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NP 12/2005Natália Pina
NP 12/2005
Fundação Calouste Gulbenkian
Instituição Portuguesa particular de utilidade publica;
Criada em 1956 pela vontade do milionário Calouste Gulbenkian
Sedeada em Lisboa;
A sede foi em Portugal por causa da estabilidade politica do pais e a baixa carga fiscal aplicada a instituições e cidadãos ;
A 8 de Julho de 1956 foram aprovados os seus estatutos (DLnº40 690) redacção a cargo de Salazar, Marcelo Caetano e Azevedo Perdigão;
Fins caritativos, artísticos, científicos e educativos exercidos em Portugal e em qualquer outro país que os administradores julguem conveniente.
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Bibliotecas Itinerantes
Onde e Como surgiram?
Em Cascais
Quando Branquinho da Fonseca pôs em pratica a primeira experiência realizada em Portugal no domínio das Bibliotecas Itinerantes:
Adaptou uma carrinha do museu onde trabalhava;
Durante alguns anos através do regime de empréstimo domiciliário permitiu o passe do livro a grande parte da população do concelho de Cascais.
Branquinho da Fonseca foi convidado pelo Doutor José de Azevedo para organizar e dirigir o serviço de Bibliotecas Itinerantes na FCG;
Tornando possível o seu desejo de realizar á escala nacional o que fez em Cascais.
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“Um facho vivo de luz percorrendo as estradas de Portugal “
Primeiras Bibliotecas Itinerantes em Portugal, 1960
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Oferta Bibliográfica
O primeiro catálogo das bibliotecas da FCG foi publicamente divulgado em finais de 1960 através do Boletim informativo;
Continha 16 74 registos com títulos distintos;
Já tinha todas as classes da CDU.
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1º Boletim Informativo
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A procura de um livro no Boletim Informativo
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Exemplo do catálogo existente
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Os fundos básicos eram elaborados por especialistas;
O fundo inicial das Bibliotecas Itinerantes foi elaborado tendo os objectivos estipulados:
A população
As faixas etárias – crianças , adolescentes e adultos
Por grandes áreas disciplinares dando muita atenção á literatura
Contemplando todas as áreas da CDU garantindo-se um espaço relevante para as varias ciências : sociais , puras e aplicadas e também a textos informativos os quais se foram reforçando ao longo dos tempos.
Critérios de selecção
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Oferta Bibliográfica
Nº Nome da classe Nºde
titulos (1960)
%(1960)
Nº de volumes (1961)
%(1961)
Nºde titulos (1988)
%(1988)
4 Filosofia 10 0,60 843 0,29
8 Literatura (sem A e C) 478 28,55 74.049 22,75 <697 <36,86
A Literatura para adolesc. >56 >3,35 68.430 21,02 68 3,60
AD Obras de informação para adolesc 2.938 0,90 29 1,53
C Literatura para crianças <522 <31,18 138.443 42,53 98 5,18
CD Obras de informação para crianças 1.300 0,40 41 2,17
Manuais escolares só em 1988 137 7,24
0 Generalidades 22 1,31 927 0,29 69 3,65
1 Filosofia (tb psicologia em 1988) 55 3,29 5.623 1,73 72 3,81
2 Religião 12 0,72 2.152 0,66 18 0,95
3 Ciências sociais 30 1,79 2.562 0,79 193 10,21
5 Ciências puras 63 3,76 2.646 0,81 43 2,27
6 Ciências aplicadas 216 12,9 5.040 1,55 161 8,51
7 Belas artes; desporto 62 3,7 2.528 0,78 100 5,23
8 Literatura incluindo (A e C) e filosofia 1.066 63,7 281.765 86,56 863 45,64
9 Biografia; geografia historia 148 8,84 18.032 5,54 165 8,73
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Realizada por um grupo de especialistas maioritariamente exteriores á FCG- Comissão de Leitura ;
Até 1974 esta comissão teve que lidar com a censura oficial ao livro;
Em 1974 a comissão é extinta e substituída pela CD- SBI;
No inicio de 76 o Colégio Directivo propõe a escolha das obras para as bibliotecas do SBI, pelos serviços do Instituto Gulbenkian de Ciência;
Até finais dos anos 80 a Comissão foi formada por intelectuais e sobretudo por escritores;
Critérios de Avaliação dos livros
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A composição da comissão pós –revolução tinha como diferença a não inclusão de membros do próprio serviço, incluindo um elemento do clero;
A comissão de leitura não se limitava a escolher livros também orientava a leitura;
A sinalética;
A orientação da leitura.
Critérios de Avaliação do livro
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Aqueles que não tinham acesso á divulgação da cultura letrada;
As crianças e adolescentes.
Perfil do Leitor
Publico alvo:
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Obras mais Lidas
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Profissões dos Utilizadores
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Obedeceu a:Compromissos entre o ideal e o possível.
Dirigiu-se a quem?
A um publico jovem e estudantil, apesar das intenções originais serem para uma educação popular pós escola para os adultos.
O catálogo resultou:De um equilíbrio entre as propostas bibliográficas das bibliotecas estatais, a selecção da FCG, os cortes na oferta e os cortes da censura politico social.
Mesmo assim o acervo bibliográfico era inovador, humanista e plural.
Leitura Oferecida
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Devido ao atraso politico do país:
Apostou-se na criação de uma rede móvel para que levassem o livro a populações isoladas que de outro modo não teriam contacto,
Pela primeira vez os leitores podiam usufruir ao livre acesso às estantes e do empréstimo domiciliário;
A oferta da FCG evoluiu ao longo do tempo,
A ruptura entre a ditadura e a democracia permitiu libertar a leitura para novos títulos temáticos.
Conclusão
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“Quando o homem não procura o livro, ou porque não tem condições para o comprar, ou porque habita longe dos centros populacionais onde mais facilmente o poderia adquirir, o livro tem de procurar e interessar o homem para o servir, quer instruindo-o, quer recreando-o”
José de Azevedo Perdigão [1958]
Natália Pina