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Comunicação realizada no dia 6 de julho de 2009 no 19º EPENN na UFPB em João Pessoa. Pesquisa que apresenta intervenção realizada na crença de que a inserção da multimídia na escola e com uso de vídeo digital, no caso o Movie Maker pode gerar motivação e colabroação para a aprendizagem dos estudantes.
Citation preview
O vídeo digital como recurso multimídia integrado ao contexto escolar
Autora: Maria Lúcia Serafim
UEPB
http://luciaserafim.blogspot.com
1.1. Conversa InicialConversa Inicial
2.2. Objetivo do estudoObjetivo do estudo
3.3. Questões do estudoQuestões do estudo
4.4. Referencial Literário Referencial Literário
5. Método, Participantes e Design da Pesquisa
6. Material e Aparatos
7. Produção
8.8. Resultados e DiscussãoResultados e Discussão
9.9. Implicações e LimitaçõesImplicações e Limitações
10.10. ReferênciasReferências
Conversa Inicial
As transformações desencadeadas no mundo pelo desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação apontam necessidades que
mexem e modificam a ação e o pensamento da humanidade. Os sistemas e ferramentas informatizados são mais do que simples veículos de transmissão de informações. Oferecem poder de interação entre os participantes dos processos comunicativos, que se caracterizam como hipermídias, reúnem várias mídias num suporte computacional potencialmente capazes de ampliar os sentidos e as habilidades envolvidas em sua utilização - potencializando novas aprendizagens nas pessoas.
. .
Pesquisa realizada durante estudo Monográfico como aluna na Especialização em Educação e Novas Tecnologias na UEPB
Exigências da sociedade atual sobre a educação
que prepare o aluno para enfrentar novas situações a cada dia;
que deixe de ser sinônimo de transferência de informações e adquira caráter de renovação constante, visto que o aprendizado não ocorre apenas em períodos pré-fixados, mas durante todo o processo de vida das pessoas.
O professor neste contexto
O que ele faz em sua prática pedagógica do computador e das ferramentas multimídia em sala de aula depende:
em parte, de como ele entende esse processo de transformação da sociedade; e de como ele se sente em relação a isso, se ele vê todo esse processo como algo benéfico, que pode ser favorável ao seu trabalho; ou se ele se sente ameaçado e acuado por essas mudanças.
Intervir na prática escolar, tendo em vista, a crença de que a inserção da multimídia através do vídeo digital integrado ao trabalho docente, nos conteúdos escolares gere possibilidades de motivação e atitudes colaborativas no processo de aprendizagem dos alunos.
Discutir e analisar no contexto da sociedade da informação e da comunicação aspectos da prática pedagógica do professor, frente a exigências de uma educação informacional e multimídia.
Objetivos do estudo
Pode-se afirmar que o uso de vídeos digitais através de ferramentas tecnológicas de criação, autoria e edição, possa vir a contribuir para o processo de motivação e colaboração na aprendizagem dos alunos nas disciplinas escolares ?
Como será que educador está se apropriando e modificando sua prática pedagógica, seu modo de ensinar a partir da presença das tecnologias da informação e da comunicação e multimídia ?
Questões do estudo
Será que os alunos da escola investigada estão tendo informação, acesso e vivência com multimídia em seu processo de aprendizagem?Será que os alunos da escola investigada estão tendo informação, acesso e vivência com multimídia em seu processo de aprendizagem?
Moran (1995) - “o vídeo é sensorial, visual, linguagem falada, linguagem musical e escrita. Linguagens que interagem superpostas, interligadas, somadas, não separadas.Daí a sua força.”
Silva (2000)- a sala de aula interativa e uma análise sobre as confusas formas de se utilizar o computador numa concepção de reprodução do ensino enciclopédico que dá lugar a centralidade do professor “Torno a repetir: a autoria do professor é mais do que nunca solicitada”.
Referencial literário
Autores que analisam as TDICs como potencializadoras de novos textos, novas formas de pensar, novas práticas pedagógicas;
...e ao uso do vídeo digital na educação na contextualização de aprendizagem multimídia gerando projetos e investigações, exploração de aplicativos disponíveis na rede virtual.
Mayer (2005) que trata da aprendizagem multimídia “multimedia learning is defined as learrning from words (pictures (illustrations, photos, maps, graphs, na imation, or vídeo)”
Lévy (1993) ...a multimídia irá exigir equipes de autores, um verdadeiro trabalho coletivo”.
Referencial literário
Realizada em campo escolar na cidade de Campina Grande, nos meses de maio e junho de 2008. Aliou aspectos quantitativos, mediante observação e intervenção direta do pesquisador.
MÉTODO, PARTICIPANTES E DESIGN DA PESQUISA
A pesquisa foi exploratória e descritiva, com apoio da estatística descritiva, utilizando para avaliação variável do tipo qualitativa e tabelas de distribuição de freqüências; figuras e tabelas feitas com o software Excel.
A pesquisa foi exploratória e descritiva, com apoio da estatística descritiva, utilizando para avaliação variável do tipo qualitativa e tabelas de distribuição de freqüências; figuras e tabelas feitas com o software Excel.
Aplicação de questionários com os alunos em etapas, sendo uma anterior a produção digital, e outra após a produção do vídeo digital, num período de 15 dias letivos e verificou o nível de satisfação e motivação do aluno diante desta prática interventiva.
DESIGN DA PESQUISA
Na vivência das etapas do trabalho utilizou-se:
Recursos tecnológicos de mediação como laboratório da escola, sala de aula dos alunos, data show, Cds, câmeras digitais, computador com sistema operacional Windows 2003 e o aplicativo Windows Movie Maker.
MATERIAL E APARATOS
Para possibilitar esta interface, selecionou-se a ferramenta Windows Movie Maker.
É um simples mais bem potente software de edição de vídeo, sendo ainda em parte desconhecido como ferramenta gratuita do sistema operacional Windows.
O programa evoluiu imensamente desde sua versão inicial em 2000, incluída no Windows Millennium até a atual versão (2.1) no Windows XP e Windows Vista, hoje se pode dizer que cobre um alto percentual de uso para as necessidades do chamado cineasta caseiro, permitindo basicamente só com o mouse realizar funções complexas ao criar filmes com trilha sonora, letreiros e efeitos especiais.
O programa pode ser usado para organizar vídeos produzidos por filmadoras e câmeras fotográficas ou mesmo para montar apresentações com imagens estáticas. Só é preciso ter os clipes de vídeo e as fotos no computador.
Após salvo, pode ser visto pelo Windows media player, ou pode ser copiado em CD, pois o Movie Maker salva os vídeos em formato WMV e AVI. Envolve algumas etapas simples como: Transferência de conteúdo para o Windows Movie Maker, editar o projeto, visualizar o projeto, enviar o filme terminado.
PRODUÇÃO O grande grupo foi divido em quatro grupos de trabalho e produção para exploração do aplicativo;
Idealizar o projeto, tendo à mão, no micro, todos os itens para incluir no filmes: clipes de vídeo em arquivos MPG, fotos e músicas MP3 para a trilha sonora;
Para narrações de voz, um microfone conectado ao computador, pesquisas de aprofundamento do assunto em estudo “Organelas citoplasmáticas”, escolhas de cenas, sons e imagens e estruturação de papeis dos alunos;
A professora vivenciou os processos de criação de vídeo, com o aplicativo assunto “organelas citoplasmática” – construção de vídeo aula;A etapa de produção suscitou o uso do aparato tecnológico para edição do vídeo e finalização do produto que foi gravado em Cds, resultando em quatro apresentações multimídias para socialização do conhecimento e das experiências colaborativas e motivacionais vivenciadas.
6%19%
19%25%
9%
16%6%
►concentração na aula ►estudar regularmente ►gostar de biologia ►explicação e roteiro da professora ►interesse pela biologia ►prestar atenção e estudar em casa ►ter facilidade com as disciplinas que exigem leitura
Figura 1– Fatores que fazem o aluno obter resultados satisfatórios em Biologia
Resultados e Discussão
100%
0%
Sim
Não
Figura 2- Usam o computador
16%
49%
13%
9% 0%13%
CasaEscolaLan houseOutros
Escola e lanEm casa e lan
Figura 3- Local onde o aluno usa o computador
Res
ult
ado
s e
Dis
cuss
ão
6%
13%
16%
9%
28%
28%
Interessante, pois a aula será interativa e proveitosa efacilita o aprendizadoé uma renovação contemporanea
servirá como reforço para a aprendizagem
ajudará na aprendizagem criando meio alternativo deaprenderajuda no conteúdo e na aprendizagem do aplicativotecnológicomaneira divertida de aprender
Figura 4-Sobre o uso de aplicativo multimídia para produzir vídeo em Biologia
Res
ult
ado
s e
Dis
cuss
ão
100%
0%
0%
Fácil
Acessivel
Dificil
Figura 5-Opinião sobre o uso do Movie Maker
74%
0% 13%0%
13%
Sintetizar idéiasPesquisar e selecionar com críticaSelecionar imagens válidasSelecionar texto e imagem relacionadasCompreender o detalhamento do conteúdo
Figura 6– Em que ajudou a produção do vídeo sobre citoplasma celular
Res
ult
ado
s e
Dis
cuss
ão
0%
0%50%
25%25%
Encontrar imagens adequadas ao conteúdoProblemas técnicosPesquisar e organizar as informaçõesInformações na internet contendo contradiçõesOutros
Figura 7- Dificuldades para desenvolver o vídeo
0%
0%
100%
0%
Desenvolvimento o pensamento crítico
Melhora do discurso
Favorecimento de visão mais prática da disciplina
Mobilizou habilidade musical e relacionamento comas pessoas
Figura 8- Em que favoreceu produzir vídeo em Biologia
Res
ult
ado
s e
Dis
cuss
ão
50%
50%
SimNão
Figura 9- Preocupação em elaborar roteiro do filme
50%
0%
50%
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Sim
Não
Em parte
Outros
Figura 10 - Realização do vídeo aumentou interesse por Biologia
Res
ult
ado
s e
Dis
cuss
ão
23%
15%
31%
31%
Trabalhar em equipe é importante para a interaçãosocialTrabalhos com produção de vídeo trazem iniciativa eboa convivênciaPromove a co-responsabilidade entre os membros daequipePropicia trabalho colaborativo
Figura 11– Opiniões dos alunos quanto ao trabalho em grupos
Res
ult
ado
s e
Dis
cuss
ão
0% 13%
13%
25%0%
49%
Trouxe maior gosto pelo tema
Forma dinamica de aprender
Bom metodo para aprender
Oportunidade do aluno se auto-desafiar na busca de imagem etexto relativo ao temaO aluno é produtor de um filme
Exigiu o empenho do aluno em produzir filme em biologia
Figura 12 –A metodologia com a mediação do aplicativo Movie Makerfoi Desafiante por quê
Res
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ado
s e
Dis
cuss
ão
0 0 0
16 16
0
5
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20
Altamente Insatisfeito
Insatisfeito
Nem Satisfeito nem Insatisfeito
Satisfeito
Altamente Satisfeito
Figura 13 -Nível de satisfação do aluno com a produção de vídeo , conferindo-lhe autoria.
Altamente Insatisfeito 1 0 1 5 0 0Insatisfeito 2 0 1 5 0 0Nem Satisfito Nem insatisfeito 3 0 1 5 0 0Satisfeito 4 16 1 5 2,50 0,5Altmente Satisfeito 5 16 1 5 2,50 0,5
Número Mínimo Máximo Média Desvio
Tabela 1- Descrição estatística por Score da média do nível de satisfação dos alunos
Res
ult
ado
s e
Dis
cuss
ão
0 0 0
8
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0
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25A I
I
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S
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Figura 14 - Nível de satisfação com a aprendizagem
em Biologia Nº Minino Máximo Média Desvio
Altamente Insatisfeito 1 0 1 5 0 0Insatisfeito 2 0 1 5 0 0Nem Satisfito Nem insatisfeito 3 0 1 5 0 0Satisfeito 4 8 1 5 1,00 0,25Altmente Satisfeito 5 24 1 5 3,75 1,25
Tabela 02- Descrição Estatística por Score- satisfação com a aprendizagem em Bologia
Res
ult
ado
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Dis
cuss
ão
A intervenção pedagógica foi para os implicados no estudo uma oportunidade de vivenciarem uma relação de aprendizagem ativa, que gerou aprendizado tanto do aplicativo, da disciplina como aprendizagem de situações didáticas que envolveram alunos e professora em trabalho colaborativo e motivacional na apresentação, revisão e aprofundamento dos conteúdos de Biologia.
A contribuição desta pesquisa pode sinalizar à formação docente, desafios reais que os avanços tecnológicos recentes projetam na prática pedagógica e na educação, como também apresenta a sala de aula como um lugar à multimídia e ao vídeo digital, podendo ser ação motivadora favorável ao processo de aprendizagem dos alunos em disciplinas escolares.
IMPLICAÇÕES E LIMITAÇÕES IMPLICAÇÕES E LIMITAÇÕES
Os softwares, programas e os computadores desenvolvidos permitem que sejam calculadas e simuladas cenas (imagens e sons) sintéticas cada vez mais realistas. Sem dúvida estes avanços interessam à pesquisa educacional e propõem um quadro pedagógico para as novas tecnologias. O desafio está em que a mudança de concepção, diz respeito às aprendizagens não somente as tecnologias. Mas do que ensinar trata-se de fazer aprender.
A construção de vídeo digital com os conteúdos de Biologia, deram suporte a aprendizagem na opinião dos alunos, ao ser empregado para tratar da revisão de conceitos, solução de problemas e o desenvolvimento do projeto do vídeo em grupos.
– Para Moran (2007, p. 47) “ Há atividades que facilitam a organização e outras a superação”. Sobre a utilização de vídeo na escola, apresenta dois focos:
Quando o vídeo provoca, sacode, causa inquietação e serve como abertura para um tema, é um estímulo em nossa inércia (...).
Quando o vídeo serve para confirmar uma teoria, uma síntese, um olhar específico com o qual já estamos trabalhando, é ele que ilustra, amplia, exemplifica.
• O estudo realizado desejou atingir o segundo foco, pela relevância de superação de modelo estabelecido para um mais inovador e pela busca de sistematizar organizações em grupo para favorecer maior aprendizagem, conhecimento e uso do aplicativo multimídia.
Acredita-se que as mudanças necessárias devem ser conduzidas no âmbito de um empreendimento pedagógico que:
... se conduz no referencial das teorias de aprendizagem que tornam este processo uma rede colaborativa, onde a interação educação e tecnologias digitais favorecem a ação pedagógica colaborativa, podendo ser o uso e aplicação do vídeo digital uma possibilidade possível.
Acredita-se que as mudanças necessárias devem ser conduzidas no âmbito de um empreendimento pedagógico que:
... se conduz no referencial das teorias de aprendizagem que tornam este processo uma rede colaborativa, onde a interação educação e tecnologias digitais favorecem a ação pedagógica colaborativa, podendo ser o uso e aplicação do vídeo digital uma possibilidade possível.
Como afirma Freire (1996, p.38) a tarefa coerente do educador que pensa certo é, exercendo como
ser humano a irrecusável prática de interligar, desafiar o educando com quem se comunica e a quem se comunica, produzir sua compreensão do que vem sendo comunicado. Não há inteligibilidade que não seja comunicação e intercomunicação e que não se funde na dialogicidade. O pensar certo por isso é dialógico e não polêmico.
D’AVILA, Cristina M. Pedagogia cooperativa e EAD: uma aliança Possível. Revista da FAEBRA: Educação e contemporaneidade, Salvador, v. 12, n. 20, p.273-285, jul./dez., 2003.
FREIRE, Paulo. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 1991 _____________. Pedagogia da autonomia :saberes necessários à prática docente.
São Paulo: Paz e Terra, 1996 LÜDKE, Menga e ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens
qualitativas. São Paulo. EPU, 1986. LÉVY, Pierre. As tecnologias inteligência: O futuro do pensamento na era da
informática. Rio de Janeiro, 34, 1993. MAYER, Richard E.The Cambridge Handbook of Multimedia Learning. 3rd ed. Edited
by Richard E. Mayer. Universty of Califórnia, Santa Bárbara, 2005.
Referências
MAYER, Richard E. Multimédia Learning: Are you asking the right questions.Educational Psychologis., Lawrence ErlbaumAssociates, v. 32, n. 1, p. 1-19, 2001.MORAN, José M. O vídeo na sala de aula- Comunicação e educação. São Paulo. São Paulo (2): Jan./abr. 1995______________ A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. Campinas, SP: Papirus, 2007.SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000.VEIGA NETO, A. Olhares. In: M. V. Costa. Caminhos investigativos. Novos olhares na pesquisa em educação. (pp. 19-35). Porto Alegre: Mediação.WALKER, R. (2004). Editorial Cambridge Journal of Education, 34(2), 139-142.
Referências
Mulheres e homens, somos os únicos seres que, social e historicamente, nos tornamos capazes de aprender. Por isso, somos os únicos em quem aprender é uma ventura criadora, algo, por isso mesmo, muito mais rico do que meramente repetir a lição dada. Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito. (Paulo Freire, p. 68)
Freire Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo, Paz e Terra 1996.
OBRIGADO!!!Prof. Ms. Lúcia Serafim – http://luciaserafim.blogspot.com [email protected]