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ORIENTE DE SÃO PAULO,26 DE JUNHO DE 2015 DA E .`. V .`. LOJA DE SÃO JOÃO,PADROEIRO DA MAÇONARIA A PRIMEIRA PERGUNTA QUE DEVEMOS FAZER É QUEM É SÃO JOÃO E PQ O TÍTULO DISTINTIVO? O PRIMEIRO SÃO JOÃO DE QUEM OUVIMOS FALAR E UM DOS MAIS FAMOSOS PERSONAGENS DA BÍBLIA É SÃO JOÃO BATISTA QUE BATIZOU JESUS E TEVE SUA CABEÇA DECEPADA POR SER FIEL A SEUS PRINCÍPIOS.ESTE SANTO TEM TB SEU DIA DE COMEMORAÇÃO,24 DE JUNHO,ASSOCIADO A MISTÉRIOS CELESTES PQ É O DIA DO EQUINÓCIO DE INVERNO,OU SEJA O DIA MAIS CURTO DO ANO,OU A NOITE MAIS LONGA DO ANO.A MAÇONARIA ASSOCIOU ESTE DIA COMO CONTEMPLAÇÃO A ESTA TRANSIÇÃO DO SOL,E A REVERENCIA EM SUAS LOJAS COM ASSOCIAÇÕES A SUA DOUTRINA. A ASSOCIAÇÃO HISTÓRICA DESTE SÃO JOÃO COMO ,PATRONO DA MAÇONARIA É QUESTIONÁVEL,PP PELO FATO DESTE SER O MAIS FAMOSO E CONHECIDO. O OUTRO SÃO JOÃO CONHECIDO E ASSOCIADO A MAÇONARIA É SÃO JOÃO EVANGELISTA.SUA DATA DE COMEMORAÇÃO É ASSOCIADA AO SOLSTÍCIO DE VERÃO,QUE OCORRE EM DEZEMBRO.NESTAS DATAS ERAM ELEITAS AS GESTÕES DAS LOJAS E AS COMEMORAÇÕES DA PASSAGEM DO SOL. O último São João nasceu no ano de 550 da era cristã, após a vinda de Jesus, na ilha de Chipre

São joão e a maçonaria

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ORIENTE DE SÃO PAULO,26 DE JUNHO DE 2015 DA E .`. V .`.

LOJA DE SÃO JOÃO,PADROEIRO DA MAÇONARIA

A PRIMEIRA PERGUNTA QUE DEVEMOS FAZER É QUEM É SÃO JOÃO E PQ O TÍTULO DISTINTIVO?

O PRIMEIRO SÃO JOÃO DE QUEM OUVIMOS FALAR E UM DOS MAIS FAMOSOS PERSONAGENS DA BÍBLIA É SÃO JOÃO BATISTA QUE BATIZOU JESUS E TEVE SUA CABEÇA DECEPADA POR SER FIEL A SEUS PRINCÍPIOS.ESTE SANTO TEM TB SEU DIA DE COMEMORAÇÃO,24 DE JUNHO,ASSOCIADO A MISTÉRIOS CELESTES PQ É O DIA DO EQUINÓCIO DE INVERNO,OU SEJA O DIA MAIS CURTO DO ANO,OU A NOITE MAIS LONGA DO ANO.A MAÇONARIA ASSOCIOU ESTE DIA COMO CONTEMPLAÇÃO A ESTA TRANSIÇÃO DO SOL,E A REVERENCIA EM SUAS LOJAS COM ASSOCIAÇÕES A SUA DOUTRINA. A ASSOCIAÇÃO HISTÓRICA DESTE SÃO JOÃO COMO ,PATRONO DA MAÇONARIA É QUESTIONÁVEL,PP PELO FATO DESTE SER O MAIS FAMOSO E CONHECIDO.

O OUTRO SÃO JOÃO CONHECIDO E ASSOCIADO A MAÇONARIA É SÃO JOÃO EVANGELISTA.SUA DATA DE COMEMORAÇÃO É ASSOCIADA AO SOLSTÍCIO DE VERÃO,QUE OCORRE EM DEZEMBRO.NESTAS DATAS ERAM ELEITAS AS GESTÕES DAS LOJAS E AS COMEMORAÇÕES DA PASSAGEM DO SOL.

O último São João nasceu no ano de  550 da era cristã, após a vinda de Jesus, na ilha de Chipre ao sul da Itália. Motivado por sua formação cristã e caridosa, o mesmo se encaminha a Jerusalém, com a intenção de montar um hospital que atendesse aos peregrinos que viajavam à Terra Santa, visitar o Santo Sepulcro.

Nesta ocasião ocorriam as Sagradas Cruzadas, lideradas pelos cavaleiros Templários, ao qual este menino se inspirou em seus métodos e conduta. O garoto faleceu no ano de 619, na cidade de

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Amatonto, na ilha de Chipre. Após a sua morte, o Papa  em reconhecimento ao seu desprendimento e amor incondicional, o canonizou com o nome, São João Esmoleiro, que ficou mais conhecido como São João de Jerusalém.

A História certamente terminaría  aqui se fossemos meros profanos. Mas para nós, maçons iniciados na Arte Real, livres pensadores e perseguidores da verdade, não! Ainda nos restam as pergunta: Porque dedicar as lojas à ele? O que ele fez em Jerusalém? Porque voltou a sua pátria?

Atentai, amados IIr.’., que a resposta esta diante de vossos olhos. Ao sair de sua terra natal, o garoto levou o quinhão da fortuna de seu pai, que lhe era de direito. Ao invés de viver uma vida sossegada, ele deslocou-se para Jerusalém, onde construiu com enorme dificuldade, um hospital para socorrer os enfermos. Porém, a época era das Cruzadas, e os povos viviam em guerra. Baseado nos princípios da Cavalaria Templária, ele fundou a Ordem dos Cavaleiros Hospitalares, que tinha por principal função, defender os hospitais e prestar socorro à quem se achava enfermo. Ele mesmo foi amigo, irmão e confidente de muitos enfermos, e deu a eles mais do que os seus recursos financeiros. Doou a cada um deles, sua saúde e atenção. Nunca fez distinções entre feridos de guerra e leprosos; todos que buscavam ajuda neste período de caos encontravam, sem dúvida, uma mão estendida nos Cavaleiros Hospitalares e em São João.

A Ordem dos Cavaleiros Hospitalares logo foi transformada na Ordem dos Cavaleiros de Jerusalém, que agora não só tomavam conta dos hospitais, mas corriam em socorro dos doentes e dos necessitados, onde quer que se encontrassem. Esta Ordem sobreviveu durante anos, e ganhou enorme respeito dos Templários da época. O seu fundador foi eleito e sagrado Grão-Mestre dos Cavaleiros de Jerusalém, recebendo as mais altas honrarias Templárias, pois estes o reconheciam como um puro e fiel

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Cavaleiro, seguidor dos antigos valores. São João retornaría a sua pátria, na Ilha de Chipre, por saber que a mesma estava à mercê de invasão dos Turcos, e o seu povo necessitava de ajuda. Para isso, ele contou com sua experiência em Jerusalém, e fundou a Ordem dos Cavaleiros de Malta, que tinha a dupla função: Proteger os hospitais, ajudar os enfermos e feridos, e lutar pela manutenção da paz e preservação da independência de sua pátria.

A Ordem prosperou na parte da Hospitalaria, mas a sua força armada não foi suficiente para deter a invasão Turca, que dominou e destruiu grande parte da Ilha. Gostaríamos de dizer que tudo foi fácil e belo, mas esta não é a verdade. Muito sangue foi derramado para que os Cavaleiros pudessem prosseguir em sua jornada, e mantivessem a chama acesa, no intuito de ajudar os feridos e vitimas de doenças.

Os Cavaleiros de Malta foram conhecidos por seus atos como, grandes defensores dos oprimidos e daqueles que precisavam de ajuda, assim como já eram os Cavaleiros de Jerusalém. Após a morte de São João, e sua posterior  canonização, a Ordem de Cavalaria Templária associaría, fortemente, São João de Jerusalém como seu patrono, e ao se postarem no campo, para as batalhas, sempre se colocavam sobre a proteção do mesmo.

A Maçonaria copiou grande parte de seus ensinamentos e do modo de agir dos Templários, além de associar São João como seu padroeiro, pois os ideais deste nobre homem, que foi elevado a condição de Santo, combinavam com a doutrina maçônica de amor incondicional ao próximo, e sua elevada determinação em lutar pela liberdade. A partir deste momento, em que a maçonaria se colocava a campo para lutar pela liberdade da humanidade, clamava a esta grande figura, que a partir deste momento, sería conhecido por todos os maçons como: São João de Jerusalém nosso Patrono.

Por isso todas as lojas são abertas e dedicadas a sua homenagem, e até hoje nós somos lojas de São João. O amor dele nos contagia,

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e em sua homenagem é que trabalhamos para socorrer os necessitados, como ele o fez, e levar a luz do conhecimento e da verdade a toda a Humanidade.Comemora-se no dia 23 de janeiro o dia de São João Smoler, para nós, São João de Jerusalém, Patrono da Maçonaria

São vários o João que acusam na história como Santos e Padroeiros de alguma entidade ou Instituição, no entanto, esta variedade não é tanta quando se trata do possível padroeiro da Maçonaria. Há três vertentes sobre o verdadeiro padroeiro da Maçonaria e por conta disso a dificuldade de se definir ao certo qual dos João é o padroeiro da Sublime Ordem. Tenho a minha preferência, e essa é a tônica dos artigos pesquisados, e após estudo na rede internacional de computadores é o que parecer ser a tônica das pesquisas, ou seja, a fonte de opção de qual dos João é o verdadeiro padroeiro dos maçons passa por uma escolha mais de ordem pessoal do que praticamente científica.

Corrobora com esta minha análise o que ensina o Ir.’. José Roberto Cardoso da Augusta e Regular Loja Simbólica Estrela D’Alva, n. 16, das Grandes Lojas Maçônicas do Distrito Federal, que publicou em seu Blog interessante artigo abordando a escassez de material na nossa cultura ocidental sobre o Patrono da Maçonaria ser, como cem por cento de certeza, São João Esmoler, ou de Jerusalém, como preferirem porque é a mesma pessoa.

Ressalta o autor que “No hemisfério sul há carência de documentos, obras literárias e científicas bem fundamentadas sobre a Arte Real para serem manuseadas e analisadas.” (1) As teorias antes aventadas de que há três possíveis patronos da Maçonaria apontam da seguinte forma para cada um dos Santos. A primeira vertente aponta como padroeiro da maçonaria o João Batista, primo de Jesus Cristo, denominado batista por que era aquele que batizava no Rio Jordão e trazia a boa nova, qual seja, a

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vinda do nosso salvador Jesus Cristo. Essa primeira corrente pode subdividi-la em duas, naqueles que associam João Batista (2) como padroeiro de nossa ordem pela forma como foi morto, pois foi decapitado pela vontade e luxúria de Salomé, sobrinha do Rei, e a segunda, bem lógica por sinal,que vincula o nascimento de João Batista em 24 de junho ao nascimento das Grandes Lojas Inglesas em 24 de junho de 1717. (3)

Já a segunda vertente versa sobre João Evangelista, o discípulo de Jesus Cristo que escreveu três livros importantes do Livro da Lei, entre eles o Livro do Apocalipse. Essa teoria do João Evangelista como padroeiro vincula a data de 27 de dezembro como a data de seu nascimento. Coincidentemente, ambas as datas, tanto 24 de junho quanto 27 de dezembro vincula-se o primeiro ao equinócio de inverno no hemisfério norte e o solstício de verão no hemisfério sul. Sendo estas datas então consideradas pela Maçonaria como de suma importância porque trata de um astro importante que emite luz, ou seja, o Sol, contra as trevas, o que a Sublime Ordem combate.

A terceira teoria vincula como padroeiro da Maçonaria o Santo canonizado pelo Papa no século VII, chamado de São João Esmoler, ou São João de Jerusalém..

A história relata que no ano 500 d.c, na Ilha de Chipre, nasceu o filho do Rei que ao longo de sua vida dedicara a benevolência e benfeitorias, assim como ao exercício da ponderação e tolerância. Esse príncipe cresce e na vida adulta perde por doença grave esposa e dois filhos retomando com esta perda o antigo sonho de dedicar-se a benevolência. Com isso assume definitivamente o dom do sacerdócio, vinculando-se a Ordem Benenditina.(5) Por suas obras vinculadas ao cuidado de visitantes que se lançavam a visitar a Terra Santa foi canonizado pelo papa no Século VII.

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Já no século XI com as Primeiras Cruzadas houve a necessidade de amparar os fieis do Cristianismo que se lançavam a Terra Santa para a visita ao Santo Sepulcro porque havia na época saques e violência decorrentes da guerra entre Muçulmanos e Cristãos.

A Ordem de Malta (oficialmente Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, também conhecida por Ordem do Hospital, Ordem de S. João de Jerusalém), era uma ordem católica que começou como uma Ordem Beneditina fundada no século XI na Terra Santa, durante as Cruzadas, mas que rapidamente se tornaria uma Ordem militar cristã, numa congregação de regra própria, encarregada de assistir e proteger os peregrinos àquela terra.(6)Então no ano aproximado de 1099 foi criada, na cidade de Jerusalém, a Ordem dos Templários Hospitaleiros, com cunho na história e ensinamentos deixados pelo Santo Beneditino São João de Jerusalém, ou São João Esmoler. (7)  Esse Santo se aproxima da Maçonaria hora pela sua benemerência e pela criação da hospitalaria presente até os dias de hoje na Sublime Ordem.

E também por conta da reconstrução dos templos destruídos dos Maçons ao qual ele ordenou a reconstrução, vejamos que no:

No manual de Bezot, ele escreveu suas razões para pensar que este Santo era o patrono original da Maçonaria e, assim, o santo mencionado na Loja do Santo São João: ‘Ele deixou seu país e a esperança de um trono para ir a Jerusalém, a quem ele generosamente ajudou e assistiu os cavaleiros e peregrinos. Ele fundou um hospital e organizou uma fraternidade para assistir aos cristãos doentes e feridos, e prestar ajuda pecuniária aos peregrinos que visitavam o Santo Sepulcro. São João, que era digno de se tornar o patrono de uma sociedade cujo único objeto é a caridade, expôs sua vida mil vezes em prol da virtude. Nem a guerra, nem a peste, nem a fúria dos infiéis, podia impedir suas atividades de benevolência. Mas a

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morte, finalmente, o impediu no meio de seus trabalhos. No entanto, ele deixou o exemplo de suas virtudes aos Irmãos, que fizeram seu dever esforçar-se por imitá-las. Roma o canonizou com o nome de São João, o Esmoler ou São João de Jerusalém, e os Maçons – cujos templos, destruídos pelos bárbaros, que ele fez reconstruir – o selecionaram por unanimidade como seu patrono.’ (9)

Esse texto foi escrito por um dos primeiros Maçons Franceses da História, conforme o artigo publicado pelo Ir.’. Bezot. São João Esmoler era conhecido pela propagação da ponderação e da tolerância. Na Alexandria resolvia conflitos com base nesses dois princípios que são elementos preponderantes na Sublime Ordem hoje.

São João de Jerusalém foi escolhido Padroeiro da Maçonaria porque seus ideais eram idênticos aos ideais Maçônicos como a fraternidade, a liberdade e a igualdade: “São João foi escolhido como patrono da Maçonaria devido aos seus ideais que combinavam com a doutrina maçônica. É por essa razão que todas as Lojas são abertas e dedicadas em sua homenagem.”(11)  Logo, posiciono-me no sentido de concordar com os Irmãos que se vinculam a teoria de que São João o Esmoler é o padroeiro da Maçonaria.Eis aí, portanto, a razão das Lojas maçônicas, até hoje, serem conhecidas como Lojas de São João.Vem desses irmãos cavaleiros, não só a tradição arquitetônica, propriamente dita, aplicada especialmente na construção de asilos, hospitais, mosteiros e outras obras públicas, mas principalmente a atuação filantrópica que se observa na Ordem maçônica. Tanto que Lojas de hoje ainda se mantém a tradição de nomear um irmão “hospitaleiro” para recolher as contribuições dos irmãos para o “hospital”. (12)

Logo, desde então, se mantém a tradição de que as Lojas, quando iniciados os trabalhos e quando finalizados evoca-se a São João,

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sendo então João de Jerusalém, pessoa integra que dedicara a vida a fazer o bem as pessoas, como o exercício da ponderação, benevolência e a tolerância.

A Maçonaria tem como Patronos os Santos: São João Batista, cujo dia se comemora em 24 de junho, mesma data em que a G.: L.: da Inglaterra foi fundada no ano de 1717 e São João Evangelista que é comemorado no dia 27 de dezembro. Sendo que estas datas coincidem com os dois solstícios anuais. Sob uma visão simbólica, os dois encontram-se num momento de transição, com o fim de um grande ano cósmico e o começo de um novo, que marca o nascimento de Jesus: um anuncia a sua vinda(São João Batista) e o outro propaga a sua palavra(São João Evangelista) (CASTELLANI, 200-?)

SOLSTÍCIOSO homem imaginou os solstícios como aberturas opostas do céu, como portas, por onde o Sol entrava e saía, ao terminar o seu curso, em cada círculo tropical. Temos o solstício de Câncer, ou da Esperança, alusivo a São João Batista (verão no hemisfério Norte e inverno no hemisfério Sul). Enquanto que o solstício de Capricórnio, ou do Reconhecimento, alusivo a São João Evangelista (inverno no hemisfério Norte e verão no hemisfério Sul). (CASTELLANI, 200-?).

Entendo que uma Loja de São João encerra em si os dois aspectos básicos da iniciação, tanto o da Consciência = água = Esq.'., quanto o do Espírito = fogo = Comp.'., ("Em verdade , em verdade, te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus..." - João 3:5), sendo portanto um local de iniciação plena, onde os OObr.'. constroem o Templo traçado pelo G.'.A.'.D.'.U.' (MORAIS, 200-?).

CONCLUSÃO COM RELAÇÃO À SIMILARIDADE DA CABALÍSTICA NÚMERO 7, NADA PODEMOS EXPLICAR POR NÃO SER DE COMPATIBILIDADE DE NOSSOS GRAUS, PORÉM RESSALTAMOS: "EM UMA LOJA DE SÃO JOÃO,

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NINGUÉM PODE SER RECEBIDO SEM A PRESENÇA MÍNIMA DE 7 MESTRES MAÇONS". SÃO JOÃO BATISTA PATRONO DO GRAU 1 POR SER SIMBOLO DA HUMILDADE, POIS ATÉ SUAS VESTES E SEU ALIMENTO ERAM DEPOSTO DE PAIXÕES, POIS SE ALIMENTAVA DE GAFANHOTOS E MEL SILVESTRES E SUAS VESTES ERAM RÚSTICAS DE PELE DE CARNEIRO. PREGAVA ALÉM DA HUMILDADE A VINDA DA LUZ, SENDO QUE NA MAÇONARIA QUEM A RECEBE É O APRENDIZ. OS APRENDIZES TÊM ASSENTO NA COLUNA DO NORTE QUE SE RELACIONA A 24 DE JUNHO, QUANDO NA EUROPA (HEMISFÉRIO NORTE) SAI DA NOITE DO INVERNO PARA O VERÃO, ONDE SE TEM A MAIOR CLARIDADE, OU SEJA, MAIOR INCIDÊNCIA DE LUZ. PORTANTO, CONCLUÍMOS QUE SÃO JOÃO BATISTA É O PATRONO DA LOJA DE APRENDIZES DEVIDO "A SUA FIRME REPROVAÇÃO DO VÍCIO E SUA CONTÍNUA PREGAÇÃO EM PROL DO ARREPENDIMENTO E DA VIRTUDE" FIZERAM DELE UM PATRONO BEM APROPRIADO PARA A INSTITUIÇÃO MAÇÔNICA, OU SEJA, PARA O GRAU 1 DE APRENDIZES

Uma questão interessante é quem era o Santo São João a que se refere a frase “a Loja do Santo São João?”

Embora isso seja interessante, não é certo; foi bem documentado que São João Batista era o santo padroeiro dos Maçons Operativos. Ele foi adotado como santo padroeiro da Maçonaria e, posteriormente, essa distinção foi compartilhada com São João Evangelista. Isto é demonstrado pelo fato de que a data de formação da Primeira Grande Loja em 1717 é 24 de Junho ; Dia de São João Batista.

Entretanto, São João Esmoler não deve ser esquecido entre os maçons, porque ele foi escolhido como o padroeiro da Ordem Maçônica dos Templários, e suas Comanderias, que são dedicados à sua honra por conta de sua caridade aos pobres, a quem ele chamava seus Mestres. Ele se referia a eles como seus mestres, porque ele lhes devia todo o

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serviço, e por conta do seu estabelecimento de hospitais para ajuda e ministério aos peregrinos no Oriente. [ii]

Antes de 1440, a Fraternidade Maçônica era conhecida pelo nome de Irmãos de João. É provável, por isso, que o nosso irmão, George Oliver D.D. cunhou o nome Maçonaria Joanita nome para descrever a Maçonaria como ela é praticada nos Estados Unidos, Irlanda e Escócia. As diferentes Lojas desses países e Grandes Jurisdições são dedicadas ao Santo São João, e em suas Lojas pode ser encontrado o símbolo do ponto com um círculo e duas linhas paralelas, que é tão familiar aos maçons nesses países. Assim, os três primeiros graus conferidos pelas Lojas Simbólicas nesses países são, por vezes, embora raramente agora, chamado de Maçonaria Joanita, porque essas Lojas são dedicadas a São João Batista e a São João Evangelista. [iii]

É interessante notar que após a formação da Primeira Grande Loja em 1717 os termos Lojas de São João, e Maçons de São João, eram aplicados a aquelas Lojas e maçons que pertenciam à Fraternidade antes da organização da Primeira Grande Loja, e quem não se filiaram à nova Grande Loja depois que ela foi inventada. Essas Lojas permaneceram principalmente Cristãs Trinitárias, enquanto a nova Grande Loja era não sectária. O nome de Lojas de São João ou Maçons de São João passaram a simbolizar o trabalho das Lojas antigas, onde significava um Maçom regular, mas não-reconhecido e não-filiado.

Há uma razão muito boa porque essa referência totalmente simbólica dizer que esta Loja do Santo São João está em Jerusalém. “Jerusalém tem, quando tomada simbolicamente, o significado de paz, descanso, [e] contentamento.” “O nome Jerusalém significa Cidade de Paz”. [iv]

Este simbolismo de paz é importante porque, quando consideramos que o primeiro grau representa a juventude, e o segundo representa a idade adulta, é preciso considerar que a paz não é, necessariamente, um atributo

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da juventude. Shakespeare refere-se à juventude flamejante [v] como a exuberância natural e entusiasmo da juventude. Pessoas jovens são difíceis de gerenciar e elas estão em um período muito perigoso, moral e fisicamente. Isso é às vezes “adequadamente simbolizado pela condição do povo de Jerusalém no momento em que João Batista veio do deserto, vestido de pele e repreendendo as pessoas por seus pecados.”[vi]

Após da primeira “chama da juventude”[vii] ter começado a passar, o homem é trazido ao mundo onde precisa continuar a ganhar a vida para si mesmo. “Ele é colocado em contato com fatos concretos e frios, e logo descobre que a sua suposta sabedoria nada era senão a loucura habitual de juventude e da inexperiência.” Após vários anos de trabalho e aprendizagem, ele começa a se perguntar sobre os significados mais profundos da vida, do conhecimento e suas finalidades. Isso é simbólico de João Batista e seu ministério ao povo de Jerusalém, e representa o despertar da natureza moral do adulto.

A pesquisa posterior de uma forma de instrução é simbolicamente representado por São João Evangelista; ele representa o “impulso intuitivo” do eu superior, que pode ser chamado de despertar da natureza espiritual, que, eventualmente, direciona o homem para as portas da Loja Maçônica onde ele encontra paz, instrução e apoio.

Além de simbolicamente vir da Loja do Santo São João em Jerusalém, presume-se o candidato aos graus foi previamente preparado para ser iniciado maçom, “o candidato já é um maçom no sentido de que ele é um ‘construtor’ que deseja mais instrução técnica na arte de construir, e por isso é perfeitamente natural que ele venha para uma Escola de Instrução para o Ensino “,[viii] que é a Loja Maçônica.

PORQUE APENAS LOJAS DE SÃO JOÃO

    Quando os trabalhos são declarados abertos, há referência a São João,

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dito nosso padroeiro. Porém, qual o São João?  São muitos, na Igreja Católico-Cristã, os santos com o nome de São João "disso e daquilo, etc." Os regulamentos maçônicos recomendam se festejar a dois, a São João, "o Batista", e a São João, "o Evangelista".

O BATISTA

    São João Batista, também dito "o Precursor", era filho de Isabel, prima da Virgem Maria e, por conseguinte, também parente de Jesus. Ele ganhou o epíteto de "batista" porque, no rio Jordão, "batizava" as pessoas, derramando -lhes água sobre as cabeças, assim limpando-os espiritualmente (batismo significa banho ). Era também conhecido por viver no deserto, alimentando-se de mel e gafanhotos, vestindo apenas com uma pele de carneiro, andando assim meio nu, meio vestido. Seguramente, pertencia, entre os judeus, ao grupo dos essênios, que vivia em Quram, perto do mar Morto. Local onde, em 1947, foram encontrados alguns documentos de sua época. Tinha vários seguidores, mas se dizia Precursor de Alguém Maior que ele, e de quem não era digno sequer de Lhe desatar as sandálias.

    O dia 24 de junho foi estipulado pela Igreja Católica como o de sua comemoração.

O EVANGELISTA

    O outro São João, o Evangelista, era apóstolo de Jesus. Chamam-no de Evangelista porque, além de pregar os ensinamentos do Mestre, foi o autor do 4o. Evangelho, de três epístolas e do famoso Apocalipse. Essa palavra quer dizer "revelação". Nele, João relata as revelações que teria tido sobre o fim dos tempos e dos caminhos para a salvação. Por falar nos fins dos tempos, catástrofes, guerras, pestes, castigos, a palavra "apocalipse" ganhou a conotação de "algo ruim, apavorante, cataclismático, terrificante". A linguagem é  extremamente simbólica, de difícil compreensão.

    É comemorado a 27 de dezembro.

MAÇONARIA OPERATIVA

    Na verdade, porém, como vem registrado dos Regulamentos Gerais das Constituições de Anderson, de 1723, e com elas publicados, o dia que os maçons operativos do passado tinham escolhido para a reunião anual era o de São João Batista, em 24 de junho, ou, opcionalmente, no dia de São João Evangelista, em 27 de dezembro. Mas, com ênfase ao primeiro. Aliás,

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notar que a fundação da Grande Loja de Londres, em 1717, ocorreu precisamente nesse dia, 24 de junho.

RAZÕES ESOTÉRICAS

   Só por uma segunda opção a reunião e festa ocorreria,portanto, no dia 27 de dezembro, na festa do outro São João. Mas, por quê? O porque dessa alternativa tem uma explicação esotérica, que remonta às prováveis origens da Maçonaria, aos Colegiatti Fabrorum dos romanos. A esses colégios de artesãos, de diferentes ofícios, pertenciam também os da construção. Eles acompanhavam as tropas romanas, para o trabalho de reconstrução e instalação da administração imperial, nas terras conquistadas e colonizadas. E com eles ia a sua religião ou religiões, para ser mais exato, ainda que entre os romanos a predominante fosse a da adoração à Mitra, que era representado por uma figura humana. No lugar da cabeça, um Sol. Havia muitos outros deuses, notadamente, o de Jano, uma figura   de duas cabeças coladas e opostas, cada uma olhando em sentido contrário a da outra, e que simbolizavam: uma, o solstício da entrada do verão (24 de junho, hemisfério norte); a outra, o solstício da entrada do inverno (27 de dezembro, hemisfério norte). Esses solstícios estão sempre presentes, nas festas pagãs, porque são vinculadas à Natureza. É aí que encontramos uma provável explicação histórica para os festejos juninos e os natalinos, a que a nova religião romano-cristã, não podendo desenraizar dos costumes populares, o mínimo que conseguiu foi a substituição. Todavia, no seio da maçonaria operativa, mesmo sob tal disfarce, ambas as datas sobreviveram, em face do conteúdo esotérico de seus significados. Não esquecer que os colégios, principalmente, os dos construtores, seriam depositários dos conhecimentos e mistérios de antiguíssimas sociedades iniciáticas, todas praticantes de ritos solares.