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O Herói e o Fora-da-lei Como construir marcas extraordinárias usando o poder dos arquétipos Margaret Mark Carol S. Pearson Resumo Inteligente do Livro PARTE 3 editora Cultrix meio&mensagem

O herói e o fora da-lei 3

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Resumo Inteligente do livro O Herói e o Fora-da-lei - parte 3. O livro trata de como construir marcas extraordinárias usando o poder dos arquétipos. Editora Cultrix. Autoras: Margaret Mark e Carol S. Pearson.

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O Herói eo Fora-da-leiComo  construir  marcas  extraordinárias  

usando  o  poder  dos  arquétipos

Margaret  MarkCarol  S.  Pearson

Resumo  Inteli

gente

do  Livro

PARTE  3

editora  Cultrix  meio&mensagem

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Os que deixam sua marca no mundo

HERÓIFORA-­‐DA-­‐LEI

MAGO

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No  cinema  e  literatura  clássicos,  geralmente  são  os  protagonistas  destemidos  que  percebem  seu  poder  especial  e  vão  em  frente,  correndo  grandes  riscos  pessoais  a  fim  de  mudar  sua  própria  realidade.

Na  vida  cotidiana,  esses  poderosos  arquétipos  proporcionam  uma  estrutura  capaz  de  liberar,  nas  pessoas  comuns,  a  capacidade  de  se  erguer  para  enfrentar  os  desafios,  correr  riscos,  quebrar  as  regras  e  transformar  suas  vidas.

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No  marketing  é  útil  perceber  que  o  polo  negativo  do  Herói  deságua  no  Fora-­‐da-­‐lei,  pois  a  verdadeira  meta  do  Herói  mais  primitivo  é  vencer  a  todo  custo  -­‐  uma  meta  que  nem  sempre  é  nobre  e  bela.

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O  Herói,  o  Fora-­‐da-­‐lei  e  o  Mago  se  erguem  contra  alguma  realidade  limitadora,  repressiva  ou  prejudicial.

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O  Herói,  muitas  vezes  visto  como  o  Guerreiro,  corre  grandes  riscos  pessoais  para  derrotar  as  forças  do  mal  e  proteger  a  sociedade  ou  valores  sagrados.

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O  Fora-­‐da-­‐lei  age  como  uma  força  destruidora,  violando  as  normas  e  regras  culturais  pelo  bem  dos  outros  (como  Robin  Hood),  por  aventura  e  ganhos  pessoais  (como  Bonnie&Clyde)  ou  por  alienação  desesperada  (Thelma  &  Louise).

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O  Mago  age  como  catalisador,  para  transformar  ou  curar  a  sociedade  ou  as  instituições.  Nos  3  casos  o  desejo  subjacente  é  agir  é  exercer  o  poder.

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Estabilidade

IndependênciaPertença

Esse  3  arquétipos  oferecem  identidades  de  marcas  naturais  para  os  produtos  e  serviços  que  tem  um  impacto  marcante  sobre    

seu  tempo  e  lugar.

Mestria

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O HeróiOnde  há  vontade,  há  um  caminho

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O  ambiente  natural  do  Herói  é  o  campo  de  batalha,  a  competição  atlética,  as  ruas,  o  local  de  trabalho,  a  selva  política  ou  qualquer  lugar  onde  as  dificuldades  ou  desafios  estejam  à  espera  de  uma  ação  corajosa  e  enérgica.  Esse  arquétipo  nos  ajuda  a  desenvolver  a  energia,  disciplina,  foco  e  determinação.

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DESEJO  BÁSICO:  provar  o  próprio  valor  por  meio  da  ação  corajosa  e  difícilMETA:  exercer  a  mestria  de  modo  a  melhorar  o  mundoMEDO:  fraqueza,  vulnerabilidade,  “amarelar”ESTRATÉGIA:  tornar-­‐se  tão  forte,  competente  e  poderoso  quanto  lhe  for  possível  serARMADILHA:  arrogância,  desenvolver  a  necessidade  de  que  exista  sempre  um  inimigoDONS:  competência  e  coragem

O  Herói  também  é  conhecido  como  guerreiro,  cruzado,  libertador,  super-­‐herói,  soldado,  atleta  vencedor,  matador  de  dragões,  competidor  e  jogador  de  equipe

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As  imagens  associadas  ao  Herói  incluem  áreas  que  exigem  aptidão  e  agilidade;  máquinas  e  escritórios  onde  as  coisas  se  resolvem;  cavalos,  carros,  aviões,  pessoas  ou  qualquer  coisa  que  se  mova  velozmente;  e  qualquer  coisa  que  seja  poderosa,  daí  as  cores  fortes  e  as  linhas  e  formas  bem  definidas.  Os  trajes  e  ambientes  do  Herói  são  funcionais,  sem  extravagância.

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MOTIVAÇÃO:  o  valentão  joga  areia  no  seu  rosto  ou  alguém  tenta  intimidar  você  ou  ser  abusivo;  um  desafio  o  chama;  uma  pessoa  precisa  que  você  a  ajude  a  se  defender.

NÍVEL  1:  o  desenvolvimento  de  fronteiras,  competência  e  mestria,  que  se  expressam  por  meio  da  realização  e  são  motivadas  ou  testadas  por  meio  da  competição

NÍVEL  2:  tal  como  um  soldado,  cumprir  seu  dever  para  com  seu  país,  organização,  comunidade  ou  família

NÍVEL  3:  usar  sua  força,  competência  e  coragem  em  algo  que  faz  diferença  para  você  e  para  o  mundo

A  SOMBRA:  desumanidade  e  necessidade  obsessiva  de  vencer

Níveis do Herói

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O  Herói  se  fortalece  com  o  desafio,  se  sente  ultrajado  pela  injustiça  e  responde  rápida  e  decisivamente  à  

crise  ou  à  oportunidade.  Tem  disciplina,  foco  e  capacidade  de  fazer  

escolhas  árduas.

Os  Heróis  frequentemente  demonstram  qualidades  que  elevam  o  nível  de  consciência  de  todos  à  sua  volta.  O  segredo  é  quem  eles  são,  

não  apenas  o  que  fazem.

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No  nível  mais  baixo  o  arquétipo  do  Herói  quer  simplesmente  predominar.  O  oponente  é  desvalorizado  como  sendo  o  inimigo  ou  alguém  que  merece  ser  destruído.

Na  medida  que  você  compreende  mais  plenamente  o  arquétipo  que  alimenta  os  esforços  da  sua  organização,  tanto  mais  você  consegue  se  proteger  contra  o  potencial  negativo  do  arquétipo  e  se  livrar  de  uma  publicidade  embaraçosa  ou  prejudicial  à  sua  marca.

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As  organizações  do  Herói  geralmente  estão  comprometidas  com  uma  causa  digna  ou  se  dedicam  a  ajudar  seus  clientes  e  empregados  a  “Ser  tudo  o  que  você  quer  ser”.

No  setor  privado  elas  são  tipicamente  lugares  muito  competitivos  onde  os  números  das  vendas  funcionam  como  placares  incessantes  de  realização.  Exigem  crescimento  contínuo.

Na  cultura  organizacional  do  Herói,  todos  são  valorizados  enquanto  produzem,  mas  no  momento  em  que  alguém  fracassa  está  fora.

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Organizações  do  Herói  saudáveis  e  bem  desenvolvidas  produzem  

empregados  e  equipes  vitoriosos.  Os  bons  

empregados  são  bem  remunerados,  bem  

treinados  e  altamente  valorizados.

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Qualquer  coisa  associada  à  liberação  feminina  pode  ser  comercializada  como  um  produto  heróico,  até  

mesmo  tampões.

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Seja  para  homens  ou  para  mulheres,  o  arquétipo  do  Herói  está  associado  a  padrões  rigorosos,  a  perseverança  e  a  capacidade  de  

impor  fronteiras.

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Esse  arquétipo  é  utilizado  por   quase   todos   os  esforços   pela   paz   do  mundo   hoje.   Os   níveis  mais   elevados   focalizam  basicamente   o   ideal   de  fazer   uma   mudança  positiva   na   época   e   no  planeta  em  que  vivemos.

O  Herói  do  nível  mais  elevado  usa  a  força  para  ser  um  pacificador.

Há  nas  pessoas  uma  agressividade  real  que  pode  ser  canalizada  na  direção  positiva  ou  negativa.  O  arquétipo  do  Herói  ajuda  a  canalizar  essa  vontade  de   agredir   para   uma   expressão   positiva.   Nos   níveis   medianos   isso   indica  competição  atleta  ou  econômica.

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Os  consumidores  -­‐  especialmente  aqueles  que  expressam  os  níveis  mais  elevados  do  arquétipo  do  Herói  -­‐  tem  sede  de  convicções  e  se  sentem  atraídos  para  as  pessoas,  empresas  e  marcas  que  as  possuem.

Ironicamente,  as  empresas  que  valorizam  apenas  a  competição  e  a  botton  line  também  estão  demonstrando  o  arquétipo  do  Herói  em  seus  estágios  guerreiros  mais  primitivos.  O  que  podemos  ver  disso  é  que,  quando  o  arquétipo  se  expressa  ao  público  em  seus  níveis  mais  elevados,  as  pessoas  recompensam  as  marcas  com  suas  compras.

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Vemos  o  triunfo  do  nível  mais  elevado  do  arquétipo  do  Herói  no  surgimento  do  marketing  ligado  a  causas  sociais  e  na  maior  expectativa  do  consumidor  de  que  as  empresas  se  envolvam  em  atividades  filantrópicas.  O  público  e  o  consumidor  esperam  que  essas  visões  empresariais  reflitam  algum  senso  de  responsabilidade  social.

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Quando  fizer  marketing  para  o  Herói,  saiba  que  você  está  sendo  avaliado  não  só  pela  qualidade  dos  seus  produtos  ou  serviços,  mas  também  pela  força  e  pela  ética  das  suas  convicções.

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O  arquétipo  do  Herói  pode  ser  correto  para  a  sua  marca  se:

-­‐  você  tem  uma  invenção  ou  inovação  que  causará  grande  impacto  no  mundo-­‐  seu  produto  ajuda  as  pessoas  a  terem  um  desempenho  no  limite  superior-­‐  você  está  tratando  de  um  importante  problema  social  e  pedindo  colaboração  das  pessoas  para  ajudar  a  resolvê-­‐lo-­‐  você  tem  um  oponente  ou  concorrente  definido  e  que  derrotá-­‐lo-­‐  você  é  o  joão-­‐ninguém  e  quer  rivalizar  com  a  concorrência-­‐  a  força  do  seu  produto  ou  serviço  está  na  capacidade  de  fazer  bem  e  eficientemente  uma  tarefa  difícil-­‐  você  precisa  diferenciar  seu  produto  de  algum  outro  que  tem  problemas  na  cadeia  de  finalização-­‐  sua  base  de  consumidores  se  identifica  com  o  bom  e  moral  cidadão.

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O Fora-da-leiAs  regras  são  feitas  para  serem  quebradas

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Fora-­‐da-­‐lei  são  fiéis  aos  valores  mais  profundos  e  verdadeiros,  não  aos  valores  dominantes.  São  figuras  românticas  prontas  a  rebentar  numa  

sociedade  que  sucumbiu  à  tirania,  à  repressão,  ao  conformismo  e  ao  cinismo.

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Enquanto  o  Herói  quer  ser  admirado,  o  

Fora-­‐da-­‐lei  se  contenta  em  ser  

temido.  O  criminoso,  o  revolucionário,  o  

skinhead  e  o  adolescente  cheio  de  tatuagens  se  sentem  poderosos  quando  deixam  os  outros  assustados  ou  inquietos.

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A  raiva  do  Fora-­‐da-­‐lei  tende  a  ser  provocada  quando  ele  se  sente  desprezado  como  

pessoa.

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Os  habitats  do  Fora-­‐da-­‐lei  são  os  lugares  escondidos  e  sombrios  -­‐  fora  do  caminho.  São  pessoas  que  não  querem  reconhecer  a  

própria  Sombra,  nem  para  si  mesmas,  e  por  isso  frequentemente  a  projetam  sobre  os  outros,  vendo  os  outros  como  o  problema.

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Woodstock  carrega  a  imagem  positiva  da  cultura  do  Fora-­‐da-­‐lei.  “O  Poderoso  

Chefão”,  “De  olhos  bem  fechados”  faturam  em  cima  da  simples  atratividade  dos  

comportamentos  criminosos  ou  proibidos.

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Os  adolescentes  correm  em  bandos  para  os  produtos  Fora-­‐da-­‐lei

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DESEJO  BÁSICO:  vingança  ou  revolução.META:  destruir  aquilo  que  não  funciona  (para  ele  próprio  ou  para  a  sociedade).MEDO:  não  ter  poder,  ser  comum  ou  inconsequente.ESTRATÉGIA:  rebentar,  destruir  ou  chocar.ARMADILHA:  passar  para  o  lado  sombrio,  criminalidade.DONS:  irreprimível,  liberdade  radical.

O  Fora-­‐da-­‐lei  é  conhecido  como  o  rebelde,  revolucionário,  vilão,  selvagem,  desajustado,  inimigo  ou  iconoclasta.

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MOTIVAÇÃO:  sente-­‐se  desprovido  de  poder,  com  raiva,  maltratado,  sitiadoNÍVEL  1:  identifica-­‐se  com  o  marginalizado,  dissociando-­‐se  dos  valores  do  grupo  ou  da  sociedade  de  modo  tal  que  foge  diante  dos  comportamentos  e  da  moralidade  convencionaisNÍVEL  2:  comporta-­‐se  de  modo  chocante  ou  destruidosNÍVEL  3:  torna-­‐se  um  rebelde  ou  um  revolucionárioSOMBRA:  comportamento  criminoso  ou  prejudicial

Níveis do Fora-da-lei

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Quando  a  consciência  do  Fora-­‐da-­‐lei  está  presente,  as  pessoas  tem  uma  percepção  mais  aguda  dos  limites  que  a  civilização  impõe  à  expressão  humana.

Pessoas  e  grupos  se  sentem  tão  desprotegidos  pela  sociedade  que  para  sobreviverem  são  forçados  a  

infringir  a  lei

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Brad  Pitt,  Jack  Nicholson  e  Madonna  tem  sucesso  

porque  quebram  as  regras  ultrapassadas  de  um  modo  que  parece  

libertador  para  as  pessoas.

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O  polo  negativo  deste  arquétipo  se  evidencia  em  personagens  com  um  lado  sombrio.

Esse  lado  floresce  em  organizações  que  

permitem  que  o  lucro  e  competição  sejam  mais  importantes  do  que  qualquer  tipo  de  valor  moral  ou  senso  de  responsabilidade.

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O  novo  mundo  do  comércio  eletrônico  mostra  uma  qualidade  Fora-­‐da-­‐lei  maravilhosamente  livre  e  quebradora  de  regras.

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Muitas  culturas  tem  figuras  sagradas  de  malandros  que  agem  quase  completamente  na  base  do  

instinto  primitivo  (id).  Elas  tem  um  papel  catártico  porque  mostram  comportamentos  que  ainda  

existem  no  interior  das  pessoas,  mas  que  não  são  aceitáveis  em  termos  sociais  e  morais.

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Quando  o  Fora-­‐da-­‐lei  está  ativo  nos  indivíduos,  eles  

podem  se  sentir  apartados  da  cultura  dominante  e  desprezar  suas  regras.  Eles  se  envolvem  

em  comportamentos  destrutivos  ou  em  ações  que  

desdenham  flagrantemente  os  padrões  gerais  de  ética,  saúde  ou  propriedade.  O  Explorador  também  se  coloca  à  margem  da  sociedade,  mas  tudo  o  que  ele  quer  é  ser  livre.  O  Fora-­‐da-­‐

lei,  por  outro  lado,  quer  realmente  destruir  as  coisas,  produzir  uma  revolução,  sumir  com  alguma  coisa  ou  apenas  sentir  a  excitação  de  ser  um  

pouquinho  malvado.

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Se  o  rebelde  está  apenas  operando  de  modo  individualista,  estamos  vendo  o  Explorador  em  ação.  Mas  se  o  rebelde  está  pronto  para  quebrar  as  convenções  ou  a  lei,  então  ele  está  carregando  o  arquétipo  do  Fora-­‐da-­‐lei.

Em  nível  cotidiano,  as  pessoas  responsáveis  e  trabalhadoras  se  sentem  atraídas  para  as  marcas  do  arquétipo  Fora-­‐da-­‐lei  como  meio  de  desabafo.

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O  arquétipo  do  Fora-­‐da-­‐lei  está  fora  do  tempo.  Ele  contém  valores  futuro  que  prometem  a  revolução  (ou  ameaçam  com  ela),  bem  como  oferecem  uma  forma  de  dar  continuidade  às  qualidades  arcaicas  existentes  na  cultura.

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Hoje  em  dia  os  monstros  são  tão  

atraentes  quanto  os  heróis.

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Todas  as  substâncias  de  uso  restrito  -­‐  como  álcool  e  cigarro  -­‐  tem  uma  atração  Fora-­‐da-­‐lei  para  os  jovens.  Você  está  cortejando  a  morte  quando  usa  esses  produtos.

Tânatos  (o  desejo  da  morte)  é  quase  tão  forte  como  Eros  (a  força  da  vida).  Especialmente  durante  as  grandes  transições  -­‐  como  a  adolescência  e  a  meia-­‐idade  -­‐,  nossa  psique  está  pedindo  para  morrer  em  relação  ao  que  fomos  e  renascer  em  outra  identidade.

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A  Harley-­‐Davidson  é  um  ícone  e  recuperou  seu  market  share  por  meio  do  marketing  de  

significado.  Além  disso,  ao  promover  a  personalidade  da  marca,  ela  foi  capaz  de  se  expandir:  da  produção  de  motocicletas  passou  a  vender  uma  linha  de  roupas  e  

acessórios  que  estão  ligados  a  ela  não  pela  função,  mas  pelo  arquétipo.

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A  Apple  está  mais  ligada  aos  computadores  e  ao  amor  pela  

inovação  do  que  à  simples  atividade  comercial  de  gerar  lucros.  Ela  também  está  associada  ao  potencial  radical  da  

tecnologia  de  computadores  de  devolver  poder  às  pessoas.

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Em  exemplo  extremo  de  marketing  Fora-­‐da-­‐lei  é  a  promoção  de  raves.

A  melhor  maneira  de  anunciar  produtos  Fora-­‐da-­‐lei  é  em  revistas  especializadas  ou  por  meio  de  formatos  projetados  para  encontrar  o  Fora-­‐da-­‐lei.

As  imagens  utilizadas  podem  ter  uma  qualidade  escura  e  sombria,  cores  intensas  e  coisas  que  chocam,  um  conteúdo  perturbador.

O  Fora-­‐da-­‐lei  é  o  arquétipo  mais  adequado  para  sustentar  uma  identidade  turbulenta  e  para  criar  anúncios  turbulentos  que  realmente  funcionem.

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Eventos  promovidos  para  lançar  ou  promover  produtos  Fora-­‐da-­‐lei  devem  permitir  que  as  pessoas  devolvam  ou  troquem  a  compra  e  se  sintam  livres;  podem  mesmo  parecer  um  tanto  indecentes  ou  à  

beira  de  quebrar  as  conveniências.

O  marketing  de  massa  requer  a  compreensão  de  que  muitas  pessoas  que  se  identificam  com  esse  arquétipo  são,  na  verdade,  cidadãos  realmente  

bons  e  responsáveis. Para viver fora da lei você precisa ser honesto Bob Dylan

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O  arquétipo  do  Fora-­‐da-­‐lei  pode  ser  uma  boa  identidade  à  sua  marca  se:

-­‐  seus  clientes  e  empregados  estão  se  sentindo  muito  excluídos  da  sociedade  ou  quando  eles  se  identificam  com  valores  em  desacordo  com  os  da  sociedade  como  um  todo-­‐  a  função  do  seu  produto  é  destruir  alguma  coisa  (literalmente,  como  uma  máquina  de  terraplanagem,  ou  virtualmente,  como  um  video  game)  ou  ele  é  genuinamente  revolucionário-­‐  o  seu  produto  não  é  lá  muito  bom  para  as  pessoas,  de  modo  que  consumí-­‐lo  é  o  mesmo  que  virar  o  nariz  as  ideias  estabelecidas  sobre  o  que  constitui  a  saúde-­‐  seu  produto  ajuda  a  preservar  valores  que  estão  ameaçados  pelos  valores  predominantes,  ou  é  um  pioneiro  de  atitudes  novas  e  revolucionárias-­‐  o  preço  do  seu  produto  é  baixo  ou  moderado

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O MagoPode  acontecer!

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O  aspecto  mais  básico  do  Mago  é  o  desejo  de  procurar  as  leis  fundamentais  que  governam  o  funcionamento  das  coisas  e  

aplicar  esses  princípios  para  que  as  coisas  aconteçam.

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As  aplicações  mais  típicas  da  sabedoria  mágica  são:  curar  a  mente,  o  coração  e  o  corpo;  descobrir  a  fonte  da  juventude  e  o  segredo  da  longevidade;  descobrir  meios  de  criar  e  manter  a  prosperidade;  e  

inventar  produtos  que  façam  as  coisas  acontecerem.

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DESEJO  BÁSICO:  conhecer  as  leis  fundamentais  do  funcionamento  do  mundo  ou  do  Universo.META:  tornar  os  sonhos  realidade.MEDO:  consequências  negativas  inesperadas.ESTRATÉGIA:  desenvolver  uma  visão  e  vivê-­‐la.ARMADILHA:  tornar-­‐se  manipulador.DOM:  encontrar  resultados  ganha-­‐ganha.

O  Mago  também  é  conhecido  como  visionário,  catalisador,  inovador,  líder,  carismático,  mediador,  xamã,  agente  de  cura.

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O  arquétipo  do  Mago  no  cinema:

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O  espírito  do  Mago  é  facilmente  invocado  quando  o  produto  tem  origens  exóticas  ou  antigas,  ou  quando  ele  envolve  algum  ritual  especial,  como  fazer  a  rolha  

saltar  da  champanhe,  decantar  o  vinho  ou  girar  o  conhaque  no  

copo.

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O  Mago  também  é  uma  grande  identidade  de  marca  para  as  estratégias  de  mudança  empresarial,  os  remédios  milagrosos,  remédios  à  base  de  ervas,  spas,  viagens  exóticas  e,  claro,  qualquer  produto  ou  

serviço  que  afete  diretamente  a  consciência  -­‐  a  publicidade  é  apenas  um  deles.

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Os  Magos  estão  na  base  das  tecnologias  radicalmente  novas.

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MOTIVAÇÃO  :  pressentimentos,  experiências  extra-­‐sensoriais  ou  sincronísticasNÍVEL  1:  momentos  mágicos  e  experiências  de  transformaçãoNÍVEL  2:  a  experiência  de  fluxoNÍVEL  3:  milagres,  passar  da  visão  para  a  manifestaçãoSOMBRA:  manipulação,  feitiçaria

Níveis do Mago

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Um  público  cada  vez  mais  amplo  está  se  interessando  pela  medicina  corpo-­‐mente;  pela  convergência  de  ideias  

entre  psicologia,  por  um  lado,  e  ciências  físicas  e  biológicas,  por  outro;  pelos  fenômenos  

psíquicos  e  o  ocultismo;  e  pelo  elo  existente  entre  a  evolução  da  consciência  e  o  sucesso.

Os  empresários  frequentemente  são  Magos,  

assim  como  os  atletas.

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As  pessoas  mágicas  geralmente  têm  sonhos  que  os  outros  consideram  impossíveis,  mas  a  essência  da  magia  é  ter  uma  visão  e  caminhar  diretamente  para  dentro  dela.

As  imagens  mais  consistentes  associadas  aos  Magos  são  os  sinais  nos  céus  -­‐  arco-­‐irís,  estrelas  cadentes,  uma  bela  galáxia,  discos  voadores,  a  estrela  de  Belém.  As  outras  imagens  incluem  cavernas,  bolas  de  cristal,  varinhas  mágicas,  mantos  e  o  chapéu  pontudo.

A  magia  sempre  se  realiza  de  dentro  para  fora.

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Quando  o  arquétipo  do  Mago  está  ativo  nos  indivíduos,  eles  são  

catalisadores  da  mudança.  Confiando  na  sincronicidade  (a  coincidência  significativa  pela  qual  se  conectam  os  

mundos  interior  e  exterior),  eles  esperam  que,  se  fizerem  

sua  parte  o  Universo  os  atenderá.  Para  o  Mago  a  consciência  precede  a  

existência.

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As  pessoas  que  têm  um  mago  interior  ativo  valorizam  a  experiência,  buscam  ajuda  espiritual  e,  no  melhor  dos  

casos,  se  empenham  para  ser  fiéis  à  orientação  espiritual.

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O  arquétipo  do  Mago  é  muito  forte  nos  políticos  

carismáticos,  nos  líderes  empresariais  e  em  todo  o  campo  do  marketing,  que  trabalha  a  influência  da  

consciência  humana  sobre  o  comportamento.

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A  armadilha  negativa  que  existe  dentro  do  arquétipo  do  Mago  pode  ser  vista  em  qualquer  indivíduo  que  use  

sua  inteligência  para  manipular  os  outros  

em  vez  de  se  comunicar  com  eles.

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Essa  campanha  publicitária  é  brilhante  porque  possui  

múltiplas  camadas.  Na  primeira  está  a  qualidade  mágica  que  reside  na  experiência  de  usar  

um  cartão  de  crédito.Em  segunda  lugar,  a  Mastercard  reconhece  a  ambivalência  dos  

consumidores  antes  uma  cultura  materialista  e  se  

identifica  com  experiências  mágicas  mais  verdadeiras  que  elas  podem  ter  com  o  cartão.  Por  fim,  ela  elogia  os  clientes  quando  diz  que  sabe  que  há  mais  dentro  deles  do  que  a  simples  ânsia  do  consumo.

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Na  antiga  tradição  da  alquimia,  a  mágica  ocorria  quando  elementos  opostos  eram  juntados  ou  unificados.  Na  publicidade,  esse  agente  é  a  

mente  do  consumidor.

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A  organização  do  Mago  utiliza  tecnologias  de  vanguarda  nas  estruturas  de  consciência,  de  comunicações  e  organizacionais.  São  impelidas  pela  visão,  

buscando  consenso  sobre  valores  fundamentais  e  resultados  desejados.  Tiram  a  ênfase  da  hierarquia  e  apresentam  equipes  auto-­‐organizadas.

Na  organização  do  Mago,  o  segredo  do  sucesso  não  está  no  gerenciamento  do  dinheiro,  mas  no  gerenciamento  da  consciência  dentro  de  um  contexto  que  hoje  

focaliza  radicalmente  a  relação  entre  iguais.

Todas  as  pessoas  em  todos  os  níveis  precisam  estar  aprendendo  e  continuamente  comunicando  aquilo  que  aprendem  a  todas  as  outras  partes  do  sistema.

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O  marketing  do  Mago  começa  com  o  conhecimento  daquilo  em  que  você  

acredita.  A  essência  da  magia  pode  ser  definida  como  a  capacidade  de  afetar  a  

consciência  das  pessoas  e,  assim,  afetar  seu  comportamento.

Você  precisa  lhes  proporcionar  um  significado  palpável.

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O  sucesso  da  sua  marca  depende  de  um  consenso  cultural  sobre  o  valor  

dela.  Não  é  mais  possível  controlar  as  informações  que  o  público  tem  sobre  você.  Mesmo  que  consiga  manter  as  informações  discrepantes  fora  dos  jornais,  você  não  conseguirá  mantê-­‐las  fora  da  internet.  A  magia,  aqui,  é  influenciar  a  consciência  sem  fazer  

uso  dos  meio  de  censura  ou  controle.

Enquanto  consumidores  ou  empregados,  os  indivíduos  mágicos  acreditam  que  você  é  tão  importante  

quanto  o  for  a  qualidade  dos  produtos  ou  serviços  que  você  oferecer.  Ao  comercializá-­‐los,  portanto,  você  está  sempre  

vendendo  você  mesmo,  seus  valores  e  sua  própria  consciência.

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Os  Magos  são  motivados  pelo  desejo  de  transformação  pessoal  e  pela  oportunidade  de  mudar  as  pessoas,  as  organizações  e  a  época.

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O  arquétipo  intrínseco  ao  movimento  feminista  era  o  Mago.  Contudo,  o  arquétipo  que  a  mídia  associou  ao  movimento  tornou-­‐se  o  da  furiosa  queimadora  de  sutiãs  -­‐  uma  imagem  Fora-­‐da-­‐lei  que  não  tinha  atrativo  

para  a  maioria  das  mulheres.

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Quando  fizer  marketing  para  os  Magos  evite  a  tentação  de  forçar  a  atenção  com  

elementos  perturbadores  e  chocantes.

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O  arquétipo  do  Mago  pode  oferecer  uma  identidade  adequada  para  sua  marca  se:

-­‐  o  produto  ou  serviço  é  transformador-­‐  sua  promessa  implícita  é  transformar  o  consumidor-­‐  o  produto  apela  para  os  consumidores  Nova  Era  ou  para  os  Criativos  Culturais-­‐  ajuda  a  expandir  ou  ampliar  a  consciência-­‐  é  uma  tecnologia  amiga  do  usuário-­‐  possui  um  componente  espiritual  ou  psicológico-­‐  é  um  produto  novo  e  muito  contemporâneo-­‐  tem  preço  médio  ou  alto