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As disponibilidades hídricas asa

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Page 1: As disponibilidades hídricas asa

OS RECURSOS NATURAIS DE QUE A POPULAÇÃO DISPÕE: USOS, LIMITES E POTENCIALIDADES

As disponibilidades hídricas

Page 2: As disponibilidades hídricas asa

As disponibilidades hídricas em Portugal

Os recursos hídricos disponíveis correspondem à água que se encontra em circulação nos continentes:

• como em profundidade – as ditas águas

subterrâneas (nascentes naturais e lençóis de água

existentes no subsolo).

• tanto à superfície – as chamadas águas superficiais (rios,

lagos, lagoas e albufeiras)

De acordo com os dados do Instituto Nacional da Água (INAG), o total dos recursos hídricos em Portugal

continental é de 61 500 milhões de metros cúbicos anuais.

Page 3: As disponibilidades hídricas asa

Apesar desta relativa abundância no que respeita às nossas disponibilidades hídricas, a realidade é que:

Fig. Paisagem durante o verão no Alentejo

As disponibilidades hídricas em Portugal

conduzem frequentemente a

situações de carência de água em muitas regiões do

país, principalmente durante a época estival.

• a irregularidade temporal com que surgem;

• a desigual distribuição no espaço;

• a acentuada dependência em relação a Espanha (sobretudo no que se refere aos rios internacionais);

• e as diferentes necessidades regionais…

Page 4: As disponibilidades hídricas asa

• têm origem nas precipitações que caem sobre a superfície da Terra;

• constituem a principal fonte de alimentação dos cursos de água,

sejam eles temporários ou permanentes.

• No território continental, a rede hidrográfica é dominada pelos rios

luso-espanhóis: Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana. Contudo,

existem outros exclusivamente portugueses, também com grande importância: Ave, Cávado, Vouga,

Mondego, Mira e Sado.

As disponibilidades hídricas em Portugal

AS ÁGUAS SUPERFICIAIS

Fig. Rio Nabão - Tomar

Fig.

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Page 5: As disponibilidades hídricas asa

A grande maioria dos rios nacionais tem uma orientação geral nordeste-sudoeste (NE-

SW), seguindo a inclinação geral do relevo no nosso território.

As disponibilidades hídricas em Portugal

Contudo, há rios em que tal não sucede, escoando as suas

águas noutras direções. É o caso, por exemplo, dos rios Sado e Guadiana, que correm de sul

para norte e de norte para sul, respetivamente.

Fig.

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Fig. Rio Guadiana

Page 6: As disponibilidades hídricas asa

O relevo não influencia apenas a orientação dos rios. É também responsável, juntamente com o clima, pelas diferenças na

densidade da rede hidrográfica do território nacional.

As disponibilidades hídricas em Portugal

• No Norte, onde o relevo é mais acidentado e o clima mais pluvioso, a rede hidrográfica é mais densa e está melhor

hierarquizada. Os rios escoam por vales mais ou menos

apertados e profundos, regra geral, com perfis transversais

em “V” fechado ou em forma de “V” aberto ou normal, com

grande declive e consideráveis irregularidades ao longo do seu

percurso.

No Sul e Centro Litoral a situação é bem diferente. Aqui,

desenvolvem-se vastas planícies aluviais e o clima regista maior

secura, pelo que a rede hidrográfica é menos densa.

Nesta região, os cursos de água têm percursos com menor declive e leitos muito mais regulares, ao mesmo tempo que escoam em

vales mais abertos, frequentemente designados por

“caleira aluvial”.

Fig.

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Fig.

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Page 7: As disponibilidades hídricas asa

Fonte: Instituto da Água, I.P.

Fig. Perfil longitudinal e transversal do Douro (segmentos até Espanha)

Fig.

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As disponibilidades hídricas em Portugal

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Fig. Perfil longitudinal e transversal do Tejo (segmentos até Espanha)

As disponibilidades hídricas em Portugal

Page 9: As disponibilidades hídricas asa

Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, devido às reduzidas dimensões das diferentes ilhas, bem como às

características do relevo existente, os cursos de água são pouco extensos e designam-se de ribeiras.

Fig. Ilha da Madeira Fig. Ribeira Grande – São Miguel (Açores)

As disponibilidades hídricas em Portugal

• As ribeiras possuem perfis longitudinais com declives acentuados e grandes irregularidades. As suas águas escoam normalmente ao

longo de vales em forma de “V” fechado ou garganta.

Page 10: As disponibilidades hídricas asa

Em Portugal continental

destacam-se quinze bacias hidrográficas, cinco das quais dizem respeito aos rios luso-

espanhóis – Minho, Lima, Douro, Tejo e

Guadiana.

Fonte: INAG, MCOTA (2002)Fig. Principais bacias hidrográficas de Portugal

continental

As disponibilidades hídricas em Portugal

PRINCIPAIS BACIAS HIDROGRÁFICAS

Page 11: As disponibilidades hídricas asa

As bacias hidrográficas dos rios luso-espanhóis ocupam

uma superfície correspondente a cerca de 63% do território

português e de 42% do espanhol, o que é um fator

extremamente importante para as disponibilidades hídricas

dos dois países.

Fig. Os rios luso-espanhóis

As disponibilidades hídricas em Portugal

Este facto atesta também a nossa dependência, em

termos de recursos hídricos, face ao país vizinho.

Fonte: INAG, MCOTA (2002)Fig. Principais bacias hidrográficas de

Portugal continental

Page 12: As disponibilidades hídricas asa

De entre as várias bacias hidrográficas (nacionais e

internacionais), a do Douro é a que ocupa maior

superfície (superior à de Portugal continental).

A do Tejo, por seu lado, é a que abrange maior área

em território exclusivamente nacional.

As disponibilidades hídricas em Portugal

As bacias hidrográficas inteiramente portuguesas são pouco extensas, e delas

destacam-se as dos rios Sado, Mondego, Vouga e

Cávado.

Fonte: INAG, MCOTA (2002)Fig. Principais bacias hidrográficas de

Portugal continental

Page 13: As disponibilidades hídricas asa

Nas bacias hidrográficas, as disponibilidades hídricas são fortemente condicionadas pela

irregularidade da precipitação e pela forma como se processa o

escoamento.

As disponibilidades hídricas em Portugal

Em Portugal continental, o escoamento anual médio é de 385 mm por ano. No entanto, e à semelhança da precipitação, também

acontece de forma bastante irregular, tanto no tempo (ao longo do ano e entre diferentes anos) como no espaço.

Page 14: As disponibilidades hídricas asa

Relativamente à sua distribuição no tempo, é possível observar que o escoamento é mais acentuado nos meses de

inverno e mais reduzido no período estival.

Fig. Escoamento anual nas principais bacias hidrográficas nacionais

As disponibilidades hídricas em Portugal

Fonte: Plano Nacional da ÁguaFig. Escoamento interanual em Portugal (1955-2005)

Page 15: As disponibilidades hídricas asa

Fig.

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Fonte: DGA, Atlas do Ambiente

As disponibilidades hídricas em Portugal

A repartição geográfica do escoamento decalca a das chuvas.

• As regiões de maior abundância são o Noroeste e a

Cordilheira Central, precisamente as mais chuvosas (escoamento anual superior a 400

mm; destacam-se as serras do Noroeste, com um escoamento médio superior a 1000 mm/ano).

• Ao Noroeste e Cordilheira Central opõem-se o Nordeste e o Sul do país, com um escoamento anual

inferior a 200 mm/ano, excetuando as serras isoladas, onde esse valor

é superior.

De salientar que, em termos de balanço hídrico, o

escoamento no nosso país corresponde a pouco mais de

um terço do total de precipitação registada, sendo que os outros quase dois terços

dizem respeito à evapotranspiração.

Page 16: As disponibilidades hídricas asa

O caudal dos rios é particularmente condicionado pela variação anual e espacial da precipitação.

Fig. Variação mensal média dos caudais de alguns rios. Fonte: INAG

As disponibilidades hídricas em Portugal

VARIAÇÃO DO CAUDAL DOS RIOS

• ação do homem, uma vez que

também ele tem influência no modo como se processa

o escoamento.

A estas acrescem:

• características do relevo (forma e declive

das vertentes);

• natureza dos terrenos (tipo de rocha que os constitui e grau

de permeabilidade);

• cobertura vegetal;

Page 17: As disponibilidades hídricas asa

As disponibilidades hídricas em Portugal

Fig.

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Em consequência da variabilidade da precipitação ao

longo do ano, os cursos de água portugueses apresentam um regime irregular, com caráter torrencial, ou seja, têm caudais

muito reduzidos ou mesmo nulos durante a estiagem (caudal de

estiagem) e caudais elevados nas épocas de maior precipitação

(dezembro a março).

Esta irregularidade (do regime dos rios) aumenta de norte para

sul e acompanha a desigual distribuição das precipitações.

Page 18: As disponibilidades hídricas asa

Fig. Caudais mínimos e máximos de alguns rios

As disponibilidades hídricas em Portugal

Page 19: As disponibilidades hídricas asa

Face à irregularidade temporal das disponibilidades hídricas, Portugal optou pela construção de barragens. As barragens

permitem:

As disponibilidades hídricas em Portugal

BARRAGENS

• minimizar os problemas de escassez e grandes irregularidades dos recursos hídricos potencialmente disponíveis no Sul, através

do armazenamento de água em albufeiras;

• potencializar a abundância destes recursos no Norte, sobretudo na produção de energia hidroelétrica.

Fig.

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Page 20: As disponibilidades hídricas asa

As disponibilidades hídricas em Portugal

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o nosso país viu aumentada em cerca de trinta e duas vezes a sua capacidade de armazenamento de

água em albufeiras (passado de 370 hm³ - início dos anos 50, para 11

860 hm³ - primeiros anos deste século).

Atualmente, são mais de 2000 as estruturas hidráulicas construídas em

território português, mas destas destacam-se 230 grandes barragens

(albufeiras com capacidade de armazenamento superior a 1 hm³).

Page 21: As disponibilidades hídricas asa

Fig. Número de albufeiras, segundo a capacidade de armazenamento nas principais bacias hidrográficas.

As disponibilidades hídricas em Portugal

Page 22: As disponibilidades hídricas asa

As duas maiores albufeiras portuguesas são, até ao presente, o Alqueva, na bacia do Guadiana, e Castelo de Bode, na bacia do

Tejo, com capacidades de armazenamento de 4150 hm³ e 1095 hm³, respetivamente.

Fig.

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As disponibilidades hídricas em Portugal

Page 23: As disponibilidades hídricas asa

FINALIDADES:

• Rega;

• Produção de energia;

• Abastecimento de água para fins domésticos e industriais;

• Controlo de cheias e marés/ regularização do caudal de rios;

• Navegação/uso recreativo;

• Aquicultura;

• Recarga de aquíferos.

As disponibilidades hídricas em Portugal

BARRAGENS

IMPACTES:

• riscos geotécnicos e sísmicos;

• impactos biológicos climáticos, agrícolas, sociais e económicos, nos territórios e nas populações

adjacentes.

• representam uma violenta perturbação, interferindo nos

equilíbrios naturais, diminuindo a biodiversidade,

destruindo o património cultural e suscitando problemas sociais.

IMPACTES:

• constituem uma violenta perturbação da dinâmica fluvial, interferindo no ciclo natural dos

processos erosivos e sedimentares, causando impactos locais mas também regionais que

alcançam o mar, subtraindo nutrientes necessários nas águas

estuarinas e costeiras e contribuindo para a erosão das

linhas de costa.

Page 24: As disponibilidades hídricas asa

Além dos rios, existem no nosso país outros reservatórios naturais de água à

superfície. É o caso das lagoas de origem marinho-fluvial, glaciária e

litológica/estrutural.

Fig. Lagoa de Óbidos

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As disponibilidades hídricas em Portugal

Page 25: As disponibilidades hídricas asa

Em Portugal continental, as lagoas marinho-fluviais são em número superior, têm em geral pequena profundidade e situam-se

predominantemente ao longo da faixa litoral.

Fig.

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As disponibilidades hídricas em Portugal

As mais importantes são as de Óbidos, Pateira de Fermentelos, Paramos, Mira, Tocha e Vela (a norte do Tejo) e

Albufeira, Melides e Santo André (a sul do Tejo).

Page 26: As disponibilidades hídricas asa

As lagoas de origem glaciária são cerca de uma dezena e situam-se, na sua quase totalidade, nas zonas mais elevadas da

serra da Estrela.

Fig.

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As disponibilidades hídricas em Portugal

De entre elas, destaca-se a Lagoa Comprida, com cerca de 1 km de extensão, que é alimentada pelas chuvas e pela fusão da neve e

do gelo.

Page 27: As disponibilidades hídricas asa

As lagoas de origem litológica/estrutural localizam-se no Maciço Calcário Estremenho.

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As disponibilidades hídricas em Portugal

As mais importantes são as de Mira, Minde e Arrimal.

Page 28: As disponibilidades hídricas asa

Fig. Caldeira das Sete Cidades (Lagoa Verde e Lagoa Azul) – S. Miguel (Açores)

Nos Açores existem numerosas lagoas de origem vulcânica, em consequência da acumulação de águas pluviais e de nascente

nas depressões resultantes do abatimento de antigas crateras.

As disponibilidades hídricas em Portugal

A caldeira da Sete Cidades, na ilha de S. Miguel, está ocupada por duas importantes lagoas, a Lagoa Verde e a Lagoa Azul. Importantes nesta ilha são também as lagoas do Fogo e das

Furnas.

Page 29: As disponibilidades hídricas asa

• constituem um dos componentes fundamentais dos recursos hídricos e encontram-se principalmente nos aquíferos,

formações geológicas que permitem a circulação e o armazenamento da água nos espaços vazios, proporcionando o seu

aproveitamento pelas populações.

As disponibilidades hídricas em Portugal

AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

• dependem da precipitação ocorrida, mas também, e fundamentalmente, da natureza das formações rochosas,

especialmente no que diz respeito ao seu grau de permeabilidade.

Page 30: As disponibilidades hídricas asa

• As formações rochosas de granito, xisto e basalto são pouco permeáveis, exceto se estiverem muito alteradas ou fissuradas, pelo

que dificultam a infiltração da água e a formação de aquíferos.

As disponibilidades hídricas em Portugal

AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

• As formações sedimentares de origem detrítica (areias e arenitos), pelo contrário, são bastante permeáveis, o que facilita a

infiltração da água e a formação de aquíferos importantes.

• As formações calcárias ou cársicas são muito permeáveis, pois a água dissolve o calcário quando em presença do dióxido de

carbono. As fendas, habitualmente existentes em qualquer tipo de rocha, são rapidamente alargadas. O escoamento superficial acaba,

assim, por ser rapidamente substituído por uma circulação subterrânea cada vez mais importante, dando origem aos aquíferos

cársicos.

Page 31: As disponibilidades hídricas asa

Fig. Esquema de um aquífero cársico

As disponibilidades hídricas em Portugal

• Nestas regiões, a circulação das águas à superfície é desorganizada e acompanhada de formas de relevo únicas.

Fig. Grutas de Mira de Aire – Porto de Mós

Page 32: As disponibilidades hídricas asa

Em profundidade, a circulação acaba por desenvolver um sistema de galerias e cavernas com formações muito curiosas,

como é o caso das estalactites e das estalagmites. Quando abundantes, as águas dão origem a autênticos rios subterrâneos

de traçado muito complexo.

Fig. Estalactites

As disponibilidades hídricas em Portugal

A circulação das águas num carso vai evoluindo com a idade do mesmo.

Esta evolução acaba por estar diretamente dependente do tipo de clima em que se encontra, uma vez que a temperatura influencia o poder

dissolvente da água.

Page 33: As disponibilidades hídricas asa

Maciço Calcário Estremenho – serra de Aire

A região cársica mais representativa no nosso país é o Maciço Calcário Estremenho, constituído pelas serras de Candeeiros,

Santo António, Aire e Planalto de S. Mamede.

As disponibilidades hídricas em Portugal

Page 34: As disponibilidades hídricas asa

As grandes unidades hidrogeológicas decalcam as unidades morfoestruturais.

Fig. Recursos aquíferos em Portugal continental

Fig. Principais formações geológicas em Portugal continental

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REPARTIÇÃO GEOGRÁFICA DOS SISTEMAS DE AQUÍFEROS

Page 35: As disponibilidades hídricas asa

O Maciço Antigo:

Fig. Maciço Antigo

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• pela sua composição litológica e permeabilidade reduzida (granitos) a muito reduzida (xistos), é muito pobre em aquíferos – 10 dos 62,

segundo o Plano Nacional da Água (2001); 9 estão localizados no Alentejo. Cerca de 80% tem

também uma reduzida produtividade aquífera (< 1 I/s).

Page 36: As disponibilidades hídricas asa

• A orla ocidental, pela diversidade litológica que

apresenta, é a que possui mais sistemas de aquíferos

(cerca de 30), cársicos e porosos. Esta diversidade

implica também uma produtividade muito variável,

embora 35% produzam mais de 10 I/s.

Fig. Reservas hídricas subterrâneas (estimadas) das unidades hidrogeológicas de Portugal continental

• A orla meridional, de composição litológica semelhante à anterior, possui 17 sistemas de

aquíferos com produtividade inferior

(apenas 24% produzem entre 10 e 16l/s).

As disponibilidades hídricas em Portugal

As Orlas Ocidental e Meridional:

Page 37: As disponibilidades hídricas asa

• As Bacias Sedimentares do Tejo e do Sado formam a unidade hidrogeológica mais importante do país, em termos de águas subterrâneas, pela extensão, espessura e produtividade dos seus

aquíferos.

Fig. Reservas hídricas subterrâneas (estimadas) das unidades hidrogeológicas de Portugal continental

Fig. Rio Tejo Fig. Alcácer do Sal – Rio Sado

As disponibilidades hídricas em Portugal

As Bacias Sedimentares:

Page 38: As disponibilidades hídricas asa

Os aquíferos são importantes reservatórios subterrâneos de água e têm a vantagem, em relação às águas superficiais, de se encontrarem

mais protegidos relativamente a eventuais fontes poluidoras.

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As disponibilidades hídricas em Portugal

Também têm as suas vulnerabilidades, pois, se ocorrerem focos de poluição, torna-se praticamente impossível recuperá-los, dada a sua

localização subterrânea.

Page 39: As disponibilidades hídricas asa

A utilização desregrada de fertilizantes, pesticidas e

herbicidas ou a descarga de substâncias tóxicas no solo ou em cursos de água superficiais podem

conduzir à perda definitiva dos níveis freáticos, vulgarmente designados de toalhas freáticas. Outro dos cuidados a ter prende-se com a

captação destas águas, pois, se for excessiva, coloca em risco a sua

utilização futura, esgotando o aquífero.

As disponibilidades hídricas em Portugal

Page 40: As disponibilidades hídricas asa

Apesar de os recursos hídricos subterrâneos renováveis representarem apenas 16% do total de recursos hídricos gerados em Portugal continental, suportam cerca de 54% do consumo total de

água anual.

Esta situação reflete uma pressão humana mais efetiva sobre as águas subterrâneas do que sobre as águas superficiais.

As disponibilidades hídricas em Portugal

O principal setor responsável por esta

situação é a agricultura, que “consome” cerca de 75% da água total e 89%

da água subterrânea.

Fig. Setores utilizadores de água subterrânea em Portugal continental (2011)

Page 41: As disponibilidades hídricas asa

Fig. Recursos aquíferos em Portugal continental

• A sobreexploração de águas subterrâneas provoca frequentemente a

descida do nível freático, o que pode contribuir para a diminuição da sua

qualidade.

As disponibilidades hídricas em Portugal

O Algarve é a região mais dependente das águas subterrâneas –

80% do total das suas utilizações provem dos aquíferos.

• Nas zonas litorais, a exploração intensiva das águas subterrâneas pode,

a longo prazo, desencadear o risco de ocorrência de uma diminuição do nível

dos reservas freáticas e conduzir à intrusão de água do mar, com o risco de

salinização das águas a captar.

Page 42: As disponibilidades hídricas asa

Manter o equilíbrio entre a captação e a recarga dos aquíferos é um aspeto fundamental para a proteção e

recuperação de todas as massas de água subterrâneas.

Fig. Curso de água subterrâneo – Grutas de Mira de Aire

As disponibilidades hídricas em Portugal

Page 43: As disponibilidades hídricas asa

A composição química das águas é muito influenciada pelas características geológicas das áreas onde circula e pelo tempo que aí permanece. Alterando a sua estrutura física e química, a água acaba,

por vezes, por adquirir propriedades muito importantes.

As disponibilidades hídricas em Portugal

AS ÁGUAS MINERAIS E TERMAIS

Page 44: As disponibilidades hídricas asa

Basicamente, existem dois tipos de alterações.

Fig. Nascentes minerais em Portugal continental

As disponibilidades hídricas em Portugal

• Na primeira, a água incorpora sais minerais,

designando-se, por isso, água

mineral.

• Na segunda, a água, para além

desta adição, aumenta a sua temperatura, passando a designar-se

água termal.

Page 45: As disponibilidades hídricas asa

As águas termais possuem efeitos medicinais comprovados e constituem a base de um turismo termal cada vez mais

importante.

As disponibilidades hídricas em Portugal

Page 46: As disponibilidades hídricas asa

FIM DA APRESENTAÇÃO