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Ilustração/Representação Gráfica Origem e Evolução Prof. Ana Barrelas

Ilustração

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Ilustração/Representação GráficaOrigem e Evolução

Prof. Ana Barrelas

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O InícioAs Origens do Desenho

Desde os primórdios da humanidade que o desenho serviu para exprimir o pensamento, sentimento e preocupações humanas, tendo antecedido a própria escrita.

Desenhos de figura humana estilizada, mãos pintadas, sinais e animais pintados de forma realista eram representativos do domínio do homem sobre o animal e das suas preocupações quanto à sobrevivência no meio hostil em que vivia.

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Foi depois do período pré-histórico, por volta de 8000 anos antes de Cristo que a expressão gráfica se tornou mais evidente com o sedentarismo de pequenas comunidades sociais, mas foi só cerca de 3000 a.C. que se começaram a desenvolver civilizações mais evoluídas que influenciariam, mais tarde, o mundo inteiro.É exemplo disso a arte egípcia, grega e romana, entre outras.

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Com a difusão do cristianismo, no século VI d.C., o papa Gregório declarou ser função da pintura instruir os crentes, através da representação gráfica de episódios bíblicos. Esta decisão iria influenciar o desenvolvimento da arte europeia desde a Idade Média. 

Nas iluminuras, texto e imagem articulam-se na composição, numa continuidade gráfica entre imagem e caligrafia. As letras capitulares assumem grande importância através da exuberância da linha, do desenho e da cor.

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No século XIV a Itália rompe com a tradição bizantina. Uma pintura realista, substitui a bidimensionalidade e rigidez da anterior. Estas são já figuras de grande realismo, olhos amendoados, de ombros largos, vestidas de pesadas pregas em V, indicadas por linhas escuras e sombreados subtis. As cores são suaves e a luz é uniforme por todo o quadro.

A partir dos séculos XV e XVI, sob influência do Renascimento, uma nova concepção elege o desenho à condição autónoma, considerado como base de aprendizagem artística. Tornou-se, assim, um instrumento privilegiado de rigor e precisão do registo de observação e representação. Sandro Botticelli Leonardo da Vinci e Miguel Ângelo são considerados o expoente máximo desta época.

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A partir do século XVII, o desenho ganha progressivamente autonomia, incidindo, sobretudo, na paisagem e no retrato.  Um dos maiores artistas do século XVII é Rembrandt Van Rijn (1606-1669). Peter Paul Rubens (1577-1640) revela fortes influências da Pintura de Miguel Ângelo no vigor da modelação do corpo humano, bem como na forma como trata a luminosidade e as expressões dos rostos dos personagens.

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Visões do Oriente

Na arte chinesa, a escrita e a criação visual não são consideradas matérias distintas como acontecia no ocidente.  A arte japonesa evidencia características estéticas e visuais dos desenhos chineses até ao período Kamakura ( do séc. XII ao séc. XIV). A “idade do ouro” japonesa (fins do séc. XVIII e princípios do séc. XIX) fez a simbiose íntima entre a poesia, cor e caligrafia, em paisagens de nuances que vão influenciar a Arte nova Europeia. 

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A arte indiana é o resultado de um conjunto étnico e influências muito diversificadas. Tendo muitos povos ocupado a Índia, no século XVI, muçulmanos mongóis apoderaram-se de grande parte do território, impondo um novo estilo. Influências persas e ocidentais vão dar origem a uma nova tendência de um colorido sumptuoso, evocando cenas da vida elegante das cortes.

Outras Influências Na arte dos Índios da América do Norte, chamada pré-colombiana o objecto corrente tinha função decorativa, funcional e era parte integrante das suas crenças. Não havia uma distinção objectiva entre aquilo que era ou não funcional, de tal maneira que belos e significativos trabalhos artísticos faziam parte da vida diária de cada um, como demonstram os exemplos: 

Ma arte africana, parecem não existir características que a definam globalmente. São desenhos de representação da figura humana e animais estilizados, bem como de formas geométricas, destacando-se pela sua diversidade e originalidade em tecidos, cerâmicas, madeiras e jóias. Os seus motivos influenciaram fortemente o cubismo

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Era Moderna Em meados do século XIX, enquanto alguns artistas retomavam o desenho de observação directa, outros, no entanto, reconheciam também a realidade abstracta da pintura plana ou do desenho. Para Manet, uma pintura sobre tela, ou um desenho, era uma superfície plana coberta de pigmentos ou traços desenhados. Com esta ideologia surge o Movimento Impressionista, do qual são também magníficos exemplos as obras desenvolvidas por Degas e Georges Seurat, entre outros. 

Na primeira década do século XX, surge o Movimento Cubista com Georges Braque e Pablo Picasso.

Ao mesmo tempo, Wassily Kandinsky considerava que um trabalho de arte visual poderia ser realizado com formas não representativas, cores e linhas, contendo harmonias próprias e ritmos sincopados, fazendo uma analogia visual com a música.  Na primeira década do século XX, os Artistas Surrealistas introduzem a rapidez e espontaneidade do gesto, procurando exprimir o inconsciente. André Masson desenhava directamente com o tubo de tinta e deixava escorrer cola que espalhava com os dedos, sobre a cola fazia cair areia que se lhe agarrava e acrescentava, ainda, formas desenhadas a lápis ou a pastel.Pollock vai ainda mais longe através da técnica de dripping – escorrimento da tinta sobre uma tela/suporte estendido no chão, com pincel ou pau.

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Mundo Actual

Na actualidade, conforme a função que desempenha, o desenho/representação gráfica assume diferentes papéis. Desde o desenho técnico ou esquemático, passando pela concepção de um cartaz publicitário ou pelo design de um livro infantil, está sempre presente.

A Arte Nova foi fértil em concepções artísticas complexas, nas quais predominavam formas orgânicas, naturalistas, de influência oriental. Foi nesta altura que o cartaz assumiu uma importância vital na divulgação de eventos, predominantemente de natureza cultural.

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A Imagem na Comunicação/Publicidade

Olhando para a evolução da arte ao longo dos séculos, desde as mais elementares pinturas rupestres à fotografia, podemos considerar que ilustração é toda a representação gráfica que permite comunicar. A mensagem pode ser inteligível ou não, dependendo da intenção do autor. Pode servir para transmitir ou provocar simples sensações, sentimentos, desejos ou complexas reflexões, ou pura e simplesmente para ser apreciada. A imagem é e será sempre a forma mais poderosa de imprimir na alma humana o que se pretende, é por isso que hoje as marcas apostam fortemente na sua imagem publicitária, pois o sentido da visão é aquele que actua em primeiro lugar, no que diz respeito a analisar uma qualquer realidade.

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Ilustração Infantil

No que diz respeito à ilustração infantil, esta deve ser simples e de fácil leitura. A forma como se desenham os pormenores, a escolha das cores e técnicas deve ter sempre em conta a faixa etária das crianças a que se destina, bem como a natureza dos temas que são abordados.Hoje existem inúmeros autores que exploram variadíssimas técnicas para conquistarem a atenção dos pequenos leitores, desde o desenho assistido por computador , montagem fotográfica associada a diferentes materiais, à pintura clássica - o mote é variar.

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