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Arquivo powerpoint feito com o programa Open Office para discutir o dia de Zumbi e o preconceito. Apresentado no CEU Perus em novembro de 2006 junto com a peça teatral amadora ZUMBI GRACIOSO. versão em video: http://radiograciosa.multiply.com/video/item/94
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Reinos
● Antes de sofrer com o colonialismo europeu, vários reinos progrediam no continente africano. Entre eles o Reino do Congo: localizado no sudoeste de África no território que hoje corresponde ao noroeste de Angola, a Cabinda, à República do Congo, à parte ocidental da República Democrática do Congo e à parte centro-sul do Gabão.
Reinos
● O continente africano possui uma história vastíssima, extremamente complexa e de fundamental importância para a humanidade.
● Muitos estudos dizem que a humanidade surgiu na África. Os mais antigos fósseis de hominídeos encontrados em África têm cerca de cinco milhões de anos.
Reinos
● O Egito foi provavelmente o primeiro estado a constituir-se em África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estados se foram sucedendo neste continente, ao longo dos séculos. Para além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos doutros continentes, que buscavam as suas riquezas, por vezes ocupando partes do “Continente Negro” por largos períodos.
Capoeira
● Os escravos negros começaram a ser desembarcados no Brasil por volta de 1548 e, nos três séculos seguintes, seriam predominante do tronco lingüístico banto, do qual faz parte a língua Quimbundo. Esse grupo englobava angolas, benguelas, Moçambique, canbindas e congos... No Brasil, esses grupos étnicos, antes rivais, se uniram pela escravidão formando uma cultura africana que plantou bases muito fortes na cultura brasileira, de dança, música e técnicas de corpo, como a capoeira".
Capoeira
● Não existe na historiografia recente do Brasil, nenhum dado que possa afirmar que a capoeira é proveniente da África. Com certeza ela foi desenvolvida por escravos no Brasil. Portanto, a capoeira é legítima e genuinamente brasileira.
● Os registros que determinam datas para seu surgimento, utilizam datas que variam entre 1578 e 1632. Sabe-se que a capoeira realmente surgiu como instrumentos de libertação contra um sistema opressor, onde o homem negro era tratado como peça, os meninos negros como moleques e as mulheres escravas com filhos como fêmeas com crias.
QUILOMBO
● Dessa forma, o surgimento da capoeira se confunde com a história da resistência dos negros no Brasil. Eis porque a maioria dos autores que escrevem sobre a questão associam o aparecimento da capoeira ao surgimento dos primeiros quilombos; alguns chegam a se referir especificamente ao Quilombo de Palmares (que foi o que reuniu um número maior de pessoas, cerca de 25 mil, e foi destruído em 1694) como sendo o berço da capoeira.
Zambi, também chamado capitão Zumbi dos Palmares, também chamado Francisco.
● A grande figura do quilombo dos Palmares, símbolo da resistência afro-brasileira contra a escravidão e toda forma de opressão. Considerado um dos inventores da antiga capoeira. Era casado com DANDARA. Julga-se que era sobrinho de GANGA ZUMBA, rei de Palmares.
● Foi assassinado em 20 de novembro de 1695, que agora é lembrado como Dia da Consciência Negra.
Escravidão
● Já existia entre alguns grupos africanos o costume de escravizar prisioneiros de guerras. Isto foi aproveitado pelos invasores europeus, principalmente ingleses, franceses e portugueses, que usaram o sequestro de seres humanos para terem lucro: primeiro com a venda como escravos; depois como mão-de-obra em grandes plantações na América.
Escravidão
● Negro - Raul Bopp ● Pesa em teu sangue a voz de ignoradas
origens / As florestas guardaram na sombra o segredo da tua história / A tua primeira inscrição em baixo-relevo / Foi uma chicotada no lombo / Um dia /Atiraram-te no bojo de um navio negreiro / E durante longas noites e noites /Vieste escutando o rugido do mar / Como um soluço no porão soturno
Escravidão
● O mar era um irmão da tua raça / Uma madrugada /Baixaram as velas do convés /
● Havia uma nesga de terra e um porto /● Armazéns com depósitos de escravos /● E a queixa dos teus irmãos amarrados em
coleiras de ferro / Principiou aí a tua história / O resto / a que ficou para trás / O Congo as florestas e o mar /continuam a doer na corda do urucungo.
● Poema de Raul Bopp (1898-1984)
Preconceito
● "Minha cor – poema de uma estudante
● Ai meu Deus! / quando será que isso vai acabar? / Minha cor tem história para podermos falar e quem sabe me orgulhar./ Mas não entrou na minha cabeça que não tinha como mudar / Eu sou negra e tenho que me valorizar. / Ali eu ouvi me xingarem e me humilharem / Não vou chorar, vou levantar a cabeça e para frente vou olhar / Quem sabe um dia isso vai acabar /Vou gostar de mim e me amar/
POEMA DE UMA ESTUDANTE
● Porque da minha cor vou ter orgulho
● Sou negra não vou mudar
● vou lutar pelo meu futuro e
● um dia vou me levantar ."
● Tradução da MúsicaChanges: “Mudanças”
● Vamos lá vamos lá● Eu não vejo mudanças acordo de manhã e me pergunto● A vida é valiosa ou devo me matar?● Eu estou cansado de ser pobre e até pior eu sou preto● Meu estômago ronca então eu procuro uma bolsa pra roubar● Os tiras sempre culpam os negros● Puxam o gatilho, mata um negão ele é um herói● Dar crack para as crianças quem se importa● Menos uma boca faminta para a assistência social● Primeiro jogam elas no tráfico e deixa eles negociarem os irmãos● Dá armas pra eles dá um passo pra trás e assiste eles se matarem● É hora da briga acabar como Huey disse● 2 tiros no escuro agora Huey está morto● Eu tenho amor pelo meu irmão mas nós nunca podemos ir a lugar nenhum● Ao menos que nós compartilhemos uns com os outros● Nós temos que começar a fazer mudanças● Aprender a nos vermos como um irmãos em vez de dois estranhos distantes● E é assim que deve ser● Como o diabo pode levar um irmão se ele está unido a mim?● Eu adoraria voltar ao tempo em que éramos crianças● Mas as coisas mudam, e esse é o caminho
Continua música “Changes” de 2Pac
● Refrão● Esse é o caminho● As coisas nunca mais serão as mesmas● Esse é o caminho● Aww yeahh● Repete
● Eu não vejo mudanças tudo que eu vejo são rostos racistas● Ódio desenfreado que traz desgraça pras raças● Nós a minoria. eu imagino o que será preciso para fazer disso● Um lugar melhor, vamos apagar os vestígios● Tirar o demônio das pessoas elas vão agir certo● Porque tanto os pretos quanto os brancos estão fumando crack esta noite● E a única vez em que nos esquentamos é quando nós matamos uns aos outros● É preciso ter habilidade se tornar real, tempo para amenizarmos uns com os outros● E embora isso pareça o paraíso● Nós ainda não estamos prontos para ter um presidente preto, uhh● E não é nenhum segredo não conciliar os fatos● A penitenciária está lotada, e está cheia de pretos● Mas algumas coisas nunca mudam● Tento mostrar outro caminho mas você continua no jogo das drogas● Agora diga-me o que uma mãe faz● Sendo verdadeira e não apelar para o irmão em você● Você seguiu o caminho fácil● "eu ganhei mil hoje" mas você fez pelo caminho sujo● Vendendo crack para as crianças. "eu fui pago"● Bem hã, bem esse é o caminho!?...
Continua música “Changes” de 2Pac
● Falando:● Nós temos que ininiar uma mudança...● É hora de nós fazermos algumas mudanças● Vamos mudar o jeito que nós comemos, vamos mudar o jeito que
vivemos● E vamos mudar o jeito que nos tratamos uns aos outros.● Você vê que o velho caminho não funcionou, então cabe a nós
fazermos● O que nós temos que fazer, para sobreviver.● E eu ainda não vejo mudanças um irmão não pode ter um pouco de
paz?● É guerra nas ruas e guerra no meio leste● Em vez de guerra contra a pobreza eles fazem guerra pelas drogas● Então vem a polícia possa me incomodar● E eu nunca cometi um crime eu ainda não tive que cometer● Mas agora eu estou de volta com os pretos devolvendo para você
Final da “Changes” de 2Pac
● Não deixe ele te chamarem de macaco, fazerem voce recuar,● Tirar você do sério e cafetão te espancar● Você tem que aprender a ser você mesmo● Eles têm inveja quando te veêm com seu celular● Mas fale aos tiras que eles não podem tocá-lo● Eu não confio neles, quando eles tentarem empurrar eu peito eles● Esse é o som do meu brinquedo você diz que isso ainda não é legal● Minha mãe não criou um otário● E enquanto eu for preto eu tenho que ficar ligado● E nunca descansar● Porque eu sempre tenho que me preocupar com as vinganças● Algum cara que eu dei uma dura há algum tempo atrás● Estou de volta depois de todos estes anos● Rat-a-tat-tat-tat-tat esse é o caminho .
● Tupac
Palavras do geógrafo Milton Santos:
● “Há uma frequente indagação sobre como é ser negro em outros lugares, forma de perguntar, também, se isso é diferente de ser negro no Brasil...
● (...) a opinião pública foi, por cinco séculos, treinada para desdenhar e, mesmo, não tolerar manifestações de inconformidade, vistas como um injustificável complexo de inferioridade, já que o Brasil, segundo a doutrina oficial, jamais acolhera nenhuma forma de discriminação ou preconceito.”
Palavras do geógrafo Milton Santos:
● “(...) Ser negro no Brasil é, pois, com frequência, ser objeto de um olhar enviesado. A chamada boa sociedade parece considerar que há um lugar predeterminado, lá em baixo, para os negros e assim tranquilamente se comporta. Logo, tanto é incômodo haver permanecido na base da pirâmide social quanto haver "subido na vida". “
Palavras do geógrafo Milton Santos:
● “Pode-se dizer, como fazem os que se deliciam com jogos de palavras, que aqui não há racismo (à moda sul-africana ou americana) ou preconceito ou discriminação, mas não se pode esconder que há diferenças sociais e econômicas estruturais e seculares, para as quais não se buscam remédios. A naturalidade com que os responsáveis encaram tais situações é indecente, mas raramente é adjetivada dessa maneira. “
Palavras do geógrafo Milton Santos:
● “Trata-se, na realidade, de uma forma do apartheid à brasileira, contra a qual é urgente reagir se realmente desejamos integrar a sociedade brasileira de modo que, num futuro próximo, ser negro no Brasil seja, também, ser plenamente brasileiro no Brasil.”
● Artigo escrito por Milton Santos, geógrafo, professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, falecido em 2001.
● Fonte: Folha de S.Paulo – caderno Mais - brasil 501 d.c. - 07 de maio de 2000
BIBLIOGRAFIA
● “Minha Cor” - Poema de uma estudante: ● http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/
anpocs/nieme.rtf.
● Sobre capoeira: http://br.geocities.com/siteberimbau/historico.htm
● Pesquisas: google e wikipedia
● Saite sugerido: www.acordacultura.org.br