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TROVADORISMO

Trovadorismo

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TROVADORISMO

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TROVADORISMO:

Conjunto de manifestações literárias contemporâneas à primeira dinastia – a dinastia de Borgonha (1109-1385).

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MOMENTO HISTÓRICOPrimeira fase da história de Portugal: séculos XII a XIV

1095: O rei Afonso VI, de Leão e Castela, concede o condado Portucalense a seu genro Henrique de Borgonha

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• 1109-1385: Dinastia de Borgonha. Declínio do feudalismo.

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• 1139: D. Afonso Henriques, filho e sucessor de Henrique de Borgonha, após vencer os mouros em batalha, declara a independência do condado Portucalense e proclama-se rei. É o início da 1ª dinastia.

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• Reconhecimento da independência de Castela (tratado de zamora).

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Fim da Revolução de Avis; D. João I é aclamado rei de Portugal; início da dinastia de Avis.

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CRONOLOGIA DO TROVADORISMO

• INÍCIO: 1189 (ou 1198?) – Cantiga da Ribeirinha, Paio Soares Tavares.

• FIM – 1385 – Fim da dinastia de Borgonha.

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A POESIA TROVADORESCA

• A poesia não era escrita para ser lida por um leitor solitário;

• Era cantada (daí o nome de cantiga);• Devemos considerar as cantigas como poesia

intimamente ligada à música, própria para apresentações públicas.

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Chamamos de poesia trovadoresca à produção poética, em galego-português, do final do século XII ao século XIV. Seu apogeu ocorre no reinado de Afonso III, pelos meados do século XII.

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OS CANCIONEIROS • Cancioneiro da Ajuda;

• Cancioneiro da Vaticana;

• Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa

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OS AUTORES• Os autores das

cantigas são chamados trovadores.

• Eram pessoas cultas, quase sempre nobres.

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OS INTÉRPRETES

• Jogral;• Segrel;• Menestrel ;

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CARACTERÍSTICAS DAS CANTIGAS

Língua: galego-português;Tradição oral e coletiva;Poesia cantada e acompanhada por instrumentos musicais, colecionadas em cancioneiros;Autores: trovadoresIntérpretes: jograis, segréis e menestréis;Gêneros: lírico e satírico.

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GÊNEROS cantigas de amorLÍRICO cantigas de amigo

cantigas de escárnioSATÍRICO cantigas de maldizer

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Características das cantigas de amor

• Voz lírica masculina.• Tratamento dado a mulher mia senhor.• Expressão da vida da corte.

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• Convenções do amor cortês:a. idealização da mulherb. vassalagem amorosa.c. expressão da coita.

• Origem provençal.

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Características da cantiga de amigo

• Voz lírica feminina.• Tratamento dado ao namorado amigo.• Expressão da vida campesina e urbana.• Realismo fatos comuns da vida cotidiana.

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• Amor realizado ou possível – sofrimento amoroso.

• Simplicidade – pequenos quadros sentimentais.• Paralelismo e refrão. • Origem popular e autóctone (isto é, na própria

Península Ibérica.)

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Características das cantigas satíricas

• Cantigas de escárnio• Indiretas• Uso da ironia e do equívoco

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De vós, senhor, quer’eu dizer verdadee nom ja sobr’[o] amor que vos ei:senhor, bem [moor] é vossa torpicidadede quantas outras eno mundo sei;assi de fea come de maldadenom vos vence oje senom filha dum rei[Eu] nom vos amo nem me perderei,u vos nom vir, por vós de soidade[...]

(Pero Larouco)

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Tradução:

Sobre vós, senhora, eu quero dizer verdadee não já sobre o amor que tenho por vós:senhora, bem maior é vossa estupidezdo que a de quantas outras conheço no mundotanto na feiúra quanto na maldadenão vos vence hoje senão a filha de um reiEu não vos amo nem me perdereide saudade por vós, quando não vos vir.

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Cantigas de maldizer• Diretas, sem equívocos.• Intenção difamatória• Palavrões e xingamentos.

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Maria Mateu, daqui vou desertar.De cona não achar o mal me vem.Aquela que a tem não ma quer dare alguém que ma daria não a tem.Maria Mateu, Maria Mateu,tão desejosa sois de cona como eu!

Quantas conas foi Deus desperdiçarquando aqui abundou quem as não quer!E a outros, fê-las muito desejar:a mim e a ti, ainda que mulher.Maria Mateu, Maria Mateutão desejosa sois de cona como eu!

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• Conheceis uma donzelapor quem trovei e a que um diachamei de Dona Beringela?nunca tamanha porfiavi nem mais disparatada.Agora que está casadachamam-lhe Dona Maria.

Algo me traz enjoado,assim o céu me defenda:um que está a bom recato(negra morte o surpreendae o Demônio cedo o tome!)quis chamá-la pelo nomee chamou-lhe Dona Ousenda.

Pois que se tem por formosaquanto mais achar-se pode,pela Virgem gloriosa!um homem que cheira a bodee cedo morra na forcaquando lhe cerrava a bocachamou-lhe Dona Gondrode.

Dom Afonso Sanches