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Metodologia para Apropriação dos coeficientes de Manutenção e Material empregados para calcular o custo horário de equipamentos empregados em Obras de Construção Pesada
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DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
FRANCISCO DAS CHAGAS FIGUEIREDO
"GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia
para Apropriação de Custos de Equipamentos e Viaturas"
Orientador: Prof. CARLOS ALBERTO PEREIRA SOARES, D.Sc.
Niterói2001
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil daUniversidade Federal Fluminense, comorequisito parcial para obtenção do grau deMestre em Engenharia Civil. Área deconcentração: Produção Civil
1DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
FRANCISCO DAS CHAGAS FIGUEIREDO
"GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia
para Apropriação de Custos de Equipamentos e Viaturas "
Aprovada em dezembro de 2001
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________Carlos Alberto Pereira Soares, D.Sc. – Orientador
(Universidade Federal Fluminense)
_____________________________________________Orlando Celso Longo, M.Sc.
(Universidade Federal Fluminense)
_____________________________________________Isar Trajano da Costa, L.D.
(Universidade Federal Fluminense)
_____________________________________________José Carlos César Amorim, D. Ing.
(Instituto Militar de Engenharia)
Niterói2001
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil daUniversidade Federal Fluminense, comorequisito parcial para obtenção do grau deMestre em Engenharia Civil. Área deconcentração: Produção Civil
2DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
A minha esposa Deusanira e minhas filhas,
Dayara, Daniela e Débora, pelo apoio, incentivo e
compreensão nos momentos em que precisei me ausentar
do convívio familiar durante o desenvolvimento deste trabalho.
3DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
AGRADECIMENTOS
Ao Exército Brasileiro, pela oportunidade e apoio para realizar este curso, sem
os quais talvez este trabalho não fosse concretizado.
À Universidade Federal Fluminense, pela confiança em me receber em seu
corpo discente e apoio durante a realização do curso.
Aos professores Carlos Alberto Pereira Soares e Orlando Celso Longo, pela
confiança, sabedoria, paciência e orientação segura com que muito me
auxiliaram no desenvolvimento deste trabalho no sentido de estruturá-lo de modo
a que possa vir a ser útil para a Engenharia.
Ao Cel Paulo Roberto Dias Morales, meu Supervisor Acadêmico no IME, pela
confiança e orientação segura sobre a melhor forma de desenvolver este trabalho,
de modo a conciliar as necessidades específicas do Exército Brasileiro, em
particular, com as da Construção Civil em geral.
Aos professores do Curso de Pós-Graduação, pela excelência dos
ensinamentos colhidos.
Aos funcionários do Curso de Pós-Graduação, Joana, Clarice, "Sandrinha" e
"Paulão", pelo apoio durante a realização do curso.
Ao Eng. Manuelino Matos de Andrade, Chefe da Gerência de Custos
Rodoviários do DNER, e sua equipe por me possibilitarem acesso aos
documentos que regulam a metodologia de estimativa de custos do DNER e pelo
auxílio prestado na interpretação da mesma.
Aos colegas de curso, demais profissionais e órgãos que contribuíram para a
realização deste trabalho, incentivando, respondendo a nossas pesquisas,
disponibilizando fontes bibliográficas e na revisão do texto.
4DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ............................................................................................. 3
SUMÁRIO............................................................................................................... 4
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................. 9
RESUMO.............................................................................................................. 13
ABSTRACT.......................................................................................................... 14
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15
1.1 Apresentação ................................................................................................. 15
1.2 Objetivo .......................................................................................................... 17
1.3 Relevância...................................................................................................... 18
1.4 Metodologia .................................................................................................... 19
2 CARACTERIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL.............................................. 22
2.1 Evolução da Construção Civil ......................................................................... 22
2.2 Surgimento e correlação da Engenharia Civil com a Fabril ............................ 25
2.3 Caracterização da Construção Civil................................................................ 27
3 ESTIMATIVA E APROPRIAÇÃO DE CUSTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ..... 32
3.1 Obras de construção civil como projeto.......................................................... 32
3.2 Fases de um projeto ....................................................................................... 33
3.3 Planejamento e controle das metas de uma obra .......................................... 38
3.4 Orçamentação ................................................................................................ 38
3.5 Metodologia de orçamentação do DNER ....................................................... 44
3.5.1 Planilha orçamentária .................................................................................. 44
3.5.2 Custos indiretos e lucro ............................................................................... 44
3.5.3 Custos diretos.............................................................................................. 45
3.5.4 Custo de mão-de-obra................................................................................. 46
3.5.5 Custo de materiais....................................................................................... 46
3.5.6 Custo de equipamentos e viaturas .............................................................. 49
3.6 Apropriação de custos .................................................................................... 54
3.6.1 Estrutura da apropriação ............................................................................. 56
3.6.2 Operacionalizando a apropriação de custos................................................ 57
3.6.2.1 Apropriação da produtividade................................................................... 57
3.6.2.2 Apropriação do custo dos recursos .......................................................... 58
5DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
3.6.2.3 Apropriação do consumo dos recursos .................................................... 60
3.6.2.4 Apropriação dos custos unitários dos serviços......................................... 61
3.6.2.5 Apropriação das despesas indiretas......................................................... 62
3.6.2.6 Cálculo do custo de implantação da obra................................................. 62
3.6.3 Universo de controle.................................................................................... 62
3.6.4 Apropriação em obras de Edificações e Construção Pesada...................... 64
4 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE EQUIPAMENTOS E VIATURAS..................... 67
4.1 Introdução....................................................................................................... 67
4.2 Custos de Propriedade................................................................................... 68
4.2.1 Depreciação ................................................................................................ 68
4.2.2 Vida útil de equipamentos e viaturas ........................................................... 69
4.2.3 Métodos empregados no cálculo da depreciação ....................................... 71
4.2.3.1 Método da função linear ........................................................................... 72
4.2.3.2 Método da soma dos dígitos..................................................................... 74
4.2.3.3 Método exponencial.................................................................................. 76
4.2.3.4 Método do fundo de amortização (“sinking fund”)..................................... 77
4.2.3.5 Método do serviço executado................................................................... 81
4.2.3.6 Comparação dos métodos de depreciação .............................................. 82
4.2.3.7 Depreciação em regime de economia inflacionária .................................. 83
4.2.4 Juros de investimento.................................................................................. 87
4.3 Custos de operação........................................................................................ 88
4.3.1 Combustíveis ............................................................................................... 88
4.3.2 Lubrificantes ................................................................................................ 89
4.3.3 Graxa........................................................................................................... 90
4.3.4 Filtros........................................................................................................... 91
4.3.5 Mão-de-obra ................................................................................................ 91
4.3.6 Pneus .......................................................................................................... 92
4.4 Custo de manutenção..................................................................................... 93
4.5 Custo horário de equipamento ....................................................................... 94
4.6 Metodologias para estimativa de custos de equipamentos e viaturas............ 96
4.7 Metodologia do DNER.................................................................................... 96
4.7.1 Manual de 1972........................................................................................... 97
4.7.1.1 Depreciação e juros.................................................................................. 97
6DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
4.7.1.2 Manutenção.............................................................................................. 98
4.7.1.3 Operação.................................................................................................. 99
4.7.1.4 Custo horário produtivo e improdutivo .................................................... 100
4.7.2 Revisão de 1980........................................................................................ 100
4.7.3 Revisão de 1998........................................................................................ 101
4.7.3.1 Depreciação ........................................................................................... 102
4.7.3.2 Custo de oportunidade de capital ........................................................... 103
4.7.3.3 Seguros e impostos ................................................................................ 104
4.7.3.4 Manutenção............................................................................................ 104
4.7.3.5 Operação................................................................................................ 105
4.7.3.6 Custo horário operativo e improdutivo .................................................... 107
4.7.4 Conclusão.................................................................................................. 108
5 METODOLOGIA DE APROPRIAÇÃO PROPOSTA....................................... 117
5.1 Introdução..................................................................................................... 117
5.2 Definições e fórmulas básicas ...................................................................... 117
5.2.1 Família de equipamentos ou viaturas ........................................................ 118
5.2.2 Órgão Central de Apropriação (OCA)........................................................ 118
5.2.3 Seção de Apropriação ............................................................................... 118
5.2.4 Centro de custos........................................................................................ 118
5.2.5 Seção de manutenção............................................................................... 119
5.2.6 Horas trabalhadas operativas.................................................................... 119
5.2.7 Horas trabalhadas improdutivas ................................................................ 119
5.2.8 Custo horário fixo de equipamento ou viatura .......................................... 119
5.2.9 Custo horário fixo de família de equipamentos ou viaturas ....................... 120
5.2.10 Custo horário de manutenção ................................................................. 120
5.2.11 Custo horário de operação com material................................................. 120
5.2.12 Custo horário de operação com mão-de-obra ......................................... 121
5.2.13 Custo horário de operação ...................................................................... 122
5.2.14 Custo horário operativo ........................................................................... 122
5.2.15 Custo horário improdutivo........................................................................ 122
5.2.16 Valor de aquisição de família de equipamentos ou viaturas................... 122
5.2.17 Potência de família de equipamentos ou viaturas .................................. 122
5.2.18 Vida útil de família de equipamentos ou viaturas................................... 122
7DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
5.2.19 Horas trabalhadas por ano de família de equipamentos ou viaturas...... 122
5.3 Metodologia .................................................................................................. 123
5.3.1 Fases da metodologia ............................................................................... 125
5.3.1.1 Fase I – Cadastramento e organização do sistema................................ 125
5.3.1.2 Fase II – Coleta, processamento inicial e encaminhamento dos dados . 129
5.3.1.3 Fase III – Processamento final e emissão de relatórios ......................... 129
5.3.1.3.1 Cálculo dos coeficientes de custo de manutenção e operação ........... 136
5.3.1.3.2 Cálculo dos índices de atualização de custos ..................................... 138
5.3.1.4 Fase IV – Análise dos relatórios para tomada de decisão...................... 140
5.3.2 Formulários e modelos de relatórios propostos......................................... 141
5.3.2.1 Relação de peças e materiais utilizados na manutenção ....................... 141
5.3.2.2 Relação de custo de mão-de-obra e serviços de manutenção............... 142
5.3.2.3 Relação de motoristas de viaturas e operadores de equipamentos ....... 143
5.3.2.4 Relação de equipamentos e viaturas...................................................... 143
5.3.2.5 Relação de famílias de equipamentos e viaturas ................................... 145
5.3.2.6 Ficha de utilização de equipamentos e viaturas ..................................... 146
5.3.2.7 Ficha de manutenção de equipamentos e viaturas ................................ 148
5.3.2.8 Tabela de custo horário de mão-de-obra................................................ 149
5.3.2.9 Quadro de emprego de equipamentos e viaturas................................... 151
5.3.2.10 Relação de custos de família de equipamentos e viaturas................... 152
5.3.2.11 Quadro de custos de equipamentos e viaturas .................................... 153
5.3.2.12 Resíduos de custo de família de equipamentos e viaturas................... 155
5.3.2.13 Ficha controle de despesas de família de equipamentos e viaturas..... 156
5.3.2.14 Tabela de consumo de combustível ..................................................... 158
5.3.2.15 Tabela de custos apropriados de famílias de equipamentos e viaturas 159
5.3.2.16 Tabela de custo horário médio de mão-de-obra................................... 161
5.4 Conclusão..................................................................................................... 161
6 CONCLUSÃO.................................................................................................. 163
7 BIBLIOGRAFIA............................................................................................... 168
8 APÊNDICE ...................................................................................................... 172
8.1 ORÇAMENTO COMPARATIVO................................................................... 172
8.1.1 Informações para elaboração dos orçamentos.......................................... 172
8.1.1.1 Escopo.................................................................................................... 172
8DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
8.1.1.2 Planilha de quantidades ......................................................................... 173
8.1.1.3 Referências para os orçamentos............................................................ 173
8.1.1.4 Metodologias e parâmetros adotados nos orçamentos .......................... 173
8.1.2 Documentos que compõem o orçamento .................................................. 174
9DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Comparação entre as características de Indústria Fabril e de
Construção Civil................................................................................... 27
Figura 2 – A Indústria de Construção Civil - subsetores....................................... 29
Figura 3 – Estrutura do macrocomplexo da Construção Civil ............................... 31
Figura 4 – Fases de um projeto (empreendimento).............................................. 34
Figura 5 – O ciclo de vida do projeto subdividido em fases características.......... 36
Figura 6 – Fluxograma da orçamentação............................................................. 43
Figura 7 – Composição do LDI adotado pelo DNER ............................................ 45
Figura 8 – Ficha de Composição de custo unitário do DNER............................... 47
Figura 9 - Resumo dos encargos sociais trabalhistas adotados pelo DNER........ 48
Figura 10 - Resumo dos encargos adicionais à mão-de-obra adotado pelo
DNER. ................................................................................................. 48
Figura 11 - Padrão salarial da mão-de-obra adotado pelo DNER. ....................... 49
Figura 12 – Planilha orçamentária........................................................................ 50
Figura 13 – Resumo do orçamento detalhado pelos componentes de custo ....... 51
Figura 14 – Composição do custo direto da obra ................................................. 51
Figura 15 – Composição do preço da obra........................................................... 52
Figura 16 – Composição do custo dos equipamentos.......................................... 52
Figura 17 - Custo gerenciável dos equipamentos em relação ao custo direto ..... 53
Figura 18 – Custo gerenciável dos equipamentos em relação ao preço de
venda................................................................................................... 53
Figura 19 – Composição da jornada de trabalho na construção .......................... 58
Figura 20 – Curva de classificação ABC .............................................................. 64
Figura 21 - Gráfico de depreciação pela função linear ........................................ 73
Figura 22 - Gráfico de depreciação pelo método da soma dos dígitos................. 76
Figura 23 - Gráfico de depreciação pelo método exponencial.............................. 78
Figura 24 - Gráfico de depreciação pelo método do fundo de reserva................. 81
Figura 25 - Curvas de depreciação ...................................................................... 83
Figura 26 - Comparação da depreciação anual................................................... 84
Figura 27 - Cálculo de depreciação em regime de economia inflacionária .......... 86
10DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 28 - Consumo específico de óleo diesel.................................................... 89
Figura 29 - Consumo específico de lubrificante.................................................... 90
Figura 30 - Consumo horário médio de graxa. ..................................................... 91
Figura 31 - Vida útil de filtros. ............................................................................... 92
Figura 32 - Vida útil de pneus............................................................................... 93
Figura 33 - Coeficientes de manutenção sugeridos pela CATERPILLAR. ........... 95
Figura 34 - Coeficientes de proporcionalidade de manutenção............................ 99
Figura 35 - Coeficientes de consumo de material adotados pelo DNER............ 106
Figura 36 - Valor residual dos equipamentos em relação ao valor de aquisição
adotado pelo DNER........................................................................... 112
Figura 37 - Coeficientes de manutenção (Kmanut ) adotados pelo DNER ............ 113
Figura 38 - Tabela de vida útil de equipamentos adotada pelo DNER ............... 114
Figura 39 - Classificação das condições de trabalho adotada pelo DNER......... 115
Figura 40 - Classificação das categorias de mão-de-obra de operação de
equipamentos e viaturas adotada pelo DNER................................... 116
Figura 41 – Fluxo da apropriação em função de suas fases .............................. 124
Figura 42 – Relação de peças e materiais utilizados na manutenção................ 126
Figura 43 – Relação de custo de mão-de-obra e serviços da manutenção........ 127
Figura 44 – Relação de motoristas de viaturas e operadores de equipamentos 127
Figura 45 – Relação de equipamentos e viaturas .............................................. 128
Figura 46 – Relação de famílias de equipamentos e viaturas ............................ 128
Figura 47 – Ficha de utilização de equipamentos e viaturas .............................. 130
Figura 48 – Ficha de manutenção de equipamentos e viaturas ......................... 131
Figura 49 – Tabela de custo horário de mão-de-obra ........................................ 132
Figura 50 – Quadro de emprego de equipamentos e viaturas............................ 132
Figura 51 – Relação de custos de família de equipamentos e viaturas.............. 133
Figura 52 – Quadro de custos de equipamentos e viaturas ............................... 133
Figura 53 – Resíduos de custos de família de equipamentos e viaturas............ 134
Figura 54 – Ficha controle de despesas de família de equipamentos e viaturas 134
Figura 55 – Tabela de consumo de combustível ................................................ 135
Figura 56 – Tabela de custos apropriados de famílias de equipamentos e
viaturas .............................................................................................. 135
Figura 57 – Tabela de custo horário médio de mão-de-obra.............................. 136
11DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 58 – Atualização de custos apropriados.................................................. 138
Figura 59 – Exemplo de cálculo de índice de atualização de custo ................... 140
Figura 60 – Quadro resumo de comparação de orçamento pela metodologia
do DNER ........................................................................................... 176
Figura 61 – Cálculo do custo horário de equipamentos e viaturas pelo SICRO. 177
Figura 62 – Cálculo do custo horário de equipamentos e viaturas pelo
SICRO2 ............................................................................................. 178
Figura 63 – Planilha e resumo de orçamento pelo SICRO................................. 179
Figura 64 – Detalhamento do custo dos equipamentos e viaturas – Orçamento
SICRO ............................................................................................... 180
Figura 65 – Detalhamento do emprego dos recursos pelos serviços –
Orçamento SICRO............................................................................. 181
Figura 66 – Planilha e resumo de orçamento pelo SICRO2............................... 182
Figura 67 – Detalhamento do custo dos equipamentos e viaturas – Orçamento
SICRO2 ............................................................................................. 183
Figura 68 – Detalhamento do emprego dos recursos pelos serviços –
Orçamento SICRO2........................................................................... 184
Figura 69 – Planilha e resumo de orçamento pelo MANUAL DO DNER............ 185
Figura 70 – Detalhamento do custo dos equipamentos e viaturas – Orçamento
pelo MANUAL DO DNER .................................................................. 186
Figura 71 – Detalhamento do emprego dos recursos pelos serviços –
Orçamento pelo MANUAL DO DNER................................................ 187
Figura 72 – Planilha de composição de custo unitário de Escavação e carga
de material de jazida.......................................................................... 188
Figura 73 – Planilha de composição de custo unitário de Expurgo de jazida..... 188
Figura 74 – Planilha de composição de custo unitário de Limpeza de camada
vegetal em jazida............................................................................... 189
Figura 75 – Planilha de composição de custo unitário de Desmat. Dest. e
limpeza de áreas com árvores de diâmetro até 0,15 m ..................... 189
Figura 76 – Planilha de composição de custo unitário de Esc. Carga e
Transp. Mat. 1a Cat. DMT 800 a 1000 m c/ Carregadeira.................. 190
Figura 77 – Planilha de composição de custo unitário de Compactação de
aterro a 100 % proctor normal ........................................................... 190
12DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 78 – Planilha de composição de custo unitário de Regularização de
subleito .............................................................................................. 191
Figura 79 – Planilha de composição de custo unitário de Transporte local de
água com Cam. tanque Rodov. não Pav. .......................................... 191
Figura 80 – Planilha de composição de custo unitário de Base e sub-base de
solo estabilizado granulometricamente sem mistura ......................... 192
Figura 81 – Planilha de composição de custo unitário de Transporte local com
Cam. Basc. 10 m3 em Rodov. não Pavim.......................................... 192
13DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
RESUMO
Neste trabalho é apresentada a proposta de uma metodologia paraapropriação dos custos decorrentes do emprego de equipamentos e viaturas emobras de construção pesada. A metodologia proposta, desenvolvida com base nametodologia de estimativa de custos do DNER ( principal referência nacional paraobras de construção pesada), considera as características peculiares a estasobras e contempla seus principais componentes de custo, os equipamentos eviaturas. Inicialmente faz-se a caracterização dos diversos setores da construçãocivil, destacando-se as peculiaridades do subsetor focalizado. Nodesenvolvimento aborda-se as atividades relacionadas com a estimativa eapropriação de custos das obras, caracterizando-se como normalmente sãodesenvolvidas, as particularidades da construção pesada e destaca-se suaimportância para o sucesso financeiro dos empreendimentos. Na apresentação dametodologia de estimativa de custo dos equipamentos e viaturas detalha-se osconceitos utilizados, destacando-se a metodologia adotada pelo DNER. Ametodologia de apropriação proposta é apresentada através de suas fases, dosformulários de coleta e processamento de dados, da formulação utilizada e daproposta de modelos de relatórios. Como referência para caracterização daimportância dos equipamentos e viaturas na estrutura de custos das obras deconstrução pesada é apresentado um orçamento detalhado de uma obra típica,onde é obtido o peso relativo de cada componente de custo. Na conclusão sãoapresentadas sugestões para implantação progressiva da metodologia proposta ediscorre-se sobre outras possibilidades de utilização da base de dados que seráobtida com sua aplicação.
14DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
ABSTRACT
This dissertation present the proposal of methodology for appropiation ofthe costs of equipments and vehicles in heavy construction works. Themethodology proposed is based in the methodology of estimate of costs of theDNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, main national referencefor heavy construction works), it considers the peculiar characteristics these worksand it contemplates its main cost components, the equipments and vehicles.Initially the sectors of the civil construction are characterized, highlighting thepeculiarities of the heavy construction sector. In the development it ischaracterized as the activities of estimate and appropriation of costs are usuallydeveloped, standing out the particularities of the heavy construction works andtheir importance for the financial success of the enterprises. In the presentation ofthe methodology of estimate of cost of the equipments and vehicles the conceptsused are detailed, standing out the methodology adopted by DNER. Themethodology of appropriation proposal is presented through its phases, of thecollection forms and processing of data, of the used formulation and of theproposal of reports' models. A detailed budget of a tipical heavy construction workis presented as reference for to characterize the importance of the equipmentsand vehicles in the structure of costs these works. Suggestions for progressiveimplantation of the methodology proposal and other possibilities of use of thedatabase obtained with its application are presented in the conclusion.
DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
1 INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO
“Durante muito tempo a construção civil brasileira, teve lucros fáceis,legislação branda, e cliente pouco exigente. Nos últimos anos, aconstrução civil vem se deparando a muitos obstáculos, queimplicam na difícil sobrevivência de muitas empresas deste ramo. Eatualmente, o lucro deixou de ser livremente arbitrado para serimposto pelo preço de mercado e custo de produção”. (SILVA, 1996,p. 16)
A citação apresentada continua válida e descreve com bastante
propriedade a situação que é vivida atualmente pela construção civil brasileira. O
mercado continua bastante competitivo e os clientes vêm aumentando o nível de
exigência quanto aos serviços prestados a cada dia.
Para que uma empresa consiga sobreviver no cenário atual ela precisa
apresentar preços competitivos e atender às demais exigências do mercado,
dentre as quais destaca-se a questão da qualidade, tanto do ponto de vista de
performance do produto contratado, quanto no que se refere ao cumprimento de
rigorosos cronogramas e demais condições contratuais.
Caso a empresa não apresente argumentos convincentes de que é capaz
de prestar serviços dentro do padrão de qualidade exigido, é possível que sua
proposta de preços não venha sequer a ser analisada. O cumprimento de um
determinado padrão de qualidade normalmente é condição básica e inegociável.
Portanto as propostas de preços não podem ser elaboradas com base na
possibilidade de relaxamento das especificações de serviço ou obrigações
contratuais.
Do exposto pode-se concluir que não houve mudança no grande desafio
16DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
enfrentado pelas empresas de construção civil, que continua sendo prestar
serviços de qualidade a preços competitivos. A mudança ocorreu no conceito de
qualidade e pode ser caracterizada pelo aumento do rigor com que as
especificações dos serviços e demais condições contratuais estão sendo
cobradas pelos clientes.
Como o padrão de qualidade não é negociável, o diferencial entre as
empresas estará nos preços pelos quais cada uma poderá prestar seus serviços.
Será mais competitiva a empresa que conseguir executar os serviços pelos
menores custos, isto é, aquela que for mais eficiente, utilizando seus meios de
forma mais racional.
A análise da eficiência de um processo produtivo pode ser feita através do
custo dos produtos obtidos. O processo mais eficiente será aquele que possibilite
a obtenção de um produto pelo menor custo. No que se refere à construção civil,
o mercado avalia a eficiência das empresas através do preço proposto pelas
mesmas para realizar as obras especificadas segundo um determinado padrão de
qualidade. A diferença entre o preço proposto por uma empresa e o custo obtido
pela mesma para realizar uma obra será o seu lucro ou prejuízo, e portanto a
possibilidade da empresa sobreviver e crescer ou não.
Quando uma empresa apresenta uma proposta de preços para executar
uma obra ela utiliza uma série de parâmetros para estimar seus custos e definir o
lucro que deseja obter. A utilização de parâmetros inadequados pode resultar em
uma proposta de preços que não seja competitiva ou que não seja exeqüível. No
primeiro caso a empresa não conseguirá ser contratada, no segundo ela terá
duas opções: não cumprir o contrato ou honrá-lo, mesmo contabilizando
prejuízos, para preservar sua imagem. Nenhuma das situações descritas é
desejável porque inviabiliza a sobrevivência da empresa.
Atualmente a sobrevivência e possibilidade de crescimento de uma
empresa de construção civil está diretamente ligada a sua capacidade de estimar
custos com pequena margem de erro em relação aos que serão obtidos durante a
execução de suas obras. O grau de acerto das estimativas de custo dependem
fundamentalmente dos parâmetros utilizados, principalmente daqueles que
afetam mais o custo total da obra. Os parâmetros mais importantes nas
estimativas de custo das obras de engenharia são: a produtividade das equipes
17DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
de trabalho, o custo dos recursos utilizados e os custos indiretos.
De acordo com o tipo de obra e suas características específicas alguns
recursos são mais importantes que outros para definição do seu custo total. É
necessário então que se conheça a importância relativa dos diversos recursos ou
grupos de recursos na composição deste custo. A identificação da importância de
cada recurso e das regras de composição de seus custos configura a estrutura de
custos da obra, cujo conhecimento é fundamental para que se consiga executá-la
com mais eficiência.
Um dos segmentos representativos da construção civil é o da construção
pesada, que se caracteriza pelo emprego maciço de equipamentos de grande
porte. Na estrutura de custo destas obras os elementos mais significativos são: a
produtividade das equipes de trabalho, o custo e emprego racional dos materiais
consumidos e o custo dos equipamentos e viaturas empregados.
O controle da produtividade das equipes e do custo e emprego dos
materiais consumidos não demanda maiores dificuldades. Quanto ao custo dos
equipamentos e viaturas, seu conhecimento, apropriação e controle não são tão
simples, face à complexidade das variáveis envolvidas, porém são
imprescindíveis para que se possa gerenciá-los durante a execução das obras.
Nesta dissertação será apresentado um estudo sobre as metodologias
utilizadas para estimativa do custo de utilização dos equipamentos e viaturas nas
obras de construção pesada e uma proposta de metodologia para apropriação
destes custos durante a execução das mesmas. Desta forma, a metodologia
apresentada se constituirá numa poderosa ferramenta auxiliar do gerenciamento
na atividade de controle da implantação das obras em foco por possibilitar o
gerenciamento de seu principal componente de custo.
1.2 OBJETIVO
Esta dissertação tem por objetivo principal apresentar a proposta de uma
metodologia para apropriação de custos de equipamentos e viaturas na
realização de obras de construção pesada. Além da obtenção dos custos que irão
ocorrer durante a realização das obras a metodologia proposta possibilitará a
obtenção de dados para comparação com os parâmetros clássicos, definidos
pelas metodologias de estimativa de custos, bem como para utilização no
18DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
planejamento de futuros empregos dos equipamentos e viaturas da empresa.
1.3 RELEVÂNCIA
O aumento da competitividade no mercado da construção civil e no da
construção pesada em particular é uma realidade e foi provocado basicamente
por dois fatores antagônicos, a redução do ritmo de implantação de grandes obras
e o aumento do número de empresas estabelecidas. Com o aumento da
competitividade as empresas precisam aumentar seu nível de eficiência a fim de
que possam realizar obras a preços competitivos e continuem obtendo lucros.
Esta constatação impõe a necessidade das empresas otimizarem os processos
produtivos para que possam reduzir seus custos na realização das obras.
Além do aumento da competitividade, a mudança no cenário econômico
nacional, com a estabilização da moeda, também provocou mudanças na análise
da viabilidade econômica dos empreendimentos. Com a redução das taxas de
inflação a possibilidade das empresas obterem receita aplicando os recursos das
obras no mercado financeiro praticamente se esgotou. As empresas agora
precisam cobrir seus custos e obter lucro na realização efetiva das obras, com
aumento de produtividade e redução de custos.
A implantação de uma política de redução de custos na realização de obras
de engenharia precisa ser precedida do conhecimento da estrutura de custos
vigente. O mapeamento desta estrutura possibilitará conhecer quais são os
componentes mais importantes e as causas de desperdício ou ineficiência que
venham a ser verificadas no processo produtivo. A obtenção destas informações
é a essência da apropriação de custos.
É sabido, e será demonstrado nesta dissertação, que os equipamentos e
viaturas são responsáveis por uma parcela significativa do custo direto das obras
de construção pesada. Portanto a redução no custo de realização deste tipo de
obras precisa considerar o custo decorrente do emprego dos equipamentos e
viaturas. Devido às características do tipo de obras em foco, a apropriação de
seus custos não é simples e não é contemplada pela literatura clássica a respeito.
A parte mais significativa das obras de construção pesada,
tradicionalmente, vinha sendo executada por um pequeno número de empresas
de grande porte que foram estruturadas e cresceram num ambiente de pouca
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competitividade no qual conseguiam impor seus preços ao mercado. Esta talvez
seja uma das causas do assunto ser pouco estudado, porém com o aumento da
competitividade e o advento da terceirização um número maior de empresas está
atuando neste mercado.
Portanto a importância deste trabalho está na apresentação da proposta de
uma metodologia que possibilita a apropriação dos custos que realmente ocorrem
com o emprego dos equipamentos e viaturas em obras de construção pesada.
Além da possibilidade de se conhecer os valores reais deste importante
componente de custo, os profissionais e empresas passarão a dispor de uma
metodologia estruturada que atualmente só deve estar disponível para algumas
das grandes empresas do setor.
1.4 METODOLOGIA
Para atingir os objetivos propostos foi adotada a seguinte metodologia no
desenvolvimento desta dissertação:
a) Pesquisa e análise
• Pesquisa e estudo bibliográfico sobre os assuntos relacionados ao objetivo da
dissertação;
• Visita a órgãos do governo que tem atuação na área de construção pesada;
• Realização de pesquisa junto a profissionais e órgãos do governo sobre
metodologias de estimativa e apropriação de custo de equipamentos e
viaturas em obras de construção pesada;
A pesquisa bibliográfica foi orientada no sentido de obter informações
sobre metodologias usualmente utilizadas para realizar a estimativa e apropriação
de custos de equipamentos e viaturas em obras de construção pesada. Nesta
fase foi possível constatar a carência de literatura a respeito. Dentre os órgãos
contatados destaca-se o DNER, DERSA/SP, DER/SP, EMOP, DER/PR, DER/MG,
DAER/RS, IBEC e diversas unidades de construção do Exército.
b) Desenvolvimento
• Escolha de uma metodologia de estimativa de custos de equipamentos e
viaturas para ser utilizada como base para o desenvolvimento da metodologia
de apropriação proposta;
• Definição dos parâmetros mais importantes a serem obtidos com a
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metodologia de apropriação proposta, de modo a facilitar a comparação dos
resultados obtidos em campo com os propostos pela metodologia de
estimativa de custos;
• Adequação e complementação de metodologia de apropriação de custos
desenvolvida e implantada anteriormente pelo autor;
O desenvolvimento da dissertação pautou-se basicamente no estudo das
metodologias de estimativas de custos disponíveis a fim de se escolher a mais
adequada para servir de base para a metodologia a ser proposta. Neste estudo
buscou-se uma metodologia que fosse a mais completa possível, usual,
abrangente e atual.
Após a definição da metodologia de estimativa de custos que seria utilizada
como base para a metodologia proposta, o autor adequou e complementou
metodologia desenvolvida e implantada anteriormente pelo mesmo com base nos
estudos realizados.
c) Estruturação do trabalho
Este trabalho foi organizado em 6 (seis) capítulos, além da lista de
referências bibliográficas, que compõem o corpo principal da dissertação e de um
apêndice, onde é apresentado um exemplo de orçamento detalhado de uma obra
de construção pesada típica. A seguir é apresentada a descrição do conteúdo de
cada capítulo da dissertação:
• Capítulo 1 – Introdução: neste capítulo faz-se a introdução ao tema e são
apresentados o objetivo, a relevância, a metodologia utilizada e a estruturação
do trabalho;
• Capítulo 2 – Caracterização da Construção Civil: neste capítulo faz-se a
caracterização das diversas áreas de atuação da construção civil, destacando
o setor de construção pesada;
• Capítulo 3 – Estimativa e Apropriação de Custos na Construção Civil:
neste capítulo aborda-se as atividades relacionadas com a estimativa e
apropriação de custo das obras, caracterizando-se como normalmente são
feitas, e destacando-se sua importância e necessidade para o sucesso dos
empreendimentos;
• Capítulo 4 – Estimativa de Custos de Equipamentos e Viaturas: este
capítulo aborda e detalha como são feitas as estimativas do custo de utilização
21DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
de equipamentos e viaturas em obras de construção pesada, enfatizando-se a
metodologia adotada pelo DNER que é utilizada como base para modelagem
da metodologia de apropriação de custos proposta;
• Capítulo 5 – Metodologia de Apropriação Proposta: neste capítulo é feita a
apresentação da metodologia de apropriação proposta através de suas fases,
formulários de coleta e processamento dos dados, e formulação utilizada,
além da proposição de modelos de relatórios e outros parâmetros importantes
além do custo;
• Capítulo 6 – Conclusão: neste capítulo apresenta-se as conclusões da
dissertação, algumas sugestões pertinentes ao emprego da metodologia
proposta e discorre-se sobre outras possibilidades de utilização da base de
dados que será estruturada com a aplicação da metodologia proposta;
• Capítulo 7 – Bibliografia: apresenta a bibliografia consultada para elaboração
da dissertação;
• Apêndice: composto pela memória de cálculo de um orçamento detalhado,
elaborado para uma obra de construção pesada típica pela metodologia do
DNER.
DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
2 CARACTERIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL
2.1 EVOLUÇÃO DA CONS TRUÇÃO CIVIL
A Indústria da Construção Civil , hoje uma pujante atividade econômica,
está presente no dia-a-dia da humanidade desde os primórdios de nossa
existência. A Engenharia Civil concentra uma série de atividades desenvolvidas
pelo homem para transformar a natureza de modo a tornar possível a
sobrevivência e o desenvolvimento da raça humana.
A origem da Construção Civil pode ser considerada como tendo ocorrido na
época em que o homem saiu das cavernas e precisou construir abrigos para se
proteger das intempéries e do ataque dos animais. Inicialmente os abrigos foram
construídos de madeira, com engradados de galhos de árvores cobertos com
peles ou vegetação seca, os quais ofereciam pouca proteção, tendo evoluído para
construções mais robustas.
O passo seguinte dessa evolução foi a casa de pau-a-pique, que também
era construída com base em um engradado de madeira, mas o preenchimento
passou a ser feito com argila em vez de simplesmente ser coberto com vegetação
seca. A cobertura continuou sendo feita com vegetação seca (palha).
Apesar da evolução, a nova moradia do homem ainda não era forte o
suficiente para protegê-lo da fúria das intempéries e dos animais mais fortes.
Surgiu então a casa construída com pedras, que eram arrumadas para formar a
estrutura das paredes, passando a proporcionar mais segurança, ao mesmo
tempo em que era mais durável. Neste tipo de construção inicialmente não havia
rejuntamento entre as pedras, o que só passou a ser utilizado posteriormente.
O rejuntamento surgiu como uma forma de fortalecer a estrutura e
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proporcionar melhores condições de moradia ao homem, aumentando a proteção
contra as intempéries, por possibilitar um isolamento mais eficiente contra as
variações de temperatura. Com o rejuntamento também foi possível reduzir a
quantidade de pedras necessárias para construir uma casa. Estavam
caracterizadas então as técnicas de construção utilizadas até nossos dias e
denominadas alvenaria de pedra seca e alvenaria de pedra argamassada.
Podemos ousar em afirmar que, nesta etapa evolutiva, também foi utilizado o
princípio da aderência, que é utilizado até nossos dias para obtermos elementos
de vedação e estruturas mais leves, esbeltas e conseqüentemente mais
econômicas.
Para o rejuntamento, no início foi utilizada a argila, que depois passou a ser
misturada a óleos orgânicos, como o da baleia, para melhorar suas propriedades.
A combinação de materiais disponíveis na natureza caracteriza o surgimento do
subsetor da construção civil responsável pela produção dos materiais de
construção.
Com o passar do tempo o homem foi acumulando conhecimento e suas
soluções para o problema de moradia continuaram evoluindo. Embora ainda
continuemos adotando algumas soluções que vem de longa data, os níveis de
desenvolvimento e complexidade desta atividade nos dias atuais são bastante
elevados, tornando possível a construção de estruturas complexas como os
arranha-céus e pontes de grandes vãos, dentre outras.
Podemos considerar que a mola mestra do desenvolvimento humano é o
instinto de sobrevivência associado a nossa capacidade de modificar a natureza
na busca por melhores condições para obter e garantir pelo maior tempo possível
as condições necessárias a nossa sobrevivência e desenvolvimento.
Dentro deste contexto a moradia representa apenas uma das
necessidades, outro elemento fundamental sempre foi o alimento, que com o
passar do tempo foi se tornando escasso na natureza. O homem precisou então
cultivar vegetais e criar animais para poder dispor de alimentos em quantidade
suficiente e durante todo o tempo.
Inicialmente os alimentos produzidos eram suficientes para prover apenas
as necessidades das comunidades que o produziam, não havia grandes
excedentes. Em suma, as necessidades básicas do homem podiam ser supridas
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sem que fossem necessárias trocas com outras comunidades.
Com o passar do tempo a população aumentou e os contatos entre as
comunidades foram facilitados. Com estes contatos o homem descobriu que
poderia trocar os excedentes de alimentos que produzia pelos excedentes de
outras comunidades, como forma de reduzir as perdas e obter produtos que não
dispunha na quantidade necessária.
As trocas de alimentos e outros produtos entre comunidades foram
aumentando, de modo que juntamente com outros fatores contribuíram para o
aparecimento das vias de ligação entre comunidades, foram as primeiras estradas
construídas pelo homem.
As primeiras “estradas” na verdade eram trilhas estreitas e sinuosas
abertas na vegetação, praticamente como conseqüência da quantidade de
pessoas e animais que passavam constantemente pelo mesmo local. Com o
passar do tempo estas trilhas foram se alargando e tornando-se menos sinuosas,
para possibilitar o deslocamento das pessoas e o transporte dos produtos em
melhores condições.
A evolução das características das estradas ocorreu como uma
conseqüência direta do desenvolvimento do homem e do incremento no volume
de produtos a transportar em distâncias cada vez maiores. O homem descobriu
que poderia encurtar as distâncias a percorrer reduzindo a sinuosidade das
estradas o quanto fosse possível. Este limite era definido ou interpretado em
função dos obstáculos a transpor e das rampas a vencer. O grau de retificação de
uma estrada é resultado tanto das características do terreno quanto da
capacidade do homem interferir na natureza para alterar as características
originais do terreno.
Esta conjunção de fatores certamente contribuiu para o homem
desenvolver técnicas que possibilitaram a realização de grandes movimentos de
terra, desmonte em rocha, construção de pontes, túneis, viadutos e pavimentação
rodoviária. O surgimento e desenvolvimento destas técnicas naturalmente não
ocorreu de forma isolada nem ao longo de um pequeno período da história. Foi o
resultado de um processo que ainda está ocorrendo, e que vem sendo
influenciado por outros fatores que tanto estimulam como ajudam no
desenvolvimento (avanço tecnológico, pesquisas científicas, disponibilidade de
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máquinas, disponibilidade de capital, desenvolvimento de novos materiais, etc.).
Com o surgimento das estradas, o relacionamento entre as pessoas se
intensificou, estimulando a troca de experiências entre diferentes comunidades, o
que foi fundamental para o desenvolvimento humano. O homem sempre
enfrentou e continua enfrentando muitos desafios, os quais vem sendo vencidos
através de soluções que buscam otimizar os processos utilizados para suprir
nossas necessidades.
Como conseqüência do constante desenvolvimento humano tem-se hoje os
grandes conglomerados urbanos, os parques industriais, a exploração de
recursos minerais, a extensa gama de serviços prestados à população
(comunicações, energia, abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos,
etc.), as obras viárias e as estruturas de geração (transformação) e transmissão
de energia, dentre outras atividades econômicas que são viabilizadas graças à
execução de trabalhos de construção civil.
Da apresentação de alguns trabalhos típicos da construção civil pode-se
concluir sobre a grande diversidade de materiais, áreas de atuação, formas de
organização, tecnologias, equipamentos e profissionais que concorrem para
viabilizar a realização destas obras. Esta diversidade motivou a segmentação e
organização da Construção Civil em vários subsetores, como forma de agrupar
afinidades e de obter maior eficiência no processo produtivo e na análise de
resultados, dentre outras motivações.
TRAJANO (1986, p. 1) diz que “a Engenharia tem sido conceituada como a
arte e a ciência do emprego e desenvolvimento da utilização dos recursos
naturais em benefício da humanidade”. Este conceito sintetiza o que foi
apresentado nos parágrafos anteriores. A seguir faremos uma breve exposição
sobre o surgimento da Engenharia Civil, sua correlação com as atividades fabris e
a apresentação da forma como alguns autores e órgãos a subdividem.
2.2 SURGIMENTO E CORRELAÇÃO DA ENGENHARIA CIVIL COM A FABRIL
Conforme apresentado anteriormente, as atividades de engenharia em
geral estão presentes ao longo de toda a história do homem, embora sua
designação como Engenharia só tenha surgido bem depois, ao longo do século
XVIII, na França e Inglaterra. O termo Engenharia Civil surgiu nesta mesma
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época, no momento em que se conseguiu institucionalizar atividades
desvinculadas de objetivos militares, conforme apresentado por TRAJANO (1986.
p.1). Inicialmente todas as atividades de engenharia que estavam desvinculadas
dos objetivos militares passaram a ser chamadas de civis. Com o advento da
Revolução Industrial surgiram a Engenharia Mecânica e a Engenharia de
Produção, também chamada de fabril. Enquanto que a Engenharia Mecânica
ocupou-se do desenvolvimento das máquinas utilizadas nas fábricas, à
Engenharia de Produção Fabril coube o desenvolvimento e aperfeiçoamento de
técnicas e processos que possibilitassem o melhor aproveitamento possível da
nova tecnologia.
A Indústria Fabril desenvolveu-se baseada na padronização generalizada
(de materiais, métodos e produtos) e explorando a possibilidade de poder manter
o lay-out de produção estático, tendo alcançado um estágio de desenvolvimento
bastante elevado em pouco tempo.
A Construção Civil não pôde se beneficiar diretamente dos métodos
desenvolvidos para a Indústria Fabril devido às diferenças fundamentais que
existem entre as duas.
A primeira diferença está relacionada ao produto. O produto fabril é
padronizado, normalmente de pequeno valor unitário podendo ser produzido em
série e estocado. Estas características possibilitam redução nos custos e aumento
na produtividade da estrutura de produção. Na Construção Civil não se verifica a
repetitividade do produto, cada obra é única, realizada sob condições específicas
e não existe a possibilidade de estocagem. Em suma, os períodos de pouca
demanda não podem ser utilizados para manter a estrutura de produção
funcionando plenamente para criar estoques, o que encarece a atividade
produtiva.
Outra diferença significativa entre estes setores produtivos é a
característica de mobilidade da Construção Civil . A Indústria Fabril tem sua
estrutura de produção estática, os materiais passam pelas máquinas e o produto
final é disponibilizado em um ponto fixo ao final do processo. Na Construção Civil
o produto pode ser considerado estático, os materiais, equipamentos e pessoas
convergem para ele, onde se desenvolve o processo produtivo. Em alguns casos,
como na construção de obras lineares (rodovias, ferrovias, dutovias, etc.) a
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mobilidade do produto é significativa, podendo ocorrer ao longo de vários
quilômetros, situação em que tem-se mobilidade tanto no produto como na
estrutura de produção.
TIPOS
ELEMENTOS INDÚSTRIA FABRIL
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
• Quase sempre os mesmos • Sempre diferentes
• Móveis • Imóveis e de grande portePRODUTO
• Pequeno valor unitário • Grande valor unitário
• Um só local (fábrica) • Locais variados e temporários(canteiros de obra)
• Postos de trabalho fixos eproduto se movendo
• Componentes convergindo para umproduto fixo
LOCAL DEFABRICAÇÃO
• Arranjos semelhantespossibilitando estabelecer regrasgerais
• Arranjos diferentes e peculiares acada obra
• Produção mecanizada • Produção predominantementeartesanal
• Produção de linha • Produção em situações variadas
• Operações repetitivas • Operações se alternam com odecorrer do tempo e evolução daobra
PRODUÇÃO
• Problemas de produçãorepetitivos ao longo da linha
• Problemas sempre diversos, funçãodo espaço e do tempo
• Componentes padronizados • Falta de padronizaçãoINSUMOS
• Mão-de-obra qualificada • Mão-de-obra pouco qualificada
Figura 1 – Comparação entre as características de Indústria Fabril e deConstrução Civil
Fonte: TRAJANO (1986, p. 16)
Estas diferenças, além de outras que estão caracterizadas na Figura 1,
inviabilizam a utilização direta dos métodos desenvolvidos para a Indústria Fabril
na Construção Civil. Eles precisam, no mínimo serem adaptados para considerar
as especificidades da Construção Civil, o que já vem ocorrendo há algum tempo.
2.3 CARACTERIZAÇÃO D A CONSTRUÇÃO CIVIL
A Construção Civil desenvolve suas atividades utilizando diretamente os
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materiais encontrados na natureza ou transformando-os para obter seus produtos,
que são bastante diversificados e visam não só melhorar as condições de vida do
homem como proporcionar condições para o desenvolvimento de outras
atividades produtivas. Como exemplo de produtos da Construção Civil tem-se:
materiais de construção, casas, edifícios, instalações industriais, rodovias,
ferrovias, dutovias, barragens, linhas de transmissão de energia elétrica,
instalações para exploração de recursos minerais, portos, aeroportos, etc.
Pelo rol de obras listadas podemos constatar sobre o quanto são
diversificadas as atividades da Construção Civil e inferir a respeito da
necessidade de sua divisão em setores, através dos quais as atividades
correlatas serão agrupadas. Desta forma pode-se obter melhores condições de
organização, estudo e avaliação de resultados, visando a melhoria dos processos
produtivos. A seguir são apresentadas algumas propostas de segmentação e
modelos utilizados por alguns órgãos para agrupar as atividades da Construção
Civil.
PROCHNIK (apud SOARES, 1997, p. 12) considera a Construção Civil
como um macrocomplexo formado pelo setor da construção e pelos setores que
produzem materiais de construção. O setor de construção é subdividido em
“construção de edificações (habitação e prédios para uso comercial, industrial,
etc.); construção pesada (barragens, rodovias, obras de saneamento, etc.);
montagem industrial (montagem e instalação de linhas de transmissão, máquinas
e equipamentos, etc.) e serviços de construção (execução de etapas específicas
de obras, tais como terraplenagem, instalações etc.)”
OLIVEIRA (apud FAMILIAR, 2001, p. 12) propõe a divisão das atividades
da Construção Civil em Construção Leve, Construção Pesada e Montagem
Industrial, cujo detalhamento é apresentado na Figura 2.
SOARES(1997, p. 12) apresenta a classificação adotada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através do Inquérito Especial
Indústria da Construção, que classifica as empresas nos seguintes grupos de
atividades:
• Construção de prédios e edifícios;
• Construção de obras viárias;
• Construção de grandes estruturas e obras de arte;
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• Execução de outros tipos de obras;
• Serviços de construção com ou sem fornecimento de materiais;
• Execução de obras e serviços de construção não classificados.
• Residenciais
• Comerciais
CONSTRUÇÃO
LEVE
(Edificações)• Industriais
• Infra-estrutura viária, urbana e industrial
• Obras de saneamentoCONSTRUÇÃO
PESADA
• Barragens hidroelétricas e usinas
• Montagens de estrutura para instalação de industrias
• Sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica
• Sistemas de telecomunicações
MONTAGEMINDUSTRIAL
• Sistemas de exploração de recursos naturais
Figura 2 – A Indústria de Construção Civil - subsetores
Fonte: OLIVEIRA (apud FAMILIAR, 2001, p. 12)
A classificação adotada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(SENAI) e pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), apresentadas por
SOARES(1997, p. 13), é a mesma proposta por OLIVEIRA (apud FAMILIAR,
2001, p 12) a saber: Edificações, Construção Pesada, e Montagem Industrial.
SOARES (1997, p. 13), considera a Construção Civil como um
macrocomplexo e, de acordo com a atuação das empresas em cada setor,
propõe sua divisão em dois setores: o Produtor de Materiais de Construção e o
Setor de Construção. O Setor de Construção é dividido em dois subsetores:
Construção Pesada e Construção de Edificações. O modelo proposto por
SOARES, apresentado na Figura 3, resulta do confronto da estrutura
apresentada por PROCHNIK com as adotadas pelo IBGE, SENAI e RAIS,
considerando a área de atuação das empresas.
Tendo em vista o objetivo deste trabalho, adotou-se a classificação
proposta por OLIVEIRA e adotada pelo SENAI e RAIS, por dividir o setor da
Construção Civil em subsetores que englobam obras de características
semelhantes, do ponto de vista de execução. A diferença fundamental deste
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modelo para o proposto por SOARES é a separação das obras de Montagem
Industrial do rol das consideradas no subsetor de Construção Pesada.
Pela classificação adotada as obras de Construção Pesada serão
caracterizadas pelo emprego maciço de equipamentos, pelo grande dinamismo,
descentralização e muitas vezes grande área do canteiro de trabalho. Nestas
obras o custo horário das equipes de trabalho é bastante superior ao verificado
nas obras de edificações e os desperdícios de material, embora sejam
importantes, não são tão significativos quanto no subsetor de Edificações.
Outra diferença fundamental está na composição do custo total destas
obras. No subsetor de Construção Pesada normalmente os itens de custo mais
significativos são os equipamentos e os materiais, nesta ordem. Nas obras de
Edificações os itens de custo mais importantes normalmente são os materiais e a
mão-de-obra, ficando os equipamentos em segundo plano.
Estas diferenças impõem que se adote atitudes gerenciais diferentes para
o planejamento e execução das obras dos subsetores referenciados, o que será
focalizado neste trabalho. A existência desta diferença de atitude gerencial foi
verificada e apresentada com bastante propriedade por AMORIM em 1995,
conforme podemos interpretar na transcrição a seguir:
“ ... é um dos fatores que caracteriza os dois subsetores em que aConstrução costuma ser dividida: as edificações e as obras pesadas,tais como estradas, barragens, pontes etc. Nestas a mecanização jáse impôs e através dela se configura um controle do trabalho maiseficaz, tanto assim que o planejamento nas obras pesadas utilizamais freqüentemente a unidade hora-máquina que o homem-hora,essa ainda a medida básica nos canteiros de edifícios. AMORIM(1995, p. 35)
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MACROCOMPLEXO DA CONSTRUÇÃO CIVIL
SETOR PRODUTOR DE
MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO
SETOR DE CONSTRUÇÃO
EXTRAÇÃO EBENEFICIAMENTO DE
INSUMOS NÃO METÁLICOSCONSTRUÇÃO PESADA
CONSTRUÇÃO DEEDIFICAÇÕES
• Pedras• Areia• Argila• Calcário• Amianto• Etc.
• Construção de grandesestruturas e Obras de Arte:vias elevadas, pontes,viadutos, túneismetropolitanos, dutos,obras detelecomunicações e deenergia elétrica etc.
• Construção de Edifícios:residências, industriais,comerciais, de serviços,governamentais, decaráter institucional nãogovernamental,destinados a diversão,televisão e radiodifusão ede uso misto
PRODUÇÃO DE INSUMOSMETÁLICOS
• Obras de Urbanização eSaneamento
• Esquadrias• Estruturas• Elementos de serralheria• Etc.
• Construção de obrasviárias: rodovias, ferrovias,aeroportos, hangares,portos e terminaismarítimos e fluviais etc.
• Serviços de Construção:manutenção erecuperação de edifícios,montagem de pré-moldados e estruturasmetálicas, reforço econcretagem deestruturas de demolições,serviços geotécnicos, etc.
PRODUÇÃO DE CIMENTO EINSUMOS DERIVADOS
• Cimento• Blocos• Pré-moldados• Etc.
• Serviços de construção:montagem eletromecânica,de pré-moldados e deestruturas metálicas,terraplenagem, serviçosgeotécnicos, perfurações,manutenção erecuperação de obras degrande porte etc.
PRODUÇÃO DE ELEMENTOSDE CERÂMICA
• Tijolos e telhas• Azulejos e pisos cerâmicos• Materiais sanitários• Etc.
PRODUÇÃO DE INSUMOS DEMADEIRA
• Pranchas, aglomerados ecompensados
• Esquadrias• Etc.
Figura 3 – Estrutura do macrocomplexo da Construção Civil
Fonte: SOARES (1997, p. 14)
32DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
3 ESTIMATIVA E APROPRIAÇÃO DE CUSTOS NA CONSTRUÇÃO
CIVIL
3.1 OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL COMO PROJETO
As obras de construção civil caracterizam-se principalmente pela grande
variedade de serviços executados, pela mobilidade da unidade de produção e
pela não repetitividade de seus produtos.
A unidade de produção ou fábrica da construção civil é o canteiro de obras,
que é instalado no local em que o produto, a obra, deve ser fabricado. O canteiro
de obras normalmente evolui em disposição, composição e localização à medida
que a obra vai sendo executada.
Nas obras lineares a mudança do local de trabalho fica muito bem
caracterizada por variar ao longo de quilômetros. As demais obras normalmente
são executadas em uma área bem menor que a das obras lineares, porém o local
de trabalho das equipes também muda à medida que a obra avança.
Além da mobilidade do local de trabalho normalmente verifica-se uma
variação bastante significativa no tipo de materiais, equipamentos e profissionais
empregados à medida em que ocorrem as diferentes fases de implantação da
obra. Esta variação é mais significativa e melhor caracterizada nas obras de
edificação e construção rodoviária.
Os produtos fabricados pela industria da construção civil são as obras, que
embora semelhantes não são iguais a outras já realizadas. Mesmo que haja uma
significativa relação de similaridade entre duas obras, com certeza será possível
enumerar uma série de diferenças entre elas, como por exemplo a localização,
equipes de trabalho empregadas, época de execução, exigências e expectativas
33DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
do cliente, relação com fornecedores, disponibilidade de recursos etc. Em suma, o
produto da construção civil não se repete.
Além das características de dinamismo do canteiro, unicidade dos produtos
e variedade dos recursos utilizados, vale a pena ressaltar que as obras
normalmente são ou precisam ser executadas de acordo com rígidas restrições
de prazo, custos e qualidade, no mínimo.
Através destes comentários objetivou-se caracterizar o dinamismo e a
variedade de condições e recursos que precisam ser considerados na realização
das obras em geral. Devido à grande quantidade de variáveis que atuam no
processo, a possibilidade de surgirem conflitos é grande, os quais naturalmente
precisarão ser gerenciados e resolvidos, de modo que os objetivos e metas do
projeto possam ser alcançados.
Segundo LIMMER(1977, p. 9), um projeto pode ser definido como um
empreendimento singular, com objetivo ou objetivos bem definidos, a ser
materializado segundo um plano preestabelecido e dentro de condições de prazo,
custo, qualidade e risco previamente definidas. Das considerações apresentadas
anteriormente e do conceito de projeto, pode-se concluir que a realização das
obras de construção civil se caracterizam como projetos e podem ser gerenciadas
com a utilização das técnicas de gerenciamento de projetos.
3.2 FASES DE UM PROJETO
Durante a vida útil de um projeto podem ser verificados estágios ou fases
bastante características. A divisão do projeto em fases ou estágios é muito útil e
conveniente tanto para fins de seu estudo e entendimento, quanto para a
realização do planejamento e sua implementação. A seguir serão apresentadas
algumas formas de caracterização das fases de um projeto.
Segundo LIMMER(1997, p.10), a vida de um projeto compõe-se de quatro
estágios básicos, os quais são caracterizados a seguir:
Concepção: é o estágio em que é identificada a necessidade e conveniência de
implantação do projeto. Neste estágio é feita a análise de viabilidade técnica e
econômica do projeto, além do estudo das alternativas para sua implantação,
elaboração das estimativas iniciais de custo e cronogramas preliminares.
34DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Planejamento: compreende o desenvolvimento de um plano detalhado para
implantação do projeto, contendo desenhos, especificações, cronogramas,
orçamentos detalhados e diretrizes gerenciais.
Execução: compreende a execução de todas as atividades necessárias à
materialização do projeto, bem como as atividades de garantia de qualidade,
avaliação de desempenho, análise do progresso e as eventuais alterações de
planejamento, ditadas pela retroalimentação do sistema.
Finalização: é o estágio que visa colocar o projeto em operação, treinando
pessoal, documentando resultados, desmobilizando recursos e realocando a
equipe envolvida na execução do projeto.
Outra forma de caracterizar um projeto, apresentada por LIMMER(1997,
p.10), é através de fases que se sobrepõem e que normalmente são
interdependentes, conforme é apresentado a seguir e está ilustrado na Figura 4:
Figura 4 – Fases de um projeto (empreendimento)
Fonte: Limmer(1997, p. 11)
Viabilidade Técnico-Econômica: fase de avaliação da exeqüibilidade do projeto,
considerando recursos tecnológicos disponíveis e a relação custo-benefício a ser
obtida quando da utilização do produto resultante do projeto. Nesta fase
desenvolve-se um modelo preliminar do projeto a ser executado. Este modelo
preliminar é necessário para que se possa conhecer o projeto como um todo, as
suas partes componentes e as principais características de sua execução. Tal
35DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
modelo tanto pode ser gráfico, representado por um conjunto de desenhos
(arquitetônicos, estruturais, de instalações), como descritivo, representado por um
conjunto de textos que definam os elementos componentes do projeto.
Implementação: fase que cuida da materialização do modelo preliminar
estabelecido na fase anterior e que, geralmente se compõe das seguintes etapas:
• desenvolvimento do modelo preliminar do projeto, detalhando ao máximo seus
elementos componentes, as respectivas formas, dimensões e padrões de
qualidade. Esta etapa normalmente é desenvolvida em duas subetapas,
cuidando a primeira da elaboração do Projeto Básico de Engenharia, no qual
se lançam as idéias basilares da configuração do projeto, e a segunda do
Projeto Detalhado de Engenharia, no qual se desenvolvem os elementos
fixados no Projeto Básico de Engenharia, de forma a tornar possível a
determinação mais precisa possível dos recursos necessários para a sua
construção. É a etapa conhecida como de engenharização do projeto.
• Aquisição de todos os materiais e equipamentos necessários à materialização
do projeto, bem como controle da respectiva qualidade e prazos de fabricação
e, ainda, coordenação do transporte e da entrega dos mesmos no local de sua
implantação. Nesta etapa supre-se o projeto com os recursos necessários à
sua execução, sendo por isso denominada de etapa de suprimento.
• Na etapa de construção materializa-se o modelo criado na fase de
Engenharização, aplicando-se os materiais e montando-se os equipamentos
adquiridos na fase de suprimento, utilizando-se mão-de-obra adequadamente
treinada e tecnologia apropriada.
Pré-operação: fase caracterizada pelo início de funcionamento (testes e posta
em marcha) do produto obtido, a qual ocorre gradativamente, mediante a
integração das partes do produto que vão sendo completadas.
Operação ou Utilização: fase em que o produto construído é utilizado,
necessitando, entretanto, de manutenção para que continue atendendo
satisfatoriamente a suas finalidades.
Desmobilização, Disposição ou Desmantelamento: fase em que o produto
construído chega ao fim de sua vida útil, sendo então abandonado, se não for
prejudicial ao homem ou ao meio ambiente; caso contrário, é preciso desmobilizá-
lo ou desmantelá-lo, acondicionar suas partes e depositá-las de forma que não
36DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
agridam o homem nem a natureza.
Segundo VARGAS(1998, p. 17), as fases características do ciclo de vida
de um projeto podem ser representadas graficamente, caracterizando-se a
variação do esforço ou trabalho necessário ao longo da vida útil do projeto,
conforme é apresentado a seguir:
Figura 5 – O ciclo de vida do projeto subdividido em fases características
Fonte: VARGAS(1998, p. 17)
Fase de Definição: é a fase inicial do projeto, quando uma determinada
necessidade é identificada e transformada em um problema estruturado a ser
resolvido pelo projeto. Nesta fase a missão e o escopo do objetivo do projeto são
definidos.
Fase Estratégica: é a fase responsável por identificar e selecionar as melhores
formas de condução do projeto, gerando a maior quantidade possível de
alternativas viáveis para o seu desenvolvimento.
Fase de Planejamento Operacional: Após a escolha da forma como o projeto
será conduzido, realiza-se um detalhamento de tudo aquilo que será realizado,
incluindo cronogramas, interdependências entre atividades, alocação dos
recursos envolvidos, análise de custos etc., de modo que ao final desta fase o
projeto esteja suficientemente detalhado para ser executado com o mínimo de
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dificuldades e imprevistos.
Fase de execução: é a fase que materializa tudo aquilo que foi planejado
anteriormente. Qualquer erro cometido nas fases anteriores ficará evidente
durante esta fase. Os desvios ou erros de planejamento mais freqüentes são
verificados nas estimativas de duração e custo das atividades, além das omissões
na previsão de recursos.
Fase de Controle: é a fase que acontece paralelamente à execução do projeto.
Tem como objetivo acompanhar e controlar o que está sendo realizado, de modo
a propor ações corretivas e preventivas no menor espaço de tempo possível,
após a detecção da anormalidade. O objetivo do controle é comparar o status
atual do projeto com o status previsto pelo planejamento, tomando ações
corretivas em caso de desvios.
Fase de Finalização: é a fase em que a execução dos trabalhos é avaliada
através de uma auditoria interna ou externa (terceiros) , os livros e documentos do
projeto são encerrados e todas as falhas ocorridas durante o projeto são
discutidas e analisadas para que erros similares não ocorram em novos projetos
(aprendizado).
Segundo LIMMER(1997, p. 11), as fases e etapas de um projeto
influenciam-se reciprocamente, caracterizando uma interdependência que deve
ser continuamente monitorada para que os desvios verificados em relação ao
planejamento sejam corrigidas. Este monitoramento e correção de rumos
contínuos constituem o gerenciamento do projeto.
A execução de obras de engenharia se enquadra perfeitamente no
conceito de projetos, sendo passíveis de serem implantadas com o emprego de
técnicas de gerenciamento de projetos para que se possa otimizar os resultados.
A complexidade de execução e variedade das condicionantes das obras
em geral, associada à interdependência que existe entre suas fases e entre os
serviços que a compõem, caracterizam a necessidade de elaboração de um
planejamento detalhado das obras. O planejamento tem por objetivo detalhar
todas as necessidades e servir como referência para a execução e controle da
obra, segundo as metas definidas.
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3.3 PLANEJAMENTO E CONTROLE DAS METAS DE UMA OBRA
Podemos considerar que as obras de construção civil em geral precisam
ser realizadas com metas bem definidas em pelo menos 3 (três) campos: custos,
prazos e qualidade. Estas metas serão definidas e consideradas nas fases de
concepção e planejamento, seu cumprimento deverá ser acompanhado na fase
de execução pelas medidas de controle adotadas, para que não haja problemas
ou surpresas na fase de finalização.
A meta de prazos será planejada com emprego das técnicas de
programação pela elaboração dos cronogramas da obra. Seu controle é
relativamente simples, podendo ser feito comparando-se diretamente a época de
realização dos serviços com o que foi planejado, obtendo-se como resultado a
informação sobre atraso ou adiantamento da obra.
A meta de qualidade será definida pelas especificações de serviço e
demais condições contratuais que deverão definir o padrão de qualidade da obra
e a performance que a mesma deve apresentar ao seu término. O controle de seu
cumprimento ocorrerá com as medidas adotadas pelo controle tecnológico e pelo
acompanhamento dos demais índices de desempenho definidos.
A meta de custos normalmente é mais importante para a empresa
responsável pela execução da obra do que para o contratante, desde que não
haja mudanças significativas na obra que deve ser executada em relação ao que
foi definido no contrato da mesma. O planejamento de custos é o orçamento da
obra, que será elaborado através da estimativa de parâmetros de emprego e
custo dos recursos necessários à execução da obra, além da estimativa da
produtividade esperada para as equipes de trabalho.
O controle do atingimento da meta de custos é realizado utilizando-se
técnicas de apropriação de custos. O objetivo do controle de custos é conhecer os
custos que realmente ocorrem na implantação da obra para que sejam
comparados com os previstos no orçamento a fim de que as possíveis variações
sejam detectadas e possam ser corrigidas o mais cedo possível.
3.4 ORÇAMENTAÇÃO
A elaboração do orçamento de uma obra é feita com emprego das técnicas
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e conceitos da Engenharia de Custos que conforme é definida por DIAS(1999, p.
11), “É a área da engenharia onde princípios, normas, critérios e experiência são
utilizados para resolução de problemas de estimativa de custos, avaliação
econômica, de planejamento e de gerência e controle de empreendimentos.”
A estimativa do custo de uma obra é necessária tanto para definição de
sua viabilidade econômica, como para embasar o processo de contratação,
fornecer parâmetros na fase de execução e mensurar o valor dos serviços
executados para fins de pagamento.
De acordo com a finalidade do orçamento e detalhamento das informações
disponíveis sobre a obra, os orçamentos podem ser mais ou menos detalhados.
Os orçamentos elaborados com menor nível de detalhamento são usualmente
chamados de orçamentos sintéticos ou sumários e apresentam o menor nível
de informação e consequentemente de precisão sendo normalmente utilizados
nas fases preliminares de planejamento. Os orçamento usualmente chamados de
analíticos, detalhados ou descritivos apresentam o maior nível de precisão e
normalmente são utilizados para orientar a contratação, execução e pagamento
das obras.
Além da classificação pelo nível de detalhamento do orçamento
propriamente dito, os orçamentos também podem ser classificados quanto ao
nível de detalhamento do produto. Segundo este critério de classificação temos o
Orçamento global e o Orçamento por Partes, cujas definições apresentadas a
seguir dispensam outros comentários.
“Orçamento Global é aquele em que se procura avaliar o custo doproduto como um todo, seja por método aproximado ou preciso, massem considerar a decomposição do produto, quer em suas partescomponentes, quer pelos serviços necessários a sua produção.”TRAJANO (1985e, p.9)
“Orçamento por Partes é aquele onde se parte da decomposição oudesdobramento do produto em suas partes e componentes, de modoque o custo total seja a soma dos custos das partes, estimados aolongo do processo de produção de cada uma, pelo relacionamentodos serviços necessários, quantificando seus volumes, bem como ode seus insumos (materiais, mão-de-obra e outros).” TRAJANO(1985e, p.9)
Os orçamentos podem ser elaborados pelo Processo de Correlação ou
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pelo Processo de Quantificação. No processo de correlação o custo é obtido por
correlação com uma ou mais variáveis de mensuração do produto. No processo
de quantificação o custo é obtido através do levantamento das quantidades dos
insumos ou recursos necessários ao processo de produção do produto, conforme
é apresentado por TRAJANO (1985e, p.15).
O Processo de quantificação pode ser adotado pelo Método da
Quantificação dos Insumos ou pelo Método da Composição do Custo
Unitário. Pelo método da quantificação são consideradas as quantidades e os
preços de todos os insumos necessários à execução da obra para definir seu
custo. O método da composição do custo unitário considera quantidade e preço
dos recursos necessários para executar 1 (uma) unidade de cada serviço e suas
quantidades para definir o custo da obra.
O método de orçamentação detalhado mais usual é o da composição do
custo unitário, que embora seja prático e conveniente quando se precisa orçar
várias obras semelhantes, pode induzir a erros decorrentes da consideração dos
custos fixos incorretamente. Os custos fixos “são aqueles que praticamente não
variam quando há variação das quantidades produzidas dos produtos, desde que
esta não seja de grande monta” TRAJANO (1985a, p.13).
Podemos contornar esta dificuldade utilizando a classificação dos custos
das obras em diretos e indiretos. Desta forma, o custo direto da obra será
estimado a partir dos custos unitários e os custos indiretos serão estimados de
forma global. A estes custos deve ser adicionado o valor do lucro esperado para
que se obtenha o preço de venda ou simplesmente preço da obra.
Os custos diretos e indiretos são definidos por TRAJANO com bastante
propriedade, conforme transcrições a seguir.
“Custos Diretos são aqueles que podem ser identificados ourelacionados direta e exclusivamente com o produto em execução,ou parte dele, podendo, desse modo, serem apropriadosdiretamente.” TRAJANO (1985a, p.8)
“Custos Indiretos são aqueles que não se relacionam diretamentecom um produto ou parte dele, ou que não convêm que sejamimputados diretamente, por razões econômicas ou de dificuldadespráticas de apropriação. Desse modo devem ser apropriadasseparadamente e imputadas ao produto através de métodos derateio.” TRAJANO (1985a, p.8)
41DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Dos conceitos apresentados podemos concluir que os custos diretos
resultam da soma de todos os gastos realizados diretamente na execução dos
serviços da obra. Os custos indiretos são os demais gastos necessários à
execução da obra, isto é, são os gastos realizados com as demais operações
necessárias para a realização da obra, mas que não são computados como
custos diretos. De uma forma simplificada, os custos indiretos podem ser obtidos
subtraindo-se do custo total da obra, o valor considerado sob o título de custos
diretos.
A classificação dos custos como diretos ou indiretos é controversa e pode
ser influenciada tanto pelas condições de execução da obra, como por imposições
contratuais ou pela base de dados disponível para elaboração do orçamento. O
mais importante na classificação destes custos é que nenhum gasto realizado ou
previsto deixe de ser considerado.
O orçamento detalhado elaborado pelo Método da Composição do Custo
Unitário é feito considerando-se as quantidades dos diversos serviços que
compõem a obra e seus custos unitários. O custo direto total de um serviço é o
resultado da multiplicação de seu custo unitário direto pela quantidade do mesmo.
O custo direto total da obra é a soma dos custos diretos totais de todos os
serviços que a compõe. O custo total de uma obra é a soma de seu custo direto
total com os custos indiretos.
A forma usual de elaboração de orçamentos detalhados inicia com a
caracterização de todos os serviços que compõem a obra com suas respectivas
quantidades. O passo seguinte é calcular-se o custo unitário direto de cada
serviço através de sua composição de custo unitário, onde são consideradas as
quantidades de materiais e horas de trabalho dos equipamentos e mão-de-obra
necessários para realizar uma unidade do serviço. Os dados necessários para
calcular o custo unitário de cada serviço podem ser oriundos de publicações
especializadas, histórico da empresa ou experiência do orçamentista.
Os custos indiretos de uma obra normalmente são obtidos totalizando-se
todos os gastos que não foram considerados como custos diretos. O preço de
venda é a soma das parcelas correspondentes ao custo direto total, custo indireto,
inclusive a taxa referente à administração empresarial e lucro. Para fins de
definição do preço unitário de cada serviço, que facilita os processos de
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contratação, medição e pagamento das obras, normalmente o lucro e os custos
indiretos são considerados como um percentual do custo direto. O valor
percentual utilizado para calcular o preço unitário normalmente é denominado de
Lucro e Despesas Indiretas – LDI, segundo DNER(1988, p. 26); Bonificação e
Despesas Indiretas - BDI, segundo LIMMER(1997, p. 97) ou Benefício e
Despesas Indiretas – BDI, segundo TRAJANO(1985e, p. 33). A seguir são
apresentadas algumas fórmulas que expressam a seqüência de cálculo descrita.
Total Direto Custo
Total Indireto CustoBDI
LUCRO+=
PREÇO DE VENDA = Custo Direto + Custo Indireto + LUCRO
Preço de Venda = Custo Direto .( 1 + BDI)
Preço Unitário = Custo Direto Unitário. (1 + BDI)
Os passos necessários para a elaboração de um orçamento detalhado
podem ser representados através do fluxograma apresentado na Figura 6.
Tendo em vista o objetivo deste trabalho, será apresentada a metodologia
de orçamentação utilizada pelo DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS
DE RODAGEM (DNER) para elaborar as estimativas de custo das obras
realizadas nas rodovias federais. Além do significativo alcance que esta
metodologia tem pelo seu uso por parte do DNER, ela é utilizada como referência
por praticamente todos os demais órgãos rodoviários do país e para estimativa de
custo de outras obras de construção pesada.
A metodologia do DNER será apresentada de forma resumida para
caracterizar a importância que os equipamentos e viaturas tem na estrutura de
custos das obras de construção pesada. A metodologia utilizada para estimativa
do custo de utilização dos equipamentos e viaturas será apresentada em sua
totalidade em capítulo à parte.
Custo Direto
+ Custo Indireto .
CUSTO TOTAL
+ LUCRO .
PREÇO DE VENDA
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Figura 6 – Fluxograma da orçamentação
Fonte: Adaptado de DIAS (1999, p. 15)
Edital de Licitação ouProposta de Obra
Desenhos eEspecificações
Estudo de Dados Fornecidos peloCliente
Visita ao Canteiro de Obras eConsultas Técnicas ao Cliente
Definição da CronogramaçãoBásica e Metas Intermediárias
Concepção da Metodologia Globalde Execução
Estabelecimento Qualitativo eQuantitativo do Escopo
Definição dos Recursos Diretos
Definição dos Recursos Indiretos
Pesquisa de Preços e Condições deFornecimento
Valorização dos Recursos Diretos
Valorização dos Recursos Indiretos
Cálculo do Percentual de BDI
PREÇO DA OBRA
Materiais eEquipamentos
Provedor deEquip. e Mat.
Mão de ObraRecursosHumanos
Subempreiteiras Produção
ConsultasInternas
Rel. de material,Equip. e Pessoal
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3.5 METODOLOGIA DE ORÇAMENTAÇÃO DO DNER
O DNER realiza a estimativa dos custos rodoviários pelo método da
composição do custo unitário adotando as considerações apresentadas a seguir.
3.5.1 Planilha orçamentária
Na planilha orçamentária são relacionados todos os serviços que compõem
a obra com suas respectivas unidades, quantidades, preço unitário e preço total.
O preço total da obra é obtido com a soma dos preços totais de todos os serviços
da planilha.
Os serviços que podem integrar a planilha, bem como suas unidades,
condições de execução e critérios de medição são definidos pelo DNER em seu
Manual de Custos Rodoviários e nas especificações de serviços correspondentes.
3.5.2 Custos indiretos e lucro
Os custos indiretos e o lucro são considerados através de um fator de
multiplicação que incide sobre o valor do custo direto. O fator utilizado pelo DNER
é denominado de LDI (Lucro e Despesas Indiretas), sendo considerados os
seguintes componentes:
• Administração;
• Mobilização e desmobilização;
• Despesas financeiras;
• Impostos sobre o faturamento;
• Margem de lucro;
• Instalação de canteiro e acampamento;
• Eventuais.
Para obter o valor do LDI o DNER definiu valores percentuais para cada
um de seus componentes e considera as taxas de impostos vigentes. A
composição do LDI adotado pelo DNER à época da aprovação de seu novo
manual resultou no valor de 30,81 %, conforme é apresentado na Figura 7. O
valor que está em vigor atualmente é 32,68 %, cuja composição não é publicada
pelo DNER.
45DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 7 – Composição do LDI adotado pelo DNER
Fonte: Adaptado de DNER (1988, p.30)
3.5.3 Custos diretos
Como custo direto o DNER considera o somatório dos gastos com
equipamentos, materiais e mão-de-obra empregados diretamente na realização
dos serviços e que constam em suas planilhas de composição de custo unitário,
COMPOSIÇÃO DO LDI (Lucro e Despesas Indiretas)
PV - Preço de VendaCD - Custo Direto TotalE - Administração = Adm. Central + Adm. Local +
Canteiro e AcampamentoK - Mobilização e desmobilização
Perc. doPV
Perc. doCD
Perc.doLDI
Itens de Valor Percentual Fixo eObrigatório
A - PIS 0,65 % de PV 0,65 0,85 2,76 B - COFINS 2,00 % de PV 2,00 2,62 8,49 C - CPMF 0,20 % de PV 0,20 0,26 0,85
Sub - total 2,85 3,73 12,10
Itens de Valor Percentual pouco Variávelcom o Tipo da Obra ou Serviço
D - ISS 3,5 % de PV 3,50 4,58 14,86 E - Administração 1O % de CD 7,64 10,00 32,47 G - Custos financeiros (TR + 6%)/12 de
(PV - Margem)1,06 1,39 4,51
H - Margem 6,49 % de PV 6,49 8,49 27,56 K - Mobil. e Desmobil. 2,0% de PV 2,00 2,62 8,49
Sub - total 20,70 27,08 87,90
LDI 23,55 30,81 100,00Custos Diretos - CD 76,45 100,00Preço de Venda - PV 100,00
Margem 6,49 8,49 27,56Imposto de Renda 0,97 1,27 4,13Contribuição Social 0,52 0,68 2,20Lucro Líquido 5,00 6,54 21,22
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que são publicadas mensalmente. O modelo da planilha de composição de custo
adotado pelo DNER é apresentado na Figura 8.
3.5.4 Custo de mão-de-obra
O custo de mão-de-obra é calculado com base no salário horário das
diversas categorias profissionais, cujo custo é regionalizado e considera a
incidência dos encargos sociais e adicional de mão-de-obra. O salário horário é
calculado com base nas fórmulas apresentadas a seguir e com os parâmetros
definidos nas Figuras 9, 10 e 11.
MO = Salário Horário ( 1+ EncSoc + AdicMO)
220
Mínimo Salário . Salarial Padrão
220
Mensal SalárioHorário Salário ==
Sendo:
MO – Custo horário de mão-de-obra
EncSoc – Índice de encargos sociais = 126,30 %
AdicMO – Índice de adicional à mão-de-obra = 20,51 %
Padrão Salarial – valor tabelado de acordo com a categoria profissional e
local da obra
De acordo com o manual do DNER, o adicional à mão-de-obra não está
sendo considerado no cálculo dos custos unitários, este componente de custo só
será considerado nos orçamentos quando for exigido pelos editais. A parcela
correspondente a Ferramentas Manuais (5%) será incluída no cálculo dos custos
unitários sempre que for necessária à execução dos serviços.
3.5.5 Custo de materiais
O custos dos materiais é definido pelo DNER com base em pesquisa de
preços considerando a condição de pagamento à vista e a incidência de todos os
impostos. O frete ou custo com transporte dos materiais de seu local de aquisição
para a obra é pago à parte, exceto para os materiais betuminosos cujos custos
são considerados com frete incluso.
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48DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Resumo dos Encargos Sociais TrabalhistasRegime de Contratação: Contrato Direto dos ServiçosSalário: Horário Regime de Trabalho: Normal
GRUPO A PERCENTAGEMINSS 20,00FGTS 8,00SESI 1,50SENAI 1,00INCRA 0,20Salário Educação 2,50Seguro Acidente De Trabalho 3,00SEBRAE 0,60
TOTAL DO GRUPO A 36,80GRUPO BRepouso Remunerado 17,80Feriados e Dias Santificados 4,09Férias e 1/3 de Férias 14,87Auxilio doença 1,86Acidente de Trabalho 0,17
13o Salário 11,16Licença Paternidade 0,10Faltas Justificadas 0,56
TOTAL GRUPO B 50,61GRUPO CMulta por Rescisão Contrato Trabalho sem Justo Causa 4,13Aviso Prévio Indenizado 14,13Indenização Adicional 1,67
TOTAL GRUPO C 19,93GRUPO DIncidência do Grupo A sobre B 18,62Incidência da Multa FGTS sobre 13o Salário 0,34
TOTAL GRUPO D 18,96
TOTAL DOS ENCARGOS 126,30
Figura 9 - Resumo dos encargos sociais trabalhistas adotados pelo DNER.
Fonte: DNER (1998, p. 48)
Resumo dos Encargos Adicionais à Mão-de-obraRegime de Contratação: Contratação Direta dos Serviços
Salário: Horário Regime de Trabalho: Normal
Discriminação Percentual
Equipamento de Proteção Individual 1,12Transporte 4,79Alimentação 9,60Ferramentas Manuais 5,00
Figura 10 - Resumo dos encargos adicionais à mão-de-obra adotado pelo DNER.
Fonte: DNER (1998, p. 51)
49DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Referência: Dezembro de 1996Código PROFISSÃO Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-
OesteRio deJaneiro
SãoPaulo
MinasGerais
T.3 OPERADOR DE MÁQUINA, VEÍCULOS EEQUIPAMENTO
T.30 Motorista
T.301 Motorista de veículo leve 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9 2,9
T.302 Motorista de caminhão 3,2 3,2 3,2 3,2 3,2 3,2 3,2 3,2
T.303 Motorista de veículo especial 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4
T.31 Operador de equipamento
T.311 Operador de equipamento leve 1 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4
T.312 Operador de equipamento leve 2 2,7 2,7 2,7 2,7 2,7 2,7 2,7 2,7
T.313 Operador de equipamento pesado 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5
T.314 Operador de equipamento especial 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7
T.4 TÉCNICOT.401 Pré - marcador 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7
T.5 ENCARREGADOT.50 Encarregado de turma
T.501 Encarregado de turma 3,7 3,6 4,4 4,1 3,3 4,3 4,4 3,5
T.51 Encarregado de serviço
T.511 Encarregado de serviço de pavimentação 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0
T.512 Encarregado de britagem
T.6 OPERÁRIO QUALIFICADOT.601 Blaster 4,1 4,1 4,1 4,1 4,1 4,1 4,1 4,1
T.602 Montador 2,6 2,6 3,1 3,0 2,4 3,0 3,1 2,5
T.603 Carpinteiro 2,6 2,6 3,1 3,0 2,4 3,0 3,1 2,5
T.604 Pedreiro 2,6 2,6 3,1 3,0 2,4 3,0 3,1 2,5
T.605 Armador 2,6 2,6 3,1 3,0 2,4 3,0 3,1 2,5
T.606 Ferreiro 2,6 2,6 3,1 3,0 2,4 3,0 3,1 2,5
T.607 Pintor 2,6 2,6 3,1 3,0 2,4 3,0 3,1 2,5
T.608 Soldador 2,6 2,6 3,1 3,0 2,4 3,0 3,1 2,5
T.609 Jardineiro 2,6 2,6 3,1 3,0 2,4 3,0 3,1 2,5
T.610 Serralheiro 2,6 2,6 3,1 3,0 2,4 3,0 3,1 2,5
T.7 PROFISSIONAL NÃO ESPECIALIZADOT.701 Ajudante 2,1 1,7 2,9 2,2 2,0 2,1 2,9 1,9
T.702 Servente 1,9 1,5 2,6 2,0 1,7 2,0 2,6 1,6
T.8 TRABALHADORES EM CONDIÇÕESESPECIAIS
T.801 Perfurador de tubulão 2,7 2,1 3,6 2,8 2,4 2,8 3,6 2,2
Figura 11 - Padrão salarial da mão-de-obra adotado pelo DNER.
Fonte: DNER (1998, p. 40).
3.5.6 Custo de equipamentos e viaturas
Os gastos com os equipamentos são considerados com base no custo
horário de utilização dos mesmos, sendo consideradas duas situações distintas
para os equipamentos e viaturas: situação operativa e situação improdutiva, as
50DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
quais serão definidas no decorrer deste trabalho.
A metodologia utilizada para cálculo do custo horário dos equipamentos e
viaturas é apresentada detalhadamente em capítulo à parte, por ser fundamental
para o objetivo desta dissertação.
Na Figura 12 é apresentado exemplo de uma planilha orçamentária obtida
com emprego da metodologia do DNER, e com base na tabela divulgada para o
mês de agosto de 2001 para o Rio de Janeiro. O orçamento detalhado com as
composições de custo, cálculo do custo dos equipamentos e relação dos insumos
com seus custos, é apresentado no apêndice desta dissertação. O orçamento
apresentado é relativo à execução da terraplenagem e construção da estrutura de
pavimentação de uma rodovia, obra típica na área de construção pesada.
Figura 12 – Planilha orçamentária
Fonte: do autor
Com o objetivo de conhecer a importância relativa dos diversos recursos
empregados na obra, calculou-se os valores gastos com materiais, mão-de-obra e
equipamentos e os percentuais destes valores em relação ao custo direto e preço
de venda da obra. Os resultados obtidos são apresentados nas figuras 13 e 14.
Obra: 10 km de aterro, sub-base e baseReferência: DNER/RJ - AGO/01
Unitáriom2 200 000,00 0,15m3 180 000,00 3,05m3 153 000,00 1,23m2 135 000,00 0,32m3 25 800,00 6,01m3 24 600,00 6,01t.km 825 000,00 0,30t.km 212 400,00 0,42
Exec de baseTransp de material de sub base e baseTransp de água
147 824,40 250 115,49 88 320,08
188 532,63 42 774,82Reg Sub leito
Exec de sub base
Preço
29 137,69 549 169,96
TotalUn Quant
Desmatamento area c/ Arv D < 0,15 mEsc Carg Trp Mat 1a Cat DMT 0,8 a 1 kmCompactação de aterro 100% PN
Serviços
Planilha do Orçamento
1 450 910,42TOTAL R$
155 035,35
51DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 13 – Resumo do orçamento detalhado pelos componentes de custo
Fonte: do autor
Figura 14 – Composição do custo direto da obra
Fonte: do autor
Analisando-se o detalhamento dos gastos na obra considerada, verifica-se
que o custo dos equipamentos e viaturas é parcela bastante significativa em sua
estrutura de custos. Os gastos realizados com este grupo de custo representa
aproximadamente 90 % do custo direto e mais de 60 % do preço de venda da
obra.
Desta forma fica caracterizada a importância que os equipamentos e
viaturas têm na definição do custo de uma obra de construção pesada e pode-se
concluir que a gestão de custos destas obras precisa considerar os equipamentos
e viaturas sob uma ótica toda especial.
Obra: 10 km de aterro, sub-base e baseReferência: DNER/RJ - AGO/01
Custo de equipamento 976 874,15 89,33% 67,33%Depreciação 240 376,61 24,61% 21,98% 16,57%Impostos e Seguros 11 117,68 1,14% 1,02% 0,77%Manutenção 253 014,39 25,90% 23,14% 17,44%Material de Operação 351 744,13 36,01% 32,17% 24,24%Mão-de-obra de Operação 120 621,33 12,35% 11,03% 8,31%
Custo de mão-de-obra 56 388,62 5,16% 3,89%Custo de material 60 278,40 5,51% 4,15%
CUSTO DIRETO TOTAL 1 093 541,17 100,00% 75,37%Valor do LDI 357 369,25PREÇO TOTAL DA OBRA 1 450 910,42
63 384,46 5,80% 4,37%
Resumo do Orçamento Detalhado Pelos Componentes de Custo
% Preço Total% Custo Eqp % Custo Direto TotalValor Total R$
Custo com juros a ser cobrado no LDI da obra
COM POSIÇÃO DO CUSTO DIRETO DA OBRA
Custo de mão-
de-obra
5,2%
Custo de
material
5,5%
Custo de
equipamento
89,3%
OBRA: 10 km de aterro, sub-base e base
Ba se orça m e ntá ria : Tabelas do DNER/RJ Ago 2001
52DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 15 – Composição do preço da obra
Fonte: do autor
Discriminando-se os componentes do custo dos equipamentos e viaturas
calculados de acordo com a metodologia do DNER, apresentada no capítulo 4,
obtemos a distribuição percentual apresentada nas Figuras 15 e 16.
Figura 16 – Composição do custo dos equipamentos
Fonte: do autor
Pela distribuição de custos obtida fica caracterizado que as parcela do
custo dos equipamentos gerenciáveis durante a execução da obra corresponde a
74 % do custo dos equipamentos e viaturas, a 66 % do custo direto e a 50 % do
preço de venda da obra. Como parcelas de custos gerenciáveis na obra estão
COM POSIÇÃO DO PREÇO DA OBRA
Custo de
equipamento
67%Custo de
material
4%
Custo de
mão-de-obra
4%
Valor do LDI
25%OBRA: 10 km de aterro, sub-base e base
Ba se orça m e ntá ria : Tabelas do DNER/RJ Ago 2001
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COM POSIÇÃO DO CUSTO DOS EQUIPAM ENTOS
Parcela
Gerenciável
na obra
74,3%
Mão-de-obra
de Operação
12,3%
Deprec iação
24,6%
Manutenção
25,9%Impostos e
Seguros
1,1%Material de
Operação
36,0%
OBRA: 10 km de aterro, sub-base e base
Ba se orça m e ntá ria : Tabelas do DNER/RJ Ago 2001
53DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
sendo consideradas apenas as parcelas relativas aos gastos com manutenção e
operação, porque o executor praticamente não tem controle sobre os custos fixos,
a não ser adotando medidas para reduzir a ociosidade das máquinas.
Figura 17 - Custo gerenciável dos equipamentos em relação ao custo direto
Fonte: do autor
Figura 18 – Custo gerenciável dos equipamentos em relação ao preço de venda
Fonte: do autor
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CUSTO GERENCIÁVEL DOS EQPUIPAM ENTOS EM EM
RELACÃO AO CUSTO DIRETO DA OBRA
Cus to de
m aterial
5,5%
Parcela do
Cus to de Eqp
Gerenciável
na obra
66,3%
Materia l de
Operação
32,2%Im pos tos e
Seguros
1,0%
Manutenção
23,1%
Depreciação
22,0%
Mão-de-obra
de Operação
11,0%
Cus to de
m ão-de-obra
5,2%
OBRA: 10 km de aterro, sub-base e base
Ba se orça m e ntá ria : Tabelas do DNER/RJ Ago 2001
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CUSTO GERENCIÁVEL DOS EQPUIPAM ENTOS EM RELACÃO
AO PREÇO DE VENDA DA OBRA
Parcela do
Cus to de Eqp
Gerenciável
na obra
50,0%
Cus to de
m ão-de-obra
3,9%
Mão-de-obra
de Operação
8,3%Depreciação
16,6%
Manutenção
17,4%
Im pos tos e
Seguros
0,8%
Materia l de
Operação
24,2%
Valor do LDI
24,6%Cus to de
m aterial
4,2%
OBRA: 10 km de aterro, sub-base e base
Ba se orça m e ntá ria : Tabelas do DNER/RJ Ago 2001
54DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
3.6 APROPRIAÇÃO DE CUSTOS
A apropriação de custos é a atividade de controle na implantação de
projetos que tem por objetivo principal obter o custo real de execução dos
serviços. Esta atividade normalmente faz parte de um programa de apropriação
da obra como um todo, onde são levantadas informações sobre: quantidade dos
serviços executados, época de realização dos serviços, quantidade e custo dos
recursos utilizados, índices de produtividade alcançados e custos indiretos. O
processamento destas informações possibilita a obtenção do custo de execução
dos serviços, dentre outras informações de interesse para o gerenciamento.
O controle de um projeto tem como um de seus objetivos acompanhar sua
implantação para identificar os possíveis desvios que estejam ocorrendo em
relação ao planejado, identificar suas causas e propor medidas corretivas. Dentro
deste escopo e tendo em vista a importância da meta de custos, através da
apropriação, as variações no custo de execução dos serviços poderão ser
identificadas em tempo hábil de modo que medidas corretivas possam ser
adotadas para evitar sua propagação.
A identificação de variações entre os custos previstos e os que realmente
ocorrem na implantação de um projeto, que será referenciado como obra daqui
para a frente, só será significativa se os valores comparados se referirem ao
mesmo objeto, definido pela mesma especificação.
No caso das obras, o custo previsto é definido pelo orçamento, que é
elaborado considerando as especificações, critérios de medição e pagamento, e
determinada tecnologia de produção. Para que os valores obtidos na apropriação
tenham uma correlação direta com os valores previstos, eles devem ser obtidos
para serviços a serem executados de acordo com as condições consideradas no
orçamento.
Pode ocorrer de um determinado serviço ser executado segundo condições
diferentes das consideradas para elaboração do orçamento. Neste caso,
normalmente, a única conclusão possível é a de que o serviço foi executado a
custo superior ou inferior ao orçado. A comparação dos valores intermediários
(consumo de recursos, produtividade etc.) pode não ser significativa.
Neste trabalho estamos interessados principalmente no acompanhamento
55DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
do custo de um grupo de recursos utilizados na composição de custo dos
serviços. Desta forma, será adotada a premissa de que os serviços serão
executados de acordo com as condições definidas no planejamento. A
conseqüência direta desta consideração é que o orçamento poderá ser utilizado
em sua totalidade como referência para a apropriação de custos. Para esta
finalidade será considerada a elaboração de orçamento detalhado pelo Processo
de Quantificação.
O orçamento fornecerá os custos previstos para cada serviço, os
coeficientes técnicos de utilização dos recursos e seus custos unitários
estimados, além da produtividade esperada para as equipes de trabalho. Os
valores de referência fornecidos pelo orçamento serão utilizados pela apropriação
para identificar os desvios que venham a ocorrer. As variáveis que definem o
custo unitário ou total de um serviço e que serão objeto de acompanhamento pela
apropriação são listadas a seguir:
• produtividade das equipes de trabalho;
• custo unitário dos recursos;
• coeficientes técnicos de utilização dos recursos e
• despesas indiretas da obra.
Pelo acompanhamento das variáveis listadas será possível identificar as
causas de variação dos custos, onde estão ocorrendo e o impacto das mesmas
no custo total da obra. É sabido que as principais causas da variação no custo
das obras são:
• variação do custo dos recursos;
• ociosidade, além da prevista, dos recursos que consomem tempo;
• utilização dos materiais em quantidades diferentes das previstas;
• variação na produtividade das equipes;
• alocação dos recursos em desacordo com as necessidades da obra;
• desperdícios de material;
• alterações no cronograma ou na época de realização da obra e
• atrasos no pagamento, dentre outras.
56DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
3.6.1 Estrutura da apropriação
Para que a apropriação de custos seja eficaz é fundamental que a estrutura
de obtenção e processamento dos dados seja semelhante à estrutura
considerada na elaboração do orçamento. Esta estrutura deve considerar como
centros de custos os mesmos elementos considerados como base para o
orçamento. Como exemplo de alguns parâmetros básicos para garantir esta
equivalência temos:
• utilização da mesma estrutura de decomposição do projeto (divisão da obra
em partes menores para facilitar o planejamento, execução e controle);
• utilização das mesmas unidades de referência para os recursos;
• utilização dos mesmos critérios para medição dos serviços executados e
• utilização dos mesmos critérios de classificação de material, equipamentos e
categorias profissionais.
A atividade de controle normalmente não conta com a boa vontade da
estrutura produtiva em que é utilizada. A principal causa desta resistência é que
as pessoas se sentem avaliadas constantemente e têm receio de que seus
possíveis erros sejam expostos. Além da resistência natural que esta atividade
enfrenta, nem sempre os benefícios de sua implantação são percebidos com
clareza, em pouco tempo, principalmente quando não são detectadas muitas
variações entre o executado e o planejado. Para minorar os problemas
decorrentes da implantação de um sistema de apropriação é interessante que
sejam observadas as seguintes características para o sistema:
• ser relacionado com as demais funções do projeto, de modo que sua
implantação não provoque reações contrárias por parte dos integrantes das
equipes de trabalho;
• ter um custo operacional compatível com os benefícios que pode proporcionar;
• ser acessível, de modo que todos os envolvidos no processo produtivo tenham
conhecimento sobre o funcionamento do sistema e sobre suas conclusões,
inclusive as que apontam os resultados positivos;
• ser flexível para que possa se ajustar às condições de execução da obra. Não
é desejável que o sistema de controle tenha ingerência sobre as condições de
execução da obra. O desejável é que a obra seja executada da maneira que
57DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
permita a obtenção dos melhores resultados. Caso sejam detectadas
anomalias, o sistema de controle deve apontá-las e se possível sugerir
alternativas para correção, e não impor;
• detectar os possíveis problemas verificados e caracterizá-los com a maior
brevidade possível, de modo que as ações corretivas possam ser adotadas
com oportunidade. O valor da constatação de problemas é bem menor quando
apenas se apresenta fatos consumados do que quando há contribuição para
resolvê-los;
• organizar os resultados obtidos de modo a poder contribuir positivamente nos
futuros planejamentos, seja validando procedimentos e parâmetros que
apresentaram bons resultados, ou apontando aqueles que precisam ser
corrigidos ou adequados às condições de execução.
3.6.2 Operacionalizando a apropriação de custos
Conforme apresentado anteriormente, um sistema de apropriação de
custos tem por principal objetivo obter o custo real de implantação de uma obra.
Para atingir este objetivo haverá necessidade do acompanhamento de todos seus
elementos de custo e das demais variáveis que impactam o custo da obra. A
obtenção da resposta ao questionamento sobre se o custo de implantação da
obra é superior ou inferior ao previsto será resultado dos procedimentos listados a
seguir.
• Apropriação da produtividade;
• Apropriação do custo dos recursos;
• Apropriação do consumo dos recursos;
• Apropriação dos custos unitários dos serviços;
• Apropriação das despesas indiretas;
• Cálculo do custo de implantação da obra.
3.6.2.1 Apropriação da produtividade
A apropriação da produtividade tem como objetivo acompanhar o
desempenho dos recursos que consomem tempo (pessoal e equipamento)
através da análise sobre a adequação da constituição das equipes, integração
58DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
entre seus componentes, e identificação das ociosidades com suas causas. Este
acompanhamento é de suma importância porque embora os custos unitários dos
recursos permaneçam estáveis, a ociosidade dos mesmos provoca aumento no
custo dos serviços executados por redução de produtividade. A Figura 19
apresentada a seguir ilustra muito bem a dimensão do problema.
Figura 19 – Composição da jornada de trabalho na construção
Fonte: LIMMER apud (SILVA,1996, p. 43)
É comum a construção civil ser citada como referência de desperdícios. Os
referidos desperdícios normalmente são mensurados com base no rejeito e
perdas de material que são facilmente mensuráveis por saírem da obra em
caminhões, sob a forma de entulho. Os desperdícios de tempo, normalmente
denominados de ociosidade não são visíveis, nem mensurados em volume,
portanto nem sempre sua real dimensão é conhecida, porém têm um impacto
significativo no custo final das obras. Esta importante fonte de custos adicionais
pode ser mensurada e reduzida através da apropriação da produtividade.
3.6.2.2 Apropriação do custo dos recursos
A apropriação do custo dos recursos tem por objetivo identificar as
possíveis variações no custo unitário dos recursos utilizados em uma obra. Neste
CO M PO SIÇÃO TÍPICA DE JO RNADA DE TRAB ALHO DE UM
O PERÁRIO DE OB RA
Trabalho Efe tivo
32%
Atraso - saídas+cedo
6%
Instruções
8%
Esperas
29%
Deslocamentos
13%
Ferramentas -
Materiais - Transporte
7%
Necessidade
5%
59DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
acompanhamento é necessário que se analise com bastante atenção sua
distribuição ao longo do tempo. Este fato é mais relevante nas obras de longa
duração em que os reajustes contratuais nem sempre ocorrem na mesma época
em que se verificam as variações no preço dos recursos.
As conclusões a respeito da obtenção de ganhos no custo dos recursos no
início da obra, ou logo após um reajuste contratual não devem ser objeto de
comemorações precipitadas. O resultado que é realmente significativo será
aquele obtido considerando o custo médio do recurso, calculado com base nas
quantidades utilizadas a cada custo periódico.
Os recursos utilizados em uma obra são de diferentes naturezas sendo
normalmente classificados em três grupos, segundo DNER(1998, p. 39 a 92) e
LIMMER(1997, p. 56): materiais, pessoal ou mão-de-obra e equipamentos. Cada
um destes grupos tem suas particularidades e devem ser apropriados de maneira
diferente.
Os materiais integram um grupo de recursos que normalmente não
apresenta maiores dificuldades para obtenção de seus custos. Na maioria dos
casos os processos de compra fornecem as informações necessárias. Porém não
se deve deixar de considerar os custos adicionais ao de aquisição, decorrentes de
transporte, manuseio, armazenagem, perdas no manuseio e estocagem, e os
custos financeiros ou ganhos decorrentes da manutenção de estoques.
Os custos adicionais decorrentes das perdas e desperdícios decorrentes
da utilização dos materiais normalmente são considerados pela apropriação do
consumo dos recursos.
O custo de mão-de-obra normalmente é referido a uma unidade de tempo,
sendo a hora a unidade mais utilizada. O custo ou salário horário normalmente é
estimado considerando-se todos os gastos realizados com salário e encargos
sociais e as horas trabalhadas por mês, conforme apresentado anteriormente. O
custo horário real ou apropriado pode ser calculado dividindo-se os gastos
mensais pelo número de horas disponíveis para trabalho por mês, ou pelas horas
efetivamente trabalhadas. A diferença entre os valores obtidos reflete a
ociosidade da mão-de-obra.
Caso a apropriação trabalhe com o valor da hora de trabalho disponível, a
ociosidade deverá ser considerada nos coeficientes técnicos das composições de
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custo. Esta maneira de trabalhar é a mais usual, sendo conveniente também por
possibilitar a comparação do salário horário apropriado com valores de mercado.
O terceiro grupo de recursos, integrado pelos equipamentos, tem seu custo
unitário normalmente referido em relação à unidade hora para os equipamentos
de custo mais elevado ou em relação a unidades maiores como o dia ou mês para
os equipamentos de menor custo. No grupo dos equipamentos são considerados
os equipamentos propriamente ditos, o ferramental (ferramentas, utensílios,
implementos etc.) e os veículos de transporte, usualmente denominados de
viaturas.
Para definição do custo unitário deve ser considerado se o equipamento é
alugado, situação em que seu custo é definido pelo contrato de locação, ou se é
de propriedade da empresa, quando então deve ter seu custo calculado por
metodologia específica.
De acordo com a importância do custo dos equipamentos na estrutura de
custos de uma obra, seu custo real pode ser apropriado com um nível de
detalhamento maior ou menor, o que irá influir na precisão dos resultados obtidos
e conseqüentemente na avaliação de seu impacto no custo da obra.
O custo horário dos equipamentos normalmente é calculado para duas
situações distintas, para a situação em que o equipamento está trabalhando e
para a situação em que ele está parado, de motor ligado, aguardando condições
para poder trabalhar, quando integra uma equipe mecânica. A forma de
apropriação destes custos deve estar em conformidade com a metodologia
adotada no orçamento da obra. Tendo em vista a complexidade e importância do
assunto, principalmente nas obras de construção pesada, a estimativa e
apropriação de custo dos equipamentos são apresentadas detalhadamente em
capítulos à parte.
3.6.2.3 Apropriação do consumo dos recursos
A apropriação do consumo ou emprego dos recursos irá avaliar a correção
dos coeficientes técnicos adotados nas composições de custo. Os custos dos
diversos componentes de custo de um serviço são obtidos pela multiplicação dos
coeficientes técnicos pelos preços unitários de cada recurso. Em conseqüência, o
coeficiente técnico de um recurso tem o mesmo nível de importância que o preço
61DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
do mesmo, na composição do custo do serviço.
Como os coeficientes técnicos dos recursos que consomem tempo
expressam a produtividade e adequação da constituição das equipes de trabalho,
eles deverão ser considerados pela apropriação da produtividade. Porém sua
observação não estará totalmente dissociada deste contexto, porque os materiais
serão empregados pelos equipamentos ou pela mão-de-obra, que dependendo de
sua capacitação, limitações e grau de especialização podem influir no índice de
desperdício de materiais.
O enfoque principal deste segmento da apropriação será o
acompanhamento dos consumos reais dos materiais, podendo, através de suas
conclusões, validar os parâmetros de planejamento adotados, orientar na
correção dos coeficientes técnicos e identificar as possíveis causas de
desperdícios.
Quando as perdas ou desperdícios forem inerentes ao processo
construtivo, suas quantidades devem ser consideradas pelos parâmetros de
consumo em contraposição aos valores estimados com base em ensaios de
laboratório ou mensuração de áreas e volumes, a partir de desenhos ou
especificações.
3.6.2.4 Apropriação dos custos unitários dos serviços
A apropriação dos custos unitários tem por objetivo calcular o custo real de
produção de cada unidade dos serviços a partir das informações apropriadas para
emprego e custo dos recursos empregados na execução das obras. As possíveis
variações de quantidade ou mesmo tipo de recursos utilizados devem ser
consideradas, de modo que o resultado obtido reflita o valor que realmente foi
gasto na execução do serviço.
O custo unitário apropriado para um serviço é obtido dividindo-se seu custo
total pela quantidade realizada do mesmo, sendo os dois valores referentes ao
mesmo período. O valor obtido é de suma importância porque será uma das
principais referências da empresa quando do planejamento de outra obra que
utilize o mesmo serviço.
62DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
3.6.2.5 Apropriação das despesas indiretas
A apropriação das despesas indiretas tem por objetivo consolidar todos os
gastos realizados na execução da obra que não tenham sido objeto de
apropriação como custo direto dos serviços. Uma das formas de simplificar o
cálculo das despesas indiretas é acumular sob este título todos os gastos que não
tenham sido atribuídos a nenhum item da planilha orçamentária. Todos os custos
que não forem objeto de medição e pagamento, de acordo com as condições
contratuais, devem ser considerados como despesas indiretas.
Do exposto fica claro que a caraterização destes custos é muito variável e
depende essencialmente das condições contratuais e da maneira como a obra
será realizada.
3.6.2.6 Cálculo do custo de implantação da obra
O custo de implantação de uma obra será obtido como a soma dos custos
apropriados para os serviços com a parcela correspondente às despesas
indiretas. A diferença entre o custo apropriado para a obra e o valor recebido
pelos serviços será o lucro ou prejuízo da empresa.
Vale a pena ressaltar que durante a execução da obra podem ocorrer
gastos com serviços que não serão medidos no mesmo período em que os custos
foram apropriados. Este fato pode ocorrer para os serviços que por alguma razão
não atendem, naquele momento, as condições necessárias para medição e
pagamento. As ocorrências desta natureza podem provocar distorções nos
resultados obtidos para lucro ou prejuízo, os quais precisam ser analisados com
base nas considerações apresentadas.
Outro fator que deve ser considerado na análise dos resultados financeiros
de uma obra é a ocorrência de adiantamentos ou atrasos no pagamento pelos
serviços prestados. O descompasso entre pagamento e execução das obras pode
gerar receita complementar no caso de adiantamento ou gastos adicionais com
encargos financeiros no caso de atraso de pagamento.
3.6.3 Universo de controle
“Um projeto é geralmente composto de múltiplas atividades, cada
63DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
uma podendo demandar vários insumos, como mão-de-obra,materiais e equipamentos. Existe, pois, um elenco muito grande deitens que, à primeira vista, devem ser controlados. Para distinguir ositens mais importantes dos de menor importância, pode-se lançarmão do princípio de Pareto, também conhecido como o princípio do‘poucos significativos e muitos insignificantes’”. LIMMER (1997, p.123)
Uma das características desejáveis para um sistema de apropriação é que
seja economicamente viável de ser implantado. Em oposição a esta característica
está a necessidade de implantação de um sistema o mais detalhado possível para
que se obtenha o máximo de precisão nos resultados. Quanto mais detalhado for
o sistema, maiores serão as necessidades de meios e pessoas para coletar,
processar e analisar os dados. Portanto o nível de detalhamento do sistema de
apropriação está diretamente relacionado com o custo de sua implantação e
operação.
Tendo em vista o conflito que se verifica entre a necessidade de
detalhamento e a limitação de recursos para implantação, há necessidade de que
se encontre um ponto de equilíbrio. A melhor solução certamente será aquela que
possibilite o acompanhamento dos componentes de custo mais importantes com
os recursos disponíveis, ou a variação do nível de detalhamento da apropriação
de acordo com a importância dos componentes de custo. Em qualquer dos dois
casos haverá necessidade de que se conheça a importância relativa dos
componentes de custo.
Uma forma de se classificar os componentes de custo pelo seu nível de
importância é através da classificação ABC que é baseada no princípio de Pareto
e muito utilizada nos sistemas de controle em geral. Esta classificação compõe-se
de três faixas, denominadas A, B e C. A faixa A é composta por um pequeno
número de itens que concentram a parcela mais significativa do custo total dos
itens. A faixa C é composta pela maior parte dos itens, porém concentra apenas
uma pequena parte de seu valor total. A faixa B é intermediária e contém os itens
que possuem um nível médio de importância dentro do universo analisado.
Para classificar um conjunto de elementos segundo a classificação ABC
precisa ser calculado o percentual relativo do custo de cada elemento em relação
ao custo de todos. O passo seguinte é ordená-los em ordem decrescente pelo
percentual relativo. Em seguida calcula-se o percentual relativo acumulado para
64DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
todos os elementos. Para definição dos limites entre as faixas, normalmente é
considerado o percentual acumulado de 70 % como limite entre as faixas A e B,
e 5 % como limite entre as faixas B e C. Considerando a quantidade de itens para
esta distribuição temos que a faixa A contém aproximadamente 10 % dos itens, a
faixa B 30 % e a faixa C 60 %. O número de itens em cada faixa não é fixo, pode
variar de um projeto para outro, porém o mais importante é que se identifique os
itens mais significativos e aqueles que não tem uma importância tão grande, de
modo a poder lhes dar tratamento diferenciado com a segurança de que os
esforços da apropriação estarão sendo bem orientados. A Figura 20 ilustra a
distribuição apresentada.
Figura 20 – Curva de classificação ABC
Fonte: adaptado de LIMMER (1997, p.124)
3.6.4 Apropriação em obras de Edificações e Construção Pesada
A apropriação de custos ultimamente tem sido objeto do interesse de um
número maior de profissionais, empresas e órgãos públicos que atuam na área de
construção civil, principalmente nos subsetores de edificações e construção
pesada. A razão por este interesse certamente está na necessidade de melhoria
na eficiência, imposta pelo aumento da competitividade, e pelo crescente rigor
com que tem agido os órgãos de controle do governo. Os órgãos do governo e as
empresas serão mais eficientes à medida em que disponham de profissionais
melhor capacitados nesta área de conhecimento.
65DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
O mercado de edificações tradicionalmente tem sido mais competitivo que
o de construção pesada. Este fato ocorre devido à necessidade de um
investimento menor para estruturar e manter uma empresa de edificações do que
uma que possa atuar no mercado de construção pesada, o que favorece o
surgimento e sobrevivência de um número maior de empresas de edificações.
Esta talvez seja uma das causas da carência de literatura a respeito de
apropriação em obras de construção pesada.
O subsetor de edificações conta com diversos trabalhos que abordam o
assunto de apropriação de custos e propõem metodologias com vários enfoques
diferentes. Porém a apropriação destas obras normalmente é centrada na
produtividade, e no controle de pessoal e material, sem que seja dispensada uma
atenção especial aos equipamentos.
No estudo bibliográfico realizado não foi identificada literatura que aborde a
apropriação de custos para obras de construção pesada. As melhores referências
encontradas foram documentos internos do Exército, utilizados para padronizar os
procedimentos de apropriação de custos nas unidades de construção. As
diretrizes do Exército foram utilizadas pelo autor ao longo dos últimos 7 anos
como base para gerenciamento de obras, desenvolvimento e implantação de um
sistema de apropriação de custos. A metodologia proposta nesta dissertação é
um extrato do sistema desenvolvido pelo autor, o qual foi reestruturado e
complementado ao longo dos últimos dois anos.
A apropriação de custos, tanto nas obras de edificações quanto nas de
construção pesada, precisa considerar os mesmos elementos com diferentes
enfoques. O que diferencia as necessidades específicas de cada tipo de obra são
suas características e a importância relativa que os recursos têm nestas obras.
Para o subsetor de edificações normalmente os recursos de maior peso no
custo da obra são os materiais e a mão-de-obra, enquanto que o custo dos
equipamentos não é significativo, na maioria dos casos. Nas obras de construção
pesada os recursos que possuem maior peso no custo total são os equipamentos
e os materiais (em algumas obras), ficando a mão-de-obra com o menor peso em
praticamente todas as obras.
O fato dos equipamentos possuírem o menor peso relativo nas obras de
edificações e o maior nas de construção pesada impõe a necessidade de que
66DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
sejam considerados, pela apropriação, de maneira diferente em cada tipo de obra.
Outra diferença fundamental é o caráter de grande mobilidade, rotatividade,
descentralização e alto valor dos equipamentos nas obras de construção pesada.
As obras de edificações são relativamente estáticas e utilizam poucos
equipamentos de grande porte do mesmo tipo em cada obra, quando comparadas
com as de construção pesada.
As características de grande mobilidade, descentralização das equipes de
trabalho e rotatividade de equipamentos entre equipes são próprias das
necessidades das obras de construção pesada. Estas características aumentam a
dificuldade da apropriação de custos, porém não podem ser objeto de muita
restrição por serem fundamentais para que obtenha bons índices de produtividade
nestas obras. Dentre estas características a que mais dificulta a apropriação é a
rotatividade dos equipamentos entre diferentes equipes de trabalho, cuja
necessidade na maioria das vezes é motivada pela quebra de um equipamentos e
falta de equipamento similar em reserva.
Quando ocorre a quebra de um equipamento, o responsável pela obra
precisa dar uma solução para o problema em pouco tempo. Um equipamento
quebrado pode provocar a paralisação de toda uma equipe mecânica, que tem
um custo horário muito alto. Uma das soluções possíveis e eficaz na maioria dos
casos é transferir um equipamento de outra equipe mecânica para suprir a
deficiência. Desta forma normalmente consegue-se manter as duas equipes
trabalhando, mesmo que num ritmo inferior ao normal.
Devido à forma de emprego e ao alto custo dos equipamentos nas obras
de construção pesada, sua apropriação precisa ser estruturada de maneira
diferente da adotada nas obras de edificações. A produtividade e os recursos do
tipo mão-de-obra e material podem ser apropriados nas obras de construção
pesada de maneira similar à adotada nas obras de edificações, devendo-se
apenas adequar o nível de detalhamento da apropriação destes recursos à sua
importância no custo da obra.
Desta forma, a continuação do desenvolvimento deste trabalho
contemplará a apropriação do custo dos equipamentos e viaturas nas obras de
construção pesada que envolvem grandes movimentos de massa, onde seu custo
é significativo.
DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
4 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE EQUIPAMENTOS E VIATURAS
4.1 INTRODUÇÃO
Os equipamentos e viaturas empregados na realização de obras de
construção pesada são responsáveis por uma parcela bastante significativa da
produtividade e qualidade alcançadas nestas obras. Devido ao emprego de
grande quantidade de equipamentos nesta modalidade de obras e a seu
expressivo custo, eles são responsáveis por uma parcela significativa do custo
das obras de Construção pesada.
A realização das obras de engenharia em geral precisa ser considerada
sob pelo menos dois aspectos fundamentais: o técnico e o econômico. O aspecto
técnico considera a realização das obras de acordo com os padrões de qualidade
e funcionalidade vigentes. Pelo aspecto econômico busca-se uma solução para o
problema técnico que seja economicamente viável, isto é, sua implantação ao
menor custo possível. Por estas considerações pode-se concluir sobre a
necessidade da realização de uma previsão do custo de uma obra, para que sua
viabilidade possa ser analisada.
Conforme mencionado anteriormente, o custo decorrente do emprego de
equipamentos e viaturas é parcela significativa do custo total das obras de
Construção pesada. Assim, no estudo da viabilidade econômica destas obras,
estes custos precisam ser estimados.
A estimativa do custo de emprego de equipamentos e viaturas usualmente
é feita a partir de seu custo por hora de utilização. Esta forma de consideração
facilita não só a estimativa de custo do equipamento, como a obtenção
(apropriação) do custo decorrente de seu emprego na realização dos serviços.
68DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
A determinação do custo horário de equipamento apresenta dificuldades
face à grande quantidade de variáveis a serem consideradas, variáveis estas que,
normalmente, variam em intervalos expressivos e de difícil determinação. As
metodologias existentes utilizam parâmetros médios definidos a partir da
observação do emprego de equipamentos, os quais naturalmente precisarão ter
seus valores ajustados às diferentes condições de sua utilização. A diferença
entre os custos estimados e os reais variará à medida em que as condições
consideradas para emprego dos equipamentos difiram do modelo considerado na
estimativa de custos.
As metodologias utilizadas para estimar o custo dos equipamentos
normalmente decompõem estes custos em três grandes grupos: custos de
propriedade, custos de manutenção e custos de operação, cujos métodos
utilizados para estimá-los serão apresentados no decorrer deste capítulo.
4.2 CUSTOS DE PROPRIEDADE
As parcelas de custo dos equipamentos e viaturas consideradas como
custos de propriedade são aquelas decorrentes de sua posse. Os parâmetros
utilizados no cálculo expressam a expectativa de tempo de uso da máquina, seu
valor e os custos financeiros envolvidos. As parcelas que tradicionalmente
compõem este custo são a depreciação e os juros de investimentos, embora
recentemente o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) tenha
passado a considerar também o custo relativo a impostos e seguros.
Nos itens a seguir são apresentados os métodos mais utilizados para
calcular os custos de propriedade e são feitas algumas considerações sobre a
vida útil dos equipamentos e viaturas, a qual é um dos parâmetros mais
importantes na estimativa desses custos.
4.2.1 Depreciação
Segundo RICARDO & CATALANI (1990, p. 352) e LIMMER (1997, p. 104),
a parcela dos custos de propriedade denominada depreciação corresponde às
despesas decorrentes do uso e obsolescência do equipamento.
A depreciação pode ser considerada sob pelo menos dois enfoques
principais: o contábil-fiscal e o econômico. Pelo enfoque contábil-fiscal o
69DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
proprietário considerará a desvalorização do equipamento como uma despesa e a
lançará como tal em sua contabilidade. Sob o aspecto econômico a depreciação
deve ser tratada como um custo a ser cobrado nos serviços realizados pelo
equipamento. De acordo com este enfoque o custo de depreciação deverá ser
utilizado para formar um fundo de reserva, o qual deve proporcionar recursos
suficientes para aquisição de um novo equipamento ao término de sua vida útil.
A depreciação é um valor que precisará ser estimado periodicamente, seja
para consideração na contabilidade da empresa, seja para definir o valor do fundo
de reserva que o equipamento deve proporcionar ao longo de um certo período
de sua utilização. Para fazer o cálculo deste valor será necessário considerar a
vida útil provável do equipamento, isto é, durante quanto tempo ele poderá ser
utilizado para o fim a que se destina.
4.2.2 Vida útil de equipamentos e viaturas
A determinação da vida útil sob o aspecto econômico é feita considerando-
se o tempo necessário para que o equipamento trabalhe e proporcione o retorno
do capital investido. Para caracterizarmos melhor o significado de vida útil serão
apresentados a seguir os conceitos apresentados por conceituados autores e
tecidos alguns comentários a respeito.
“Define-se como vida útil de um equipamento o período de tempodurante o qual ele presta serviços de forma eficiente e econômica, ouseja, atendendo aos níveis de produtividade e de economicidadepara ele especificados. A vida útil varia de acordo com o tipo deequipamento e com as condições de execução dos serviços por elerealizados.”(LIMMER, 1997, p. 104).
“...a vida útil de um equipamento é o tempo necessário para oretorno do capital investido, através da separação periódica dedeterminada quantia, proveniente do trabalho da máquina para queseja possível a sua substituição no momento oportuno.” (RICARDO &CATALANI, 1990, p. 353).
Os conceitos apresentados para vida útil estão em conformidade com a
consideração de depreciação sob o aspecto econômico.
Sob o ponto de vista contábil a vida útil é o tempo mínimo permitido pela
legislação para que o equipamento ou viatura seja amortizado. A amortização
consiste em considerar o valor investido na aquisição como despesa, na
70DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
contabilidade da empresa.
Quando a vida útil é considerada quanto às condições técnicas de
operação do equipamento, este tempo será conseqüência direta das condições
de operação da máquina, bem como do padrão de manutenção que ela receber.
Uma operação cuidadosa, em condições não muito severas, aliada a uma boa
manutenção certamente contribuirão para aumentar a vida útil das máquinas em
geral. Este fato pode ser constatado em nosso dia a dia através da observação
das condições de nosso carro em relação ao do vizinho ou amigo que utiliza o seu
ou lhe proporciona uma manutenção bem diferente da maneira como fazemos
com o nosso.
Um outro fator que deve ser levado em conta na consideração da vida útil
de uma máquina é a obsolescência. A qual dependerá essencialmente dos
avanços tecnológicos incorporados a equipamentos similares, bem como de
alterações nas especificações de serviços e normas de preservação do meio
ambiente, dentre outras.
Um exemplo típico da perda de valor dos equipamentos por obsolescência
foi a introdução das transmissões hidromecânicas que aumentaram
substancialmente a produtividade dos equipamentos, quando comparados às
transmissões mecânicas, conforme é citado por RICARDO & CATALANI (1990, p.
353)
A obsolescência precoce dos equipamentos que tem um alto potencial de
poluição do meio ambiente tem sido verificada ultimamente como uma
conseqüência direta das crescentes exigências de preservação ambiental. Um
dos exemplos mais característicos pertinente com esta consideração, é o caso
das usinas misturadoras de solo e asfalto. Estas usinas atualmente precisam
dispor de eficientes sistemas de filtragem para reduzir a emissão de partículas e
gases, como condição para que obtenham as licenças ambientais necessárias
para operação.
O enfoque deste trabalho é a análise econômica da utilização de
equipamentos e viaturas, que embora não seja dissociada dos demais aspectos
que influem na vida útil, tem suas particularidades. Dentro deste enfoque a vida
útil será considerada como o tempo de utilização do equipamento necessário para
que se obtenha o retorno do capital investido.
71DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Considerando-se apenas o enfoque econômico, a vida útil poderia ser
definida como um prazo pequeno, o que seria conveniente para seus
proprietários, ou como um prazo longo, o que seria mais conveniente para
aqueles que pagam pelos serviços dos equipamentos. Este conflito de interesses
entre os proprietários de equipamentos e os contratantes de seus serviços é
conseqüência da influência que a vida útil tem no custo de utilização dos
equipamentos, como veremos posteriormente.
Para definição da vida útil pelo critério econômico o fundamental é a
consideração de parâmetros que possibilitem a obtenção dos menores valores
possíveis para o custo de utilização dos equipamentos, normalmente chamado de
custo horário. O custo horário de um equipamento é composto pelas parcelas
correspondentes aos custos de propriedade, operação e manutenção, como
vimos anteriormente.
Segundo RICARDO & CATALANI (1990, p. 354) , a determinação da vida
útil pelo critério econômico, ou método do custo horário mínimo, baseia-se na
consideração de que os custos de propriedade diminuem com o passar do tempo,
enquanto que os de manutenção tendem a aumentar. Quanto aos custos de
operação, estes normalmente não sofrem grandes variações ao longo da vida útil
do equipamento. A partir destas informações pode-se considerar que o custo
mínimo horário depende diretamente da vida útil considerada e que a vida útil
adequada, pelo critério econômico, é aquela que proporciona o menor valor para
o custo horário do equipamento.
Posteriormente serão apresentados os métodos utilizados para estimar o
custo horário dos equipamentos e poderemos constatar que as variáveis
envolvidas são muitas e que os parâmetros necessários são difíceis de serem
obtidos, além de admitirem uma larga faixa de tolerância. A conseqüência deste
fato é que há diferenças significativas entre os valores fornecidos pelos
fabricantes, os considerados pelos contratantes e os julgados mais corretos pelos
proprietários.
4.2.3 Métodos empregados no cálculo da depreciação
Existem vários métodos para calcular o valor da depreciação de um
equipamento, a diferença entre eles está basicamente na consideração de valores
72DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
maiores ou menores nos primeiros anos de sua utilização. A definição do método
de depreciação a utilizar normalmente é feita escolhendo-se aquele que forneça
valores o mais próximo possível dos verificados no mercado, ao longo da vida útil
considerada.
No cálculo da depreciação são considerados o valor de aquisição, o valor
residual, a taxa mínima de retorno do capital, a vida útil estimada e a previsão do
número de horas que o equipamento trabalhará por ano.
O valor de aquisição ou valor inicial do equipamento é constituído pela
soma de todas as despesas concernentes à aquisição e posse da máquina,
como:
• Preço de aquisição à vista , com impostos incluídos;
• Despesas com financiamento, se comprado à prazo;
• Fretes e armazenamento;
• Seguros.
O valor residual é o valor de revenda da máquina ao fim de sua vida útil.
Este valor não é definido com facilidade porque além de depender bastante da
forma como o equipamento foi utilizado e da manutenção que recebeu, ele
também depende bastante da época e condições de mercado quando for
disponibilizado para revenda. Se a máquina for julgada irrecuperável, quando não
é viável reformá-la, o valor residual atingirá seu mínimo que será o valor de
sucata. Este valor é o obtido com a venda das peças que ainda puderem ser
aproveitadas.
A seguir serão apresentados os principais métodos empregados para
calcular a depreciação.
4.2.3.1 Método da função linear
Este método, que também é chamado de depreciação linear, considera que
a perda de valor do equipamento ocorre segundo uma reta, ou seja,
proporcionalmente ao tempo de uso e serve para determinar a parcela de custo
correspondente ao capital consumido com a desvalorização de equipamento.
A principal vantagem da utilização deste método é a simplicidade dos
cálculos, enquanto que a grande desvantagem, segundo LIMMER (1997, p. 105) ,
73DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
é que sua aplicação resulta em valores muito baixos nos primeiros anos de vida
útil do equipamento e muito altos nos últimos anos, considerando-se o que ocorre
na realidade. A depreciação real é maior no início da vida útil, diminuindo
rapidamente à medida que o equipamento perde valor com a idade.
A depreciação horária do equipamento pelo método linear é calculada pela
expressão:
oro
h V.HTA.n
k1
H
VVD
−=−
=o
r
V
Vk =
sendo:
Dh – valor da depreciação horária
Vo – valor inicial
Vr – valor residual
H – vida útil em horas de utilização
n – vida útil em anos
HTA – número de horas de utilização por ano
k – percentual de valor residual do equipamento
Figura 21 - Gráfico de depreciação pela função linear
Fonte: do autor
Na Figura 21 é apresentada a representação gráfica da depreciação linear
considerando-se uma vida útil de 10 anos e o valor residual correspondente a 20
Depreciação pela Função Linear
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Ano
Val
or d
o eq
uipa
men
to (
Vo)
Valor Residual nulo Valor Residual não nulo
74DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
% do valor inicial.
4.2.3.2 Método da soma dos d ígitos
A experiência indica que a desvalorização real ocorrida com os
equipamentos não segue a mesma proporcionalidade do método linear. A perda
do valor comercial é bem acentuada nos primeiros anos, tendendo a se estabilizar
com o passar do tempo.
Existem outros processos de cálculo da depreciação, chamados de
decrescentes, em que a intensidade da desvalorização decresce com o tempo,
estando mais de acordo com a realidade.
O método conhecido como soma dos dígitos é um dos métodos
decrescentes, cuja formulação é apresentada a seguir, a qual foi complementada
pelo autor em relação ao apresentado por RICARDO & CATALANI (1990, p. 357).
O fundamento básico do método é a aplicação de uma razão de depreciação
anual sobre o valor a ser depreciado do equipamento novo. A razão de
depreciação é calculada pela seguinte fórmula:
2
n).n1(
)1Nn(
n
1Nn
+
+−=+−
∑
sendo:
n – vida útil do equipamento em anos
N – um ano qualquer ao longo da vida útil
∑n – soma dos n números naturais cujo valor, que é a soma de uma
progressão aritmética, é obtido com a expressão (1 + n).n/2
O valor atualizado do equipamento e o valor da depreciação anual são
calculados com as seguintes fórmulas, que estão com índices para facilitar a
automação dos cálculos.
o
r
V
Vk =
oV).k1(Vd −=
2
n).n1(
)1Nn(.VddN
+
+−= N1NN dVdVd −= −
75DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
HTA
d
HTA
VdVd Dh NN1N
N =−
= −
sendo:
k – percentual de valor residual do equipamento
Vo – valor inicial
Vr – valor residual
Vd – valor a considerar no cálculo da depreciação
dN – valor da depreciação no ano N
VdN – valor do equipamento no fim do ano N de sua vida útil
DhN – valor da depreciação horária no ano N
HTA – número de horas de utilização por ano
A seguir serão desenvolvidas as expressões para o caso de um
equipamento que tenha vida útil de n anos.
Antes do início da utilização do equipamento temos que o valor a depreciar
será:
roo VVVdVd −==
O valor a ser depreciado no primeiro ano será:
2
n).n1(
n.Vd
2
n).n1(
)11n(.Vd d1
+=
+
+−=
Encontrado-se portanto o valor do equipamento depreciado no final do
primeiro ano
2
n).n1(
n.VdVdVd 01
+−=
Para os demais anos encontraremos as seguintes expressões:
2
n).n1(
1n.VdVd
2
n).n1(
12n.Vd Vd Vd 2N 112
+
−−=+
+−−==
2
n).n1(
2n.VdVd
2
n).n1(
13n.Vd Vd Vd 3N 123
+
−−=+
+−−==
2
n).n1(
1in.Vd Vd Vd iN 1ii
+
+−−== −
76DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
r1n1nn V
2
n).n1(
1.VdVd
2
n).n1(
1nn.Vd Vd Vd nN =
+−=
+
+−−== −−
Na Figura 22 é apresentada a representação gráfica da depreciação pelo
método da soma dos dígitos considerando-se uma vida útil de 10 anos para os
casos de valor residual nulo e o correspondente a 20 % do valor inicial.
Figura 22 - Gráfico de depreciação pelo método da soma dos dígitos
Fonte: do autor
4.2.3.3 Método exponencial
O método de depreciação exponencial é decrescente e baseia-se na
aplicação de uma percentagem constante sobre o valor a ser depreciado
anualmente. A seguir será apresentada a formulação para aplicação deste
método, segundo RICARDO & CATALANI (1990, p. 359), a qual foi
complementada pelo autor.
Sendo:
Vo – valor inicial
Vr – valor residual
n – vida útil do equipamento
N – um ano qualquer ao longo da vida útil
Depreciação pela Soma dos Dígitos
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Ano
Val
or d
o eq
uipa
men
to (
Vo)
Valor Residual nulo Valor Residual não nulo
77DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
VdN – valor do equipamento no fim do ano N de sua vida útil
r – taxa de depreciação
dN – valor da depreciação no ano N
DhN – valor da depreciação horária no ano N
HTA – número de horas de utilização por ano
)r1.(V .rV V Vd .rV d 1N ooo1o1 −=−===
2ooo2o2 )r1.(V r).r-.(1V r)-(1.V Vd r).r-.(1V d 2N −=−===
io
1-io
1-ioi
1-ioi )r1.(V .rr)-.(1V r)-(1.V Vd .rr)-.(1V d iN −=−===
non
1-non r)-(1.V Vd .rr)-.(1V d nN ===
Como o valor do equipamento ao término de sua vida útil é seu valor
residual temos que:
n
o
rnor V
V-1r r)-(1.V V =⇒=
Verifica-se então que a taxa de depreciação r depende da vida útil do
equipamento e da relação Vr / Vo.
Como este é um método de depreciação decrescente, o valor da
depreciação horária do equipamento decresce ao longo de sua vida útil, sendo
calculada pela fórmula:
HTA
d
HTA
r.r)-(1.V Dh N
1N-o
N ==
Na Figura 23 temos a representação gráfica da depreciação exponencial
considerando-se uma vida útil de 10 anos e o valor residual correspondente a 20
% do valor inicial.
4.2.3.4 Método do fundo de amortização (“sinking fund”)
Este método, também chamado de método do fundo de reserva distingue-
se dos demais porque considera a taxa de juros que incide sobre o capital
investido, corrigindo os valores atuais dos custos ocorridos.
O fundamento básico deste método é a separação, ao fim de cada ano, de
78DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
um valor para a reposição do equipamento, ao qual se aplica juros compostos. O
valor obtido anualmente é chamado de anuidade ou amortização anual.
Figura 23 - Gráfico de depreciação pelo método exponencial
Fonte: do autor
A seguir será apresentada a formulação utilizada, segundo RICARDO &
CATALANI (1990, p. 360), a qual foi complementada pelo autor.
Sendo:
Vo – valor inicial
Vr – valor residual
k – percentual de valor residual do equipamento
n – vida útil em anos
N – um ano qualquer ao longo da vida útil
i – taxa de juros
J – juros anuais sobre o capital investido = Vo .i
a = 1+ i
R – anuidade
S – capital acumulado ao fim da vida útil do equipamento
SN – capital acumulado ao fim do ano N
VdN – valor do equipamento no fim do ano N de sua vida útil
dN – valor da depreciação no ano N
Depreciação pelo Método Exponencial
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Ano
Va
lor
do
eq
uip
am
en
to (
Vo
)
79DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
DhN – valor da depreciação horária no ano N
HTA – número de horas de utilização por ano
P – parcela anual de juros e amortização
DJh – valor da depreciação e juros por hora
N = 1 S1 = R
N = 2 S2 = R + R.a
N = 3 S3 = R + R.a + R.a2
N = n Sn = R + R.a + R.a2 + ... + R.an-1 = S
Multiplicando a última equação por a temos:
R.a + R.a2 + R.a3 ... + R.an = S.a
Logo:
S.a – S = R.an – R 1a
1a.RS
n
−−=
De maneira análoga encontramos a seguinte expressão que permite
calcular o valor do fundo de reserva em um determinado ano N:
1a
1a.RS
N
N −−=
Substituindo a por i+1 no denominador encontramos a expressão do capital
acumulado ao fim da vida útil:
i
1a.RS
n −=
O valor da anuidade será:
1a
i.SR
n −=
Segundo OLIVEIRA (1982, p. 10) e RICARDO & CATALANI (1990, p. 361),
na matemática financeira o termo (an – 1)/i é chamado de fator de acumulação de
capital (FAC) e seu inverso i/(an – 1) é chamado de fator de formação de capital
(FFC).
A soma das anuidades com os juros deverá ser igual à perda de valor da
máquina, isto é, a seu valor de depreciação ao longo da vida útil, logo:
S = Vo – Vr e 1a
i).VV(R
nro
−−
=
80DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
O valor da depreciação horária será então o resultado da divisão da
anuidade pelo número de horas trabalhadas por ano, conforme expressão
apresentada a seguir:
1)i1(
i.
HTA
)VV(
HTA
R Dh
nro
−+−
==
Fazendo k = Vr/Vo obtemos:
1)i1(
i.
HTA
)k1(.V Dh
no −+−=
Somando-se à anuidade o valor correspondente aos juros anuais
incidentes sobre o capital investido Vo teremos:
)1a
ka.i.V )
1a
k11.(i.V
1a
)k1.(i.V i.V i.V
1a
i).VV( JR P
n
n
onono
oonro
−−=
−−+=
−−
+=+−
−=+=
O custo horário da depreciação e juros será então o resultado da divisão da
parcela anual de anuidade e juros pelo número de horas trabalhadas por ano,
conforme expressão apresentada a seguir:
1a
ka.
HTA
i.V
HTA
PDJ
n
no
h −−==
Embora se esteja tratando apenas de depreciação foi apresentada a
formulação para cálculo da parcela correspondente a juros e depreciação juntos
apenas para apresentar o método completo. Da maneira como os juros foram
considerados eles serão cobrados integralmente sobre o valor inicial do
equipamento até o término da vida útil, o que não parece muito correto. A razão
da discordância é que como o capital investido retorna progressivamente ao longo
da vida útil, a parcela correspondente a juros deveria ser decrescente. Este
assunto voltará a ser abordado posteriormente em item específico pela
consideração da incidência de juros sobre o investimento médio e não sobre o
valor inicial.
A seguir são apresentados as fórmulas utilizadas e a representação gráfica
de VdN em relação ao valor de aquisição, considerando-se 10 anos de vida útil e
valor residual correspondente a 20% do valor inicial.
i1a +=o
r
V
Vk =
1a
i.V).k1(R
no
−−
=
81DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
1a
1a.RS
N
N −−= NoN SVVd −= N1NN VdVdd −= −
Figura 24 - Gráfico de depreciação pelo método do fundo de reserva
Fonte: do autor
4.2.3.5 Método do serviço executado
Este método, segundo LIMMER (1997, p. 106), baseia-se no cálculo da
depreciação em função das horas a serem efetivamente trabalhadas pelo
equipamento durante sua vida útil e não em função do número de horas
estimadas de trabalho.
A formulação adotada neste método, apresentada por LIMMER (1997, p.
106), é a da depreciação linear, porém ele pode perfeitamente ser empregado
usando-se a formulação preconizada para cálculo da depreciação pelos demais
métodos. A dificuldade para aplicação deste método está na estimativa correta do
número de horas efetivas de trabalho do equipamento.
O método do serviço executado certamente será mais indicado para a fase
de apropriação de custos do que para a fase de estimativa de custos. Na
apropriação dos custos que realmente ocorrem durante a realização de um
serviço as condições para se definir os parâmetros de cálculo com precisão são
Depreciação pelo Método do Fundo de Reserva
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Ano
Val
or d
o eq
uipa
men
to (
Vo)
82DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
bem mais favoráveis. Esta condição é possível por dispormos de mais
informações sobre as reais condições de emprego da máquina, bem como de
outras informações que dependem do mercado.
A seguir é apresentada a fórmula indicada por LIMMER (1997, p. 106)
para cálculo da depreciação pelo método do serviço executado.
ef
oef h
RV D
−=
Sendo:
Vo – valor inicial do equipamento
R – valor residual do equipamento após hef horas de trabalho
hef – número de horas efetivamente trabalhadas pelo equipamento
Def – depreciação horária efetiva após hef horas de trabalho
4.2.3.6 Comparação dos métodos de depreciação
Analisando-se as curvas de depreciação apresentadas anteriormente
podemos interpretar com mais facilidade as diferenças entre os resultados
encontrados com as diferentes formas de abordagem. Nos métodos decrescentes
a recuperação do investimento é mais rápida no início da vida útil que na
depreciação linear, enquanto que no método do fundo de reserva a recuperação
do capital é mais lenta, tendendo para a situação da depreciação linear quando a
taxa de juros tende para zero.
Segundo RICARDO & CATALANI (1990, p. 357), os métodos decrescentes
expressam a perda de valor do equipamento em mais consonância com a
realidade do que os demais. O método linear é o mais utilizado no Brasil, tanto
devido a sua simplicidade como ao fato de estar de acordo com as regras do
fisco. A desvantagem do uso dos métodos decrescentes está na discrepância
entre os valores constantes da contabilidade para fins de cálculo do imposto de
renda e os determinados por estes métodos, principalmente quando a máquina
está no início de sua vida útil.
O método mais adequado a utilizar certamente vai depender da situação.
Quem vai definir os valores a cobrar em um determinado momento serão o
mercado e o interesse da empresa em prestar serviços. O que a empresa deve
fazer é contabilizar, com rigor, o valor do equipamento que já foi amortizado, de
83DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
modo que conhecendo o valor que ainda precisa ser depreciado ela poderá definir
seus preços com mais segurança.
Nas Figuras 25 e 26 são apresentados os gráficos de depreciação obtidos
com aplicação dos métodos apresentados, os quais nos possibilitam compará-los,
com mais facilidade.
Figura 25 - Curvas de depreciação
Fonte: do autor
4.2.3.7 Depreciação em regime de economia inflacionária
A formulação utilizada pelos métodos de depreciação apresentados
anteriormente foi desenvolvida com base na hipótese de que não haja
desvalorização da moeda, isto é, inflação. Esta consideração não corresponde à
realidade de nosso país especificamente, nem à da maioria dos países. O que se
verifica é a ocorrência de perda de valor da moeda e consequentemente há um
acréscimo no valor de reposição do equipamento. A este fato podemos
acrescentar a rapidez com que os avanços tecnológicos estão ocorrendo, que
embora não tenham ligação com o processo inflacionário, tem como
conseqüência o fato de que a reposição de um equipamento normalmente
precisará ser feita por um similar, mais avançado tecnologicamente e
normalmente de custo mais elevado.
A seguir serão apresentados alguns comentários e o tratamento
Curvas de Depreciação
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Ano
Val
or d
o eq
uipa
men
to (
Vo)
Linear Soma dos Dígitos Exponencial Fundo de Reserva
Vr/Vo= 0,2 n = 10 anos i = 12%
84DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
matemático que deve ser dado ao cálculo da depreciação em regimes
inflacionários, segundo RICARDO & CATALANI (1990, p. 365), o qual foi
adaptado e complementado pelo autor para considerar também o aumento do
valor de reposição do equipamento devido à obsolescência do modelo em uso.
Figura 26 - Comparação da depreciação anual
Fonte: do autor
Como o valor inicial do equipamento sofre acréscimos inflacionários e os
decorrentes dos avanços tecnológicos, ele será substituído pelo valor de
reposição do equipamento. O cálculo, com precisão, do valor de reposição é
praticamente impossível, devido à impossibilidade de se prever as taxas de
inflação que irão ocorrer, bem como os reflexos dos avanços tecnológicos no
preço dos equipamentos.
Para enfrentar esta situação, segundo RICARDO & CATALANI (1990, p.
366), muitos proprietários de equipamento tem adotado o critério de recalcular
anualmente, ou em períodos menores (dependendo da taxa de inflação) os
valores de depreciação, em função dos novos valores de reposição, do valor atual
de revenda do equipamento e do fundo de reserva corrigido.
REGO CHAVES (apud RICARDO & CATALANI,1990, p. 366), propõe a
seguinte expressão para cálculo da depreciação corrigida, que considera a
correção do valor de reposição e do novo valor residual.
Depreciação Anual
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Ano
Dep
reci
ação
anu
al (
Vo)
Linear Soma dos Dígitos Exponencial Fundo de Reserva
Vr/Vo= 0,2 n = 10 anos i = 12%
85DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
'
'o'
nn
VdVD
−−
=
Sendo:
'oV - valor de reposição
Vd – Valor já amortizado
n – vida útil prevista em anos
'n - vida útil já decorrida
'D - valor da depreciação anual corrigido
A partir desta expressão, que calcula a depreciação pela função linear,
pode-se definir a formulação necessária para calcular a depreciação horária
corrigida, conforme é apresentado a seguir.
o'1 VVo = )t1(VoVo '
1N'N += −
0Vd 'o = '
N'
1N'N D)t1(VdVd ++= −
)1N(n
)t1(VdVoD
'1N
'N'
N −−+−
= −
HTA
DDh
'N'
N =
Sendo:
n – vida útil prevista em anos
N – um ano qualquer ao longo da vida útil
Vo – valor inicial
'NVo - valor de reposição corrigido no início do ano N
'NVd - valor amortizado corrigido no final do ano N
'ND - valor de depreciação anual corrigido no início do ano N
'NDh - valor de depreciação horária corrigido no início do ano N
HTA – número de horas trabalhadas por ano
t – taxa de inflação anual
Pela formulação definida o valor de reposição corrigido foi obtido pela
aplicação das taxas de inflação, porém pode ser obtido também como resultado
de uma pesquisa de mercado. O resultado obtido através de pesquisa é o mais
indicado por conduzir a valores mais próximos do valor que a empresa precisará
86DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
desembolsar no momento de adquirir uma nova máquina. Para ilustrar a
aplicação das fórmulas serão calculados os valores de depreciação para o caso
de economia estável e em regime inflacionário, considerando-se os seguintes
valores:
Vo = 10 000,00 Vr = 0,00 HTA = 2 000 n = 5 anos t = 20%
• Depreciação em economia estável (t = 0%)
Dh = (Vo – Vr) / n.HTA = 10 000/ (5.2000) = 1,00
• Economia em regime inflacionário
N 'NVo '
ND 'NVd '
NDh
0 0
1 10000 200005
010000 =−
−0 + 2000 = 2000 00,1
2000
2000 =
210000.(1 +0,2)
= 120002400
15
2,1.200012000 =−
− 2000.1,2 + 2400= 4800
20,12000
2400 =
312000.(1 +0,2)
= 144002880
25
2,1.480014400 =−
− 4800.1,2 + 2880= 8640
44,12000
2880 =
414400.(1 +0,2)
= 172803456
35
2,1.864017280 =−
− 8640.1,2 + 3456= 13824
73,12000
3456 =
517280.(1 +0,2)
= 207362,4177
45
2,1.1382420736 =−
−13824.1,2 +
4177,2 = 2073607,2
2000
2,4177 =
Figura 27 - Cálculo de depreciação em regime de economia inflacionária
Fonte: do autor
Analisando os resultados deste exemplo podemos observar e concluir que:
• O valor da depreciação corrigida pode ser obtida por aplicação da fórmula de
depreciação linear considerando-se sempre o preço de equipamento novo,
desde que o fundo de amortização seja corrigido pela mesma taxa verificada
na variação do valor de reposição;
• Caso a correção dos valores do fundo de amortização ocorra segundo taxas
diferentes das verificadas na variação do valor de reposição do equipamento,
pode ocorrer de ao final da vida útil haver sobra ou falta de recursos para
reposição da máquina;
87DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
• Para garantir a cobrança do valor necessário para reposição da máquina é
necessário que o valor corrigido do fundo de amortização seja obtido com
precisão;
• Quando a taxa de atualização do fundo de amortização é a mesma observada
na variação do valor de reposição, o valor da depreciação é corrigido por esta
mesma taxa, isto é, se a taxa de correção dos valores é t, a depreciação
corrigida será obtida pela expressão
)t1.(DD '1N
'N += −
4.2.4 Juros de investimento
Os juros de investimento ou juros sobre o capital investido na aquisição do
equipamento também são considerados como custos de propriedade. O valor a
ser cobrado sob este título, segundo RICARDO & CATALANI (1990, p. 367), é
obtido com a taxa mínima de retorno que seria obtida caso os recursos investidos
na aquisição do equipamento tivessem sido empregados em uma aplicação
financeira que garantisse pelo menos essa taxa mínima de retorno.
Como o investimento é amortizado ao longo da vida útil do equipamento,
através da depreciação, o valor sobre o qual incidirá a taxa de retorno
considerada decrescerá do valor inicial até atingir o valor residual. Este fato será
considerado utilizando-se o conceito de Investimento Médio Anual, cuja
formulação é apresentada a seguir, considerando-se depreciação linear.
rrom Vn.2
1n).VV(I ++−=
HTA
j.IJ m
h =
Sendo:
Vo – valor inicial
Vr – valor residual
n – vida útil em anos
j – taxa de juros anual sobre o investimento
Im – investimento médio anual
HTA – número de horas de utilização por ano
Jh – custo horário de juros de investimento
88DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Exemplo de cálculo:
Vo = 10 000,00 n = 5 anos j = 6% a.a. (poupança)
Vr = 0,00 HTA = 2 000
Im = 10000 . (5 + 1)/(2.5) = 60 000 / 10 = 6 000
Jh = 6 000. 0,06 / 2 000 = 0,18
4.3 CUSTOS DE OPERAÇ ÃO
São os custos que ocorrem somente quando o equipamento está
realizando algum serviço. Estes custos são proporcionais ao número de horas
efetivas de trabalho, sendo denominados de custos variáveis. Os custos fixos ou
de propriedade, apresentados anteriormente, embora sejam mensurados em valor
por hora não são diretamente proporcionais ao número de horas efetivamente
trabalhadas. Eles são baseados numa estimativa de vida útil, estimativa esta que
naturalmente pode se confirmar ou não, enquanto que os custos de operação
ocorrerão em função do trabalho da máquina.
As despesas operacionais dos equipamentos e viaturas normalmente são
decompostas nos itens de combustíveis, lubrificantes, graxa, filtros, mão-de-obra
e pneus.
4.3.1 Combustíveis
O gasto com combustível é bastante significativo no custo total do
equipamento e como tal tem sido objeto de acompanhamento detalhado tanto por
parte dos proprietários como pelos fabricantes. O resultado de pesquisas e
apropriações de campo indicam que o consumo de combustível é proporcional à
potência do motor, dependendo também das condições de uso do equipamento.
A estimativa de consumo de combustível por uma máquina normalmente é
feita utilizando-se coeficientes de consumo específico para os motores. RICARDO
& CATALANI (1990, p. 368) recomendam o valor de 0,267 l/h.HP para motores a
diesel a 4 tempos, quando empregam 100% da potência nominal.
Normalmente os equipamentos trabalham empregando diferentes fatores
de carga, percentual da potência nominal utilizada, variando também o consumo
de combustível nestas situações. Os fabricantes normalmente fornecem os
consumos específicos para as condições de trabalho designadas como de
89DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
consumo baixo, médio e alto, correspondentes aos fatores de carga de 40%, 55%
e 75%, respectivamente.
Na figura 28, a seguir, são apresentados valores de consumo específico de
óleo diesel para alguns tipos de equipamentos.
Consumo Específico de óleo diesel (l/h.HP)para os fatores de cargaTipo de
Equipamento 40 %Baixo
55%Médio
75%Alto
Compactadores 0,10 0,13 0,15Tratores de esteira 0,11 0,15 0,18Carregadeiras deesteira
0,11 0,16 0,20
Carregadeira depneus
0,10 0,14 0,19
Motoscraper 0,10 0,14 0,17Motoniveladoras 0,10 0,14 0,19
Figura 28 - Consumo específico de óleo diesel.
Fonte: RICARDO & CATALANI (1990, p. 368)
O custo horário de operação com combustível será obtido com a seguinte
expressão:
C = Pot. Kc . preço de 1 litro do combustível
Sendo:
Pot – potência do equipamento em HP
Kc – consumo específico do equipamento em l/h.HP
C – custo horário de operação com combustível
4.3.2 Lubrificantes
Os manuais dos equipamentos e viaturas fornecidos pelos fabricantes
indicam o consumo de lubrificantes em litros por hora de operação dos
equipamentos ou quilômetro percorrido pelas viaturas. Desta maneira é possível
estimar o custo horário de lubrificantes com uma boa precisão, desde que não
haja perdas significativas decorrentes de vazamentos. Na Figura 29 são
apresentados os consumos médios de lubrificantes para vários tipos de
equipamentos.
90DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
O custo horário de operação com lubrificante será obtido com a seguinte
expressão:
L = Pot. KL . preço de 1 litro de lubrificante
Sendo:
Pot – potência do equipamento em HP
KL – consumo específico de lubrificante em l/h.HP
L – custo horário de operação com lubrificantes
Tipo de EquipamentoConsumo delubrificante
(l/h.HP)Tratores de esteira 0,0014Motoniveladoras 0,0017Motoscraper convencional 0,0011Motoscraper com 2 motores 0,0010Carregadeiras de esteira 0,0012Carregadeira de pneus 0,0013
Figura 29 - Consumo específico de lubrificante.
Fonte: RICARDO & CATALANI (1990, p. 369)
4.3.3 Graxa
À semelhança dos óleos lubrificantes, o consumo horário de graxa
normalmente pode ser obtido nos manuais dos fabricantes de equipamentos e
viaturas, recebendo tratamento idêntico ao dos óleos lubrificantes.
O custo horário de operação com graxa será obtido com a seguinte
expressão:
G = KG . preço de 1 kg de graxa
Sendo:
KG – consumo específico de graxa em kg.HP
G – custo horário de operação com graxa
A seguir, na Figura 30, são apresentados valores de consumo específico
de graxa sugeridos para alguns tipos de equipamentos:
91DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Tipo de EquipamentoConsumo degraxa (kg/h)
Tratores de esteira 0,02Motoniveladoras 0,01Motoscraper até 25 m3 0,01Carregadeiras de esteira 0,01Carregadeira de pneus 0,01 a 0,02
Figura 30 - Consumo horário médio de graxa.
Fonte: RICARDO & CATALANI (1990, p. 369)
4.3.4 Filtros
O custo decorrente da troca dos filtros dependerá do número de filtros
existentes na máquina e da periodicidade com que os mesmos sejam trocados. A
vida útil dos filtros é sugerida pelos fabricantes para os diversos equipamentos. O
custo horário de operação com filtros pode ser obtido com emprego das seguintes
fórmulas:
∑= HTAF N.CFVUF
HTANHTA =
Sendo:
F – custo horário de operação com filtros
CF – custo unitário de cada tipo de filtro
NHTA – número de filtros utilizados por ano
VUF – vida útil de 1 filtro ou intervalo de troca em horas
HTA – número de horas trabalhadas por ano
Na Figura 31 são apresentados alguns dados que podem ser utilizados
para estimativa do custo de operação com filtros.
4.3.5 Mão-de-obra
O custo horário de operação com mão-de-obra é decorrente dos salários
pagos aos profissionais que operam os equipamentos, bem como dos encargos
sociais e custos adicionais com a mão de obra. O custo relativo à mão-de-obra é
obtido dividindo-se o gasto mensal total com o(s) operador(es) pelo total de horas
trabalhadas por mês, conforme fórmula apresentada a seguir:
92DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
HTM
aMão-de-obr à Adicional Sociais Encargos Mensal SalárioMO
++=
Sendo:
MO – custo horário com mão-de-obra
HTM – número de horas trabalhadas pelo operador por mês
Vale a pena chamar a atenção para o fato de que o número de horas
trabalhadas pelo operador ou motorista pode vir a ser menor que as disponíveis
para trabalho. Isto pode vir a acontecer tanto como conseqüência de
indisponibilidade do equipamento, como por falta de condições para que o
equipamento trabalhe durante todo o tempo disponível. Caso venha a ocorrer este
fato ou haja uma previsão segura sobre o número de horas efetivas de trabalho,
este valor deverá ser empregado como HTM.
Filtros Intervalo de troca (h)Motor 250Transmissão 500Sistema hidráulico 500Combustível-final 500Combustível-primário 2000Ar-primário 2000Ar-secundário 1000
Figura 31 - Vida útil de filtros.
Fonte: RICARDO & CATALANI (1990, p. 370)
4.3.6 Pneus
Os pneumáticos em geral são adquiridos com a máquina, fazendo parte de
seu custo de aquisição. Desta forma poderiam ser considerados no custo de
depreciação, porém seu desgaste é proporcional às horas de operação e
normalmente há necessidade de sua substituição ao longo da vida útil da
máquina. O mesmo fato é verificado para o material rodante dos equipamentos de
esteira.
Considerando-se o custo com pneumáticos e material rodante no custo
horário de operação, seu valor deve ser subtraído do valor inicial do equipamento
para que não incida na depreciação.
O custo de operação com pneumáticos é calculado a partir da estimativa
93DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
de vida útil dos pneus. A seguir são apresentadas estimativas de vida útil dos
pneus para alguns equipamentos, onde as zonas A, B, e C indicam variação na
severidade das condições de uso dos equipamentos.
VIDA ÚTIL DOS PNEUS (horas)Tipo deEquipamento ZONA A ZONA B ZONA C
Motoniveladoras 6000 / 4000 4000 / 2500 2500 / 1500Carregadeiras 4000 / 3000 3000 / 2000 2000 / 1000Motoscraper 5000 / 4000 4000 / 3000 3000 / 2000Caminhão fora deestrada
4000 / 3000 3000 / 2000 2000 / 1000
Figura 32 - Vida útil de pneus.
Fonte: RICARDO & CATALANI (1990, p. 371)
O custo horário com pneus será calculado pela expressão
VUP
PU.NPP =
Sendo:
P – custo horário de operação com pneus
NP – número de pneus utilizados pelo equipamento
PU – preço unitário dos pneus
VUP – vida útil de um jogo de pneus, em horas
4.4 CUSTO DE MANUTENÇÃO
O custo de manutenção do equipamento é decorrente da substituição de
peças e da realização dos serviços necessários para manter a máquina em
condições de uso durante sua vida útil. Embora estes custos sejam proporcionais
às horas de trabalho do equipamento, sendo portanto passíveis de serem
considerados como custos de operação, eles são considerados à parte e
normalmente vinculados ao valor de aquisição do equipamento.
Segundo RICARDO & CATALANI (1990, p. 371), o que também pode ser
comprovado através da análise dos custos de manutenção durante a vida útil de
uma máquina, estes custos crescem à medida que o equipamento é utilizado.
Quando a máquina é nova seus custos de manutenção são mais baixos,
aumentando significativamente quando o término de sua vida útil se aproxima.
94DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
A estimativa dos custos de manutenção apresenta dificuldades em ser feita
com precisão por depender bastante da maneira como a máquina irá reagir ao
trabalho, de como será operada, do tipo de trabalho que será feito, além dos
imprevistos, que como o próprio nome sugere são aleatórios. A metodologia
utilizada baseia-se no histórico de equipamentos semelhantes normalmente
fornecidos pelos fabricantes.
A fórmula a seguir, adaptada das que são apresentadas por RICARDO &
CATALANI (1990, p. 372), LIMMER (1997, p. 108) e outros autores, nos permite
calcular o custo horário de manutenção em função da vida útil e do valor inicial da
máquina.
HTA.n
V.kM o=
Sendo:
M – custo horário de manutenção
Vo – valor inicial
n – vida útil em anos
HTA – número de horas trabalhadas por ano
k – coeficiente de manutenção
O coeficiente de manutenção varia conforme o tipo de equipamento, bem
como de acordo com as condições de operação do mesmo. A seguir, na Figura
33, são apresentados valores do coeficiente de manutenção sugeridos pela
CATERPILLAR. A classificação dos coeficientes pelas zonas A, B e C expressa a
variação dos valores esperados de acordo com a severidade das condições de
operação.
4.5 CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTO
Os equipamentos podem trabalhar individualmente ou integrando equipes
mecânicas, de acordo com o tipo de serviço que estiverem realizando. Em
qualquer dos casos é usual mensurar o custo decorrente do emprego dos
equipamentos a partir de seu custo horário.
Os componentes do custo horário de um equipamento ou viatura, conforme
apresentado anteriormente, são os custos com depreciação, juros, operação e
manutenção. Devido às diferentes características dos equipamentos e às
95DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
condições de trabalho nem sempre lhes é possível trabalhar durante todo o tempo
disponível. Normalmente eles trabalham por um certo tempo e ficam parados, de
motor ligado, sem trabalhar por outro período, aguardando condições de voltar ao
trabalho. Por esta razão normalmente são considerados dois custos horários
diferentes para os equipamentos e viaturas: o custo horário produtivo, que ocorre
quando eles estão realizando serviço compatível com sua capacidade e o custo
horário improdutivo, que ocorre quando estão parados, de motor ligado,
aguardando condições para trabalhar.
Coeficiente de manutenção para as condiçõesde operação
Tipo deEquipamento
ZONA A ZONA B ZONA CTrator de esteira 0,7 0,9 1,3Motoscraper 0,2 0,9 1,3Carregadeiras deesteira
0,7 0,9 1,3
Carregadeiras depneus
0,4 0,6 0,9
Motoniveladoras 0,4 0,6 0,9Compactadores --- 0,75 ----
Figura 33 - Coeficientes de manutenção sugeridos pela CATERPILLAR.
Fonte: CATERPILLAR (apud RICARDO & CATALANI, 1990, p. 372)
Os custos horários produtivo e improdutivo são calculados considerando os
componentes de custo em sua totalidade ou não, conforme expressões
apresentadas a seguir, segundo RICARDO & CATALANI (1990, p. 372 a 375), as
quais foram adaptadas pelo autor.
OP = C + L + G + F + MO + P
CHP = Dh + Jh + OP + M
CHI = Dh + Jh + MO
Sendo:
CHP – custo horário produtivo
CHI – custo horário improdutivo
OP – custo horário de operação
Dh – custo horário de depreciação
Jh – custo horário de juros de investimento
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M – custo horário de manutenção
MO – custo horário de operação com mão-de-obra
C – custo horário de operação com combustível
L – custo horário de operação com lubrificantes
G – custo horário de operação com graxa
F – custo horário de operação com filtros
P – custo horário de operação com pneus
4.6 METODOLOGIAS PAR A ESTIMATIVA DE CUSTOS DE EQUIPAMENTOS
E VIATURAS
Conforme apresentado anteriormente, a determinação do custo de
emprego de equipamentos e viaturas na realização de obras de engenharia é feita
utilizando-se várias fórmulas e parâmetros. A formulação utilizada, bem como os
parâmetros adotados compõem uma modelagem matemática que visa estimar o
custo dos equipamentos e viaturas na realização das diferentes obras de
engenharia segundo diversas condições de trabalho.
Como conseqüência da possibilidade de grande variação nas condições de
emprego destes, diversos órgãos públicos, publicações especializadas e
associações de proprietários de equipamentos realizam e publicam
periodicamente suas estimativas de custo para os equipamentos empregados nas
obras de engenharia.
A seguir será apresentada a metodologia adotada pelo DNER, a qual é
referência nacional e foi utilizada como base para a modelagem da metodologia
de apropriação de custos proposta.
4.7 METODOLOGIA DO DNER
O DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM (DNER),
autarquia do Governo Federal subordinada ao Ministério dos Transportes, tem
sido a principal referência nacional para estimativas de custo de obras
rodoviárias. Um dos principais componentes de custo destas obras é o custo de
equipamentos e viaturas, conforme apresentado anteriormente. A metodologia
adotada pelo DNER para estimar o custo dos equipamentos e viaturas tem sido
utilizada como referência por outros órgãos públicos bem como pelos
97DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
construtores. As alterações adotadas tem sido basicamente as relativas ao ajuste
dos parâmetros do DNER para outros que retratam melhor as condições de
execução de suas obras ou as características de suas equipes mecânicas.
O primeiro manual do DNER foi publicado em 1972, com o objetivo de
uniformizar os procedimentos de seu corpo técnico na preparação de orçamentos,
conforme consta em sua apresentação:
“...o trabalho ora apresentado tem por objetivos principais uniformizaras definições básicas e estabelecer normas para a preparação deorçamentos de projetos rodoviários em seus diversos níveis, planosdiretores, estudos de viabilidade e projetos finais de engenharia.”(DNER, 1972, p. 8)
A evolução da metodologia do DNER se deu através de duas revisões, em
1980 e em 1998, onde foram ajustados alguns parâmetros e formulações. As
mudanças ocorreram basicamente em função de mudanças verificadas no
mercado, evolução tecnológica dos equipamentos e condições de execução das
obras.
A seguir será apresentada a metodologia de estimativa de custo de
equipamentos e viaturas adotada pelo DNER, desde sua primeira edição até a
que está em vigor.
4.7.1 Manual de 1972
Pela metodologia apresentada neste manual o DNER decompõe o custo
dos equipamentos e viaturas em seus diversos componentes e considera o custo
horário para duas situações distintas: custo horário produtivo e custo horário
improdutivo, cujas definições e formulação serão apresentadas a seguir.
4.7.1.1 Depreciação e juros
“Depreciação é a perda de valor do equipamento em decorrência de uso ou
obsolescência. Juros é a remuneração do capital.” (DNER, 1972, p. 18)
Para cálculo desta parcela de custo o DNER utiliza o método do Fundo de
Reserva, considerando que o equipamento tem valor residual nulo, conforme
fórmula a seguir:
98DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
)1i)(1
1.i(1Vp
no −++=
HTA .n
pDJ h =
sendo:
DJh – custo horário de depreciação e juros
Vo – valor de aquisição do equipamento
p – parcela anual de depreciação e juros
n – vida útil em anos
HTA – número de horas trabalhadas por ano
4.7.1.2 Manutenção
“É a operação por meio da qual se mantém o equipamento em perfeitas
condições de uso.” (DNER, 1972, p. 18)
Para calcular esta parcela de custo o DNER adota o método de vincular as
reservas destinadas à manutenção com o custo de aquisição do equipamento,
conforme fórmula apresentada a seguir:
manuto k
HTA .n
VM =
Sendo:
M – custo horário de manutenção
Vo – valor de aquisição do equipamento
n – vida útil em anos
HTA – número de horas trabalhadas por ano
Kmanut – coeficiente de proporcionalidade de manutenção
Sob este título o DNER considera os gastos referentes a serviços e
substituição de peças na manutenção, conforme é apresentado a seguir.
• Reparos de pequena ou grandes monta, incluindo materiais, peças e
acessórios de reposição, gastos de oficina e mão-de-obra necessária, com
seus respectivos encargos sociais;
• Reapertos, regulagem, limpeza, pintura, lavagem, etc.;
• Pneus, câmaras de ar, lâminas, cantos, parafusos, correias, esteiras, rodas
motrizes e demais peças de desgaste efetivo durante a operação.
99DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Os valores dos coeficientes de proporcionalidade de manutenção definidos
pelo DNER estão condensados na Figura 34.
EQUIPAMENTOS Kmanut
Perfuratriz manual, vibrador, bomba centrífuga, betoneira e gerador 0,50Trator de esteira, pás carregadeiras, moto escavo transportador 1,00Motoniveladoras, Escavadeiras 0,80Trator de pneus, caminhão tanque, caminhão de carroceria fixa e
cavalos mecânicos0,80
Caminhão basculante e Dumptor 1,00Compressores de ar 0,80Usina de asfalto, usina de solo 0,90Distribuidor e espalhador de agregado, grade de disco e vassoura
mecânica0,50
Conjunto de britagem (*) 0,90Tanque pré-aquecedor 0,50Distribuidor de asfalto, acabadora de asfalto 0,90Rolos compactadores auto-propulsores 0,90Rolos compressores rebocáveis 0,50(*) Considerar em separado o custo de reposição das mandíbulas
Figura 34 - Coeficientes de proporcionalidade de manutenção
Fonte: DNER (1972, p. 22)
4.7.1.3 Operação
“É a utilização do equipamento.” (DNER, 1972, p. 19)
O DNER separa os custos de operação em custos de operação com
materiais e mão-de-obra, cujas parcelas são calculadas conforme fórmulas
apresentadas a seguir, que foram adaptadas pelo autor para facilitar o
entendimento.
MO = Salário Horário do operador ou motorista + Encargos Sociais
MAT = Kmat x Pot x custo de 1 litro de combustível
Sendo:
MAT – custo horário de operação com material
MO – custo horário de operação com mão-de-obra
Pot – potência do motor do equipamento em HP
Kmat – coeficiente de consumo de material (0,18 para motores a diesel e 0,245
para motores a gasolina)
100DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Na parcela relativa aos custos de operação com materiais o DNER
considera os gastos decorrentes do consumo de combustíveis, lubrificantes e
filtros. A quantificação é feita através de hipóteses de proporcionalidade de custo
e consumo em relação ao preço do combustível e à potência do equipamento.
4.7.1.4 Custo horário produtivo e improdutivo
Para definição das parcelas que compõem o custo horário dos
equipamentos o DNER considera dois custos distintos, o custo horário produtivo e
o custo horário improdutivo.
O custo horário produtivo ocorre quando o equipamento está trabalhando
na realização de serviço compatível com sua capacidade e destinação. O custo
horário improdutivo ocorre quando o equipamento trabalha fazendo parte de uma
equipe mecânica, durante os períodos de tempo em que ele fica parado, de motor
ligado, aguardando sua vez de entrar em operação.
A maneira como o DNER calcula estes custos pode ser sintetizada pelas
fórmulas apresentadas a seguir:
CHP = DJh + M + MAT + MO
CHI = DJh + MO
Sendo:
CHP – custo horário produtivo
CHI – custo horário improdutivo
DJh – custo horário de depreciação e juros
M – custo horário de manutenção
MO – custo horário de operação com mão-de-obra
MAT – custo horário de operação com materiais
4.7.2 Revisão de 1980
“...os dados apresentados nesta primeira edição são ainda de caráterteórico ou de informação bibliográfica, passíveis de correção futura,quando se espera dispor de informações reais, particularmente paraas condições brasileiras, decorrentes de pesquisas já emandamento.” (DNER, 1972, p. 8)
Cumprindo a previsão apresentada, que consta na apresentação do
101DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
manual elaborado em 1972, no ano de 1980 foram consolidados estudos para
atualização e complementação do Manual de Custos Rodoviários do DNER, onde
foram alterados alguns parâmetros adotados na publicação de 1972. A principais
alterações decorrentes da revisão foram:
• Para o valor residual dos equipamentos que antes era nulo passou a ser
considerado o valor correspondente a 20 % do valor de aquisição;
• O coeficiente de manutenção e a vida útil foram revistos para algumas
categorias de equipamentos e veículos;
• A produção e a constituição de algumas equipes mecânicas foram revistas. As
alterações implementadas não afetaram o cálculo do custo horário dos
equipamentos, mas tiveram impacto no custo unitário de execução dos
serviços decorrente do emprego de equipamentos.
Pelo exposto fica claro que a atualização e complementação do manual do
DNER se restringiu a uma revisão de parâmetros, não tendo havido alteração na
metodologia de cálculo do custo de equipamentos e viaturas nem na forma como
estes custos são considerados no custo dos serviços executados.
4.7.3 Revisão de 1998
Dando continuidade a sua busca por atingir o objetivo de disponibilizar uma
metodologia de orçamentação rodoviária que sirva de referência nacional, em
1998 o DNER aprovou a 3a edição de seu Manual de Custos Rodoviários.
O manual em vigor detalha a metodologia de orçamentação rodoviária
segundo a visão do DNER e tem abrangência nacional, sendo atualmente a
principal referência para orçamentação e contratação dos projetos e obras
rodoviárias realizadas pelo Governo Federal.
A seguir serão apresentadas as definições, formulação e parâmetros
utilizados atualmente pelo DNER no que diz respeito ao cálculo do custo de
equipamentos e viaturas em obras rodoviárias.
À semelhança dos manuais anteriores, a edição de 1998 do Manual de
Custos Rodoviários do DNER decompõe o custo horário dos equipamentos em
seus diversos componentes, porém o custo horário antes denominado produtivo
recebeu o nome de operativo. A alteração não se restringiu a nomenclatura,
102DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
houve alteração conceitual com reflexo na forma como estes custos são
considerados no cálculo do custo dos serviços executados, conforme será visto
posteriormente.
4.7.3.1 Depreciação
Para cálculo desta parcela de custo o DNER passou a utilizar o método da
função linear, diferentemente do que considerava anteriormente, quando utilizava
o método do fundo de reserva. A fórmula utilizada atualmente é apresentada a
seguir:
HTA .n
VVD ro
h−
=
sendo:
Dh – valor da depreciação horária
Vo – valor de aquisição
Vr – valor residual
n – vida útil em anos
HTA – número de horas trabalhadas por ano
Os parâmetros utilizados no cálculo do valor da depreciação horária são
importantes não só para se determinar esta parcela de custo, como também
influem bastante na determinação de outras parcelas significativas. Por esta razão
vale a pena apresentar os critérios adotados pelo DNER para definir os valores
adotados.
O valor de aquisição é definido e publicado periodicamente a partir de
pesquisa de mercado considerando a incidência de impostos e a condição de
pagamento a vista, conforme transcrição abaixo:
“Os valores de aquisição dos equipamentos, a serem utilizados noscálculos do seu custo horário, serão sempre aqueles objeto de coletapelo SICRO, em cada Estado ou Região, correspondentes àscotações de fabricantes ou grandes revendedores, relativas aequipamentos novos para venda à vista, compreendendo em seuvalor a carga tributária que sobre eles incide (ICMS e IPI).” (DNER,1998, p. 56)
O valor residual foi definido pelo DNER a partir de pesquisa no mercado de
máquinas usadas, cujas conclusões foram de que os fatores que definem o valor
103DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
residual de um equipamento são muito dinâmicos e variam com o tempo. Na
pesquisa realizada, segundo o DNER, além do tipo e marca do equipamento, a
região de comercialização também exerce influência no parâmetro pesquisado.
Tomando por base a pesquisa realizada o DNER adotou percentuais do valor de
aquisição dos equipamentos para a estimativa de seus valores residuais.
Considerando a complexidade que envolve a determinação da vida útil dos
equipamentos e que ela depende muito do zelo dos executantes com seus
equipamentos, o DNER considerou os valores sugeridos pelos fabricantes para a
condição de trabalho média, conforme transcrições apresentadas a seguir:
“A vida útil de um equipamento é influenciada por dois fatorespreponderantes: os cuidados com sua manutenção e as condiçõesde trabalho sob as quais opera. Quanto à manutenção, admitiu-seque a mesma obedeça às recomendações do fabricante, visto que osorçamentos devem ser neutros em relação ao maior ou menor zeloque os possíveis executantes venham a ter com o seu equipamento.”(DNER, 1998, p. 59)
“Como vemos, a determinação da vida útil do equipamento écomplexa, pois envolve vários fatores. Os fabricantes deequipamentos sugerem valores, a partir dos quais fazem estimativasde custos de depreciação e dos reparos. Considerando as condiçõesmédias de aplicação e operação dos equipamentos, optou-se porconsiderar a vida útil sugerida pelos fabricantes,...” (DNER, 1998, p.59)
4.7.3.2 Custo de oportunidade de capital
Para cálculo desta parcela de custo o DNER propõe a fórmula do
investimento médio com valor residual nulo, porém não a considera no custo
direto dos equipamentos, considera que este valor deverá ser remunerado pela
margem de lucro prevista no fator de Lucro e Despesas Indiretas (LDI) da obra. A
seguir serão apresentadas as fórmulas definidas pelo DNER, ressaltando-se que
a taxa de juros sugerida pelo órgão é de 6% a.a.
n.2
1n.VI om
+=HTA
j . IJ m
h =
Sendo:
Vo – valor de aquisição
n – vida útil em anos
j – taxa de juros anual
104DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Im – investimento médio anual
HTA – número de horas trabalhadas por ano
Jh – custo horário de juros de investimento ou custo de oportunidade de capital
4.7.3.3 Seguros e impostos
Nesta nova edição de seu manual o DNER passou a considerar o custo
decorrente dos gastos com o Imposto de Propriedade de Veículos Automotores
(IPVA) e Seguro Obrigatório, necessários para a regularização dos veículos.
Como para os equipamentos não há incidência de IPVA nem do Seguro
Obrigatório, o DNER considera esta parcela de custos apenas para os veículos, a
qual é calculada com a fórmula apresentada a seguir:
HTA .n . 2
1)(n . V . ImpIS o +
=
Sendo:
IS – custo horário de impostos e seguro
Imp – taxa média de impostos e seguro = 0,025 (2,5%)
Vo – valor de aquisição
n – vida útil em anos
HTA – número de horas trabalhadas por ano
4.7.3.4 Manutenção
Para calcular esta parcela de custo o DNER não adotou nenhuma
alteração em relação à metodologia anterior, continua adotando o método de
vincular as reservas destinadas à manutenção ao custo de aquisição do
equipamento. Neste manual os coeficientes de manutenção foram revistos
juntamente com a vida útil dos equipamentos. A principal base para a revisão
foram os dados constantes dos manuais dos fabricantes de equipamentos. A
fórmula utilizada é a mesma dos manuais anteriores, conforme é apresentado a
seguir:
manuto k
HTA .n
VM =
Sendo:
105DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
M – custo horário de manutenção
Vo – valor de aquisição do equipamento
n – vida útil em anos
HTA – número de horas trabalhadas por ano
Kmanut – coeficiente de proporcionalidade de manutenção
À semelhança dos manuais anteriores, sob este título o DNER considera
os gastos referentes a serviços e substituição de peças na manutenção, porém
existem equipamentos com grande consumo de peças especiais de desgaste,
cujos custos não estão incluídos no valor do coeficiente Kmanut. Os custos
correspondentes a estas peças especiais de desgaste são computados
diretamente nas composições de custo dos serviços, como materiais de consumo.
Os equipamentos com estas características, e suas respectivas peças de
desgaste de alto consumo, considerados pelo DNER são:
• Nos conjuntos de britagem: mandíbulas e revestimento de britadores;
• Nas fresadoras a frio: dentes de corte, porta-dentes e seu apoio;
• Nas estabilizadoras e recicladoras: bits e porta-bits;
• Nas perfuratrizes sobre esteiras: hastes, luvas, punhos e coroas;
• Nas perfuratrizes manuais: brocas.
4.7.3.5 Operação
À semelhança dos manuais anteriores o DNER separa os custos de
operação em custos de operação com materiais e custo de operação com mão-
de-obra, cujas parcelas são calculadas com as fórmulas apresentadas a seguir,
as quais foram adaptadas pelo autor para facilitar o entendimento. As alterações
constantes do novo manual são a nível de detalhamento na classificação dos
componentes de custo, onde o consumo de materiais passou a ser considerado
por tipos de equipamentos e não apenas pelo tipo de combustível utilizado. O
custo horário dos motoristas e operadores passou a ser considerado por regiões e
tipo de equipamentos ou veículos.
MO = Salário Horário + Encargos Sociais + Adicional à Mão-de-obra
220
Mínimo Salário . Salarial Padrão
220
Mensal SalárioHorário Salário ==
MAT = kmat x Pot x custo de 1 litro de combustível
106DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Sendo:
MAT – custo horário de operação com material
MO – custo horário de operação com mão-de-obra
Pot – potência do motor do equipamento em KW
Kmat – coeficiente de consumo de material
Encargos sociais = 126,30 %
Adicional à mão-de-obra = 20,51 %
Padrão Salarial - valor tabelado de acordo com o tipo de equipamento e local
da obra
De acordo com o manual do DNER, o adicional à mão-de-obra não está
sendo considerado no cálculo dos custos unitários, este componente de custos só
será considerado nos orçamentos quando for exigido pelos editais. A parcela
correspondente a Ferramentas Manuais (5%) será incluída no cálculo dos custos
unitários sempre que for necessária à execução dos serviços.
EQUIPAMENTO Kmat ( l/KW/h )MOTORES A DIESEL
Tratores de esteiras, “motoscrapers” e motoniveladoras 0,24Compressores de ar, bate estacas e grupo geradores 0,22Caminhão e veículos em geral 0,15Demais equipamentos 0,20
MOTORES A GASOLINA E À ALCOOLVeículos a gasolina 0,20Demais equipamentos a gasolina 0,30Veículos a álcool 0,20
Figura 35 - Coeficientes de consumo de material adotados pelo DNER
Fonte: adaptada de DNER(1998, p. 89)
Na parcela relativa aos custos de operação com materiais o DNER
considera os gastos decorrentes do consumo de combustíveis, lubrificantes e
filtros. A quantificação é feita através de hipóteses de proporcionalidade de custo
e consumo em relação ao preço do combustível e à potência do equipamento. O
DNER também considera um acréscimo sobre o custo de combustível para incluir
as despesas de óleos lubrificantes e filtros, conforme texto a seguir transcrito do
manual do DNER:
“O SICRO adota, para os motores a óleo diesel, acréscimo de 20%
107DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
sobre o custo de combustível, para incluir as despesas de óleoslubrificantes e filtros. Para motores a gasolina, essa despesa importaem pouco menos que 10%.” (DNER, 1998, p. 91)
4.7.3.6 Custo horário operativo e improdutivo
O DNER distingue duas situações típicas em que os equipamentos podem
se encontrar durante a realização de uma obra: operativo e improdutivo, conforme
transcrições a seguir.
“Operativo - corresponde à situação em que o equipamento seencontra em efetiva utilização na execução do serviço ou em esperapor curtos períodos.” (DNER, 1998, p. 96)
“Improdutivo - diz respeito às diferentes eventualidades em que oequipamento se encontra parado, seja devido a chuvas, adesequilíbrios acentuados de produtividade entre componentes daequipe mecânica que justifiquem desligamento do motor, seja devidoà falta temporária prevista de frente de serviço ou à retirada da frentepara manutenção de rotina.” (DNER, 1998, p. 96)
“A definição do equipamento em situação operativa merece algumasconsiderações quando se tratar de equipamentos constituindopatrulhas ou conjuntos, como ocorre freqüentemente. Tratorestrabalhando junto com pás carregadeiras e caminhões basculantesou ‘motoscrapers’ operando com tratores que lhes servem de‘pushers’ são exemplos típicos. Ao se juntarem, assim, numa mesmafrente de serviço, o equipamento de menor produção determinará oritmo de trabalho, ficando o dimensionamento da frota dos demais aele condicionado, na busca do melhor equilíbrio da patrulha ouconjunto.” (DNER, 1998, p. 96)
“Tempo operativo é aquele em que o equipamento está dedicado aoserviço, na frente de trabalho, com seus motores ou acionadoresligados, quando for o caso, ou em condições de trabalho, quando setratar de equipamento não propelido mecanicamente. O equipamentooperativo comporta duas situações: produtivo e em espera.” (DNER,1998, p. 101)
“No seu tempo produtivo, o equipamento está efetivamenteexecutando alguma das tarefas a ele inerentes.” (DNER, 1998, p.102)
“Quando em espera, o equipamento está aguardando que algumoutro componente da patrulha complete sua parte, de modo a abrirfrente para que ele possa atuar. Tais esperas têm sua origem emdesequilíbrios internos, e resultam de se juntar numa mesmapatrulha equipamentos com capacidades e níveis de produtividadesdiferentes, de tal sorte que o ritmo do mais lento condiciona aprodução do conjunto. Aplica-se este conceito apenas quando asesperas forem de curta duração que não justifiquem desligamento demotores. Durante as esperas, assim caracterizadas, os motores
108DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
estarão funcionando em marcha lenta ou os equipamentosrealizando pequenos deslocamentos para melhor se posicionarem.”(DNER, 1998, p. 102)
A classificação da situação em que o equipamento se encontra durante a
realização de uma obra tem implicações nos custos a serem considerados para
cada serviço. O DNER considera que no custo improdutivo dos equipamentos
incide apenas o custo de mão-de-obra, diferentemente do que era considerado
anteriormente, quando também eram considerados os custos de depreciação e
oportunidade de capital, conforme transcrição a seguir:
“...o custo de utilização dos equipamentos operativos é composto dosseguintes itens: Mão-de-obra de Operação, Consumo Energético(Combustíveis, Energia Elétrica, etc.), Lubrificantes, Depreciação,Manutenção, Seguros e Taxas. No caso do equipamento emsituação improdutiva é computada em seus custos horários apenas aparcela relativa à Mão-de-obra de Operação.” (DNER, 1998, p. 97)
A maneira como os custos horários operativo e improdutivo são calculados
pode ser sintetizada pelas fórmulas apresentadas a seguir:
CHO = Dh + M + MAT + MO + IS
CHI = MO
Sendo:
CHO – custo horário operativo
CHI – custo horário improdutivo
Dh – custo horário de depreciação
M – custo horário de manutenção
MO – custo horário de operação com mão-de-obra
MAT – custo horário de operação com materiais
IS – custo horário de impostos e seguro
4.7.4 Conclusão
Da análise comparativa da 3a edição do Manual de Custos Rodoviários do
DNER em relação às anteriores pode-se constatar que houve uma evolução
significativa no nível de detalhamento e classificação dos parâmetros adotados.
Além da revisão e alteração de parâmetros a metodologia de cálculo do custo dos
109DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
equipamentos e veículos também foi objeto de alterações. A seguir são listadas
as principais alterações pertinentes à estimativa de custo dos equipamentos e
viaturas:
• O emprego dos equipamentos passou a ser considerado em três situações
distintas: operativo produtivo, operativo em espera e improdutivo;
• O custo de oportunidade de capital deixou de ser considerado no custo dos
equipamentos, devendo ser remunerado pela margem de lucro prevista no
fator de Lucro e Despesas Indiretas da obra;
• O custo de depreciação não é mais considerado no custo improdutivo dos
equipamentos e viaturas;
• O custo decorrente do IPVA e Seguro Obrigatório passou a ser considerado
no custo operativo dos veículos;
• Foi efetivada uma revisão nos valores definidos para vida útil, percentual de
valor residual, coeficiente de consumo de material e coeficiente de
proporcionalidade de manutenção dos equipamentos;
• O custo de depreciação passou a ser calculado pelo método da função linear;
• As equipes mecânicas equilibradas passarão a ser remuneradas apenas pelo
custo operativo, inclusive nos tempos de espera, embora as tabelas
divulgadas até o momento ainda não estejam considerando esta alteração;
• Foi considerada a utilização de novos equipamentos (escavadeira hidráulica,
fresadora e distribuidora de solo com controle automático de greide), como
resultado da evolução tecnológica;
• O custo de operação dos equipamentos está sendo calculado com base em
uma tabela salarial detalhada por tipos de equipamentos e com padrões
salariais regionalizados.
As alterações verificadas foram no sentido de permitir a realização de uma
estimativa de custos que forneça valores o mais próximo possível daqueles que
irão ocorrer durante a execução das obras. Dentre as alterações verificadas
interpreta-se claramente o desejo de que a metodologia tenha abrangência
nacional, na medida em que a pesquisa de preços e alguns parâmetros são
detalhados por diferentes regiões e unidades da federação.
Pela análise da formulação apresentada e do resultado do orçamento
comparativo apresentado no apêndice, pode-se constatar que os custos horários
110DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
operativo e improdutivo dos equipamentos sofreram sensível redução em relação
aos valores similares obtidos pela metodologia adotada na revisão de 1980, sob
os títulos de custos horários produtivo e improdutivo. O impacto desta redução no
custo dos equipamentos na obra orçada é minorado pela consideração de que os
equipamentos serão remunerados apenas pelo custo operativo, quando
integrarem equipes mecânicas equilibradas, conforme transcrição abaixo:
“Segundo o critério orçamentário que está sendo proposto, em umapatrulha ou conjunto devidamente equilibrado, seus componentesnão apresentam tempo improdutivo e estão todos em situaçãooperativa.” (DNER, 1998, p. 96)
Vale a pena ressaltar que embora o novo Manual de Custos Rodoviários do
DNER defina que o custo dos serviços deva ser calculado considerando todos os
equipamentos em situação operativa, conforme apresentado anteriormente, este
fato ainda não está sendo verificado nas tabelas de custo e preços emitidas pela
Gerência de Custos Rodoviários do DNER.
Tendo em vista o objetivo deste trabalho, a principal conclusão da análise
da metodologia do DNER é que ela contempla todos os componentes de custo
dos equipamentos, embora seus parâmetros de cálculo de custo e produtividade
dos equipamentos sejam definidos por métodos teóricos. Esta limitação da
metodologia é reconhecida pelo DNER, e conforme consta nos textos transcritos
a seguir, ainda carece de dados obtidos na realização de obras para que possam
ser aferidos e validados plenamente.
“A elaboração do presente Manual de Custos do DNER comportouprofunda revisão dos Coeficientes de Manutenção que vinham sendoutilizados, até então, pelo SICRO. Esta revisão teve como referênciaos procedimentos utilizados pelos fabricantes dos equipamentos paraestimar os custos de manutenção.” (DNER, 1998, p. 67)
“Com base em pesquisas em Manuais de Fabricantes e RevistasTécnicas especializadas, o SICRO adotou as seguintes taxas deconsumo específico de combustíveis, valores esses que incluem asdespesas com lubrificantes e filtros:” (DNER, 1998, p. 89)
“Até aqui, as informações do SICRO relativas às produções deequipes mecânicas foram geradas pelo método teórico. O DNERpretende, entretanto, iniciar um plano de pesquisas de campo, comvistas a levantar dados de produção em condições reais deexecução. Esses levantamentos servirão como aferidores ebalizadores dos resultados obtidos teoricamente, garantindo assim a
111DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
validade de seus valores e permitindo adquirir maior sensibilidadepara as possíveis variações devidas a particularidades das condiçõesem que os serviços são realizados. O método teórico pela suafacilidade e praticidade não deve ser abandonado, apenas seusresultados devem ser periodicamente verificados por comparaçãocom dados levantados no campo.” (DNER, 1998, p. 97)
Ainda do estudo dos manuais do DNER, verifica-se que não há referência a
nenhuma metodologia de apropriação para obtenção dos parâmetros de custo de
manutenção e de operação com material em obras.
Como a metodologia apresentada é adequada, tem abrangência nacional e
é bastante utilizada, ela será utilizada como base para modelagem da
metodologia de apropriação de custos de equipamentos e viaturas em obras de
construção pesada proposta.
Nas Figuras 36, 37, 38, 39 e 40 a seguir, são apresentados parâmetros e
classificações utilizadas pelo DNER na estimativa de custo de equipamentos e
viaturas para obras rodoviárias, em complemento aos apresentados
anteriormente.
112DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
TIPO DE EQUIPAMENTO
VALOR
RESIDUAL
(%)TIPO DE EQUIPAMENTO
VALOR
RESIDUAL
(%)
Betoneira 10,0 Motoniveladora 20,0Caldeira de asfalto rebocável 10,0 Motoscraper 15,0Caminhão basculante 20,0 Perfuratriz de esteira 5,0Caminhão basculante para rocha 20,0 Perfuratriz manual 5,0Caminhão betoneira 20,0 Placa vibratória com motor diesel 5,0Caminhão carroceria de madeira 20,0 Recicladora de pavimento a quente 10,0Caminhão tanque 20,0 Régua vibratória 5,0Carregadeira de pneus 20,0 Retroescavadeira 20,0Cavalo-mecânico com reboque 20,0 Rolo autopropulsor vibratório 10,0Chata 25m3 c/rebocador 15,0 Rolo compactador de pneus
autopropulsor15,0
Conjunto de britagem 10,0 Rolo compactador de pneus rebocável 10,0Conjunto moto bomba 5,0 Rolo compactador estático de 3 rodas
14t15,0
Distribuidor de agregados 10,0 Rolo compactador pé-de-carneiro“tamping”
15,0
Distribuidor de asfalto emcaminhão
20,0 Rolo compactador pé-de-carneirorebocável
10,0
Distribuidor de concreto 10,0 Rolo Tandem estático 15,0Distribuidor de lama asfálticamontado em caminhão
20,0 Rolo Tandem vibratório 10,0
Tanque de estocagem de asfalto 10,0 Equipamento distribuidor de LARC(Microflex)
20,0
Draga de sucção para extração deareia
15,0 Soquete vibratório 5,0
Escavadeira hidráulica 20,0 Trator agrícola (de pneus) 20,0Estabilizadora e recicladora a frio 20,0 Tratores de esteira acima de 200 kW 15,0Extrusora 10,0 Tratores de esteira até 200 kW 20,0Fresadora a frio 20,0 Usina de asfalto a quente 10,0Grade de disco 5,0 Usina misturadora de solos 10,0Grupo gerador 15,0 Usina pré-misturado a frio 10,0Guindaste 15,0 Vassoura mecânica para varredura
com aspirador20,0
Vibro-acabadora de asfalto 10,0 Vassoura mecânica rebocável 10,0Veículo leves – automóvel até100hp
25,0 Veículo leve “Pick-up”(caminhonete)
25,0
Figura 36 - Valor residual dos equipamentos em relação ao valor de aquisiçãoadotado pelo DNER
Fonte: adaptada de DNER (1998, p. 57)
113DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
TIPO DE EQUIPAMENTO Coef.Kmanut
TIPO DE EQUIPAMENTO Coef.Kmanut
Aquecedor de fluido térmico 0,60 Motoniveladora 0,90Caldeira de asfalto rebocável 0,30 Motoscraper 0,90Caminhão basculante 0,90 Perfuratriz de esteira 0,80Caminhão basculante para rocha 0,90 Perfuratriz manual 0,80Caminhão betoneira 0,90 Placa vibratória com motor diesel 0,50Caminhão carroceria 0,80 Recicladora de pavimento a quente
“in situ”1,00
Caminhão tanque 0,80 Retroescavadeira 0,70Carregadeira de pneus 0,70 Rolo compactador autopropulsor
vibratório0,80
Cavalo-mecânico com reboque 0,90 Rolo compactador de pneusautopropulsor
0,70
Chata 25m3 com rebocador 0,80 Rolo compactador de pneusrebocável
0,50
Conjunto de britagem 0,60 Rolo compactador estático de 3rodas 14t
0,70
Conjunto moto bomba 0,50 Rolo compactador pé-de-carneiro“tamping”
0,70
Distribuidor de agregadosautopropulsor
0,70 Rolo compactador pé-de-carneirorebocável
0,50
Distribuidor de agregados rebocável 0,50 Rolo tandem estático 0,70Distribuidor de asfalto em caminhão 0,80 Rolo tandem vibratório 0,80Draga de sucção para extração deareia
0,80 Soquete vibratório 0,80
Equip. distribuidor de lama asfálticaem caminhão
0,80 Tanque de estocagem de asfalto 0,50
Equip. distr. de LARC (Microflex)c/ cav. mec.
0,90 Trator agrícola (de pneus) 0,70
Escavadeira hidráulica 0,70 Tratores de esteira acima de 200 kW 1,00Estabilizadora e recicladora a frio 1,00 Tratores de esteira até 200 kW 0,80Fresadora 1,00 Usina de asfalto a quente 0,90Furadeira elétrica de impacto 0,50 Usina misturadora de solos 0,70Grade de disco 0,60 Usina pré-misturado a frio 0,70Grupo gerador 0,50 Veículo leve “Pick-up” (
caminhonete)0,80
Vassoura mecânica para varreduracom aspirador
0,80 Veículo leves - automóvel até 100hp 0,80
Vassoura mecânica rebocável 0,60 Vibrador para concreto de imersão 0,50Vibro-acabadora de concreto decimento
0,70 Vibro-acabadora de asfalto 0,90
Figura 37 - Coeficientes de manutenção (Kmanut ) adotados pelo DNER
Fonte: adaptada de DNER (1998, p. 85)
114DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
DescriçãoPot.(kW)
Tipocomb.
VU(anos)
HTA
Trator de esteira c/ lâmina 60 / 104 D 5,00 2.000Trator de esteira c/ lâmina 228 D 9,00 2.000Motoscraper 246 D 8,50 2.000Motoniveladora (105 a 130hp) e (150 a 180hp) 93 / 112 D 7,50 2.000Trator agrícola ( de pneus) 82 D 8,00 1.250Carregadeira de pneus 1,72 a 3,1m3 78 /127 D 5,00 2.000Retroescavadeira 57 D 5,00 2.000Rolo Pé-de-carneiro autopropulsor 11,25t (vibratório) 85 D 6,00 1.750Rolo compactador pé-de-carneiro vibratório 80 D 6,00 1.750Rolo compactador pé-de-carneiro "tamping" 156 D 6,80 1.750Escavadeira hidráulica com esteira 166 D 5,00 2.000Draga de sucção para extração de areia 100 D 5,00 2.000Chata para 25m3 com rebocador 100 D 5,00 2.000Grade de disco 24X24 - 10,00 1.000Rolo compactador vibratório (6,5 t / 10,9t / 11,6t) 57 / 112 / 108 D 6,00 1.750Rolo compactador. de pneus autopropulsor 21t 97 D 6,80 1.750Usina misturadora solo 350 / 600t/h 99 E 8,00 1.750Vassoura mecânica rebocável 10,00 1.000Distribuidor de agregados autopropulsor 40 D 8,00 1.750Tanque estoque de asfalto de 20 000l 8,00 2.500Distribuidor de asfalto em caminhão 150 D 10,00 1.250Aquecedor de fluido térmico 8 E 8,00 2.500Usina de asfalto a quente 40 / 60t/ h 128 E 8,00 1.750Vibro-acabadora de asfalto sôbre pneus 20 D 8,00 1.750Usina pré-misturadora a frio 30 / 40t/ h ou 60 / 100t/ h 20 / 43 E 8,00 1.750Rolo estático Tanden autopropulsor 8,9t 43 D 6,80 1.750Rolo compactador de pneus estático auto. de 23t 83 D 6,80 1.750Rolo compactador de pneus rebocável 13t 13,00 1.750Rolo compactador liso vibratório 6,6t 59 D 6,00 1.750Distribuidor de lama asfáltica montado em caminhão 185 D 5,30 2.000Caldeira de asfalto rebocável 600l 1 E 10,00 1.250Usina de asfalto a quente 100/140t/h ou 90/120 260 / 188 E 8,00 1.750Fresadora a frio 105 / 297 D 5,00 1.200Estabilizadora e recicladora a frio 250 D 8,00 1.250Vibro-acabadora para asfalto sôbre esteiras / pneus 74 / 48 D 8,00 1.750Conjunto de britagem 9 / 20 m3/h ;30 m3/h ; 80 m3/h 23 / 74 / 292 E 8,00 1.750Guindaste sôbre pneus 35t / 70t 210 / 250 D 8,00 1.500Caminhão basculante 5 m3 (8,8t) ; 6 m3 (10,5t); 10 m3
(15t); 14 m3 (20t);125 / 150 / 170 /
235D 5,30 2.000
Caminhão carroceria de madeira 15t 135 D 5,80 2.000Caminhão tanque 6.000l / 10.000l / 13.000l 150 / 135 / 135 D 5,80 2.000Caminhão carroceria fixa 4t / 9t 81 / 150 D 5,80 2.000Cavalo mecânico c/ reboque 29,5t 220 D 12,00 1.000Veículo leve automóvel até 100hp 38 A 5,00 1.500Veículo leve Pick up 65 D 5,00 2.000Grupo gerador 25 KVA / 40KVA / 292KVA 20 / 41/ 267 D 7,00 2.000Soquete vibratório 2 G 9,00 1.000Conjunto Moto-Bomba 11 G 8,00 1.250Placa vibratória c/ motor a diesel 3 D 10,00 1.000
Figura 38 - Tabela de vida útil de equipamentos adotada pelo DNER
Fonte: DNER (1998, p. 60), adaptada pelo autor
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DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
5 METODOLOGIA DE APROPRIAÇÃO PROPOSTA
5.1 INTRODUÇÃO
Conforme apresentado anteriormente a apropriação de custos de uma obra
precisa considerar vários elementos que influenciam seu custo final. No caso
específico das obras de construção pesada, um dos componentes de custo mais
importantes é o custo dos equipamentos e viaturas, que juntamente com a
produtividade e os demais custos diretos e indiretos definem o custo pelo qual
uma obra é realizada.
A metodologia proposta contempla a apropriação do custo de utilização de
equipamentos e viaturas na realização de obras de construção pesada, tendo sido
desenvolvida a partir da experiência do autor no gerenciamento de obras de
construção pesada para o Exército Brasileiro, e tomando como base a
metodologia de estimativa de custos do DNER.
Desta forma, não foram considerados os aspectos relativos a apropriação
da produtividade, do consumo dos recursos, dos custos unitários dos serviços,
dos custos indiretos e do custo total de implantação da obra, bem como o custo
da mão-de-obra e dos materiais que não estão vinculados ao custo dos
equipamentos e viaturas.
5.2 DEFINIÇÕES E FÓRMULAS BÁSICAS
Para entendimento e pleno emprego da metodologia proposta há
necessidade da apresentação ou revisão de algumas definições e fórmulas
utilizadas no processo de apropriação de custos, as quais serão apresentadas a
seguir.
118DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
5.2.1 Família de equipamentos ou viaturas
É um conjunto de equipamentos ou viaturas que possuem características
semelhantes de emprego, produção e custo. Este conceito é empregado para
obtenção de custos médios para equipamentos ou viaturas semelhantes. O custo
médio é utilizado juntamente com o conceito de família de equipamentos e
viaturas para que se possa obter dados mais significativos. Durante o
planejamento da obra é impossível definir com precisão exatamente qual
equipamento será empregado para realizar determinado serviço, e mesmo
durante a obra é normal haver rotatividade entre os equipamentos que integram
uma determinada equipe de trabalho.
A utilização deste conceito também possibilita a realização de uma análise
comparativa dos resultados obtidos para determinado equipamento em relação
aos dados correspondentes de sua família. Esta comparação pode ser bastante
benéfica por possibilitar que se identifique distorções de desempenho e gastos
com mais facilidade.
5.2.2 Órgão Central de Apro priação (OCA)
É o órgão, da empresa ou instituição, responsável por coordenar o trabalho
de obtenção de custos e consolidar as informações de custos relativas a todas as
obras. No decorrer deste trabalho será chamado de OCA.
5.2.3 Seção de Apropriação
É o órgão da administração de cada obra, responsável pela coleta,
consolidação, processamento inicial e encaminhamento dos dados de
apropriação de custos para o OCA.
5.2.4 Centro de custos
São as diversas atividades às quais serão imputados, como custos para
sua realização, todos os gastos realizados em prol das mesmas. O centro de
custos tanto pode ser um serviço que esteja sendo realizado em cumprimento a
um contrato quando é objeto de medição e pagamento, como a administração de
uma obra e os demais serviços auxiliares.
119DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
5.2.5 Seção de manutenção
É o órgão encarregado de realizar todos os serviços de manutenção dos
equipamentos e viaturas da obra.
5.2.6 Horas trabalhadas operativas
É o tempo em que o equipamento se encontra trabalhando na realização
de algum serviço ou em espera por curtos períodos.
5.2.7 Horas trabalhadas improdutivas
É o tempo em que o equipamento se encontra parado, de motor desligado,
porém continua vinculado a um determinado serviço e seu operador não é
desmobilizado. Os principais fatores que caracterizam esta condição são:
condições climáticas desfavoráveis, desequilíbrios acentuados de produtividade
entre componentes da equipe mecânica, falta temporária de frente de serviço ou
retirada do equipamento para manutenção de rotina, conforme é prescrito pela
metodologia do DNER.
5.2.8 Custo horário fixo de equipamento ou viatura
É o custo decorrente da posse do equipamento, sendo normalmente
composto pelas parcela de juros e depreciação. A metodologia adotada
atualmente pelo DNER considera apenas as parcelas correspondentes a
depreciação, impostos e seguro. Caso seja do interesse da empresa ou instituição
a parcela de juros também pode ser considerada como custo fixo. Na metodologia
proposta será considerada apenas a depreciação, porém as parcelas
correspondentes a juros, impostos e seguros poderão ser apropriadas e
incorporadas ao custo fixo.
Esta parcela do custo dos equipamentos será calculada de acordo com a
fórmula adotada pelo DNER, porém é conveniente que os parâmetros adotados
sejam próprios da equipe mecânica considerada. Caso a empresa não disponha
de dados próprios ela poderá usar os parâmetros do DNER enquanto obtém os
seus .
120DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
5.2.9 Custo horário fixo de família de equipamentos ou viaturas
É o custo fixo médio da família de equipamentos e viaturas. Para emprego
da metodologia sugere-se que seja adotada a média ponderada dos custos fixos
dos integrantes da família. Como peso associado ao custo de cada equipamento
deve ser utilizado o número de horas trabalhadas no período de apropriação pelo
equipamento correspondente. A seguir é apresentada a fórmula a ser utilizada:
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CFF – custo horário fixo de família de equipamento ou viatura
CFi – custo horário fixo de cada integrante da família
Hi – número de horas trabalhadas pelo integrante da família
5.2.10 Custo horário de manutenção
É o custo decorrente do desgaste das peças e componentes do
equipamento devido a seu uso, isto é, é o valor por hora trabalhada necessário
para manter o equipamento em condições de uso durante sua vida útil. Para
estimar este valor o DNER adota o método de vinculá-lo ao valor de aquisição do
equipamento, conforme foi apresentado anteriormente.
Pela metodologia de apropriação proposta o custo horário de manutenção
será obtido considerando-se todos os gastos realizados para fazer a manutenção
dos equipamentos e o número de horas efetivamente trabalhadas pelos mesmos.
A partir dos custos apropriados será calculado o coeficiente de proporcionalidade
de manutenção correspondente a cada família. O coeficiente calculado pode ser
utilizado em planejamentos futuros, para avaliação dos resultados obtidos ou
como base para alterar os procedimentos de operação e manutenção da equipe
mecânica.
5.2.11 Custo horário de operação com material
É o custo decorrente dos materiais consumidos durante a operação dos
equipamentos. Neste item o DNER prevê o pagamento dos custos relativos a
combustíveis, lubrificantes e filtros. A quantificação é feita a partir de hipóteses de
121DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
proporcionalidade de custo e consumo em relação ao preço do combustível e à
potência do equipamento, conforme foi apresentado anteriormente.
Pela metodologia de apropriação proposta o custo horário de operação
com materiais será obtido considerando-se todos os gastos realizados com
combustíveis, lubrificantes e filtros durante o trabalho dos equipamentos e o
número de horas efetivamente trabalhadas pelos mesmos. A partir dos custos
apropriados será calculado o coeficiente de consumo de material correspondente
a cada família. O coeficiente calculado pode ser utilizado em planejamentos
futuros, para avaliação dos resultados obtidos ou como base para alterar os
procedimentos de operação e manutenção da equipe mecânica. Vale a pena
ressaltar que o consumo de materiais pelos equipamentos depende da qualidade
da manutenção realizada, bem como da forma como eles serão operados.
5.2.12 Custo horário de operação com mão-de-obra
É o custo decorrente dos gastos realizados com salário e demais despesas
do motorista ou operador do equipamento ou viatura. O DNER considera faixas
salariais diferentes para os motoristas e operadores dos diversos tipos de
equipamentos e viaturas, bem como estima um número de horas de trabalho por
mês e um índice de encargos sociais em sua metodologia. Os salários e demais
parâmetros verificados na empresa podem ser diferentes, o que justifica a
apropriação destes custos.
Pela metodologia proposta o valor apropriado para o custo horário de mão-
de-obra será obtido dividindo-se o valor total gasto com os motoristas ou
operadores de cada categoria pelo número de horas efetivamente trabalhadas
pelos mesmos. Desta forma serão obtidos custos horários reais da mão-de-obra,
cujos valores poderão ser utilizados para comparação com os valores de mercado
e poderão servir de parâmetro para a política salarial e de gestão de pessoal da
empresa. A seguir é apresentada uma fórmula que possibilita o cálculo do custo
horário de mão-de-obra na operação dos equipamentos e viaturas.
NrHorTrab
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sendo:
MO – custo horário de mão-de-obra apropriado para uma categoria
122DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
profissional.
CustoTotal – soma de todos os custos com mão-de-obra verificados com a
categoria profissional no período considerado.
NrHorTrab – número total de horas efetivamente trabalhadas pela categoria
profissional no período considerado.
5.2.13 Custo horário de operação
É o custo horário decorrente das despesas com material e mão-de-obra.
5.2.14 Custo horário operativo
É o custo do equipamento durante uma hora de trabalho operativo.
Conforme apresentado, o DNER considera este custo como sendo a soma das
parcelas de custo fixo, de manutenção e de operação. Na metodologia proposta
será utilizado o mesmo conceito.
5.2.15 Custo horário improdutivo
É o custo do equipamento durante uma hora de trabalho improdutivo.
Conforme apresentado, o DNER considera neste custo apenas a parcela relativa
à mão-de-obra. Na metodologia proposta será utilizado o mesmo conceito.
5.2.16 Valor de aquisição de família de equipamentos ou viaturas
É o valor de aquisição de um equipamento ou viatura típica da família.
5.2.17 Potência de família de equipamentos ou viaturas
É a potência do equipamento ou viatura típica da família.
5.2.18 Vida útil de família de equipamentos ou viaturas
É a vida útil em anos esperada para o equipamento ou viatura típica da
família.
5.2.19 Horas trabalhadas por ano de família de equipamentos ou viaturas
É o número médio de horas trabalhadas por ano pelos integrantes da
123DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
família. Para este parâmetro pode ser utilizado um valor estimado ou um valor
obtido a partir dos dados de apropriação utilizando-se a fórmula apresentada a
seguir:
NrElemNrMeses
HorasTrabHtaF
..12=
sendo:
HtaF – número de horas trabalhadas por ano pela família de equipamentos ou
viaturas no período de apropriação considerado.
HorasTrab – número total de horas trabalhadas operativas apropriadas para a
família de equipamentos ou viaturas no período de apropriação
considerado.
NrMeses – número de meses no período de apropriação considerado.
NrElem – número de elementos da família de equipamentos ou viaturas
5.3 METODOLOGIA
A essência da metodologia proposta é a forma de obtenção,
processamento e organização de dados relativos aos custos dos equipamentos e
viaturas. As informações coletadas serão processadas para que se possa obter
parâmetros significativos para o gerenciamento do emprego das equipes
mecânicas em obras em geral, principalmente em obras de construção pesada.
Conforme poderá ser verificado posteriormente, para sua implantação haverá
necessidade de se trabalhar com uma quantidade de informações relativamente
grande e seu processamento demandará a necessidade de recursos de
informática para que se possa obter relatórios consistentes, significativos, com
baixa incidência de erros e com oportunidade.
A metodologia proposta pode ser mais facilmente entendida analisando-se
a Figura 41. Nesta figura podemos identificar os eventos mais importantes da
metodologia, bem como o fluxo e a concatenação das informações para que se
obtenha os resultados desejados.
124DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
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ANÁLISE DOS RELATÓRIOS E DEMAIS DADOS DA APROPRIAÇÃO
Figura 41 – Fluxo da apropriação em função de suas fases
Fonte: do autor
Cadastramento do sistema de apropriação com preenchimento dos formulários:− Relação de peças e materiais utilizados na manutenção− Relação de custo de mão-de-obra e serviços de manutenção− Relação de equipamentos e viaturas− Relação de famílias de equipamentos e viaturas
− Relação de motoristas de viaturas e operadores de equipamentos
Preenchimento doQuadro de Custos
de Eqp. e Vtr.
Emprego deEquipamento
ou Viatura
Manutenção deEquipamento
ou Viatura
Cálculo dos salários edemais encargos dos
motoristas e operadores
Registro das horastrabalhadas pelos
motoristas e operadores
Preenchimento daFicha de Utl.de Eqp. e Vtr.
Preenchimento daFicha de Man.de Eqp. e Vtr.
Preenchimento doQuadro de Emprego
de Eqp. e Vtr
Preenchimento daRelação de Custos deFamília de Eqp. e Vtr.
Preenchimento da Tabelade Custo Horário de
Mão-de-obra
Cálculo do ConsumoMédio de
Combustível
Preenchimento doFormulário Resíduos de
Custos de Famíliasde Eqp. e Vtr.
Atualização do Custo Fixoe Velocidade das Fam. de
Eqp. e Vtr.
Elaboração da Tabela deCusto Horário Médio de
Mão-de-obra
Atualização do Custo deMão-de-obra das Famílias
de Eqp. e Vtr.
Preenchimento das FichasControle de Despesas de Famílias
de Eqp. ou Vtr.
Obtenção dos Índices deAtualização de Custos
Cálculo dos Coeficientes deCusto de Manutenção eOperação apropriados
Preenchimento da Tabelade Custos Apropriados de
Família de Eqp. e Vtr.
Preenchimento daTabela de Consumo de
Combustível
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Apropriação dasede e demais
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125DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
A metodologia será apresentada através da caracterização de suas fases,
e da apresentação dos formulários propostos para levantamento de dados,
processamento e emissão de relatórios. Através da orientação de preenchimento
dos formulários propostos será feita a caracterização das informações a serem
colhidas e dos procedimentos necessários à obtenção dos dados intermediários e
relatórios propostos.
Conforme referência anterior, a implantação da metodologia pode ser
decomposta em várias fases, as quais são caracterizadas a seguir, onde também
são feitas referências aos formulários utilizados. Os modelos e orientação para
preenchimento dos formulários são apresentados no decorrer deste trabalho.
5.3.1 Fases da metodologia
5.3.1.1 Fase I – Cadastramento e organização do sistema
Esta fase caracteriza-se pelo cadastramento das informações necessárias
à implantação da metodologia e formação do pessoal que irá colocá-la em prática.
Nesta fase ocorrem os seguintes eventos:
• Definição das informações desejadas ao final da apropriação de custos;
• Elaboração do cadastro com peças e demais materiais empregados na
manutenção e operação dos equipamentos e viaturas, de acordo com o
modelo definido na Figura 42;
• Elaboração da relação de custo de mão de obra e serviços empregados na
manutenção dos equipamentos e viaturas, de acordo com o modelo definido
na Figura 43;
• Cadastramento dos motoristas das viaturas e operadores dos equipamentos
de acordo com o modelo definido na Figura 44;
• Elaboração da relação dos equipamentos e viaturas, de acordo com o modelo
definido na Figura 45, podendo ser cadastradas outras informações julgadas
necessárias;
• Elaboração da relação de famílias de equipamentos e viaturas, de acordo com
o modelo definido na Figura 46;
• Definição dos integrantes de cada família de equipamentos e viaturas;
126DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
• Formação do pessoal que participará do sistema de apropriação de custos,
definindo suas responsabilidades (motoristas, operadores de equipamento,
pessoal da manutenção, integrantes das seções de apropriação e do OCA);
• Definição da periodicidade de consolidação das informações e emissão dos
relatórios de apropriação;
• Definição dos critérios para obtenção dos índices de atualização de custos de
um período de apropriação para o seguinte.
Figura 42 – Relação de peças e materiais utilizados na manutenção
Fonte: do autor
Obra:__________________________
CódigoCódigo de Referência
Descrição UnidadeCusto
Unitário
Relação de Peças e Materiais Utilizados na Manutenção
127DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 43 – Relação de custo de mão-de-obra e serviços da manutenção
Fonte: do autor
Figura 44 – Relação de motoristas de viaturas e operadores de equipamentos
Fonte: do autor
Obra:__________________________
CódigoCódigo de Referência
Descrição UnidadeCusto
Unitário
Relação de Custo de Mão-de-obra e Serviços da Manutenção
Nome completo Função
Relação de Motoristas de Viaturas e Operadores de Equipamentos
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129DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
5.3.1.2 Fase II – Coleta, processamento inicial e encaminhamento dos dados
Esta fase ocorre nas frentes de serviço, onde serão obtidas as informações
básicas e fundamentais do sistema. As informações colhidas receberão um
processamento inicial e serão encaminhadas para o OCA pelas seções de
apropriação. Para a coleta de informações são sugeridos os seguintes
formulários:
• Ficha de Utilização de Equipamentos e Viaturas (Figura 47)
• Ficha de Manutenção de Equipamentos e Viaturas (Figura 48)
Para o processamento inicial das informações obtidas serão utilizados os
seguintes formulários:
• Tabela de custo horário de mão-de-obra (Figura 49)
• Quadro de Emprego de Equipamentos e Viaturas (Figura 50)
• Relação de Custos de Família de Equipamentos e Viaturas (Figura 51)
• Quadro de Custos de Equipamentos e Viaturas (Figura 52)
Após o processamento inicial os dados obtidos serão encaminhados para o
OCA, através do quadro de emprego de equipamentos e viaturas, quadro de
custos de equipamentos e viaturas, da relação de custos de família de
equipamentos e viaturas e da tabela de custo horário de mão-de-obra, podendo
ser incluídas também as fichas de utilização e de manutenção dos equipamentos
e viaturas, de acordo com o nível de detalhamento definido pelo OCA.
5.3.1.3 Fase III – Processamento final e emissão de relatórios
O processamento final consiste na consolidação dos dados obtidos nas
diversas obras e na sede da empresa, para obter os relatórios definidos na
primeira fase. Antes de iniciar o processamento o OCA deverá analisar as
informações disponíveis e atualizar ou obter os seguintes parâmetros, se
necessário: índices de atualização de custos de um período de apropriação para
outro, velocidade média, custo horário fixo e de mão-de-obra das famílias de
equipamentos e viaturas. Os formulários utilizados nesta fase são:
• Resíduos de Custos de Famílias de Equipamentos e Viaturas (Figura 53)
• Ficha Controle de Despesas de Equipamentos e Viaturas (Figura 54)
130DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
• Tabela de Consumo de Combustível (Figura 55)
• Tabela de Custos Apropriados de Famílias Equipamentos e Viaturas (Figura
56)
• Tabela de Custo Horário Médio de Mão-de-obra (Figura 57)
Figura 47 – Ficha de utilização de equipamentos e viaturas
Fonte: do autor
Obra: ____________________________
Ficha de Utl Nº _____ Data: _________Prefixo: ________ Família do EQP/VTR: .
Horímetro: Inicial: ________ Final: .Odômetro: Inicial: . Final: .
1. Operação
Combustível (l): .Horas trabalhadas do Mot/Op: .
2. Manutenção
Nº Ficha Mnt
Serviço ExecutadoTempo Gasto
(h)
3. Emprego (Serviços Realizados)
Código Centro de custo Km Operativas Improdutivas Rodados (km)
Total
Motorista / Operador
Ficha de Utilização de Equipamentos e Viaturas
Horas Trabalhadas (h)
131DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 48 – Ficha de manutenção de equipamentos e viaturas
Fonte: do autor
Obra: __________________________ Entrada SaidaFicha de Mnt Nº _____ Data de: _______ ________Prefixo: _________ Odômetro/Horímetro: _______ ________Família do EQP/VTR: ___________________Serviço Executado: _______________________
1. Lubrificantes Código Descrição Unidade Quant
unitário Parcial
Custo Total de Lubrificantes (A):
2. Filtros Código Descrição Unidade Quant
unitário Parcial
Custo Total de Filtros (B):
3. PneumáticosCódigo Descrição Unidade Quant
unitário Parcial
Custo Total de Pneumáticos (C):
4. Peças e bateriasCódigo Descrição Unidade Quant
unitário Parcial
Custo Total de Peças (C):
5. Serviços e mão de obraCódigo Descrição Unidade Quant
unitário Parcial
Custo Total de Serviços e mão de obra (D):
6. Outros ( materiais gastos, etc)Código Descrição Unidade Quant
unitário Parcial
Custo Total de Outros Custos (E):Custo Total da Manutenção (F= A+B+C+D+E): R$
Resp pela Manutenção
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135DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 55 – Tabela de consumo de combustível
Fonte: do autor
Figura 56 – Tabela de custos apropriados de famílias de equipamentos e viaturas
Fonte: do autor
Período:__________________________
SEDE OBRA 1 OBRA 2 GERAL
SEDE OBRA 1 OBRA 2 GERAL
Código
CódigoConsumo Médio (km/l)
Tabela de Consumo de Combustível
Consumo Médio (l/h)
Família de Viatura
Família de Equipamento
Período: ___________________________Obra: ______________________________
Código Família de Eqp/VtrMat MO
Tabela de Custos Apropriados de Famílias de Equipamentos e Viaturas
Custo Horário R$Operação
Fixo Manut Operativo ImprodutivoKmat Kmanut
136DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 57 – Tabela de custo horário médio de mão-de-obra
Fonte: do autor
5.3.1.3.1 Cálculo dos coeficientes de custo de manutenção e operação
Após o cálculo dos custos de manutenção e operação podemos calcular os
coeficientes de proporcionalidade que ocorreram durante o emprego dos
equipamentos e viaturas. Os resultados obtidos devem ser comparados com os
valores clássicos, mas também e principalmente devem ser utilizados para fins
de planejamento e avaliação de desempenho dos equipamentos.
Para que os valores calculados sejam significativos, eles devem ser obtidos
a partir de uma base de dados representativa, o que exige a atualização
financeira dos custos envolvidos. A atualização financeira é necessária porque os
custos considerados terão sido obtidos ao longo de um período de tempo em que
provavelmente terá ocorrido variação no preço de seus componentes básicos.
Para calcular os coeficientes de proporcionalidade de custo de manutenção
e de operação com material para cada família de equipamentos e viaturas devem
ser adotadas as seguintes fórmulas:
CustComb.POT
CHMKmat = o
manut V
HtaF.VU.MK =
N1nn
CHM
CHMi
n
njn.j
i
−+−=
∑=
N1nn
M
Mi
n
njn.j
i
−+−=
∑=
njjnj ICHMCHM .. .= njjnj IMM .. .=
0,1. =nnI )1)...(1).(1).(1( 121. −++ ++++= njjjnj iiiiI
sendo:
Período:_______ a ________
CustoCódigo Função Horas Custo Horas Custo Horas Custo Horas Custo Horário
Trab Horário Trab Horário Trab Horário Trab Horário MédioMotorista de veículo leveMotorista de caminhãoMotoristas de veículos especiaisOperador de máquinas leves 1Operador de máquinas leves 2Operador de máquinas pesadasOperador de máquinas especiais
Tabela de Custo Horário Médio de Mão-de-Obra
Obra 1 Obra 2 Obra 3 Sede
137DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
M – custo horário médio de manutenção do período “ni” ao período “n”
Mj – custo horário de manutenção apropriado no período “j”
Mj.n – custo horário de manutenção apropriado no período “j” corrigido para o
período “n”
CHM – custo horário médio de operação com material do período “ni” ao
período “n”
CHMj – custo horário de operação com material apropriado no período “j”
CHMj.n – custo horário de operação com material apropriado no período “j”
corrigido para o período “n”
Kmanut – coeficiente de proporcionalidade de manutenção médio apropriado
para a família de equipamentos ou viaturas do período “ni” ao
período “n”
Kmat – coeficiente de consumo de material médio apropriado para a família de
equipamentos ou viaturas do período “ni” ao período “n”
Ij.n – índice de atualização do custo horário de manutenção ou de operação
com material, conforme o caso, do período “j” para o período “n”, sendo
que In.n = 1,0
ij – índice de atualização de custo de manutenção ou operação, conforme o
caso, do período “j” para o período “j + 1”
ni – número do primeiro período de apropriação considerado no cálculo
n – número do último período de apropriação considerado no cálculo
N – número de períodos sem custo apropriado, do período “ni” ao período “n”
j – número do período de apropriação, variando de “ni” a “n”
Vo – valor de aquisição da família de equipamentos ou viaturas
VU – vida útil da família de equipamentos ou viaturas, em anos
HtaF – número de horas trabalhadas por ano da família de equipamentos ou
viaturas, em horas, calculados considerando os dados apropriados do
período “ni” a “n”.
POT – potência dos equipamentos da família de equipamentos ou viaturas, em
kW
CustComb – custo de 1(um) litro do combustível consumido pela família de
equipamentos ou viaturas no período “n”
138DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
As fórmulas apresentadas possibilitam o cálculo dos coeficientes médios
ao longo de vários períodos de apropriação. Para cálculo dos coeficientes
relativos a um determinado período de apropriação basta considerar os índices ni
e n como sendo iguais ao número do período para o qual se deseja fazer o
cálculo. A Figura 58 ilustra a interpretação da atualização de custos apresentada.
Figura 58 – Atualização de custos apropriados
Fonte: do autor
Como índice de atualização de custo entre dois períodos de apropriação
consecutivos, ij, podem ser adotados índices do governo que reflitam a variação
de custos em foco, os obtidos com aplicação de fórmulas específicas, além de
outros julgados adequados para cada caso. No item a seguir é apresentada uma
formulação que possibilita o cálculo dos índices de atualização de custos entre
dois períodos de apropriação, a qual pode ser utilizada para calcular os índices
utilizados nas fórmulas apresentadas.
5.3.1.3.2 Cálculo dos índices de atualização de custos
Conforme apresentado, os resultados mais significativos que podem ser
obtidos com a aplicação da metodologia proposta são aqueles que consideram as
informações de vários períodos de apropriação. Para que as informações da base
de dados possam ser utilizadas para obtenção de dados médios é necessário que
os custos levantados sejam colocados na mesma base financeira. A atualização
dos valores obtidos é feita com índices de atualização de custos, cuja obtenção
pode ser feita utilizando-se as fórmulas apresentadas a seguir.
139DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
j.ij.ij.i CustoUnit.QuantCusto = ∑=
=n
1ij.ij CustoCustoTotal
CustoTotal
CustoPeso j.i
i =j.i
j.i1j.ii Custo
CustoUnitCustoUnit.100Var
−= +
∑∑=
i
iij Peso.100
Var.Pesoi )1.(1. jjjj iCustoTotalCustoTotal +=+
sendo:
i – índice de cada item de custo que compõe o custo total cujo índice de
atualização financeira está sendo calculado
j – índice que identifica o número do período de apropriação a que se refere o
custo ou índice de atualização financeira
n – número de itens de custo que compõem o custo total analisado
Quanti.j – quantidade empregada ou consumida do item de custo “i“ no período
de apropriação “j“
CustoUniti.j – custo de cada unidade do item de custo “i“ no período de
apropriação “j“
Custoi.j - valor gasto com o item de custo “i“ no período de apropriação “j“
CustoTotalj – valor do custo total analisado no período de apropriação “j“
CustoTotalj.j+1 – valor do custo total analisado no período de apropriação “j“
corrigido para o período “j+1“
Vari – percentual de variação de custo do item “i“ entre os períodos de
apropriação “j“ e “j+1“
ij – índice de atualização do Custo Total do período de apropriação “j“ para o
período de apropriação “j+1“
Os índices obtidos com as fórmulas propostas são o resultado de uma
média ponderada das variações de custo dos diversos componentes do custo
considerado. Como peso de cada componente de custo foi considerado o
resultado da divisão do custo de cada componente pelo custo total considerado.
A seguir é apresentada uma planilha com exemplo de cálculo do índice de
atualização do custo horário de operação com material. No exemplo apresentado
o índice obtido foi 0,06552 ou 6,552 %, o qual reflete a variação do gasto com
materiais considerando-se os preços unitários dos períodos “j” e “j+1”.
140DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
O valor calculado poderia ter sido obtido considerando-se os gastos
realizados apenas com uma determinada família de equipamentos ou
considerando-se todas as famílias, bem como poderiam ter sido consideradas
todas as obras ou apenas uma obra para obter o índice. De acordo com as
considerações feitas será possível obter resultados com diferentes graus de
detalhamento e precisão.
Figura 59 – Exemplo de cálculo de índice de atualização de custo
Fonte: do autor.
A forma mais adequada de proceder, quanto ao nível de detalhamento a
adotar no cálculo dos índices, certamente só poderá ser definida com a aplicação
da metodologia em situações reais. É de se esperar também que as
características peculiares a cada obra e empresa, o nível de significância das
diferenças esperadas e a capacidade de processamento do sistema de
apropriação influenciem na decisão sobre o grau de detalhamento que será
adotado nos cálculos.
5.3.1.4 Fase IV – Análise dos relatórios para tomada de decisão
Esta é uma das fases mais importantes, senão a mais importante do
processo, porque será aqui que os resultados obtidos serão interpretados e
utilizados para fundamentar as decisões da gerência quanto ao emprego dos
equipamentos disponíveis bem como nos planejamentos futuros. Todo o trabalho
de apropriação de custos realizado perderá o valor se não for bem acompanhado
e empregado para corrigir possíveis distorções verificadas. O resultado do
trabalho de análise e interpretação citado depende bastante do conhecimento
Unitário Parcial Unitário ParcialÓleo A l 100 5,00 500,00 0,0076 6,00 600,00 20% 0,153%Óleo B l 300 15,00 4 500,00 0,0688 17,25 5 175,00 15% 1,032%Óleo C l 300 5,00 1 500,00 0,0229 4,75 1 425,00 -5% -0,115%Filtro A un 200 20,00 4 000,00 0,0612 23,00 4 600,00 15% 0,917%Filtro B un 300 35,00 10 500,00 0,1606 36,75 11 025,00 5% 0,803%Oleo diesel l 60 000 0,70 42 000,00 0,6422 0,74 44 100,00 5% 3,211%Gasolina l 1 500 1,6 2 400,00 0,0367 1,84 2 760,00 15% 0,550%
1,0000 6,552%
Descrição Unid Quant
Exemplo de Cálculo de Índice de Atualização do Custo Horário de Material
65 400,00TOTAL 69 685,00
Peso do Ítem
Var de Custo do Item (%)
Peso x Var Item
Custo no Período "j" Custo no Período "j+1"codigo
141DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
sobre o assunto por parte dos profissionais que utilizarão os dados obtidos.
5.3.2 Formulários e modelos de relatórios propostos
Conforme mencionado anteriormente, a metodologia será apresentada
através de uma série de formulários utilizados para coleta de dados, bem como
para processamento e emissão das informações desejadas ao final do processo
de apropriação. Neste trabalho são apresentados alguns exemplos de
informações importantes que podem ser obtidas. A partir dos dados disponíveis
outros resultados e outras formas de organização dos mesmos podem ser
obtidas. A seguir é apresentada a descrição e orientação de preenchimento dos
formulários utilizados.
5.3.2.1 Relação de peças e materiais utilizados na manutenção
Este formulário tem por finalidade orientar o cadastramento das peças e
demais materiais utilizados na manutenção dos equipamentos e viaturas. Tendo
em vista que as obras podem ser realizadas em locais diversos e que este fato
possa refletir no custo das peças e demais materiais, é conveniente que sejam
elaboradas relações particulares a cada obra. A seguir será apresentada
orientação sobre o preenchimento de cada campo do formulário.
Obra: este campo deve ser preenchido com a identificação da obra, caso a
relação seja particular à seção de manutenção de determinada obra.
Código: neste campo deve ser registrado o código particular a cada peça ou
material, utilizado na manutenção dos equipamentos e viaturas.
Código de referência: este campo deve ser preenchido com o código de
referência da peça ou material, quando existir. Como exemplo de código de
referência temos os códigos utilizados pelos fabricantes para identificar as peças
e componentes utilizados pelos equipamentos e viaturas. Este código pode ser
muito útil para elaborar pedidos de reposição de estoques e para facilitar a
comparação de preços nos processos de compra.
Descrição: este campo deve ser preenchido com a descrição da peça ou
material, de acordo com os catálogos fornecidos pelos fabricantes ou codificação
própria da empresa.
Unidade: este campo deve ser preenchido com a unidade de referência da peça
142DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
ou material.
Custo unitário: este campo deve ser preenchido com o custo unitário a ser
considerado para o item cadastrado. O valor a ser considerado pode ser o de
aquisição ou o de mercado, de acordo com a política de gerenciamento de
estoques da empresa.
5.3.2.2 Relação de custo de mão-de-obra e serviços de manutenção
Este formulário tem por finalidade orientar o cadastro do custo dos serviços
e da mão-de-obra utilizada para realizar a manutenção dos equipamentos e
viaturas. Tendo em vista que as obras podem ser realizadas em locais diversos e
que este fato possa refletir nos custos de manutenção, é conveniente que sejam
elaboradas relações particulares a cada obra. A seguir é apresentada orientação
sobre o preenchimento de cada campo do formulário.
Obra: este campo deve ser preenchido com a identificação da obra, caso a
relação seja particular à seção de manutenção de determinada obra.
Código: neste campo deve ser registrado o código particular a cada serviço ou
tipo de mão-de-obra utilizada na manutenção.
Código de referência: este campo deve ser preenchido com o código de
referência do serviço ou tipo de mão-de-obra, quando existir. Como exemplo de
código de referência temos os códigos utilizados pelas oficinas autorizadas pelos
fabricantes na elaboração das planilhas de custo dos serviços prestados. Este
código pode ser muito útil para facilitar a comparação de preços nas contratações
de serviços, bem como entre os obtidos pela empresa e os praticados pelas
oficinas autorizadas.
Descrição: este campo deve ser preenchido com a descrição do serviço ou do
tipo de mão-de-obra.
Unidade: este campo deve ser preenchido com a unidade de referência do
serviço ou da mão-de-obra.
Custo unitário: este campo deve ser preenchido com o custo unitário a ser
considerado para o item cadastrado. O valor a ser considerado pode ser resultado
de apropriação de custo pela empresa ou valor de mercado.
143DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
5.3.2.3 Relação de motoristas de viaturas e operadores de equipamentos
Este formulário será utilizado para cadastramento de todos os motoristas
de viaturas e operadores de equipamentos empregados pela empresa ou
instituição na realização das obras. A finalidade deste cadastro é caracterizar a
função de todos os profissionais. As informações solicitadas são as mínimas
necessárias para que se implante o sistema de apropriação, porém podem ser
acrescidas outros dados, de acordo com a necessidade de cada empresa ou
instituição. A seguir é descrito como deve ser feito o preenchimento de seus
campos.
Nome: este campo deve ser preenchido com o nome completo de cada
profissional.
Função: este campo deve ser preenchido com a descrição da categoria a que
pertence o motorista ou operador de equipamento. Os profissionais serão
enquadrados em cada categoria de acordo com o tipo de viatura ou equipamento
com que trabalhe. Como critério de classificação será adotado o DNER, que
consta na Figura 40 e contempla as categorias ou funções a seguir:
• Motorista de veículo leve
• Motorista de caminhão
• Motorista de veículos especiais
• Operador de máquinas leves 1
• Operador de máquinas leves 2
• Operador de máquinas pesadas
• Operador de máquinas especiais
5.3.2.4 Relação de equipamentos e viaturas
Este formulário será utilizado para cadastro de todos os equipamentos e
viaturas utilizadas pela empresa ou instituição na realização das obras. A seguir é
descrito como deve ser feito o preenchimento de seus campos.
Código: este campo deve ser preenchido com um código que identifique o
equipamento no sistema de apropriação de custos. Como sugestão pode ser
utilizada a codificação utilizada pelo DNER: EXXX, onde o “E” é utilizado como
dígito identificador de equipamento ou viatura e os dígitos “XXX” são utilizados
144DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
para numeração seqüencial dos elementos a serem cadastrados.
Descrição: este campo deve ser preenchido com a descrição do equipamento ou
viatura, como por exemplo: Caminhão Basculante 15 t.
Prefixo: este campo deve ser preenchido com o código utilizado pela empresa
para identificar o equipamento. Normalmente é utilizada uma codificação que
facilite a identificação do tipo de equipamento ou viatura. Como exemplo de
codificação utilizada temos CR-15, onde os dois primeiros dígitos identificam o
tipo de equipamento, no caso uma carregadeira de rodas, e os números
identificam que esta é a carregadeira de rodas de número 15 existente na
empresa.
Valor de aquisição: este campo deve ser preenchido com o valor de aquisição
do equipamento, o qual será utilizado como base de cálculo do custo fixo do
equipamento.
Data de Aquisição: neste campo deve ser registrada a data em que o
equipamento foi comprado.
Total de Horas Trabalhadas: este campo deve ser preenchido com o total de
horas trabalhadas pelo equipamento, desde sua aquisição. Este valor deve ser
atualizado periodicamente com base nos dados de apropriação, pelo acréscimo
do número de horas trabalhadas pelo equipamento em situação operativa.
Marca: este campo deve ser preenchido com a marca do equipamento.
Modelo: este campo deve ser preenchido com o modelo do equipamento.
Potência: este campo deve ser preenchido com a potência do motor do
equipamento em quilowatt (kW), a qual será utilizada para fins de estimativa de
custo de operação com material.
Categoria: Este campo deve ser preenchido com a categoria da máquina que
está sendo cadastrada. Pode ser utilizado Eqp para identificar a categoria dos
equipamentos e Vtr para a categoria das viaturas.
Combustível: registrar o tipo de combustível ou fonte de energia utilizada pelo
equipamento ou viatura. No caso de equipamentos que possam utilizar mais de
um tipo de combustível, como as usinas de asfalto, registrar o combustível mais
usual.
Unidade de Apropriação: neste campo deve ser registrada a unidade de
apropriação do trabalho do equipamento ou viatura. Normalmente é utilizada a
145DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
unidade quilômetro (km) para as viaturas e a unidade hora (h) para os
equipamentos.
Situação: neste campo deve ser registrada a situação de disponibilidade do
equipamento do ponto de vista de condição de trabalho. Ele pode estar disponível
para trabalho ou indisponível devido a algum problema mecânico.
Local: neste campo deve ser registrado o local onde se encontra o equipamento,
o qual pode ser qualquer das obras em andamento, recolhido para manutenção
ou disponível para emprego em alguma obra.
Família: registrar a família a que pertence o equipamento ou viatura.
5.3.2.5 Relação de famílias de equipamentos e viaturas
Este formulário será utilizado para cadastro das informações das famílias
de equipamentos e viaturas utilizadas na realização das obras. A seguir é descrito
como deve ser feito seu preenchimento.
Código: este campo deve ser preenchido com um código que identifique a família
de equipamento ou viatura no sistema de apropriação de custos. Como sugestão
pode ser utilizada a seguinte codificação: FE-XX para as famílias de
equipamentos e FV-XX para as famílias de viaturas, os dígitos “XX” são utilizados
para numeração seqüencial das famílias a serem cadastradas.
Descrição: este campo deve ser preenchido com a descrição da família de
equipamento ou viatura, como por exemplo: Usina de Asfalto a Quente.
Categoria: este campo deve ser preenchido com a categoria da família de
equipamentos ou viaturas que está sendo cadastrada. Deve ser seguida a mesma
codificação utilizada para classificar as categorias das viaturas e equipamentos.
Combustível: este campo deve ser preenchido com o tipo de combustível
utilizado pelos integrantes da família de equipamentos ou viaturas.
Unidade de Apropriação: neste campo deve ser registrada a unidade de
apropriação do trabalho dos integrantes da família de equipamentos ou viaturas.
Deve ser utilizada a mesma codificação utilizada no cadastro dos equipamentos e
viaturas.
Velocidade média: Este campo deve ser preenchido com a velocidade média
desenvolvida pelas viaturas integrantes da família em quilômetros por hora,
(km/h) apenas para as famílias que são apropriadas em quilômetro (km). O valor
146DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
a ser considerado deve ser aquele que possibilite a correta conversão da
quantidade de quilômetros rodados no número de horas efetivamente
trabalhadas. No início da apropriação este valor deve ser estimado com base nas
observações e experiência anteriores, porém ele será objeto de ajuste durante o
processo de apropriação de custos.
Custo horário fixo: este campo deve ser preenchido com o valor do custo horário
fixo de cada família obtido de acordo com a formulação proposta para a
metodologia.
Custo horário MO: este campo deve ser preenchido com o valor do custo horário
de mão-de-obra para operação dos equipamentos ou viaturas, o qual deve ser
calculado de acordo com a formulação proposta para a metodologia considerando
a categoria a que pertencem os motoristas de viaturas ou os operadores de
equipamentos.
5.3.2.6 Ficha de utilização de equipamentos e viaturas
Este formulário tem por finalidade registrar diariamente todas as
informações relativas à utilização dos equipamentos e viaturas. O responsável
pelo preenchimento deste formulário é o motorista ou operador de cada viatura ou
equipamento. Os campos são preenchidos de acordo com a orientação
apresentada a seguir.
Obra: este campo deve ser preenchido com a descrição da obra onde o
equipamento está sendo utilizado.
Ficha de Utl Nº: este campo deve ser preenchido com o número da ficha, o qual
será fornecido pela seção de apropriação.
Data: este campo deve ser preenchido com a data de utilização do equipamento.
Prefixo: este campo deve ser preenchido com o prefixo do equipamento ou
viatura.
Família do Eqp/Vtr: este campo deve ser preenchido com a descrição da família
a que pertence o equipamento ou viatura.
Horímetro inicial ou final: estes campos devem ser preenchidos com os valores
registrados no horímetro do equipamento no início e no final da jornada de
trabalho.
Odômetro inicial ou final: estes campos devem ser preenchidos com os valores
147DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
registrados no odômetro da viatura no início e no final da jornada de trabalho.
Combustível: este campo deve ser preenchido com a quantidade e tipo de
combustível com que o equipamento foi abastecido durante o dia de trabalho.
Horas trabalhadas do Mot/Op: neste campo deve ser registrado o número de
horas que o motorista trabalhou com o equipamento durante o dia. Caso o
equipamento tenha ficado sem trabalhar durante algum tempo e o motorista tenha
ficado junto, à disposição, as horas correspondentes devem ser computadas
como horas trabalhadas do motorista, inclusive durante as intervenções de
manutenção.
Nº Ficha Mnt: este campo deve ser preenchido com o número da ficha de
manutenção que registrou o serviço de manutenção realizado no equipamento
durante o dia de trabalho.
Serviço Executado: neste campo deve ser registrado o serviço de manutenção
realizado, conforme constar na ficha de manutenção correspondente.
Tempo Gasto: este campo deve ser preenchido com o número de horas gastas
pela seção de manutenção para realizar o serviço.
Código: este campo deve ser preenchido com o código do centro de custos para
o qual o equipamento trabalhou.
Centro de custos: este campo deve ser preenchido com a descrição do centro
de custo ou qualquer outra atividade que tenha consumido tempo do
equipamento, como os deslocamentos para o local de trabalho. O tempo que o
equipamento tenha ficado parado por estar em pane também deve ser
considerado até o momento em que se inicie o trabalho da seção de manutenção.
A partir deste momento o tempo será considerado na ficha de manutenção
correspondente.
Horas trabalhadas operativas ou improdutivas: nestes campos deve ser
registrado o total de horas operativas ou improdutivas gastas pelo equipamento
ou viatura no centro de custo, com deslocamentos ou em pane. O tempo gasto
com deslocamentos entre centros de custo ou para o local de trabalho deve ser
considerado como horas improdutivas, porque o mesmo normalmente não é
remunerado por nenhum centro de custo.
Km rodados: este campo deve ser preenchido com o total de quilômetros
rodados pela viatura durante o trabalho no centro de custo, ou com
148DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
deslocamentos para o local de trabalho.
Total: este campo deve ser preenchido com o resultado da soma das colunas
correspondentes às horas trabalhadas operativas, improdutivas e aos km
rodados.
Motorista / Operador: este campo deve ser preenchido com a identificação do
motorista ou operador do equipamento.
5.3.2.7 Ficha de manutenção de equipamentos e viaturas
Este formulário tem por finalidade registrar todas as informações relativas
aos serviços de manutenção realizados nos equipamentos e viaturas. O
preenchimento deste formulário é de responsabilidade da seção de manutenção e
seus campos devem ser preenchidos de acordo com a orientação apresentada a
seguir.
Obra: este campo deve ser preenchido com a descrição da obra onde o
equipamento está sendo utilizado.
Ficha de Mnt Nº: este campo deve ser preenchido com o número da ficha, o qual
será fornecido pela seção de manutenção.
Data de entrada ou saída: estes campos devem ser preenchidos com as datas
em que o serviço de manutenção realizado iniciou e terminou.
Odômetro/Horímetro de entrada ou saída: estes campos devem ser
preenchidos com os valores registrados pelo odômetro da viatura ou pelo
horímetro do equipamento por ocasião do início e término do serviço de
manutenção.
Prefixo: este campo deve ser preenchido com o prefixo do equipamento ou
viatura.
Família do Eqp/Vtr: este campo deve ser preenchido com a descrição da família
a que pertence o equipamento ou viatura.
Serviço executado: neste campo deve ser registrada a descrição do serviço de
manutenção realizado.
Código: neste campo deve ser registrado o código do material, peça, mão-de-
obra ou qualquer outro item de custo utilizado na manutenção do equipamento ou
viatura.
Descrição:- este campo deve ser preenchido com a descrição do item de custo
149DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
utilizado.
Unidade: neste campo deve ser registrada a unidade do item de custo.
Quant: este campo deve ser utilizado para registrar a quantidade utilizada do item
de custo.
Custo unitário: neste campo deve ser registrado o custo unitário do item de custo
utilizado.
Custo parcial: este campo será preenchido com o resultado da multiplicação do
custo unitário pela quantidade do item de custo utilizado.
Custo total de Lubrificantes: este campo será preenchido com o resultado da
soma dos custos parciais dos itens de lubrificantes. De maneira semelhante serão
preenchidos os campos correspondentes ao Custo total de: Filtros,
Pneumáticos, Peças e Baterias, Serviços e Mão-de-obra e Outros Custos.
Custo total da manutenção: este campo será preenchido com o resultado da
soma de todos custos parciais da ficha de manutenção
Responsável pela Manutenção: este campo deve ser preenchido com a
identificação do responsável pela manutenção.
5.3.2.8 Tabela de custo horár io de mão-de-obra
Este formulário tem por finalidade sintetizar as informações necessárias ao
cálculo do custo horário dos motoristas e operadores dos equipamentos e
viaturas. Para definir as diversas categorias dos motoristas e operadores será
utilizada a classificação adotada pelo DNER. A seguir é apresentada orientação
para preenchimento de cada campo do formulário.
Obra: este campo deve ser preenchido com a descrição da obra para a qual está
sendo feito o cálculo do custo horário dos motoristas e operadores de
equipamentos. Caso o custo dos equipamentos não esteja sendo detalhado por
obra este campo pode ser suprimido ou preenchido com a informação de que é
relativo a todas as obras.
Período: este campo deve ser preenchido com o período a que se referem as
informações constantes do formulário.
Código: este campo deve ser preenchido com o código relativo a cada categoria
de motoristas ou operadores de equipamentos.
Função: este campo deve ser preenchido com a descrição das categorias de
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motoristas ou operadores de equipamentos que trabalharam no período
considerado. Os motoristas ou operadores serão enquadrados dentro de cada
uma das categorias apresentadas a seguir, de acordo com a classificação
adotada pelo DNER, a qual consta na Figura 40:
• Motorista de veículo leve
• Motorista de caminhão
• Motorista de veículos especiais
• Operador de máquinas leves 1
• Operador de máquinas leves 2
• Operador de máquinas pesadas
• Operador de máquinas especiais
Total de Horas Trab: este campo deve ser preenchido com o total de horas
efetivamente trabalhadas por todos os motoristas ou operadores de equipamentos
de cada categoria, no período a que se referem as informações do formulário.
Neste campo devem ser consideradas as horas trabalhadas em regime normal ou
em regime de horas extras. As horas trabalhadas quando os equipamentos
estiverem em situação improdutiva serão consideradas apenas nos casos em que
estas horas de trabalho estiverem sendo pagas pelo contratante dos serviços dos
equipamentos. Quando as horas improdutivas do equipamento não estiverem
sendo pagas devem ser computadas apenas as horas em que os motoristas e
operadores dos equipamentos trabalharam com os equipamentos em situação
operativa.
Salário: este campo deve ser preenchido com o valor do salário devido ou pago a
todos os motoristas e operadores de cada categoria pelas horas de trabalho em
regime normal, considerando o período a que se referem as informações do
formulário.
Horas Extras: este campo deve ser preenchido com o valor do salário devido ou
pago a todos os motoristas e operadores de cada categoria pelas horas de
trabalho em regime de horas extras, considerando o período a que se referem as
informações do formulário.
Aux Transp e Aux Aliment: estes campos devem ser preenchidos com o valor
gasto, devido ou pago a todos os motoristas e operadores de cada categoria com
transporte ou alimentação, considerando o período a que se referem as
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informações do formulário.
Encarg Sociais: este campo deve ser preenchido com a soma de todos os
valores gastos, devidos ou pagos sob o título de encargos sociais, em decorrência
do trabalho dos motoristas ou operadores de equipamentos de cada categoria no
período considerado. Este valor pode ser definido a partir da apropriação dos
gastos da empresa com o pessoal no período considerado ou com a utilização de
um índice percentual que incidirá sobre o valor dos salários no período.
Outros: este campo deve ser preenchido com a soma de todos os outros valores
gastos, devidos ou pagos em decorrência do trabalho dos motoristas ou
operadores dos equipamentos de cada categoria no período considerado. Como
custos que podem ser considerados neste campo pode-se citar os pagamentos
por produtividade, diárias, etc.
Custo Total: este campo deve ser preenchido com a soma dos custos registrados
nos campos Salário, Horas Extras, Aux Transp, Aux Aliment, Encarg Sociais
e Outros.
Custo Horário: este campo deve ser preenchido com o resultado da divisão do
valor registrado no campo Custo Total pelo registrado no campo Total de Horas
Trab, de cada categoria de motoristas ou operadores de equipamentos. O valor
calculado será o custo horário real de cada categoria profissional e estará
considerando o número de horas efetivamente trabalhadas pelos profissionais no
período. Normalmente o valor calculado desta forma é maior que o valor
estimado. A diferença por ventura verificada estará refletindo a ocorrência de
horas extras e a ociosidade do pessoal. O valor calculado neste campo será
utilizado para atualizar o custo horário de mão-de-obra das famílias de
equipamentos e viaturas.
5.3.2.9 Quadro de emprego de equipamentos e viaturas
Este formulário tem por finalidade registrar as informações relativas ao
emprego dos equipamentos e viaturas, de modo que se possa saber em prol de
quais centros de custo os equipamentos trabalharam durante o período de
apropriação. As informações condensadas neste formulário podem ser utilizadas
também para fins de comparação com as do quadro de custos de equipamentos e
viaturas. As diferenças que por ventura existam entre o trabalho registrado nos
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dois quadros refletirão emprego dos equipamentos em atividades diferentes dos
centros de custo apropriados. Os campos deste formulário devem ser
preenchidos de acordo com a orientação apresentada a seguir.
Obra: este campo deve ser preenchido com a descrição da obra onde as famílias
de equipamentos e viaturas estão sendo utilizadas.
Período: este campo deve ser preenchido com o período a que se referem as
informações constantes no formulário.
Código: neste campo deve ser registrado o código da família de equipamentos
ou viaturas.
Família de Eqp/Vtr: este campo deve ser preenchido com a descrição da família
de equipamentos ou viaturas.
H Trab ou km Rod por centro de custos: estes campos devem ser preenchidos
com o total de horas trabalhadas operativas para as famílias que são apropriadas
em horas ou com o total de quilômetros rodados para as famílias que são
apropriadas em quilômetros. A informação a ser registrada é obtida somando-se
os valores correspondentes que constam nas fichas de utilização de
equipamentos e viaturas do período de apropriação considerado.
H Trab ou km Rod: este campo deve ser preenchido com a soma das horas
trabalhadas ou dos quilômetros rodados por cada família de equipamentos ou
viaturas, registradas para os centros de custo em prol dos quais a família
trabalhou durante o período de apropriação considerado.
5.3.2.10 Relação de custos de família de equipamentos e viaturas
Este formulário é utilizado para condensar as informações necessárias ao
cálculo dos custos de manutenção e operação de cada família de equipamentos e
viaturas oriundas das fichas de utilização e manutenção de cada integrante da
família. Seu preenchimento deve ser feito de acordo com a orientação a seguir.
Obra: este campo deve ser preenchido com a descrição da obra onde a família
de equipamentos ou viaturas está sendo utilizada.
Família de Eqp/Vtr: este campo deve ser preenchido com a descrição da família
de equipamentos ou viaturas.
Período: este campo deve ser preenchido com o período a que se referem as
informações constantes do formulário.
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Data: neste campo deve ser registrada a data da ficha de utilização ou a data de
saída da ficha de manutenção de equipamentos e viaturas.
Prefixo: neste campo deve ser registrado o prefixo do equipamento a que se
refere a ficha de manutenção ou utilização.
Nº Ficha de Mnt ou Utilização: neste campo deve ser registrado o número da
ficha de manutenção ou utilização.
Horímetro/Odômetro Final: neste campo deve ser registrado o número do
odômetro ou horímetro final que consta na ficha de utilização ou manutenção.
Pneumat, Peças, Serviços, Outros, Lubrif e Filtros: estes campos serão
preenchidos com o valor dos respectivos custos totais registrados nas fichas de
manutenção de equipamentos e viaturas. Estes campos permanecerão em
branco para informações relativas a fichas de utilização.
Combust: este campo deve ser preenchido com o valor correspondente
registrado no campo Combustível da ficha de utilização de equipamentos e
viaturas. Este campo não será preenchido para as informações relativas às fichas
de manutenção.
Mot/Op: este campo deve ser preenchido com o valor registrado no campo Horas
trabalhadas do Mot/Op da ficha de utilização de equipamentos e viaturas.
Hor Trab: este campo deve ser preenchido com total de horas trabalhadas
operativas registradas na ficha de utilização de equipamentos e viaturas.
Km Rodados: este campo deve ser preenchido com total de km rodados
registrados na ficha de utilização de equipamentos e viaturas.
Total: os campos da linha total devem ser preenchidos com o resultado da soma
dos valores das respectivas colunas.
Velocidade Média apurada no período: este campo deve ser preenchido,
apenas para as famílias que são apropriadas em km, com o resultado da divisão
do total do campo Km Rodad pelo total do campo Hor Trab.
5.3.2.11 Quadro de custos de equipamentos e viaturas
Este formulário é utilizado para condensar as informações necessárias ao
cálculo dos custos de manutenção e operação das diversas famílias de
equipamentos e viaturas. Os dados utilizados são oriundos das relações de
custos de famílias de equipamentos e viaturas. Seu preenchimento deve ser feito
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de acordo com a orientação a seguir.
Obra: este campo deve ser preenchido com a descrição da obra onde as famílias
de equipamentos e viaturas foram utilizadas.
Período: este campo deve ser preenchido com o período a que se referem as
informações constantes do formulário.
Código: neste campo deve ser registrado o código da família de equipamentos ou
viaturas.
Família de Eqp/Vtr: neste campo deve ser registrada a descrição da família de
equipamentos ou viaturas.
Km Rodados e Hor Trab: estes campos devem ser preenchidos com os valores
correspondentes oriundos do campo Total, da relação de custos da respectiva
família.
OD , BPF e Gas: estes campos devem ser preenchidos com o total de cada tipo
de combustível consumido pela família de equipamentos ou viaturas, o qual é
oriundo do campo Total das respectivas relações de custo. As abreviaturas
utilizadas referem-se a diferentes tipos de combustível normalmente utilizados e
devem ser adequadas às condições da obra.
Mot/Op, Lubrificantes, Filtros, Pneumáticos, Peças, Serviços e Outros: estes
campos devem ser preenchidos com os valores correspondentes oriundos do
campo Total da relação de custos das famílias de equipamentos e viaturas.
Outros Custos: este campo deve ser preenchido com o valor correspondente a
outros custos que tenham sido verificados com a família de equipamentos e
viaturas e não tenha sido objeto de apropriação sob qualquer outro título. Como
exemplo podemos ter custos com mobilização ou locação de equipamentos, os
quais não são considerados no custo horário dos equipamentos, porém podem
ser considerados nos custos indiretos da obra ou atribuídos diretamente a algum
centro de custos. Caberá ao OCA definir como estes custos serão considerados
para fins de apropriação ou alterar sua classificação.
Unidade: nos campos correspondentes a esta linha devem ser registradas as
unidades correspondentes aos valores registrados na coluna. Registrar a unidade
monetária quando os valores lançados se referirem à mesma.
Quantidade total: em cada campo correspondente a esta linha deve ser
registrada a soma dos valores registrados na coluna, quando a unidade
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correspondente for diferente da unidade monetária. Este campo não deve ser
preenchido quando a unidade utilizada for a monetária.
Custo unitário: em cada campo correspondente a esta linha deve ser registrado
o custo de cada unidade das quantidades que constam na coluna, quando a
unidade correspondente for diferente da unidade monetária. Este campo não deve
ser preenchido quando a unidade utilizada for a monetária. Os custos unitários
registrados devem ser os considerados como adequados para o período da
apropriação considerado. O custo unitário da hora de trabalho dos motoristas e
operadores não deve ser registrado, este valor será definido pelo OCA.
Custo total: os campos correspondentes a esta linha devem ser preenchidos com
o resultado da multiplicação dos campos quantidade total e custo unitário de cada
coluna, quando a unidade for diferente da monetária. Quando a unidade da
coluna for a monetária, os campos serão preenchidos com a soma dos valores
que constam na coluna. Este campo não será preenchido para a informação
correspondente aos motoristas e operadores de equipamentos.
5.3.2.12 Resíduos de custo de família de equipamentos e viaturas
Este formulário será utilizado para acumular os custos verificados com as
diversas famílias de equipamentos e viaturas enquanto não for apropriado
trabalho das mesmas. Este fato ocorre normalmente quando equipamentos são
objeto de manutenção ou recuperação e não tem nenhum integrante da família
trabalhando. Este formulário é preenchido com as informações oriundas do
Quadro de Custos de Equipamentos e Viaturas, conforme orientação apresentada
a seguir.
Obra: este campo deve ser preenchido com a descrição da obra onde os
integrantes das famílias de equipamentos e viaturas estão sendo recuperados.
Período: este campo deve ser preenchido com o período a que se referem as
informações constantes do formulário.
Código e Família de Eqp/Vtr: estes campos devem ser preenchidos com o
código e a descrição da família de equipamentos e viaturas.
Comb: este campo deve ser preenchido com o valor correspondente à soma dos
valores Comb Anterior e Comb Atual. Comb Anterior é o valor que constava no
formulário, será nulo da primeira vez em que for considerado. Comb Atual é o
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valor correspondente à quantidade de combustível com que a família foi
abastecida no período de apropriação, o qual é oriundo do Quadro de Custos de
Equipamentos e Viaturas.
Mot/Op, Lubrificantes, Filtros, Pneumáticos, Peças, Serviços, Outros: estes
campos serão preenchidos à semelhança do campo Comb, com o resultado da
soma do valor correspondente registrado até o período de apropriação anterior
com o valor relativo ao período de apropriação considerado.
Os valores registrados neste formulário serão apagados ou anulados logo
que forem transferidos para as fichas de controle de despesas de família de
equipamentos e viaturas.
5.3.2.13 Ficha controle de despesas de família de equipamentos e viaturas
Neste formulário são condensadas todas as informações de custo de cada
família de equipamentos ou viaturas, o que permite um acompanhamento de sua
evolução ao longo da vida útil, bem como a obtenção de dados para avaliação de
desempenho e planejamento. As informações deste formulário são oriundas dos
quadros e dos resíduos de custo de família de equipamentos e viaturas,
conforme será apresentado na orientação de preenchimento a seguir.
Obra: este campo deve ser preenchido com a descrição da obra onde a família de
equipamentos ou viaturas está sendo ou foi utilizada. Caso a apropriação não
esteja sendo detalhada por obra este campo poderá ser suprimido ou preenchido
com a informação de a ficha é relativa a todas as obras.
Família de Eqp/Vtr: este campo deve ser preenchido com a descrição da família
de equipamentos ou viaturas.
Velocidade Média: neste campo deve ser registrada a velocidade média
considerada para a família de viaturas. Este campo não é utilizado nas fichas das
famílias de equipamentos. O valor deste campo é obtido dividindo-se a soma dos
valores da coluna Km Rodados pela soma dos valores da coluna Horas Trab.
Período: este campo deve ser preenchido com o período a que se referem as
informações de apropriação
Km Rodados, Horas Trab: estes campos devem ser preenchidos com os valores
oriundos dos campos correspondentes no Quadro de Custos de Equipamentos e
Viaturas.
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Fixo: neste campo deve ser registrado o valor do custo horário fixo da família de
equipamentos e viaturas, o qual pode ser calculado pela formulação apresentada
ou pode ser considerado valor de mercado, conforme conveniência da empresa.
Pneumáticos, Peças, Serviços, Outros, Lubrif, Filtros: estes campos serão
preenchidos com o valor do custo horário correspondente a cada componente de
custo. O custo horário é calculado dividindo-se os valores obtidos nos campos
correspondentes do quadro de custos de equipamentos e viaturas pelo valor
registrado no campo Horas Trab. Caso haja registro de custos no formulário
resíduos de custo de família de equipamentos e viaturas, os mesmos devem ser
adicionados aos obtidos no quadro de custos antes da divisão pelo valor do
campo Horas Trab.
Combustível: este campo será preenchido com o valor correspondente ao custo
horário do equipamento com combustível, o qual será calculado com emprego da
seguinte fórmula:
eçoCombPr.HorasTrab
sReQuanttQuantQdCusComb
+=
sendo:
QuantQdCust – a quantidade de combustível consumida pela família
registrada no(s) Quadro(s) de Custos de Equipamentos e
Viaturas;
QuantRes – a quantidade de combustível consumida pela família registrada
no(s) formulário(s) de Resíduos de Custo de Família de
Equipamentos e Viaturas;
HorasTrab – o número de horas trabalhadas pela família registrada no campo
Horas Trab da ficha controle de despesas da família de
equipamentos ou viaturas;
Comb – custo horário com combustível da família de equipamento ou viatura.
PreçoComb – preço de 1 (um) litro do combustível consumido pela família de
equipamentos ou viaturas no período de apropriação
considerado.
MO: este campo deve ser preenchido com o valor do salário horário do operador
do equipamento ou motorista da viatura. O valor considerado poderá ser o obtido
pela apropriação de custos da empresa ou valor de mercado, conforme a
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conveniência da empresa. Ressalta-se aqui que o salário horário deve considerar
todos os custos decorrentes dos encargos sociais e o número de horas
efetivamente trabalhadas pelos motoristas e operadores de equipamentos. O
valor do custo horário de mão de obra apropriado pela empresa é oriundo do
campo Salário Horário da tabela de custo horário de mão-de-obra, considerando
a categoria do motorista ou operador de equipamento da família.
CH Total: este campo será preenchido com a soma dos componentes do custo
horário da família de equipamentos ou viaturas calculados (Fixo, Pneumáticos,
Peças, Serviços, Outros, Lubrif, Filtros, Combustível e MO) e registrados
anteriormente neste formulário.
Custo total: este campo será preenchido com o resultado da multiplicação do
valor registrado no campo CH Total pelo valor registrado no campo Horas Trab.
Custo Horário Atual: os campos desta linha serão preenchidos com os valores
registrados para o último período de apropriação que consta na ficha.
Custo Horário Médio : os campos desta linha serão preenchidos com o resultado
da divisão da soma dos valores de cada coluna pela soma dos valores da coluna
Horas Trab ou com os valores calculados pela formulação do item 5.3.1.3.1
(Cálculo dos coeficientes de custo de manutenção e operação).
5.3.2.14 Tabela de consumo de combustível
A tabela de consumo de combustível é utilizada para sintetizar os dados de
consumo médio de combustível pelas famílias de equipamentos e viaturas nas
diferentes obras em que são empregadas. Podem ser organizadas tabelas de
consumo relativas a cada período de apropriação ou relativas a vários períodos
que poderão ser considerados como dados históricos da empresa. Os dados
históricos normalmente são mais significativos e podem ser utilizados para fins de
análise dos resultados de cada período de apropriação. O preenchimento da
tabela é feito considerando-se os dados oriundos dos quadros de custo de
equipamentos e viaturas, conforme é apresentado a seguir:
Período: neste campo deve ser registrado o período considerado para elaboração
da tabela.
Código: este campo deve ser preenchido com o código de cada família de
equipamentos e viaturas.
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Família de Equipamentos ou Viaturas: este campo deve ser preenchido com a
descrição da família de equipamentos ou viaturas.
Consumo Médio SEDE e OBRAn: estes campos devem ser preenchidos com os
valores obtidos com uma das fórmulas a seguir:
HorTrab
CombConsEqp =
Comb
kmRodConsVtr =
sendo:
ConsEqp – a quantidade média de combustível consumida por hora de
trabalho da família de equipamentos no período considerado;
ConsVtr – a quantidade média de quilômetros percorridos com 1 (um) litro de
combustível pela família de viaturas no período considerado;
Comb – a quantidade total de combustível consumida pela família de
equipamentos ou viaturas registrada no(s) quadro(s) de custos de
equipamentos e viaturas do período considerado;
HorTrab – o número total de horas trabalhadas pela família de equipamentos,
registrado no(s) quadro(s) de custos de equipamentos e viaturas do
período considerado;
KmRod – o número total de quilômetros rodados pela família de viaturas,
registrado no(s) quadro(s) de custos de equipamentos e viaturas do
período considerado;
Consumo médio GERAL: este campo deve ser preenchido com o valor
correspondente ao consumo médio de cada família, calculado pelas fórmulas
apresentadas anteriormente a adotando-se os valores totais de consumo de
combustível, horas trabalhadas e quilômetros rodados do período considerado.
5.3.2.15 Tabela de custos apropriados de famílias de equipamentos e
viaturas
Esta tabela é utilizada para sintetizar os componentes do custo horário de
cada família, de modo a facilitar sua comparação com os valores obtidos com
utilização da metodologia do DNER, a qual foi utilizada como base para
modelagem desta metodologia de apropriação de custos. Podem ser organizadas
tabelas de custo relativas a cada período de apropriação ou relativas a períodos
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maiores, as quais poderão ser consideradas como dados históricos da empresa.
Os dados históricos normalmente são mais significativos e podem ser utilizados
para fins de análise dos resultados de cada período de apropriação. O
preenchimento da tabela é feito considerando-se os dados oriundos da ficha
controle de despesas de família de equipamentos e viaturas, conforme é
apresentado a seguir.
Período: neste campo deve ser registrado o período considerado para elaboração
da tabela.
Obra: este campo deve ser preenchido com a descrição da obra onde a família de
equipamentos ou viaturas está sendo ou foi utilizada. Caso a elaboração da
tabela não esteja sendo detalhada por obra este campo poderá ser suprimido ou
preenchido com a informação de que a ficha é relativa a todas as obras.
Código: este campo deve ser preenchido com o código de cada família de
equipamentos e viaturas.
Família de Eqp/Vtr: este campo deve ser preenchido com a descrição da família
de equipamentos ou viaturas.
Kmat: este campo deve ser preenchido com o coeficiente de proporcionalidade de
custo de operação com material de cada família, o qual deve ser calculado de
acordo com a formulação apresentada anteriormente.
Kmanut: este campo deve ser preenchido com o coeficiente de proporcionalidade
de custo de manutenção de cada família, o qual deve ser calculado de acordo
com a formulação apresentada anteriormente.
Fixo e MO: estes campos devem ser preenchidos com os valores obtidos nos
campos correspondentes da ficha de controle de despesas de família de
equipamentos e viaturas, considerando-se o período em relação ao qual está
sendo elaborada a tabela.
Manut: este campo deve ser preenchido com a soma dos valores
correspondentes obtidos nos campos Pneumáticos, Peças, Serviços e Outros
da Ficha de Controle de Despesas de Família de Equipamentos e Viaturas.
Mat: este campo deve ser preenchido com a soma dos valores correspondentes
obtidos nos campos Lubrificantes, Filtros e Combustível da Ficha de Controle
de Despesas de Família de Equipamentos e Viaturas.
Operativo: este campo deve ser preenchido com a soma dos valores registrados
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nos campos Fixo, Manut, Mat e MO, desta tabela.
Improdutivo: este campo deverá ser preenchido com o valor registrado no campo
MO, desta tabela.
5.3.2.16 Tabela de custo horár io médio de mão-de-obra
Esta tabela tem por finalidade sintetizar as informações necessárias para o
cálculo do custo horário médio dos motoristas e operadores de equipamentos. A
seguir é apresentada orientação para preenchimento de cada campo do
formulário.
Obra, Período, Código e Função: estes campos devem ser preenchidos de
acordo com a orientação de preenchimento da Tabela de custo horário de mão-
de-obra.
Horas Trab e Custo Horário: estes campos devem ser preenchidos com os
valores correspondentes registrados nos campos Total de Horas Trab e Custo
Horário de cada obra e da sede da empresa.
Custo Horário Médio: este campo deve ser preenchido com o resultado da
média ponderada do custo horário verificado para cada categoria profissional. Os
pesos da média ponderada serão as horas trabalhadas em cada obra. A seguir é
apresentada a fórmula que deve ser utilizada:
∑∑=
HorasTrab
ioCustoHorárHorasTrab. médio horário Custo
5.4 CONCLUSÃO
A metodologia proposta consiste basicamente em uma forma de obtenção,
organização, processamento e armazenamento de informações simples, que
podem ser obtidas com facilidade em qualquer obra, desde que esteja organizada
visando este fim.
Considerando a estrutura de controle, que toda empresa precisa dispor,
para fazer o acompanhamento físico-financeiro de suas obras, a implantação da
metodologia proposta não demanda gastos adicionais significativos. A coleta das
informações básicas é realizada pelo pessoal que já desempenha outras funções
(motoristas, operadores de equipamentos e pessoal da manutenção). O
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processamento deve exigir a alocação de mais alguns profissionais, estrutura de
processamento de dados e utilização de formulários padronizados.
O custo dos meios adicionais que uma empresa precisa disponibilizar para
implantar a metodologia proposta é pequeno face aos recursos que normalmente
já estão disponíveis em qualquer estrutura de gerenciamento de obras. O que
deve demandar uma atenção maior é o desenvolvimento da mentalidade de
apropriação (conscientização das equipes de trabalho sobre a importância e
necessidade de sua implantação, bem como sobre a confiabilidade que as
informações prestadas deve ter).
Consideramos que o esforço necessário à implantação desta metodologia
é plenamente justificado pelos resultados que podem ser obtidos. Alguns estão
explícitos nos relatórios propostos, mas existem outras conclusões e informações
importantes a que se pode chegar utilizando a metodologia proposta, sobre as
quais discorre-se no próximo capítulo.
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6 CONCLUSÃO
O aumento da competitividade na Construção Civil e, em particular, na
execução de obras no subsetor de Construção Pesada, é um fato na realidade de
mercado atual. Tem havido uma significativa retração no mercado como
conseqüência direta da redução de investimentos públicos no setor, dos quais a
Construção Pesada é muito dependente.
Além da retração de mercado verifica-se um aumento na quantidade de
empresas que atuam no setor, fato este bastante motivado pelo advento da
terceirização, modalidade de trabalho em que grandes empresas subcontratam
outras para cumprir partes de seu contrato. Esta forma de trabalho aumenta as
oportunidades de trabalho para empresas menores e estimula a competitividade
entre estas. Além das crescentes exigências de qualidade que em alguns casos
oneram a obra, tem-se caracterizado a necessidade das empresas reduzirem
seus custos e até mesmo a margem de lucro como forma de poderem prestar
serviços a preços competitivos.
A sobrevivência e o crescimento de uma empresa, dentre outros fatores,
depende essencialmente de sua capacidade em prestar serviços e receber por
estes uma quantia suficiente para cobrir seus custos operacionais e as
necessidades de investimento inerentes ao objetivo de crescimento da empresa.
Portanto não basta trabalhar e prestar serviços a preços competitivos, há que se
considerar também a relação que existe entre os preços propostos ou praticados
e os custos da empresa para prestar os serviços contratados.
Fica clara então a necessidade de confiabilidade na estimativa de custos
realizada para se decidir quanto ao valor que deve ser cobrado por uma obra.
Devido à significativa quantidade de parâmetros utilizados na elaboração de um
orçamento e à possibilidade de variação entre os valores previstos e os que irão
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ocorrer de fato, sempre existe a possibilidade dos custos previstos não se
confirmarem durante a realização da obra. Há necessidade então de que se
trabalhe com uma expectativa de variação de custos que não comprometa a
viabilidade econômica do contrato.
Nem todos os fatores que tem potencial para interferir no desempenho
financeiro de uma obra são controláveis pelo executor, nem tem o mesmo nível
de importância. Aqueles que não são controláveis pelo executor devem ser
identificados e receber tratamento adequado, os quais não foram objeto de estudo
neste trabalho. Quanto aos que podem ser influenciados por atitudes gerenciais
do executor, eles também precisam ser identificados, estudados e controlados
com o rigor necessário para que não venham a ser causadores de um possível
insucesso financeiro na realização de uma obra.
Para as obras de Construção Pesada identificamos e caracterizamos os
equipamentos e viaturas como um dos componentes de custo fundamentais para
o sucesso ou insucesso financeiro na realização deste tipo de obras. Portanto, os
erros de estimativa de custo ou utilização de equipamentos a custos superiores
aos adequados irão refletir diretamente, e com significativo impacto, em seu custo
total.
A apropriação destes custos possibilita à empresa conhecer os custos
operacionais inerentes a sua forma usual de trabalhar e por considerar as
características próprias de sua estrutura produtiva, sendo portanto uma valiosa
ferramenta de gerenciamento. Esta atividade desenvolve-se em paralelo com a
execução da obra e pode fornecer informações muito importantes sobre o
desempenho das equipes de trabalho, bem como parâmetros confiáveis para os
planejamentos futuros.
A metodologia de apropriação de custos proposta ao focar sua análise nos
equipamentos e viaturas contempla um dos mais importantes elementos da
estrutura de custos das obras de Construção Pesada (os outros são:
produtividade, custos dos materiais e custos indiretos). Está estruturada de modo
a interferir pouco na forma usual como estas obras são executadas e considera
as características de dinamismo, rotatividade de equipamentos entre equipes,
descentralização e grande extensão do canteiro de trabalho, inerentes a estas
obras.
165DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
A fim de facilitar a análise dos resultados obtidos, a metodologia foi
estruturada com base em uma metodologia de estimativa de custos que é
referência nacional, a do DNER. Desta forma a comparação dos resultados
obtidos na obra com os previstos pelo DNER será imediata, possibilitando à
empresa conhecer sua real situação em relação à metodologia de referência e até
mesmo sobre a inadequação de algum parâmetro do DNER para as condições
específicas da empresa.
Para facilitar a comparação dos resultados da apropriação com os valores
previstos pelo DNER alguns parâmetros significativos são calculados e
organizados, nos modelos de formulários propostos, com base nos conceitos e
formas de apresentação adotados pelo DNER. Porém as informações podem ser
reorganizadas e utilizadas para obter outros dados de interesse, inclusive
particulares a outras metodologias de estimativa de custos. O fundamental é que
os dados básicos para análise poderão ser obtidos, organizados, armazenados e
processados com emprego da metodologia proposta.
Os parâmetros obtidos e apresentados no contexto da metodologia
proposta são importantes e na maioria dos casos suficientes para que se planeje
e execute obras com mais eficiência. Porém, a partir da base de dados disponível,
podemos obter outros parâmetros pela reorganização ou processamento adicional
das informações, de acordo com a necessidade. A seguir são listadas outras
possibilidades de uso da base de dados que pode ser obtida com emprego da
metodologia, as quais, embora não tenham sido objeto de estudo nesta
dissertação, são importantes para o gerenciamento.
• Dar tratamento estatístico aos dados, como forma de observar com mais
facilidade as distorções que venham a ocorrer quanto a custos, consumo de
materiais e quebras de equipamentos;
• Levantar o valor do fundo de reserva que cada obra deve proporcionar para
possibilitar a renovação dos equipamentos e viaturas;
• Levantar o valor do fundo de manutenção que cada obra deve proporcionar
para cobrir os gastos com manutenção da equipe mecânica da empresa. Pode
ocorrer da necessidade de gastos com manutenção originados em uma obra
só se manifestarem após a conclusão desta;
• Identificar o momento de retirar determinados equipamentos de operação, em
166DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
função de seu custo operacional;
• Identificar equipamentos que mesmo tendo chegando ao final de sua vida útil,
de acordo com as horas trabalhadas, ainda tem condições de continuar sendo
empregados com um custo fixo mais baixo que o normal;
• Determinar a vida útil real média da frota de equipamentos disponível;
• Elaborar previsão de necessidades de peças , lubrificantes e demais materiais
a serem utilizados por uma equipe mecânica, em função de suas
características e programação de emprego.
A implantação da metodologia proposta pode ser feita de forma
progressiva, o que é conveniente tanto do ponto de vista econômico, por
demandar menos recursos no início do processo, como pela consideração do
aspecto de formação do pessoal e difusão da mentalidade de apropriação. Para a
implantação progressiva recomenda-se que sejam priorizados os equipamentos
que têm maior peso no custo da obra. Quanto ao nível de detalhamento das
informações, os relatórios iniciais podem ser gerados numa periodicidade superior
à desejada, como forma de proporcionar melhores condições ao pessoal para se
organizar e aprender completamente sobre suas funções na estrutura de
apropriação de custos. A seguir são listadas algumas considerações e
providências que podem ser adotadas para implantação progressiva da
metodologia.
• Aumentar progressivamente o nível de detalhamento da classificação dos
equipamentos e viaturas em famílias;
• Reduzir progressivamente a periodicidade de consolidação da apropriação;
• Consolidar as informações inicialmente para todas as obras da empresa e
posteriormente detalhar por obra;
• Comparar o desempenho dos equipamentos com os dados médios obtidos
pela família a que pertence;
• Comparar o desempenho de famílias de equipamentos entre obras similares,
com a média histórica da empresa e parâmetros clássicos ou não;
• Utilizar conceitos da curva ABC para definir os equipamentos que devem ser
apropriados segundo cada critério de detalhamento da apropriação definido;
• Classificar as horas trabalhadas pelos equipamentos e viaturas em operativas
e improdutivas ou não;
167DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
• Usar tabelas para definir o custo fixo das famílias ou calcular com base em
dados da apropriação;
• Utilizar índices de atualização de custo para obter dados médios ou não;
• Calcular os índices de atualização de custo ou utilizar outros índices
disponíveis;
• Calcular dados médios a cada consolidação da apropriação ou apenas os
relativos ao período de apropriação em foco.
Desta forma, a metodologia proposta consiste na definição de uma maneira
de obter, organizar, armazenar e processar informações simples e disponíveis em
obras executadas com o mínimo de organização. A implantação da metodologia
pode ser feita de forma progressiva, não demanda grandes investimentos em
contratações adicionais nem em outros recursos, mas precisa que todos tenham
consciência de sua necessidade e da importância da correção nas informações
utilizadas. Os resultados que podem ser obtidos não se limitam aos apresentados
neste trabalho, a partir do banco de dados que pode ser criado, outros parâmetros
e informações importantes podem ser obtidos para que o gerenciamento da obra
e da empresa possa ser feito com mais eficiência.
Com este trabalho espera-se estar contribuindo para que profissionais e
empresas de engenharia possam dispor de mais uma ferramenta para auxiliar no
atingimento de um dos objetivos da Engenharia Civil, que é executar obras de
acordo com a melhor técnica pelos menores preços possíveis. Temos consciência
de que esta dissertação não encerra o assunto, porém poderá vir a se tornar mais
uma referência para crítica construtiva e aperfeiçoamento em uma área de
conhecimento importante, na qual nem todas as empresas tem possibilidade de
investir para desenvolver tecnologia própria, e as que dispõem deste
conhecimento nem sempre têm interesse em torná-lo público.
DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
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DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
8 APÊNDICE
8.1 ORÇAMENTO COMPARATIVO
A apresentação do orçamento comparativo que consta neste apêndice tem
por objetivo caracterizar a importância do custo dos equipamentos e viaturas em
uma obra de Construção Pesada típica.
Para elaboração dos orçamentos foram utilizados os coeficientes técnicos
das composições de custo e as tabelas de custo de mão-de-obra, materiais e
valor de aquisição dos equipamentos adotados pelo DNER. Para os índices de
BDI e LDI foram utilizados os valores adotados pelo DNER na metodologia
adotada até 1998 (BDI = 35,8 %) e o que está em vigor atualmente (LDI =
32,68 %).
O custo horário dos equipamentos e viaturas foi calculado e considerado
nas composições de custo para 3 (três) situações distintas, de acordo com: a
metodologia adotada pelo DNER até 1988 (referenciado como SICRO), a
metodologia adotada atualmente para elaboração das tabelas do DNER
(SICRO2) e o que prescreve o Manual de Custos Rodoviários do DNER que está
em vigor.
8.1.1 Informações para elaboração dos orçamentos
8.1.1.1 Escopo
Orçamento para realização de serviços de terraplenagem na elevação do
greide de 10 km de uma rodovia e execução dos demais serviços necessários à
preparação da estrada para receber a camada de revestimento.
173DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
8.1.1.2 Planilha de quantidades
Serviços Unidade Quantidade
Desmatamento de área com árvores de diâmetro inferior a 0,15 m m2 200 000Escavação Carregamento e Transporte de Material de 1ª
Categoria na DMT de 0,8 a 1 kmm3 180 000
Compactação de aterro a 100% PN m3 153 000Regularização de Subleito m2 135 000Execução de sub-base m3 25 800Execução de base m3 24 600Transporte de material de sub-base e base t.km 825 000Transporte de água t.km 212 400
8.1.1.3 Referências para os orçamentos
Para elaboração dos orçamentos foram utilizadas as seguintes referências:
• Planilhas de composição de custo unitário publicadas pelo DNER para o Rio
de Janeiro com parâmetros referentes a agosto de 2001;
• Custo de materiais, mão de obra e valor de aquisição de equipamentos
publicados pelo DNER para o Rio de Janeiro com valores referentes a agosto
de 2001;
• Custo horário de equipamentos e viaturas calculados de acordo com a
metodologia de estimativa de seus custos adotada em cada orçamento, e
parâmetros referentes a agosto de 2001 para o Rio de Janeiro, publicados
pelo DNER.
8.1.1.4 Metodologias e parâmetros adotados nos orçamentos
a) ORÇAMENTO PELO SICRO
• BDI de 35,8 % (adotado pelo DNER na metodologia utilizada até 1998);
• O custo horário de equipamentos e viaturas será calculado pela metodologia
adotada pelo DNER até 1998;
• O trabalho dos equipamentos e viaturas em situação operativa em espera será
cobrado pelo custo horário improdutivo (calculado pela metodologia adotada
pelo DNER até 1998);
• O trabalho dos equipamentos em situação operativa produtiva será cobrado
pelo custo horário produtivo (calculado pela metodologia adotada pelo DNER
até 1998).
174DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
b) ORÇAMENTO PELO SICRO2
• LDI de 32,68 % (índice publicado pelo DNER para agosto de 2001);
• O custo horário de equipamentos e viaturas será calculado pela metodologia
adotada pelo DNER a partir de 1998;
• O trabalho dos equipamentos e viaturas em situação operativa em espera será
cobrado pelo custo horário improdutivo (calculado pela metodologia do DNER
aprovada em 1998). Critério adotado nas tabelas publicadas pelo DNER, que
está em desacordo com o que prevê seu Manual de Custos Rodoviários;
• O trabalho dos equipamentos e viaturas em situação operativa produtiva será
cobrado pelo custo horário operativo (calculado pela metodologia do DNER
aprovada em 1998). Critério adotado nas tabelas publicadas pelo DNER, que
está de acordo com o que prevê seu Manual de Custos Rodoviários.
c) ORÇAMENTO PELO MANUAL DO DNER
• LDI de 32,68 % (índice publicado pelo DNER para agosto de 2001);
• O custo horário de equipamentos e viaturas calculados pela metodologia do
DNER aprovada em 1998;
• O trabalho dos equipamentos e viaturas em situação operativa em espera será
cobrado pelo custo horário operativo (calculado pela metodologia do DNER
aprovada em 1998). Este critério não está sendo adotado nas tabelas
publicadas pelo DNER, embora seja o que prevê seu Manual de Custos
Rodoviários;
• O trabalho dos equipamentos e viaturas em situação operativa produtiva será
cobrado pelo custo horário operativo (calculado pela metodologia do DNER
aprovada em 1998). Critério adotado nas tabelas publicadas pelo DNER, que
está de acordo com o que prevê seu Manual de Custos Rodoviários.
8.1.2 Documentos que compõem o orçamento
A seguir é apresentada a relação de planilhas utilizadas para elaboração
do orçamento comparativo.
• Figura 60 - Quadro resumo de comparação de orçamento pela metodologia do
175DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
DNER;
• Figura 61 - Cálculo do custo horário de equipamentos e viaturas pelo SICRO;
• Figura 62 - Cálculo do custo horário de equipamentos e viaturas pelo SICRO2;
• Figura 63 - Planilha e resumo do orçamento pelo SICRO;
• Figura 64 - Detalhamento do custo dos equipamentos e viaturas – Orçamento
SICRO;
• Figura 65 - Detalhamento do emprego dos recursos pelos serviços –
Orçamento SICRO;
• Figura 66 - Planilha e resumo do orçamento pelo SICRO2;
• Figura 67 - Detalhamento do custo dos equipamentos e viaturas – Orçamento
SICRO2;
• Figura 68 - Detalhamento do emprego dos recursos pelos serviços –
Orçamento SICRO2;
• Figura 69 - Planilha e resumo do orçamento pelo MANUAL DO DNER;
• Figura 70 - Detalhamento do custo dos equipamentos e viaturas – Orçamento
MANUAL DO DNER;
• Figura 71 - Detalhamento do emprego dos recursos pelos serviços –
Orçamento MANUAL DO DNER;
• Figuras 72 a 91 - Planilhas de composição de custo unitário dos serviços
utilizadas para elaboração do orçamento SICRO2.
17
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179DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 63 – Planilha e resumo de orçamento pelo SICRO
Fonte: do autor
Cálculo do custo dos serviços considerando custo dos equipamentos calculados pela metodologia adotada pelo DNER até 1998 e utilizando BDI adotado até 1998 (35,8%)
Obra: 10 km de aterro, sub base e baseReferência: DNER/RJ - AGO/01
Custo total de equipamento 1 189 088,13 91,07% 67,06%Depreciação 132 987,52 11,18% 10,18% 7,50%Juros 259 794,70 21,85% 19,90% 14,65%Impostos e Seguros 0,00 0,00% 0,00% 0,00%Manutenção 190 772,06 16,04% 14,61% 10,76%Material de operação 504 313,62 42,41% 38,62% 28,44%Mão-de-obra de operação 101 220,22 8,51% 7,75% 5,71%
Custo de mão-de-obra 56 388,62 4,32% 3,18%Custo de Material 60 278,40 4,62% 3,40%
CUSTO DIRETO TOTAL 1 305 755,15 100,00% 73,64%PREÇO TOTAL DA OBRA 1 773 215,49
259 794,70 19,90% 14,65%
Obra: 10 km de aterro, sub base e baseReferência: DNER/RJ - AGO/01
Unitáriom2 200 000,00 0,18m3 180 000,00 3,84m3 153 000,00 1,57m2 135 000,00 0,38m3 25 800,00 6,56m3 24 600,00 6,56t.km 825 000,00 0,38t.km 212 400,00 0,52
Unitáriom2 200 000,00 0,13 2,0%m3 180 000,00 2,83 39,0%m3 153 000,00 1,16 13,6%m2 135 000,00 0,28 2,9%m3 25 800,00 4,83 9,5%m3 24 600,00 4,83 9,1%t.km 825 000,00 0,28 17,7%t.km 212 400,00 0,38 6,2%
TOTAL R$
TOTAL R$ 1 773 215,49
1 305 755,15
Serviços Unidade Quant Custo DiretoTotal
Esc Carg Trp Mat 1a Cat DMT 0,8 a 1 kmCompactação de aterro 100% PNReg Sub leitoExec de sub base
Reg Sub leitoExec de sub base Exec de baseTransp de material de sub base e base
Resumo do Orçamento Detalhado Pelos Componentes de Custo
Desmatamento area c/ Arv D < 0,15 mEsc Carg Trp Mat 1a Cat DMT 0,8 a 1 kmCompactação de aterro 100% PN
% Custo Direto Total
35 109,31 691 233,67 240 587,49
509 008,59 177 163,10
PLANILHA E RESUMO DO ORÇAMENTO PELO SICRO - Metodologia do DNER até 1998
PreçoUnidade QuantServiços
% Preço TotalValor Total R$
Custo com juros COBRADO no Custo dos EQP
25 853,69Desmatamento area c/ Arv D < 0,15 m
81 557,82
124 607,90Exec de baseTransp de material de sub base e baseTransp de água
118 812,18 231 085,90
37 665,97
161 346,94 313 814,66 110 755,51Transp de água
51 150,39 169 217,53
Total
% Custo Eqp
Planilha do Orçamento
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182DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 66 – Planilha e resumo de orçamento pelo SICRO2
Fonte: do autor
Cálculo do custo dos serviços considerando custo dos equipamentos calculados pela novametodologia adotada pelo DNER em 1998, utilizando BDI de 32,68 %. O tempo operativo em espera é pago pelo custo improdutivo dos equipamentos
Obra: 10 km de aterro, sub base e baseReferência: DNER/RJ - AGO/01
Custo de equipamento 976 874,15 89,33% 67,33%Depreciação 240 376,61 24,61% 21,98% 16,57%Impostos e Seguros 11 117,68 1,14% 1,02% 0,77%Manutenção 253 014,39 25,90% 23,14% 17,44%Material de Operação 351 744,13 36,01% 32,17% 24,24%Mão-de-obra de Operação 120 621,33 12,35% 11,03% 8,31%
Custo de mão-de-obra 56 388,62 5,16% 3,89%Custo de material 60 278,40 5,51% 4,15%
CUSTO DIRETO TOTAL 1 093 541,17 100,00% 75,37%Valor do LDI 357 369,25PREÇO TOTAL DA OBRA 1 450 910,42
63 384,46 5,80% 4,37%
Obra: 10 km de aterro, sub base e baseReferência: DNER/RJ - AGO/01
Unitáriom2 200 000,00 0,15m3 180 000,00 3,05m3 153 000,00 1,23m2 135 000,00 0,32m3 25 800,00 6,01m3 24 600,00 6,01t.km 825 000,00 0,30t.km 212 400,00 0,42
Unitáriom2 200 000,00 0,11m3 180 000,00 2,30m3 153 000,00 0,93m2 135 000,00 0,24m3 25 800,00 4,53m3 24 600,00 4,53t.km 825 000,00 0,23t.km 212 400,00 0,31
TOTAL R$
Serviços
Planilha do Orçamento
Desmatamento area c/ Arv D < 0,15 mEsc Carg Trp Mat 1a Cat DMT 0,8 a 1 kmCompactação de aterro 100% PNReg Sub leito
1 450 910,42TOTAL R$
155 035,35
PLANILHA E RESUMO DO ORÇAMENTO PELO SICRO 2 - Nova Metodologia do DNER
Desmatamento area c/ Arv D < 0,15 mEsc Carg Trp Mat 1a Cat DMT 0,8 a 1 kmCompactação de aterro 100% PN
Serviços
% Preço Total% Custo Eqp % Custo Direto TotalValor Total R$
Custo com juros a ser cobrado no LDI da obra
Preço
Resumo do Orçamento Detalhado Pelos Componentes de Custo
29 137,69 549 169,96
TotalUn Quant
188 532,63 42 774,82Reg Sub leito
Exec de sub base Exec de baseTransp de material de sub base e baseTransp de água
21 960,87
147 824,40 250 115,49 88 320,08
Un QuantCusto Direto
Exec de sub base Exec de baseTransp de material de sub base e baseTransp de água
Total
1 093 541,17
111 414,23 188 510,32
32 239,08
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185DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 69 – Planilha e resumo de orçamento pelo MANUAL DO DNER
Fonte: do autor
Cálculo do custo dos serviços considerando definição do manual do DNER, que considera que os equipamentos estarão sempre em tempo operativo, quando integram uma equipe mecânica equilibrada, como as que originaram as composições de custo do DNER
Obra: 10 km de aterro, sub base e baseReferência: DNER/RJ - AGO/01
Custo total de equipamento 1 130 805,96 90,65% 68,32%Depreciação 283 455,97 25,07% 22,72% 17,13%Impostos e Seguros 12 219,72 1,08% 0,98% 0,74%Manutenção 298 802,32 26,42% 23,95% 18,05%Material de operação 415 706,61 36,76% 33,32% 25,12%Mão-de-obra de operação 120 621,33 10,67% 9,67% 7,29%
Custo de mão-de-obra 56 388,62 4,52% 3,41%Custo de Material 60 278,40 4,83% 3,64%
CUSTO DIRETO TOTAL 1 247 472,98 100,00% 75,37%PREÇO TOTAL DA OBRA 1 655 147,15
76 319,12 6,12% 4,61%
Obra: 10 km de aterro, sub base e baseReferência: DNER/RJ - AGO/01
UnitárioDesmatamento area c/ Arv D < 0,15 m m2 200 000,00 0,15Esc Carg Trp Mat 1a Cat DMT 0,8 a 1 km m3 180 000,00 3,48Compactação de aterro 100% PN m3 153 000,00 1,85Reg Sub leito m2 135 000,00 0,38Exec de sub base m3 25 800,00 6,49Exec de base m3 24 600,00 6,49Transp de material de sub base e base t.km 825 000,00 0,30Transp de água t.km 212 400,00 0,42
UnitárioDesmatamento area c/ Arv D < 0,15 m m2 200 000,00 0,11Esc Carg Trp Mat 1a Cat DMT 0,8 a 1 km m3 180 000,00 2,62Compactação de aterro 100% PN m3 153 000,00 1,39Reg Sub leito m2 135 000,00 0,29Exec de sub base m3 25 800,00 4,89Exec de base m3 24 600,00 4,89Transp de material de sub base e base t.km 825 000,00 0,23Transp de água t.km 212 400,00 0,31
Serviços Unidade QuantCusto Direto
Total
PLANILHA E RESUMO DO ORÇAMENTO PELO MANUAL DO DNER
Planilha do Orçamento
TOTAL R$
TOTAL R$
Serviços Unidade QuantPreço
Total
% Custo Direto Total
1 247 472,98
120 273,53 188 510,32
39 029,22
66 566,24
126 140,53
472 103,78 212 888,49
21 960,87
159 578,92 250 115,49 88 320,08
Custo com juros a ser cobrado no LDI da obra
1 655 147,15
29 137,69 626 387,30 282 460,45 51 783,97
167 363,25
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188DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Planilhas de Composição de Custo Unitário do Orçamento SICRO2
Figura 72 – Planilha de composição de custo unitário de Escavação e carga dematerial de jazida
Fonte: adaptado de DNER (2001)
Figura 73 – Planilha de composição de custo unitário de Expurgo de jazida
Fonte: adaptado de DNER (2001)
CUSTOS RODOVIÁRIOSCUSTOS UNITÁRIOS DE SERVIÇOS DATA REF: DNER/RJ - AGO/01
1 A 01 120 01 - Esc e Carg de Mat de jazida (const e restr) PRODUÇÃO EQUIPE: 165 m3CÓDIGO A - EQUIPAMENTO QUANT UTILIZAÇÃO C. OPERACIONAL CUSTO
Operat Improd Operativo Improdutivo HORÁRIOE002 1,00 1,00 0,00 77,65 6,48 77,65E006 1,00 0,78 0,22 54,17 6,85 43,76E010 1,00 0,77 0,23 71,89 6,48 56,85
0,00CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTO: 178,25
CÓDIGO B - MÃO-DE-OBRA QUANT SALÁRIO HORA CUSTO HORÁRIOT501 1,00 7,96T701 3,00 11,10
0,00CUSTO HOR MÃO-DE-OBRA: 19,06Adic MO FERRAMENTAS: 0% 0,00CUSTO HOR DE EXECUÇÃO: 197,31CUSTO UNITÁRIO EXECUÇÃO : 1,20
CÓDIGO C - MATERIAL QUANT UNID CUSTO UNITÁRIOM980 1 m3 1,04
0,00CUSTO TOTAL DO MATERIAL 1,04
CUSTO UNITÁRIO DIRETO TOTAL 2,24Lucro e Despesas Indiretas 32,68% 0,73PREÇO UNITÁRIO TOTAL ( R$ ) 2,97
Trator de esteiras - com lâmina (104 kW)Motoniveladora (93 kW)Carregadeira de Pneus - 3,1 m3 (127
Indenização de jazidaPREÇO UNIT
Encarregado de turmaServente
7,963,70
1,04
CUSTOS RODOVIÁRIOSCUSTOS UNITÁRIOS DE SERVIÇOS DATA REF: DNER/RJ - AGO/01
1 A 01 105 01 - Expurgo de jazida (const e restr) PRODUÇÃO EQUIPE: 106 m3CÓDIGO A - EQUIPAMENTO QUANT UTILIZAÇÃO C. OPERACIONAL CUSTO
Operat Improd Operativo Improdutivo HORÁRIOE002 1,00 1,00 0,00 77,65 6,48 77,65
0,00CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTO: 77,65
CÓDIGO B - MÃO-DE-OBRA QUANT SALÁRIO HORA CUSTO HORÁRIOT501 0,30 2,39T701 2,00 7,40
0,00CUSTO HOR MÃO-DE-OBRA: 9,79Adic MO FERRAMENTAS: 0% 0,00CUSTO HOR DE EXECUÇÃO: 87,44CUSTO UNITÁRIO EXECUÇÃO : 0,82
CUSTO UNITÁRIO DIRETO TOTAL 0,82Lucro e Despesas Indiretas 32,68% 0,27PREÇO UNITÁRIO TOTAL ( R$ ) 1,09
Trator de esteiras - com lâmina (104 kW)
Encarregado de turmaServente
7,963,70
189DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 74 – Planilha de composição de custo unitário de Limpeza de camadavegetal em jazida
Fonte: adaptado de DNER (2001)
Figura 75 – Planilha de composição de custo unitário de Desmat. Dest. e limpezade áreas com árvores de diâmetro até 0,15 m
Fonte: adaptado de DNER (2001)
CUSTOS RODOVIÁRIOSCUSTOS UNITÁRIOS DE SERVIÇOS DATA REF: DNER/RJ - AGO/01
1 A 01 100 01 - Limpeza camada vegetal em jazida (const e restr) PRODUÇÃO EQUIPE: 571 M2CÓDIGO A - EQUIPAMENTO QUANT UTILIZAÇÃO C. OPERACIONAL CUSTO
Operat Improd Operativo Improdutivo HORÁRIOE002 1,00 1,00 0,00 77,65 6,48 77,65
0,00CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTO: 77,65
CÓDIGO B - MÃO-DE-OBRA QUANT SALÁRIO HORA CUSTO HORÁRIOT501 0,50 3,98T701 2,00 7,40
0,00CUSTO HOR MÃO-DE-OBRA: 11,38Adic MO FERRAMENTAS: 0% 0,00CUSTO HOR DE EXECUÇÃO: 89,03CUSTO UNITÁRIO EXECUÇÃO : 0,16
CUSTO UNITÁRIO DIRETO TOTAL 0,16Lucro e Despesas Indiretas 32,68% 0,05PREÇO UNITÁRIO TOTAL ( R$ ) 0,21
Trator de esteiras - com lâmina (104 kW)
Encarregado de turmaServente
7,963,70
CUSTOS RODOVIÁRIOSCUSTOS UNITÁRIOS DE SERVIÇOS DATA REF: DNER/RJ - AGO/01
2 S 01 000 00 - Desmat. Dest. Limpeza áreas c/ arv diam até 0,15 m PRODUÇÃO EQUIPE: 1444 m2CÓDIGO A - EQUIPAMENTO QUANT UTILIZAÇÃO C. OPERACIONAL CUSTO
Operat Improd Operativo Improdutivo HORÁRIOE003 1,00 1,00 0,00 147,18 6,48 147,18
0,00CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTO: 147,18
CÓDIGO B - MÃO-DE-OBRA QUANT SALÁRIO HORA CUSTO HORÁRIOT501 0,50 3,98T701 2,00 7,40
0,00CUSTO HOR MÃO-DE-OBRA: 11,38Adic MO FERRAMENTAS: 0% 0,00CUSTO HOR DE EXECUÇÃO: 158,56CUSTO UNITÁRIO EXECUÇÃO : 0,11
CUSTO UNITÁRIO DIRETO TOTAL 0,11Lucro e Despesas Indiretas 32,68% 0,04PREÇO UNITÁRIO TOTAL ( R$ ) 0,15
Trator de esteiras - com lâmina (228kW)
Encarregado de turmaServente
7,963,70
190DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 76 – Planilha de composição de custo unitário de Esc. Carga e Transp.Mat. 1a Cat. DMT 800 a 1000 m c/ Carregadeira
Fonte: adaptado de DNER (2001)
Figura 77 – Planilha de composição de custo unitário de Compactação de aterro a100 % proctor normal
Fonte: adaptado de DNER (2001)
CUSTOS RODOVIÁRIOSCUSTOS UNITÁRIOS DE SERVIÇOS DATA REF: DNER/RJ - AGO/01
2 S 01 100 13 - Esc Carg e Trp mat 1a Cat DMT 800 a 1000m c/ carreg PRODUÇÃO EQUIPE: 214 m3CÓDIGO A - EQUIPAMENTO QUANT UTILIZAÇÃO C. OPERACIONAL CUSTO
Operat Improd Operativo Improdutivo HORÁRIOE003 1,00 0,91 0,09 147,18 6,48 134,51E006 1,00 0,22 0,78 54,17 6,85 17,26E010 1,00 1,00 0,00 71,89 6,48 71,89E432 4,00 0,92 0,08 67,25 5,92 249,36
0,00CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTO: 473,03
CÓDIGO B - MÃO-DE-OBRA QUANT SALÁRIO HORA CUSTO HORÁRIOT501 1,00 7,96T701 3,00 11,10
0,00CUSTO HOR MÃO-DE-OBRA: 19,06Adic MO FERRAMENTAS: 0% 0,00CUSTO HOR DE EXECUÇÃO: 492,09CUSTO UNITÁRIO EXECUÇÃO : 2,30
CUSTO UNITÁRIO DIRETO TOTAL 2,30Lucro e Despesas Indiretas 32,68% 0,75PREÇO UNITÁRIO TOTAL ( R$ ) 3,05
Trator de esteiras - com lâmina (228kW)Motoniveladora (93 kW)Carregadeira de Pneus - 3,1 m3 (127 Caminhão basculante - 20 t (235 kW)
Encarregado de turmaServente
7,963,70
CUSTOS RODOVIÁRIOSCUSTOS UNITÁRIOS DE SERVIÇOS DATA REF: DNER/RJ - AGO/01
2 S 01 511 00 - compactação de aterro a 100 % proctor normal PRODUÇÃO EQUIPE: 168 m3CÓDIGO A - EQUIPAMENTO QUANT UTILIZAÇÃO C. OPERACIONAL CUSTO
Operat Improd Operativo Improdutivo HORÁRIOE006 1,00 0,30 0,70 54,17 6,85 21,05E007 1,00 0,54 0,46 29,19 5,00 18,06E013 1,00 1,00 0,00 50,44 5,00 50,44E101 1,00 0,52 0,48 0,87 0,00 0,45E407 2,00 0,54 0,46 41,87 5,92 50,67
0,00CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTO: 140,67
CÓDIGO B - MÃO-DE-OBRA QUANT SALÁRIO HORA CUSTO HORÁRIOT501 1,00 7,96T701 2,00 7,40
0,00CUSTO HOR MÃO-DE-OBRA: 15,36Adic MO FERRAMENTAS: 0% 0,00CUSTO HOR DE EXECUÇÃO: 156,03CUSTO UNITÁRIO EXECUÇÃO : 0,93
CUSTO UNITÁRIO DIRETO TOTAL 0,93Lucro e Despesas Indiretas 32,68% 0,30PREÇO UNITÁRIO TOTAL ( R$ ) 1,23
Motoniveladora (93 kW)Trator agrícola - 80 a 115 hp (82 kW)Rolo compactador - pé de carneiro autop. Grade de discos - GA 24 x 24Caminhão tanque - 10 000 l (135 kW)
Encarregado de turmaServente
7,963,70
191DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 78 – Planilha de composição de custo unitário de Regularização desubleito
Fonte: adaptado de DNER (2001)
Figura 79 – Planilha de composição de custo unitário de Transporte local de águacom Cam. tanque Rodov. não Pav.
Fonte: adaptado de DNER (2001)
CUSTOS RODOVIÁRIOSCUSTOS UNITÁRIOS DE SERVIÇOS DATA REF: DNER/RJ - AGO/01
2 S 02 110 00 - Regularizaçào de subleito PRODUÇÃO EQUIPE: 841 m2CÓDIGO A - EQUIPAMENTO QUANT UTILIZAÇÃO C. OPERACIONAL CUSTO
Operat Improd Operativo Improdutivo HORÁRIOE006 1,00 0,55 0,45 54,17 6,85 32,87E007 1,00 0,52 0,48 29,19 5,00 17,58E013
1,00 1,00 0,00 50,44 5,00 50,44
E101 1,00 0,52 0,48 0,87 0,00 0,45E105
1,00 0,78 0,22 42,55 5,00 34,29
E407 1,00 0,98 0,02 41,87 5,92 41,150,00
CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTO: 176,78CÓDIGO B - MÃO-DE-OBRA QUANT SALÁRIO HORA CUSTO HORÁRIO
T511 1,00 12,96T701 3,00 11,10
0,00CUSTO HOR MÃO-DE-OBRA: 24,06Adic MO FERRAMENTAS: 0% 0,00CUSTO HOR DE EXECUÇÃO: 200,84CUSTO UNITÁRIO EXECUÇÃO : 0,24
CUSTO UNITÁRIO DIRETO TOTAL 0,24Lucro e Despesas Indiretas 32,68% 0,08PREÇO UNITÁRIO TOTAL ( R$ ) 0,32
Rolo compactador - de pneus autoprop. 21 t (97 kW)Caminhão tanque - 10 000 l (135 kW)
Trator agrícola - 80 a 115 hp (82 kW)Rolo compactador - pé de carneiro autop. 11,25t vibrat (85 kW)Grade de discos - GA 24 x 24
Motoniveladora (93 kW)
Encarregado de pavimentaçãoServente
12,963,70
CUSTOS RODOVIÁRIOSCUSTOS UNITÁRIOS DE SERVIÇOS DATA REF: DNER/RJ - AGO/01
1 A 00 201 70 - Transp. local água c/ cam. tanque rodov. não pav. PRODUÇÃO EQUIPE: 146 t/kmCÓDIGO A - EQUIPAMENTO QUANT UTILIZAÇÃO C. OPERACIONAL CUSTO
Operat Improd Operativo Improdutivo HORÁRIOE421 1,00 1,00 0,00 42,06 5,92 42,06
0,00CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTO: 42,06
CÓDIGO B - MÃO-DE-OBRA QUANT SALÁRIO HORA CUSTO HORÁRIOT701 1,00 3,70
0,000,00
CUSTO HOR MÃO-DE-OBRA: 3,70Adic MO FERRAMENTAS: 0% 0,00CUSTO HOR DE EXECUÇÃO: 45,76CUSTO UNITÁRIO EXECUÇÃO : 0,31
CUSTO UNITÁRIO DIRETO TOTAL 0,31Lucro e Despesas Indiretas 32,68% 0,10PREÇO UNITÁRIO TOTAL ( R$ ) 0,42
Caminhão tanque - 13 000 l (135 kW)
3,70Servente
192DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
Figura 80 – Planilha de composição de custo unitário de Base e sub-base de soloestabilizado granulometricamente sem mistura
Fonte: adaptado de DNER (2001)
Figura 81 – Planilha de composição de custo unitário de Transporte local comCam. Basc. 10 m3 em Rodov. não Pavim.
Fonte: adaptado de DNER (2001)
CUSTOS RODOVIÁRIOSCUSTOS UNITÁRIOS DE SERVIÇOS DATA REF: DNER/RJ - AGO/01
2 S 02 200 01 - Base solo estabilizado granul. s/ mistura2 S 02 200 00 - Sub base solo estabilizado granul. S/ mistura PRODUÇÃO EQUIPE: 168 m3
CÓDIGO A - EQUIPAMENTO QUANT UTILIZAÇÃO C. OPERACIONAL CUSTOOperat Improd Operativo Improdutivo HORÁRIO
E006 1,00 0,78 0,22 54,17 6,85 43,76E007 1,00 0,52 0,48 29,19 5,00 17,58
E0131,00 1,00 0,00 50,44 5,00 50,44
E101 1,00 0,52 0,48 0,87 0,00 0,45
E1051,00 0,78 0,22 42,55 5,00 34,29
E404 1,49 1,00 0,00 45,01 5,92 67,07E407 1,08 1,00 0,00 41,87 5,92 45,22
0,00CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTO: 258,80
CÓDIGO B - MÃO-DE-OBRA QUANT SALÁRIO HORA CUSTO HORÁRIOT511 1,00 12,96T701 3,00 11,10
0,00CUSTO HOR MÃO-DE-OBRA: 24,06Adic MO FERRAMENTAS: 0% 0,00CUSTO HOR DE EXECUÇÃO: 282,86CUSTO UNITÁRIO EXECUÇÃO : 1,68
CÓDIGO D - OUTRAS ATIVIDADES QUANT UNID CUSTO UNITÁRIO
0,7 M2 0,110,2 M3 0,16
1,15 M3 2,57CUSTO TOTAL DAS ATIVIDADES 2,85
CÓDIGO F - TRANSPORTE(outras atividades) CUSTO UNITÁRIO
CUSTO UNITÁRIO DIRETO TOTAL 4,53Lucro e Despesas Indiretas 32,68% 1,48PREÇO UNITÁRIO TOTAL ( R$ ) 6,01
1 A 01 100 01 - Limpeza camada vegetal em jazida (const e restr)1 A 01 105 01 - Expurgo de jazida (const e restr)1 A 01 120 01 - Esc e Carg de Mat de jazida (const e restr)
1 A 01 120 01 - Esc e Carg de Mat de jazida (const e restr)
Motoniveladora (93 kW)Trator agrícola - 80 a 115 hp (82 kW)Rolo compactador - pé de carneiro autop. 11,25t vibrat (85 kW)Grade de discos - GA 24 x 24Rolo compactador - de pneus autoprop. 21 t (97 kW)Caminhão basculante - 10 m3 (135 kW)Caminhão tanque - 10 000 l (135 kW)
1,84
Toneladas / unidade do serviço
0,82
2,24
PREÇO UNIT
0,16
Encarregado de pavimentaçãoServente
12,963,70
CUSTOS RODOVIÁRIOSCUSTOS UNITÁRIOS DE SERVIÇOS DATA REF: DNER/RJ - AGO/01
2 S 09 001 05 - Transp local c/ cam. basc . 10 m3 rodov não pavim(constr) PRODUÇÃO EQUIPE: 197 t/kmCÓDIGO A - EQUIPAMENTO QUANT UTILIZAÇÃO C. OPERACIONAL CUSTO
Operat Improd Operativo Improdutivo HORÁRIOE404 1,00 1,00 0,00 45,01 5,92 45,01
0,00CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTO: 45,01
Adic MO FERRAMENTAS: 0% 0,00CUSTO HOR DE EXECUÇÃO: 45,01CUSTO UNITÁRIO EXECUÇÃO : 0,23
CUSTO UNITÁRIO DIRETO TOTAL 0,23Lucro e Despesas Indiretas 32,68% 0,07PREÇO UNITÁRIO TOTAL ( R$ ) 0,30
Caminhão basculante - 10 m3 (135 kW)
DISSERTAÇÃO "GERENCIAMENTO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA: Metodologia para Apropriação deCustos de Equipamentos e Viaturas " AUTOR: Franicsco das Chagas Figueiredo - UFF - Niterói/Dez 2001
690F475 Figueiredo, Francisco das Chagas2001 Gerenciamento de obras de construção pesada : metodologia
para apropriação de custos de equipamentos e viaturas /Francisco das Chagas Figueiredo. – Niterói : UFF/CTC, 2001.
192 f.
Dissertação (Mestrado) – Engenharia Civil, UniversidadeFederal Fluminense, 2001.
1. Construção pesada - Gerenciamento. 2. Equipamentos -Custos. 3. Viaturas – Custos. 4. Obras – Gerenciamento.
5. Construção civil - Custos. 6. Custos – Apropriação. I.Título.