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ULYSSES NEVES SILVEIRA A influência do marketing político por meio da televisão nos estudantes de Comunicação Social da UNISAL/Americana . 1

Iniciação científica

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ULYSSES NEVES SILVEIRA

A influência do marketing político por meio da televisão nos estudantes

de Comunicação Social da UNISAL/Americana

.

UNISALAMERICANA, 2008

ULYSSES NEVES SILVEIRA

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A influência do marketing político por meio da televisão nos estudantes

de Comunicação Social da UNISAL/Americana

UNISAL AMERICANA, 2008

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Projeto de Pesquisa elaborado, junto ao programa BicSal, desenvolvido sob orientação do professor Vitor Machado.

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Dedico este trabalho aos meus pais e minha irmã que das

circunstâncias sempre me apoiaram e serão eternamente meus

exemplos de força e determinação, aos meus amigos que longe ou

perto estiveram ao meu lado incentivando a produção deste trabalho

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AGRADECIMENTOS

Ao Vítor Machado, meu orientador, professor e amigo, pelo apoio, ajuda e conselhos no

decorrer do trabalho científico.

Ao Paulo Sérgio Tomaziello, coordenador do curso de Comunicação Social, pela ajuda

e paciência durante a produção deste trabalho.

Aos professores do curso de Comunicação Social, que ensinaram a base de todo meu

conhecimento acadêmico nesses três anos de curso.

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“Pelo conhecimento, os assuntos são decididos.Pela coragem, as pessoas lutam.

Pela confiança, são unidas.Pelo lucro, são estimuladas.

Pela capacidade, chegam à vitória.”.(Sun Tzu)

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Sumário

Introdução................................................................................................................07

1 – A história da televisão .......................................................................................09

2 – Do marketing ao marketing político................................................................19

Metodologia, análises e gráficos..............................................................................25

Conclusão..................................................................................................................36

Referências Bibliográficas.......................................................................................37

Anexos.......................................................................................................................38

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INTRODUÇÃO

Este trabalho que se intitula “A influência do marketing político por meio da

televisão, nos jovens do Centro Universitário Salesiano Dom Bosco de Americana”

pretende elaborar uma pesquisa com jovens universitários do UNISAL / Americana, a fim

de verificar os efeitos que a televisão, através do marketing político, provoca nos jovens em

períodos eleitorais.

Conforme demonstram diversos estudiosos, os meios de comunicação são as

principais forças de um governo, as quais servem para manipular a nação e regular o

comportamento das pessoas, principalmente a televisão, que pode transmitir

simultaneamente som e vídeo, tornando-se um dos meios mais poderosos do Estado e que

por esta razão é um dos recursos mais utilizados por políticos em períodos eleitorais.

(MENDONÇA, 2001).

No Brasil são mais de 50 anos de história televisiva, sendo que em 20 deles, entre

1964 a 1984, a televisão foi controlada pelos militares. Eles a utilizaram para mostrar a

toda sociedade os benefícios de seu governo, ou seja, manipularam a realidade da situação

que o país vivia naquela época, um período em que jovens eram assassinados, professores

proibidos de ministrarem determinadas aulas e poetas e músicos exilados.

Hoje, com a liberdade de expressão, que garante o poder da escolha, o país está à

beira de um colapso político, pois com a ajuda da imprensa, o povo pôde perceber quem

são aqueles que administram e quem são aqueles que se beneficiam do dinheiro público,

sendo essa, uma das principais causas do freqüente distanciamento dos jovens em relação

às eleições.

Quando analisamos o atual processo eleitoral no Brasil, a primeira impressão é que

realmente o país está à frente dos outros países do mundo, no que diz respeito ao pleito

eleitoral, pois a rapidez no qual são processados os resultados, devido à utilização da urna

eletrônica para registro dos votos, permite que o eleitorado conheça em curto espaço de

tempo os vencedores da eleição.

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No entanto, ao verificarmos a história das eleições, constatamos a existência de

escândalos e fraudes, como em 1982, na campanha para governador do Rio de Janeiro, na

qual havia um plano para fraudar os sistemas que contabilizavam os votos cariocas,

favorecendo o candidato da situação na época, Moreira Franco, do então PDS (Partido

Democrata Social). Este plano foi encobertado pelo empresário Roberto Irineu Marinho,

dono das Organizações Globo, o maior veículo de comunicação do país, como citam

Amorim e Passos (2005).

Outro caso relevante envolvendo as empresas de Roberto Marinho e que pôs em

cheque a democracia e a economia do país foi o episódio do debate eleitoral de 1989, entre

os candidatos a presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de

Mello. Na ocasião a Rede Globo fez uma edição especial do último debate daquela eleição,

mostrando Fernando Collor de Mello acusando Luiz Inácio Lula da Silva de ter proposto a

uma ex-namorada a realização de um aborto para interromper uma gravidez indesejada.

Segundo pesquisas da época, esse episódio favoreceu o candidato Fernando Collor

de Mello, que disparou nas pesquisas de opinião pública e venceu as eleições.

(FIGUEIREDO, 1994).

Portanto, esta pesquisa pretende demonstrar qual o significado da propaganda

eleitoral para os alunos do Centro Universitário Salesiano de Americana, visto que em 2008

ocorrerão as eleições para prefeitos e vereadores, justificando ainda mais a realização desta

pesquisa. Além disso, este trabalho também quer compreender como os políticos,

assessores e publicitários trabalham em uma campanha política, utilizando a televisão como

meio de comunicação, o que possibilitará descobrir, qual o verdadeiro significado do

marketing político na Era Tecnológica.

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CAPÍTULO I

A história da televisão

Como este trabalho se destina a pesquisar a influência dos programas políticos

eleitorais transmitidos pela mídia televisiva, iniciaremos nossas reflexões a partir da

história da televisão.

Segundo Mattos (2002) não há registros oficiais da criação da televisão, pois essa

criação foi uma evolução dos cientistas desde 1817, quando foi descoberto o elemento

químico Selênio. Foi apenas em 1873, que o norte-americano Willought Smith descobriu

que esse elemento químico possuía propriedades fotocondutoras, ou seja, podia transformar

energia luminosa em energia elétrica.

Após esse descobrimento o sistema de transmissão de imagens e som não parou

mais de evoluir. De acordo com Mattos (2002), em 1913, cientistas alemães conseguiram

substituir o Selênio da célula fotoelétrica por outro elemento derivado do Potássio,

facilitando assim o aumento da velocidade de transmissão das linhas.

Alguns anos mais tarde, em 1923, o cientista Jonh Lodgie Baird fez a primeira

demonstração da televisão, utilizando o sistema de varredura mecânica, conseguindo assim

reproduzir imagens numa pequena tela. A evolução da televisão foi tão rápida que, em

1928, foi testada pela primeira vez a televisão em cores, fabricada com base no sistema

eletromecânico.

Passados alguns anos, foi só em 1936, na Inglaterra, que foi inaugurada a primeira

estação de transmissão, ou seja, a primeira emissora de TV Pública do mundo, a BBC de

Londres (British Broadcast Corporation).

Segundo Mattos (2002), foi somente três anos depois, em 1939, nos Estados

Unidos, que surgiu o primeiro canal de televisão comercial do mundo. O autor ainda afirma

que, nesse período, as agências de publicidade passaram a programar a televisão, fazendo

com que este meio começasse a receber anúncios publicitários.

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No entanto, a televisão só chegou oficialmente ao Brasil, em 1950, com a

inauguração, no estado de São Paulo, da primeira emissora da América do Sul, a TV Tupi,

(MATTOS, 2000).

No ano seguinte, em 1951, duas agências publicitárias estrangeiras, a McCann

Erikson e a J.W.Thompson, começaram a utilizar a televisão brasileira como veículo

publicitário e passaram a decidir o conteúdo dos programas.

Em 1952, existiam apenas 11 mil televisores no Brasil. Mesmo diante desta

realidade foi inaugurado, nesse mesmo ano, o segundo canal de televisão brasileiro, a TV

Paulista. No ano seguinte, em 1953, foi inaugurada também no estado de São Paulo, a TV

Record, que se tornou, em pouco tempo, a líder em audiência nacional.

Somente em 1954 que surgiram as primeiras emissoras fora do estado de São Paulo,

como a TV Rio (RJ) e a TV Itacolomi (MG). Neste ano, a TV Tupi passa a ter também

nove estações espalhadas por diversas regiões do país. Nesse momento, o Brasil passa a ter

aproximadamente cerca de 140 mil aparelhos de televisão, atingindo por volta de um

milhão e meio de telespectadores.

Foi só em 1959, que a TV Tupi exibe pela primeira vez, simultaneamente, um

programa no Rio de Janeiro e em São Paulo, o que significou um grande avanço em termos

de tecnologia televisiva para o Brasil. Neste mesmo ano, o governo também liberou a

importação do videotape, assim, os programas e comerciais que até então estavam sendo

exibidos ao vivo, passaram a ser gravados e editados com maior qualidade.

Em 1960, além da inauguração das emissoras baiana (TV Itapoan) e paranaense (TV

Paranaense), foi inaugurada em São Paulo, a TV Cultura, com uma experiência pioneira em

ensinar através da televisão.

Devido ao grande avanço da televisão no Brasil, conforme descrito nos parágrafos

anteriores, é que foi instituído em 1962, o “Código Brasileiro de Telecomunicações”,

autorizando o governo federal a constituir uma empresa pública - a Empresa Brasileira de

Telecomunicações (EMBRATEL) 1. Também foi criado o CONTEL (Conselho Nacional de

Telecomunicações), órgão do poder público que passou a estabelecer o monopólio de

exploração de serviços de telecomunicações.

1 Mesmo sendo criada em 1962, a EMBRATEL começa a ser operada em 1967, com a função de prestar serviços no setor de comunicações nacionais, implantando, mantendo, explorando e expandindo o sistema nacional.

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Em 1964 os militares assumem o poder no Brasil através de um golpe de Estado.

Um ano depois, em pleno regime militar e associada a grupos estrangeiros, surge a TV

Globo, inaugurada no Rio de Janeiro e em São Paulo. Essa emissora possuía grande

qualidade técnica em relação às outras, contando, desde a sua estréia, com videotape e

editor eletrônico.

Somente em 1967 é que a TV Bandeirantes foi inaugurada com equipamentos

sofisticados e com uma grade sem comerciais.

Como o interesse deste trabalho é discutir o marketing político, é de grande

significado destacar que em pleno auge da ditadura, no ano de 1968, que os militares

criaram a Assessoria Especial de Relações Públicas (AERP), a qual passou a controlar a

propaganda política do governo militar. Neste ano também é decretado o Ato Institucional

N° 5 (AI -5) que concedia ao governo militar plenos poderes para censurar qualquer

publicação ou transmissão que fosse inconveniente ao regime de ditadura implantado por

eles.

Em 1969, desvinculando-se dos grupos estrangeiros, a TV Globo tornou-se uma

rede nacional e a pioneira da transmissão via satélite. É importante recordarmos que neste

ano ocorreram incêndios em diversos canais de televisão, ocasionando consideráveis

prejuízos a algumas emissoras de telecomunicações, dentre elas as TVs Bandeirantes e

Record.

Já os anos 70 foram marcados pela inauguração da TV Gazeta, e da reinauguração

da TV Bandeirantes, que, como já foi dito, após ter sofrido um incêndio, se torna a primeira

emissora a transmitir sua programação em cores.

No início dos anos 80 foi cassada a concessão da primeira emissora criada no Brasil,

a TV Tupi, no lugar, foi concedido a um empresário paulista, conhecido como Silvio

Santos, o direito de operar o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão). Neste mesmo ano,

inaugurou-se também a Rede Manchete de Televisão, que no final da década de 90, foram

encerradas as operações da Rede Manchete e no seu lugar surgiu a Rede TV.

Ainda na década de oitenta, algumas transmissões ao vivo marcaram a vida política

do Brasil. Especificamente em 1984, quando a televisão brasileira aderiu à campanha pelas

“Diretas já”. Em 1985, transmitiu a eleição indireta de Tancredo Neves para presidente da

República do Brasil e em 1990 realizou toda a cobertura político-eleitoral que culminou

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com a posse do primeiro presidente eleito do Brasil, por voto direto, após o regime militar,

que foi Fernando Collor de Melo. Dois anos após sua posse, em 1992, a televisão também

transmitiu, ao vivo, o seu impeachment.

Ao analisarmos a década de 90, podemos observar que a TV surgiu com grandes

novidades, uma delas foi a inauguração da primeira TV segmentada do país, a MTV Brasil.

Outras foram às primeiras concessões de TV a Cabo. Um dado importante é que em 1992 a

Rede Globo já atingia mais de 99% dos brasileiros, chegando há aproximadamente 4.464

municípios. (MATTOS, 2002).

Conforme Mattos (2002, p 212), no ano de 1994 o faturamento das emissoras de

televisão no Brasil, quanto a publicidade, ultrapassou um bilhão de dólares, pois “a mídia

na televisão fechou o ano de 1994 com o faturamento publicitário de US$ 1,8 bilhão, um

crescimento de 38,5% em relação a 1993”.

O autor destaca ainda que “a Rede Globo encerrou o ano de 1995 ocupando o 18°

lugar entre os cinqüenta maiores grupos privados nacionais, com um faturamento de US$

2,4 bilhões”. (MATTOS, 2002, p.212)

Devido ao grande faturamento das empresas da mídia, foi criada pelo governo, em

1996, a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), visando regularizar e

fiscalizar o setor de telecomunicação.

De acordo com Mattos (2002), a guerra pela audiência fez com que, em 1999, a

Rede SBT, segunda maior rede nacional brasileira, atingisse 90% do total da população e

94% do IPC (Índice de Potencial de Consumo). Já a Rede Globo, a primeira do país, cobria

todo território nacional, influenciando grande parte do seu público, devido a grande

audiência dos seus programas televisivos.

Como se pôde perceber, a história da televisão, tanto mundial quanto nacional, não

representa apenas um meio físico, mas um meio social, como afirma Laurindo Lalo Leal

Filho, professor livre-docente da USP, na introdução do livro “... e a televisão se fez!” de

Ellis Cashmore: “Os conceitos de tempo e espaço se relativizam, o mundo fica menor, o

que era distante fica próximo, as possibilidades de cooperação e solidariedade aumentam ”

(CASHOMORE, 1998, pg. 7). Ou seja, a televisão auxiliou na globalização mundial e

principalmente fomentou o capitalismo, visto que, os principais anunciantes, são grandes

empresas, que procuram anunciar seus produtos em programas e comerciais e isso faz com

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que haja uma procura maciça pelos produtos anunciados. Mas, além disso, a televisão

possibilita o conhecimento de novas culturas, idiomas e costumes de diferentes países e

regiões, facilitando a comunicação entre os povos e principalmente, a possibilidade da

ajuda mútua, como exemplo, pode-se citar a catástrofe que aconteceu em 26 de dezembro

de 2004, no qual o litoral da Tailândia foi atingido por um Tsunami, matando mais de 260

mil pessoas. Neste episódio, a televisão teve um papel fundamental humanitário em todo o

mundo, fazendo campanhas para que as pessoas pudessem ajudar as famílias atingidas

naquele desastre.

Desta forma, pode-se analisar que a televisão não tem o poder apenas de venda, mas

é uma influência em todos os aspectos sociais, que vão desde o financeiro até o

humanitário.

Para Cashmore (1998), a evolução da televisão nos fez ver imagens incríveis, como

cenas de guerras, cortejos suntuosos dos casamentos reais e, o mais inacreditável, o incrível

pouso na Lua, ou seja, a televisão nos proporciona diferentes emoções, permitindo-nos

explorar novas possibilidades e novos conhecimentos.

De acordo com estudos realizados pelo autor, passamos mais tempo à frente da

telinha do que dentro da sala de aula. E isso se torna preocupante, pois para ele, a televisão

manipula nossos hábitos, nos deixa mais sensíveis politicamente e nos faz parar de ler.

Todavia, alguns estudiosos vêem a televisão como um instrumento de crescimento

educacional e como um estímulo à imaginação, como a TV Cultura, por exemplo, que tem

sua programação voltada à educação.

Outros autores como o psicólogo Albert Bandura, afirmam que a televisão incentiva

comportamentos doentios e a violência enlouquecida, um estudo realizado pelo psicólogo

norte-americano, era observar que as crianças em idade pré-escolar imitavam o

comportamento agressivo dos adultos, desta forma, ele fez com que dois grupos de crianças

vissem partes diferentes de um filme: um mostrava um ser humano comportando-se

violentamente com um boneco inflável e no outro filme, o mesmo boneco era tratado

gentilmente. As crianças que assistiram ao primeiro filme tiveram as mesmas reações do ser

humano que espancou o boneco, da mesma forma, as crianças que assistiram o segundo

trecho, reproduziram a mesma gentileza que o boneco foi tratado, ou seja, de acordo com

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Bandura, o comportamento das crianças havia sido aprendido pela simples observação.

(CASHMORE, 1998, pg 74-75).

Desta forma, as emissoras americanas se aproveitaram da força da televisão para

não apenas globalizar, mas “americanizar” o resto do mundo e disseminar a reprodução em

massa, no qual a quantidade é mais importante do que a qualidade. “E o poder fica com os

EUA, que num comportamento quase padrão, irão assumir a responsabilidade de levar

informação, criar diversão e definir a cultura em lugares longínquos”. (CASHMORE, 1998,

pg.14). Jay Rosen declara que “a CNN representa uma nova dimensão de uma cultura

global emergente que já está fortemente americanizada” (CASHMORE, 1998, p.15), pelo

fato de a rede de televisão estar presente em praticamente todos os países, faz com que ela

transmita a ideologia americana para todos os locais, pois uma das formas de ampliação da

americanização pelo mundo, são as TVs a cabo, que retransmitem emissoras americanas de

uma forma barata e com alta qualidade de som e imagem. Por esta razão, o capitalismo tem

se ampliado e tem sido fortificado, pois a base principal das televisões americanas, é a

venda de espaços comerciais, fazendo com que os telespectadores sejam “bombardeados”

por informações e produtos diversos, gerando cada vez mais a compra maciça de produtos e

serviços e diminuindo ainda mais a participação ativa das pessoas na sociedade, pois como

argumentam Lazarsfeld e Merton:

“Os meios de comunicação de massa podem ser incluídos entre os narcóticos sociais mais respeitáveis e eficientes. [...] Dosagens cada vez maiores dos meios de comunicação de massa podem inadvertidamente transformar as energias dos homens, de uma participação ativa a um conhecimento passivo”. (LAZARSFELD e MERTON apud CASHMORE, 1998, pg. 44:45).

Pelo fato de que assistir televisão faz com que nos tornamos pessoas passivas, pois

apenas recebemos as informações e não interagimos com os formadores de opinião, isso faz

com que as pessoas fiquem “viciadas” na recepção das informações e passam a não

questionar se aquela informação está correta ou até mesmo se é verídica. Assim, quanto

mais se assiste televisão, mais estamos perdendo o poder de argumentação e de

conhecimento real daquilo que está acontecendo ao nosso redor, pois a televisão mostra

apenas um lado da informação, aquela que os seus dirigentes acham que é a mais rentável,

como exemplo, pode-se citar o caso do debate eleitoral de 1989, no qual os presidenciáveis

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Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva, travaram um debate épico a poucos

dias da eleição e no caso, a Rede Globo, principal emissora brasileira, exibiu um dia após o

debate ao vivo, uma edição especial dos “melhores” momentos, no qual, mostrava a

superioridade do candidato Collor, em relação ao adversário. Anos depois, a população

pôde perceber que a edição estava totalmente equivocada, pois Collor acabou tendo seus

direitos políticos caçados, pelo fato de ter ocorrido uma série de fraudes em sua gestão.

No caso, houve uma grande ajuda dos diretores das Organizações Globo, como

mostra o documentário “Além do cidadão Kane”, no qual há depoimentos de ex-diretores

que afirmam esse acontecimento.

Além desse caso, o documentário mostra que grande parte da população acredita em

tudo o que é dito pelos principais formadores de opinião, o que faz com que elas fiquem

passivas do real e principalmente, viciadas pelos meios de comunicação.

Outro exemplo que mostra a influência da televisão nas eleições foi escrito por

Chico Santa Rita (2002), na qual na eleição de 1994, o então candidato Fernando Henrique

Cardoso teve grande destaque na mídia, graças ao seu plano econômico o plano Real, “a

propaganda estava disseminada na programação. Todos os telejornais[...] massacravam os

telespectadores com as incríveis aventuras do Real que como num passe de mágica, trouxe

a paz e a alegria para todo o sofrido povo brasileiro” (RITA, 2002, pg. 149).

Neste episódio, Chico cita: “não há como negar que, em maior ou menor grau, toda

a mídia brasileira esteve claramente ao lado do candidato do governo” (RITA, 2002, pg.

149) e o autor concluiu “o apoio indiscriminado (principalmente o da televisão) certamente

foi um dos fatores que marcaram a eleição geral de 94, determinando a rápida e

surpreendente vitória de FHC” (RITA, 2002, pg. 150). Na eleição, Fernando Henrique

venceu as eleições logo no primeiro turno, com 54,3% dos votos válidos, com uma

vantagem de quase 30% em relação ao segundo colocado, o candidato Luiz Inácio Lula da

Silva (RITA, 2002, pg.151).

Cashmore (1998, pg. 16) afirma que “se a televisão nos ensinou alguma coisa, é que

tudo pode ser comprado e vendido no mercado. [...] Ela não promove apenas produtos, mas

uma cultura na qual os produtos têm valor”. Isso quer dizer que ela possibilita a venda de

idéias, como é o caso da frase americana “time is money” (tempo é dinheiro) que foi

utilizada para que houvesse a compra desenfreada e não se importando mais com a

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qualidade daquilo que está sendo vendido, e sim a quantidade e porcentagem de vendas,

aumentando ainda mais a desigualdade social e extirpando as comunidades locais, pois com

essa idéia, a sociedade passou a reproduzir e comercializar as culturas, o que é chamado de

Indústria Cultural, termo utilizado pelos estudiosos da Escola de Frankfurt. A Indústria faz

com que músicas, programas e filmes fossem gravados e reproduzidos, ou seja, que tudo

fosse padronizado, homogeneizado e industrializado “feitos sob medida para o consumo

das massas”. (ADORNO apud CASHMORE, 1998, p.39).

Cashmore (1998), afirma que “a televisão isola as pessoas de seu ambiente, uns dos

outros, e de seus próprios sentidos”. (MANDER apud CASHMORE, 1998, pg. 45), pois a

televisão faz com que as pessoas mudem seu dia-a-dia, seja por causa de uma novela, um

jogo ou um programa de entretenimento. Nos dias de hoje, o lazer passou a ser assistir

televisão, como confirma a pesquisa realizada entre os dias 02 e 03 de outubro de 2008,

com os alunos de Comunicação Social do Centro Universitário Salesiano Dom Bosco.

Para o professor americano, Neil Postman, a informação que recebemos através da

televisão, raramente nos faz agir, pois ela é inerte. Postman, exemplifica isso através do

noticiário internacional, que revela um “mundo de fragmentos em que os acontecimentos

parecem isolados, sem nenhuma conexão com o passado ou com o futuro”. Tudo acontece

ao mesmo tempo e somos informados de tudo, porém a impressão que se tem é que não

participamos de nada do que acontece, ou seja, estamos isolados em um mundo nosso e não

nos relacionamos com nada do que está ao nosso redor, mas ao mesmo tempo, sabemos de

tudo.(POSTMAN apud CASHMORE, 1998, pg. 51).

Fazendo uma alusão com a teoria de Marx, que afirmava que a religião distraía a

atenção da classe trabalhadora dos assuntos mundanos, especificamente de sua explicação

pelos capitalistas. Sua atitude política para os donos dos meios de produção era óbvia. Pela

mesma lógica, a televisão pode ser vista como um instrumento político, mantendo as

pessoas absorvidas demais para se preocuparem com questões materiais importantes que

afetam o cotidiano. (CASHMORE, 1998, p.37).

E por que a televisão faz tanto sucesso? Uma das explicações utilizadas é que ela é

completamente diferente do mundo em que vivemos, nas novelas e nos filmes, os

personagens são específicos, as situações são concretas. A TV se especializa em embelezar

o que é feio e doloroso. Sua força está na aparente fidelidade de representação, em sua

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adesão em chegar tão próximo quanto possível da realidade. (CASHMORE, 1998, pg.

86:87).

Assim, para analisarmos como a TV preenche o nosso dia-a-dia, basta imaginarmos

o que aconteceria se ela não existisse. O que faríamos com todo o tempo que passamos na

frente dela? Ou, ainda, o que faríamos com as conversas baseadas nas telenovelas, esportes

e as notícias do dia.

De qualquer forma, não podemos negar que, a televisão foi a maior invenção que

refletiu, moldou e recriou a cultura do século XX.

Sem dúvida, ela é um misto agradável de alegria e iluminação aos lares de bilhões

de pessoas em todo o planeta. É uma forma de lazer diferenciada, pois ela está em nossa

casa e não exige nenhum esforço especial, além de ligá-la, e isto, pode ser feito através de

um controle remoto.

Cashmore (1998), explica que um dos verdadeiros motivos pelo qual a televisão é

assistida é pelo fato dela “[...] remover o entulho mental das mentes daqueles que a

assistem [...], pois [...] as pessoas não querem que a televisão dê uma visão da realidade;

elas querem o antídoto para a realidade” (FOWLES apud CASHMORE, 1998, p.13). É o

que acontece com as novelas e seriados, nos quais os problemas sociais são tratados de uma

forma surreal, pois o dia-a-dia de cada personagem não é realidade, porém os problemas

são reais. E a afirmação explica os altos índices de audiência nos quais as emissoras

atingem, exibindo novelas e seriados.

Outra afirmação importante do autor em relação à televisão é que “ela traz material

para o pensamento, e numerosas oportunidades para o crescimento cognitivo”. (HODGE;

TRIPP apud CASHMORE, 1998, p.13). Como programas infantis que ensinam as crianças

a contarem, o alfabeto e as cores, além de programas como o Telecurso 2000, que ensina as

matérias do ensino fundamental de uma forma educativa e à distância, transmitindo

conhecimento a uma grande parte da população.

Mas não se pode negar que a televisão é propaganda, conforme aponta Ellis

Cashmore (1998). Em todos os filmes, novelas, espetáculos esportivos, há propaganda em

todos os lugares. Mesmo as emissoras que não pretendiam comercializar seus programas,

estão se rendendo ao capitalismo, como a BBC de Londres, na Inglaterra e a TV Cultura no

Brasil. Na verdade, a propaganda amadureceu ao se ligar à televisão, pois a possibilidade

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de envolver as audiências emocional e intelectualmente numa exibição de imagens e sons

tecidas frouxamente com uma trama ao mesmo tempo, faziam com que os telespectadores

ficassem motivados a gastar dinheiro com os produtos anunciados. (CASHMORE, 1998,

pg. 99).

Entretanto, todos os meios de comunicação são influenciados em algum grau pela

propaganda, mas nenhum é mais afetado que a televisão. Pois ela é mais do que uma parte

integral de nossa cultura, ela é um agente definidor da cultura. Cashmore ainda afirma que

a presença dela em todos os lugares faz com que a propaganda esteja dentro de nós e

também a nossa volta.

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CAPÍTULO II

Do marketing ao marketing político

Como este trabalho tem como um de seus objetivos analisar a influência que a

televisão tem sobre os eleitores, assim, passaremos agora abordar a propaganda política na

televisão, porém a propaganda é apenas uma das formas para se fazer marketing político,

por esta razão, é necessário fazer uma breve explicação do que é marketing e através desse

esboço, iremos focar em marketing político, para descobrir a real influência sobre os

telespectadores.

Segundo os autores Philip Kotler (2003) e Gary Armstrong (2003), marketing é a

entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício e os dois principais objetivos do

marketing é atrair novos clientes e manter os clientes atuais.

Desta forma, podemos transportar o marketing para política, tornando-o como

marketing político, no qual o cliente é o eleitor.

Assim, marketing político é “um acordo de técnicas e procedimentos que tem como

objetivos adequar um (a) candidato (a) ao seu eleitorado potencial” (FIGUEIREDO, 1994,

p.11).

Para Figueiredo (1994), o marketing político é similar ao marketing de produtos,

pois em ambos há um conjunto de organizações que competem entre si. No caso da

política, diferentes partidos procuram receber o maior número de votos.

Em contrapartida, Chico Santa Rita (2002) afirma que propaganda política nada tem

haver com a propaganda de produtos.

“Quando o consumidor vai ao supermercado e se vê diante de uma gôndola cheia de ofertas, ele opta por um determinado produto por um impulso. São estímulos inconscientes [...]

Quando o eleitor vai à seção eleitoral e se vê diante da máquina de votação, opta por um candidato por um mecanismo de conscientização ocorrido durante todo o processo da eleição. Sua escolha é fruto de muita meditação, de uma demorada alquimia eleitoral”. (RITA, 2002, pg. 229).

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Isso quer dizer que a propaganda política precisa ser mais completa e muito mais

eficiente, pois o que a propaganda eleitoral mostra a ideologia dos partidos políticos e

também o plano de governo do candidato e, além disso, ela deve “vender” ao eleitor a

imagem de um bom político, ou seja, torna ao marquetólogo político um desafio ainda

maior, pois ela une tanto algo intangível quanto tangível (ideologia X partidos, imagem X

candidato), pois “o candidato não é um “produto”, mas tem que ter “produtos” bem-

definidos e de fácil entendimento e aceitação. (RITA, 2002, pg. 183).

Segundo Figueiredo (1994), a história do marketing político está associada ao

desenvolvimento da propaganda.

A propaganda pode ser definida como um “conjunto de técnicas de ação individuais

utilizadas no sentido de promover a adesão de um dado sistema ideológico (político, social

ou econômico)”. (MALANGA, 1976, p.11).

Conforme aponta Figueiredo (1994), no início, o marketing político era visto como

algo negativo para a sociedade, pois a primeira vez que um candidato apelou para a

propaganda política na televisão foi acusado de se vender como se vende um sabonete. Isso

ocorreu na campanha presidencial de 1952, nos Estados Unidos, com o então candidato

Dwight David Eisenhower.

À medida que cada vez mais lares possuíam aparelhos de TV, esta se tornou

ferramenta essencial de persuasão. No livro “Estratégia, Mídia e Voto”, os autores Vera

Chaia, Rachel Meneguello, Fernando Azevedo e Rogério Schmitt afirmam que “as

pesquisas de opinião pública mostram que o HGPE (Horário Gratuito de Propaganda

Eleitoral) é sem dúvida um dos fatores mais importantes na decisão de voto do eleitorado”.

(SILVEIRA, 2002, pg. 38). E em relação aos estudantes de Comunicação Social do Centro

Universitário Salesiano Dom Bosco, a pesquisa realizada confirma essa afirmação, pois

65% dos entrevistados disseram que o Horário Eleitoral Gratuito influencia a escolha do

candidato e 73% dizem que os debates políticos eleitorais também influenciam. Outro

exemplo citado por Ellis Cashmore é o último debate entre os candidatos Kennedy e Nixon,

no ano de 1972 para a presidência dos Estados Unidos, no qual Kennedy apresentou uma

imagem visual mais adequada, enquanto Nixon se mostrou mais apático frente às câmeras.

Àqueles que ouviram o debate pelo rádio, diziam que o vencedor tinha sido Nixon, mas

20

Page 21: Iniciação científica

para os telespectadores foi Kennedy o vencedor. E no final da eleição Kennedy se saiu

vitorioso nas urnas. (CASHMORE, 1998, pg. 210).

Mas a televisão não influencia apenas nos debates, aqueles que a utiliza como uma

ferramenta de propagação de idéias em comerciais curtos, também levam vantagens. “Os

partidos políticos afirmam sistematicamente que a sua propaganda aumenta a consciência

do público” (CASHMORE, 1998, pg. 213), desta forma, facilita a mensagem passada pelo

candidato e o contato com o público é feito de uma forma rápida e objetiva.

De acordo com Sally Kern, existem três componentes na propaganda política na

TV: deve entreter, evocando e mantendo a atenção do espectador, precisa ter algum tipo de

mensagem a respeito de caráter e precisa provocar uma reação, surpresa, animação,

reconhecimento, afeto ou uma mensagem de ação. (CASHMORE, 1998, pg. 213). Para

Kern “os consumidores lêem menos e confiam mais na televisão como sua fonte de

informação do mundo. Os partidos políticos optaram [...] por mensagens curtas, mas

repetitivas, que abordam uma única questão e juntam o visual e o oral”. (CASHMORE,

1998, pg. 214).

No Brasil, Figueiredo (1994) diz que o marketing político profissional é recente, por

causa da descontinuidade do regime democrático, ocasionada pelo golpe militar de 1964

que implantou uma ditadura que durou cerca de 20 anos (1964-1984).

Para ele, sem democracia não há eleição; sem eleição não há marketing político. Ele

diz que foi somente a partir das eleições majoritárias de 1982 que o marketing político

passou a ser utilizado com mais rigor e regularidade nas campanhas, principalmente no

rádio e na televisão.

Para o marquetólogo político Chico Santa Rita, “marketing político não é

propaganda, nem é jornalismo” (RITA, 2002, pg 26), ou seja, ele é a união de informação,

estratégia e pesquisa, o que faz com que não seja apenas uma campanha publicitária ou um

telejornal e sim a união de toda área da comunicação, ele conclui que “a televisão, por mais

bem feita que seja, não é capaz de ganhar sozinha. Eleição se decide com a conjunção de

um grande número de fatores. Um deles, a televisão” (RITA, 2002, pg. 198).

De acordo com o publicitário Duda Mendonça (2001) a televisão é o principal

veículo de comunicação em uma campanha, pois ela tem alta capacidade de seduzir e de

21

Page 22: Iniciação científica

envolver emocionalmente um gigantesco número de pessoas, em um curto espaço de

tempo.

Ele afirma que um dos fatores mais importantes em uma campanha política é o

horário da TV, porém os candidatos não costumam dar importância aos programas

políticos. Em sua opinião, é por esta razão que o horário político é chato. “Na sua maior

parte, mal feito, mal produzido, sem ritmo, com falas longas e monótonas”. (MENDONÇA,

2001, p.110).

Para Chico Santa Rita (2002), isso faz com que a propaganda política e os

comerciais padecem cronicamente de falta de credibilidade, pois para o espectador a

imagem dos comerciais e dos programas têm apenas demagogia e oportunismo dos

candidatos. Por isso é necessário que se faça uma campanha completa, englobando a

credibilidade do jornalismo, a comunicação da publicidade, baseando-se sempre em

pesquisas, estatísticas, psicologia, fazendo tudo isso com um bom planejamento, método e

organização, a campanha passa a ter credibilidade, pois mostra o candidato mais humano e

organizado, pronto para ser o escolhido pela população.

Duda Mendonça menciona ainda que para que a propaganda política na televisão dê

resultados ao candidato, é necessário que este faça um programa para o eleitor, com a

qualidade e credibilidade de um telejornal. “O eleitor tem que se ver no seu programa. Tem

que identificar com ele. E gostar dele. Se o eleitor começa a gostar do programa, o próximo

passo é gostar do candidato” (MENDONÇA, 2001, p.114), pois o programa eleitoral é uma

extensão do candidato, e transmite aquilo que ele pensa e como ele age, ou seja, se o

programa for conservador, pode-se entender que o candidato é conservador, assim como, se

o telespectador perceber que não há planejamento no programa, entende-se que o candidato

não possui planejamento na campanha, desta forma, prejudica a imagem do candidato.

Porém, se o programa conter tudo aquilo que o eleitor está querendo ouvir, é o primeiro e

grande passo para que o eleitor comece a confiar no candidato e no dia da eleição passe a

votar nele.

Para o marquetólogo político Chico Santa Rita (2002, pg. 226), a TV tem a

característica de potencializar as emoções, tanto dos predicados quanto dos defeitos de

quem aparece na tela, pois o telespectador vê tudo o que acontece à volta do candidato, ou

seja, o que é bom fica ótimo, mas o que é ruim fica péssimo, o que faz com que candidatos

22

Page 23: Iniciação científica

que tenha habilidade de se adaptar à linguagem dela, leve vantagem no horário político, ou

seja, prejudicado caso não se adapte, como ele mesmo cita em seu livro “Batalhas

Eleitorais”: “Paulo Maluf levou anos para perder o ar de arrogância, de superioridade, que

passava nos pronunciamentos [...] o Maluf de hoje, é diferente daquele prepotente, que

perdeu cinco eleições seguidas” (RITA, 2002, pg. 227). Na realidade, é na televisão que é

travada a principal batalha, pois ela influencia até o último dia da campanha, com a ajuda

do rádio.

O fato é que muitas vezes os candidatos apostam todas as suas fichas na propaganda

eleitoral na televisão, porém máquinas e ilhas de edição de última geração não ganham

eleição, como escreve Chico Santa Rita (2002, pg. 240:241), pois elas são apenas

ferramentas que devem ser utilizadas por profissionais qualificados e não por curiosos que

acham que vinhetas e comerciais devem ser bonitinhos, o mais importante além da beleza, é

a adequação da mensagem em relação à proposta do candidato e também de acordo com a

pesquisa realizada pela equipe, que analisa o que os eleitores priorizam no momento. E

depois de descobrir o que realmente fará efeito na propaganda política, o programa deve

bater insistentemente na mesma tecla, pois “A televisão é a arte da repetição” (RITA, 2002,

pg. 241). Pelo fato de que ninguém vê tudo todos os dias e também a repetição faz com que

os eleitores memorizem o candidato, os planos de governo e também mostra unidade na

estratégia, pois todos os programas trazem a mesma linha de raciocínio, aproximando ainda

mais o eleitor do candidato.

Mas o que se percebe em relação à campanha eleitoral na televisão é que os

candidatos que a priorizam são aqueles de âmbito nacional ou aqueles que disputam as

eleições em metrópoles ou grandes cidades.

Entre os dias 02 e 03 de outubro de 2008, foi aplicada uma pesquisa no campus

Dom Bosco em Americana, para os alunos de Comunicação Social, que votam na cidade de

Americana, para que fosse analisado o real efeito da televisão nas eleições municipais, visto

que, a eleição ocorreu no dia 05 de outubro.

Assim, foram respondidas 22 pesquisas, aproximadamente, 20% dos estudantes de

Comunicação Social, sendo que 36% foram participações femininas e 64% masculinas.

Também, pôde-se analisar que, a maior parte dos estudantes, fazem parte das classes A, B e

C, pois 68%, possuem renda familiar acima de 5 salários mínimos.

23

Page 24: Iniciação científica

Definido o público, a analise seguiu-se em relação aos momentos de lazer, e mesmo

sendo um público jovem, de classe social alta, o que demonstra que possui acesso fácil à

Internet, a televisão ainda é o principal meio de acesso ao lazer, pois na pesquisa, 29% dos

entrevistados afirmaram que assistem à televisão nos momentos de lazer, contra 25% dos

que utilizam a Internet e 15% daqueles que ouvem rádio. E em último lugar, com 2% foi o

veículo jornal. Assim, pode-se afirmar que, a televisão é o principal meio para propagação

de informações, em âmbito nacional, pois, em contrapartida, a questão seguinte foi

perguntada quais veículos locais que na opinião do entrevistado mais os influenciavam, e

neste tópico, a televisão ficou em último lugar, apenas 22% responderam que a TV Todo

Dia, o canal NET Cidade e a CNT, os influenciavam. Neste caso, pôde-se perceber que os

jornais locais são os veículos com mais força na região de Americana, pois 47% afirmaram

que O Liberal e o Todo Dia eram os que mais influenciavam no dia-dia, contra 31% dos

que disseram que as rádios Vox 90, Azul Celeste, Notícia e Você, mais influenciavam.

Mas como este trabalho visa analisar a influência da televisão nas eleições

municipais, foi perguntada se na opinião deles o Horário Eleitoral Gratuito os

influenciavam na escolha do candidato e a resposta foi que 65% disseram que SIM, o HEG

era importante na hora de escolher o voto, mas, mais uma vez, pôde-se se analisar que essa

influência é apenas em âmbito nacional, pois quando foi perguntada se eles assistiram a

pelo menos 1 programa eleitoral municipal, apenas 35% responderam que SIM, sendo que,

os programas foram exibidos entre os dias 19 de agosto e 03 de outubro nos canais TV

Todo Dia e CNT.

Em seqüência, foi perguntado se os debates políticos televisionados é uma

ferramenta para a escolha do candidato à prefeitura municipal e novamente, 73%

responderam que é uma ferramenta importante para a escolha do candidato, porém apenas

10% assistiram a pelo menos 1 debate que houve entre os candidatos à prefeitura municipal

de Americana, sendo que houveram 2 debates televisionados no período eleitoral.

24

Page 25: Iniciação científica

METODOLOGIA, ANÁLISES E GRÁFICOS

Este trabalho desenvolveu uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa de campo.

Quanto à pesquisa bibliográfica, ela serviu para fundamentar cientificamente, através do

pensamento de diversos autores, o tema proposto neste projeto, que é a influência do

marketing político televisivo. Já em relação à pesquisa de campo, ela foi desenvolvida de

forma qualitativa, cujos dados serão coletados através de um questionário composto de

questões fechadas e abertas, ela foi aplicada entre os dias 02 e 03 de outubro de 2008, a fim

de tornar este trabalho o mais fidedigno possível em relação à realidade pesquisada,

principalmente porque ele foi desenvolvido em ano eleitoral, visto que em 2008 foram

realizadas eleições municipais para eleger prefeitos e vereadores. Para atender ao universo

da pesquisa, foi aplicado um questionário a 21 alunos do curso de Comunicação Social

( habilitação em jornalismo e publicidade e propaganda) do Centro Unisal Americana;

Os dados coletados foram sistematizados e analisados de forma a nos ajudar

compreender como os meios de comunicação são utilizados, especialmente a televisão, e

qual a sua influência sobre o eleitorado, segue abaixo a análise feita em relação aos

resultados coletados na pesquisa.

De acordo com os resultados, pode-se analisar que os estudantes entrevistados eram

pertencentes à classe A, B e C, pois 68% deles possuíam renda familiar acima de 5 salários

mínimos, desta forma, pode-se afirmar que o objetivo deste trabalho é analisar a real

influência do marketing político por meio da televisão nos eleitores jovens de classe A, B e

C.

E que apesar da internet estar presente no dia-a-dia dos jovens, a televisão ainda é a

principal fonte de lazer, sendo a mais citada entre eles. E em contrapartida, as mídias

impressas estão sendo cada vez menos populares entre os jovens, pois possuem um

conteúdo mais específico e denso em relação à televisão e internet.

25

Page 26: Iniciação científica

Assim, pode-se afirmar que os políticos que queiram atingir essa faixa da sociedade

(jovens de classe A, B e C), devem focar a campanha principalmente nessas duas mídias. E

essa tendência é mundial, como exemplo, pode-se citar a campanha do presidente eleito dos

Estados Unidos, Barack Obama, durante a campanha, o candidato utilizou como forma de

propagação os programas de “talk show”, que são populares entre os jovens e também

utilizou a ferramenta do Youtube, principal site de vídeos atualmente, assim, a campanha

teve participação maciça dos jovens e a reação criada foi extremamente positiva, pois criou

uma onda de euforia em relação ao nome do candidato, o que fez impulsionar a campanha,

levando-o a vitória.

Porém, diferente do que se viu no gráfico relaciona aos momentos de lazer, na

região de Americana, a mídia impressa (jornal) é o veículo mais forte e conhecido entre

todos, pois 47% dos entrevistados disseram que lêem os jornais locais, contra 22% dos que

assistem à televisão local, desta forma, é possível analisar que a região carece de uma

televisão local forte e popular, pois se pôde perceber que os jovens assistem apenas as

grandes emissoras, ou seja, quando se trata de uma campanha local, como é o caso dos

candidatos à prefeitura de Americana, a televisão não é o veículo adequado para ser

investido.

Durante a campanha, foi nítido que essa tendência foi seguida por todos os

candidatos, pois os jornais foram os veículos que mais possuíram propagandas, seguido do

rádio e por último a televisão, que, aliás, foi utilizada apenas no Horário Eleitoral Gratuito e

não houve inserções de 30 segundos exibidas ao decorrer da programação.

E o motivo pelo qual os candidatos investiram no HEG é que os programas são

assistidos pela população durante a campanha, pois é uma das poucas oportunidades que a

sociedade pode ver as propostas dos candidatos. Assim, de acordo com a pesquisa

realizada, 36% dos entrevistados assistiram ao HEG, visto que, há grandes dificuldades

para os estudantes assistir aos programas por causa dos horários de exibição (às 12h00 e às

20h00), se pôde perceber que os jovens procuram se informar através dos programas, pois

de acordo com eles, é uma das poucas oportunidades para se conhecer os candidatos e as

propostas de cada um.

Assim, ao serem perguntados qual é a opinião deles em relação à influência do HEG

na hora do voto, 65% responderam que sim, o horário eleitoral gratuito influencia na hora

26

Page 27: Iniciação científica

do voto, desta forma, mostra que os programas exibidos são de grande valia para conquistar

o eleitorado.

Em relação aos debates eleitorais televisionados, de acordo com a pesquisa, os

jovens acreditam que os debates influenciam na hora do voto, pois 73% responderam que

sim, porém, ao focarmos na região de Americana, percebe-se que eles não se preocupam

em assistir aos candidatos da própria cidade, pois apenas 10% acompanharam um dos dois

debates que foram televisionados com os candidatos à prefeitura de Americana.

Assim, pode-se afirmar que os debates políticos televisionados têm grande forma

em âmbito nacional, ou seja, quando há candidatos à presidência, governos e senado ou

quando a disputa é entre candidatos de grandes metrópoles, como é o caso de São Paulo e

Rio de Janeiro.

Portanto, concluí-se, de acordo com a pesquisa que a televisão não tem o poder

decisivo de influenciar em uma campanha local, mas serve como apoio para a campanha

central, que deve ter como principais mídias o jornal e o rádio.

27

Page 28: Iniciação científica

SEXO DOS ENTREVISTADOS

SEXO NÚMEROS ABSOLUTOS Em (%)

Masculino 14 64%

Feminino 8 36%

Feminino36%

Masculino64%

Fonte: Pesquisa direta - entre os dias 02 e 03 de outubro de 2008 na UNISAL/SP - Americana

28

Page 29: Iniciação científica

RENDA FAMILIARRENDA FAMILIAR NÚMEROS ABSOLUTOS Em (%)

menos de 2 salários 1 5%

de 2 a 4 salários 6 27%

de 5 a 10 salários 12 54%

mais de 10 salários 3 14%

mais de 10 salários

14%

menos de 2 salários

5%

de 2 a 4 salários27%

de 5 a 10 salários

54%

Fonte: Pesquisa direta - entre os dias 02 e 03 de outubro de 2008 na UNISAL/SP - Americana

29

Page 30: Iniciação científica

MOMENTOS DE LAZERMOMENTOS DE LAZER NÚMEROS ABSOLUTOS Em (%)

Leio jornal 1 2%Leio revista 3 6%

Assisto televisão 14 29%Ouço rádio 7 15%

Acesso a Internet 12 25%Vou ao cinema 6 13%Vou ao teatro 3 6%

Outros 2 4%

30

Page 31: Iniciação científica

vou ao cinema13%

outros4%vou ao teatro

6%

leio jornal2%

leio revista6%

assisto televisão29%

ouço rádio15%

acesso a internet

25%

Fonte: Pesquisa direta - entre os dias 02 e 03 de outubro de 2008 na UNISAL/SP - Americana

VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃOVEÍCULOS NÚMEROS ABSOLUTOS Em (%)

Jornal "O Liberal" 11 40%Jornal "Todo Dia" 2 7%

Rádio Notícia 1 4%Rádio Azul Celeste 1 4%

Rádio Vox 90 5 19%Rádio Você 1 4%

TV NET Cidade 2 7%TV Todo Dia 4 15%

TV CNT 0 0%Outros 0 0%

31

Page 32: Iniciação científica

TV CNT0%

Outros0%

Jornal "O Liberal"40%

Jornal "Todo Dia"7%

Rádio Notícia4%

Rádio Azul Celeste

4%

Rádio Vox 9019%

Rádio Você4%

TV NET Cidade7%

TV Todo Dia15%

Fonte: Pesquisa direta - entre os dias 02 e 03 de outubro de 2008 na UNISAL/SP - Americana

HORÁRIO ELEITORAL GRATUITOASSISTIU AO HEG? NÚMEROS ABSOLUTOS Em (%)

Sim 8 36%

Não 14 64%

32

Page 33: Iniciação científica

Não64%

Sim36%

Fonte: Pesquisa direta - entre os dias 02 e 03 de outubro de 2008 na UNISAL/SP - Americana

A INFLUENCIA DO HORÁRIO ELEITORAL GRATUITOO HEG INFLUENCIA NO VOTO? NÚMEROS ABSOLUTOS Em (%)

33

Page 34: Iniciação científica

Sim 15 65%

Não 8 35

Não35%

Sim65%

Fonte: Pesquisa direta - entre os dias 02 e 03 de outubro de 2008 na UNISAL/SP - Americana

DEBATES ELEITORAIS TELEVISIONADOSACOMPANHOU ALGUM DEBATE? NÚMEROS ABSOLUTOS Em (%)

Sim, apenas o da CNT 1 5%

Sim, apenas o da TV Bandeirantes 1 5%

Sim, acompanhei os dois 0 0%

Não acompanhei nenhum debate 20 90%

34

Page 35: Iniciação científica

Não acompanhei nenhum debate

90%

Sim, apenas o da TV Bandeirantes

5%

Sim, acompanhei os dois

0%

Sim, apenas o da CNT5%

Fonte: Pesquisa direta - entre os dias 02 e 03 de outubro de 2008 na UNISAL/SP - Americana

A INFLUÊNCIA DOS DEBATES TELEVISIONADOS

35

Page 36: Iniciação científica

OS DEBATES INFLUENCIAM O VOTO? NÚMEROS ABSOLUTOS Em (%)

Sim 16 73%

Não 6 27%

Sim73%

Não27%

Fonte: Pesquisa direta - entre os dias 02 e 03 de outubro de 2008 na UNISAL/SP - Americana

CONCLUSÃO

De acordo com a pesquisa aplicada entre os dias 02 e 03 de outubro, foi

comprovado que a televisão regional não é fonte de decisão política na cidade de

36

Page 37: Iniciação científica

Americana, pois os meios jornal e rádio são os mais tradicionais e possuem mais

credibilidade entre os eleitores da cidade, em especial, nos estudantes do curso de

Comunicação Social do Centro Universitário Dom Bosco de Americana.

O que se pode concluir é que quando se trata de eleições nacionais, esses eleitores

passam a assistir os programas eleitorais, pois neste caso, os programas são exibidos em

emissoras de âmbito nacional e, além disso, elas exibem também os debates eleitorais, o

que faz com que os eleitores acompanhem e possa escolher o candidato que mais o agrada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMORIM, Paulo Henrique e PASSO, Maria Helena. Plim Plim: a peleja de Brizola contra a fraude eleitoral. São Paulo, SP: Conrad Editora do Brasil, 2005.

37

Page 38: Iniciação científica

CASHMORE, Ellis. ...e a televisão se fez. São Paulo: Summus Editorial, 1998.

FIGUEIREDO, Rubens. O que é Marketing Político. São Paulo, SP: Editora Brasiliense, 1994.

KOTLER, Philip e ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. São Paulo. Editora Prentice Hall, 2003.

MALANGA, Eugênio. Publicidade uma introdução. São Paulo, SP: Editora Atlas, 1976.

MATTOS, Sérgio. A televisão no Brasil: 50 anos de história (1950 - 2000). São Paulo: Editora Ianamá, 2000.

MATTOS, Sérgio. História da televisão brasileira: Uma visão Econômica, Social e Política. São Paulo: Editora Vozes, 2002.

MENDONÇA, Duda. Casos e Coisas. São Paulo: Editora Globo, 2001.

RITA, Chico Santa. Batalhas Eleitorais (25 anos de marketing político). São Paulo: Geração Editorial, 2002.

RUBIM, Antonio Albino Canelas. Comunicação e Política. São Paulo: Hacker Editores,

2000.

SILVEIRA, Ricardo. Estratégia, Mídia e Voto. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.

ANEXOS

Pesquisa – Alunos do UNISAL (Comunicação Social)

Data __/__/__

38

Page 39: Iniciação científica

Idade ____Ano____Sexo M ( ) F ( )

1. Renda familiar

( ) menos de dois salários mínimos( ) de dois a quatro salários mínimos( ) de cinco a dez salários mínimos( ) mais que dez salários mínimos

2. O que você faz com maior freqüência nos momentos de lazer

( ) leio jornal( ) leio revista( ) assisto televisão( ) ouço rádio( ) acesso a internet( ) vou ao cinema( ) vou ao teatro( ) outros______________________________________________________________

3 – Você acredita que os veículos de comunicação influenciam nas eleições municipais de Americana?( ) Sim ( ) Não

Se SIM, escolha o veículo que em sua opinião mais influencia?( ) Jornal “O Liberal”( ) Jornal “Todo Dia”( ) Rádio Notícia( ) Rádio Azul Celeste( ) Rádio Vox 90( ) Rádio Você( ) TV NET Cidade( ) TV Todo Dia( ) TV CNT( ) Outros _________________

39

Page 40: Iniciação científica

Porque?________________________________________________________________

4 – Desde 19 de agosto, o Horário Eleitoral Gratuito está sendo exibido pelos canais de televisão TV Todo Dia e CNT. Durante esse tempo, você assistiu a um programa inteiro de todos os candidatos?( ) Sim ( ) Não

Se SIM, qual a sua opinião sobre os programas eleitorais?( ) Ótimo( ) Bom ( ) Regular( ) Ruim( ) Péssimo

Se NÃO, responda a partir da pergunta 6.

5 – Qual programa mais te agradou, independente da coligação e do candidato?( ) Antonio Mentor( ) Diego De Nadai( ) Francisco Sardelli( ) Omar Najar( ) Ronaldo Morenno

Por que?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6 – Qual o programa mais te desagradou, independente da coligação e do candidato?( ) Antonio Mentor( ) Diego De Nadai( ) Francisco Sardelli( ) Omar Najar( ) Ronaldo Morenno

Por que?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7 – Você acredita que o horário eleitoral gratuito influencia na escolha do voto?( ) Sim ( ) Não

Porque?_________________________________________________________________

8 – Durante a campanha eleitoral, houve dois debates televisionados (TV CNT e TV Bandeirantes Campinas). Você acompanhou os debates?( ) Sim, apenas o da CNT

Page 41: Iniciação científica

( ) Sim, apenas o da TV Bandeirantes( ) Sim, acompanhei os dois( ) Não acompanhei nenhum debate

Se SIM, independente de coligação e candidato, qual foi o candidato que se saiu melhor frente às câmeras? ( ) Antonio Mentor( ) Diego De Nadai( ) Francisco Sardelli( ) Omar Najar( ) Ronaldo Morenno

E independente de coligação e candidato, qual foi o candidato que se saiu pior frente às câmeras? ( ) Antonio Mentor( ) Diego De Nadai( ) Francisco Sardelli( ) Omar Najar( ) Ronaldo Morenno

9 – Os debates políticos influenciam na escolha do seu candidato?( ) Sim ( ) Não

Se SIM, o que mais te influencia?( ) Propostas apresentadas( ) Articulação frente às câmeras( ) Oratória( ) Outros _________

10 – Qual candidato de Americana que em sua opinião será o futuro prefeito da cidade?( ) Antonio Mentor( ) Diego De Nadai( ) Francisco Sardelli( ) Omar Najar( ) Ronaldo Morenno

11 - Os debates políticos influenciam na escolha do seu candidato?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________

12 - Em sua opinião, como deveriam ser os programas eleitorais gratuitos?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________