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Módulo - Evolução do Desenvolvimento
infantilDesenvolvimento Sexual
infantil
• No módulo a Evolução do
Desenvolvimento Infantil, foi-nos
proposto fazer uma pesquisa
sobre o mesmo, onde eu escolhi o
tema do desenvolvimento sexual
infantil que é a meu ver um
assunto da actualidade e que há
sempre alguma preocupação da
parte dos pais com seus filhos
logo a partir da infância.
• Já faz quase um século que Freud
descreveu a sexualidade infantil,
escandalizando a sociedade
daquela época. Desde então, muito
se estudou e falou sobre este
assunto e, mais recentemente,
com a inclusão da educação sexual
nas escolas, os pais estão a dar
conta de que as antigas fórmulas
de se afastarem do problema já
não funcionam mais.
•As crianças sofrem cada vez mais a
influência por parte da televisão,
de amigos, de parentes, de
vigilantes de crianças e
empregadas, muitas vezes
recebem informações erradas e
prejudiciais. Se nós, os pais,
conseguirmos manter uma relação
aberta com nossos filhos,
poderemos discutir e intervir no
que não nos parece correcto.
•Frequentemente temos dúvidas
sobre o que responder e até
onde responder às perguntas dos
filhos. Queremos que nossos
filhos sejam mais bem
preparados do que nós fomos, e
que vivam sua sexualidade de
forma mais consciente, mas não
sabemos como fazê-lo.
• É importante, primeiro, que
nos remetamos às nossas
próprias dúvidas a este
respeito quando éramos
crianças e a como teríamos
gostado que tivesse sido a
nossa orientação. Desta forma
fica mais fácil entender a
curiosidade dos filhos.
•A sexualidade é uma coisa
natural nos seres humanos, é
uma função como tantas outras.
Frequentemente estimulamos a
evolução dos filhos em vários
aspectos (comer sozinhos,
andar, ler...), mas com a
sexualidade somos cuidadosos
e até mesmo preconceituosos.
•A criança fica com a
sensação de que faltam
partes do seu corpo -
elogiamos olhos, perninhas,
cabelos e outros, mas não
falamos nos seus órgãos
sexuais.
• A educação sexual é um processo
para a vida inteira, teremos tempo
de melhorar o que não
conseguirmos explicar da forma
como gostaríamos. Não é fácil para
os pais que não foram educados
desta forma na sua infância, mas o
importante é tentar melhorar a
educação que possam oferecer a
seus filhos.
•Dependendo da atitude dos
pais, as crianças aprendem
se o sexo é bonito ou feio,
certo ou errado, conversável
ou não.
• Até há bem pouco tempo, dizia-se às
crianças que elas tinham sido trazidas
por uma cegonha, ou que tinham ido
buscá-las ao hospital, ou ainda que
teriam saído do botão de uma flôr, etc.
Hoje, sabemos que não há
necessidade de mentir às crianças,
mesmo porque elas são muito mais
espertas, recebem informações de
várias fontes, e, portanto, estas
"mentiras" só vão servir para nos
desacreditar diante deles.
•Não pode ser considerado feio
falar de algo que é natural. O
melhor a fazer é falar a verdade,
introduzindo neste momento
palavras científicas ( pênis,
vagina) para que possamos
mostrar a seriedade do assunto,
evitando assim gozações, malícia,
palavras de duplo sentido.
• Inicialmente, as dúvidas das crianças
dizem respeito às diferenças
anatômicas entre os sexos e ao
nascimento propriamente dito. Elas
fazem as suas próprias teorias sexuais,
hipóteses acerca de como os bebés
vão parar nas barrigas de suas mães.
Aos poucos, estas teorias vão sendo
questionadas e surgem então as
dúvidas a respeito de como são feitos,
enfim.
• As respostas devem ser simples e
claras, não havendo necessidade de
responder além do que lhe for
perguntado. Dar respostas insuficientes
faz com que a criança pergunte mais e
mais ou, ainda, que vá procurar as
respostas em outras fontes que nem
sempre são confiáveis; por outro lado,
dar respostas extensas demais, também
não é indicado, é preciso dar respostas
de acordo com o que a criança for
perguntando.
• As vantagens de conversar com os filhos
sobre sexo desde as primeiras dúvidas
são:
• aumentar a intimidade e a afectividade
entre si;
abrir caminhos para que se possa
conversar sobre tudo;
• informar correctamente,
reduzindo as fantasias e a
ansiedade delas decorrentes;
• e, por fim:
• prevenir gravidez indesejável e
contaminações por doenças
sexualmente transmissíveis,
como a sífilis, a sida, entre
outras.
•Muito importante será nossa
atitude ao responder às
perguntas: o tom de voz, a
segurança nas informações, o
facto de estarmos ou não à
vontade, tudo isto é captado
pela criança também sob a
forma de informação.
• Há ainda a frequente dúvida sobre
quem deve falar com a criança. O
ideal será sempre que o casal possa
fazer isto os dois, pois ofereceram
visões diferentes e enriquecedoras,
mas dependerá da identificação
que a criança tiver com os pais ou
com um deles em especial naquela
fase da vida, ou, ainda, do
temperamento de cada um.
•Pode ser mais fácil para um
dos dois tocar neste assunto,
evitando o "jogo do
empurra". Ajudará muito o
casal discutir claramente
entre si antes de conversar
com a criança.
• É possível que surjam algumas
dúvidas de que como usar as
palavras. Não é necessário ser
especialista, mas acessível. À criança
de menos de cinco anos, é preciso ser
mais claro e preciso, já as maiores
podem compreender uma infor
mação mais elaborada.
• Não é preciso ser especialista para
dar uma informação suficientemente
boa.
• O facto é que estaremos no caminho
certo se nossos filhos pensarem: "Vou
perguntar a mãe e ao pai e eles
esclarecem as minhas dúvidas". Se por
acaso não puderem responder no
momento, esclareçam qual é a dúvida e
digam que responderam assim que
puderem. Não finjam que "esqueceram"
de responder. Se sentirem vergonha,
digam. Pais humanos permitem uma
maior identificação e autoconfiança.
• No final desta exposição, concluimos
que podemos ajudar os nossos filhos a
terem uma educação sexual mais
aberta e sem tabús, para que eles não
tenham nunca receio de falar destes
assuntos, com as pessoas em que mais
confiam, os pais ou educadores. E
assim os pais mais tarde não pensarem
que poderiam ter feito melhor pela
educação sexual dos seus filhos, e
tambem podendo evitar algum
desgosto ou mágua.
• Não nascemos ensinados e
somos frutos da educação que
tivemos. Assim como nossos
pais, certamente fazemos o
melhor que somos capazes, e
será muito bom que possamos
ter a oportunidade de repensar
algumas situações e atitudes.
MARÍLIA TAVARES 2009
Trabalho elaborado por: