Upload
astrid-siachoque-velandia
View
908
Download
3
Tags:
Embed Size (px)
Citation preview
ASTRID SIACHOQUE VELANDIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS
ORIGENS E AMBIENTES TECTÔNICOS
DE GRANITOS TIPO A
SEMINARIO
15/07/2014
CONTEÚDO
• INTRODUÇÃO
• OBJETIVO
• CARACTERÍSTICAS GERAIS
• DEFINIÇÃO
• GEOQUIMICA
• AMBIENTES GEOTECTÔNICOS
• MINERALOGIA E ROCHAS ASSOCIADAS
• MINERALIZAÇÕES ASSOCIADAS
• MODELOS PETROGENÉTICOS
• EXEMPLOS
• REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
Trinta anos depois de sua definição em 1979 por Marc Loiselle
e David R. Wones, o termo granitos de tipo-A continua como o
mais controverso e incompreendido dentre o alfabeto genético
dos granitóides (tipos-A, -I, -S, -M e –C). Os criadores do
conceito de magmas félsicos de tipo-A, nunca explicaram
devidamente sua natureza e origem, assim, outros
pesquisadores contribuíram enormes avanços para a
caracterização geoquímica (Bonin 2007), isotópica e de
condições de P-T e fO2 de formação dos granitos e riolitos de
tipo-A e rochas associadas (e.g. Whalen 2005).
Revisar em que contexto geotectônico ocorrem
os granitos tipo A e suas principais caraterísticas.
OBJETIVO
CARACTERÍSTICAS GERAIS
DEFINIÇÃO
Loiselle & Wones (1979): Granitos anidros, cristalizados a partir de magmasalcalinos e posicionados em ambientes anorogênicos.
Collins et al., (1982): Granitos de baixa fugacidade de oxigênio e baixosconteúdos de H2O derivados de um magma parental basáltico alcalino.
Eby (1992): Define os subgrupos A1 e A2 vinculando a origem do primeiro àatividade de pluma mantélica ou hotspots em ambiente de rifte intraplaca e osegundo a uma origem crustal ou mantélica em ambientes tectônicosextensionais.
Dall’Agnol & Oliveira (2007): Granitos “oxidados” tipo A pelo conteúdo demagnetita e composições calci-alcalinas e/ou peraluminosas.
Bonin (2007): Afirma que o termo há sido aplicado só por a letra “-A” a qualrepresenta: anorogênico, alcalino, anhidro, e aluminoso.
Frost & Frost (2011): propõem trocar o termo de “Granites A-type” por“Ferroan”, dado que, a composição ferrosa destes granitos é comum em todasas classificações propostas ate agora.
GEOQUIMICA
Classificação Geoquímica dos Granitos (MISA)
Table 18-3. The S-I-A-M Classification of Granitoids
Type SiO2 K2O/Na2O Ca, Sr A/(C+N+K)* Fe3+
/Fe2+
Cr, Ni 18
O87
Sr/86
Sr Misc Petrogenesis
M 46-70% low high low low low < 9‰ < 0.705 Low Rb, Th, U Subduction zone
Low LIL and HFS or ocean-intraplate
Mantle-derived
I 53-76% low high in low: metal- moderate low < 9‰ < 0.705 high LIL/HFS Subduction zone
mafic uminous to med. Rb, Th, U Infracrustal
rocks peraluminous hornblende Mafic to intermed.
magnetite igneous source
S 65-74% high low high low high > 9‰ > 0.707 variable LIL/HFS Subduction zone
high Rb, Th, U
metaluminous biotite, cordierite Supracrustal
Als, Grt, Ilmenite sedimentary source
A high Na2O low var var low var var low LIL/HFS Anorogenic
77% high peralkaline high Fe/Mg Stable craton
high Ga/Al Rift zone
High REE, Zr
High F, Cl
* molar Al2O3/(CaO+Na2O+K2O) Data from White and Chappell (1983), Clarke (1992), Whalen (1985)
By Chappell and White (1974)
S-type Granitoid (sedimentary protolith)
I-type Granitoid(igneous protolith)
M-type Granitoid (direct mantle source)
By Loiselle and Wones (1979)
A-type Granitoid (anorogenic type)
GEOQUIMICAClassificação dos Granitos baseada no índice de Alumina
Tipo ATipo I Tipo S
After, Shand (1927).
GEOQUIMICA
Classificação dos Granitos baseada nos elementos traços
Tectonic discrimination plots of Rb–(Nb+Y) and Nb–Y (Pearce et al.1984)
Tipos I e S
LILE-depleção típicade rochas de arcos magmáticos com contaminação crustal
Tipos A
Enriquecida em LILE
Empobrecido em Sr, Ba
Pitcher (1989) Journal of petrology
GEOQUIMICA
Classificação dos Granitos baseada ETR
Tipo ATipo I Tipo S
Tomado de Barbarin 1989
AMBIENTES GEOTECTÔNICOS
Classificação dos Granitos baseada no contexto tectônico
Tipo A
Tomado de Condie, 2009.
AMBIENTES GEOTECTÔNICOS
Biotita rica em Ferro
Anita
AnfibóliosAlcalinos Na, K
GlaucofanoRiebeckita
Piroxênios ricos em Na
Augita
Feldspato Alcalino
Albita, Ortoclásio
AcessóriosApatita
Zircão
Óxidos de ferro
MINERALOGIA E ROCHAS ASSOCIADAS
Monzogranitos Sienogranitos Gabros
Quartzo dioritos
CARACTERÍSTICAS TEXTURAIS
Textura Rapakivi Kf com manto de
plagioclásio (Wyborgito)
Rapakivi granito
MINERALIZAÇÕES ASSOCIADAS
Haapala (1995) reconhece dois tipos principais de mineralizações
geneticamente vinculadas a magmas tipo-A (Rapakivi):
ii) Depósitos de Fe, Cu (U, Au, Ag)
em veios e/ou disseminados
(ex: Depósito Olympic Dam, sul da
Austrália).
i) Depósitos de Sn (Mo, Be, Zn, Cu, Pb) em
graisens, veios e skarns associados a fácies
tardias de cristalização (ex. Batólito Serra da
Providência e Younger Granitos de
Rondônia, e Suite Madeira, Pitinga, no
Craton Amazonas
MODELOS PETROGENÉTICOS
- Haapala & Rämö (1992): Definiram os granitos rapakivi do
batólito de Wiborg (Fenosscandian) como granitos tipo A, e sua
origem se relaciona comumente com um ambiente tectônico
intra-placa (Dall’Agnol et al. 1999, Emslie & Stirling 1993).
- Sylvester, (1989): Relatou ocorrências de granitos tipo A em
ambientes pós-orogênicos.
- Åhall et al. 2000: Novos estudos de U/Pb revelam uma relação
temporal de sienogranitos com textura rapakivi em regiões
adjacentes a zonas de subducção.
MODELOS PETROGENÉTICOS
a, b) Modelo de Delaminação
litosférica
(modificado Nelson, 1992)
c, d) Modelo de Slab breakoff
(modificado Davies &
Blanckenburg, 1995)
e, f) Modelo de Ascensão
Mantélica
(modificado de Condie, 1997)
MODELOS PETROGENÉTICOS
Classificação Frost et al., (2001)
Frost et al., (2001) compilaram informação baseada no
ambiente tectônico de formação destes granitos e dos
modelos petrogenéticos propostos, de tal forma que os
estúdios deles levaram a sugerir três processos
petrogenéticos principais que produzem composições
destes granitos (Ferroan):
• Fusão parcial de rochas crustais quartzo-feldspáticas
• Diferenciação de magmas tholeíticos o basaltos
alcalinos
• Combinação dos processos anteriores, onde a
diferenciação de magmas basálticos leva assimilação
de rochas crustais.
(Tomado de Frost & Frost , 2011)
EXEMPLOS
(Adaptado de Santos et al., 2006)
ASSOCIAÇÕES AMCG (Anortosito – Mangerito – Charnokito - Granito rapakivi)
CRATON AMAZONAS –BRASIL
Brasil
Cráton Amazonas,
Domínio Guiana Central
EXEMPLOS
SUÍTE INTRUSIVA
SERRA DA PRATA
Mucajaí
Estado de Roraima
(Adaptado de Fraga, 2002)
EXEMPLOS
PROVINCIA MINERAL DE PITINGA –AMAZONAS, BRASIL.
(Adaptado de Ferron et al., 2002; Bastos Neto et al., 2005)
Granito Madeira
Fáciesi) Anfibólio biotita
sienogranito
ii) Biotita feldspato
álcali granito
iii) Alcali feldspato
granito
iv) Albita granito
subsolvus
EXEMPLOSSUITE INTRUSIVA
MADEIRA
(Adaptado de Costi et al., 2002)
CONCLUSÕES
- O termo “Granito tipo-A” foi originalmente proposto referindo-se à diminuição doselementos alcalinos de um magma parental. A revisão mais recente da definição dosgranitos tipo A foi feita por Bonin 2007, quem afirma que o termo há sido aplicadosó por a letra “-A” a qual representa: anorogênico, alcalino, anhidro, e aluminoso.
- Os granitos tipo A são poligenéticos, não existe um processo único que gera todoseles. É necessário dados de campo geoquímicos, geocronológicos e texturaies parapostular o ambiente tectônico de sua origem.
- A maioria dos modelos de magmatismo tipo A, têm uma fonte que transfere calordesde o manto astenosferico, atravessando o manto litosférico, até a base da crosta,onde o magma se acumula e produz a fusão parcial da crosta inferior.
- A principal controvérsia no estudo dos granitos tipo A é que eles são agrupados nummesmo “tipo” embora tenham composições variadas. Destaca-se a sugestão de Frost& Frost (2011) os quais propõem trocar o termo de “Granites A-type” por“Ferroan”, dado que, a composição ferrosa destes granitos é comum em todas asclassificações propostas ate agora.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS- Åhäll KI., Conelly JN., Brewer TS., 2000. Episodic rapakivi magmatism due to distal
orogenesis?: Correlation of 1.69-1.50 Ga. orogenic and inboard, “anorogenic” events in the
Baltic Shield. Geology, vol. 28: 823-826.
- Barbarian, B. A review of the relationships between granitoid types, their origins and their
geodynamic enviroments: Lithos (1999).
- Bonin, B. et al. A-type granites and related rocks: Evolution of a concept, problems and
prospects: Lithos (2007).
- Clemens, D. et al. Origin of an A-type granite: Experimental constraints: American
Mineralogist (1986).
- Collins, W.J., Beams, S.D., White, A.J.R., Chappell, B.W., 1992. Nature and origin of A-type
granites with particular reference to southeastern Australia. Contributions to Mineralogy and
Petrology 80, 189–200.
- Costi, H.T., Horbe, A.M.C., Borges, R.M.K., Dall’Agnol, R., Rossi, A., Sighnolfi, G. P.
(2000a): Mineral chemistry of cassiterites from Pitinga province, Amazonian craton, Brazil.
Rev. Bras. Geoc. 30, 775-782.
- Creaser, R.A., Price, R.C., Wormald, R.J., 1991. A-type granites revisited: assessment of a
residual-source model. Geology 19, 163–166.
- Ferron, J.M.T.M., Bastos Neto, A.C., Rolim, S.B.A., Hoff, R., Umann, L.V., Minuzzi,
O.R.R.,2002. Reconhecimento de uma mega-estrutura no distrito mineiro de Pitinga-AM:
dados preliminares a partir da aplicac¸ ão de técnicas de processamentodigital de imagens
ETM + Landsat 7. In: II Simpósio de Vulcanismo, Belém, Brazil,Anais, 1, p. 14.
- Fraga, L.M., 2002. A Associação Anortosito – Mangerito – Granito Rapakivi (AMG) do
Cinturão Guiana Central e suas Encaixantes Paleoproterozóicas: Evolução Estrutural,
Geocronologia e Petrologia. Doctoral thesis, Universidade Federal do Pará, Belém, Brazil.
- Frost, C.D., Frost, B.R., 2011. On ferroan (A-type) granitoids: their compositional variability
and modes of origin. Journal of Petrology 52, 39–55.
- Haapala I., Rämö O.T., 1992. Tectonic setting and origin of the Proterozoic rapakivi granites of
the southeastern Fennoscandia. Transactions of the Royal Society of Edinburgh: Earth
Sciences, vol. 83: 165- 171.
- Santos J.O.S., Hartmann L.A., Riker S.R., Souza M.M., Almeida M.E., McNaughton N.J.
2006. A compartimentação do Cráton Amazonas em províncias: avanços ocorridos no período
2000-2006. In: Simpósio de Geologia da Amazônia, 9.: Belém, 2006, Anais¼ Belém: SBG,
2006, CD-ROM
- Sylvester PJ., 1989. Post-collisional alkaline granites. Journal of Geology, vol. 97: 261-280.
- Whalen, J. et al. A type granites: geochemical characteristics, discrimination and petrogenesis:
Contrib Mineral Petrol (1987).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OBRIGADA