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1 UATANLE, Delfim Anacleto. In: PROJECÇÃO DA FUTURA GRAMÁTICA MOÇAMBICANA Introdução Neste pequeno trabalho pretende-se trazer, de forma resumida, um dos principais elementos dos textos literários, a narrativa ou então o texto narrativo. Numa primeira fase irá se definir, caracterizar, e apontar-se os elementos e a estrutura deste tipo de texto. Apresentar-se-ão depois, algumas figuras de estilo recomendadas pelo docente e finalmente, mostrar-se-ão os métodos pelos quais se deverão seguir para a elaboração de uma bibliografia, também chamada de Referencia bibliográfica. Para elaboração deste, optou-se pelo método de pesquisa documental de algumas obras que contem informações relevantes a este tema.

Texto narativo trabalho

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1 UATANLE, Delfim Anacleto. In: PROJECÇÃO DA FUTURA GRAMÁTICA MOÇAMBICANA

Introdução

Neste pequeno trabalho pretende-se trazer, de forma resumida, um dos principais

elementos dos textos literários, a narrativa ou então o texto narrativo. Numa primeira

fase irá se definir, caracterizar, e apontar-se os elementos e a estrutura deste tipo de

texto. Apresentar-se-ão depois, algumas figuras de estilo recomendadas pelo docente e

finalmente, mostrar-se-ão os métodos pelos quais se deverão seguir para a elaboração de

uma bibliografia, também chamada de Referencia bibliográfica.

Para elaboração deste, optou-se pelo método de pesquisa documental de algumas obras

que contem informações relevantes a este tema.

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2 UATANLE, Delfim Anacleto. In: PROJECÇÃO DA FUTURA GRAMÁTICA MOÇAMBICANA

1. Narração

De acordo com o Dicionário electrónico da Língua Portuguesa (Coca cola), narração

significa a exposição verbal ou escrita de um ou mais factos, conto, história etc., ou seja,

é um tipo de texto que esboça as acções de personagens num

determinado tempo e espaço. Ela consiste em arranjar uma sequência de factos na qual

os personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa.

1.1 Texto narrativo

O texto narrativo é baseado na acção que envolve personagens, tempo, espaço e conflito

e os seus elementos são: narrador, enredo, personagens, espaço e tempo. Faz parte da

família Narrativa, um dos géneros fundamentais da literatura. Para a sua construção,

obedece-se a estrutura que mais adiante, no ponto 2, iremos ver:

2. Estrutura da narrativa

Apresentação: Introduz o assunto bem como os seus personagens que nele irão

participar;

Desenvolvimento: é o desenrolar da acção;

Clímax: Momento determinante da acção a partir do qual irá surgir o desfecho ou

esclarecimentos dos acontecimentos da história;

Desfecho: Também chamado de desenlace, é a conclusão das cenas arroladas na

narrativa.

3. Elementos do texto narrativo ou da narrativa

Narrador - Quem narra ou conta a história. E ele (o narrador) divide-se

em: narrador-observador; narrador personagem e narrador- omnisciente.1

Narrador-Personagem também, chamado de participante, narra a história na

1ª pessoa. Ou seja ele é um personagem e participa da história.

Narrador-Observador - esse tipo de narrador conhece os factos porém, não

participa da acção. Neste caso narra-os na 3ª pessoa.

Narrador-Omnisciente - Esse narrador conhece todos os personagens e a

trama. Nesse caso, a história é narrada na 3ª pessoa e quando apresenta fluxo

de pensamentos dos personagens, a acção é narrada na 1ª pessoa.

1 Dicionário electrónico da Língua Portuguesa (Coca cola),

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3 UATANLE, Delfim Anacleto. In: PROJECÇÃO DA FUTURA GRAMÁTICA MOÇAMBICANA

Enredo - É a estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se desenrolam as

acções.

Personagens - figuras fictícias que participam do enredo, da história; São aqueles

que compõem a narrativa. Podem ser pessoas, animais., etc. Esses participantes

podem ser classificados em:2

Personagens Principais – aqueles que são protagonistas e antagonistas da

narração

Personagens Secundários - Auxiliar ou Assistente.

Tempo - Marcação do tempo, data, momento, dentro da narrativa. O tempo

pode ser Cronológico ou Psicológico.

Espaço - Local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer

num Ambiente Físico, Ambiente Psicológico ou Ambiente Social.

4 Tipos de Discurso Narrativo

Discurso Directo - No discurso directo, a própria personagem fala.

Discurso Indirecto - No discurso indirecto o narrador interfere na fala da

personagem. Em outras palavras, é narrado em 3ª pessoa uma vez que não

aparece a fala da personagem.

Discurso Indirecto Livre - No discurso indirecto-livre há intervenções do narrador e

das falas dos personagens. Nesse caso, funde-se o discurso directo com o indirecto.

5. Exemplo de Texto Narrativo

O Cavalo e o Burro

“Cavalo e burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo, contente da vida,

folgando com uma carga de quatro arrobas apenas. E o burro ‒ coitado! Gemendo

sob o peso de oito. Num certo ponto, o burro parrou e disse:

2 Dicionário electrónico da Língua Portuguesa (Coca cola),

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4 UATANLE, Delfim Anacleto. In: PROJECÇÃO DA FUTURA GRAMÁTICA MOÇAMBICANA

− Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o

peso irmanamente, seis arrobas para cada um.

O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.

− Ingénuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso bem continuar

com as quatro? Tenho cara de tolo?

O burro gemeu.

− Egoísta! Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga das quatro

arrobas mais a minha.

O cavalo pilherio de novo e a coisa ficou por isso. Lago adiante, porém, o burro

tropica, vem ao chão e rebenta.

Chegam os tropeiros, maldizem da sorte e sem demora arrumam as oito arrobas do

burro sobre as quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote

em cima, sem dó nem piedade.

− Bem feito ! – exclamou um papagaio. Quem o mandou ser mais burro que o

pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era alivia-lo da carga em

excesso? Tome! Gema dobrado agora…”

LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasileirense, 1994.

6. Figuras de estilo

O Dicionário da língua portuguesa Aurélio refere que Figura de estilo é forma de

expressão com permitidas alterações fonéticas, morfológicas ou sintácticas.

Lendo a fabulazinha do ponto 5, conseguimos notar que está patente o uso da fala por

parte de animais, ou seja de seres inanimados, uma característica única e exclusiva dos

seres humanos. Neste caso, estamos diante da personificação chamado também de

prosopopeia ou ainda metagoge. Esta figura de estilo consiste, como já referenciamos

anteriormente, em atribuir características de seres animados a seres inanimados ou

características humanas a seres não-humanos. Exemplos disso é o que veremos à seguir:

A floresta gesticulava nervosamente diante do lago que devorava”; As estrelas sorriem

quando você também sorri.

Ora, gesticular nervosamente e sorrir são características do ser humano e não da floresta

e estrelas, respectivamente. Daí a personificação.

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Metáfora: emprego de uma palavra ou frase em sentido figurado em que a sua

significação natural se transporta para outra em virtude da relação de semelhança que se

subentende. Ou então palavra que se emprega fora do seu sentido real, literal,

denotativo3.

Exemplo: A Maria não se dobrou às desculpas do namorado que a deixou esperando

por uma hora.

Repetição também chamada de pleonasmo4: é uma figura literária que consiste na

redundância de palavras para expressar uma ideia.

Exemplo: Parece-me a mim, entra para dentro, etc.

7. Bibliografia

É um termo generalizado para designar a listagem das fontes de

consulta utilizadas na pesquisa de determinado tema para elaboração de um

trabalho escrito.

O objectivo de uma bibliografia é documentar o trabalho, mostrando que as opiniões

que constam no trabalho são sustentadas pelas fontes consultadas. A bibliografia

também remete para a organização sistemática das obras de um determinado autor

ou área de conhecimento.

Ela aparece no final do trabalho produzido com referência não só a livros como

também revistas, jornais, vídeos, sites da internet e qualquer outro recurso utilizado

na pesquisa. Por isso, no momento da pesquisa, é importante anotar alguns dados

fundamentais para fazer a referência bibliográfica.

A referência bibliográfica é a identificação de cada obra consultada, geralmente

seguindo normas adequadas a cada caso

1) Obra completa – Pessoas físicas

1.1 – Um autor, dois autores, até três autores

3 4 BAPTISTA, Carlos Alberto Suzam. Figuras e vícios de linguagem. Resumos Concursos Públicos, Gramática Completa da

Língua Portuguesa. p. 52-62.

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6 UATANLE, Delfim Anacleto. In: PROJECÇÃO DA FUTURA GRAMÁTICA MOÇAMBICANA

Sequência – apelido todo em letras maiúsculas, o nome somente com inicial

maiúscula.

Título do livro em itálico. Se houver subtítulo escrever com letra normal.

Local de publicação: nome da editora, seguido pelo ano de publicação5.

Exemplos:

Um autor: RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência nos

estudos. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1991.

Dois autores: LOURENÇO, Eva; MARCONI, Maria. Ensino Superior. 5 ed. Rio de

Janeiro: Paz e Terra, 2002.

Três autores: TAFNER, Malcon Anderson; TAFNER, José; FISHER, Juliane.

Metodologia do trabalho académico. Curitiba: Juruá, 1998.

OBSERVAÇÃO: No caso mais de um autor, usa-se o nome do autor na mesma

ordem do livro, não é obrigado ser em ordem alfabética.

5 LAKATOS. Eva Maria, MARCONI. Marina de Andrade. Referências bibliográficas. Metodologia do trabalho científico

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7 UATANLE, Delfim Anacleto. In: PROJECÇÃO DA FUTURA GRAMÁTICA MOÇAMBICANA

8. Conclusão

Em linhas gerais, ficou claro que o texto narrativo exerce papel de suma importância

com particular enfoque na família da narrativa e em geral, nos textos literários. Ele

agrupa o conto, a lenda, fábula, a história etc.

No que concerne às figuras de estilo, ficou evidente que elas são forma de expressão

que permitem alterações fonéticas, morfológicas ou sintácticas para dar mais

brilhantismo o discurso humano. Estas também exercem um papel importantíssimo nos

textos literários.

E por fim, em relação ao capítulo “Bibliografia”, apresentaram-se, neste trabalho, os

passos que nos poderão levar a documentar trabalho, mostrando que as opiniões que

constam no trabalho são sustentadas pelas fontes consultadas.

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8 UATANLE, Delfim Anacleto. In: PROJECÇÃO DA FUTURA GRAMÁTICA MOÇAMBICANA

9. Referência Bibliográfica

BAPTISTA, Carlos Alberto Suzam. Figuras e vícios de linguagem. Resumos

Concursos Públicos, Gramática Completa da Língua Portuguesa. p. 52-62.

Dicionário electrónico da Língua Portuguesa – Coca cala. Versão nº 1.0.0.0

Dicionário electrónico da Língua Portuguesa Aurélio

LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasileirense, 1994.

LAKATOS. Eva Maria, MARCONI. Marina de Andrade. Referências

bibliográficas. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa

bibliográfica, projecto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 6. ed. São

Paulo: Atlas, 2001. p. 181 – 199.

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9 UATANLE, Delfim Anacleto. In: PROJECÇÃO DA FUTURA GRAMÁTICA MOÇAMBICANA

Índice

Introdução ................................................................................................................. 2

1. Narração...................................................................................................................... 2

2. Estrutura da narrativa ................................................................................................ 2

4. Tipos de Discurso Narrativo ....................................................................................... 3

5. Exemplo de Texto Narrativo ..................................................................................... 3

6. Figuras de estilo……….……………………………………………………..……...4

7. Bibliografia……………………………………………………………………….....5

8. Conclusão……………………………………………………………...…………....7

9. Referência Bibliográfica ………………………………………………………….....8