apresenta!!!!!
ESTRATÉGIA 1: NÃO SE CONSERTA O MOTOR
J F M A M J J A S O N D
Queima do induzido Troca de rolamentos
J F M A M J J A S O N D
Qual é a taxa de falhas e o MTBF, que devem ser
considerados ???!!!
ESTRATÉGIA 2: SE CONSERTA O MOTOR
J F M A M J J A S O N D
Queima do induzido Troca de rolamentos
J F M A M J J A S O N D
Qual é a taxa de falhas e o MTBF, que devem ser
considerados ???!!!
Análise de TENDÊNCIA dos Tempos entre Falhas
Tempo entre falhas (dias)
Motor A: 175, 150, 100, 75, 50, 25, 5
Motor B: 5, 25, 50, 75, 100, 150,175
Modo de Falha :Troca de rolamentos
A B
020406080
100120140160180
1 2 3 4 5 6 7
AB
Motor A está se deteriorando: perda de confiabilidade
Motor B está melhorando: aumento de confiabilidade
Tempo entre falhas (dias)
Motor C: 75, 80, 68, 84, 25, 150,88
020406080
100120140160180
1 2 3 4 5 6 7
ABC
C
Motor C não apresenta tendência clara no tempo entre falha
I II III
B AC
Falhas precoces
Falhas acidentais
Falhas por envelhecimento
MontagemFator humano,
projetoDesgaste normal
Tipo de Falha
Causa mais provável
CÁLCULO DE CONFIABILIDADE PARA FALHAS ACIDENTAIS
F(t)= e – ( x t)
= taxa média de falhas acidentais (históricas)
t= período de tempo futuro para calcular a confiabilidade
Hoje
A taxa de falha é calculada com
base nas ocorrências acidentais passadas
O tempo t é o intervalo futuro de tempo onde
se deseja calcular a
confiabilidade
tF(t)= e – ( x t)
100%
Nível de confiabilidade < 100%
II Período útil (falhas acidentais)
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Exercício
Uma lâmpada apresentou uma taxa de falha (histórica) de 0,001 unidades por hora. Considerando que a taxa de falha foi práticamente constante no período histórico levantado, calcular a probabilidade de falha deste tipo de lâmpada para um funcionamento contínuo de 800 horas.
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Exercício
Cinco transformadores foram testados durante 500 horas cada. Dois falharam, sendo o primeiro após 40 horas e o segundo após 220 horas. Calcular a taxa de falhas e o tempo médio entre falhas.
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
O que permite a curva de Confiabilidade para falhas acidentais ?
Qual é a melhor maneira de pegar todos os peixes do rio?
A rede representa uma atividade preventiva, que definida em
intervalos adequados permite pegar todos os peixes, ou seja, as falhas aleatórias que possam acontecer
nos equipamentos
O intervalo preventivo deve estar adequado ao tempo médio entre falhas,
que seria análogo ao tamanho médio dos peixes no rio
F(t)= e – ( x t)
F(t)= e – (t/MTBF)
Definindo um nível pré-estabelecido de confiabilidade, é possível determinar um intervalo preventivo adequado para prevenir o acontecimento de falhas acidentais
TEMPO MÉDIO PARA CONSERTAR (M.T.T.R.)
É o intervalo médio de tempo utilizado para consertar os equipamentos (o processo de conserto é aleatório)
MTTR= 1/
( = taxa de reparos)
1 2 3TBF1 TBF2
TEMPO
TTR1 TTR2 TTR3
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Tempo médio de reparo ( Mean Time to Repair-MTTR)
É um parâmetro, que geralmente inclui uma série de tempos elementares, nem sempre bem definidos ou fáceis de serem computados. Dentre eles,
pode-se relacionar os seguintes:- tempo de diagnóstico da causa e tipo de falha;- tempo de acesso ao equipamento;- tempo de desmontagem/transporte ao local de reparo, etc...
Freqüentemente, os maiores componentes dos tempos de reparo são osdenominados ‘’tempos mortos’’, devido à má organização, ineficiência dosserviços e burocracia interna. Alguns desses aspectos merecem sermencionados:- falta de peças de reposição no almoxarifado;- má definição dos graus de prioridade de atenção;- indisponibilidade de mão de obra;
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Disponibilidade
Define o grau em que um equipamento (ou parte dele)estará em condições de iniciar uma missão, quando estafor solicitada em um instante aleatório.
Quantitativamente, a disponibilidade pode ser avaliadacomo:
D = MTBF / (MTBF + MTTR) = 1 / (1+k)
k = MTTR/MTBF
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
A Confiabilidade de um sistema é um parâmetro temporal, que mede a probabilidade de um sistema operar no futuro, com base nas falhas ocorridas no passado. Quanto mais falhas um sistema tiver apresentado no passado, menor será a probabilidade de sobrevivência no futuro, ou seja, menor será a sua confiabilidade futura. Desta forma, é possível predizer a tendência
do comportamento futuro de falha do sistema
tref
tempo operacional
tinterrupção
tref tref
tinterrupção
Disponibilidade100%
Confiabilidade
A CONFIABILIDADE é um indicador da
degradaçãoacumulada
do sistema, por este motivo é muito mais
apropriada para gerenciar o processo de
manutenção em sistemas
DIFERENÇA ENTRE CONFIABILIDADE E DISPONIBILIDADE
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Componente Valores de Valores de A (vida útil) [hs.]
baixo médio alto baixo médio alto
Rol. esferas
0,7 1,3 3,5 14.000 40.000 250.000
Acoplam. 0,8 2 6 25.000 75.000 333.000
Cil. hidrául.
1 2 3,8 90.000 900.000 2 x 10 6
Engrenag. 0,5 2 6 33.000 75.000 500.000
O-rings (elastôm.)
0,5 1,1 1,4 5.000 20.000 33.000
BANCOS DE DADOS DE CONFIABILIDADE
Confiabilidade Dr. Daniel E. Castro
Equipamento Tempo até a falha (hrs) Tempo de reparo (hrs) 1 1232 22 2 844 12 3 1075 17,9 4 956 13,6 5 1385 19,5 6 697 16,4 7 1445 17,9 8 999 26 9 1154 17,2
10 887 24,8
É necessário analisar um sistema de fornecimento ininterrupto de energia (no-break). O sistema é formado por três unidades em paralelo. Foram registrados os dados históricos de 10 unidades, com as seguintes características
calcular a curva de confiabilidade de cada unidade, a confiabilidade dosistema de fornecimento de energia para uma operação contínua de 1000horas, o MTTR necessário para manter o sistema e a disponibilidadeprevista para o sistema.
Exercício
Referências Bibliográficas
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Canada, 1989
Andrews J. D. & Moss T.R. – Reliability and Risk Assessment – Harlow, Essex,
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Blanchard B.S. – Logistics Engineering and Management – Englewood Cliffs,
New Jersey. Prentice Hall. 1986
Gaertner J. P. Demonstration of Reliability-Centered Maintenance – Palo Alto,
California – Electric Power Research Institute. 1989
Resnikoff H. L. – Mathematical Aspects of Reliability-Centered Maintenance –
Los Altos, California, Dolby Access Press, 1978
Seixas, Eduardo de Santana – Manutenibilidade: A distribuição Log-Normal
Moubray, John – RCM-II – Reliability Centered Maintenance – Industrial Press,
New York, 1992
Moroney, M. J. – Hechos y estadísticas – EUDEBA – Buenos Aires, 1965
Tizio, Raúl E. – Filosofía y técnica del mantenimiento preventivo – Sociedad
Argentina de Organización Industrial – SADOI, 1970
Lewis E. E. – Introduction do Reliability Engineering – John Wiley & Sons,
Canada, 1987
João R. Barusso Lafraia – Manual de Confiabilidade, Mantenabilidade e
Disponibilidade – Qualimark - 2001
GESTÃO DE MANUTENÇÃO
GESTÃO DO PROCESSO DE FALHA
AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS ACIDENTAIS E DE DESGASTE DOS EQUIPAMENTOS