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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM CIÊNCIAS. ENSINO FUNDAMENTAL Profªs Orientadoras: Paula Ribeiro, Raquel Quadrado, Suzana, Silvia. UNIDADE DIDÁTICA ACADÊMICO: MARCELO GOMES DE OLIVEIRA, 37905, [email protected], http://biosul.blogspot.com ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL PORTO SEGURO PROFª.: SÍLVIA CORRÊA SÉRIE/ANO : 6º ANO/ 6ºB Rio Grande, junho de 2011.

Unidade Didática

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Unidade didatica relacionada a solos e águas desenvolvida e aplicada no Estágio Obrigatório em ciências - 1º semestre de 2011 - Universidade Federal do Rio Grande

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Page 1: Unidade Didática

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM CIÊNCIAS.

ENSINO FUNDAMENTAL

Profªs Orientadoras: Paula Ribeiro, Raquel Quadrado, Suzana, Silvia.

UNIDADE DIDÁTICA

ACADÊMICO: MARCELO GOMES DE OLIVEIRA, 37905, [email protected],

http://biosul.blogspot.com

ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL PORTO SEGURO

PROFª.: SÍLVIA CORRÊA

SÉRIE/ANO : 6º ANO/ 6ºB

Rio Grande, junho de 2011.

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“há que se cuidar do broto,

pra que a vida nos dê flor

... e frutos”

Trecho da música: Coração de estudante

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I DADOS DO ESTÁGIAO: 4

II TÍTULO DA UNIDADE DIDÁTICA: 5

III ENTREVISTA COM A PROFESSORA: 6

IV ANÁLISE DA AULA 7

V DEPENDÊNCIAS DA ESCOLA 8

VI INTRODUÇÃO 9

VII OBJETIVOS GERAIS 11

VIII OBJETIVOS ESPECÍFICOS 12

IX CRONOGRAMA 13

X PLANOS DE AULAS 14

XI REFLEXÕES 52

XII CONTEÚDOS: 62

XII a. CONCEITUAIS: 62

XII b. ATITUDINAIS: 63

XII c. PROCEDIMENTAIS: 63

XIII AUTO AVALIAÇÃO: 64

XIV CONSIDERAÇÕES FINAIS: 64

XVI REFERÊNCIAS: 65

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I DADOS DO ESTÁGIAO:

Escola Municipal de Ensino Fundamental Porto Seguro.

Bairro: Parque Marinha.

Cidade do Rio Grande –RS.

Turno do estágio: tarde.

Quintas-feiras (1 período), Sexta-feira (2 periodos)

Séria/ano: 6ºano, 6B.

Total de alun@s: 26

PROFESSORA TITULAR: Sílvia Correa, formada em Ciências biológicas

Licenciatura pela Universidade Federal do Rio Grande.

DISCIPLINA CIÊNCIAS

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II TÍTULO DA UNIDADE DIDÁTICA:

Um planeta melhor para as gerações futuras!

Solos Saudáveis e a água limpa.

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III ENTREVISTA COM A PROFESSORA:

1)Em que curso a professora é formada?

Licenciatura em Ciências – Habilitação em Biologia.

2) Onde fez sua formação? FURG.

3)Há quantos anos leciona? Em abril vou completar 11 anos.

4)Quantas horas tem em sala de aula? Em que

séries? Quantas turmas? Qual a média de alunos

por turma? 40 horas semanais em sala de aula + 10 horas no projeto quero-quero, onde dou acessoria em educação ambiental à professores da escola. Leciono de 5ª a 8ª séries, num total de 10 turmas. A média de alunos por turma é de 25.

5)Trabalha em outro lugar? Qual e quantas horas? 20 no estado (escola Almirante Tamandaré) e 30 no município (escola Porto Seguro) 6)Quais são os objetivos que espera alcançar com sua proposta de trabalho? Que os alunos aprendam a raciocinar e não simplesmente decorar os conteúdos. 7)Adota o livro didático? Qual? Baseado em que faz a escolha do mesmo? É comprado pelos

alunos ou distribuem na escola? As aulas são exclusivamente nesse livro? Os livros são cedidos pelo Governo, utilizo o livro do Carlos Barros – Ciências e meio ambiente, mas não o uso com muita freqüência, até porque não tem livros para todos os alunos.

8) Se não adota o livro, em que se baseia para preparar as aulas? Como os alunos dispõem

dos assuntos abordados na aula? Utilizo livros, reportagens de jornais e revistas, internet. Costumo passar textos no quadro ou levar Xerox dos mesmos.

9) Qual a metodologia habitual de trabalho? Bastante variada ( aulas práticas, leitura e interpretação de textos, jogos, etc) 10)Como organiza o trabalho dos alunos (individual, em grupo)? O que motiva essa

organização? Turmas agitadas é difícil fazer trabalhos em grupo. Mesmo assim, durante o bimestre costumo fazer um trabalho em grupo, pois acredito que eles (os alunos se ajudam quando há dificuldade). 11) Faz aulas práticas? Sim ou não por quê?

Ás vezes. É difícil organizar as aulas (por falta de tempo) e também é difícil manter os alunos motivados. 12)Qual sua opinião a respeito da avaliação? Como avalia? Faço avaliação qualitativa, prova, trabalhos (pode ser jogo, pesquisa, organização de panfletos, livros, enfim, depende do assunto). A maioria dos pais e em alguns casos, a própria direção, não estão interessados na aprendizagem , mas sim se o aluno aprovou. Atualmente a avaliação não mede o progresso do aluno, mas sim a capacidade que ele tem em reter ou não informações.

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IV ANÁLISE DA AULA

Cheguei alguns minutos antes para conhecer as dependências da

escola. Chamou-me muita atenção de que no lado de fora da escola havia

uma pista de skate e um campinho de futebol, logo percebi que ali havia

uma comunidade bem entrosada e participativa. Já ouvira histórias que o

Parque Marinha não era um bairro bom para se viver. Mas através do

contato que tive com a escola e com as crianças que lá estudam, estes

boatos foram derrubados.

Esperei a professora Sílvia chegar. @s educand@s esperam o sinal

para entrarem na escola. Logo cumprimentaram a professora e foram se

acomodando em seus lugares. Até então eu era um elemento externo na

sala, mas com o passar da aula percebi que foram se soltando e

começaram a me enxergar como um estudante, assim como eles.

Silvia iniciou a aula recapitulando o assunto trabalhado na semana

anterior. Percebi que estavam estudando ecologia, pois a turma já

parecia familiarizada aos conceitos ecológicos de: consumidores,

decompositores e produtores.

Percebi que a turma era bem participativa e questionadora. Logo que a

professora entregou o exercício el@s buscaram fazer o mais rápido para

que iniciasse a correção. Notei que conversas paralelas poderiam ser o

grande obstáculo para mim, pois como são crianças e adolescentes, os

assuntos são diversos e gostam muito de brincar. Minhas aulas deveriam

ser atrativas o bastante para que eu pudesse instigá-l@s a estudar de

forma crítica.

No final do período a professora comunicou a toda turma que eu

seria o profº de Ciências nas próximas aulas. Logo me apresentei,

conversamos um pouquinho assim senti um pouco da energia da turma.

Gostei muito da aula da profª Silvia, achei que é competente e

proporciona em suas aulas momentos de leitura, e isso é realmente

importante. ―É a forma que avaliarei suas aprendizagens...‖

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V DEPENDÊNCIAS DA ESCOLA

A escola é muito bem cuidada. Fiquei surpreso ao entrar na sala, pois

não havia vidros quebrados, nem classes mal cuidadas, muito menos

paredes riscadas. O Pátio da escola Porto Seguro é rico em verde o que

me pareceu que @s professor@s tem uma consciência ecológica bem

desenvolvida. Muitas flores e espaços de gramíneas. As paredes das

salas estão bem conservadas. Há ventiladores e cortinas em sala. Quadro

negro e lixinhos bem higiênicos.

Há um refeitório bem estruturado, onde a turminha faz seu lanche.

Notei que nas tardes há suco, vitamina, bolachinha e frutas, muito bem

aceito por tod@s. Na hora da merenda eles são avisados em sala.

Há laboratório de informática com cerca de 20 computadores novos

adquiridos pelo projeto Escuna. Projetor de Islides e um notebook para

uso dos professores.

Há um laboratório de Ciências que foi montado pela profª Silvia. Há

alguns modelos biológicos, contudo não há microscópios e lupas.

A biblioteca é rica com inúmeras obras, cuja turminha troca livros

semanalmente. Este hábito é bem difundido.

Na escola há um ginásio poliesportivo e uma quadra para a prática de

esportes.

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VI INTRODUÇÃO

A teoria e a práxis no Ensino de Ciências são aliadas para que @s

Educador@s possam compreender o processo ensino-aprendizagem e assim

fazerem uma leitura de mundo adequada e a partir disso aplicar no contexto

de sala de aula. A reflexão e a ação no trabalho pedagógico são

instrumentos de transformação e formação. Pois a reflexão transforma o

sujeito através do dialogo com sigo mediado pela escrita com interação das

orientadoras que conosco caminharam durante este semestre. A ação

pedagógica é nosso meio de tocarmos de forma elegante e educada aquelas

30 crianças que vivenciaram 2 ou 3 períodos de ensino de Ciências, e que

através de uma recíproca verdadeira nos ensinaram tanto quanto

aprenderam nossos conceitos e conteúdos.

É nesse sentido que encontramos no ensino de Ciência uma Filosofia

de Vida, Por um lado um corpo de conhecimento, uma matéria

acadêmica/escolar onde sustenta verdades as inúmeras perguntas sobre a

Natureza das coisas e que estão subordinadas a respostas dos livros

didáticos. Por outro lado em uma contraconcepção a isto pensamos que o

ensino de Ciência é um filosofar onde o mais importante são as perguntas

que noss@s fantástic@s Alun@s fazem-nos,

que as respostas mornas que muitas vezes

desaguamos nel@s.

O que poderia eu responder quando

um aluno me perguntou:

―- Professor! As nuvens são de algodão?‖

Será que seremos nós os responsáveis

por podar todo o imaginário criativo e lúdico

d@s noss@s pquenin@s para ensinar uma

ciência muitas vezes fria que está às vezes

serviço das forças hegemônicas.

Vivenciar o ensino de Ciências neste novo milênio para todos aqueles

que criticam seus modos de vidas, como eu, antes de perceber @s outr@s, é

parar nossa atividade do dia-a-dia e pensar:

- para onde vai esta garrafa pet que acabo de colocar no lixo do centro da

cidade?

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- por que a bateria do meu celular dura apenas um ano, e devo no final

trocar meu aparelho? O que os recursos hídricos tem haver com esse

celular? Há algo de tóxico aqui? A terra absorve estes elementos?

-Será que a água do mundo vai acabar? O que a descarga do meu banheiro

tem haver com o consumo de água da casa de meu pai e quanto custa isso no

final das conta?

- Por que os rios estão morrendo? E por que tanta hidroelétrica, Prof@?

- Por que dizem que a cada minuto desaparece uma espécie de

animal/vegetal mesmo antes de ser descrita? O que é ecologia?

Das inúmeras vezes que estas perguntas pairaram sobre nossos

pensamentos e até nas nossas aulas, foram raras vezes que fomos realmente

fazer a pesquisa. Apenas escutamos algo ou ouvimos no noticiário e na

televisão. Percebemos que @s educador@s em formação devem estar em

constante estudo e pesquisa, devido ao fluxo de informação na rede e as

entrelinhas dos comercias televisivos. Assim concordamos com Steimberg

que as pedagogias culturais funcionam de modo eficaz:

―Pedagogia cultural supõe que a educação ocorra ―numa variedade de

áreas sociais, incluindo mas não se limitando à escolar. Áreas

pedagógicas são aqueles lugares onde o poder é organizado e

difundido, incluindo-se bibliotecas, TV, cinemas, jornais, revistas, brinquedos, propagandas, videogames, livros, esportes, etc‖.

Noss@s jovens estão conectados a internet, ligados a redes sociais.

Assistem seus programas favoritos na

televisão e levam toda estas informações para

o espaço escolar.

Penso que o ensino de ciência vem ao

encontro dessas questões atuais. Como: a

informática, os seres vivos, a saúde, o homem,

o sistema como um todo. Micro e

Macrocosmos.

Nestes planos de aula seguintes que desenvolvemos na escola Porto

Seguro, no Parque Marinha da Cidade do Rio Grande, há um tanto de mim...

Do sujeito questionador. Do cidadão insatisfeito com a democracia. Do

aluno/estudante/professor/pesquisador mutante e ator nesse cenário. Do

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menino/adulto e do jovem/Educador, do sonhador... Há nestes planos um

movimento de tentar buscar um melhor tom a fim de seduzir e atenção

dequel@s para quem foram destinatários destas aulas. Para a garotada da

turma 6B. Nestes planos e reflexões há um tanto de Bianca, Endrel, Lázaro,

Pâmela, Patrick, Luis, Ingrid, Carol, Eduarda, Geovana, Izabel, Andrey entre

outr@s... Nestas reflexãos há uma poção mágica que se chama Paula. Há

diálogos de Raquel. Há dicas de Suzana. Nestes planos há pitadas de

Esperança, há temperos de Utopias, há kilogramas de trabalho, há horas de

Reflexão e há um perfume todo especial que dá vida ao prazer de fazer bem

ao próximo.

VII OBJETIVOS GERAIS

Trabalhar os assuntos de forma clara e objetiva, partindo do simples

para o complexo, dentro da realidade d@s educando@s através de exemplos

cotidianos, noticiários, jornais, temas geradores e realidade local dos

ecossistemas e ambiente.

As aulas desenvolvidas durante a disciplina de Estágio supervisionado

em Ciências tiveram por objetivo gerais relacionar os aspectos de formação

de solos, composição dos solos, tipos de solos e recursos naturais neles

existentes. Entender práticas agrícolas amigáveis da terra.

Desenvolver n@s alun@s uma consciência ecológica e evolutiva,

trabalhando sua capacidade de refletir, argumentar e concluir, bem como

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explorar a capacidade de expressão verbal e escrita, combinando os temas

trabalhados, assuntos atuais de forma a resgatar estes valores.

Promover um conhecimento sistêmico ecológico e integrado a um todo

condizendo com as bases teóricas e práticas da Educação Ambiental.

Proporcionar um ensino de ciências dialógico com as outras disciplinas

do conhecimento e facilitar que @s educandos compreendam inteiramente

os fatos físicos, sociais, políticos, artísticos etc. no contexto social, ou seja,

os ―estudos do meio‖ indicados por KRASILCHIK.

VIII OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Desenvolver as primeiras noções sobre solo e reconhecer diferentes

tipos de solos. Compreender a importância de cuidar dos solos. Capacidade

de distinguir diferentes tipos de adubação assim como a importância

Irrigação adequada. Conhecer drenagem e entender acidez dos solos e as

conseqüências da erosão – Deslizamentos e soterramentos.

Tivemos como objetivo a construção de um pequeno herbário e de uma

composteira para que em casa @s educand@s reciclem e separem o lixo

orgânico do lixo inorgânico, os seja, apreendo a fazer o composto orgânico

para agregar nutrientes ao solo.

Demonstrar a importância do consumo consciente na atualidade

frente ao esgotamento dos recursos naturais não renováveis. Distinguir

recursos naturais renováveis dos não renováveis. Entender qual é o motivo

que leva o mundo moderno globalizado se direciona para as tecnologias

limpas e a importância das mudanças radicais nas atitudes/comportamentos

básicos como:

Sacolas renováveis - Reutilização das garrafas pets – consumo consciente - Papéis recicláveis – utilização – reutilização – descarte adequado para reciclagem.

Nossas aulas tiveram como atenção específica o estudo da água como

elemento fundamental para a vida. Também procuramos entender a poluição

e seus efeitos nocivos para as futuras gerações. Buscamos através de

nossos exemplos e exercícios faze-l@s refletir a respeito do esgotamento

dos recursos hídricos.

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IX CRONOGRAMA

AULA DATA TEMA

PLANO 1 14/15 ABRIL SOLOS E SUAS

CARACTERÍSTICAS

PLANO 2 28/29 ABRIL TIPOS DE SOLOS E

FERTILIDADE DOS

SOLOS

PLANO 3 5/6 MAIO PRESERVANDO

SOLOS

PLANO 4 12/13 MAIO RENOVÁVEIS OU

NÃO

PLANO 5 19/20 MAIO COMBUSTIVEIS

FÓSSEIS

PLANO 6 26/27 MAIO AGUA E VIDA

PLANO 7 2/3 JUNHO PLANETA AZUL

PLANO 8 9/10 JUNHO ESTADOS FÍSICOS

DA ÁGUA

PLANO 9 16/17 JUNHO GELO DE ÁGUA

PLANO 10 23/24 JUNHO DISTRIBUIÇÃO DE

ÁGUA NO PLANETA

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X PLANOS DE AULAS

O solo e as suas características

Objetivos

- Desenvolver as primeiras noções sobre solo.

- Reconhecer diferentes tipos de solo.

- Compreender a importância de cuidar do solo.

- Estimular escrita, leitura e interpretação dos educandos.

Conteúdos

- Características de alguns componentes do solo

- Camadas do solo e Rocha matriz

Tempo estimado

2 aulas.

Material necessário

Lousa, giz colorido.

Levar folhas

PROCEDIMENTOS:

1º MOMENTO: diálogos e provocações com a turma:

Qual é a importância do solo?

O solo que visualizamos sempre foi assim?

Existem solos diferentes?

2° MOMENTO:

Explicação através de desenhos e esquemas no quadro. (camadas do solo,

composição do solo, diferenças de composição

ARENOSO/ARGILOSO/HUMÍFERO.

3º MOMENTO:

Leitura reflexiva do Livro, pág 126, 126, 127

PRÁTICA: observação de solos

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Preparação da prática:

Será previamente preparado 3 recipientes com tipos de solos distintos:

1 - ARENOSO: grande concentração de Areia

2- Argiloso: argila e componentes

3 - Solo fértil: terra escura e material em decomposição (húmus):

A Turma será dividida em duplas/trios e entregue lupas-de-mão para

observação das partículas que constituem o solo. Solicitar aos educandos

que façam o registro do que visualizaram, no final da aula este trabalho será

recolhido.

O solo tem uma história: o solo em que pisamos e construímos o prédio da

escola nem sempre foi assim. O aspecto atual do solo é resultado de milhões de anos de transformações. Assas transformações continuam acontecendo.

Acompanhando o seguinte raciocínio: durante do dia as rochas são aquecidas pela luz do sul se dilatam ligeiramente; à noite, elas ficam frias e se contraem,

lentamente, ao longo do tempo, esse processo vai fragmentando as rochas. O Vento e a água também causam uma vagarosa modificação nas rochas. Essas

modificações nas rochas originam partículas menores e mais alteradas. Parte

mineral do solo:

Os seres vivos, plantas rasteiras e líquens, podem se instalar na superfície alterada de rochas – suas raízes liberam substâncias que contribuem para a alteração das rochas.

Os organismo em decomposição, e restos de seres vivos como fezes e restos de folhas aos poucos são incorporados ao solo em formação. Esse material

vai constituir a parte ORGÂNICA do solo e será decomposto por bactérias e fungos.

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Intemperismo = é o conjunto de todas as modificações que desagregam e decompõem uma rocha. O calor, a chuva, o frio, o vento são exemplos de agentes do

intemperismo

A PARTE MINERAL + PARTE ORGÂNICA + ÁGUA + AR = SOLO.

A camada superficial do solo é chamado também de solo agrícola, essa

camada é geralmente mais escura, fofa, úmida, rica em matéria orgânica, sais minerais e microorganismos. Abaixo dela há uma de rocha parcialmente

fragmentada, com minerais, pouca ou nenhuma matéria orgânica, e poucos

microorganismos. Logo abaixo existe uma camada de rochas fragmentadas. Mais abaixo é encontrado um bloco de rocha sólida a ROCHA MATRIZ. Ela é chamada

assim porque sua parte, que um dia aflorou na superfície da terra, FOI ALTERADA PELO INTEMPERISMO E ORIGINOU O SOLO.

FERTILIDADE DO SOLO:

O QUE PODEMOS PENSAR QUE É UM SOLO FÉRTIL? 50% do solo é composto por partículas sólidas,

Desses 50% apenas 5% é matéria orgânica, o restante ou seja __ é de matéria

mineral. A outra metade, isto é, os outros 50% é constituído de 25% de água e 25% de ar.

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Fertilidade do solo; tipos de adubação

Objetivos

- Desenvolver noções sobre cuidados com solo.

- Reconhecer diferentes tipos de adubação.

- Compreender a importância Irrigação, drenagem e acidez.

- Estimular escrita, leitura e interpretação dos educandos.

Conteúdos

- Adubação Orgânica

- Adubação Verde

- Adubação Inorgânica

Tempo estimado 1 aulas.

Material necessário

Lousa, giz colorido.

Levar folhas

Curiosidade: No dia 03 de maio é o DIA MUNDIAL DO SOLO.

Texto de apoio:

No Livro da turma (pág. 130 a 133)

Ciências e Meio Ambiente – Carlos Barros

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PROCEDIMENTOS:

1º MOMENTO: diálogos e provocações com a turma:

Você já viu alguém adubando a terra?

Como você acha que o adubo beneficia as plantas?

2° MOMENTO:

Texto explicativo no quadro sobre Adubação orgânica, adubação verde,

adubação inorgânica. Explicação da matéria. (pag 130, 131, 132)

3º MOMENTO: Análise do terrário e entrega dos exercício para ksa.

Preparação do terráreo:

"É possível acompanhar a germinação de diferentes sementes e ver

como se comportam pequenos animais, como as joaninhas e os grilos, nesse

espaço".

Os terrários devem ser construídos de maneira que possam imitar o

habitat natural das espécies, com plantas, rochas, etc.

Em um terrário devemos controlar a temperatura, umidade,

iluminação e ventilação, além dos cuidados próprios com a parte aquática,

quando esta existir.

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Ciências, cotidiano e Meio Ambiente

As Engenheir@s da vida:

Besouros, Formigas, cupins, minhocas, bactérias e Fungos... A maioria

das pessoas não se lembram dos pequeninos seres vivos que vivem no

interior do solo, a não ser naqueles momentos que eles causam algum

prejuízo. Sem esses organismos a agricultura não existiria. As minhocas são

antigas aliadas dos seres humanos no trabalho com a terra, elas atuam como

verdadeiros arados naturais, constroem galerias subterrâneas que torna o

solo mais arável e permeável, permitindo que as raízes das plantas recebam

oxigênio e água, empregado na fotossíntese. Ao removerem o solo as

minhocas depositam suas fezes na terra o que contribui para a fertilidade

do solo, com isso as minhocas reciclam a cada ano toneladas de solo.

Exercícios para casa:

A partir do texto, faça um desenho ou recorte de revista que venha ao

encontro do que estudamos em aula. Consulte o caderno!

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PRESERVANDO O SOLO

Objetivos

- Desenvolver noções SOBRE EROSÕES no solo.

- Reconhecer diferentes tipos de erosões.

- Compreender a importância Irrigação, práticas agrícolas adequadas.

- Estimular escrita, leitura e interpretação dos educandos.

Conteúdos

- Erosão

- Erosão pela água

- Erosão pelo vento

- praticas agrícolas adequadas

Tempo estimado 2 aulas.

Material necessário

Lousa, giz colorido.

Levar folhas

Cartaz com tipos de erosão

Curiosidade:

Programa nacional contra a desertificação. (comentar sobre o plano)

Texto de apoio:

Livro da turma (pág. 137 a 145)

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PROCEDIMENTOS:

1º MOMENTO: diálogos e provocações com a turma:

De que forma as queimadas degradar o solo?

De que forma as chuva pode degradar o solo?

2° MOMENTO:

Texto explicativo no quadro sobre Adubação orgânica, adubação verde,

adubação inorgânica. Explicação da matéria na lousa. (pag 138, 139, 142)

3º MOMENTO: Montagem da composteira.

Como fazer 1) recipiente de madeira (caixa de frutas de madeira, levadas pelo facilitador) ou tijolos, coloque os resíduos na

proporção de 25% de restos de comida e 75% de materiais secos - papéis, papelão e palha. É preciso respeitar

essas quantidades para que os alimentos não se tornem uma massa compacta e mal cheirosa. Pequenos espaços

entre a comida e os materiais secos garantem o ar necessário para o processo de decomposição acontecer.

2) Ponha mais material seco em cima da pilha, umedeça bastante com água e depois cubra a composteira.

3) Deixe descansar por cerca de 15 dias. Depois disso, revire o material com a ajuda da pá, mais ou menos uma vez

por semana e acrescente água sempre que a mistura estiver seca demais.

4) A duração do processo pode variar em função da quantidade de resíduos e da umidade disponível, entre outros

fatores. Por isso, é importante estar atento à transformação que passa a acontecer - o lixo começa a ganhar o

aspecto de solo fértil. Quando isso acontecer, o novo solo pode ser usado para cultivo de hortaliças, plantas e

flores. Se a muda for muito pequena e a aparência do solo estiver ruim, recomenda-se peneirá-lo antes do uso

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Ciências, cotidiano e Meio Ambiente Fazendo uma Composteira no Lar :

1) recipiente de madeira (caixa de frutas de madeira, e ou balde FURADO

ou tijolos, coloque os resíduos (casca de FRUTAS, restos de LEGUMES na

proporção de 25% de restos de comida e 75% de materiais secos

(GRAMA/folha SECA) - papéis, papelão e palha. É preciso respeitar essas

quantidades para que os alimentos não se tornem uma massa compacta e mal

cheirosa. Pequenos espaços entre a comida e os materiais secos garantem o

ar necessário para o processo de decomposição acontecer.

2) Ponha mais material seco em cima da restos de legumes, frutas, pão,

embolorado, umedeça bastante com água e depois cubra a composteira.

3) Deixe descansar por cerca de 15 dias. Depois disso, revire o material com

a ajuda da pá, mais ou menos uma vez por semana e acrescente água sempre

que a mistura estiver seca demais.

4) A duração do processo pode variar em função da quantidade de resíduos

e da umidade disponível, entre outros fatores. Por isso, é importante estar

atento à transformação que passa a acontecer - o lixo começa a ganhar o

aspecto de solo fértil. Quando isso acontecer, o novo solo pode ser usado

para cultivo de hortaliças, plantas e flores. Se a muda for muito pequena e a

aparência do solo estiver ruim, recomenda-se peneirá-lo antes de usá-lo. O

processo pode durar meses, para que vc tenha um COMPOSTO ORGÂNICO

RICO EM NUTRIENTES PARA SUAS PLANTINHAS.

IMPORTANTE SABER: Não colocar absolutamente nada de origem animal

(ex.: Restos de carne, frango, peixe) isso pode estragar o processo de

decomposição.

Deve haver uma grande concentração de material seco e geralmente a

composteira deve estar úmida e Tampada,

Escolha um lugar estratégico, permanente, sombreado.

Bom Trabalho amiguinh@!

Page 23: Unidade Didática

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EXISTEM MUITAS BOAS RAZÕES PARA VOCÊ FAZER UM COMPOSTO:

DESSA FORMA VOCÊ DEVOLVE OS NUTRIENTES PARA A TERRA!

A MATÉRIA ORGGÂNICA NÃO PRECISA OCUPAR ESPAÇOES NOS LIXÕES

E ATERROS SANITÁRIOS. ELA É ÚTIL.

O COMPOSTO AUMENTA A QUALIDADE DA TERRA, COM ISSO AUMENTA

O NÚMERO DE MINHOCAS E PREVINE A EROSÃO.

ALIMENTAR OS ORGANISMPOS DO SOLO AJUDA NA RECUPERAÇÃO DA

TERRA DO SEU JARDIM OU HORTINHA.

MELHORANDO A TERRA, O COMPOSTO AUMENTA A PRODUÇÃO DE

FRUTAS E VERDURAS, QUE ALIMENTAM A SUA FAMÍLIA OU ESCOLA.

QUE OUTRAS RAZÕES VOCÊ PODE PENSAR?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

____________________________

DESENHE ou LISTE OS RESÍDUOS ORGÂNICOS QUE FORAM

ADICIONADOS NA COMPOSTEIRA CASEIRA LEMBRANDO DE USAR AS

CORES QUE DE CADA RESÍDUO. (FONTE: LIVRO CRIANDO HABITATS NA ESCOLA SUSTENTÁVEL

– LUCIA LEGAN)

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Renovável ou não?

Objetivos

- Desenvolver noções sobre recursos RENOVÁVEIS E NÃO

RENOVÁVEIS.

- Reconhecer e classificar produtos como renováveis ou não.

- Compreender a importância da reciclagem para o equilíbrio ecológico.

- Exercitar escrita, leitura e interpretação dos educandos.

Conteúdos

- significado de recursos naturais renováveis

- significado de recursos naturais não-renovável

- Reciclagem para desenvolvimento sustentável.

Tempo estimado

1 aulas.

Material necessário

Lousa, giz colorido.

Levar folhas

Curiosidade:

Coleta seletiva de lixo

Texto de apoio:

Livro da turma (pág. 118 a 121)

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PROCEDIMENTOS:

1º MOMENTO: diálogos e provocações com a turma:

Qual é o siguinificado da palavra renovar?

Você acha sobre o petróleo, um recurso renovável, ou não?

...e a água, é renovável ou não?

2° MOMENTO:

Texto explicativo no quadro sobre consumo dos recursos naturais

renováveis. Explicação da matéria na lousa. (pág 118, 119, 120)

3º MOMENTO: assistir o filme a história das coisas.

Questão sobre o Filme: ―A história das coisas.‖ (21 min.)

De que forma o consumo está afetando o planeta Terra?

Três exemplos de coisas que são “criadas para ir para o lixo”:

Page 26: Unidade Didática

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Escola M E. F Porto Seguro. Turma 6ºB Marcelo Gomes, Acadêmico do Curso Ciências Biolígicas Licenciatura – 4º ano

Renovável ou não?

Entendemos renovar como substituir por coisa nova, corrigir, restabelecer,

reaparecer, e portanto renovável é aquilo que se pode renovar. Observe as

imagens e classifique os produtos como renováveis ou não renováveis:

Renovável ou não:

Gado ___________________________ Laranjas __________________________

Gado latas de alumínio Petróleo ___________________________

Peixe (atividade pesqueira) ___________________________

Carvão Mineral ___________________________

Questões para pensar e escrever: Qual é a importância de reconhecermos se os

produtos que consumimos são de origem renováveis e não renováveis:

Page 27: Unidade Didática

27

Se colhermos vegetais para nos alimentar, depois podemos plantar

outro para substituí-los. Mesmo que agente pesque peixes e camarões, por

exemplo, em geral ainda restam indivíduos dessa espécie no ambiente; esses

animais se reproduzem e geram novos indivíduos. O gás oxigênio que a

maioria dos seres vivos retiram do ambiente e usa na respiração, é reposto

por meio da fotossíntese. Plantas, animais e gás oxigênio são exemplos de

recursos naturais que podem ser repostos no meio ambiente à medida que

são consumidos, por isso são chamados de recursos naturais renováveis.

O consumo desses recursos, entretanto, não deve superar a sua

reposição no ambiente. Do contrário, eles podem se esgotar e gerar

desequilíbrio ecológico. A pesca predatória, por exemplo, pode provocar a

extinção de espécies de um ambiente.

O petróleo, o gás natural, o carvão mineral, os minérios metálicos e as

pedras preciosas são recursos naturais que demoraram milhões de anos para

se formar. Eles são considerados recursos naturais não renováveis. Por

serem extraídos do ambiente e não poderem ser repostos, esses recursos

podem vir a esgotar-se na natureza.

Existem medidas que devem ser adotadas para evitar o rápido

esgotamento dos recursos naturais não renováveis. Dentre as quais

destacamos:

- Planejar CUIDADOSAMENTE E FISCALIZAR COM RIGOR SUA

EXTRAÇÃO E UTILIZAÇÃO, EVITANDO ASSIM O DESPERDÍCIO E O

CONSUMO EXSSÍVO.

- SUBSTITUIR PRODUTOS QUE POSSAM SUBSTITUÍ-LOS.

- PROMOVER SEMPRE QUE POSSÍVEL, A RECICLAGEM DESSES

RECURSOS.

Page 28: Unidade Didática

28

Os combustíveis fósseis

Objetivos

- Desenvolver as primeiras noções sobre combustíveis fósseis.

- Reconhecer os diferentes tipos de combustíveis fósseis.

- Compreender a importância do consumo consciente.

- Exercitar escrita, leitura e interpretação dos educandos

Conteúdos

- Significado da palavra petróleo.

- formação do petróleo.

- gás natural

- carvão mineral

Tempo estimado

2 aulas.

Material necessário

Lousa, giz colorido.

Folhas para anotação

Texto Apoio: Livro utilizado pela Escola.

(Pág. 109 à 113)

Curiosidade:

Page 29: Unidade Didática

29

Procedimento:

1º momento: Diálogos e provocações com a turma:

De onde vem o combustível que é utilizado nos veículos?

De onde vem o Carvão que é utilizado nas usinas Termoelétricas?

Como o elevado consumo de combustíveis fósseis poderá estar colaborando

com o efeito estufa?

2º momento: Explicação através de desenhos e esquemas no quadro.

Petróleo.

Gás natural.

Carvão Mineral

3º Momento: Leitura do livro e exercícios

Imagem de apoio:

Page 30: Unidade Didática

30

Texto de apoio:

O petróleo é uma substância oleosa, inflamável, menos densa que a água, com cheiro característico e de cor variando entre o negro e o castanho escuro. Embora objeto de muitas discussões no passado, hoje tem-se como certa a sua

origem orgânica, sendo uma combinação de moléculas de carbono e hidrogênio.

Admite-se que esta origem esteja ligada à decomposição dos seres que compõem o plâncton, causada pela pouca oxigenação e pela ação de bactérias.

Estes seres decompostos foram, ao longo de milhões de anos, se acumulando no fundo dos mares e dos lagos, sendo pressionados pelos movimentos da crosta terrestre e transformaram-se na substância oleosa que é o petróleo.Ao contrário do que se pensa, o petróleo não permanece na rocha que foi gerado - a rocha matriz - mas desloca-se até encontrar um terreno apropriado para se concentrar. Estes terrenos são denominados bacias sedimentares, formadas por camadas ou lençóis porosos de areia, arenitos ou calcários. O petróleo aloja-se ali, ocupando os poros rochosos como forma "lagos". Ele acumula-se, formando jazidas. Ali são encontrados o gás natural, na parte mais alta, e petróleo e água nas mais baixas.

Exercícios:

1 - O que significa o a palavra petróleo? E por que é um combustível

fóssil?

2 – 5 Exemplos de produtos derivados do petróleo.

3 – Por que se que o gás natural é uma energia limpa?

4 – Por que o carvão mineral é mais poluente?

5 – Como nossas escolhas enquanto consumidor poderá diminuir o

consumo de petróleo?

6 – Um dos produtos derivados do petróleo é o polietileno, que

é transformado em sacolas plásticas e embalagens.

Segundo o que você estudou em sala, por que as Sacolas retornáveis é

uma atitude ecológica?

Reutilizar papel também é uma forma de consumo consciente – Bons estudos galera!

Page 31: Unidade Didática

31

Água e vida

Objetivos:

- Definir o que é água

- Definir as importâncias da água

- Entender a importância de preservar a água

- Expressar-se oralmente frente aos colegas

Conteúdos abordados:

- O que é água

- As importâncias da água

- Como e porque preservar a água

Tempo estimado:

2 aula

Material Necessário

Lousa, giz colorido

Folhas para anotação

Texto de apoio: Livro utilizado pela Escola. (Pág 150 à 155)

Procedimentos:

1º Momento: Diálogos e provocações com a turma.

Aplicação da proposta didática- A água e o homem, que promove um

questionamento direcionado aos alunos e provoca o pensamento a respeito

das questões centrais do tema.

(Unidade 1 – conhecendo as idéias dos alunos)

Podemos sobreviver sem água?

Page 32: Unidade Didática

32

Quanta água uma pessoa precisa ingerir diariamente para

sobreviver?

Quanto tempo uma pessoa sobrevive sem água?

Todos seres vivos sobrevivem sem água?

Onde existe água?

Usamos qualquer tipo de água?

Que água podemos beber.

Podemos usar a água sem nos preocuparmos com a quantidade que

estamos gastando?

A agricultura seria possível sem água?

2º MOMENTO, Explicação através de desenhos e esquemas no

quadro:

Molécula da água,

Água e seres vivos

3º momento leitura do livro e exercícios do livro.

Page 33: Unidade Didática

33

O que é água? É uma substância química composta de dois

hidrogênios e um oxigênio, é um composto que é essencial para todas

as formas de vida.

Ela é importante para a sobrevivência de árvores e plantas, pois

é a partir da água que elas conseguem se alimentar e realizar sua

fotossíntese; é importante para animais que habitam esses

ambientes; a higiene das pessoas também depende da água; todos

precisamos beber água, nosso corpo é constituído basicamente de

água (75% do cérebro é água, 86% dos pulmões, 86% do fígado, 75%

dos músculos, 75% do coração, 83% dos rins 81% do sangue), e nosso

corpo não agüenta mais de três dias sem beber água, já sem comer

podemos ficar cerca de 28 dias.

A água potável é um recurso natural muito utilizado por todos,

porém devemos preservá-la para ela não terminar. Convém recordar

que, para entender as múltiplas necessidades de água nos seres

humanos, dispomos de uma quantidade muito pequena em relação ao

total existente no planeta pois somente 3% dessa água é doce.

O consumo de água se divide, aproximadamente, da seguinte

maneira: água na agricultura representa 69%, a indústria consome

23% e o uso doméstico requer 8%. Todo esse uso, e forma como ela é

usada, implica na perda de quantidade de água disponível.

Exrecícios:

1) DE QUE SUBSTÂNCIA QUÍMICA É COMPOSTA A MOLÉCULA

DA ÁGUA?

2) Faça um desenho ilustrando que a água é uma substância fundamental

no nosso cotidiano:

Page 34: Unidade Didática

34

Planeta azul

Objetivos:

- Estudar a quantidade de água no planeta

- definir água doce e salgada

- Expressar-se oralmente frente aos colegas

Conteúdos abordados:

- O planeta azul

- quantidade de água Doce

- Águas subterrâneas e calotas polares

Tempo estimado:

1 aula

Material Necessário

Lousa, giz colorido

Folhas para anotação

Texto de apoio: Texto apoio Unidade 2 – Proposta didática de Teresa

Nunes, (pág 5 e 6) que será entregue para os educandos.

Procedimentos:

1º Momento: mostra de imagens do nosso planeta visto da lua .

Diálogos e reflexões

Por que é chamado de planeta azul?

Toda essa água pode ser utilizada pelos homens?

As águas de rios e lagos representam quanto aproximadamente desse

planeta azul?

Page 35: Unidade Didática

35

2º MOMENTO, Explicação através de desenhos e esquemas no

quadro:

Os astronautas que chegaram à Lua, ao ver a Terra daquela

perspectiva, chamaram-no de O PLANETA AZUL, o elemento que mais

se destaca no planeta é a água, cobre 70% da superfície

3º momento leitura do texto de apoio em fotocópia . As respostas

das reflexões do primeiro momento serão esclarecidas ao decorrer

da leitura dos educandos. Faremos uma leitura dos parágrafos e

discussão dos principais tópicos

4º momento assistir o vídeo-clip da gotinha da água

(http://www.youtube.com/watch?v=g41TJlvNq6U)

Page 36: Unidade Didática

36

Água vem e água vai...

Ciclo da água

1. Objetivos:

- Entender o ciclo da água na natureza

- Compreender o papel da chuva no ciclo.

- Entender a filtragem natural do solo

- Expressar-se oralmente frente aos colegas

2. Conteúdos abordados:

- O ciclo da água

- Precipitação da chuva

- Infiltração

Page 37: Unidade Didática

37

3. Tempo estimado:

2 aula

Material Necessário

Lousa, giz colorido

Folhas para anotação

4. Texto de apoio:

A água evapora das superfícies aquáticas e também do solo. Na

atmosfera encontrando camadas frias, o vapor de água se condensa

e compõe nuvens. A água das nuvens precipita=se na superfície da

Terra na forma de chuva, neve ou granizo. Ao atingir um solo a água

escorre e chega a um rio, lago ou oceano. Pode também infiltrar-se

no solo, atingir um lençol freático e daí originar um fonte e, depois,

um rio, por exemplo. A água do solo também é absorvida pelas

raízes das plantas. Por meio da transpiração as plantas eliminam a

água em estado de vapor para o ambiente externo, pela folhas,

frutos, sementes e outras partes de seu corpo, as plantas

transferem água para seus consumidores.

O ser humano e outros animais obtêm água bebendo-a

diretamente ou ingerindo-a como parte dos alimentos. Devolvem a

água ao ambiente de diversas maneiras, como pela urina, pelo suor,

pelas fezes e pela respiração. Essa água evapora e retorna a

atmosfera. Esse vaivém da água na natureza passando ou não pelos

seres vivos é o que se chama de ciclo da água.

No ciclo da água a chuva tem papel fundamental não só pelo retorno

da água na superfície terrestre, mas também pela sua distribuição

das diversas regiões do planeta Terra. Ao infiltrar-se no solo – e

depois de ultrapassar a camada de terra e encontrar rochas abaixo

do solo, a água vai sendo purificada, livrando-se de partículas

sólidas e microorganismos: eles ficam retidos no solo. Assim a

infiltração da água líquida no solo ocorre como uma filtragem

natural.

Page 38: Unidade Didática

38

Procedimentos:

1º Momento: Diálogos e provocações com a turma.

Você sabia que as águas dos oceanos também evaporam?

Que papel a chuva desempenha nas nossas vidas?

Você sabia que a água ao infiltrar-se no solo é uma forma de

filtragem natural?

Os córregos desembocam nos rios. Os rios, para onde levam suas

águas?

Você sabia que a ação nociva do homem está atrapalhando cada

vez mais esse ciclo vital? A água é a maior riqueza do planeta, e está

ficando mais escassa a cada dia, com a poluição e as alterações no meio

ambiente?

2º MOMENTO, Explicação através de desenhos e esquemas no

quadro:

O ciclo da água na natureza através de um desenho ilustrativo que

será melhor demonstrado de forma mais interativa no labor

informática.

3º momento laboratório de informática para ver o ciclo

interativamente.

http://www.cricketdesign.com.br/abril/ciclodaagua/

EXPERIMENTO:

Material necessário: lamparina, anteparo Béquer, placa-de-petri,

fósforo.

Água pré-aquecida, gelo.

Objetivo: mostrar de forma prática a mudança dos estados físicos da

água, vaporização, liquefação, fusão. Relacionar essas alterações no

recipiente linkando com os fenômenos que ocorrem na Natureza, ou

seja, o ciclo da água.

Atenção: Essa prática exige atenção, pois há chama na lamparina.

Page 39: Unidade Didática

39

GELO DE ÁGUA.

Objetivos:

- Definir água e organização das moléculas

- compreender as mudanças dos estados físicos

- Entender solidificação, fusão e vaporização.

- Expressar-se oralmente frente aos colegas

5. Conteúdos abordados:

- Mudança de estados Físicos

- Solidificação

- Fusão

- Vaporização

- Liquefação e sublimação

6. Tempo estimado:

1 aula

Material Necessário

Lousa, giz colorido

Folhas para anotação

7. Texto de apoio:

A água está em quase toda parte: nas nuvens, nos oceanos, nos icebergs, nos rios, nos

lagos, nos lençóis subterrâneos, no ar, nos seres vivos. Ela é encontrada na Natureza em

três estados físicos: líquido, sólido, gasoso.

A água líquida está nos oceanos, nos rios, nos lagos, nas represas, fontes, numa torneira aberta, no corpo dos seres vivos. A água sólida pode ser encontrada na neve, no granizo, nos

icebergs, nas geleiras e em algumas nuvens. No estado gasoso (vapor de água) a água é

invisível e mistura-se à atmosfera. A água pode mudar de um estado físico para o outro. As moléculas que constituem a água são formadas por um átomo de oxigênio (O) e

dois átomos de hidrogênio (H). O estado físico da água depende da organização de suas

moléculas A água pode mudar de estado físico como, por exemplo, ir do estado sólido para o

líquido. Um exemplo disso é quando deixamos o gelo (estado sólido da água) fora da geladeira e ele derrete virando líquido.

Page 40: Unidade Didática

40

Existem nomes que representam cada uma destas mudanças de estados físicos,

vejamos abaixo quais são:

Para que aconteçam a fusão e a vaporização é necessário fornecer energia – aquecer – a água. Para que aconteçam a solidificação (mudança de

estado liquido para o estado sólido – resfria-se a água), A água se solidifica a temperatura de 0ºC quando a pressão atmosférica é igual ao nível do mar.

Em geral, o volume do líquido diminui quando eles são congelados. Com a água é diferente, ao se congelar seu volume costuma aumentar, isso pode trazer

transtornos, pois em regiões muito frias um cano pode estourar quando a

água em seu interior congela e aumenta de volume. A liquefação (do estado gasoso para o liquido) é preciso retirar energia – o calor – da água. A

vaporação da água no seu ciclo natural ocorre à temperatura ambiente e é lenta. A água ferve, do liquido para o gasoso, de forma muito mais rápida,

por que ocorre a ebulição. O ponto de ebulição da água depende também do

nível de pressão do ambiente. Ebulição e vaporação são, na realidade, tipos de vaporização. A água de um recipiente é colocado sobre a chama de fogo

e logo ferve, forma bolhas e transforma-se em vapor. Esse é um exemplo de evaporação por ebulição. Ao nível do mar a água entra em ebulição quando

sua temperatura chega a 100 ºC. Depois de alguns minutos de ebulição microorganismos e ovos de vermes que possam estar contidos na água

morrem. É por isso que não havendo filtro em casa, só devemos beber água

que tenha sido fervida e guardado em recipiente limpo e fechado.

Page 41: Unidade Didática

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Procedimentos:

1º Momento: Diálogos e provocações com a turma.

Como a temperatura influencia no estado físico da água?

A água que bebemos, como pode se congelar

Por que não podemos ver o vapor de água do varal de secar roupas?

E por que vemos o vapor da chaleira fervendo?

2º MOMENTO, Explicação através de desenhos e esquemas no

quadro:

1.. desenho das moléculas juntinhas. (sólido)

2.. desenho das moléculas vibrando pouco (liquido)

3.. desenho das moléculas vibrando livremente (estado gasoso)

Desenho da mudança dos estados físicos.

3º momento leitura do livro e exercícios do livro.

EXERCÍCIOS Complete as lacunas conforme o que aprendeu em aula:

Os estados físicos da água

A água pode ser encontrada em estados físicos

A pode mudar de estado físico como, por exemplo, ir do estado sólido para o líquido. Um exemplo disso é quando deixamos o gelo (estado sólido

da água) fora da geladeira e ele derrete virando .

A passagem do estado sólido para o líquido chama-se .

é passagem do estado líquido para o sólido.

Liquefação ou é passagem do estado gasoso para o

Page 42: Unidade Didática

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A evaporação da água no seu ciclo natural ocorre à temperatura ambiente e é lenta. A água ferve, e passa do

estado liquido para o , de forma muito mais , por que ocorre a ebulição. O ponto de ebulição da água depende também do nível de pressão do ambiente. Ebulição e vaporação são, na realidade, tipos de vaporização.

Curiosidade:

Iceberg ou Icebergue (do inglês ice= "gelo" + sueco e alemão berg= "montanha") é um enorme bloco ou

massa de gelo que se desprende das geleiras existentes nas calotas polares, originárias da era glacial, há

mais de cinco mil anos.

Icebergs são constituídos primordialmente de água doce, conquanto não puramente, dado que podem

trazer em seu interior outros corpos (animais, fósseis ou não). Não se devem confundir com banquisas

(plataformas de água do mar congelada no inverno), que raramente resistem ao verão.

De cada iceberg, apenas cerca de 10% da sua massa (ou volume, dado que a massa específica da água,

mesmo no estado sólido, é significantemente próxima de 1 g.cm−3

) emerge à superfície. A rigor, a massa específica do gelo em condições polares vale 0,917 g.cm

−3, e permanece essencialmente constante durante

toda a "vida" útil do bloco como tal, embora lenta, mas progressivamente crescente com o decurso do

tempo e o contato com o meio por onde flutua. Os demais cerca de 90% permanecem submersos, donde o

enorme perigo que conferem especialmente à navegação. Em se tratando de dimensões lineares,

notadamente a altura, tem-se que, em média, cerca de 1/7 do iceberg aflora, emerso, à superfície,

enquanto os demais 6/7 constituem a porção oculta, o lastro submerso da massa polar flutuante.

A flutuação do iceberg decorre do fato físico de apresentar o gelo polar (de água doce) massa específica

(ou densidade absoluta) de cerca de 0,917 g.cm−3

, enquanto a água do mar, por ser solução salina,

apresenta massa específica necessariamente maior do que 1 g.cm−3

(em média, 1,025 g.cm−3

). Assim, pelo

Princípio de Arquimedes, o iceberg necessariamente flutua na água do mar. As dimensões lineares

(alturas) e as massas e os volumes emerso e imerso (submerso) calculam-se pelas leis hidrostáticas.

Desse fato concreto da natureza decorre o dito popular (conotativo) de que "isto ou aquilo é apenas a

ponta do iceberg", para se referir algo (empreendimento, problema, concreto ou abstrato, ou situação) que aparenta ser de simples enfrentamento ou solução, quando, na verdade, é de complexidade ou

envergadura consideravelmente maior, a inspirar, pois, por cuidados maiores que os apenas evidentes.

Page 43: Unidade Didática

43

Distribuição de água no Planeta

1. Objetivos:

- Entender a distribuição da água no planeta.

- Compreender nosso papel de preservar água.

- Educação Ambiental para esse recurso natural essencial para vida.

- Expressar-se oralmente frente aos colegas

2. Conteúdos abordados:

- Universa água.

- % Água Salgada, % Água doce

- Relação seres humanos x Consumo de água.

3. Tempo estimado:

2 aula

Material Necessário

Lousa, giz colorido

Folhas para anotação

4. Texto de apoio:

Água no universo

Grande parte da água do universo pode ser um subproduto de formação

estelar. O nascimento das estrelas é acompanhado por um forte vento de

gás e poeira. Quando esse fluxo de material impacta o gás circundante, as

ondas de choque que são criadas comprimem e aquecem o gás, produzindo

água. A água tem sido detectada em nebulosas na nossa galáxia, a Via

Láctea. Provavelmente existe água em abundância em outras galáxias porque

os seus elementos, hidrogênio e oxigênio, estão entre os mais abundantes no

universo. Por vezes, nuvens interestelares condensam em nébulas solares e

sistema solares como o nosso.

Page 44: Unidade Didática

44

Distribuição de água na Terra.

A água cobre 71% da superfície da Terra, os oceanos contêm 97,2% da água

da Terra. A camada de gelo da Antártida, que contém 90% de toda água

doce da Terra, é visível na parte inferior. A água condensada na atmosfera

pode ser observada como nuvens.

A hidrologia é o estudo do movimento, distribuição e qualidade da água em

toda a Terra. O estudo da distribuição de água é a hidrografia. O estudo da

distribuição e circulação de águas subterrâneas é hidrogeologia, das

geleiras é glaciologia, das águas interiores é limnologia e da distribuição dos

oceanos é a oceanografia.

O coletivo de massa de água encontrado sobre e abaixo da superfície

de um planeta é chamado de hidrosfera. A água subterrânea e doce são

úteis ou potencialmente úteis para os seres humanos como recursos

hídricos. A água líquida é encontrada em corpos de água, como oceanos,

mares, lagos, rios, riachos, canais, lagoas ou poças. A maioria da água na

Terra é do mar. A água também está presente na atmosfera no estado

sólido, líquido e gasoso. Também existem águas subterrâneas nos aquíferos.

A água é importante em muitos processos geológicos. As águas

subterrâneas são onipresentes nas rochas e a pressão da água subterrânea

afeta os padrões de falhas geológicas. A água, tanto no estado líquido,

como, em menor escala, no estado sólido (gelo), é também responsável pelo

transporte de uma grande quantidade de sedimentos que ocorre na

superfície da terra. A deposição de sedimentos transportados formam

Page 45: Unidade Didática

45

muitos tipos de rochas sedimentares, que compõem o registro geológico da

história da Terra.

Todas as formas conhecidas de vida precisam de água. Os humanos

consomem "água de beber" (água potável, ou seja, água compatível com as

características de nosso corpo).No corpo humano a água é o principal

constituinte (entre 70% a 75%) e sua quantidade depende de vários fatores

estabelecidos durante a vida do indivíduo, entre eles a idade, o sexo, a

massa muscular, o aumento ou perda de peso, o tecido adiposo, e até mesmo

a gravidez ou lactação. A água é um componente essencial para o bom

funcionamento geral do organismo, ajudando em algumas funções vitais, tais

como o controle de temperatura do corpo, por exemplo.

A água é considerada como purificadora na maioria das religiões,

incluindo o Hinduísmo, Cristianismo, Judaísmo. O exemplo do batismo nas

igrejas cristãs é praticado com água, simbolizando o nascimento de um novo

ser, purificado com remissão dos pecados. Verifica-se que, nas mitologias

politeístas, os deuses vinculados à água — Yemanjá e Poseidon (Netuno),

para citar alguns exemplos —, em regra, possuem mais seguidores, gozam de

maior prestígio ou ocupam graduação mais elevada em relação às demais

divindades representantes de outros fenômenos naturais.

Page 46: Unidade Didática

46

Page 47: Unidade Didática

47

A poluição da água prejudica o seu uso, podendo atingir o homem de

forma direta, pois ela é usada por este para ser bebida, higiene pessoal,

lavagem de roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos

animais domésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também

utilizada nas indústrias e na irrigação agrícola. Por isso, a água deve ter

aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de micro-organismos

patogênicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde da

recolha nos rios até à chegada nas residências urbanas ou rurais. A água é

considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes

fecais e menos de dez micro-organismos patogênicos por litro (como aqueles

causadores de verminoses, cólera, esquistossomose, febre tifoide, hepatite,

leptospirose, poliomielite). Portanto, para a água se manter nessas

condições, deve evitar-se sua contaminação por resíduos, sejam eles

agrícolas (de natureza química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais ou

sedimentos provenientes da erosão.

Sobre a contaminação agrícola há a considerar os resíduos do uso de

agrotóxicos (comum na agropecuária), que provêm de uma prática muitas

vezes desnecessária ou intensiva nos campos, que envia grandes quantidades

de substâncias tóxicas para os rios através das chuvas, o mesmo ocorrendo

com a eliminação do esterco de animais criados em pastagens. No primeiro

caso, há o uso de adubos, muitas vezes exagerado, que acabam por ser

carregados pelas chuvas aos rios, acarretando o aumento de nutrientes

nestes pontos; isso propicia a ocorrência de uma explosão de bactérias

decompositoras que consomem oxigênio, contribuindo para diminuir a

concentração do mesmo na água, produzindo sulfeto de hidrogênio, um gás

de cheiro muito forte que é tóxico quando a concetração é elevada. Isso

também afeta as formas superiores de vida animal e vegetal, que utilizam o

oxigênio na respiração, além das bactérias aeróbicas, que são impedidas de

decompor a matéria orgânica sem deixar odores nocivos através do consumo

de oxigênio.

Os resíduos gerados pelas indústrias, cidades e atividades agrícolas

podem ser sólidos ou líquidos, tendo um potencial de poluição muito grande.

As impurezas geradas pelas cidades, como resíduos, entulhos e produtos

tóxicos são carregados para os rios com a ajuda das chuvas. Os resíduos

líquidos podem carregar poluentes orgânicos que, em pequena quantidade,

são mais fáceis de ser controlados do que os inorgânicos. As indústrias

produzem grande quantidade de resíduos em seus processos, sendo uma

parte retida pelas instalações de tratamento da própria indústria, que

retêm tanto resíduos sólidos quanto líquidos, e a outra parte despejada no

ambiente. No processo de tratamento dos resíduos também é produzido

Page 48: Unidade Didática

48

outro resíduo chamado chorume, um líquido que requer segundo tratamento

e controle. As cidades podem ser ainda poluídas pelas enxurradas, pelo

resíduos e pelo esgoto.

A poluição das águas pode aparecer de vários modos, incluindo a

poluição térmica (descarga de efluentes as altas temperaturas), poluição

física (descarga de material em suspensão), poluição biológica (descarga de

bactérias patogênicas e vírus), e poluição química, que pode ocorrer por

deficiência de oxigênio, toxidez e também eutrofização.

A eutrofização é causada por alguns processos de decomposição que

fazem aumentar o conteúdo de nutrientes, aumentando a produtividade

biológica, permitindo proliferações periódicas de algas, que tornam a água

turva e com isso podem causar deficiência de oxigênio pelo seu

apodrecimento, aumentando sua toxicidade para os organismos que nela

vivem (como os peixes, que aparecem mortos junto a espumas tóxicas).

A poluição de águas nos países ricos é resultado da forma como a

sociedade consumista está organizada para produzir e desfrutar de sua

riqueza, progresso material e bem-estar. Já nos países pobres, a poluição é

resultado da pobreza e da ausência de educação de seus habitantes, que,

assim, não têm base para exigir os seus direitos de cidadãos, o que só tende

a prejudicá-los, pois esta omissão na reivindicação de seus direitos leva à

impunidade às indústrias, que poluem cada vez mais, e aos governantes, que

também se aproveitam da ausência da educação do povo e, em geral, fecham

os olhos para a questão, como se tal poluição não atingisse também a eles.

A Educação Ambiental vem justamente resgatar a cidadania para que

o povo tome consciência da necessidade da preservação do meio ambiente,

que influi diretamente na manutenção da sua qualidade de vida.

Quanto maior é a qualidade da água de um rio, ou seja, quanto mais

esforços forem feitos no sentido de que ela seja preservada (tendo como

instrumento principal de conscientização da população a Educação

Ambiental), melhor e mais barato será o tratamento desta e, com isso, a

população só terá a ganhar. Novas técnicas vem sendo desenvolvidas para

permitir a reutilização da água no abastecimento público.

Em muitos casos os contaminantes podem estar presentes mesmo em

águas minerais engarrafadas — as fontes de água mineral podem encontrar-

se em regiões sujeitas à presença de poluentes que se infiltram no lençol

Page 49: Unidade Didática

49

freático e, mesmo após a filtração das rochas, podem ainda estar presentes

no ponto de coleta.

Entre os contaminantes, podem ser encontradas bactérias,

protozoárioss e fungos patogênicos, toxinas produzidas por algas ou por

decomposição de animais ou resíduos (chorume) como os nitratos. Além

disso, toda a espécie de compostos químicos que são agressivos à vida,

decorrentes de despejos industriais, podem ocorrer, tais como fenóis,

compostos clorados utilizado na indústria papeleira, hidrocarbonetos

presentes em solventes e tintas e muitos outros. Enfim também podem ser

encontrados Metais pesados dissolvidos na água, formando íons como

crômio(VI), que são altamente cancerígenos e compostos de chumbo e de

mercúrio, que podem provocar diversos tipos de doenças.

Procedimentos:

1º Momento: Diálogos e provocações com a turma.

A água que há no planeta é ilimitada?

Toda água podemos beber?

Há uma grande festa que ocorre na praia do Cassino no mês de

Fevereiro. Iemanjá. O que isso tem haver com o que estamos estudando?

De que forma o homem pode contaminar esse recursos tão importante

para nossa sobrevivência.

2º MOMENTO, Explicação através de desenhos e esquemas no

quadro:

Page 50: Unidade Didática

50

3º MOMENTO: Experimento distribuição de água no planeta:

Material: - 9 potes de 1 litro - Caneta hidrocor

- Colher de sopa e medidas de xícaras - Água O que fazer? Marcar 8 potes com as fontes de água do planeta (ver tabela) Encher o vidro restante com água, para demonstrar toda água do mundo Com a tabela, medir as quantidades respectivas de água e colocar em casa vidro de

acordo com o rótulo (usar o conta-gotas para as medidas pequenas) Nessa etapa, o vidro que estava cheio deve estar vazio Discutir as quantidades em cada pote. Agora colocar todo a água não salina para o pote inicial (incluindo toda a água do subsolo, dos lagos não salinos, da umidade de solo, da atmosfera e dos rios). Aqui os alunos podem notar que este é apenas um pequeno percentual da água total do planeta.

Tabela:

Fonte Quantidade equivalente % do total

Oceanos 4 xícaras 97

Calotas polares e geleiras 5 colheres de sopa 2,1

Subsolo 1,5 colheres de sopa 0,6

Lagos Salgados 2 gotas 0,1

Lagos não salgados 2 gotas 0,1

Umidade do solo 1 gota 0,05

Atmosfera 1/5 de uma gota 0,01

Rios 1/50 de uma gota 0,001

Page 51: Unidade Didática

51

TEXTO DE APOIO PARA OS EDUCANDOS:

Se pudéssemos olhar a Terra de cima, veríamos uma grande esfera azul: é porque o mar toma conta de quase todo o planeta. Os oceanos

compõem cerca de 70% da superfície da Terra, e os continentes ocupam o restante. Ou seja: quase 2/3 do planeta são cobertos de água.

Mas a maior parte desse montão de água é imprópria para consumo. Do

total, 97% é água do mar, muito salgada para beber e para ser usada em processos industriais; 1,75% está congelada na Antártica, na região do pólo Norte e em outras geleiras; 1,243% fica escondida no interior da

Terra. Sobram apenas 0,007% de água boa para ser usada. O planeta Terra possui mais água do que qualquer outra substância em

sua estrutura. A camada externa da Terra é dura e rochosa e tem até 60 quilômetros de espessura. Embaixo dos oceanos essa crosta não é tão grossa, e chega a 8 quilômetros.

A água é também muito importante para a vida dos animais, pois eles dependem dela para a respiração, a digestão e a reprodução, e o mesmo acontece com o homem. Grande parte do corpo humano é feita de água, assim

como em todos os outros seres vivos: é o elemento em maior quantidade nas células e no sangue dos animais e também na seiva das plantas.

Sem água, o planeta seria uma imensidão sem vida!

IMÁGEM DE APOIO:

Page 52: Unidade Didática

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XI REFLEXÕES Observação dos dias 14 e 15 de abril. - 1ª aula

Plano de aula pronto! Orientação com a Orientadora feita! Agora era a hora esperada, ir á

Escola e materializar todas estes planejamentos que estavam no plano das idéias. Pela manhã liguei

para a profª Sílvia para confirmar a minha presença. Disse a ela que estava tudo OK. À tarde lá

estava eu, cheguei bem antes del@s em sala. Abri as janelas, arrumei meus matérias, dei uma mexida

ali, acolá... A menina que abre as salas me avisou que o profº deveria ir até o portão para chamar os alunos, contudo quando fui buscá-los, eles já estavam nos corredores da Escola.

Bom! - Boa tarde, galera!

A resposta foi calorosa...

Minha primeira ação foi no sentido de me apresentar. Disse quem eu era. De onde vinha. Da

importância dos estudos para mim, e principalmente... o que eu estava fazendo ali. Falei um pouco

sobre a universidade pública, também. Depois foi a vez del@s, escutei cada um, olhei no olho de cada um... alguns riam. Alguns mais tímidos. Outro sério, perguntei se gostavam de estudar ciências... notei

que muitas respostas vieram no sentido de estudar o corpo humano... essa é um curiosidade dessa

fase, né?

Depois da conversa, iniciamos a aula. Comecei na lousa, o que eles entendiam sobre solos... o

que constitui os solos? Eu sempre me surpreendo... pois como gosto de dizer... El@s voam, pois tem um

potencial enorme, e as boas repostas sempre me surpreendem.

Fiz alguns desenhos... me perguntaram se eu gostava de desenhar. Disse que sim. Fiz algum esquema. O primeiro momento correu tranqüilamente. Digo, muitas questões, conversas, diálogos,

troca de idéias...Ali me firmei com a turma.

No segundo momento a leitura do texto de apoio... Muitos queriam ler, alguns não.

Terceiro momento. Observando com a lupa os diferentes solos. A turma ficou dividida em 5 grupos.

Lupas nas mão. Todos queriam ver. Três amostra de solo... Uma com muita matéria orgânica. Outra

com pouca. A última sem matéria orgânica. Tiveram cerca de 20min para observar. Tive que ensiná-l@s a usar a lupa. Nesse momento minha voz se elevou.... a turma estava agitada. Refletia a

importância do planejamento para que tudo corra em um metodologia melhor. Pensei no método

Ciêntífico. Pensei em Alfabetização Ciêntífica e nos textos que líamos nas aulas da Lavínia.

Depois pergutei-@s se gostaram. A resposta foi afirmativa.

Fui embora dormir com o kaike na rede.

Agora (20h) atravesso o canal da Laguna dos Patos para ir para o pré-enem em São José do Norte. Mais trabalho lá. Muita água debaixo dessa lancha. Algumas luzes.. umidade no ar, acho que vai

dar chuva. Cabelos ao vento. Liberdade também é estado de espírito. Me sinto bem

―Ninguém pode educar alguém.

Alguém pode educar a si mesmo

A verdadeira educação é intransitiva, ou reflexiva, subjetiva. Nem o próprio Cristo consegui

alo-educar seus discípulos. O que o Mestre fez, foi

mostrar o Caminho‖ (O PROBLEMA PARADOXAL NA

EDUCAÇÃO)

Page 53: Unidade Didática

53

Dias 5 e 06 de maio. - Recursos naturais não renováveis

Pensar e aplicar uma aula de recursos naturais renováveis foi muito interessante.

Realmente demandou de pesquisa da minha parte. Principalmente de planejamento prévio,

diálogos e provocações com a orientadora do estágio. Os planejamentos das aulas estão me

tomando um tempo elevado, tento fazer o melhor possível para que tenha significado para a

turma. Ao mesmo tempo busco fazer um exercício de imaginar-me no lugar deles e pensar

que tipo de aula eu acharia mais interessante. Quinta feira foi a primeira observação. A profª

Paula presente em sala, é um desafio para qualquer acadêmico. Mesmo que pensemos que

seremos naturais ou que imaginemos que faremos tudo conforme foi planejado. Entretanto

me senti a vontade, e creio que a aula fluiu naturalmente, e até melhor do que tinha em

mente.

Iniciamos as aulas com um pequeno flashback dos conteúdos estudados nas semanas

interiores. No 1º momento colocamos os três recursos naturais não renováveis mais utilizados

atualmente na lousa. Começamos a estudar suas origens, suas aplicações na indústria. Falamos

no contexto mundial de utilização destes e como tem sido utilizado na tecnologia atual.

Carvão mineral, gás natural e petróleo. Acredito que muitas pessoas da turma não

sabiam que a garrafa pet é um derivado do petróleo. Falamos do derramamento de petróleo

no golfo do México e a orientadora participou dos diálogos provocando as reflexões da turma.

Num 2º momento fizemos a leitura do texto. Destaco esta parte como uma das mais

importantes em minhas atividades quanto educador, pois se os educando não lêem nas suas

casas, é no colégio que eles devem ser familiarizados com a leitura. Aprendi este método com

a profª Sílvia.

Já na sexta-feira não consegui aplicar o início do próximo conteúdo, tendo em vista

que era fechamento de notas e restavam ainda trabalhos a serem entregues. Participei da

avalição de cada um da classe. Dialogamos sobre os trabalhos que foram entregues e notas

qualitativas. Dois educandos iriam ficar em exame, contudo a profº Sílvia solicitou que els

fizessem um trabalho em sala. Então decidi não avançar no conteúdo devido estes ajustes de

final de bimestre. Propus a turma que em uma folha, colocassem seus nomes e fizessem um

pequeno texto de sua avaliação das aulas de ciências, o que desejavam estudar nas próximas

aulas e fizessem uma auto avaliação de sua própria nota do bimestre:

O resultado foi fantástico. (busquei expressá-los em gráficos), com base nos textos que

eles próprios escreveram. EM ANEXO.

Finalmente concluímos os estudos de solos. Creio ter cumprido com a proposta de

mostrar para a turma que a fertilidade dos solos é fundamental para o desenvolvimento da

humanidade. Tentei mostrar para turma que um solo fértil é aquele que sustenta a diversidade

da vida. E que nós podemos estar colaborando com o esgotamento dessa fertilidade.

Page 54: Unidade Didática

54

43%

29%

14%

14%

o que mais gostamos de estudar nas aulas de ciências

aula prática solos recursos naturais composteira filmes

10%

20%

50%

10%

10%

o que desejamos estudar

estudar o mundo corpo humano animais e florestas pesquisas agua

17%

17%

33%

33%

Auto avaliação

conversa em sala atenção leitura positivamente

Page 55: Unidade Didática

55

Dias 12 e 13 de maio. - planeta água

Pensar em água é pensar na vida...

Falar sobre água em nossas aulas de ciências ao mesmo tempo é falar sobre um futuro

próximo e incerto para esse recurso finito.

Esse recurso natural que iniciamos os estudos e minhas próximas reflexões com a 6ºB

da Escola Porto Seguro, é a substância essencial que constitui todos os organismo biológico.

Planejar esta aula sobre água foi difícil pra mim. Não queria simplesmente reproduzir

aquela frase que estamos acostumados a escutar: “água límpida, inodora e incolor”.

Entretanto, para sair desse paradigma e dessas idéias já enraizadas nos espaços educacionais,

nas escolas, nos cursos, ir para um estudo contextualizado e que mantenha a atenção dos

pequenos nas explicações e que desperte a curiosidade é o meu maior desafio.

O meu medo a cair nas armadilhas do comodismo e de me conformar com o formato

que está aí.

No dia 12, iniciamos refletindo a importância da água. Percebi que muitos del@s têm a

consciência da sua importância no dia-dia das pessoas. Relataram: “água para beber” “água

para escovar os dentes e tomar banho”. “Água é importante para cozinhar e fazer sucos.”

Então trouxe a questão que havíamos conversado sobre as garrafinhas de H2Oh! Por

que este nome? As respostas foram: - Por que é água professor!” Momento este que linkamos

a fórmula química, a molécula da água. Percebi também dificuldades na questão de entender

átomos e elementos a níveis químicos. Falei pouco sobre e não quis adentrar mais.

Percebo também que devemos medir as coisas para uma 5ª série. Tem coisas que eles

não estudaram ainda. Posteriormente fizemos a leitura do material impresso. Fiz a chamada

por nomes para eles fazerem as leituras. Alguns ainda apresentam resistência em ler. Acabo

dizendo a El@s: “pessoal, aqui todos estamos apreendendo, inclusive eu!” Este momento da

leitura continua a pensar ser fundamental.

Estavam bem agitados neste dia. Em determinado momento perdi a concentração de

forma a dizer que a molécula é formada de 2 oxigênio e 1 hidrogênio. Humildemente relato

isso, mas realmente a turma neste dia, me fez eu dizer este absurdo, pois havia conversas

paralelas por todos os lados.

Deixei para casa que eles fizessem um desenho de como a água está inserida em

nossos cotidianos.

Trouxeram trabalhos maravilhosos! Fazendo o link com fotossíntese e raiz das árvores.

Link com a pesca também.

No nosso próximo encontro iniciei com a história do primeiro astronauta que olhou

para o Planeta, visualizando toda aquela imensidão azul. Por que não Planeta água?

Page 56: Unidade Didática

56

Não ficamos em sala. Fomos ao laboratório, pois desejava passar o vídeo sobre a

gotinha. A turma gostou muito. Uma música legal + desenho animado = acho que acertei nesta

aula! A partir do vídeo falamos nos estados físicos, pois a gotinha passa pelos três estados tão

bem mostradas naquela animação. Solicitei que fizessem ali mesmo um pequeno relato sobre

o vídeo. Ainda não corrigi. Todos entregaram.

Tenho avaliado a turma pelos trabalhos feitos em sala. Todas as aulas realizamos

exercícios e trabalhos. A maioria entrega. A avaliação é permanente. Quando há tempo vejo os

cadernos também. Coloco um visto. Estou conectado a El@s.

Estados físicos da água e Ciclo da água ―- Professor! As nuvens são de algodão?‖

Depois do contratempo da quinta-feira, tivemos que fazer algumas alterações no plano. Pois a experiência das mudanças dos estados físicos iriam passar para a segunda feira. Na sexta ao chegar

em sala percebi que todos não estavam em seus lugares como costumava ver. Percebi que a mudança

foi meio radical, pois até os alunos educados não estavam sentados nos lugares de costume, ou seja...

devido a conversa trocaram ―as duplinhas‖ de seus lócus!

Sexta a aula ocorreu de forma expositiva e explicativa. Conversamos sobre os estados

físicos e a organização das moléculas. Busquei mostrar para el@s que no estado sólido a força de ligação entre as moléculas de água é intensa, e as moléculas vibram pouco. Por isso a dureza o cubinho

de gelo. Já no estado líquido a força de ligação entre as moléculas é mais fraca que no estado sólido e

as moléculas vibram e deslizam uma sobre as outras, por isso entendemos a fluidez da água.

Entretanto no estado gasoso a força de ligação entre as moléculas de água é muito reduzida, as

moléculas movem-se livre e desordenadamente.

Terminamos como a leitura do livro. Percebo que mesmo com as dificuldades, alguns que não

faziam a leitura antes, agora já estão perdendo o medo e lendo para os colegas. Eles entregaram-me um trabalho que solicitei: um desenho representando o quanto a água é

fundamental para nossa vida; No mesmo dia fiz um comentário no trabalhinho deles. Procuro sempre

comentar e colocar um visto e um comentário na folhinha de cada um. É um dos poucos momentos que

posso escrever e me comunicar com aquel@ em específico.

Na segunda feira cheguei bem antes da aula. Precisei de um pouco de tempo para organizar o

experimento e ir para sala de informática ligar os PCs do Projeto Escuna, e colocar no site (ciclo da água). Às 16h fui na turma e combinei previamente com todos atenção para aquela aula pois

trabalharíamos com água quente e fogo da lamparina. Eles responderam positivamente. Fomos ao

laboratório. Arrumei uma mesa central onde estava o experimento montado ao redor dispus bancos

para que todos sentassem.

Creio ter conseguido os objetivos, a turma se manteve em silêncio, atentos e questionadores

o tempo todo. Discutimos as principais mudanças de estado físico, também ponto de fusão e ebulição e suas respectivas temperaturas. Muitos queriam tocar na placa-de-petri para ver a temperatura.

Relacionamos algumas coisas com o ciclo, por ex.: a placa com gelo (frente fria chegando) cobrindo o

recipiente e ocasionando a condensação, a chuva. Vinícius percebeu que dentro do recipiente o vapor

fazia um circulo, ele achou fantástico.

Page 57: Unidade Didática

57

As merendeiras pediram que na próxima experiência convide elas para observar. Elas

forneceram o gelo e a água quente. No laboratório dispus um computador por dupla: expliquei previamente o objetivo da aula e o

trabalhinho no final. Visualizamos o ciclo completo da água, de modo interativo e animado. As duplas

trabalharam bastante. Muitas coisas que não havia falado em sala foram explicadas pelo programa.

Realmente a informática vem a colaborar com a educação nesse sentido. E tenho que salientar que

este programa é realmente ótimo para se estudar... bem interativo e dinâmico. Acredito que eles

gostaram.

Depois do laboratório retornamos a sala e perguntei quantas vezes el@s foram no laboratório de informática este ano. A resposta foi: Esta é a 1ª vez professor!

Page 58: Unidade Didática

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Distribuição da água ―- Experimento dos potes representativos‖

Segunda-feira estudamos a distribuição da água no planeta. Quando

cheguei na escola a coordenadora da manhã veio avisar-me que a supervisora já

estava a minha espera. As professoras e d+ trabalhadores da escola têm me

tratado muito bem e com um carinho especial, estou feliz em estar fazendo meu

estágio na Escola. Quando fui escolher o local, que foi uma orientação do meu

colega Paulo, o que atraiu minha atenção naquela escola foi justamente o nome:

Porto Seguro! Logo pensei:‖é aqui.‖

_____________________________________________________________

Iniciamos a aula com as classes dispostas em ―U‖. Notei que ficou mais

dinâmico o dialogo com esse formato de disposição das cadeiras em sala.

Começamos com a reflexão da distribuição da água no universo. Foi difícil

iniciarmos a aula, pois a turma estava realmente agitada. Na medida do possível fui

escrevendo alguns tópicos na lousa, solicitei que escrevessem no caderno pois foi

uma forma que encontrei para que el@s ficassem em silêncio.

No primeiro momento fizemos uma rodada de reflexão e questionamentos,

onde procurei fazer os educandos pensarem a qualidade da água no planeta, assim

como sua distribuição nos seus 3 estados físicos. Busquei trazer um link com o

ciclo da água, no sentido de que se estamos poluindo um rio, também estamos

poluindo a atmosfera e os oceanos. Minha intenção foi fazê-l@s compreender o

nosso papel de preservar água. Isso posteriormente veio nos relatos dos

trabalhinhos que me entregaram ao final da aula.

Page 59: Unidade Didática

59

Percebo que ficou claro essas idéias em nossa aula prática, através do

experimento dos potes que representavam locais onde encontramos água: oceano,

calotas polares, subsolos, lagos, atmosfera, rios.

―- Mas é só uma gotinha professor?‖ sim, essa é a proporção que representa

a água doce!‖

Depois colocamos um pinguinho de corante em cada pote representando a

poluição, então podemos perceber que poluindo um local estaremos afetando o ciclo

todo. Acredito que esta prática é muito interessante para percebemos a relação

entre o homem e seus efeitos nocivos. Pretendo multiplicar esta prática diversas

vezes em ocasiões diversas.

Tenho notado que os últimos períodos da tarde é mais difícil de

desenvolvermos a prática educativa, tendo em vista que os educand@s estão mais

agitados e ―cansados‖... A Profª Suzana fez sua observação, me senti muito

tranqüilo, e participou das atividades com a turma. Estou contente por estar

concluindo meu Estágio III, ainda resta alguns dias... Estou planejando algo para o

último dia.

16 e 17 de junho.

- Revisão e exercícios.

Na quinta feira percebi que tinha um aluno novo em sala. Primeiramente

apresentei-me a ele e boas vindas. Nesse dia fizemos a revisão dos conteúdos em

duplas, assim ele já se enturmou com um coleguinha e levou o caderno para casa.

Coloquei os tópicos no quadro para que soubessem quais as matérias que deverão ser

estudadas para a nossa avaliação neste bimestre. Depois discutimos os pontos da nota

qualitativa.

Page 60: Unidade Didática

60

Iniciamos a aula dialogando os conteúdos que estudamos neste 2º bim. A

molécula da água, importância, conservação e uso do recurso natural. Fizemos um

pequeno esquema dos estados físicos e as mudanças. Terminamos o primeiro período

estudando o ciclo da água. Fizemos a reflexão das aulas práticas e aquele experimento

com os potes que representavam a quantidade de água no Planeta Terra.

No final dediquei a minha fala em parabenizar a equipe que participou da

Gincana. De um total de 26 alun@s, participaram da gincana apenas 15 ou 16. Falei da

importância de trabalharmos em equipe e termos um propósito em comum. Iniciei esta

aula com a seguinte frase mo quadro:

―Um sonho que se sonha só, é só um sonho

que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é

realidade‖ - Raul Seixas.

Na Sexta Feira entreguei as folhinhas de exercícios, no inicio el@s

questionaram-me a quantidade de folhas. “ - quatro folhas (sor!)... será assim na prova!

Tranqüilizei a turma, disse para não pensar na avaliação, e sim fazer aqueles exercícios

com atenção que era a nossa meta naquele momento. Sentamos em círculos, solicitei

que a turma colocasse as classes em círculos, como essa aula é na sexta feira, nos dois

últimos períodos, el@s já estão cansados e suados da brincadeira recreio, então é

importante fazer um método mais dinâmico e interativo para centrar um pouco da

atenção que resta d@s alun@s. Na correção dos exercícios percerbi e venho

constantemente notando que o grande problema dos alunos é a leitura e compreensão

dos textos e enunciados. Muit@s apresentam uma certa preguiça de fazer as leitura e

desmotivação para fazer o encadeamento dos pensamentos e formular um raciocínio

lógico.

Percebo que a leitura é a grande demanda da educação atual, não adiantará

grandes avanços e políticas progressistas se não afinarmos a leitura desses jovens e

adultos que educamos.

Page 61: Unidade Didática

61

9 e 10 de junho. - 4ª Gincana ECOLÓGICA DA ESCOLA.

Sabe... me senti lisonjeado, pois a turma escolheu-me como professor

responsável na Gincana da Escola. A equipe denominou-se de PLANETA

SUSTENTÁVEL, e reconheci um pouco do trabalho que realizamos com @s

pequen@s. Neste momento notei que ao mesmo tempo el@s são grandes, como eu

pouco imaginava. Quinta feira cheguei em sala e estavam ansiosos aguardando-me para

mostrar os instrumentos feitos de recicláveis. “ – Quanta criatividade, querida leitora!”

Me surpreendo com o potencial del@s, e isso realmente me fascina.

Depois veio o momento de ensaiarmos a música. Composição própria de uma

educanda Maria Izabel. A música falava de qualidade de água. Falava de poluição. A

música falava do Chico Mendes. Lembro que certo dia dialoguei com a turma sobre

aquele acontecimento dramático que aconteceu há poucos dias com o casal que foi

assassinado recentemente (O casal José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo), por

estarem denunciando o corte de castanheiras ilegal no Pará.

Neste dia comentei sobre a história de Chico Mendes contextualizando a

importância de estudarmos o Meio Ambiente e conservação dos recursos naturais... e

percebo agora que isso foi muito importante para a turma.

(fotos registrada por José e Maria – PA, fonte: terramagazine)

Page 62: Unidade Didática

62

No dia da Gincana, vi o quanto é bonito o trabalho do coletivo todo. A

integração do grupo. Todos com o propósito de ter um bom resultada. Destaco aqui o

excelente trabalho da profª Sílvia, pois organizou a 4ª gincana com outras profªs.

Quanto isso é importante! Me vejo em um futuro próximo também organizando

esse mesmo tipo de evento nas escolas que for trabalhar.

Percebo que nestes momento a troca entre os alunos e o profº é mais efetiva, sem

os horários e os conteúdos a serem cumpridos. Essa forma de pensar o ensino mais

dinâmico com jogos, brincadeiras, música.. é por aí que deveremos caminhar no futuro

querid@s leitor@s, já estamos cansados de permanecer calados e sentados nestas

classes desconfortáveis. As coisas estão acontecendo, o tempo está passando, as

castanheiras do Pará estão caindo... E pessoas que amam e tem seus corações e ações na

Natureza acabam sendo queimadas com próprio carvão que é feito da árvore milenar

cuja centelha do fogo é a hipocrisia e ignorância deste homem capitalista pós moderno

globalizado irracional!

Nesta altura da madrugada só me resta o desabafo e minha consciência verde,

pois emanei o melhor possível de mim para 6B da Escola Porto Seguro. Foram planos

de aula bem planejados, discutidos e dialogados com uma pessoa muito rica e especial

que também tive a oportunidade de vivenciar e fazermos algumas trocas.

XII CONTEÚDOS:

XII a. CONCEITUAIS:

Características de alguns componentes do solo.

Camadas do solo e Rocha matriz.

Adubação Orgânica

Adubação Verde

Adubação Inorgânica

Irrigação, drenagem e acidez.

EROSÕES no solo.

Tipos de erosões: Erosão pela água, Erosão pelo vento.

Praticam agrícolas ecológicas e amigas da terra.

Recursos RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS.

Produtos Renováveis e Não Renováveis.

Reciclagem para desenvolvimento sustentável.

Combustíveis fósseis.

Consumo consciente de combustíveis fósseis.

Page 63: Unidade Didática

63

Significado da palavra petróleo.

Formação do petróleo.

Gás natural.

Carvão mineral

O que é água.

As importâncias da água.

Como e por que preservar a água.

Ciclo da água na natureza.

Precipitação da chuva.

Infiltração.

Quantidade de água no planeta.

Definir água doce e salgada.

Quantidade de água Doce.

O planeta azul.

Águas subterrâneas e calotas polares

Universo e água.

Relação seres humanos x Consumo de água.

XII b. ATITUDINAIS:

• Expressar-se oralmente frente aos colegas;

• Respeito pelos colegas;

• Capacidade de realizar atividades em grupo;

• Entrega dos trabalhos nas datas marcadas.

XII c. PROCEDIMENTAIS:

• Desenvolver trabalho de leitura e escrita;

• Realização de exercícios escritos;

• Realização de trabalhos em grupo;

• Questionamentos que dirijam o aluno a uma reflexão do assunto em

questão;

• Realização de aulas com experimentos;

• Apresentação de vídeos no multimídia;

• Utilização de mapas e de banners;

• Participação na Gincana Ecológica.

Page 64: Unidade Didática

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XIII AUTO AVALIAÇÃO:

Fizemos o possível para planejar e desenvolver aulas de qualidade.

Mesmo assim notei que alguns educandos carregam deficiências na leitura e

compreensão de textos e/ou exercícios. Nesse sentido gostaria de ter mais

tempo e atenção para meus educandos. É o mesmo problema que evidencio

nos cursos pré universitários para adultos.

Conseguimos desenvolver algumas aulas no laboratório de informática

da escola, e percebi que isto foi uma conquista pois os educadores não

costumam realizar aulas no laboratório de informática, e acabam não

fazendo o movimento de inclusão digital nas escolas como é previsto nas

políticas públicas.

XIV CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Fiquei feliz em concluir o estágio na escola Porto Seguro e ter feito

muit@s amig@s. Senti-me muito a vontade com a professora titular da

disciplina para propor atividades, e neste sentido tenho muito a agrader a

Silvinha.

Gostaria que a turma 6B depois da vivência que compartilhamos

levasse a sério os livros e os estudos. Notei que muit@s del@s tem um

potencial fantástico. E acredito nisso.

Na primeira vez que entrei em sala de aula para desenvolver uma

atividade, na função de professor. Venho-me um sussurro no ouvido!

- Você achou a fonte de juventude!

Vamos em frente...

Page 65: Unidade Didática

65

XVI Referências:

STEINBERG, Shirley ; KINCHELOE, Joe (Orgs.) Cultura infantil: a

construção corporativa da infância. Rio de Janeiro: Ed. Civilização

Brasileira, 2001.

GADOTTI, M. Histórias das idéias pedagógicas. Ed. Ática, SP 2008.

BRASIL – Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares

nacionais – Meio ambiente e Saúde. Brasília, 1997.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Introdução aos

Parâmetros curriculares Nacionais/ Secretaria da Educação Fundamental –

Brasília: MEC/SEF, 1997. 126p;

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS:. Parte III Ciências da

Natureza, Matemática e suas Tecnologias.

SOUSA SANTOS, BOAVENTURA (1987) – Um discurso sobre as

Ciências; Edição Afrontamentos; Porto; 1988.

BORBA, MARCELO C. e PENTEADO, Miriam Godoy - Informática e Educação Matemática - coleção tendências em Educação Matemática - Autêntica, Belo Horizonte -

2001

BLOCH, E.O princípio esperança. v.1 Rio de Janeiro: EdUERJ:

Contraponto, 2005.

EDGAR MORIN, Os sete saberes necessários a educação do Futuro.

LÉVY, Pierre - A inteligência Coletiva - por uma antropologia do ciberespaço - Edições

Loyola, São Paulo , 1998.

FREIRE, P, Pedagogia da indignação; Editora Unesp, São Paulo, 2000.

KRASILCHICK, Myriam. Prática Ensino em Biologia. São Paulo: Ed.

USP. 2008.

Page 66: Unidade Didática

66

XVII ANEXOS:

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Page 69: Unidade Didática

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http://biosul.blogspot.com

Neste blog busquei colocar algumas reflexões, exercícios e fotos da

turma, As ferramentas da web estão a disposição dos futuros profissionais

em educação. Vamos utilizá-las.