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Contém notas que explicam a informação dos diapositivos
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“”Mensagem” de Fernando Pessoa
Análise do poema “Quinto Império”
Tópicos a abordar® Aspetos caraterísticos da obra
“Mensagem”;® Atividade de pré-leitura;® Leitura do poema a abordar;® Análise da temática;® Análise estilística;® Conclusão;® Resposta a questões de compreensão.
Estrutura de “Mensagem”2
RealizaçãoMar Português- O sonho
- A concretização
1Nascimento
Brasão- O
construtores do Império
3Morte
O Encoberto- O Império
material moribundo
Império espiritual emergente:O QUINTO IMPÉRIO
“Pax in excelsis”
I – “Os Símbolos”: figuras/conceitos que marcaram o passado e que são essenciais à construção do novo Portugal.
II – “Os Avisos”: presença de duas personalidades – Bandarra e António Vieira – que, aliadas à voz do poeta, são figuras que transmitiram, nas suas épocas, uma visão profética e mística do Portugal futuro.
III – “Os Tempos”: revelam-se os sinais que anunciam a proximidade de “O Encoberto”, mito com que o poeta metaforiza a regeneração cultural da nação portuguesa.
Terceira Parte – “O Encoberto”
Atividade de pré-leitura
“O Império Espiritual” de Fernando Pessoa◙ Pessoa entende que Portugal possui o tamanho
ideal para perseguir a construção de um Império Espiritual.
◙ Considera também que o seu domínio nunca será associado a intenções de expansão territorial.
◙ Esta tentativa de construção de um Império Espiritual já foi tentada na época dos Descobrimentos e falhada por falta de “gente para impor” (l.8).
◙ Sem capacidades de afirmação de um “Imperialismo de Matéria” (l.8) mas enquanto país formado por “almas de generais do Espírito” (ll. 11-12), Portugal conseguirá impor “uma civilização espiritual própria” (l.9).
O Quinto Império
Triste de quem vive em casa, Contente como seu lar, Sem que um sonho, no erguer de asa, Faça até mais rubra a brasa Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz! Vive porque a vida dura. Nada na alma lhe diz Mais que a lição da raiz – Ter por vida a sepultura.
Eras sobre eras se somemNo tempo que em eras vem.Ser descontente é ser homem.Que as forças cegas se domemPela visão que a alma tem!
E assim, passados os quatroTempos do ser que sonhou,A terra será teatroDo dia claro, que no atroDa erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,Europa – os quatro se vãoPara onde vai toda idade.Quem vem viver a verdadeQue morreu D. Sebastião?
Análise externa
◘ Quintilhas
◘ Esquema rimático: a/b/a/a/b
◘ Rima cruzada e interpolada
◘ Redondilha maior
Triste de quem vive em casa, aContente como seu lar, bSem que um sonho, no erguer de asa, aFaça até mais rubra a brasa aDa lareira a abandonar! b
Rima cruzadaRima interpolada
Análise interna
Triste de quem vive em casa, Contente como seu lar, Sem que um sonho, no erguer de asa, Faça até mais rubra a brasa Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz! Vive porque a vida dura. Nada na alma lhe diz Mais que a lição da raiz – Ter por vida a sepultura.
Eras sobre eras se somemNo tempo que em eras vem.Ser descontente é ser homem.Que as forças cegas se domemPela visão que a alma tem!
E assim, passados os quatroTempos do ser que sonhou,A terra será teatroDo dia claro, que no atroDa erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,Europa – os quatro se vãoPara onde vai toda idade.Quem vem viver a verdadeQue morreu D. Sebastião?
1.ª parte
A vivência humana e a importância do sonho
2.ª parte
Anúncio de um novo império
Triste de quem vive em casa, Contente com o seu lar, Sem que um sonho, no erguer de asa, Faça até mais rubra a brasa Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz! Vive porque a vida dura. Nada na alma lhe diz Mais que a lição da raiz – Ter por vida a sepultura.
Eras sobre eras se somemNo tempo que em eras vem.Ser descontente é ser homem.Que as forças cegas se domemPela visão que a alma tem!
Paradoxos
Campo lexical de «casa»: «lar», «lareira».Uso expressivo do verbo «durar» e dos substantivos «raiz» e «sepultura.
Primeira parte - estrofes 1, 2 e 3
Triste de quem vive em casa, Contente como seu lar, Sem que um sonho, no erguer de asa, Faça até mais rubra a brasa Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz! Vive porque a vida dura. Nada na alma lhe diz Mais que a lição da raiz – Ter por vida a sepultura.
Eras sobre eras se somemNo tempo que em eras vem.Ser descontente é ser homem.Que as forças cegas se domemPela visão que a alma tem!
Apologia do sonho
Seguir o sonho é o modo de ultrapassar a comum dimensão
humana
Curso temporal em eras e as <<forças
cegas >>
E assim, passados os quatroTempos do ser que sonhou,A terra será teatroDo dia claro, que no atroDa erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,Europa – os quatro se vãoPara onde vai toda idade.Quem vem viver a verdadeQue morreu D. Sebastião?
Antítese
Interrogação retórica
E assim, passados os quatroTempos do ser que sonhou,A terra será teatroDo dia claro, que no atroDa erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,Europa – os quatro se vãoPara onde vai toda idade.Quem vem viver a verdadeQue morreu D. Sebastião?
Referência aos quatro impérios
antigos
A chegada do Quinto Império
Segunda parte – estrofe 5
Pessoa, partindo da figura histórica de D. Sebastião, reformula o sebastianismo passadista, caraterístico do temperamento nacional, renovando-o;
Serve-se das suas glórias para ultrapassar o cinzento do presente (“Nevoeiro”) -> construção de um futuro brilhante, o Quinto Império;
Evocação da loucura do jovem rei como necessária à revitalização e à criação de um novo império;
A figura de D. Sebastião, o Encoberto, traduz a incerteza e a hipótese de revelação de novas realidades;
Símbolo de esperança e de regeneração que levará à formação de um novo Portugal, de um novo império.
O mito em “Mensagem”
◘ Relação entre “Os Lusíadas” e “Mensagem”
Conclusão
Visão do Império
PessoaAntevê um Portugal, no
futuro, além do material. Portugal não será assim
grande em domínio territorial, mas em valores
espirituais e morais. O objetivo do poeta é,
portanto, espiritualista.
CamõesCantou o império real, o expansionismo material
para o oriente, a cruzada religiosa contra os infiéis, a
ultrapassagem dos obstáculos físicos que se erguiam aos portugueses
por terra e por mar.
1. As três primeiras estrofes constituem uma reflexão acerca da vivência humana e da importância do sonho. As duas últimas configuram o anúncio de uma nova época, de um novo império.
2. O paradoxo congrega na mesma entidade caraterísticas opostas, conferindo-lhes uma natureza dúbia. Quem se diz feliz no comodismo do seu mundo é, na opinião do sujeito poético, “triste”.
2.1. Verso 13.
3. O vocabulário do campo lexical de “casa” (v.1) (“lar”, v. 2, “lareira”, v. 5) reforça a ideia de aconchego de quem vive acomodado e “Contente” (v. 2) com a sua vida sem “um sonho” (v. 3).
4. O verbo remete para a existência enquanto mero passar do tempo. Assim, quem “Vive porque a vida dura” não a aproveita e limita-se a existir.
4.1. “raiz” (v. 9) e “sepultura”(v. 10) associam-se ao imobilismo e à ausência de vida e de sonhos.
5. A antítese coloca em confronto o “[…] atro/ Da erma noite […]” – o tempo passado e presente – e o “dia claro” – o tempo futuro – que se anuncia sob a égide espiritual dos portugueses. Depois dos “quatro/ Tempos” (vv. 16-17), os quatro impérios considerados por Pessoa (grego, romano, cristão e europeu/inglês), chegará o Quinto Império.
6. A interrogação anuncia o Quinto Império que, sucedendo-se aos quatro anteriores, deles diferirá pela sua natureza; será o império da “verdade”, nascida com a morte de D. Sebastião.
Resposta às perguntas de compreensão
Trabalho realizado por:
Patrícia PiresFilipa FonsecaPedro Milhano 12º A