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"E Jônatas e Davi
fizeram aliança; porque
Jônatas o amava como
à sua própria alma."
(1Sm 18.3)
O cristão deve ser
exemplo de lealdade a
Deus, a seus familiares e
a todos os que estão ao
seu redor.
Terça - Pv 17.17
Na angústia nasce o irmão
Segunda - Dt 3.22
Deus peleja pelo seu povo
Quarta - Pv 18.24
Amigo mais chegado que um irmão
Quinta - Pv 27.10
Um amigo não abandona o outro
Sexta - Jo 11.11
Um amigo de Jesus
Sábado - 1Sm 26.23
O Senhor paga a lealdade
1 Samuel 18
3 E Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas
o amava como à sua própria alma.
4 E Jônatas se despojou da capa que trazia sobre si,
e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a
sua espada, e o seu arco, e o seu cinto.
1Samuel 19
1 E FALOU Saul a Jônatas, seu filho, e a todos os
seus servos, para que matassem a Davi. Porém
Jônatas, filho de Saul, estava mui afeiçoado a Davi.
2 E Jônatas o anunciou a Davi, dizendo: Meu pai,
Saul, procura matar-te, pelo que agora guarda-te
pela manhã, e fica-te em oculto, e esconde-te.
1Samuel 20
8 Usa, pois, de misericórdia com o teu servo,
porque o fizeste entrar contigo em aliança do
SENHOR; se, porém, há em mim crime, mata-me
tu mesmo; por que me levarias a teu pai?
16 Assim fez Jônatas aliança com a casa de Davi,
dizendo: O SENHOR o requeira da mão dos
inimigos de Davi.
17 E Jônatas fez jurar a Davi de novo, porquanto o
amava; porque o amava com todo o amor da sua
alma.
31 Porque todos os dias que o filho de Jessé viver
sobre a terra nem tu estarás seguro, nem o teu
reino; pelo que envia, e traze-mo nesta hora;
porque é digno de morte.
32 Então respondeu Jônatas a Saul, seu pai, e lhe
disse: Por que há de morrer? Que tem feito?
I. Apresentar as circunstâncias que uniram
Jônatas a Davi;
II. Mostrar que a amizade de Jônatas e Davi foi
aprovada por Deus;
III. Refletir a respeito das lições do caráter de
Jônatas.
Mostrar que o cristão deve ser exemplo de
lealdade a Deus, aos familiares e amigos.
Precisamos ser leal a
Deus e aos amigos.
Estudaremos a respeito da amizade e
lealdade de Jônatas e Davi Esse é um assunto
bem relevante, pois vivemos tempos difíceis onde
os interesses pessoais foram colocados acima das
amizades. Então, para refletir com profundidade
e tornar a aula mais participativa, inicie a lição
pedindo que os alunos citem algumas qualidades
do caráter de Jônatas e Davi. À medida que eles
forem citando, vá relacionando as qualidades no
quadro. Depois de ouvir com atenção os alunos,
explique que as características do caráter de
Jônatas e Davi revelam que eles eram homens
cujo caráter foi forjado por Deus. Eles tinham
consciência de suas limitações, eram prudentes e
amavam a Deus acima de todas as coisas.
Ressalte o fato de que os amigos são presentes do
Pai, por isso, merecem a nossa lealdade. Sem
lealdade não pode haver amizade, é o que nos
ensina a história de Jônatas e Davi.
Jônatas entrou para a história à sombra do
pai, mas pouca coisa herdou de seu genitor.
Demonstrou ser um guerreiro cheio de coragem e
determinação. E, aliada à sua coragem, está a sua
humildade, sua fé e obediência ao Senhor, virtudes
indispensáveis a um homem de Deus. Sua amizade
por Davi nasceu de forma inesperada, quando
assistiu, de perto, a vitória do jovem pastor de
ovelhas sobre o imbatível gigante Golias, o
campeão dos filisteus, que desafiava os exércitos
israelitas, e afrontava o nome do Senhor.
Desde o início da amizade entre estes dois vultos da história israelita, vemos a
diferença do caráter de Jônatas e do seu pai. Se Jônatas tivesse herdado o caráter do pai, ele
teria odiado Davi, já que este estaria tomando o reino do próprio príncipe. Saul se
preocupou com essa ameaça aparente e lançou uma campanha para matar Davi e segurar o
trono para Jônatas. Ele disse para seu filho, Jônatas: “Pois, enquanto o filho de Jessé viver
sobre a terra, nem tu estarás seguro, nem seguro o teu reino; pelo que manda buscá-lo,
agora, porque deve morrer” (1Sm 20.31). Jônatas recusou ajudar assassinar Davi, o que o
colocou como alvo da fúria de Saul. Aqui começamos a compreender o Provérbio que diz:
“...há amigo mais chegado do que um irmão” (Pv 18.24). Dessa amizade e fidelidade, Jônatas
não ceifou benefícios imediatos. Pessoas egoístas que só investem nas amizades que oferecem
retorno não sabem amar como Jônatas amou, e acabam decepcionando aqueles que se
relacionam com elas. Esta amizade rendeu um lugar importante na história e amparou seu
filho: “Disse Davi: Resta ainda, porventura, alguém da casa de Saul, para que use eu de
bondade para com ele, por amor de Jônatas?” (2Sm 9.1), Mefibosete, recebeu de Davi um
lugar na mesa do rei,
e o filho de Jônatas passou a ser sustentado como se fosse membro da família real.
Era o filho mais velho do rei Saul. Seu nome
significa "dado por Deus" ou "presente de Deus".
Ele tinha todas as condições para ser o substituto do
pai. Era valente e hábil no combate. Sua bravura já
fora provada, quando, em Micmás, derrotou toda
uma guarnição dos filisteus, contando apenas com a
ajuda de seu fiel escudeiro, colocando sua fé em ação
(1Sm 14.1-14). Entretanto, por direção de Deus, os
rumos da história de Saul e de Jônatas foram
mudados completamente. E isso ocorreu de forma
surpreendente.
Certamente Jônatas, herdeiro natural da coroa caso a dinastia de Saul
tivesse se consolidado, teria sido um grande rei para Israel, mas sua trajetória ao
trono foi interrompida pelo pecado de seu pai. O “presente de Deus” fez jus ao
significado de seu nome. Quando Saul assumiu o trono de Israel, Jônatas tinha
trinta anos e logo se destacou à frente do exército, embora não fosse o comandante
do exército de seu pai que era Abner, primo do rei Saul. Ele foi um guerreiro
valente, de grande força física e habilidade com o arco e a funda, uma espécie de
estilingue. Como nos conta o relato bíblico, certa vez Jônatas, levando apenas seu
pajem de armas e sem que seu pai soubesse, foi até a guarnição dos filisteus e
matou cerca de vinte homens. Jônatas os derrubava e o pajem, que vinha atrás
dele com as armas, ia matando, um a um, ao fio da espada.
Israel estava no campo de batalha contra
os filisteus, num monte, "no vale do carvalho", e
os filisteus estavam do lado oposto do vale,
também sobre um monte (1Sm 17.1-3). Um
gigante filisteu, de nome Golias, campeão de seu
povo, desafiava os exércitos de Israel, mas
ninguém tinha coragem de enfrentar o inimigo. O
clima de medo prenunciava a provável derrota de
Israel (1Sm 17.10,11).
Golias ( לית (ג natural de Gate (1Sm 17.4), é descrito como um homem medindo
cerca de 2,90m. Em 1º Crônicas 20.5, ficamos sabendo que este tinha um irmão chamado
Lami, morto em outra batalha por El-Hanã: “E tornou a haver guerra com os filisteus; e El-
Hanã, filho de Jair, feriu a Lami, irmão de Golias, o giteu, cuja haste da lança era como
órgão de tecelão”. (1Cr 20:5 ACF). Quando lemos 2º Samuel 21.15-22 e 1º Crônicas 20.1-8,
aprendemos que Golias teve ao todo quatro irmãos: Isbi-Benobe, Safe, Lami, e um "Homem
de alta estatura". Todos estes eram gigantes e filhos do Gigante Rapha em Gate. No site
SolaScriptura temos a seguinte descrição: “Então saiu do arraial dos filisteus um homem
guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo.”
(1Sm 17.4 ACF). O cúbito tinha entre 45 e 50 cm, tomemos a média desses valores, 47 cm.
Um palmo como o meu tem 25cm. Portanto, Golias tinha cerca de 6 vezes 47 cm, mais 25
cm, igual a 3,07 metros, um gigante sem similar nos dias de hoje! Mesmo sendo somente
musculoso mas não gordo, e sendo de proporções normais e não longelíneas e finas como as
dos jogadores de basquete de hoje, Golias deveria pesar 400 kg de fortes músculos, ossos, e
tendões. Um verdadeiro gigante. Humanamente falando, ninguém teria coragem de
enfrentá-lo, ninguém teria a menor chance contra ele.
Jessé enviou Davi ao local da batalha para
entregar víveres para seus irmãos e para o chefe
do exército (1Sm 17.12-21). Contrariando seus
irmãos e o próprio rei, Davi se dispôs a enfrentar
o filisteu. Com permissão do rei, e confiando em
Deus, Davi foi ao encontro de Golias, com apenas
uma funda e cinco pedras do ribeiro (1Sm 17.40-
47). E com uma única pedra derrubou o gigante,
e o matou com a espada deste (1Sm 17.48-58).
Uma vitória de desfecho surpreendente. Um
gigante vencido por um jovem pastor de ovelhas.
Um exército inteiro posto em fuga após um
combate inusitado e desigual. Assistindo ao duelo
estava Jônatas, o filho de Saul, que ficou
profundamente tocado pela vitória de Davi sobre
Golias.
Assim que Davi matou o gigante filisteu Golias, o texto relata que a alma
de Jônatas se apegou a Davi, veja: “E sucedeu que, acabando ele de falar com
Saul, a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou, como à
sua própria alma.” (1 Samuel 18:1). Foi uma grande amizade feita nos céus e
havia um fim proveitoso, como em tudo o que Deus faz que, neste caso, foi salvar a
vida de Davi
"A profunda amizade entre Jônatas e Davi é surpreendente por
uma série de razões. Primeiro, Deus escolheu Davi e não
Jônatas (filho de Saul e príncipe de Israel) para ser o segundo
rei de Israel. Segundo, o pai de Jônatas, Saul, sentia intenso
ciúme de Davi e tentou repetidamente matá-lo. Terceiro, Davi
era um indivíduo multitalentoso, muito popular com as massas
do que Saul ou Jônatas.
Jônatas e Davi deviam ter sido pelo menos cautelosos um para
com o outro, senão inimigos declarados. Contudo, eles foram
capazes de superar esses obstáculos em potencial e construir
uma amizade exemplar. Talvez a qualidade excepcional de sua
amizade fosse a lealdade. Aquela lealdade estava fundamentada
numa profunda devoção a Deus. Esse maior compromisso foi o
que capacitou a amizade deles e não apenas sobreviver, mas
crescer em tempos de confusão e conflito.
Você é um amigo para todas as horas? Você foge de
relacionamentos quando as dificuldades surgem? Se seus
relacionamentos humanos são fracos, examine a profundidade
de sua lealdade a Deus. Você pode se surpreender com o que vai
descobrir" (365 Mensagens Inspiradas em Personagens da
Bíblia.12. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 103).
A amizade de Davi e Jônatas"Esta amizade é uma das mais profundas e legítimas na Bíblia.
(1) Eles basearam este pacto no compromisso para com Deus,
não apenas para com o outro.
(2) Não permitiram que qualquer coisa se colocasse entre eles,
nem mesmo o interesse próprio ou os problemas familiares.
(3) Aproximaram-se ainda mais quando a amizade foi testada.
(4) Permaneceram amigos até o fim. Jônatas o primogénito do
rei, mais tarde predisse que Davi, e não ele, seria o próximo
monarca. Mas isso não enfraqueceu sua estima pelo amigo.
Jônatas preferia a amizade de Davi ao trono de Israel. Para
conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal,
CPAD, p. 394.
O povo de Israel jubilou diante da
tremenda vitória. Saul ficou estupefato, e
mandou o chefe do exército, Abner, chamar Davi,
que levou como troféu da batalha inusitada a
cabeça do filisteu (1Sm 17.54). Porém Jônatas,
filho de Saul, foi quem mais foi tocado em suas
emoções e sentimentos em relação ao jovem
pastor, que derrotou o gigante com o uso de uma
simples funda e um tiro de pedra. De imediato,
aquela admiração despertou em Jônatas um
sentimento de amizade e de amor fraternal por
Davi. Deus tem seus caminhos, e, quando Ele
quer, cria circunstâncias ou muda circunstâncias
segundo seus propósitos amorosos e soberanos.
“Então Jônatas fez um pacto com Davi, porque o amava como à sua própria vida.
E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e
até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu cinto” (1Sm 18.3,4). A troca de túnica ou Capa
significa que tua vida se torna minha vida e que minha vida se torna tua vida. A troca de
cinto (ou de armadura, ou de armas) significa proteção, quem luta contra mim luta contra ti
e quem luta contra ti, luta contra mim. Por isso Davi ajudou o filho de Jônatas depois da
morte deste. A aliança deve ser mantida eternamente, não pode ser quebrada. Davi era
homem de Aliança. Davi colocou o filho de Jônatas para comer em sua mesa e devolveu a
Mefibosete as terras de seu pai Jônatas, para cumprir a aliança feita (2Sm 9.6-9). O rei Saul
buscou incansavelmente matar Davi, escolhido por Deus como seu sucessor. Jônatas, da
mesma forma, poderia ter olhado para Davi com inveja ou ódio, pois se Deus não tivesse
nomeado Davi, o próprio Jônatas seria rei depois da morte de Saul. No entanto, não mostrou
o mesmo sentimento do pai, manteve-se fiel à aliança feita com Davi. Quando Saul tentou
matar Davi, Jônatas protegeu seu amigo (1Sm 20). Davi lamentou amargamente a morte
desse amigo tão especial (2Sm 1.17-27). Mesmo após a morte de Jônatas, Davi buscou
exercer benignidade para com o filho aleijado de seu amigo, Mefibosete (2Sm 9), em
cumprimento da aliança firmada por eles.
A Bíblia registra com expressão tocante os
sentimentos de Jônatas por Davi. Diz o texto
bíblico: "E Sucedeu que, acabando ele de falar
com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a alma
de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria
alma" e fizeram uma aliança diante de Deus
(1Sm 18.1, 3,4). O texto registra expressões que
significam que Jônatas não só admirou
grandemente a coragem e a audácia de Davi,
como sentiu no seu íntimo que deveria nutrir por
ele profunda amizade fraternal.
Este capítulo todo tem sido interpretado erroneamente por parte de
alguns para tentar justificar praticas abomináveis, muitos interpretaram o amor
entre Davi e Jônatas como um tipo de homossexualismo, porem se lermos toda a
história narrada no livro de 1º Samuel vemos que o sentimento que é demonstrado
ali é de uma amizade verdadeira e um amor puro fraternal o amor Ágape. Cada
um encontrou no outro a afeição que não tinham em sua própria família. Ligou é
a mesma palavra hebraica usada em Gn 44.30 para expressar o amor de Jacó
para com Benjamim. Raras naturezas, como a de Jônatas, poucas vezes atingem
lugares de destaque, e o registro de suas vidas são muito poucos. Mas conforme
passam pelo mundo, fortalecem a fé do homem na humanidade, e deixam atrás de
si uma fragrância que perdura.
Grupos homossexuais procuram distorcer o
sentido desse texto quando a Bíblia diz que
Jônatas fez aliança com Davi, porque "o amava
como à sua própria alma" e entregou a Davi suas
vestes e equipamentos de combate (1Sm 18.3, 4).
Eles o fazem de forma desonesta e tendenciosa,
afirmando que Jônatas sentiu atração sexual por
Davi, e que ambos deram início a uma relação
homoafetiva. Nada mais incoerente com a
verdade bíblica. Jônatas era casado e pai de um
filho, cujo nome era Mefibo-sete (2 Sm 4.4).
Em nenhum texto da Bíblia se diz que Jônatas
desobedeceu a Deus e a sua Lei. Ele sabia que, se
fosse homossexual, estaria cometendo
"abominação ao Senhor" (Lv 18.22. 20.13). Na
verdade, aquela amizade calorosa foi inspirada
por Deus, pois Jônatas haveria de ser, tempos
depois, o amigo que iria livrar Davi da sanha
ciumenta e sanguinária de Saul. Eles fizeram
aliança espiritual, e não uma parceria
abominável aos olhos do Senhor (1Sm 18.3).
Somente a má fé de quem usa a Palavra de Deus
para justificar seus pecados pode afirmar
tamanha incoerência e disparate.
Se realizarmos uma busca na internet pelo tema ‘Jônatas e Davi’
ficaremos enojados com tantas sandices afirmando que o amor entre estas duas
personagens bíblicas era homossexual. Sendo o pecado da homossexualidade
claramente condenado pela Lei (Lv 20.13; 18.22), caso Davi e Jônatas realmente
tivessem fossem homossexuais, teriam seu pecado condenado, conforme estipulava
a Lei, ainda mais considerando a natureza publica desse “amor homossexual”
retratado nos textos bíblicos acima. Vemos claramente essa realidade quando Davi
foi punido por ter cometido adultério – que também era proibido pela Lei – e
tentou manter isso oculto, mas foi desmascarado pelo profeta Natã (2 Sm 12.1-12)
e recebeu a punição de Deus pelo seu erro. Assim fica claro que os textos não
apontam para uma relação homossexual “apoiada” por Deus. Um outro
argumento muito forte dos homossexuais está ligado ao texto onde Davi diz:
“Excepcional era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres.” (2 Samuel
1.26). Essa expressão “ultrapassando o amor de mulheres”, segundo os
homossexuais, seria um indício de que havia ali uma relação homossexual. A
minha pergunta é: Desde quando a relação homossexual ultrapassa o amor de
Smulheres? Onde está esse parâmetro? Quem o determinou? Fica claro
que taxar essa declaração de Davi como sendo um indicio de homossexualidade é
um grave erro de interpretação! Uma breve olhada no contexto mostra que Davi
presta uma homenagem póstuma a Jônatas, que acabara de morrer. Davi destaca
a lealdade e compromisso de Jônatas para com Ele. Tal compromisso de Jônatas,
para Davi, não era comparável nem ao amor de um relacionamento amoroso
entre homem e mulher. É evidente que Davi não teve a intenção de colocar o amor
de amigos como sendo superior ao amor conjugal hetero, mas o de destacar a
impressionante abnegação de Jônatas para com ele, o que fez com que a amizade
deles fosse especial, forte e única. Quando Jônatas ofereceu seus trajes
monárquicos a Davi, estava a oferecendo também a sua aceitação e submissão sob
aquele a quem Deus havia escolhido para reinar sobre Israel. Contraiu com este
uma aliança no Senhor, aliança que só poderia ser quebrada com a morte. O
índice de temas da Bíblia de Referência Thompsom, ALMEIDA (2002, p.1260)
descreve as características de Jônatas em três frases: “fé heroica, (1Sm 14:06);
valor intrépido, (1Sm 14-7-13) e amizade abnegada, (1Sm 18:04; 19:2)”.
Jônatas
O filho de Saul é uma das personalidades mais admiráveis do
Antigo Testamento. Ao descobrir que Davi estava destinado a
suceder seu pai no trono, Jônatas, corajosamente, defende Davi
como um leal servidor do rei. Quando forçado a tomar posição,
Jônatas novamente escolhe apoiá-lo, e enfrenta a fúria de seu
pai para salvar a vida do amigo. Quando nos lembramos que
Jônatas sucederia naturalmente a Saul como rei de Israel, sua
amizade por Davi torna-se particularmente comovente. O Antigo
Testamento não tem exemplo mais belo de amizade. A história de
como Davi correspondeu à amizade de Jônatas é encontrada em
2 Samuel 9" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Génesis a
Apocalipse capitulo por capitulo. 9.ed. Rio de Janeiro: CPAD, p. 192).
Saul era um homem inseguro e ciumento.
Jônatas não herdou nem desenvolveu esse traço da
personalidade do pai. Era corajoso. Em Micmás, ele
lutou contra a guarnição dos filisteus, com seu pajem
de armas, e os derrotou, confiando em Deus.
Revelou-se um comandante de tropas, um herói e um
homem de fé (1Sm 14.6). Mas sua coragem não era
apenas física e emocional. Ele tinha a grandeza
espiritual que lhe dava confiança, diante das
adversidades (1Sm 14.1-4). Ele revelou firmeza
diante dos inimigos, e lealdade diante dos amigos.
Em Micmás, a liderança fraca de Saul quase põe tudo a perder. No
entanto, a fidelidade e o compromisso com Deus de seu filho Jônatas, leva a vitória
a Israel, mesmo diante de uma situação impossível de ser vencida! Jônatas não
levou em conta a superioridade numérica do inimigo, pois sabia que o Senhor
estava ao seu lado. A coragem do anônimo pajem de Jônatas deve ser destacada,
também. Ele respondeu: “Faze tudo o que tiveres em mente; eu irei contigo”
(1Sm.14.7). Quando Saul chegou, não precisou lutar. Deus não traria vitória
através de Saul. Deus suscitou um exército do próprio exército inimigo! Um
exército que eles não sabiam que tinham!
Sua coragem moral fê-lo não ter medo de perder a
posição, como herdeiro do trono para Davi. Soube
reconhecer que seu amigo tinha a direção de Deus, e as
condições humanas para substituir Saul no cargo de
monarca de Israel (1Sm 16.1,12,13). Um exemplo para os
dias presentes. Há muitos, em igrejas evangélicas, que
brigam por cargos e posições, agindo, muitas vezes, com
métodos carnais, seguindo o exemplo dos ímpios. São
obreiros carnais, dominados por "torpe ganância" (1Tm
3.3). A humildade é qualidade que só possuem os que têm
grandeza de alma. E Deus se agrada dos humildes
(1Pe 5.6).
A Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (CPAD) traz a seguinte nota: “Esta
amizade é uma das mais profundas e legítimas na Bíblia. (1) Eles basearam este
pacto no compromisso para com Deus, não apenas para com o outro. (2) Não
permitiram que qualquer coisa se colocasse entre eles, nem mesmo o interesse
próprio ou os problemas familiares. (3) Aproximaram-se ainda mais quando a
amizade foi testada. (4) Permaneceram amigos até o fim. Jônatas o primogênito
do rei, mais tarde predisse que Davi, e não ele, seria o próximo monarca. Mas isso
não enfraqueceu sua estima pelo amigo. Jônatas preferia a amizade de Davi ao
trono de Israel.
Em todas as ocasiões, depois que se tornou amigo
de Davi, Jônatas demonstrou sua lealdade. Poderia ter
ficado ao lado do seu pai, mas não cedeu aos caprichos de
Saul, quando este, injustamente, quis eliminar a vida de
Davi. Quando soube do plano de Saul para matar Davi,
Jônatas procurou o amigo e lhe advertiu do perigo de
morte (1Sm 19.1-3; 20.11-17,32,33). Jônatas teve um
último encontro com Davi, onde mais uma vez selaram o
pacto de lealdade diante de Deus (1Sm 20.41-43). Até o
dia da sua morte, Saul continuou perseguindo Davi.
Jônatas também veio a morrer em Gilboa ao lado de seu
pai (1 Sm 31.8).
A profunda amizade entre Jônatas e Davi é surpreendente por uma série
de razões. Primeiro, Deus escolheu Davi e não Jônatas (filho de Saul e príncipe de
Israel) para ser o segundo rei de Israel. Segundo, o pai de Jônatas, Saul, sentia
intenso ciúme de Davi e tentou repetidamente matá-lo. Terceiro, Davi era um
indivíduo multitalentoso, muito popular com as massas do que Saul ou Jônatas.
Jônatas e Davi deviam ter sido pelo menos cautelosos um para com o outro, senão
inimigos declarados. Contudo, eles foram capazes de superar esses obstáculos em
potencial e construir uma amizade exemplar. Talvez a qualidade excepcional de
sua amizade fosse a lealdade. Aquela lealdade estava fundamentada numa
profunda devoção a Deus. Esse maior compromisso foi o que capacitou a amizade
deles e não apenas sobreviver, mas crescer em tempos de confusão e conflito. Você
é um amigo para todas as horas? Você foge de relacionamentos quando as
dificuldades surgem? Se seus relacionamentos humanos são fracos, examine a
profundidade de sua lealdade a Deus. Você pode se surpreender com o que vai
descobrir"
Deus não está sujeito às leis nem aos costumes dos
povos. Ele estabelece sua vontade diretiva de forma
implacável, contrariando todas as expectativas e
previsões históricas ou políticas. Assim, em meio a um
grave desafio contra o povo de Israel, levantou o
jovem Davi para derrotar o gigante filisteu. Assistindo
a extraordinária vitória, Jônatas sentiu profunda
admiração pelo jovem pastor de Belém, e
compreendeu que ele seria o escolhido por Deus. Em
lugar de inveja ou ciúme, Jônatas tornou-se o maior e
mais leal amigo de Davi.
1 - Que significa o nome Jônatas?
"Dado por Deus" ou "presente de Deus".
2 - Quando começou a amizade entre Jônatas e Davi?
Logo após a batalha em que Davi venceu Golias.
3 - Qual a natureza da aliança entre Jônatas e Davi?
De natureza espiritual, "aliança do Senhor".
4 - Além da coragem física e emocional, que grandeza tinha Jônatas?
Ele tinha grandeza espiritual que lhe dava confiança, diante das
adversidades.
5 - Que pacto fizeram Jônatas e Davi?
Um pacto de lealdade diante de Deus.