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SERRA DA BODOQUENA PANTANAL - MATO GROSSO
DO SUL
Localização
Características da Serra da Bodoquena
• É considerada a região mais conservada de Mato Grosso do Sul
• Possui 200 km de extensão (76.481 hectares ), abrangendo os municípios de Miranda, Porto Murtinho e partes dos municípios de Bodoquena, Bonito e Jardim
• As altitudes variam de 400 a 650 m, fazendo parte do Planalto da Bodoquena, circundado pela planície do Pantanal
• A vegetação é típica de cerrado e também contém características de floresta estacional decidual
• O clima da região é tropical úmido com estação chuvosa no verão e seca no inverno (esta durando três meses), com pluviosidade média anual em torno de 1300 mm.
• A temperatura média anual é de 24,4°C; e a temperatura média do mês mais frio (julho) é de 20,1°C; e a do mês mais quente (janeiro) de 27,2°C
• A geologia é marcada pela presença de rochas calcárias muito puras, originadas há 550 milhões de anos, o que diferencia a paisagem da região
• Essas rochas são as responsáveis pela cristalinidade dos rios da região, pois o calcário dissolvido na água absorve e decanta as poucas impurezas restantes
• Esse fato torna a região um grande atrativo turístico
• Um exemplo é o Rio Salobra cujas margens são
repletas de borboletas atraídas pela presença dos sais das rochas
• No topo da Serra existem formações denominadas “Dentes de Cão” pois são pontiagudos e expressam a ação da água sobre a rocha
• Há ainda a presença de cavernas, além de sítios paleontológicos
“Rio Salobra”
“Rio Salobra”
“Dentes de cão”
Fauna • Apresenta fauna típica de cerrado, mata
atlântica e além do próprio pantanal
• Existem 17 espécies de pequenos mamíferos, incluindo um marsupial ainda não descrito. Dentre os roedores, também foram encontradas espécies inéditas ou de ocorrência restrita à porção sudoeste do Brasil
• A fauna cavernícola inclui espécies com distribuição geográfica extremamente limitada, e sensíveis a alterações na qualidade das águas, como o aumento da carga de sedimentos e nutrientes,associada às práticas agrícolas.
• Há registro da presença de 350 espécies de aves, incluindo espécies incomuns, como os grandes gaviões, e algumas ameaçadas de extinção
Principais aves Arara-vermelha (Ara chloroptera) • Plumagem: predominantemente vermelha, as asas azul
escuro, com uma faixa esverdeada. As penas da cauda, vermelhas, terminam em uma ponta azul.
• A cara é branca, com linhas de penas pequenas e vermelhas na frente do olho.
• Bico branco na parte de cima e negro na parte de baixo • Normalmente vista em casais • Alimentação: frutos diversos , cocos, folhas • Reprodução: Ninhos forrados com serragem em grandes
ocos de árvores, colocando de 2 a 3 ovos, choco de 28 dias, com o filhote ficando três meses no oco, antes de voar.
• O filhote sai com a mesma plumagem dos adultos, cauda um pouco menor, olho marrom
Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) • Maior das araras (cauda pode chegar a 1m de comprimento) • Alimentação: coco de palmeiras, utilizando de forma ágil com a
língua e os pés • Reprodução: Os ninhos, cada um com 2 ou 3 ovos, são construídos
em ocos nas árvores de capão e cordilheira, no meio da planície, ou no interior das matas secas,e também são forrados de serragem
• Aproveita-se de um ninho antigo de pica-pau ou o local onde um galho apodreceu para atingir a parte interna do tronco, menos resistente à escavação.
• Depois de cerca de 3 meses, o filhote começa a voar. Saem dos ninhos com a plumagem semelhante à do adulto. O bico é negro, mesma cor dos pés. Ao redor dos olhos e na base do bico, a pele é nua e amarela.
• Os fortes gritos, arrastados, são ouvidos muito antes de vermos as aves. Além de usá-los no vôo, esses gritos também servem de alarme. Curiosas, aproximam-se, voando, de qualquer intruso e circulam alto, gritando muito. Sociáveis, possuem áreas de dormida comunitárias.
Tucano (Ramphastos toco)
• Alimentação: frutas, insetos, pequenos vertebrados e não hesitam em saquear os ninhos de outras espécies, comendo ovos e filhotes. Por isso, são prontamente perseguidos pelas aves em período reprodutivo.
• Bico: quase metade do tamanho do tucano, destaca-se pela cor amarelo alaranjada com algumas faixas avermelhadas e grande mancha negra na ponta
• Apesar do tamanho, é muito leve, devido à estrutura interna, onde existem grandes espaços vazios. O tucano usa-o com grande habilidade, apanhando desde pequenas presas até separando pedaços de alimentos maiores. Para ingerir o alimento, lança-o para trás e para cima, em direção à garganta, enquanto abre o bico para o alto
• Reprodução: coloca dois em ocos de árvores. Ocupa locais abertos por outras aves, em especial araras e papagaios.
• Os filhotes nascem sem penas e ainda de olhos fechados. Saem do ninho após cerca de 45 dias de nascidos, menos coloridos do que os pais e com bico todo amarelo.
• Comunicam-se com chamados graves, parecendo um pouco o mugido do gado .
• Os ocos também são usados para dormir, quando a grande ave dobra-se de tal forma que diminui o seu tamanho em dois terços. Inicialmente, coloca o bico sobre as costas e, em seguida, cobre-se com a cauda. Essa posição de dormida também é usada quando dorme no meio das folhas da parte superior da copa das árvores.
Carcará (Caracara plancus)
• Alimentação: generalista/oportunista, comendo desde ovos até carcaças
• Pode-se reunir a outros carcarás para matar uma presa maior • Plumagem: pele nua em volta da narina geralmente vermelha
podendo mudar para o amarelo (devido ao aumento ou redução da quantidade de sangue circulando estado emocional momentâneo
• É notável a área clara na ponta da asa negra, esse contraste permite sua identificação, mesmo voando a grande altura. Voa com batidas rápidas de asas ou aproveitando as correntes de ar ascendente
• Para avisar os outros carcarás de seu território ou comunicação entre o casal, possui uma chamado e para produzi-lo dobra o pescoço e mantém a cabeça sobre as costas, enquanto emite o som
• Reprodução: Constrói um ninho com galhos em bainhas de folhas de palmeiras ou usa ninhos de outras aves. Os dois ovos são incubados durante 28 a 32 dias, com o filhote voando no terceiro mês de vida.
Urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura)
• Suas longas asas chegam a 1,80m de envergadura, sendo relativamente finas e mantidas em “V” o que permite que o animal aproveite a menor brisa disponível para voar sobre a vegetação e o solo, às vezes a poucos centímetros de altura.
• Muito raramente batem as asas e deslocam-se a grandes alturas
• Localiza as carcaças pelo olfato, uma das poucas aves onde esse sentido é apurado
• De forma ocasional, pode capturar e matar pequenos vertebrados, apanhados nos vôos rasantes
• Costuma colocar seus ovos no solo ou, raramente, em ocos de árvores
• Coloca dois ovos e a incubação dura de 38 a 41 dias. A partir dos 70 dias de vida, o filhote inicia seus vôos
Urubu (Coragyps atratus)
• Alimentação: Além de carniça, costuma comer pequenos vertebrados e ovos
• • Não possui o olfato apurado localizando a carniça pela visão direta ou
observando os outros urubus pousando para comer
• Plumagem: são totalmente negros, inclusive a pele nua da cabeça e pescoço
• Possui a menor envergadura, chegando a 1,50m no máximo porém é o
mais agressivo dos urubus menores, disputando avidamente uma carcaça com as outras espécies
• Costuma deslocar-se a grande altura, usando as correntes de ar quente para diminuir o custo energético do vôo
• Durante o vôo, destaca-se o formato mais curto e arredondado das asas, com a ponta mantida um pouco à frente da cabeça. Quase no final de cada asa, forma-se uma área mais clara, quase um círculo
Mamíferos Macaco–prego (Cebus libidinosus) • Tamanho máximo: 1.1 m. / 6kg. • Tempo de vida: de 35 a 45 anos • Dieta: Frutas, bagas, nozes, insetos e pequenos vertebrados • Localização: Norte e centro da América do Sul • Habitat: No topo das florestas tropicais, mangues e florestas secas, desde
o nível do mar até os 2.100 m • Os Macacos-prego vivem em grupos de 8 a 20, com hierarquias de
dominação separadas entre machos e fêmeas. O macho dominante não controla o grupo, mas o defende. Quando são ameaçados por uma ave de rapina, ele faz fortes ruídos de alerta e permanece visível como isca, enquanto os outros escapam
• Permanecem quase todo o tempo nas árvores, exceto para beber água • Seus polegares opostos lhes proporcionam grande destreza ao buscar
comida e lhes permitem usar rochas como ferramentas para abrir nozes
Macaco-prego
Tatu-peba
Tatu-peba (Euphractus sexcinctus)
• O tatu-peba é um animal solitário • Ocupa campos, cerrados e bordas de floresta onde escava túneis
para se esconder. Ao contrário de muitas outras espécies de tatus, esta freqüentemente reutiliza suas tocas
• É uma espécie vista com freqüência no Pantanal
• Possui hábitos diurnos e crepusculares, e ocasionalmente tem atividade durante a noite
• Alimenta-se de uma ampla variedade de itens, incluindo muito material vegetal como raízes e frutos, e também insetos como formigas, pequenos vertebrados e até carniça. Tem a visão relativamente pouco desenvolvida, mas possui um bom olfato que é utilizado para procurar seu alimento.
• Quando manuseado, o tatu-peba pode morder para se defender. • http://www.cpap.embrapa.br/fauna/tatu.html
Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)
• Vive solitário • Alimenta-se de cupins, formigas e abelhas. • Apresenta uma cauda preênsil que o auxilia quando está nas
árvores. As garras dianteiras são longas • Normalmente é vagaroso, mas quando perseguido pode fugir
rapidamente ou erguer-se nas patas traseiras em postura defensiva • Quando não está ativo, descansa em buracos de árvore, tocas
abandonadas de outros animais ou em outras cavidades naturais • A fêmea da espécie produz geralmente um único filhote depois de
um período de gestação de cerca de 160 dias • O filhote é carregado no dorso da mãe ou deixado em alguma toca
e quando fica mais velho pode acompanhar a mãe em suas atividades de alimentação
• http://www.cpap.embrapa.br/fauna/tamirim.html
Flora Paineira (Chorisia speciosa)
• A "Barriguda", paineira de origem brasileira, é caracterizada pelo tronco
cilíndrico e retilíneo que engrossa em sua base • A árvore acumula água em seu caule pontilhado por espinhos cônicos,
pode alcançar 30 metros de altura e se destaca na paisagem por sua copa ampla e ramificada e pelas flores brancas ou cor-de-rosa
• É indicada para reflorestar áreas degradadas de preservação permanente • A paina – uma espécie de algodão ou plumagem branca – envolve as
numerosas sementes contidas nos frutos (não-comestíveis pelo homem) da paineira e já foi muito aproveitada como enchimento de travesseiros, almofadas, colchões, além de isolante térmico e acústico. Sua impermeabilidade também a tornou útil na confecção de artigos náuticos, como botes e coletes salva-vidas
• As flores da paineira são remédio contra a asma. Sua casca, sob infusão, regula a pressão alta, contribui para eliminar o ácido úrico e serve de depurativo. Para hérnias e ínguas, recomenda-se o cozimento de sua resina e casca aplicadas como compressas
Paineiras
Ipê-amarelo (Tabebuia alba) • Planta adaptada ao crescimento em ambiente aberto ou exposto à luz
direta e decídua, que perde as folhas em determinada época do ano
• As flores são grandes, de coloração amarelo-ouro
• As flores por sua exuberância, atraem abelhas e pássaros, principalmente beija-flores que são importantes agentes polinizadores
• As sementes são dispersas pelo vento
• Ocorre naturalmente na Floresta Estacional Semidecicual, Floresta de Araucária e no Cerrado.
• A árvore perde as folhas no período de floração
• A floração inicia-se no final de agosto, podendo ocorrer alguma variação devido a fenômenos climáticos. Quanto mais frio e seco for o inverno, maior será a intensidade da florada do ipê amarelo.
Urtiga
• As folhas de urtiga contêm espinhos com ácido metanóico ou fórmico. Este ácido é o responsável pelas picadas dolorosas quando tocamos as folhas da urtiga. O ácido fórmico é incolor e extremamente pungente.
• Existem formigas que utilizam este ácido como veneno.
• Na Serra da Bodoquena a urtiga é encontrada principalmente nas áreas mais secas e próximas aos “Dentes de cão”
Referências • http://www.bocadaonca.com.br/bichos-e-
plantas.php#bichoseplantas-09 • http://www.redeprouc.org.br/publicacoes/grupoiguacu/
06.pdf • http://www.bonitoweb.com.br/fotos/arquivos/63.pdf • http://www.avespantanal.com.br/paginas/index.htm • http://www.redeprouc.org.br/publicacoes/grupoiguacu/
06.pdf • http://www.cpap.embrapa.br/fauna/tatu.html • http://www.cpap.embrapa.br/fauna/tamirim.html • http://www.tribunadoplanalto.com.br/modules.php?nam
e=News&file=article&sid=656