Upload
lindalva-almeida
View
117
Download
3
Tags:
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DA EDUCAÇÃO CAMPUS XIII -
ITABERABA
COLEGIADO DE LETRAS- 1º SEMESTRE
2014
DISCENTES
o AYLANA NASCIMENTO
o CLEBER TEIXEIRA
o CRISTIANE OLIVEIRA
o LINDALVA ALMEIDA
o RENATA COSTA
O falante de uma língua, é de
certa forma, um poliglota.
Distinções fundamentais no uso da
língua:•Modalidade oral e escrita
•Registro formal e informal
•Variedade padrão e não-padrão
“FREQUENTEMENTE
SÃO CONFUNDIDAS ,
EMBORA PERTENÇAM
AO MESMO SISTEMA,
ESSAS
MANIFESTAÇÕES SÃO
APENAS
PARCIALMENTE
SEMELHANTES”
DISTINÇÕES ENTRE AS MODALIDADES ORAL E ESCRITA
Distinção entre a modalidade oral e
escrita
FALA ESCRITA
Espontânea Planejada
Evanescente Duradoura
Grande apoio contextual Ausência de apoio contextual
Face a face Interlocutor distante
Repetições / redundâncias
truncamentos/desvios
Controle de sintaxe / das
repetições/ da redundância
Predomínio de orações
coordenadas
Predomínio de orações
subordinadas
REGISTRO FORMAL E
INFORMALFala e escrita podem variar quanto ao
grau de formalidade:
Oi, tá tudo bem?
Caros ouvintes. Boa tarde!
FALA
Tô chegando aí. Deixa o parabéns pra mais tarde!
Chegaremos ao local da cerimônia com um pequeno atraso em relação à programação anteriormente estabelecida. Solicitamos que as atividades sejam adiadas por alguns minutos.
ESCRITA
Estruturas próprias da fala não planejada, que
podem aparecer em textos informais, mas não na
escrita formal.
Formas reduzidas ou contraídas: pra (para); tô
(estou); tá (está); né(não é); peraí (espera aí); cê
(você); taí (está aí).
Palavra de articulação entre ideias (repetidas em
excesso)que substituam, conjunções mais exatas:
então; daí; aí; é; que.
Sinais utilizados na fala para orientar a atenção do
ouvinte: veja bem; certo?; viu?; entendeu?...
Verbos de sentido muito geral no lugar de verbos de
sentido mais exato: dar; ficar; dizer; ter; achar; ser;
fazer.
Gírias e coloquialismo:papo; enche; manera; pega
leve; se toca...
Inconsistência no uso de pronomes: te; você; seu;
sua; a gente; nós.
VARIEDADE PADRÃO E NÃO-
PADRÃO
Língua padrão, norma culta ou variedade padrão é a variedade linguística de maior prestígio social.
Língua não padrão é o conjunto de todas as variedades linguísticasdiferentes da língua padrão.
Assim, a língua padrão é o consenso do que está nos documentos oficiais, nas leis, nos livros nos jornais e revista tradicionais de grande circulação.
“Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera
deles, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada." Eu
não sabia o que era obliqua, mas dissimulada
sabia, e queria ver se podiam chamar assim.
Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me
perguntava o que era, se nunca os vira, eu nada
achei extraordinário; a cor e a doçura eram minhas
conhecidas. A demora da contemplação creio que
lhe deu outra idéia do meu intento; imaginou que
era um pretexto para mirá-los mais de perto, com
os meus olhos longos, constantes, enfiados neles,
e a isto atribuo que entrassem a ficar crescidos,
crescidos e sombrios, com tal expressão que...
Retórica dos namorados, dá-me uma comparação
exata e poética para dizer o que foram aqueles
olhos de Capitu...”(ASSIS, Machado Dom
Casmurro)
“– NONADA. TIROS QUE O SENHOR ouviu foram de
briga de homem não, Deus esteja. Alvejei mira em
árvores no quintal, no baixo do córrego. Por meu
acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em
minha mocidade. Daí, vieram me chamar. Causa dum
bezerro: um bezerro branco, erroso, os olhos de nem
ser – se viu –; e com máscara de cachorro. Me
disseram; eu não quis avistar. Mesmo que, por defeito
como nasceu, arrebitado de beiços, esse figurava
rindo feito pessoa. Cara de gente, cara de cão:
determinaram – era o demo. Povo prascóvio.
Mataram. Dono dele nem sei quem for. Vieram
emprestar minhas armas, cedi. Não tenho abusões. O
senhor ri certas risadas... Olhe: quando é tiro de
verdade, primeiro a cachorrada pega a latir,
instantaneamente – depois, então, se vai ver se deu
mortos. O senhor tolere, isto é o sertão.” (ROSA,
Guimarães Grande sertão: Veredas)
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS GARCEZ, Lucília Helena do Carmo. Técnica de redação: o que é preciso saber para bem escrever – SP/ Martins Fontes,2001 – (ferramentas).
GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula / Editora Ática 2ªed – SP, 1999.
http://minhababel.blogspot.com.br/2010/03/variedades-linguisticas.html acessado em 30 de julho.
ASSIS, Machado Dom Casmurro/ Nova Aguilar, 1ª ed. – RJ,1994
ROSA, José Guimarães Grande sertão: Veredas / Editora Nova Aguilar 1ª ed. – RJ,1994.